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’ TARGA * ESTE EO NOSSO PAPEL ‘Somos uma empresa distribuidora de papeis de nosso estado que, com dinamismo, participa na divulgagao dos eventos ¢ valores da cultura gaucha. ESTE EO NOSSO PAPEL; UM PAPEL PARA TODOS! Distribuider autorizado para o RS. Sulfite - F.Post - S.Bond - Jornal para graficos, editoras, copiadoras e colegios 122 — Fones: (0512) 43-4333 — Fillal: R, Gov. Roberto Silveira, 1296-fone:(054)221.4677, legre - RS. faxias do Sul. A MULHER E A BOMBACHA Em 1969, naFeira do Couro de Paris, a boutique Rosier, de PortoAlegre, ganhouoprimei- Fo prémio com um conjunto de camurganascores da bandeira do Rio Grande do Sul. O traie, bombacha, capaecoléte, inau- gurava 0 uso da bombacha nas Passarelas da alta costura In- ternacional. & quem vestia era uma mulher. Vestimenta predileta dos ho- mens do pampa, usada tanto pa~ rae trabalho como para o pas~ ne = seio, abombacha comecaa fre- qiientar 0 guarda-roupa do gau- cho urbane. Identificande-se com os valo- res culturats das geracocs passades, despertando o amor Pelascoitasda terra, 0 uso de bombacha, nas grandes ¢)- dades y pce’ ser visto tambem comovumarevoita conta as im posigoes esirangeirae que fo- rem nosso sentimento de ecionalidade, Goma participagio cada vez NILDA MAGIEL VESTINDO O TRAJE QUE TIROU O 1# LUGAR NA FEIRA DO COURO EM PARIS. mais intensg da juventude nas mmanitestagoes nativisias, no- Vas lociae'se ditundem. Apesar Ge alguns cinares descon- fiades,. surgem bombachas. de todo oi tipes em todos om lu geres. Amulhey adere 40 Uso deste. indumentaria tipicamene temascplinae provoce polemi~ ca, "Nao concorde com gure da Sombacha pelamuiner, ames~ mma coisa que hormem usar vesti= dode prea", sentencia o compos! tor Joao de Almeida Netor Jeo posta Nile rum Tarea 3 cha qye "a bombacha dé uma Scnsacto de libercgce que as Ouirasroupas nao ogo, Traz para mulher uma série dp va fores.e 0 seu uso ¢ tember um Sinbolo, umamaneina de exter fap, de Comunicar umestado de eeptrito nove em relagse a t= Go,2o0 telurismo, 2 naturezal Enquantoacompgsitora Marlepe Pastro esta certa de que ''e mais saudével usar bom- bacha do que calga jeans". ‘os sdbados de manhé, na rua Ge Republicaem Porto Aleare, qugtrocstudantes de psicolosia Pocnem-se para confecciona~ Pom as roupas que elas eas amigas vao usar no fim de se~ mans, Maria Rosa Macchione, |mais joven do grupo, ja cos fureu mais de uma dezena de, bombachas. '\Compobolso esta apertado 0 jeito ¢ costurar em cast, oa bpnivechs, lem da Ser bonita, ¢ facil de fazer". Milton Carvalho, dae tiqueta pus, que gontrola dez lojas emais uma seériede revendedo- resem todo o pais, afirma que jada roupa justa esté de- finitivamente sepultada, assim sendo, oespaco para a bomba- cha vai aumentar tanto na moda masculina como na moda femi- ina. A jornalista Ivette Brandalise acredita que "cada um deve se vestir conforme sus eabeca ea mulher que gostar de ysar bombacha tem mais é que usar! Overeador Ricardg Perd Job, Semachar bonito, ¢ a fayor do Gsopor seruma roypa cdmoga. MMe smo porque & impossivel andar na rus com vestide de prendal!, Mac faz uma ressal= tar WAcho ridicule estas bom= Bachas de cetim que algumas mulheres usam em festas, Ee= tas Dombachas assinadas. por costureiros famosos!', Rui Sphor, umdos mais conhe- cidos estilistas do Rio Grande do Sul, naoacredita que a moda pegue. "O gaucho, machista como sempre, naovai gostar de ver amulher Vestindo suas rou- pas. Talvezentre as cariocas, Paulistas oupernambucanas venha fazer algum sucesso pela originalidade. 0 folgiore da propria terra nynca ¢ bem aceite, geraimente é interpre tage come fantasia. Eu mesmo até que nao acho feio a mulher de bombacha, assim como nao acho_feio nenhuma destas va- Riagdes de calcas com volume aproximado, Gosto da mulher despojada, damuther feminina, da mulher-mulher' Ananda Apple, apresentadora Gotwlevieso, no faz cistingso entre a borbacha © as ouiras roupas, "Seamuiher se sentir bem dentro dela e se achar bo eed Tassie ie Ger, como se fesse uma rovps comumi, A'sra, Janice Dib, Brimeira cama do municipio de Porto Alegre, concordae acrescenta que fa sua Doutl- Que, especializada om artigos femininos, as bombachas en contram grande aceitagse "Aho uma vestimenta multo prstica, muito bonita para, quem femum corpo adequado, E uma ‘ndumentaria tradicional e por ista.deve ser vatorizada. E neo esti fora de cogitagao cu mes mavira usd-la um dial’. O de- é g 2 & 5 z a Tarca putado Cesar Schirmer no cgncorda. "Penso que a mulher nao deve usar por uma razac nica, esteticamente nao fica bem, alem do mais,se quiser— mos considerar a tradigao, a bombgcha sempre foi uma indu- mentaria masculina’ ©, radialista Darci Fagundes, hamuitos anos ligado a0 movi— mento tradicionalista, defende © uso desde que adaptada a condigao feminina: "Soy contra a masculinizagao das nossas prendas" Antonio Augusto Fagundes, pesquisador do folclore gaucho avisa que sua posigao6 sg apa- rentemente contraditoria NGoste que usem em festivais € casasnoturnas, mes nao gosto que usem em fastas tradiciona fltsse dentro gos CT Gs" feesery Diltra) [ler dol conte tp Os Serrangs, deine fo Bore Sate Esta BUSS Ene nanest izese quieres garde oé valoriza a Indumen= eae ties isae guémme prover queestso usanz So pera nos gidiculariz: como bom gavche, me posiclo- aria de cure forma! Elma Santana, professora pés- graduada em folelore, Véno uso da bombacha uma prova de afe- to: "Quando estou vestindo uma bombacha estou demonstrando carinho pelo Rio Grande do Sul'!, Eo poeta Joaquim Monks faz Uma relagao com os mo mentos de liber tagao: "Segundo @ concepgao tradicional, 0 uso dabombacha gela mulher é ino vagao, mas ¢ coerente com a3 Conquistas libertariag da mu Ther contemapranga, & nesia conaulsulents mn Ineorroremae Soe valores teltrlcos © ale cos da raga" Ape sar das opinides discor- dantesuma certgza podemos ter: a mulher gaucha incorp9- Poua bombacha ao seu vestua— rio. Resta saber se é apenas um modismo ou se estamos, de fato, presenciando uma impor- tantemodificagao nos nos— sos costumes. Para ambos os casos ficam as palavrag de Nilo, Brum: MA volta as raizes soo valida se formos desenvolver 98 galhos ¢ as folhas, pois se figarmos sonas rafzes... isso ai apodrece', inpumenTaria FEmnINA )) |REAL GRANDE Sobre o vestido da mulher, de 1865 para a, ha fartas Ilustracoes:pintupasdaguer— redtipos e fotografias, Sensivel a moda, amulher vestiude acordo com as suaspos- Mas, quando se iniciou o Movimento Tra~ dicionalista, coma fundagao do "35" Cen- tro de Tradigées Gauchas, em Porto Ale- gre, a 24 de abril de 1948, os rapazes quando, algum tempo depois, filiou-se a primeira moga, sentiram a necessidade de criar um traje feminino que fizesse"'pen- dant! com a brilhante indumentaria mas— culina., = assim, gonsultando fotos antigas das préprias familiase também inspirados no Mraje de china! das tradicjonalistas uruguaiase até mesmo-forcose é reconhe- cer-novestido "caipira!', que oles com — batiam, criaramohoje famoso livestido de prenda'!, dentro dos pressupostos validos da indumentaria feminina mais simples do Rio Grande-a de chita-ao fim do século passado e,comeco deste, Apesar de ser uma criagao tradicionalista, 0 vestido de prenda conservou a padronagem ¢ a soz briedade dovestidepadrao da mulher gat: cha. E © exatamente na indumenséria relativa a este periodo-de 1870 ate o presente- que 0s tradicionalistas cometem os maio— res desatinos. Antonio Auguste Fagundes " CADERNOS GAUICHOS" DO SUL QUEM HA MUITOS ANOS ALIMENTA UMA TRADICAO g PODE RATER NO PEITO Con voNrape 1 EPROSEAR BEM ALTO PRA TODO MUNDO ESCUTAR EU SOU GAUCHO, CUERA DE VERDADE. NAO DEIXO MARGEM PRA NINGUEM DUVIDAR TENHO AS RAIZES FINCADAS NESSE CHAO QUE JA VIU FRIO, NEVE, INUNDACAO. DO POR-DO-SOL DO GUAIBA DE MUITO CHURRASCO, || RODEIO E CHIMARRAO SOU DE Povo HOSPITALEIRO DE CONQUISTA, DE LUTA, DE GUERRA POIS QUE O GUASCA REALMENTE GAUCHO E AQUELE QUE NASCE, BROTA E CRESCE NA TERRA ooo Tarca OS MUURIPAS Conjunto de Cultura Nativa Conjunto de Cultura Netiva fundadoem Porto Alegre, no dia 22 de agosto de 1971," ra estudar, pesquisar e Sesenvolver artisticamente om forma de recitals, esoe- taculos @ pglesiras ~'os mo- tivos folclorigos e tradicion nalsrelgtivoss terrae acho- mem gaticho A Idéla fol de José Machado Leal, entavestudante ds jor Delismovque ac lado de alguns colegas da FAMSCO do tradicionalising aatchg,” resolveudar s tematica say Chesca um tratamento artic fico eproftestonal, ia Tizesse de nossa arte native Umeapetseviocompetitive om igue dade coma arte popular apresentadangs melhores ca Bae de espetaculo de Brasil eda América, Missioneino de Rascimento, ‘Leal irazia, da Argentina, onde moro © o5- tudoy por’ algum tempo, ex periencias e conhec imentos Se folclore” e tradigao que, podiam ser somadasag cue Ie experiencia for veliag eis ‘Muuripas"" cumpremje,treze anos de existancia, & coneie derado_e melhor conjunto de projegia felciorica do Este do,, tendo levado nosca arte native as principats capitals brasiieciras, inclusive eo Us rugual, Argentina e Paragugi. Conqui'standoyem sua tragete- ria, dea troféus em festivals foldloricose representacces Oficiais.Destecarse 6 trofeu "Martin Fierro" rece: Dido do Governo Argentine mo Festival iberosAmoricane de Felclore om 1975, pela sua brithante participacee, res presentando o Brasil. Ongme do Conjunto fora ex- traido dgtermo guarani Mmuuripa"! que significa 'ven— turos0", utilizads ouirore para exaltar a boa sorte 6a Valentia dos guerreiros. Bemestruturade sanintsira= vac tecnicamenie, = equine oomposta de apronime- damenie 30 pessoas, distr buldas em areas de estudo © pesquisa, musica canso, com Peografiz, teatro © tecnica (som, luz'e consrio). A forge méscula das dangas gatches, 2 beleza da nossa nusica, a danca, a poesia, os ‘causos, os ‘eanticos, as lendas, 0 usos @ costumes do nosso ho: mem rural so. fatos faleloricos aqui utilizados e, que depois de receberem um tratamentoaristieo, passa a integrar o que pode ser ‘chamade forelare de projec, isto 4,0 fate folelorico é projetado pa: ra © paleo, para as salas de espe culos de forma que possa ser visto e aceito pelo grande publica, Ha porém uma preacupaggo em por em confronto, os motivos fol: cloricos deixados pelas diversas ra ‘eas que contribuiram na formacio enologica do pove riograndenso, aie DE PROJECAO: poesia dos nossos cinticos, tf originalidade © © golorige das possas indumentériagsae mnaterjascpelmae ave faem 9 capetieuio dos Muuripes, Teal, dinstge o ridden de Mos Mauripgstnais sentin-se multo recompensado a0 vor a participagso tos loveng pe movimento musteal gauche Beureiarno t= origsna, del xepdo de lado 0 supdrfiuo da mugiea esirangeire, "NBs plantemos © abrimos o camino. Cuando ore tele tear_pombsche © depwur vas neindedentrodo proprio Rio Grande, noe tezfamos lss0,e, Sevozestinnamos dug brigar Daratazé-lo, agora ¢ mode © ime sinto recompeneade com o que velo." Nelo até mulheres usando bombacha, tal como fazia« minha Ve Caat!, quando pre claavamonige « cavaloye tate Serene ‘joupe usada por seu homem, Sromesmo que a mulher mo” derne usando calge compre," A principal preacupacio, no en tanto, & com as origens rurais @ pecustias do gaucho, que fazem com que sejam cantadas e exalta dos 05 habitos e os costumes da homem cavaleiro de pampa. Dai ‘1 presenca em nosso folclore, da bombacha, do chirini, da espore do chapeu de abe-larga, das eantr 0s de ronda, de uma poesia com sabor dp terra e de campos sem alambrados. 0 folclore gaticho 6 0 aniéo no Brasil que ainda guards 0 sator € 0 jeito da nossa origem ibéried, haja vista que o folclore brasileiro, na sua quase totalidade, & de origem africana Tarca (TARCA EDITORES LTDA Rua: Gen, Camara, 52/16 x.Postal, 711 Porto Alegre, RS, EDITORES: Atanagiido Brandolt ée Brando!t Juttane Mentz Milton Alotsio Berwian DIRETOR ADMINISTRATIVO Luiz Mario Cezar ASSESSORIA TECNICA Carios Soares JORNALISTA RESPONSAVEL Velel Tavares - RMTPS 3765 REDAGAO Sulio Wohigemuth Zarios Moacir Santos REPORTAGEM Montserrat Aguiliar PESQUISA Claudia Beylount Norge Luiz Biedow PUBLICIDADE Milton Alofsio Berwian DIAGRAMAGA ARTE © MONTAGEM Leny A. Lainetti composigéo Siriei Augusta Berwien REVISAo. Eliane Dani e Gisa Frantz pivuLgacko Gelso Dimas Brandolt FOTOLITO Giiviert IMPRESSAO Grética Caramuru cIRCcULAGAO Elenita Cezar COLABORADORES Airton Ortiz Barbara Beirdo Claudio Ribas Doroiso Fagundes Flavio Monteiro Gilberto Carvalho Heleno Gimenez Jusca Lumac Paulo Denis, Ricardo Perd Job Ricarde Garcia Boresa Sérsio vacaré Solon Saldanha COLABORAGAO ESPECIAL Projeto GAUCHADA. (Nosso Primeiro Mate Bueno tché.., vamos prosear um pouquito enquanto tomamos nosso primeiro mate, Puxa o banco e va sentando pois vamos te contar uma nova, Nossa revista, com toda esta indiada maganuda, vem formalizar ¢ concretizar uma participagao efetiva no movimento de valorizagao da cultura gaucha. Vem expressar um sentiment natural muitg forte dos viventes que aqui buscam afirmar sugs ideias e seus valores; reflexo de uma geragéo que velo pare NTRANCAR O GARRAO!. Leyantando temas polémicos, difundinde a cléncia Sadena © enalisandomanifesiagoes populares, Screditamgsesiar coninjbuindo para a verdadeira Valorizagao do homem gaucho. A erva é buena, o rancho é nosso. te coracraal twee: Nesse Mate A MULHER & A BOMBACHA, OS MUURIPAS,.....45 OS FESTIVAIS,... BOLEADEIRA. © CANTO PARINDO FUNDO. MERCADO DE TRABALHO. +... VIVENTES, BELEM Novo. re DEPOIS DA RAPA. ee esceee INDIRETAS..csecseceeeeee OSMAR MELETTI..... GAITA DO ANTAo. POESIA SOCIAL GALICHA. ce esseee VozES RURAIS...... CANTO LATINO. ess COMENTARIOS...» CULINARIA CHASaUES. DIAGRAMA Nossa cAPA, A Bg Reproduz uma adaptacio da obra "O Posteiro Amancio! de Tadeu Martins Tarca NILO BRUM E OS FESTIVAIS AS MUSICAS BOAS FICARAO, AS RUINS: SERKO ESQUECIDAS. REVISTA TARCA: Como vocé Vé.os festivals de musica nati- Viste que se multipicam emnos— So Estado? Sera que a quanti dade de festivaisngoval = como dizem; baixar o nivel da musi ca gaucha? NILOBAIRROS DE BRUM: Ve- jo esses festivals com grande Simpatia cesperanga. Folatras ves da Galiférnia da Gangao Na~ tivaeos outrasfestivais que s¢ seguinam que surgiue nova mo- sica doRS. Nao acredito que a Quantidade de festivais implique Recessariamente em queda de Gualidade, muito pelo contrario, Os novos festivals tem dado espagoanovos valores que sem esses festivaisnao teriam apa- recive. Eu digo sempre que, s¢ Um festival contribyin com ape= nas uma boa musica para 0 can— Elaneiro gaucho Ou, como 140 s0- mente a revelacag de um unico compositor ou interarete de va~ lor, esse festival tera valido a pena. A quantidade dos festi— vaisienderaa diminuir naturat mente, sem nenhuma pressio, enquaniog qualidade dae mu cas sera peconhecida com o tempo; as musicas boas ficarao, a5 ruing serao esquecidas. RT:Na sua opinige, entéo, tw do vai bem com os festivals na tivistas? NB:Nada discol=xisiem muitos problemas e ~estes sim~ in fiuemna queda de qualidade dos Festiv: OS ORGANIZADORES DE _FESTIVAIS estAo EquivocaDos: RT: Poderia apontar alguns e sugerin solucoes? XIII CALIFORNIA DA CANCAO - Cezar Passarinno NB: Os principals problemas que velo sao: primeiro, 0 car fer de dieputa desses festivals; fesaiiadojiea| fala; dayencio.go Composiiores, misicose inter pretes; terceira, as condicoos Ge som e.gravacto das musicas que corde lovadas a9 peblice; quarto, aescoina de junasos Rem sepore habilitados para Julgar musica ¢ poesia, Vou ex plicar melhor! Eu acho que os Spsanizadores de festivars es= tao equivocados quando ofere- com um altg prémio em dinheira para a misicavencedora e Guantias insignificantescomoa- [ida de custos 20s demais par Heipantes, rinta e sere mesi= cas edo selecionagasna triagem euma sorecebera oprémio.isto quer dizer que um #0 composi= tor val recuperar as despesas fehase obterslaume vantagem, enquanto os restantes trinta.e Cinco compositores financlarso festival sem possinilicade de Petorne fipanceirg. Jetoalem de injusto, ¢ um criiérig, burro, pois afasta um bom numero de Stimos artistas que, por nag ter Pecursos financeinos, esta0 se Bfastando dos festivals. A ten. nativisme, cic, spent perctorsine cogent tn fooceer ch Ei paras hi aarp GHencia diasoe que os festivals Setoreamaana gues ple p= ep ge aera el Ser una mosira solidecia dos renihors (oogelina . Fa stemst~ Tee ticble aide nee adtstltee aie ON eae tiaras, sna avegeeae comin Gin ewes See ire poe ani ie Meee, Oe wo Nerina anaes eeetarincor poeta eel ooperas, one ep ees fileneny aeapteare wards oto Gl cuganiis para recitzar a BNE Ekeccenin, semi or, prgblema qua pode originar ee ete hte ton ONE cm oot apes om oe erate eer tistas, éa falta de criierio na escoihe dos iyrades. Exisiem festhuaie qua hie oe, preccupain erg mmustelgpeas Tinbeatie ccm ost sasaeraur enc? us bdiae o ‘ecatterenr deer: ooo. pol icon suriertepaat ane Pumnkor sagem ecsieg © ioe, soe nace ee 8 Tarca NILO BRUM EOS FESTIVAIS vros. Decorne disto aug nem Sempre az meinores musicas que participam do festival se= Jamas que 'nag compor 0 disco que registrar ocvento, Gage problema tanto ocorre na pre= Rgelegae quanto na escolhe tia nal das misicas. 0 GR! TEM QUE SER ESCOLHIDO CRITERIOSAMENTES, SST RT: Na sua opinido quais seriam as solugoes para esses problen mas? NB: Paraacabar com o carater de disputa desses eventos, tcansformando-os em mostras daarte musical calcha, basta rig. que ae eliminassem os prémiosem dinhelro, subs indo-se por troteus, Sm toc, dar-ce-iae todos os partic! pantes uma ajuda de custos que Sobrisee suas despesas comen Seios, transporte dos masicos, alimentacdo, alpiamento ¢ ara tiffeagaoaos musicos, Pare is to dever—se-ta levar em conta a distancia. da sede do festival em relagao #0 domiciiio dos Participantes, onumero de ar= tates levado a0 palce ete, Com eseamudanga de iratamento ree Solver-se-iaos dois primeines problemas de que fale. A som lugao dos demais problemas a- pontados esta implicita na sua formulagao: para a solugao do terceiro, basta escolher local de boas ‘condigses acusticas e equipe técnica qualificada,, Pa— ra a solugao do quarto prable— ma, basta a escoina criteriosa de bons poetas e bons musicis- tas, daqueles que realmente fa— zem poesiase compoem musicas, preferindo-se, naturalmente os que reunem ambas as condicoes. i "COMO ERA BOM © LATIFUNDIO SEM ARAMADOS"' RT: Poderia acrescentar mais alguma coisa referente aos fes— tivais? A NB: Bem, existe uma questéo delicada de abordar que é 0 con— dicionamento ideoldgico de al— guns festivais, na formulacao de seus objetivos. Vou dar um ‘exemplo: ha festivals que pedem temas que procurem fixar ho- mem no campg, evitandoo éxodo rural. Isto € um equfvoco,por- que o homem rural nao vem pa— Fa a cidade por livre escolha, mas premido por uma estrutus, Pa agro-pastor'il injusta, Ele ¢ = literaimente - despejado do campo por uma estrutura vol— tada para a agricultura de ex— portagéo, Pretender fixar oho- memcantande, ¢ igngrar os Verdadeinos motives do exodo ¢ Be solugoes para o probleme, Mais produtivo seria colocar cantando os problemas de forma adequada, denunciar as causes Verdageinas do axodo ¢ spontar solugoes corretas, Varios fese fivaie deveriam revigar seus objetivos porque a masica gau~ cha Ja superou a fase do "como erabome latitingi sem aramas Gos, Devemambempovisar os eriterios dae chamadas linhes galponeiras, prolegao e mani festagag rio-grandense, "con temporanea gauchia e nativista. Talver fonse ate melhor extin~ guir eases linhas, abrindo lon Ser, entretanto, sara todas as fendéncias damicsica gauche hativisia ou nao. Temos de le- Var em conta que os jovens gan chos estéo trocands ¢ "jeans! Pelabombacha.e, se conseguir mos atrai-lospara amusicana- tivieta, deveremos recebe-los como sio, sem pretensoes py- Fietag! eles tem outra tormacso Quenao a dos tradicionalistas, masnaodeverae, por isto, ser rejeltacos. Se 4 micica (rect Gionalista ounativista fer regi meptebos, eles 2 assimilarao, clem do que nao deyernos des prezar a contrjbuigao que eles irazemem matéria Ge tecnica e criatividade RANCHO GAUCHO enter Zotrec Acasa do prego baixo. Ay. Aureliano, quase no encontro da Getilio com a Venancio. Tarca BOLEADEIRA Ciéncia Gaicha Armae também instrumento de trabalho,genuinamente criouloy utilizado pelos campeiros paraderrubar os animais para nas guerras abater os inimigos. 7 As boleadeiras sao formadas Por duas ou irés pedras reves- tidas com couroe ligadas entre si por cordas trangadas ou torcidas que tem onome de s0gs ou ramal. Quando feitas detrésbolas, as duas maiores, de igual tamanhossao ligadas Por sogas ou ramais de apro- ximadamente um metro e meio r= a de comprimento; a terceira pe- dra, menor,que as duas ante- riores, é ligada igualmente Por uma Sega com a metade do comprimento das outras duas. A pedra menor tem o nome de manicla ou manica. Para usar asboleadeiraso campeiro se- gura com a mao direita a ma— Niclae imprime as outras duas um movimento rotativo, afim de conseauir impulso para lan- gd-las sobre o pescogo oua anca do animal, que assusta— do, aos coices, procura li- vrar-sedelas, fieando, po- pests sae rém, completamente enreda- Go. Nag lulas de corpo-a-cor- $9 erm Ugades coho moses Ke Dolag eto de pedea ou cu tra materia Posada mas som pre Ce forma arredondads, Ro primelrag Doleacelras e- ramdeuma e8 bola, chamadea também de '!bola perdida"', Ee a ertataate loads ines Tunuoeae, fabrieadas com bo= Te comet alae er) ae ee nereerioe ce praia, outres com magniticos tgablal hod enibulnecrelevs farmande exinefas, etc, ‘Tarca OC Para se fazer uma boleadeira pega-se uma pedre © reveste- se com uma capa de cour oy que denominamos de tcasco!} faz-seum fure pequeno que temanome de Holho!!, por on= de passaa soga ou ramal, Es~ tacapaécosturada com um tent (estreita tira de coure) paraprender a bois. Tudo is Todeocoure usado para se fa- zer as boleadeiras, deve ser trabalhado Unido afim de que ao secan se adaptem melhor a forma, para s@ conseguir uma melhor perfeigao. © Campeiro experimenta suas boleadeinas boleande gran- des animais para esticar e fir— marbemas cordas eajustar os tentos. , (Os Pampas ((hdios) somente fa~ ziam suas boleadeiras com cer- tas pedras vermelhasjas quais davam muito valor, ou com ou- tras menos polidas presas aos ramaisousoga por uma tira de coure justada na "garganta ou cinturall feita na pedra deixan- do-as descobertas, Também muitos gatichos se uti- lizam do osso do caracu para fazer suas boleadeiras. A co— da caracucorta-se a metade da cabeca,que tom a forma perfei- ta de Uma mela esfera; coma outra metade do outro caracu do mesmo animal,forma-se uma perfeita esfera, Junta-se as duas metades, faz-se um furo no centro para passar um ara— me que se amarra na outra ex- lade formando o "olho!. tocobre-se novamente com ou- tro couro redondo, cujas bei ~ radasdevem sobrepor-se, pas— sando um tento por dentro do Ngiho!! formande a aiga de um péndulo, procurando fazer os arremates o menos visivel que se possa, Depeis, preenche-se o interior da esfera com chumbo derreti- do para que fiquem mais pesa— das, gom mais quatro caracus, extraidos de mais dois esque- letos, constroem-se as outras duas bolas que, bem acabadas, se parecem com marfim. Muitos meninos da campanha fa- zemboleadeiras usando sabugo de milho para brincar, pialar galinhas, etc. Extraide do "Vocabulario y Refranero Cri #36 Boleadeiras de osso feita com meia cabeca do fémur de bol. MUSICANTO O CANTO PARINDO FUNDO ” A arte nfo nasce arte de massa, sélo-d através de muito esfor: 0...” MAIAKOVSKY. Por natureza, por esséncia, por definigdo e postura o artista é um cidadao incamum e iluminan- ve. Deriva de sua agudissima sensibilidade esse posicionamento diferenciado. O artista é, na pra: tica, dificil de reunir, impossivel de redomonear, instdvel de con: viver; enxerga 0s absurdos antes dos demais, sente as transfor- mages socials primeiro e priv: legiadamente e isso, no raro, 0 coloca em permanente estado de alarne e angustia. Expressa-se de forma precisa sobre seu tempo e, por dialogar através de imagens, sfmbolos @ metéforas — que sio sinteses transformadas @ transfor madoras da realidade, as vezes & chamado de “absurdo", “hermé tico’ e, ainda pejorativamente, de “yisionario”, “complexo”, “obs- cura”. ‘Mas todas essas alcunhas,(to- do esse trabalho ardoroso de re- baixar 0 talento criador), so ind- cuas, vas, tardias. Toda a tentativa de cooptar um criador de sons ¢ um artifice de poemas, princi- palmente de cooptélo para a ideologia arcaica de atual dominio em nosso meio cultural, ja nasce protérita. Domam-se mil potros, encilham-se os mil, mas a alguém que mereca ser chamado artista do se pie sequer xergio, por mais morto de fome que possa viver, por mais fundo que seja 0 fosso onde se encontrar. Ali, nessa fome e nese fosso, 6 que ele recria 0 som @ revive a palavra, No Sangue da Terra Nada Fruto dessa disciplina férrea 2 invisivel, solidificados na dispo- sigéo de produzir, em razio da ‘arte, por seu povo, & que surgem' os grandes génios. E a preocu: pacdo com 0 surgimento deles, (proceso complexo que o tempo dimension2), & trabalho de todos aqueles. que, mesmo por dile- tantismo, se ocupam do_fazer artistico, Criar essas condicSes pa- ra que as obras possam ser veicu ladas requer, de parte dos interes- Guarani com Nelson e Bere sados nessa divulgacdo, uma sensi- bilidarle aguda, um respeito pro: fundo eum conhecimento bésico amplo. Retirando essas condicdes, toda a boa vontade se anula, toda @ intengao se perde. E, quando houver essa base a0 trabalho criativo, certamente surgiréo, 20 piblico, no momento presente, grandes criacées da arte local. Isso feito, isso estabelecido, pode-se iniviar a discussio aberta é aclaradora. Opinar, criticar, re- 12 Tarca FS s © 2 iS e 8 8 e 3 2 ao. 2 © CANTO PARINDO FUNDO ver, ajudar. Posicionar-se frente 05. trabalhos,, fundamentalmente, sem preconceitos ou narcisismo ta- canho, que $5 ajudam para con- fundir os conceitos de popular e original, normalmente _transla- dando-os para 0 terreno do grotesco e do ultrapassado. Com esas ressalvas, gostaria de dizer que a assimilagio ou repulsio de uma obra advém, também, de um outro tipo de trabalho, qual seja 0 de difundir com insisténcia as obras importantes. que foram rotuladas de “néo ao gosto popu- Jar”. Trabalhar no aprimoramento da sensibilidade de um povo é tarefa que dignifica os que acre- ditam ter a arte o poder de reduzir © obscurantismo, a barbérie, a selvageria nas relacdes humans. 0 “fo. Musicanto Su-ame- ricano de Nativismo” deu 0 clima 20 artista. E isto basta e bastou. Quem 0 organizou teve, como primordial respeito, a sensibilidade @ @ solideriedade. 0 “Musicanto” rastreou, prescrutou, intuiu, ave- rigou, medrou ¢ entregou — a to- dos — um palco e um puiblico, um Jiri e uma cidade que se abrem ara o futuro da cancéo latino- americana. Por forte irmandade entre organizacdo e senso artis- tico, 0 “Musicanto” nasce quei- ‘mando etapas. E isso, sem preci- pitagfo, 0 compara 3 “California da Cangdio Native” que caminha, hd treze anos,em busca de rumos Tarca 20 canto gaticho. Comparar 0 “Musicanto” 4 “Calitérnia”” néo desmerece a dltima, nem reduz 0 primeiro. Os dois festivais slo, de certa forma, irméos que néo ca- bem na mesma casa: seus objetivos diferem na concepeéo da latinide- de (geogrética e humana) do cantar. NO SANGUE DA TERRA WADA SOLIDARIA Ao iniciar este comentario, escolhi as palavras de Maiakévsky em primeiro lugar pelo seu contetido perfeitamente aplicavel a misica “No sangue da Terra Nada Guarani”, de Nelson Coe- tho de Castro. Em segundo, por ser Maiakévsky um poeta militantemente solidério. Como “a arte néo nasce arte de massa” isto 6, a arte necessita ser veicu- lada e discutida para _ser plena- mente assimilada (e no hd here- sia em dizer ~8 repetir aqui— que consideramos trabalhar a sensi- bilidade do povo, alienado da sua cultura pelas grandes produgées sonoras massificantes), € que o trabalho de Nelson requer (mas no imprescinde) 2 nossa solida- riedade. Fugir de sua letra e de sua misica 6, @ seré para quem for do ramo..um retorno fatal na concepeao criativa musical e poé- tica. E, sinto e devo dizer, muitos @ importantes artistes em nosso meio fugiram & responsabilidade de serem solidérios a0 novo e claro canto do “Sangue da Terra Nada Guarani’” Isto acontecai também, julgo, com a composigéo de Fillo e Barbard, “Era Uma Ver”, que apontava na 8a. California, um caminho a ser bem melhor aproveitade, Voltando a0 tema solidariedade: 6 irrespirdvel, au- tofégico, um meio artistic que se mede por classificagdes em festivais (porque isso rebaixa a criaeSo, quando néo a anula, e afere ao jiri um papel decisivo na produgéo, que ele néo tem, nem terd). Ao contrério de minimizer a importéncia ow rotular a composicéo de Nelson {resolvida com talento por Beré), devemos ouvi-la como alimento substancial & energia do movi- mento artistico gaucho. Toda a traméia de ranco e choradeira, euforia @ puxagio-de-saco dos festivais, passa dois dias apés. © que nfo passa é @ “coragem que vem por dentro parindo/vem parindo feio...” .E, mal para- fraseande 2 caneao, acrescento que néo se amansa a descaso ou @ ignordncia uma grande obra e seu eriador. Luiz Sérgio Jacaré Metz FORD E FORD Ford vai, Ford ji se she que nda linha 84 tan quem entende de Ford. 3.N) ei) 7 -MERCADO —— ee TRABALHO Muito se tém dito e escrito Sobge este salutar.e recente Tenbmeno de Yexpansip! Go ra Gieronaliemo. gaucho. Mas falves nada revele mais a re~ Cuperacao do nativismo do que S observagao do comportamento SS mereado de trabalho das pessoas ligadas diretamente ie, B evidente queyse mais pessoas Sdovisins plichadas nos sran= deg centros; se a juwentuce ebena nedescbbrig o chjmar= Poo! se a nossa musica @ mals foceda e noses literatura mais tida que antes; que se abrivam hoveg oportunicades de trabe- tho, h roupa tem que ser con= fecclonadasoa livees exer itos cadiscos gravados;e comer Clalizagao disso wide mo- Gimenta a economia, Bara que se tenha uma dia, o conheide MARTINS LIVREI- RO, 44 anos na profiesao, re vela quené algun tempo vencia Ufyaiedia op dors livros de te= mutica gaucha por semane Hojeyele vende de 15 a 20 par Gia, 08 mais proguredos S20 os tiveos de Historia, "Q, que maigme causa alegria ¢ que Sstae descoorinde que temas Uma cultural, “diz ele, aomesmo tempo que, revela que 60% das vendasna tina Feira dot ivroforamae autores sau Shoa, entre urbanose tradicig= fatistas, Martina, que tamber eaita livros sobre oFtio Grande do. Sul, confesta que comegou @ fazé"lo porque "sentia ver= gonha quando ‘o pessoal Vinha Solicitar livros sobre 0 nosso Estado, © nao encontrava wnada”, Sobre a vesfimenta, ALCHIERI, ha 12 anos Gees) © costurando bombachas, diz com alegria que mudou 0 quas, dro de antigamente quando so os mais velhos a procuravam, Agora, nos.itimos tempos, 03 jovens seo os meus malcres Hogueses, tanto homens come mulberest, atirmaAna, €, se Gunde ela passou a epoca da Brpeure quase que exclusiva procima Ga'Semana Farroup|= tha, tNunea veri tanto puento Uc egatpeae araterslan [ante TP 'ire flzeram ard encorenda para dar de presente de Natal P'feco sem conter 0 pessoal de puirosectados, que cnegam por Setes lados com a idole fina de (evar ums bembacha, 0 ea0m na malor’ feleldedel, conelul a gosturelra. E esta pessoal que Id ¢ gue se ested moda gaticha tambem sai gprocuna diversao que se ligue 2 nova (ou redescoderta) pos- sura. Ovacariane ANTONIO AUGUSTO ACAUAN, 0 lGuto! do Joao de Barro, que o diga. Optblicode sua casa varia dos 12a0s 60 anos de idade, apro- ximadamente. Mas ele traz um dado que, jresmo mais ou menos previsivel, é interessante: predominam jovens que vieram ou tém ligagdes com 0 interior do Estado, © que o NGuto! teme a satus Fagto de mercado, cola que so pode ser enfrentada, segundo tie, coma constante renovageo Soatragges que acass oferece, Isseem jermos, principaimen- te, demusicae de culinarta, © ‘mestre" do Joao de Barro, in- forma que traz na bagagem respeitaveis 212pratos tipicos campeiros. JOAOAUGUSTO FAGLINDES, natural detrugualana, hi cin: ce anes trabaiha come mes fet Atusimertens Macanudo, Conta ele que,apeser da diver Sitleagio cor mmator © de haver Surred possibiiidaties de pedi- dan, iw Gamlea cgpelra. einda mals procurada ¢ 9 carreteire Gecheraue, & seus freguesos, de idades variadas, tem sotiel ado bastante,tembéma rabaca tom aipim 8 oeepinnage de ovelnas Mas ainda sobre a possivel sa turagée do mercado,’ FELENO GIMEREZ, do Grupd Tempers, S3iande de idste’o este come musico prefissional, concorde ques proilferegae ‘dos bares Sats gervdo derpesiads, E ache que nao haverd gente para su Sricr oom quallsade, eta de Frade. De qualquer forma, ele teredita quoosprecursores desismovimente comercial ne= fivleta, como por exempla o T10 FLOR, vo sobreviver. Teo porque teles se funncamen tarameuttebem, uninda 0 lade Somers tatas nativismo nam Sentidomais puro, Nag visan= dssomente © lucro, vao cont!= oar, segundo Gimenez, om Imearto tipo de freguesia. Misico também é JOAO DE ALMEIDA NETO, 26 anos, aye se dedicaexclusivamente a mu- sica gaucha, Tocando em bares, fazendo shows e se apresentandoem festivais, ele 14 Tarca tem condig&es e conhecimento suficientes para colocar seu Ponto devista de que esi che- Sando ahora da qualidade, "Os Bares que siverem os methores musicos vao continuar, porque Ogte tipo de casa vive em fun- Gao da arte musigal que apre— Senta'l, opina Jose. Publicitério, 24 anos, DOROTHEO FAGUNDES, 0 "Teo", ebolicheiroha um af. Done do Vinha DiAlho ¢ sdeio do Macanudo, el2 complementa que disseram Heleno Gimenez e Jodo de Almeida Neto afir— mando que lao sobreviver os mais competentes, que implan- taram uma filosofia honesta de trabalho, nao apenas aprovel- tando 0 momento de ascenden- Cia do nativismp", Ele acha, ainda, que 0 inicio dessa "ex plesao" se deve ao Movimento Cultural Nativista, do qual se considera tum pouco entendi- do", E fica contente a0 verifi- car a participagio espontines Calegrede totios os trequentor Gores, desde criangas até Uelhos de idade avangada. Seu peblicoede classe media.e Se orsuiha de dizer que he" proposta de cunho cultural a0 Bicance de todos", i Abaleance de todo mundo esto Sempre os objetos. que o RINCAO ALEGRE poe & venda ha 39 anos. & dona RAQUEL, Que Id trebalha desde 1982,n0- iS éue, anesarca grange malo- rade fregueses ser composta Gevwristas, Vo pessoal aqui da ferna tem chegade com mais Idealencia", O aap aumenta de Derren: Todos essesprofissionals Comprovam ee) vordageira & atirmacaode que as coisas mu- Garam, © para melhor, no ace diz eespelte & velorizacee a cultura gaticha, nos uitimos fempos. Algumassessoas ainda supeem ser esse mais um mo= me DESGE JElTO? diso, Entretanto, o tempo que esta tem cartaz" egte posicio ameniode retorno ag origens, nos leva.a crer que € bem mais dg que isso. Perece-nos mais Iégico acreditar que o gaucho urban, que o Porto-Alegren- se, ests se redescodrind, td percebendo que a milonga é mais gua que orock; que o chimarrao.une e aproxima como nao 0 pode fazer a cocarcola; gue a nossa vestimenta ¢ ape fas diferente, mas nao 6 infe- rior @ moda diiada por Ipanema, © mercado de trgbaiho ligado a0 nativisma esta se abrindo, Dorque ebrimos nosso coraca. om direcao aterna, Ocue c bem para todos nos. So quesn conhece © valoriza sua histo ria e seuespaco, forma sua Identidadee pode.ce dizer pre- septe. [ssoaqui 60 Rio,Grance, nes somos gavchos, Vamos viver como tal? ‘Selon Saldanha BATALHAR UM EmpPreco! Poeta, compositor, radialista e apresentador do Galpao Nativo,na TVE, GLENIO Cabral Portela FAGUNDES, numa’ roda de trucoyna casa do posta Gilberto Carvalho, sugeri 0 nome TARCA para esta publicagao. eugestgo Tol estudada, discutida, em roda de chimarrae gerando, inclusive, polémicas so~ bre seuuso e maneira de chamd-la;despertou grande curiosidade nes gatichos urbanos que desconheciam sua utilidade e existéncia, Giénio, grande conhecedor do Rio Grande, nos deu @ sequranca de termos como simbolo denosso trabalho um instruments auténtico e de grande valor para o homem gaticho. Helenoe Fétima Gimenez, do Grupe Tempero, Ueneedores davitima'Seara da Cangao efn Cerazinho, ;com Tapejaras do Amanha, apos merecidas fériasna Lagoa dos Patos,, voltam Com suas forgas renovadas e como pe no,es~ (Goss mmyltoospecial para al VIGILIA DO CANTO GAUCHO, em Cachoeira do Sul. 16 Os,policheiros macanudos, Joao Antonio Fagundes (Tonho), 38 anos, e Renato Fagundes Abreu, 22anos, tice sgbrinho, criaram um grande circule de amigos trabalhando no Pulperia. Convidados por Dorotéo Fagundes assumiram ‘© comando do Macanudo. E le~ varam consige todaa indiada que movimenta a noite nativis- ta da Capital, SPORCA VEIAN Desde os 7 anos de i VEIA, assim char foi dadonaEscola T um dos seus colegas cido em Lagoa Ver} melhores gaiteiros 1982-0 premio de | Amvetiaano de Nat! rea! varo conju de viventes com ain Qbugiude José Teodore dos Santos Junior e Jose Claudio Machado, "Campesino", fol a grande Veneedora do,12 Ro- deio da Musica Gaticha em Vacaria, Opublico tamben a scolheticomo sendo a musi= ca mais popular. Junior prepara para breve © Iangamento do seu primeiro livro. Presenga constante em todos os festivais de mdsica nativa, | Renato Borsuetti, 20 anos, natural ‘de Porte Alesre, pilchado e melenudo, empolga a garotada com 0 toaye inconfundive! de sua gaita ponto. Aguarda-se para breve o langamento de seu primeiro disco B que esta sendo prensado em ‘Sho Paulo. ace vive com a gaita na mio, PORCA do Car inhosamente, Tal apelido nica de Agricultura de Viamao , Por cm 1973, helio op Rosa Xavier, nas— ciha,, 31 anos, ¢ considerado um dos Bo io orande ‘do Sut ganmando om eihor tecladista no 12 Musicanto Sul Teme, Atualmente,fol convigado para eNgete Povos', que ©um grupo Y gatcha, Ondeestéeste missioneiroy | Rum wu cast Pe 9 Bagual uma barbaridade,que’ | Multa cance me Yeu Sumiudorinhadetro?Te apro- | Quando me encore “paiendo" chega vivente. Néo fica de | Ese par Rao pon sede, porteira cerrada, vem tomar um | dieu versos sberande 8 campo mate conosco. Noe! Guarany a | Fame prever sonbador, Voz que o Rio Grande canta, | usr Gu ame bre Se, Tendo participado des Grupos Lichiguanae Mupipas, Elton Benicio scobar Saldanha, 28 anos, solteiro, € atuaimente Umdos grandes expoentes do nativismo em nossg Estado, Vencedor do ultimo Festival de Barranca ,em So Borja, 622 colocado no 12 Musicanto yem Santa Rosa . Elton Srepara commultocarinho o seu primeiro LP individual O MAIS GAUCHO DOS BAIRROS DE PORTO ALEGRE Distante 27 quildmetros do. cen tro de Porto Alegre, 0 bairre do Bolém Nove ¢ caracteriza~ damente rural. © isso nao ¢ oe hole. Seus primeiros mopado- yecy, ides aeefeaene te ata Geum século, tinham a ativide- do oconémica voltada para a Sgro-pecusriae para a pesca Eidtuaimente, em ermazene om calizados emtorno de sua 29ha mais urbana, como nee regioes do Chapeu dp Sol, Boa Vista e Canta Galo 6 freqiente © comum as conversas sgbre as ides do Campo. Os peces, entre ume Sutro ‘gole de canha, ‘discutem Ss problemas do diata-diaycom S spricultura ee pada] EmBglémNovo,radicionalismo nao 6 moda, & modo de vida. Belg bairro-dormiterio, ponte turistieode fim-de-semana pe- la beloza de suas praias, tem ho palavreado © na vestimenta de Seug moradares 0 heblio mais gaucho da capital do Rio Grande. E sao doisos centros de tradi. g6es la localizados, OCTG Pi- jue te da Amizade eo CTG Lan- Geiros da Zong Sul, Bastante antigos, nao sao poucas as Stividades que eles desenvol- Sem com 0 objetivo de difuncir @ manter vivos os costumes da posse terra, ‘Segundo infprmagées do pesso- ai ds redagaodo Jornal 2-Gua— tro, periodies comunitario que Ciretia em Belem Novo e anre= Gores, todos os anos ha um ‘2campamentonativista na por Maceo na neneeganceanitenesd rida Revolucao Farroupi la jostaocasiao, inclusive, ea: cosa a chame criola junto 86 monumenioa Flores da Cunha, om frente a Igrela E hi digputas do cancha reta, como sos vé om localidades doinierion do Eetade-rambemo rodeio realizado recentemen- te,e com sucesso, devera_ser reprisadoem outras ocasices, podendo até tornar—se impor~ tante opgao no galendario tra dicionalista gaucho. Mas, tal- veza maior prova do apego as coisas do Rio Grande,que se no- teem Belem Novo,e ste ja nos quatro frades localizados em suas ruas. Isgochega a ser mo— tive de atragao turistica, pois Vock Esx CHEGANDS EM BELEM Novo... Sadmitidaa oxjeténcia de ape- fas outros tres em toda Porto Alegre Ede ee conferin de porte. Vic site Belém Novo, um bainro cercado de vejetagao bucdli- ca pecheado da hospltalidade ‘gatcha, AquiemPorto Alegre, mesmo. lon Saldanha 18 Tarca DEPOIS DA RAPA NUNCA SE RESPIROU TANTO RIO GRANDE COMO AGORA; RESSURGE O MOVIMENTO DE UM POVO QUE SABE 0 QUE E SEU GILBERTO CARVALHO De certa forma foi tude multo Gerepente, Arinal dez anos nao S muito, Do rrepente se geu @ "estouro! Teds mundo @ saticho, Todos 285 nativistas, ou iradiciona= Tistas (se bem que no momento este seja adjetivo que alguns schaim id meio pros ledge do tea Tona'!), Temos tambem 02 regionslistas, epasmem , eon tenasde Moleloristast, quando na verdade éles talve2 somem mmeia cuzia, Na Porto Alegre onde 0 "José Pilchado"- como bem classifl- Couo Daudt numa de suas erd- Aicas ee Jornal ~ fol escorra- Gado s "pau" por revidar aos Sue Ine gozaram, foi por sete~ Eenios © poucgs, agora os Soedc'em geral sao celebrados eos que cecebem yalae gozagso so os que nao usam Bombache. Emmeados de 70 o INAMATE - Instituto Nacional do Mate, en= Corrou suas atividades por total falta ce atencao da parte {domercado consumider para os ‘ios eo habito do "amargo". © Cactano abriu a boca no Bragil Grande do Sul, na Gua iba, o Lessa consegulu 0 Spoioca RBSe deseneadeou-se Gina ‘campanha linga de 26 Ver por Jornal, Te radio, (inclu Siver Mis); que met iam ‘cha- mada, mosirandoa, quanto era Som tomar chimarrao, em melo a programas de rock ¢, muito Som gringo, ,que era $5.0 que se ouvia na época. © Giaueus Sersiva, numa in~ Vestida cae suas,’ consesuia She‘ Instituto Gaucho de Tra diggo e Folclore acontecesse Ge iaio, pote até entaoshouvere apenag a experiéncia = muito boa por sinal ~ da Escola de Polciore (com o Mestre Krebs ia comando) que fechou por to- tal falta de apoio offeial'e de- satengoes diversas. "A poesia vendja bem. Agenas bem. © Rillo js andava Ia pelo tecceiro livre, o Jayme idem, SRetamozzo estava no segun Go. Estes, apenaspara citar os que permanecery vendendo poe Sigao leitor gaucho e brasite!— Po, Hoje vendendo disparado na Frente de todo mundo, Editados haviam muitos. Muitos pionei- ros icaramna primeira edigao eee aa sires holetene relvauias. De midsiga foita aqut js tinhamos muito, eclapo, Em 74 realiza- Vam incursdes por todo e inte hor do RS! 0 Lulz Menezes, Darcy Fagundes, 0 Airton Pimentel com seu LP. solito: "Charqueada", Os Araganos de posigao conso- Iidada em tudo que era canto deste Estado amontoavam os ‘piles. Qs Serranos, surgin~ do, recém se estruturavam como Conjunto, Os Manos Ser~ {usey se apartaram, enquanto 0 Adelanenverecava pra junto o Mattana, oHoneyce parceino co filho, engenheiro js formaco = Daltto, Mocava,fogo" nos fan dangor,, A California chegara a 42 edigaomnas ainda muita gente olhevadenariz torcido para os Mpeitudos" de Urugualana, © Noe! Guarany iniciavaa prover do sucesso. trocandopela ter ceiravez de gravadorajsravava o quarto elepé ~ que estourou. OMendes, qug falecera no aci- Gente rodovierio, vendia como pastel novo em quermesse. Em Porjo Alegre dois fatos novos ha ares: "Os Tapes" que ha- Vlamaanho a 'Cainandra! em 72 Som lipedro Guara' lotava_o S2ayro de Camara com um es Detaculo onde apareciam, vesti= Ges meio. aia guaranitica" © tocando flautas de taquara, © Melioti, nosey "Diseorarmal! podava | iCanto de Morte... '! Ge Coronel e do Marco e 25 de~ mals masicas doLP da Califa e muitos dos nativistas de hoje vieram por este "ea~ bresto para engrossar a corrente, Bueno, por aise vai a coisa. Foi tudo muito. de repente, afi- al 10 anps no sd0 muito. certo ¢ que esta gente € es- tes fates acima relacionagos, S40 apenas alguns dos inyime~ ros que airaves desta decada enfeixade pelo periodo 74/84, foram verdaceiras Nastiliast de MEspinillo!! neste fogao de ronda que nao sé nso se apagou como, muito em contrario fo Blimentando a vergadeira fogueira, que ninguem mais apasa. Hoje © pove do Sul conhece, discute e participa da forma mais ativa que puder, dos mo- Vimentos que "cheiram! a Rio Grande, Os artistas cpioulos Jotamas casas de espetaculos., Ghumero de poetas na praca & muito bom., Letristas, entao, nem dé pré contar. Misicos, que eram de contar nos dedos, 2oora faltamdedos pra cue se— gm enumerados, Os Festivals jainiciaram sua marcha de re- torno, rumo a sedimeniacao na~ tural que ocorrers. Enfim, tudo esta no auge, pois nunes Se respirou tanto’ RGS como agora, basta apenas que a fase de modismo que por certo vai passan, adelgagande um pouco esta corrente humana, refor— G2d2, do momento, Ueixe no fundo do tacho como rapg en= corpada que trancou 0 pe, um saldode gente capaz de despi- dos do entusiasmo de agora, onde as ombachas sao enfiadas porque moda, tocar prs fren= te com estgdo de consciéncia de ‘quem ests manejande com sua propria cultura, tudo isto, que muito malg que uma forma de pura situagdo de ergonomia, & omovimenyo de um povo que sabe 0 que 6 seu! Tarca 19 ... ENAO ME VENHAS COM INDIRETAS E Al VEM 0 PROXIMO —— EXPOSICAO ANG Fea ANIMAIS £ ssi ,Queremos eleigées diretas. | Mas agora, quem colocar na | iréos aqui da Casa., 0 pesso- E, pareo ngsso lube. OCiu- | presidencia’ dg Clube? O Juaz | aldo tchs!" também nso da, bé dos Reperteres Nativistas, | nezFonseca nao pode, pois id | pois jd sao todos da Diretora Nosso Ultimo presidente, Chi- | edadiretoriae se comegarmos Precisamos urgentemente de umcandidato... mas, tgm que ser um que tope eleigoes i- retas. Vamos ver se no prdxi- me festival a gente consegue quinho da revista Na aacumular cargos, isso vai a~ Vismo, ta deixando a presidén- | ‘cabar ficando qué nem,o Par— cia. Vai de malas e pessuelos | tido Comunista Sovietico, 0 paraoParana. Nao sei_quemo | pessoal da !'Tarca! tambem nao elegeu para a Presidéncig do | pode, ficaria meio suspeito. Clube, acho que foi um negecie também onosso presiden— meio ipdirgto. Tayameionaca- | Vo acabar dizendo que estou | ciavel, ra, ne? N&o poderia ser outro. | Sendo pressionado pelos pa~ | (Ortiz) 20 Tarca OSMAR MELETTi E A CALIFORNIA ‘OsMAR MELETTI JAM CAETAN BRAUM PAULO DENIZ| Atigagioafetivade Osman Me Tett! coma Galiternia da Gancao Comgeous jena primeira reali= fegaodvevenio, quando 0 eri aden do "Digcorama To! jurado da promagao © se confessava eriuclasriace eoisieca iarapae parac"'CorreiodoPovo", edi= Gdode Ise 2de janeiro de 1972, fexto que Viriaa se tornar a in= formagao da contracapa do LP dgprimeira California da Can— geo Netiva Do Rio Grande do Sul Até a oltava edigéo, om 1978, Gemurconparcciss icdasere= Slatearla, womprecpme mesma Srtustasmo, sua fe no evento de Upugualéna, Quandoa Radio Guibe em i977, trenemitia sunerineira catitgenia, Oomar Setave conosco, Naquele ano , Com & implantagéo de novos e~ quipamontog pela CRT, tinha= mos condigaes de diaper de um excelente circufte de transmis saoentrea cidade de fronteira eacapital, Lembro-me bem de que Osmar vibrou com a possi- bilidade de transmitip @ Cali- fornia, uma aspiragao sua de muito tempo. Sua, sade preca- ‘contudo, j@ nao Ihe per — iaacompanhar todoo desen— rolardocertame. Mas, na noi~ tefinal, a meu lado © de Jaime Caetano Braun, ele regisirou a vitoria do "Negro da Gaita' mgrco decigivo na conceitua- gaoda California em termos de Comunicacaéo, Hoje em dia, mais de 40 emissoras de radio comparecem a promogao do CTG Sinuelo do Pago. No dia 27 de abril de 1979, ronicamente no aniversario da uiFolha da Tarde!!, Osmar Me~ letti falecia.gm S30 Paulo. Por determinagoes superiores, coube a mim substitui-lo no PRIMEIRA TRANSMISSAO Ao Da RADIO jauaiga "Discoramatyuma semana depois Com muita justi¢a, a partir de 1980, a diregao ga California decidiuhomenageg-lo, dando g Seunome ao troféu oferecide & vencedorg da Linha de Proje $89 Folclorica. Apertir de en- 120, receberam o prémio os compositores de "'Semeadura'" (Vitor Ramil © Fogaga), "Des- gaprados!' (Mario Barbaré e Sérgio Napp), "Campe sina! (Barbara @ Napp) e '!Caminhadal" {Sérgio Rojas ¢ Colmar Dugr— te). Com a decisao, a-Califor— nia devareciproca doaieto que Osman Meletti sempre dedicou aela. Uma historia de afetivi-~ dade mitua que, emrapidas pa lavras, eu conto assim PAULO DENIZ Radio Guaiba Tarca 21 CADE AGAITA DO ANTAO? V1- Buenas noite! V2 guengs. Te aprochesg tdiovelo que g. canna € pura ea erva ¢ buena. vie Ata tresca. Entso me passa a guampa, V2-E como 6 que vao ap pas- Sando as coisas ld pelos tous lados? Vi- Bueno... forsosdsitine esvigehle vanoinde a trotiis no mas.+, Mas, cade o gaitero? Me Somtaram que aqui tinha um fndio. bagual uma barbaridade! V2- Sia, oaaiteroté ali, meia acebrunhado, oltavade ne Celeosaname Vie Mas. 0 que & que,howe? Lhe roubaram a 6guay a Relea line cence da gaits? V2- Buenas. Anojvataz tempo qug botoua pe no pstribo., Rogue vendeu pra compr’ uma gaita nova. Ea anita, a’ gaita nom ihe conto,ine passargm o conto e'ela pavete ab nindalohrals outra quersnela, Vi-dye barbaridade! © indio taprecisendode uma ben- zedura.-. Mes. corgo nao gosto ce Ver ninguem em= Bulacado, me palpito seayinie? Pega aqui esse Peldgio, dizem que um tal de degetal que eu ganhel Ge uma chinoce lindaga Darbaridade, © vamo face tim sortelo eptre os gom= padre, pra.compra ume Salta nova pré o home. Peca em um ate,de Milton Berwian Noite, Céu estrelado. Num bolicho de campanha Personagens: vivente | e vivente 2. \V2-Gostei da iddia, Vai ser- Vindo 0, mate que eu vou prepara uma listage lige— rito, TS lgco pra vé de nove oANTAO facerito que em guri quando ganha pirulito, : Vi-Mas compadre, quando & que vai sé esse tal de sorteio? Va-Poisdia, vamotazé dia 28 ds abril, e pode Ir avisan= doa psonada pracving comers um bilhere, 2 36 se informa’como.boliche= ro Fagundes, ls no Macenudg. Vaio de une forgapre Anteo, meio for Suite, antes que enduress oe dedo, time OLHA AI RAPAZIADA! 0 pape é sério. Vamos daruma forga para'o Anise, que teve sua gata rou- badge estd precisando com urgéncia de uma nova. E so um barao, 22 varea ROESTAISOGIRINGAUGHA Pssaro Perdido, de Gilberto Carvalho; Edigao ERC; 98 pa- ginas. Intimadoaprefaciay o "Pésea- ro Perdido'l, Jose Wanderley Corsini, conta que, a0 solici~ tarosotiginals, recebeu como reeposta um sonore: "Porque. © completa: Reaimente, por Gue?. Para um porta’ maior nao existem fronteirasenem se fazneceseario saber o que vel escrever, pois de lava tao Fertil se pode,sair boa safra" Uindos mais ideidos poetasrio~ grandenses, Gilberto Carva- tho compenta 9 uso frequente de alguns chavoes que, vez por Sutra, ferem 0 ouvide do leitor mais desatento, com uma pro funda compreengae do univer Speen ene cena raneo. Arreteréngiaao leitor mais de~ Satento, € porque una leitura mais aplicaga,evidencia que © Usodo chavaosproposital. Gil= bento Carvalho acreditane cha- vaoengose intimida com 0 as= Dectonegativado seu uso. Po- igdentnodo contexte socio-po- Iitico prasileiro e, referencia a9 gaticho ¢, também, um cha- Empoiagao com a contundéneie de denuncia social em poemas como Sem pingo, nem pao", 0 leitor pode nao car a cevida a- tengaoa outroaspecic deste I vro! trata-se doresgate, cu ao Inenosyla tentativa de resgate, dos valores maiores do homem sulista, Gilberto Carvalho 1o- Calizanometode toda ump car Sa de sofrimento e miseria, @ maneira como 0 nosso homer Enfrentaacesesperanca, 0 de— sestimulo, a revolta, o'medo. Pode-se argumentar contra es ta posjgao dopoeta que sua poe— sia so pode despertar nostal= gia © remorsgs, Mas 0 argu mentonsoe valide porque o& Valores resgatados sao exata~ mgnie aqueles que fazem todou nos, do pampa eda cidade, Sontinuarmos resistindo. ‘Seo tim bem comum de todo,e qual quer cidada, Poets é aguele due, como disse Mallarmey de Sentido mats pura se palavras dg comunidade, Conscientes ou ao, ‘contamos todos os dias Cgma forga destes valores para nao sucumbirmos morale tica= monte. Deve ser bom-vindo, pois, qualquer esforea que nes tonne mals sonsivel'a forge ¢ Stasperezasdesse bem socials "Eprecisom, avisa o posta, que inmanados/ povoeiros & pélo-duro/ desfacam logo este esguro/ de indigércia cultural/ filao multinacional/ de escusos comportamentos/ que aprovei= fanco momentoe/ de ctvica e I= nexperiéneia/ pensam levar a queréncia/ no cantar de ostra~ hos ventos™, A lige sobre resisténcia e i- Gentidade cultural dada por Gil- bertoCarvalhe faz com que nao se compreenda opoeta como un Serdivinoemstertoso, envo Topor sonhos incompresneivels Apcontrario.aguly © ariisia ge Tiberta e ennse & sue posigee sobre um problema crucial’ do nosso tempo e, corajosemente toma partido, "E, toms partide sem ser-pantietirio, porcue & inspinacdo ¢ proveniente oa sus Integragao com a prodiematics dohomem sobre euem escreve Ac contrério da maioria dos nossospoctas, nao se conjenta fm flear namorando 0 propel mbigo. "Pdsearo Perciden ¢ exemplode olhar duro © ceiter nioso quepode ser langado so- bre os hebitos © incertezas do nosso cotidiano, Oihar pouce Slitistac cireunspecto, que s= barca tantoa impontncfa de um Jaime Caetano Srauny ‘como a ‘musiealicade de un Nilo Brum, tanto a forga. do um pote chert cro, como impete de un gine te. Julie Wehigemuth Tarca 2 OZES RURAIS Amisica coma qual eu partici peino J MUSICANTO,de Santa Flosa,é mais do que uma cangao, Zoposicionamento da queles Que conseryam na erlagao mu Sealasraizes da campanha de onde vieram, Dos que enfren= taram as picadas esireitas da difusaomlsico-cultural quando ainda nao havia 2 congeléncia Rativista quehoje ha e, que, abringo caminhos tornaram possivel cantar-se o R10 Grande de bombacha Hoje, dividimes democratica- mente ocensriomusical do Es- tado com a chamada "projegao folclorica" {inventocalifernia- no,para Identticar a mus eg Urbana) ou,se quisergm, a mu= ‘a popular do sul, 2 0 espage abertgpelos queynéo rarag ve~ Zesysso chamadas de retrogra- Gos,e conservadores que hoje est preenchendo o vazio cul- tural que o Rio Grande sentiv por longo tempo. Sou pela re~ novagae consciente sem colg- car em risco 0 atavismo tao Garce latente dos que cantam a Terra eo homem do campo por uma Identidade cultural Pretend com Vozes Rurais" chamar a atengiode grande pl blico para que fiquem alentos ho sentide de selacionar os que esto tnazendo contribuigaes para a historia musical do Rio Grande, @ dos que aproyeltam cembaloea desinformagao pa ra Wengrupie" uma musica sem ratzes © sem interesse cul ral. Per ,cutro jado,penso que nao sera possivel_avancar na es trada da criago musical se nao tivermos ua base sdlica © de fipida de musica gaucha. Esta rlamos construindo casielos no Felizmente, entre cantos estna- nhos estaoeles "de bota © bom= bagha sustentando os pa- droes", Para gs que quiserem MDé-Ihe boca 2 estas bocas cantoras Ritimo: Milonga Misica: Jogo de Almeida Neto Letra: Joio de Almeida Neto Cade ver que um campeito abre 0 peito rum gaipdo iotrior que ele Cquom nd quero Rio Grappg eitando om rates sor sntidoe Detar. ‘Mas ne meio de cantos estrarihos mométtistas e circunstanciais Bee enacts aseartntes tentoado por vores (fais, bie boca a ext neg effra redentora da voz dos tbe Dane pata ocesata on so dos sagrados rituals do f53ben, « dif canton aue neue en ton etvicos tons must, tose de boa bonfina Stxtemando os pater ares cue Stale core a estes Romane conta tnpo apierando orgie Oe. eronhos tenalgycempethom padipienenecenct 2a Tarea CANTO LATINO Carlos Moacyn Santos Nao se pode sentir gauchismo senaonuma alma com ansia de liperdade. Num espirito in- domito, com sede de lonjuras, que Ihe permita eriar ¢ rea~ Nizar, Telmode Lima Freitas, qual Juca Ruivo, eum dos daw | radsinos representantes do ees Simples, auténticoe diretona sua ma” NANTONIO GHIMANGO" Martin Coplas, que nos pareceu indiferente a qugisquer outros interesses,que nao o de enalte- cere difundir verdadeinos va— ores gaucheseos, teve respon- sabilidade profissional e maturidage cultural suficientes @necessarias a dificil emprei-~ © CANTO DE TELMO DE LIMA FREITAS, nigestagomusical,, Sya arte nao procura ser, &. 0 Rio Grande de ontem © ¢0 Rio Grande de hoje, sem se des caracterizar, ‘sem perder a Sua identidade, © aujor de MEequilador', “que ate entao, Vinha nos gratjficando com Suasleirasemesieas, tantas Ceres Consagradas ein fest Vals, agora nos brinda com seudisco, "OCantode Telme de Lime Brettas! E Ocqup se vé nd surpreende inguem que ja 0 conhecia Cantando: uma voz xucra, ba Guala, com sabor de campo, Seamer celogida todo cape” Gisl asus préprie obra, ave inguémmaisdo que ele’ sabe Sentir. Esse disco velo e fl Cou, para se Inserir gefini = tivemente entre og classics Ga discografia gaucha. tagaa que se propés: produzin, emdisco, nada mais, nada me~ os, que’ os versos Campesires de "Antonio Chimango!", Poucas vezesa cultura saucha foi tra- tada com tanto respeito, Pola sensibilidade com que fol tra-, balhado, serviu o disco nao so para exaltar com fidelidade o €14ssico poemetocomo ainda paramosirar que nossos temas telricas, bem ao contréri jodie oo een EEA ae Nace hoster Se Ue tan mal hanes Sedo cceetgenoes Saeco ieee fertosliaianrsieaetcite Serr oataee correo ee pe avaieere sun sale nerd Ba eee uines aenena Deacons Taso ae he eae ee aie roc eee SRE hs aero ere re Seaie Sealer cetera cone Sere Toe a ee Seer eater wanton am Prag a Barons Ai Bat 20256 Cacho 25 ARTE SUL-AMERICANA CARDAPIO CAMPEIRO MACAINUDO) BAR _RESTAURANTE — PARRILLADA, © recanto mais auténtico da capital funciona, todas as noites,das 19 00hs 20 amanhecer ali na Mariante esqui- na Castro Alves ~M. Ventos ~ POA DIREGAO: CRISTINA & DOROTEO: . | Calkandva Bar e Restaurante ob nova direrdo de: DORVAL DIAS © GASPAR MACHADO + CARDAPIO CAMPEIRO e MUSICA NATIVA AO VIVO * Dr Timéteo, 752 Direcko; Airton Cairuga Pinheiro MUSICA NATIVS 20 VIVO eu; tera ere Fapunaee bse Garton ae noes vacto: TOMAZ BARCELLOS ONDE 08 GAUCHOS SE ENCONTRAM Organizagdo Jodo de Barro Leda ARTE GAUCHA cao soe “pl + tun cor (© ponto de encontra oa culture gaccha, Masiea, Bolicho, Restouran te. Charraageeira, (Parellaa). Lt vraria (Literature Gatch). Fogo de Fea mts Soe ae oie, 18 Chao, Danges, Cursos. Vernisenge fork A mince Tltne (52) SHAE REPUBLICA, 46. FONE: 2-166 ee | eee Ld ‘BRASIL, ‘Chage, ro mais, meu peticiot Eo local onde o thé amigo chimarreia tranqtilito a0 som das melhores milongas Oo fropeiro ¢ chimarritas tocadas (20 vivo de quinta ar 4 domingo) por gente que entende do rarada. | Dar, FeSte urante g| ‘Nas segundas, de inhape, vocé ganha o jantar dl Staurante & por conta de casa. Ganha, também, na beleza lurrascaria da vegeiagdo nativa. Aberto todo dia WARAGATO [RNoVO VINEA DALES RECANTO 00 SEU FLOR ‘Te aprochegaindio velho pres bandas desta queréncia ols tomes @ incumbsncia 1 exaltar nossa tradicdo ‘vem cevar teu chimarrdo. tomar um trago de canha saborear uma picanha neste modesto galpo Fice & vontade vivente neste galpio altaneto ‘onde 0 gaudério faceiro bbordoneando uma guitarra val cantando uma chamarra nos moldes da nossa raca e no repara a fumnaca que do fogo se desgarra ‘A culindra campeira fax parte do ritual ¢ carretiro imortal 1 wadigdo gauchesca fo churrasco de came fresca espinhaca, mendioca e rabada ratambre ¢ costela assada 2 panilladapitoresca ( nome de Maragato no é por ideologie mes sim pola valantia desses nossos ancestrals uma homenagem a mais ‘2 quem Iutou por liberdade, Exemplo pra humanidade dos rio-grandenses imortais. Ovelhe Vinha Diathonao exis~ Doroteo Fagundes. ,um guri de Uruguaiane que he irés anos vem mavimentandoanaite por- toalegrense, transformou um local complétamente desacre- ditado numa acolhedora casa de espetaculos com musica Sul-americans, bare Quem nao acredita poderd con— ferir de perto participando dos langamentos de discose livros ouvindo gente como E iton Saldanha, carlos Alberto Perez, Nonaio e Joca, Cigano, Plauto Cruz, além do Proprio Dorotéo. RESTAURANTE (0 TROPEIRO CALPANDRA A Gass gion de servir pratos da culinaria campeira prepara~ dos e services em panelas de ferro, ofevece rabada com al= pim, Carreteirode charaue, matambre enroladoe, atengao, oves de toyro, iguaria de di cil aquisigao que, por, isso, 3d aparece no cardapio,’s sequn- das-feinas,quande houver capagao Restaurante Calhandra, agora Sob a direcao de dois indios pira mais de campeiros o ba— geense Dorval Dias ¢ o Gaspar Martins, que veio das bandas de Sao Gabriel. [Uma fatia do Rie Grande em Erg boi... Era boiada... &ra| labobrinha'é brasileira... Era| lpicanna que ao fio da prateada| se abre gotejando na brass vi_| va do coragao crioulo Nesta legitima tapera de sam- panha a hospitaligade nad fica por conta apenas do mase que,de| lmao em maoyse faz presente, Imas tambem do convite para liantar por conta da casa as se lsundas-feiras, da musica ao Vivo e da folclorica presenca| los inmaos Magno e Fontoural Jque, quase sem querer, nos fa- rem retroceder no tempo 6 re_| Viver uma epoca em aye o sal Jgrosse temperava nao soa car] Ine, mas tambema lamina do ca lretter do gaticho. Fioneirodos Restaurantes ti legs as Porte Alesher © Ae= fear) Sate lenleitmalaa Cases mais movimentadas da caplialycaralin ealueroche gam gavchog © turisias de t dascs ayorenciag. Comida tit Loice, mesicaaovivee folciore Batay sieeafeee aoc don IMUURIPAS!, sdoasetra- osalaecesmnieded Tadce ay Roltespelo poota Jose Machads Leal. JOAKO DE BARRO] Considerada uma das melhores: casas noturnas de Porte Ale gregno ano de 1983, a organ 2asa0 Jogo de Barro prepara- separa, em breve, reabrir suas portas, Osnovos diretores, pretender: em pouco tempo, recriar ali, eponto de encontro da cultura gaucha. MACANUDO BareRestaurante cem por cento gaucho, que serve a nos— 88 comida tipicg em panela de ferro e+e 0 unico de Porto Alegre aoferecer carne gorda assada no trempe. Joao de Almeida Neto, Borguetinho e Neto Fagundes garantem as milongas, os cha. mMames, as polcas, eas chimarritas Quem gosta de nativismo noo pode deixar de conhecer esta casaamiga, simples e sem frescura ‘ODorothéo Fagundes avalisa. varca 27 Ingredientes: 2 xiparas de ferinhs de irigo 2 nigeras de meledo 1 Rigara de tarjnha do mitho | xigara de aguear xitera de manteiga | Zeinerinhe de crave mofdo, | eolbectnnalde carla ome 1 colgerinha de fermania em podissolvido na agua Saves Modo de fazer falete ech be tlle Err forma untads, leve 20 ferno, Todo mundo esta euférico. Muita goisa deve ser feita. A familia precisa pegar junta, & madrugada, Os galos come~ Gamacanjare o pessoal da co- Ionia esta levantando. Enquanto umacende 0 fogo ¢ prepara o chimarrao, outro da uns "rastolhos" para o gado € tira o leite das vacas. A guri- zada tambem esta de pe, ¢, apesar dos resmungos, empilha Ujolos no galpao. Isso depois de marear a forma e o tamanho do tacho que seng utilizado so- breofogo de cho, Até o milho JS fol jogado perto do galinhei- ro, mas continua intacto, porque enquante os galos can— tam, as galinhas semi-acorda— das, ainda nao deixaram o puleire, Sim! Hoje a famflia levantou antes de acordar! 5 Tudo € alegria. Tydo ¢ festa. Ate os licuscos!" estao mais ale- gres, andando daqui pira ali, sem rupo certo. Tambem os gates ja notaram que hoje & um dia especial, S Mas, por que? Qual a razao de toga essa euforia? Nao édificil saber. O tacho, os Npastolhos" para,os bois, e, para nao deixar duvidas, a gar— roga com cana; todps os indicios denunciam: hoje € die de fazer melago. i: Riguém dé um pouco de ragio para os pores, que, mesmo fora de hora, acordaram botan- do a boca no trombone. Os preparativos estao quase no fim, Nemo chimarnao tem vola certa, pols @ toda hora alguem lembra de mais alguma coisa para fazer, Depois dos lmates!! € hora de Nembrochar!os bois e comecar a moer @ gana. Aprensa de madeira, ja myito velha e bag- tante ysada, € uma recordagao do Mata! (avo), que era espe- cialista em fabricar esse tipo de coisa. Cheia de cunhas e contra-cu- nhas, precisa ser martelada de vez em quando, apertada ou afrouxada, conforme anecessi- dade, Nao falta um pedago de sabao de soda, para quando a ‘porqueral! comecar a gritar, daruma engraxada nos lugares onde ocorre a fricgaa. DIA DE FAZER MELADO Osbois caminhama pessos ten tes, Enquanto um coloca a cana namaquinae outro retira o ba~ ‘9a¢0, oresto do pessoal care gaedespeja a "guarspa" no tagho, depois de filtrd-la atra- vesdeumsaquinho de tecido poroso, Tuco funciona a con- fento, Parece que fel ensaisdo. A iguarapal! comega 8 ferver, Daqui mais,algumas horas 0 melado estaré pronto, Lz pelo meio-dig € hora de to- mar chimarrao a0 redor do fogo. Alguns vizinhos apanecem para trocar uma prose e saber Sasnovidades, Os assuntos $80 osmais ver iados:plantagao, eriegao. cagadas,. pescarias, politica, religiaoe por afafora, De tarde, quando a "gugrapalt comega a formar wna especie de, Nolho de boil, ome lado esta pronto. Agora 86 felta,tirar do Fogo e ficar mexendo até esiriar para ficar bem clerinho. Gera imenteynessa hora,todo mundo esis por perto, Brisando para lamber 0 tacho ou experi- mentar 0 melado nove num pedaco de pao de milho com tieeschmier", Algumgs brincadeinas tradicio- nafs ato comuna nessa hora. A mais conhecida acontece entre oO casal. Umdos dois chesa Dara outro e pede para que Sete dige uma palavea com Go= Sure, © ouve como resposta Simplesmente: "melado, meu bem", Jorge Luiz Bledow - Projeto Gauchada AV.ICARAI, 296-_ CRISTAL- VINHOS , SALAMITOS, CANHA DE AAMBIQUE., NATA, MANTEIGA, CHARQUE, COPAS, QUEIZO COLONIAL, SCHMIER, SALAMINHOS, LINGUIGA COLONIAL, PAO DA COLONIA. (ho, aRRo2. GHASOUES 11 RONDA DA CANGAO NATIVA_DE ALEGRETE T viGiLiqoo CANTO GAUCHO JORNADA NATIVISTA, ESTADUAL DE CAIBATE. Mateuna yeza Capital Farrow pliha serapaico de grande mo- Senta Burarnses dias 260.29 de abr! Peallzarcee-dinalg.uma edigao Ga Renda da Ganga Nativa'de injebiuefeeeinceiatae conte Comheda'maisynada menos,que 19 entldades tradicionalistes Durango otesiivaly diversas promogees sero desenvolwi= Bae’ Sncontro de redialistes que Lesher programas dirigi= 33s aomelo rural, encontro de presidentes de festivals, fel~ Pageartesgnato, curse Ge cu- lingria_geucha, ‘balies © sipe- teadaee cargo do Flquete lea to Ferreira Ga Coste Sidei'da Ronda sere composio Poetmenieinaatias) bel Costa, NiloBeum, Antonio Aus Sateen Aleacheci= che. Informagdes pelo fone: (055) 422-2386» Ategrete RS NOVIDADE ae gues papehada faz he muito impos At at renhama movida oo, Novidade € que ir aoPrata eerseolane HeceieeTs ae eee aorta eine SERVILIVEO [Gal Camera, 92 Goni. 19-FOA), fazer 9 pedido Som mance ao 40 dias arroba~ mnhar-e lever para o rancho, SERVILIVRO olerece, Dare Peer ee “Adiestramiento de! caballo, | El arte de ia equitacién: | = El caballo arabe, eic | Vale a pena conferir MARTIN FIERRO de José Hernandez, por apenas | (r§ 5,000,00,pedidos para cai- | xa postal, 880 - POA. 1 Numa promogao, paralela a VI Fenarroz, sera realizada nos dias 28 de abril 2 12 de maio a M1 Vigitia do Canto Gaucho, na cidade de Cachoeira do Sul, Umdos objetivoséa intesragio de poeias,,compositores, me sicose inteepretesda arie mu= Scat rlo-grandenee, incenti= Vandoe preservando as nopeas ratzes culturals, atraves de nai iiggucgem che: Mais informagdes cam a comis ‘S80 organizadora a rua Gal. Camara, 1123. Fones. (051)-722-2348 e 722-4133. A Prefeitura Municipal © Aca demia Jovem, com © apolo da Camara de Vereadgres's CG Sentinelas de Garé, farso ve~ alizar a 12 Jornada’ Nativists, fos dias 4 2.6 de maioy come objetive de: oportunizar 8 in fegracsode compositores, ma- Sicose postas conterporaneos fo interosse da culture © arte native, desccbrir novos valo~ resne’composigae missioneira © promover.e incentivar 9 tu risme, projeiands Gaibate no cenurio rlovgrandense. ‘nformagSes pelos fones: 202 211 ~ Caibate - RS, Para seus amigos, sobrnhios, fils, colegas até para vocé mesma, ‘Aocasido pade~o melhororesente ‘Seja aniversrio,casemento, vitora no vestibular, nascimenta ‘ou pelo simples motivo de voc6 gostar de alguém. Cadernela de Poupanca (CULTESLETT) A poupanea tri-legal area 29 ENVIE CORRETAMENTE 0 RESULTADO DO DIA- EVISTA TARCA GRAMA ACIMA ATE DIA 20/04/84 ECONCORRA —Diagrama A UMA CAMISETA TARCA. JUNTAMENTE IN. = QOSzQ7® FORME 0 NUMERO E COR DE SUA PREFEREN- CIA NOSSA REDACAO. Porto Alesre, RS. ad a FEIRA PARA 400 MIL VISITANTES de 7a 15 de abril de 1984 SANTA ROSA BERCO NACIONAL DA SOJA Quem, comapenas 20 anos, tem tanto para mostrar? AAPLUB. aproximado de Com apenas 3,5 bilhdes de 20 anos de cruzeiros em trabalho no beneficios. campo da Aliando solidez Previdéncia e experiencia, a Privada, acumulou um patriménio — APLUB demonstra certeza de um liquido em torno de 46 bilhGes de _futuro tranqitilo e promissor. cruzeiros, possuindo, hoje, um grupo de 19 empresas. Com atuacdo em todo o territério nacional, a APLUB, somente no exercicio de 83, pagou o montante APLUB ASSOCIACAO DOS PROFISSIONAIS LISERAIS UNIVERSITARIOS DO BRASIL, Seguranga e solidez sempre.

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