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wahyr Licenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A, Cénin imocessa nelo sistema Taraet CENWin om 27/10/2010 NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 6122 ‘Segunda edigéo_ 20.09.2010 Valid a partir do 20.10.2010, Projeto e execugao de fundagoes Design and construction of foundations os 91.040; 98.010 ISBN 078-85-07-02271-8 pesocrncng Nimero de releréncia LEIRA TECNICAS 91 paginas @ABNT 2010 Licenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. ‘Cépia improssa pelo sistema Target CENWin om 27/10/2010, ABNT NBR 6122:2010 @ABNT 2010 | Todos os diretos reservados. A menos que especticado de outro modo, nenhuma parte desia pubcagdo pode ser reprodvaida ov ublizada por qualquer meio, eletdnico ou macanico, incuinde folocdpia @ microm, sem peimissio por serio da ABNT. ABNT ‘AucTtoze de Malo, 18 - 28° andar 2001-801 - Rs de Jano = AY Tol: + 85 21 9074-2900 Fae 55 21 9974-2948, aont@ abnLora.br \wizabnt.org br ii © ABNT 2010- Todos es dieltos reservados Licenga de uso exclusivo para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Copia! improssa pelo sistema Target CENWin em 27/10/2010, ABNT NBR 6122:2010 Sumario Pagina 5A 52 53 54 55 5.6 5.7 58 5.81 5.8.2 @ABNT 2010 Referéncias normativas.. Investigagées geoldgicas e geotécnicas Reconhecimento Inictal... Investigagio geolégica ... Investigagao geotécnica preliminar . Investigagao geotécnica complementar. Investigagdes complementares. ‘Sondagens mistas e rotativas. Sondagem a percussao com medida de torque. Ensaio de cone... Ensalo de palheta (vane test}. Ensaio de placa Ensaio pressiométrico Ensaios s{smicos Ensaios de permeabilidade Ensaio de perda d’dgua em roche .. Ensaios de laboratorlo Ensaios de caracterizacéo ... Ensalo de cisalhamento direto .. Ensaio triaxial. Ensalo de adensamento Ensaios para caracterizagéo de expansibilidad Ensalo de colapsibilidade Ensaio de permeabilidade... Ensalos quimicos ‘Ages nas fundacses Agées provenientes da superestrutura. Ages decorrentes do terreno Agées decorrentes da agua superficial e subterranea.. Agées excepcionais ... Anélise de interagdo tundagao-estrutura. Peso préprio das fundagées jo de cargas devido a vigas alavanca... Altrito negativo Em termos de fator de seguranga global Em termos de valores de projeto (fatores de seguranga parcials). Teds 08 uotosrezonadoe fit Licenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A Cépla Improsca polo sistoma Target CENWin om 27/10/2010, ABNT NBR 6122:2010 B24 8.2.2 8.3 84 aad Seguranga nas fundagdes.... Generalidade: Regido representativa do terreno. Estados-timites. Verificagao dos estados-limites tiltimos (ELU) .. Vorificacao dos estados-limites de servico (ELS)... Efelto do vento i Célculos em termos de valores caracteristicos.. Célculos om termos de valores de projeto Fundagao superficial (rasa ou direta) Generalldades....msusn Tensao admissivel ou tensdo resistente de projeto . Determinagao da tensao admissivel ou tenséo resistente de projeto a partir do estado-limite ultimo. Prova de carga sobre placa. Métodos tedricos. Métodos semI-empiticos Determinagao da tensdo atimissivel ou da tensio resistente de projeto a partir do estado-limite de servigo. Casos particulares. Fundagao sobre rocha.. Solos expansivos. Solos colapsivels Dimenstonamento geométtico.. Cargas centradas, Cargas excéntricas.. Cargas horizontais. Critérios adictonals. Dimensao minim Profundidade minima... Lastro Fundagoes em cotas diferentes... Bloco (fundagao superficial) Fundagées profundas.. Generalidades. Carga admissivel ou carga resistente de projeto.. Determinagao da carga admissivel ou carga resistente de projeto de estacas Determinagao da carga admissivel ou carga resistente de projeto de tubulées.. Efeito de grupo. Outras solicitagdes Tragao, {© ABNT 2010- Todos os dates reservados Licenga de uso oxclusivo para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A, ‘Cépla improssa pelo sistema Target CENWin om 27/10/2010, ABNT NBR 6122:2010 Esforgos transversais Atrito negativo.. : Efeito de carregamento assimétrico sobre solo mole. Efeito de camada espessa de argila mole-estacas pré- Orientagdes gerais, Destocamento de estacas Densiticagao do solo Pré-furo Escavacao para os blocos de estacas.. Preparo da cabega de estacas jn Limites aceltaveis de excentricidade de execugao... Desaprumo de estacas... Dimensionamento estrutural Efeltos de segunda ordem.... Cobrimento da armadura, melo agressivo e espessura de sacrificio. Estacas de concreto moldadas in loco.. Tubuldes encamisados. Estacas pré-moldadas de concreto. Estaca de reagao (mega ou prensada). Estacas metélicas .. Estacas de madeira... Desemponho das fundagée: Requisitos. = Desempenho dos elementos de fundagao .. 9.2.1 FundagGes em sapatas ou tubulées 9.2.2 Fundagdo em estacas.. Anexo A (normative) Fundagdo superficial (rasa ou direta) - Procedimentos executivos. Ad Introdugao. A2 Escavagéo das cavas A3 —_Preparagao para a concretagem .. AA ——_Coheretagem da sapata. AS Reaterro. Anexo B (normativo) Estacas de madeira ~ Procedimentos executivos. BA Introdugao... se B.2 —_Caracteristicas gerais.. Ba Equipamento e cravagao BA Preparo da cabega e ligagao com o bloco de coroamento B.S —_ Controle para verificagao avaliagao dos servigos B.6 Registro da execusao... ss Anexo C (normalivo) Estacas metélicas ou de ago ~ Procedimentos executivos.. ca Introdugao. C2 Caracteristicas get C3 Equipamento .. (© ABNT 2010-Tedoe os datos resorvados v Licenga de uso exclusivo para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. ‘Cépla impressa pelo sistoma Targot CENWin om 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 C4 Cravagéo C5 Critérios para aceltagao dos perfis . C6 ——_ Emondas e solda ©.7 —_ Comprimento minimo para aproveitamento. C8 Controle para verificagdo e avaliagio dos servigos.. 9 _Preparo de cabegas e ligagao com o bloco de corcamento C10 Registro da execugao... Anexo D (normative) Estacas pré-moldadas de concreto ~ Procedimentos executives. ba Introdugéo.. D2 Caracteristicas gerais Ds Equipamento D4 Cravagao... D5 —_Critérlos de aceltagao das estaca: D6 —_ Emendas Dz Comprimento minimo para aproveltamento. bs Nega, repique e diagrama de cravagéo.. bs Proparo de cabeca e ligagéo com o bloco de corcamento DA0 —_Registros da execugio Anexo E (normativo) Estacas escavad Procedimentos executivo: Ed Introdugao E2 Caracteristicas geral E3 Perturagao. E4 Concretagem ES Colocagao da armadur E6 — Seqlléncia executiva Ee? Preparo da cabega ¢ ligagdio com 0 bloco de coroamento E8 — Concreto. E9 —_ Registros da qualidade dos servigos ‘Anoxo F (normativo) Estacas hélice continua monitorada — Procedimentos executivos. FA Introdugao. F2 Caracteristicas gerais...n. F3 Equipamento ... Fa Perfuragao. FS Concretagem FS Colocagao da armadure F7 —_ Seqiléncia executiva F8 —_Preparo da cabega e ligagao com o bloco de coroamento... F8——Concreto... F10 Controle do processo executivo.. Fil Registros da qualidade dos servigos Anexo G (normative) Estacas moldadas in loco Strauss ~ Procedimentos executives... GA Introdugao. vi (© ABNT 2010- Todas 0s diltos resorvados Licenga de ueo exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TEGNOLOGIA S.A. GBpia improssa pelo sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 G2 Caracteristicas gerais. G3 Perfuragio. G4 Coneretagem G5 Colocagéo da armadurs GS ——_Seqliéncla executiva G7 —_Preparo da cabeca e ligagao com 0 bloco de coroamento. Gs Conereto, Gs Registros da qualidade dos servicos.... Anexo H (normativo) Estacas Frankl ~ Procedimentos executlvos. HA Ha H.3 ——Cravagao do tubo.. HA ——_Execugao da base alargada .. HS — Colocagiio da armadura.. He Concretagem do fuste HT Seqiiéncia executiva H.8 —_Preparo da cabega e ligagao com o bloce de coroamento ... Hs Goncreto... a H.10 —_Registros da qualidade dos servigos. Anexo | (normative) Estacas escavadas com uso de fluido estabilizante ~ Procedimentos executivos. Mi Introdugao. 12 Caracteristicas gerais 13 Escavagao. 4 Colocagao da armadura.. 15 Coneretagem .. le Seqiiénoia exect 7 Controle do processo executlvo. 64 171 Controles exe CUtivOs -emmnnn 64 17.2 Caracter{sticas da lama bentonitica 17.3 Caracteristicas do polimero. le Preparo da cabega e ligagdo com 0 bloco de coroamento 65 19 Conereto.. 7 140 Registros da qualidade dos services. Anexo J (normativo) Tubuldes a céu aberto ~ Procedimentos executives va Introduga sz Caracteristicas gerais 3 Escavagiio do fuste Ja Alargamento da base. 5 Colocagao da armadura. 36 Concretagem a7 Seqiiéncia executiva.. 18 Preparo da cabega e ligagaio com 0 bloco de coroamento © ABNT 2010- Todas oF States resanados vi Licenga do uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. {G6pia impressa polo sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 49 Conereto. JAD Registros da qualidade dos servigos.. {Anexo K (normative) Tubules a ar comprimido ~ Procedimentos executivos K1 _Introdugao.. K2 — Caracterfsticas getals. nnn K3 ——Trabatho sob ar comprimide.. Ka Escavagaown. senses 70 KS Alargamento da base. 1 K6 — Colocagéo da armadur K7 —_Conecretagem K8 —— Soqiléncla executiva K9 —__Preparo da cabega e ligagdio com 0 bloco de coroamento. K10 —Conereto, K.A1 — Registros da qualidade dos servigos. Anexo L (normative) Estacas ralz ~ Procedimentos executivos, La Introdugao. L2 Caracteristicas gerals. La Perfuracéo. L341 Emsolo.. L.3.2 _ Emsolos com matacces ou emb La Colocagso da armadura. Le Injegao de preenchimento.. Le Retirada do revestimento L7 Seqiiéncia executlva ... Le Preparo da cabega e liga¢ao com o bloco de coroamento... La Argamassa.. L10 _Registros da qualidade dos servigos. Anexo M (normative) Estaca hélice de deslocamento monitorada ~Procedimentos executivos M.A Introdugéo. se M2 —— Caracteristicas gerals. M3 Equipamento. M4 Perfuragéo. M5 Concretagem sa. M6 ——_Colocago da armadura. M7 —— Seqiiéncia executiva M8 —_Preparo da cabega ¢ ligagéio com o bloco de coroamento. M8 Conereto... M410 —_Controles do proceso executivo. M11 Registros da qualidade dos serVvig0s ...m-« Anexo N (normativo) Estacas cravadas a Yeacio (estacas prensadas ou mega) — Procedimentos executives Na Introdugio. vil (© ABNT 2010- Todos os datos reservados Lioenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Gépia impressa polo sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 N2 _Caracteristicas gerais. N3 — Cravagao N4 Carga de cravagao.. NS Registros da qualidade dos servigos.. Anexo O (normative) Estacas trado vazado segmentado ~ Procedimentos executivas . oA Introdugéi se 0.2 Caracteristicas geral 0.3 Perfuragao. 04 — Colocagao da armadur 0.5 —_Injecao de preenchimento. 0.6 —_—Retirada do trad. 0.7 _Seqiiéncia executiva das estacas. 0.8 —_Preparo da cabega e ligagao com o bloco de coroamento. 0.9 — Argamassa. 0.10 Registras da qualidade dos servigos. Anexo P (normative) Estacas escavadas com injegéo ou microestacas — Procedimentos executives Introdugao. Caracteristicas gerals. Perfuracao... Em solo... Em solos com matacdes ou embutimento em rocha.. Colocagao da armedure Injegao.. Seqliéncia executiva Preparo da cabega e ligagao com o blaco de coroamento. Calda ou argamassa Registros da qualidade dos servigos. Anexo @ (informative) Simbologla. Q1 Letras grega @.2 Letras minuscules. Q8 Letras maitiscules. Figuras Figura 1 ~ Movimentos da fundagao .. Figura 2 ~ Fundagdes préximas, mas em cotas diferentes Figura 3 - Angulo B nos blocos.. Figura 4 — Carga de ruptura convencional Figura 5 ~ Base de tubuldes.. Figura 6 ~ Grupo de elementos de fundacao profunda.. © ABNT 2010-Tod oF dratos reservados i Liconga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Gépia impresse polo sistema Targol CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 Tabolas ‘Tabola 1 — Fundagées superticials - Fatores de seguranga e coeficientes de minoragao para solicitagées de compressao ‘Tabela 2 Valores dos fatores {1 £2 para determinagao de valores caracteristicos das resisténcias calculadas por métodos seml-empfticos baseados ‘em ensalos de campo Tabola 3 — Valores dos fatores és e £4 para doterminagao de valores caracteristicos das resisténcias obtidas por provas de carga estéticas... Tabela 4— Estacas moldadas in loco: parametros para dimensionamento ‘Tabela 5 - Espessura de compensagio de corrosio. Tabela 6 - Quantidade de provas de carga Tabola F.1 — Caracteristicas minimas da mesa rotativa e do guincho. Tabela H.1 ~ Peso e diémetro dos pildes Tabela L1 —Lama bentonitica Tabela 2 — Pardmetros para o fluldo. Tabela L.1 ~ Diametros nominais e x OABNT 201 os 08 deo wesrados Licenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Cépia impressa polo sistema Tergot CENWin om 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 Prefacio A Associagéio Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) 6 0 Foro Nacional de Normalizagio. As Normas Brasileiras, cujo contetido 6 de responsabllidade dos Comités Brasileitos (ABNT/CB), dos Organismos de Notmalizagao Selorial (ABNT/ONS) ¢ das Comissées de Estudo Especials (ABNT/CEE), sio elaboradas por Comissées de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envoividos, delas fazendo parte: produtores, consumidores @ neutros (universidades, laboratérios e outros). Os Documentos Técnicos ABNT so elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2 ‘A Associagéo Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atencéo para a possibilidade de que alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT nao deve ser considerada responsavel pela identificagao de quaisquer direitos do patentes. A ABNT NBR 6122 fol elaborada no Gomité Brasileiro da Construgao Civil (ABNT/CB-02), pela Comis- so de Estudo do Obras Geotécnicas e de Fundagdes (CE-02:152.08). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital n® 03, de 09.03.2010 a 07.05.2010, com o ndmero de Projeto ABNT NBR 6122. Esta segunda edigto cancela e substitul a edigéo anterior (ABNT NBR 6122:1996), a qual fol tecnica- mente revisada. 0 Escopo desta Norina Brasileira em inglés 6 o seguinte: Scope ‘This Standard speoifies the requirements to be followed in the design and construction of foundations ofall civil engineering structures. NOTE 1 tis acknowledged that foundation engineering is not an exact science and that risks are inherent to any activity that encompasses nalure’s phenomena or materials. The criteria and procedures contained in this standard aro intended to set out a balance of technical, economical and of saloly requirements usually accepted by sociely on the date of publication, NOTE2 This technical documentation does not include foundation types that have restrict use (plo rafts. compaction piles, soil Improvement ete.) and those which are out of use nowadays(air compressed box caaissons etc,).These foundation types may be used with all necessary adaptations from the foundation types presented herein. (© ABNT 2010- Tod o¢dtllos reservados xi ‘Licence de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. ‘Cépia improssa pelo sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 Introdugéo Esta Norma trata dos aritérios gerals que regem 0 projeto © a execugio de tundagdes de todas as estruluras convencionais da engenharia civil, compreendendo: residéncias, edificios de uso geral, pontes, Viadutos etc, Obras especiais, como plataformas offshore, linhas de transmissao etc., séo também regidas por esta Norma no que for aplicdvel, todavia obedecendo as Normas especiticas para cada caso particular. Esta Norma apresenta uma grande diferenga em relagdo & Norma anterior, a que foi separada a parte de ptojeto da parte de execupao das fundagbes. Tudo que se refere a projeto esta concentrado nas ‘s0¢60s de fundagéo direla e de fundacao profunda. Jé a parte de execugdo asta apresentads na forma de Anexos separados pata cada tipo de fundagao. vi OABNT 2010- Todos os delos reservados Licenga de uso exclusive para CONGREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A, Cépia impressa palo sistema Target CENWin om 27/10/2010 NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 6122:2010 Projeto e execugao de fundagées 1 Escopo Esta Norma estabelece os requisites a serem observados no projeto ¢ execugao de fundagdes de todas as estruturas da engenharia civil. NOTA Reconhacende que a engenhatla de fundagdes néo é uma ciéncia exata e que riscos séo inerentes a toda © qualquor atividade quo onvolva fendmonos ou materiais da naturoza, os eritérios e procedimentos ‘constantes nesta Norma pracuram traduzir o equiliorio entre condiclonantes técnicos, econérmicos ede sequranca ustalmente aceltos pela sociodade na data da sua publicagao. NOTA2 Esta Norma n&o contempla aqueles tipos de fundagdo que tém aplicagao rasttita (sapatas esta ‘queadas, radier estaqueados, estacas de compactacdo, melhoramento do solo etc.) © aqueles que estéo em ‘desuso (calxées pneumaticos etc.) Tals fundagéas podem ser utiizadas com as adaptagées quo eojam no- cessérias a partir dos tipos aqui apresentados. 2. Referéncias normativas (Qs documentos relacionados a seguir so indispensévels & aplicagao deste documento, Para refo. réncias datadas, aplicam-se somente as edigdes citadas. Para referéncias nao datadas, aplicam-se ‘as edigoes mais recentes do referido documento (Incluindo emendas), Portaria 3214, do Ministério do Trabalho e Emprego — Norma Reguamentadora N® 18, Condigdes e melo ambiente de trabalho na indistria da construgao ABNT NBR 8738, Conereto - Procedimento para moldagem e cura de corpos-de-prova ABNT NBR 5739, Concreto- Ensaios de compressdo de corpos-de-prova cllindricos ABNT NBR 6118, Projeto de estruturas de concreto ~ Procedimento ABNT NBR 6457, Amosira de solo ~ Preparagao para ensaios de compactagao e ensaios de carac- torizagao ABNT NBR 6459, Solo ~ Determinagao do limite de liquidez ABNT NBR 6484, Solo — Sondagens de simples reconhacimento com SPT — Método de ensaio ABNT NBR 6489, Prova de carga dirola sobre terreno de fundagao ~ Procedimento ABNT NBR 6502, Rochas ¢ solos — Terminologia ABNT NBR 6508, Grdos de solos que passam na penelra de 4,8 mm — Determinagao da massa espectica ABNT NBR 7180, Solo ~ Determinagéo do limite de plasticidade ABNT NBR 7181, Solo — Andlise granulométrica ABNT NBR 7190, Projoto de estruturas de madeira (© ABT 2010 Todos os retos reservados 1 Licenca de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Cépiaimoressa pelo sistoma Targel CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 ABNT NBR 7212, Execugao de concreto dosacio em central ABNT NBR 8036, Programaeao de sondagens de simples reconhecimento dos solos para fundagdes de edificios ~ Procedimento ABNT NBR 8681, Agdes e seguranga nas estruturas ~ Procedimento ABNT NBR 8800, Projefo de estruluras de ago e de estruturas mistas de ago e conoreto de editfcios ABNT NBR 9062, Projeto e execugéo de estruturas de concrete pré-moldado - Procedimanto ABNT NBR 9603, Sondagem a trado ABNT NBR 9604, Abartura de pogo @ trincheita de inspecdo em solo, com relirada de amostras deformadas e indeformadas ABNT NBR 9820, Coleta de amostras indeformadas de solos de balxa consisténcia em furos de sondagem ABNT NBR 10905, Solo ~ Ensalos de palhela in situ ~ Mélodo de ensaio ABNT NBR 10908, Aditivos para argamassa a concreto ~ Ensaios de caracterizagao ABNT NBR 11768, Aditivos para conoreto de cimento Porlland - Especiticagao ABNT NBR 12007, Solo ~ Ensaio de adensamento unidimensional - Método de ensaio ABNT NBR 12068, Solo - Ensaio de penetragao de cone in situ (CPT) - Método de ensaio ABNT NBR 12131, Esiacas ~ Prova de carga estatica ~ Método de ensalo ABNT NBR 12317, Verilicagdo de desempenho de aditivos para conereto ~ Procedimento ABNT NBR 18208, Estacas ~ Ensaios de carragamento dinémico ABNT NBR NM 67, Conareto ~ Determinagao da consisténcia pelo abatimento do tronco de cone 3 Termos e definigées Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definigGes. a4 fundagdo superficial (rasa ou direta) ‘clemento de fundagao em que a carga é transmitida ao terreno pelas tenses distribuidas sob a base «da fundagao, e a profundidade de assentamento em relagao ao terreno adjacente & fundagao ¢ inferior a duas vezes a menor dimensdo da fundagao 32 sapata elemento de tundagdo superficial, de concreto armado, dimensionado de mado que as tensies de tragao nele resultantes sejam resistidas pelo emprego de atmadura especialmente disposta para esse fim 2 © ABNT 2010-Todoe oe deltos recervados Licenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. ‘Copia impressa polo sistoma Targat CENWin om 27/10/2010, ABNT NBR 61 2010 3.3 bloco elemento de fundagao superficial de concreto, dimensionado de modo que as tensdes de tragao nolo resultantes sejam resistidas pelo concreto, sem necessidade de armadura a4 radier elemento de fundagao superticial que abrange parte ou todos os pllares de uma estrutura, distribuindo os carregamentos 3.5 sapata associada sapata comumn a mais de um pilar 36 sapata corrida sapata sujelta & agéo de uma carga distibuida linearmente ou de pilares ao longo de um mesmo alinhamento 37 fundagao profunda elemento de fundagéo que transmite a carga ao terreno ou pela base (resisténcia de ponta) ou por sua superficie lateral (resisténcia de fuste) ou por uma combinagao das duas, devendo sua ponta ou base eslar assente em profundidade superior ao dobro de sua menor dimenséo em planta, no minimo 3,0 m, Neste tipo do fundagdo incluem-se as estacas e os tubuldes 38 estaca elemento de fundacao profunda executado inteiramente por equipamentos ou ferramentas, sem que, ‘em qualquer fase de sua execugao, haja descida de pessoas. Os materials empregados podem set madeira, ago, concreto pré-moldado, conereto moldado in aco ou pela combinagao dos anteriores 39 tubuléo elemento de fundagao profunda, escavado no terreno om que, pelo menos na sua etapa final, ha descida de pessoas, que se faz necessatia para executar o alargamento do base ou pelo menos a limpeza do fundo da escavagao, uma vez que neste tipo de fundagao as cargas sao transmitidas pre- ponderantemente pela ponta 3.10 estaca pré-moldada ou pré-fabricada de concreto estaca conslituida de seamentos de conoreto pré-moldado ou pré-fabricado e initoduzida no terreno por golpes de martelo de gravidade, de explosdo, hidraulico ou martelo vibratério. Para fins exclusiva- enta geotécnicos nao ha distingao entre estacas pré-moldadas e pré-tabricadas, e para os efeltos desta Norma clas sordio denominadas pré-moldadas 3.11 estaca de concreto moldadas in loco estaca executada preenchendo-se, com concreto ou argamassa, perfuragées previamente executadas ho terreno (@ ABNT 2010. Todos os dios resonmtos 3 Licenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A, ‘Cépia impreesa palo sistema Target CENWin om 27/10/2010 ABNT NBR 6122: a2 estaca de reagdo (mega ou prensada) estaca introduzida no terreno por meio de macaco hidréulico teagindo contra uma estrutura jé existente ou criada especificamente para esta finalidade 3.43 estaca raiz estaca armada e preenchida com argamassa de cimento @ areia, moldada in loco executada através de perfuracde rotativa ou roiopercussiva, revestida integralmente, no trecho om solo, por um conjunto de tubos metdlicos recuperaveis 44 ‘estaca escavada com injagao ou microestaca estaca moldada in oco, armada, execulada através de porfuragao rotativa ou roto-percussiva einjetada com ealda de cimento por meio de um tubo com valvulas (manchete) 315 estaca escavada mecanicamente estaca executada por perfuragio do solo através de trado mecdnico, sem emprego de revestimento ou tluido ostablizanto, Um caso particular da estaca escavada mecanicamente 6 a estaca broca execu- tada, usualmente, por perfuragao com trado manual 3.16 estaca Strauss ‘estaca executada por perturagzio do solo com uma sonda ou pitelra e revestimento total com camisa ‘metdlica, realizando-se olangamento do concteto ¢ telitada gradativa do revestimento com simulténeo apiloamento do concreto 3.47 estaca escavada com fluldo establlizante estaca moldada in loco, sendo a estabilidade da parede da perfuragao assegurada pelo uso de fluido establizante ou égua quando tiver revestimento metalico, Recebe a denominagao de estaca escavada quando a perturagao é felta por uma cagamba acoplada a uma perturatriz, ¢ estaca barrete quando a segdio for retangular e escavada com utilizagao de clam-shell 3.18 estaca Franki estaca moldada in foco executada pela cravaco, por melo de sucessivos golpes de um pili, de um tubo de ponta fechada por uma bucha seca constitulda de pedra ¢ arela, previamente firmada na ¢x- ‘remidade inferior do tubo por atrito, Esta estaca possui base alargada e ¢ integralmente armada 3.19 estaca mista estaca constituida por dois segmenios de materials diferentes (rnadeita, ago, conoreto pré-moldado, conereto moidado in loco ate.) 3.20 estaca metélica ou de ago estaca cravada, constituida de elemento estrutural produzido industrialmente, podendo sor de perfis laminados ou soldados, simples ou miltiplos, tubes de chapa dobrada ou calandrada, tubos com ou sem costura e trilhos 4 ADNT 2010~ Todos ores resorad>s Licenga de uso exclusive para CONGREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Cépia imprassa pelo sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 3.2 estaca hélice continua monitorada estaca de concreto moldada in loco, executada mediante a introdugdo, por rotagdo, de um trado hel- ‘coidal continuo no terreno @ Injegdo de conereto pela prépria haste central do trado simullaneamente ‘com a sua retirada, sendo que a armadua é introduzida apés a coneretagem da estaca 3.22 estaca hélice de deslocamento monitorada estaca de concreto moldada in loco que consiste na introdugdo de um trado apropriado no terreno, por rolagdo, sem que haja retirada de material, o que acasiona um destocamento do solo junto ao fuste 4 ponta. A injegao de concreto 6 feita pela interior do tubo central em torno do qual estao colocadas as aletas do trado simultaneamente @ sua retirada por rotagéio 3.23 estaca trado vazado segmentado ‘estaca moldada in locoexecutada mediante a introdugdo no terreno, por rotagéo, do um trado helicoldal constitufdo por segmentos de pequeno comprimento (aproximadamente 10 m) rosqueados e injagaio de concreto pela propria haste central do trado simultaneamente & sua relirada 3.24 cota de arrasamento nivel em que deve ser deixado o topo da estaca ou tubuldo, de modo a possibiltar que o elemento de fundagdo e a sua armadura penetrem no bloco de coroamento 3.25 nega medida da penettagao permanente de uma estaca, causada pela aplicago de um golpe de martelo 0u pilZo, sempre relacionada com a energia de cravagao. Dada a sua pequena grandeza, em geral ¢ medida para uma série de dez golpes 3.26 repique patcela eldstica do deslocamento maximo de uma estaca decorrente da aplicagéo de um golpe do mar- tolo ou pildo 3.27 tensio admissivel tensdo adotada em projeto que, aplicada ao terreno pela fundagao superficial ou pela base de tubuléo, atende com coeficientes de seguranga predeterminados, aos estados-limites ultmos (ruptura) @ de sorvigo (recalques, vibragdes etc.). Esta grandeza é utlizada quando se trabalha com ages em valores catacteristicos 3.28 carga acmissivel de uma estaca ou tubuléo forga adotada em projoto que, aplicada sobre a estaca ou sobre o tubuléo isolados atende, com coe- ficientes de seguranga predeterminados, aos estados-limites titimo (ruptura) 6 de servigo (recalques, vibragdes etc.). Esta grandeza 6 utiizada quando se trabalha com agdes em valores caracterfsticos 3.29 tensio resistonte de projeto tenséo da ruptura geotécrica dividida pelo coeficiente de minoragao da resisténcia ltima. Esta gran- deza 6 utllizada quando se trabalha com agdes em valores de projeto © ABT 2010- Todos os dlls reservados 5 Licenga de uso exclusiva para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. ‘Cépia impressa pelo sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 3.30 carga resistente de projeto carga de ruptura geotécnica cividida pelo coeficiente de minoragao da resisténcia titima. Esta grandeza 6 utlizada quando se trabalha com agdes em valores de projeto 3.31 carga de trabalho de estacas carga efelivamente atuante na estaca em valores caracte! 3.82 tensao de trabalho de sapatas ou bases de tubuldes tendo efetivamente atuante no solo em valores caracteristicos 3.33 efeito de grupo de estacas ou tubuldes proceso do interaco entre as diversas estacas ou tubuldes constituintes de uma ftundagao quando transiitem ao solo as cargas que Ihes so aplicadas 3.34 movimentos da fundagao cconforme Figura 1 Legenda: {6} recalque ou levantamento total de um ponto da estrutura (A) deflexdio relative (8s) recalque diferencial entre dols pontos da estrutura (ai) raziio de detlexéo (0) olagio relativa entre dois pontos da estrutura () rotagao ou desaprumo quando o edifcio se comporta como corpo rigiéo {(@) deformagao angular de um trecho da estrutura (8) dstorgao angular Figura 1 - Movimentos da fundagao 6 ©ABNT 2010 Todos 08 roto reservados Licenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Gépia impressa pelo sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 3.35 levantamento movimento vertical ascendente de uma tundagao 3.38 viga alavanca ou de equilibrio elemento estrutural que recebe as cargas de um ou dois pilares (ou pontos de carga) e é dimensionado de modo a transmit-as centradas as fundacoes. Da utilizagao de viga de equillbrio resullam cargas nas fundagées diferentes das cargas dos pllares nelas alvantes 3.37 valores ropresentativos das ages gies quantificadas por valores representatives, que podem ser caracteristicos, caracteristicos nomi- nals, reduzidos de combinagao, convencionais excepcionais, reduzidos de utlizagao o raros de utiliza- ‘¢ao, Os signiticados de cada um destes valores S20 aqueles definidos na ABNT NBR 8681 3.38 valores caracteristicos de parémetros geomecanicos paramotros geomecanicos determinados a favor da seguranga 3.39 carga de ruptura de uma fundagéo carga aplicada a fundagdio que provoca deslocamentos que comprometem sua seguranga ou desem- penho 3.40 tensdo de ruptura de uma fundagao tensdo aplicada pela fundagao ao solo que provoca deslocamentos que comprometem sua seguranca ‘ou desempenho 341 método de valores admissiveis método em que as cargas ou tensdes de ruptura S20. divididas por um fator de seguranga global Raadm S Poi FSy © Radm2 Ax onde Rad ¢ a tensao admissivel de sapatas ¢ tubuldes © carga admissivel de estacas; Ruy tepresenta as cargas ou tensées de ruptura (ultimas); Ak representa as agoes caracteristicas; FS, 6 0 fator de seguranga global. 3.42 método de valores de projeto inétodo em que as cargas ou tensdes de ruplura s4o divididas pelo coeficiente de minoragao das rosisténcias © as agbes so muliplicadas por fatores de majoragao Ra artim, Ad= kx © Ra2 Ad ‘© ABNT 2010- Todos os dheltos rorervados 7 Licenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Gopia impressa pelo sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 onde Ra 6.atensdo resistente de projeto para sapatas ot tubuldes ou carga resistente de projeto para estacas; Ag representa 2s ag6es em valores de projeto. 3.43 solos compress{vels solos que apresentam deformagées elevadas quando sclicitados por sobrecargias pouco significativas ‘ou mosmo por efelto de catregamento devide 20 seu paso préprio 3.44 solos expansivos Solos qUe, por sua composigtio mineraldgica, aumentam de volume quando ha acréscimo do teor de umidade 3.45 solos colapsiveis solos que apresentam brusca redugao de volume quando submetidos a acréscimos de umidado, sob a agdo de carga externa 3.46 interagéio solo-estrutura mecanismos de analise estrutural que consideram a deformabilidade das {undagées juntamente com a super estrutura 347 subpressio hidrostética ou simplesmente subpressdo ‘esforgo vertical de empuxo hidrostatico aluante sobre estruluras enterradas 3.48 atrito negative o alrite lateral 6 considorado negative quando 0 recalque do soto é malor que o recalque da estaca ou tubulio, Esse fandmeno ocorre no caso de 0 solo estar em processo de adensamento, provocado pelo ‘seu poso préptio, por sobrecargas langadas na superficie, por rebaixamento do lencol tredtico, pelo amolyamento da camada mole compressive} decorrente de execugao de estaqueamento etc. 4 Investigagées geolégicas e geotécnicas 44. Reconhecimento inicial Devern ser considerados os seguintes aspectos na elaboragao dos projetos e pravistio do desempenho das fundagdes: a) visita ao local; b) _felgdes topograticas ¢ eventuals indicios de instabilidade de taludes; ©) _indfcios da presenga do aterro (bota-fora) na area; 4d) ‘clos de contaminagao do subsolo por material contaminante langado no local ou decorrento do tipo de ocupagao anterior; 8 {© ABNT 2010 Todos 05 dros reservados Licenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Copia Impressa pelo sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 @)_pritica local de projeto @ execugao de fundagdes; f) estado das construgées vizinhas 9) _peculiaridades geolégico-geotécnicas na area, ‘ais como: presenga de matacées, atloramento rochoso nas imediacoes, areas brejosas, minas d’Agua etc. 4.2. Investigagao geolégica Em fungdo do porte da obra ou de condicionantes especificos, deve sor realizade vistoria geokigica de campo por profissional especializado, eventualmente, complementada por estudos geolégicos adi- clonais. 4,3. Investigagéo geotécnica preliminar Para qualquer edificagdo deve ser feita uma campanha de investigacao geotécnica preliminar, cons- tituida no minimo por sondagens a percussao (com SPT), visando a determinagao da estratigratia @ classificagdio dos solos, a posigaio do nivel dagua © a medida do indice de resisténcia A pene- tragdo Ngpr, de acordo com a ABNT NBR 6484. Na classificagéo dos solos deve ser emprogada a ABN NBR 6502, Em fungéio dos resultados obtidos na investigagao geotéonica preliminar, podo ser necessaria uma investigacéo complementar, através da realizacao de sondagens adicionals, instalagao de indicado- ros do nivel d'agua, plezdmetros, bem como de outros ensalos de campo e de ensalos de laboratérlo. Em obras de grande extensao, a utllizagao de ensalos geofisicos pode se constitur num auxiliar ef caz no tragado dos perlis geotéenicos do subsolo. Independentemente da extensio da investigagSo geotécnica preliminar realizada, devem ser feltas investigagdes aciclonais sempre que, em qualquer etapa da execugao da fundagao, forem constatadas diferengas entre as condigées locais ¢ as indicagdes fornecidas pela investigago preliminar, de tal forma que as divergéncias fiquem completamente esciarecidas. Para a programagao de sondagens de simples reconhecimento para fundagées de edificios, deve ser ‘empregada a ABNT NBR 8036. 4.4. Investigacao geotécnica complementar Apés a realizagao inicial do sondagens @ porcussao, em fungao de peculiatidades do subsolo @ do projeto, ou ainda, caso haja diivida quanto & natureza do material impenetrével a percusséo, deve set realizadas investigagées complementares. Neste caso, sondagens adicionals @ outros ensaios de campo serao programados. 45. Investigagdes complementares Os ensaios de campo visam determinar parametros do resisténcia, doformabllidade e permeabilidade dos solos, sendo quo alguns deles também fornecem a estratigrafia local. Alguns paramettos so obtl- dos diretamente e outros por correlagdes. A seguir encontra-se uma rela dos ensalos mais usvais na pratica brasileira e outros disponiveis, 4.5.1 Sondagens mistas e rotativas No caso de diivida quanto & natureza do material impenetrdvel a percussiio, devem ser programadas sondagens mistas (percussao e rotativa). {© ABNT 2010- Todas os tos resarmados 9 Licenga de uso exclusivo para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Cépia impressa pelo sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 Em se tratando de macigo rochoso, rocha alterada ou mesmo solo residual jovem, as amostras coleta- das devern indicar suas caracteristicas principais, incluindo-se eventuais descontinuidades, indicando: tipo de rocha, grau de alteragao, fraturamento, cooréncia, xistosidade, porcentagarn de recuperagio 20 indice do qualidade da rocha (AQD). Sempre que possivel deve ser feita a determinago do Nspr- 45.2 Sondagem a percusséo com medida de torque Neste tipo de Investigagao, ao final da medida da penetracao do amostrador, ¢ feita a medida do tor- {que nocessério para rotacloné-lo (SPT-T). A media do torque serve para caracterizar 0 atrito lateral entre o solo ¢ 0 amostrador. 4.5.3 Ensaio de cone Deve ser executado conforme a ABNT NBR 12069. Este ensalo consiste na cravagao continua de uma pontoira composta de cone e luva de attito. E usado para determinagao da estratigrafia @ pode dar indicacao da classiticagao do solo. Propriedades dos materials ensaiados podem ser obtidas por cortelaces, sobretudo em depésitos de argilas moles e areias sedimentares. © ensaio de Piezocone (CPTU) permite a medida da poro-pressdo gerada durante 0 processo de cravacdo ©, eventualmente, sua dissipagao, 4.5.4 Ensaio de palheta (vane test) Dove ser execulado conforme a ABNT NBR 10905. Este ensalo 6 empregado na determinagao da resisténcia ao clsalhamento, nao drenada, de solos moles. 45.5 Ensaio de placa E uma prova de carga direta sobre o terreno, com o objetivo de caracterizar a deformabilidade e capa- cidade do carga do solo sob carregamento de fundagoes diretas, conforme ABNT NBR 6489. 4.6.8 Ensalo pressiométrico Este onsaio consiste na expanséo de ura sonda cilfndrica no interior do terreno, em profundidades preestabelecidas. Dependendo do modo de insergao do pressiémetro no solo, pode ser classificado ‘como pressiémotro em pré-furo (ou de Ménard), autoperfurante. © ensalo permite a obtengao de pro: priedades de resisténcia e tensio-deformagao do material 45.7 Ensaio dilatométrico © ensalo dilatométrico (dilatémetro de Marchetti) consiste na cravagéo de uma Kamina, que possui um dlafragma. Este diafragma é empurrado contra o solo pela aplicagio de uma prossao de gas. O ensalo pode ser usado para dotorminagao da estratigratia @ pode dar indicagao da classificagao do solo. Proptiedades dos materlais ensalados podem ser obtidas por cortelago, sobretudo em depésitos de argilas moles e ateias sedimentares. 4.5.8 Ensaios s{smicos Estes ensaios (crosshole, downhole e cone sismico) sé realizados em protundidades preestabelecidas fe fomecom, basicamento, a velocidade de propagagao da onda cisalhante. A parlir destes dados 6 possivel estimar o médulo de elasticidade transversal inicial, Go, do solo. 10 ‘© ABNT 2010-"Tedos 0s deltosresorvados Licanga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A, ‘Gépia itnpressa pelo sistoma Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NER 6122:2010 4.5.9. Ensalos de permeabilidade Este ensaio (inftragéo ou recuperacio) permite a avaliagao do coeficiente de permeabilidade in sit do solo. 4.5.10 Ensaio de perda d'égua em rocha Este ensalo permite obter informagdes sobre a capacidade de condugao de Agua do macigo rochoso @ da indicagdes sobre o fraturamento da rocha. 4.6 Ensaios de laboratério Estes ensaios visam classificar 08 solos, determinar parametros de resisténcla, de deformabilidade @ de permeabilidade. ‘As amosiras representativas das camiadas de solos dever ser retiradas através de pogos ¢ trincheizas de acordo com a ABNT NBR 9820 e a ABNT NBR 9604. Para os ensalos de caracterizagao dos solos podem ser obtidas amostras por meio de trado, de acordo com a ABNT NBR 9503. (Os ensalos mais usuals so: 4.6. Ensaios de caracterlzagao Estes ensafos compreendem: a) granviometvia, conforme ABNT NBR 7181; b) _umidade natural (F), para solos argilosos, conforme ABNT NBR 6457; 6) limite de liquidez (LL), para solos argilosos, conforme ABNT NBR 6459; 4) limite do plasticidade (LP), para solos argilosos, conforme ABNT NBR 7180; @) peso especitico real dos gréos, conforme ABNT NBR 6508. 4.6.2. Ensaio de cisalhamento direto Este ensaio visa determinar os parametros de resisténcia ao cisalhamento do solo (coeséo e angulo de atrito. 4.6.3 Ensaio triaxial Este onsalo visa a daterminagao dos pardinetros de resisténcia e de deformabilidade do solo. De- pendendo das condigées de drenagem, seja na fase de adensamento sob a tensao confinante seja ha fase de aplicagao da tensao desviadora, o ensalo pode ser classificado como: ensaio adensado drenado (CD), ensaio adensado no drenado (CU) e enseio néo adensado nao drenado (UU). Se no segundo tipo de ensalo forem feitas medidas das poro-press6es (ensalo CU), 6 possivel a obtengao de pardimotros de resisténcia em termos de tensdes efelivas. 46.4 Ensaio de adensamento Este ensaio determina as caracter(sticas de compressibilidade dos solos sob a condig&o de contina- mento lateral, conforme ABNT NBR 12007. (@ ABNT 2010- Todos o* dice rosorvados “1 Licenga de uso exclusivo para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA &.A. {Gépla improssa pelo sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 4.6.5. Ensalos para caracterizagao de expansibilidade Hé varias formas para se caracterizar 0 solo quanto & sua expansibilidade. O ensaio mals comum 6 0 que emprega o equipamento ulilizado no ensaio de adensamento. Outros ensaios de laboratério, como os citados a seguit, também podem fornecer informagées sobre a expansibilidade do colo: a) granulometria (pela porcentagem da fragao argila); b) indice de plasticidade; ©) difragao de raios X (pola caracterizagéo do mineral argtlico); @) _adsorgao de azul-de-matileno; €) _analise termodiferencial; f) _ espectrometria infravermelha, 4.6.6 Ensalo de colapsibilidade Eindleado no caso de solos ndo saturados que possam apresentar colapso com o aumento de umridade, ‘© ensaio mais simples 6 felto no mesmo equipamento utlizado no ensalo de adensamento, medindo- se a deformagao vertical sofrida pela amostra, em uma determinada tensao, ao ser inundada. 4.6.7 Ensalo de permeabllidade Este ensalo pormite determinar os coeticientes de permeabilidade vertical e horizontal de uma amostra do solo. 4.6.8 Ensalos quimicos Estes ensaios permite avaliar a contaminagao do solo e da agua subterrénea, visando 0 estudo de sua influéncia no comportamento das fundagGes. 5 Agées nas fundagées 5.1 Agdes provenientes da superestrutura Os ostorgos, determinados a partir das ages © suas combinagées, conforme prescrito na ABNT NBR 8681, deve ser fornecidos palo projetista da estrutura a quem cabs individualizar qual ‘© conjunto de estorcos para verlicagao dos estados-limites uiimos (ELU) ¢ qual @ conjunto para Verilicagao dos estados-limites de servigo (ELS). Esses esforgos devem ser fornecdos em termos do valores de projeto, considerando os cosficientes de majoragao conforme ABNT NBR 8681. Pare o caso do projeto de fundagées ser desenvolvido em termos de fator de seguranga global, do- vem ser solicitados ao projetista estrutural os valores dos coeticientes pelos quais as solicitapdes ‘om termos de valores de projeto devem ser divididas, em cada caso, para reduzi-las as solicitages caracteristicas. 12 © ABNT 2010- Todos oF eratos reserves Licenga de uso exclisivo para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. ‘Cépia impressa pelo sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 Os esforgos devem ser fornecidos no nivel do topo das fundagées (no caso de ecifclos 0 topo das cintas, no caso de pontes 0 topo dos blocos ou sapatas) ou 2o nivel da interlace entre os projetos (euperestrutura 6 fundagoes/infra-estrutura), devendo ficar bem caracterizado este nivel. ‘As ages devom sor separadas de acordo com suas naturezas, conforme prove a ABNT NBR 8681: a) agdos permanentes (peso préprio, sobrecarga permanente, empuxos etc.); b) ages varidveis (sobrecargas varidveis, impactos, vento etc.); ©) ages excepcionais. 5.2. Agdes decorrentes do terreno Devem ser considorados os empuxos de terra @ ompuxos de sobrecargas atuantes no solo. Caso es- tejam previsios aterros contra a estrulura ou vizinhanga da obra, o projatista das fundagées deve ser informado. Esses esforgos devern ser informados ao projetista da estrutura © empuxo de terra deve set considerado do forma compativel com a deslocabilldade da estrulura {@tivo, rep0us0, passive). Este empuxo, quando assimétrico, infu na estabilldade da estrutura. Outros esforgos atuantes sobre elementos de fundagao profunda que devem ser considerados, quando for 0 caso, 840: atrito negativo e catregamentos laterals devidos a sobrecargas assimétricas. 5.3. Agdes decorrentes da 4gua superficial e subterranea Devem ser considerados os empuxos de Agua, tanto superficial quanto subterrdnee. No caso de fluxos de dgua deve ser considerada a possibiidade de erosao. O feito favordvel da subpressdo no alivio de cargas nas fundag6es néo pode ser considerado. 5.4 Agées excepcionais Em fungéo da finaidade da obra e quando previamente conhacidas, devem ser consideradas as ages excepcionais no projeto das fundagdes: a) alteracdo do estado de tensdes causadas por obras nas provimidades (escavagdes, aterros, ti- neis ote,); b)__tréfego de vefculos pesados @ equipamentos de construgdo; ©) _carregamentos especiais de construcao; 4d) explosio, incéncio, colisto de veiculos, enchentes, sismos etc, 5.5 Anilise de interagao fundagdo-estrutura Em estruturae nas quais a deformabilidade das fundagdes pode influcnciar na cistribuigao de esforgos, deve-se estudar a interagao solo-estrutura ou fundagdo-estrutura. 5.6 Peso préprio das fundagées Dove ser considerado 0 peso préprio de blacos de coroamento ou sapatas ou no minimo § % da carga vertical permanente. (@ ANT 2010- Todos os dios reservados 13. Licenga do uso oxclusivo para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Gépia impressa polo sistoma Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 5.7 Alivio de cargas devido a vigas alavanca Quando ocorre uma reducéo de carga devido a utlizagdo de viga alavanca, a fundagéio deve ser dimensionada considorando-se apenas 60 % desta redugao. Quando a soma dos alfvios totais puder Tesultar em lragao na fundagéo do pilar aliviado, sua fundagao deve ser dimensionada para suportar a tragao total e pelo menos 50 % da carga de compressa deste pilar (sem o alivic). 5.8 Atrito negativo ‘A aso do atiilo negative, quando atuante, deve ser considerada no dimensionamento geotécnico ¢ esttutural do elemento da fundagao. A agao do attito negativo também pode ocorrer em blocos de coroamento, vigas enterradas, reservatérios enterrados etc. Quando oaititonegalivo for uma solicitago de valor signticativo, érecomendvel quesua determinacéo seja mais born avaliada através da realizagao de provas de carga em estacas de comprimonto tal que 0 atrito positivo possa ser considerado igual ao atrito negativo nas estacas da obra. Nestos casos as provas de carga podem sor fellas a tragao, desde que a estaca tenha armadura suficiente para Suportar 08 estorcos. Podem ser utlizados recursos (como, por exemplo, pintura betuminosa), visando minimizar os efeitos do atrito negativo, 5.8.1 Em termos de fator de seguranga global No caso do estacas ou tubul6es em que se prevé a agdo do atrito negative, a carga admisstvel (Padi) dove ser determinada pela expresso: Paar = {(Pp + P)/ F Sg] — Pan onde Pacm 8 carga admissivel; P, 6 aparcola coespondente & resisténcia de ponta na ruptura; PL 6 aparcela correspondente & resisténcia por atrito lateral positive, na ruptura; Pan 6a patcela correspondente ao atrito lateral negativo na ruplura. © ponto onde ocorre ‘amudanga de atrito negativo para positivo é chamado de ponto neutro; FS, Go fetor de seguranga global. 5.8.2. Em termos de valores de projeto (fatores de seguranca parcials) Prd = ((Pp + Pl) x1 Pan x0 onde Pq € a carga resistente de projeto; Py 6 aparcela correspondente & resisténcia. de ponta na ruptura; PL @aparcela correspondente & resisténcia por attito lateral positive, na ruptura; Pay 6a patcela correspondente ao atrto lateral negativo na ruptura; 4 ‘© ABNT 2010- Todos os dios reservados Licenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Gépia impressa polo sistora Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 ‘1k 60 faior de minoragao de resisténclas; 31 60 fator de majoragao das agées. 6 Seguranca nas fundagées 6.1 Generalidades AAs situagdes de projoto a serem verificadas quanto aos estados-limites titimos (ELU) @ de servico (ELS) devem coniempiar as ages 0 suas combinagées 6 outras solictagSes conhecidas e previsive's. Deve ser considerada a sensibilidade da estrutura as deformagées das fundagées. Estruturas sensivels a recalques devem ser analisadas considerando-se a interagao solo-estrutura 6.1.1 Regido representativa do terreno O resultado das investigagdes geotécnicas deve ser interpretado de forma a identificar espacialmente ‘a composigao do solo ou da rocha, suas propriedades mecdinicas, profundidades cas diversas cama Gas do solo ou caracterfsticas da rocha. Dependendo das caracteristicas geoldgicas e das dimensdes do terreno, pode ser necessério dividi-lo em regides representalivas que aprosentem pequena varia- bilidade nas suas caracterfsticas geolécnicas. (0 projetista das fundagoes deve definir estas regides para a eventual programagao de investigagdes adicionais, elaboragéio do projeto e programagao dos ensaios de desempenho das fundagoes. 6.2 Estados-limites 0 projeto dove assegurar que as fundagées apresentem seguranga quanto aos: a) estado-timite Gtime (associados a colapso parcial ou total da obra); bb) estado-timite de servigo (quando ocorrem deformagées, fissuras ete. que comprometem o uso da obra) 6.2.1 Verificagio dos estados-limites ditimos (ELU) 0s ostados limites titimo representam os mecanismos que conduzem ao colapso da fundagao. (Os soguintes mecanismos podem caracterizar o estado-limite titimo: a) perda de estabilidade global, b) ruptura por esgotamento da capacidade de carga do terreno; ) ruptura por deslizamento (fundagées superticlais); 4d) ruptura estrutural em decorréncia de movimentos da fundago; 6) _atrancamento ou insuficiéncia de resisténcla por tragéo; )_ruptura do terreno decorrante de carregamentos transverseis; @) Tuptura estrutural (estaca ou tubuléo) por compressao, flexdo, flambagem ou cisathamento. {@ ABNT2010- Todos os los reseratos 15 Liconga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. ‘Gépia impressa pelo sistema Terget CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 Para fundagdes cuperticiais, o estado-limite titimo deve ser determinado conforme o disposto em 7.3, e para fundagses profundas conforme o disposto em 8.2. 6.2.1.1 Fatores de seguranca de fundagéo supetticial (rasa ou direta) 6.2. 1.1. Fatores de seguranga na compresséo ‘Averiicagdo da seguranga pode ser feita por fator de seguranga global ou por fatores de seguranga parciais, devendo ser obedecidos os Tabola 1 — Fundagées superfici valores da Tabala 1. —Fatores de seguranga e coeficientes de minoragao para solieltagées de compresséo Métodos para determinagao da resistencia titima Coeficiente de minoragéo da resisténcla ultima Fator de seguranga global Semi-empiricos * Valores propostos no proprio processo @ no minimo 2,15 Valores propostos no proprio. proceso e no minimo 3,00 Analtticos ® 245 3,00 ‘Semi-ompiricos a ou analiticos ® acrescidos de duas ou mais provas de carga, necessariamente 1,40 2,00 oxecutadas na fase de projeto, conforme 7.3.4 ‘Atendendo ao dominio do validade para 0 terreno local. » Sem aplicagio de coeficientes de minoragdo aos parametros de resistancla do terreno. 62.1.1.2 Fatores de seguranga parclals para verlficagdo de trago 6.2.1.1.2.1 Carregamento dado em termos de valores caracteristicos Devem ser adotados fatores de seguranga parciais de minoragéo da resisténcia de jn = 1,2 para a parcela de peso e Ym = 1,4 para a parcola de resistancia do solo. Esta composigao resistente deve ser comparada com 0 esforco caracteristico atuante majorado pelo fator 7}= 1,4. 6.2.1.1.2.2 Carregamento dado em termos de valores de projeto Devem ser adotados somente fatores de seguranga parclais de minoragao da resisténcia de tm = 1,2 para a parcola de paso © Yin = 14 para a parcela de resisténcia do solo pata @ comparagao com ‘0 astorgo de projeto. 6.2.1.1.3. Fatores de seguranga parcials para verificagao de desiizamento 6.2.1.1.3.1 Carregamento dado em termos de valores caracteristicos Deven ser adotados fatores de seguranga parciais de minoragso da resisténcia de yn = 1,2 para fa patcela de peso © Ym = 1:4 para a parcola de resisténcia do solo. Esta composigao resistente dove ‘ser comparada com o esforco caracteristico atuante majorado pelo fator y= 1,4. @ABNT 2010- Todos os dios reservados Licenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Cépia impressa pelo sistema Targot CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 6.2) 3.2 Carregamento dado em termos de valores de projeto Devern ser adotados somente fatores de seguranga parciais de minoragao da resisténcia de yn para a patcela de peso € Yim = 1,4 para a parcola de resisiéncia do solo para a comparagao com 0 eslorgo de projeto. 6.2.1.4.4 Fator de seguranga global para verificagao de flutuacio Consideradas todas as combinagdes meis desfavordveis (por exemplo, a elevagao do lengol fredtico), tanto nos esforgos atuantes quanto nos resistentes, deve ser observado um fator de seguranga global rminimo de 4.4 6.2.1.2 Fatores de seguranga de fundagées profundas 6.2.1.2.1 Resisténcla calculada por método seml-empirico O fator do seguranga a ser utilizado para determinagdo da carga admissivel 6 2.0 ¢ para carga resis- lente de projeto é de 1,4. Quando se reconhecerem regides representativas, 0 céioulo da resisténcia caractaristica do estacas por métodos semi-empirico baseados em ensalos de campo pode ser deter- minado pela expresséo: lox = Min [(Rocailmed/t i (Ao,eal)min/Sal onde Pek 6 a resisténcia caracteristica; (Recalled € @resisténcla caracterfstica calculada com base em valores médios dos parametros; (Recallnin _ 6tesisténcia caracteristica calculada combaseem valores minimos dos parametros; Evoke so fatores de minoragio da resisténoia (Tabela 2). Tabela 2 - Valores dos fatores £; e Ea para determinagio de valores caracteristicos ¢ calculadas por métodos semi-empiricos baseados em ensaios de campo [fone oa 2 3 4 5 6 210 bi jaa | 105 | 133 4a 1,29 127 1,27 te 12 | ia | 123 | tzo | 18 | tag [oat = n= nlmere de pets do ensalos por rgifo representative do terreno Osvalores det: e& podem ser multiplicados por 0,9 no caso de execugao de ensaios complementares a sondagom a percusséo. Aplicados os fatores da Tabola 2, para determinar a carga admissivel deve ser empregado um fator de seguranga global de no minimo 1,4, Se a andlise for felta em termos de fatores de seguranga patciais (carga resistente de projeto), nao pode ser aplicado fator de minoragao da tesisténcia. (© ABNT 2010- Todor oF dios reservados 7 Licenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A Copia improssa pelo sistoma Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 6.2.4.2.2 Resisténcia obtida por provas de carga executadas na fase de elaboracao ou adequacao do projeto Para que se obtenha a carga admissivel (ou carga resistente de projeto) de estacas, a partir de provas de carga, é necessério que: a) _a(s} prova(s) de carga seja(m) estatica(s); b) _a(s) prova(s) de carga seja(t especiticada(s) na fase de projeto ¢ exeautadas no inicio da obra, de modo que 0 projeto possa ser adequado para as demais estacas; ©) a3) prova(s) de carga seja(m) levada(s) até uma carga no minimo duas vezes a carga admissivel prevista em projeto. O fator de seguranga a sor uliizado para determinagéo da carga admissivel é 1,6 ¢ para carga resistente de projeto é da 1,14, Quando em uma mesma regiao representativa for realizado um niimero malor de provas de carga, a resistencia caracteristica pode ser determinada pela expresso: oe = Min [(Re,cal)med3 5 (Re,calb in!) onde Poke 6 a resisténcla caracteristica; (Recaidmee 6 8 resist@ncia caracteristice caloulada com base em valores médios dos parametros; (Rocanin 6 aresisténcla caractertstica calculada com base em valores minimos dos parametros; Egek, so fatores de minoragdo da resisténcia (Tabela 3). Tobela 3 Valores dos fatores fs £4 para determinagao de valores caracteristicos das resisténclas obtidas por provas de carga estéticas [one 1 2 3 4 [35 ba 144 4 4,07 404 | t,00 Ee 414 4,40 1,05, 1,02 | 1,00 @ n=numero de provas de carga em eslacas de mesmas caractersticas, por regide representativa do terreno, Aplicados 0s fatores indicados na Tabela 3, para determinar a carga admissivel deve ser empregado um fator de seguranga global de no minimo 1,4, Se a andlise for feita em termos de fatores de seguranga parciais, no deve ser aplicado fator de minoragéio da carga. 6.2.2 Verificagao dos estados-limites de servigo (ELS) 6.2.24 Generalidades A verificagao dos estados limites de servigo em relagao ao solo de fundacao ov ao elemento estrutural de fundagao deve atender a: Es 18 ®ABNT 2010 Todo os dros resenades Licenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Copia impressa pelo sistema Targot CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 onde Fx 6 ovalor do efeito das ages (por exemplo, o recalque estimado), calculado considerando-se ‘0s parématros caracteristicas e agées caracteristicas, CS ovalor-limite de servigo (admisstvel) do ofelto das agdes (por exemplo, recalque aceltavel). © valor-limite de servigo pata uma determinada deformagao é o valor correspondente ao comporta- mento que cause problemas como, por exemplo, trincas inaceitéveis, vibragdes ou comprometimentos 4’ {uncionalidade plena da obra. 2 Valores-limites dos deslocamentos das fundacbos A definigéo dos valores-limites de projeto pata os deslocamentos e deformagées deve considerar: a) a confiabilidade com a qual os valores de deslocamentos aceltavels podem ser estabelecidos; b) _velocidade dos recalques ¢ movimentos do terreno de fundagao; ©) tipo de estrutura @ material de construgéo; 0) tipo de fundagao; ©) natureza do solo; ) finalidade da obra; @) influéncia nas ostruturas, utltdades e edificagées vizinhas, 6.2.2.2.1 Limites de servigo a serem considerados Devern ser considerados: a) recalques excessivos; b) _levantamentos excessivos decorrentes, por exemplo, de expansao do solo ou ouliras caus ©) vibragées inaceitéveis. 6.3 Efeito do vento 6.3.1 Célculos em termos de valores caracteristicos Quando a veriticagao das solicitages for feita considerando-se as agdes nas quais o vento ¢ a ago varidvel principal, os valores de tensdo admissivel de sapatas e tubules @ cargas admissivels em ‘estacas podem ser majorados em até 20 %. Neste caso deve set feita a verificagdo estrutural do ole: mento de fundagao. 6.3.2 Célculos em termos de valores de projeto Quando a verificagio das solicitag6es for felta considerando-se as agdes nas quale o vento é a ago varidvel principal, os valores de tensao resistente do proleto de sapatas e tubules e cargas resistentes de projeto om estacas podem ser majorados em até 10 %. Neste caso dove ser foita a voriticagao estrutural do elemento de fundagao. ‘© ABINT 2010 Todos os dls reservados 19 Liconga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Cépia Impressa palo sistema Targot CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 7 Fundaciio superficial (rasa ou direta) 7.1 Generalidades A grandeza fundamental para o projeto de fundagdes diretas 6 a determinagao da tensao admissivel 0.0 projeto for feto considerando coeticiente de seguranga global ou a determinagao da tensdo resis- tente de projeto quando se consideram fatores parcials. Estas tensdes devem obedecer simullanea- mente aos estados-limites tltimos (ELU) de servico (ELS), para cada elemento de fundagao isolado @ pata 0 conjunto. (© projeto de fundagées consta de memorial de calculo @ dos respectivos desenhos executives, com 2s informagéas técnicas necessatias para 0 perfeito entencimento e execucio da obra. A elaborngdo do memorial de calculo é obrigatéria, devendo estar disponivel quando solicitado. 7.2. Tensao admissivel ou tensao resistente de projeto Dever sor considerados os seguintes fatores na sua determinagéio: a) catacteristicas geomecénicas do subsolo; hb) protundidade da fundagao; c)_dimensGes e forma dos elementos de fundagao; 4d) influéncia do tengo! d'agua; ¢) eventual alteragdo das caracteristicas do solo (expansivos, colapsiveis etc.) devido a agentes externos (encharcamento, allvio de tenses etc.); 1) caracter'sticas ou peculiaridades da obra; 9) sobrecargas externas; hh) inclinagao da carga; 1) inctinagao do terreno; })_estratigratia do terreno. 7,3. Determinagdo da tensdo admissivel ou tensdo resistente de projeto a partir do estado-limite ultimo A tenséo admissivel ov tensa resistente de projeto deve ser tixada a partir da utllizagao ¢ interprotagéo de um ou mais dos procedimentos descrites em 7.3.1 7.3.3.6 em 74. 7.3.1 Prova de carga sobre placa Ensalo realizado de acordo com a ABNT NBA 6489, cujos resultados devem ser interprotados de modo a considerar a relagdo modelo-protdtipo (steito de escala), bem como as camadas intluen- cladas de solo. 20 BAANT 2010- Todos 0 da sewn Licenga de uso exclusivo para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Copia Impressa palo sistoma Targot CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 7.3.2. Métodos teéricos Poder ser empregados métodos analiticos (leorlas de capacidade de carga) nos dominios de vali- dade de sua aplicagao, que contemplem todas as particularidades do projelo, inclusive a natureza do carregamento (drenado ou néo drenado). 7.3.3. Métodos semi-empiticos So métodos que relacionam resultados de ensaios (tais como o SPT, CPT etc.) com tensdes ad- missiveis ou tensdes resictontes de projeto. Dovem ser observados os domfnios de validade de suas aplicagdes, bem como as disperses dos dados e as limitagdes tegionais assocladas a cada um dos métodos. 7.4 Determinagéo da tenséo admissivel ou da tensdo resistente de projeto a partir do estado-limite de servigo As tensées determinadas em 7.3 devem também atender ao estado-limite de servigo. A tensdo admissivel ou tensdo resistente de projeto, neste caso, é 0 valor maximo da tenséo aplicada a0 terreno que atenda as limitagdes de recalque ou deformagao da ostrutura. 7.5 Casos particulares 7.8.1 Fundagao sobre rocha Para a tixagéo da tens&o admissivel ou tensao resistente de projeto de qualquer elemento de fundagéo sobre rocha, deve-se considerar as suas descontinuidades: a) falhas; b) fraturas; ©) xistosidades ete. No caso de superficie inclinada, pode-se escalonar a superiicle ou utilizar chumbadores para evitar 1 deslizamento do elemento de fundagao. Para rochas alteradas ou em decomposigo, devem sor considerados a natureza da rocha matriz © 0 grau de decomposic&o ou alteracao. Quando necessirio, as descontinuidades devem ser tratades. No caso de caleaiio ou qualquor outra rocha cérstica, devem ser feitos estudos especiais pelo projetista de fundagoes. 7.5.2 Solos expansivos Nosses solos pode ocorrer o levantamento da ‘undagao e a diminuigao de resisténcia devido a sua ‘expansdo. Essas catacteristicas devem ser consideradas no projeto € no método construtivo. 7.5.3 Solos colapsiveis Deve ser considerada a possibilidade de ocorrer o encharcamanto (devido a, por exemplo, vazarentos de tubulagdes de Agu, elevacdo do lencol fredtico etc.). Essas caracteristicas devem ser consideradas no projeto e no métado construtiva, @ ABNT 2010- Todos es dios reservados at Licenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA € TECNOLOGIA S.A. ‘Gépia improssa pelo sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 7.6 Dimensionamento geométrico 7.64 Cargas centradas ‘A érea da fundagao solicitada por cargae centradas deve ser tal que as tensées transmitidas 20 ter- reno, admitidas uniformemente distribuidas, sejam menores ov iguais & tenséo admissivel ou tenséo resistente de projeto do solo de apoio. 7.6.2 Cargas excéntricas Uma fundagio 6 solicitada por carga excénttica quando estiver submotida a qualquer composi¢io de forgas que inclvam ou gorem momentos na fundagao. 0 dimensionamento geotécnico de uma fundagao superficial solictada por carregamento excéntrico dove ser felto considerando-so que o solo é um elemento néo resistente a tragao. No dimensionamento da fundago superficial, a 4rea comprimida deve ser de no minimo 2/8 da area total. Deve-se assegurar, ainda, que a tensdo maxima de borda seja menor ou igual & tensdo admissivel ou tensdo resistente de projeto. 7.6.3 Cargas horizontais Para equllbrar a forga horizontal que atua sobre uma fundagaio em sapata au bloco, pode-se contar com ‘© empuxo passive, desde que se assegure que o solo nao venha a ser removido, além da resisténcia ao cisalhamento no contalo solo-sapata. O valor calculado do empuxo passivo dove ser reduzido por um coeficiente de no minimo 2,0, visando limitar deformagoes. 7.7 Critérios adicionais 7.74 Dimensao minima Em planta, as sapatas isoladas ou os blocos ndo devem ter dimensées inferiores a 0,60 m. 7.7.2 Protundidade minima Nas divisas com terrenos vizinhos, salvo quando a fundagao for assente sabre racha, tal profundidade no deve ser inferior a 1,5 m. Em casos de obras cujas sapatas ou blocos estejam majoritariamente previstas com dimensies inforiores a 1,0 m, ossa profundidade minima pode ser reduzida, ‘A cota de apoio de uma fundagao deve ser tal que assogure que a capacidade do suporte do solo de apolo nfo seja infiuenciada pelas variagdes sazonal de clima ou alteragées de umidade, 7.7.3 Lastto Todas as partes da fundagao superficial (rasa ou direta) em contato com o solo (sapatas, vigas de equi- \forio etc.) devem ser concretadas sobre um lastro de conareto néo estrutural com no minimo 5 em de espessura, a ser langado sobre toda a superticie de contato solo-fundagao. No caso de rocha, esse lastro deve servir para regularizagao da superficie e, porlanto, pode ter espes- sura varidvel, no entanto observado um minimo de 6,0 cm. 22. © AANT 2010- Toss 0s abet reservados Licenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Cépla Improssa pelo sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 7.7.4 Fundagées em cotas diferentes No caso de fundagées préximas, porém situadas em cotas diferentes, a reta de maior declive que passa pelos seus bordos deve fazer, com a vertical, utn angulo a. como mostrado na Figura 2, com os seguintes valores: a) solos pouco resistentes: «2 60°; b) solos resistentes: « = 45%; ¢ ©) rochas: @ = 30°. Figura 2 - Fundagées préximas, mas em cotas diferentes ‘Afundagdo situada em cota mais baixa deve ser executada em primeiro lugar, a néo ser que se tomem cuidados especiais, durante 0 processo executivo, contra desmoronamentos. 7.8 Dimensionamento estrutural 7.84 Sapata Dove ser feito de maneira a atender & ABNT NBR 6118. ‘As sapatas devem sor calculadas considerando-se diagramas de lensio na base representatives 8 que Sao fungao das caracteristicas do solo (ou rocha). N) Os diagramas de tens&o devem ser obtidos de forma similar aos de sapatas. 7.8.2 Bloco (fundagao supertic Os blocos de fundago davem ser dimensionados de tal maneira que o éngulo B, expresso em radianos ‘@ mostrado na Figura 3, salistaga a expresséio: fanB , Gaim , 4 B fet onde adm 6 igual & tenséo admissivel do terreno, expressa em megapascals (MPa); fer = 0.4 fetk S 0,8 MPa, onde fox; € a tensdo de tragdo no concreto; fax a resist€ncia caracteristica a tragéio do concreto. @ABNT 2010 Todos os dicios reservados 23 Licenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA & TECNOLOGIA S.A. ‘Gépia impressa polo sistoma Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 NOTA Na auséncla de ensaios da ABNT NBR 7222, 0 valor pode ser estimado a partir da resistencia ‘catactoristica A compressio (ck) pelas expressbes, conforme ABNT NBR 6118: fam = 0.8 fa? fetkin! = 07 fen fetxsup = 1,8 fom faynt 6 @ resioténcia a tragao média; feaqint 6 @ resistencia & tragto inferior; eso! resistencia & traglo superar \Valares expressos em megapascals. Figura 3— Angulo B nos blocos 8 Fundagées profundas 8.1 Generalidades ‘A grandeza fundamental pata o projeto de fundagées profundas por estacas 6 a carga admissivel {0 0 projeto for feito em termos de valores caracteristicos) ou carga resistente de projeto (quanclo for feito em termos de valores de projeto). Para tubuldes, a grandeza fundamental a tensao admissivel ou tensdo resistente de projeto. Essas cargas ou tenses devem obodecer simuitaneamente ao estado-limite dilime (ELU) de serviga (ELS), para cada elomento Isolado de fundagao e para 0 conjunto, © projeto de fundagdes consta de memorial de célculo @ dos respectivos desenhos executives, com 2s informagées técnicas necessérias para o perfeito entendimento © execugdo da obra. A elaboragéo do memorial de célculo € obrigatéria, devendo estar dispontvel quando solicitado. 8.2. Carga admissivel ou carga resistente de projeto Para a determinagao dessa carga, devern ser consideracos os seguintes fatores: — caracteristicas geomecanicas do subsolo; posigao do nivel dgua; eventual alteragéio das oaracteristioas dos solos (expansivos, colapsivels ete) devido a agentes cexiemas (encharcamento, contaminagao, agressividade ete,); 24 (© ABNT 2010-Todos os datos reservados Lcenga de uso exclusivo para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. {Gépia impress pelo sistema Target CENWin om 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 — alivio de tensdes; eventual ocorréncia de solicitagées adiclonais como atrito negative e esforgos horizontals devidos a carregamentos assimétricos; geometria do elemento de {undagao; ~ recaloues admissives. 8.2.1 Determinagéo da carga admissivel ou carga resistente de projeto de estacas ‘A carga admissivel ou resistonte de projeto deve ser determinada a partir da carga de ruptura. A carga de ruptura deve ser determinada a partir da utlizagao e interpretagdo de um ou mais dos procedimen- tos detalhados em 8.2.1.1. 8.2.1.6. 8.2.4.1 Provas de carga ‘A carga de ruptura pode ser determinada por provas de carga executadas de acordo com a ABNT NBR 12131. A determinagao da carga admissivel ou carga resistente de projeto deve ser feita de acordo com 6.2.1.2.2, devendo-se, contud, observar que durante a prova de carga o atrito lateral deve ser sempre positivo, ainda que venha a ser negativo ao longo da vida titi da estaca, A capacidade de carga de estaca ou tubuldo de prova deve ser considerada definida quando ocorrer rupture nitida caracterizada por deformagdes continuadas sem novos acréscimos de carga. ‘O comportamento de uma estaca ou tubuldo, quando submetide a prova de carga , pode nao apresentar ruplura nftida, Isto ocorre em duas circunstancias: a) quando a capacidade de carga da estaca ou tubuldo 6 superior & carga que se pretende aplicar (por exemplo, por limitago de reagao); b) quando a estaca ou tubuléo 6 carregado até apresentar recalques olevacios, mas que néo cont: ‘gurem uma ruptura nitida como descrito. Nessas duas circunstancias pode-se extrapolar a curva carga-recalque para avaliar a carga de rup- tura, o que deve ser feito por crtérios baseados na Engenharia Geotéonica sobre uma curva carga recalque do primeiro carregamento. Neste caso a carga de ruptura pode ser convencionada como daquela que corresponde, na curva carga x desiocamento ~ mosttada na Figura 4 ~ ao recalque obtido pela expressao: Px D Axe 30 A onde Ar 0 recalque de ruptura convenoional; P — 6acarga de ruptura convencional; Lo comprimento da estaca; @ ABNT 2010~ Todos os dies rosorvagos 23 Licenga de uso exclusivo para CONGREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. {Gépia impressa palo sistema Targel CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 A. @a érea da segdo transversal da estaca (estrutural); 6 0 médulo de elasticidade do material da estaca; D 6 0didmetro do efrculo circunscrito & estaca ou, no caso de barrotes, o didmetto do circulo de area equivalente 20 da segao transversal desta, BR Prana GuraP xd {ensalo) ] Figura 4- Carga de ruptura convencional Na interpretagdo da prova de carga, deven ser consideradas a natureza do terreno, a velocidade de carragamento, a estabilizagdo dos recalques etc, conforme previsto na ABNT NBR 12131. Deve-so, contudo, observar que durante a prova de carga 0 attito lateral 6 sempre positivo, ainda que venha & ser negativo ao longo da vida util da estaca. Ei estruturas sujoltas a esforgos ciclices, as provas de carga deve ser programadas de modo a verificar a influéncia deste tipo de carregamento. 8.2.4.2 Métodos estaticos Podem ser leéricos quando 0 eéleulo 6 feito de acordo com teoria desenvolvida dentro da mecAnica dos solos, ou somi-empiticos, quando sao usadas correlagdes com ensalos in situ. Na andlise das parcelas de resisténcia de ponta @ alrito lateral, 6 necessatio fevar em conta a técnica executiva e 2s pecullaridades de cada tipo de estaca. Quando © alrito lateral for considerado em tubulées, deve ser desprezado um comprimento igual ao diametro da base imediatamonte acima do inicio dela. No caso especttico de estacas escavadas, a carga admissivel deve ser de no maximo 1,25 vez ‘aresistancia do atito lateral calculada na ruptura, ou seja, no maximo 20 % da carga adimissivel pode ser suportada pela ponta da estaca. Quando superior a esse valor, 0 processo executive de limpeza da ponta devo ser especiticado pelo projeista ¢ ralificado pelo executor, Pam © 1,25 X Patiat onde Pag 6a carga admissivel da estaca Patigt 6a carga devida exclusivamnente ao alrite lateral na ruptura, 26 @ABNT 2010-Todes 8 delos resonates \ga de uso exclusivo pare CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. impressa polo sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 Em qualquer caso, a determinagéo da carga admissivel ou carga resistente de projeto dove ser feta de acordo com 6.2.2.1 No caso de estacas de grande diémetro com ponta embutida em rocha por um comprimento superior a um dlémnetro, a carga na ponta o 0 atrito lateral nessa regio séo condicionados pela resisténcia do concreto e pela resisténcia e grav de fraturamento da rocha. Em ambos os casos acima deve ser consideradas a diferenga de rigidez dos solos atravessados ea diferenga de comportamento tensio-deformacdo de atrito © de ponta. 8.2.1.3 Determinagéo da carga acmissivel ou carga resistente de projeto a partir do estado- limite de servigo Nesse caso a determinagao pod sor felta por prova do carga ou através de céleulo por méiodo tedrico ‘ou semi-ompiticg, sendo as propriedades do solo obtidas em ensaios de laboratério ou in loco (eventu- almente através de correlagdes), ¢ levando-se em consideragao as modifleagées nessas propriedades ‘causadas pola instalacdo do elemento de fundagéo, 8.2.1.4 Métodos dindmicos ‘Sdo métodos de estimativa de carga de fundagdes profundas baseados na previsdo e/ou verificagio do sou comportamento sob agao de carregamento dinamico. 8.2.1.5 Férmulas dinamicas As formulas dindmicas baseadas na nega ou repique elastico visam principaimente assogurar a ho: mogeneldade das estacas cravadas. Em determinados tipos de terreno deve ser levada em conta, na veriticagdo da noga, sua diminulgao (cicaltizagao) ou aumento (relaxagéo) ao longo do tempo. 8.2.1.6 Ensaios de carregamento dinamico (© ensaio de carregamento dindmico visa & avaliagao de cargas mobilizadas na interface solo-estaca, fundamentada na apticagao da Teoria da Equagao da Onda Unidimensional, conforme ABNT NBR 13208. Dove-se, contudo, obsorvar que durante o ensaio de carregamento dindimico o attito lateral & sempre positivo, ainda quo venha a ser negativo ao longo da vida dtl da esiaca, 8.2.2. Determinaggo da carga admissivel ou carga resistente de projeto de tubules 8.2.2.1 Tensdo admissivel ou tensao resistente de projeto Aplicam-se consideragées idénticas &s descritas em 7.2, 8.2.2.2 Determinagao da tenséo admissivel ou tensio resistente de projeto a partir do estado- mite Gitimo Aplicam-se consideragdes idénticas &s desoritas em 7.3. 8.2.2.3 Determinagdo da tensao admissivel ou da tensao resistente de projeto a partir do es- tado-limite de servigo Aplicam-se consideragées idénticas 8s descritas em 7.4. © ADNT 2010 -Todoa oe dito reservados ar Licenga de uso exclusivo para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Copia impressa pelo sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 8.2.2.4 Elementos de fundagao sobre rocha Aplicam-se consideragées idénticas as descritas em 7.5.1 8.2.2.5 Dimensionamento geométrico Aplicam-se consideragées idénticas As descritas em 7.6.1 a 7.6.3. 8.2.2.6 Critérios adicionais 8.2.2.6.1 Dimensionamento da base Os tubuldes devem ser dimensionados de maneira que as bases nao tenham alturas superiores @ +,8m, Para tubuldes a ar comprimido, as bases podem ler elluras de até 3,0m, desde que as condigdos do macigo permitam ou sejam tomadas medidas para garantir a estabilidade da base durante sua abertura. Havendo base alargada, esta deve ter a forma de tronco de cone (com base circular ou de falsa elipse), superposto a um clindro de no minimo 20 cm de altura, denominado rodapé, conforme a Figura 5. 20en—— Figura 6 - Base de tubules ‘As atmaduras de fuste © de ligagao fuste-base, quando necessétias, devem ser projetadas ¢ executa- das de modo a assegurar a plena concretagem do tubuldo. 83 Efeito de grupo Entende-ce por efelto de grupo de estacas ou tubuldes como 0 processo da interagéo dos diversos tle mentos que conetituom uma fundago ao transmitiram ao solo as cargas que Ihes séo aplicadas. Esta interagdo acarreta uma superposigao de tensbes, de tal sorte que o recalque do grupo seja, em geral, diferente daquele do elemento isolado, ‘Accarga acmissivel ou carga rosistonte de projeto de um grupo de estacas ou tubuldes nao pode sor ‘superior a de uma sapata hipotélica de mesmo contorno que o do grupo soja assente a uma profundi- dave aclma da ponta das estacas ou tubuldes igual a 1/3 do comprimento de penetragao na camada de suporte, como mostrado na Figura 6. Essas consideragdes ndo so validas para blocos apoiados em fundagées profundas com elementos inclinados. ‘Atendidas essas condigées, 0 espagamento minimo entre estacas ou tubuldes deve levar em con- sideragdo a forma de transleréncia de carga 20 solo e 0 efeito do proceso executive nas estacas adjacentes. Em particular dove ser felta uma verificagao de recalques, que so mais importantes quando houver Uma camada compress(vel abaixe da camada onde se apéia a ponta das estacas ou bases dos tubu- Ges. 28 © ABNT 2010 Todos os dros reservados Licenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. ‘Copia impressa polo sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 Corte AA { = embutimonto na camads Ge suporte CContorno da supate hipottica Figura 6 - Grupo de elementos de fundagso profunda 8.4 Outras solicitagées 8.4.1 Tragdo ‘Quando estacas ou tubuldes estéo submetidos a estorgos de trago, deve ser levado em consideragéo c eventual comportatnento diferente entre o atrito lateral & tragao e o alrito lateral 4 comprossao. 8.4.2 Esforcos transversals Quando estacas ott tubuldes estéio submetidos a estorgos horizontals ou momentos, pode ocorrer 1 plasiificagdo do solo ou do elemento estrutural, 0 que deve ser considerado no projet com as res: pectivas deformagées. 8.4.3 Atrito negative Dove sor considerado em projeto quando houver a possiblidade de sua ocorréncia, 8.4.4 Efeito de carregamento assimétrico sobre solo mole Estacas ou tubuldes (isolados ou em grupo) implantados através de camada de argila mole, submeti- dos a catregamento de aterro assimétrica, ficam sujeltos a esforgos horizontals que deve sor consi- dorados no dimensionamento das fundagoes. 8.4.5. Efeito de camada espessa de argila mole-estacas pré-moldadas No caso de ocorréncia de espessa camada do argila mole, devem ser utilizadas estacas com catac- teristicas estruturais minimas em fungéo dos comprimentos cravados, considerados a inércia do ele- mento, o ndmero de emendas, a axialidade e os momentos de segunda ordem, obedecendo a: a) menor momento resistente de sua seco transversal -> Whrin 2 980 cm; b)__estacas com comprimentos entre 20 me 30 m — raio de giragéio ())> 5,4 om; )_estacas com comprimentos acima de 30 m -> ralo de giragéo (> 6.4 cm. 8.5 Orlentagées gerais 8.5.1. Deslocamento de estacas Quando as estacas fizerem parte de grupos, devern ser considerados os efeitos desta execugao sobre 6 solo, @ saber: seu levantamento deslocamento lateral © suas consequéncias sobre as estacas j executadas. (© ABNT 200 Todos os ios reservados 29 Licenga de uso exciusivo para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. ‘Copia impressa palo sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 ‘Tais efellos dovem ser reduzidos, na medida do possivel, pela escolha da estaca, seu espagamento, \éenica © seqUéncia execuliva. Constatada a ocorréncia de levantamento de estacas cravadas, oscltaggo do nivet do conereto ou ‘outros efellos, devern ser adotadas providéncias para evitar que tais ocorrénclas prossigam como, por ‘exomplo, roprogramar a seqiiéncia oxecutiva, executar pré-perfuragées, reforear a estrutura da esta- ca. E possivel, ainda, recravar por prensagem oU percussao as estacas estruturalmente integras que tenham sofrido levantamento, Em qualquer eituagao em que for constatade @ ocorréncia de levantamento e/ou o destocamento la- {eral da estaca, torna-se obrigatério 0 monitoramento topogratico vertical e horizontal das estacas jd cravadas ¢ do terreno adjacente. 85.2 Densificagao do solo Alguns tipos de solos, particularmente os aterros # as areias fofas, sotrem densificagao (compactagao) pela cravagao de estacas, Deve-se evitar a formagao de um bloco de solo compacto que possa impedir 2 cravagdo das demais estacas. Em qualquer caso, a seqiiéncia de execugao deve ser do centro do (grupo para a periferia ou de uma lateral a outa. 85.3 Pré-furo Camadas resistentes podem ser pré-perluradas ou a cravagio pode ser auxillada com jato d’aqua ou ar {proceso donominado "langagem'), tendo-se o culdado do ndo desconfinar as estacas ja oxecutadas. ‘A eventual influéncia destes procedimentos deve ser considerada em projeto. 8.5.4 Escavagdo para os blocs de estacas Na escavagio pata execugéo do bloco sobre as astacas com auxilio de maquinas (retroescavadelra ou similar), devem ser observadas as seguintes condigces: fa) todas as ostacas dos blocos assim escavados devem ser rigorosamente inspecionadas apés as escavagies, no intuiio de serem avalladas quanto & Integridade estrutural; b) caso haja alguma divida quanto a integridade estrutural de alguma estaca, depois de efetuada alinspacdo, esta deve ser reavaliada; ©) as cagambas (conchas) dos equipamentos utlizados para tal operagao ndo devem possuir largura superior a 50 % do espago disponivel entre as estacas no bloco a ser escavado. 8.5.8 Proparo da cabega de estacas, Para cada tipo de estaca devem ser atendidos os seguintos oritérios: a) deve-se gatantira intogridade da cabega da estaca, conforme especificado nos Anexos para cada tipo do estaca; b)arecomposigao das estacas alé a cota de arrasamonto deve garanti a sua continuidade estrutural; ©) _@sega0 resultante do preparo da cabega da estaca deve ser plana e perpendicular ao seu elxo; 4d) a ligagdo estaca-bloco do coroamento deve ser especificada em projeto, de modo @ assogurar a transferéncia dos esforgos; @) S obrigatério 0 uso de lastro de concreto magro com espessura néo inferior a 5 cm para execugao do bloco de corozmento. A estaca deve ficat pelo menos 5 cm acima do lastro. 30 ARNT 2010 Todos 08 deo reservedas Licenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Copia impressa poo sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 8.5.6 _Limites aceitavels de excentricidade de execugéo, Faco as caracteristicas executivas dos diversos tipos de fundagées, excentricidades sao inevitéveis. Quando forem projeladas estacas isoladas, elas devem ser estruluralmente dimensionadas para su- portar todas as excentricidades das cargas aplicadas e também excentticidades executivas previa~ mente estimadas cujo valor dependa de cada tipo de estaca ou equipamento, Dever ser verificados 08 deslocamentos e tensdes horizontals no solo. Em fungiio da disposigao 0 quantidade de estacas ou tubules de um bloco, ticam estabslecidos ‘08 ctitérios limites indicados em 8.5.6.1 € 8.5.6.2, 8.5.6.1 Elementos isolados ou alinhados Nao 6 permitido o emprego de estacas de didmetros ou bitoles inleriores a 0,30 m, sem travamento, Para estacas metélicas, o diametto a ser considerado 6 aquole do elrculo circunscrito. Para estacas de qualquer dimensdo, 6 acoltével, sem qualquer corrego adicional, um desvio entre (0 eixo da estaca © 0 ponto de apiicacao da resultante das solicitagdes do pllar de 10 % da menor dimensdo da estaca, Para desvios superiores, deve ser feita a verificagao das implicagdes das oxcen- tricidades na estabilidade da estrutura. 8.5.6.2 Conjunto de estacas ‘Sao toleradas, sem nacessidade de corregéo, excentticidades de alé 10 % do diametro das estacas do conjunto, Quando a excentricidade for superior a esse valor, as cargas devem cer vorificadas, aceitando-se, sem corrego, um acréscimo de até 15 % sobre a carga admissivel ou carga resistente do projeto da estaca. 7 Desaprumo de estacas Nao hé necessidade de verificagao de estabilidade ¢ resisténcla, nem de medidas corretivas para desvios de execugao, em relagao ao projeto, menores do que 1/100. 8.6 Dimensionamento estrutural 8.6.1 Efeitos de segunda ordem As ostacas executadas om solos sujeitos a eroséo, Imersas em solos muito moles ou que tiverem sua cota de arrasamento acima do nivel do terreno, devem ser verificadas quanto ao efeito de segunda ordem (flambagem). 86.2 Cobri jento da armadura, melo agressivo e espessura de sacrificio Espessuras de cobrimento para estac da classe de agressividade do meio. .s de concreto devem obedecer & ABNT NBR 6118 em fungao Nas estacas sujeitas a tragao e/ou flexao deve or feita a vorificagdo de fissuragao de forma a atender A ABNT NBR 6118. Como forma alternativa e simplificada de atender a este requisito referente & pro- tego da armadura, pode-se proceder ao dimensionamento, considerando uma redugéio de 2 mm no diametro das barras longitudinais, como espessura de sacrifcio, ‘As estacas motélicas executadas em solos sujeitos a erosao ou ainda que vierem a ficat expostas ‘ou que tenham sua cota de arasamento acima do n{vel do terreno devem ser protegidas ou ter sua © ABNT 2010- Todos os dios recorvados 31 Licenga de uso exclusivo para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Copia mpressa polo sistema Target CENWin om 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 8.6.3 Estacas de concreto moldadas in loco ‘As estacas ou tubulées, quando solicitados a cargas de compressao e tensdes limitadas aos va- lores da Tabela 4, podem ser executados em concreto néo armado, exceto quanto & armadura de ligagao com 0 bloco. Estacas ou tubuldes com solicitagdes que resullem em tenses superiores fc indicadas na Tabela 4 devem ser dotadas de armadura que deve ser dimensionada de acordo com a ABNT NBR 6118, Atesisténcia caracterlstica do concreto fx deve ser aplicado um fator redutor de 0,85, para levar em ‘conia a diferenga entre os resultados de enalos répldos de laboratério e @ resisténcia sob a agao de cargas de longa duragao. © trago especiticado nos anexos normalivos pode resultar em conereto com ex superior ao utlzado para o cailculo estrutural das estacas. A especificagao dos tragos apresentada nos anexos normativos visa obter concreto que garanta qualidade e propriedades como trabalhabilidade, durabilidade, baixa permeabilidade, porosidade, baixa segregaao etc., levando em consideragao as condig6es particula- es de conoretagem, como, por exemplo, o langamento do grande a grande altura. ‘Tabola 4— Estacas moldadas In loco: parametros para dimenslonamento [ é Comprimento til Tensio média fox iminimo (incluindo trecho | atuante abzixo oe aximo de ligagdo com obloco) | da qual nioé Papersesl do nt | te | we | e%dearmadura minima | necessério armar projeto {excote ligagao pri ‘Armadura | Comprimento | “Como bloco) % ™ MPa Hélicemdice de | 4g | 44 | 18 | its] 08 40 60 deslocamento ® laa is | | te [a5] os 20 50 sem fhido Decco ao ja }ts | ais] os 40 60 carn fhldo Strauss» is | 14 | 4a | te | os 2,0 50 Fran 2 | 1) te | tas] os ) “macs integral “Tubuldes ndo 1 Thieme | go | td | 8 | 15) 08 30 50 ‘Ammadura izbe 7 Raiz 2m } 14] 16 | 15) os Het ‘Armadura cas be r 7 Microostacas zo |} ta | 18 | 15) 0S naga Eslacatrado vazado zo | a4] te lias] os | Amacus segmentaco fee 7 32 (© ABNT 2010- Todos o5desios reservados Lcenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Copia Impressa pelo sistoma Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 Tabela 4 (continuagao) @ Neste tipo de estaca 0 comprimenta da armada linitado dovide 20 proceso executvo. > Neste tipo de estaca @ dlamato a ser cansideravo no cimensionamento 6 0 dma externa do revestimento. © No caco dastas estacas, dove-se obsarvar qua quando for utlizado aco com resisténcla alé 500 MPa ea porcentagem de aco for + 6 % da cegdo da estaca, a ostaca devo ser dimonsionada como pilsr de conereto armado. Quando for Uilizado aga com resistencia > 500 MPa ou @ porcontagem le aga for > 6 % da se¢do real, toda carga dove eer rosistda polo ago. Esta lmitagao ast relacionads com a gararta de preenchimento plo da furo com argamassa ‘oy ala de eiment. 0 faidiimo de projto desta Tabela ¢ aque que deve ser empregado no diensionamento estrutural da pega. 8.6.4 Tubuldes encamisados 86.4.1 Camisa de concreto ‘A camisa & coneretada por trechos sobre a superficie do terreno (ou em escavagao preliminar) @ introduzidia no terreno por escavagao interna. Depois de introduzido um elemento no terreno, concre- ta-se o seguinto, ¢ assim por diante, até se atingit 0 comprimento final previsto. Para o dimensionamento estrutural devem sor considerados: = 1,4; Y= 1,4 ey = 1,15. A armadura necesséria pode ser colocada totalmente na camisa ou parte nela e parte no nticleo que pode ser coneretado parcialmente. Quando 0 tubulde for escavado com uso de ar comprimido, a armadura transversal (estribos) deve ser calculada considerando-se uma presséo igual a 1,5 vez a maxima pressdo de trabalho provista, desprezando-se empuxos externos de solo © Agua. 8.6.4.2 Camisa de ago Quando o tubuldo for total e permanontemente enterrado, deve-se dasconiar uma espessura para compensar a cortosao (conforme 8.6.6.2). ‘A camisa metalica deve sor dimensionada de acordo com a ABNT NBR 8800, devendo ainda sor considerados os esforgos de Instalagao (oravagéo, vibragao etc.). ‘© comportamento do tubulio com camisa ce ago na ruptura é diferente do comportamento sob a agao das cargas normais de servigo. Em conseqUéncia, a Verificagao da resisténcia deve ser felta segundo as presorigées de seguranga, no estado-imite ditimo @ no estado-limite de servigo. 18) na veriicagéo no estado-limite ultimo, realizada com as cargas de servigo muliplicadas polo coeficiente de majoracdo y, considera-se a camisa de ago como armaduta longitudinal. As resisténcias caractoristicas fy © fix, do ago e do conorelo, sao respectivamente divididas pelos ceeticiantes de minoragao Ys € Ye, multiplicando-se, além disto, a resisténcia caracteristica do concreto pelo coeticiente 0,85. Dever ser adotados os soguintes valores: if = 1,4; ys = 1,15 ee = 1,5; b) a Verificagdo no estado-limite de servigo é feita com as ag6es de servigo, sem coeficiente de majo- ragao (isto 6, = 1), e desprezando-se qualquer contribuigao da cammisa de ago para a resisténcla. Considera-se nula a resisténcia & tragao do concreto, A resisténcia caractaristica & compressio do concreto é dividida por um cooficiente de minoragao c= 1,3. © ABNT 2010 Todos os dh 33 Licenga de uso exclusivo para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A, CCépla impressa pelo sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 8.6.5 Estacas pré-moldadas de concreto Nas estacas de concreto pré-mokladas ou pré-fabricadas, o dimensionamento estrutural deve set feito utilizando-se as ABNT NBR 6118 e ABNT NBR 9062, limitando o fx a 40,0 MPa. Nas duas extremidades da estaca, deve ser feito um reforgo da armadura transversal, para levar em conta as tensées de cravagao. As emendas metalicas devem cbedecer ao disposto na Tabela 5 © fabricante deve apresentar curvas de interagao tlexo-compressio € flexo-tragfio do elemento estrutural. 8.6.6 Estaca de reagio (mega ou prensada) Nas estacas de concreto pré-moldado o dimensionamento estrutural deve ser felto ullizando-se as ABNT NBR 6118 @ ABNT NBA 9062, limitando 0 i a 25,0 MPa. ‘As estacas motalicas devem ser dimensionadas de acordo com @ ABNT NBR 8800 ¢ a resisténcia caracteristica minima do ago & compressao deve ser de fy 2200 MPa. © dimensionamento estrutural deve ser feito considerando-se a maxima carga de cravacao prevista e especificado com y= 1,2. 86.7 Estacas metélicas ‘As estacas devem ser dimensionadas de acordo com a ABNT NBR 8800, considerando-se a segao roduzida da estaca. Asestavas do.ago que estiverem total e permanentemente enterradas, independentemente da situagio do lengot d'égua, dispensam tratamento especial, desde que seja descontada a espessura Indicada nna Tabela 5. Tabela 5 - Espessura de compensagio de corrosio Classe Espessura minima de sacrif mm Solos om estado naturale aterros contiolados 1.0 Agila organica; solos porosos néo saturados | 18 Turfa 30 | Aterros nao controlados 20 7 "Solos contaminados # 32 ® Gasos de solos agressivos devem sor estudadlos espocticamente, Nas estacas em que a parte superior ficar desenterrada, é obrigatéria a protegao com camisa de con- creto ou outro recurso de protege do ago, cu aumento de espessura de sacriticio definida em projeto. ‘As emendas das estacas de aco, realizadas por meio de talas soldadas ou parafusadas, deve resist {as solictagdes que possam ccorter durante 0 manuselo, a cravagao @ 0 trabalho do componente ‘strutural. As emendas devern obedecer ao disposto na Tabela 5, 34 @ABNT 2010-Todes a8 dees reservados Liconga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. ‘Cépia Impressa palo sistoma Terget CENWin em 27/10/2010 8.6.7.1 Pegas novas Dever ser dimensionadas de acordo com a ABNT NBR 8800, 8.6.7.2 Pecas reutllizadas Dove ser verificada a segdo real minima da pega. A perda de massa por desgaste mecanico ou na- tural deve ser de no maximo 20 % do valor nominal da pega nova, A carga admissivel (ou reststente de projeto) deve ser fixada apés andlise dos aspectos geotécnicos de transferéncia de carga para 0 solo. A tonsdo caracteristica deve ser limitada a 0,3 fy quando atuarem apenas esforgos axiais. Para verlicagées de flexo-compressao ¢ flexo-ragao, devern ser utlizados os seguintes coeficlentes: Y= 2,0 0yF = 14. No caso de trilhos, devem ser empregados elementos cuja composiogo quimica soja de ago-carbono comum, devendo ser evitados agos especials, duros face a dificuldade de emendas. Se este tipo de triho for empregado, o projeto deve especificar os procedimentos de soldagem. 8.6.8 Estacas de madeira As estacas de madeira tém sua carga estrutural admissivel calculada, sempre em {ungdio da secao transversal minima, adotando-se tensao admissivel compativel com 0 tipo e a qualidade da madeira, conforme estabelecido na ABNT NBR 7180. 9 Desempenho das fundagées 9.1 Requisitos © desempenho das fundagGes 6 vetificado através de pelo menos 0 monitoramento dos recalques medidos na estrutura, sendo obrigatério nos seguintes casos: 1) estruturas nas quais a carga varlavel 6 significativa em relagao & carga (otal, tals como silos ¢ reservatérios; b)estruturas com mais de 60 m de altura do térreo até a laje de cobertura do ultimo piso habltavel; ©) relago altura/largura (menor dimensao) superior a quatro; d) fundagdes ou estruturas nao convencionals. Pode também ser necessitio o monitoramento de outras grandezas, tais como: deslocamentos horl- zontais, desaprumes, integtidade ou tensées. O resultado das medigoes deve ser comparado com as previsdes de projeto. CO ptojeto do fundagdes deve estabelecer 0 programa de monitoramento, incluindo: referéncia de nivel (Indostocavel) a ser utlizada, caracteristicas dos aparelhos de medida, freqiéncia ¢ perfodo em que as leituras serdo realizadas. 9.2. Desempenho dos elementos de fundagao 9.2.1 Fundagées em sapatas ou tubules s0!0 de apolo de sapatas © tubulées deve ser aprovado por engenheiro antes da concretagem. © ABNT 2010 - Todos os tsios reservados 35 Licenga de uso exclusivo para CONGREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Gépia impressa pelo sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 Em caso de dtivida, devam sey programadas provas de carga em placas (ou nos tubuldes) que simulem ‘© comportamento dostes elementos, desde que se considere o efeito de escala. 9.2.2 Fundagéo em estacas 9.2.2.1 Quantidade de provas de carga E obrigatéria a execugio de provas de carga estdtica em obras que tiverem um ndmero de estacas superior ao valor especificado na coluna (B) da Tabela 6, sempre no inicio da obra, Quando o niimero {otal de estacas for supetior ao valor da coluna (B) da Tabela 6, deve ser executado um niimero de provas de carga igual a no minimo 1 % da quantidade total de estacas, arredondando-se sempre para mais. Incluiem-se nesse 1 % as provas de carga executadas conforme 6.2.1.2.2 Ennecessétria a execugao de prova de carga, qualquer que seja o numero de estacas da obra, se elas forom empredadas para tansdes médias (em termos de valores admissiveis) supetlores aos indicados ra coluna (A) Tabela 6, Tabela 6 - Quantidade de provas de carga A B TTensdio (admisstvel) maxima Nimero total de estacas abalxo da qual nao serio da obra a partir do qual Tipo de estaca obrigatérias provas de carga, | _ serdo obrigatérias provas desde que o niimero de estacas de carga bed da obra soja inferior & coluna (8), ‘em MPa bed Pré-moldada * 7.0 100 Madeira : 100 Ago 05 fy 100 Hélice e hélice de 50 ry doslacamento (monitoradas) Estacas escavadas com ov sein fuido 50 7% @270.0m Rae? 155 75 : Mioroestaca® | 155 7% ‘Trado segmentado 80 50 E Fania 79 [100 Escavades oom ido a ay Strauss 40 100 36 © ABNT 2010-Tedes os detosresonades Loenga de uso exclusivo para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A, Copa impressa polo sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122: Tabela 6 (continuagao) 2 Para calewo da tensio (adrissvel) maxima considoramese estaces vazedas como macigas, desde | que a segdo vazada nfo exceda 40 % da sepao total 0s critérios acima séo vilidos para as seguinles condigdes (ndo necessariamente simulténeas): — freas onde haja experiéncia prévia com o tipo de estaca empregado, — Onde no howver particularidades geoligico-geotécnicas. — Quando nao houver variagao do processo executive padrac. — Quando néo houver divida quanto ao desempenho das estacas. Quando as condizdes acima nao ocorrerem devom ser feitas provas de carga em no minimo 1% das tacas, observando-se um minima de uma prova de carga (conforme ABNT NBR 12131), qualquer que ja 0 niimero de estacas. ‘As provas de carga executadas oxclusivamente para avaliagao de desempenho deve ser levadas até ‘que se atinja pelo menos 1,6 vez a carga admissivel ou até que se observe um desiocamento que ccaractorize ruptura. © Didmetros nominais. 9.2.2.2 Interpretagéo da prova de carga © desempenho 6 considerado satisfatério quando forem simultaneamente veriticadas as seguintes condigdes: 18) fator de seguranga no minimo igual a 2,0 com relagdo A carga de ruptura oblida na prova de catga ou por sa extrapolagao, Se esse valor nao for abtido, a interpretacdo dos resultados da(s) prova(s) de carga deve ser feita pelo projetista, de acordo com o especificado em 8.2.1.1; b) _recalque na carga de trabalho for admissivel pela estrutura. Caso uma prova de carga tenha apresentado resultado Insatisfatério, deve-se elaborar um programa de provas de carga adicionals que pormita o reoxame dos valores de catgas admiss{veis (ou resiste! tos de projeto), visando a acellagsio dos servigos sob condigdes especiais previamente definidas ou a readequagao da fundagéo e seu eventual reforco. 9.2.2.3 Quantidade de ensaios dinémicos Para comprovagao de desemperiho as provas de carga estaticas podem ser substiluldas por ensaios dindmicos na proporgao de cinco ensalos dinémicos para cada prova de carga estatica em obras que tenham um numero de estacas entre os valores da coluna B (Tabola 6) ¢ duas vezes esse valor. Acima doste niimero de estacas sera obrigatéria pelo menos uma prova de carga estatica, conforme ABNT NBR 12131. 9.2.2.4 Casos particulares Para eslacas com carga admissivel superior a 8 000 KN, podem-se executar duas provas de carga sobre oslacas de mesmo tipo, porém de menor didmetro. Nestes casos, 0s critérlos de interpretagéo da prova de carga deven ser justificados. Sio acaitos, a critério do projetista, ensaios de carga, como, por exemplo, célula expansiva, devendo- se levar om conta as parlicularidades de sua interpretagdo para avaliacdo de desempenho. ATabela 6 se aplica 2s obras de alé 500 estacas e em uma mesma regido representativa do subsolo, ‘Acima desta quantidade, o nmero de provas de cargas adicionais fica a critério do projetista. (© ABNT 2010 - Todos os cates reservados 37 Licenca de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA & TECNOLOGIA S.A. Cépia impressa pato sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 Anexo A (normativo) Fundagéio superficial (rasa ou direta) — Procedimentos executivos AA Introdugdo Este Anexo descreve os procedimentos executives para: a). complomentar a Segao 7; b) detalhar as diretrizes construtivas. A.2_ Escavagao das cavas Para escavagio em solo, caso 89 utiizem equipamentos mecanicos, @ profundidade de escavagao com ‘esses equipamientos deve ser paralisada a no mfnimo 30 om acima da cota de assentamento prevista, sendo a parcela final removida manualmente. Para escavagdo em rocha quando forem empregados mattoletes, rompedores ou até mesmo explosives, deverao ser removides eventuais blocos sollos. A.3. Preparagao para a concretagem ‘Antes da concretagem, o solo ou racha de apoio das sapatas, Isento de material solto, deve ser visto- tiado por engenhelro, que confirmard in loco a capacidade de suporte do material. Esta inspegao pode ser fella com penetrémetro de barra manual au outros ensalos expeditos de campo. Caso haja necessidade de aprofundar a cava da sapata, a diferenga entre cota de assentamento pro- vista @ cota “de obra” pode ser eliminada com preenchimento de concreto (fix > 10 MPa) até a cota prevista. Alternativamente pode-se aumentar 0 comprimente do pilar, desde que seja feita consulta prévia ao projetista estrutural, que indicaré as eventuais medidas adiclonais que devem ser adotadas no que se refere & estrutura, No caso de preenchimento com concreto, ele deve ocupar todo o fundo da cava © néo 86 a érea de projecdo da sapata, devendo obrigatoriamente ser efeluado antes da concretagem da sapata, © fundo da cava deve ser regularizado com concreto néo estrutural, em espessura minima de § cm. A superficie final dove resultar plana e horizontal. Para sapatas assentes em rocha ha necessidade de camada de regularizagao com espessura neces- sétia para garantir uma superticie final plana @ horizontal. A.4 Concretagem da sapata Os procedimentos de concretagem devem obedecer 4s especificagses do projeto estrutural, sondo obrigatérlo o controle tecnolégico do ago e do conereto, conforme normas especificas. AS Reaterro ‘Apés cura da sapata, dove ser procadido 0 reaterro compactado da cava. 38 © ARNT 20{0- Todos os éititos reservados Licenga de uso exclusivo para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. CCépia Impressa palo sistema Targot CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 Anexo B (normative) Estacas de madeira — Procedimentos executivos B.1_ Introdugaio Este Anexo descreve os procedimentos executives para: 8) complementar a Segao 8; b) _especificar os insumos; ©) detalhar diretrizes construtivas. B.2 Caracteristicas gerais Estacas do madelta sflo empregadas usualmente para obras provisérias. Se forem usadas para obras permanentes, terdo que ser protegidas contra ataque de fungos, bactérias aordbicas, termitas etc. ‘A ponta ¢ 0 topo devem ter diametros malores que 15 em @ 25 cm, respectivamenta, e o segmento de reta que une os centros das segdes da ponta e do topo deve estar compreendido integralmente no interior do perimetto da estaca, (topo das estacas deve ser protegide por cepos ou capacetes menos rigidos para minimizar danos durante a cravagéo. Entretanto, quando, durante a cravagao, ocorrer algum dano na cabega da estaca, a pare afetada deve ser cortada, Quando seo tiver que penetrar ou atravessar camadas resistentes, as pontas dever ser protegidas por pontelras de ago. B.3_ Equipamento e cravagao A escolha do equipamento deve ser felta de acordo com a estaca, suas dimenstes, caracteristicas do solo, condigtes de vizinhanca e peculiaridades do locel. As folgas do marielo @ do capacete ndo devem ser superiores a 3,0 cm em relagao as guias do equi- pamento. 0 formato do capacete deve ser adequado & segdo da estaca ¢ possuir superficie de contato plana, ‘com encaixes com folga inferior a 3,0 cm, sendo periodicamente veriticadas e cortigidas eventuals inregularidades. Suas dimensoes externas devem ser compativeis com as do martelo, de forma que a carga transmitida seja cenliada. No caso em que a cota de arrasamento estiver abaixo da cota do plano de cravagao, pode-se utl- zar um elemento suplementar, denominado ‘prolonga” ou "suplemento, com comprimento limitado ‘4 2,50 m, © deve possuir rea de segao tal que a Impedancia do suplomento seja 0 mais proxima possivel da impedancia da estaca, tal qual definida na ABNT NBR 13208. Quando for usado 0 suple- ‘mento, o crtério de nega deve ser recalculado levando em conta a influéncia do suplemento na trans: misao de energia entre o martelo @ a estaca. (© ABNT 2010- Todos os eios reservados 30 Licenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. ‘Cepia impressa polo sistema Target CENWin em 27/40/2010 ABNT NBR 6122:2010 O sistema de cravagiio deve ser dimensionado de modo a levar a estaca alé a profundidads prevista para sua capacidade de carga, sem danilicéla, A cravagaio é normalmente executada com martelo de queda livre, cuja relagso entre o peso do marielo @.0 poso da eslaca deve ser a maior possivel, respeitando-se a rolagao minima de 1,0 B.4_Preparo da cabega e ligagao com 0 bloco de coroamento Deve ser cortado o trecho danificado durante a cravagaio ou o excesso em telagao & cota de arrasamento. Caso a nova cota de topo esteja abaixo da cota de arrasamento prevista, deve-se fazer uma emenda quo rosista a todas as sollcitagdes. B.5 Controle para verificago e avallagdo dos servigos ‘Amadeira deve atender aos requisites da ABNT NBR 7190. ‘A nega devo sor medida em todas ais eslacas ao final da cravago. Devem ainda ser registrados 08 diagrams de cravagao em pelo menos 10 % das estacas, escolhidas entre as mais préximas aos furos de sondagem. ‘Sempre que houver diivida sobre o desempenho das estacas, deve ser feltas provas de carga. B.6 Registro da execugao Deve ser preenchida a ficha de controle diariamente para cada estaca, devendo constar as seguintes informagses: a) identificagao da obra @ local, nome do contratante e executor, b) data da cravagdo; ©) _identificagao ov ndmero da astaca, com as datas @ hordtio de inicio e término da cravacdo; 4d) dimensdes da segao 6 comprimento util e) suplemento utlizado, tipo © comprimento; {) _desaprumo e desvio de locagio; 19) _catacteristicas e idontificagao do equipamento de cravagao; h) _negas ou repiques no tinal de cravagao @ na recravagao, quando howver; 1) especiticago dos materiais; }) deslocamento ¢ lavantamento de ostacas por efeito de cravagéo de estacas vizinhas; k)_ observagies ¢ anormalidades de execugéio. 40 BABNT 7010- Todos 0: drat rsoniados Licenga de uso exclusivo para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Copia improssa pelo sistema Targot CENWin am 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 Anexo (normativo) Estacas metalicas ou de ago — Procedimentos executivos C1 Introdugao Este Anexo descreve os procedimentos executivos para: a) complementar a Segdo 8; b) especificar os insumos; ©) detathar as diretrizes construtivas. C.2 Caracteristicas gerals Elemento estrutural produzido industrialmente, podendo ser consiitulde por perfis laminados ou solda- dos, simples ou miltiplos, tubos de chapa dobrada ou calandrada, tubos (com ou sem costura) ¢ tilhos. 3 Equipamento A cravagio de estacas pode ser felta por peroussdo, prensagem ou vibragao. A escolha do equipa- mento deve sor felta de acordo com o tipo, dimensao da estaca, catacteristicas do solo, condigdes de vizinhanga, caracteristicas do projeto e peculiaridades do local. O sistema de cravagao deve estar semore bem alustado @ com todas as suas partes constituintes, tanto estruturais quanto acessérias, ‘em pertelto estado, a fim de evitar quaisquer danos as estacas durante a cravagéo, e deve ser dimen- sionado de modo a levat a estaca até a profundidade prevista sem danificé-la. Para essa finalidado, ‘0.uso de martolos mais pesados e com menor altura de queda, é mais eficlente do que o uso de mar- telos mais leves e com grande altura de queda. ‘Afolga do martelo ¢ do capacete nao devo ser superior a 8,0 cm em relagdo as guias do equipamento. 0 formato do capacete deve ser adequado & segao da estaca e possuir superticie de contato plana, ‘com encaixes com folga inferior a 2,0 cm, sendo periodicamente verificadas e corrigidas eventuais lrregularidades. Suas dimensdes externas deve ser compativels com as do martolo, de forma que a catga transmitida seja centrada. Quando a cravagio for executada com martelo de queda livre, devem ser observadas as seguintes condigdes: ) peso do martalo néo inferior @ 10 KN; b) peso do martelo ndo inferior a 30 kN para estacas com carga de trabalho entre 0,7 MN e 1,3 MN; ©) para estacas cuja carga de trabalho seja superior a 1,3 MN, a escolha do sistema de cravagéio deve ser praviamente analisada No uso de martelos automaticos ou vibratérios, deve-se seguir as recomendages dos fabricantes. © ADNT 2010- Todos os dios reservados "1 LLicenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Cépia impressa pelo sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 C4 Cravagdo No caso em que a cota de arrasamento estiver abaixo da cota do plano de cravagao, pode-se utlizar Um elemento suplementar, denominado “protonga” ou "supiemento". © comprimento do suplemento dove ser limitado a 2,50 m, Para cravacao de ostacas através de terrenos resistentes, podem ser ompregadas pré-perluragées. Neste caso, 0 eventual desconfinamento deve ser considerado pelo projetista das fundagées. De qual- uer maneira a cravagao tinal deve ser feita sem infludncia deste recurso. O sistema de cravagao deve ser dimensionado de modo que as tensdes durante a crayago sejam limitades a 80 % da tensao de escoamento do aco, podends este limite ser aumentado em 10 %, caso sejam feltas medigées da tenséo durante a cravagao. Dever também ser observadas as recomenda- Ges descritas em 8.5. C5 Critérios para aceltagao dos perfis O projeto deve especiticar o tipo de ago. As estacas de ago devem ser relilineas, assim consideradas aquelas que apresentem flecha maxima de 0,2 % do comprimento de qualquer segmento nela contido, Admitem-se, nas dimensées externas das estacas metalicas, variagGes maximas de 5 mm em relaglo aos valores nominais (altura e largura). Nas respectivas espessuras, a varlagéo ndo pode ser superior a 0,5 mm em relagao aos valores no- inais previstos pelo tebricante. C.6 Emendas e soldas Procedimentos para as emandas devem ser detalhados om projoto. Nas emendas com solda, 0 eletrodo a ser utilizado deve ser especificado em projeto, sendo compativel ‘com 0 material da estaca, @ de classe néo Inferior que o tipo AWS E 7018 para os agos ASTM A36, A572 @ agos-catbono comuns. Quando a composicao quimica do aco exigir eletrodos e procedimentos do solda especiais, oles davem ser espacificadas om projeto, topo do elemento inferior, quando danificado, deve ser cortado até o nivel em que sua segfo néo apresente sinals de dano. Atengaio especial deve ser dada & linearidade entre os seginentos Unidos. €.7 Comprimento minimo para aproveltamento Na cravegao por percusso ou vibragéo, quando houver 0 aproveitamento das sobras de estacas, deve-se asscaurar a ortogonalidade da segao em relacéo ao eixo longitudinal. Os segmentos ulilizados ever ter um comprimento minimo de 2,00 m. Isto no se aplica as estacas cravadas estaticamente, €.8 Controle para verificagao e avaliacdo dos servigos ‘Anega.e o repique devem ser medidos em todas as estacas, atendendo-se as condig6es de seguranga, Deve-se elaborer o diagrama de cravacao em 100 % das estacas. 42 ‘OABNT 2010- Todos os diellos reservados Licenga de uso exclusivo para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A, Copia impressa pelo sistema Target CENWin em 27/10/2010 Hé torrenos que tém comportamento de relaxagao @ outros de cicatrizago. Para sua identiticacéo 6 tecomendada a determinagao de nega descansada (alguns dias apés o término da cravacao). A relaxagao ov cicatrizagao variam de poucas horas para os solos nao coesivos a até alguns dias para 08 solos argilosos. Quando a nova nega for superior a obtida no final da cravagao, as estacas devern ser recravadas. ‘Quando a nova nega for inferior & obtida ao final da cravagéo, deve-se limitar o nimero de golpes para no causar danos & estaca, Neste caso a nega originalmente especiticada deve ser reavaliada, €.9 Preparo de cabegas e ligagao com o bloco de coroamento Deve ser cortado 0 trecho danificado durante a cravagao ou excesso em relagio & cota de arrasamento, recompondo-se, quando necessatio, 0 trecho de estaca até esta cota, ov adaptando-se 0 bloce. O sistema de transferénela dos esforgos (de compressa, horizontals, de tragdio e momentos) do bloco de coroamento para as estacas metélicas deve ser estudado e delalhado juntamente com projetista da estrutura, podendo ser através de chapas, fretagem, solda de vergalhdes para aumento de ade- vancia etc, C.10 Registro da execugo Dove sor preenchida a ficha de controle diarlamente para cada estaca, devendo constar as seguintes informagoes: a) identificagao da obra e local, e nome do contratante © executor; b) data da cravagao e/ou recravago, quando houver; ©) _Identificagao ou nimero da estaca, com as datas e hordtlo de Infclo e término da cravagao; d) _comprimento cravado da estaca ¢ comprimento util das estacas; €) composigao dos elementos utilizados; 1) peso do martelo e altura de queda para a determinagao da nega; 9) _suplemento utiizado, tipo @ comprimento;, h) _caracter(sticas do pré-furo, quando houver; 1) intervato de tempo decortido na cravagao; i) caracteristicas goométricas da estaca; k)_identiticagao ou niimero da estaca com datas de horétio ¢ término da cravacao; 1) cotas do terreno e de arrasamento; im) caracteristicas do suplemento utlizad, tipo © comprimento; hn) desaprumo e desvio de locacao; © ABNT 2010 Todos 08 dates resarvaos 43 LLicanga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA & TECNOLOGIA S.A. Cépie improsea polo sistema Target CENWin om 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 0) caracteristicas e Identiticagéo do equipamento de cravacao; p) _negas e repiques ao tinal de cravagao e na recravago, quando houver; 4) especiticagao dos materiais e insumos utilizados; 1) deslocamento e levantamento de estacas por efeito de cravagdo de estacas vizinhas; 5) observagées e anormalidades de execucéo, 4A @ABNT 2010 Todos of dretos resent Licenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Cépia Impressa palo sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 Anexo D (normativo) Estacas pré-moldadas de concreto — Procedimentos executivos Dl Introdugo Este Anexo descreve os procedimentos executives para: a) complementar a Segdo 8; b) especificar os insumos; ©) detalhar as direttizes construtivas. D2 Caracteristicas gerals ‘As estacas pré-moldadas podem ser de concreto armado ou protendido, vibrado ou centrifugado, com qualquer forma geométrica da seggo transversal, devendo apresentar tesisténcia compativel com os esiorcos de projeto e decorrentes do transporte, manuselo, cravapo @ eventuais solos agressivos. D.3 Equipamento ‘Acravagao de estacas pode ser feita por perousséo, prensagom ou vibragao. A escolha do equipamento dove ser foitade acordo com otipo, dimensaoda estaca, caracterfsticas dosolo, condigoes de vizinhanga, caracteristicas do projeto e peculiaridades do local, O sistema de cravagao deve estar sempre bom ajustado @ com todas as suas partes constituintes, tanto estruturals quanto acessérias, em perfelto estado, a fim de evitar quaisquer danos as estacas durante a cravagao, e deve ser dimensionado de modo @ levar a estaca até a profundidade prevista sem danificé-la, Para essa finalidado, 0 uso de martelos mais pesados e com menor altura de queda é mais eficlente do que o uso de martelos mals leves e com grande altura de queda. ‘Afolga do martelo e do capacete néo deve ser superior a 3,0 cm em relagdo as guias do equipamento, O formato do capacete devo ser adequado & segdo da estaca 6 possuir superiicie de contato plana, com encaixes com folga inferior 2 3,0 cm, sendo periodicamente veriticadas corrigidas eventuais inregularidades. Suas dimensdes externas devemn ser compativeis com as do martelo, de forma que & carga transmitida seja entrada, Quando a cravagio for executada com martelo de queda livre, devem ser observadas as seguintes condigoes: a) peso do martelo nao inferior a 20 kN; b) peso do martelo no minimo igual a 75 % peso total da estaca; ¢) peso do martelo néo inferior a 40 kN para estacas com carga de trabalho entre 0,7 MN e 1,3 MN; ¢) para estacas cuja carga de trabalho soja superior @ 1,3 MIN, a escolha do sistema de cravagao dove ser previamente analisada. © ABNT 2010- Todos ox dots reservados 45 Licenga de uso exclusivo para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A, Cépiaimpressa pelo sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 No uso de martelos autométicos ou vibratérios, deve sor seguidasas recomendagdes dos fabricantes. D4 Cravagao © armazenamento e 0 igamento de estacas pré-moldadas na obra devam obedecer as prescrigdes do fabricante, que deve cisponibilizar todas as informagdes necessdrias para evitar fissuramento excessivo otr quebra das estacas. No caso em que a cota de arrasamento esteja abaixo da cota do plano de cravagao, pode-se ulizar um elemento suplementar, denominado "prolonga’ ou “suplemento”. Tal dispositive pode ser fabrica: do de ago ou de consreto, ¢ sua ulllizagao deve garantir 0 bon posicionamento da estaca no final da cravagao © a minlmizagao da perda de oficiéncia do sistema de cravago até que esta seja conclu- ia, Para tanto, a utlizagéo desse recurso, além de estar limitada a 3 m, deve obedecer as seguintes condigies: a) para cispositivos de concreto: momento resistente minimo (pin) da haste do suplemento igual ao da estaca; b) para dispositivos de ago: momento resistente minimo (Win) da haste do suplemento nao menor que 400 cm’, Para cravagao de estacas através de terrenos resistentes, podem sor empregadas pré-perfuragoes (sustentadas oundo) ouauxiliadasporjatod'agua ("langagem"). Neste caso, o eventual desconfinamento deve ser considerado no projeto. De qualquer maneira a cravagéo final deve ser feita sem influncia deste recurso. © sistema de cravacéo deve ser dimensionado de modo que as tensdes de comprosso durante a cravagio sejam limitadas a 85 % da resisténcia nominal do concreto, menos a protenséo, se for ‘© caso, No caso do estacas protendidas, as tensdes do tragao devem ser limitadas a 90 % do valor da protenséo mals 50 % da resisténcia nominal do conereto a trago, @ no caso de estacas armadas as tensées de tragio dever ser limitadas a 70 % da tensao de escoamento do ago utlizado na armadu- va. Estes limites podem ser aumentados em 10 %, caso selam feitas medigdes das tensGes durante a ctavagao, Dever também ser observadas as recomendagées descritas em 8.5. D5 Critérios de aceitagdo das estacas 0 fabricante de estacas pré-moldadas deve apresentar resultados de ensaios de resisténela do con- oreto nas vérias idades. Em cada estaca deve constar a data de sua moldagem, D.6 Emendas As estacas pré-moldadas de concreto podem ser emendadas, desde que resistam a todas as solic tagdes que nelas ocorram durante o manuselo, a cravagao @ a utilizagao da estaca. As omendas de- vem ser através de anéis soldados ou outros dispositivos que permitam a transferéncia dos esforgos do comprossao, tragao (mesmo durante a cravagao) ¢ flexaio. Deve-se, ainda, garantir a axialidade dos eletnentos emendados. 46 ‘© ABNT 2010 Tedas os dios reservados Licenga de uso exclusivo para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A, CSpia impressa polo sistema Target CENWin om 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 0 uso de luva de encalxe somente serd acaito se forem obedecidas as seguintes restrigbes: soja feita uma Gnica emenda por estaca, nao haja tragao ou flexéo tanto na cravagao quanto na ullizago da estaca, as luvas de oncaixe nao possuam geometria diferente da geomotria dos segmentos de estacas que serdo unidos @ as folgas existentes entre a luva @ os segmentos de estacas nunca sejam superiores a 10 mm. As luvas de encaixe devem, também, obedecer as seguintes caracteristcas: a altura total da luva deve ser de (2 x Desi) © No minimo 50 cm, a espessura da chapa deve ser maior que Doct 160 @ no minimo 5 mm, ¢ desde que seja respeltada a espessura de compensacao de corrosio da Tabela5, onde Jest corresponde ao diameito do circulo circunserito & segao transversal das estacas, © topo do elemento inferior, quando danificado, deve ser recomposto ¢ a cravacdo 86 pade ser reto- mada apés 0 ternpo necessatio & cura da racomposigao. D.7_ Comprimento minimo para aproveitamento E permitido 0 aproveitamento das sobras de estacas resultantes da diferenca ontro a ostaca efetiva- mente levantada e a estaca arrasada, desde que se atenda simultaneamente a @) corte do elemento aproveitado seja feito de modo a manter a ortogonalidade da segao em relagao 0 seul exo longitudinal; b) se tenha um comprimento mfnimo de 2,0 m; ©) _seja utilizado apenas um segmento de sobra por estaca; d) _asobra seja sempre o primeiro elemento a ser cravado. D.8_Nega, repique e diagrama de cravagao Anega e o repique devem ser medidos em todas as estacas, atendendo-se as condigdes de seguranga. Deve-se elaborar 0 diagrama de cravagao em 100 % das estacas. Ha terrenos que tém comportamento de relaxagio @ outtos de clcatrizapéo. Para sua identificagéo 4 recomendada a determinagao de naga descansada (alguns dias apés o tétmino da cravago). ‘Arelaxagao ou cicatrizagéo variam de poucas horas pata os solos no coesivos a até alguns dias para ‘08 solos argilosoe, Quando a nova nega for superior & obtida no final da cravago, as estacas devem ser recravadas. ‘Quando a nova nega for inferior & obtida ao final da cravacdo, deve-se limitar o numero de golpes para no causar danos & estaca. Neste caso a nega originalmente especificada deve ser reavaliada. D9 Preparo de cabega e liga com o bloco de coroamento No caso de estacas com concreto danificado abalxo da cota de arrasamento, deve-se fazer a demoligdio do trecho comprometido ¢ recompé-lo até esta cota. Estacas cujo topo resulle abalxo da cota de arrasamento prevista deve ser emendadas fazendo-se a transpasse da armadura. O material a ser utilizado na recomposigdo deve apresentar resisténcia ndio inferior a do concreto da estaca. © topo da estaca, acima da cota de arrasamento, deve ser demolido. A segAo resullante deve ser pla- nna @ porpondicular a0 eixo da estaca 0 a operacéo de domoligdo deve ser execuiada de mado a néio causar danos. (© ABNT 2010- Todos os dries reservar a7 Licenga de uso exclusivo para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA SA. Copia impressa palo sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 Na demoligéo devem ser utiizados ponteiros trabalhando com pequena inclinagéo, para cima, ‘em relagdo & horizontal para estacas cuja érea seja inferior a 260 om2, © uso de marteletes leves (poténcia< 1 000W) € permitido para segdes de 380 om? a 900 om, O uso de marteletes maiores fica limitado 2s estacas cuja drea seja superior a 900 cm? O acerto final do topo das estacas demolidas deve ser sempre efeltuado com o uso de ponteitos ou ferramenta de corte apropriada. D.10 Reglstras da execugao Deve ser preenchida a ficha de controle diariamente para cada estaca, devendo constar as seguintes formagées: a) identifi agiio da obra 6 local, nome do contratante e executor; b) data da cravagio e/ou recravagao, quando houver; ©) identiicagao ou niimero da estaca, com as datas e horétio de Inicio e término da cravagéo; )_comprimentos cravado e Util das estacas; ) composigao dos elementos utlizados; 1) peso do martelo e allura de queda para a determinagao da nega; 9) suplemento utilizado, tipo e comprimento; h) _caracteristicas do pré-furo, quando houver; i) intervalo de tempo decorrido na cravagéio; })_catacteristicas geométricas da estaca; k)cotas do terreno e de atrasamento; 1) catacter(sticas do suplemento utilzado, tipo € comprimento; 1m) dosaprumo @ desvio de locagao; 1h) _caracteristicas e Identificagao do equipamento de cravacao; 0) negas @ repiques ao final de cravagao & na recravagéo, quando houver; p) _especificagao dos materiais ¢ insumos utilizados; @) deslocamento 6 lovantamento de estacas por efeito de cravacio de estacas vizinhas; F)_ observacées e anormalidades de execucéo. 48 © ARNT 2010. Todos os delos reservados Licanga de uso exclusivo para GONGREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Copia|impressa palo sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 Anexo E (normativo) Estacas escavadas com trado mecanico, sem fluido estabilizante — Procedi i lentos executivos E14 Introdugao Este Anexo descreve os procedimentos executivos para: 2) complomentar a Seco 8; b) especiticar os insumos; ©) delaihar as diretrizes consirutivas. E.2 Caracteristicas gerais ‘Sao estacas moldadas in loco, por melo da concretagem de um furo executado por trado espiral, sen- do empregadas onde 0 perfil do suisolo tem caracteristicas tais que 0 furo se mantenha estével sem necessidade de revestimento ou de fluldo establizante, A profundidade é limitada ao nivel do lengot freatico. E3 Perfuragao A perfuragao é felta com trado curto acoplado a uma haste até a profundidade especificada em pro- jeto, devendo-se confimmar as caracteristicas do solo através da comparagao com a sondagem mals prdxima. Quando especificado em projeto, o fundo da perfuragéo deve ser apiloado com soquete. £4 Coneretagem A-concretagem deve ser feita no mesmo dia da perfuragaa, através de um funil que tenha comprimento minimo de 4,5 m. A finalidade deste funil 6 orientar 0 tluxo de conereto. E.5 Colocagéio da armadura No caso das estacas nao sujeitas a trapao ov a tlexéo, a armadura é apenas de arranque sem funczo estrulural (vor Tabela 4) @ as barras de ago podem ser posicionadas no concrelo, ume a uma, sem estribos, imediatamento aps a concretayem, deixando-se para fora a espora (atranquo) provista em projeto. No caso de estacas suismetidas a esforgos de tragao, horizontais ou momentos, a armadura projetada deve ser colocada no furo antes da concretagem. (© ABNT 2010 Toso os eatos reservados 49 Lcenga de uso exclusivo para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Copia impressa palo sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 E.6 Seqiléncia executiva Nao se deve executar estacas com espagamento inferior a trés didmetros em intervalo inferior a 12 h. Esta distancia refere-se a estaca de maior diémetro. Polo menos 1 % das estacas, e no minimo uma por obra, deve ser exposta abaixo da cota de arra- samento e, se possivel, aié o nivel d’égua, para veriticagio da sua integridade e qualidade do fuste. E.7_ Preparo da cabega e ligagdo com o bloco de coroamento No caso de estacas com conereto inadequado abaixo da cota de arrasamento, dove-se fazer a demo- ligdo desse trecho e recampé-lo até esta cota. Fstacas cujo topo resulte abaixo da cota de artasamen- to provisia devem ser emendadas fazendo-se 0 transpasse da armadura. O material a sor utiizado ha recomposigao deve apresentar resisiéncia néo inferior & do concreto da estaca, O topo da estaca, acima da cota de artasamento, deve ser demolido, A segéo resullante deve ser plana e perpendicular a0 elxo da estaca e a operagéo de demoligao deve ser executada de modo a no causar dans. Na demoligao podem ser ulllizados pontelros ou marteletes leves (poténcia < 1 000 W) para sogoes de até 900 cm?. O uso de marteletes maiores fica limitado a estacas cuja rea de concreto seja supe~ rior @ 800 cm2. acerto final do topo das estacas demolidas deve ser sempre efetuado com o uso de pontelros ou ferramenta de corte apropriada. E.8 Concreto CO concreto a ser utlizado deve satistazer as seguintes oxigéncias: a) consumo de cimento néo inferlor a 300 kg/m; b) _abatimento ou slump test conforme ABNT NBR NM 67: entre 8 cm © 12 om pata estacas nao ar- madas @ de 12 cm a 14 cm para estacas armadas; ©) agregado: diémetro maximo 19 mm (brita 1); 4d) e220 MPa aos 28 dias, conforme ABNT NBR 6118, ABNT NBR 6738 e ABNT NBR 5739. Os corpos-de-prova de conoreto devem ser moldados de acordo com a ABNT NBR 5738 e ensalados de acordo com a ABNT NBR 5738. E.9 Registros da qualidade dos servigos Deve ser preenchida a ficha de controle diariamente para cada estaca, devencdo constar as seguintes informagoes: a) Identificagao da obra ¢ local, nome do contratante e executor; b) data da execugao; ©) _Identificagao ou némero da estaca; @)comprimentos escavado 6 titi; 50 © ABNT 2010-Todos os dlos reservados Licenga de uso exclusivo para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A Cépia imprassa polo sistema Target CENWin em 27/10/2010, ABNT NBR 612; 010 €) consumo de materiais por estaca; f)_colas do terreno é cota de arrasamento; 9) caracteristicas do equipamento utilized h)__especiticagdio dos materiais e insumnos utlizados; i) observagées e anormalidades de execugao. (@ABNT 2010 - Tes os tos resorvaéos 81 Licenga de uso exclusivo para CONGREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. ‘Cépla impressa peto sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 Anexo F (normativo) Estacas hélice continua monitorada — Procedimentos executivos Fl Introdugao Este Anoxo descteve os procedimentos executivos pa 2) complomentar a Segao 8; b) _especificar os insumos; ©) detalhar as diretrizes construlivas. F2 Caracteristicas gerais. E uma estaca de concrete moldada in loco, executada mediante a introdugao no terreno, por rotagao, de um trado heliccidal continuo. A injegao de conoreto 6 feita pela haste central do trado simmultanea- mente & sua retirada. A armadura 6 sempre colocada apés a concretagem da estaca. A execugao da estaca 6 monitorada contorme desctito em F:10. F3 Equipamento Os equipamentos devem apresentar as caracteristicas minimas mencionadas na Tabela F.1, além de torque compativel com o diémetvo da estaca ¢ a resistencia do solo a ser perfurado, pata que so minimize o desconfinamento durante a perfuragéio. Tabela F.1 — Caracteristicas minimas da mesa rotativa e do guincho Torque | Arranque Dimens6es das estacas kam kN em <60 400 | até 50 em com comprimento até 17,0 m aoaiso | 400 até 80 cm com comprimentos até 27,0 m 160 | 700 2 até120 cm com comprimentos até 30,0 m F4 Perfuragao (© equipamento de escavagio deve ser posicionado ¢ nivelaclo para assegurar a centralizagao © ver- ticalidade da estaca. O didmetro do trado deve ser verificado para assegurar as premissas de projeto, 62 © ABNT 2010 Teds os cos reservados Licenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Cépia mpressa palo sistema Targot CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 ‘Ahaste 6 dotada de ponta fechaca por uma tampa metalica recupersvel A perturagao se dé de forma continua por rotago, até a cota prevista em projeto. (0 uso de prolongador 6 possivel somente em condig6es especiais e desde que 0 solo, no trecho do prolongador, se mantenha estavel, F5 Coneretagem © concteto é bombeatdo pelo interior da haste com sua simulténea retirada. A ponta da haste 6 fechada por uma tampa para evitar entrada de qua ov contaminagao do concreto pelo solo. Esta tampa aberta polo peso do concreto no inicio da concrotagem. ‘A pressio do coneroto dove sor sempro positiva para evitar a interrupgao do fuste e é controlada pelo operador durante toda a concretagem, ‘A concretagem € executada até a superficie do terreno. ‘Se a concretagem da estaca for felta com o trado girando, este deve girar no sentido da perfuraga F.6 Colocagao da armadura ‘A colocagao da atmadura em forma de gaiola deve ser felta imediatamente apés a concretagem, Sua descida pode sor auxiiada por peso ou vibrador. A armadura deve ser enrijocida para taciltar a sua colocagao. F.7 Seqiiéncia executiva Inferlor a cinco didmetros em intervale inferior a Nao se devem executar estacas com espagament jiametro. 12h. Esta disténcia retere-se & estaca de maior F.8 _Preparo da cabega e ligagiio com o bloco de coroamento No caso de estacas com concreto inadequado abaixo da cota de arrasamento ou estacas cujo topo rosulte abaixo da cota de artasamento provista, deve-se fazer a demoliggo do comprimento e recompo- lo até a cota de arrasamento. O material a ser utilzado na recomposigao das estacas deve apresentar resisténcia ndo inferior & do concreto da estaca. Na demoligao podem ser utiizados ponteitos ou marteletes leves (poténcia < 1 000 W) para secdes de alé 900 cm”. © uso de marteletes maiores fica limitado a estacas cuja area de concreto seja su- prior a 900 cm?. 0 acerto final do topo das estacas demolidas deve ser sempre efetuado com 0 uso de ponteiros ou ferramenta de corte apropriada, F9 Concreto (© concreto a ser utlizado deve satisfazor as seguintes exigéncias: 8) consumo de cimonto nao inferior @ 400 kgf; (© ABNT 20(0- Todos os dios rosorvades 88 Liconga de uso exclusivo pata CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Cépia impressa pelo sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 b) abatimento ou slump test iquel a 22 + 8 om, conforme ABNT NBR NM 67; ©) faior Agualcimento < 0, d)_agregado: arela e pedrisco: 6) %de argamassa em massa: 2 55%; 1) trago tipo bombeado; 9) %220MPa aos 28 dias, conforme ABNT NBR 6118, ABNT NBR 6738 ¢ ABNT NBR 5739, (Os corpos-de-prova de concreto devem ser moldados de acordo com a ABNT NBR 6738 ¢ ensalados de acordo com a ABNT NBR 5739. Poder set uliizades aditvos plastiticantes, incorporadores de ar, retardadores, desde que atendam as ABNT NBR 10908, ABNT NBR 11768 e ABNT NBR 12817. E permitide 0 uso de agregadas mitidos artificiais de acordo com a ABNT NBR 7212. F.10 Controle do processo executive “Todas as fases de execugéo da estaca devem ser monitoradas eletronicamante a partir de sensoros instalados na perturatriz, registrando-se: a) nivelamento do equipamento e prumo do trado; b) _pressdio no torque; ©) volocidade de avango do trad; 4) rotagao do trado; 2) cota de ponta do trado; 1) pressdo de concreto durante @ concretagem; 9) sobreconsumo de conereto; hh). volocidade de extragao do trado. Polo menos 1 % das estacas, e no minimo uma por obra, deve ser exposta abaixo da cota de arra- ‘samento 6, se possivel, alé o nivel é'4gua, pata verificagzo da sua integridade e qualidade do fuste. F.11 Registros da qualidade dos servigos Deve ser preenchida a ficha de controle diariamente para cada estaca, devendo constar as seguintes Informagées: 2) identificagdo da obra e local, e neme do contratante @ executor; b) data e hordrio do infcio e fim da concretagem; 54 © ABNT 2010 Todos o€dtitos reservados Licenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA SA. Cépla Improssa polo sistoma Tergel CENWin em 27/10/2010 ideniiticagao ou ndimero da estaca; cota do terreno; ametro da estaca ‘comprimento executado da estaca; desaprumo ¢ desvio de locagao: caracteristicas do equipamento; especificagtio dos maleriais e Insumos utiizados; ‘consumo de materials por estaca; Inclinagao do trad; volume de conereto real ¢ teérico; torque durante petfuragao; rotagao do trado; velocidade de avango do trado; pressao de injegéo do concrete; velocidade de extragéo do trado; anormalidades de execugao; observagées pertinentes. (© ABNT 2010. Todos os datos reservados ABNT NBR 6122:2010 Lloonga do uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A, ‘Cépia impressa polo sistema Terget CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 Anexo G (normativo) Estacas moldadas /n /oco Strauss — Procedimentos executivos G.1 Introdugao Este Anexo descteve os procedimentos executivos para: a) complementar a Segao 8; b) _especificar os insumos; ©) detathar as diretrizes construtivas. G2 Caracteristicas gerais A estaca Strauss & uma estaca de concrete moldada in loco, executada através da escavagao, me- diante emprego de uma sonda (também denominada piteira), com a simultanea introduugao de revesti- mento melélico em segmentos rosqueados, até que se atinja a profundidade projetada A concretagem 6 realizada langando-se 0 conereto e rellrando-se gradativamente o revestimento com o simultaneo apiloamento do concreto. revestimento integral assegura a establlidade da perturago e garante as condigdes para que nao ‘ocotra a mistura do conereto com o solo ou o estrangulamento do fuste da estaca. Este tipo de estaca nao deve ser utiizado em areias submersas ou em argllas muito moles saturadas. Apponta da estaca deve estar em material do balxa permeabilidade para pormitir as condigées neces: sérlas para limpeza e concretagem. G3 Perfuragao (© equipamento deve ser posicionado para assegurar a centralizacao e verticalidade da estaca, A oxecuao & Iniclada através da aplicagéo de repetidos golpes com o pliéo ou a pitelra pata formar tum pré-furo com profundidade de 1,0 m a 2,0 m, dentro do qual & colocado um segmento curto de revestimento com coroa na ponta. A seguir prosseque-se a perfuragdo com repetidos golpes da sonda eventual adic¢ao de égua que vai removendo o solo. Na medida em que o furo 6 formado, os tubos de revestimento vao sendo introduzidos até que a profundidade prevista seja alingida. Conclulda a perturagao, 6 langada dgua no interior dos tubos para sua limpeza. A dgua © a lama edo totalmente removidas pela piteira e 0 soquete é lavado. Dever ser feitas tantas manobras quanto necessarias para que os tubos desgam livrerente. 56 © ABNT 7010~ Todos 0¢ datos resowadoe Ligenga de uso exclusiva para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A, Cépia Impressa pelo sistoma Target CENWin om 27/10/2010 010 G4 Concretagem (© concreto é langado através de funil no interior do revestimento, em quantidade suficiente para se ter uma coluna de aproximadamente 1,0 m, que deve ser apiloado para formar a ponta da estaca. Continuando-se a execugia da estaca, 0 conoreto 6 langado @ apiloado com a simultanea retirada do revestimento. A relirada do revestimento deve ser feita com guincho manual de forma lenta, para evitar a subida da armadura, quando existente, ¢ a formacao de vazios, garantindo-se quo 0 concreto esteja acima da ponta do revestimento. A coneretagem deve ser feita até a superficie do terreno, G5 Colocagao da armadura No caso das estacas ndo sujeitas a tragéo ot a flexéo, a armadura 6 apenas de arranque sem fungao estrulural (conforme Tabela 4) ¢ as barras de ago podem ser posicionadas no concrelo, uma @ uma, sem estribos, imediatamente apés a concretagem, delxando-se para fora a espera previsla em projeto. Para estacas armadas, a gaiola de armadura deve ser introduzida no revestimento antes da concreta~ gem. Neste caso 0 soquete deve ter didmetro menor que o da armadura, Nas estacas dimensionadas para suportar trago ou flexdo, o projeto da armadura deve obedecer aos seguintes critérios a) 0 didémetro minimo para execugdo de estacas armadas é de 32 cm; b) os estribos devem tar espagamento entre 15 om @ 30 cm. G.6 Seqiiéncia executiva Nao se deve execular estacas com espagamento inferior a cinco diémetros em intervalo inferior a ‘12h. Esta distancia refere-se & estaca de malor diametto. Pelo menos 1 % das estacas, ¢ no minimo uma por abra, deve ser exposta abalxo da cota do arra- samento e, se possivel, até o nivel d'agua, para verificagao da sua integridade e qualidade do fuste, G.7_Preparo da cabega e liga¢o com o bloco de coroamento No caso de estacas com conereio inadequado abaixo da cota de arrasamento ou estacas culo topo resulle abaixo da cota de arrasamento prevista, deve-se fazer a demnoligéo do comprimento 6 racompé- lo até a cota de arrasamento. O material a ser utilizado na recomposigao das estacas deve apresentar resisténcla no inferior & do conoreto da estaca. CO topo da estaca, acima da cota de arrasamento, deve set demolido. A segao resultante deve ser pla- na e perpendicular ao eixo da estaca e a operagio de demoli¢ao deve ser executada de modo a no causar danos. Na demoligao podem ser utiizados pontelros ou marteletes leves (poténcia < 1 000 W) para segdes de até 900 cm2. © uso de marteletes maiores fica limitado a estacas cuja érea de concreto seja su- perior a 900 cm?, O acerto final do topo das estacas demolidas deve ser sempre efetuado com 0 uso de ponteitos ou forramenta de corte apropriada. @ABNT 2010. Todos os drtesvesermasos 57. Licenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Cépia impressa pelo sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 G8 Conereto O concrete a ser ullizado deve satistazer as seguintes exigéncias: a) consumo de cliento nao inferior a 300 kg/m; b)abatimento ou slump lest conforme ABNT NBR NM 67 entre & cm e 12 cm para estacas nao ar- madas e de 12 cm a 14 om para estacas armadas; ©) agregado: didmetro maximo 19 mm (brita 1); 1d) fe2 20 MPa aos 28 dias, conforme ABNT NBR 6118, ABNT NBR 5738 e ABNT NBR 5739. Os corpos-de-prova de concreto devern ser moldados de acordo com a ABNT NBR §738 ¢ ensaiados de acordo com a ABNT NBR 5739. G.9_ Registros da qualidade dos servigos Deve ser preenchida a ficha de controle dia informagdes: jente para cada estaca, devendo constar as seguintes, a) identificag4o da obra e local, nome do contratante ¢ executor; b) data da execugéo; ©) Identificagao ou némero da estaca; 4d) comprimentos escavado e Util; ©) consumo de materials por estaca, 1) cotas do terreno e cota de atrasamento; 9) caractoristicas do equipamento utllizado; hh) especificagao dos materials e insumos utiizados; |) observagies ¢ anormatidades de execugtio. 58 (© ABNT 2010-Teds os eros reservados Licenpa de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. ‘Copia improssa polo sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 Anexo H (normativo) Estacas Franki - Procedimentos executivos HA Introdugao Este Anexo descreve os procedimentos executivos para: 2) complementar a Seco 8; b) _especilicar os insumos; ¢) detalhar as diretrizes construtivas. H.2 Caracteristicas gerais AAs estacas Franki sfio execuladas através da cravagio de um tubo por melo de sucessivos golpes de um pildo em uma bucha seca de pedra e areia aderida ao tubo. Atingida a cota de apoio, procede-se & expulséo da bucha, execugto de base alargada, instalagao da armadura 0 exocugao do fuste de concreto apiloado com a simultnea retirada do revestimento, ‘A execugao da estaca pode apresentar alternativas executivas em relapHo aos procedimentos da estaca padrao como, por exemplo: perfuragao interna (denominado "cravagao & trac"), fuste pré- moldado, fuste enearnisado com tubo metélico perdido, fuste executado com concreto plastico vibrado ou sem execugo de base alargada, H.3 Cravagio do tubo ‘A cravacao do tubo 6 executada por melo de golpes do pido na bucha seca que adere ao tubo por airito até a oblengao da nega. ‘As negas de cravagao do tubo devem ser obtidas de duas maneiras em todas as estacas: a) para dez golpes de 1,0 m de altura de queda do pilao; b) para um golpe de 5,0 m do altura de queda do pildo, 0s piles devem ter pesos e diémetros minimos conforme indicados na Tabela H.1. Tabela H.1 — Peso e didmetro dos pilées Diametro da estaca | Peso | Diametro m KN m 0,30 10 0,18 0,35 [15 0,18 ‘© ADNT 2010 Todos os diios reservados 59 Licenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A, Copia impressa pelo sistema Tergot CENWin em 27/10/2010, ABNT NBR 6122:2010 Tabela H.1 (continuagio) Diametro da estaca | Peso | Diametro m KN m 0.40 20 0.28 046 25 028 052 28 oat 060 30 0,98 [ 0,70 a4 043 | H.4 Execugao da base alargada Atingida a cota de projeto © obtida a nega especificada, expulsa-se a bucha alravés de golpes do pilao com o tubo preso a torre. A seguir introduz-se um volume de concreto seco (fator Agua/cimen- to = 0,18), formando assim a base. Na confeceao da base & necessério que os ultimos 0,15 m3 sejam intraduzidos com uma energia minima de 2,5 MN x m para as estacas com diametro igual ou inferior a 450 mm e de 5,0 MN x m para ostacas com didmetro de 450 mm até 600 mm. Para as estacas com didmetro de 700 mm, 95 tillimos 0,25 m? devem ser introduzidos com uma energia minima de 9,0 MN x m. Em caso do volume diferente, a energia deve ser proporcional ao volume, ‘A energia 6 obiida polo produto do peso do pilio pela altura de queda e pelo ntimero de golpes, con- trolando-se o volume injetado pela marca do cabo do piléo em relagio ao topo do tubo. H.5 Colocagao da armadura Ao final da execugao da base, coloca-se a armadura que deve ser nela ancorada. ‘A armadura 6 integral, pois faz parte do processo executivo da estaca ¢ também 6 fundamental pare permitir 0 controle executivo, E constitufda do no minimo quatro barras de ago CA-50 de acordo com a Tabola 4. A extremidade Inferior da ferragom 6 felta com ago CA-25 (em forma de cruzeta) soldado a armadura principal H.6 Concretagem do fuste A concretagem do fuste 6 feita langando-se sucessivas camadas de pequeno volume de concreto seco (lator Agua/cimento = 0,36) com apiloamento e simultanea retirada do tubo. No caso de fuste vibrado, o fator a/c deve ser adequado a essa metodologia executiva. Nesta operagdo deve-se garantir uma altura minima de concrete dentro do tubo. A coneretagem deve ser feita alé pelo menos 0,30 m acima da cota de anrasamento. Deve ser controlado o encurtamento da armadura durante a execugao do fuste. 60 (© ABNT 2010- Todos oF reo resenados Licenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A Cépia impressa pelo sistema Targot CENWin om 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 H.7 Seqiléncia executiva No caso de execugéo de uma estaca tipo Franki, 6 necessiirio que todas as demais estacas situadas ‘em Um citculo igual a cinco vezes o didmotto da estaca estejam cravadas e concretadas ha pelo me- nos 12h, Quando se desoja oliminar o isco de ievantamento das estacas vizinhas ou minimizar os efeitos de vibragéo, deve-se empregar metodolagia executiva apropriada, como pré-furo, “eravacao a tragio" ou furo de alivio. Polo menos 1 % das estacas, e no minimo uma por obra, deve ser exposta abaixo da cota de arra- samonto e, se possivel, até o nivel d'égua, para verificagao da sua integridade e qualidade do fuste. H.8 Preparo da cabega e ligagao com o bloco de coroamento No caso de estacas com concreto inadequado abaixo da cota de atrasamento ou estacas cujo topo resulte abaixo da cota de arrasamento prevista, dave-se fazer a demaligéo do comprimento e recomp6- lo até a cota de arrasamento. ‘0 material a ser utlizado na recomposigao das estacas deve apresentar resisténcia néo inferior & do concrato da estaca, © topo da estaca, acima da cota de arrasamento, deve ser demolido. A segao resultante deve ser pla: na © perpendicular ao eixo da estaca © a operacéo de demolipio dove ser executada de modo a néio causar danos, Na demoligdo podem ser utilzados ponteiros ou martsletes leves (poténcia < 1 000 W) para secdes de até 900 cm?. Para as estacas de maior diametro pode-se empregar marteletes de maior poléncia (poténcia > 1000 W), CO acerto final do topo das estacas demolidas até a cota real de arrasamento deve ser sempre efetuado com 0 uso de pontelros ou ferramenta de corte apropriada. H.9 Concreto © concreto a ser utlizado deve satistazer as seguintes exigéncias: a) consumo de cimento nfo inferior a 350 kin; b) 220 MPa aos 28 dias, conforme ABNT NBR 6118, ABNT NBR 5738 e ABNT NBR 5739, © conereto da primeira estaca e em no minimo uma a cada cinco das demais deve ser ensatado nas idados de sete dias 0 28 dias. (© método de moldagem do corpo-de-ptova deve ser modificado para levar em conta as condigées ‘execulivas das estacas que prevéem concreto seco apiloado por uma grande onergia de compactacao. ‘Amoldagem do corpo-de-prova deve sor foita em um molde de 0,1 m de diémetro e 0,30 m de altura ‘e ahasto de apiloamento deve ter peso de 50 N e didmetro de 0,05 m. Cada camada de concreto deve ser apiloada no interior do molde com 50 pancadas da haste ¢ altura de queda de 0,45 m. @ABNT 2010. Todos 0 dios reservados et Liconga de uso exclusive para CONCRENAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Cépia impresea polo sistoma Targel CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 O soquete a ser utiizado é 0 mesmo do ensaio de compactagio de solo Proctor Modificado e 0 corpo- de-prova deve ser moldade em cinco camadas. (Os demais procedimentos de preparo do corpo-de-prova so aqueles da ABNT NBR 5738, H.10 Registros da qualidade dos servicos Deve ser preenchida a ficha de controle diariamente para cada estaca, devendo constar as seguintes informagées: 2) Identificagao da obra e local, e nome do contratante e executor; bb) data da execugéo; (©) pose do tubo e do pitéo; 4d) _identificagao ou némero da estaca; ) didémetro da estaca; f) data da cravagao o/0U recravagao, quando houver; 9) caracteristicas do pré-furo ou furo de alivio, quando houver; h) _comprimento cravado e util da estaca; |) nega para 10 golpes com altura de queda de 1,0 m; j) nega para 1 golpe com altura de queda de 6,0 m; k) registro do volume © energia da base; 1) volume de conoreto para ancoragem da armagéo na base; m) levantamento da estaca e encurtamento da armadura; rn) diagrama de cravago em pelo menos 10 % das estacas, sendo obrigatoriamente incluidas aquolas mais proximas aos furos de sondagem; ©} especificagéies dos materiais 6 insumos ullizados; p)_ trago do conereto utiizado; «)_observagées e anormalidades de execugéo; 1) observagées pertinentes, 62. © ABNT 2010-Todos os diles reservados Licenga de uso exctusivo para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA SA. CCépia impressa pelo sistoma Targot CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 Anexol (normativo) Estacas escavadas com uso de fluido estabilizante — Procedimentos executivos 14 Introdugao Este Anexo descreve os procedimentos executivos para: a) complementar a Sogdo 8; b) especificar os insumos; ¢) detathar as diretrizes construtivas, 12 Caracteristicas gerals ‘Séo ostacas escavadas com uso do fivido estabilizante, que pode ser lama bentonitica ou polimero sintético para sustentagéo das paredes da escavagdo. A concretagem submersa, com 0 concrete deslocando o fluido estabilizante em dltegéo ascendente para fora do turo, As estacas podem ter seg6es circulates (também denominadas estagdes), retangulares (também de- hominadas batretes) ou parade-diafragma, quando continuas. 13 Eseavagéo Antes de iniciar a escavagao da estaca e com o objetivo de guiar a ferramenta de escavagao, deve ser cravada uma camisa metalica ou executada uma mureta-guia. Estas guias devem ser cerca de 5 cm maiores que a estaca projetada e deve ser embulidas no terreno com um comprimento nao interior aim. Aescavagao da estaca ¢ felta simultancamente ao langamento do fluido, cuidando-se para que 0 seu nivel esteja sempre no minimo 1,50 m acima do lenco! freatico. A perfuragao deve ser continua até a sua conclusdo. Caso nao soja posstvel, o eeito da interrupgao deve set analisado, devendo ser adotadas medidas que garantam a carga do projato, como, por exem- plo, seu aprofundamento, ‘Uma vez terminada a escavagao e antes da concretager, deve sor veriticada a porcentagem de areia ‘em suspensao na lama , em fungao deste valor, deve-se proceder & sua troca ou desarenagao para garantir sua qualidade duranto toda a concretagem, Tratando-se do polimero, a decantagao ¢ imediala, nao necessitando de desarenagéio, apenas limpeza do fundo. Em fungao de especificagao de projeto, podem ser necessaiios servigos adicionals para uma piena limpeza do fundo da escavagdo através de sistema air fit ou bombeamento submerso de eficiéncia equivaiente, a fim de methorar a contato conereto-solo ou rocha, ‘@ABNT 2010- Todos os dios reservados 63 Licenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. ‘Gépla impressa pelo sistema Targot CENWin om 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 1.4 Colocacio da armadura ‘Antes do Inicio da concretagem, e estando o fluido dentro das especificagdes indicadas nas Tabelas I.1 € 1.2, 6 feila a colocagdo da armadura de projeto, A armadura deve ser colocada com es- pacadores para assogurar 0 cobtimento de projeto © sua ceniralizagao. L5 — Coneretagem ‘Atéonica do concretagem é submersa e continua. Utiiza-se tubo tremonha ¢ a concretagem é exeou- tada imediatamente apés as operagdes anteriores, devendo ser feita até no minimo 50 cm acima da cota de arrasamento. 16 Seqiiéncia executiva Nao se devem executar estacas com espagamento inferior a cinco diametros em intervalo inferior a 12h. Esta distancia refere-se & estaca de maior didmetra. No caso de parede-diatragma o prazo para concretagem de painéis contiguos ¢ de 24 h. 17 Controle do processo executive L741 Controles executives: Durante a execugao de uma estaca escavada com fluido estabilizante devern ser controlados: a) a ferramenta de escavagéo (cagamba ou clam-shell) quanto a folgas e dimensées para evitar quaisquer desvios executives durante a escavacao; b)onivelamento e 0 prumo do equipamento de escavacao; 6) onivel do fluido om retagao ao nivel do lengol freatico; d) as catacteristicas do fluido antes da concretagem; e) as caracteristicas do concrete. Pelomenos 1 %dasestacas, enominimo uma por obra, deve ser exposta abaixodacota de atrasamento 0, se possivel, até nivel d'égua, para verificagdo da sua integridade © qualidade do fuste. 1.7.2 Caracteristicas da lama bentonitica E uma lama formada pela mistura de bentonita com agua limpa, em misturadores de alta turbuléncia, ‘com urna concentragao varldvel em fungAo de viscosidade @ densidade que se pretende obter. Alama bentonttica, depois de misturada, deve ficar em repouso por 12 h pata sua plena hidratagao @ deve possuir ae caracteristicas indicadas na Tabela |.1 64 OABNT 2010-Tedes os dillos reservados Licenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA SA. Gépia Impressa palo sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 Tabela 1 - Lama bentonitica Propriedades Valores Equipamentos para ensalo Densidade 4.028 glem®aiiogiom?| ——Densimetro | Viscosidade 308908 Full Marsh [ pH Tait Indicador de pH Teordearia | «63% Baroid sand content ou similar 17.3 Caracter(sticas do polimero CO tiuido proparado com pollmero deve apr esentar as propriedades indicadas na Tabela I.2. Tabela .2— Parametros para o fluido Propriedades Valores Equipamentos para ensaio Densidade 1,005 g/m? a 1,05 g/om? Densimetro Viscosidade 3581208 Funil Marsh pH gaia - Indicador de pH Teor de areia At6 3 % Baroid sand content ou similar 1.8 Preparo da cabega e ligagdo com o bloco de coroamento No caso de estacas com concreto inadequado abaixo da cota de artasamento ou estacas cujo topo re- sulte abaixo da cota de arrasamento prevista, deve-se fazer a demoligao do comprimento e recompé- lo até a cota de arrasamento. © material a ser utilizado na recomposigao das estacas deve apresentar rosisténcia nao inferior & do concrete da estaca. © topo da estaca, acima da cota de atrasamento, deve sar demolido. A segao resultante deve ser pla- na © perpendicular ao eixo da estaca © a opetagio de demolicéo deve ser executada de modo a nao causar danos, Podem-se empregar marteletes de maior poténcia (poténcia > 1000 W). O acerto tinal do topo das estacas demolidas até a cota real de arrasamento deve ser sempre efetuado com 0 uso de ponteiros ou ferramenta de corte apropriada. LQ Conereto CO concreto a ser utlizado deve satistazer as seguintes exigéncias: a) consumo de cimento minimo de 400 kg/m’, b) _abatimento ou siump test igual a (22 + 8) cm segunda ABNT NBR NM 67; €) _fator Aguaicimento < 0,6; © AGNT 2010 - Todos oe dalios reservados 65 Licenga de uso exclusivo pata CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Cépia Improssa polo sistema Target CENMVin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 )_dimensio maxima do agregado: 19 mm (brita 1) ; ©) %de argamassa em masse: 55%; )_trago tipo bombeado: 9) 2 20MPa Os corpos-de-prova de concrato devern ser moldados de acordo com @ ABNT NBR 5738 ¢ ensaiados de acordo com a ABNT NBR 5739. Podem ser utilizados aditivos plasiificantes, incorporadores de ar, aceleradores ¢ rotardadores, desde que atendam &s ABNT NBR 10908, ABNT NBR 11768 e ABNT NBR 12317. E permitido 0 uso de agregados mitidos artificiais de acordo com a ABNT NBR 7212. Os corpos-de-prova de concrete devem ser moldados de acordo com @ ABNT NBR 5738 e ensaiados de acordo com a ABNT NBR 5739. 110. Reglstros da qualidade dos servigos Deve ser preenchida a ficha de controle diariamente para cada estaca, devendo constar as seguintes informagses: identiticagao da obra e local, e nome do contratante e executor; b) identificagao ou ndmero da estaca; ©) dlametro ou dimensdes da estaca; 6) comprimento real da estaca abaixo da cota de arrasamento; e) ota da parede guia ou camisa, cota do fundo e de arrasamento; 4) controle de posicionamento da armadura durante a concretagom; 9) desaprumo @ desvio de locacéo; hh) identiicagdo das caracteristicas do equipamento; i) especitioagéio dos materiais ¢ insumos utlizados; i) consumo de materiais por estaca e comparagao trecho a trecho do consumo real em relagéo ao te6rico; i) anotagéio dos horatos de inicio e fim de cada etapa da escavacai 1) anotagéio dos hordrios de inicio e fim de cada etapa de concretagem; rm) resultados dos ensaios do fluido; n)__observagées ¢ anormalidades de execugio; 0) observagées pertinentes. 66 © ABNT 2010 Todos os dton reservados Liconga de use exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. ‘Cépla Impressa pelo sistoma Targot CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 Anexo J (normative) Tubulées a céu aberto — Procedimentos executivos JA Introdugao Este Anexo descreve os procedimentos executives para: a) complementar a Segao 8; b)especificar os insumos; ©) detalhar as ciretrizes construtives. J.2 Caracteristicas gerals Thata-se de uma fundagdo profunda, escavada manual ou mecanicamente, em que, pelo menos na ‘sua etapa final, ha doscida de pessoal para alargamento da base ou limpeza do fundo quando nao ha base. Neste tipo de fundago as cargas edo transmnitidas essencialmente pela base a um substrato de maior resistencia. Este tipo de fundagao 6 empregado acima do lengol freatico, ou mesmo abaixo dele, nos casos ‘em que o solo se mantenha estével sem risco de desmoronamento e soja possivel controlar a agua do interior do tubuldo, respeltando-so as Normas de seguranca, em particular conforme a Portaria 3214 do Ministério do Trabalho ¢ Emprago - NR 18. U3. Escavagiio de fuste © tuste pode ser escavado manualmente por poceltos ou através de perturatrizes até a profundidade provista em projeto. Quando escavado a mao, o prumo e a forma do fuste dever ser conteridos du- rante a escavacdo. J.4 Alargamento da base A base pode ser escavada manual ou mecanicamente. Quando mecanicamente, é obrigatéria a des- ida de poceiro para remogao do solo solto que 0 equipamento néo consague ratirar, ‘Antes da concretagem, o material de anoio das bases deve ser inspecionado por engenheiro, que con- firmara in loco a. capacidade suporte do material, autorizando a concretagem. Esta inspegao pode ser feita com penetrémetro de barra manual, Quando # base do tubule for assente sobre rocha inclinada, vale o descrito em 7.5.1 © ABNT 2010 Todos of doles 67 Licenga de uso exclusivo para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. CCépia impressa palo sistoma Targot CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 J.5 Colocagao da armadura ‘Aarmadura do fuste deve ser colocada tomando-se 0 cuidado de nao permitir que, nesta operagao, tortées de solo sojam derrubados para dentro do tubuldo. Quando a armadura penetrar na base, cla deve ser projetada de modo a permit a conorotagem ado- quada da base, devendo oxistir aberturas na armadura de pelo menos 80 cm x 30 cm, 6 Concretagem ‘Aconcretagem do tubuldo deve ser feita Imediatamente apés a conclusdo de sua escavagéo, Em casos excepcionais, nos quais a concretagem nao tenha sido feila imediatamente apds o término do alargamento e sua inspegio, nova inspecao deve ser feita, removendo-se material solto ou eventual camada amolecida pela exposigao ao tempo ou por aguas de infitragéo. ‘Aconcretagem é teita com o concreto simplesmente lancado da superficie, através de funil com com- primento minimo de 1,5 m. No 6 necessétio 0 uso de vibrador. Por esta razéo 0 concreto deve tor plasticidade suficlente para assegurar a ocupacao de todo 0 volume da base. u.7 Seqiiéncia executiva Quando provistas cotas varidvels de assenlamento entre tubuldes préximos, a oxocugdo deve ser i ciada pelos tubulées mais profundos, passando-se a seguir para os mais rasos. Nao pode ser felto trabalho simulténeo om bases alargadas em tubuldes cuja distancia, de centro ‘a cenito, seja inferior a 2,5 vezes o diametro da maior base. J.8Preparo da cabega e ligagao com o blaco de coroamento 0s tubulées devem ser concretados até a cota de arrasamento, No caso de tubulées com concreto inadequado abalxo da cota de atrasamento ou cujo topo resulte abaivo da cola de arrasamento provista, deve-ce fazer a demoligo do comprimento € recompé-lo 216 2 cota de arrasamento. O material 2 Ser ullizado na recomposigao dos tubulées deve apresentar resistencia néo Inferior & do concreto do tubuldo. O topo do tubule acima da cota de arrasamento deve ser demolido. A segdo resultante deve ser plana ¢ perpencicular ao eixo do tubuléo e a operagao de demoligao deve ser executada de modo a néo causar danos. Nesta operagao pode-se ompregar matteletes de maior poténcia (poténcia > 1 000 W). O acorto final do topo até a cota de arrasamento deve sor sempre efeluado com o uso de ponteiros ou ferramenta de corte aprpriada. J.9 Concreto O conereto a ser utilizado deve salisfazer as seguintes exigéncias: a) consumo de cimento nao Inferior a 300 kg/m; 68. (BADNT 2010 Todos os dretos resrvadoe Licenga de uso exclusivo para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Gopi impressa pelo sistema Targot CENWin em 27/70/2010 ABNT NBR 6122:2010 b) _abatimento ou siump test conforme ABNT NBR NM 67 entre 8 om @ 12 cm; ©) agregado: dlametro maximo 25 mm (brita 2); 4) fc 20 MPa aos 28 dias, conforme ABNT NBR 6118, ABNT NBR 5738 e ABNT NBR 5739. Os corpos-do-prova de conereto devem ser moldados de acordo com @ ABNT NBR 5788 ¢ ensaiados de acordo com a ABNT NBR 5739. ‘A Integridade dos tubuldes deve ser verificada em no minimo um por obra, por moio da escavagao de um trecho do seu fuste, J.10 Registros da qualidade dos servicos Deve ser preenchida a as seguintes informagies: 1a de controle diarlamente para cada tubuléo, devendo conter pelo menos 1a) idontificago da obra e local, € nome do contratante @ executor; b) data ¢ hordtio do inicio e tim da escavagao @ da concretagem; ©) Identificagao ou numero do tubuléo; 4) cota do terreno; ©) cota de arrasamento; f) dimensdes do fuste @ da base; 9) profundidade ou cota de apoio da base; fh) desaprumo ¢ desvio de locagao; i) especiticagdo dos materiais e insumos utilizados; 1) consumo de materiais por tubul ) volume de concreto real e tedrico; }) - anormalidades de execugao; m)_observagdes pertinentes. © ABNT 2010. Todos os diatosresordon 6 Licenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. CCépia impressa pelo sistema Targot CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 Anexo K (normativo) Tubuldes a ar comprimido — Procedimentos executivos KA Introdugao Este Anexo descreve os procediimentos exeoutivos para: a) complementar a Seco 8; b) _especificar os insumos; ©) dotalhar as direttizes construtivas. K.2 Caracteristicas gerals ‘Tiata-se de uma fundagdo profunda, escavada manual cu mecanloamonte, om que, pelo menos na sua etapa final, hd descida de pessoal para alargamento da base ou limpeza do fundo quando nao ha base. Noste tipo de fundagdo as cargas sao transmitidas essencialmenta pola base a um substrato de maior resisténcia, Este tipo de solugio é empregado sempre que se pretende executar tubulées abaixo do nivel d'agua fem solos que ndo alendam as condigies de v2. A escavagio do fuste destes tubuldes & sempre realizada com auxilio de revestimento que pode ser de concreto ou de aga (perdido ou recuperedo).. K.3_ Trabalho sob ar comprimido: Em qualquer etapa de execugao dos tubuldes, deve-se atender a legistagao trabalhista em vigor para trabalho em ambiente sob ar comprimido (Portatia 3 214 do Ministérlo do Trabalho e Emprego—NR 18). 6 se admitem trabalhos sob pressdes superiores a 0,15 MPa quando as seguintes providéncias forem tomadas: a) equipe permanente de socorro médico a disposigao na obra; b) cémara de descompresso equipada disponivel na obra; c) compressores e reservatérios de ar comprimido de reserva; )_renovagao de ar garantida, sendo 0 ar injetado em condigées satisfatorias para o trabalho humano. K.4 Escavagao Inicialmente dave ser concretado o primeiro segmento ou aprumado o revestimento metélico dire- tamento sobre a superficie do terreno ou em uma escavacdo preliminar de dimensdes maiores que ‘0 diametro do revestimento (pogo primario). 70 @ABNT 2010 Todos of dees resonvados Licenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. ‘Cépla impressa polo sistema Target CENWin em 27/40/2010 010 ‘A seqéncla deve ser fella com a concreiagem ou soklagem sucessiva dos segmentos metélicos de revestimento a medida que a escavagao manual vai sendo executada, Revestimentos de concreto ‘86 podem sor introduzidos no terreno depois que 0 conereto estiver com resisténcia suficiente para suportar a escavagao, Quando o nivel d'égua for atingido, deve ser instalada no topo da camisa a campanula de ar comprimi- do, 0 que permite a execugao a seco dos trabalhos. Para camnisas de concreto, a aplicagao da pressao de at comprimido £6 pode ser felta quando o concreto atingir a resisténcia especificada em projeto. Deve-se evitar a aplicagao de press4o excessiva para ellminar Agua eventualmente acumulada no tubulao. K.5 Alargamento da base Abase 6 escavada manualmente. Durante esta operagao, a camisa deve ser escorada de modo a evitar sua descida. Antes da concretagern, 0 material de apoio das bases deve ser Inspecionado por engenheiro que confirmara in foco a capacidade suporte do material, autorizando a coneretagem. Esta Inspecao pode ser feita com penetrémetro de barra manual. Atingida a cota prevista para a implantagéo da camisa, abre-se a base. Quando a base do tubuldo for assente sobre rocha inclinada, vale o descrito om 7.5.1 K.6 Colocagao da armadura A atmadura de ligagdo fuste-base 6 colocada pela campanula e montada no interior do tubulao, devendo ser projetada de modo a permitir a concretagem adequada da base, deixando-se aberturas ra armadura de pelo menos 30 cm x 30 cm. K.7 Coneretagem Em obras dentro d'4gua a camisa pode ser conoretada sobre estrutura provisétia ¢ descida até o ter- reno com auxilio de equipamento, ou concretada om terra 6 traneportada para o local de implantacdo. (O mesmo procedimento pode ser adotado para camisas metalicas. Em casos especials, principalmente em obras ern que se passa diretamente da agua para rocha, a ca- misa de concreio pode ser confeccionada com a forma a dimensao da base. Neste caso devom ser previstos recursos que assegurem a ligagdo ou vedagio de todo o perimetro da hase com a superticie da rocha, a fim de evitar fuga ou lavagem do concreto Sompro que.a concretagem nao for felta imediatamente apés 0 término do alargamento e sua inspegao, nova inspegao deve ser feta, limpando-se cuidadosamente o fundo da base e removendo-se a camada eventualmente amolecida pola exposigtio ao tampo ou por agua de infiltragéo. © concreto ¢ langado através do cachimbo de concretagom da campanula, devendo-se planojar cul- dadosamente esta operagao, de forma a néo interrompé-la antes do previsto. (© conoreto ¢ langado sob ar comprimido, no minimo até uma altura que impega o seu levantamento pelo empuxo hidrostatico. @ ARNT 2010 Teds ox dates reservados n Licenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. pia impress pelo sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 Nao 6 necessério 0 uso de vibrador. Por esta razdo 0 concreto deve ter plasticidade suticionte para assegurar a ocupagao de todo o volume da base. K.8 Seqiiéncia executiva Quando previstas cotas varidvels de assentamento entre tubuldes préximos, a execugo deve ser ini- ciada pelos tubuldes mais profundos, passando-se a seguir para os mais rasos. Nao pode ser feito trabalho simultaneo em bases alargadas em tubulées cuja distancia, de centro ‘acento, seja Interior a 2,5 vezes o diametto da maior base. K.9 Preparo da cabega e ligagdo com 0 bloco de coroamento 0s tubuldes devem ser coneretados até a cota de arrasamento. No caso de tubulées cam concrato inadequado abaixo da cota de arrasamento ou cujo topo resulte abaixo da cota de arrasamento prevista, deve-se fazer a demoligao do comprimento e recompé-lo até a cota de arrasamento. O material a ser utilizado na recomposigéo dos tubuldes deve apresentar resisténcla nao inferior a do concreto do tubuldo. O topo do tubulao acima da cota de arrasamento deve ser demolido. A segéio resultante devo ser plana e perpendicular ao eixo do tubulao e a operago de demolicao deve ser executada de mado a nao causar danos. Nesta operagiio pade-se empregar marteletes de maior poténcia (poténcia > 1 000 W). O acerto final do topo até a cota de arrasamento deve sor sempre efetuado com 0 uso de pontelros ou ferramenta de corte apropriada. K.10 Conereto © concreto a ser uilizado dove satistazer as seguintes exigéncias: a) consumo de cimento nao inferior a 300 kg/m3; b)_abatimento ou slump lest conforme ABNT NBR NM 67: entre B cm @ 12 cm; ©) agregado: didmetro maximo 26 mm {prita 2); «) {220 MPa aos 28 dias, conforme ABNT NBR 6118, ABNT NBR 5738 © ABNT NBR 5739, Os corpos-de-prova de concreto devem ser moldados de acordo com a ABNT NBR 5738 ¢ ensaiados de acordo com a ABNT NBR 5739. K.11 Registros da qualidade dos servigos Deve ser preenchida a ficha de controle diariamnente para cada tubuléio, devendo conter palo menos as. seguintes informagdes: a) identificagao da obra e local, e nome do contratante € do executor; b) data ¢ hardtio do inicio e fim da concretagem; 72 © ABNT 2010 -Todos os drelos reservados °) d) e) Licenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. {G6pia impressa pelo sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 data de término da escavagao da base; Identificagao ou niimero do tubuldo; nivel d'égua; dimensGes do fuste e da baso; profundidade ou cota de apoio da base; ‘consumo de materiais por tubuléo; desaprumo e desvio de locagéo; identificagao das caracteristicas do equipamento (compressores, campanulas etc.): tempos de compressao e de descompresséo; jornadas de trabalho; especificago dos materials e insumos ullizados; volume de conoreto real ¢ teérico; anormalidades de execugaio; observagbes pertinentes. (@ ABNT 20{0- Todos os alos resorvadon 73 Licenga de uso exctusivo para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Cépia Impressa pato sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 Anexo L (normative) Estacas ralz — Procedimentos executivos LA Introdugdo Este Anexo descreve os procedimentos execulivos para: a) complementar a Segao 8; b) _especificar os insumos; ©) detalhar as direttizes construlivas. L2 Caracteristicas gerals ‘A ostaca taiz 6 uma estaca moldada in loco, em que a perfuragao 6 revestida integralmente, em solo, ppor meia de segmentos de tubos metalicos (revestimento) que vo sendo rosqueados a medida que a perturagéo 6 executada, O revestimento 6 recuperado. ‘Aestaca raiz 6 armada em todo 0 seu comprimento @ a perfuragao 6 preenchida por uma argamassa do cimento e arela L3 Perfuragao L.3.1 Em solo A perturagéo em solo 6 executada por melo de perfuratriz rotativa ou rotopercussiva que desce 0 re- veslimento através de rotagio com o uso de circulagao direta de Agua injetacia no seu interior. Quando ocorrerem solos muito duros ou muito compacts, pode-se executar pré-perfuragao avangada ppor dentro do revestimento. Diémetvo nominal 6 0 diémetro acabado que serve como designacéio para projeto de fundagao, Os didmetros externos, em milimetros, dos tubos de revestimento utilizados na perturagao para obten- G40 dos diémetros nominais constam na Tabela L.1. Tabela L.1 — Diémetros nominais e diametros dos revestimentos Didmetvo nominal da estaca | mm | 160 | 160 | 200 | 250 | s10 | 400 | 450 Didmetro minimo externo do tubo de revestimento | ™™ | 127 | 741 | 168 220 | 273 | 358 | 406 4 © ABNT 2010- Todos o dreliosresonas Licenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Cépia impressa pele sistema Target CENWin em 27/40/2010 ABNT NBR 6122:2010 L.3.2 Em solos com matacées ou embutimento em rocha Deve-se repatir os procedimentos constantes em L.8.1 até que se atinja matacio au topo rochoso. ‘A seguir a perfuragéio ¢ prosseguida por dentro do revestimento mediante emprego de equipamento ‘adequado para perfuragdo de rocha. Esta operagao, necessétia para alravessar 0 matacao ou embutlt ‘aestaca na rocha, catisa, usualmente, uma diminuigao do diametro da estaca que deve ser considerada no dimensionamento, L4 Colocagéo da armadura ‘Apés 0 término da perfuragao ¢ antes do inicio do langamento da argamassa, impa-se intornamente ‘0 {uro alravés da ulilzagao da composigao de lavagem e posteriormente procede-se & descida da ar- madura, que pode ser montada em feixe ou em gaiola, que é apoiada no {undo do furo. L.5__ Injegao de preenchimento furo 6 preenchido com argamassa mediante bomba de injegdo, através de um tubo descido até ‘a ponta da estaca. O preenchimento é feito de baixo para cima até a expulsdo de toda a égua de circu- lag contida no interior do revestimento. L.6 Retirada do revestimento ‘Apés 0 preenchimento do furo, inicia-se a extrago do revestimento, Periodicamente, coloca-se a caboga de Injego no topo do revestimento e aplica-se pressao que pode ‘ser de ar comprimido ou através da bomba de injegdo de argamassa. Apés a aplicacao da presstio rolirada dos tubos de revestimento, 0 nivel da argamassa 6 completado. L.7 Seqiiéncia executiva Nao se dave executar estacas com espagamento inferior a cinco didmetros em intervalo Inferior a 12h. Esia distancia refere-se & estaca de maior diametro. 8 Preparo da cabega e ligagdo com o bloco de coroamento No caso de estacas com argamassa inadequada abalxo da cota de arrasamento ou estacas cujo topo resuite abaixo da cola de arrasamento prevista, deve-se fazer a demoligao do comprimento @ recompérlo até a cota de arrasamento. (© material a ser utilizado na recomposigao das ostacas dave apresentar resistencia nao inferior & da argamassa da estaca. Na demoligéio podom ser utilizados ponteiros ou marteletes leves (poténcla < 1 000 W) para sepdes de até 900 cm?. O uso de marteletes maiores fica limitado as estacas cuja segio seja superior a 900 om®, (0 acerto final do topo das estacas demolidas deve ser sempre efetuado com o uso de pontelros ou forramenta de corte apropriada. @ABNT2010- Todas os deles reservados 5 Licenga de uso oxclusivo para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA SA. CCépia impressa pelo sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 Lg Argamassa A.argamassa a ser utlizada deve ter fex 2 20 MPa e deve satistazer as ceguintes exigéncias: 2) consumo de cimento nao infetior a 600 kg/mm; bb) fator agua/cimento entte 0,5 & 0,6; ©) agregado: arela e/ou pedtisco. Os corpos-te-prova de concreto devem ser moidados de acordo com a ABNT NBR 6738 ¢ ensaiados de acordo com a ABNT NBR 5799. Podem ser utiizados aditivos plastificantes, incorporadores de ar, aceleradores @ retardadores, desde que atendam &s ABNT NBR 10908, ABNT NBR 11768 ¢ ABNT NBR 12317, E permitido 0 uso de agregados mitidos artificials de acordo com a ABNT NBA 7212. L410. Registros da qualidade dos servigos Deve ser preenchida a ticha de conttole diarlamente para cada estaca, devendo conter pelo menos as seguintes informagdas: 1) identificagao da obra e local e nome do contratante @ executor; ) data da execugso com anotacao dos hordtios de Inicio ¢ fim da cada etapa; 0) identificagao ou ndmero da estaca; 4d) diametro do revesiimento e nominal da estaoa executada; ©) cota do terreno; f) _ comprimento executado; 9) desaprumo e desvio de locagéo; hh) caracteristicas dos equipamentos de perfuragao e injorao; 4) consumo de materiais (armadura e argamassa) por estaca; |) varificago da integridade de no minimo uma estaca da obra por melo da escavacao de um trecho do seu fuste; k)__presséo aplicada sobre a argamassa; 1) anormatidades de execugéo; 1m) observagdes pertinentes. 76 © ALNT 2010 Todos ot diliosrossrados Licenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. épia impressa polo sistema Tergei CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 Anexo M (normativo) Estaca hélice de deslocamento monitorada — Procedimentos executivos M1 Introdugdo Este Anexo descreve os procedimentos executives pata: a) complementar a Seco 8; b) especificar os insumos; ©) detalhar as diretrizes construtivas. M2. Garacteristicas gerals E uma estaca de deslocamento, de concreto moldado in loco, mediante a introdugao no terreno, por rotagao, de um trado com caractoristicas tals que ocasionem um desiocamento do solo junto ao fuste @ & ponta, nao havendo retirada de solo. A injegao de conereto é felta pelo interior do tubo central M.3 Equipamento Devido & grande resisténcia desenvolvida durante a perfuragao, 0 equlpamento deve ter um lorque compativel com o diametro da estacas e caracteristicas do terreno, sendio de no minimo de 200 kNm. Os di&metros usuais das estacas hélice de deslocamento sao: e610 mm. 110 mm, 360 mm, 410 mm, 610 mm M4 Perfuragao © equipamento de escavagao deve ser posicionado e nivelado para assegurar a centralizagao © ver- ticalidade da estaca. O didmetro do trado deve ser veriticado para assegurar as premissas de projeto. Abhaste 6 dotada de ponta fechada por uma tampa metalica recuperével ou néo. A perfuragdio so dé de forma continua por rotagao, até a cota prevista em projeto, M5 Coneretagem © concreto é bombeado polo interior da haste com sua simulténea retirada por retagdo. A presséo do conereto deve ser sempre positva pata evitar a interrupgao do fuste e é controlada pelo operador durante toda a concretagem. A concretagem 6 executada até a superticie do terreno, {© ABNT 2010- Todos 08 datos reservados 7 Liconga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A, Cépia improsea polo sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 M6 Colocacao da armadura Acolocagio da armadura, em forma de galola, deve ser feita imediatamente apés a concretagem. Sua descida pode ser auxiliada por poso ou vibrador sobre o seu topo. A armadura deve ser conveniento- mente enrijecida para facilitar a sua colocagio. A estaca hélice de deslocamento permite ainda que a armadura seja colocada pelo tubo central do trado antes da coneretagem e neste caso a tampa metalica sora perdida. M7 Seqiiéncla executiva Nao se devem executar estacas com espacamento inferior a cinco didmetros em intervalo inferior a 12h. Esta distancia refore-so 4 estaca de maior diametro. M8 Preparo da cabega e ligagao com 0 bloco de coroamento No caso de estacas corn concreto inadequado abaixo da cota de arrasamento ou estacas cujo topo re- sulte abalxo da cola de arrasamento prevista, deve-se fazer a demoligdo do comprimento e recompé- To até a cota de arrasamento. © material a ser utlizado na recomposigéo das estacas deve apresentar resisténcia néo inferior & do conereto da estaca. ‘Na demoligéo podem ser utilizados ponteiros ou martelotes loves (poténcia < 1 000 W) para segdes de até 900 cm?, O uso de marteletes maiores fica limitado as estaoas cuja area de concreto seja su- perior a 900 cm?, O acerto final do topo das estacas demolldas deve ser sempre efetuado com 0 uso de ponteiros ou ferramenta de corte apropriada. M.8 Concreto © concreto a ser utilizado dove satistazer as seguintes exigéncias: a) consumo de cimento no inferior a 400 kg/m; b) _abatimento ou slump test igual a (22+ 8) cm segundo ARNT NBR NM 67; ©) fator agua/cimento < 0,6; d)agregado: areia © podrisco; ©) %do argamassa em massa: 2 55%; )_trago tipo bombeado; 9) {220 MPa conforme ABNT NBR 5728. Os corpos-de-prova de concrete deve ser moldados de acordo com a ABNT NBR 5738 e ensaiados de acordo com a ABNT NBR 5739. Podem ser utllizados aditivos plastificantes, incorporadores de ar, aceleradores ¢ retardadores, desde ‘que atendam as ABNT NBR 10908, ABNT NBR 11768 e ABNT NBR 12317. E pormitido 0 uso de agregados mitdos ariificiais de acordo com a ABNT NBR 7212, 78 © ABNT 2010 Todos os dios reservados Liconga de uso exclusive pata CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. ‘Cépia imprecea polo sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 M.10 Controles do processo executive Todas as tases de execucéo da estaca devem ser monitoradas eletronicamante a partir de sensores instalados na perfuratiz: a) nivelamento do equipamento @ prumo do trado; b) _pressao no torque; 2) velocidade de avango do trado; 4) rotagao do trado; €) cota de ponta do trado; f)_presséo de concrato durante a conoretagem:; 4g) sobreconsumo de concreto; hh) _velocidade de extragao do trado, Pelo menos 1 % das estacas, e no mfnimo uma por obra, deve ser exposta abaixo da cota de arra- samento e, se possivel, alé o nivel d'agua, para verificagao da sua integridade e qualidade do fuste. M11 Registros da qualidade dos servicos Deve ser preenchida a ficha de controle diariamente para cada estaca, devendo conter as seguintes informagoes: a) identiticagao da obra ¢ local, e nome do centratante € executor; b) data e hordrio do inicio e fim da concretagem; ¢) identificagao ou ndmero da estaca; d) cota do terreno; e) didmetro da ostaca; 1) comprimente executado da estacay g) desaprumo e desvio de locagao; hh) caracteristicas do equipamento; i) especificagao dos materiais e insumos utilizados; 1) consumo de materiais por estaca: k)_inclinagao do trado; }) volume de conoreto real ¢ tesrico; (© ABNT 2010s os rates roseraos 79 Licenga da usa exclusivo para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A, ‘Cépla improssa pelo sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 rm) torque durante perfuragéo; n)_totagao do trado; 0) _velocidade de avango do trado; p) _pressdo de injegao do conereto; 4) volocidade de extragao do trado} f) anormalidades de execugio; 8) observagdes pertinentes. © ABNT 2010 Teds op deen reservados LLicenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA & TECNOLOGIA S.A. Copia Impressa pato sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 Anexo N (normativo) Estacas cravadas a reagdo (estacas prensadas ou mega) - Procedimentos executivos Ni Introdugao Este Anexo descreve os procodimentos executives para: a) complementar a Sepao 8; b) especificar os insumos; ©) detalhar as diretrizes construtivas. N.2 Caracteristicas gorais ‘As estacas cravadas a reagéo, também denominadas estacas prensadas, ou ainda estacas mega, so constituidas por segmentos de conoreto atmado ou metalicos. A principal caractetistica deste tipo do ostaca é a sua cravagao estatica através de macaco hidraulico, reagindo contra cargueira ou estru- {ura existente, se esta resistir aos esforgos que serao aplicados. N.3 Cravagao Dove ser realizada através de macaco hidrdulico acionado por bomba elétrica ou manual. A oscolha do macaco hidrdulico deve ser feita de acordo com 0 tipo © dimensdo da estaca, caracteristicas do solo, carga espectticada no projto e pecullaridades do local, Em solos porosos a cravagao pode ser auxiliada através da saturagao do solo © em area compactas com jatos de agua pelo interlor do segmento. Quando os segmentos forem de concreto, a emenda sera feita por simples superposigao ou através de solidarizagdo especificada em projelo. As emendas de segmentos metalicos serdo feitas por solda ou rosca Finalizada a cravagio, é colocado o cabegole sobte a estaca para permitir 0 encunhamento que deve ser felto por cunhas @ calgos. N.4 Carga de cravagao As cargas de cravagéio e de encunhamento devem sor especificadas em projeto, devendo ser de no minimo 1,5 vez a carga admissivel. N.S Registros da qualidade dos servigos Deve ser preenchida a ficha de controle diarlamente para cada estaca, davendo constar pelo menos as seguinles informagées: a) _identificagdo da obra, local, numero da estaca e nome do contratante © executor; (© ABNT 2010 Todas ox ctilos reservados at Licenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A, ‘Gépla impressa peto sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 b) data da cravagao; ©) tipo de estaca @ caracteristicas geométricas; 4d) ensaios de resisténcia do concreto, quando for 0 caso; €) comprimento cravado da estaca; f) quantidade de segmentos utitzados; 9) carga de encunhamento; fh) caracteristicas do cabegote o da estrutura de reagdo; 1) desaprumo e desvio de locagéo; j)_caracteristicas e identificagao do equipamento de ctavagéio; k) numero e dimensao de calgos; 1) ndmero e dimensao de cunhas; 1m) doscrigao da eventual armadura; n)__caracteristicas da calda ou atgamassa de preenchimento quando empregadas, 0) anormalidades de execugao; Pp) observagdes pertinentes. 82 © ABNF 2010- Todos oF deaoe recorvadoe conga de uso oxclusivo para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Cépia Impressa polo sistema Tergot CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 Anexo O {normativo) Estacas trado vazado segmentado — Procedimentos executivos 0.1 Introdugdo Este Anexo descreve os procedimentos executives para: a) complementar a Segdo 8; b)especificar os insumos; ¢) detalhar as diretrizes construtivas. 0.2 Caracteristicas gerais estaca trado vazado segmentado 6 uma estaca maldada in loco, executada mediante a inirodugao no terreno, por rotagaio, de um trado helicoldal constituldo por segmentos rosqueados com comprimento de cerca de 1,0 m e injegdo de concrete pela prépria haste central do trado simultaneamente & sua relirada, 0.3 Perfuragéo A inlrodugiio do trado se dé de forma continua, por rotagdo. O trado ¢ dotado de uma tampa na sua extremidade inferior para evitar que hala entrada de solo ou agua na haste tubular central 0.4 Colocagao da armadura ‘Apés 0 tétmino da perfuragio @ antes do inicio do langamento da argamassa, procede-se & descida da armadura no intorior da haste central do trado. A armadura pode ser montada em feixe ou em gaiola, 0.5 _Injegao de preenchimento A haste centtal 6 preenchida com argamassa, mediante bomba de injocdo, através de tubo plastico. CO preenchimento 6 felto de balxo para cima. A tampa é entéo aberta 0.6 Retirada do trado Apés 0 preonchimento da haste cenital, inicit-se a extragHo do trado com 0 emprego de perturatriz, complementando-se 0 volume ce argamassa por gravidade, sempre que houver necessidade. 0.7 Seqiiéncia executiva das estacas Nao se devem executar estacas com espagamento inferior a cinco didmatros em intervalo inferior a 12h. Esta distancia refere-se & estaca de maior diametro. (© ABNT 2010- Todos os daitos eservaies 83 Licenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. (Cépia impressa peto sistoma Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 0.8 Preparo da cabega e ligagdo com o bloco de coroamento No caso de estacas com argamaesa inadequada abaixo da cota de arrasamento ou estacas cujo topo rosulle abalxo da cota de arrasamento prevista, deve-se fazer a demoligo do comprimento @ recompé- lo alé a cota de arrasamento, © material a ser utiizado na recomposigéo das estacas deve apresentar rosisténcia no inferior & da argamassa da estaca, Na demoligéio podem ser utiizados ponteltos ou matteletes leves (poténcla < 1 000 W) para segies do até £00 cm?, O uso de marteletes melores fica imitado as estacas cuja area de concreto soja su- pperior a 900 cm®. O acerto final do topo das estacas demolidas deve ser sompre efetuado com 0 uso de ponteiros ou ferramenta de corte apropriada, 0.9 Argamassa ‘Aatgamassa a set vilizada deve ter kx 2 20 MPa @ deve satistazer as seguintes exigncias: a) consumo de clmento néo inferior a 600 kg/m; b) fator Agua/cimento entre 0,5 @ 0,6; ©) agregado: areia © pedrisco. Os corpos-de-prova de conereto devem ser moldados de acordo com a ABNT NBR 5738 e ensaiados do acordo com a ABNT NBR 5739. Podem ser ulilizados aditivos plastiticantes, incorporadores de ar, aceleradores ¢ retardadores, desde ‘que atendam 2s ABNT NBR 10908, ABNT NBR 11768 ¢ ABNT NBR 12317. E permitido 0 uso de agregados mitidos attificiais de acordo com a ABNT NBR 7212. 0.10 Registros da qualidade dos servigos Deve ser preenchida a licha de controle diariamente para cada estaca, devendo constar pelo menos as seguintes informagées: a) identificagao da obra ¢ local e nome do contratanto © executor, bb) data da execugao com anotagéo dos hordtios de inicio o fim da cada etapa; ©) identificagio ot ntimero da estaca; 4) diametta do revestimento e nominal da estaca exocutada; €) cota do terreno; f) _comprimento executado; 9) desaprumo e desvio de locagéio; h) caracteristicas dos equipamentos de perfuragao ¢ injogdo; a4 OABNT 2010- Todos o= delos reservados Licenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Copia Impressa pelo sistoma Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 ’) consumo de materiais (armadura e argamassa) por estac: j) _vatiticagao da Integridade de no minimo uma estaca da obra, por melo da escavagao de um tre- ccho do seu fuste; k)_pressdo aplicada sobre a argamassa; 1) anormalidades de execugao; m) observagées pertinentes. © ABNT 2010 Teds os alos resorvadoa 8 LUcenga de uso excluslvo para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA SA, Copia impressa peio sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 Anexo P (normative) Estacas escavadas com injegao ou microestacas — Procedimentos executivos PA Introdugao Este Anexo descreve os procedimentos executivos para: a) complementar a Segdo 8; 1b) especificar os insumos; ©) detalhar as ciretrizes construtivas. P2 Caracteristicas gerais ‘A microestaca 6 uma estaca moldada in Joco, executada através de perfuragio rotativa com tubos metalicos (revestimento) ou rotopercussiva por dentro dos tubos, no caso de mataciio ou rocha. Esta eslaca 6 armada ¢ injeleda, com calda de cimento ou argamassa, alravés de tubo "manchete”, visan- do aumenter @ resisténcia do atrito lateral Este tipo de ostaca comporta duas varlantes com relagdo & armadura: na primeira dolas introduz-se tum tubo metélico com fungao estrutural, dotado de manchetes para a injegdo e na segunda a arma- dura é constituida de barras (ou galola) ¢ a Iinjegdo 6 feita através de um tubo plastico também dotado de manchetes. P3 Perfuragao P3.1 Em solo A porfuragio em solo 6 executada por meio de perfuraltiz rotativa que desce o revestimento através de rotagio com o uso de circulagao direta de agua injetada no seu interior. Quando ocorrerem solos muito duros ou muito compactos, pode-se executar pré-perfuragao avancada por dentro do revestimento. P32 Em solos com matacdes ou embutimento em rocha Deve-se repetir os procedimentos deseritos em L.3.1 até que se lnja mataco ou topo rochoso. A seguir a perfuragtio 6 prosseguida por dentro do revestimenio mediante emprego de marteto de {undo ou sonda rotativa. Esta operacéo, necessaria para atravessar o matacdo ou embutir a es- taca na rocha causa, usualmente, uma diminuigao do didmetro da estaca que deve ser considerada no dimensionamento. 86 ‘© ABNT 2010- Teds os dlos reservados Licenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A, Gépia impressa peio sistema Tergat CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 P.4 Colocagao da armadura Antes da colocagae da armadura, limpa-se internamente o furo através de lavagem. Posterlormente € descida a armadura conslitulda de tubo metélico manchetado ou gaiola que ¢ apoiada no fundo do furo, Quando om gaiola, as barras so montadas com um tubo de PVC manchetado. As valvulas manchete devern ser espagadas no maximo 1,0 m. PS Injecao ‘Acalda de cimento 6 aplicada por meio de bomba de injegdo, através de hastes dotadas de obturadores duplos. A primeira injegao, chamada Injecdo da bainha ou preenchimento, deve ser feita a partir dda extremidade Inferior do tubo e deve preoncher 0 espago analar entre o tubo eo furo. O revestimento 6 retlrado apés a injegdo da bainha. As injegdes posteriores (primétia, secundaria etc.) séio feltas de balxo para cima em cada manchete, Verificando-se os volumes, as pressées e critérios de injagao previstos em projeto. P.6 Seqiiéncia executiva Nao se devem executar estacas com espagamento interior a cinco diametros em intervalo inferior a 12h, Esta distancia refere-se a estaca de maior diametro, P.7__Preparo da cabega e ligagao com o bloco de coroamento No caso de estacas com argamassa inadequada abaixo da cota de arrasamento ou estacas cujo topo resulte abaixo da cota de arrasamento prevista, deve-se fazer a demoligéo do comprimento e recomp- lo até a cota de arrasamento. O material a ser utilizado na recomposigao das estacas deve apreseniar resisténcia nao inferior & da argamassa da estaca. Na demoligdo podem ser utilizados ponteiros ou marteletes loves (poténcla < 1 000W). P.8 Calda ou argamassa Aargamassa a ser utlizada deve tor fax 2 20 MPa e devo satistazer as soguintes exigéncias: a) consumo de cimento néo inferior a 600 kg/m b) _fator agua/cimento entre 0,5 © 0,6; ©) agregado: areia. (Os corpos-de-prova de concrete devern ser moldados de acordo com a ABNT NBR 5738 e ensaiados de acordo com a ABNT NBR 5739. Podem ser utilizados acitivos plastificantes, incorporadores de ar, aceleradores e retardadores, desde que atendam as ABNT NBR 10908, ASNT NBR 11768 6 ABNT NBR 12317. E permitido 0 uso de agregadas middos arlifciais de acordo com a ABNT NBR 7212. @ ABNT 2010- Todos 0 alos reservados 87 Licenga de uso exclusivo para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Cépia impressa peto sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 P.9 Registros da qualidade dos servigos Deve ser preenchida a ficha de controle diariamente para cada estaca, devendo conter pelo menos as seguintes informagies: a) identificagao da obra ¢ local e nome do contratante e executor; b) data da execugao com anotagao dos horérios de inicio ¢ fim da cada etapa; ©) Identificagaio ou numero da estaca; 4) diametro do revestimento e nominal da estaca executada; ©) cola do terreno; *) comprimento executado; 9) desaprumo e desvio de locagio; h) _caracteristicas dos equipamentos de perturagao e injegao; i) caracterfsticas da atmadura ¢ do tubo a manchete; ji) consumo de materials (armadura © argamassa) por estaca; k)_veriticagao da integridade de no minimo uma estaca da obra, por melo da escavagao de um trecho do seu fuste; I) pressdo aplicada sobre a argamassa; mm} anormalidades de execueéo; 1) observacées pertinentes. 88 ‘© ABNT 2010 Teds os dielioe rocervedee at & Se a2 h fer Lcenga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Cépia impressa pelo sistema Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 Anexo Q (informative Simbologia Letras gregas detormagao angular de um trecho de uma estrutura ou Angulo com a vertical da reta que une a botda de duas sapatas em niveis olferentes dislorgao angular ou angulo com a horizontal da inclinagao da face de blocos de fundagiio Coeficiente de minoragao da resisténcia & compresséio de projeto do concreto cooticionte de maloragdo das ages caracteristicas ou fator de majoragio das agées Coeficiente de minoragao da tensao de ruptura (lima) para sapatas ou tubuldes ou da carga do rupiura (4itima) para estaces coeticiente de minoragao da resistencia de projeto do ago tensfo admissivel do terreno fator de minoragdo das resistencias recalque diferencial entre dois pontos de uma estrutura fator de minoragdo da resistencia {ator de minoragéo da resistencia rotagdo ou desaprumo quando estruturas se comportam como corpo rigido rotagao relativa ontre dois pontos adjacentes de uma estrutura, detlexao relativa de una estratura 1azdo de deflexdio recalque de ruptura convencional de uma estaca Letras mintsculas umidade natural de um solo tensio de tragao do concreto @ABNT 2010. Todos co dios revere eo Liconga de uso exclusive para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. {Gépia impressa polo sistoma Target CENWin em 27/10/2010 ABNT NBR 6122:2010 fee _tensio de tragao caracteristica do concreto fx _tens&o de compress caracteristica do concrelo resisténcia & tragéo média do concreto 1 do conereto fetxint _resisténcia & tracdo inf faksup ‘@sisténcia a tragéo superior do conereto rosisténcia caracteristica & comprossaio do ago i raio de giragdio 8 recalque ou levantamento total de um ponto de uma estrutura Q.3 Letras maiusculas A rea da secdo transversal de uma estaca (estrutural) Ag ages om valores de projeto Ax ages catacteristicas C —_Valor-limite de servigo (admissivel) do efelto das agées, CD ensaio de compressa triaxial lento CU ensaio de compressao triaxial adensado rapido, D diametro do circulo circunscrito & estaca ou, no caso de barretes, 0 didmetro do circulo do drea equivalente ao da segao transversal da estaca E médulo de clasticidade do material de uma estaca E —_ valor do efeito das agdes calculado considerando-se os pardmotros caracteristicos @ ages caracteristicas ELS — estadorlimite de servigo ELU — estado-timite titimo FS, ‘ator de soguranga global G) _médulo de elasticidade transversal iniclal do solo L comprimento de uma estaca LL doliquidez LP limite de plasticidado Nep__ Indice de resisténcia a penetragio de solos (medido em golpes/30 om) 90 @ABNT 2010-Todes 08 dios acervadoe Lcenga do uso exctusivo para CONCREMAT - ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Cépla Impressa palo sistema Targel CENWin em 27/10/2010 Paden Patiat Pan A Po Prd Radm (Focaldmed (Rejcal)mnin Rox Ra ot RQD uu Wain ABNT NBR 6122:2010 carga de ruptura convencional de uma estaca carga admissivel de uma estaca carga devida exclusivamente ao alrito lateral na ruptura de uma estaca parcela correspondente ao attito lateral negativo na estaca na ruptura parcela corespondente a resisténcia por atrlo lateral positivo na estaca na ruptura parcela correspondente a resisténcia de ponta da estaca na ruptura carga resistente de projeto da estaca tensdo admisstvel de sapatas e tubulées ou carga admissivel de estaces: resisténcia caracteristica calculada com base em valores médios dos parametros resisténcia catacterfstica calculada com base em valores mfnimos dos paramettos resisténcia caractertstica tensdo resistente de projeto para sapatas ou tubulbes ou carga resistente de projeto para estacas tensdo de ruptura (Gitima) de sapatas ¢ tubuldes ou carga de ruptura (ditima) de estacas indice de qualidade da rocha (medido em porcentagem) ensaio de compressao triaxial rapido momento resistente minimo (© ABNT 2010 Todos os dhaos reservados a1

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