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com/ COMUNICADO

VEREADORES DO PS CONTRA AUMENTO DO CAPITAL SOCIAL DA


AMIParedes

PATRIMÓNIO DAS ESCOLAS PODERÁ SER VENDIDO, DOAD0 OU


MANIPULAD0 À REVELIA DA CÂMARA E DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL

Os vereadores do Partido Socialista na Câmara de Paredes votaram contra a


proposta da maioria PSD, na última reunião do Executivo, porque ela visa transferir as
escolas que ficam devolutas – fruto da deslocação dos alunos para os novos Centros
Escolares – para a Agência Municipal de Investimento de Paredes (AMIParedes).

A proposta mereceu a oposição e repúdio dos socialistas por variadíssimas razões. A


primeira delas, porque se recusam a colaborar com o embuste, a segunda porque não
aceitam que seja retirado aos Órgãos eleitos a capacidade de fiscalizar a gestão da
coisa pública.

Como é do domínio público, ainda há poucos dias atrás, quando se discutia (se fazia
de conta que se discutia) o Orçamento na Assembleia Municipal, assegurava-se aos
presidentes de Junta de Freguesia – para conseguir o seu voto – o respeito e
consideração que lhe são devidos.

ELEITOS PELO PSD VÃO ENTREGAR À EMPRESA MUNICIPAL PATRIMÓNIO QUE AS


JUNTAS DE FREGUESIA TINHAM COMO SEU

Mas, rapidamente caiu a máscara e a realidade (melhor dizendo, a verdade) nua e


crua, aí está para mostrar que os socialistas tinham fundadas razões para votar contra
e que as suas preocupações eram justificadas.

Os vereadores eleitos pelo PSD vão entregar à empresa municipal que criaram, um
património que as Juntas de Freguesia tinham como seu e que, reiteradamente, Celso
Ferreira e a Câmara lhes dizia que serviriam para acolher actividades de índole social
das respectivas freguesias.

Ora, na ânsia de conseguirem o que ambicionam – empréstimos bancários fora do


controle do Tribunal de Contas e endividamento excessivo sem consequências – os
eleitos pelo PSD promovem a transferência de património para aumentar o capital

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social da empresa municipal, tornando-a mais “atractiva” para a banca, que poderá,
assim, ter garantias reais no empréstimo que se avizinha.

Esquecem que, para se proceder a um aumento de capital numa empresa, por


entradas em espécie, é necessário que os bens que se integram tenham utilidade,
tendo em conta o seu objecto social.

EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS FORA DO CONTROLE DO TRIBUNAL DE CONTAS E


ENDIVIDAMENTO EXCESSIVO SEM CONSEQUÊNCIAS, NA FORJA

Os socialistas consideram que “os autores da proposta não conseguiram, nem


tentaram, demonstrar a utilidade que o projectado aumento de capital poderia ter
para o objecto social da referida empresa”.

Os vereadores do PS têm dúvidas sobre a legitimidade do Executivo, especialmente


no que respeita à titularidade das escolas, tendo em conta que durante anos, elas
estiveram sob a gestão e manutenção das Juntas de Freguesia. Muitos dos terrenos
onde estão implantadas algumas das escolas que serão desactivadas foram doados
por alguns dos habitantes das respectivas freguesias, com a finalidade única de ali
serem construídas escolas básicas.
Os socialistas crêem que as Juntas de Freguesia nem sequer foram ouvidas neste
processo, apesar de ser do domínio público que, a muitas delas, tinha sido prometido
que os imóveis devolutos seriam para a prossecução de fins sociais.
Artur Penedos, Alexandre Almeida e Natália Jorge reiteram que o Orçamento da
Câmara Municipal de Paredes para 2011 constitui uma completa “fraude” e sustentam
que a transferência do património das escolas para a titularidade da AMIParedes
serve apenas um desígnio, o da ilusão.

Recorde-se que o Orçamento do município para o próximo ano, aprovado em


Novembro último, com o voto contra dos socialistas, prevê alcançar a receita de 65
MILHÕES de euros com a venda destas escolas. Agora, os vereadores socialistas
dizem-se estupefactos, tendo em conta que a Câmara avalia esse património, poucos
dias depois da aprovação do Orçamento, em 17.165 MILHÕES de euros.

VEREADORES SOCIALISTAS NÃO ACEITAM QUALQUER TIPO DE ENCOBRIMENTO


SOBRE O REAL E EFECTIVO ENDIVIDAMENTO DA CÂMARA

Confessam que na “última Assembleia Municipal quisemos que imperasse a verdade e


fomos ‘silenciados’, mas foi preciso pouco tempo para que se percebessem as reais
motivações dos silenciadores”.

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Os vereadores eleitos pelo PS votaram contra a transferência das escolas para a
AMIParedes, porque consideram que essa decisão “subverte, por completo, o
exercício da democracia no concelho de Paredes. No futuro, o património que é de
todos os paredenses, ficará fora do controlo do órgão de fiscalização do executivo, a
Assembleia Municipal”.

Acrescentam que, futuramente, o referido património vai poder ser vendido, doado
ou mesmo manipulado, da forma como a Administração da empresa entender, à
revelia da Câmara e da Assembleia Municipal.

Vão mais longe e denunciam que o mesmo poderá ser hipotecado para a contracção
de um qualquer empréstimo pela AMIParedes.

Os vereadores socialistas votaram contra, também, “em nome da verdade e da


transparência”, porque não aceitam qualquer tipo de encobrimento sobre o real e
efectivo endividamento da Câmara de Paredes.

Paredes, 13 de Dezembro de 2010

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