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Segunda-feira, 12 de Agosto de 2013 IMPRENSA NACIONAL DE MOGAMBIQUE, E.P. AVISO ‘A matéria a publicar no «Boletim da Repiiblica» deve ser remetida em cépia devidamente autenticada, uma por cada assunto, donde conste, além das incicagdes, ecessérias para esse efelto, o averbamento seguinte, assinado autenticado: Para publicagao no «Boletim. da Republica». SUMARIO Assembleia da Republica: Let 1972013: Aprova a Orghica da Assembleia da Repblicae wevogs a Let 1n# 31/2009, 29 de Setembro, Loins 142019: Lei de Prevengio © Combate a0 Branqueamento de Capitais ¢ Financiamento ao Terrorism e que revoge a Lei? 72002, de 5 de Fevecio, Loin 19/2019: Lei que estabelece 0 Esaiuio dos Juizes Bleitos para Tribunal Supcemo, Tribunals Superiores de Recurso Tribunis udicins Lein 16/2013: Lei da Pollia da Repdbica de Mogambique © revogs & Lei 1 5/88, de 27 de Agosto, © Lei n* 19192, de 31 de Dezembro, Leine 172019: Aprova.o Regimento da Assembleia da Repiblia e evoga a Let a 17/2007, de 88 de Julho. ein 19/2019: Altera 0 anigo 2 da Lei n 13/2002, de 3 de Maio, que aprova 4 Lea e a Misiea do Hino Nacional, “Pétria Amada” ce republica a Lein? 13/2002, de3 de Maio. 1 SERIE — Numero 64 BOLETIM DA REPUBLICA PUBLICACAO OFICIAL DA REPUBLICA DE MOCAMBIQUE ASSEMBLEIA DA REPUBLICA }3/2013 0 12 de Agosto Havendo necessidade de rever a Lei n.® 31/2008, de 29 de Setembro, Lei Orgnica da Assembleia da Republica, com vista a adequé-la ® evolugao e desenvolvimento da actvidade parlamentar, nos termos da slinea ¢) do.n 4 do artigo 179 da Consttuigdo, a Assembleia da Repiblica determina: Atigo 1. F aprovada a Oana da Assembleia da Replica, em anexo, que faz parte integrante da presente Lei ‘Art. 2. A. presente Lei tem por objecto defini e regular a orginica geral da administracao, da gestio financeia, de recursos humanos ¢ a prestacio de servigos de apoio da Assembleia da Repiblica ‘Art 3. A presente Lei aplic-se, com as devidas adaptagdes, as delegagoes do Secretariado Geral da Assembleia da Replica Act. 4. 1. Os servigas da Assembleia da Repiiblica regem- -se pelo disposto na presente Lei, nas Normas de Execugio nos demaisregulamentos internos. 2. Constiui dreto subsidirios legistagtoapicdvel a Funcéo Pabica ‘Art, 5. Compete & Comissio Permanente da Assembleia da Repibicn regulamentar a presente Lei Ar. 6, Fevogada a ein." 31/2009, de 29 de Setembro Art. 7. A presente Lei entra em vigor na data da sua publicagao. “Aproviada pela Assembleia da Reptbliea, aos 28 de Margo de2013, ‘A Presidente da Assemble da Repsblica, Verdnica Nataniel Macao Dihovo. Promulgada em 28 de Funho de 2013. Pablique-se 0 Presidente da Repiblica, ARManoo Boituo Gussie Loin. Organica da Assembleia da Reptiblica capiTuLo! Agnao 1 (Principios de administragdo) © funcionério parlamentar, além dos deveres gerais contidos na Constituigao e, sem prejutzo do que dispuser a legislagio 518 — (30) I SERIE —NOMERO 64 Antico 69 (apoio & Bancada 1. A Bancada Parlamentar tem o dieito de dispor de locas de tabalho préptios, na Assembleia da Repablica 2. A disposi¢io da Buncada e do Deputado, existe «um corpo técnica de apoio eassessoria, equistado ax destacado nos seguintes termos 4 Presidente da Assembleia da Repablice pode, mediante parecer da Comissio Permanente, avtorizar a Fequisigo ou destzcamenta de fncionérios¢ agentes de Administragio Central ou local ov de técnicos de empresas plies ou outros organismos, nos temos de ei geral b) as requisigées ou destacamentos so feitos por periodos ‘n€ um ano, prorrogaveis até o termo da Leislatora, «que determina asa caducidade; ) © pessoal requisitado nos termos da alnea a do presente rnimero tem de possuir as quilificagdes académicas © profissionais exigides para os funcionérios patiamentares 3. A Bancada goza do direto de propor as téenicos de sua escolha, para o sfeito do mimero anterior. 4, Bm cada Legislatura a Assembleia da Reptblica afecta 4 Bancada Parlamentar 0 equipamento e 03 meios necessérios do patriménio do Estado, pare desempenho normal das sues actividades, continando esses meios, devidamenteinventariados, propriedad ca Assembla da Reptiblien 5. A Baneada Parlamentar goza também, dos demais diteitos estabelecidos no Regimento da Assembleia da Repablica rlamentar) Agmiao 70 {Verba do funcionamento da Bancada Parlamentar) Para o conjunto das actividades referidas no presente capitulo, cada Bancada Parlamentar tem direito a uma verba anual, estabelecida de acordo com a representatividade parlamentar, ‘competindo & bancada a responsabilidade pela gestio dos meios afectadas, CAPITULO VII Orgamento ‘Agmigo71 (Elaboragio ¢ aprovagae do orgamento) © projecto do orgamento da Assembleia da Reptblica 6 submetido a titima Sessdo Ordindria de cada ano e aprovado pelo Plenario, antes da aprovacao do Orgamento do Estado. Armigo 72 (Receitas) Constituem receitas da Assombleia da Repiblica: 4a) as dotagdes inscrtas no Orgamento do Estado; b) 0 produto das edigdes e publicagies; 1) 08 direitos de autor; dd) as demais receitas que the forem atribufdas por lei, resolugdo da Assembleia da Repibtica, contrato, doagdo ou sucessao, Agniao 73 (Reserva o propriedade) 1. A Assembleia da Repiblica € a tinica proprietria de toda ‘ produgao material resultante do seu funcionamento, sem prejutzo dos direitos de autor dos deputados, 2. ff vedado a quaisquer Grgios da Administragio Pablica, ‘empresas piblicas ou privadas ¢ outras entidades, a edigo ou comercializagao da produgao da Assembleia da Repitbica, sem prévio e expresso consentimento do Presidente da Assembleia da Repablica, manifestado nos termos da lei ou através de contrato. Antico 74 (Autorizagao de despesas) 1. Os limites de competéncias para autorizagao de despesas, com dispensa de realizagio de concursos paiblicos ou limitados para o Presidente da Assembleia da Repoblica, o Conselho de Administragdo e o Secretirio. Geral so fixados pela Resolucao da Assembleia da Reptblica que aprova 0 seu orcamento ‘anual. 2. Acima dos limites referidos no niimero anterior, as despesas a serem realizadas séo sempre sujeitas « concurso piblico. Anniaa 75 (Funcio permanente) A Comissaio Permanente, mediante parecer do Consetho de Administragio, pode autorizar a constituigio de fundos permanentes a cargo dos responstiveis pelos servigos e destinados. ‘a0 pagamento directo de pequenas despesas, devendo fixar as regras a que obedecem o seu controle, Antigo 76 (Aprovagao das contas) As contas do exercicio so apravadas pelo Plendrio da Assombleia da Reptiblica, Agnico 77 (Buditoria) ‘A Comisso Permanente pode contratar servigos de auditor cextemna para auditar as contas ca Assembleia da Reptblica CAPITULO Vill Disposigdes transitérias e finais Axzio0 78 (Transicao) A estruturs, funedes, carteiras do quadro do pessoal e quali- ficadores profissionais do Secretariado Geral da Assembleia da Repiblica mantém-se em vigor até & aprovagio do novo regime, nos termos da presente Lei. Antt00 79 (Suplemento polo exercicto da actividade no Par Enqutanto nio for aprovada a tabela indi espectlica da Assembieia da Repiblica o funcionério parlamentar, no exereicio da sua funco, tem dircito a um suplemento de vencimento a ser fixado pela Comissio Permanente, sob proposta do Conselho de Administragio, Arrigo 80 (Direitos adquiridos) s actuais funciondrios da Assembleia da Reptiblica mantém 0 direitos adquitidos, Loin.’ 14/2013 * de 12 de Agosto Havendo necessidade de se proceder a revisio da Lei 17/2002, de 5 de Fevereiro, Lei de Branqueamento de Cay ccom vista a adequar © seu contetido aos padres normativos 12 DE AGOSTO DE 2013 518—G1) internacionais de prevengiio e combate ao branqueamento de capitais ¢ financiamento do terrorismo, a0 abrigo do disposto non? I doartigo 179 da Constituigio, a Assembleia da Republica determina: - CAPITULO L Disposicées Gerais Antigo 1 (Detinigges) significado dos termos utilizados na presente Lei consta do glossério em anexo, que dela faz. pare integrante. Anrico 2 (Objecto) A presente Lei estabelece 0 regime juridico ¢ as medidas de prevencdo e repressdo, em relaco 2 utiizago do sistema financeiro e das entidades nao financeiras para efeitos de bran- ‘queamento de capitais ¢ de financiamento do terrorismo, Agmigo 3 1. A presente Lei aplica-se as instituigéics financeiras «As entidades ndo financeiras com sede em tervtério nacional, bbem como as respectivas sucursais, agéncias, filiis ou qualquer ultra forma de representagio ¢ a outras instituiedes susceptiveis de prética de actos de branqueamento de capitais efinanciamento do terrorism, 2, Para efeitos da presente Lei, so instituighes financeiras: 4) instituig6es de crédito ¢ sociedades financeiras definidas por le — Instituighes de erédit: #. bancos; ii, sociedades de locagiio financeira; iti, cooperativas de crédito; iv, sociedades de factoring: v. sociedades de investimento: vi, microbancos, nos diversos tipos admitidos na legislagio aplicével; vii. instituigbes de moeda electrénica; viiioutras empresas que sejam qualificadas como instituigGes de crédito por Decreto do Conselho de Ministros. ~Sociedades financeiras! i, soviedades financeiras de corretagem; ji, sociedades corretoras; il, sociedades gestoras de fundos de investimento; iv. sociedades gestoras de patriménio; ¥. sociedades de capital de risco; vi. sociedades administradoras de compras em grupo; vii, sociedades emitentes ou gestoras de cartbes de crédito; Vili, casas de cdmbio; ix. casas de desconto: X, oultras empresas que sejam qualificadas como sociedades financeiras por Decreto do Conselho de Ministros ) operadores de micro-financas definidos por lei; c) seguradoras, resseguradoras, sociedades gestoras de fundos de pensses, mediadores de seguros, outras, entidades de investimentos com estas relacionadas; 4) bolsas de Valores; <€) quaisquer outras pessoas ou entidades que exergam outras actividades ow oporagdes e que venham a ser enquadradas como tal por legslacio espectfica ‘So entidades nao financeiras: 4a) casinos e instituigées que se dediquem a actividade de jogo de fortuna ou de azar; bj entidades que exercam actividades de mediagio imobiliria © de compra e revenda de iméveis, bem como entidades construtoras que procedam & venda directa de imoveis;, ‘) agentes ou negociantes de pedras e metas preciosos; d) vendedores revendedores de vefoulos; )advogados, ntitios, conservadorese profissbes juridicas independentes, conabilistas e auditores independeites quando envolvidos em transacgées no interesse os sus titemtes ou noutras circunstancias rlativamente 2s seguintes actividades: 1) compra e venda de iméveis; fi) gestio de fundos, valores mobiliérios ou outros bens do cliente: iii) gestdo de contas bancérias de poupanga ou de valores mobilisrios; ivjorganizacao de contribuigdes destinadss acriagio, exploragio on gestio de sociedades; v)eriago, explorago ou gest de pessoas colectivas ‘ou de entidades sem personalidad jurfdica, © a compra c venda de entidades comerciais. f) empresas de correios, na medida em que exergam a actividade financeira; _3) prestadores de servigos a fundos fiducidrios ¢ empresas, no abrangidos pelas alineas anteriores, que fornegam, 0s seguintes servigos numa base comercial: i) formagio,inscri¢oe gestio de pessoas colectivas; ii) exerefcio do cargo, ou actuando para que outrs pessoa exerga 0 cargo de director ou secretério de uma empresa, séeio de uma sociodade ou deuma posigio semelhante em relago a outras pessoas coleetivas; Ail fornecimento de'escritsro, enderego ou instalagses para uma empresa, sociedade ou qualquer pesson ‘1 instrumento juridicos iy) exerci do cargo de ou actuando para que outra pessoa exerca 0 cargo de accionista em nome de outrem. v) exercicio da actividade de importagio ¢ exportagiio ‘de mercadorias. 4. A presente Lei aplica-se igualmente as sucursais, agéncias, filiais ou qualquer outra forma de representagio em territ6rio nacional de instituigdes financeiras e entidades no financeiras estabelecidas no estrangeizo, bem como, as representagdes de entidades nacionais situadss no estrangeiro, CAPITULO IL Actividades criminosas ‘Agmigo 4 (Branqueamento de capitais) 1. Comete crime de branqueamento de capitais aquele que, nnos termos do artigo 7 da presente Lei, intencionalmente ‘ou devendo ter conhecimento: 4a) converter, transferir, auxiliar ou facilitar qualquer operagio de conversio, transferéncia de produtos do crime, no todo ou em parte, de forma directa ou 518— G2) SERIE — NUMERO 64 indireota, com o objective de ecultar ow dissimular sua origem ilfeita ou de auxiliar a pessoa implicada na pritica das actividades criminosas a eximir-se das cconsequéncias juridieas dos seus actos; ) ocultar ou dissimilar a verdadeira natureza, origem, localizacio, disposigia, movimentagio ou titularidade de produtos do crime ou direitos relativos a eles; c} adquitir, possuir 4 qualquer titulo ou utilizar bens, sabendo da sua provenigneia ilfcita no momento dda recepeao. 2. © conhecimento, intengio ou propésito requeridos, como elementos constitutivos do crime podem ser inferidos de circunstancias factuais e objectivas. 3, A punigdo pelo crime de branqueamento de capitais tem lugar ainda que 0 facto ilfcito relativo ao crime conexo tenha sido praticado no estrangeiro, ou ainda que se ignore 0 local da pritica do facto ou a identidade dos seus autores. 4. A tentativa de branqueamento de capitais é punfvel nos termos previstos no Cédigo Penal 5, A eumplicidade e o encobrimento so punidos nos termos, do Cédigo Penal Axrigo S (Financlamento do terrorismo) 1. Comete o crime de financiamento do terrorismo aquele que, por quaisquer meios, directa ou indirectamentee intencionalmente Fomece ou recolhe fundos, com a intengao de que sejam utilizados ‘ou sabendo que serdo utilizados, no todo ou em parte: 4) para levar a cabo um acto terrorista; ) por um terrorista individual ow uma organizagio terrorist, 2. O crime considera-se cometido independentemente da ocorréncia de qualquer acto terrorista referido no v.° 1, ‘ou de 03 fundos terem sido efectivamente uilizados para cometer tal acto, 3. A punigio pelo crime de financiamento do terrorismo, tom lugar ainda que o acto terrorista tenha sido planeado ‘em jurisdligio estrangeira ou para o financiamento de terroristas ‘ou de organizagies terroristas em jurisdigito estrangeira, 4. 0 conhecimento, intengdo ou propésito, requerides ‘como elementos constitutivos do crime podem ser inferidos de circunstincias fuctuais e objectivas 5, A.cumplicidade, oencobrimento ca instigagio para cometer ‘octime de financiamento do terrorismo so punidos nos termos do Cédigo Penal. Agmico 6 {(Organtzagao terrorists) 1. Quem promover ou fundar grupo, organizagio ou associagto terrorista, @ eles aderir ou os apoiar, nomeadamente através de fornecimento de informagées ou meios materiais § punido com a pena de 16 a 20 anos de prisio. 2. Quem chefiar ou ditigir grupo, organizagio ou associago terrorista é punido com a pena de 20 a 24 anos de pristo. 3. Aquele que praticar actos preparat6rios de constituigio de grupo, orgariizagiio ou associacao terrorista € punido com ‘pena de prisao de 2 a 8 anos. Apmigo7 (Crimes conexos) 1. Para efeitos da presente Lei, consideram-se crimes conexos ‘a0 brangueamento de Capita: 4a) associago criminosa; ) terrorismo; ©) finaneiamento ao terrorism; 4) tréficoilfeito de pessoas; ©) exploragio sexual: fl trffico ilfeito de estupet psicotr6picas 2) trafic ilfcito de armas; 1 waicoilicito de outros bens: 3) corrupgio; {j) agiotagem; 1 Kalsificagao e burla 1) fraude fiscal e crim 1m) conirafacgio; 1n) homicidio ou ofensas corporais qualificadas; 0) rapta e cfrcere privado, p)roubo © furto; ag) extorsio: ) pirataria; s) crimes ambientais; #) qualquer outro crime punivel com pena superior a seis meses de prisio. fos € de substincias tributérios; Annico 8 {(Autonomia das crimes previstos na presente lei) © processo do crime previsto no artigo 4 da presente Lei 6 aut6nomo do processo dos crimes previstos no artigo 7. CAPITULO IIL Deveres das instituigdes financelras e das entidades ‘nao financeiras ARGO 9 (Doveres) As instituigdes financeiras eas entidades nao financeiras esto obrigadas no exercicio da respectiva actividade, ao cumprimento ios deveres constantes nos artigos seguintes, ‘Agmigo 10 (Doveres do identiticare verticar) 1. As instituigées financeiras e as entidades niio financeiras devem identificar os seus clientes e verificar a sua identidade ‘mediante documento comprovativo vélido, sempre que: 4) estabelegam uma relagao de negécios; b) efectuem transaegées ocasionais de montante igual ‘ou superior, a quatrocentos e cinguenta mil meticais: i. se a totalidade do montante nao for conhecida ‘no momento do inicio da operagio, a entidade financeira deve proceder & identticagZo logo que tenha conhecimento desse montante ¢ verificar se o limiar foi atingido; ii, nos easos de transferéncia de fundos domésticos ‘u internacionais. c) haja suspeitas de que as operagbes, independentemente do seu valor, estejam relacionadas com o crime de branqueamento de capitais ou de financiamento do terrorismo; 4) haja dividas quanto’ veracidade ou adequagio dos dados de identificago do‘client, 2. As instituigbes financeiras e as entidades no fnanceiras, dove, ainda: 4) recolher informagées sobre 0 objecto ¢ a natureza da relagio de negécio: +b) identiticar o beneficidrio efectivo e tomar medidas adequadas para verificar a sua identidade; 12 DE AGOSTO DE 2013 ) manter uma vigilancia continua sobre a relagio de negécio © examinar atentamente as operagées realizadas, nodecurso dessa relacio, verificando se sao consistentes, com o conhecimento que a insituiglo tem do cliente, dos seus negécios ¢ do seu perfil de isco, incluindo, se necessério, a origem dos fundos; d) estabelecer sistemas de gestio de risco que permitam ‘determinar se os seus clientes ou os benelicirios cefectivos das operagées so pessoas politicamente expostas; ¢) estabelecer politicas ¢ procedimentos destinados a enfrentar riscos especiticos relacionados as relagdes de negécio ou transacgdes ocasionais sem presenga fisica do cliente; {f) recusar o infcio da relagao de negécio ¢ bem como 4 realizagio de quaisquer transacgdes que nao satisfagam 0s requisitos previstos nas aineas anteriores, eno n.° 1 do presente artigo, segundo eritérios objectivos: 4) adoptar medidas adequadas para compreender a estratura de propriedade e de controlo do cliente, quando este for uma pessoa colectiva ou um centro de interesses Coleetivos sem personalidade juridica; +h) manter actualizados os elementos de informagda obtidos no decurso da relagio de newécio; i abster-se de manter contas andnimas ou com elementos de identficacio manifestamente fieticis. 3. Nos casos referidos na alinen d) do mimero anterior, as instituigdes financeiras e as entidades nio financeiras so ainda obrigadas a 4a) obter autorizagio do drgio de gestio competente antes do estabelecimento de relagdes de negécio com tais clientes; ) tomar as medidas necessérias para determinar a origem do patrimnio e dos fundos envolvidos nas relagdes de negécio ou nas transacgdes ocasionais; <) efectuar uin acompanhamento continuo da relagiio de nezécio, 4, A identficagao de clientes indivictuais deve ser comprovada ~ pela apresentagio do Bilhete de Identidade e outra documentagio nos termos @ regulumentar 5. Sem prejuizo do referido no nimero anterior, em casos excepcionais, as autoridades de supervisto podem determinar otras formas vlidas de identifieagio. 6. A identilicago de pessoas colectivas 6 efectuada através da apresentagio de certidao de registo e outra documentacio, nos termos a regulamentar. 7. As situagées referidas na alinea f) do n.* 2 devem ser comunicadas a0 Gabinete de Informagio Financeira «le Mocambique (GIFIM). 8. No que respeita ai relagdes transfronteiricas entre bancos crrespondentes e a outras relagbes semelhantes, as instituigdes financeiras devem identificar e verificar a identidade do banco correspondent. Ariioo 11 (tomento da verticagso da identidade) A verificagao da identidade do cliente, seus representantes e, quando for 0 caso, do beneficidrio efectivo é efectuada 'no momento em que seja estabelecida a relagio de negécio ou antes da realizagao de qualquer transacgio ocasional 518 ~ (33) Arnica 12 (Medidas especiais de identificagao) 1. Os casinos devem identificar os seus clientes e verificara sua identidade nos termos do disposto no artigo 10, quando se trate de operagées iguais ou superiores a noventa mil meticais. 2. Os negociantes de metais e pedras preciosas devem identificar 08 clientes e verificar a sua identidade, em conformidade com © disposto no artigo 10 da presente Lei, sempre que reccbam pagamentos em numerdrio iguais ou superiores a quatrocentos e cinguenta mil meticais. - 3. Os vendedores e os revendedores de vefculos devem identificar os clientes ¢ verificar a sua identidade, em conformidade com 0 disposto no artigo 10 da presente Lei e da legislagio aplicdvel, sempre que recebam pagamentos em numeririo. 4. As entidades referidas na alinea b) do n.* 3 do artigo 3 devem identificar os seus clientes e verificar a sua identidade em coriformidade com 0 disposto no artigo 10 da presente Lei da legislagio aplicavel, sempre que se realize uma operacio de comprae venda, compra para revenda ou permuta de iméveis e aoperacio de, directa ou indirectamente, decidir, impulsionar, programar, dirigir e financiar, com recursos préprios ou alheios, obras de construgao de edificios, com vista 4 sua posterior ‘mansmissdo ou cedéncia, Arnco 13 (Sector imobiiario) A regulaco e superviso do sector imobilidtio em matéria de branqueamento de capitais financiamento do terrorismo cabe uma entidade a ser definida pelo Conselho de Ministras. ‘Anrg0 14 (Relacoes transfrontelricas de correspondéncia bancéria) As instituigdes financeiras quando estabelegam relagdes. internacionais de correspondéncia bancéria, para além do disposto no n." 8 do artigo 10 devem ainda: 4) recolher informagio suficiente sobre a instituigao comrespondente, por forma a compreender & naturez da sua actividade, avaliar os seus procedimentos de contro interno em matéria de prevencio e combate ‘0 branqueamento e do financiamento do terrorismo, assegurando a sua adequagio e eficécia, e apreciar, ‘com base em informago publicamente conhecida, 4 sua reputacio e as caracteristicas da respectiva supervisio: + obter aprovagio ao nivel competente da gestéo do banco correspondente no estabelecimento das relagdes de correspondéncia; ©) reduzir a escrito as responsabilidades do banco ccorrespondente e do banco cliente; 4) assegurar que 0 banco cliente verifica a identidade © aplica medidas de vigilancia continua quanto aos clientes que fem acesso directo as contas do banco correspondente assegurar que aquele banco se encontra habilitado a fornecer os dados apropriados sobre a identificagio de seus clientes. Aarico 15 (Transtorénelas lectrénicas) 1. As instituigdes financeiras, incluindo aquelas que se dedicam a transferéneia de fundos, devem exigir e verificar informagio exacta ett, elativa ao ordenante ao bencficiéro, nas transferéncias de fundos © mensagens relativas as mesmas. 518— G4) 2. As informagdes referidas no ntimero anterior devem acompanhar a transferéncia ow a mensagem relativa a est ‘a0 longo de toda a cadeia de pagamentos. 3. Se o ordenante nfo tiver conta bancéria, as instituigdes, financeiras, incluindo aquelas que se dedicam a transferéncia de fundos, devem realizar a Vigilancia aprofundada © um ccontrolo adequado, para fins de deteccio de actividades suspeitas «das transferéncias de fundos que nao contenham informagio completa acerca do ordenante © do beneficidrio e atribuir um ‘timer tinico de referéncia das transacgdes, de forma a permitir orrastreio da operacao, 4. 0 disposto nos niimeros anteriores néo se aplica as Seguintes casos: a) quando se trate de operagio realizada utilizando um cartao de erédito ou débito ou pré-pago para a compra de bens ou servigos, desde que a transaccao realizada seja associada a0 nimero de identificagao do eartao; ) quando se trate de transferéncias realizadas entre insttuigdes financeiras ¢ respectivas regularizagbes, agindo tanto 0 ordenante como 0 beneficidrio em seu proprio nome: ©) quando se trate de transacges até a0 limite méximo de trinta mil Meticais ‘Ateioo 16 (Controto especial de certas transacgdes) 1. As instituigées financeiras e as entidades niio financeiras

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