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fo eoee ‘GRUPO PY seem leon 7 leer rec @ inteligéncia pelos cee Mane Vt at Cire cine a] ‘SUMARIO 06 ENTREVISTA Marta Ras Por Liza Ova 10 PLANEJAMENTO EPP co impacto no curieulo da cole: como fazer? For Paulo Roberta Piha 13 ‘TETRAEDRO. Vids ¢Fosoia Por Nison Jose Machado 14 PLANEIARAENTO Partiparéo_ dos diversos seq- entos eseolres na eaboracso o Projeto Eco-Poitco-Redagd- ico (PEP da esol: como or- ‘ganiar 0 proceso? Por Angela Antunes 17 GINA Do PsICoPEDAGOGO Cada qual no seu quedrado...ou de como adtica pre audar 3 e- solver problemas e aprendizagem Por Mavi rene Malt 18 PLANEIAMENTO (ato de planer: consideragtes ne sagoaices Por Robes Angelo Furtado 22 ‘oPINIAO DO PEDAGOGO (profesor Facebook or Hamilton Wemeck 24, ALFABENIZAR LETRANDO Alfaetizaretrando com a iteratura infal or Fab Cardoso dos Santos eFa- iano Meraes| 27 erLexto Fuca paraa Vida Po Anahi Ferrandes 28 FORMACKO DE PROFESSORES Desroven 2 ineipecs pes fuvos aafetade Por Mari Doles Foes Aves yo ALFABETIZAR LETRANDO COM A literatura infantil ‘ abemos, em nosso tempo, dda import&ncia de se trazer 4 tona renovadas sugesties de leramentoiterdrio para criangas em provesso de alfabetiza- co, Por essa azo nas debrugamas sobre esta temétiea com a intengae de propor préticas para se alfabetizar letrando com a literatura infantil em Aidlogo com teorias que fundamen- tam tis aches. Consideramos, 2 parte de nessos «studs, pratieas © pesquisas, a re- levancia de que, em tais prticas de letramento junto a eriangas em pro- cess0 de alfabetizagio, © professor Feconheca a especificidade da tite satura (e da literatura infantil para que posse desenvolver & favorecer praticas de letramento literdrio com titulos da titeratura para criancas. 0 conhecimento da trajetbria da ltera- ‘ura infantil, por sua ver, favoreceré 420 professor 2 identiicagio dos re- cursos de reinvengéo ds linguagem resentes ma consttuigéo dos uni vyers0s lidicos € oniricas de produ ‘8es litertias infantis. Outro ponta 2 ser destacado & o reconhecimento, por parte do profssional dacente, das importantes Funes politica, co- letva eestética da literatura infantil como tradugo de saberese reinven- 40 do mundo. 0 trsbalho com ver~ Ses dos ctissicos da literatura infon- til gor seu turno, contiouiré com 2 detecgzo de sua riquezsinterdiscur= siva. Outra abordagem que tivemos 2 oportunidad de identricar coma uma dentre as tantas possiblidades de se alfebetizar letrando com a lie teratura infantil diz respeito @ reas lizagao de atividades com obras da literatura infantil que diaiogam com ‘outros géneros do ciscurs, LIVROS QUE DIALOGAM COM OU- ‘TROS GENEROS DO DISCURSO Boa parte dos textos de litera- tura infantil possiviits © dislogo om outros géneros do ciscurso. E importante que 0 professor atente para 0 fato de que na constituigio 4 univers ficional coma metafa- ra social pela literatura ¢ frequente 4 presence de géneros do discurso ‘em meio 20 texto literdrio, Ctamos, ‘como exempla, a5 conversagdes pre= sentes nos textos litres, ue nto cortespondem 2 converses propria- mente ditas, mas 2 eonversas cons tituldas em meio 20 mundi fiecionat literério. Do mesmo modo, encon- tramos receitas culinatas, cartes, aiscussbes, bthetes,recados, aula, relatorios, carts, didrios, cartazes, sndncios, matéras jomnalisticas, en- tte tantes outros, Poderiamos nos perguntar, coma professores, no que diz respeto a nossas praticas em sala le aula: de que modo estamos valarizando os Aidlogas entre distintas géneros do Aiscurso presentes na literatura in- fantil como um patente exerccio para a compreensio do cardter fic- clonal © metaférica a literatura? Como temas favorecido a analse de tais géneros presentes em obras Iiteraras em comparagdo com os gé- reas do discurso em seu uso socal? (Que atitudes, dante do texto literd- rip, temas deixad de lado em nosses pritieas de letramento lterdrio em sala de aula? ‘Ao trabalhar com 6 didlogo com aémeros do discurso no texto literé= fio, € fundamental que o professor oriente os alunos na pereepeéo tanto os cierencas existentes entre 0 g@- nero do diseuso propriamente dite a sua recriacao fccional quanto das semelhangas entre ambos. Com esse intuito apresentamos neste artigo ‘uma das atividades da liveo Alfabe tizarletrando com a literatura in- {antl destinadas aos primeitos anos o Ensino Fundamental. A ativigade proposte € acompanhada de con- cxiluagbes © definigdes dos géneros do diseurso com que a obraliteréria dialoga PROPOSTA PRATICA A PARTIR. DE UM LIVRO DA LITERATURA INFAN- m1 Como proposta de ago com tex ts da iteratura infantil que possbi- tam dislagos com generos do dis uso, slecionamoso livre Confusio no galinheiro: 0 caso dos ovos de ou- tro, de Amir Piedade (Cortez Editora) 0 tivo dialogs, inclusive por meio das ilustragbes de Elma, com 0s se- ‘guintes géneros do discurso: conver- sasSo,discussio, materia jornalistica, relatério de inquérto ¢ despacho ju- ici mum primeira momenta, o livre ‘sera lida com 05 alunos e diseutida Para que se proceda a producao de sentido a parti do teste. A seguir, © professor daré inicio @ uma roda de conversa com perguntas sobre conhecimentos.prévios dos alunos acerca desses genetos (conversagao, Aiseussio, matériajornalistis escri- 1a, relatio de investigagS0, despa ch Judicial, quals as suas caraete- ristieas, onde ocorrem ete. Durante 2 conversa, serio actescentedas in- formacées complementares 20s co- rhevimentos prévios dos alunos € serdo corrigdos 0s possives equiva 05 sobre 0s géneros do discurso em questo, No livro, a representagéo de con= versagbes [¢ da discussao entre a Pata e 0 Eseritr) por meio das falas dos personagens faz-se presente de ‘mado dominante em toda a primel- +2 metade do lio, dando lugar na segunida metade fala do narradar e {e outros personagens, por exemplo, Redator-Chefe do joral, 0 Delega- 60 © a Jus por meio des géneros do siscurso: materia jornalistica, relate rio de inquéria eo despacho judicial, sespectivamente ‘Ao tratar do género do discurso “conversagdo",convém que o distin gamos do género “discussio". Para ‘Sérgio Roberto Costa em seu ico nnivio de géneros textuais, 8 con= versa, 2 corversagio, 0 bate-papo, © didlogo € papa correspondem a uma troca, formal ou informal, de palawras © ideias sobre determinado assunto entre duas ou mais pesso- as, Caracteriza-se por ser simética, pressuponda dirito equvalente a palavre a todos 0s participantes. A dlscussi0, por sua vez, corresponde a uma polémica na qual os participan- tes de‘endem, de mado apaixonado (ou no, pontas de vistas opostos, afiema o autor 0 professor observaré ainda, com 6 alunos, que @ conversacia com ‘que se inicia a histria (entre a Pata e (0 Pato) apresenta das falas da Pata na forma de aiscurso dieto[o perso nagem profere sus fall entremeadas pela fala do Pato.em discuse indireto (o Pato fala pela voz de narrador|:" Pato, aturdde com a explasto de sua meiga © doce Pata, perguntou-the © ‘que tha acontecida’, Na continui- dade da conversagdo, sto retomadas falas de ambos os personagens por meio de giscursa diret, A seguir serd analisads a discus sto enire a Pata eo Escritor, por ela acusado de ter inciado toda aintiga divulgando erroneamente que a Gali na beta aves de auro, Na diseusséo, a exalisgéo da Pata conduz 2 uma defesa de pontos de vista contrrios. Nesse momento, convém mostrar a5, lferencas entre 05 géneros conver sagdo e diseussao, As paginas 18 € 19 do livro dia~ logam diretamente com o génera do Aiseurso “matéria jornalistica” por melo ce recursos verbais © ndo ver~ bois [espectos do. portador textual ‘Jornal impresso" s8o earacterizagos Imageticamente). Nesse ponto, antes de tratar especficamente do genero ‘matéia', 0 professor poders. per- guntar 30s alunos que semethanges eles encontram entre as paginas em questio © 2 primeira pagina de um Jomal imoresso. Podem ser aponta- os: 0 cabegalho de capa, com indi cagdo do titulo dojornal O murmirio, do ano e do numero da publicagéo (Ano 25, n. 11.680") © do tempo (substituindo data e previséo cli- mética} “nublado © com trovées'; © cabecalno interno, presente na parte Superior das paginas internas com o titule do peridico °O murmaio’, a segio “Poiltica” e a data fausente anssewaniemano Ef See er ere orensrary cee eg ee ees eee eee rs Pee ae ee ett eee eet ee ae ee ee ee ee Sorento EF rsnarmsnsen no jornal apresentado no tivo}; 0 cchapeu, palavrals) presentes. acima do titulo da matéria “Denincial"; ‘2 manchete, titulo em destaque na ‘capa do jornal que indies 2 matéria mais importante da publicagao; os titulos de eada texto que compde a materia, usados para chamar a aten= ‘80 do leitor e convidé-1o 8 leitura; 2 legenda, texto dispasta sab a foto descrevendo seu conteido ou desta cando 0 assunto da noticia, PIEDADE, 2011, p. 18. [Apis destacar 05 aspectos for- mais, editorials e icbnieas, os aspec= tos textuais serdo indicados a partir da conceituagdo do genero “materia jornalstca’ de Sérgio Roberto Cos- ta: trata-se de um texto produzido para leitores miltiplos e deseonhe- cidos, geraimente sem assinatura de autoria, e que almeja a neutralidade, apontando para referéncias aos fa- tos € ocorréncias mais do que para 4 emissdo de opinides. Segundo 0 autor, para que ums matéria pareca verdadeira, sa selecionados os fatos ‘mais importantes para que, dando cles uma ordenacio criteriosa, se favorega a leltura e a compreens 4a notici pelo letor. Mais adiante, 0 lio Confusses no galinheiro apresentara um relat- rio de inquérito emitido pelo delega- do. Como género do discurso,o rela~ ‘rio de inquérita correspond a um texto elaborado depois de encerrado ‘© inquerito por autoridade policial, Nele sto dispostas as investigagbes realizadas para a verificacao das in- icagbes de autoria e da existéncia de um dado fato criminaso, que p05 terormente dardo base a acdo penal, firma Costa. Nesse ponto, indicamos © estudo da construgdo textual do relatbrio presente no livro de Amir Piedade, destacando-se 3 conelusio apresentada nesserelatorio. Por fim, seré analisado com a tuima-0 despacho juciciallido © pu blicado pela julza.Nesse gonto, além de se atentar para linguagem jur!- dica caracterstca, pode-se observar (0 grifo em caixa alta das determina ‘es juicias, Para Costa, o despacho corresponde, na esfera publica, & do ‘eumentagdo de decisves tomadas por autoridades publicas no sentido de deferirem ou nde solicitagdes a elas ‘eitas. 0 despacho presente no livra caracteriza-se ainda como sentenca or apresentar-se como uma decisto de um jiri ou de ume autoridage (ne caso da jutza da historia) a questOes pertinentes sua jursdigdo, em con- formidade com a definigdo da Dicio- nario de géneros textuas. Os géneros escitos presentes no livio sero, por fi, comparados 4 textos de teis géncros em seu uso social. Aconselhamos, neste sentido, um criteria de seleg3o rigoroso com relagio ao conteida © & extensio dos rmesmas. Em seguide, apds 2 compa *3¢80, 05 textos presentes nos livros serdo registrados pelos alunos em formato o mais préximo possvel dos agtneros em seu uso sacial (quando passive, digitados, formstados im= ressos), para que os alunos tenham fem mo 9 jornal, © nquerito € 0 des pcho fiecionaisproduzidos por eles proprios em formato préximo a de seu uso socal Pr fina turma fard a leitura dramatizada do livro dividin- 4 05 papeis do narrador € dos per- sonagens entre o$ alunos (que util 2zatdo em sua dramatizagia os textos por eles reescritos em formato pr mo aos yéneros do diseurso a que se referem). A leitura pode se aprimorar por meio de enssios c tornar-se uma apresentagéo tearal Referéncias bibliogréficas DSTA Sto bet, indi de ges texues Bel Maine: nia 208, EDAD, Ani Crd 0 gai: 0 cso dos dec. sts Ema Si Pas: (one Fle, 200 SANTO, Fis Cr dos MORAES, bina ‘Netizen oma erat So Pubs Carter, 20, oy cre oer rnc) oot ean) freee ea Pet) Cea eee ect ee eta os Cece ate) eee eee De eet eC ens ee eens

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