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PAULO BONAVIDES CIENCIA POLITICA 1o* edigao (evista atualizada), 13 tiragem cubNc1a pottrica (© Pauto Boxwroes 1 ed. 1967: 2 edit 1972; 2 edo, * tragem. 1974 1 edie, 1976. # edi, 1978S edigde, 1983: 6 eed, 1986: edo, 1988; 8 eigao, 1992: © eto, 1983: fiodas pela Companhia Eaiora Forense) 10+ eid tegen. 1994, 2 tragem, 061995, 1+ trogem. 041996; 4 trogen, 02-1997: 3 tragem, 97.197: © tragems 011998 tragem, 02-1999; tiagem, 01.2000 # uregem 04 2000, 10+ tiagem. 08.2001: 11 tragem. 04 2002, 1D tg. 01-2003, ISBN 95-7220-0239 Diretos reservados desta eigdo por NALHEIROS EDITORES LTDA ‘ua Paes de Araijo, 2. conjunto 171 (CEP 04531-840— Sto Paulo SP Tel: (ll) 3078-7208, Fax: (eel) 3168-5405 URL: wrwmaletoseditores com br ail maleroedioresazaz.com be Compesicco ‘ston Editorial Le copa Vins Livin Amato ingesto no Brasil Printed th Bras 8 tos A Yada, a prsenga de sempre, no fovrimente © nas algae Raimundo Pascoal Barboss ‘Paulo Lope Sarai Deméerto Rocha Duminat “ddebrando Espinols Roberto Ata Amaral Viers ‘Wilys Santiago Guerra (Gre Gonies A menéeia de ‘Aonibal Fernandes Bonavdes 3 A SOCIEDADE E 0 ESTADO 1, Cone de iia — 24 neers rnc do Sociedade 5 Sei et atin a nade Comantate A tesetlet ce Romie 's Conn econ Acme foe sf peice 41 Amma ~1 Bono 1. Conceto de Sociedade {Quando nos deparamos com esa palaveaem busca de um concito ‘que posta esclaeat la satlsfatoramente, a reflect evea nos comple ‘Seimedisto a fazer meneao dos autore que se insurgem contra agullo ‘Quem gerl se denoming Sociedade, Stncher Agesta« Maurras perten- {Goma esa categoria. 0 primeto assevera com énfase que ado ha Socie ‘dade, “termo abnrataeimpresea, mas Sosedsde, uma pluraigade de [rupor ds mais diversa espace ecoeato” ec segundo, Sociedade de 30 ‘edades eno Sociedades de indvicues. [Em verdade porém 0 voedbulo Sociedade tem sido empregado, om: forme assinaln om rocdiogo tmericano, como a palavra mals genera eert “todo ocomplero de reages do homers com seus [Sendo 0 mecanicizmo « 0 orsanicismo as duas formulapdes histor 4 casmais importantes sobre os fondamentos da Sociedade, todo conceito (Gorse der de Sociedade wauardnaesénciao inflowo de uma ou de ou fa concep, ‘Quando Toensis die que a Sociedade 0 grupo deriva de um acor- do ge wantades, de membros que buscar, mediante o vnculo associat ‘$o- amr ieyose can impale! de obterse plorexfogosisolados Bes indivdsce ee conoelto # irepreensvelmente meanisia [No entano, quando Del Vecchio entende por Sociedade o conjunto ‘de elapes mediate as quals Varios indiviuos vivem e atuazy soUdarla- mente em oudem # formar ums entidade nova e superior, oferece-os ele {im conceto de Sociedade bascamente reais 2. A inerpretagho organlesta da Sociedade ‘uae teoras principals isputam a expliasto cores ds fundamen tos de Socednde’ a teolaorgiiza € 8 teria mecinica. “Os cnganisintasprocedem do tonco milena da flggofia gees. Des cendem de Arstteles «Plato ‘Ne doutinaarrdicaassnala se, com efito, 0 saraesacial do omen Alzatures fee do homem 0 "ser polico™, que ao pode vver Basa ara iver Asiargem dos acs de socabildads prasad ent Mu zane ones nao, mals algo menos S00 Fu dae nay oyocenincos¢alusas Que goxsmnam a consicao Rutan must de sacs s pes tem pore abe 0h tne seja eminentemente Social. ‘Gratis, que ndo fi organics, acompanhou o pensamento de Aris che Salon Se um appetiussocetari, come vocarao ina do Homer para vida social ‘Suyou Det Vechio muito bem o problema. Date que_o homem ¢ so Oe a Soccdade para vier nao significa ue is hala ‘Ritunado uma posto orgeicia ou means Tar pouigto redefine quando opensador inquire da manta pot aque tn iuaniar ou govetoat a Soceaade, Se @ Sociedade 0 Alor Sofie oulundamentl sea sua oxleniaimpoca numa Peer aubsutente por eam, temos o organicamo. Als, de casper ct Vecchio cos dd osegunt conceitor “Reunio de vias etter Oe ems fungoet stintas¢ que, por sus ago combined Ponce gaa mantra vida do toda" Se; 40 cota, Invi SerconeT Tanbriogeice,o centro redutvel a toda assimiagSo colt ceeds da onde soa, a uidade que fo criou nem hide cr sae isgermas, que ineseja superior, o ponte primario basco Seen ipemo edo qual todos on ordenamentos soi mans see ar sede neundaras, como variagbes que podem recondir- Seve a0 ponia.de-patda: a ele, 20 igdividyo, aq estamos fora de BEERS distda em peeenga de uma posielo mecaniests (0s prmeiros, por se abraarem a0 valox Socindade, sho organi tas; on segundos, por nao reconbeeerem ta Sociedade mais que mera so 2 cers Dal Vashi, Ponape Dro 9,3 6 catncia poximica = _iade pres, que no gera nenhoms residade usctive de subsist fora ‘ot actin doe indviduos, #80 mecanigisas. ‘0s organicstas, na toris da Socedade edo Estado, se vem ares tados quase sempre, por conrequénci losis, ts paseoesAilsas ea idemosrtisss, so mortarimo, as justifieagoes eaciondzias do poder, Sif Hifi quando msm econ de deo ‘rac Sta (concept que é sempre ados governos e ideslogos pre AIspostor a a ctadura). Net sequer tm coutcindio da democraclaco- tno Rousseau, com a soncepeio organisa e genial da voloné generale, Dneipo nove to aplaudiao por Hegel, pdaeforrarse a essa inereparas tina vez que o poder popular assim coucebido Soba visa da "vootade [feral” acabasia gerando 0 chamado cespotisme das multidoes. Aqui te Flamos excoio radial de um organicismo democrtico desembocando todavia no meno estudio que 3a referimos: 0 autoriarsmo do poder, ‘altedure dos ordeaamentos politicos. ‘Se Rousseau chepa porém Aqvela conseqUéaca, segundo alguns de seus interprets, mesma dos organcistas mais conbecdos: uma crta Conoepet autora do poder — anda que se vate da versio mals x- tHemade do poder democrtia — deles todavia se sparta fundamental tents quand abre ae paginas do Contato Socal com a propasicao de {Que o: homens nascem livres efguas, em aatagonismo com guise toda ‘'dovtrina organist, que afirma prossamente 0 contrio, Enfende ents que o homem jamais nasceunaliberdadee, invocando fo fato boldgico de nascimento, mostra que derde 0 Dero 0 principio de Sstoridade o toma nos bases, rodeando-o, amparando-o, govermando- 10. Vintee quatro horas fora da presto des pas bastarian para acabar om o sr ue chega so mundo tSo ripe desprotegido. Dependencia, lttoridae, hierargula,desamparo,deblidade, es jem o niclo fami Tal os vinculor primeizos que envolvem f crater humana © dos quas Stas lograra desatarseintramente. Fazen os organicstas a apologia ‘Ge sulordade, Extimam o social porque veer na Sociedade o fato per tanente, s realidade que sobrevve, a ergantzarao superior, 0 orden Inento que; defaleado dos individu na sucesso dos tempos, a0 Tato ‘lsdobrar das geragbe, sempre peste, nunca dnaparece,atavessando (tempo eas Wades. Os indviduos pataam, 2 Sociedade ica. ‘Demais, «teria orgenicita se impresions com 0 fato de que a So ‘edadegrava'nolndviduo uma segunda naturers, verdadeia massa de foneciton de nogbes ede vinculos nos que se forma a melhor, 4 mais eal, a mais sutenica parte de se se. “Tomendo porém s Sociedade como orgaismo, fcam dslembrados de ques erbcaramente podet as anslogiae porventuraexstentes con (dusra ewa equlparagto, lest fl idenidgde que pos em intro Adeierdato'o arganicame ja devvatrado. Distnguem alguns autores duas modaldades de organic: 0 ms secalta © ideale ne ret 'No primero entra concepgdo organicsta de Augusto Comte, jun- tamente com o organic biolosico de Spencer, BlunsehleSchaete, ‘hesando os dos itimos porém, no paralef ete organisme e socieda ‘dtvaos mais absurdor exapers, As camparardes mais exctaticn, aver. ‘daderor deratingsldglcos, que cobriram de rdieulo a dovtrina organi- (0 ocganicismo dco e idealist, ealivouo a escola histériea, sobre tudo desde «concep de Savigay, acerca do espisit popular” (© Volks. [Jes tomado por fone hstOnca, eosumelra,tradiconal, geradora de Fegras valoet coca juridieos “Alés, 0 "esplrito popular como conesito no & dos que primam pela clareea,Tem-sealgurado a alguns publicists obsco e absrato, Rando W, Arnold es ponderasio exuemament nica: “Aqullo ae ‘nos ado sabemos ob nfo compreeademos, denominamos espiito popu Tae" (as arihe wissen oder nicht verienen,nennen wir Volksees) ‘A esa corrente tia do idalimo alemo na dostrina dos funda imenios dn Sociedade, adcrem, entre outtos, Trendelenburg, Krause © ‘Niven. ¢ uitectandite 4. A réplica mecanicista 40 organismo social (Os mecanicistas scometem impiedosamenteateori organics, mos trande que ado bia propaladsidenifienao ene o organssmo biciico a Sovedade, Ness ovorrem fendmenos que nto ackam equivalence ns ‘ele: as migrapbes, a mobilidade social, o sedi. [As pares, no orgaismo, fo vivem por si mesmas,sendo inconce ive somo adverte Del Veeco, maginilas fora do se¢ que integra. “Tampouce podemor admit las noua posigo que nBo seja a qve a natures es fnaleou ‘Com 0 individ Jé sso nfo acontce. Tem este a sua mesma vida, seus fine autOnomos, capacidade de delocagao espacial ea ndo menos Iinportane splndge de mover se no interior dos grupos de que faz pate. (Orn, esa obiidade o condus ora A ascensdo, ora ao descenso de cae fora torial, conémica ou profisional 'O publicita da Baviera, na Alemanha, von Seyéel, que combate coergicaments a Goutina organist, costumava dies qe “assim como ‘Soma de 100 homens nlo 101, da mesma fora a adie de 100 vor * caencta pouttica tadesnlo pode produsir #101 vontade", no caso, a vontade sci ou ‘ontade pole, somo realdade nova, com vida fora e acima das von fades individu " hott mecca reaminacemet of «no scl ca Seu epreentantes mais tipo foram alguns Hdsfos do dizsto tural deste o comeco da idade moderna. Seu corclirios, com rara exc 0, ¢ Hobbes ¢ aqui una dessa exceyGes, acabam, sb o aspect polit fa explicaao elegiimario do poder democritic. as tsescontratualists, da postulasdo que estas fazem, infere-se aque a buseda Somedade 0 aienimento nao 0 punciio de astondade ‘A democraca liberal « a demoeraca socal partem deste postlado “nico tensa de organzasio socal de fundamento a toda a via po lite rant, como quia da convivenca humana, com apoto a vontade livgee eiadore dor individu. ‘Como a constante do contratualsmo socal £0 problema éa melhor forma de organiacio dx Sociedade, da melnor manera de povernar ot omens e de ach na razio valores gue legmem, com mais forea ei ‘olnerebidae, 0 prnspio da autoridade, partiram todos os contrat Tiss do cldsio flere confronto do estado denatoveza com o estado de sociedede PPouco importa que o contzaste estado de natureza—estad de sove dade nna susetado to soverasexiens, por parte dos que se empenha ‘am em demonsrac 0 que haia de eel e ant hstric nesss concep (bes contatualsas, ‘Ma raro foram a filsofoe do dieito natural qu se serviam do ‘ead de natures pars emprestarihe cunhe-dehistorisidade, como st ‘ eaimente acontecra, como se fora fase atravessada pela Sociedade humana em algum perlodo lmemeria 4, Sociedade ¢ comunidede “Tomando a Sociedade como dado socilégico, eminentes estdiosos «4x Ciencia Soil tem, por utr ado, posto mats énfase na distingéo com ual ene Socledadee Comunidade. Haje vata, por cxemplo, 0 850 {de Tennis En 199, Sehleiermacher dsingucs, pla piel ver, a Sociedade du Counusdadee Wand furs depos asta “vontade impose ren fea uma "vontade ntencional™, como se antexipassem ambos as ‘hat bes da elasicaeaboraao conceal de Toenie * Em Sociedade ¢ Comunidade (Gesellschaft und Gemeinscha) ada aches tans das formas bascas de convivenca humana, diame tralmente oposts. vA Sociedade supe, segundo aquelescidiogo, a acto conjunts ‘onal dor lndviduos no seo da ordem Juridica eeconémice; nel, ‘omens, a despito de todos 0s lapos, permanecem separado wie a Comunidade implica exitéacia de formas de vida eorgaiza- cio CORI pera suenialmente urna slidariedade feta de vncu- {ee priguleos entre os components do prupo. ’a Comusidade & dotads de cadte icraciona,primiivo, munida ¢ orsecss de slldaredade nconsclente, fits deafetos, simptis, emo- foaled cou agos de dependencia ietae mua do. "inaividual” © fe socal” ‘Anrma Toennies que, sendo 2 Comunidade umm “todo valorado ade eMao tomate Inladamene ¢ algo faso artical. Bobbio, Seb ltonaro de Flosofta (Disionaio di Filosofia) esreve com carers aencemonidag grupo orlundo da propia natura, Independen, B52 SSttage aos mbros quae compoem — a Fama, por exemplo ‘Na Comunidade a vontadesetornassenial substanca, orgie. No Socie¥ade, stra, A Comunidade surpiu primeiro, a Sociedade apareceu ‘SepSe a Comunidades matériaesubstncia,aSocedade forma order. ‘Na Sociedade, hd soidaiedade mecca, na Comunidade, ori ca eeeGede s governs pela razdo, a Comunidade pla vids e pelos See eo Comunidade e om organo, 2 Sociedade, uma organiza Be herachf ou segundo Poch, ctado por Ageia, na Comunidade PAS por enemplo} agente ¢, na Sociedade (uma sociedad mercans Favetompio) gene esd Dia Ageta que "simbdica ou alegoicamente Bomunidede & um organism, a Sociedade um contato™* "Tendo a Comnidedeantecedido a Socedade, que é um etéig mais adiantado da vide svt, ena no eliminou anvels. No ntrir da Soci Bade gue se acha provide de um querer autonome, que busa fins <0 2a8e-Gusjamente estauigoseordenados,convivem as formas combni ae ag incu tbutaros de dependanci ecomplementag0, om ee rma copomncas de vida ntensiva, com seus laos de extresamento ‘Si formes Genre os omen, no plano do inconsienteedoiraconal Tas ado do conceto de Comunidade surge modernamente 0 de Mas sa, Victangecncontea a forma mais sgnfieativa das maniestacbesf Me Guns gues ender acompasqaoestruural du sociedad con temporines. 5. Norio pablo, “Sven: igonae d Flos p. 6140) o CrENCIA POLITICA 5A Sociedade ¢ 0 Exado (0s concstos de Sociedade ¢ Estido, na linguagem dos flsrofos «| csuadista, tem sido empregados or indistintameate, ora em contrast, [ptevendo endo a Socedade come crculo mals amplo eo Estadacam culo mais resto. A Spriedade vem primero; © Esiado, depos. Como dein e dlsolucto do corporaivismo madivae conseqtente ‘advento da burguese,istaura se no persamento pelitce do Ocideate, Ge ponte de vst histrico e sociolbsico, o dualsmo Sosiedade-stado. ‘A burpvesiatriunfanteabrasaseacaricindoraa ene concsto que fas do Estado a ordem jurldea, «corpo narmatvo, a maquina do poder po- ideo, exterior a Socisdade, compreendida esta como esfera mas data de, de subarato materslmente éconémico, onde os Individues dina ‘am sua apdo ¢ expandem seu trabalho, ‘A Sariadade, algo ingrposto ene oIndividuo eo Estado, a reall- ade Intermediria, mais larg eextna, superior ao Estado, pore i ferior anda a0 indviduo, enquanto medida de Valo ‘A expresso Sociedade, depois de haver sido usada pela primeira ver por Ferguson com 0 nome de socledade cil (cv society), se fuma 80 ‘wo pollen gracas.ao apgrscimento da burguesa De todos os fdsofos, consoanteasinala Jelinek, fol Rousseau o que disdnguiu com mais acuidede « Sociedade do Estado. Por Sociedade, entendeu leo conjunto daqueles grupos (ragments sos, daguelas “socledades paciais", onde, do confite de nteresses ‘nates #6 se pode reclher a vontade de tod (volont€ de fou), 20 pa880 {Que o Estado vale como algo que se exprime numa vontade geri (olanté [Ridras) nica autemies, cptada diesamente da regio individu Estado, som nena iterposit oy devruacnt por pat dos Fol Rousseau a ete respeto genial. Confessuse Hegel gato aguele conceito, que velo completaro elo ainda por descobrir ene a Familia {0 stado. A Sasledade €colocada pls na Mosoflahegllana como a ‘ies, como pare do lovimearo dlaleten do espa objetiva (spiro sibjelivo tse, expt objetivo — anstese expt absoluto~ sine tere, segundo a daliice ger do expt), caja tae &« Familia © cuja slotese-0 Esado* i ‘© concsto de Sociedade tomou sucesivameat tts colorages no curso de sua canna histérica. Foi primero jurdic (rats e po. Dieiteo) com Rousseau, conforme vimos! depois econdmico, com Fer 7.6. Sate, Areneie Some 3p. UO Sgt nat or Props as Rech, gon, Seth Sin Simon ¢ Mary, e efi, silico, dete Comte, Spence Teen To sosisgme,ldnico, nomeadamente com Sain.Simon, a Sci aac’ SSfae tb ee tor sconce, pla exenla de sss proudhon,revalando jd para o anacausme, v8 00 ado a ope so Eula cna Sogegndenrdade daca ‘Mors Engel comervam dstingo conceal ene Estado e So ind EBs cone tomato Estado como se fra algo separado SeSeSadsee ete sxstnca& part, automa, com realidad aa cerad ee jaf lembrase 6 dus em ha de profencamente Seep tudo noeren ov manor prod da Sou aaa ds courage soxns, ent expla como fase Bi asus iinet da Soceiade¢ don stagoniomos dec Boa tenho orada Sosedate, mas deniro, post gsaedsin- muaaome 'A Sociologia, desde Comte © Spencer, forceja por apagar antno- sia Bead Sociedade Fazendo da Sociologia o extudo de toda a vida socal, tanto da esti tica como da dinimica da Sociedade, teduz 0 sosdlogo oPstado a uma {is formas de Sociedade, caracerzada pela esppijeldade de seu fim — Geom a onere plies; organiza cowrtiva dos poder: so SEORPEE Aeon eoncomitinca com outras socedades, como de fia econdmic, reipiors, educacional, Ungustica, et "A Sociedade, egundo Bobbio, tanto pode aparectr em oposgSo 20 Ena como debaino de sua ede. Dagul potanto esse concito de So- Ekdades Conjunto de elages umanasinersubjetivas, anteriores, ec {ecjores © contrarins a0 Estado ou sujet aes ‘O dicte ale desde ve eal sob o influxo de Hege, segundo ob sevou vo. Oablents, pos taface no sontaste dos dais gnaceitos, vendo ‘ha Sosedade a reunite de todos of fenOmenos de convivencia humana ‘tues devenrolam fora do Estado." 46, Concetto de Estado uve no sclo XIXum poca do iteraliso — Bastiat — sects cos mas su ton a pas 9 premio de gadeta lr SANROSaThe poporsonste na dfn seston de Estado. ® CHENIA PoLiTICA CContinunva ele aquela atte pessimists amargs de Hegel {0 ofileoto maximo do idalsmo lego confessou queente a hate {n reusmisterios em eocedade huriaa e seus problemas, do havia Que estar quanto 20 conhesimento mals fei da natureza. (0 mesmo pestimismo perpasts nas palavras de Kelien, quando ad verte que as coporaracepgoesemprestadas 4 express Estado embara {am a precisio do terme, exposto a converer-se mum jogo de valor." ( Bstade como ardem poitica da Sociedade ¢conhecdo desde an iglgade aos nossoe dias ‘Todavia ner sempre teve ese denoainasdo, hem tampoute encobau a mesma realicace {A polis do gregos ou acvitarcrepublica dos romsnos eran vo- es qo traclunam ayia de Estado, penelpalmente pelo aspecto de er Sonificerto do vineulo comuntario, de adereniaimediata &ordem pol iicae de cicedana, 1No Impetio Romano, durante 0 apogeu da expansto, e mas tarde entre os erminicos nvasores, os vodbulos Imperium e Regnum, eno ‘de uro correte, pasaram s expr els de Estado, omeadamente ‘como etganiatde de domino © pose. aise chega& Lda Média, qu, empregando tera J-ounder (“Pal ses!) tts na din de Bago fobretado a teminiseencla do tubo. ‘Oempreso moderno do nome Estado remonta a Mansiavel, quando este inaugurou O Principe com a frase clebe: "Todos os Estados, todos ‘0 domifios que im igo ou tm imperio sobre os homens slo Estados, 0 repubtes ou peincipadoe™=” ‘Apsia do uso que fe Bodin, depois, docermo Replica na mesma cep, o qu fou com a obra do eset Morentino fla plavraFsta {doy unverslmente consagrach pels terminolosa dos tempos modertios fda idace contemporinea. Hi pensadores que intentam caracterzar 0 Estado segundo posiio predominantementeflosiea; outros realam lado juice, por tit fo, no falta agueles que levam mals em conta a Formulapaa socio lek de seu eoneeto 6.1 Acepeao flosofea ‘Ao pinion pestence Hea. qe dfn oBatad come 2 “ea daca dea orale a “nab ca conse desi mesma ae fhsagip viel da divine", clocando-o aa rotaio dese pine: i dato ds Tata amo a sintse do spin objetivo, o valor teal $e cet enh la Sa, 2.1 mais alto, que cela a contradicao Familia e Sociedade, come institu Bo acim da qual sobreparatdo-someate o absoluto, em exeriorzagdes Siadueas, que abrangsm a are, aveigizo ea filosofia, 6.2 Acepedo jurdica Em Kant colhese acerca do Estado conceto deveras ncunoso, inf rioe 4 detitinio tlasiea que nos dev do Direito, Com seu formalism in ‘ardvel, vi Kaas no Estas azenss.oangulojuridico, ao concebéto co ‘ta reunido de uma multiago de homens vivendo sob as leis do Dire ma Sem embargo de suas raze kanistas, no poupou DeL Masai ade finigao de Kant que le reputainexata. Dz que se poder apleat tanto {Cum muricipie como aus provinla¢ até mesmo a um peitenidla? "Tadava nio soube ess jurista-filésofo ¢ muito alm da etetera juidcn do Kents formalist, a0 coneetuar 0 Bstado. Tanto assim que Sha defngao de Estado como "o sueto da ordem jurdice na qual se Feaiea« comunidadesde vida dem pove’” ou “a expresdo potstativa Tee earls gue tense, como le afr, adsaneto ene So ‘hia ¢ Estado, despreza contado elementos concctos da realidade es fatal, panes eonstuivas do Estado, ques vio aparccer com toda ain (Sseia precndo naqueleconeetosocoldgico de Dugut, que o mesmo De Ves ja antes ceprodunia ede que os ocuparemos mais adinte 'A éefincfo de Dei Vecchi, da ponto de vista exclusivamente ju co, satnfar,principalmente quando el, teparando o Estado da Saved [Se nota com toda a ueides que 9 Estado €o lago jrico.u,polico ‘BS pesss que a Socedade € uma pluraliade de fagos.® ‘Vale a pena de refeir sua noedo de que a Sociedade £0 gfner0. © cad, a capeies de que organaaydo estat representa ume forma de Eoctedade apenas. em concorrenciae catraste com outs, tal vasts, Gomo as regibes ¢ as aacionalidades, cujoslagos, embora de mor ex Eusbo'e abrangendo por verte eftivos humanos mals rumerosos, care ‘em todevia de envergadura «da solider do lago politic, de suprema in {fuducia sobre os demas. ‘De igual teorjuridco ¢ também o conceto de Estado de Buydeas, que antinna sobretado o aspeto institucional do poder, Diz esse autor (dues Exado se forma quando 0 poder assenta numa institu ¢ no Suh nomen. Chega.se a eae resultado mediante uma opazagho Juridica (Que eu chemo. ieitucionalizagdo do Poder" Jean-Yves Calve, in aki Mpa 8 “« catncia Poutnica = ado cn Burdeau e aps comentat- thes concepefo de Btado, conch ‘G-Estado-# &generalizacio ds sujeigao do pader eo dirao: por uma ceria despersonaizacto™. Desenvolvende as ideas de Burdeau intents fentdo demonstra que 9 Estado so existed onde for coneebido como poder independents da pesos dos governantes.”” 63 Acepsto sociolbice Com Oswaldo Spengler, Oppenheimer, Duguit¢ outros 0 coneito e Estado toma colorasio mareadamente sosolses, ‘Ao passo que Speasler surpreende no Estado a Histrin.cm repouso ‘ga Hiria.c-Esiadasm marcha, Qopeubeimer considera errdneas to ‘Gsaxgefincoes ae etdacounecidas.de Estado, desde Cicero a Jelinek. © atalizado peasadorconfessa que 0 pesimisma sociolégica domi. _motemtios. 0 Foca deste gue cabs ado msn fi. ©Bstado, pela ovigem e pela estaca, no passa daguela “institi- j cao social, que um grupo vitorioso impos um grupo venci, com unico (fim de ocgniear 0 domo do primero sobre o segundo ¢resvardar-s¢ ( contra rebelioesintestins © agrees esirangeiat™ ‘© Estado constituclonal modern9 nf se decvinculou na teorla de Op- penfieimer de sua indole de organiza da violencia edo Jago ceondmi- {oe queuma claee swbmete outta. Cllebre a passagem em gue less. ‘eta que, pla forma, esse Estado & coacio e pelo contedo explora sondmica.” ‘A poseto soclolglce de Duguit com respito ao Estado nto varia consideravelmente da de Oppstheimer CConsidra o Esado coletvdade que s caracerza spenas por ass naladae duradoura dfeenciagao entre vores racs, onde o fortes MO- nopolizam a fora, de modo conceatado e organizada.® Define o Estado, em sentido gerl, como toda soiedade humans na ‘qual hi dterenciagao entre governants e governados, cem seat te {to como "grupo humana fiaado em determinada teritérlo, onde os tals frtes impoem aos mas racos sua vontade" ‘Outro jurist-soisiogo do tomo de von Jehring destace também no Estado o aspeco coetiivo. Com feta, diz exe ator que 0 Estado

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