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EPHEMERIDES CEARA’ REPUBLICANO 190k 1 vB JANEIRO.—Funda-se em Saboeiro uma con- ferencia de &. Vicente de Paulo sob a invocagio de 8. Luiz de Gonzaga. 13 DE FEVEREIRO.—E’ mandado fechar definitiva- mente como imprestavel o Lazareto da Lagoa Funda, que servia de enfermaria aos variolosos. 2 pE Margo.--Publica-se em Fortaleza o jornal- ainho Avorn, Redactores José Lopes d’Aguiar, José M. Vasconcellos e Joio Li. Leite, director Raul Uchoa, ge- rente Edgar Ferreira. 10 DE Marco.—Funda-se em Areias um Conselho Particular da Sociedade de §. Vicente de Paulo. Foi instituido a 9 de Junho de 1902. 3 pE AnRit.—Fallece na cidade do Rio Grande, Es- tado do Rio Grande do Sul, depois de uma agonia de muitos mezes o distincto cearense J. Arthur Montenegro. Sobre o passameato desse notavel conterranco pu- plicon a Republica de Fortaleza a seguinte carta : $10 REVISTA PRIMENBAT, Sapital Federal, Rua Dr. Corréa Dutra, n° 23, i) de Abril de 1901,.--Mou illustre amigo coronel Jodo Camara. Venho vos dar, 4 vosea respeitavel redacgio, ao Ceara a triste noticia do fallecimento lo eminente cearense José Arthur Montenegro, Vietima de antigos padecimentos que de ha muito The torturavam a existencia, sem, alids, conseguir afastal-o do trabalho, com que servia ds lettras e 4 patria, suc- cumbiu no dia 3 do corrente, na cidade do Rio Grande, o distincto cearense José Arthur Montenegro, escriptor vigoroso, historiador de pulso, espirito elevado 6 sclida- mente cultivado. Arthar Montenegro servin no exercito brasileiro, du- ranto a guerra contra o dictador Lopes, e aproveitou-se dosso periodo epico de nossa historia para consagrar-lhe a maior parte dos seus estudos. Montenegro foi muito operoso, escreven muitas guias bibliographieas, annetou muitos livros nacionaes, produzin avultada quantidade de memorias esparsas, publicadas umas em Revistas, outras ineditas. Para commemorar o Quarto Centcnario do desea brimento do Brasil publicou uma edi¢ao especial do mo- numental poema de Basilio da Gama Uruguay, por elle annotado e prefaciado; tide pelos mestres eriticos, como a mais completa ¢ melhor edigio. Convidado pela Bibliotheca de Pelotas, para elaborar esse trabalho, soube corresponder 4 confianga. A sua obra, porém, de maior vulto, que lhe deverd honrar a memoria e 4 Patria, é a Historia do Paraguay, inedita, que devera fazer suceesso nas lettras patrias. Montenegre lJangou m&o de tados os documentos authonticos, de gravuras, photographias, etc. de tudo em- fim que podesge illustrar 9 dar grande valor 4 sua obra, eseripta com correccfio ¢ purcza de linguagem, atticismo e clareza e cér Iycal na exposicao dos factos. pO tastiveTo pe cuark 311 A impressio do sea trabalho seri um successo, dizem os profissionaes, exclamam os que assistiram a tao incon- gruonte guerra. José Arthur Montenegro honrou o Cearé, a quem muito estremecia. Dizia-me sempre querer acabar os seus dias ua terra em que teve o bargo, «no meu bello e amado Ceards, repetia-me muitas yezes. Homem iilustre, correspondia-se, cntre‘inha relacdes com os melhores littaratos brasileiros, orientaes, argen- tinos, chilenos, paraguayos, veneznelanos, portuguezes, hespanhdes, ete. Fazia parte de todas as associazOes litterarias d'estas nacionalidades: Instituto Historico e Geographico Brasi- leiro, Sociedade de Geographia do Rio de Janeiro, Ins- tituto Historico da - Bahia, Archeologica da Bahia, Aca- demia Cearense, Historico ¢ Geographico Argentino, Ho- mens Guerreiros do Paraguay, Associagio Homens de lottras de Caraca (Venezuela), Academia Real de Scioncias de Lisboa, Instituto de Coimbra, Academia de Madrid, etc. Morreu cereado de diplomas litterarios honrosos, mas patperrimo de metaes. Exercen modestamente o cargo do sccretario da estrada de ferro do Rin Grande e Bagé. Dando-vos esta noticia, meu respeitavel amigo, eu yos peto para transwittil-a em vosso canceituado jornal, que deverd bem receber cearenses illastres, como fot Mon- tenegro, 11 pe Apri.—Fallece em Fortaleza com 63 annos de edade e 45 de vocacao a irma de caridade Maria Chouzioux, superiora da Santa Casa de Misericordia do Ceard, para a qual viera em 1879. Era natural de Felletiu, junto a Bordeanx, Franca, essa admiravel inulher, Do hello artigo de fando que lhe consagrou a Repu~ bliea, de Fortaleza, destacamos estes trechos finaes : A terra nfio fique em divida para com a grata me- moria da heroina christ: aprenda ¢ saiba da sua bondate no pranto, que ergueram, junto a seu leito mortuario, centenas de criangas, que se estorcido de dor, vendo inane 312 REVISTA TRIMENSAL aquella virgem mai, perdidos os scos carinkos, mudo para sempre aquelle affecto, que thes fazia os dias propicios. . Foi uma seena cruel t Chousioux morreu em plena cérte, Ihe beijando a fria pio uma populagio inteira. Mas a vida 4 isto mesmo. Cada dia tem seu martyr, cada martyr a sua cruz. 15 DE ABRIL.--Conclusio do acude do Jordao ini- eiado a 17 de Dezembro do anno anterior. Com elle so despenden 14,978$450. Suas dimensdes principaes sito: comprimento da parede 130 metros, largura_na base 30 metros e no coroamento 2740. Foi construido pelo En- genheiro Joico Thomé de Saboya de ordem do ministro da industria Dr. Alfredo Maia. 28 DE ARBRIL.—Sob os auspicios do Collegio Leto X{II publica-se no Crato A Semana, jornal litterario e noticioso. 2 DE Maro.-Fallace am Recifa o Dr. Miguel Joa- quim de Almeida Castro, illustre cearense sobre quem assim escreven a Republica, de. Fortaleza; Infausta nova acaha do nos transmittir 0 telagrapho na sua concisio esmagadora: fallecen hontem, na cidade do Reeife, o nosso distincto conterraneo Dr. Miguel Joa- quiin de Almeida Castro. Todos quantos, como nds, tiveram a fortuna de co- nhecer o egregio cidadio, niio se polem furtar 4 im- pressio de saudade e. de dor que o seu desappareci- mento naturalmente desperta, pelas qualidades de caracter que a todas as estimas o impanham. Gosando de largo prestigio politico, no sé na ‘terra do bergo, como no visinho Estado do Rio Grande do Norte, onde por muito tempo exercou sua actividade in- telligente, o Dr. Mignel Castro chegou a oecitpar, no antigo come no actual regimen, os mais altos postos de responsabilidade, deixando em todos de si tradic¢ées que jhe honram sobremodo a memoria. Magistrado, rapresentante do Ceard.em mais de uma Jogislatura, presidente de provincia ¢ Governador dq DO IXSTITUTe BO oBaRt 303 \ Bstado, o illustre finado, pela sua intelligencia esclare- cida, pela austeridade do sen caracter e pelo sen espirite tolerante, soube. dar notavel lustre a todos os cargos a que o guindaram seus meritos reaes ¢ grandes sérvicos A causa publica. Nés da Republica, que sempre nos desvanegemos dos lagos de affectuosa estima que nos prendiam #0 e2- tiucto, pomos nestas linhas a nota sentida de nossa funda magus, como homenagem derradeira ao cearemse emi- hente, que tanto sonbe elevar e honrar o nome de saa terra. 4 dg Mato. ~Entra em exercicio dos cargos de Ca- pitdo do Porto ¢ Commaadaate 4a Escola de Aprendizes HMarinheiros do Ceart o Capitdo Tenente Luiz Lopes da Cruz, nomeado pot Dec. de 10 de Abril. {1 pE Maro,—Publica-se ‘em Fortaleza o periodice Reforma. 21 pRB Maro.—O predio do projectado Azylo- de mendicidade, Fortaleza, que havia sido entregue 4 Dio- cese por acto de 30 de Marco de 1900, approvade pela Lei n2 611 da 16 do Agosto, reverte a0 Estado por nfo ter o Rvd. Bispo D. Joaquim podido entrar em accordo. cow o Bardo de Ibiapaba, dono em parte do dito predio. 1 pe Junno.—Publica-se em Coité sob a redaccao da José Silveira Zoza o jornalzinho O Serrano. 2 pe Junuo.—Funda-se em Fortaleza a Soctederde Mutuaria Ceavense. Seu 1,° presidente effective foi o Dr. Francisco de Assis Bozerra de Menezes. 12 pe JunHo.—O Bispo Adancto, da Parahyba, res- ponde negativamente ao vigario de Mossoré que Ihe havia consultado a 10 de Maio si sua juriadireio extondia-se até Grossos, 4 margem esquerda do rio Mossord. 13 ps. Junno.—Funda-so om Fortaleza a Sociedade Prolectora Oearense sob a presidencia do Coreuel Gui- lherme Cesar da Rocha. 13 DE Junfo.—Fallece ds 10 horas da neite em Fortaleza o Coronel José Francisco da Silva Albawo, Barlo de ‘Aratanha, capitalista ¢ philantrope. a4 Riividva fRimiindat Nasceu em Fortaleza a 21 de Maio de 1830, sendo seus progenitores Manoel Francisco da Silva e D. Maria Angelica da Costa e Silva. A Galeria Cearense n© 2, traz o retrato e uma des- envolvida biographia em que vem accentuados com jus- tiga os actos de benemerencia praticados por este dis- tincto brazileiro durante a sua longa « bem aproveitada existencia. O Coronel José Albano, que foi um grande amigo e um fatigavel auxiliar do bispo D. Luiz Antonio dos Santos, era cavalheiro da Ordem de 8. Gregorio Magno por no- meagio de 17 de Maio de 1870. O Decreto Imperial que deu-lhe o titulo de Rar&o de Aratanha traz a data de 3 de Dezembro de 1687. No salio nobre da Santa Casa de Misericordia de Fortaleza esti collocado o retrato de José Albano, que foi um dos mais zelasos provedores desse notavel esta- belecimento de caridade. 16 pe Juniro.—Publica-se em Fortaleza o Csard-Ni. 17 be JunHo.— Fallece em Fortaleza o Santo faza- rista P.t Pedro Chevalier, superior que foi do Seminari do Geard por longos e aproveitados annos. A’ sua memoria querida dedicou a Republica, de Fortsleza. as seguintes linhas : Québrou-se da egreja cearense um dos esteios mais fortes. Hontem, descen 4 campa Mr. Chevaliér, presbytero francez, que viveu 36 annos entre nds. O anjo da morte, que adeja por sobre a cidade, ha muitas semanas, escolhendo por alturas, baixon sobre o tecto humilde do nosso hospede. Nao se illudia: alli se refugidra das vistas do mundo uma das notabilidades da terra. © sabio levita cingia a coréa entre os instituidores “ da mocidade cearense; tinha illuminado a muitos espiritos e formado muitos coragdes. Foi, toda a sua vida, um cei- feiro do bem, para prover os romeiros, que encetayao @ peigosa jornada do berca ao tumulo. $6 NstiTwTS Do oxaRs 315 Subministrava-lhes o pio do espirito, fazendo ler as yerdades sublimes da moral, que -cultivava; e limpava- jhes o horisonte, obrigando docemente a ver, pelo prisma da sciencia, onde ficavio as syrtes no eaminho @ per- correr. O mestro 6 um dom celeste, quando fas consistir a sua felicidade no bem-estar dos que ouvem os seus pre- caitos, e consultio a sua sabedoria; é 0 Christo em accdo. Chevaliér, corebra potento, homem culto e eminente em Jettras e seiencias, nada quiz para si; ‘que da sua personalidade nio fasia cahedal, para exhibir-se ou partilhar dos gosos, que constituem um direito para quantos tra- palhiio. Vivia pobremente, sempre alegre de ser pobre, por que era mui nobre de scntimentos, mui rico de consei- encia, mui farto do bem, que néo recolhia, mas pradi- galisava. Quando a egrejs fasia a sua trayessia pelas éras bar- paras, combatendo, como toda idéd, que deve vencer, Che- yaliér nfo poderia ser um padre, no, pela sua uimia tolerancia, e £6 no futuro, para selugio da pendencia. Mas, quando ella voltou 4 paz do apostolade, 20 terreno da rasio, elle valia por milhares entre os eul- tores da vinha sagrada. A sua toleranciu conciliava; a sua dogura rendia: a sva sabedoria vencia toda obstinag&o. Nao havia que re- Juctar contra a sua palavra; por que as béas obras Ihe davio a tempera de rija verdade, erfo uma consagragao desta. Presidindo aos estudos sacros no Seminario de ‘Luiz, durante 36 annos; dirigindo espiritualmente as gens collegiacs da Conceigio; regendo diversas insti- tuigdes de piedade da capital, Chevaliér collaborou tambem efficazmente na formagio do sacerdocia no Ceara, e iho feu a forma de uma mificia upostolica, avésando-a a disciplina, que é a honra della e asua forca, em quanto preparava, para a vida leiga, muitas homens, que pro- fessando autros ramos do trabalho mental, tom4o parte 316 REVISTA TRIMENSAL agora na direceSo da terra, e Ihe imprimem. a forca, @ movimentagio, de que precisa. Em tao grato ¢ longo convivio com o povo do Cearg, o illustre estrangeiro se fez cearense tambem, collando-se 4 terra, identificando-se com os seus interesses, ¢ tim- brando-se dos seos costumes. Quando o dia final avisinhou-se, ¢ ufo tinha mais que dar, deo-lhe os seus éssos, sagrando o golo que pi- sara, e expandio no seu ambiente as moleculas do. seu ser material, aqui renovadas, para estar accésa, tao lon- gamente, essa luz, cujo ¢lario perdura. Sua morte foi uma tréca de bengdo. O apostalo es- tendia a mio a uta povo inteiro, lhe rogando bens; as alinus agradecidas beijavéo as fimbrias de suas vestes, dizendo: Orai por nds! Quando nada mais restava do ancidio querido siado os restos informes daquelle involucro do espirito, os seus despojos forio ungidos. tomados do leite com supremo amor, coudusides 4 mio ¢ depositados no perpetuo ja- zigo, onde agora a inanidade da vida esta desmentindo todas as vaidades do homem, o arma 4 compunsgao dos qua nfo sabem viver, mag consumirain na chamma das paixdes os dias fugaces, que constitnem a vida. » Para o padre Chevaliér, ha lugar no Pantheon cea- rense. Foi dos mais pacientes lidadores na fundacéo moral e intellectual desta terra, e na formacdo da familia pres- tou assistencia a mais efficaz, Fra no seu presbyterio a figura grata do bispo Bemvinds, do ideal de Victor Hugo; sempre bom, sempre piedoso, 9 amiga dos que soffriao. Era grande na sua humildade, e o mais pequeno des homens, quando so trataya das vanglorias, que en- tumécem as creataras. Ceard! terra dos martyrios, e das quédas, onde a justiga se escdpa tantas vezes das mentes aos embates do infortunio, nfo vos deixeis yencer pela alheia gene- rosidade. Curpre espargir, cada dia, um goivo sobre a campa do bemfeitor, a po INsTITUTO Do; cEaRL 317 O tumulo de Chevalier, no Ceard é mais que uma honra para elle; 6 ema prece sempre erguida, pela sua felicidade, ao arbitro supremo dos mundos.» Eate bello artigo consagrado 4 memoria de Pedro Chevalier 6 da penna do Coronel dodo Brigido. 19 pe Junno,—Publica-se no Crato sob a redacgaio de J. Alboino O Estimule, jornal litterario. Foi o jornal de menores dimensées que j& se publicon vo Ceard ou talvez em todo Brazil; eugmentou dopois em tamanho. 21 pg Jenno. -Funda-se em Caniadé uma confe- rencia de §. Vicente de Paulo sob a invocagio de S. Luiz de Gonzaga. 21 pe Juxwo.—-Funda-se em Canindé um Conselho Particular da Sociedade de $. Vicente de Panlo. 30 pe JunHo.—Funda-se em Homayté uma confo- rencia do §. Vicente de Paulo sob a invocacto de N. S. das Dores. 3 pe JunHo. —D. Joaynim José Vieira, bispo dio- ‘eosano, faz entrega da Egreja do Sagrado Coracdo de Josus de Fortaleza com suas alfaias, utensilios ¢ mais pertencas 4 Ordem dos Capuchinhos reprasentada pelo seu Visitadar Ryd. frei Timotheo de Brescia 3 pe dunio.—-Pablica-se no Crato o jornat Sut do Ceard sob a mesna redacgio d’A Semana. 8 pe JuLHo.—Publica-se em Quixeramobim (Con- ceigfio) o jornalzinho O Moatankes, Orgam de uma as- sociacio. Redactor Jodo Qaiatino da Gunha. 8 pe Jutao. —Victimada por ama lesio cardiaca fal- Jece aos 60 annos de edade na Santa Casa de Misericordia de Fortaleza a Irma Raphaela, que no seculo so chamou Blisa Fanny d'Hantevilie e pertencia a uma das mais no- bres familias de Franca. Nascera em Cluny-Saone et Loire. Era senhora de finissima educa¢io. 19 pu Junuo.—E’ dessa data a Lei n° 639 ele- vando 4 cathegoria de villa e termo a povoacio de Grossos, do termo do Aracaty, limitando-se a leste com -9 Tio Mgssord. 318 REVISTA TRIMENSAL 19 pz Ju.Ho.—Falleca de uma apoplexia cerebral no Rio de Janeiro o deputado pelo Ceard ao Congresso Federal Dr. José Avelino Gurgel do Amaral, que tio saliente papel representoa na politica e no jornalismo quer no antigo quer no actual regimen. Nascen na cidade do Aracaty a 10 de Novembro de 1843 e foram sens paes 0 capittio Antonio Gurget do Amaral e D. Maria Joanna de Lima Gurgel do Amaral. Comegon ns estudos preparatorios no led sob a di- recgio do professor Symplicio Delfino Montezuma; fre- quentoa a Faculdade de NDireito do Recife, onde reeebeu © grao de Bacharel em J864 e defendeu theses e dou- torou-se em 1873 juntamente com os doutores José Aus- tregesilo Rodrigues Lima e Pedro Beltrio. Os primeiros cargos que occupou foram os de pro- motor publico do Aquiraz e secretario da presidencia de S. Paulo, N&o 6 pequena a lista dos seus trabalhos e é a se- guinte : —— Diseurso pronunciady na sessio magna do. Instituto Archedlogics e Geographico Pernambucano uo dia 21 de Setembro de 1862. * —Dis proferido na Faculdade do Recife em 1862, in:pressn no Recifo, 8 pp, {ypo mindo ‘so pronunciado a 11 de Agosto de 1864 no anniversario dos cursos juridicos, impresso em Pernambuco, Typ. de M. Figueirda de Faria ¢ Filho, 1864. —O Partido Progressista do Ceard ao publico, For- taleza, Typ. de O. Colds n° 98, Rua Amelia, in 8° de 17 pp. Esse opusculo nao traz 0 nome do autor, ~—Questies da Rio da Prata, vol. de 79 pp. typo mindo, impresso no Rie de Janeiro, Typ. Americana, rua dos Ourives nu.” 19, 1869. —Theses para obter o gréo de doutor, improssa na Typ. Mercantil de C. E. Muhlert, Rua do Torres n° 10, Recife, 13 pp, typo miudo, 1872. Versou sua dissertavzo sobre o ponto de Direito Romana: A accessio sera um modo nataral de acquisigdo? po institvté po GzaRd 319 . —Discurso.préferido por oceasifio de receber 0 grda de Dr. em seu nome e no dos doutorardos Beltréo e José Austregesilo BR. Lima, em 23 de Margo de 1872, Typ. Mercantil de C. E. Mublert & C.*, Recife, 18 pp. typo miudo. — iseursa proferido ua festa funebre dos liberaes a Nunes Machado, publicado em Pernambuco em 1872. Uma these constitucimal. A suspensio dos ma- gistrados pelas Assembléas Provinciaes, impresso em Re- cife, Typ. Universal. 61 pp, 1876. -~ These ¢ Dissertagdo para eoncurso & cadeira de Jente da Faculdade de direito de S. Paulo, 1879. A dis- sertagdo versou sobre o Regimen Dotal. ~ Questie Social~ Conversio-Vos bens dos Con- yentos, Rio de Janeiro, Typ. de G Lenzinger & Filho, Rua do Ouvidor 31, 1884, 497 pp. in 8° —-Porfil polities ¢ parlanentar do Conselheiro Jun- queira, Typ. de J. Villeneuve & (.*, Rio, 50 pp, typo miudo, 1886. -— Historia contemporanea, Bodas de prata de Suas Altezas os Snrs. Conde e Condessa d'Eu, Rio de Janeiro, jin 8.° 59 pp, £889. Esse opuseulo deixou de ser distri- buido por hever sido proclamada a Republica na occasiao meamo de sna conelusio. —Raxdes finaes wa acevo entre partes o Estado do Amazonas auctor e o Estado do Matto-Grosso reo (Questao de Limites), Rio de Janvire, Casa Mont'Alverne, 82, rua do Ouvidor. in 8° de BO pp. ‘Alem desses. o Dr. José Avelino é autor de varios trabalhos. como ardvogado ¢ de varios Diseursos pronun- ciados no Parlamente ao tempo ilo Imperio ¢ do regimen Republicano. Sei que deixon inedita uma Diseripgio de sua via- gem 2 Europa, e tinha em revisdo, segundo me informon, o Perfil politico @ litterario do Viscorde. de Tawny, as Carias de Joao Horacio, estudo critico da ultima phase da monarchia, e um estudo D'A Monarchia 4 Republica, (Cartas do Solitario de Santa Thereza). 820 REVISTA TRIMENSAL © Dr, José Avelino redigin em: Fortaleza o Pro- gressisia, Jornal do Coardé'e 0 Futuro, e no Rio de Ja- neiro Globo, Cruxeiro, Vanguarda, Fotha Nova, Brasil, Diario du Brasil, Correio “Fhoninense, Rio de Janeiro, Constitucional, Diario do Commercio e O Pais. 21 bE JuLuo.—Funda-se em Sonre uma conferencia de & Vicente de Paulo sob a invocagao de N.S, dos Prazeres e presidencia de Francisco de Salles Gomes Parente, 22 pe Jutuo.—Fallece em Fortaleza o Coronel An- tonio Pereira de Britto Paiva, thesoareiro aposentado da Secretaria da Fazenda. 22 DE JULHO.—O Delegato Fiscal do Thesouro Fe- deral no Cearé José Ataliba da Silva Galvdo afora a ti- tulo perpstuo a Francisco Lopes Ferraz dous loter de terrenos de marinha e acerescidlos 4 margem esquerda do rio Mossoré, sendo um situado no lugar Grossos entre terrenos aforados a Sousa Nogueira & C2 e terrenos do Bardo de Ibiapaba e o outro entre os terrenos do dito Barfo e 6 Morro do Tibdu. 27 dE JuLuo.—Fallece om S$. Quiteria, fazenda Pé da Serra, o Dr. Joo de Albuquerque Rodrigues, nataral de Sobral e formado em direito em 1862 ua Faculdade do Recife. 4 pe Aaosto.—Publica-se em Redempcao (Acarape) jornal A Redemp:éo. Redactor e proprietaria L. Gon- zaga Junior. 8-pe Acosto.—O Capitio Tenente Luiz Lopes da Cruz, commandante da Escola de Aprendizes. Marinheiros do Ceard comeca a publicar na Republea, jornal de Por- taleza, o resumo des observagdes metercologicas foitas pela Capitania do Porto. 3 be Seremrro.—Poblica-se om Mulungi a Ga- xeia da Serra sob a redacgio de Benigno Pereira da Silva. .11 og Serempro,.—Vindo do Marauhio chega ao porto de Fortaleza o Atlanta, da marinha de guerra ame- DO inaTiTvto bo omaRd bat ricana, trazendo a seu bordo Charles Page Bryan, En- viado e Miuistro Plenipotenciario no Brasil. 14 pe Seremsro.-—Lublica-se o jarnalzinho Ma- ranguape sob a redacgiio de Arthunio Vicira. 27 pe SETEMBRO.—Pavoroso incendio devora 0 es- tabelecimento commercial dos Snrs. Alfredo Ferreira & Irmio, Praga do Ferroira c osquina da rua Municipal, Fortaleza. 12 DE OuruBro.—A conferencia de S. Vicente de Paulo, de Mulungi, installa uma escola nocturna. 27 pz Outupao.—Pela 1° vez exhibem-se em For- taleza ‘toureiros 9 capinhas. Eram de naturalidade por- tugaeza @ hespauhola. 27 ve OuTUsRo —Publica-se no Crato o jornal politica Cidade do Orato. 2 on Noyennno.—Pablica-se em Marangnape o jornal Les ¢ Fé, orqam do grupo spirita Verdade 6 Luz. Distribuigdo gratuita. Redactor principal Arthunio Vieira. 21 pe Novemeno.—O artista Inglez John Myles lauca ao mar em Fortaleza uma baleeira de sua cons- trucgio destinada a substituir as jangarlas que se em- pregat na pesca, teudo se realisadu autes a acto do bap- tismo do novo barco, que recebeu o nome de S. José. 21 ps Novempro.~ A’ 1 hora da manha terrivel incendio destroe os predios commerciaes 1.“ 26 e 26 4 4 Praca José de Alencar, Fortaleza, de propriedade dos Snrs. Francisco de Araujo Barros e Joéo Barbosa Fer- reira. * . { pE Dezempro. - O Lycen do Ceard confere o div ploma de bacharet em lettras aos alumnos Antonio Bruno Barbosa, Vicente Gondim @ Pedro Aguiar. Foi o Ceara, portanto, o 1.° dos Estados Brasileiros a celebrar essa festa da intelligencia e do estudo ga- rantida pela ultima Reforma da instruegio publica. Durante o- anno foram abatidos para o consumo dos habitantes de Fortaleza : $22 REVISTA TRIMENGAL Gado vaccum. . . 6. - 12,669 > sumo, . , . ew ee 1.268 >» ovimo, 2. 2 6 6 ww 619 Total 2... 1 ee eee 8455S As observaces pluviometricas foitas om Fortaleza deram o seguinte resultado no ultimo triennio : 1899 2768" e@ 147 dias de chuva 1900 b6T™ e 64 » > > 1901 147 e 12h > 2» > Os numeros abaixo se referem ao obituario em em Fortaleza em 1899, 1900 e 1901 respectivamente: Adultos Parvulos Do sexo mascnlino >» » feminine. Nacionaes . Extrangeires . . Da freguezia do Patroeinio . > . de S. José Total. Sons 885-— 954 — 773 1.052 -1,062— 1.059-~-1.021— 677 878— 995 — 671 1,922--1.994—1.329 1b— 22-19 1.085 ~1.175— 782 8b2— 841i— 586 1,937—2.016 -1.848 De Oa 10 anos . 1.059-—1.037— 585. De 11a 20 » 103 - 166— 98 De 21a 30 » 181— 209—130 De 31a 40 * 198— 216-169 De 41a 50 > 158— 142-134 De 51a 60 » 88— 118— 98 De 6la 70 » . 70— 59— 66 De Tla 80 » 48— -41— 38 De 81a 90 » B4— 14— 23 De 91a 100 » 10+ 11- 6 De 101 a 110. > s— 38-1 B.deS ‘

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