Ficha de trabalho 10
Leitura e Gramatica
Nome ‘Ano Turma,
Léo discurso seguinte.
Faz hoje quarenta e dois anos que renasceu a Liberdade em Portugal!
O dia certo para homenagear Manuel Alegre - 0 Homem ea Carreira!
Porque se ha criadores em que obra e vida se findem, ele é um dees.
Nao ha obra que no traduza, passo a passo, o pulsar da vida. E néo ha vida que néo retrate,
‘momento a momento, a Historia Politica do Portugal Contemporéineo
jovem Manuel Alegre, em Coimbra, no teatro — CITAC e TEC -, na intervengdo em jomais
estudantis - Vértice, Via Latina e A Briosa. O comego de um percurso, feito de liberdade, luta pela
democracia ¢ pelo socialismo, e, do mesmo passo, de patriotismo prospetivo, de cultura europeia de
ecumenismo universal
Orresistente a guerra colonial. Aqui e nos tropicos. Até partir para Argel, com vinte e oito anos. 0
acordar de uma peregrinagdo exterior e interior, sentindo Portugal por dentro e vendo Portugal de fora
O viajante infatigavel, na existéncia e na escrita, como, ha muito, discemiu Eduardo Lourenga
Estava criado 0 solo em que mergulhariam as suas raizes as primeiras obras, em meados dos anos ‘60.
Poesia como que épica ¢ engajada. Apelo a resisténca, libelo condenatorio, proclamagio de esperanca
E, uma um, muitos dos melhores de entre nds somaram & sua leitura — quase clandestina — 0 seu
canto. O canto do amanha E das armas da mudanga. E de um Portugal adiado ou suspenso. Que seria
vencido por um Portugal Novo.
Dezanos em quea sua voz deu expresso a Voz da Liberdade
Sempre coma mesma coragem, jungao de dramatismo ¢ lirismo, voluntarismo ilimitado, incessante
capacidade de sonhar
‘Até que vieram os dias da Liberdade E, com eles, a luta politica na Revolugio ena Constituinte. E,
0 Preémbulo da Constituigéo. E a vivéncia sempre critica da marcha da Democracia, nos anos “70, “80
€°90, Dentro e fora do Parlamenta
Tal como, depois, a movimentagdo civica das presidenciais. Sempre feita pedagogia cidade apelo
participative,
Onde os versos da resisténcia haviam perguntado ao vento que passa noticias do meu pais, do
nosso pais, os versos da militéncia democratica e socialista falavam das esperangas a no trair, das
mos de que é cada flor cada cidade no Portugal Novo em construgio, E odes mais belas atravessavam
A Senhora das Tempestades, enquanto a ficgio unia ao poeta o prosador poetica. E no parou mais.
A dizer-nos 0 que vem dos classicos num tempo e de um modo diversos—a alma e 0 destino. Ea Histéria.
Sempre 0 mesmo. Apaixonado nas causas, Desprendido nos interesses. Valente nas convicgdes.
Leal nas solidariedades.
Axrebatado nas refregas. Constante nas grandes coordenadas do ser portugués ~ Patria, Lingua,
Povo, Cantigas de Amor, Epopeias de came 0550.
Fiela si proprio. Fiel a Portugal
«Canto avat: do espazo na rat: do tempo. E 0s passos por andar nos passos camntnhados.
Comega 0 canto onde comego camntnho onde caminhas passo a passo,
Ebrazo a brago mego 0 esparo dos teus bragos
ottenta e nove mil qutlémetros quad adios,
Evon pais por achar neste pais.»
Hoje, esse Pais achou-se nesse Pais e vem, pela minha voz, agradecer a Manuel Alegre o ser portugués
Marcelo Rebelo de Sauca, Diseuzo profenido na ceximenia de entega do Primo Vida Literdria a Manel Alegre, 10
Salo Nobre da Caixa Geral de Depésitos, Lisboa, 25 de abril de 2016,
240 Eeitvel e fotocopiivel @ Texto | Mensagens 12. anoNas respostas aos itens de escolha miltipla, seleciona a opcao correta.
41. Segundo o autor do discurso, 0 dia 25 de abril €«o dia certo para homenagear Manuel Alegre» I. 2)
porque este
(A) representa os ideais e valores associados aquela data.
(8) tem uma obra que retrata os ideais e valores associados aquela data.
(C)_ €responsavel pelos ideais e valores associados aquela data.
(0) promove os ideais e valores associados aquela data
2. O percurso de Manuel Alegre esta intimamente ligado as suas posigdes defensoras
(A) da intervengio estudantil.
(8) dos direitos humanos.
(C) da luta politica
(0) dos ideats de liberdade,
3. Com a expresso «o viajante infatigavel, na existéncia e na escrita» (I, 12), destaca-se em Manuel
Alegre
(a) a suavvida e obra.
(8) a sua resistancia e obra.
(c) a sua combatividade e obra
(0) 0 seu cardter e obra.
4, A obra literdria de Manuel Alegre apresenta
(A) uma mensagem profundamente politica.
(8) uma mensagem de esperanga no futuro.
(C)_ um retrato fiel da realidade portuguesa.
(0) um retrato apaixonado da realidade portuguesa
5. Segundo o autor do discurso, a obra literdria de Manuel Alegre atualiza os temas
(A) da tradigéo litersria,
(8) dos classicos.
(C)_historicos.
(0) mitologicos.
6. 0 uso de travessées na frase «E, um a um, muitos dos melhores de entre nds somaram a sua
leitura— quase dlandestina— 0 seu canto» (ll. 16-17) justifica-se pela introdugao de uma
(A) conclusio.
(8) transcrigéo.
(Cc) explicagio.
(0) enumeragéo.
Eeitvel e fotocopiivel @ Texto | Mensagens 12. ano 2a7. Na frase «Hoje, esse Pais achou-se nesse Pais e vem, pela minha voz, agradecer a Manuel Alegre 0
ser portugués» (I. 39), esto presentes deiticos de
(A) espaco, pessoa e tempo, respetivamente.
(8) tempo, pessoa e espaco, respetivamente.
(c)_ tempo, espaco e pessoa, respetivamente.
(0) espaco, pessoa e espaco, respetivamente.
8. Identifica a modalidade gramatical e respetivo valor expressos na frase «Faz hoje quarenta e dois
anos que renasceu a Liberdade em Portugal!» (I. 1).
9. Identifica 0 tipo de coesdo presente nos elementos sublinhados na frase «Onde os versos da
resisténcia haviam perguntado ao vento que passa noticias do meu pais, do nosso pais, os versos
da militancia democratica e socialista falavam das esperancas a nao trair, das maos de que é cada
flor cada cidade no Portugal Novo em construgao» (Il. 26-28).
10. Indica a fungao sintética presente no elemento sublinhado em «A dizer-nos 0 que vem dos
cassicos» (I, 30).
2a Eeitvel e fotocopiivel @ Texto | Mensagens 12. ano