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NP Norma a 1994-1-1 Portuguesa Eurocddigo 4: Projecto de estruturas mistas ago-betao Parte 1-1: Regras gerais e regras para edificios Conception et dimensionnement des structures mixtes acier-béton Partie 1-1: Régles générales et régles pour les batiments Design of composite steel and concrete structures Part 1-1: General rules and rules for buildings cou HOMOLOGACKO 62492.016:62407 Termo de Homologagao N* 70/98, de 1998-04-08 DESCRITORES Edificios; projecto estrutural; céleulos de projecto; estuturas de . betéo; construpio de ago; dimensies; resistencia & compressio; ELABORACAO vias; ages; enseios CTi15 (LNEC) EDICAO CORRESPONDENCIA Abril de 1998 ‘Versio Portuguesa da ENV 1994-1-11992 CODIGO DE PREGO 2001 © 1PQrepeduto proba Instituto Portugués da Quatidade un. Ch Aves dos Ts Vts Trans MONTEDECAPARICA PORTUGAL Tel (+3811) 2948100. Fax. (4351 129681 01 AUG. C“PT, ASMAILPAC, P=GTW-MS, O=IPQ, OUISIPQM, S=IPQMATL Inert: ipgmal a pt Preambulo nacional A presente Norma fez parte de uma série de normas europeias, correntemente designadas por Eurocédigos Estruturais, que se encontram ainda na fase de pré-normas (ENV). Por este facto, a sua edigto no obedece na integra a grelha de apresentagio das Normas Portuguesas, tendo-se considerado mais relevante a disponibilizagao répida da respectiva verso em portugués. ‘Na aplicagao em Portugal desta Pré-Norma Europeia, deve ser tomado em conta o disposto no respective Documento Nacional de Aplicago (DNA), que se inclui na parte final da presente publicagio e que deve ser considerado como sua parte integrante. PRE-NORMA EUROPEIA ENV 1994-1-1 EUROPAISCHE VORNORM PRENORME EUROPEENNE EUROPEAN PRESTANDARD Outubro 1992 ICs: 624,92.016:624.07 Descritores: Ecificios, estruturas de betdo, construgbes de ago, regulamentos de construgao, regras de calcul, dimensdes Versao Portuguesa Eurocédigo 4: Projecto de estruturas mistas ago-betéo Parte 1-1: Regras gerais e regras pera edificios Entwurf von Coneeption et Design of composite steel and Verbundbauwerken aus Stahl dimensionnement des conerete structures und Beton structures mixtes acier-béton Part 1-1: General rules and Teil 1-1: Allgemeine Regeln Partie 1-1: Régles générales et rules for buildings und Regeln fur Hochbauten régles pour les batiments A presente Norma é a versao portuguesa da Pré-Norma Europeia ENV 1994-1-1:1892, e tem o mesmo estatuto que as versées oficiais. A traducao é da responsabilidade do Instituto Portugués da Qualidade. Esta Pré-Norma Europeia foi ratificada pelo CEN em 1992-10-23, como uma norma experimental para aplicagao provisoria. O periodo de validade desta ENV esta inicialmente limitado a trés anos. Apés os dois primeiros anos, os membros do CEN sero convidados a formular os seus comentarios, em particular sobre a possivel conversao da ENV em EN. Os membros do CEN devem anunciar a existéncia desta ENV, do mesmo modo que para uma EN, e tornar a ENV disponivel a nivel nacional, rapidamente e de forma apropriada. ‘As normas nacionais em contradi¢ao com a ENV podem ser mantidas em vigor (em simulténeo com a ENV), até decisao final sobre a conversdo da ENV em EN. Os membros do CEN sao os organismos nacionais de normalizagao dos seguintes paises: Alemanha, Austria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlandia, Franga, Grécia, Irlanda, Islandia, Italia, Luxemburgo, Noruega, Paises Baixos, Portugal, Reino Unido, Suécia e Sufga. CEN Comité Europeu de Normalizacao Europaisches Komitee fr Normung Comité Européen de Normalisation European Committee for Standardization Secretariado Central: rue de Stassart 36, B-1050 Bruxelas © 1992 Direitos de reprodugao reservados aos membros do CEN Ref. n? ENV 1994-1-1:1992 Pt INDICE 4 Pag. 0. PREAMBULO ... 2... 11. e eee eee ere 10 0.1 OBJECTIVOS DOS EUROCODIGOS .........- 000 cece ee . 10 0.2 ANTECEDENTES DO PROGRAMA DOS EUROCODIGOS .......... 10 0.3 PROGRAMA DOS EUROCODIGOS ................ Pere er ee 0.4 DOCUMENTOS NACIONAIS DE APLICAGAO .............- a 12 0.5 ASPECTOS ESPECIFICOS DA PRESENTE PRE-NORMA ... 12 0.5.1 Referéncias a outros Eurocédigos ; 12 0.5.2. O tratamento do coeficiente yy, relativo a0 ago estrutural 13 0.5.3 Notas da presente Pré-Norma ........... 13 CAPITULO 1. INTRODUCAO . 4 1.1 CAMPO DE APLICACAO cece . see 4 L-L.1 Campo de aplicagdo do Eurocédigo 4... . . : seve 14 1.1.2 Campo de aplicago da Parte 1.1 do Eurocédigo 4. sees 14 1.1.3. Outras partes do Eurocédigo 4... . . cece eee vee 16 1.2 DISTINCAO ENTRE PRINCIPIOS E REGRAS DE APLICACAO......... 16 1.3 PRESSUPOSTOS ee os seve 7 1.4 DEFINICOES . 7 1.4.1 Termos comuns a todos os Eurocédigos 17 1.4.2 Termos particulares wtilizados na Parte 1.1 do Burocédigo 4 20 1.5 UNIDADESS............... cece vee eee teens se 1.6 S{MBOLOS UTILIZADOS NA PARTE 1.1 DO EUROCODIGO 4 22 1.6.1. Letras maitisculas latinas 22 1.6.2. Letras maitisculas gregas . . 22 1.6.3 Letras mintsculas latinas . . . 23 1.6.4 Letras mintisculas gregas . . . 23 1.6.5 Indices . eee eee 24 1.6.6. Utilizag&o de indices na Parte 1.1 do Burocédigo 4... sss 28 1.6.7 Convengées relativas aos eixos dos elementos ..............2..2..., 25 CAPITULO 2, BASES PARA DIMENSIONAMENTO ....... 2.1 REQUISITOS FUNDAMENTAIS ....... Peete err 2.2. DEFINICOES E CLASSIFICACOES 2.2.1. Estados limites e situagdes de project. 2.2.2 Acgdes . 2.2.3 Propriedades dos materiais . 2.2.4 Dados geométricos....... eer eee 2.2.5 Disposigdes de carregamento e casos de carga... 0... 0. sss, 2.3. REGRAS DE DIMENSIONAMENTO............ 2.3.1 Generalidades . 2.3.2 Estados limites tltimos . . . 7 23.3. Coeficientes parciais de seguranca para os estados limites tiltimos . .. 2.3.4 Estados limites de utilizacio......... eee 2.4 DURABILIDADE . CAPITULO 3. MATERIAIS .. <2... 2000 cece ee 3.1 BETAO 3.1.1 Generalidades . . : 3.1.2 Classes de resisténcia do betio . 3.1.3 Retraccio do betéo . 3.1.4 Capacidade de deformagio do betio - teoria eléstica 3.1.5 Capacidade de deformacao do betio - outras teorias . . . 3.1.6 Dilatagdo térmica...... 2.0.2.6 3.2 ARMADURAS DE BETAO ARMADO 3.2.1 Generalidades . 3.2.2 Tipos de agos 3.2.3 Classes de acos . 3.2.4 Médulo de elasticidade longitudinal | 3.2.5 Diagrama tensbes-extensdes . 508 3.2.6 Dilatagao térmica........ been eee 3.3. ACOESTRUTURAL .... 3.3.1 Generalidades e campo de spi 3.3.2 Tensio de cedéncia ..... 3.3.3. Valores de célculo de outras caracteristicas 3.3.4 Diagrama tensdes-extensOes . . 3.3.5 Dimensdes, massa e tolerdncias 3.4 CHAPAS PERFILADAS PARA LATES MISTAS 3.4.1 Generalidades e campo de aplicacao Pag. 3.4.2 Tensiio de cedéncia ..... wee 49 3.4.3 Valores nominais de outras caracteristicas 50 3.4.4 Diagrama tensbes-extensdes . . 50 3.4.5 Revestimento ......... 50 3.5 DISPOSITIVOS DE LIGACAO . 50 3.5.1 Generalidades ...... . 50 3.5.2 Conectores de corte ..... 50 CAPITULO 4, ESTADOS LIMITES ULTIMOS 52 BASES 52 Generalidades 52 Vigas : . 53 Pilares, porticos e ligagdes mistas ||... 54 PROPRIEDADES DAS SECCGES TRANSVERSAIS DE VIGAS 55 Seccdo efectiva 6.0.0... eee . 55 Largura efectiva do banzo de betio de vigas de edificios 56 Rigidez de flexio 56 4.3 CLASSIFICAGAO DAS SECCOES TRANSVERSAIS DE VIGAS ........ 57 4.3.1 Generalidades Petree 57 4.3.2. Classificagdo dos banzos de aco comprimidos 38 4.3.3 Classificagio das almas de ago. ...... 4... 58 4.4 RESISTENCIAS DAS SECCOES ‘TRANSVERSAIS DE VIGAS 61 4.4.1 Momento flector eee : 61 44.2 Corte vertical .... 64 44.3 Flexo e corte vertical. . 65 4.44. Resisténcia a encurvadura por esforgo transverso 65 4.4.5 Interacedo entre flexo e encurvadura por esforgo transverso . . or 4.5 ESFORCOS ACTUANTES EM VIGAS CONTINUAS 68 4.5.1. Generalidades : eee 68 4.5.2 Anilise plistica . . seees 8 45.3, Anflise elistica 00. e cece e eens 69 4.6 ENCURVADURA LATERAL DE VIGAS MISTAS DEEDIFICIOS ...... 71 4.6.1 Generalidades . 7m 4.6.2. Verificaco sem céloulo directo 1 4.6.3, Momento resistente & encurvadura lateral - B 4.1 ESMAGAMENTO LOCAL DA ALMA... 75 4.7.1 Generalidades ......... 5 4.7.2. Alma efectiva de Classe2... sss, 75 Pag. 4.8 PILARES MISTOS 15 4.8.1 Campo de aplicagao 78 4.8.2. Método geral de cilculo . . . 75 4.8.3 Método simplificado de célculo 82 4.9 ESFORCOS ACTUANTES EM PORTICOS DE EDIFICIOS . 95 4.9.1 Generalidades .............20.... veces 95 4.9.2 Hipoteses de célculo.......... cote etceeteteteetee scene 96 4.9.3 Consideracao das imperfeiges 97 4.9.4 Resistencia lateral ....... 98 4.9.5 Métodos de andlise global . . vee cee cence eee cee BB 4.9.6 Anélise global elastica .. 20.2020... 2.0.00 vee 99 4.9.7. Anélise global rigido-pléstica ... . vette eseeeeeeeeeseeerees 100 4.10 LIGACOES MISTAS EM PORTICOS CONTRAVENTADOS DE EDIFICIOS 101 4.10.1 Generalidades wees 101 4.10.2 Classificacdo das ligagdes . 102 4.10.3 Ligacdies feitas com rebites, parafusos ou articulagoes 102 4.10.4 Cobrejuntas em elementos mistos 102 4.10.5 Ligacdes entre vigas e pilares 103 CAPITULO 5. ESTADOS LIMITES DE UTILIZACAO ........ seve 104 3.1 GENERALIDADES............. cence cece eeeeeeeees . 104 5.2. DEFORMAGOES . 105 5.2.1 Generalidades ...... 105 5.2.2. Céleulo das flechas méximas de vigas 105 5.3 FENDILHACAO DO BETAO EM VIGAS . . 107 5.3.1 Generalidades ..............00. vette eve ee etee tee eeens 107 5.3.2 Armaduraminima .............2.0. : 109 5.3.3. Andlise da estrutura para controlo da fendilhacio . 110 5.3.4 Controlo da fendithacio devide a cargas directas, sem célculo da largura defendas ...... : qt 5.3.5. Controlo da fendithacdo através do eélculo da largura de fendas. 2 CAPITULO 6. CONEXAO DE CORTE EM VIGAS DEEDIFICIOS ......... 113 6.1 GENERALIDADES ..... 22.00.2000 ccc eect c eee e eee eee Le. 13 6.1.1 Bases de projecto . 113 6.1.2 Capacidade de deformagao dos conectores de corte . 114 6.1.3 Espagamento dos conectores de corte . 115 6.2 ESFORCO DE CORTE LONGITUDINAL... 20.00.0002 eee cece 116 6.2.1 6.2.2 63 6.3.1 6.3.2 6.3.3 6.3.4 6.3.5 6.3.6 6.3.7 6.4 6.4.1 6.4.2 6.4.3 6.4.4 6.4.5 6.4.6 6.5 6.5.1 6.5.2 6.5.3 6.5.4 6.6 6.6.1 6.6.2 6.6.3 6.6.4 6.6.5 CAPITULO 7. LAJES MISTAS COM CHAPAS PERFILADAS PARA EDIFICIOS 7.2 7.2.1 7.2.2 7.23 Vigas nas quais se utiliza a teoria plastica para verificar a resisténcia das seccGes transversais ..... ee Vigas nas quais se utiliza a teotia eldstica para verificar as resisténcias de uma ou mais sec¢des transversais RESISTENCIA DE CALCULO DOS CONECTORES DE CORTE Generalidades .............. Pernos de cabega em lajes macigas Pernos de cabega utilizados com chapas de ago perfiladas Conectores de bloco em lajes macigas Ganchos abertos ¢ fechados ..... . Conectores de bloco com ganchos abertos ou fechados em lajes macigas Conectores de cantoneira em lajes macicas DISPOSIGOES CONSTRUTIVAS DA CONEXAO DE CORTE Recomendagées gerais Pernos . . Pernos de cabeca utilizados com chapas de aco perfiladas Conectores de bloco Ganchos abertos e fechados . Conectores de cantoneira . . PARAFUSOS DE APERTO CONTROLADO .. . Generalidades . Estado limite tltimo Estado limite de utilizacao . Disposigdes construtivas dos parafusos de aperto controlado . . - ARMADURA TRANSVERSAL . . Corte longitudinal na laje ..... Resisténcia de cdlculo ao corte longitudinal . Contribuigio das chapas perfiladas Armadura transversal minima Fendilhacao longitudinal GENERALIDADES Campo de aplicagio Definigdes . . DISPOSICOES CONSTRUTIVAS .. Espessura e armadura das lajes . . . Inertes .. 2... . Requisitos dos apoios’ Pag. 116 119 119 119 120 121 123 124 125 125 126 126 129 129 130 130 131 131 131 131 132 132 133 133 134 135 136 136 138 138 138 132 139 139 140 140 Pag. 7.3 ACCOES E EFEITOS DE ACGOES ....... fete ec eeeeeees IAL 7.3.1 Situagdes de projecto . . vere 141 73.2 Acgdes ........ 142 7.3.3 Combinages de carga e casos de carga. 143 7.4 ANALISE DOS ESFORGOS ACTUANTES .. . 143 7.4.1 Chapas perfiladas utilizadas como cofragem fees cee cee eee 143 742 Laje mista... 6. cece cece e eee e eee eee seve eee 143 7.5 VERIFICACAO DAS CHAPAS PERFILADAS UTILIZADAS COMO COFRAGEM .............5 : eee ee - 145 7.5.1, Estado limite tiltimo . 145 7.5.2 Estado limite de utilizacdo 145 VERIFICACAO DE LAJES MISTAS 146 Estado limite iltimo . 146 7.6.2 Estado limite de utilizagio . . 152 CAPITULO 8. PAVIMENTOS DE EDIFICIOS COM LAJES DE BETAO PRE-FABRICADO .............. A +. 155 8.1 GENERALIDADES................. Pee eee ee 135 8.2 ACCOES..... vee eee cee cece eee 155 8.3 COEFICIENTES PARCIAIS DE SEGURANCA DOS MATERIAIS . 156 8.4 CONCEPCAO, ANALISE E DISFOSICOES CONSTRUTIVAS DOS PAVIMENTOS . a” eee 156 8.4.1 Apoios............ ee ce ceee eee 156 8.4.2 Juntas entre clementos pré-fabricados |. sees sense 156 8.4.3 Interfaces . . 156 8.5 JUNTAS ENTRE AS VIGAS DE ACO EA LAJE DEBETAO ...... 1357 8.5.1 Camada de assentamento ¢ tolerancias . . 157 8.5.2. Corroséo : 157 8.5.3 Conexio de corte ¢ armadura transversal. 157 8.6 PAVIMENTO DE BETAO CALCULADO PARA CARGAS HORIZONTAIS 158 CAPITULO 9. EXECUCAO ...... bees beeeeee : wee 159 9.1 GENERALIDADES........... Seer ere 159 9.2 SEQUENCIA DE CONSTRUCAO 2.0... eee eee eee 159 9.3 ESTABILIDADE ...... eee Pee eee 9.4 RIGOR DURANTE A CONSTRUCAO E CONTROLO DE QUALIDADE 9.4.1 Deformacio estética durante e depois da betonagem ee 9.4.2 Compactacio do beto . 9.4.3 Conexao de corte em vigas e pilares . 9.4.4 Lajes mistas com chapas perfiladas CAPITULO 10. PROJECTO ASSISTIDO POR ENSAIOS 10.1 GENERALIDADES 10.2 ENSAIO DE CONECTORES DE CORTE 10.2.1 Generalidades ............ 10.2.2 Condigdes de ensaio 10.2.3 Preparagao de provetes 10.2.4 Método de ensaio . . 10.2.5 Anélise dos resultados 10.3 ENSAIO DE LAJES DE PAVIMENTO MISTAS 10.3.1 Ensaios paramétricos 10.3.2 Ensaios especificos . ANEXO A: DOCUMENTOS DE REFERENCIA A.l CAMPO DE APLICACAO ..... ‘2 NORMAS SOBRE MATERIAIS E PRODUTOS RELACIONADAS COM | A PARTE 1.1 DO EUROCODIGO 4 A.2.1 Normas mencionadas no BC2 . . A.2.2 Normas mencionadas no EC3 . 7 ‘A23 Outras normas mencionadas no EC4 ... : ‘3. DOCUMENTOS DE REFERENCIA RELATIVOS A EXECUCAO A4 NORMAS GERAIS ..........0-00 005 sae wees ANEXO B: ENCURVADURA LATERAL ... 0.20.66. 0 eee B.1 | METODOS BASEADOS NUM MODELO ESTRUTURAL EM U INVERTIDO CONTINUO «2.2.0.0... eee eee B.1.1 Método simplificado para calcular o coeficiente de esbelteza B.1.2 Momento critico eléstico . B.1.3 Secgdes de aco duplamente simétricas B.1.4 Secedes de aco mono-simétricas . . . ANEXO C: METODO SIMPLIFICADO DE CALCULO DA RESISTENCIA DE SECCOES TRANSVERSAIS MISTAS DUPLAMENTE SIMETRICAS EM FLEXAO COMPOSTA COM COMPRESSAO Pag 159 160 160 160 160 161 163 163 163 163 164 166 167 167 168 168 174. 176 116 116 176 176 176 177 177 178 178 178 179 184 184 185 C.1 CAMPO DE APLICACAO E HIPOTESES C.2 RESISTENCIAS A COMPRESSAO ... . C.3_ POSICAO DO EIXO NEUTRO C4 RESISTENCIAS AFLEXAO ..... C5 INTERACCAO COM ESFORCO TRANSVERSO ... €.6 _EIXOS NEUTROS E MODULOS DE FLEXAO PLASTICOS DE ALGUMAS SECCOES TRANSVERSAIS . . C.6.1 Generalidades .. . €.6.2 Flexo em torno do eixo de maior inércia de seccOes em I envolvidas em betéo C.6.3 Flexo em torno do eixo de menor inércia de secodes em I envolvidas em betio C.6.4 Seccdes tubulares circulares e rectangulares cheias de betio ........ ANEXO D: CALCULO DE PILARES MISTOS COM SECCOES MONO-SIMETRICAS - METODO SIMPLIFICADO . D.1. GENERALIDADES . D.2. CAMPO DE APLICACAO . . D.3 CALCULO EM COMPRESSAO ‘AXIAL eee eee ee D.4 CALCULO EM FLEXAO COMPOSTA COM COMPRESSAO . D.5 COMPORTAMENTO DO BETAO A LONGO PRAZO ANEXO E: METODO DE CONEXAO PARCIAL PARA LAJES MISTAS E.1 CAMPO DE APLICACAO E.2 DETERMINACAO DE t,,y ..--- : E3 VERIFICACAO DA RESISTENCIA AO CORTE LONGITUDINAL . E.4 VERIFICACAO DE LAJES MISTAS COM AMARRACAO DE. EXTREMIDADE ...... 2000-0000 ce cece seen ee E.5 VERIFICACAO DE LAJES MISTAS COM ARMADURA ADICIONAL ANEXO F: LISTAS DE VERIFICACA AO DAS ee EXIGIDAS NOS RELATORIOS DOS ENSAIOS . F.1_ ENSAIOS DE ARRANQUE . F.1.1 Campo de aplicagio F.1.2 Provetes... : F.1.3 Ensaios . F.14 Resultados . . F2 ENSAIOS DE LAJES MISTAS F.2.1 Campo de aplicagéo F.2.2 Provetes......... F.2.3 Ensaios ..... F.2.4 Resultados .. . Pag. 185 185 187 187 187 188 188 188 190 191 193 193 193 193 193 195 196 196 196 197 198 199 201 201 201 201 202 202 203 203 203 203 204 01 a) @Q) 3) (@) 0.2 qa) (2) @) MBULO Di DIGO 4: OBJECTIVOS DOS EUROCODIGOS Os Eurocédigos Estruturais compreendem um conjunto de normas relativas ao projecto estrutural e geotécnico de edificios e obras de engenharia civil. Destinam-se a servir de documentos de consulta para os seguintes efeitos: (@) Como meio de demonstrar que os edificios e obras de engenharia civil obedecem aos requisitos fundamentais da Directiva sobre Produtos de Construgo (DPC). (b) — Como enquadramento para a elaboragdo de especificacdes técnicas harmonizadas destinadas a produtos de construgao. Abrangem a execucio € controlo dos trabalhos apenas na medida em que seja necessério indicar a qualidade dos produtos de construgdo e o nivel de qualidade da execucio necessérios para satisfazer as hipdteses das regras de célculo. Enguanto nio estiver disponivel o conjunto necessario de especificagdes técnicas harmonizadas para os produtos de construco e para os métodos de comprovagio do respectivo desempenho, alguns dos Eurocédigos Estruturais contém anexos informativos em que alguns desses aspectos so tratados. ANTECEDENTES DO PROGRAMA DOS EUROCODIGOS A Comisso das Comunidades Europeias (CCE) iniciou 0 trabalho de elaborar um conjunto de regras técnicas harmonizadas para 0 projecto de edificios e obras de engenharia civil, regras que se destinaram, inicialmente, a serem alternativa para as diversas regras em vigor nos vérios Estados-membros e que posteriormente as substituiriam. Essas regras técnicas passaram a ser designadas por "Eurocddigos Estruturais”. Em 1990, apés consulta dos varios Estados-membros, a CCE transferiu o trabalho de desenvolver, publicar e actualizar os Eurocédigos Estruturais para 0 CEN, tendo o Secretariado da AECL decidido apoiar 0 trabalho do CEN. A Comisséo Técnica CEN/CT 250 do CEN é responsavel por todos os Eurocédigos Estruturais. 10 0.3 @ @ @) @) 6) 6) PROGRAMA DOS EUROCODIGOS Esto em curso trabalhos relacionados com os seguintes Eurocédigos Estruturais, cada um dos quais é geralmente constitufdo por diversas partes: EN 1991 Eurocédigo 1 Bases de projecto e acgdes em estruturas EN 1992 Eurocédigo2 Projecto de estruturas de betiio EN 1993 Eurocédigo 3__Projecto de estruturas de aco EN 1994 Eurocédigo 4 —_Projecto de estruturas mistas ago-betfio EN 1995 Eurocédigo 5 Projecto de estruturas de madeira EN 1996 Eurocédigo 6 Projecto de estruturas de alvenaria EN 1997 Euroc6digo 7 Projecto geotécnico EN 1998 Eurocdédigo 8 —_Disposigdes para projecto de estruturas sismo-resistentes Além disso, poderd vir a ser acrescentado ao programa o seguinte Eurocédigo: EN 1999 Eurocédigo9 —_Projecto de estruturas de aluminio Foram constituidas pela CEN/CT 250 diferentes subcomiss6es para 0s diversos Eurocédigos acima mencionados. Esta parte do Eurocédigo Estrutural para o Projecto de Estruturas Mistas Aco-Betéo publicada pelo CEN como uma Pré-Norma Europeia (ENV) e tera um periodo de validade inicial de trés anos. Esta Pré-Norma destina-se a ser aplicada, a titulo experimental, no projecto de edificios obras de engenharia civil abrangidos pelo ambito do Eurocédigo, nos termos definidos em 1.1.2, assim como 4 apresentacéo de comentérios. Ao fim de aproximadamente dois anos, os membros do CEN sero convidados a apresentar oficialmente comentarios que serdo tidos em conta na determinacao de acgGes futuras. Entretanto, as reacgGes ¢ os comentérios a esta Pré-Norma deverdo ser enviados ao Secretariado da subcomissio CEN/CT 250/SC 2 para o seguinte enderego: National Standards Authority of Ireland, Glasnevin, Dublin 9, Irlanda ou para a organizacao nacional de normalizacio do Estado-membro. 1 0.4 q@) Q) @) 0.5 O51 @ ‘UME! NACIONAIS DE APLICA\ Atendendo as responsabilidades das autoridades dos paises membros no que se refere a seguranca, satide € outros assuntos abrangidos pelas exigéncias essenciais da DPC, nesta ENV foram atribuidos valores meramente indicativos a determinados parémetros relativos & seguranca, valores esses que sto identificados por [—]. As autoridades de cada pais membro deverdo atribuir valores definitivos a esses parémetros. Muitas das normas de apoio harmonizadas, incluindo os Eurocédigos que especificam os valores das accOes a considerar, assim como as medidas necessérias para a proteccAo a accao do fogo, nAo estarfo disponiveis na altura em que esta Pré-Norma for publicada, Prevé-se, portanto, que seja publicado por cada pais membro, ou pelo respectivo Organismo de Normalizagao, um Documento Nacional de Aplicacéio (DNA) indicando os valores definitivos para os pardmetros de seguranga, com referéncia as normas de apoio necessérias ¢ dando orientagées a nivel nacional sobre a aplicacao da presente Pré-Norma Pretende-se que a presente Pré-Norma seja utilizada em conjunto com 0 DNA em vigor no pais em que se situa 0 edificio ou obra de engenharia civil ASPECTOS ESPECIFICOS DA PRESENTE PRE-NORMA. eferncias Eu Afirma-se em 1.1.2(5) que "a Parte 1.1 do Eurocédigo 4 deve, em todos 0s casos, ser utilizada em conjunto com as Partes 1.1 dos Eurocédigos 2 e 3", Para auxiliar os utilizadores séo feitas numerosas referéncias aos Eurocédigos 2 € 3, com a forma geral "pardgrafo ... do EC2 (ou BC3). Na presente Pré-Norma: ~ EC2 significa a ENV 1992-1-1, Eurocédigo 2: Parte 1.1, projecto final revisto, 31 de Outubro de 1990; ~ EC3 significa a ENV 1993-1-1, Eurocédigo 3: Parte 1.1; projecto revisto, verso 5, Novembro de 1990, corrigida em Julho de 1991. (Nota: Estas definicdes do EC2 e do EC3 esto sujeitas a revisio por parte do CEN de forma a permitir que se faca referéncia as vers6es em ENV jé publicadas do EC2 e do C3] N&o se deve partir do principio de que sao feitas referencias a todos os pardgrafos aplicéveis do EC2 e do EC3. As repeticdes do EC2 e do EC3 limitam-se & informagao que é frequentemente necesséria para referéncia: por exemplo, 0 Quadro 3.1 sobre as propriedades do betio. 12 GB) 0.5.2 0.5.3 Hi referéncias gerais a0 Eurocédigo 1, mas nao hd referéncias a pardgrafos especificos, Em certos pardgrafos (por exemplo, 7.3.2.1) apresentam-se regras de aplicacio referentes a acbes. Estas regras s6 se aplicam até & publicacao da Parte aplicdvel do Eurocédigo 1. Otratamento do coeficiente y,, relative ao aco estrutural Na presente Pré-Norma, a utilizagdo de coeficientes parciais de seguranga referentes a0 betdo ¢ as armaduras é idéntica a do EC2. Relativamente ao aco estrutural aplica-se o parégrafo 0.5.5 do EC3, Nao foi possivel reproduzir o método do EC3, em que os coeficientes Yyq OU Yyq1 S40 aplicados as resisténcias das secoGes transversais ou dos elementos, uma vez que a maioria dos coeficientes yy, indicados nesta Pré-Norma se aplicam as resisténcias dos materiais (pardgrafo 2.2.3.2). Os simbolos Yo € Yy: S20 portanto substituidos no Eurocédigo 4: Parte 1.1 por simbolos diferentes, 7, € Yao respectivamente. O método de redacc&o permite que as autoridades nacionais atribuam valores definitivos correspondentes ay, * Yaq. A este respeito, € compativel com a utilizagao dos coeficientes Yy4q € yy; 90 EC3. Notas da presente Pré-Norma Utilizam-se dois tipos de notas: - (Nota: ...]. Estas notas devem aparecer também na verso EN do Eurocédigo 4: Parte 1.1 - [Nota da ENV: ...]. Estas notas dizem respeito a outros Eurocédigos e Normas de Referéncia tal como se encontravam em meados de 1991. Nao aparecer4o nesta forma na versio EN do Eurocédigo 4: Parte 1.1 13 1 11d @) @) @) @ 6) 112 a) INTRODUCAOQ CAMPO DE APLICACAO Campo de aplicaca édigo 4 O Eaurocédigo 4 aplica-se ao projecto de estruturas e de elementos mistos para edificios ¢ obras de engenharia. As estruturas ¢ os elementos mistos sio constituidos por ago estrutural e betéo armado ou pré-esforgado ligados uns aos outros de forma a resistirem as cargas. O Eurocédigo 4 est subdividido em varias partes distintas, ver 1.1.2 e 1.1.3 Este Eurocédigo trata apenas dos requisitos de resisténcia, utilizagdo e durabilidade das estruturas. Nao se consideram portanto outros requisitos como, por exemplo, os relativos a isolamento térmico ou acistico ‘A execucao dos trabalhos! é tratada no Capftulo 9 e mediante referéncia aos Eurocédigos 2€3, na medida em que é necesséria & definic4o da qualidade dos materiais e dos produtos de construgio a utilizar assim como A defini¢ao da qualidade da execugo em obra, exigivel face as hipéteses de célculo. As disposigdes relacionadas com a execugo e a mao-de-obra devem, em geral, ser consideradas como exigéncias minimas susceptiveis de maior desenvolvimento em casos particulares de edificios ou obras de engenharia civil! ou para determinados processos construtivos’ [Nota da ENV: Ver também o Predmbulo; no presente documento a execucao nio é tratada no Capitulo 9 na medida acima referida]. © Enurocédigo 4 nio abrange os requisitos especiais do projecto relativo & accdo dos sismos. As disposigGes relacionadas com estes requisitos sdo definidas no Eurocédigo 8, "Projecto de Estruturas para Resisténcia aos Sismos"?, que complementa e é consistente com 0 Eurocédigo 4. Os valores numéricos das acgdes a ter em conta no projecto de edificios e de obras de engenharia civil néo sio indicados no Burocddigo 4. Tais valores so fixados no Burocédigo 1, "Bases de Projecto e Acodes em Estruturas'*, aplicavel aos diversos tipos de construgio'. Camy icagdo da Parte 1. 6 A Parte 1.1 do Burocédigo 4 estabelece uma base geral para 0 projecto de estruturas € elementos mistos para edificios e obras de engenharia civil 2 No que respeita ao significado deste termo ver 1.4.1 (2) Actualmente em fase de elaboracdo. 14 2) 3) @) 6) (6) Além disso, a Parte 1.1 apresenta regras pormenorizadas sobre vigas, pilares, estruraras eticuladas e lajes mistas, que se aplicam principalmente a edificios correntes. A aplicabilidade destas regras poderd ser limitada, por motivos de ordem prética ou devido a simplificagdes; a sua utilizacdo e os limites de aplica¢do encontram-se explicados no texto sempre que necessario. Na Parte 1.1 tratam-se os seguintes assuntos: ~ Capitulo 1: Introduggo ~ Capitulo 2 : Bases para dimensionamento ~ Capitulo 3: Materiais ~ Capitulo 4: Estados limites tltimos -Capitulo 5: Estados limites de utilizagio ~ Capitulo 6: Conexao de corte em vigas de edificios ~ Capitulo 7: Lajes mistas com chapas perfiladas para edificios ~ Capitulo 8: Pavimentos com lajes de betéo pré-fabricado para edificios - Capitulo 9: Execugio - Capitulo 10 : Projecto assistido por ensaios -Anexo A: Documentos de referéncia (Normative) -AnexoB — ; Encurvadura lateral (Normativo) -AnexoC — : Resisténcia de seccdes transversais (Normativo) duplamente simétricas em flex4o composta com compressio -Anexo D _: Pilares mistos com seccdo transversal (Normativo) mono-simétrica -AnexoE — : Método de conexo parcial para (Normativo) lajes mistas -Anexo F __: Listas de verificacao das informagdes (nformativo) exigidas nos relatérios dos ensaios © Capitulo 1 € o Capitulo 2 sao comuns a todos os Eurocédigos, com excepgao de algumas clausulas adicionais relativas as estruturas mistas A Parte 1.1 do Eurocédigo 4 deve ser sempre utilizada juntamente com as Partes 1.1 dos Eurocédigos 2 ¢ 3. A Parte 1.1 ndo abrange: =a resisténcia ao fogo nem, de uma forma mais generalizada, a resisténcia em temperaturas nfo climéticas ~ a resisténcia a acgdes altamente repetitivas que possam provocar fadiga - a resisténcia a acces dindmicas que nao sejam quase estéticas - aspectos particulares de tipos especiais de obras de engenharia civil (como por exemplo pontes, vigas de caminho de rolamento, mastros, torres, plataformas “offshore”, contentores nucleares); ver 1.1.3(2) - aspectos particulares de tipos especiais de edificios (tais como edificios industriais na medida em que seja necessario considerar a fadiga) 15 oO 113 @ @) 12 @ ~ estruturas pré-esforcadas ~ elementos cuja componente de aco tenha seccdes transversais sem nenhum eixo de simetria paralelo ao plano da sua alma ~ elementos cuja componente de betZo estrutural seja feita de betdo sem finos, ou de betdo com inertes insuflados ou de betéo com inertes muito densos, ou com percentagem de armadura inferior aos valores minimos indicados no pardgrafo 5.4 do EC2, ou que contenha aditivos expansivos ou com retrac¢do compensada - lajes mistas constituidas por uma chapa de aco plana ligada a uma laje de betao ~ estruturas porticadas de nés méveis ~ alguns tipos de conectores (ver o Capitulo 6) ~ estruturas semi-continues que ndo possam ser abordadas pela andlise global rigido— plastica (ver 1.4.2(1) e, no EC3, o pardgrafo 5.2.2.4 e o Quadro 5.2.1) ~ as chapas de apoio de pilares mistos - aspectos particulares de estacas mistas de fundagdes ~aspectos particulares de elementos de altura varidvel ou de elementos com esquadros + aspectos particulares de vigas em caixo - aspectos particulares de vigas total ou parcialmente envolvidas em betiio (ver, no entanto, 4.3.3.1 e 0 Anexo B) ~e, de forma mais generalizada, aspectos particulares a que se faz referéncia como nio estando abrangidos nos capitulos seguintes (relacionados, por exemplo, com 2 forma das secodes transversais). A nflo exclusio de um tipo de construgéo ou de uma forma estrutural (definidos em 1.4.1(2)) no implica que todos os pormenores do respectivo projecto estejam completamente abrangidos. tras do Eur 4 Esta Parte 1.1 do Burocédigo 4 seré complementada com outras Partes que abordario aspectos particulares de tipos especiais de edificios ¢ de obras de engenharia civil, processos construtivos especiais e alguns aspectos do dimensionamento com importancia prética de cardcter geral As outras Partes do Eurocédigo 4, actualmente em preparacdo ou que estéo planeadas, abordam os assuntos seguintes: Parte 1.2: Resisténcia ao fogo; Parte 2: Pontes, DISTINCAO ENTRE PRINCIPIOS E REGRAS DE APLICACAO Dependendo do cardcter de cada clusula, faz-se uma distingao neste Eurocédigo entre Principios e Regras de Aplicacao. 16 Q) 3) @ (5) © 1.3 a @ 14 1.4.1 a) @) Os Princfpios englobam: - afirmacées e definicdes gerais para as quais ndo ha possibilidade de alternativa, assim como ~ requisitos ¢ modelos analiticos para os quais nao se permite nenhuma alternativa, a no ser que tal seja especificamente indicado. Neste Eurocédigo os Principios esto impressos em letra de tipo grande. As Regras de Aplicacio so geralmente regras aceites que seguem os Principios ¢ satisfazem os seus requisitos. Permite-se a utilizagdo de regras de concepeio e célculo alternativas, diferentes das Regras de Aplicagdo indicadas no Eurocédigo, desde que se demonstre que tais regras alternativas esto de acordo com os Principios correspondentes e que sao equivalentes, no que respeita a resisténcia, utilizagao e durabilidade da estrutura as estipuladas neste Eurocédigo. Neste Eurocédigo, as Regras de Aplicagdo estdo impressas em letra de tipo itdlico. Esta & uma Regra de Aplicacao. [Nota: Os quadros e as figuras tém o mesmo estatuto ou nivel dos pardgrafos a que dizem respeito}. PRESSUPOSTOS Aplicam-se os pressupostos indicados nos pardgrafos 1.3(1) do EC2 e do EC3, que so idénticos. Os métodos de célculo s6 so vlidos na medida em que sejam também satisfeitos os requisitos relativos a qualidade da execucdo especificados no Capitulo 9. Os valores numéricos identificados por [J] so dados a titulo indicative. Os Estados- -membros poderdo especificar outros valores. DEFINICOES ‘Termos comuns a todos os Eurocédis Salvo indicacdo em contrério, utilizar-se-4 a terminologia da Norma Internacional ISO 8930. Os termos indicados em seguida séo usados em todos os Eurocédigos com os seguintes significados: 7 ~ Construcdo: Tudo o que € construido ou resulta de trabalhos de construgéo> Este termo abrange edificios © obras de engenharia civil. Refere-se a construcio completa, englobando tanto os elementos estruturais como os nio estruturais. - Execuciio: A actividade de criar um edificio ou obras de engenharia civil. © termo abrange os trabalhos no estaleiro; também pode significar a execuco de elementos fora do estaleiro ¢ a sua montagem posterior em obra. ~ Estrutura: Combinacao organizada de pecas ligadas, concebida para proporcionar uma certa rigidez.* ~ Tipo de edificio ou de obras de engenharia civil: Tipo de construgdo designando a finalidade pretendida, por exemplo, edificio de habitagdo, muro de suporte, edificio industrial, ponte rodoviéria, ~ Tipo de estrutura: Designa a disposi¢ao dos elementos estruturais, por exemplo, viga, estrutura triangulada, arco, ponte suspensa. ~ Material de construgio: Material usado na construgao, por exemplo, betéo, aco, madeira, alvenaria, ~ Tipo de construeao: Indica o principal material de construcgo, por exemplo, construcao de betao armado, construgdo de aco, construgdo de madeira, construgio de alvenaria, construgao mista. ~ Processo construtivo: Modo como a construgio serd executada, por exemplo, betonada in-situ, pré-fabricada, por avancos. ~ Sistema estrutural: Os elementos resistentes de um edificio ou de uma obra de engenharia civil e o modo como se considera que esses elementos irdo funcionar para efeitos de modelacio. (3) Os termos equivalentes em vérias linguas europeias encontram-se no Quadro 1.1 Esta definigdo esta de acordo com a Norma Internacional ISO 6707, Parte I. A Norma Internacional ISO 6707, Parte 1, d4 a mesma definigdio mas acrescenta "ou uma obra de construco que tenha uma disposigdo deste tipo". Nos Eurocddigos este aditamento no € utilizado de forma a facilitar uma tradugio sem ambiguidade 18 oe waaisks ease woysksBery, ea woayshs yemjonng | jemmmuyso vuraysig euaisig Jenonnstog eUraIsig auraiskg woronsale ‘oAnnoas2 woRNaax9,p WoHSnHsu0s | OAnMIISUOS apowjowanog, uoryepseaneg ap OjarWIpac0Ig ‘oqwauNIpadorg 9p9o0rd Jo pomoy ossao0rg ‘worsonNsuOD — ‘OANINISOO won WOROMASHOS | rsnnsuo yo ody ‘OESNASUOD ‘ap Opow. favanog UNaIsig ‘a ap apow | “! ate ap ody, uorzonnsuos peenaeur| — auorznnsoo a uuonannsuos evar oxsnnsuos ap LOEW ayonnsuog | ep areyareyy BOWEN | op neorey uononnsuog op HORE Sqoorsnog SHonisuoo- Tas SPONTA, Banjos - uuog | wmannso ap od, tamnns9 2p oft | Fen acy ip od, te sp ack | smsuns Jo duo} warmnso op Odi UgISoN}sUuoD SUOIZNI}SOD SYIOMNEY ‘uoHonysu0o en Wd ed wap wa a Teng | H2Ann0g dK, " whe ae ie 3 nn a Supreauysua par | ap seago ap no Seca laeee cee) Jk PAIN | so guipying jo adéy,| —ofoypa ap odiy, ‘SpOTMASHON wanponnsgy en seed zinnnng sOmBery, aamjonng among vanannsg, Emon ugronoafg, Susoony, auorznoess ‘cneq) wonnoaxg, uopnooxg, ogsnoaxg WoIDonASuOD {emmnog | auormnnsop jomneg | Worjonnstiog | Som wononnstoD ‘ovsmmnsuoD TONVaSE | SGNVTMAGAN| ONVITviT | Hosinga | SIVSNVUd TSTIONT SgnOMTaOd senBu seqiya ura saquaqeamba sowie} ap eISIT] “TT o:pend 19 1.4.2 Termos particulares utilizados na Parte 1.1 do Eurocédigo 4 (1) Os termos indicados em seguida séo utilizados na Parte 1.1 do Eurocédigo 4 com os seguintes significados ~ Estrutura reticulada: Uma estrutura ou parte de uma estrutura, constituida por um Conjunto de barras directamente ligadas, dimensionadas para actuarem em conjunto de forma a resistirem as cargas a que estio sujeitas. Este termo abrange as estruturas reticuladas planas ¢ as estruturas reticuladas tridimensionais, ~ Sub-estrutura: Uma estrutura reticulada que faz parte de uma estrutura maior, mas que numa anilise estrutural é tratada como uma estrutura separada ~ Tipo de estrutura: Termos utilizados para distinguir entre estruturas reticuladas que podem ser: ~ continuas, em que s6 0 equilfbrio e as propriedades estruturais dos elementos tm que ser consideradas na anilise global; ~ semi-continuas, em que as propriedades estruturais das ligagdes tém que ser consideradas explicitamente na anilise global; ou sem continuidade, em que apenas o equilibrio tem de ser considerado na andlise global ~ Para as estruturas porticadas de n6s méveis e as estruturas porticadas de nds fixos ver 4.9.4.2 € 0 pardgrafo 5.2.5.2 do EC3 ~ Para as estruturas reticuladas contraventadas ¢ as estruturas reticuladas nao contraventadas ver 4.9.4.3 e o pardgrafo 5.2.5.3 do EC3. ~ Estrutura reticulada mista: Na Parte 1.1 do EC4 entende-se por estrutura reticulada mista uma estrutura reticulada de um edificio ou de uma obra semelhante, em que algumas ou todas as vigas ¢ pilares so elementos mistos e a maioria dos restantes elementos so de aco estrutural. Nao se exclui a utilizacéo de elementos de betdo armado ow pré- esforcado ou de alvenaria nos sistemas de contraventamento (tal como definidos no EC3), ~ Elemento misto: Elemento estrutural com um componente de betdo e um de ago estrutural ou enformado a frio, interligados por conector de corte de modo a limitar o escorregamento longitudinal entre o betfo e o aco e a separacdo entre componentes, - Estrutura ou elemento escorado: Estrutura ou elemento estrutural cujos componentes de ago so apoiados até os elementos de betio serem capazes de resistir as tensdes. - Estrutura ou elemento nio escorado: Estrutura ou elemento estrutural em que 0 peso dos elementos de betio é aplicado aos elementos de aco. 20 - Conexdo de corte: Interligacdo entre os componentes de betiio e de aco de um elemento misto que tem resisténcia e rigidez suficientes para permitir que os dois componentes sejam dimensionados como partes de um tinico elemento estrutural. Salvo o disposto em 4.8.2.7 € 7.1.2.2, entende-se por conexio de corte uma conexio mecfnica que resiste ao corte e que nao depende da aderéncia nas interfaces entre 0 aco e 0 betio. - As definigdes de conexo total ¢ parcial sio dadas em 4.1.2(6). - Conexao mista: Conexio entre um elemento misto ¢ qualquer outro elemento estrutural em que a armadura do betio contribui para a resisténcia da conexio, - Conexao mista rigida: Conexio mista cuja deformacao nao tem influéncia significativa na distribuicdo dos esforgos actuantes na estrutura nem na sua deformacio total (ver 4.10.2). - Pilar misto: Elemento misto sujeito principalmente a esforgos de compressio ¢ flexdo, $6 08 pilares com secgdes transversais dos tipos definidos em 4.8.1 so tratados no presente Eurocédigo. - Viga mista: Elemento misto sujeito principalmente a flexio. $6 os elementos em que a seccdo de aco estrutural € simétrica em relacdo ao seu eixo de menor inércia so tratados no presente Eurocédigo. - Viga mista continua: Uma viga com trés ou mais apoios, em que a secgdo de ago é continua sobre os apoios intermédios ou unida por meio de ligagdes de resisténcia total e rigidas, e em que as ligagdes entre a viga e cada um dos apoios é tal que se pode admitir que © apoio nao transfere um momento flector significative 4 viga. Nos apoios intermédios, a viga pode ter armaduras especificas ou apenas armaduras nominais. - Laje mista: Um elemento misto horizontal bidimensional sujeito principalmente a fle em que chapas perfiladas: - so utilizadas como cofragens permanentes capazes de suportar 0 betio htimido, as armaduras e as acces de construcao, e - posteriormente, se combinam estruturalmente ao betio endurecido e actuam como parte ou como totalidade da armadura de traccao da laje. - Anlise global: Determinagao de uma distribuigdo consistente de esforgos, que esteja em equilibrio com um determinado conjunto de ac¢ées sobre a estrutura, € que se baseie nas propriedades dos materiais. [Nota da ENV: A terminologia dos diversos tipos de andlises ainda nao se encontra totalmente harmonizada entre 0 EC2, 0 EC3 e 0 EC4]. 24 1.5 UNIDADES S.I. (1) As Unidades S.I. devem ser utilizadas de acordo com a ISO 1000. (2) Para o célculo, recomenda-se a utilizacto das seguintes unidades: - forgas cargas KN, kN/m, KN/m? ~ massa especifica kg/m? ~ peso especifico KN/m? - tenses e resisténcias N/mm? (= MN/m? ou MPa) ~ momentos (flexio ....) > kNm. 1.6 SIMBOLOS UTILIZADOS NA PARTE 1.1 DO EUROCODIGO 4 (1) Neste capftulo definem-se apenas os simbolos principais. Os simbolos que s6 so utilizados raramente neste Eurocédigo sto definidos onde aparecem. [Nota: As listas apresentadas em seguida incluem as principais combinacées de simbolos € de indices utilizadas neste Eurocédigo. Estas listas nao incluem os simbolos utilizados apenas num determinado local, nem os simbolos utilizados no EC2 e no EC3 mas néo directamente no EC4] 1.6.1 Letras maitisculas latinas Acco acidental; érea Valor fixo; coeficiente Efeito das acgdes; médulo de elasticidade Aco; forca ‘Acco permanente; médulo de distorcao Momento de inércia Coeficiente de rigidez (U/L) Comprimento; véo; comprimento do sistema Momento (em geral); momento flector Valor de célculo do momento flector resistente Valor de célculo do momento flector actuante Esforco normal; niimero de coneciores de corte Resisténcia ao corte de um conector Acco varidvel Resisténcia Esforcos actuantes (com indices d ou k) Esforco de corte; esforgo transverso Médulo de flexao Valor de uma propriedade de um material 1.6.2 Letras maitisculas gregas A Diferenca de ..... (precede o simbolo principal) ze MaRe aver Ree Angulo; relacao; coeficiente de dilatagdo térmica linear; factor Angulo; relagao; factor Coeficiente parcial de seguranca (sempre com o indice apropriado: por exemplo, F, G, Q, A, M, Ma, a, ap, ¢, s, v, Rd) Coeficiente de contribuigdo do ago; flecha Extens&o; coeficiente Coeficiente Angulo; inclinacio (ou 4. se for adimensional) Coeficiente de esbelteza Coeficiente de atrito; relacZo de momentos Coeficiente de Poisson Massa especifica; percentagem de armadura Tensio normal Tensio tangencial Diametro de um vardo de armadura Coeficiente de reducdo (para encurvadura) 23 ¥ Coeficientes definindo valores representativos de acgdes varidveis; Relagio entre tenses 1.6.5 Indices A Acidental a Aco estrutural b Encurvadura; parafuso; viga; base c Compressio; betdo; secedo transversal mista cr (ou crit) Critica cs Retrac¢do do betio a Céleulo dst Destabilizante eff Efectivo e Efectivo (com outro indice) et Elistico f Banzo; total; frente G Acgo permanente h Esquadro i {ndice (substituindo um nimero) inf Inferior; baixo k Caracteristico (ou £) Longitudinal LT Encurvadura lateral Material m Tendo em conta o momento flector; média max Maximo Tendo em conta 0 esforgo normal nom Nominal P (possivelmente junto a) Chapas perfiladas pe Plastico Q Acgao varidvel R Resisténcia r Reduzido s Esforgos s ‘Ago de armaduras stb Estabilizador sup Superior; alto t Tracedo; traccionado; transversal; alto ten Traccio u Ultimo v Vertical; relativo & conexio w Alma x Eixo longitudinal do elemento y Bixo de maior inércia da sec¢io transversal; Cedéncia z Eixo de menor inércia da secco transversal 0,1,2, ete... Valores particulares 24 1.6.6 Utilizacdo de indices na Parte 1.1 do Eurocédigo 4 Veja-se 0 pardgrafo 1.6.6 do Eurocédigo 3 1.6.7 Convencies para os eixos dos elementos Veja-se, caso apropriado, o pardgrafo 1.6.7 do Eurocédigo 3 25 24 qd) Q) @) (4) 22 2.21 BASES PARA DIMENSIONAMENTO REQUISITOS FUNDAMENTAIS ‘As estruturas devem ser projectadas e construidas de modo a que: ~se mantenham aptas para os fins para que foram projectadas, com uma probabilidade aceitdvel, tendo em conta o seu periodo de vida previsto e 0 seu custo; € possam suportar, com graus de fiabilidade aceitaveis, todas as aogées e influéncias susceptiveis de ocorrerem durante a sua execuco ¢ utilizagio e tenham uma durabilidade adequada face aos custos de manutengao. As estruturas devem também ser projectadas de modo a que os danos causados por acces, acidentais, tais como explosdes, impactos ou consequéncias de erros humanos, nao sejam. desproporcionados em relacdo as causas que os originaram. Os danos potenciais devem ser limitados ou evitados adoptando uma ou varias das seguintes medidas: ~ evitar ou reduzir os riscos a que a estrutura pode estar sujeita - adoptar uma solugdo estrutural pouco sensivel aos riscos considerados -adoptar uma solugdo estrutural e um método de cdlculo que permitam que a estrutura subsista @ remocdo acidental de um dos seus elementos - assegurar 0 contraventamento global da estrutura Os requisitos acima referidos devem ser satisfeitos através da escolha de materiais apropriados, do cilculo e pormenorizacao adequados e da especificacao de processos de controlo da producdo, construc e utilizaedo relevantes ao projecto em questio. DEFINICOES E CLASSIFICACOES Estados limites e situacdes de projecto 2.2.1.1 Estados limites @ Os estados limites so estados para além dos quais a estrutura deixa de satisfazer as exigéncias de projecto, Os estados limites classificam-se em: ~ estados limites tltimos - estados limites de utilizagao 26 2) Os estados limites wiltimos so 0s associados ao colapso, ou a outras formas de ruina estrutural que ponham em perigo a seguranca das pessoas. (3) Os estados que precedem o colapso estrutural e que, por simplificacdo, so considerados em vez do colapso propriamente dito, também sao classificados e tratados como estados limites Gltimos, por exemplo a resisténcia A flexdo de um elemento com secodes transversais de Classe 3. (4) Os estados limites itltimos a considerar incluem: - perda de equiltbrio do conjunto ou de parte da estrutura considerada como corpo rigido, - ruina por deformagao excessiva, rotura ou perda de estabilidade da estrutura ou dos seus elementos, incluindo a conexdo de corte (isto é, a conexdo entre as partes de betdo e de aco), os apoios e as fundacées. Os estados limites podem também dizer apenas respeito as partes de betdo ou de ago da estrutura (por exemplo, a parte de ago durante uma fase de construgao), relativamente as quais devem ser consultados 0 Eurocddigo 2 e o Eurocédigo 3, respectivamente. (5) Os estados limites de utilizacio correspondem aos estados para além dos quais as condi¢&es de utilizagao especificadas deixam de ser satisfeitas. © Os estados limites de utilizagao a considerar incluem. - deformagées ou deslocamentos que afectem 0 aspecto ou a utilizagdo efectiva da estrutura (incluindo 0 mau funcionamento de mdquinas ou instalagdes) ou que provoquem danos em revestimentos ou elementos ndo estruturais - vibracdes que sejam desconfortdveis para os ocupantes, provoquem danos na construcdo ou no seu recheio ou que limitem a sua eficiéncia funcional - fendilhagdo do betio que possa afectar adversamente 0 aspecto, a durabilidade ou a impermeabilidade - danos provocados no betéo por uma compressdo excessiva, susceptivel de reduzir a durabilidade - escorregamento relativo, na interface entre aco e beta, quando ele se torna suficientemente grande para invalidar as verificacdes de projecto relativas a outros estados limites de utilizagéo em que os efeitos do escorregamento sao desprezados. 27 2.2.1.2 Situagdes de projecto (1) _ As situagSes de projecto classificam-se nas seguintes categorias: ~ situagSes persistentes, correspondentes as condiges normais de utilizacao ~ situagSes transitérias, correspondentes as condigdes tempordrias aplicdveis estrutura, por exemplo, durante a construgo ou a reparacdo ~situagdes acidentais, correspondemtes as condiges excepcionais aplicéveis & estrutura ou sua exposi¢ao, por exemplo, a incéndios, explosdes, impactos. Q) No que se refere ds estruturas mistas chama-se a atengéo para a necessidade de identificar e considerar, sempre que aplicdvel, diversas situacées de projecto transitérias correspondentes as fases sucessivas do processo de construcao. Por exemplo, pode ser necessdrio considerar ndo s6 a situagdo da viga de aco que apoia o betao fresco, mas até ‘mesmo distinguir entre varias situacdes correspondentes a fases sucessivas de vazamento do betao, 2.2.2 Accies [Nota: No Burocédigo 1 encontram-se definigdes mais completas da classificacdo de accoes.] 2.2.2.1 DefinigGes e classificagdes fundamentais, (Uma acco (F) ~ uma forca (carga) aplicada a estrutura (acco directa), ou ~ uma deformagao imposta (acco indirecta); por exemplo, variagdes de temperatura, assentamento de apoios ou retraccio do betio. @) As accdes classificam-se: @ de acordo com a sua variacao no tempo: ~acedes permanentes (G), por exemplo, o peso proprio das estruturas, acessérios e equipamento fixo ~ acces variiveis (Q), por exemplo, sobrecargas, acgio do vento e acco da neve ~ acgdes acidentais (A), por exemplo, explosdes ou choques provocados por veiculos 28 (ii) de acordo com a sua variagao no espaco ~ acges fixas, por exemplo o peso proprio [ver 2.3.2.3 (2) no que respeita as estruturas muito sensiveis a variacdes do peso préprio} ~ acgées livres, que dio origem a combinagdes diferentes de acgdes, por exemplo sobrecargas méveis, accdo do vento e acco da neve. (3) Outras classificagdes relacionadas com a resposta da estrutura encontram-se nas cldusulas apropriadas. (4) Para as estruturas mistas adopta-se, nos célculos, a seguinte classificagao dos efeitos das acces -a retracefio do betio e as variagdes nfo uniformes de temperatura provocam esforgos nas seogdes transversais e provocam curvaturas ¢ extensdes longitudinais nos elementos. Os efeitos que ocorrem nas estruturas isostéticas, e também nas estruturas hiperstéticas quando a compatibilidade das deformagées néo é tida em consideracio, so classificados como efeitos primérios (isostéticos). Para estes efeitos, as acgdes associadas tém de ser consideradas como directas ou indirectas (ver (1)), de acordo com a sua natureza. - 0s efeitos primérios da retracco e da temperatura so associados nas estruturas hiperstaticas a efeitos de acgdes adicioneis, de modo a que os efeitos totais sejam compativeis, Estes efeitos adicionais sdo classificados como efeitos secundérios (hiperstaticos). No que se refere a estes efeitos, as accdes associadas, que sio normalmente forcas nos apoios, devem ser consideradas como deformagées impostas (acgGes indirectas) Esta classificagio tem consequéncias quer em 2.3.3.1(4) se a andlise global for linear, quer na propria andlise global nos outros casos. 2.2.2.2 Valores caracteristicos das acces (1) Os valores caracteristicos F, sio especificados = no Eurocédigo 1 ou noutros documentos apropriados, ou - pelo Dono de Obra, ou pelo Projectista de acordo com o Dono da Obra, desde que se observe as disposigSes minimas especificadas nos documentos aplicdveis ou exigidas pelas autoridades competentes (2) Para as acgdes permanentes cujo coeficiente de variacdo seja elevado (por exemplo, certos impulsos de terras) ou sejam susceptiveis de variar durante o perfodo de vida da estrutura (por exemplo, 0 caso de cargas permanentes adicionais), distinguem-se dois valores caracteristicos, um superior (G,,,.,) € um inferior (G,,). Nos outros casos basta um valor caracteristico tinico (G, ). 29 (3) Na maioria dos casos, 0 peso préprio da estrutura pode ser calculado com base nas suas dimensGes nominais e nos valores médios das massas especificas. @) — Devido @ variagdo continua e monétona da retracgdo no tempo, na maioria dos casos devem considerar-se dois valores para esta aceao, associados respectivamente com dois Pontos extremos do valor de cdlculo do tempo de vida itil, representados pelas expresses simbélicas = 0 e t = « Em casos particulares s6 os valores intermédios devem ser verificados. (5) Para as acgdes varidveis, o valor caracteristico (Q) corresponde a um dos seguintes valores: ~ a0 valor superior, com uma certa probabilidade de nao ser excedido, ou ao valor inferior, com uma certa probabilidade de néo ser alcangado, durante um determinado perfodo de referéncia, tendo em atencdo o perfodo de vida previsto da estrutura ou a duragéo admitida para a situac&o de projecto, ou ~ a um valor especificado, por exemplo um limite pretendido de utilizacao. (©) Para as acces acidentais, 0 valor caracteristico A, (quando aplicével) corresponde geralmente a um valor especificado. 2.2.2.3 Valores representativos das acces variaveis (Nota: No Eurocédigo 1 encontram-se definigdes mais completas dos valores representa- tivos]. (1) O principal valor representativo é o valor caracteristico Q, (2) Os outros valores representativos relacionam-se com o valor caracteristico Q, por meio de um coeficiente y. Estes valores so definidos como: ~ valor de combinacio: Vo Q, (ver 2.3.2.2 € 2.3.4) ~ valor frequen W, Qy (Wer 2.3.2.2 2.3.4) ~ valor quase permanente: fy Q, (ver 2.3.2.2 2.3.4) (3) Sao ainda utilizados valores representativos suplementares para verificagio da fadiga e para anélise dindmica (4) Os coeficientes Wo, py € Wp So especificados: ~ no Eurocédigo 1 ou noutros eédigos de acgdes apropriados, ou ~ pelo Dono de Obra, ou pelo Projectista de acordo com 0 Dono da Obra, desde que se observem as disposicées minimas especificadas nos documentos aplicdveis ou exigidas pelas autoridades competentes. 30 2.2.2.4 Valores de célculo das accées (1) O valor de célculo F, de uma acco é expresso em geral da seguinte forma: R= 1) em que + € 0 coeficiente parcial de seguranca da acgdo considerada tendo em atengfo, por exemplo, a possibilidade de variacdes desfavordveis das acces ou de imprecisdes na sua modelacdo, as incertezas na avaliagao dos efeitos das accdes e as incertezas quanto definiggo do estado limite considerado. (2) Exemplos especificos da utilizagio de y,: Gi= 0G, QW= ¥eQr: ov ¥oWi A Ai= Ya Ay (se Ay no for directamente especificado) (3) Os valores de célculo superior e inferior das acgdes permanentes sio expressos do seguinte modo: - quando se usa apenas um valor caracteristico G, (ver 2.2.2.2(2) Gasp = Yon Gr Gane = Your Ge - quando se usam os dois valores caracteristicos superior e inferior das accdes permanentes (ver 2.2.2.2(2)): em que Gy € 0 valor caracteristico inferior da acgo permanente Gyo €0 valor caracteristico superior da acco permanente Yoiw 0 Valor inferior do coeficiente parcial de seguranca para a acciio permanente Yesip €0 valor superior do coeficiente parcial de seguranca para a acco permanente 2.2.2.5 Valores de cdleulo dos efeitos das acgdes (1) Os efeitos das acgdes (E) so respostas (por exemplo, esforcos, tensGes, deformacoes) da estrutura as acgdes. Os valores de célculo dos efeitos das acgdes (B,) so determinados a partir dos valores de célculo das acces, dos dados geométricos e das propriedades dos materiais, de acordo com 2.3.1(4), do seguinte modo: By = E Be ayy --) (2.2) sendo a, definido em 2.2.4. 31 2.2.3 Propriedades dos materiais 2.2.3.1 Valores caracteristicos @ @) @) a ‘Uma dada propriedade de um material é representada por um valor caracteristico X,, que corresponde em geral a um determinado quantilho da distribuicdo estatistica admitida para a propriedade em causa, definida em normas apropriadas e determinada em ensaios normalizados. Certas propriedades de alguns elementos da construgdo (por exemplo, resisténcia de um conector de corte Pp.) sio tratadas como propriedades dos materiais. Em certos casos usam-se valores nominais como valores caracteristicos; é 0 que se passa com a maioria das propriedades dos materiais relacionadas com as partes de aco das estruturas mistas, No que se refere a outras propriedades dos materiais, os valores caracteristicos séo, em certas verificagSes, substituidos ou complementados por valores médios ou nominais, que correspondem aos valores mais provaveis na estrutura para a qual foi especificado um valor caracteristico minimo; é 0 que se passa com as propriedades do betdo e com os coeficientes fisicos A resisténcia de um material pode ter dois valores caracteristicos, um superior e um inferior. Na maior parte dos casos, s6 é necessério tomar em consideragao o valor inferior. No entanto, deve-se considerar 0 valor superior quando os efeitos de sobreresisténcias puderem conduzir a uma redugao significativa da seguranga; este é, por exemplo, 0 caso da resisténcia & tracedo do betio no célculo dos efeitos de accdes indirectas. 2.2.3.2 Valores de célculo @ o>) © valor de céleulo X, da propriedade de um material, representado pelo seu valor caracteristico inferior, € geralmente definido como: Xa = Xia! tw em que Yy, € 0 coeficiente parcial de seguranga para a propriedade do material (ver 2.3.3.2(1)). No entanto, o valor de célculo Pp, da resisténcia de um conector de corte é definido de uma forma semelhante, como Pa, = Prx/Y,, emque y, € um valor unificado aplicavel a qualquer modo de rotura da conexao de corte. Para as estruturas mistas, os valores de célculo das propriedades dos materiais e dos dados geométricos devem ser utilizados para determinar as resisténcias de cdlculo dos elementos ou das secgdes transversais, de acordo com os capitulos apliciveis, isto é: Ry = RX ay (2.3) na maioria dos casos. Nos casos em que a resisténcia é influenciada pela encurvadura do ago estrutural utilizam-se outras formulacées, incluindo um coeficiente de seguranca 32, @) 2.2.4 a) 3) 2.2.5 () Q) @) @) espectfico Yqq (ver 4.1.1(5)). valor de célculo R, pode ser determinado a partir de ensaios, Neste caso R, é definido de acordo com a formula (2.3) ou como: Ry = Ry ae (2.3bis) em que Yyq € um coeficiente parcial de seguranca para a resisténcia (ver 2.3.3.2(9)). Dados geométricos Os valores de céleulo dos dados geométricos que caracterizam a estrutura so geralmente representados pelos seus valores nominais; 8g = rem 4) Em certos casos, 0s valores de célculo dos dados geométricos sio definidos por: Ay = gm + Aa (2.5) em que Aa representa a tolerncia para o dado geométrico. Os valores de Aa so dados nas cléusulas aplicaveis. [Nota da ENV: Aa abrange principalmente as imperfeigbes mas também, em certos casos, os desvios devidos a fenémenos parasitérios desprezados, por exemplo, diferencas térmicas] No que respeita as imperfeigdes a adoptar na andlise global da estrutura, ver 4.8.2.3 e 4.9.3, Disposigdes de carregamento e casos de car; [Nota: Regras pormenorizadas sobre disposigdes de carregamento ¢ casos de carga sao indicadas no Eurocédigo 1}. Uma disposicdo de carregamento identifica a posi¢&o, grandeza e direcgdo de uma acco mével. Um caso de carga € definido identificando as disposigbes de carregamento compativeis € 0s conjuntos de deformacdes € imperfeicdes a considerar para uma determinada verifica- Gao. Para as combinagbes de acedes apliciveis, deve considerar-se um mimero suficiente de casos de carga que permita a definicdo das condigies criticas de projecto. Podem utilizar-se casos de carga simplificados desde que se baseiem numa interpretacdo razodvel da resposta da estrutura. 33 6) 2.3 2.3.1 a (2) @) @) No caso de lajes continuas de edificios e de vigas sem consolas submetidas principalmente @ acedes uniformemente distribuidas, & em geral suficiente considerar apenas as seguintes disposigdes de carregamento: 4) vaos alternados suportando as accées de céileulo varidveis e ermanentes (Yo Q, + ¥¢G,), outros vaos suportando apenas a aceao de cdlculo permanente y¢ Gy 4) dois vdos adjacentes suportando as accdes de célculo varidveis e permanentes (¥p Q, + Ye Gz), todos os outros vaos suportando apenas a aceao de cdlculo permanente Yq Gy (Nota da ENV: (4) e (5) serio possivelmente transferidos para 0 Eurocédigo 1] REGRAS DE DIMENSIONAMENTO Generalidades Deve verificar-se que nenhum estado limite apropriado é excedido. Todas as situagdes de projecto e casos de carga apropriados devem ser tomados em consideracio. Os desvios possiveis em relacao as direcgies ou posiges admitidas para as acces devem ser tomados em consideraco. {Nota da ENV: Parte-se do principio de que as instrugdes se encontram nos capitulos aplicdveis do Eurocédigo 1} Os célculos devem ser efectuados usando modelos de comportamento adequados (complementados, se necessario, por ensaios) envolvendo todas as variéveis apropriadas. Os modelos devem ser suficientemente precisos para permitirem a previsio do comportamento estrutural, tendo em conta o nivel esperado de qualidade da execucdo e a fiabilidade das informagdes em que se baseia o projecto, 2.3.2 Estados limites tiltimos 2.3.2.1 Condigées de verificacio oO Quando se considera um estado limite de equilfbrio estético, ou de grandes deslocamentos ou deformacdes da estrutura, deve verificar-se que: Bags $ Bes (2.6) em que Ey, € E,. S&0 0s valores de célculo dos efeitos das acces, destabilizantes e estabilizantes, respectivamente. 34 @ 8) @) Quando se considera um estado limite de rotura, ou de deformac&o excessiva duma sec¢ao, de um elemento ou de uma ligacdo (excluindo a fadiga), deve assegurar-se que: Sas Ry 2.7) em que S, é 0 valor de célculo de um esforgo actuante (ou de um vector de esforcos) e Ry €o valor de célculo do esforgo resistente correspondente, tal como definido em 2.2.3.2(2) ou (3). Quando se considera um estado limite Gltimo de tansformacdo da estrutura num mecanismo, deve verificar-se que 0 mecanismo nfo ocorre se as acces no excederem 0s seus valores de célculo, atribuindo a todas as propriedades estruturais os respectivos valores de célculo. Quando se considera um estado limite de estabilidade devido a efeitos de segunda ordem, deve verificar-se que a instabilidade no ocorre se as aceGes no excederem o seu valor de célculo, atribuindo a todas as propriedades estruturais os seus respectivos valores de cdleulo, Além disso as secgdes devem ser verificadas de acordo com (2). [Nota: A equagdo (2.8) do EC3 nfo é tomada em consideracao nesta Parte do EC4] 2.3.2.2 Combinagoes de acgdes @) Para cada caso de carga, os valores de cdlculo E , dos efeitos das accdes serao determinados com base em regras de combina¢ao envolvendo valores de célculo das acgdes tal como identificado no Quadro 2. Quadro 2.1: Valores de célculo das acgdes a utilizar nas combinagées de acedes vot Acces varidveis Q, a Sinages ¢@ | stamens acini projecto PF a Acco varidvel | Acc&o varidvel a a de base _| de combinagao ! Persistente e transit6ria YoG Yo Vo Ya Qx ° Acidental WA (a menos de (caso Ay especificagao You Gi Wi Q YQ no seja diferente especificado noutro local) directamente) 35 2) Os valores de célculo do Quadro 2.1 devem ser combinados de acordo com as seguintes expressbes (apresentadas simbolicamente): - Combinagdes para situacdes de projecto persistentes e transitérias para verificaces aos estados limites tiltimos que nfo se relacionem com a fadiga: © os Gay * Yor nr * De You Wa Pru 2.9) - Combinagdes para situag6es de projecto acidentais (caso ndo sejam especificadas de forma diferente noutro local): x Yous Guy * 4a * Wir Qe * x Was Qe,1 (2.10) em que: Gy so os valores caracteristicos das acedes permanentes Qa € 0 valor caracteristico da accdo variavel de base da combinac&o Qi so os valores caracteristicos das outras acces variéveis A €0 valor de célculo (valor especificado) da aegao acidental Yo so os coeficientes parciais de seguranga para a acco permanente j Yous como Yq,, mas para situagdes de projecto acidentais, You siio os coeficientes parciais de seguranca para a acco varidvel i Vo. Vis V2 Sii0 08 coeficientes definidos em 2.2.2.3. @) As combinagées para situacdes de projecto acidentais envolvem uma acco acidental explicita A ou referem-se a uma situagio depois de um acontecimento acidental (A=0)._A no ser que seja especificado de outro modo poderé tomar-se Yor (4) Nas expresses (2.9) (2.10) introduzir-se-Ao acgdes indirectas sempre que apropriado. (5) As equagées simplificadas para as estruturas de edificios esto indicadas em 2.3.3.1. [Nota: No Eurocédigo 1 sio apresentadas regras detalhadas sobre combinagées de acc6es]. 36 2.3.2.3 Valores de célculo das acces permanentes a 2) @) 4) 6) Nas varias combinagGes acima definidas, as acedes permanentes que aumentem 0 efeito das acgbes varidveis (isto é, que produzam efeitos desfavoréveis) serio representadas pelos seus valores de célculo superiores e as que reduzam 0 efeito das acgdes variveis (isto 6, que produzam efeitos favordveis) pelos seus valores de célculo inferiores (ver 2.2.2.4 (3)). Quando os resultados de uma verificagdo dependerem de forma muito sensivel de variacdes de intensidade de uma ac¢do permanente de um ponto a outro da estrutura, a accio permanente deve ser considerada como composta por uma parte favordvel e outra desfavorével, consideradas como acgdes separadas. Isto aplica-se em particular verificagdo do equilibrio estatico Nos casos em que uma tinica acco permanente seja tratada como sendo constituida por uma componente desfavorével e outra favordvel distintas, a relaco entre estas componentes pode ser tida em conta adoptando valores de célculo especiais (ver 2.3.3.1(3) para as estruturas de edificios). Com excepedo dos cases indicados em (2), a totalidade de cada acgdo permamente deve Ser representada na estrutura pelo seu valor de cdlculo inferior ou superior, consoante 0 que proporcionar o efeito mais desfavordvel. ‘Nas vigas continuas e porticos, o mesmo valor de cdlculo do peso proprio (avaliado como em 2.2.2.2 (3)) poderd ser aplicado a todos os vaos, excepto nos casos que envolvam o equiltbrio estdtico de consolas (ver o pardgrafo 2.3.2.4 do EC3). 2.3.2.4 Verificacao do equilibrio estatico Aplica-se 0 pardgrafo 2.3.2.4 do EC3. 2.3.3 Coeficientes parciais de seguranca para os estados limites viltimas 2.3.3.1 Coeficientes parciais de seguranca relativos a acces em estruturas de edificios @) @ Os coeficientes parciais de seguranga para situagées de projecto persistentes e transitorias sao indicados no Quadro 2.2. Nas situagdes de projecto acidentais as quais se aplica a expresso (2.10), os coeficientes parciais de seguranca para as accGes varidveis sao iguais a 1,0. Para as acces permanentes ver 2.3.2.2(3) 37 Quadro 2.2: Coeficientes parciais de segurana relativos a accdes em estruturas de edificios nos casos de situagdes de projecto persistentes e transitérias Acgbes Acces varidiveis (Yq) Permanentes | Acelo varidvel | Accdes varidveis eC) de base de combinagio Efeito favoravel oo. ary -ne Yet Efeito ess oa» os os Fo *) Ver também o pardgrafo (3) **) Ver 0 Eurocédigo 1; nos casos correntes de estruturas de edificios ‘gar = 3) Quando, de acordo com 2.3.2.3(2), as parcelas favordveis ¢ desfavordveis de uma acco permanente forem consideradas como accdes separadas, a parcela favordvel poderé, como alternativa, ser multiplicada por Youn a parcela desfavoravel por "You = 35] desde que a aplicagao de ¥¢j¢ = C0] tanto a parcela favordvel como desfavoravel nao produza um efeito mais desfavoravel. (4) Para as deformagdes impostas (ver 2.2.2.1(1) ¢ (4), nos casos em que se utilizem métodos de anjlise n&o linear, aplicam-se os coeficientes referentes as accdes varidveis anteriormente indicados. No caso de andlise linear, o coeficiente correspondente aos efeitos desfavoraveis sera reduzido de 20%. (8) Para os efeitos vectoriais (isto é, com varias componentes) em pilares, se uma componente do efeito for favordvel deve ter-se em conia 4.8.3. 13(6). © Para estruturas de edificios, como simplificagdo, a expresso (2.9) pode ser substituida Por uma das combinagées seguintes, consoante a que produzir o maior valor: ~ considerando apenas a acedo varidvel mais desfavordvel: x YosSns * Yor Qur (2.11) 38 - considerando todas as acdes varidveis desfavordveis: y Yas Fry * 09 DQ Oe (2.12) AL 2.3.3.2 Coeficientes parciais de seguranga relativos aos materiais @ 2 )) @) [o} © a (8) Excepto em certos casos referidos em 2.2.3.2(2) e (3), 0s coeficientes yy sfio aplicados aos valores caracteristicos inferior ou nominal da tensdo de rotura dos materiais (de acordo com 2.2.3.2(1)) € sao indicados no Quadro 2.3. Quadro 2.3: Coeficientes parciais de seguranca relativos as resisténcias e as propriedades dos materiais Aco estrutural Betiio Armadura | Chapas Combinacao Ys de ago perfiladas ‘Yve 20 BC3) i Ys Yep Fundamental Gu Cus] OI tL coc oo oo | op | om (excepto sismos) Na fixacdo dos valores indicados no Quadro 2.3 devem ter-se em conta, nomeadamente, as diferengas entre a resisténcia obtida de provetes ensaiados em laborat6rio e a resisténcia em obra. Aplicam-se a certas propriedades mecanicas eldsticas, mas apenas nos casos indicados nos pardgrafos aplicaveis; nos outros casos devem ser substituidos por Yy, = 1,0, Para as caracteristicas fisicas nao mecénicas (por exemplo, densidade, dilatac&o térmica), Y deve ser considerado igual a 1,0 Poderio usar-se valores superiores ou inferiores de y, desde que justificados em face dos métodos de controlo adoptados (ver 1.3(2)). Valores de yy, referentes & conexio de corte sao indicados como ‘y, em 6.3.2.1 para os pernos, 6.3.7 para os conectores angulares e 6.5.2.1 para os parafusos de conexfo por atrito. [Nota da ENV: y, ainda nfo se encontra definido para outros tipos]. Os valores de yy, para parafusos, rebites, permos, soldaduras e resisténcia ao escorrega- mento de ligagdes aparafusadas so indicados no pardgrafo 6.1.1(2) do EC3. Os valores de y,, para o corte longitudinal em lajes mistas sfio indicados em 7.6.1. No que se refere aos elementos de ago de estruturas mistas, os valores de %, para as combinagées fundamentais sio os indicados nos pardgrafos aplicaveis do Capitulo 5 da Parte 1.1 do EC3, ou na Parte 1.3 do EC3. No que se refere aos elementos de betio armado de estruturas mistas, os valores de yy, $0 08 indicados no pardgrafo 2.3.3.2 do EC2 (isto é, os indicados em (1) e (3). 39 @) 2.3.4 qd) Q) @) @) Nos casos em que as propriedades estruturais sejam determinadas por ensaios, deverd ter- se em conta 0 Capitulo 10 € o Anexo F. Jimi utilizaga Deve verificar-se que: B.SC, ou E, sR, (2.13) em que C, € um valor nominal, ou uma fungio de certas propriedades dos materiais, rela- cionado com o valor de célculo do efeito das acgSes consideradas, e E, — € 0 valor de célculo do efeito das acgbes, determinado a partir de uma das combinagGes definidas a seguir Para a verificaglio em relagdo aos estados limites de utilizaciio, a combinagdo a adoptar 6 identificada no pardgrafo aplicavel do capitulo 5 As exptessOes seguintes definem trés combinagdes de acgdes para os estados limites de ‘utilizagao: Combinagio rara zy Ge * Qe * De Wei Qe, (2.14) Combinagao frequente x Gy * Vir Qe * DV Qu, (2.15) Combinago quase permanente x Gay + De Va 2, (2.16) As notagGes séo definidas em 2.3.2.2 (2) As deformacées impostas devem ser consideradas sempre que apropriado. Quando em cléusulas relativas aos estados limites de utilizagdo se adoptam regras de verificagao simplificadas, sao dispensados céloulos pormenorizados utilizando as combinagdes de acces. No caso de estruturas de edificios podem utilizar-se formulas simplificadas para a verificagéo da seguranga em relaco aos estados limites de utilizacdo. 40 () Para as estruturas de edificios, por simplificagéo, a expresso (2.14) relativa a combinagao rara pode ser substitutda pelo valor mais elevado obtido a partir de uma das combinagées seguintes: - considerando apenas a accdo varidvel mais desfavordvel: x Gey * Our (2.17) - considerando todas as aceées varidveis desfavoraveis: x G+ 09D O, (2.18) Estas duas expressées também podem ser utilizadas para substituir a expresso (2.15) relativa & combinagao frequente (6) Os valores de 4, devem ser tomados iguais a 1,0 salvo indicagdo em contrério. 2.4 DURABILIDADE (1) Para garantir a adequada durabilidade da estrutura, devem ter-se em conta os seguintes aspectos interdependentes: - a utilizagdo da construgio - 08 critérios de desempenho exigidos ~ as condigdes ambientais - a composicéo, propriedades e desempenho dos materiais ~a forma dos elementos e as disposigGes construtivas ~ a qualidade da execugio e o nivel de controle + as medidas particulares de protecedo - a manutengfo prevista durante a vida da obra. 2) As condigdes ambientais devem ser avaliadas na fase de projecto de modo a estimar a sua importancia em relacHo 4 durabilidade e para permitir que se tomem medidas adequadas para a proteceao dos materiais. (3) A secgdo 4.1 do EC 2 aplica-se As estruturas mistas. [Nota da ENV: Pardgrafo susceptivel de desenvolvimento no que se refere as partes de aco]. 41 3.1 3.1.1 Generalidades @ Q) As propriedades mais frequentemente exigidas para os célculos encontram-se resumidas a seguir. No caso de betdes leves so dadas como funcdes da sua massa volimica apés secagem em estufa, p, que esté expressa em kg/m? nas formulas do presente Capitulo. ‘As classes de resistencia do betiio superiores a C50/60 nao devem ser utilizadas a nao ser que a sua utilizacéo seja devidamente justificada. Nao se apresentam Regras de Aplicacao para este caso, 3.1.2 Classes de resisténcia do hetdo 2 Quadro 3. © presente Eurocédigo baseia-se no valor caracteristico da resisténcia do betéo & compressdo em cilindros, f,,, medida aos 28 dias de acordo com o parigrafo 3.1.2.2 do EC2. A resisténcia f,, deve ser igual a pelo menos 20 N/mm? (MPa). O dimensionamento deve basear-se numa classe de resistencia do betdo que corresponda @ um valor especificado de f,. O Quadro 3.1 apresenta, para as diferentes classes de resisténcia, 0 valor caracteristico da resisténcia f, e os valores correspondentes da resisténcia associada 4 compressdo em cubos (por exemplo, a classificagdo do betao C20/25 diz respeito as resistencias & compressdo em cilindros/cubos) e, no caso de betéo normal, da resisténcia média é tracca0 fq € 08 valores caracteristicos da resistencia a traceao fuxoas & faxass AS colunas do referido quadro relacionadas com fy igual a 12 ea 16 destinam-se apenas a dar informacées sobre as propriedades de betées de classes superiores, de idade inferior a 28 dias. Classes de resisténcia do beto, valor caracteristico da resisténcia 4 compressio fy, (cilindros) e valores caracteristicos da resisténcia a traceao f, do betio (em N/mm?) Classe de resistencia cans | c2sr30 | c3ors7 | casias | caovso | casiss | cs0/60 do betio fa, 2 16 20 25 30 35 40 45 50 fen 16 19 22 26 | 29 | 32 | 35 3.8 4d feos ah 13 13 1g_| 20 | 22 | 25 27 29 fuwoss 2,0 25 29 | 33 | 38 42 | 46 49 53 {Nota da ENV: Enquanto nfo for adoptada uma regra aplicével tanto 20 EC2 como ao EC4 sobre a variago no tempo de f, € f.,, devem seguir-se as orientacdes dos c6digos ou normas nacionais existentes.] 42 8) No caso de betdes leves, podem obter-se os valores da resisténcia é traccdo multiplicando 08 valores obtidos a partir do Quadro 3.1 pelo factor 1 = 0,30 + 0,70 (p / 2400). 3.1.3 Retracedo do hetio (1) Quando for imprescindivel um controlo preciso do perfil durante a execugdo, ou quando Se preveja que a retracedo atinja valores excepcionais devido & composigéo do betéo ou devido ao ambiente em que se encontra (por exemplo, betdo mothado com muita Frequéncia), ou quando for necessdrio avaliar a retracgéo ao longo do tempo, deve consultar-se o pardgrafo 3.1.2.5.5 ¢ 0 Anexo 1 do EC2. @) Em geral, nos casos mais comuns e salvo especificagdo ou justificagéo em contrério em relacéo a um projecto espectfico, podem atribuir-se os seguintes valores, como aproximacao aceitavel, & extensdo de retracedo livre total de longa duragdo resultante da presa do betdo, &, -em condigées ambientais secas (fora ou dentro de edificios, excluindo-se os elementos cheios de betéo) (3350) x 10° para betéo normai (500) x 10° para betéio leve ~ noutras condi¢ées ambientais e no caso de elementos cheios de betdo [2001 x 10° para betéo normal (3007 x 10° para betiio leve. 3) Todos estes valores sdo valores nominais que se destinam a ser utilizados no célculo dos efeitos da retraceao (ver 2.2.2.2(4)) 3.1.4 Capacidac formacé fio - teoria eldsti 3.1.4.1 Médulo de elasticidade secante para cargas de curta duracio qQ Os valores nominais do médulo secante médio E,, referente a cargas de curta duragdo de betdo normal de uma determinada classe de resisténcia ou com valor caracteristico da resisténcia a compressdo fi, so indicados no Quadro 3.2. Quadro 3.2: Valores do médulo de elasticidade secante médio E,,, (KN/mm?) Classe de resisténcia Chak) a2) | a6) | c2ars | casis0 | c30r37 | casvas | c40rso | casiss | c50/60 Eon 2% | 275 | 2 | 305 | 32 | 335 | 35 | 36 | 37 43 @ @) Para uma idade t inferior a 28 dias, E,, deve ser obtido a partir do Quadro 3.2, tendo em conta a resisténcia real & compressdo na idade t. Para bet6es leves, podem obter-se os médulos secantes multiplicando os valores obtidos a partir do Quadro 3.2 por (p/2400)?. 3.1.4.2 Coeficientes de homogeneizacao ay Q) (3) 4 [Nota da ENV: Possivelmente sujeitos a revisio no que se refere ao betdo leve quando se redigirem os pardgrafos correspondentes do Eurocédigo 2] A deformacao do betdo devida a fluéncia deve ser tida em conta, Se, para um projecto especifico, se especificar que as regras de aplicacdo indicadas a seguir ndo sdo aceites, devem adoptar-se os valores nominais indicados no pardgrafo 3.1.2.5.5 do EC2. Relativamento ao cdlculo de edificios, com excepgdo das andlises globais das estruturas orticadas de nos méveis, considera-se que é suficientemente rigoroso ter em conta a fluéncia substituindo, nas andlises, as dreas de betao A, por areas efectivas de aco equivalentes, iguais a An, em que n é 0 coeficiente de homogeneizacdo nominal, definido porn = EJE', em que E, € 0 médulo de elasticidade do ago estrutural, indicado em 3.3.3, e E',é um médulo de elasticidade "efectivo" do betdo, considerando-se, nos diversos casos, os valores indicados a seguir. Caso seja especificado para um determinado projecto e, em qualquer caso, para edificios destinados principalmente a armazenagem, devem utilizar-se dois valores nominais E',: um igual a E,, para efeitos de curta duracdo e o outro igual a E-/3 para efeitos de longa duracdo. Nos outros casos, E', pode ser considerado igual a E,,/2, tendo Em, 0 valor definido em 3.1.4.1. 3.1.4.3 Coeficiente de Poisson Caso seja necessdrio para efeitos de cdlculo, 0 valor nominal do coeficiente de Poisson para extensées eldsticas deve ser considerado igual a 0,2, Pode ser considerado igual a zero quando se admite que o betdo traccionado esta fendithado. 3.1.5 Capacidade de deformaciio do betio - outras teorias @ Caso se utilize uma teoria rigido-plastica, definida no Capitulo 4, admite-se a existéncia de um "bloco de tensdes" com inicio no eito neutro; o valor da tensdo de cdlculo é definido nos pardgrafos correspondentes do Capitulo 4 € nos Anexos C, D e E. 2) 3.1.6 3.2 3.2.1 3.2.2 ay [Nota: Nos artigos 4.4 4.8 do EC4, no que se refere as verificagdes relacionadas com 08 estados limites titimos, pode considerar-se um grau de plastificagdio semelhante a0 admitido no C3. E por este motivo que, nestes casos, 0 bloco de tensdes 6 definido de forma diferente da indicada no EC2]. Caso se utilize uma teoria elastopldstica, quer para a andlise global quer para a andlise de sec¢ées transversais ou para ambas, deve consultar-se o pardgrafo 4.2.1.3.3 do EC2. Dilataclo térmica O valor nominal do coeficiente de dilatagao térmica linear a, deve ser considerado igual a 10x 10°/°C para betéo normal. [Nota da ENV: Sujeito @ versao final da Parte 1C do EC2, sugere-se o valor 7 x 10% para betao leve}. ARMADURAS DE BETAO ARMADO Generalidades As propriedades mais frequentemente exigidas para os célculos encontram-se resumidas a seguir. Caso aplicdvel, deve consultar-se 0 artigo 3.2 do EC2 [Nota da ENV: E possivel que o artigo 3.2 tenha de ser revisto depois de concluida a EN 10 080 e as normas europeias posteriores] ‘Tipos de agos Os acos abrangidos pelo EC4 devem ser distinguidos conforme se segue: - de acordo com as caracteristicas da superficie: (a)_vardes ou fios lisos (incluindo rede electrossoldada) (b) vardes ov fios nervurados (incluindo rede electrossoldada), que proporcio- nam uma alta aderéncia (tal como especificado na EN 10 080). [Nota da ENV: O pardgrafo 3.2.5.1 do EC2 caracteriza os vardes de alta aderéncia como tendo um factor de nervuras, representado por fg, nao inferior ao indicado na EN 10 080, actualmente em fase de preparacao € cujo Quadro 5, no pardgrafo 5.7.2, indica valores compreendidos entre 0,036 (para d=4mm) e 0,056 (para d 2 11 mm)] = de acordo com as caracteristicas de ductilidade: alta ou normal, definidas em 3.2.4.2 (2) do EC2. [Nota da ENV: Os pardgrafos 3.2.1(6) e 3.2.4.2 do BC2 definem €,, como o valor caracterfstico da extensio total na forca méxima, a ser especificado nas "normas aplicaveis".] - de acordo com a soldabilidade: aplicam-se os pardgrafos 3.2.5.2 ¢ 4.2.2.4. do EC2. 45 3.2.3 a (2) 3.2.4 3.2.5 Classes de agos Uma classe de ago é designada pelo valor caracteristico da tensfo limite de elasticidade & traccdo, fy, expresso em N/mm? (MPa) ‘As classes de ago normalizadas so definidas na EN 10 080 (em preparacao) ou em documentos nacionais referentes a materiais que néo estio abrangidos pela EN 10 080. ‘Além de f,, devem definir-se os seguintes valores: resisténcia a tracedo f, relacdo minima f/f, extensio total na forga maxima ¢,, todos como valores caracteristicos; e também 0 factor de nervuras fy. Médulo de elasticidade longitudinal Para o célculo de estruturas mistas, 0 valor nominal do médulo de elasticidade longitudinal E, pode, por simplificacao, ser considerado igual ao valor especificado no EC3 para o ago estrutural, isto é 210 kN/mm? (GPa). Di -exten: Para o célculo de estruturas mistas, o diagrama tensdes-extensoes pode, por simplificagdo, ser constituido por dois ramos: - um primeiro ramo, com inicio na origem, com uma inclinagdo igual a E,, até fy, (ou f,/7, de acordo com os pardgrafos correspondentes do Capitulo 4); € - um segundo ramo que é horizontal ou, para utilizagdo prética por computador, que é considerado como tendo uma inclinagéio muito pequena, como 10% E, e, neste iltimo caso, esté limitado @ extensao (O0T 1. se for importante Figura 3.1 Diagrama tensdes-extensdes de célculo da armadura 46 3.2.6 3.3 3.3.1 a) Q) 8) 3.3.2 @ ® 8) Dilatacdo térmica O valor nominal do coeficiente de dilatagao térmica linear « pode, por simplificacao, ser considerado igual a 10 x 10°/°C. ACO ESTRUTURAL ralidades e campo de aplicacfio Esta Parte 1.1 do Burocédigo 4 abrange o célculo de estruturas mistas construfdas com material de ago de acordo com o Capitulo 3 do BC3, Nao se apresentam regras de aplicago para a utilizagdo do ago de alta resisténcia, de acordo com o Anexo D do EC3. Relativamente a este ago aplica-se o parégrafo 3.2.1(2) do EC3. O artigo 3.2 do EC3 aplica-se a estruturas mistas. As propriedades mais frequentemente exigidas para os célculos encontram-se resumidas a seguir. do de cedénci: Os valores nominais da tensfo de cedéncia f, e da tenso de rotura f, para elementos de aco Iaminados a quente so indicados no Quadro 3.3 para os tipos de aco Fe 360, Fe 430 ¢ Fe 510, de acordo com a EN 10 025. Quadro 3.3: Valores nominais da tensio de cedéncia f, e da tensdo de rotura f, para 0 aco estrutural de acordo com a EN 10 025 Espessura t (mm) *) Tipo de aco t< 40mm 40mm < t < 100mm £, (N/mm) £, (N/mm) f, N/mm’) £, (N/mm?) Fe 360 235 360 215 340 Fe 430 275 430 255 410 Fe 510 355 510 335 490 *) té.a espessura nominal da pega Como alternativa, podem utilizar-se os valores nominais especificados na EN 10 025 para uma gama mais vasta de espessuras. 47 3.3.3 Valores de célculo de outras caracteristicas (1) As caracteristicas a adoptar nos célculos, relativamente aos agos a que se refere este Eurocédigo, devem ser as seguintes: 210000 N/mm? E/(2(1+v,)] 0,3 7850 kg/m? - médulo de elasticidade - médulo de distorga0 ~ coeficiente de Poisson - massa voliimica Q) Por simplificagaio, nos cdlculos de estruturas mistas, 0 valor do coeficiente de dilatagao térmica linear a pode ser considerado igual a 10x 10 /°C, que é 0 valor indicado no EC2 para as armaduras de betdio armado e para o betao normal. 3.3.4 Diagrama tensdes-extensdes (1) De acordo com o pardgrafo 5.2.1.4 do EC3, relativamente aos cdlculos, a relacdo entre @ tensdo e a extensdo do aco estrutural pode ser idealizada como elastica perfeitamente plastica, tal como se ilustra na Fig. 3.2. 2) Para evirar posstveis dificuldades de cdlculo quando se utiliza um computador, pode utilizar-se o diagrama de tensdes-extensdes bilinear alternativo, indicado na Fig. 3.3. ca & i P tant(10-4e9) yt ees "| : é a e Fig. 3.2 Diagrama tensdes-extensdes Fig. 3.3 Idealizago para bilinear célculos em computador 3.3.5 Dimensées, massa e tolerancias As dimensdes e a massa por unidade de comprimento de todas as seccdes laminadas de ago, chapas e seccdes tubulares estruturais, assim como as respectivas tolerancias de dimensdes e de massa, devem obedecer a Norma de Referéncia 2 do EC3. 3.4. CHAPAS PERFILADAS PARA LAJES MISTAS 3.4.1 Generalidades e campo de aplicacao (1) Esta Parte 1 do Eurocédigo 4 abrange 0 célculo de lajes mistas com chapas perfiladas fabricadas com aco macio de acordo com a EN 10 025, com aco de alta resisténcia de acordo com a prEN 10113, chapa de ago laminada a frio de acordo com a ISO 4997-1978 ou chapa de aco galvanizada de acordo com a prEN 10 147. 48 @ 8) 3.4.2 a @ [Nota da ENV: A referéncia as normas ISO deve ser substituida pela referéncia 4s normas EN, caso existam). Recomenda-se que a espessura do metal limpo nao seja inferior a 0,75 mm, excepto nos casos em que as chapas de aco sejam utilizadas apenas como cofragem permanente. Nao se exclui a utilizacéo de chapas mais delgadas, desde que comprovadas por resultados tebricos e de ensaios adequados. A Parte 1,3 do Eurocédigo 3 aplica-se a chapas de aco utilizadas para lajes mistas. [Nota da ENV: Dever preparar-se normas de referéncia para chapas perfiladas, incluindo tolerdincias sobre bossas (ver também 10.3.1.3(2)). Na sua auséncia, devem consultar-se 0s Documentos de Aprovacdo Técnica europeus ou os documentos nacionais] Tensao de cedéncia Os valores nominais da tensio de cedéncia do material de base £,, sio apresentados no Quadro 3.4, relativamente aos tipos de ago indicados nas normas referidas em 3.4.1. Os valores nominais de fy, do Quadro 3.4 podem ser adoptados como valores caracteristicos fry nos céleulos. Quadro 3.4: Tens&io de cedéncia do material de base fy, Norma Tipo 5, imme) Fe 360 235 EN 10 025 Fe 430 25 Fe 510 355 Fe E 275N 275 Pre | Re B355.N 355 Fe E 460 N 460 Fe E 275 TM 275 prEN 10113 | Fe E355TM 355 Parte 3 Fe E 420 TM 420 Fe E 460 TM 460 CR 220 220 1s0 4997 CR 250 250 CR 320 320 FeE 220G 20 Fe E 250G 250 prEN 10147 | FeE280G 280 Fe E 320G 320 Fe E350G 350 49 3.4.3 3.4.4 3.4.5 a) Q) G3) @ 3.5 3.5.1 @ @ 3.5.2 qd As caracteristicas indicadas em 3.3.3 para o aco estrutural laminado a quente aplicam-se a chapas perfiladas, ma tens As idealizagoes da relag&o entre tensio e extenséio indicadas em 3.3.4 para 0 aco estrutural laminado a quente aplicam-se as chapas perfiladas Revestimento As superficies expostas das chapas de aco devem ser devidamente protegidas de modo a resistirem as condigGes atmosféricas @ que estio sujeitas. Caso seja especificado um revestimento de zinco, este deve obedecer & norma ISO: "Chapa de aco-carbono estrusural revestida em banho de imersio, ISO 4998-197", ou as normas em vigor aplicaveis. Normalmente basta um revestimento de zinco de massa total 275 g/m? (incluindo os dois lados) para pavimentos internos num ambiente nio agressivo, podendo, contudo, as especificagées ser alteradas em fungdo das condicées de servigo. Nao se devem utilizar revestimentos que ndo sejam por galvanizagdo a ndo ser que se demonstre, por meio de ensaios, que as chapas satisfazem os requisitos do presente Eurocédigo. [Nota da ENV: Tolerdncias sobre saliéncias devem ser obtidas de cédigos especificos. Ver também 10,3.1.3(2)]. DISPOSITIVOS DE LIGACAO Generalidades Os dispositivos de ligacdo devem ser adequados ao fim a que se destinam. Relativamente aos dispositivos de ligacdo que nao sejam conectores de corte aplica-se 0 artigo 3.3 do EC3. nectors 1 A resisténcia de um conector é a carga maxima na direcgZo considerada (na maioria dos casos paralela a interface entre 0 banzo de betio € a viga de aco), que pode ser suportada pelo conector antes da rotura. A resisténcia de um conector pode ser diferente se 0 sentido da forca de impulso se inverter, 0 que deve ser tido em devida conta. 50 @ 3) @ 6) © a A resisténcia caracteristica Py, deve ser a resisténcia especificada abaixo da qual se preveja que se insiram, no méximo, 5% dos resultados de ensaios realizados em amostras de uma populaco homogénea. Quando se especifica uma resisténcia minima garantida, esta pode ser considerada como a resisténcia caracteristica. A resisténcia de céloulo Pp, deve ser considerada igual & resistencia caracteristica dividida pelo coeficiente parcial de seguranca aplicdvel y,. Para determinar a resisténcia caracteristica por meio de ensaios deve consultar-se o Capitulo 10. © material de que é feito o conector deve ser de uma qualidade que tenha em conta 0 desempenho que the é exigido e o método de fixaedo ao aco estrutural. Nos casos em que a fixagdo é feita por meio de soldadura, a qualidade do material deve ter em conta a técnica de soldadura que vai ser utilizada, Nos casos em que as amarragdes ou cintas actuam como conectores de corte, é necessério verificar com particular cuidado se o material tem as qualidades de soldabilidade necessérias. ‘As propriedades mecanicas especificadas do material de que é feito o conector devem obedecer aos seguintes requisitos: - a relaco entre a resisténcia tltima A tracc&o especificada f, e a tensao de cedéncia minima especificada f, no é inferior a 1,2; - 0 alongamento na rotura num comprimento inicial de 5,65 /4, (em que Ay é a drea da seco transversal inicial) nio é inferior a 12%. Relativamente aos pernos de cabeca, estas propriedades dos materiais dizem respeito 20 produto acabado. [Nota da ENV: Esti a ser considerada a possibilidade de submeter a ensaios o material dos conectores de corte. As propostas finais serio apresentadas apés consultas com os fabricantes de pernos). Dependendo do tipo de conector de corte, deve consultar-se as Normas Europeias ou os Documentos de Aprovacao Técnica Europeus ou, na sua auséncia, os documentos nacionais. A cabeca dos pernos deve ter um diametro ndo inferior a 1, 5d e uma altura néo inferior @.0,4d, em que d é 0 didmetro da espiga do perno. 51 41 4.1.1 @ ® 8) @ () © @ (8) O presente capitulo abrange vigas, pilares, pérticos ¢ ligagdes mistas, com excepcdo da conexéo de corte em vigas e do corte no banzo de betiio que sio tratados no Capitulo 6. ‘As vigas com almas de aco envolvidas em betiio esto incluidas no presente capitulo. As vVigas com secgSes de ago totalmente envolvidas esto exclufdas. As lajes mistas so tratadas no Capitulo 7 e a utilizacao de lajes de betdo pré-fabricadas no Capitulo 8 ‘As estruturas e os elementos mistos devem ser dimensionados de modo a satisfazer as regras de dimensionamento relativas ao estado limite tltimo, indicadas no Capitulo 2. As regras de dimensionamento aplicéveis, indicadas nos Capitulos 2 do EC2 e do EC3, devem ser igualmente satisfeitas. Para as estruturas de edificios, devem satisfazer-se as regras da clausula 2.3.2.4 do EC3 relativamente ao equilibrio estético. ‘Na andlise de estruturas, elementos e secodes transversais mistos, é necessério ter em conta as propriedades do betio e das armaduras de beto armado, definidas no EC2, e as propriedades do aco definidas no EC3. E necessério ter em conta a perda de resisténcia ou de ductilidade associada a encurvadura do aco ¢ a fendilhacdo, esmagamento ou destacamento do betio Os coeficientes parciais de seguranca Yy, ¢ Ygq S40 definidos em 2.2.3.2. Os valores de ¥y para os estados limites tiltimos séo indicados em 2.3.3.2. Para certas resisténcias em que a encurvadura do aco é relevante, 0 coeficiente y, relativo ao aco estrutural é substituido POF Ypy- O seu valor para as combinages fundamentais indicado nas cléusulas aplicaveis do presente Capitulo. Para as combinagdes acidentais deve considerar-se Y,4 = (101. Nas estruturas mistas de edificios nao é geralmente necessério considerar os efeitos da temperatura nas verificagdes aos estados limites iltimos. Os efeitos da retraceao do bet&o podem ser desprezados nas verificacdes aos estados limites tltimos das estruturas mistas de edificios, excepto em andlises globais em que os elementos tenham secces transversais de Classe 4 (4.3 ¢ 4.5.3.3). Os efeitos da fluéncia do betéo, tanto em andlises globais como locais, podem ser tidos em conta nos elementos e nos pérticos mistos das estruturas de edificios através da utilizagdo de coeficientes de homogeneizagdo. No que se refere aos pilares esbeltos aplica- ~se a cldusula 4.8.3.6(2). 52 (9) No que se refere aos elementos mistos de estruturas de edificios nao é normalmente necessério proceder a uma verificagao da resisténcia a fadiga, excepto nos seguintes casos: - elementos que suportam equipamento de elevagdo ou cargas rolantes - elementos que suportam maquinas vibrantes - elementos sujeitos a oscilagdes produzidas pelo vento - elementos sujeitos a oscilagdes produzidas pela circulagao de pedes. a Figura 4.1 Secgdes transversais tipicas de vigas mistas 4.1.2 Vigas (As vigas mistas so definidas em 1.4.2. Exemplos tipicos de seccdes transversais so ilustrados nas Figuras 4.1 ¢ 4.8. Q) Nao se indica regras de aplicacao relativamente a contribui¢ao do envolvimento de uma alma de aco por betdo para a resisténcia 4 flexdo ou ao corte vertical. No entanto, pode considerar-se que 0 envolvimento da alma, de acordo com 4.3.1, contribui para a resisténcia @ encurvadura local (4.3.2, 4.3.3) ou @ encurvadura lateral (4.6.2). @) As vigas mistas devem ser verificadas quanto: - A resisténcia de secedes transversais criticas (4.4) - A resisténcia a encurvadura lateral (4.6) ~ A resisténcia a encurvadura por corte da alma (4.4.4) e compressio da alma sob codes de cargas transversais (4.7) = @ resisténcia ao corte longitudinal (Capitulo 6). 53 @) 6) © 4.1.3 As secgées transversais criticas incluem: ~ seegdes de momento flector méximo ~ apoios ~ secges sujeitas a cargas altamente concentradas ou reacgdes - locais onde ocorre uma mudanca brusca de sec¢do transversal (que nao seja uma mudanca devida a fendilhacao do betio). Para verificar a resisténcia ao corte longitudinal, define-se um comprimento critico como sendo o comprimento da interface entre 0 ago estrutural e 0 betdo delimitado por duas secgdes transversais criticas. Para este efeito, as seccdes transversais criticas também incluem: - extremidades livres de consolas, e - em elementos de secgdo variével, secgdes escolhidas de modo a que a relacdo entre © maior eo menor momento de inércia, de quaisquer duas seceSes adjacentes, nao seja superior a dois, Os conceitos de "conexdo de corte total" e de "conexiio de corte parcial" aplicam-se apenas a vigas para as quais a teoria plastica seja utilizada no célculo da resisténcia a flexao das secg6es transversais criticas. O vo de uma viga, ou de uma consola, possui conexio de corte total quando 0 aumento do mimero de conectores de corte nao aumenta o valor de célculo da resisténcia a flexo do elemento. Nos outros casos a conexo de corte é parcial. s limites quanto a utilizaco da conexao de corte parcial so indicados em 6.1.2. ort mis Estes temas so tratados nas secgdes 4.8 a 4.10, respectivamente. As seccdes 4.2 a 4.7 (Vigas) ¢ 4.8 (Pilares) aplicam-se tanto aos elementos isolados como aos elementos de porticos mistos. Ane = Areosta A + Seccdo transversal ‘Vista inferior Figura 4.2. Secfo efectiva de uma nervura de laje mista 54 4.2 4.21 wo Q) @) @ 6) © PROPRIEDADES DAS SECCOES TRANSVERSAIS DE VIGAS Secciio efectiva A flexibilidade de um banzo de betio em corte no seu plano ("shear lag") deve ser tida em conta quer por meio de uma anélise rigorosa quer através da utilizagao de uma largura efectiva de banzo de acordo com 4.2.2. A secetio efectiva de uma largura efectiva de laje mista cujas nervuras formem um angulo Gem relagao a viga deve ser considerada como a drea total do betdo acima do topo das nervuras, acrescida de cos?@ vezes a drea do betéo situado na altura das nervuras (Fig. 4.2). Nos casos em que @ > 60°, cos?@ deve ser considerado igual a zero. Nos casos em que se utilize a andlise global rigido-plastica ou a andlise plastica de seccdes transversais, sé devem ser incluidas na secedo eficaz as armaduras de alta ductilidade, tal como definidas na cléusula 3.2.4.2 do EC2, A maiha electrossoldada nao deve ser incluida, a nao ser que se tenha demonstrado que possui ductilidade suficiente, quando incorporada numa laje de betdo, para garantir que n&o ird quebrar. As chapas nervuradas néo devem ser incluidas na secgdo efectiva de uma viga a ndo ser que as nervuras corram paralelas a viga e as disposigdes construtivas garantam a continuidade da resistencia nas ligagdes das chapas e resisténcia adequada ao corte longitudinal. Relativamente a classificagao e andlise de secgdes transversais, uma alma de Classe 3 pode ser representada por uma alma eficaz de Classe 2, de acordo com 4.3.3. As propriedades das secgdes transversais efectivas de elementos de aco comprimidos de Classe 4, tal como definidas em 4.3.1, devem basear-se nas larguras efectivas de acordo com a cléusula 5.3.5 do BC3. Derr Ba i | by be | O-25(LyeLy) 0-28(L,+ 15) VSL, mass L,+ O-SLy erfasel bel aie | I Figura 4.3 Vaos equivalentes, para a determinagio da largura efectiva de um banzo de betio 55 4.2.2 Largura efectiva do banzo de betio de vigas de edificios 4.2.2.1 Largura efectiva para andlise global (1) Pode admitir-se uma largura efectiva constante em cada vio. Este valor pode ser considerado como 0 valor da largura efectiva calculada a meto-vao para um vo apoiado nas duas extremidades, ou como o valar calculado no apoio para uma consola @) A largura efectiva total by do banzo de betdo associada a cada alma de ago deve ser considerada como a soma das larguras efectivas b, da parte do banzo de cada lado do eixo médio da alma de ago (Figura 4.3). A largura efectiva de cada parte deve ser considerada como b, = ¢,/8 mas néo superior a b. @) A largura real b de cada parte do banzo deve ser considerada como metade da distancia entre a.almae a alma adjacente, medida a meia altura do banzo de betiio, com excepgao de um bordo livre em que a largura real é a distancia entre a alma e o bordo livre. (4) Ocomprimento 6, € a distéincia aproximada entre pontos de momento flector nulo. Em vigas simplesmente apoiadas é igual ao véo. Em vigas continuas correntes, &, pode ser determinado conforme ilustrado na Fig. 4.3, na qual os valores nos apoios estdo indicados por cima da viga e os valores a meio-vio esto indicados por baixo da viga 4.2.2.2 Largura efectiva para verificagio das secgdes transversais (1) Para as seegdes com momentos positivos deve utilizar-se 0 valor apropriado a meio-vdo indicado em 4.2.2.1. 2) Para as secedes com momentos negativos deve utilizar-se o valor apropriado para o apoio como indicado em 4.2.2.1. 4.2.3 Rigidez de flexio (1) As propriedades eldsticas de uma secedo transversal mista devem ser expressas como as de uma secgdo transversal de ago equivalente, dividindo a contribuigao do elemento de betdo por um coeficiente de homogeneizagao n, tal como indicado em 3.1.4.2. (2) As rigidezes de flexdo sem fendilhagdo e com fendilhagdo de uma secedo transversal mista séio definidas como E,1, ¢ E, Is, respectivamente, em que. E, 60 médulo de elasticidade do ago estrutural, 1, € 0 momento de inércia da secgdo efectiva homogeneizada em relacdo ao aco, calculado admitindo que o betéo traccionado ndo estd fendithado, e I, 6 0 momento de inércia da secgdo efectiva homogeneizada em relagdo ao ago, calculado desprezando o betito traccionado mas incluindo a armadura, 56 43 4.3.1 @) Q) QB) @) (6) a ® CLASSIFICAGAO DAS SECCOES TRANSVERSAIS DE VIGAS Generalidades O sistema de classificagio definido nas cldusulas 5.3.2(1) a (6) do EC3 aplica-se as secgdes transversais de vigas mistas, As quatro classes so definidas do seguinte modo: ~ Classe 1: Seogdes transversais que conseguem formar uma rétula plastica com capacidade de rotacdo necesséria para uma andlise plastica. ~ Classe 2: Seocdes transversais que podem desenvolver 0 momento resistente de plastificaeZo, mas possuem uma capacidade de rotacdo limitada. ~ Classe 3: Secodes transversais em que a tensio calculada na fibra comprimida extrema do elemento de aco pode atingir a tensio de cedéncia, mas a encurvadura local pode impedir o desenvolvimento do momento de plastificacdo. ~ Classe 4: Secgdes transversais em que € necess4rio ter em conta, explicitamente, 0s efeitos da encurvadura local ao determinar a resisténcia a flexéo ou a resisténcia ‘A compressio. Uma secgdio transversal é classificada de acordo com a classe menos favordvel dos seus elementos de ago comprimidos. A classe de uma secedo mista depende normalmente do sinal do momento flector nessa seccdo. © comportamento de um elemento de ago comprimido (chapa) pertencente A Classe 2, 3 ou 4 pode ser melhorado ligando-o a um elemento de betio armado. O elemento de aco ligado pode ser incluido numa classe mais elevada, desde que a melhoria de comportamento tenha sido devidamente comprovada. Quando existirem regras de aplicacdo explicitas, um elemento de aco comprimido (chapa) pode ser representado por um elemento efectivo de uma classe superior. As posi¢des dos eixos neutros plasticos de secgdes mistas devem ser calculadas utilizando valores de calculo para a resisténcia dos materiais. Para que uma alma seja tratada como "envolvida em betio" no Quadro 4.1, 0 betio que a envolve deve ser armado, ligado mecanicamente & seco de aco e capaz de impedir a encurvadura da alma ¢ a encurvadura na direceao da alma de qualquer parte do banzo comprimido. O betito que envolve uma alma deve prolongar-se por toda a largura dos dois banzos de aso. Deve ser armado com varées longitudinais e estribos, e/ou matha electrossoldada, O betdo entre os banzos pode ser fixado & alma soldando os estribos @ alma ou por meio de vardes ( 2 6 mm) passados através de furos efou de pernos de cabeca com um didmetro superior a 10 mm soldados & alma. 57 ) — O espacamento longitudinal dos pernos de cabeca de cada lado da alma ou dos vardes passados através dos furos nao deve ser superior a 400 mm. A distancia entre a face interior de cada banzo e a fiada mais préxima de fixacées & alma ndo deve ser superior a 200 mm. Relativamente aos perfis de ago com uma altura mdxima superior a 400 mm e duas ou mais fiadas de fixacées, pode adoptar-se uma disposi¢ao em quincéncio dos pernos e/ou dos varées passados através dos furos. (10) Relativamente as verificagées em relagdo @ acgdo do fogo deve ser feita referéncia ao EC4: Parte 1.2. 4.3.2 Classificaciio dos banzos de aco comprimidos (1) Pode admitir-se que um banzo de ago comprimido, cuja encurvadura seja impedida por meio de ligacao efectiva a um banzo de betdo através de conectores de corte, de acordo com 6.4.1.5, pertence & Classe 1 (2) A classificagao de outros banzos de ago comprimidos em vigas mistas deve obedecer a0 Quadro 4.1, para chapas de banzos em consola, ¢ a0 Quadro 5.3.1 (folha 2) do EC3, para chapas de banzos interiores. a folBs = aE | new fe (ad -200* ~o— | 1 exe Lyn ad | desprizar” ff — —f LL te t-te tl ENP = Eixo neutro plistico LL! blocos de ‘desde que 0 ENP novo Linn esteja na alma Figura 4.4: — Utilizacdo de uma alma efectiva de Classe 2 numa sec¢o com momentos negativos ¢ alma de Classe 3 4.3.3 Classificacdo das almas de aco 4.3.3.1 Secgdes em que o banzo comprimido pertence a Classe 1 ou 2 (2) A classe da alma deve ser determinada a partir do Quadro 4.2. Deve utilizar-se a distribuicdo de tensdes plisticas na seccfo mista efectiva, excepto no limite entre as Classes 3. 4, em que se deve utilizar a distribuicio de tensdes elisticas, como em 4.3.3.2. 58 @Q 8) Uma alma de Classe 3, que esteja envolvida em betdo de acordo com 4.3.1(6) a (9), pode Ser representada por uma alma efectiva com a mesma secgao transversal de Classe 2. Uma alma ndo envolvida pertencente @ Classe 3 pode ser representada por uma alma efectiva de Classe 2 admitindo que a altura da alma que resiste & compressdo nao é superior a 20 t €adjacente ao banzo comprimido, e a 20 t € adjacente ao novo eixo neutro plastico, tal como ilustrado na Fig. 4.4 para momentos negativos. [Nota: O método indicado no pardgrafo (3) destina-se a reduzir as descontinuidades nos métodos de cdlculo. Nos outros casos, a classificagao das almas é extremamente sensivel as pequenas alteragées na Grea da armadura longitudinal ou na largura efectiva da laje. O valor 20 t € é uma aproximagdo conservativa, que produz uma pequena descontinuidade no limite entre as Classes 2-3]. Quadro 4.1: Relagdes maximas entre larguras e espessuras para chapas de banzo de aco em consola comprimidas 71Ps ps4 T Let Laminado Soldado Alnia envotvida em betio Classe Tipo | Atma nao envotvi em veto} ‘Alma envolvida em betso | Distribuigio de tensbes (compressio Woe | \ positiva) x S Laminado cit ¢ We c/t ¢ We VY sotdauo c/ciee cit fe Laminado ct ¢ We cit ¢ e 2 | sotaaeo cit ¢ We c/t <¢ Ve ; Laminado ct ¢ Se cst ¢ ean cit ¢ lhe c/t ¢ fy (i/o?) | 275 59 Quadro 4.2: Relacdes maximas entre alturas e espessuras para almas de aco ‘Almas: (elementos internos perpendiculares ao eixo de Mlexdo) tr itt _ Bode : LILI UT dahest Classe Alma sujeita Alma sujeita Alma sujeita a flexao a flexio a compresséo compressio Distribuigao de tensdes (compresséo positiva) & lquando c > 0,5: 1 ans 72 ansaae as 3960(130-1) : lquando @ < 0,5: ds 36va lquanio & > 0,5: 2 ans ade ansaee ds 4560130 -1) lquando « < 0.8: ons 41,5u0 artes Te | A b (compressao are positiva) 4 ke Mad 3 als 124e ns4ae quando y > 1: A$ 42u(0.67 + 0.33y) quando wy, $ <1: ah $ B2e(t-y) Vey) i» VBE, 60 4.3.3.2 SecgGes onde o banzo comprimido pertence A Classe 3 ou 4 a Q) 3) 44 A classe da alma deve ser determinada a partir do Quadro 4.2, utilizando 0 eixo neutro elastico. Em vigas de edificios, a posigiio do eixo neutro eldstico deve ser determinada para o banto efectivo de betdo, desprecando o betdo traccionado, e para a seccdo transversal total da alma de ago. O coeficiente de homogeneizagdo do betdéio comprimido deve ser igual ao utilizado na andlise global para os efeitos de longa duragao. (Nota: Para uma secgdo transversal com momentos negativos, e nos casos em que seja utilizada uma construgdo ndo escorada, a altura da alma comprimida na viga acabada depende do caso de carga e pode ser ligeiramente inferior d que resulta deste método simplificado. Em edificios é essencial (para simplificar) que a classificagdo de secebes seja independente da disposigdo das cargas varidveis nos vaos de uma viga continua.) RESISTENCIAS DAS SECCOES TRANSVERSAIS DE VIGAS. 4.4.1 Momento flector 4.4.1.1 Bases @ Q) 8) @ ©) 6) M A secciio 4.4 aplica-se as secgdes mistas em que o elemento de ago estrutural tem um eixo de simetria no plano da alma, ¢ a sua flexdo neste plano. valor de célculo da resisténcia a flexdo pode ser determinado por meio da teoria plastica apenas nos casos em que a seccdo mista efectiva pertenca 4 Classe 1 ou a Classe 2. A anilise eldstica pode ser aplicada a seccdes transversais de qualquer classe. Devem admitir-se as seguintes hipéteses: - a resisténcia a traccdo do betiio é desprezada; -as sec¢Ges transversais planas das partes de aco estrutural e de betéo armado de uma viga mista mantém-se planas. ‘Nao é necessdrio ter em conta os efeitos do escorregamento longitudinal em vigas mistas com conexdio de corte total. Deve partir-se do principio de que as seccdes transversais planas destas vigas se mantém planas. Os furos para ligadores nos elementos de ago devem ser tomados em consideracao, de acordo com a cléusula 5.4.5.3 do BC3. Os pequenos fuuros no ago para passagem de varées de armadura devem ser tratados como faros para ligadores. 61 4.4.1.2. Momento resistente plistico de uma secgfio com conexo de corte total (1) A conexio de corte total é definida em 4.1.2(6). 2) No cdlculo de Myrne deve admitir-se 0 seguinte: (a) A interacg@o total entre o ago estrutural, as armaduras e 0 betéo; (&) a secedo efectiva do elemento de ago estrutural é solicitada até atingir a sua tensio de cedéncia de célculo f,/y, em tracco ou compresséo; (©) __ as seccées efectivas das armaduras longitudinais traccionadas e comprimidas sio solicitadas até atingirem as suas tensdes de cedéncia de célculo f,/'y, em trac¢ao ou compressio. Como alternativa, as armaduras comprimidas de uma laje de bet2o podem ser desprezadas (® as chapas perfiladas comprimidas devem ser desprezadas, (As chapas perfiladas traccionadas incluidas na secgdo efectiva, de acordo com 4.2.1(4), devem ser consideradas como tendo sido solicitadas até atingirem a sua tensdo de cedéncia de célculo f/ Yop (4) Deve admitir-se que a secodo efectiva de betio comprimido resiste a uma tensio de 0,85 fy/y., constante em toda a altura entre o eixo neutro pléstico e a fibra mais comprimida do betdo. (5) Na Fig, 4.5 estéo ilustrados exemplos tipicos de distribuicées pldsticas de tensdes. Par t . | foi fees 6 fact | i : rent Loa \ Lt —_— Wiha Nylba Wee ‘iba (a) momentos positives (b) momentos negativos Figura 4.5 Distribuigdo pléstica de tenses numa secgdo de viga mista com chapas nervuradas € conexio de corte total, em que 0 eixo neutro plastico esta situado na secggo de aco. 62 4.4.1.3 Momento resistente plastico de uma seccdo com conexiio de corte parcial qd @ De acordo com 6.2.1, pode utilizar-se a conexio de corte parcial em vigas mistas de edificios no que se refere A forca de compressio na laje de betdo O momento resistente plastico da viga deve ser calculado de acordo com 4.4.1.2, coma excepgao de que se deve utilizar um valor reduzido da forca de compressdo no betio, F, determinado a partir de 6.2.1, em vez da forea indicada em 4.4.1.2(4). A posigao do eixo neutro pldstico da laje é determinada pela nova forca F., Hd um segundo eixo neutro plastico na secedo de ago, que deve ser utilizado para a classificagao da alma. 4.4.1.4 Resisténcia eldstica a flexio a Q) @) @) 6) As tensdes devem ser calculadas por meio da teoria eldstica, utilizando uma secc&o transversal efectiva de acordo com 4.2.1 e 4.2.2.2. A fluéncia do betio comprimido deve ser tida em conta, de acordo com 3.1.4.2. No céleulo de Mane, aS tensdes limite de flexdo devem ser consideradas como: ~ 0,85 fy/Yy_ no betio comprimido; ~f,/7, no ago estrutural traccionado, ou comprimido numa secgdo transversal de Classe 1, 2 ou ~ f/'Ynq NO ago estrutural comprimido numa seccdo transversal efectiva de Classe 4, €m que Yrq i ~ fy/'Y, has armaduras traccionadas ou comprimidas, Como alternativa, as armaduras comprimidas numa laje de betio podem ser desprezadas. Nos casos em que se adopte uma construgdo ndo escorada, as tensbes devidas as acodes que incidem apenas sobre 0 aco estrutural devem ser acrescentadas as tenses devidas as accdes que incidem sobre 0 elemento misto. Nos casos em que se utilize uma construgao nao escorada, a resisténcia eldstica & flexio, Mage: de uma determinada secedo transversal para uma carga que provoque momentos flectores M, no elemento de aco e M, no elemento misto, deve ser calculada conforme se indica em seguida. Sendo r 0 maior valor das relagSes entre a tenso de flexio total ((4)) © a tensio limite ((3)) tem-se: Marre = (Mi, + MQ) /t 63 4.4.2, Corte vertical 4.4.2.1 Campo de aplicagao As cléusulas 4.4.2 a 4.4.5 aplicam-se a vigas mistas com uma secefo de aco estrutural laminada ou soldada com uma alma maciga, sem reforgos longitudinais. A alma pode ter reforcos transversais, Nas seogdes soldadas, parte-se do principio de que os banzos de aco so chapas de seco rectangular. 4.4.2.2. Métodos de calculo @ @ @) A resisténcia ao corte vertical deve ser considerada como a resisténcia da secco de aco estrutural, de acordo com a eldusula 5.4.6 do EC3, a néo ser que o valor da contribuigao da parte de betio armado da viga tenha sido determinado. O esforco transverso suportado pela secgao de aco estrututal deve satisfazer: Vea $ Voune em que Vyinu € 0 valor de célculo da resisténcia plistica ao corte dado por: Von = 4, (6103) ¥, em que A, € a drea de corte do elemento de aco estrutural, indicada na cléusula 5.4.6 do EC3, Além disso, a resisténcia 4 encurvadura por esforco transverso de uma alma de aco deve ser verificada tal como indicado em 4.4.4 em que: - para uma alma nio reforgada e nao envolvida em betio, d/ t, > 69; - para uma alma nfo reforgada envolvida em betiio de acordo com 4.3.1, d/t, > 1246; - para uma alma reforcada e nao envolvida em betio, dit, > 30€ y - para uma alma reforcada e envolvida em beto, d / 1, excede os dois limites precedentes; Nestas expressdes: da altura da alma tal como definida na Fig. 1.1 do EC3 no que se refere a seccdes laminadas ¢ na Fig. 5.6.1 do EC3 no que se refere a seccies soldadas, 64 t, aespessura da alma, k, 6 ocoeficiente de encurvadura por corte indicado na cléusula 5.6.3 do BC3, € = [@357f), com f, em Nimm? Elexio e corte vertical (1) Nos casos em que 0 corte vertical Vs, 6 superior a metade da resisténcia plastica ao corte ‘Vung indicada em 4.4.2, 0 seu efeito no momento resistente deve ser tido em conta. 2) Excepto nos casos em que se aplique 4.4.2.2(3), o seguinte critério de interacedo deve ser satisfeito: Mug $ Mya + (Mpa ~ Mpa) (1 ~ (2VeaVpeza ~ 1)77 em que M,ze Vog Sa0 os valores de célculo, Vyena & dado por 4.4.2.2(2), Myz —€ 0 valor de célculo da resisténcia flexdo dado por 4.4.1, Myzg €0 valor de cdlculo da resistencia plastica a flexito de uma secgdo transversal constituida apenas pelos banzos, com secgdes efectivas iguais ds utilizadas no célculo de Myg. G3) Este critério de interacgéo esta ilustrado na Fig. 4.6. va Vpi.Rd 0.5Vp "Ral 2 Mu Mend Meg Figura 4.6 Resisténcia @ flexio e ao corte vertical na auséncia de encurvadura por esforgo transverso Resisténcia a encurvadura por esforco transverso (1) Aplicam-se os Principios das cldusulas 5.6.1(2) e (3) do EC3. 2) Para vigas mistas, as almas de aco que devem ser verificadas em termos de resisténcia 4 encurvadura por esforgo transverso so definidas em 4.4.2.2(3) 65 @) @) 6) © M As almas devem ser providas de reforgos transversais nos apoios nos casos em que: - para almas nao envolvidas em betao, dit, > 69¢ - para almas envolvidas em betdo de acordo com 4,3.2, dit, > 124. Os simbolos so definidos em 4.4.2.2). Nao se deve admitir nenhuma contribuiggo do betdio de envolvimento da alma para a resisténcia ao esforgo transverso de uma alma com d/t, > 124e, a nfo ser que tal seja verificado por meio de ensaios A contribuigo da laje de betdo para a amarracéo do campo diagonal de traccdes da alma no banzo nfo deve ser tida em conta, a ndo ser que a conexdo de corte seja calculada para a forga vertical resultante. No caso de almas néo reforcadas e de almas com reforcos transversais, aplicam-se os métodos indicados nas cléusulas 5.6.2 a 5.6.6 do EC3, com jyq relativo ao aco estrutural com o valor indicado na cldusula 5.1.1 do EC3. As referéncias feitas aos banzos nestas cldusulas dizem respeito apenas aos banzos de aco estrutural. No caso de vigas simplesmente apoiadas sem reforcos intermédios, com conexdo de corte total, e sujeitas a cargas uniformemente distribuidas, pode utilizar-se, como alternativa, 0 método indicado na cldusula 5.6.3 do EC3 com as modificacées introduzidas nas alineas (2) a (d) seguintes: (2) A simples resisténcia ao corte pés-encurvadura t,, deve ser determinada do seguinte modo: - paraT, < 1,8, Tee Sy VE - para is <%,< 3,0, Te = Sy V3) GIT, + 0,27, - 1,3) - para 3,0 s %, < 4,0, Tig = Sp N3) (0,9/%,) em que Sw é a tensdo de cedéncia nominal da alma de aco e X, — €a esbelteza da alma (que nao deve ser superior a 4,0) definida na cldusula 5.6.3 do EC3. &) — Oniimero N de conectores de corte em cada meio vito deve ser suficiente para proporcionar conexéio de corte total, tal como definida em 4.1.2(6). Nos casos em que Vsq > Ver 08 N conectores ndo devem ser distribuidos de acordo com 6.1.3, mas conforme ilustrado na Fig. 4.7, em que Voy = bby Top 66 © @ 1, é definido na cldusula 5.6.3 do EC3, det, so definidos em 4.4.2.2(3), Nz = N(L-Vee/Voa)'s N-N, beg é a largura itil do banzo, definida em 4.2.2.1. Os reforcos transversais de extremidade da alma de aco devem ser dimensionados para uma forca de compresstio axial uniforme igual ao maximo esforco transverso de célculo Vy da secgdo transversal, considerando a estabilidade tanto dentro como fora do plano da alma. As soldaduras que ligam a alma aos reforcos de extremidade e a um comprimento 1,5 bey do banzo superior de aco devem ser calculadas para um esforgo transverso (4/3), por unidade de comprimento da alma. Ng 15 dott vio [2 Figura 4.7. Distribuicdo dos conectores de corte 4.4.5 Interaccdo entre flex4o e encurvadura por esfor¢o transverso A cléusula 5.6.7 do EC3 aplica-se, com as seguintes modificagdes, as vigas mistas nas quais 0 valor de cdleulo do esforco normal N,, = 0. (a) () © @ A palavra "banzo" refere-se tanto a banzos de aco como mistos. Nos casos em que se aplica 0 método indicado em 4.4.4(7), Viana pode ser considerado como o valor de célculo da resisténcia & encurvadura por esforco transverso calculada por esse método. O simbolo Myerg nas cldusulas 5.6.7.2(3) e 5.6.7.3(5) do EC3 deve ser substituido por Myx que é 0 valor de célculo da resisténcia & flexdo da secedo mista indicado em 4.4.1. Nos casos em que se utiliza 0 método do campo diagonal de tracgées, pode admitir-se que a cldusula 5.6.7. 3(3) do EC3 se aplica a uma seccdo mista na qual 0 elemento de ago tem banzos iguais. 67 45 4.5.1 qa) Q) @) @ 4.5.2 ESFORCOS ACTUANTES EM VIGAS CONTINUAS Generalidades A seceao 4.5 aplica-se a vigas mistas definidas em 1.4.2. Nos casos em que 0 momento flector seja aplicado a uma viga através da sua ligacdo a um pilar de apoio, a anélise global deve ser realizada de acordo com 4.9. A anélise global pléstica pode ser utilizada em vigas continuas de edificios nos casos em que 0s requisitos estipulados em 4.5.2 sejam satisfeitos A anilise global eléstica pode ser utilizada em todas as vigas continuas. Para as vigas de edificios, os momentos flectores obtidos a partir da anilise eldstica podem ser redistribuidos de acordo com 4.5.3.4. Os efeitos de escorregamento longitudinal e de afastamento vertical podem ser desprezados nas interfaces entre 0 aco € o betfio nas quais exista conexdo de corte em conformidade com 0 disposto no Capitulo 6. 4.5.2.1 Generalidades (ay 2) @) A andlise global plistica pode ser efectuada utilizando métodos rigido-plisticos ou elasto- plasticos. Os seguintes métodos de andlise elasto-pléstica podem ser utilizados; - elastico/perfeitamente plastico - elasto-plastico. Os métodos elasto-plasticos de andlise devem satisfazer os prinefpios estipulados em 4.1.1. Os métodos elasto-plésticos de anélise devem ter em conta o comportamento (ou relacdo) carga/escorregamento da conexdo de corte. Nao se apresentam regras de aplicagdo para estes métodos. 4.5.2.2 Requisitos para a andlise rigido-plastica @ Na posicao de cada rétula plastica: (@) a sece%o transversal do elemento de aco estrutural deve ser simétrica em relagao 20 plano da sua alma; (>) a capacidade de rotagdo deve ser suficiente para permitir que se desenvolva a necesséria rotacao da rétula; 68 Q (©) as proporgdes e as deformacdes impedidas dos elementos de ago devem ser tais que no haja ocorréncia de encurvadura lateral; (@) deve existir contraventamento lateral. No que se refere as vigas mistas de edificios, pode admitir-se que os requisitos (b) e (d) so satisfeitos quando: (a) todas as secgdes transversais efectivas nas posigdes das rétulas pldsticas pertencem & Classe 1; e todas as outras secedes transversais efectivas pertencem a Classe 1 ou d Classe 2, excluindo as almas efectivas de acordo com 4.3.3.1(3); () vos adjacentes nao apresentam diferengas de comprimento superiores a 50% do vdo mais curto; (c) _ vaos de extremidade no excedem 115% do comprimento do vao adjacente; (@) num vao em que mais de metade da acgdo total de cdlculo esté concentrada num comprimento inferior ou igual a um quinto desse vao, e em qualquer posigao de uma rétula em que a laje de betao esteja comprimida, a espessura comprimida do betdo nao ultrapasse 15% da altura total do elemento; (e) 0 banzo de aco comprimido na posi lateralmente. do de uma rétula plastica estd fixo A condicao (d) no é necessdria nos casos em que se consiga demonstrar que a rétula é a tiltima a formar-se nesse vao. 4.5.3 Anilise elistica 4.5.3.1 Generalidades ( @) ‘A anilise global clistica deve basear-se na hipétese de que as relagdes tensdes-extensbes dos materiais so lineares, seja qual for o nivel de tensdes. A resisténcia A traccdo do betio pode ser desprezada. Em vigas de edificios, as rigidezes @ flexdo podem ser consideradas como os valores "sem {fendilhacao” E,1, ao longo de todo 0 comprimento da viga. Como alternativa, as rigidezes {A flexdo podem ser consideradas como os valores "com fendithacio" E,1, ao longo de 15% do vo de cada lado de cada apoio interno, e como os valores E,I, nos outros casos. Estes métodos séio definidos, respectivamente, como andllise eldstica "sem fendilhacao" e "com ‘fendilhagéo". As rigidezes E, I; ¢ El, sao definidas em 4.2.3(2). 69 4.5.3.2, Sequéncia da construcio Nos casos em que se utiliza a construgo no escorada em estruturas com vigas mistas com secgdes transversais de Classe 3 ou de Classe 4, devem efectuar-se anélises globais apropriadas para os efeitos separados das acgdes permanentes aplicadas ao elemento de aco € das accdes aplicadas ao elemento misto. 4.5.3.3 Efeitos da retraceao do betdo em vigas de edificios Nas secedes transversais de Classe 4 € necessério ter em conta os momentos flectores devidos ao impedimento, nos apoios, das deformagGes provocadas pela retraccao da laje de betio. 4.5.3.4 Redistribuicdio de momentos em vigas de edificios @) @) A. distribuigio dos valores de céleulo dos momentos flectores obtida por uma anilise eléstica pode ser redistribufda de uma forma que satisfaca 0 equilibrio e que tenha em conta 08 efeitos da fendilhacdo do betio, do comportamento nao elistico dos materiais e da encurvadura local do elemento de ago estrutural. (a) Numa viga mista continua de altura uniforme em cada vio os momentos flectores obtidos de uma andlise eldstica podem ser modificados: = reduzindo os momentos negativos mdximos de quantidades que nao excedam as percentagens indicadas no Quadro 4.3; ou - em vigas com todas as secgdes transversais apenas das Classes 1 ou 2, aumentanto 0s momentos negativos mdximos de quantidades que néo excedam 10% no caso de andlise eldstica "sem fendithagdo", ou 20% no caso de andlise eldstica "com fendithacao". (&) Para cada caso de carga, os esforgos actuantes apés redistribuigdo devem estar em equilfbrio com as cargas. (c) Para as secedes transversais mistas de Classe 3 ou 4, os valores indicados no Quadro 4.3 referem-se aos momentos flectores admitidos no célculo como aplicados ao elemento misto. Os momentos aplicados ao elemento de aco nao devem ser redistributdos. Quadro 4.3: Percentagem limite de reduedo do valor inicial do momento flector, para efeitos de redistribuic&o dos momentos flectores negativos Classe de secco transversal 5 1 2 3 4 na zona dos momentos negativos Para anflise eldstica "sem fendilhacao" 40 | 30 | 20 10 Para andlise eldstica "com fendilhacio" | 25 15 10 0 70 4.6 4.6.1 @ @ @) 4.6.2 ENCURVADURA LATERAL DE VIGAS MISTAS DE EDIFICIOS Generalidades ‘Um banzo de ago que esteja ligado a uma laje de betdo ou mista por meio de conexao de corte, de acordo com o Capitulo 6, pode ser considerado como sendo lateralmente estavel desde que a largura total da laje ndo seja inferior & altura do elemento de aco. Todos os outros banzos de ago comprimidos devem ser verificados quanto a sua estabilidade lateral. ‘Ao verificar a estabilidade lateral de vigas construfdas sem escoras, 0 momento flector em qualquer secefio transversal deve ser considerado como a soma do momento aplicado a0 elemento misto e do momento aplicado 4 componente de aco estrutural. Verificagdo sem cAlculo directo Uma viga continua ou uma viga de uma estrutura reticulada que seja mista ao longo de todo 0 seu comprimento pode ser calculada sem contraventamento lateral adicional desde que se satisfagam as seguintes condigées: (a) Os vados adjacentes nao apresentam uma diferenca de comprimento superior a 20% do vao mais curto. No caso em que haja uma consola, 0 seu comprimento néo excede 15% do comprimento do vao adjacente. (©) A aplicagao das cargas em cada vao é uniformemente distribuida e 0 valor de cdlculo da carga permanente excede 40% da carga total de cdlculo. () O banzo superior do elemento de ago estd ligado a uma laje de betdo armado ou ‘mista por meio de conectores de corte, de acordo com o Capitulo 6. (@ — Oespacamento longitudinal dos pernos de cabega ou das fiadas de pernos, s, é tal que, relativamente as vigas no envolvidas em betdo 3/b50,028@h/t3 em que dé 0 didmetro dos pernos, e b, het, sao ilustrados na Fig. 4.8. Para os elementos de ago parcialmente envolvidos em betdo de acordo com 4.3.2, 0 espacamento nao deve exceder 50% do espacamento maximo definido para a viga nGo envolvida. (e) Oespacamento longitudinal dos conectores, que no sejam pernos de cabeca, é tal que a resistencia da ligagdo a flexdo transversal ndo é inferior a que é necessdria quando se utilizam pernos de cabeca. 71 @) (h) @ @ istancia entre duas vigas Figura 4.8 Encurvadura lateral A mesma laje também esté ligada a outro elemento de apoio aproximadamente paralelo @ viga mista considerada, de modo a formar wma estrutura em U invertido de largura a (Fig. 4.8). Se a laje for mista, vence um vao entre os dois elementos de apoio da estrutura em U invertido considerada. Nos casos em que a laje é simplesmente apoiada na viga mista em consideragao, a armadura é totalmente ancorada prolongando-se na face superior da laje por um comprimento AB ilustrado na Fig. 4.8. A Grea desta armadura deve ser tal que a resisténcia da laje a flexo transversal negativa, por unidade de comprimento da viga, nao é inferior af, t,2/ 47 onde as notagées sao iguais as indicadas em (d). Em cada apoio do elemento de ago, 0 seu banzo inferior é lateralmente fixo ea sua alma é reforcada. Em todos os outros casos, a alma nao é reforgada. A rigidez é flexéo da laje maciga ou mista é tal que Egy Teg 2 0,35 Byty3 a/b, em que Expl € a média das rigidezes de flexao por unidade de largura da laje a meio vao e sobre a viga de aco em consideracao, desprezando-se 0 betdo traccionado, e incluindo as dreas homogeneizadas da seccao da armadura e das chapas perfiladas que contribuam para a resisténcia M, x de acordo com 7.6.1.2; Eqn € definido em 3.1.4.1; E, é definido em 3.3.3; 1, ae h sio ilustrados na Fig. 4.8. 2 ®) O elemento de ago é uma secgao IPE obedecendo & Euronorma 19-57 ou uma secedo HE que obedeca a Euronorma 53-62 ou outra seceao laminada a quente com uma forma semelhante e com A, /A, < 0,45, a mesma altura h, € 3 ay 4 +} L < 10%e4 6 em que Ay = By by € = /235/f, como nos Quadros 4.1 ¢ 4.2, A, a Grea da secedo de aco estrutural, e fry tye tye D So ilustrados na Fig. 4.8. () Seo elemento de ago ndo esta parcialmente envolvido em betdo, a sua altura h esté de acordo com 0 Quadro 4.4. (m) Seo elemento de aco esté parcialmente envolvido em betdo, de acordo com 4.3.1, @ sua altura h nao excede em mais de 200 mm o limite indicado no Quadro 4.4. Quadro 4.4: Altura maxima h (mm) do elemento de aco nao eavolvido ao qual se aplica a cléusula 4.6.2 Tipo de aco Elemento de ago Fe 360 Fe 430 Fe 510 IPE ou semelhante < 600 < 550 =400 HE ou semelhante 800 s 700 s 650 4.6.3 Momento resistente 4 encurvadura lateral (1) © valor de calculo do momento resistente A encurvadura lateral de uma viga mio restringida lateralmente deve ser considerado como Myra = Kur Myer (fa! Yee) para uma seccio transversal de Classe 1 ou de Classe 2, com ye, = CLIO), Myra = Kur Mena (Ya / Yea) para uma seceao transversal de Classe 3, com ¥g, = [Lid Je Myra = Xur Mare para uma sec¢do transversal de Classe 4, 73 Q @) em que yur € 0 Coeficiente de redugio para a encurvadura lateral, Myre € 0 momento resistente pléstico dado por 4.4.1.2 ou 4.4.1.3, Mage €8 resisténcia elastica a flexio dada por 4.4.1.4, Podem obter-se valores de J,r para a esbelteza aplicdvel T,, no Quadro 5.5.2 do EC3, (com % = Ry, € X= Mr), utilizando: a coluna a para os perfis laminados a coluna ¢ para as vigas soldadas, dur pode também ser determinado a partir de Nar * mas ApS 3 em que yp = 055 [1 + hap (eg - 02) * Zar] € Qj = 0,21 para perfis laminados Giz = 0,49 para vigas soldadas. O valor de i,,,. pode ser determinado a partir de Typ = (My/M,,)* para as secedes transversais de Classe 1 ou de Classe 2 7 (M,,/M,.)" para as secedes transversais de Classe 3 ou de Classe 4 M,, 6 0 valor de Myzq quando os coeficientes de yy, %» % € ¥ so tomados iguais a 1,0, My 0 valor de Mp, quando os coeficientes de x, %, % @ ¥ sdo tomados iguais a 1,0, M,, &0 momento critico eldstico para a encurvadura lateral. 14 @) 6) 47 4.74 @ (2) 4.7.2 No Anexo B apresenta-se um método simplificado para 0 cAlculo de 2, e dao-se informag6es para o célculo de M,,, com base no modelo de uma estrutura em U continuo. Nos casos em que uma viga nao obedeca as condicGes estipuladas no Anexo B, o valor de M,, deve ser determinado com base na literatura especializada, ou por andlise numérica, ou (conservativamente) determinando M,, com base no Anexo F do EC3 apenas para 0 elemento de ago. Nos casos em que a esbelteza 2,, < 0,4, ndo é necessdrio ter em conta a encurvadura lateral. ESMAGAMENTO LOCAL DA ALMA. Generalidades 0s prinofpios indicados na seeco 5.7 do EC3 aplicam-se a banzos nfo mistos, de ago, de vigas mistas ¢ & parte adjacente da alma. As regras de aplicagdo da seceao 5.7 do EC3 aplicam-se a banzos néio mistos, de aco, de vigas mistas e a parte adjacente da alma. Alma efectiva de Classe 2 Num apoio interno de uma viga dimensionada utilizando uma alma efectiva de Classe 2 (de acordo com 4.3.3.1(3)), & necessdrio colocar reforcos transversais, a ndo ser que se possa demonstrar que a alma nao reforcada tem resisténcia suficiente ao esmagamento local. PILARES MISTOS ‘amy i Os pilares mistos so definidos em 1.4.2. Geralmente a secgfio de ago a secgiio de betio nao fendilhado tém o mesmo baricentro. Na Fig. 4.9 estio ilustrados exemplos tipicos de secgdes transversai ~ secgdes envolvidas em betdo (seecdo de aco totalmente recoberta de betio - Fig. 4.9), - secgdes cheias de betdo (betfo totalmente recoberto pelo aco - Fig. 4.94-f), - secgdes parcialmente envolvidas em betdo (secgdo de ago parcialmente recoberta de betio - Fig. 4.9b ec). Figura 4.9 Seccdes transversais tipicas de pilares mistos, com definigdo de notagdes (2) Esta clausula 4.8 aplica-se a pilares isolados de nés fixos que podem ser: - elementos comprimidos fazendo parte integrante de uma estrutura porticada de nés fixos mas que, para efeitos de célculo, sejam considerados como estando isolados, ou - elementos comprimidos isolados que obedecam a classificagao "de nés fixos" indicada na clausula 4.3.5.3.3 do EC2 ou na cléusula 5.2.5.2 do EC3, conforme aplicdvel. Os pilares isolados estio ilustrados na Fig. 4.26 do EC2. @) Indicam-se dois métodos de célculo: ~ um método geral em 4.8.2, que inclui pilares com secgio transversal assimétrica ou nao uniforme ao longo do seu comprimento, - um método simplificado em 4.8.3, para pilares de sec¢do transversal duplamente simétrica e uniforme ao longo do seu comprimento utilizando as Curvas Europeias para Pilares do EC3. As regras para aplicaco a pilares de sec¢’o mono-simétrica 76 encontram-se no Anexo D. 4.8.2 Método geral de célculo 4.8.2.1 Generalidades Um pilar misto com secedo transversal qualquer, submetido a forcas normais e momentos flectores deve ser verificado quanto: - A resisténcia do elemento (4.8.2.2 a 4.8.2.3) - Aresisténcia encurvadura local (4.8.2.4) - A introdugdo de cargas nas extremidades (4.8.2.6) ~ & resisténcia ao esforgo transverso (4.8.2.7 a 4.8.2.8). 4.8.2.2. Métodos de célculo a @ @) @) 6) © A verificagdo da estabilidade estrutural deve ter em conta os efeitos de segunda ordem, incluindo as imperfeiedes, e deve assegurar que, para as combinacdes mais desfavordveis de acgdes no estado limite tiltimo, nao hé instabilidade, e que a resisténcia de cada secgio transversal sujeita a flexdo e a esforgo normal é suficiente. Os coeficientes parciais de seguranca Yy, 840 os indicados em 2.3.3.2(1) e 4.1.1(5), com excepsio de y, para 0 bet que pode ser reduzido nos casos em que se aplique o disposto em (12). s efeitos de segunda ordem devem ser considerados em qualquer direccdo em que possa ocorrer colapso, se afectarem significativamente a estabilidade estrutural. De acordo com a cldusula 4.3.5.1(5) do EC2, a influéncia dos efeitos de segunda ordem deve ser considerada se o acréscimo dos momentos flectores de primeira ordem, devido as flechas ao longo do comprimento do pilar, for superior a 10%. Nesta verificacdo, os efeitos da fluéncia devem ser tratados de acordo com (9) e (10). (Nota: Esta verificagdo deve ser efectuada ao longo do comprimento do pilar por meio de andlise eldstica de segunda ordem, partindo do principio de que as extremidades sto articuladas e estao sujeitas aos esforcos determinados pela andlise global, incluindo cargas transversais, caso existam). Admite-se que as seccGes planas se mantém planas. Deve considerar-se a acgo mista completa até 4 rotura entre os componentes de aco e de betdo do elemento: As seguintes relagbes tensdes-extensoes devem ser utilizadas na andlise (nao linear): - para o beto, como se indica em 3.1.5, 7 a (8) (9) (10) qa) a2) ~ para as armaduras de betdo armado, como se indica em 3.2.5, e - para o ago estrutural, como se indica em 3.3.4. Quando se calculam deformacoes de segunda ordem, o diagrama tensdes-extensdes do betiio, indicado na cldusula 4.2.1.3.3 do EC2, deve ser utilizado com fey € Ezq dados por Sea = Sn Vo Eg = Een Ye Para 0 coeficiente de seguranca y, aplicam-se as cldusulas A.3.1(3) e A.3.1(6) do EC2. (Nota: Esta cléusula nfo se aplica ao célculo de resisténcias das secgdes transversais). Os efeitos da retraccao e da fluéncia devem ser considerados se forem susceptiveis de reduzir significativamente a estabilidade estrutural. Para simplificacto, os efeitos da fluéncia podem ser ignorados se 0 aumento dos momentos Jlectores de primeira ordem, devido ds deformagées causadas por fluéncia e ao esforco normal resultante de cargas permanentes, nao exceder 10%. De acordo com a cléusula A.3.4(9) do EC2, as deformagées de fluéncia dos elementos comprimidos esbeltos em estruturas porticadas de nds fixos de edificios com ligagoes monoliticas as lajes ou vigas nas suas duas extremidades podem, normalmente, ser desprezadas, A contribuicdo da resisténcia @ tracgao do berdo entre fendas (rigidificacdo em traccao) pode ser tida em conta. Os coeficientes parciais de seguranga dos materiais utilizados nos elementos de betio pré- fabricado devem estar de acordo com as Partes aplicéveis do Eurocédigo 2. 4.8.2.3 Imperfeighes a @ As imperfeigdes a0 longo do comprimento do pilar devem ser tidas em conta no célculo dos esforgos actuantes. As imperfeigoes equivalentes do tipo curvatura inicial devem ser relacionadas com as seguintes curvas de encurvadura, indicadas na cldusula 5.5.1 do EC3: - curva a: para seccdes tubulares cheias de betao, ~ curva b: para secedes em I total ou parcialmente envolvidas em betdo, com flexdo em relacao ao eixo de maior resisténcia da seccdo de aco, ~ curva ¢: para seccGes em I total ou parcialmente envolvidas em betdo, com flexdo em: relagdo ao eixo de menor resisténcia da seccao de aco, 78 - curva d: para outras secgoes de aco envolvidas em betdo. 4.8.2.4 Encurvadura local de elementos de aco a) No projecto deve ter-se em conta a influéncia da encurvadura local de elementos de ago na resisténcia do pilar. 2) Os efeitos da encurvadura local dos elementos de aco de pilares mistos podem ser desprezados quando as secgdes de aco estado totalmente envolvidas em betéo, de acordo com 4.8.2.5, e, no que respeita a outros tipos de pilares mistos, desde que: - em secgées tubulares circulares de ago, d/t s 90¢ ~ em seccées tubulares rectangulares de ago, hit < 52€ ~ em seccées em I parcialmente envolvidas em betao, bit, s 446 em que, tal como se ilustra na Fig. 4.9 dé0 didmetro exterior de uma seccao tubular circular de ago, h é.a maior dimensdo total da secedo paralela a um eixo principal, 1 é a espessura da parede de uma seceao tubular cheia de betdo, 1, e b sao a espessura e a largura total do banzo de uma secgao em I ou de uma seceao semethante, € = (@3357f) .e f, a tensdo de cedéncia do aco em Nim? @) Se os valores indicados em (2) forem excedidos, o efeito da encurvadura local deve ser tido em conta por um método adequado experimentalmente comprovado. 4.8.2.5 Recobrimento ¢ armadura (1) Para as seegdes de aco totalmente envolvidas em betdo, é necess4rio assegurar pelo menos um recobrimento minimo de betéo armado para garantir: a transmissio segura das forgas de aderéncia - a protecgao do ago contra a corrosio - a nfo ocorréncia de destacamento do betéo - uma resisténcia adequada ao fogo, de acordo com a Parte 1.2 do EC4, 79 Q) @) @ 6) © M (8) O recobrimento de betdo de um banzo de uma sec¢do de aco totalmente envolvida nao deve ser inferior a 40 mm, nem inferior a um sexto da largura b do banzo. O recobrimento das armaduras deve estar de acordo com a cldusula 4.1.3.3 do EC2. A armadura longitudinal de pilares envolvidos em betéo, que é tida em conta na resisténcia da secedo transversal, ndo deve ser inferior a 0,3% da sec¢ao transversal do betdo. A armadura transversal em pilares envolvidos em betdo deve ser determinada de acordo com a cléusula 5.4.1.2.2 do EC2. No que se refere ao espacamento da armadura deve aplicar-se o disposto na cldusula 5.2 do EC2. A distancia livre entre os vardes da armadura longitudinal e a secedo de aco estrutural pode ser menor do que a indicada em (5), até mesmo nula, Neste caso, relativamente a aderéncia, o perimetro efectivo, c, do vardo de armadura deve ser igual a metade ou a um quarto do seu perimetro, tal como ilustrado na Fig. 4.10 em (a) e (b), respectivamente Figura 4.10 Perimetro efectivo c de um varao de armadura As armaduras de matha electrossoldada podem ser utilizadas como cintas em pilares envolvidos em betdo, mas ndo devem contribuir para, nem constituir a armadura longitudinal. Em secgdes tubulares cheias de betéo ndo é normalmente necessdria armadura longitudinal. 4.8.2.6 Esforco de corte entre os componentes de aco e de betiio @ Q) E necessério que os esforcos actuantes aplicados através dos elementos ligados as extremidades de um pilar sejam distribuidos entre os seus componentes de aco e de betio, considerando a resisténcia ao corte na interface entre 0 aco € 0 betéo de acordo com 4.8.2.7 Deve considerar-se um caminho de cargas perfeitamente definido que nao envolva um escorregamento nesta interface que invalide as hip6teses admitidas no célculo 80 @) 4 6) © a O comprimento de transmisso do esforco de corte ndo deve ser considerado superior a duas vezes a dimensdo transversal apropriada, Numa secgdo em I com betdo apenas entre os banzos, 0 betdo deve ser amarrado por meio de estribos e deve identificar-se um caminho de transmissdo de cargas perfeitamente definido entre o betdo e 0 ago (isto é, as cintas devem atravessar a alma ou ser soldadas @ alma, ou entdo devem interligar-se com conectores de corte). Nos casos em que os pilares mistos estejam sujeitos a um esforgo transverso significativo, ‘como por exemplo o que é provocado por cargas horizontais locais, € necessério assegurar a transferéncia da correspondente forga de corte longitudinal ao nivel da interface entre o ago € 0 betao. Na auséncia de um método mais rigoroso para determinar a forga de corte longitudinal entre 0 ago e 0 betdo devida ao esforco transverso, deve utilizar-se a andilise eldstica da seceao mista nao fendithada, tendo em conta a sequéncia de construgio. As forcas tangenciais resultantes calculadas na interface entre 0 ago e 0 betdo néo devem, em caso algum, ser excessivas, de acordo com 4.8.2.7. 4.8.2.7 Resisténcia ao corte q@) @) @) A resisténcia ao corte deve ser assegurada por tensdes de aderéncia e atrito na interface ou por conexo de corte mecinica, de tal forma que ndo haja escorregamento significativo entre 0 aco € 0 betio. A resisténcia ao corte de cdlculo devida a aderéncia e ao atrito deve ser considerada com os valores seguintes: ~ para seccoes completamente envolvidas em betdo: 0,6 Nimm? - para secgdes tubulares cheias de betdo: 0,4 Nimm2 = para banzos em secedes parcialmente envolvidas: 0,2 N/mm? - para almas em secedes parcialmente envolvidas: zero. Como alternativa, pode demonstrar-se por meio de ensaios que é possivel contar com a interaccdo total até @ rotura do elemento. 4.8.2.8 Pernos ligados a alma de um pilar misto a) Nos casos em que haja pernos de cabega ligados a alma de uma seceao de ago em I (ou semethante) envolvida em betdo (Fig. 4.11), a deformagao lateral do betdo que provocam é impedida pelos banzos de aco adjacentes. As forcas de atrito resultantes conferem resisténcia ao corte longitudinal, adicional d indicada em 6.3.2. 81 @) Pode considerar-se que esta resisténcia adicional é igual a 4Py,/2 em cada banzo, para cada fiada de pernos de cabeca, tal como se ilustra na Fig. 4.11, em que Py é a resisténcia de célculo de um pero, definida em 6.3.2, e u é 0 coeficiente de atrito aplicdvel indicado em 6.5.2. @) Na auséncia de melhores informacées obtidas a partir de ensaios, estes valores sé devem ser permitidos quando a distancia livre entre os banzos, ilustrada na Fig. 4.11, nao exceder = 300 mm, utilizando um perno por fiada - 400 mm, utilizando dois pernos por fiada - 600 mm, utilizando trés ou mais pernos. les [eal [ered cs) Figura 4.11 Conectores de cabega num pilar misto 4.8.3 Método simplificado de célculo 4.8.3.1 Campo de aplicacao (1) Se 0 método indicado em 4.8.3 for aplicado, deve ser utilizado na sua totalidade de acordo com 4.8.1 (2). Caso se utilizem algumas das suas cldusulas como parte de outro método, a sua aplicabilidade deve ser verificada. (2) Uma vez que este método tem em conta as imperfeigdes existentes ao longo do comprimento do pilar, niio é necessdrio considerar novamente essas imperfeicées, aplicando-se no entanto todas as outras disposigdes indicadas em 4.8.2 quando se utiliza o método indicado em 4.8.3, com excepeaio de 4.8.2.2(4) ¢ 4.8,2.2(9). 82 @) Ocampo de aplicagao deste método simplificado é limitado do seguinte modo: (@) A seccao transversal do pilar possui dupla simetria e é uniforme ao longo do seu comprimento. (Nota: Portanto, hd coincidéncia entre os centros de massa da secedo de aco e da seceio de betio nao fendilhado. Este ponto é definido como 0 baricentro da secco mesmo quando 0 momento flector é suficiente para provocar a fendilhacao do betéo, Certas secgdes mono-simétricas sao abordadas no Anexo D) (0) O coeficiente de contribuigao do aco, 6, definido em 4.8.3.4, deve situar-se entre 0,2 € 0,9. Os elementos de aco podem ser laminados ou soldados. (©) A esbelteza adimensional X , definida em 4.8.3.7, ndo deve ser superior a 2,0. (@) — Para secgdes de aco totalmente envolvidas em betdo, os limites do recobrimento de betdo que podem ser utilizados nos céleulos sdo os seguintes: - na direceao y, 40 mm sc, < 0,4b, - na direcedo z, 40 mm s ¢, < 0,3h, em que os simbolos séo ilustrados na Fig. 4.9. Pode utilizar-se um recobrimento maior mas deve ser ignorado nos cdlculos. (@) A drea da secgdo transversal da armadura longitudinal que pode ser utilizada nos cdiculos nao deve ser superior a 4% da drea do betao. () Se a armadura longitudinal for desprezada nos cdlculos da resistencia do pilar, ¢ seo ambiente a que o pilar estd exposto estiver de acordo com a linha 1 do Quadro 4.1 do EC2, relativamente a edificios, pode admitir-se que as seguintes armaduras sao adequadas. - vardes longitudinais com um didmetro minimo de 8 mm e espacamento méximo de 250 mm, -cintas com um didmetro minimo de 6 mm e espagamento médximo de 200 mm, - para as armaduras de rede electrossoldada os diametros minimos podem ser reduzidos para 4mm. (4) Na Fig. 4.9 estao ilustradas secgdes transversais tipicas e os respectivos simbolos. 83 6) (Nota: Pode ser conveniente confirmar 0 dimensionamento de um pilar misto com a seguinte sequéncia de verificagoes. (a) —_Verificar as limitagdes de aplicagao indicadas em 4.8.3.1(3). () — Verificar a encurvadura local (4.8.2.4). (©) Verificar 0 recobrimento e a armadura (4.8.2.5). (@) — Calcular Ne % (4.8.3.7) e determinar Yyq a partir de 4.8.3.2. (e) — Decidir se uma andlise de segunda ordem dos momentos flectores é exigida por 4.8.3.10. (Q — Verificar a resisténcia do pilar de acordo com 4.8.3.3, 4.8.3.8, 4.8.3.9 € 4.8.3.1] a 4.8.3.14. (g) Verificar a introduedo de cargas e 0 corte longitudinal de acordo com 4.8.2.6 a 4.8.2.8. 4.8.3.2 Coeficientes parciais de seguranca Yous Ys © Yre a Q) Na cldusula 4.8.3, 0 coeficiente parcial de seguranga yy, do aco estrutural € expresso como ‘Ya. De acordo com 4.1.1(5) tem um de dois valores, tal como se segue. (a) Para um comprimento de pilarcom X < 0,2 ou Ngd/N, s 0,1, Yoo = Ye = 01, em que No € 0 valor de célculo do esforgo normal, € XK eN,, sao de acordo com 4.8.3.7. (b) Nos outros casos Yoo = Yee =I] As excepgdes a alinea (1) sao indicadas em cléusulas especificas. 4.8.3.3 Resisténcia de secgées transversais a esforgos axiais re) A resisténcia plastica & compresstio Ny.rg de uma seceao transversal mista deve ser calculada somando as resistencias pldsticas dos seus componentes: Nora = Ae fy! Yuta + Ae (0,85 fax / Yo) + Ay fac! Yor 84 Q) @) @) 6) em que A, A, € A, G0 as dreas das secedes transversais do aco estrutural, do bettio e da armadura, respectivamente, Sy fox € Sd as suas resisténcias caractertsticas de acordo com o EC3 ou 0 EC2, e Yor Ye € % 880 coeficientes parciais de seguranca aos estados limites iiltimos, Para os elementos pré-fabricados, y,e y, sdo indicados na Parte aplicdvel do Eurocédigo 2. A resisténcia plastica de seceées tubulares cheias de betdo Nyx, pode ser calculada substituindo 0,85 fx por fy No que se refere a tubos cheios de betdo com secedo transversal circular, pode ter-se em conta 0 aumento da resisténcia do betdo provocado pela cintagem desde que - a esbelteza relativa X indicada em 4.8.3.7 nao exceda 0,5, e ~0 maior valor de célculo do momento flector calculado por meio da teoria de primeira ordem, Myzxs¢ N&o exceda Ny, d/10, em que d é o diémetro exterior do pilar, A resistencia pldstica & compressdo pode entdo ser calculada a partir de Noire = Aa Te fy / Ya + Ac foe! Ye) O + m 1d) 7 fl + Ay fa Ye em que t & a espessura da parede do tubo de ago, 1, e 1, So coeficientes definidos a seguir e os outros simbolos sao definidos acima, A excentricidade das cargas ¢ é definida COMO Myx s¢/Nex. Os valores dé Np € tho quando = 0 siio dados no Quadro 4.5 ou podem ser cdlculados através de: No = 49 - 18,52 +1727 (mas 2 0) Ngo = 0,25 (3 + 22) (mas = 1,0). Quadro 4.5: Valores de tho € To quando e = 0 x 0 0,1 0,2. 0,3 0,4 20,5 No 4,90 3,22 1,88 0,88 0,22 0,00 Tao 0,75 0,80 0,85 0,90 0,95 1,00 85 (© Os valores de n, € 9; para 0 < e < d/10 so os seguintes: m = Mo (1-10 / a) Me = to + (1 ~ typ) (10 / A). Para e > d/10, n, = Oe m = 1.0. 4.8.3.4. Coeficiente de contribuicao do aco O coeficiente de contribuigéo do ago é definido como 8 = AaB! Yo) / Norra em que Nyzrg & calculado com Yq = Yor 4.8.3.5 Rigidez de flexo elistica efectiva de seccdes transversais (1) Para cargas de curta duragao, a rigidez de flexdo eldstica efectiva de uma secedo de um pilar misto, (EI), deve ser calculada a partir de (El), = Eyl, + 0,8 Ele + Eh, em que I,, £ ef sdo os momentos de inércia, para o plano de flexdo considerado, do aco estrutural, do betdo (admitindo-se que ndo é fendithado) e da armadura, respectivamente; E, ¢ E, sao os médulos de elasticidade do ago estrutural e da armadura; 0,8 Engl, € a rigidec efectiva da parte de betao; Beg = Eon! Yes Eq, € 0 m6dulo secante do betio de acordo com 3.1.4.1; Y- = (L331 € 0 coeficiente de seguranca da rigidez de acordo com as clausulas A.3.1 € 4.3.4 do EC2. (2) A influéncia das cargas de longa duracdo na rigider de flexao eldstica efectiva deve ser tratada com mais rigor nos casos em que - a esbelteza adimensional % no plano de flexiio que esta a ser considerado exceda o limite indicado no quadro 4.6 -eld < 2, 86 emque e éa excentricidade das cargas definida em 4.8.3.3 (5), d — éaaltra total da secgao transversal no plano de flexdo considerado, 6 édefinido em 4.8.3.4, é definido em 4.8.3.7. Para comparac&o com os limites indicados no Quadro 4.6, % pode ser calculado sem considerar a influéncia das cargas de longa duragao na rigidez de flexao. Nestas condicdes, 0 médulo de elasticidade efectivo do betdo deve ser reduzido ao valor E, = Esq (1 ~ 0,5 Nasu / Noa) em que Nz, é 0 valor de célculo do esforgo axial relativo ao comprimento do pilar, ¢ No. é a parte permanente desta carga. Quadro 4.6: Valores limites de X relativamente a cldusula 4.8.3.5 (2) Estruturas porticadas | Estruturas porticadas de nés fixos de nés méveis/ou nao contraventadas contraventadas Secgdes envolvidas em betio 0,8 0,5 Tubos cheios de betao 0,8/(1 - 8) 0,5/(1 - 8) 4.8.3.6 Comprimento de encurvadura de um pilar (1) O comprimento de encurvadura ¢ de um pilar misto sem extremidades méveis pode, conservativamente, ser considerado igual ao seu comprimento L. 2) Como alternativa, ¢ pode ser determinado utilizando 0 Anexo E do EC3 e as seguintes regras: - deve utilizar-se as mesmas rigidezes de flexio de elementos adjacentes ligados por conexdes rigidas que as utilizadas na andlise da estrutura porticada de acordo com 4.9.6.2; - pode considerar-se que 0 Quadro E.2 do EC3 se aplica quando as vigas sto mistas, ou de ago, ou de betdo armado, e também nos casos em que se utilizam lajes de betdo sem vigas. @) Nos casos em que as vigas sdo mistas, substitui-se a cldusula E.2(8) do EC3 pela seguinte regra. Nos casos em que, na andlise global para o mesmo caso de carga, 0 momento eldstico negativo numa viga mista sofre uma reduedo superior a 20% para andlise "sem Jendilhagao" ou superior a 10% para andlise "com fendilhagao", a rigidez de flevao da viga K, deve ser tomada como igual a zero. 87 (4) Excepto nos casos em que se apresentem regras aplicdveis no EC2 ou no EC3, os ardgrafos (1) a (3) podem ser utilizados para pilares de betéo armado e de aco em estruturas porticadas mistas de nds fixos. 4.8.3.7 Esbelteza adimensional (1) A carga critica eléstica para o comprimento do pilar, N,, deve ser calculada a partir de nD, /€ em que (El), é dado em 4.8.3.5 ¢ é 0 comprimento de encurvadura definido de acordo com 4.8.3.6. (2) A esbelteza adimensional ou relativa para o plano de flexdo considerado é dada por Ze Wun Me, em que Nj, € 0 valor de N,, zy determinado de acordo com 4.8.3.3 quando os coeficientes de Yas Yasar Ye € Ys SAo iguais a 1,0. 4.8.3.8 Resisténcia de elementos em compressdo axial q@ O elemento tem resisténcia suficiente se, relativamente aos dois eixos, Noa $ H Noza em que Noura @ resisténcia de acordo com 4.8.3.3 € XE 0 Coeficiente de reducdo para 0 modo de encurvadura aplicdvel indicado na cldusula 5.5.1 do EC3 em termos da esbelteza relativa i e da curva de encurvadura aplicavel. (2) As curvas de encurvadura aplicdveis sao: - curva a para seccées iubulares cheias de betdo, ~ curva b para secgdes em I total ou parcialmente envolvidas em betdio com flexao em relacdo ao eixo de maior resisténcia da secgao de ago, ~ curva ¢ para seccdes em I total ou parcialmente envolvidas em betiio com flexdo em relacdo ao eixo de menor resisténcia da secgao de ago. 4.8.3.9 Flexio composta com compressio (1) Para cada eixo de simetria é necessdrio efectuar wma verificagdo separada com a esbelteza, os momentos flectores e a resistencia d flexao correspondentes. 88 2) @) No que se refere @ flexio uniaxial composta com compressiio, esta verificacao deve ser efectuada de acordo com 4.8.3.10 a 4.8.3.13 relativamente ao plano de flexiio, e de acordo com 4.8.3.8 relativamente ao plano sem flexdo. No que se refere d flexdo desviada composta com compresso, a verificacdo é indicada em 4.8.3.14, 4.8.3.10 Andlise dos momentos flectores a) @® 8) @ Os momentos flectores nas extremidades do elemento devem ser determinados admitindo que 0 esforgo axial actua no baricentro definido na Nota a cldusula 4.8.3.1(3)(a). Normalmente os pilares devem ser verificados quanto aos efeitos de segunda ordem. Os pilares isolados cujas extremidades néo se podem deslocar lateralmente nao necessitam de ser verificados quanto aos efeitos de segunda ordem se: = Neg / Ney € 0,1 em que N,, é definido em 4.8.3.7(1); ou ~ para pilares com momentos nas extremidades, a esbelteza adimensional ndo 6 superior a Keg = 02 (2 - 7) em que r éa relagdo dos momentos nas extremidades de acordo com 0 Quadro 4.7. Se existe uma carga transversal, r deve ser igual a 1,0. Na verificagdo dos efeitos de segunda ordem, a rigidez de flexao deve ser calculada de acordo com 4.8.3.5. Para simplificacdo, os efeitos de segunda ordem num pilar isolado sem extremidades meéveis podem ser tidos em conta aumentando o valor de cdlculo do maior momento flector de primeira ordem Mc, por meio de um factor de correceao k dado por k= B/[1-Wg/NM 210 em que N, €a carga critica relativa ao eixo apropriado calculada de acordo com 4.8.3.7 (1) considerando 0 comprimento efectivo & como 0 comprimento do pilar, e B —-& um coeficiente para momentos equivalentes indicados no Quadro 4.7. ‘Na auséncia de cdlculos mais rigorosos, 0 valor de fi nao deve ser inferior a 1,0 no que se refere d acedo combinada dos momentos nas extremidades e dos momentos a partir de cargas laterais. 89 Quadro 4.7: Coeficientes fi para determinar os momentos de acordo com a teoria de segunda ordem coeficientes para Ms, “lersl linha distribuicao de momentos momentos flectores comentario 8 momentos flectores de primeira M,, € 0 momento ordem a partir de cargas laterais flector méximo no num pilar_isolado. sem comprimento do pilar extremidades méveis devido as forgas 4 laterais ignorando os 1 NIL Mus B=1,0 — |efeitos de segunda —- ordem momentos de extremidade numa My € My estrutura porticada de nés fixos so os momentos de p= 0,66 + o,sde lexttemidade obridos 2 numa amilise da Me mas B 2 0,44 estrutura porticada de acordo com 4.9 4,8.3.11 Resisténcia de seccdes transversais sujeitas a flexio uniaxial composta com @ compressio Os pontos da curva de interaceao da Fig. 4.12, que representam a resisténcia & flexdo uniaxaial composta com compressdo, podem ser calculados considerando blocos rectangulares de tensdes como ilustrado na Fig. 4.13, e tendo em conta o esforco transverso de cdlculo Ve, de acordo com 4.8.3.12. MpLad Mmax.kd Figura 4.12 Curva de interaccdo para flexio uniaxial composta com conipressao 90 @ (3) A Figura 4.13 ilustra as distribuigdes de tensdes correspondentes aos pontos A aD da curva de interaccao (Fig. 4.12), relatives a uma seccao tipica em I envolvida em betéo com flexao em relacao ao eixo de maior resisténcia da seccdo de aco No que se refere a seccées tubulares cheias de betao, as resistencias plasticas podem ser calculadas substituindo 0,85f.. por fx. O.85tex M6 Figura 4.13 Distribuigdes de tensdes correspondentes a pontos da curva de interaccao (Fig. 4.12) a1 (4) Como simplificagdo, a curva de interacgao pode ser substituida por um diagrama poligonal (linha tracejada na Fig. 4.12). 0 Anexo D contém mais informacées para cdleulo dos pontos Aa D. (5) Umponto adicional E deve ser calculado aproximadamente a meia distancia entre o ponto A eo ponto C da Fig. 4.12 se a resistencia do pilar & compressio axial (7 Ny nq) for superior @ Nyy pa» €M7 Que Nona é @ resisténcia plastica apenas da secedo de betao. Este cdlculo ndo & necessdrio no que se refere a perfis em I com flexdo em relagdo ao eixo de maior resisténcia da secedo de aco. 4,8.3.12. Influéncia dos esforcos transversos Pode considerar-se que 0 valor de cdleulo do esforco transverso Vey actua unicamente na seccao de aco estrutural ou que pode ser partilhado entre 0 aco e o betdo. A influéncia do esforco transverso suportado pelo ago na resisténcia a flexdo deve ser considerada de acordo com 4.4.3 (1) e (2). 4.8.3.13 Resisténcia de elementos sujeitos a flexdo uniaxial composta com compressio (1) O método de cdleulo é indicado passo a passo, com referéncia a Fig. 4.14. Neg/Notad curva de interaccao para a seccao transversal ° Yk rg FO Mea! MpuRa Figura 4.14 Método de célculo para flexdo uniaxial composta com compresséo @) A resisténcia do elemento a compressdo axial, 7 Nya» ¢ calculada de acordo com 4.8.3.8, em que x representa a influéncia das imperfeigdes e da esbelteza. O valor correspondente para a flexo da secedo transversal y,, é determinado a partir de y, tal como indicado na Fig. 4.14. 92 @) 4) (5) © M 8) Considere-se 7, = N sq / Nyasa €m que Nog &0 valor de célculo do esforco normal, e considere-se que a correspondente resisténcia a flexdo da secedo transversal é dada por Pa: Nos casos em que a variagao dos momentos flectores ao longo do comprimento do pilar é aproximadamente linear, a relagdo y, pode ser calculada a partir de Mn =H (L-1) 14, mas % $y em que r é a relagao entre o menor eo maior momento nas extremidades, como indicado na Fig. 4.15. Nos outros casos, x, deve ser igual a zero. r= 1:%=0 (=—_ r= 0:4, = 0,25 Poy r=-1:%=0,5% Figura 4.15 Valores tipicos de x, O comprimento una Fig. 4.14 é calculado a partir de HE Bem Be (ha ~ Ld 1 (E> He) Nos casos em que Nez < Nona (Fig. 4.12), 0 aumento da resisténcia d flexao devido ao esforco normal pode ser sobreestimado se o esforco normal actuante N e 0 momento flector M forem independentes. Tal deve ser tido em conta reduzindo 0 coeficiente parcial de seguranca relativo 4 componente favordvel N,, de (20%) (ver a clausula 2.3.3.1 (7) do EC2). O valor de u nao deve ser maior que 1,0, a ndo ser que 0 momento flector Me, seja unicamente devido 4 acgdo da excentricidade da forca Ny, por exemplo num pilar isolado sem cargas laterais actuando entre as suas extremidades, O elemento tem resisténcia suficiente se Me 50,9 t Myre em que Mg — &0 maximo momento flector de cdlculo contido no comprimento do pilar, calculado de acordo com 4.8.3.10 incluindo, se necessdrio, os efeitos de segunda ordem; € fying € 0 momento flector calculado wtilizando a distribuigdo de tensées ilustrada na Fig. 4.13 (B), com Yy_ de acordo com 4.8.3.11(3). 93 4,8.3.14 Flexo desviada composta com compressio a) 2 @) @ 6 Devido as diferentes esbeltezas, momentos flectores e resisténcias a flexdo das seccdes segundo os seus dois eixos principais, na maioria dos casos é necessdrio verificar 0 seu comportamento em relagio a flexio desviada. As imperfeicoes s6 devem ser consideradas no plano em que se espera que haja rotura (por exemplo, eixo 2 na Fig. 4.16 (a)). Relativamente ao outro plano de flexdo nao é necessdrio considerar nenhuma imperfeigao (por exemplo, eixo y na Fig. 4.16 (b)). Se nao for evidente qual dos planos é 0 mais crttico, devem verificar-se os dois planos. O método de cdlculo seguinte deve ser utilizado para um esforco normal de cdlculo Ney combinado com um momento flector de cdlculo M, s4€ Mzse Os valores dey para os dois eixos de flexao, 1, € py estdo de acordo com 4.8.3.13. O elemento é suficientemente resistente se My.sa £ 0,9 by Myry re Musa $0.9 Bz Mp2 © My sel ty Myra) Mesa! (oe Mprzza )S 1,0. COM Myry ne € Mpizng de acordo com 4.8.3.11, segundo o eixo apropriado, A Fig. 4.16(c) ilustra um exemplo. Nea/Npi Ra NeaiNpt Rg 10 10 x © Xe. ha Xn: a, d me Pa 10 Mare Mptz a rd Moy pa MyRdMpy.Ra 08 Hy "vy ¥ (a) Plano segundo o qual se prevé um oc possivel colapso, considerando-se as imperfeigdes (b) Plano sem considerar as imperfeicdes 08 ny (©) Diagrama de interacco para a resis- He téncia a flexdo Figura 4.16 Calculo em relagao & flexao desviada composta com compressio 94 4.9 4.9.1 @ @) @) 6) © 10) ESFORCOS ACTUANTES EM PORTICOS DE EDIFICIOS Generalidades A seccio 4.9 aplica-se a pérticos mistos definidos em 1.4.2(1). Parte-se do principio de que a maioria dos elementos estrunurais ¢ das ligagdes so mistos ou de ago estrutural. Nos casos em que 0 comportamento estrutural do pértico for essencialmente o de uma estrutura de betdo armado ou pré-esforcado, apenas com alguns elementos mistos, a anilise global deve ser em geral efectuada de acordo com a seccio 2.5 do EC2. As definigdes ¢ classificagdes dos métodos de andlise global, dos tipos de estruturas e dos tipos de ligagdes so semelhantes as utilizadas na seccAo 5.2 do EC3, que se aplica a elementos de aco estrutural em pérticos mistos. A classificagdo de estruturas porticadas, como contraventadas ou néo contraventadas e como de nés méveis ou de nés fixos, ¢ estabelecida de acordo com a cldusula 5.2.5 do EC3 O campo de aplicagao desta secgao exclui as estruturas porticadas de ns méveis, definidas em 4.9.4.2. (Nota: Estas estruturas poderao vir a ser tratadas num Anexo numa fase posterior). Aplicam-se os prineipios gerais de anilise pléstica indicados em 4.5.2.1, mas nfo se apresentam regras de aplicacdo para os métodos elasto-plasticos de anélise. ‘Nao se apresentam regras de aplicacéo para a andlise global de estruturas porticadas néo contraventadas de nés fixos, definidas em 4.9.4. (Nota: Estas regras poderdo vir a ser apresentadas num Anexo numa fase posterior). ‘Nao se apresentam regras de aplicacdo para a andlise global de estruturas porticadas com ligagdes semi-rigidas. Estas ligacdes sdo definidas em 4.10.5.2 e, relativamente as ligagdes de aco, na cléusula 6.4.2.3 do EC3. (Nota: Pode ser conveniente confirmar 0 célculo de um portico misto contraventado com a seguinte sequéncia de verificacoes. (a) _Definir as imperfeicdes do portico (4.9.3) e representé-las por forcas horizontais equivalentes nos nds. (6) Assegurar que nenhuma ligagao de aco é "semi-rigida’, utilizando 4.10.5 e a cldusula 6.9.6 do EC3. (c) No que se refere aos elementos de betdo armado ou pré-esforcado, assegurar 0 cumprimento das exigéncias de ductilidade da cléusula 2.5.3 do EC2. (@) —Verificar se 0 pértico estd contraventado (4.9.4.3). (e) — Verificar se a subestrutura de contraventamento é de nés fixos (4.9.4) () — Decidir se as exigéncias relativas @ andlise global rigido-pldstica sao satisfeitas. 95 @) (h) @ &) Bfectuar andlises globais (4.9.5 a 4.9.7) para as combinagées e disposicdes de carga aplicdveis e determinar os esforcos actuantes de cdlculo em cada extremidade de cada elemento. Verificar as vigas (4.2 a 4.4), os pilares (4.8) e as ligacdes (4.10) mistas. Verificar as vigas, os pilares e as ligagdes de ago estrutural (de acordo com o EC3) e de betdo (de acordo com o EC2). Reportar-se a cldusula 4.8,3,6(4) para a definigdo do comprimento efectivo (comprimento de encurvadura) dos pilares de betdo armado e de aco. Para os pilares de betéo armado, aplicam-se as cldusulas 4.3.5.5.3 € 4.3.5.6 do EC2 ("pilares isolados"). 4.9.2 Hipsteses de cdleulo 4.9.2.1 Bases (1) As hipéteses admitidas na andlise global devem ser compativeis com 0 comportamento previsto das ligagdes. (2) As hipéteses admitidas no célculo dos elementos devem ser compativeis com o método de anilise global utilizado e com 0 comportamento previsto das ligagoes. (3) As ligacdes mistas so classificadas em 4.10. No que se refere as ligagdes de ago entre vigas e pilares aplica-se a secgao 6.9 do EC3. (4) 0 Quadro 4.8 apresenta os tipos de ligagdes a utilizar com cada tipo de estrutura, dependendo do método de andlise global utilizado. Quadro 4.8: Hipéteses de céleulo Tipo de estratara Método de ee (Terminologia) andlise global iP ipacoes Sem continuidade Isostitico ~ Artiouladas, 950 (6.4.2.1 € 6.4.3.1 do EC3) - Rigidas, ago (6.4.2.2 do EC3) Blistico ~ Articuladas (6.4.2.1 do EC3) ~ Rigidas, mistas (4.10.5.2) Continua ~ Resisténcia total, ago (6.4.3.2 do EC3) Rigido-plastico ~ Articuladas (6.4.3.1 do EC3) ~ Resisténcia total, mistas (4.10.5.3) Como para a estrutura continua (acima) e: Semi-continua | Rigido-plastico | - Resisténcia parcial, ago (6.4.3.3 do EC3) ~ Resisténcia parcial, mistas (4.10.5.3) 96 () Em construgées continuas podem utilizar-se ligagdes articuladas nos pontos em que a continuidade nao seja necessdria, desde que a ligagdo seja calculada como ndo sendo mista de acordo com 0 Capitulo 6 do EC3, ignorando-se as armaduras eventualmente previstas para controlo da fendithacao. 4.9.2.2 Estruturas sem continuidade Nas estruturas sem continuidade, pode admitir-se que as ligacdes entre os elementos nao desenvolvem momentos. Na anélise global, pode admitir-se que os elementos sdo efectivamente ligados por articulacées. 4.9.2.3 Estruturas continuas Tanto a andlise eldstica como a rigido-pldstica devem basear-se na hipdtese de continuidade total, excepto nos casos em que se utilizam ligagdes articuladas. 4.9.2.4 Estruturas semi-continuas A andlise rigido-plastica deve basear-se nos momentos resistentes de célculo das ligagées que demonstrem possuir capacidade de rotagao suficiente; ver cldusulas 6.4.3.3 € 6.9.5 do EC3, 4.9.2.5 Efeitos de deformagies Os esforgos actuantes em estruturas porticadas de nds fixos podem, em geral, ser determinados adoptando a teoria de primeira ordem, utilizando a geometria inicial da estrutura. Como alternativa pode utilizar-se a teoria de segunda ordem. 4.9.3 Consideracdo das imperfeicdes (1) Aplicam-se os princfpios da cléusula 5.2.4 do EC3 com a seguinte modificacdo e os seguintes aditamentos. (2) A cléusula 5.2.4.2(4) do EC3 aplica-se apenas a pilares de ago. No que se refere aos pilares mistos ¢ de betio armado, os efeitos das imperfeiges no elemento podem ser desprezados na andlise global de uma estrutura porticada no ambito da presente seccdo. (3) No que se refere aos pérticos contraventados, os efeitos das imperfeicdes devem ser inclufdos na andlise global do contraventamento, (4) Aplicam-se as regras de aplicagao da cldusula 5.2.4 do EC3. 97 4.9.4 Resisténcia lateral 4.9.4.1 Generalidades @ Q) Aplicam-se os prineipios da cléusula 5.2.5 do EC3, com as modificagdes seguintes, aos porticos de nés fixos, contraventados ou no contraventados, nos quais a maioria dos pilares so mistos ou de ago estrutural Nos casos em que um pértico misto é classificado como contraventado € 0 sistema de contraventamento nao é misto, esse sistema deve ser dimensionado de acordo com o Eurocédigo aplicavel e deve satisfazer os requisitos de resistencia e rigidez indicados na cléusula 5.2.5.3 do EC3 4.9.4.2. Classificagdo em pérticos de nés méveis ou de nés fixos aw @ Os critérios da cldusula 5.2.5 do EC3 devem ser utilizados para classificar um pértico misto como sendo de nds fixos. Os efeitos da fendilhacdo e da fluéncia do betio devem ser tidos em conta. Um pértico contraventado deve ser tratado como sendo de nés fixos. 4.9.4.3 Classificagao em pérticos contraventados ou nio contraventados @ @ @) @ 4.9.5 a @ Os critérios da cléusula 5.2.5.3 do EC3 devem ser adoptados para classificar um pértico misto como sendo contraventado. Os efeitos da fendilhacao e da fluéncia do betio devem ser tidos em conta. Um pértico misto pode ser tratado como contraventado se 0 sistema de contraventamento reduzir em 80%, no minimo, os seus deslocamentos horizontais, quando as duas anélises tém em conta os efeitos da fendilhacao do betao e, sempre que necessdrio, da fluéncia. Nos casos em que as andlises se baseiem em seccdes transversais nao fendilhadas de vigas mistas, o limite de 80% também pode ser util As regras de aplicagao da cldusula 5.2.5.3 do EC3 aplicam-se aos sistemas de contraventamento misto. Méindos de andllee gl Os esforcos actuantes numa estrutura isostética devem ser calculados pela Estatica. Os esforgos actuantes numa estrutura hiperestitica podem, em geral, ser obtidos utilizando: - a anélise global eldstica de acordo com 4.9.6, ou. ~ a anilise global pléstica de acordo com 4.9.7. 98 @) Nos casos em que a andlise global é efectuada aplicando incrementos de carga, pode admitir-se que é suficiente, no que respeita a estruturas de edificios, adoptar incrementos Proporcionais simulténeos de todas as cargas. 4.9.6 Anilise glohal eléstica 4.9.6.1 Generalidades a Q) 8) @) Q) @ @) A andlise global elistica deve basear-se na hipétese de que as relagdes tensdes-extensdes dos materiais so lineares, independentemente do nivel de tensdes. O betio traccionado pode ser incluido ou desprezado. Se for incluido, as armaduras traccionadas podem ser Gesprezadas. As armaduras comprimidas podem normalmente ser desprezadas. Os efeitos do escorregamento e do levantamento podem ser desprezados nas interfaces entre 0 aco e o beto nas quais exista conexdo de corte de acordo com o Capitulo 6. Aplicam-se os principios estipulados em 4.5.3.2 (sequéncia de construcio) e 4.5.3.3 (retracgao do betao). A andlise global eldstica deve ser adoptada apenas nos casos em que todas as ligagées sejam rigidas ou articuladas, 2 Rigidez de flexio Os efeitos da fluéncia devem ser considerados se puderem reduzir significativamente a estabilidade estrutural. No que respeita a vigas mistas em pérticos contraventados, aplica-se a cléusula 4.5.3.1(2) Os efeitos da fluéncia em pilares podem ser ignorados se 0 aumento dos momentos flectores de primeira ordem, resultante de cargas permanentes e devido as deformagées provocadas pela fluéncia e forca axial, ndo for superior a 10%. Para a andlise de primeira ordem, a rigidez eldstica de um pilar misto deve ser E, I, em que E, é 0 médulo de elasticidade do aco estrutural e I, € 0 momento de inércia "sem Jendithagao", definido em 4.2.3. 4.9.6.3 Redistribuicdo de momentos qa ‘A distribuigdo de momentos flectores dada por uma anélise global eldstica pode ser Tedistribuida de uma forma que satisfaca o equilibrio ¢ que tenha em conta os efeitos da fendilhagdo do bet, 0 comportamento nio elistico dos materiais e todos os tipos de encurvadura, 99 2) Os momentos flectores obtidos a partir de uma andlise de primeira ordem podem ser redistribuidos: ~ nos elementos de ago, de acordo com a cldusula 5.2.1.3(3) do EC3; mas, no que respeita & construcéo nao escorada, sujeito a 4.5.3.4(2)(c); ~ nos elementos de betio sujeitos principalmente a flexdo, de acordo com a cldusula 2,5.3.4.2 do EC2; = nos vaos de vigas mistas em pérticos contraventados com ligacdes rigidas de resistencia total nas suas extremidades, ou com uma ligagao rigida de resisténcia total e uma ligacao articulada, de acordo com 4.5.3.4(2); ~no entanto, os momentos eldsticos ndo podem ser reduzidos nos pilares de betao ‘ou mistos. Nos casos em que as ligacdes viga-pilar sejam rigidas e os momentos a meio vo sejam redistributdos nos apoios, 0s momentos nas extremidades dos pilares devem ser aumentados, de acordo com a rigidez relativa dos elementos. Nos pilares, a rigidez deve basear-se no comprimento entre os centros das ligagées. 4.9.7 Anzilise global rigido-plistica 4.9.7.1 Generalidades (1) A anélise global rigido-pléstica nfo deve ser adoptada a ndo ser que: -0 portico seja de nés fixos de acordo com 4.9.4; ~0 portico, se nao for contraventado de acordo com 4.9.4, seja constituido por dois ou menos pisos; - todos os elementos do pértico sejam de aco ou mistos; ~ as secgdes transversais dos elementos de ago satisfagam os prinefpios das cléusulas 5.2.7 e 5.3.3 do EC3; ~ as vigas mistas satisfagam os prinefpios de 4.5.2.2(1); ~ 0 material de aco satisfaga a cldusula 3.2.2.2 do EC3. Q) Nos casos em que se adopta a andlise global rigido-plastica, as ligacées do portico devem ser de ago ou mistas e: - ot ter sido demonstrado que possuem uma capacidade de rotacto suficiente, - oUt terem um momento resistente de cdlculo que é pelo menos 1,2 vezes o valor de cdlculo do momento plastico da viga ligada (4.10.5.3(2)). @) Na andlise rigido-plastica, as deformacdes eldsticas dos elementos, das ligacées e das Jundagées sao desprezadas e parte-se do principio de que as deformagées plsticas esto concentradas nas posicdes das rotulas pldsticas. @) Nos pérticos de edificios néo é normalmente necessdrio considerar os efeitos de plasticidade alternada, 100 4.9.7.2 Rétulas plasticas qa) 2) @) @) 6) © ie) 8) 4.10 4.10.1 a Q) Na posigao de cada rétula plastica: (@) a seccdo transversal do elemento ou componente de ago estrutural deve ser simétrica em relaco a um plano paralelo ao plano da alma ou das almas; () as proporgées ¢ fixagdes dos componentes de aco devem ser tais que no haja encurvadura lateral; (©) o suporte lateral do banzo comprimido deve ser assegurado em todas as posicées das rétulas onde possa haver rotaco pléstica sob qualquer caso de carga; (@) a capacidade de rotacéo deve ser suficiente, tendo em conta a compressao axial do elemento, para permitir 0 necessério desenvolvimento da rotagdo das rotulas. Nos casos em que as necessidades de rotagao nfo so calculadas, todos os elementos que contém rétulas plsticas devem ter, nas posigdes destas, secgdes efectivas que pertencam a Classe 1 de acordo com a seceao 4.3, ou com a secgio 5.3 do EC3, conforme aplicdvel No que respeita as vigas mistas, todas as outras secedes efectivas devem pertencer & Classe 1 ou a Classe 2. No que respeita a vaos de vigas mistas que contém uma rétula de flexdo positiva que nao Seja a iiltima a formar-se, é necessdrio satisfazer o estipulado em 4.5.2.2(2)(d). O cdleulo deve assegurar que nao se formam rétulas plasticas em pilares mistos. Nos casos em que se formam rétulas pldsticas em pilares de ago, é necessdrio satisfazer 0 estipulado nos pardgrafos 5.2.7(3) e (4) do EC3. Nos casos em que a secedo de um elemento de ago apresenta variagées ao longo do seu comprimento, aplica-se a cldusula 5.3.3(5) do EC3, Nos casos em que o suporte lateral é necessdrio, de acordo com 4,9.7.2(1)(c), ele deve ser colocado a uma distancia medida sobre o elemento em relagao a posi¢ao calculada da rétula que ndo exceda metade da altura do elemento estrutural ou do componente de aco. LIGACOES MISTAS EM PORTICOS CONTRAVENTADOS DE EDIFICIOS nerali As ligac6es mistas so definidas em 1.4.2. Outras ligagdes de pérticos mistos devem ser dimensionadas de acordo com 0 EC2 ou o EC3, conforme aplicavel. Esta secco 4.10 destina-se a ser utilizada com o Capitulo 6 do EC3. Complementa ou modifica esse capitulo. 101 @) Nesta secefo 4.10, o termo "ligacio" refere-se a ligagdes mistas (4) Os esforcos actuantes aplicados as ligagdes no estado limite iltimo devem ser determinados por meio de anélise global de acordo com 4.9. (5) A resisténcia de uma ligagdo deve ser determinada com base nas resisténcias de cada componente. (© __ As ligagdes podem ser calculadas distribuindo os esforcos internos da forma mais racional, desde que a distribuico seja feita de acordo com a cléusula 6.1.4 do EC3. Além disso, as deformagSes provocadas pela distribui¢do de esforcos devem manter-se dentro dos limites da capacidade de deformagdo das armaduras ou de qualquer parte de betio resistente 4 compressio. (7) __ A facilidade de fabrico e de montagem deve ser considerada no dimensionamento de todas as ligagdes e emendas. Aplicam-se a cldusula 6.3.3.5 do EC2 ea cléusula 6.1.5 do BC3 4.10.2 Classificaco das ligacdes Aplica-se a seccdo 6.4 do EC3, substituindo-se a referéncia ao Quadro 5.2.1 a cléusula 5.2.2 do EC3 pela referéncia ao Quadro 4,8 e a cléusula 4.9.2 do EC4. 4.10.3 Ligacées feitas com parafusos. rebites ou articulacdes 4.10.3.1 Generalidades Aplica-se a secgio 6.5 do EC3 com as modificagdes apresentadas a seguir 4,10.3.2 Distribuigdo de forcas entre ligadores qa Devem ter-se em devida conta as forgas existentes na armadura e nos componentes de betiio, com as excepedes permitidas em 4,9.2.1(5). @) Nao se aplica a Figura 6.5.7 do EC3. 4,10.3.3 Articulagdes Nao se estabelecem disposicdes quanto A utilizacao de articulagdes de acordo com a cléusula 6.5.13 do EC3 como parte de uma ligacio mista, 4.10.4 Cobrejuntas em elementos mistos Aplica-se a secgo 6.8 do EC3 desde que se tenham em devida conta as forcas existentes na armadura e no betio ao dimensionar a cobrejunta entre os componentes de aco estrutural. 102 4.10.5 Ligacdes entre vigas e pilares 4,10.5.1. Generalidades A seceao 6.9 do EC3 aplica-se as ligacdes mistas com as modificacées indicadas a seguir. 4,10.5.2. Classificagao por rigidez de rotagaio @ 2) Aplica-se a cléusula 6.9.6.2 do EC3, com a excepefo de que as ligagdes semi-rigidas € 0 pérticos nao contraventados escapam ao ambito de 4.10 do EC4, Para a classificacdo de uma ligagdo, 0 valor considerado para a rigidez de flexao da viga ligada deve ser compativel com o valor considerado para uma secgao adjacente & ligacéo na andlise global do portico. 4.10.5.3. Classificacdo por momento resistente a Q) Aplica-se a cldusula 6.9.6.3 do EC3. Se a viga ligada for um elemento misto, 0 momento plastico My,ng deve ser o da seccao transversal da viga imediatamente adjacente a ligagao, calculada de acordo com 4.4.1.2 ou 4.4.1.3 do EC4, 4.0.5.4. Classificacio do diagrama momentos-rotacbes a) Q) Aplicam-se os limites de classificagao atributdos aos porticos contraventados indicados na Figura 6.9.8 do EC3. No que se refere a vigas mistas, 0 momento plastico e a rigidez de flexdo sito definidos em 4.10.5.3 e 4.10.5.2, respectivamente. 4.10.5.5 Propriedades calculadas ® Q) @) Aplica-se a cléusula 6.9.7 do EC3 desde que se tenham em devida conta as forcas na armadura e nos componentes de betio da ligacao. Os critérios aplicdveis a zona traccionada devem incluir a cedéncia da armadura da ligacao. A resisténcia a encurvadura da alma do pilar pode ser melhorada envolvendo-a em bet’o armado. Este melhoramento pode ser tido em conta nos casos em que for comprovado por meio de ensaios. 4.10.5.6 Regras de aplicagio As regras pormenoritadas indicadas no Anexo J do EC3 podem ser aplicadas as componentes das ligacGes mistas, se forem apropriadas. 103 5.1 Qo @ @) DE UTILIZACA (Nota: Os estados limites de utilizagio relativos a lajes mistas com chapas nervuradas so tratados no Capitulo 7, a pavimentos com lajes de betdo pré-fabricado no Capitulo 8 e a patafusos de atrito na Seccio 6.5) GENERALIDADES Este capftulo abrange os estados limites de utilizagdo usuais, que so os seguintes: ~controlo das flechas, e -controlo da fendilhagao. Outros estados limites (como a vibrac&o) podem ser importantes em determinadas estruturas, mas nfo estdo abrangidos nesta Parte do Eurocédigo 4. O calculo de tensdes e deformagées no estado limite de utilizacio deve ter em conta os efeitos de: - "shear lag"; - aumento da flexibilidade resultante de interaceao incompleta significativa, devido a0 escorregamento e/ou ao afastamento relativo; - fendilhacdo e contribuicdo do betio entre fendas nas regiées de momento negativo; - fluéncia e retrace do betao; - cedéncia do ago, caso exista, especialmente quando se utiliza a construgdo nio escorada; - cedéncia da armadura, caso exista, nas regides de momento negativo. Estes efeitos devem ser estabelecidos por meio de ensaios ou de anilise, caso possivel Na auséncia de uma andlise mais rigorosa, os efeitos da fluéncia podem ser tidos em conta utilizando coeficientes de homogeneizagao, indicados em 3.1.4.2, para o célculo das rigidezes de flexao. 104 5.2 5.2.1 Q) @ @) 4) 5.2.2 q@) Q) (3) @) (5) DEFORMACOES, Generalidades As deformagdes nao devem afectar desfavoravelmente a utilizag4o, a eficécia ou o aspecto da estrutura. Os elementos mistos devem ser dimensionados de modo a que as flechas das vigas € o deslocamento lateral dos porticos nao contraventados se mantenham dentro de limites aceitaveis. Os limites aplic4veis dependem das propriedades dos componentes ndo estruturais, como as divis6rias de edificios, e da utilizacdo e ocupacao previstas para a estratura. Em edificios é, normalmente, suficiente considerar as flechas devidas combinagdo rara de cargas. Em edificios, os limites recomendados para os deslocamentos horizontais nos topos dos pilares sao os indicados na cldusula 4.2.2(4) do EC3. No que respeita a construcao de pavimentos e coberturas em edificios, aplicam-se os limites das flechas indicados na cldusula 4.2.2 do EC3. O deslocamento vertical por flexao ositiva Sng, de vigas nao escoradas deve ser determinado na face inferior da viga apenas nos casos em que a flecha possa afectar o aspecto do edificio. Em todos os outros casos, o nivel de referéncia é a face superior da viga mista. Caleulo das flechas méximas de vigas As flechas devidas a cargas aplicadas unicamente ao elemento de ago devem ser calculadas de acordo com 0 EC3. As flechas devidas a cargas aplicadas ao elemento misto devem ser calculadas adoptando @ anilise elastica com correcgées para ter em conta os efeitos indicados em 5.1(2) A influéncia do "shear lag" nas flechas pode, normalmente, ser ignorada. No que se refere aos elementos em que a largura b do banzo de betdo excede um oitavo do vdo, 0 "shear lag" pode ser tido em conta utilizando a area efectiva do banzo de betéo, indicada em 4.2.2.1, para caleular a rigidez. Os efeitos da interacgdo incompleta podem ser ignorados em véos ou consolas em que pelo menos uma das sece6es criticas pertencem & Classe 3 ou 4. Os efeitos da interacedio incompleta podem ser ignorados numa construcao ndo escorada desde que: (@) 0 dimensionamento da conexito de corte seja feito de acordo com o Capitulo 6; (b) o niimero de conectores de corte utilizados nao seja inferior a metade dos necessdrios para a conexao de corte total, ou as forcas nos conectores de corte néo excedam 0,7 Pry , definido em 3.5.2; 105 6) M (c) no caso de uma laje nervurada com as nervuras transversais 4 viga, as alturas das nervuras ndo excedam 80 mm. Se as condicées expressas em (5) nao forem satisfeitas, mas N/N, 2 0,4, em vez de ensaios ou de andlise rigorosa 0 aumento da flecha resultante da interaceéo incompleta pode ser determinado a partir de: para uma construgdo escorada: 2 isos 5. para uma construcao nao escorada: 8, S 21403 ( 1- 4 8, %, a éa flecha da viga de aco actuando separadamente; em que & a flecha da viga mista com interaccao completa; NIN, 0 grau de conexdo indicado em 6.1.2. O efeito da fendilhagao do betdo nas regides de momento negativo pode ser tido em conta adoptando um dos seguintes métodos de andllise: (a) O momento flector negativo em cada apoio interior e a correspondente tensao de traccao nas fibras superiores do betdo, a, , sao calculados em primeiro lugar utilizando as rigidezes de flexdo E,I;. Para cada apoio no quale exceda 0,15 fy @ rigidez deve ser reduzida ao valor E, I, em 15% do comprimento do vao de cada lado do apoio. Determina-se entéio uma nova redistribuigdo dos momentos flectores reanalisando a viga, Em cada apoio onde as rigidezes E, I, sdo utilizadas para uma determinada carga, essas rigidezes devem ser utilizadas para todas as outras cargas. As rigidezes de flexdo E, I, e E, I, sto definidas em 4.2.3. () Para vigas com secedes criticas das Classes 1, 2 ou 3 pode utilizar-se 0 método seguinte. Em cada apoio onde ¢,, exceda 0,15 fx, 0 momento flector é multiplicado pelo coeficiente de reducdo j,, indicado na Fig. 5.1, considerando-se também os ‘umentos correspondentes nos momentos flectores nos vaos adjacentes. A curva A pode ser utilizada quando as cargas por unidade de comprimento em todos os vaos sao iguais e os comprimentos de todos os vaos nao apresentam diferencas superiores a 25%. Nos outros casos, deve utilizar-se o valor limite inferior aproximado f, = 0,6 (linha B). 106 (8) @ 5.3 5.3.1 @ @Q) @) a f= EalEal2)?* » 06 bi - Ealy/Eala 0 1 2 3 4 Figura 5.1: Coeficiente de redugo para o momento flector nos apoios Em vigas ndo escoradas de edificios, a influéncia da cedéncia local do ago estrutural num apoio pode ser tida em conta multipticando 0 momento flector no apoio, determinado de acordo com os métodos indicados nesta cldusula, por um coeficiente de redugéio adicional igual a: fa = 0,5 se f, for atingido antes do endurecimento da laje de betao; Sf; = 0,7 se f, for provocado pela carga depois do endurecimento do betéo. Em vigas isostaticas de edificios, 0 efeito de curvatura devido @ retraccéo do betdio deve ser considerado quando a relaciio entre o véo e a altura total da viga é superior a 20 ea deformagao de retraceao livre do betdo prevista é superior a 400 x 10°. FENDILHACAO DO BETAO EM VIGAS nerali AA fendilhacdo deve ser reduzida a um nivel que no prejudique o adequado funcionamento ea durabilidade da estrutura ou que torne inaceitavel o seu aspecto. A fendilhago € praticamente inevitavel nos casos em que os elementos de betio armado das vigas mistas esto sujeitos a traccdo resultante de cargas directas ou do impedimento das deformacées impostas. Nos casos em que as fendas sao evitadas através da adopcao de medidas como a construgéo de juntas que consigam absorver os movimentos, essas medidas nao devem afectar 0 funcionamento adequado da estrutura nem tornar 0 seu aspecto inaceitével Nos casos em que a exposigao € da classe 1, de acordo com a cléusula 4.1.2.2 do EC2, a abertura das fendas ndo tem influéncia na durabilidade e pode permitir-se a formag&o de fendas de flexio sem se ter de controlar a sua abertura. De acordo com (1): ~ 0 seu aspecto deve ser aceitavel, se forem visiveis, € - 0 acabamento aplicado & superficie do betfio nfo deve ser fragil. 107 G) © mM @) (2) (10) ayy Nos casos em que uma viga mista estd sujeita a flexio negativa e em que ndo é tomada nenhuma medida para controlar a largura de fendas no banzo superior de betdo, a armadura longitudinal colocada na largura efectiva desse banzo nao deve ser inferior a: - 0,4% da Grea de betdo, em construcdo escorada, ou - 0,2% da Grea de betdo, em construgdo nao escorada. A armadura deve prolongar-se por um comprimento igual a 1/4 do vado de cada lado de um apoio intermédio, ou por um comprimento igual a metade do vo numa consola, A largura efectiva deve ser a indicada em 4.2.2.2. As chapas perfiladas néio devem ser tidas em conta. O espacamento maximo dos vardes deve obedecer a 7.2.1(3), para uma laje mista, ou d cldusula 5.4.3.2.1 do EC2 para uma laje nao mista. Devem determinar-se limites apropriados para os valores de célculo da largura de fendas, tendo em conta a funcdo proposta, a natureza da estrutura e os custos de limitagio da fendilhagao. O limite do valor de cdilculo da largura de fendas deve ser acordado com 0 Dono de Obra. E possivel limitar a largura de fendas e evitar a fendilhacao descontrolada entre vardes muito espagados assegurando (@) que, em todas as secgdes em que 0 betdo possa estar sujeito a tracco significativa devida ao impedimento das deformacdes impostas, quer esse impedimento esteja ou nic combinado com carregamento directo, haja uma quantidade minima de armaduras aderentes, suficiente para assegurar que as armaduras se manteréo elésticas quando a fendilhacdo ocorrer pela primeira vez, € (b) que os espacamentos € didmetros dos vardes so limitados. ‘Na auséncia de requisites especificos (por exemplo, estanqueidade), pode admitir-se que, para as classes de exposic&o 2 a 4, de acordo com a cldusula 4.1.2.2 do EC2, a limitagao do valor de cdlculo da largura de fendas a cerca de 0,3 mm é, em geral, satisfatoria para elementos de betdio armado de vigas mistas de edificios, no que se refere ao aspecto e a durabitidade. Pode ser necessdrio adoptar medidas especiais para limitar a largura de fendas dos elementos sujeitos d classe de exposigdo 5, de acordo com a cldusula 4.1.2.2 do EC2. A escolha dessas medidas dependerd da natureza da substancia quimica agressiva presente Nas cldusulas 5.3.2 5.3.4 apresentam-se regras de aplicagdo para situagées em que 0 valor de cdleulo da largura de fendas w, seja de 0,3 mm, para serem utilizadas em geral excepto nos casos em que a exposicdo seja da classe 5; e de 0,5 mm, valor que pode ser adequado nos casos em que a exposigéo seja da classe 1. Admite-se que os vardes da armadura tém alta aderéncia, de acordo com 3.2.2(1). 108 (a2) 5.3.2 @ Q) (Nota: Pode ser conveniente considerar a fendithagdo do betao numa viga mista de um edificio da seguinte maneira (@) Determinar as regides onde 0 berdo pode estar sujeito a tracedo longitudinal devida as cargas e/ou as deformacées impedidas, e determinar a secgdo de armadura necessdria para os estados limites tiltimos. () — Decidir a classe de exposigao e 0 limite da largura de fendas (caso existam). Utilizar 5.3.1 (5) caso seja aplicdvel. () Nas regides onde apenas é necesséria uma armadura minima e a largura de fendas é influenciada mais pelas deformagées impedidas do que pelas cargas, utilizar 5.3.2, Tal indica a seccdo minima de armadura de traceao e 0 diametro maximo dos vardes da armadura. (@) —Noutras regides, utilizar 5.3.3 para determinar os esforcos actuantes. Em seguida utilizar 5.3.4 se o limite da largura de fendas for 0,3 mm ou 0,5 mm. Nos outros casos, utilizar 5.3.5. A cldusula 5.3.4 indica 0 espagamento maximo dos vardes da armadura, A seccio necessiria é conhecida (pardgrafo (a)), pelo que os diametros dos varbes podem ser calculados). dura mini Na determinaco da secgio minima de armadura necesséria para assegurar que a armadura se mantém eléstica quando aparecem as primeiras fendas, € necessério ter em conta os diferentes tipos de constrangimentos referidos na cléusula 4.4.2.2 do EC2 e a distribuicao de tensdes no betio imediatamente antes da fendilhagao. Nos casos em que se deve limitar a largura de fendas num banzo de betdo de uma viga mista, (¢ a no ser que, por meio de um cdlculo mais rigoroso, se demonstre que uma Secgdo menor é suficiente), a drea da sec¢do transversal A, da armadura contida na secao efectiva do banzo de betio na zona de traceao, A,, deve satisfazer Ay 2K ke fae Aer / On 6.1) em que: fue — €@ resisténcia a tracedo efectiva do betdo no momento em que se prevé a primeira ocorréncia de fendilhagdo. Podem obter-se valores de f,, considerando, como classe, a resisténcia na altura em que se prevé a ocorréncia de fendilhacao, e utilizando o valor de fu, indicado no Quadro 3.1. Quando a idade do betdo no momento da fendilhag&o ndo pode ser determinada com fiabilidade como sendo inferior a 28 dias, sugere-se a adopgéo de uma resistencia minima a traccéo de C1 Nimm?; é a tensdo maxima permitida na armadura imediatamente apés fendilhacdo. Depende das dimensdes escolhidas para os varées, indicadas no Quadro 5.1, e nao deve exceder a tensdo de cedéncia caracteristica da armadura; 109 k é definido na cldusula 4.4.2,2(3) do EC2 e deve ser considerado igual a 0,8; k, umn coeficiente que, conservativamente, pode ser considerado igual a 0,9. Este Coeficiente tem em conta as tensées auto-equilibradas e a distribuigdo de tensdes na laje antes da fendilhagao, e é dado com mais rigor por e u 20,7 1+h,/@m) emque fh, E a espessura do banzo de bettio, excluindo qualquer esquadro ou nerwuras, e % €adistancia vertical entre os baricentros do banzo de beto nao armado e nto fendilhado e a secgéo mista ndo armada e néo fendilhada, calculada utilizando o coeficiente de homogeneizagao dos efeitos de curta duragio, E, / Ex. Pelo menos metade da armadura minima necessdria deve ser colocada entre a meia- -altura da laje e a face sujeita a maior extensdo de tracgao. @) A armadura longitudinal minima do betdo de envolvimento da alma de wna secgdo de ago em I deve ser determinada a partir da equagao (5.1) com k = 0,8, k = 0,4 € 0, = fy Quadro 5.1: Tensio maxima do ago para determinagio da sec¢fo minima de armadura constituida por vardes de alta aderéncia Dimensdes maximas dos varées, mm | 6 8 10 | 12 | 16 | 20 | 25 | 32 Valor de céleulo da largura de fendas | Tenso maxima do aco 0, ou o,, N/mm? w, = 0,3 mm 450 | 400 | 360 | 320 | 280 | 240 | 200 | 160 Ww, 0,5 mm 500 | 500 | 500 | 450 | 380 | 340 | 300 | 260 @) Para a fendithagao devida a deformagées impedidas, mas nao para a fendilhagdo devida as cargas, o didmetro mdximo dos varées pode ser modificado para um valor , dado por: ® = b& (Fae/25) em que %; —€ 0 didmetro do vardo relacionado com a tensdo 0, de acordo com 0 Quadro 5.1; Sue definido em 5.3.2(2), 5.3.3 Andli an fendilhaca (@) Os esforcos actuantes devem ser determinados por andlise global eléstica. Aplicam-se os principios indicados em 4.5.3. 110 Q) @) 3.4 a) @ Normalmente deve ser utilizada a combinacao quase permanente de accées, definida em 2.3.4(2), Utilicam-se as regras de aplicacdo indicadas em 4.5.3, com a excepgdo de que os limites 4 redistribuicdo de momentos, indicados no Quadro 4.3, sao substituidos pelos seguintes: ~ no que se refere d andlise eldstica "com fendilhagao", zero para as seccées de qualquer classe; - no que se refere a andlise eldstica "sem fendilhacao": - 15% para as regides de momento negative com secc6es transversais de classe 1 ou 2, - 10% para outras regides de momentos flectores negativos. ntral ilhagaio devid directas, sem célculo da largura de f Esta cldusula aplica-se em zonas em que a quantidade de armadura de tracoao necessaria ara proporcionar resisténcia a flexdo aos estados limites tiltimos excede a armadura minima exigida em 5.3.2. As tens6es de tracedo na armadura devem ser determinadas por andlise eldstica das secedes transversais. O efeito da contribuigdo do betdo entre fendas numa secedo mista aumenta a tensdo de traccdo, que é importante para o controlo da fendithagéo, até um valor o,, Pode-se utilizar a expressdo seguinte para a armadura de um banzo de betio de uma viga mista: O14 Fam Ac e ne em que: 0, a tensto na armadura mais préxima da superficie de betdo em questo, caleulada desprezando o betdo traccionado e de acordo com 5.3.3 @ 4.4.1.4(1), (2) e (4); Aq a drea efectiva do banzo de betdo na zona de traceao; A, a drea total das secgdes de todas as camadas de armadura longitudinal na area efectiva Ay; Sam — € a resisténcia & tracgdo média do betao, obtida no Quadro 3.1; @ édado por #=AI/(A,1) 1

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