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Teatro Americano: Um Teatro a procura de uma continuidade Sérulo Viott A Broadway, co bem qua continue senda o clk neveil- wieo do teatro aimericano. toja com as viirines mais tlurnl- halas, vern perdend, com o corner dox afos, 0 caeater que the dew renbme: 0 Je cenlzo uradiador absolute do que de melhor havia no teatro amoricano, Atrioilads por pro- blomas de ordem financeira, chela de’ preconceitos contia ¢ que paidesse sor considerado,“emasiado.avancada!” ot ar= Ustico em materia de dramaturgie, cereada — no ce todos os Jados, € verdale — por uma bateria inimiga cervads que io va tra a Tate contr eapeticle purrenie ‘ela se vd, 40s Pouees, esearnecida por Vitlos, aban- ddonada‘por vrs e esquecids por outros. Quando se eh coma de que Bsquily continue Incdlio waquste periielce que val da Mua 41-4 ran 82: que Brecht, Frish, Durrenmatt, Sartre, Anouilh, Pirandello, Chekey, Giraudous, Shaw, O'Casey ¢ Wile (para eitar apenas nomes que sio, tia de Feata, exttas fom outros centros teetreis) nunen conseguiram conquistar © ‘fete do prodator ot simpatta do publtce,¢ facil compreen- iter porque tantos ee reveltaram « continuim revolkedos con lua 0 estado de colsas que Impera no eoreci0 dramaties de Nova York 0 teatro comercial 6 uma caraeteristica comum a centtas nos quais @ inlelativa pertiowlar co avontira foxen tealeo como ua fdrmula decsiva para uma provavel (0 as veres forts) viteria fipaneeira, De fato, poueas empressepedom dar tanio luero em ido pouco tempo. Una pera que “estou Te" ectvale a uma chuva de mani de elfrbes que pode dar fe produier a ilusio de que o dilavio se repeliré tas as ‘emocudas. Blas nem sempre a peea “comerdial” equate a tum estore” na mesma proporcio, cutras, que Poderism, A prlmelra vista, ser coasideradas."breves eontta 0 publica’ faluram inesperademente, A impossbilldade de. peevidencla de Iueros ¢ perdas, um dos aspeetos mats perigosds a aven= tura teatral ¢, a0 mesmo ‘empo. a salvacap 60 Teatto com T maitsetlo, ja'que ate 0 grande texte, que mio se Tina a explorar my supesficie 0 homem seis poquenos problemas cotidianos, tambem pod ser sucesso Hoje em dia a Broadway entrenta, dentro da sus prépris Wisinnanga, a concervénela crfiica doe teatros Off Lepecwvay (situados io permetzo de Greemusen Village € dy Lower East Side) ‘e' dos_ecpetieuloe Off-olf Broadway, ou OOD, quase sempre em “coifee houses” e tereias (2), esalhacos Bor auairn diferentes areas. de Nova. Yorke, Pork cy eldede ota-Se un movimento de deseentralizacso te extracrdiniria Importania. A exrmplo fo gue vom gcorrento em diets ines de Europa depo 0 teatro amerieano V0. BOF ns entre as das guerrss munglais a sua forca tentacular yporder contenas de egone de eupatdeulor oa turnés desapr erem tima ama, Compreenteu-se que @ descentraliza;do, Poleria tnifiear cobsevivancia. No so ‘escentralzacao, mat ‘apdlo muelgo: federal, estadual ow individual ‘Off-Broadway, depots de um inielo promisser, oussdo ¢ aplaudido, no inieto da dada de 50, comecou a ceder 2 pres- ‘Ho “comercial”, dlspendendo maiores quantias para as mor {farens; entranco em entendinento com o Siadicato e, co Soqucnicmente, vendoste obrigada 2 engajat maigr nimere Ge auxilares que Ines garantirig ertieas no New York ‘Timos; expotiando sucessos para “main” na Broadway: encenanio textos que oferecetsem possibilidade de boa acei- faelo: apclardo-tevem reprises dos assim) chamados elissieos Gop uitimes G0 anos: e, como & de ce prover, depeadendo mais ecmais da bilheteria para sobreviver, 0 sutgimento das ex- perléneias varguardistas OOB, foram, de certo modo, tenta- sas ce rencio e descentralizcay. "A formacio do Lincoln Center em Nova York (o teatro Vivioan Beaumont) preveneu ‘rian uma comaaia offal de repert6clo gue sinca ngo con- Seguin operar nes tases de cantinuicade de sins cotigeneres ials importantes do mundo. Desde 1963 funciona, cm Min- neapolis 0 Tyrone Gutherle Theater ¢ efieado com o auxi- lio de Funcattes e des broprias espectadores da cidade. Uma as mals nporiantes companhlas fora de Nova York, © tors Workshop de Sio Francisco, fundais em 1622. que ttabathou durante treze temporadas, delnou de exist. Seas diretores, Herbert an ¢ sles Irving, foram trabsliar no ela. Center. Por. cutto’ lode, 10 American Conservatory ‘Theater, dirsido por William Ball, que havia nietaco soas atvidades em Pittsburgh, om 1035, atingiu a sitUagie iner- Tetada e privileiada ce Ser a combanhia oficial de dues ei- dadoe ~~ Sie Francisco © Michigan Tastes osforgor solitirios de descentralizagio.adguirem forca renovada diante do movimento teatral “universitéri, DYomovido em baser que nada tém que vor com 0 Teatro do Estudante Brasilelry. Uma das caracteristicas mais vilais do Teatro americana contemporanco ver serdo 0 trabalho con junio de stores profisionais e das Universidades. Ma det ‘anos, 56 havia duas escolas universitérias do teatro nos Es- {aitos Unidos — no Carmetie Insitute of Technology (conhe- ‘ide comumente como Carnegie ech) e em Yale. As Univer- Sldgces de Fennslvania. Cornel! Towa focam plonelras oa inslusdo te onsino de teatro. om seus cterculos. Fm 1952, 0 Antioch College iniion o seu Shakespeare Festival ae fol ‘icigido yor um jovem aluno recéni-saido do Carnegie Tech: Eis Rab. ele tindou a AFA a Assoekaiion of Producing Artists, trabalhott com a Universidade “de. Princeton, deupando 0 MeCarter Theater e, depois, com a Universidade de Michiger, Moje, Apa. @ a’ mais famosa companhia de Yepertorio. americana, sedlada em Nova York, m0 Lyceum ‘Theater, ‘0 movimento eomaeon 2 tomar o seu verdadeito cariter de importincla deseentraizadora quando cin 1950, a. Uni- versidade da Califéraia em Lor Angoles (UCLA) organizou seu testo aniversitino eontratando um grupo de avres profissionals, formando, Gal por ante, uira compaahia per- Imanente ‘de\ repertri Depols desia’ inieativa da UCLA, Ssrupos profisionais surgiram nas Universidades da nfinne- Sota e ‘no. Trinity Calleze de San Antonio, Escolas cra- miticas fovain fermadas em Michigen, Stanford, Purdue, Bar. tard Brendeis, Denver e outras, todas com eompanlas Te- sulares. ‘A Universidade de Nova York reccbeu uma dongio de 750 mil dolares da Fundacio Rockefeller @ a sia escola pas- ou yor tna total remodelasao o> a orlentacio do Theodore Mottman 0 enitico Robert rustein (avtor de “0 Teatro da Reyolta") que se notabilizou como am dos argui-inimigos do featro comercial, famoso pelos seus artikos io New Tepu- bile, fol nomendo Ditotor da Valo Sehool of Drama em 1966, depois de ter sido professor de dramaturgia na Universidade fe Coltmbla doséo 1050. Brustein ehamou sea amigo Gor don Rogeft, antigo dizeter gerente do. Actor's Studio, para eabslnsr ao seu Indo como en-ditetor. Yale volia a ser'uma des principais escolas dos Bstados Unidos depols da remo- felatin de Brosiein. Ble eonservon alzuns dos luminares do teorpo docente (0 eritico « hietoriedor John Gassner; 0 com éerafo David Censlazet; 0 professor de historia de teatre, ‘Mote Nagler; o de diresso, Nikos Psacharopoulos) ¢ cont tou outros “professores adjuntos", todos tes, profissionals Aevteatror Stella Aller, famosa profescore de intorpretacao, fe Jereny Geld, que easinara longameate na escola do Old Vie de Bristol "John ‘Ferwald, grande homem de teatro da Inglaterra, que esteve ligado xo Arts Theater no inicio da eeads de 80. para depois set 0 diretor da RADA. (Royal ‘Academy of Dramatie Arts) foi convidado pace formar um teairo de repertorio na Universidade de zkland, em Ko- chester, Michigan. Um doo mais corbesidos vanguardistas amerieénos, Paul Baker, uum texano que se notabilizey ao formas um grupo do teatro experimental na. Universidade de Baylor, tom # seu cargo 0 depariamento de teatro da TH nity University de San Antonio, que esta eonstruindo o Ruth Taslor Theater. Outro teatro esta sendo edificado pela Universidate Catélica de Washington. Ade ‘lines devera inaugurar, Este ano, 0 mals perfelio e complet de todos eg teatros’ universities, 0. Krannert Center of Performing ‘Arts, composto de dois fextror (um grande. cutzo, menor, ‘experimental; dus salas de concertos © um anflteatte a Ar livre com mil Ingares). 0 diretor do departamente. de Teatro ds Universidade Caidlica, Rev. Glber! Hartke, dis soy "A ‘eneria 9 0 futuso do teatro esto aqul. # 0 tinies ugar onde as cols estéo acontecendo ‘Beto Imenso e importantissimo movimento nactonal tem fem Wsta nao's0 & preparacco de noves atbres, mas a [0 magdo de um novo, poblice. Os menos olimistas alegam que tm evo pulley dentro de to elevato.pallran s6. poder se desiludir quando, fore do smblente unlversitario, Se. de- frontar com # medigeridade do teatro comereial da Brosaway fe vaas tomporailas de vera dos “summer stecks", nas quals layenas os garantidos Osites eomereials sin. remontados com ‘qualquer oitrela de cinoma, mesmo quo nio tonka felto um a6 filme em vinte anos. Por outro lade, pode sor quo éste ‘mesmo publice exerea uma influbacla ‘desafladora salutar sdbreo panorama comercial, presiigiando um teatro me- hos padrontzado, exigindo do predutor aqullo que a Broad tray Ihe ver negando hé varias anos Soo tempo dirs qual Yal ser a forca do novo publico, se é que ésie chegard a ter Slgama. Ale ontio, ac Univorsidades, os gripes isolates pe~ Jo puls, os experimentalistas ca orla da Broadway e os re- Dpertérioe da APA, do LineoIn Contes e da ANTA (Ameri- fan National Theater Academy) continuargo Tutanéo para fave 0 teatro americana sobreviva em outro plano one ¢ poder do dolar auo_seja abseluto. *B claro que nio Folers scbfeviver sem a vor do novo autor. Quais nao sor ob renovadores isco também £6 6 tem= po diva Albee, que comecou como tm autor de vanguirda, rocafou un ceminke. teedicionclmonte strindborguiano 20 eserever: “Quer tem méco de Vitsinia Wool”, revomando- oem "Um Equilirio delieado”, A: grandes esperaneas do hovo teatro, ek Gelber, Jack Richardson, James Dei, LeRoi Tones, Arthur Kopi, Kenneth Brown, William Haily, tra- fassafam fagorosemente de encontro ao comercialisino da Broadway. (Na verdade, doe ‘potoes. que consepiiram 8 breviver ho censzo da chdade foram Albee © Mutray Schis- Bal) Mar novas voues se fazem ouvir, reprecentanda & $0 Eunda leva dos noves autores: Ronald ‘Tavel, Adcicaze Kea: fedy, Paul ‘ester @ Lanford Wilson, A wniversidade de Minnesota editou uma colelinea de dois volumes de peca® Ssperimentais — “Playwrights of "Tomorrow" — lancando bs nomes de Leo H, Kalcheim, James Sehevil, Nick Bere'z, Maria Irene Kornes, Elizabeth’ Johnson, Mean ‘Terty e Me Nelly. Com ceria xoperewsaio esoandaloch, surgiu. outro Autot no Pocket Theatre onde fol excenaca “America Hur~ Tah!” de Jean Claude van lallie. © jevem autor trabalhara com o Tue Open ‘Theatr (que, com 9 cuté La Mamma e 0 Gaite"Cino, 0 primeiro dingido ‘por Ellen. Stewart eo s0= undo por Jor cino, esti na lderenca da vanguarda), @ osm teatro que lavigara. “Viel Rock” de Megan Terry, ou- tra peea que chamou a atengio, e foi levada por Drusteln no testro de Yale. O mais recente escindalo da vanguard: fol & pecade Michael Me Clue “The Beard”, (que fol lan- cada om Desambro de 65 pelo Actor Workshop ce Sto Francisco, antes de chegsr ao Evergreen Theater de Nova York, em cutubro.do ‘ano. passado, onde esteve. em cartar tres meses), caja. Tinguagem e maxeagio levantaram pro- testes) erlando graves problemas, nao sO com a censura, ben ‘como a pelici. “The Beard”, veatro de chaque por excelen- fla, peupava 0: eartazes nos Tins de 67 ao mesmo tempo aue ‘fg Circles", uana pore do Gertrude Stain’ que 36 agora ¥ nha & eena gon grande aceinedo, no Cherry Lane ‘Theater ‘Como quare sempre acontece, 0 descobrimento do nove pote vit a0 lado do redescobriment do yelko incompreendido em Spoeas anterioros award Allee © Richard Barr, seu amigo produtor (que produsit muitasds suse pecas Off Proadwey ‘na Broadway f Clinon Willer, fundaram o Theater 67's Playwright Unia, uuma espécte de teatro do novo autor americano. No Cherry Lane Theater os noves textos sio montedos para os autores; 1s entradas slo gratuites. AtOres @ diretores protissionais ‘ontribuem com sus qualidade, experiencia e tempo material; fensalam algumas semanas © &s peas sio montadas pouess vézes, Asim, 0 nove autor poders sentir a Teaco. dom Meo 'c aprender, vendo a suz obra encenada, Pode, também, pedir para quo ie encencm apenas treenos de um trabalho Incompleto, "0. grupo chamava-se “Theatze 1960" quando montou "A stéria do Zoologica”. Deste entso foram las pelos trés sSclos mals de duas mil pecas (come conta Ri- Shard ‘Hare numa conferénela: "Os Proolemas. do. Frodu= for’). Mas deste penovo trabalho surgiram vinto!¢ elnco autores novos ‘Albec, mesmo coatra a aua vontads, nio pode deixar de ger considerado 0 lider” do novo teairo. ‘Ble consegui trovessay a fronteise quo separa Cherry Lana Theater da rua 42 e ocupar um lugar de honra ao lado de Tennessee Williams e Arthur Miller, que, por sua vez, representavam a ontinuidade artstico-comercial em todo 0 sou esplendor é& fachsda e bom resultado de bilheterla, se bem que todos 54 enham escrito peeas que deram projuizo, Bm um artigo Dublicado dias antes da estreia ce “Exerything in the Gar~ fen (que Albee escreven beveando-re no otlginal inglés Go faleeldo Giles Cooper) ele deelarou que 0 futuro per fence os ovens “Toda uma nova geracio de dramaturgos esta dando as cootas pare 0 teatro comercial afim de teabalbar como quer, toda uma geracdo de pabllco surulu, educedo para dife- Sengar bem do suim. E eu duvide. quo Isto. pidesse ter aeuntecido se. 9 teatro nio tivesse baixado de nivel, eaindo dns medioeridade en . TFasso uma boa parte do tempo, todos of anos, fa Jando com dstudantes! nos colégios do. pals intelro, e'— a fnlg ser ue as suas cebegas eadurogam tio prente se for~ nom — fas sabem mesmo 0 que quer dizer teatro, Conhe- em Beckett, Genet ¢ Pinter, e saben que éte teatro é 0 Unico verdadeiramente contoniporaneo, les querem um tea tio que engaje © nso sliene: querom sor sacudlcos, nfo apla feados: querem que 9 teanto seja duro, intense, ayentutes- fo; querom porgunies, ‘neo apenas. rospostas, Seatem-se ofendidos com a matoria do que medra aa Broadway porque ‘querom tornar-te mals edmzeloe do st mésmos, n80 menos. "A segunda geraclo de. novos dramatarios americanos esti produsindo ‘4 obra mais intorescante que tivemos no featro americaho em mullo tempo. Houve também mule colsn ruiay mulias vezes simultaneamente ‘les ostio in {eressades” nada mals, nada menos, em mudar a face do te ‘ro, redefinindo a natuteza da exporidndla teatral._ B pre- naluro prover, mas eu suapoito que, dentro de mals elnce fom der aos. un novo tipo de teatro’ val surgit nos Estados Unidos, e ter um padlico pronto para reeebé-Io. Ae ex Derienelas esizo se processanco, sto. multas veces onfusss, multae vesce faham, ea buses de” novas formas pode dat A aparénela de umd Insbilidade ara Wratar as convenclo~ ‘alg, mas 19 pode ser co outro jello; uma sacudidela ‘30 radital sempre dela multas colsas Jogadas, nb cio ‘O nosso teatro ests no caminho ds mudanea Violent o, quem sabe, talver chegue o dia em que as. pecas de Harold Pinter nig rerdo mals vistas por melasceasar na BYoadway.” A superagiio da Psicandlise no novo Pierre Dommergues Ninguém pode contestar que o teatro americano de 2p6s- gueroe {el mareade pela. psleanalise, Lato oe fastimavel. Hsta uapressio ¢ algumas eves tim elemento autenticamente “tragies om. Tennessee Wil- ams: de termura ow de fervor no leatra de Leo Herlihy de Paddy Chayetsiy: ou por uma costa dolicadera em Wil- lism Inge, Mas a maloria das vézes o dramaturgo se con- tenta om aprarenter “ease” clinieos ou pars-cinicos — por exemple, cgino 0 eas das duas itis “ixedas" em seu irmio huma pees de Lilian Hellman. Em "A Far dos Braves", r= hur Laurents chega ao extremo de introdusir wm psicana- lista em cena, Astista-seentag a um verdadelre. desenea- Aeamente de processos psicuicos que podem levar ou nio a lima melhoria do estado. des “pacientes”. A piatela € con Vidada a assist « éste espetaculo — experimentando muitts ‘verso prazer doentio de tum simples espectador Um des mérites da nova. geracio dos dramaiurgos ame- risanas’ (Albee, J. Gelber, J. Ilehardson, A. Kopit, A. Weinseeln, M, Setiseal, X, Brown, yara sdmente citar os mais impoclasites) foi de se Wbertsy da psieanalise ou, pelo menos tear em velagio «cla uma distancia necessiria. A. primeira vista, pode parever que psicanalise ainda esiels muito presente: 9 pelavra.“terapeutica” figura constant mente fe teaivo de Gelber © a noeap de "J0z0" no de Albee. Mas a grande diferenca € que atvalmento a peleandlice nic etmais um fim em si tornou-se im meio. Em "Quem (em médo do Virginls Wool!?” George Martha 10 incapazes de ter um filho, mas quem pode garantic que a yinda even~ ‘Nal do um filhe, oa mesmo 8 aeeitazso de que isso nie pode aconiecer, val por un termo 2 uta transcendental entre os dole A paleanilise fornoee ag autor o pretexto dramitieo Teatro Americano ppormitindo deemascarar a persoralidade dos personagons o fazer explodir 9 absurdo de suas eondicies. Nao se, trata de ancira alguna de um teatro “domestieo” focallzano neuro Ses Individuals, Mas entso por que estes jorens dramatur~ ‘Sor continvam a uitilaa® a Linguagom, os métodes e os temas a psteanalise em suas obras eujo espitit ¢ forma aproxl- mame tanta: veze9 do teatro cUropeu do “Absurdo"? Pode sex porque as preooupagies da psicandlise moder- xs se idenilficam com cer tas obsessbes antigas do povo ame= vieano. em antes da explicarao freudiana, o passado — sta Sustncla ou sua presenga excessiva — jd figurava na litera iura ‘amerieana: "a infancia™ sooretad, astociada Tox ve2es ‘a0 diabolico (Henry James), ¢ mas trequentemente & pureza (Gtarke Twain). Sonfo-so nos autores amerieanes 4 nozesc\~ Gadle ce. preservar éste estado de graca, de partir & procura 4a inccdncia ao mecmo tempo que etic ObTigedot a re= fonhecer que 2 unica realidade ¢ a do mundo dos sdultos Dai esta dilacoragio tao. caracteristios da literatura ame Meana de ontem © de hoje entre a adoleseéncla e @ mau Hidedo, @ inocénola © a experiéneia. 9 sonho © a. roalidade, 42 lrresponsabilidade e a tesponsabiidade, a evasio ao ima {inirio e a inlegracio ra Sociedade. ste canfito central do romance amerieano désie ultimo séealo reeacontramos numa ‘cena importante do"Quom tem médo de. Vitginia “Woal! ‘onde (6s esposos se agtidem em contraponte com as, pal rns “ilasdo” ¢ “werdaco”. Es vordade afetiva ‘mos Estados Vnldos — segundo ponte de encontro com 2 psicandlise — zo ¢ p amor, mas a-ato do amor, 6 ato-tabs, 0 "ato soxual”, desde Sempre 4soclado 4 doenca, ao vOmltd ou ate mesing Snore, A muiher impede ¢ homem de x0 realizar" mais finda, ela 0 devora A América e sun literatura estdo po ‘oatids le pequenos “eanibais™ Gutre pont de contacto’ da I ca a ad CH Alma ameticana com a psicanilise ¢ a crenga enratzada ns Sperfectibilidade”. oa em outras palavras, na “eura". Neste ears Selo Ne sare oe bomen judo a co lheriar do dessjo da, inovéncia (“regres fio" 8 ifanca) 04 do, elo & tmlber: Cvorploxem sextels) para realizar “o sonho” — por detinicio itrealiivel, polo Inenes integralente Nio é pols surpreendente de reencentrar © novo teatro as constantes profundamente amerieanas que coineidem com 4s preocupagies da psicanilise; ¢, a0 mesmo tempo reco. Ihecer outros temas ~ nay mencs'especificamente america hos — que se idcnlificam desta vex som 0 teatro curopea Jo ahsuréo ‘Por exemplo, o médo de se (ransformar em objeto, anguatia, nie de ser a vitima mats ou moncs complacon'e fe uma civilzacko do “gadget”, mas de se transformar lite= ralmente om coisa, O personagem do Faulkner ¢ “abejar” como 9 de Beexelt @ uma “uraa, No novo teatro ameri- ‘eano os personagens tim todos qualquer coisa de eomum com 5 “Bratescos” de Sherwoo'_ Anderson, Peduridos. a N20 sor mals do que time carieatura cesmedida do um s6 de seus ‘tracos. Medo do conformismo, pavor da petriticacao, imque' de permanente diante da impossibiidade do comunicacio — fais sio as dominantes désto pais do superiativa, onde o Thomem soffe mais intensamente’ de solldio e onde, por con= soguinte, éle deseja tao ardentemente a voontaeto” ——de- sejo Este que se totnou uma precure maniaca desde & época fos ploneltos, Fsses dados da vida o letras americanas telvez Permitam um julgemento mals objetivo da contribuicio de Uma nova geratao de dramaturgos, eujax preoeupagées, sem= pre profundamente amerlcanas, coincidem, extretento, — além dos pontos em comum com a psicanilise — com os do teatro enfopen do absurde: Kopit ou a parddia da Psicandlise “Papal, pobdto papal, mane te prendew ro armério © eu figuel igo trisinno"” "Oto a. nvimelta pec de ‘Arthur Kopit ji apresonia per seb todo um programa. Os bpersonagens centrals: o pal, 2 me, o filho e a filha. AS earacteristieas bom *psicanaliieas”: a mullor 6 possesive ‘como esbosa mata o mario para melhor possul-io, em sezul- a 0 expalha, carrega-o em suas bagagens ¢ tranea-o aur armério do hotel: come amante, ativa-se sobre wm cerHtao asmitico © endinheirade que, alerrorizado, ce aniquila a sous pés; como mie, inibp sou filho do tal mancira que dato Ho congue pronunciar uma palavra comeyada por’ M sem ter ‘Mama-myseli” ou por P sem balbuciar “Papaplease”. Bem que morto, 0 pat esta onipresente: ¢ um nome que a espisa projeta, sébre um filho reealeitrante, um mancquin Sempre presente. ‘Tentavo peln Jovem. que, sezundo espec'= ficagae do autor, usa as vestes da Inoeéncia, 9 filke se revol~ ta contre a mae: ele chega mesmp 2 deyteulr as plantas fue the foram confiades pela mic; mas, rapidamente ¢ re oniduzido aardem pré-natal. Descoorindo, no final ca pecs, lum cadiver de uma mia debaizo do um monte do livros, de sélos e de moedas (0 filtg & navuralmente um coleeiona= dor) — a mage eaclama: “Eepllea-me, mow filho, expilea a fur mie 9 que tudo isto quer dizer.” Os temis pricanalitiens do teste americano de apis- guerra estio todos preseates. Mas o tom nio € mols selene, um tom de farsa. 0 préprio autor denominou esta peed ée “fantasia freudiaaz.” Nels, 0 tnverossimel 6 a Unica lé- fice. A parédie ¢ rigoroca. A psicenélise ¢ ridicularizeda. O Interésse cesta “farsa tagiea"” — multas vezes mecaatea — comsiste om um simbolo: marca vontade de um. jevom Gramaturyo de ndo tomar a sérlo temas e situagdes que, ainda reeentemente, formavam s trama do testre amen!” Gelder ou a Psiecdrama a servico do Drama © teatro de Jack Gelber parece 3 primeira vista © pro- Innsamente to teatro psicoligeo, vecdadelraimente uta ia Miastagio hierisia dss fdeniess’ do pslcrama de. Mzeno, A pose apresenta quatro {reqientadores de umn determined taf Guo te onconftam numa. corta hora, neste mesmo a, con “um peraplégco © um aleoolatee.” Come-se ete bee ¢ ompresa-sc ume porgio do otifeloe dectt- radoe a permit que cada individuo exprima sa. persona~ Iidade. Um os personagens. represents, ui" gue Impeovicam o papel de dentista, 0 outro de pacer, o ter= celro de sssistente, o quarto espera a. sua ver yara ser Stoncido, Oe tjogos” te sueedem num ritmo debate: om Yotcos minutos ‘cata um dbles Se trenforma en Um “hale Eo" mun Suehnes"s om tm aclonsta, om. um ince, 6 foulldia em verdugo.”. conforme a inspirecdo do momento, Fro que’ eontracona. vid sempre mplicnde, na frame aver queira ox mi. 0 proprio espretadar & agarrada ¢ convi= dodo a parisipar de “A Magi (So Witule da poea), s daacar ‘masala "depois wonre o paleo, a improviser nor brages ein dbs aldress-- Em principio, tudo’ pote acontecer dat 9 nome de “happening” cavio'a Gate tizo de expeticulo. Apa Fentemento cilaros. cm plea psicandlie commun lingua sem: sous snbolot'o setuto Sens motos : TEntretanto a impressio dominante do espcciador com> tamem do Teitor nao €-absolutamente a seasagno doentia quis ‘muitas véses 6 teatro amoriceno da aéeeda dos 50 sugeria, © espectador ‘n4o.tem jamais a impressan. de. espiar pel Duraco da feohadura os sobresealios morbidos causadoe po" Jos conilitos de, uma pessoa culos. problemas so. Interessam ela proprid’ Ble (o erpestador) & grrastedo mum tarilhie {renético onde os personagens procuram desatiuadamentees- tabelecer com 0 seu prosima um contacto — seja qual for © 4 qualquer prece. E¢ precisamente a mulliplicidade dos “jogos” que Hermite © Eontacto Repeesentacse 0 dentists para estabeleter com o eutzo tin 1ag2, 86 bem que multe frigli; represenia-se da mesma manetfa como st exlancas brincam de dona de care ou do médieo, A finalidade de autor nig € revelar os segredes do "pegiteno eu”, mas de ligar uma pessoa a outra, & por éste motivo que Gelber eseo- Ie o nome de “Mister Relationship” para wm de sets pet sonagent. ‘A absessio do contacto se reencontra na primeira pera de Gelber, apresentada. em Nova Work pelo “Living Theatre” fem 1998. © titulo ¢ signifieazivo: "The Connection” — quer eer o contacto, aquéle que lige uma pessoa « outra, & ver fade que 0 contacto nesie caso € um “fornecedor™ de dro- fas, mas a droga 6, muitas vézes jnoe Estadoe Unidos, came 0 sigere William Burroughs, um selo de se’ comuniear com foutza pessoa na medida em quo, vitima da infornal Maritmée fica da mecessidade”, 0 velado’ deve se, encontrar regular mente com 0 seu “forneceder’. A droga é 0 antidoto da soll- Gio; forsa 0 contacto. Gelber acha gue todo mundo procara ‘sin ofpga (clorofila,vitamina, aspitina....) para neutralizar ‘bua Iniustentivel condljeo de selidao © epacigar a sencagdo de desordem. A utilizapio do conérie as eseuras concrotisa fem cena esta impresséo de caos, ao mesmo tempo que sell~ nia a inulldade de diversas tentativas, Do ponto de vista formal, esta constatacto do atsurco ce esta procara de contacto se traduzem por experiénclas que Tembram as do “teatzo total” ou do “teatro do absurdo”, O gosto torna-s> fundamental; a maseara 6 censtantemene ‘usada; os movimentos de cena sao diripidos coma num bal= Tet; as projecdes cinematogrificas integradas; recusa-se as intrigas; teala-se a improvisio do ator e até mesmo do es- peetador. 0 espectedor pode flear constrangida com a mul- tiplleidade de artficios psoude-pirandelianor (ama pore den- tro da outra, a intromissao do eontra-regrs, ete...) ow pelns rmanifestagdes ingénuas de um desejo de espontaneidade: os atires se interpelam pelo seus proprios nomes © multas ve~ 2s déo até o seu mimere de telefone... Mas seria Injusto ver nosto género de teatro simente um exereielo da poicanilise aplicaca. 0 importante é sobretudo # impressia de tes, a tentative de comunicacio, 2 recusa de estruturas tradicionals mesmo quando a Infraestrutura dramstien ¢ tracada pelos ‘métedos psicolégicos. Talvez um pouco dessjeitad, mas Sempre interessante, © peleedrama co colocou a eervige. do drama, Richardson ou o Triunfo da “Mom” er ona aetna Coieres cane nine ce mn cs eo ame ees ee Hecnety Snes ning io rks os eG eee eo ee ae ee eter acer repent Se Soe ne ee Seana amas ae eM Ds ice eee ae pee eee eee 2G Sees gates Lamers Saat Sb Lae ais egr ets cae Fea pe eee eee Se sear a esr Scene ee ey os eaeaene Seen eae ene feet atu beh bate founds | at iris hs eae ane ieee eae Bie eee nies cue ieee eee ee ee eee ees nately Shes'aes Temachte Pe pre oee ceed See cr en mesicernae te eee Se eee Be ae tor dues ieee a Eee wane rhc oe ana enee Sareea es oe oer a menininho, repreendido por uma mamde insaliseita, om: ido deaba retomando o camino eetto que a espisa Ine Indlea ‘com um kesto sutoritaro. TA desumaniiagso. (Lornarase coisa) do homem, a rea ‘cusa as convercses, a impossibilldade de air (em presenga io sun mulher 9 marido no pede rem abrir a porta ds co- ‘dniia) io. de cer'a mancira “sexualizadas” — io. poraue explieadas por tum comporiamento sexual, mas pordue Sio regidas yela dominacio de uma pessoa que’ serapre do Sexo feminind, No teatro de Beckest os atdres tanto’ Docem fer homens ou mulheres 20s personagens sio asexuados. Os de lebardson ~ Se bem cue também redualdes a uma cond- (glo Tidieuls — sio, 20 eontrario, dolados da um sexo por- ellamente difeveneiado. A mulher petrifica 9 homem, 15 Tolagées entre éles sio humilhantes e'apesar do ridicule’ das cies ¢ dos dlogos, o tom. 6 sempre agressive, Tealase rte co humor ee 'uin enforesd, 0 camico ext sompre nite do tragic, com o qual se choca multas, vézes pode-te confundir. @ autor qualifies esta paca de “tragi- Comédin” —sem teaco de unigo, como éle proprio 9 écclare ‘im pretéelo onde expee sua inténcao de comover até 20 riso fou de fares Hr até ao Lagrimac. £ déeto ehoque continuo fenize o riso ea emecto que surge éste acréscimo de verdade ‘que pareco sor uma das tarseteriotieas do niyo teatro tanto ‘Nos Estados Unidos come na Europa, Edward Albee ou Teatro da Crueldade Mais do que Richardson, ¢ menos que Gelber, Albeo & Agualmente vitina de um, impediment psicanslitiey’ Em suas pees » "620" também 6 indispensivel — Jogos de palavras fue ligam pisinas Intelsas de respostas sezundo um ptincl- Blo. de livre assoeiacdo, Jogos de compertamento que for- ‘Recem propria esirulura da peca: represente-se 0 papel Go um Yerdadelro assalto os convidados (com a intencio ‘de desinaseari-los), O passalo dos personaxens & a proprie Yonte do toma: nada @ poupado sobre a infarcia teal ot {magindsia de George nem sore cs problemas de Martha: Inslste-se partieularmente em seu spez0 20 tal. Entretanto, a difcrence entre Albee © Williams, por exemplo, 6 quo 0 faulor mio Drocura mostrer 0 desencadeamento de uma new Tose, mas — partinds de. dedos poicologicas (a situngao de ‘um Gasal) ¢ shdlolorlees (amblente fechado de uma universa- ade amevieana de interior) —~ dramatiear a vontedo de Iuelder de um casa cansado’de meutiras, ‘Tanto ‘em “Quem tam mido de Virginia Wooll? onde o problema fundamental 60 da avider da verdace, come em “The Zoo Story” que foca- liza @ nevessidade ancestral de comunicacio com 0 outto, Gites okjotives s6 poderie. sor atingidos so” co estabelecor entre 05 protagonistas relagbes de uma erueldade lajoleri= vel A luta contra a nipoersta consttiut o tema central deste toatto. Com efelto, ca “jogos” pormitem jormar uma verda. de “psicanalitica” ‘ineapazes de ter urn filho, George © Mat- tha inventam um) ou social (Nick e Honey ‘ilo. podem rete se refugiar atrds de uma fachada de indiferenge formal ex Telapio aoe outros o a si proprio). Mas, na maieria das vezes, ‘So verdadtes situadas alem éa psleologa de once, entretanto, las slo tiradas. Sao constatacoes infinitamente mais vastas sobre a conidieap humana ie surgem. quarido pessoas se on frentam sem estarom armadas dos Asbituals eeoudos para. Se defender. Renunclando 2 eslstoncla do fitho 1nventacd, Ma tha ¢ George renuinelam igualmente’ ao ides! de. porfoleio ‘que le incarna — 2 perfecto fisica e espiriiual que repre= sonia, A erenea funtamental no progresco que dle simbolia, 4 Lusi (mentira) em oposicdo 8 yealldade, E a tush ert ‘Albee @ em parte “9 sanho smerieano”, donuneisdo deste sua primeira pega que tem éste titulo — 0 mito das texras Vitgeas do. Oeste e-nas passbilidaes iimitadas do Indic duo. ste sonho, em sua forma meis romintien, toma st & tha inaccessivel, Situzda no melo do caminto entre 0 real © 0 imaginario, improsnado. de noctalgia com a qual $4 50 hava Huckleberry’ Tina; 1é Tonge, as margens do Mssis- sip, o atolestenie branco odin 4 camunicar com » nos eencoairar para sempre & incednca perdica na vida d& ‘Este sono amerieano é incarnado no teatro de Albse por um joven! um drfao, dotado de grande beleza tsica, soriado com a morte. Algumas véres éle nasee em condigies imiseravels, morre Jovem e tudo acaba mal. Outrss vézes, 20 ‘contritio, le se decenvelve perfoitements to plano fsieo, mas se réconhece “Incompleto”: cle se sente como separaie fo um eutro "ou", como ce tivesse perdido desde o hast mento uni Iemao weme9, sente-se dividido, Incapaz de amar: io consegue estabeloeer relagSes autéaticas com ninguém, ‘ode acontecer que éste jovem nao possua existéncia mater lal: trata-se de um filho inventade como em “Quem. tem edo de Virginia Wool!?" 0 simbol do "Sonho Americana” também to pouco visivel come o proprio sonho, ‘A mentira, o sozho, a ilusio, — sio arrancados de den- ‘ro de st pelos proprios ersonagens mo lecocrer de cenas de) wna violénca quae. insustentivel; chegam mesmo a cenfiar as unhas na pele do adversire, © despedecam-se da Iesma manoira como vertes Honey so alitar s0bre &. gat rata de conlaque e esfacelar sua eliqueta, © nico elo. ai ténileo $0 da erusidade e da humilhacde — buniihagto. da Yelhice como no “Sand-box" (um mrotorista, (cansporta: sua 286 em ‘uma earrela com grande brutalidade); humilhacto aeial (no alo dedicado 2 morte de Bessie Smith); h fo fislea (0. gémeo ao “Sonho Americano” cane ile cont o Kleal, se ve ndo\s6 castrado mas {todos a 'seus mehnbros); humilhacao protissional que Geot fe se ve obrigado a suportar clante de um jovem colesa; hnumithasgo sexual enfim, que est no dmago déste teatro, como ost, allés, em eradacSes varidveis, em tida a literatura americana. ‘Resim sitll da "mom american, Martha sedur © rap diante de seu maride, Ieva-p ate A corinne, ¢ quando volta para a sala lama a quem qulsor ouvi-lo « lmpotencia 4p Jovem professor, upon. a raea dos. Romens-tr0ux0s (flops) & sus, a da Mulber, de Torre, ds Mao, de Foren, NNo inal’ das reunides, das quals até 0 margués de Sade sairla pilido de hosrror, 0 contacto tio desejado 6 enfitn citabelecido, Shmente depois de tres horas € que Martha, sgotada © sida 20 mesmo tempo, renuncla & oxisténcia Huscria do fino iceal. ‘Somente depois de ter obrigado Pe- ter, 0 poqueno bursts amerieano’ encontrady no. Central Pack, a fazer uma confissio de sua propria vida sezuldo de uum questiondrio que mais pareeo uma inquisgio, & que Jerzy, eterno yagabundo de “Zoo-siory", coaseaue se comunicat om Peter, hajtlando-e, fazendo-ihs ebcegas, empurrando-o. fo tance —e sobretudo obrigando-o + eomeler um hotl= dio com um canivote, gébre © qual dle ce precipita, mur murando: “obrigado". Reencontramnos agul ein filirtas, tim los temas subiacentos em. iéda Iiteratura ‘amerieaniac © homosexualismo, enquanto meio — um dos mais seguros — dde-se comumiea com 9 wutto. 0 teatro de Albeo — assim como o de seus contempo- rlneos — flema-se e6bre dios psleolgicos indestrutives Doraue correspondem a constantes ta lina emerieana, Mag nipoleoloaia nfo este mae no centro da realldade toattal. a qslcanilise no 6 mais 0 objetivo supremo, mas um mele que permite dramatizar a condicio do home, mais do que funes ameacado pelo conformismo de uma sociedade da op Tencia, tentado pelas solucees ilusbrias © reduzido & mais Inexorivel solid. © fover teatro americano esté em vias de adauirir uma autonomia © uma personalidade. incentestévets, Esquomas espeeifcamente gimetscanos tomam forma: 0 euito do cinkel- 70, 0 “momismo", © “sero emericand", A ceiclica curopéia ‘to zzoteseo, modifieaca por uma técnica de cabaré, sobcetdo fom Gelber, vase juntar ae fonter mals profandas da Mts Tatura anverleans. A. eoncepeio perizosamente sien do feairo europe do asurdo @ quebraca pela reintrodueao de tum fator tomporal (Sie wecessirias tres horas para ave George e Dlartia se tarnom iieidas) e de um esquama dints mico: 2s sitasgoes so invertom no decurso des pegas de ‘Wichardson. Ae lado da. angustia Teapatece una eerta espe= raga. 0s jovens deamatursos amerieancs tontam, & sua manci- ra, sait do. impasse: recusem a tngeruldado dos engeja- ‘mentos politicos da déeada dos 0, permarecendo, eontuco, Conscientes da realidade social, Evitam a ecsura’do (eatso sicanalitico da déssda dos $0. mas sunem tirat proveto das jeseoherias enriquecedoras da ‘pieslogia. moderna, Deser- baragado dos excesses do realisio politico do. dogmatism Deleanalities, éste novo teatro. atinge muites vézes dimen= s0es de lueidez © ce erueldade que mio podem rassar desa- peresbidos. Albee, Processo e Tentativa Resumo histérico do teatro americanoa partirde 1920 Rubem Rocha Filho Entre duas Guerras Desie a dgcala, dos vinte, hi amplo protesto, ineonfor- mista e gritante, pela elite doi intolostiaie « artistas norte- Emericanos, contra a. confermidade opressira, bem. com= hortada e false daquela cociedade patrenizaia, ostensivamen- fe glotioca na sua mediocridade de espirito, ra, ex Essen a, um grite social, uma Tebeliso de descontentes ccntra miguinae ¢ délares ¢ sou produto legitimo: 0 “homo boob ens" de Mencken, ¢ “Bubbit” de ‘Sinclair Lewis. Sona ‘quela hora, a turbuléncia do industlalismo impediré a cen Unuasao do velo de auio-lescoberia e deslumbramento que Wait’ Whitman representa com seu egofeme adolestente © seu pioncisismo de raya e letra. Esta linha, prostesuida ‘qunse piildamente por Sandburg ov Frost, dt’ uma medida e vitalidade 4 auto-realizacio de um povo no mals exis femte nos anos que seguiram 4 Primelra. Guerra. Quem exam, porém, éstes expoentes que primeire sen ram a impossibltdace de sobrerwenela’” Nao se tratavam ainda de impactos sausades por um munde inaceitivel pelo Imarasmo asfisiante de uma’ comunidade rica e morta. of pola incomunieagzo esietonclal dos homens, Tals problemas Surgiram tals tarde e s6 agora se Iguslam abs debztivos ¢ valldes no espitito erlador curopeu. Antes, era um fonéme- o americano exelusivamente, 20 Inierpretavel & luz dos aos Ge “Ble Money”. como Jahn des Passes designou. Atd ontao, Gsles intelectuais. apenas se identificavam com um desres- Deito aos demiurgos do tipo Henry Fard qu Calvin Cease; iam de exsiéncia de Bertrand Russel ¢ da. petsegyieao arbliraria dos "trustees" universiarios" compreendiam Sohn Dewey ¢ a edueasio progressiva; despretavan_ a, prodisao macica de Holywoad, mas aémiratam Chaplin, Stroheim, [t= Bitseh, como estavam eiontos do saicidio que o dinhelt® for va ios mals Drilbantes talentos aristi¢os eurepeus: liam ‘Toyee e Proust, vendo Cézanne ou Renoir, ecleclonande me veis colonials da Nove Inglaterra, ouvindo “nest splrituals” F, Scott Fitzgerald o arguio satirlco de THE GREAT GATSBY, descreve iragicamente esta. geraedo, que prim: ro sofreu o impacto do que, hoje sindo, como lugar-comunn simplifieader. @ considerado’ 0 espicito ovte-americano, e™ Seu Tomanes THIS SIDE OF PARADISE “Aqui estava uma nova yeracio, ereselda para achar mortos todos os deuses, tenvadas todas ar guoreae, sbalada toda a £6 do. home Mas, na verdade, porque temlam, propunham © por que lotavam éstor intelectusis © artistan, ja entso. distances ddo épieo {elirico que os precedera e possibilitando a previsio a anglistia fundamental que reinazia no outro. apos-guer~ a2 Acceditavam numa malor liberdade sexual, sua. impor tinela fisien e.Dsiqulea, em oposicio 20. purifanismo.sem— pre hipéerita o ditatorial. Abominavam qualquer melo de Festrieao 4 liherdade, seja_legal ou religoss (Tantas.vezes {Sontifieadae em eonetitagses estaduals), Ow a. simples’ ex geueia da pureza moral intima através de cbdizos cWvis. A Malotia era de absolute collciamo eligieso, sein. o S2na~ culo, mas com uma calma rejoicio de toda a velha teo\o- Ba,’ Mas, antes co tudo, se caracterizaram pelo menospre ap io *hurguesismo? eonvensional e toda a8 suas maifesta- Ges pré-nasietas, ea censura a0 Ku-Kiux-Kian, 0 pele me 440 do feta sore eles proprios e sOore a cultura amerieana fa erescente precucdo om masca, da miquina alerradora e tmondtona que o: sufocatla ho processo de reeimentacgo es fandartizade.O MODERN TIMMES de Chaplin. teaduz bem éste perigo; ¢ a fébriea transfonnada em priséo, as mule es em rebanho. Coro sempre. o teatro tudo retcstou. J, néste ponto stinginds ova maiordade, a dramaturgia norte-amerteane, fal o ate outro molgpartiipon dos debates, hesllagoed ‘tomas do pesigao, Bugere O'Neill 6 grande dsmais Pa a se enquadrar em exemplfieacbes de ura gerardo. owe Up alildde tovil. 0 gl por excelenea dos men © ine oles, O'Neul trapassa pauroes © denalia correntes: seus fefelog sap demonsiragoer do séda $ imoulsvidade. do. wm Suimal cn sovinent, sc excrsns sto acronis, meats i Améeien. confit’ quo de homem perstguld. pela I= anda longuigua, pels vrgindade, a olsesio co Mar, cs mores incestusos, 53 sapectos do suas tragédias duntram ete aizinmos. (coin € STRANGE INTERLUDE, 1825, ma ligto de 6 horaa de yolcopatologi), mes a moniagom suees” sive de sua obra demonstra melhor 0 iteresse cespertado elo protest impli do. exda porcooagen, pela Regn eomente do tudo yrodvsido pala dsralidade comim Nie Us, conto, dentro de tooo respelto a O'Neil, que Stas pesos selam perilios obrascprimss. Suns falnns 350 yora’ de fie dscunso, Talver 96/A LONG DAY'S JOUR- MEVuNTO THE NIGHT soya inatingwel + qualquer alate. As onltay, a petapectiva do tempo, mositam 0 erlador ince recinfate, Prequentenente™ confuse” incapa mes Tempre inerperado © sta. Sua vitGnela © absteacto. indie futiel defekeo ee liaguagem quo leva 20 artificial, pete ‘oo, patdigo) mortram az frastacsor do. susestor ‘de Toeon ear de Strindbers. De todos os moda, de 1920 (com SEYOND THE UIORIZON ‘e DeSIRE UNDER ELM “ate 4053 com, ATT, WILDERNESS!) O'Noll fol apreseatado som interop Hi nomes, prim que se identifieam por completo 20s temas, oa epoca" Sidney Howard, Robert Sherwood, Eimer ice, Nanwell Anderson, Liltan Holman ¢ Clore Odes 80 fs tials dignos de alencao. Cingem-re {ao iatimameate Seu tempo. au vézes sb com x habiidade artesanal como hese pare uma cotruturn ge exGnlea ovo gue €multo Pin, Ge sume te veccads tiniversts. que puede teabalhos ina? Mdualzadeo ‘dttes dremetargos podem restr anise {rica tt ao piblico de hove Os de eonciniam 2 esrever tG-agora nos fezem ver ao limitagtes fundamentals que o> ‘ondenam a umn yassado inreversivel ‘Lilian Kelman, por exemple, talver a mas presente de todos e aus, mais como figurk histriee,onsina wo Depart: enio de Drama ea Unlversiaade de Harvard, conparecea olancdicamonto & temporada de 1960 na Broadway. com TOYS INTHE ATTIC que em neda Se compare 3 original” acon am cmon no eee aera eee ae Seen een He Be nea oer, a ee ee tee Se ee sere ean e nema ee rr eee ee eae ies esac eee eo ae en ore eee Se eee a eee be eee eee Hee "Se tachadar es ae Suh en ocean seine! 2 ceca as eee ices Aas eee ete oie one STialacde de espitto'e atuaedo histinie Um exame *ipil6 Giese ced ahead saee ee tact ce gee See ee oe Arthur Miller e Tennessee Williams Na segunda fase de um processo de eriagio coletiva fom qué, refletindo as aspiragies © angistias dos que assse tem, tatubem alvam sébye elas eas desenvolwem em novos pedrdee de anilise social ¢ humana, dramaturgas como Arthur aller ¢ Tennessee Williams. pateateiam maturida- de desmstica, recutsos de. melos einicos «ample gama de temas em que se reunem vitalidade, competeneia & poesia ‘Ambo tem obra irregular (espectaiménte Tennessee Willams {que eseteveu maior numero de pejas em pouco tempo, cer 1% de ereitos gastos e de seu nome), mas em dado momento ‘lcangaram, com dois dramas, em paflieular com dois per sonazers, das consecucves mais prilhanues, vetdadeiras ¢ pungoates deste soulo. A STREETCAR NAMED DESIRE © DEATH OF A SALESMAN sio trabalho: maiores, “Teenicamenie, os dois, em linus gerals, se equivalem. Mesires de uma linguagem fuente, vibritil, essencialmente teairal, conseguea ofetios de vida’s) prejvdicavels quando Miller ‘se arvore. a um lirismo lapse, ehoroso, ow Tennessee Williams se perde em excestos bistirices, om sensacionalls mos gratultes. Comprovados escriteres Ge palco, seus tex- fee tem rendinonto superior na méo do dizetores ¢ ares Categorizados; a simples lellura, contudo, mos indica a ha- Bildade. do carpintaria. € 0 euidado lento na feitura dos ponltos 2 climax e na constracio de personagens. Quanto 4s iddlas, € simplificador domais repetir que Tenuesses Willams ¢ 0 pocta e Mille: o socidloso. A pera de tum ato de Milley A MEMORY OF TWO MONDAYS, come evocacdo de saudace, litisno de ambiente, cainbo para com fs velnos emmpregades e idantifiezeio do Heroi e autor quan- do jovem, nos lembra Ge imedieto T. Williams ¢ 9 Sul trs- ‘te, mesauinno, desesperarlo e pateitco, & VIEW FRON THE BRIDGE ¢ 2 primeira vista, ume tragédia social. A fami- dia de emizrantes tem basicamente ce sua condicio de a¢ mento 9 ceseeparo entre Sicilia faminta ca "Dig ‘tecradora e implacavel, fonte maior de seas problemas. A Scio dramaticn primeira so dellagea daguele ‘estado quase Obeesslonal em cbutinuar a vida ge trabalho naquela Terra ‘de Promisséo e com deto matar ‘= fome cas cPiangas © 3 mulher que odo Vieram. Mas todos participam da cor de Ef Carbone @ sua fixagio de dominio sibro.a sobriabay as- sim como a fisla seaual da espOsa ede tda a varielade de planos que a_atitude do jovem namorado pode susetar ‘Aid mesmo em THE CRUCIBLE, onde « anblentacao his- Toriea permititia melnor a limitacio do drama social, « To- volte anti-macartista ¢ vivida por gente eal, nervosa, qNe Tuta pelo que ama Por outro lado, & impossivel dlsoctar ‘T. Wiliams ao molo sulista norte-amoticano. 0 proprio tile do. alguns {le seus trabalhos, como SUMMER AND SMOKE e WAGONS. FULL OF COMTON, mesttam sia ligacio com o ambiente fque se enquedram na falta de perspectiva, decadéuela In- transponivel, no cansaco. imagistiey de aspiraedes. trustrs das ¢ sonhos ‘mortos, que permeiam suas pocas. Soria ‘talvee indicaily notay como a intoligéncia. o3- uerdista se identificow to avidamente com Arthur Miller, fentardo até agora ignorar ou subectimar os valores pura- mente intimos ox mesmo nouréticgs de sua obra. Aquéles que viram em A. VIEW PROM THE BRIDGE so a traicie era miseris, em THE CRUCIBLE soa. inqulsican purtans patalela & comissi0 de investigagces anti-eomunistes do Se- nado americana, ott em ALL MY SONS 0 explorador capita Tista usando a guerra como luero, ficaram confuses 20 de: paras como reteiro einematozratieo de THE MISFITS, onde Vibvan: tanta densidade de simbolismo c estranheza de com= portamento humano, Howard Fast, poréuy fol categorleo Eovaftrmar que todo 0 peitologizme co Miller erase una coriina de fumaca, por ser impossivel a América de hoje fnaior franquezs “socal: “Combego muito ‘bem as dadelas ue pesam sobre Arthur Miller para Uabalher na Broadway, durante a guerra fria; le dove lutar eom toca sua inteligan fia e habilidace para sobreviver como artista; © & menos Sua traqueza do que as proiblcoas dos tempos’ na América ‘ue 9 forcou a depender’ tanto do confito neurblico inter~ Ro. de, seus. protagonistas" (THE DALY WORKEN, 8 novembre do” 1038) ‘as, quando canfrontamos Blanche du Bols ¢ Willy Loman, a despelto da hare #oelo-historlea que 6 eonponon te dele da Orca humana gue teense dele, sors obrigados a reconhecer o histo entre as. duas o porto do anilico do artigo precedonte (emp Brasiletro, marco de 1963), vemos due, se em ZOO STORY. oo recursos do. Tostee do Absurd apareciam fi rados ¢ ben adaptados & esirutura ¢ ao limpacto reallsta, em “QUENT TRIE MEDD DE VIEGINTA WOOLF?” ésies reeu sos nem mals sio definivels @ dlho ny, tio madura ¢ fating a fusto do teatrelismo ¢ do realismo. Albee conseguiu outen grande sintese — agora de perfeito acabamento — nesta Solidao levada, ao desespero, que orlginalmente se chamou ce "Exoreisme”- 05 horéis, sufielontemente inteligentes © sensivols para construlr suas propelas acmas naquela zuerra particular, de= ymonstram uma artculacao o uma embriaguer que permitem 2 conexio logiea @ a saperposicao inesrerada e quase sur realists de répicas, trades ¢ jogos. A sucessio de j0s0s seus prepares, os ttulos dados acs alos e as brinca= Goiras, 20 9 bastante para mostrar como Albeo da cons cidncia a sous personagens do que estio vivendo, num mer~ Uulko erilice cheio de amargura e compaixic. Além da dificil tareia de tradurir um dilogo, espou- ado, espontines e da maior argicia, ere preciso habllidae ererigeto para transmiur a simpologia do ule, "WHO 1S APRAID OF VIRGINIA WOOLE?” cra a yarédia quo as imulheres dos professdres cantavam ng festa, deforimaudo as Dalavras orffinsie da eanconels ds criangas “Who te afraid Of the Big, Bad Woit"™- Assim Virginia’ Woolf, com tanto tte tie ‘Terra, Intelectaalissime, aguda'e”ftia’ devoradora de omens, substituia 0 “bis. bad wolf”. que engole o Cha- euzinho Vermelho ea avs, Eat do caseodr so nao funcio- 1na com 2 sua arma (como é o easo literal de George na peca, apentando.o fvzil_ de bringueda). A, versio espanhnla se hamava. “Quien tien miedo del lobo?™, » que nie resolve & problema. ta preciso eriar 20 de palavras em cue sur Bisse o arguctipo da mulher intelectual, dominadora e super Insegura, faclimente resonhesive) no ‘Brasil. pols em toda Dare exist opés erie 0 onipotortm miahigerd ma Fidos inexpresslvos e, a0 mesmo tempo, escravizas 4 pusel- vidade les. Por Isso, perguntarnos ecm Stanisia- Ponte Pro- fe: "Quem ‘Tem Medo de Virginia Lane?” © vespondemos om Albee: “Hi tenho, en ten Teatro de Protesto Robert Brustein © teatro de_proterto 6 extrmamente conlenoions & seu “propio fespen™'e. auoseompromelio, como "con ‘tm a um movinenta romiabeo, Bh seelhancs des ours Forineos, 0 deuatutgo parisipa de sun cbre mum grou em peonfenta. Siridberg e- Nell aunse nao se cite fends sos hora Then Shay Henticam-ve bastante Gress herbi Brecht esbone sas experieneias has pede pelts pens mes fa csctamet atrnie ca ign deta Sarrador ma tsteeira posois Pusndclo © Genelsmovelaram fosb obrat aff plano conan quate sop @ ts chetov pair sbk sng pesos cm una proega mo" BE Ge Pence tone Wi ou porssandn eet Ep-apipatnro esta condmusments erploranio ts postol= Under do se’ peopss perenne: aso so roprertanco Sau exetandy io 36 Uremalaando of cules, nar exai= an na ps Apesar de tude, 0 teatro de protesto 36 parcialmente & subjetivo, 9 dramattirgo rebelde eontinua a observar 08 ré= fquisites de sua forma, Uma peca desenvolvs-se através do ‘itozo, eo dialogo iinplica donate e confilio. Sem debate ‘© drama é propaganda, sem conflito mera fantasia. O dra maturge rebelde poder desejar cue’ a sua atte seja uma ropresentacao viva de cua rovolla, mae tal desojo 6 diselpli= ‘nado pela sua conscieneia obietiva. Ovrobelde que deseja transformer 9 mundo 6 tambim um artista que deve fepresealé-lo com exatldao: o roman tico que desimitis tédat as frontsiras 6 tambom win elas sta, aceltando Uinitacoes ma vida e na arte. Essa ambiva- inela'faz que o dramaturso rebelde vacilo entre a neyagao ea aflzmagic, cole ® rebeldia e a veilidade, Iheapaz de Gominar 'sias’ contratices, dramaliza-as. em suns. Dechs, frafo a uma fonna em gue’es tensGes nfo precisam ser re~ Sivas, Assim, conquanto ada um dos dramaturcos.rebeldes tome a revolta e 0 protesto como seu tem2 central, também 5 critica em nome de realidade; ao mesmo tempd, identl- fea-se © repudia os seus personaens # o conflito ontre ila 0 apgo— entre conespeo e exe- ‘cusio que forma 4 dlalétiea central do drama moderno, Na Netdade, 0 éramaturgo rebelde 6 aqusle que. sonha.e aub- mete seus vonios & prova real, Isto talved sugita por que © Conflito de iusto o realidad é tm tema de tal importancia Ho drama mederno: ilusdo ¢ Pealidade #0 os polos gemeos di ‘maginarao Go crama‘urzo © teatro de protesto ¢ 0 templo de um sacerdote sem Deus, sem uma ortolexia, com o que se posca chamar de congregacio, que cenduz son servigo litizgiea dentro da hredioniia arguitetura do absurdo. MMissionarlo da. discdrdia, BFopaga o evangelho da Insurreigia, tentendo substituit of Nalores'{redleonais por uma ‘sisio inspirada, procuraado Improvisar um ritual'na tase da angiistis « ds frustraceo, Potlemos.oletingur tet categoriag do Fevolta:”messianicn, sochal e existenelal. A revolta messianiea corre auann 6 ‘Gramaturgo se insurge contra Dou e tenta ocupar 9 seu lu. tary o sacerdove conterapla sia imagem no espalho, A revelta ‘social ocorre quando o dramaturgo se jusurge contra as eon- Ven0es, a moral e os Valores do organisms toeal:¢ tacendove volta 0 expelho para e sus platdia, A revolta existenclal ‘corre quando 0 dramaturso se insirge contra as eonicies ‘do sua existéncia: © sacerdote volta o espelho para 0 vaio. ‘A revolla messanica 6-2 fase inicial do drama modorno © a fais csiensivemente romantica. Fodemos encontsé-la em Ibsen, Strindberg, Shaw ¢ O'Nelil, loresce de novo em Ge- et e caracleriza alguns dramaturgos ‘secundatios, como Wagner, D'Annunzio, Sartre ¢ Camus. A revolta messliniea € 4 mais subjetiva, grandilagiiento « egoista de fdas at re belides dramiticas, © tZo persisiente no drama que se & for- feido a afirmar ter sido, com az primeltas epopéias messli- hicas de Ibsen, e 1 com as suas posteriores peas ‘moder- nas’, que teve realineate in‘elo 9 drama moderna. Com eteito foi 6 mesclanismo quo determinou o teatro ce. protesto. E. ‘embora a expressio coja mais ruidosa no coméso do movi= ‘mento, quando o desmaturgo esta pletérico de tucbulento romantismo e 1udo parece possivel, seus reflexos podem sen firese através do todo o teatro mederto. 0 drama messtinico é um meio de libertacio absoluta, esimpedido. de. regras dramitiens ott Wniiagees. Aumanas, fatravée do qual 9 dramaturge se entregs ay seu insaciavel petite de infinito. Concebenda o uriverso como uma. pro- eed de sux personalidade, que pode ser alterado ott mano Inrado através. da vontade sobre-bumena, imagina-se iin Griador superior a Deus, destinado a teansiormar a vida em algo mals ordenado do que a eomfusio sem regen nem sen Udo que ve 4 sua volta s011 0 universe, E sinto 9 poder do Criador dentro Ae mim porgue ca sow fle, Gostarla de preader o tego em sninha m: lo om algo mais perfeito, mais du ouro, mais helo, (Strinchorg — A Estrada de Damaceo) Strindere 60 menes reticente des dramaturgos messiini= os sobre a suo urgenela pessoal de atingir a divindade, mas fesse avido Guero ressoa em todos os dramas do mesmo’ tipo? ©0 som da woalade de poder. Escreveu Nietzsche: “Mortos sido todos os deuses, Desciamos agora que viva o Super- Homer” ibsen, om Iniperador ¢ Callie, prov um Toreniro Império da Vontade, que a presente seaba da rerella seri realizada os homens nae precisarso. mocter para viverem como Geuses na terra. Shay, em Homem e Super-Homem, Sitione um fuluro Homem “onipotents, onlsciento, infaivel 6 40 mesmo vempo eompletamente coasclente de st opr: Um Deus enfin” O Liga de O'Neil (Lazarus Laughed) amunela we "a grandeza oo Moen est em que nealiumn Deus pode Shlviclos até que se transformo om dows!” Eo chefe de policia de Genet, em 0 Baleio, comerte 0 seu anselo de Tepatacéo aum ataque de fevolta contra os proprios e€us, Suseintamente, 0 teatro messiinies é uma dramaticscio a busca romantiea da fe: como tal, comstitui © moda. mais perscnallsta no teatro de protesto © funeione come 0 testa: mento Feligioso do dramaturso. Naturalmente 0 drama mes ‘inleo ¢ coneebido numa escale grandiose, £ quace empre Iuito extenso e, por vezes — comp resultado da revolta do artista contra as regres — quate Instransponivel para. © yyaleo, embora Seja obvlamente modelady pela mso We ‘um dramaturgo. Brand exige pelo mens sete horas de repr {acio; Imperador ¢ Galilen é um crama cuplo; A Fstrada de Damasco ¢ ume trilogia ¢ assim por dlante. O comprimento Ga peca_messirtea sugere soa Tungio.testamentaria bem como sun estzutura “im, vamos embora”” (Permanccem iméveis). Sen aco rap pote navertregédia,centudo o dram exis~ tencal 6, no tom ¢'ma ataostera,o mas trigie de totes 02 énoros moderzcs, “A humanidade 6 lamentivel”, enton rope- ldemmente a Fitna de Taira (Strindberg) no paso que autor, reevafdo do abismo do absurdo, obrign-se a aeeitae a enigmas dolores as cantradiqoes da vide, 0 etolls= who de Strindberg e tiieo do drama existenral_ Os. desar Jarados de O'Neil esperam a morte, eo Yesaburdos de Be Ekett eapsran’ Ged, os mslirapllhos do Gelber esperam tina ligagdo entre todos e até Brecht, o mals inpleesval de {odes os éseriores existeacais, abe finalmente cminno fa'um eledo do cali e serenade confuctonista, Ate, fe 0 drama evistencal ¢ tiie, 0 & em suas peccepeser, Fatlastbe wun herd! trdgic, mas evose um sentente (ek? feo ia vida, aautle entado ‘ce ewe ave se encontra trex Stentemente em Sbtocles O melhor € muncs ter vivid, Saizo’em Coleno). A vila de um Homem ng0 dura’ mats ¢@ tue cer um, grecola Hartt, eaquanto Teese: (Becket), Uezentos anos mais tarde, da’ “Umm cla naveemos, um dat snorremos... € sempre o mesmo do ates Instant” ‘A rovlia oxistonetal 6-2 fao fina, mas nfo ¢ 8 con custo db diana moderao, se bem. que mullas peas re= Gentes, dela eatejam impregnadas, Pois na teria ravical de SatoninAtiond, tenth Ge revolt wemeea. + aeaehvover de evo anbiges messinies ¢ nas pegur de ean Genet ‘zens ambigées ecto sendo agora imaginativamente realizs- Gas. Sera que 0 drama exe prestes a feel ¢'seU 610? (ranserito de 0 Teatzo de Proteste, de Robert Brustein, Zahar titotes, Rio de Janeiro) Elia Kazan Notas para Um “Bonde Chamado Desejo” ‘Tradugio de Renato da Rocha eerie deer a BURR ents 9 SERA ae See mentee eter avn eae Ss bs ae fee teste ee area oe se As enotegies que publigemos agora datam de 1017 foram reliracas go eaderno de notes do dirvtor. Apesar oe rig teram sido foltss para conheeimento io grande publi= co revelaim a pesquisa fatima de wn diretor em busca dos Segtedos e intimidades de uma pees, IDEIA — objetivo final da directo: transformar Fsicolo- ‘ga om Interpretacao. TEMA — 6a mensagem mecrando do breu interior. ® um fenue sbpro, pateticn, um confuso podago de luz fradurido em arito."£ tie uri amordacado elas forgas da violonela, insensibilidade e vule fetidade‘existente no Si dos BUA, A pera 6 Se grito Areca & uma tragédi postica, Mostta-nos a dissolve fo final de uma pessoa de ‘alor que, de inielo, fol dena. de enorme potencial € que, mesmo em earso de desinte- ‘Fragio, rosists tendo mais valor que as figuras saudavels Banals’ que @ matam. Blanche é 0 ombloma de ama clvilizegio que se extin- gue c faze sua iltima e repuseada ‘cena. As reacoes de Blanche tio as daquola socledade agoalsante que ela, re presenta. Melhor dizendo, sou comportamento € soclal. Mis> fa0: encontrar férmulas’ socials de ‘comportamento, Bsse. 6 gigqminho yara a estiasio © para a0 cores fins da pro- Da mesma forma, também Stanley tem am comport mento secial: “Agarte tudo 0 quo. aparece"! Nao" petes fempol Coma, beba o agarre 0. que 6 seul” Stanley 0 ree Ine de, Gilimo animal ds cits dias. Ista 9 bane So fue estilieagio © de creolba de sus compesiao: tudo 0 cus Stanley uss ou faz deve ter una forma, unt piso, ume. Soe ae etre ESTILO: Tenlativa de colocar cada cena em funcio de Rlanche « trabalho de por titulos potiicos nestes cenas para susie Tier a catacterlagio e 0 tatanento, 1) Blanche sea ‘inal da Linh 2) Blanche tonia construir um abrigo para si e shogar & sua itima parida, no 3) Blanche divide-os mas_quando éles se nem, ela fe cnconira mais sdcinha. que. munca 4) Blanche to mais desosperada quanto mais deslo caida tenta 0 ataque direto e eria o lnimigo que a ira exter- jaSdogBlanene deseobre que sed exelala, Deve agit rb pldamente 6 Blanche subltamente descobre o time homem per- feito « possivel para ela 1). Blanche, feliz, sai do banieire para deseobrlr que Ja tina’ sido ‘agarrae pelo’ seu destino saatyBianshe Juta Seu tina round. Nesmo Stein a 9) Blanche num dime esforeo para safar-se. conta tédaia verdades A'verdade @ quem a dereotn 10), “Dlinehie se evade disse mundo, Statley a trax de voltae deste “M) “Blanche descartada. ESTILO — 0 estilo de fato — consiste mama 36 coisa: en- contrar um comportamento due sla. caracteris- Hleamente soolal signiticante © tipico pata ca ‘da momento da peca. Blanche ndo fez. multa coisa O que importa 6 como ela o fez ¢ faz, do que. iodb, com que cherie, de que. maneiza Antigos onfoites © efeitos, sriifcios e. trejeltos ave felem de tudo menos'de vulgaridade, Para os: outres personagens, timber, 0 mesmo proble- sma fica plsto: encontrar una caracterizaci cata um Isto € uma tragédia poetica e may uma tragedia aaturallsia. & preciso encontrar um esqwema de D, Quixote para cada um ‘A interpretacio © diteedo estiliadas esigo para ans: turailsia assim como & poesia esta para a press, A interp lagio deve ser estlizada mas nso no sentido comum (ni9 iter palavra sobre isso 20 elenea nem ao produtor). Vee feacearari s menos que encontre essa forma de reuileagao poetiea para comportamento vas pesteas da péea Blanche “Blanche esti desesperads! “Aste @ 0 fim da linha Ge um donde chamato dosejo" NOCLEO — procura de protecio: 2 tradieio do velho Sul roxa que cla deve chogar pelas mios de ouira pessoa © problema de Blanche esta lisado a sua tradleag: Ela tom ‘um ideal do que doveria sor vine mulher, Bla ests en. redada nesse “Kea” fle esta dentro dela. £ 0 seu ex. Pederia viver 2 nie set em functo dle: do Tato, toda sua Vide foi vivida para: nada, AtE o incidente com Alain Gray, Confcrme ela Hoje nos eonia ¢ canforme ola'aeredits que temba sido, apenas um apéndice romantleo necessirio. Em foutras palavrac, cla conta 0 que acontecou, mas isco tam ‘bem 36. funciona como um teste para o seu auto-domino, para ternila especial © diferente, para eeloci-la fora. da Eradicio e do romanilsmo das douclas do séeulo. passado: Swinburne, Wm. Morris, as Pré-Rafaelitas, ete, Rte caminkO serve, também, como desculpa pata q seu coraporiemente- Como a imagem que cla coastruia de si para si ngo tem nada Aver com a Yealidide — prinelpalmente no StL ce Inoseos diea — ela <0 eaforga por eondiolonala em senhoe ‘Mesmo o que ela faz, desperta, dentro da realidade, € eolori~ ‘dp por essa necessidade, por essa compuledo do oF especkal ‘Assim, Gmbem a realldade se transforma em soubo. Dlan= ‘he ednsogue fazer sso! ‘A variagio ossoncial da pega impiie como necessétio que Blaneae, no. inlelo, parega “una, personager mais pesada ‘que az domais, Por exemplo; a9 ter acesso aos segrados dO Eurater de Blanche, prenie de contradicoes, a platéia, ini- laimente, zo sentie ¢ eleito negativo que lanche causa em Stella, ind (orcer para ue Staniey mostre-Ihe © caminho 6a iz, 0 que le, Ge 1at0, {a2 Stanley s desmstara e entdo, rtdualmente, @ medida que vs ax dimensoer do desesptro de Blanone eve, por vile jade, como ela pode ser terha # famavel, e entonde como cla ¢ fragil ¢ amedrontada, essa mesma platéla comeca a simipailzer com ela, Comeca a en- tender dus esté assistindo de eamarove & morte do go ex- traprdinitio.... colorido, varlado, apalxenante, "perdido. DO espetdeulo da Wesintagragio de’ Blanche Dubois B exata- mente al que se tem & percepeio da tragedia. Na peca, tan bon, pee hever uma linka ascendente de sincericade’e ob- jeuvidade, A yerdade sObre a tradigio no século XIX é que ela fun= cionava, Fase a muther so sentir importante e segura de Sta posigio, funcio ¢ tabalho. Esta mulher sentia-se inte- fada aqiiela sbtiedade, as hoje a tradicao & um anaeronis- tio que simplesiiente ‘io funciona. Meso assim, Bianche love nereditar na tradieno poraue isso a faz especial, roraue {sso transforma gue fidlidedo a Bolle Rove fm at6 de he= Toismo em ver de uma atitude absurdaments romintea que Into f{usciona, Eby isso Blaneho sento-se abandonada fora fda sovledade, As alltules que a tradicio exlge excluemena finda eis, ¢ bebids enfraquece sua tesistencls, elt Stetm= be e preci o calor humano aoide ela pode’ excontrd-lo, Imae rao em sous proprio: tarmos, mas nor dos outrot" 208 ‘de um verdedor, nos de um ealxeico, cu ads dos jovers sol= {ados que The parecem tao inocenied. A partir do momento fem que ela néo posse esquecer mais ésses contactos, cla os rejelta e comeca a viver dp fanlasas, comes a explica-los fal propre, eosim: "Eu aunea fi forte e aute-suilelonte 0 Dastante: os omens 140 Teparam nas mulheres exceto quando esti na eama com elas. Bles nao ednsitom a sua exist@aeia a menes que estejam dormiado juntos. Voce tem que fezor alguém admitir que’ voed existe, Jé que vord val deeitar a protean esse alzuem’ Como se fesse necesito pedir deseulpes por nocessitar” de companbla. Eprotocao. Oulsa ver a palarra protegio, iso que Blanche, legitima muller de tradigio, necessita tio desesporadamonte. ® por Isso quo ola vat até Stella e seu macido. Nada ob:ondo dales la experiments com Miteh. rotecte. Um abriso, um reft= lglo. Blanche 6 uma fella, ume embrlagaéa que faz ous Uecradelra apariedo tentang) manter uma apacenela exter= na simplesmento debitada ao soa orgulho. Mas, convenha- hes, ce. Stella ngo allmentar essa aparencla, que seri de Blanche? Fis 6 ume dotajuateda, acredita ra’ mentl?s, sous medos afastam as pessoas. Bla quer e dove parecer superior 40s outros, o que os afasta ainda mais. Hla ni sabe fraba~ ther, Nio sabe yenhar a vida, Esta realmente indefesa. Ela precisa de alzuem que a ajude. Frotecio. Els ¢ um Tosi vivo do séeulo passado que. om nossa época, viaja 4 deriva. De vex em quando, eombelida pela soidae, cla reneza 2 mrencirard io. ‘Slanley € indiferente a tude, exzeto a0 prazcr ¢ a0 eon- forto. Ble 6 um ertapendo egolets. Um milagre de sensua- dade e egocentrisme, Ble construiu uma vida hodonista. © Tata até a mere para defendé-la. So que isso nao basta vara tanter Siella e wa filosella aio Ihe rende multos eucessos pos. a toda hora, a sia parte frustteda e reprimida so des arta por camishos imprevisivels expondo-se assim, a0 nds Sp exame. Hebitaimen'e tle espanta essa irustaeao bebendo Inuito, comendo muito, jozarto, muito © formicands muito Engordard fiuramenté. Blo tenta avarvar a felicidads com lunhas¢ dontes mas s6 conseguo armacenar vicléneia, Todos (9 bares dot EUA estae chelos de Stanley prestes a explodir. Em Sianley 0 sexo esté disfarcado. Naa é mais erdtico para tle da que "hoas manelras".., ia pensa que ¢ melnor 4 que cu, pois eu vou mostrar-ihe, Sexo equivale « domi- hnacio e tod que 0 desafia excita-o sexialmente, No easo de Brando, o prazer & uma questdo particular~ ronte Imporiante. Stasiey.< hodonista O gue ¢ faz gezar? Sexo & saismo, £a sia regua de nivelac, Ble conquista com fo pénis Conquleta no poker, na cemida. Exereieles, Sianley hhunce fol mals que um bebé que morde uma chupeta e que berra se alguém'a atranca de. Como personagem Stanley € multo interessante em suas conteadicbas, ent seis momentos de fraquesa, om s0a Topen= tina ¢ patética teraura de colegial para com Stella. Na cena Uf, sle'chora roma um bebé na cena VIIL tle quace faz a5 pues com Blanche, na cena X, tenta fazer as pares de novo, Braque aeonteceria’ ce" Hiamehe maa tivesse agico de moda menos recomendado cm se tratando do Stanley, tento Da Paiva como 10 x0, Mitch NOCLEO — cortar seu cotdio umbilical (Blanche & o ponto de sp0i0) Mitch quer o que sua mie the deu, Tudo que éle teve depencen éa aprovacio materna: tudo devia ser_bem © per- feito pare éle. ‘Naturalmente, nenhuma mulley sensata, hoje fem tla, pole ihe oferecer Isso. mas a tradleao pode. ‘Tal qual Stella, Mitch foge’ de seus proprics problemas sdorando's mae’ ‘Mitch é'> timo fruto de um matriareade, Sua mie iroi-lie 00a a inleativa € contlanca, £le no enfrenta ‘Sia prépriag mecessidades Miteh seria o home Ideal para Blanche mas, um esque 1a cbmieo, ee eat atvarsdo de'T80 anor, Ble € grande, feree, tem vor do paritono sulista, tem modos caseiros, erescen emails 0 tom coraqdo mole. Sua férva o deixe einbracado ianto das mulheres. Mitch deseonde diretamente da, comé- ia de Mack Sennett. ‘Todavia Malden teré quo dar uma ‘verdado c nssa tives imagem. Sua fOrga brute contronlada com a fragilidade de Blanche Lennie em "Rstns © Homens” Mitch também é muito interetsante. em suas eontradl: 00s bisieas. Ble mio quer ser um filhinho da mamse mas. labor, fle nic pole aeabar com isto! Eavergonha-se dD amor que sente pela mae. Blanche fat dele outro homem? Impartante, creseldo. Sus mao e fee um adolescento etern, Voleneia: Mitch esti cholo de esperma heio de energia ‘cheia de fren © que » tora to desajeitado com as mulheres € a atracio {otal que sente por elas Aiméscara de Mileh: 0 eterno flkinko da mamie. Sua mésvara @ comneeica e tradicional 1a literatura deemétiea merieana, mas 6 vordodeira Esta pera aborda a lula mals importante da vida de Mitch. Por instinto bu mesmo censclentomente, Mitch sabs © que estd errado com tie. 0s oulto: eagoam dele e ele Sabe que ostio com 2 ravdo. Fundamontalments, Mitch odela asua mie. & para lich uma tragedia xetornar, 10 final, & Shsolata submissio materna. flo munca male enedntraé une cutra mulher que precise tanto déle e que o lasa sentir ‘to macho quanto Blanche. Thornton Wilder e a Dramaturgia Americana Barbara Hetiedora su comps cin, «py cin snd res Eee gan Cee eg eicane an mi eae es oe a eit act eames ee ae Ee aa pear reare ug Site peat cot pees ge ddcnien Rinse us Seen alae a rs see patel ue thes "HE bDU OF SH Pade alg ak nye i a cts Co Mer tn: 8 ae Stace lee ok Ste ce ST ae Bu cpa pete nts wo ar ee ee ee Es ae Taira tates, or Sere Mea BE ies erotica na Suivaate SNe tat tr cm Os! Sébre SOUR TOWN”, 3 tantas vézes montata no Bra~ si, multo Ji tem sido escrito, mas parece-nos incrivel ave qusse vinte anos depois de. sua apresentacao, & que 0 piblico carioea (ena coubecido THE SKIN OF OUR TEETH, EVassim mesino por intermecio de um grupo estrangelro, fm répida visita, que mostroa a poya dois ‘dias. no pales fo Munlelpal. THE SKIN OF OUR TEETH abandona por completa. fostrd chines que tanto marcara UR TOWN Dora ir buscar em orlgens mmenos Jonsinguas ¢ remotas, mas Ingeme ssi bastante afastacas, suse Influgncias dees ‘asi a obra € tOda ely inspirada diretamente no teatro me- level inglés, mistirando-se ela caracteristicas de MUste~ Hos de Moralidedes. Se os Mistérigs contavam a histo- Tia da humanidade desde a Crlacto até ¢ Julgamento P= nal, Wilder também ‘nes apresente uma hielorle. da. huma~ fvdade, ou pelo menos @ historia do corapor‘amento da hu= tmanidade fente a dotcrminadas stasgdes.sufleiontomente lipleas para que delas se posam fazer transfereaclas para qvaicquer oultac, E¢ tambem uma Moralidaie porque, 2 Seu sido, rata de svaco do homer Mas no € 25 na coneopsfo que Wilder esté pert do teairy mecieyal: ¢ também na forma, ao recurso teatraista, the se do efeito. consieo em momentos de seriedade ou de fEmocao, na quebea constaaie da ilusao dramétiea como fentido’ de aletiar 0 espoctador para 0 fato de que esti vip uma representagao. Sob certo aspecto Willer alicra & plotéia tanto quanto Brecht, A diferenca ost, 6 claro, no fato de Wilder ago allenar durante a ardo a set comprcen- dida, 10 6, nso user 9 estilo spico de eomposicao e inter pretacdo durante peea fda: mas usa eertos exageres que {ubsilivem 0. "V-eflek” perfeitamente ¢ para cs mesmos fins, Pols uma ado propesitademente oxagerade objetiva @ sua’ essencia com tanto sucesso quanto 2 “demonstracio” hice dos Gesten, Em cua concepeie do Moralidade € que Ste Skin of our Teeth” eneontra seu eleuea: Antrodus, 0 homem; Mrs. Antrobus, a tse de familia: Sabina, do rapto flag Sablass, a eterna “outra mulher Henty, o flo, que Stambem Ceim ou 6 Mal om toda o qualquer forma, @ fuha Gladys, que € menes biblica do que humana, « merine ‘que passa da ‘trespancanilidade da adlescencia @ Sia Tea~ IKugcto como mulher e mie, © que portanto, com Mrs, An- ‘obusserd parta integrants da preservacio do homem © da familia, 0 nucleo a que’ Wilder di signilieaeto especial da valet domingo. A idade do Gelo, 0 Dilavio © a Guerra formam os tres stoe, do mesiao modo que umn Moralidade era formada por eplséalos nos quals o homem (aoriralmen- feshamado Tecomundo, quo, Wilder, na Terma Tinka, cha- tna de Antrodus) onfrenta determinadas tentagoes cu’ pe {gos no caminko) de sua salvagio ou perdieao, Wilder se vids 6 mals amexo do que as velhas Moralidades, © seu lima, € mais o de Novo do que © do Antigo. Testamont, Inds a estrutara © « concepeao da Moralidade estzo incon Hoversivelmenie “estampadas. om “THE SKIN” OP OUR Teer - Os trés ates nao sao apenas tres facétas de uma mesma historia, pois hi uma relacio intima entre a natureza do acontecimento o comportamento de ‘Antrobus esta f mili frenie.o moemo Assim, ago ha ensegio de mals do que uma dificuldade a ser venelda no primero ato, is.0 6, a Idade do Gélor a eiceunstanela & exterior, 0 0 algumay caracteristicas se manifestam, como 2 covardia de Sabina, 42 proteeso Was filbor pela mie ete.” o que Wilder apresen= {a nesse ato € 0 aspocto normal da evolicdo, Normal « ine Isto € 0 desaparecimento do Dinosauro e do Ma- Tovitivels 9 scoitc om troea da preservacio do home, e, de, maneifa geral, hé uma predominancia do expinto de ‘olidariedade quaide todos co vedm frente a {um perigo eomum. Quando chegemos 20 Dilivio, ontrotanto, a agie & dite- rente, € 0 cspirito da Moralidade fick mais patente, 4 que Nemo entie um pecad, para usarmos os térmos exatos ea. Moralidade, ¢ a yunighy divina esse. pecado. 0 pecedo € a Tuxirla, ave no caso se ve interpretade como 0 peendo con= aa familia, ¢ 9 Dilavio nd ¢ mais apenas uma dificuldade 42 Ser enfrentads, mas uma retribuleao, uma reiribuieao que pola ser interpretada Iterslmente ow imasinalivementa, 38 (Que colnelde com 0 desapareelmento, em Gladys, do cxliér0 o- comportamento familiar @ em’ Henry com a reinei- éncia Go mal em forma violenta. E, no enianto, ¢ necessérlo nolar que Wilder tece culdadosamente a tela do. interayzo enlze o bem € 0 mal, quando s reteibuigto do pecado, isto &, © dilivio em si, se iorna instrumento de anificacan’da f2~ tll, pois faz com que Antrobus, mais uma vez vendo 0 pe- Higa extrema, Fetome.a conscieneia de su Tunean de chee fe de familia’ ¢ de respontével pola proservaeao ¢-melhoria a Numanidade. mals uma vez o mal nao ¢ destraido: a Sta, Antrobus ce recusa a salvar-se sem soa filho Caim, © ‘omit estara sempre presente, sempre nega'lve em suas Iie Rifestacies propeias, sempre posltiva relos efeitos que pro- ‘Guz nes que 0 eombatem So « Lusivia & © peeado contra a humanidade, 0 ter ceiro sto € 0 mals complexe dos irés Justamtente porque 10 ‘© trata mais do um acantecimento exterior. come 0 primal ¥9, 0 de tuna agto individual, como ¢ segundo. O al de Gaim deiea ‘de terir tndividugs — prmelce um trmz0 08 isinko, dopels um doseonkceido, apenas porque nso The faz a voniades — pata precipiiar {oda wna ealela ce aean- Eeimentos que Mola on destroom toda a humanidade. Antrobus:apesar de toda a sum vontade de acertar e toda ‘a tua natural tenlorela para eonsivair, er de levar asm te sua tarefa, tropeqanda a cada. instante em suas fra fe buseanilo. apoio, desesperadamente, em tuto 0 que. 4 ‘Sud Inteligencla Ine mootrou que pode ser apreendido e (Tans Iitido no process de evolugio fo homem. 0 preewss9 nun= ‘ea acaba, € 0 final € 0 eomeco de um novo delo; a huma- nidade continaaré a escapar de ume estastrofe atrés de u= tra até opronder © compreoader melhor suas responsabili= ades, se 6 que. poderd aprender, em certes aspectos, Altima eolsa que otorreris'a um autor como Wilder seria “imitar a vida", pols sua concepedo de teatro € miulto frente: nb teatro "se representa a vila” por melo de ama rigida seleeio de elementos por intermedi des quais sera Dossivel, mim paleo e dentro eas eonvengses da arte dramé= fica, reerler eertoe acoatesimentes cuja ebservagio amplia= 1a fossa compreensio do homem e do munde ® aossa vol- fa, Por isco mesmo 6 interessante notar qu, como obra dramética, “The Skin of Our Teeth” em dels momentos (22- £05, um no seffundo ato ¢ 0 oulze no tereeiro, qe sic juste toate aqutles em que inexplleaveimente, “Willer perde 0 fom da transpasieto dramitica ai na que podarianios cha iar de moralizacio fotografica, isto &, s40 falas que nao se {iniegram numa estratura nuramente.dramaties: 0 disearso s0bre 0 destino da mulher, feito por Mrs. Antrobus 20 final do segundo ato, e 1 discussio G0 problema entre Antrobis fe Henry om suas personalidades de atdres (6 claro que 380 “atdres", Isto 6, persotagens dentro de persorazens.) Em estilo. tomo em tom sio due quedas momentiness, tals i= ‘onicstiveis no texto, ©, por colneiléncla suo dels momentes Ge tradicao de Wilder @ Sua propria dramatvraia: de musies utzes autores americanos pederiainos esperdrlas, mas 140 Sele mesmo, normetmente (ao segura no melodie deamaticn de aprosentar idélas ou agies, Essas falas Bio 50 drama tizalas, Isto é, elas lem de ser expestas, soletradas quando toes ds outrat edo spoiadar nt ache © podem act por eta Willer eseceve coma etcreveu sempre, livre das pres sBes da Broadway, sua obra tera sempre abeitacéo por par= te dos proctutores, mas éetes torso de aguardar pacientemen= to até que Thornton Wileer considere pronia sua prosima ‘obra dramétiea: a ele nao interessa a presse, naa interessa 0 sucesso imediato, nio intereasa 0 nome 10s endaelos luinic ‘osos; seu Utley compramissa € Corsi mesmo € com # eon ‘epsdo que tem do teatro © 2 qual tem sido fiel ¢hde a sua Vida, ‘Vetemos por quanto, tempo ainda tetemos de esperar ‘sit teilogia para tealros do stena, que hé alguns anoe vem fondo comentada & boca pequena’Pelo que Wilder tem es ferito ate au, a espera’ devers valor 8 pena, “Do Jornal do Bras” © que vamos represetar? “A Historia do Jardim Zoolégico" Edward Albe: ‘Tradusdo de Lule Carlos Maciel Intérpretes: PETER — Um tomem do quarenta fanos, nem gordo em magro, nem bo- nito’ nem. fein. Veste um patel de Myreed, fume cachimbe e. usa Ceulos gov args! Apesar de caminnar para a nela-idade, cuas roupas 0 suas manel- Tas sugeritiam um homem mals moco. JERRY — Um homem de quate qua renta. anos, vestigo com certo desiel. eu corpo, que foi, uma. vée elegant. de Jeve musealatura, comeca. a ficat Gordo, © apocar de aio ser mais ber to, abarenta ter sido. A perda de siz aga fisiea no devia sugerir devasie lo; para ser mais. exalo, éle parece, fantesleansao e acansca, CENA: Central Park; uma tarde. de domingo no verso; época atual, Ts d henens, Sendo um de cada Tal do ps 0, maa ambos de frento pare a plat Auras eles: Arvores, felhagens, c&u Bates estésontaco. num ‘des Hanees Mareapdes do paleo. quando sobe a cor tina, le esta sentado no hanes da di- Fella, Esta lendo um wo. Fara ‘de fer, por um momento, exquanto iimpa os dcles: Volta 2 leltira. Entra Jerry JERRY — Vin do Jardim Zootésico (FETER NAO 0 NOTA). Eu falel que BL, SEU, BU BS. IM, Z0OLOGICO! PETER Ein...2.0 que?.-. Descul- ey 0 senhor estava falando eoinlgo? “SHERRY Eu ful a0 Zoolbgieo e, de- pols, caminbel até aqui, Essa é a quine fe avenica? (APONTANDO ALEM DA TLATEIA) PETER — Bem. eu. acho que sim, Deixa eu ver... Ab, & € sim SéRRY — E que Tua transversal € ‘aquela de direita? PEER —Aquela? On, aquela ¢ a rua Setenta ¢ Quatre JERRY — 0 Jardim Zoot6zico fea porto da rua SeSzenta ¢ Se ‘Stou_caminhanco para ‘vot! PETER — [ANSIOSO PARA CONTI- NUAR A LEITURA): — , paroce que sim. sgHERRY — 0 velo wort, o Bom ane PRTER — (LEVEMENTE, POR RE- TLEXO): — Ah, ab. JERRY — (DEPOIS DE UMA BREVE. PAUSA): — Mas nio € bem 0 norte. PETER — Ni... ndo & bem o nor- te, Mas nos... nds 0 ellamamos nore Fara 9 norte JERRY — (ORSERVA PETER QUE. ANSIOSO PARA SE VER LIVRE D&- LE, PREPARA 0 CACHTMBO) Olha rapag, voce mio quer arranjar um en cor no palo, quer? PETER — (LEVANTA 0S OL}HOS, PRIMEIRO ABORRECIDO,” DEPOIS SORRI) Nio, senbor; ado com isso aqui JERRY ~~’ Entao, voce quer arran}st ¢ eimeer na boca; c val ter que wor lima daquelas coisss due Hreud usava depois que arrancarant um lado intelzo fo auelxo déle. Como € mesmo que se hamava aguil PETER — (SEM JEIT0) — Um ‘eparelhe protético, TERIY — [ss0 mesmo, um aparelno protic, Voce ¢ um homen instruido, an €7 Voce 6 medico? PETER — On, nfo. © quo eu It isso em, aleum lugar; acho que fol no “Tie ne’ (ELE VOLTA AO SEU LIVRO} JERRY — Ber, o “Time” no € pata qnalquer or PRTER — Nie, acho que rio JERRY — (DEPOIS DE UMA PAU- SA) Tuna, estou contente de saber quo agiela'¢ a quinta. avenda PETER ——(VAGAMENTE) 6? JERRY — ku nio gosto mutto co ta~ do costo do paraue, TRTER — "Nao? (COM PRUDENCIA, NAS INTERESSADD) Por que? JERRY — (FORA DO ASSUNTO) og ETER — (VOLTA A0 SBU LIVRO) JERRY — (FARA FOR ALGUNS SE- GENDOS, OLHANDO PETER, QUE, FINALMENTE, LEVANTA 08’ OLit0s, OUTRA VEZ, PERPLEXO) Vood se in: comoda do coaversar comigo? PETER — (LEVEMENTE. INCOMO- DADO) Bem... do, nko, JERRY — Bom”! mas mao esta que endo conversar’B, Yoc® se importa sim. PETER — Na, eu, sinceramente, nao ‘me importo, SERRY — Voce se importa sin. PETER — (PINALMENTE, DECIDI- DO) Néo, navverdade, eu ado me int” orto, absolitgmente. JERRY —£.-. est6 fazendo um bo- ite dia, PETER _ (PIXA, DESNECESSA. RIANENTE, 0 CEU)'f... ¢ sim: esta muito bonito JERRY — Bu estive no Jardim Zoo- tea PETER — Yect ji me ve I, antes. ni aise? JERRY — Amanhi voce vai ler sébre {sso n0s tornals, s@ vote nao assistir na ua telovicdo hoje nclte. Voce tem televisio, nzo tem? PETER —‘Tenho im. és tomos doa, wpa para as ecianees TERRY — Vore & casa? PETER — (SATISPEITO, CON £N- FASE) Sin; ¢ lozieo. qua sos TERRY — Bem, mas Ser casado no € tumg obrizacao. DETER — Nap... claro que nio, JERRY — Vocé Yer expos beren °CESPANTADO PELA APARENTE FALTA DE NELACAO) JERRY — E voct tem fos. PETER — ‘Tenhe dos, JERRY — Meninos? PETER — Nzo, meninas.. dvas me- JERRY — vias voré queria meninos PETER — Bom. naturalmente, toda tomem quer un sno, mas JERRY —"'(ZOMBANDO) $6" que voeé niio deseobulu a reeets PETER — (CHATEADO) Eu néo ‘ule dizer isso, JERRY — Voeds nfo pretendem ter mais filhos, pretendem? PETER ~'(UM POUCO DISTANTE) Nao. (VOLTANDO-SE ABORRECIDO) For que voee persunta? Como voce po Ao saber? JERRY — Pelo jeito ée vood erusar fs pernas; algums coisa na sun vor, 04, taiver, sela.somienie um palpite. ® por ‘causa de sue mulher? PETER — (FURIOSO) Isso néo ¢ da ua conta, GERRY DIZ SIM COM A CABECA, PETER ACALMANDO-SE). Bom, vosé tom razie. Nos mio vamee terials tiles JERKY — (SUAVE) B... voee nio ‘dezeobin & reoeite PETER — (FERDOANDO) £... acho que mio. JERRY — ‘agora, que mals? PRTER — 0 que 6 quo voed estava fa. Jando sdbre Jardin “Zooldxco... Que JERRY — Vou the contar dou ¢ rouse, Voss se imports que ot fase hhals.perguntas? PETER — 0h, nio! JERRY — ru Ihe digo poraue; eu néo falo com muita genta 36 para dizer coisas, como: "me dé uma cerveja", ou onde’ 0 mietorte™, ou tame hora o'fi= nie comeca’, ow ainda, ‘ita a mo def, Tapaz" Voce sabe... cosas assim, PETER — Nao, iio compreenio. JERRY — atas'ae ver em quands eu ‘gosto te conversar com alguém; con verstr, retimente; gosto de flear conhe= condo ésse alguém; do saber tudo s5bre ate. PETER — (SORRINDO, MAS AINDA SEM JEITO) Feu ful excalado pra hoje? JERRY — Numa ensolarade tarde de domingo, como essa? Quem melhor do fue voee, um bomem bem easado, com dias" filhase. um ‘cacharro? (PE TER SACODS A CABECA) .. — Nio? Do's cachortos. (PETER SACODE “A CABECA), Nenhum cachorret (PETER SACODE A CABECA MELANCOLICA- MENTE). Ob, que penal Nas. yoo p eco gostar de gums. Gatos? (FETER FAz QUE SIM COM A CARECA, TRIS TEMENTE) Gatos? Mas isso silo pode fer imporlaneia para voed, mars. pa a sua mulher,” suas filhas. (PETER FAZ QUE Sit COMA CARECA) Aa mai alguma colea que en ceva saber? PETER — (LIMPANDO a GARGAN- TA) Hi... 18 ainda dots periquitos. lum para cada uma de minkas filhas JERRY Pésseros PETER — les ficam preses numa soiola no quarto do minhas ilhas JERKY — Sio doentes?... 08 pés ecto? PETER — Creo que nio, (TERRY tan Hepes ean ats eee softy uch at” quam ae ane TREY — 05 sam BEE = SSE ss Uli ee ania ee ee iieey — cxonanpo ono a at an pena a ae dui ta ee eaten Se Te Firgn au AL) He ms SETI, BaD lee frre — fee aon peed See Reese ee Oe Be a pr Sr ee a a ie vate te ee eee aa se Avcara de quem? Ola aul; 8 alzuma coisa sobre a Jardim Zoolocico? JERRY — (DISTANTE) 0 que? PETER — 0 Zoolbgico. Alguna col- sa sokre-o Jardim Zocleetee. JERRY — 0 Zoolbsico? {_REPER — Vote 0 meneionoa varias JERRY — (AINDA DISTANTE, MAS VOLTANDO BRUSCAMENTE) 6 Jar” Am: Zoaloxieo, © Jardim Zool6zieo” An, tim, 0 Zoolésico, Eu octive Th entes: de vir" para ci. Ja Ihe disse Isso. Dig, qual é a linha diviséna entre'a alta: inédla classe~média e a balxevalta clas se-média? PETER — Men caro amigo, ev BERRY — 'Nio me’ chante’ de caro anise Pimem — (INFELIZ) Ba ostara apenas, erento ae ame Desa Mac vost “compteonte, sea perguntd Mhre classe ine descabceHtou TERRY B quanto voce se descon- cert wood fics amavel” PETER — Eu. ou ni me oxpresio hem, a \eres. (TEM UMA PLADA So- BEE Br SAO) "Ba ou eit, Ho... un exile ‘iit “ChivERTIDO, MAS NAO ACHANDO GRAGA ES ber Mas Yerdade © que vost exiava querando Ine are HERE — Wood aio precisa falar assin (NESiR PONTO, JERRY PODE COME CAR A CAMINHAR PLO PALCO COM ERNTA, NAS CRESCENTE RESOLU= AO.’ AUTORIDADE, MEDINDO 03 PASSOS DE TAL MANEIRA QUE A LONGA PALA SOBRE. CACHORRO VEM No FONTO MAIS ALTO DA cunvay’ JERRY, — Esti tem, Quals soo: soi escritores favoritos? Bandelaive ¢ J.P. Marquand? PEEK — (CAUTELOSO) Bem. 0s- to. de inimeros casritoreny tenho’ uma consieravel, . dlgamos, iberdage ce géoto. ‘eces dois que voc! tou oto excelentes, caca um ‘no seu género. (ENTUSIASMANDO-SE) "Baudelaire, asturalmente... ¢ ée longe o melhor og dois, mat” Marquand tem’ seu Iu ar... em nossa... Ilterature JERRY — Chega PETER — Desculpe. JERRY — Voce Ssbe 0 cue ew fz antes de ir ao Jardim Zoolbgle, hoje? ‘Andet toda Quinta Avenida, "desde ‘Washington Square ‘PETER — Ah, Voc mora no Vilage? (IS80 PARECE INTERESSAR PETER) SERRY — Nap, Tomei o subway ale 60 Village de noc que ex pudesse ‘camiahar a Quinta Avenioa inteire até ‘© Zoolozico. Essa ¢ uma das coisas que ftmapescoa fem quo fazer: «as. vores, lume pessoa tem due sb afastar multe do eaminho para atingir um ponig Fe lauvamente proating, PETER —" (QUASI COM DESAGRA~ DO) Ab, eu pensei que voet morasse 10 Villaze JERRY — 0 que ¢ que voce est ten ‘tando dizer? Exeontrar um sentido nas coisas? ‘Colocar as colsas no agar? Usar-o velho truque do curioso? tem, E facil eu Ihe explo; mory numa pen” ‘so de quatro stdares. np fm ca fon ‘este, catre a Avenida "Columbus 2.0 este’ do Centtai Park, Moro no utimo ftndar! nce fundos; 0 mou quarto é rl~ ‘lculamente pequeno © una das. pare- Ser 6 foita de taba, essa parede separa ‘meu quarto de um outro, também, in- rivelmente pequeno; por isso eu acho que os dois quarts foram antes um faiarta $6, mas nao tan peaeno, 0 quarts co’ outro lado de minds parede de ‘aban € ocupado por uma “Diehar houra, que sempre deixa a porta ¢o seu ‘quarto aberta; bem, new Sempre, mss hinpro ‘que ola est. depliando as’ som= brancellas, © que ela faz com un riz tal Budista, Bota bicha negra tem den tes estragadss, 0 que nie & comin; tom fambem um quimoto japones, 0 due tambem bastante rero; 9 usa’ ¢ quimo- no para ire vollar a0 banhelto, ao hall © que & bastante freqionte. © que oi ‘quero dizer & que ela vive indo 8 ba mhoito. Mas nuinea me chalea, © Mune Teva ninguém para’ seu quarto, ‘Tudo ue ela faz ¢ depilar as sombratcalhas, usar seu quimano ¢ ir ao bankelro. J s dois. quaties da frente n> mei, ‘andar séo um poueo maipres, eu acho; a8 tambem nao sao grauces. Tem uma familia: portorriquoaka ‘num déles. 0 mario, @ muller e algumas eriancas: nao sel quamtas, Kssa_gonte me divert tum boeado. # no outro quarto da fren te'tem algiém morando li, mas 01 150 ssel_quem ¢. Nunca vi, Nunea, naaca, Samais YETER — (EMBARACADO) Yur quo... Por que... Por quo Yoo mor JERRY — (DISTANTS, OUTRA VEZ) Nio se PETER — Nao me parees um lager ‘dos mals agradavels. .. onde voce mora JERRY — Bem, ni; nfo 6 um apar- tamento, como og do. seu balrrO, aes ‘ago. tenho ‘Una ospéss, duns iihas, Gog gatos e dels pertqultos, O que ed tenho: ‘astigos de “tolls”, algumas foupas, umn fogarelro, que ew nifo devia ten,'um abridor de star do tipo que funciona como uma chare, voct sabe; tuma faca, tots garfos, e dies colheres, uma grande e uma pequena; trés pra- tes. ume ‘sieaes, umpires, OM cope, duas molduras para fctogratias, ambas ‘Vania, un olto ou nove lis, um ba talk potmostitien, um baralho eomum, uma Yelns méquiia de esetever Wes- tera Union que 60 bate as lotras maits- cults © um pequeng cofre sem fecia- fdira, que tem dentxo.,. 0 qe? Pe. tas! Algunas.pecras gue eu apantel pa praig. quando eta gardto: debuiea Gas, estia algunas. cartes amascae das.” ‘earias de “pedidos’:.-_ por fa- or, poraue voc’ neo fez isso} por fax vor, guande voce fara aquilo. Eeartas ae eperaumtas” tarakém: Quando. voed val eserever? Quando voce vita? quan- ib? Quande? Quando? Wetes eartas s20 as malls events PETER — (MAL HUMORADO FIXA $008 SAPATOS B, ENTAO) B cues nas molétiasvaniae? GERRY — Nio vejo necessidade ne niiuma de maior, explicaeao, Ngo. esta laro? Nie fenhe fotogratiae de ninguer ira colocar neias, PETER — Sous pots... talvez... uma amorada, “JERKY Voos 6 um homem dalica ao € de uma Incovrencla, verdacelra- mente invejavel, Mas minha querida ge € meu querido pat esido mortos © isso mo entristare, voce sabe. Nas faquela conlecida dupla de “vauders= {ib esti Tepresantando agora nas m= verse et nao sol-como poderin con templicios arrumadinhos € emoldura- dos num quadro. Além disto, ou, antes disso, Tara ser exato, a querida mamae fsbandonou o queride pepal cuando ea inna ponco mais de dez anos: cla om ‘bareow numa excursio adiltera, através dos estades do sul. uma tounge que durou um ano... ¢ a companhia mais feonstente que’ ela tove.. entre ou Gros... entse muitos outros. «era a {al Ms. Barlesearm. Polo meses, fo 0 que 0 querido papal me contou, depois five. dle Toi a0 sul...e Yoltou. tra tendo 9 corpo dela. ‘Néo tinkams 20 ebido a noticia, veja yore, encte 0 Na~ ale 0 Ano Novo, de que a. quorida mantée tinka ido desta vida para outta ‘elhor rim daqueles imundos eorticos Qo Alabama. Evmorta, ela ere metos hhenvinda, Hu quero dizar que a quecida ‘mange no passava de um corpo igh- foe fric. be qualauer maneira, 0 meu bom ¢ velho pai eclebrou o Ano Névo or umas duas semanas e,. depois, s2 ftitou na frente de-um daibus, e gue ‘pals. ou menos resolveu éste problema familiar. Rew, nie, depois entio, teve a'fema da querida mame que mio et via nem to Tecado nem as. consolae Shes do dlccol, Bu me mudei para a sa Sasa e sb me Yecordo da severiiade de fo que ela fasia: dormir, comet, tin: batat, recat. Bla eal moria nas sea das de cou apartamento, qu, entso, era também 0 meu, na tarde de iin or= natura: no eolégio. Uma ‘pinés hott. Yelmente sem grace, se voce quer saber O° que ev acho dso tude. BETER ~ Que cots... que cosa. SEIUGY — Oie coisa, 6 gue? aso fads i fol he tanto tempo ‘que eu in onsigo intezrst-me na histéria ‘com 2 moma emoveo ou. como se eu {ise ersonagem dela, ‘Talver, ago". voce post comproonder, antretanto, porque a querida mamie 0 queria "papal st sem maldura, Qual é 0 seu abn! Seu primelto nore PETER 2 Peter SERRY — Eu tinha esquecido de per suntan O men é tery PETER "(Gon LIGEIRO RISO NERVOSD) Alb errs SERRY ~(RESPONDE COMA CA- GA) Adora veance. gual ¢'a 1840 Fars tore {lografia dena sue Execiinence eat dua molds? Pols fr tenho duns voce Tomb Nana ei com tm tone mai de tae itindlotia sls nd ty cater tle= afarto quar samt moses Cc, feria etraho © acho que tite, an? en Pier — sist TERRY — Nio. 0 que € iste 6 ave ul ag conta, tle tom ai aes far dp oma ver, Nunca ful expat ‘ea o eee om, og como se te? ter eines comalico Gv ua er tina wer tor aeaborse™" Oh ‘spore! Quando eb linha quate ace oro dervervonta #608) me kbar Guo minha puberdeds.” oaks vido {Bit temps doa eu era tin hoe lorssant won Ea tute doe pe Geresa“GUHTO RAPIDO) ss fe deresia com tote oe Pe ic} com Sos badatando,tndeasdestrtdsaen aovvenin. Edvfante on diay me Steonrava, 20 menos dias Wis po dia, com o filho do superintedente do je. um raps2 grego, exjo aniver~ "0 no mesno dia do meu, $6 que fe era tim ano mais velho. Bu me sen= ia muito’ apaixonado, mas talvee {enh sido 56 sexo. 1, azora, eu gosto ile prosticutar; gosto, sim, de verdode. Mas por uni ‘hora, PPHER Bem, isto mo parece per- feitamente compreensivel JERRY —CIRADO) Ola aquit Vooe vai me aconselhar a easar € crit petl= aultes? PETER — (TAMBEM IRADO) Deise > petiquitos em paz! E continne stele fe voce quiser. Isso nap ¢ da mine sonia. Nao ful eu quem comecow essa JERRY — td bem, esté bem. Des culpe, Entio? Voce esté sangnde? PETER — (RINDO) Nao, nae estou JERRY —" (ALIVIABO). timo: (VOLTANDO AO SEU TOM ANTE- RION). & interessante que voce me 12 ha perguntado sobre as molduras, Fensel que voot fee me perguntar si bro os baralhos pornegréficos, PETER — (COM UM_SORRISO DE QUEM SABE DO QUE SE TRATA) Ku CComieco esses bavalhos JERRY — Noo € 9 céso, (RI) Eu ‘eco que guande voce era gsrito, voce feu amigos passevam Gssen bacaltos lum para o outro, ou voct tina 6 se? PETER — Eu acho que muitos de nés unhamos JERRY — E voc’ jogou fora pouco antes de se casa PETER — Ota ul, Bu, nunca mais prectiel descas enisas, depts ate fig zis velho SERRY — Nic? PETER — (ENBARAGADO) Eu pre- fio nao falar ssbte dove assunto, JERRY — Entio nia fale. Além isso, eu nio estava tentando. dessobrit ua Vide sexual, depols da adolescen= ea dam Cones ies onde gue. Ha cheger cra diferenca de. valor nina cartns pornogtitiess quando ‘ee & gatdio © fartas pornogritleas tiando voce é male Velho Exes dif onga € que quando voce ¢ garblo voce lust-as cartas como um sabstituty pare Rexporijnela real © quando Yee! é mais velho voce usa a experiencia Peal como tum, substituto para a faniasia. Mas freig que voeb prefers cuir b que me seontecen no Jardim Zeoleeo. PETE" ENTUSIASHABO) Ob, sn. no Zoolégico. (DEPOIS, SEN JET? TO} Cher dir Se ocd JERRY — Deixe-me conta porque ‘eile bom, detno-mne contarsihe agus ras coisas ates. Ji'lae fact sObre 0 quero anata" pensio onde "moro Keto ‘que os quartos sie melhores noi ‘ncares de baita. Acho qu® si, hose ie conhogo ningusm no tote ner 20 sexu” eidar. Oh, espeve a Sel fe ha ume serhoes morando no tor feo andar, na pane da Lente, Bu seh ferque ele ‘chore. tompo too. Toes Nezique sip au chego, “Tid Vee gue passe pela porta de set) guar, somBre go chotanilo, um che ‘abated, as Imo definidos Mato define Thome. Mas quero dalsr € da. dena G2 peasio ¢ “sebtetuo de “seu cae Shorto. Eu ago gosto do wear palayeas Ilo uras para deserever pestoas, Na0 fost Men dane dn ei gor, ela, mesquinha, estipioa sua ordie ‘tia, babeda, tin sa00 de Smumatee. E ove pole tet nolado que, como multe Taramente ‘sou irreverenta, ie Pos® eerorsia 80 be gual sea Doe PETER — Vocd a descreve... com rte resismo. JERRY ~ "Obrigado, De qualauer rare, ela tom um eathotte eeu nou Ihe’ fala ‘sdore o cachorvo, pois ela © 4 eachorro sao porieios de minh re= Sidéncia A mulhor ja € bestonte des siulivel ela Invesie polo. nal dee frada‘esplonando pera ver’ 20 eum devo colsts ou gente ard 0 meu quate fo; e quande la tomou sous dots ou tes, copos det comm lingo 0, melo dia tarde, ola sempre me fan parar no hile. sgatrao meu easico ou met Braco’ aperis seu corpo contra 0 et pare me conservar um conto de tal Iameira ave ela poss converser comie fo. Voc io pade madivar ¢ que € 9 Ghetto de seu corpo & 6 seu bilo. fm alaam lager ce fondo daqutle eize- bro.'do amano. de uma. ellha, tim frei ave. doseavelveu apenas ¢ aul Clete para faxela comer, beher, cla, fla oferere uma najenta parses do de? Seo sewaal. B seu et, Peter, seu 0 anjeto de si viseesa sextaliinde PETER — £ revoltant, £... horei- eh JERRY — as eu ache! um mancira co conservi-in 4 discaneia Quango ela onverta comige, quand slat sopren tne com seu coro e cochcha sobre tei fquarto, fentando: convencersme Sit Se, "tiga. Simplesments: "ms Sor, entem* io fale Hastante part et, ateofien! lo, eae fee Conceria" apefta. es seus” peguenies allo, la sta um’ pouco e, ertio, Fee ‘ars, “eneste mamente ¢ aie en 2cho ‘gue praticg aig ‘Ge hom nauuels ator fmentada casas, um. ort ingen omega a se formar mo teu reo indoe, Give, ela dd isnhos e sols ger tio engine recoraao‘ontem «0 ates cntem; enguantg ere" revive ¢ gue fines acontece Ents, ela neat ‘veaminhe para junto dagucle monsitg hero que € seu cachorrO e,tinaitven- te, vella parn teu quarco, eu ctou sai, ale oso, prorimo encoato PEPER © Toro 60 «1 nerve. Acho ciel! areata ue gee assim eit, JunRY — (um Fouco zoNBETEI- BO) Pols ve se th tos ers, nab YETER — (SERIAMENTE). F JERRY — ‘Seria melhor “gue tudo 480,189. passasse de ecto. Vose tern rato, Peler, Bem, ¢ que ou estou at Tendo Ie enitar ¢ sobre o seu eachorr fo vox The eontar agora. PETER —(NERVOSAMENTE) Ah, JERRY — Nio va exbore, Yoo? nio std pensanco em Ir, esti? PRTER Bem." nv JERRY — (COMO St SE DIRIGISSE AVUMA CRIANGA) Porque’ depois de feu the contar sobre ¢ exthorta, sabe fento,.. entio eu vou falay ccbre 9 que Aconteceu uo Jatdiin Zooldsic, PETER — (SORRINDO, TIMIDA: MENTE) Voce... vocé & cheio de his- ‘hrlas, mao €” JERRY — Voot nip ¢ obrigado a es- centar, Ninguém esta prondendo voed ‘aqui; lembrevse disso, Fonha Isso na nna cabera PETER — Eu sel TERRY — Sabo mesmo? 6time, (A SEGUINTE E LONGA” NARRATIVA ME PAHECE QUE PODE SER FEITA COM UMA GRANDE MOVIMENTAGAG, PARA SE OBTER COM ELA UM EFEI- 10. HIPNOLICO EM VETER ENA TLATELA, TAMBEN. ALGUNS MOVI- MENTOS ESPECIFICOS FORAM SU- GERIDDS, MAS 0 DIRETOR FO ATOR UE INTERPRETA JERRY PODERAO CBTER MELHOR RESULTADO POR SI NESMOS). Bom. (COMO SE LESSE NUM ENORME CARTAZ) & historia Jerry ¢ 0 cachorro. (NOVAMENTE NATURAL) O gue vou Ihe contar tem ‘algo que ver com as teaies pelas quais 4s voles € necessério que uma pessoa fe Afaste mito de_ceminho pate a! ‘ur umn ponto relativamente pfoximo; ou {emmbém soja sbmonte eu qua’ penso assim, Bm iodg 0 caso, f01 por Iso que fei'a6 Taraim Zooldgico hoje © porate caminhet em direcso ao norie..- ale fate chegual aqui Bem. 0 cachorro, et ieho que id the disse, 6 um verdadeice monstro negro; tem ‘uma ‘caheea des Droporeionaimonto. grande, erelhas po- tiuenas, bem pequenas .e olios... Inie- ‘ados de sangue, talver porte ootojam Infecelonades, quate ao eoxpo, voce Boe era costello atv a fe. 0 cachort0 € agro, tou tro negro ecm axeessao dos olhos a melhados,e... sim... uma ferida ave: ta em sua aia cianéeira ..diretia. fue também é vermeiha. B, th, 0 Dre monstro, ew acto due ¢ lum eaenor= 0 valho meomo.-. eoriamente, Um oa thorto yelhoe. maltratado..." Guase Eempro tem tna etesao,.. taiibém ver melha, portant, B.., que mals? ah Sine; hi aquela cbr ‘sinza, arnsvolay es ranquiceda, tanvbém, quando Gle tos lia as presi.» Assim: fol isso quo He, ‘qaateg me viu pela. primeice ved povdia que mudel para a pom Ho, Tiwe medo dacele animal, 20 pe npiro momento cue. vi. Amials 6 zo com 2 minha cara, somo ce. eu fésse Sio Francisco que vivie com pés- saros dependurados néle p tempo ted, Eu quero dizer € que os animals me sio inaiferentes. . como as pessoas (SOR= RI, LIGIRAMENTS) na malaria dad vires. Mas esse pachorno mio me tra Indifecente. Desde 0 coméco, dle ‘inna Tosnando ‘para agarrar uma das tmimkas perass: Neo ere. ralvoce, zo, voe8, sebo; ora um eschorro meio tri- jeeo; nas que corria. muito bem ald, Bntretanto, ea ‘sempre consezuta. {agi ‘Uma ez, @le arrancou um pedaco de minha calga, olko, voeS pode ver aqui, ‘onde esta Femendado: fo) no dia Se ulate 4 minha chogada: mas com tm Pontapé me livret dele e corr, rapido, para dima UNTRIGADO) Ate hoje nao Alescobri como 03 outros héspedes se afranjam com Sle; mas voeé, eortamen te. jt sabe 0 que ex penso; acho que era sé comigo. De qualquer manera {sso eontinuou por uma semana, sempre fave ou chegava: mas nunea quepdo eu hls. B engragedo, Ov melhor, era. oh racedo. Hu podetia arrumar a. mala e fiver na Pua’ por causa do. cachorro. Bem, eu éstava persando asso un dia ‘hp nied quarto, dopols de Toe sido cor= ido pelo cachorro até 1. E decid. Primairo, You sufoear ésseeachorro de gentitezas © se Isso io. dor certo You matécio, Simplesments, | (PETE ESTRENECE) Nao reaja a nada Peter; ‘escute, 66 80. Assim, no dla seculate, ni e comprei um pacote de sanduiches de catne, mal rasseda, sem molio e fm eeboiay no eaminhe para easa, jo= Huel fora o plo ¢ guartel 6a earie CIALVEZ, AGRO PARA. A CENA SE GUINTE)’ Quando cheguel & pensio, 0 eachorre estava esporando por mim. Entreabri a ports, © la esiava éle no ‘hall, esperando por mim. Entre, com bie cautela, © no oe czquepa® com fearne na mio: abri o pacate e botel & fare no chie a ans quate metros de nde 0" ego estaya rostando para ra Assimt Ble ‘rosneu; parou de. rosna fungou, © comeveu a andar, lentamente: eam toguida, mais raplde; « mais pido na diregio da carne. Bem, quando fle chegouperto dela, parou eal para mim. Bu sores, mas para experi Imentar a reaeio dele, veee compreende. Blo vitou a eara pare a carne, ehsitou- 8, fangou mals, eentio RRRERAAAAA GCGGGiIMIEM, désse jelto... © pessou 2 abocanhar ds Dedagos. a como se ie munca tiveses comida nada em sua ‘da, com excessio.do Iixo, 0 que devia for vordale, Aeho que 2 dona da pen= ‘io <) come lixo. Bein, le comeu a ear~ fo toda, quate que ‘tudo do uma vez, fa zendo Tuldos ag. gargante. como uma Inulhor. Entio, depelt que Sle termina ide comer a cane, e de Ler tentado co- mer também ¢ fapel, de seniou © Sortlu. Ache que ele sorriui sel que ga~ fos sormiem. Fol, paramim, um mo- mento mull grate, Batdo, GEER... le rosnou ¢ avangou desta vex, Ent, fai para c mou quarto, deitet © comese! 4 pensar de advo 10 cachorro, Para fae Tar a verdsde, eu'mo tentia ofendito © estava furiofo, também, Atinal, eran Seis) oxcolentes “sanduiches “de came sem molto... Eu Unha sido olen- fide. "Mas, “poueo depols, doeidi ten far a esina colsa por uns dias." Como vees deve tor porce- Bide, “9. cachorro 0 Aaquela ‘antipatia comizo. Feit imaging va que no seria capa de supecar esso antipauia. “Assim, ‘tentel por isso" mals ‘ince dias, mac acontecia fempre p mes- ‘wo: éle josnava, fungava, caminhava mats rapide, me olkava, evengava na came, GRRRKKRKERE sorrit, rasnay, Grav. Bom, por esta époen a Avenida Colunibus Ji estava eoaihada de pies © fu estava ja mais enejedo do que ofen dido, Portanto, decidl malar @ caehor= Fe, (PETER ERGUE A MAD Bit PRO TESTO) Ob, nao fique alarmado, Pe- ler, nio fal’ bem suecido, No dla em uc decid mater 0 eechorro, compre! ‘penas um sandiiche, de carne e aguile que eu ponsel que fosso uma mostifers porcio de veneno para ‘rato. Guande compre o sanduiche, disse a0 bowen ‘que no se preycupasse com 0 pé0, DOT fue eu sh queria 8 carne, Eaperei time reagéo déle, como: “nbs no yendemos nenhum sanduiehe de earae som pio", ‘ou, “0 que & que Yal fazer: sequrar a caine para comer?” Mas nic: éle sor" iu, embruliow a care em papel Imt= permeivel @ disso: “Uma mordid eu gatinho?” Eu af quiz diuer: “Rao, nao € bem isso; isto aqui fa parte de lum plano para envenenar um eachorro que eu conneen”. Mat Vood Y80. pod ‘zee “um eachorre que cu_conhero”™ ‘sem fivat engracado: entao eu disse © Foseio que tenha dite um pouce alto ‘demais ede uma maneira mule fore inl" £ UMA MORDIDA PARA. O MEU CACHORRO. Todo niundo ine olkow Isso sompre aconteco quande tente sim= plifiear as coisas, todo mundo me otha. Bom, isso ndo interotaa agora, “Ao vol tar para a pensio, mistitel com as nos a came e 9 veneno, seatindo ji, Aquela, altura, © fants trstera quant inbje- Abri a porta dp hall e 1s esiava © moastte, esperando para ‘apossar-so avcostumelza oferta 6, depols, saliar cm cima de mim, Pobre coitade, ale jamais’ sovbe que, no momento em que {ig soeria para mim antes de se apt xdmmar, fol Suriciente para passar ai nha raiva. Mas, Ih estava dle preperan- do pare aiacar esperanco. Botel o bolo {de Deneno no chia, aprexime-ame da eo. ada iquel observande, © pobre tn- mal engoliu a. comida ebino de corta- me, sorriu, o que quase me f8z tal, © entio, Grer_-. Tu disparel eseada aeka, como de costume, E ACONTECEU QUE O-ANIMAL FICOU ” MORTALMENT DOENTE. Piguet sabendo disso, porque le passcu a nio. me esperar’ mais © por ue a done da ponsio parou de Deber. Ela me fe parar no hall ta mecmé noite'da tontativa de homicidio © me confdenelou que Deus havi atin~ sido sou quorido eachoreinko com usa solpe certamenta fatal. Ela havia er ‘Queeido de stin dessontrolada sensual fad ¢ seus olhes estavamn muito aber= 0s, pela. primeira yer. Pareciam os clhos de eachorro, Choramingou e iin= Hlotod cue eu rerasse pelo exchorro, Ea ‘ula dizer: Matams, eu. 3 tenho que ezar par mim mesino, pela bieha ne- ‘era, pela familia. porto-riquenha, pela pesson que mora no quarto da frente 0 ‘Que eu runea vi, pale muther que chora deliberadamente’do outro lado da por {a fochada, e pelo resto dee pessear do fdas as Fensoes do. mundo’ Inteice: lem do mais, Madame, ett nio sei 70 ar. Mae... para simplificar as Colas, feu promeli que ta rear. Bia mo olhoa. Disbe que eu era um menticoso © gue Provavelmente queria ‘Gus 0 e#chorrs Imorresse" Eu Fespondi, 6. em miss palaveas havi multe sineeridade, que Bio desejava a morte do exchorro, Nav queria, © nfo ere so porque take sido ea quem 0 tiahs envenonado. Reseis que tenha de The dizer que eu queria due o eatnorro viveste para ver 0 qur ples. “(PETER DEMONSTRA SEU CRESCENTE DESCOSTO B UM ANTA- GONISMO QUE, TAMRSM, —CRESCE, LENTANENTE) Por favor ‘compreenia Feler: essas coisas Sto. Impattanies, Voet dove aceite mms so ¢ Importante. "Nos precisamos conhece? oe efeitos do notens apsen.” (OUTRO PROFUNDO SUSFIRO) bem do qual- ‘quer marcira, 9 eachotto teeuperou se, Mio tenko a’ meuor idéia de como 61 porque, a aio ser que éle seja um en- feiticado cio que guarda os portces do nferag” ou outro. reftigio do mesm> tipo. ‘Nie stow hem lembrado dian na mitologia, Vor esta? (PETER CO- MECA A PENSAR, MAS JERRY CON: TINUA) De qualgucr manera, © vocd 4a perteu a oporiunidade de” gankar Por ums pergunta no valor de olfo mil doiares, Peter, de’ qualduer maneit, ovexchdro née morted ova dona da ‘ensao recuyerou a sua séze, em nada Altered ‘pelo renaseimento do. sou as fido. Depots de ter assist @ umn fe ue ea er eva om ti noma rua Querenta e Dela um filme que ‘ea juin visto; depois da. dana da Panto tar ime contado. que seu eachors Tinh’ estaya, melhor. eslava certo de Sie éle estarie esperendo por mim. Eu Silva, Tem. omg dit ger Grit?!’ "Fascnadotes. fo, ne ora bom ico: cu estara aaslosd 20 ponte de ter 0 orecio partido, 6 isto. Eu ce. {za ansiose a0 ponte do ter o coredio purtdo parame ver, mais tna vem rento a frente com © meu amigo, (PE* FER REAGE) Sim, eter, ‘mig. Bo Snes palawra edejadda, Eu sta a0 onto de ter 0 eoraeto partio, ste, pas Fe estar, uma vex mais frente & feente com 0 meu amigo clo. Entel. pela Dorta'e avancel, sem médo, alé'9 cent fro do hall,'O animal esta lao. fie tando-me, Gikei para Gey lo olhow pa 0 mim. Achy que... acho que nds fi- Games into tempo ‘assim. petition fos, como duas estituas.- olfando unt Para gory ol nls pet aa ‘sri dh quo de olbow para 8 miata, Tu ‘quero dizer gue posso he encontrar die ante mais tempo em olhay para a cata de um cachorre do due ‘um eachorre odo fe ‘eneontcar sm cli pera @ mi hau ‘ara qualquer outra pessoa, tanto far ‘itas curate eauclos vine umdos — on squelas.duzs. hora Sue és noe othamos, umn para a care G0 oulifo, nbs estabelecemos im con= facto, H ofa iiso que eu queria que sconiecesse; eu agora fostava daqutie facherro © queria quo tamodm sortase Ge min, Tu uate tentado gostar dele feu tinka tentado maticlo, som sucesso, Eu eoperana que Isso acontecesse, mas Tap Sol paraue esprava tae im eschors 1 pudesse.compreender alguna. coisa, muito menos iiahas Paxies = mar et linha esperanca. (PETER PARECE HIPNOTIZADO) E que. 6 que. GERRY ESTA ESTRANHAMENTE TENSD, AGORA)... € que se Yoo! 10 pode vorvivet com gomto, voce precisa fentar..'de alguma forma COM ANT- MAIS! (3MUTTO AUIS RAPIDO AGORA, COMO UM CONSTIRADOR) Voct 1a compreonde? Uma pessoa fem que cn= Contear una manera de relaciozar-se fcom alguma cola. Se nio pode com 15 Dessoas... Se ni pode com us pes~ Boas dom ALGUMA COISA.” Com uma, cama, com uma barats, com um fed. 80, ieso. seria. diel! do= mals, &ie seria um des tines passes a vtomar. Com uma harsta.-- com (Com... com um tapéte, com uin rOlb de papal’ higiénico.. io, isso tambon Imio... Veo® esid vendo ‘como 6 difiel fenccnirar ecisas? Com a orquina do luma Tua, com muites luzes de todas a= tebrer reilptindo n> chio clesco © 2660 fas Tuas, . com um poueo de fumaca... fim pouco..< de fumaga -- com. om Dparalnes_pornozrificos, com um co fre... SEM CADEADO.... com 0 anor, com 6 vomit, com ehdro, com o ce Sexo, porque ts prosiitutas nfo s40 pros tittas, quando. gambam dinkeiro. com 0 sen corpo — 0 que é um ato de amor © eu poderia provirlo — com 0 gemi= fo, porque Yeea esta vivo, com Deus {Que tal essa? COM DEUS QUE 8 VILA. BICHA NEGRA QUE USA QUIMOND E DEPILA AS " SOMBRANCELUAS? GUE £ UMA MULRER QUE. CHORA NECIDIDA DO OUTRO LADO" DA PORTA FECHADA. . com Deus ane, segundo me contarem, deu as contas {eo algum tempo airis.." com — ‘algum dia'— com as pessoas. As pe 08s. Com uma idea; um conceit. que lager melhor para transmitir uma. Mela simples do aue o hall de entrada ‘de minha pensag? Ali, ceria UMC COMR= GO! 0 que & melhcr para um coméco ara comproonder e, possivelmente, ser compreeaiidy.... para um coméye de feniendiments do que como CAQUT JERRY PARECE CAR NUMA FADI- GAQUASE GROPESCA) do que com UM cachorro, Simplesmente: “um ca~ chore. (AQUI, SILENCIO. QUE. POD! ‘SER PROLONGADO POR UM INSTAN ‘Tk OU MAIS. DEFUIS, JERRY, FATI- GADO, TERMINA A SUA HISTORIA) Um edehorro... Me parece uma idéis perfeitamente vida, Lembro-se de que Sihomem ¢ 9 melhor aimigo do cio. Por- fonte: eu © 0 eacherro flesmes glhando, tin para'o outro. Eu ils tempe do qus Deathorro, Bo que #U via, entdo, era Sempre @ mesma eoles, dapois disso en- Contre. Agora, semar’ cue eu or Gi- horse nos vemos, nds paramos “onde estamos. Olnzido tm Fara 0 outro. com mnistura de tristesa 0 uspeita o fingi mos uma indlferenca mitua, Fassanos tum pelo outro com seguranga: compre= budemo-nos. triste, mes voc’ tem que Admitir que! més. nos “compreendemos. ‘Tinhainos feito virion tentatives de con tneto, mas falhado, 0. eaenorro. volloy fo lixo e eu gazhet uma passegom coll- fivia, mas Livre, Ex mo volte. Azer que ganhel ume pascagem livze © soltaria, se ¢ que una perda. pode ser fais corsiderada conto um [ucro ‘Apcendl que pem a delicedeca. © a eru- cidade por si mesmas, Mdependentes, fama daloatra, crlam um resultado quo fe super © peer qie as cas com Sinadas, Jantas ap meso tempo, cram verdailira emocae. 0 que é zanho & perda, E qual fal o resultado? Not, 0 ca~ Chorto eeu, tnhamos aleancads un ‘compromiss'« Mais do que uma troca, ao os amanios mals, nem 10s ferimos, orgie no tentemes’ mals nos aprocl= far um do our, E quando eu o ali- tmentiva, nio era isto um ato de amor? Evquando tle tentava me morder, 2 tong isso talver, am ato de amor?” (S LENCIO, JERRY DIRIGE-SE PARA 0. BANCO” DE PETER. SENTANDO-SE: ‘AO SEU LADO, ESTA £ A PRIMETRA Viz QUE JERRY SE SENTA DURAN- ‘ThA BCA). Fim da historia do Jerry ©. Cachorty. (PETER ESTA SILEN- (1080) Entio, Pater? GERRY FICA SOBITAMENTE ALEGRE) Entio, Pe~ thr? Voed acka que ow poderia vender esta historia. para “Selegbes” ¢ gankar juentas, dares. na serie. *Meu tipo eaquecivel”? Ein? (GERRY ESTA MUI ANIMADO, PETER PERTUR- EADO) Vamos, Peter, 0 que & que voce aha? YETER — (PARALIZADO) Eu. rio sei... nfo sol... nao. compreen= do. acho “que mio. (QUASE CHO RANDO) Por que voce me contou tudo Kiso JERRY — F por que nig? PETER — EU NAO‘ENTENDI NA Dat JERRY — (FURIOSD, MAS BAIKO) entre, Pitre — Nao, nso ¢ mentira SEU — WERLAO).Tentel plicar tudo enquant coniare'a hatrie B con {ehavagat also rotere 8 PETER "NAO QUERO oUVIR MAIS'NADA, Voce ngo me intereses, tem a done da pensio © multe menot oenchorna dala JERRY —"'O"cachorso delat Ba pen sei ae te féxe men Nao. Voré tem erie, 0 cachocro'¢ dela, Peton COLMA PETER DECIDIDAMENTE, SACUDIN: DO'A CABECA) Bu no sol o que tino. ta cabeca, €-eaz0_ ie voce tio vous Ecmprocnder, (MONGIONO E COIDA: O80) "Bung moro au sua Tua, nH tou eatado com dos pariqaitos ou Gual= quer que see p arranjo It a ua suse Ey"sal um transite permanente tou lat ogo ag infetas pensoes dood Oeste da cidate de Nova Voraue, auee Mraler cidade do mundo, Amn. PETER —Detculpe... eu 1a0 aul. JERRY — Ea bor. Daccontin gus set do Save bem © de pens de TETER ~~ (TENTANDO UMA FIA- DAY A gee ercontra pesint de foder oe. tipos ae minha prefiseo. (S01 Suu sn on eck & won sujeito engra~ ado, (FORGA UM RISO) Sabia dst? Voet Glad de uma: grande cor midst, PETER — (MODESTO, M: - ‘TINDO-8E) ‘Oly no. No code (MINDS. SORRY ENTREDENTES), SEHR Peter ono de ehfendo PETER — (ILUMINADO) Bem, devo confessat que to era esse O tio te {Erde que ou hava prev, SERRY —" Voce gier-diz= que nto soit arason que vost experata PETER —~ Eu ogo estava esperando ninguem JERRY — Nio, en nso quero dizer isfor Mat Good me eneonitot <7 eu er {ou agut e'nio vou embors, PETER — (CONSULTANDO 0 RE~ {LOGID) "Bem, Yoed pode fem, mas eo teri de tr sbora. = SERRY Ora vanes) que mais um PETER — fu tenho ce ir para ea sa; Voee comprecnde que... JERRY — (PAZENDO COCEGAS NAS COSTAS DE PETER) Ora, va- PETER —(SENTE MUITA cOcE- GA) TERRY CONTINUA E A VOZ Di LE'VAI FICANDO EM FALSETE) Neo, eu. OHMHEET Pare com isso. NEO faga issp. Pare. OUI, néo, 10. GERRY — Ora, varnas Peren — GERRY continua A FAZER COCEGAS) Oh, hi, hi, hl Ju Aenho que ir embora. Bu... hi hi, hi ‘Aflnal de coutas.. Pare com Io, bare, fu, hi, hi, atinal de contae os pera: (os Ji deverdo estar Jantando dag 2 route, Hy hi, © 08 gatos estzo botands mesa. Pare! puree, e... (PERDEU. TODO. 0 CONTROL) nbs... v8 ries... hi, i, his. ub. ho... ho. ho, (GERRY PARA DE FAZER CO” Cdis EM PETER, MAS A COMDL- NACAO DAS COCEGAS E SUAS FRO~ TRIAS EXTRAVAGANCIAS TOM PE- TER RINDO QUASE HISTRHICAMEN- ‘TE. DURANTE 0 SEU RISO, JERRY OBSERVA-O coal UM. SORRISO CURIOSO ¢ E10) JERRY ~ Foter? PETER — Oh, ta, ha, ha, ha, ha, ha, Ina. 0 que? 0 que? JERRY — Exeute aqui, PETER — Ob, ho, ho, ho... 0 que 6 gerry? On derey “” ansreriosamenrey Feter, voce ndo quer saler o que accn tecou! no Jardin Zoolsaleo? TETER— Ah, ha la, ha, ha. O que? Oh, sim; 0 Zocksgico, Oh, eb, chy ch, Bem ea re mew sooldgieo jartiewiar por umm memento com. hy hiy hi 0s periquitos pronies ara jantar e..’ ha hha, ta, set la 0: due. JERRY — (CALMANENTE) Sim, fo1 ‘mesmo muito engracado, Fever.” Nao pense! que pudesce sor tio engragsce. ‘Mas voet quer ouvir o que aconiceea ny Sarai Zeoldgieo ou M0? PETER — Quero. Quero, sim, claro Conte, o quo aeontocen no Zoaligico? JERRY — Agora, vou Ine contar 0 ‘que aconteceu ne. Zoelogice. Mar anter devo dizer por que ful a0 Zooldsleo Ful até saber do que manele a8 pes cas vivemn com os animals om, 0: Animas viver ms com os outros e com fs "pessoas, tambérm. "Nao" fo, provi: Nelmente, tima experioneia.miito. pro vyeltosa, com todo mundo. scparada to esto, pelas grades, os animals Isoladas {te maioria dos cutios e as pessoas sern- Dre separadas dos animals" Nas assim que’ s80 95 Zooldgieas, (BMEURRA PETER COM 0 BAGO) Chega pra la PETER — (AMHSTOSO) Doses, ‘mas voce J nao tem bastante espaca? JERRY —"(SORRINDO, “LIGEIRA- MENTE) Bem, todos os animals esta- yam Ii @ uma’ porgto de gente estava Wi, pots € domingo e tédas us erlaneas, fambém. estavam li (EMPUBRA PE! "BR DE NOVO} Chega pra li PETER — '(PACIENT#, AINDA AMISTOSO) Beté bem: (BLE SE APAS- TA MAIS B JERRY TEM TODO 0 ESPACO QUE PODERIA DESEIAN), TERRY — Estava muito quente, por 480 havia um matt cheito no at 6 te. os os veniedores de haléo ¢ todes es vendedores de sorvele e todas. asf as Iallam ‘todes os pansaros grlta Van, (EMPURRA PEreR COM AUIS, For¢A) CHEGA'TRA Lat PETER — (MUITO ABORRECIDO) Bu nao posso chegar mais pra la, ¢ pa~ re deme buter. 0 que ¢ que hi com vee? TERRY — Vocd nfo quer ouvir a hi tiria? (BATE DE NOVO NO. BRACD. DE PETER) PETER (CONFUSO) Nie sel, $6 sel que no quero que me batam no brace JERRY — (BATE DE NOVO NO PRAGO DE PETER) Assim? PETER — Pare com isso! O que & ‘que hit com root? JERRY — Eu estou loueo, seu mer- at FETER — Bem, asore eu nio goste JERRY — Escuto aqui, Peter. Ea quero éste haaco, Veee val semtar na~ Gquele all adlanto’ co vees £6" boncinho Eu the conta o Fesio da historia. PETER — (ATURDIDO) Mas... po: ‘que? 0 que € que ha com vrs?” Alem disse, nfo. vejo ras nenhuma a sein 'désie taleo. Ba me sento faut uty toes os domiaso 2 tre oun do o tempo esti hom & sussexado sau Numea vem ningudm sontar-se aqui” 65 fe baneo sempre fol meu JERRY — (SUAVE) Sale dete ba co. Fuier. Bu quero éste tanco, PETER (QUASE CHORAMINGAN- D0) Nici JERRY — J4 disse quo quor> éste baneo ¢ vou fica com éle, De o fore “SPEIER — Nao oe podo tor tudo « axe se quer. Voeé devia Suber disso: 6a ei as colias. Pole-se ter algumas coisas ‘Que se quer, mas no tudo. JERRY — GR" Tmbecil’ Voos 6 um relardady mental! PETER — Vare com isto! JERRY — Voeé um vegetal! Va deltarese no onto PETER —~ “GNTENSO) Agora, voce vai me ouvir, seu... Ja eauentel a tar oe toda TERRY — Nem tant PETER — Octuflente, 36 6 aguen tel 0. sufciete. Escutel 0 ques voce lin « due pfaye panei a sont porque Pentel Que NOSE, pols ‘V@ cohversar com alguém. = “TERRY Voet sabe arcenjar Sem : cols, metbdicamente: € apesar diss $0 ch, qual a pelavra que devo Pregar pare Ihe fazer fstca.«— CRIS- HO: Yoce me enhe. "sia “dagat 6 se. dbva meu bance, beteR BU BANco! JERRY — (EMPURRA PETER PA- RA GUASE FORA DO BANCO) Suna a minha ita, TETER “—“(RETOMANDO A SUA POSICAO) Va Xi. va para 0 inferno B demas. Voce desta feral. Ba 18 tow he dar fse banen, cate bico nao Feu e.s, acabeu-se, Adora, vi emits Gh BURA Mac SRO SB Stove) Vi embers, jé nse, GERRY MOVE) Va antors dagui's woes & agabundo. "0 que voce d. Se rect hig for, You chamar_am guards pasa levicto“daqulss JERRY HE F1CA) TE {ou Ine visage, vou enamat tm feat JERRY — (SUAVE) Voed mio vat slime eats ards ls eto dy ou:r0 lado de para, preoeupaios cam 2s “Dichas®, ando {eviso ee sos fe atem en Ine fas meu fort 0 rerio ue voce eth eno saoce, Fete." Pelee. Peter Obrigado Tas vim até woe. GRE PRA CaMEN TE) € woot me conortow Mea Gio Bete PETER — (QUASE DESMAIANDO) Mou Deu JERRY — £ meluor voce Ir agora, Bhde aparecer alguim « wood nko val querer estar equi, quande éste alguem Chegar PETER — (NAO SP MOVE MAS CO- MEGA A CHORAR) On, meu Deus, ch, JERRY — (3EMS FRACO_AINDA, PERTO DA MORTS) Voed mio veltar mals agul, Peter, voce fol desapropeia- do, Pardcu. seu" aneo, mis delendes sua honta. Peter, eu you Ibe diver ina colsg: voce nag eum vegetal: ests em, ‘ocd "um animal. Voce também € un Animal. Mas ¢ melhor vore Ir embora, Peter, Depresa, 6 melhor voce tr. (JERRY AFANHA UM LENCO E COM GRANDE ESFORCO LIMPA NO CALO DA FACA AS IMPRESSOES DIGITAIS) Va embora, Peter, depressa.. (PETER AFASTA-SE, VACILANTE) Espere tepore, Peter. Leve seu litro.. 0 lie xo. Acul.. junio de mim=.. no stu bane)... ot: melhor, no. mow baneo. Veuba apanhe.o seu iva. (PETER MOVE-S PARA’ 0 LIVRO, MAS RE- CUA) Depressa,.. Peter. (PETER Corks APE BANCO, APANIIA'O LIVRO, RECUA) Muito ben, Peter, muito bem. Agora. v4 embers. Rapiio, (PETE HESITA POR UN MOMENTO, DEPOIS SAI DO PALCO) Depress. (OS OLHOS DE JERRY ESTKO FE- CHANDO)... Depresa.... seus pesigul- fs estz0 Fasendo 0 Jantar. os 22 fea... 08 gatos eatéo botand © mesa: YETER — (FORA DO PALCO NUM CBMHDO) OH MEU DEUS! JERRY — (OS OLHOS AINDA. FE~ CHADOS, “BALANCA A CABECA E FALA: UMA COMBINAGAO DE BUFO BE SUPLICA) ‘Oh. meu Deus. (BLE ESTs NORTO) PANO Viagem Feliz de Trenton a Camden Thornton Wilder Pega em um ato TRAD. IVAN ALBUQUERQUE RESUMD: PERSONAGENS: lt Bib (@ mi) — torn ant amin xi vija de trenton a "tire comdoa are vistar tthe mats velba, ME. Hird Co pai) — seaure, camo voli © Ratha (6S Hea Get E Goat exuberantes, alegres. Senha fille mals velay O;Direor ce cena tie Yoday os yn- wena nie proses que ao clan ASPECTO: CENARIO © slot, de amor matnne, & pee fononsgem de Mes ith fora bese Ge 4 0 aulor pede, apenas, quatre: petsonagen ce iss lth Zola beep 22 elras pars mntent o sutomival © doar co mosino autor, na qual fu dexcobreda PATO o sold ds casa de Beulah fem irs, Gibls ¢ ales. Webb omtea: secknane Aplicagie sobria ¢ funclonan FIGURINOS: ‘A paca tem dole pontos contra 1 "°O de centro emocional: a mae = que organiza, da ordens, repreenie, Sugere, coment ce. 20 centto de acfo: 2 viagem — . preparativos, partida, intervalos, che- Seria interessante sugerir 0 barulho ead. fo astomevel eas cane ne Modemos, ou do época SONOPLASTIA: COMO MONTAR: Atengio aos contrastee sitmicos, & espontaneidade dos didioges, 4 mimicd e cbreturdo ap ar familiar eotidiano que deve emanar das personagens. QUEM PODE MoNTAR? ‘Grupos amadores e grupos ontenta- dos por tin diretor de efta experiencia POBLICO: ‘Todos Quando soe 0 pano, 0 DIRETOR Dé CENA ‘esta prezuicosamen‘e encor fuudo ao pllar do proseéncl, 4 exqueeds a platéla. Fle eta famando ART — (esid Jogando bolinhas no ccentto do. paleo) CAR — (esi no fund, 3 alvita, falanda com outras moses ivisivels — para ns) MAE — (poe seit chapéu, ante um cespelho imaginario). = MAE — Onde esté sea pai? por que ‘io sid aqu? estou verde que manea Stiremos juntor ART — Mie, onde esia meu chapéu? acho que nao vou se nie achar meu eha- peu NEE — Yoja so est no hall. Onde fol Cafolina,"agora? Crianga endlabra as ART — std id fora, falando com as menina Jones enquanto espera. J Olbel no hall mlthares. de. vézes.. Nao esta 1a, (Ele cospe para ter boa sorte antes do um passe difell ¢ murmura): Vem, anor’ MAE V6 ver do nbvo, estou at endo, Procure bem. (Arthur Levant Corre pars 4 diveita, volts-s6 ligeit. fmeate retorna a0 jg da ballnba, sen= fando-se no chio “com grands ectron= oy. ‘ART. — Mie, nio esté 1a MAE — (serenamente) Dem, voct rio deicard Newer som equate chap, uvia meu bem? Eu nio viejo com vac abundos. ‘ART. — Ab mi MAE — (chega até a péca de cena fala em diresée & platdis, como. so fairavés “de ums Janela) Ob; ‘senhore Schwartz! DIR. — (consultando seu papel) Ch estou cenhora Kirby. Ja co val? MAE — Que bom! Acko que dagui ‘2 ung minutes, Como val 9 nenen? ‘Dik. — Val dem agora. Batenwos nas sues costas ¢ flo regorsitou, MAE — Que bom! sre. Schwartz, se 1 senhora fizesos 0 favor do dar 0 gato tim pites de lelte. de manha de noite: fou Ihe feria muito grata. Oh, bbs tat 6, seahiora Habmeyer. DIR, — Béa tarde, Sea. Kirby, unt dizer que val nos delzer. MAE —~ (mmpdestamente) Oh, 66 ror es dias, Sra, Habmeyer; para’ viilar minke filha easada, Beulah, om \Cam- dea. Elmer azranjou uma setnana de fe ‘Har na lavanderia, Ble 6-9 melhor chan {eur do mundo. (Carelina entra em ce tha e fice a0 lado ds. mae). DIK, — A familia {Oda val? MAE — Sim, nés os do ease. A mu saanca faré bem is eriancas. DIR, — Tonk — Tonk — Tonk — ‘Sim, lombro-me ¢a senhora nos Ler con tees, MAE — Eu quero muito is vé-Ia Nao @ velo desde aquela ecaslio, Nio Soivegarel enguante ni vir (para Carolina): Néo sabe dizer béa tarde 8 Sta Habmeser? CAR. — (enrubece, balxa os olhos diz som jeito); Boa tarde, Sr2- Habe never DIR. — Béa tarde, meu bem. Bom, ev vou esperar até que a senhora se va pora bater cetes tapetes, pole nao quere Sulvcicla, Espero que ‘st diviria bas- {ante © eaconie tuto em ordem pot Th MAE — Obrigada, Sra. Habmeyer, tsparo que sim. em, acho que & 8) 0 Tete para o gato, Sra. Schwarte se et ni fr ineomodé-ia. Se acontecey. al ume coise, a chave da porta dos fun- Gas esta pendurada perto da_celadelra CAR! @ ART. —~ Meo, nio fale tao ‘to! Todo mundo pode escalé-a MAE" Dolxom do puxar meu ves- Ludo, erlangas. num murpariey — You deixar a ehave da porta dos funcos pone durada perto da geladelra e a porta de {els destraneaca DIR. — Boa viagem, lembranca 3 Leal, MAE — Serf dadss e multo obri- soda, (ela yolla para “dentro"} 0 que fora quo esté detondo cou pel? ‘ART, — Me, eu nio acho 9 meu ‘chapts. (Elmer entra, s0gurando ‘ut MAE — Gracas a Deus. Podemos it entic. Caroline Kirby, 0 que voob fer Bo rostot ‘CAR. — caltivamente) Naca, MAE — Se voce pessou. algums ftroga nele, voce vai apanhar. CAR. —"Légico que nso puz nada, mae, 6 estreguel para que flcue. ver molio. Todes as moninas da escola fh ‘isso quando vio sal. MAE“""Nurea vi tamanha bobs gem, Elmer, porque voce s6 velo agora? LAE (com a vor sempre igual « sempre olhando melo ansiosamente por do tras dos doulas) — Ful ate 2 fin fe pedi ap Charles que desse uma di ‘nd alhadela no carro, Kate. MAE. Pes bem. Nao quero saber 44e demora ao melo do eaminbo. Pode- amos ir enti; Arthur, guarde ascas bo- linkas: olbanio para voce. 2 gente hi 4e pensar quo voee nem quey iF viajat, (Gres soem pelo hall, “descein a5 esea- ss” © chegam 4 Tus) ELM, — Merinos, nfo cheguem per~ to do care, ‘NAB — fistes meninos Sullivan me- tem 0 besielno em ‘do, (0 Diretor de Cena tris para a frente quatro. cadel- nase. uma platatormabalxa, que compoe 0 automevel. Fice no ceniro do paleo, voltado para a assistencla. A pla- {aferma far com que as dae cadeiras de tris fquem ligelramente levaniadar 44s mos de Elmer seguram um guidon Tragindelo e continuamente madam a deoreagem. Caralina sertacse 20. 1ad0 le. Arthur esta atris déle © mie ‘rds ae Carolina) top, CA Ae Med, deus Te- en, DIR, — Ades Carelina, Adeus Sra. Kirby. Espero que se divirtam. MAE Adeus meninas. Dilt. —Adeus Kate. earzo pe rece dtino, MAE — (olhando para eima, em a!~ regio uma jancla)... Oh, adeus Emat (nodestamente) Achainos que éste 6 0 tnelhor Chevroletzinko da ‘mundo, Oh, ‘deus Sa. Adler! ‘DIR. —"Vai-so embors, Sea. Kirby? MAB — 86 por trés dias, Sra, Adler; para visitar minhs filha easada om Camden, DIR. — Divirtam-se bastante, (A esas altura, a mae, Carolina e o Ditetor Ge-Cena comegam um c3ro de adeuses ‘Arua toca esti se despedindo Arthur vega seu estilngue e dé uma estilinga~ a para oar. Depois de daas arranen- as dles.se vio). ART. — (amonéroatado) Pai! Pal! Nilo, passe perlo da eseo!a, O proressor Biedenbach pode nos ver! MAE — Fouto me tneomoda que le nos veja, Acho que posso tirar meus fithos da scala por tim dia som presk= ‘sar me escouder em Tuas suspeltts por 2 disso. (elmer aeena” pars Un franseunte; a ofde pergua‘a): BIKE" "Com quem falet voc, El- mer? ELM. — 6 0 sujeito que trate dos rnosses banqustes do Ledge, Kate. ELM. — & éle quem tem que com- prar quairocentes bites? (o pal acens ‘itrmativamente) Franeamente, alezro= Sine por ado ser clo, ELI. — 0 ar estd se tornando me- thr, Restam profundameney ean #8 (le spl omy ae) " shertams quase no conto, “TERNOS “WHDER E HEIL GROWER PARA. HOMENS QUE SE UESEEM BEM. Mae algun dis‘ You fer um detes" MAB Be voc formar com boas notat, quem s6 se al dard tm Da cee ny eat CAH impactene) Patt temos ave caperar até que Sine emrre pa SEP elmer rs o chipew A mite schta- {elas porta io bancoeihando sna $Sueni®) MAB — Tie o chau, Arthur. Cte seu pa, Fimer, seho ave ¢ um menace se Br ce. ike 9 standart. (Elmer eons aftrmativamente, A mee sonpira Sas olan nord em sei Re fama solenes” momentineamente.‘De- fade do uma pata, Mae eontnga 80- Biadoameny MAE "him, mio ros esavecamos do ase, slo € mesmo? Nao nos cogte™ {ams lo tenco bom Barolo, ue eu a ida por us pita nen Soe Caves trae eeduecr sto, (la pasta 0 deo no into do siho € no rosto — ha uma Ov tet puna) Bess, nos todesetcepalnae= sae 9 teifoso algum di, Gatan = Gncontertavementey sianie! MAE — (oem pena, de 1 mesms) Bem, ou orto pron trian Be eo ue teas ‘este carro eitelam Eipantoe. els ne a map nn omg ae Bimcr). 1 ea Foo para ir antes, Ble soe (h'pat een se mae) ‘mian'™ Nite fotos endo othanco arg a sere. Toles ei sa ta ‘Mie — Nio fam tanta! Posen me incomota o que esta gente ode de New ‘esse penal Ge nian Poder. sear gore, Keabonsae 0 entérro. (ak outs Sfrancads et car sete) CAR. — Mie, por que 6 que diz ‘aquele antnelo: “S00 quartos, 300 bar mhelros"? "ART. — “Spaghetti Miller o prato favorito da familie”. Mae, por que & 5€- hora munca fez syaghett? MAE — Porque vorés nfo comem ANT. — Mas agora eu gosto, Mie. CAR: — (com gecics).. Hum! Kumi aqui parece uma delici, mze! a senko~ Ta fax um pouco quando formes para, MAE — (socamente) “A. geréneia cesté promta a receber,suzesties, Que- ‘yom! agradar sompre” (A familia aeha 6 dito enzraradssii. As eriancas tlem fom gosto. Ate Elmer sere A mio flea fem alltude de modéstlay ELM. —— cho que tinguém esta se relsando, Kate, Todos sabem que vecd o'dtima eoonheita MAE — Nio seise sou cunio, mas sei que tenho sido muila pratiea’ Pela menos i 25 anos que tenho cozinkado {26s rofeledes por dia. ART, Ob de Yez em quando 0- ‘MAE — Sim” uma ver ema cada ano bissexto, (esta plata tem sucesso igual precedente. Guano acabam as isa as, Carolina se velta nium éxtase de hem ester ¢ ajeelhando-2e as almofa- as, diz) CAR. — Mie, ou adoro o campo. For que ao sins assim mals vez. MAE" “Cheisem éste art Pareco trazet 0 Oceano too com Ble. Blner cenidade ne ponte. Devoros esiar ebo- gando a New Brunswick. ‘ART. — (com elames nos swoessos a mie) Me quanite € que passamos um *pésio” que tenha taliete? MAE — (langade) Voc8 mio quer, ‘mpossivel! Voos elsse isso 56 para mo sberrecee. CAR. — Disse sim, mie. fle € uma coisa horsivel! Ble diz colsas tevim na escola e eu fie¢ com vontade de suit palo assoatho. Bla € tercivel MAE — No flgue assim io exclta- da por to poueo, “iiss Maneiras"? So- znos todes humatos, assim acko eu, pe- Temenos, e Arthur, @ favor teniat ser cavalheiro. Elmer, ado atropele aquele feachorro. (ele segue 0 edo com os alhos) Farces bom magto. Cachorro bem boni- tw. (Seus ols caem sobre um. anun= clo des eigarros CHESTERETELD) Que Bonito antineio dos cigarros Chester~ field, ria” Pateee coma Heulah urn pouco, : ‘ART. — Me, clhe aquele andneio ae jornal MAE — ve 7 ART. — Pesto empregar-me como fentregador de joraais ae Didrio de Newank? MAE — Nao, Nao pode nao senhor. Oueh dizer que’ los fazer 09 entroga ddotes se Tevantarem 2s 9.30 da madru- ‘ida; mem quo soja para ganar um nile de dolares, suas entrezas “do Scturday-Bvening Post as quintas-fel- ras a chegann ART. — Ab, mio MAE — Nie senbor. Nenbum tithe meow val so Jovantar 3: 430 ¢ perder ‘o'sono que Deus Tne di "ART. —(queixado-se) Hunt A aie esti compre felando em Deus, Vai ‘ver que ela reeebeu une earta dele hot. MAE (evanta-ce furiooa) ler, pare éste automivel imediaismente, Bu Rio endo maia nenhum coatimetro com uma essoa que diz eolsas assim. Ar~ thor, Sais do carro. Rlmer, dé um délar 2.Gie Ble pode voliar para Newark, si ako, By too quero aqui ‘ART. — Que foi que et disse? Nio fol nadia Ge 0 horeivel- BLM — Ba nap ouri o que Ble éis- se, Kate RIAE — Dous tem me feito muitos favores, ¢ eu no permitirel que nin ‘gum cagéa Déle. Va embora. Vi para Jonge de mit ‘AR "sb, nio, nfo extregue 0 es a _ BLM — £ melhor nés continvarmos ave comecamos. Eu flees com slo SIA — (dovagar concedendo) Esti hem, se vost acha melhor, Elmer. Mas eu io me sentarel junto ééle. Carali= 2a, vena ch sentar-se ao meu lado. SIA —Eu mio quero filar sobre isco, Eepero quo sea pat Ike lave a bé- a com dua e sabio. Onde estariamos hnés te ou comoyacce 2 fala? de. Deus ssi? Nos" estariamos nos “SPEAK BASIES B NIGHT CLUB! e lugares as= sim, Estd bem, Elmer, pode continuar, CAR. "6 que fot que ‘le disse, Mie? Bu nfo ou |AE Fu nad quero falar sobre is- to, (Glee continuam em siléneio, cate sllenelo provoeaco por um escandalo), BLA Ei veu parar pare por égta no carro. SIAW — sté bom, Eimer. Voeé 6 que "SLM. — (para um homem do pésto) (Quer por um pouco de gua no radia der, alm? DIR. — (nesta cena, ele poe de Jado ‘sont scripts» Gesempenh wm papel s¢= Hlamente) Pots ado,” (aperta os pueus> (var ests bem. Precise de Sleo ott €a80- Tia? Ll. — Nao. Ache que nfo. Fu pus tu Ito ex Nena AER esteros ne estrada cor- ta para Camden, nio estamos? ee “Cantinaem'cempre em Sren- to, Nio se porderio. Estac om Trenton fm poucce minutor, (le pSe. égun no four) Camden ¢ uma grande cidade rainna soaks, coin MAB ahi fila gosta de li. Mi- ‘ha filha casada, ‘DIK. — Bima ba cidace sim, eu ‘acho que é,! nase ley numa. fazende, HAE Muito bens Sua tania ain & mora Lae DIK Néo, mea velho venden a fezenda ¢ dies eonstruiram ume tale Gino Ivear-A Tamia enian mudot ig asl “Sulla sina easeca, tealan, mora If porque e matido dela trebaiha ha Companhia Telefonica, Na se stor Inenie, Carelina! Nes vamoe wstéela ‘alguns digs. Pp MAE — Ela tem estado doente © eu achel que tink ie tr vecla, Meu marie oe mea filho yao ficar na A.C. MI. (iwi dizer ane ele tem ‘um. demir Hoe senfrtie. Beer eseve DIR. Na clube NE — Ab, sett DIR, Mas’ cu Jorava basquete na A. CaM, (o Ditotor Ge Coma eta ago- Fa eaceslads 2 cadelra da mae. Os dois Sinpatizaramsse muito, parece. Ble com Felulancla, desenenstase.e finge oxae Image 9 caro outra ver, sssablando) ‘DIR. — Bem, acho gue agora tudo att em order. iipero Que facem Toa Viagem. Sigam sempre om frente 8 Bo se perderso. TODGs — Obrigado. Muito obxiga- «to, Boa sorte, (6 Cart patie) MAE — (Com um suspire) © mundo sett do oo gente nips, Questor ie rapen CAR, — (com vigor) Mas, a senhora x pertengo a um outro nap devie contar sua vida para todo sudo MAE — carolina, vive do seu modo, que eu vino do mei. Bo mo. parocet lum tanto magre. Gostarla de allmen- Slo por alguns dias, A mie déle mor cen Filadelfig-e vai. ver que le come esses bates horriveis que hi por CAR. — Estou com fome, Pal olka im -homem vendenia eacheeco qusnte, oso comprar um? LIL — Vamos todos comer um, hhoin, Kote? Almopames to ecdo! AAE — Como qulzer, Kimer. ELA. — frthun, tome. moto’ délar V4 ver 0 que Sle tem, Nie delse Dor muita mostards, ouviu (Artie dese do carro © sal pelo paleo a direlta. A ‘mie e Carolina desetm ‘também ean dam, um pouco MAE =Que flor 6 aquels ali? Vou evar algume para Beulah. Ak. — £8) mato, mae, MAE — Bu acho bonita, ué. Othe eu! Que bom que nasel et New Jer ey. Sempre diste que ¢ 0 melhor estado a Unlio, ‘Todo esiado tem algo, que ‘ot outros’ nso tém. (elas continuam 9 ander, murmurando uma angio, AI thur volta com as mao: chelae oc. cchorros quentes imeginarios, ave diste!= ul. Ble ainda est enverganhnade do cetndalo que eauscu; Finalmente apro- Simasse da mae e diz eoin vox Touca) ‘ADT, — Deseulpe, me, pelo que eu disse. Estou muito envergonhado, (Sie Se pie a chorar e, encosta @ testa no otorelo da mie) MAE — Pronto, pronto. Nos todes Aizemios colses rulis ts Vezes. Sel que Yet nso quiz me ofonder come pare= eeu, éle chora com mals tbrea), MAE — “Vamos, acalme-io. Bu to perddo, Arthur, hoje, antes de ir dor= mnir, (ia eochigha..-) ‘oes 6 no furdo lum’ bom mening ¢ todos. nds sabemes alssa"(Carelina também poe-se a cho= ar), Virgem Maria! —0-die esti ho ito’ demais. para voces se porem 4 clerar déeto Jeito, Vamos enbora da movado”. Nunca Vi eriancas assim, Os fsehortos quentes jd osteo feando irios f sem grava. Tralem Je mastisar ber. 'Bimer, padenes ie Caroling, 0 que vecd esti fazendo? CAR’ —"Estou enspindo 2 casea, uét MAE — Entéo diga “éesculpe", 20 Cait, — desea. MAB — Que lugar & sete? Voed © Correlo, aPihur? “Ant.” "Vs, data: Lourecoville, MAE Hun. Nome de escola, sim= Alico. Que sora zquola casa geande ‘lids? Bslangs chegendo a Trenton, Chm "Papal, fol perio. daqul que George Washingion cruzou 0. Delawer. Fo. perto de” Trenton, mamie. Ble fo sempre o primeire: na pez, na guer- 4 ems eoracdes de SEus compatrio- MAE — (olhand 0 que passe, sere nna ¢ diditiea) Bem, o\ue ou mals gos to hele, é que ele’ punea pregou uma menting, (as erlanges fleam ‘caladas. TIA luna pasa). Olhem 0 por do Sol, Nao hi nada como um pér Ho sol bonito. ART, — Olla un carro de OHIO na nossa fenie Mae vost 8 steve. om Ohio? MAE — Nio, (um silénelo sonhador desce s0bre gles. Carolina chega mals Derto do pai” Amie pse 0 Draco em volte’ de Arthu2) ART. — fie, como tem gente neste unio... Deve haver milhares de mic fares ios Estades Unidos. Mae, quan fevgonte tom aq AE — Mio sei, Pergunte a seu ral. ART. — Pat quants gonte tom? ELM. — 126"milnces, NAE — (abragando Arthur) E tedos es gostam de sair 2 unite com of fi Thos. (outra pause) Por que & que hoje ninguém canta? Arthur, voeé esta sem= bre -cantando. O que aconteces hoje? "ART. — Esti bem, 0 que vamos ccemlar?’ (eante) Nao, se nip. ‘Deixe ver (canta. Carolina comeca a cat ter tambem, Finalmente até 1 Mae es- ta cantando, 0 pal tambem cante, De Sepentea ge einem. eatisiai grande), MAE — Elmer. aquéle sina alt cizia Camden; ea it muito bem. BLM. — oti hom, Keto, s¢ voct tem certera. (0 auto fax rules: bres fue, debreagom, ele... Sontem=se. 20. lavaneos), MAE — ¥ sim olhem lé. Camden — 5 milkas. Querida Beulah, Ctianeas, comportem-se e fiquen quietas, duran= tevotentar. Hla salt ea cima hi poueo; fex uma espécle de operacio e precisse ‘moc fazer 0. monor’barulhe possivel Primeiro voce me deixa com Carslina tna casa do Beulah, diz béa tarde, © de pols val com Arthur para a A.C. M. otters asqut 2 uma hora pari o jar= CAR. — (fechando os olhos @ encos- tendo os puubos & rca contra w maxis) Omen’ \primeira estréla. Pecam uma lea, Dancira eatrolinha “ave yd, Ime tide 0 que desejo. -Altinetes, Pal, igo agulnae (ai © delinh tare & nit), MAR — Agulhss. GAB. — shakespeare, Fal da Lons- follow. ELM. — Loagteliow, CAR: — Agora segrédo @ niio conte para ninguém. Mie, peca uma ealsa. MAK — (nieio tmnpaciente) Nao, n30 preciso de neubuima estrila para pedir Coisas.e tambo no Taco segréde. de ‘meus podidos. Querom caber 9 go De~ CAR. (edentdoment) Nia, mie, nos Si sabemos (encosia a cabeta. m3 ‘ombeo éa mae ¢ diz, imitando-a com rmalifela) — voeé quer quo eu sejs ama ‘boa menina e quer que Arthur seja lesl fom palavrat © goes NAE — (com tajestade) sim Isso mesmo. ‘BLM. — Caroling, pegue aquela ear- {a da Beulah no bolso do meu ralets ev jole alto es lugares que ot marquel com lépls veraeho- CAT "(com atencio) ‘Um quar- teisio depois dos dois tanques de bleo & esauerda TODOS — (apontando para _trés) othe Glee tit CAR, — ... “hé uma esaina com uumaIoja grande 4 esquerda'¢ 9 cor po de bambelto perto". (ladog jac losamente idontificam &ten pontos) ‘rire pata a direita, ande dois quar” feltves'e nossa easa’ é-na nia Waser houcor mean". MAE — A rua 6 ainda mais bonita do. que aquela onde éles moravans an- tes! F porto éa loja grande. ‘CAR! = (eochichando) Mas esta rua @ melhor do que a nossa, F mais ‘ea quo a nossa, Méo, a Beulob & mais Hea do que uss? MAE — (olkando para cla com um olhar severo) Nao fara muitas percun- fas, senborita, Eu mao quere ouvir a Jr em rieos e popres quando eu est ver perto. Se a5 pessoas mip sie boat, fu 140, mie Incomodo em saber se 5809 Hicss, Eu moro na melhor rua do mune ao, pordue meu marido e 1eus flkos higram nela. ela olha pata Caroling, para que a licio peaetze bem, © depoie ‘ha pars cima, ve Beulsh, ¢ 2cona pa re ela) — Olhe ld a Beulah ma escada hos. proearando. — "(Beulah aparece ¢ cena. Toles gram: Alo. Beula, all Stem todos do aulomével, Bealatt bel- Ja eew pat longa ©. afetwossments) BEU. — Alo, papal! Papal querido, parece eaasado, pai. AIO mamge. Olha fome Arthar @ Carolina’ estan cres~ Sie. MAE — les J8 estan arrebentando tadas'a5 voupas. E sim, Sou pal preci- sg de um descanso. Gracas a Deus as fring Géle’chegaram. Vamos alimenti- To bem e deixaremos que ele durma ate fare, Seu pai tem um presente pats eee, Lave le meso Gul comri- BEU. — Ob, papal! Voc? no devia ter-so incemadtdo. MAE — Bem, @ um segrélo, Voce abrita.o pacote fo janter. BLM. — Onde est 0 Hordclo, Loo- te? DEU. — le teve que ficar um pou- quinha ‘mais no eseritorio, wta Ingo mais. std Jouco para ver voot. MAE — sid bem. Agora votes ho- mont vio para a Assoclageo @ voltem deql a uma hora. EU. — (qtando seu pai volta 20 carro ela fica na rua zo seu lado) Vi pal, # logo achari. O\prédio flea Dem a ‘sua frente. (ela poe 0 brago fem volta do peseoro dele, ectrega one hie na testa do pat) Papal loueo, eon Brando colsas Ei ¢ que devia empeae oisas para Yee. ELIE — Oh, nfot s6 ni uma Laotie no mundo BEU. — (sussurzando, enquanto seus ‘thos s¢ onchom de lagtimas).... Voos festa coutente em me ver viva, papal? (Gla 0 boija ripidamento e volta a of ceala da casa. O Diselor de Cena tra ‘o-automével com 0 auxilio de Elmer @ “Arthur, cue saem accnando até logo). em, agora vamos subir, mamae, para cesetcuma® ae malas, Cavoling, hi wna sorprése pata vee no quints TAR. "= ‘coelbose BRU: — Sie CAR, — Galinhast BEU. — Na, vé.ver. (Carolina sa ‘A.mio’o Betleh sobom as creadss va Zacosamente) ‘Teno dols eechorrinnos, ‘Voce pode levar umn Fars, Newark MAE — Ado cue possd, A casa 6 toni, Beulah: Vood fom uma casa line ta ‘BEU. — Quando ou votet do hespi= 1, Morace Jt Unha arrumado A400 © 1m precise fazer nada, MAL — & linda! (0 Dizetor de Cena pox tina ama oa prauerea” Ope da fame te para a direlo, Deuleh en {ie ‘experimentanco as mols) BEV. ~' Ach quo vocs.gostars da cama, mie. MAE (Urando o chaps) — ob! Ey domirel até num monte de sapa- tos, Uodlie! Bu nly tenho alfeldede fen dormir. cease seta sinto 4 tiha) ‘gore doso-me ola pate minha te- fina... Bem, bem... @ ultima ver que The i youd 'ng0. mo) reconhoeeu, Ves 6 ala: Quanto 6 que vem mish mée? Quando 6 que wenn inka fot” Mas O'nedco mendoueme embers HEU. (pie eabega no ombro ia_mie © shora) Fol horrivel, amie, horaivel. Bla neg viveu nei slguty mi? ‘ues, ‘iame Fo horivel MAE (olluade para Yonge) — Deus sabe mais, quorida. Deus sabe nals. ‘Nos ‘iio’ eompreeiidemos per fue, mas née focamor para frente fae Erno" sempre nowas Gorigagoes. (Ge- Dis, reventinamenta, pasar ts cos Ees'aga mio no rostd de Weulahy © Aue daremes para es homens cone oa ite? BEU.— Ha uma gala no fo MAE — A quo horas voot 2 Dés DEV. — Gegurendoe) aby a nao vi agora, Gost tanto de fear Sen” Eda agul com vost. assim ‘Voet som efi afta quand tettamos agra MAE (lilo) — £ penagen, eu se sit ey oes deo (le Oi para es ecslas Ce sa MAO)! BEU. (protestande) "Obs mario, voce esté Gotta. Nos sempre the ache twos fonita: Balen do mls, voce €'3 melhor me do mundo MAE (nconforvelmente) — Dom, espero que voces gostem de mim. Na Ad’nada como saber que @ nossa fami- Is gosta a, gente. Agora vou Lf em Baixo vor a gallate, Deitese el por alguns instantes e feche 95 olhos._ Voee Jctom tudo eompredo? As Iojas vio fe- char! "BEU, — Ob, voc’ sabel Provunty ¢ vost (elas rem) MAE — Nunes consogui entondor © que 03 homens vim em presunto ator Fa acho hornvel. A que horas ‘eed pis a galinha ‘no f6z0? BRU. — AS cinco horas MAE — em, agora: feche os olhos or dee minutos.” (Beulah estende-se ma fama'o fecha co. olhos, A Mie desee Aistrafda a eseada, cantando): ‘Ao abrigo do curr Estavam noventa € nove deltadas Stas um ostava Tonge, na colina ‘Além dos. portdes doUrados. For Movimento Teatral Jaqueline Laureace © eno de 1967 deixa indiscutiver- mente urn stido pasitive para o teatre farloce pols apesar das dificulcades que ‘eositmbam marear todas as temporadas @ que nao faltaram ésie ano (lalla. de polo estatal, intoleraneia da censure retracoes periédicas do plblico, etc.) 6 ‘numero € producoes 101 bastante. ele- ‘Yodo 0, ‘prinejpalments, varies dessaz Producdes, pelo arrojo Gos textos ei8 ézos, a onconagao, eouberam sacudir 6 teatzo carloca da estaznacio em que vis mergulnsdo Dos textos dita los foram estrangeiros, evidenta Marat-Sacle, de Peter Weiss: Volta. 20 Lar (fomecoming) de Haroldo Pinter O"Versitit Mr, Sloane e U ike AZii a Falocida (Lael), ambas do joven: Joo ‘Orta, reventemenie {alecioo, Nos 040 fomos divide matter ae, pars @ espectador carloca, a temporada fol do- minada palo nome‘do jovem autor pau Iista Plinio Marees que, com suas duas peeas! Dole Perdldox nama Nelte Saja fe Navalha aa Carne, alcangou srande Dols Perakdos numa Noite Saja, ex- conte pega em dole fos, fot monisda fo ‘Teatty: Nacional Je ‘Coméela por ld Ar © Neion aul eqn eis pelor dois Gnices paps dpe pall coeditegio ca mearea, O expels alo fol mals tarde pare o ‘Teatro’ Opi hit, em" Copteaban, one rassou#S- Plendigamente pelo teste de adaplasso So paleo sliano para aeena e fez ama fexctlonto tomporaie, A diregse © 0 30- fWrpreiango de fA 6 N. 4. receberara ‘or malotes clogios do tha & cries tea" tat ‘avalha na Carne conta com uma exeepcional montage euja direeao ‘coubo a Fousi Arap, sondo os trés pu- pels desempenhados por Ténia Carrero, Eomovente e Inesqueeivel no. papel do ‘Neura Sueli, uma das melhores inter~ reiacdes ¢@ Siearreira. Nelson Cavier & Enilliano Queiree, ambos execlentes, © enorme sucesso alcancae pelo espe- teulo fez com que éle se mullasse, de- Tos de uma temporada Mo Teatro Male fon de Franco, para ‘Teatro, Glaucio Gil (ex da Praia). Cenrio ¢ ‘tgurinos. dy Sara Fores, de. btima. qualidade. ‘Antes de Navalha na Carne, 0 Ten- 0 Glaucio Gil estivera, ocupado pele ccmpanhia liderada. bor ‘erera. Rachel rma montagem da peea 0 Assassina- {eta rma Georgia, de Frank Niareus dirogag. de: Meurice Vaneau, Além de ‘Texees Haenel, imesecea especial 2° ‘lo neste montagem o trabelho da aire Vora Genta ‘ambém no Teatro Gleuolo Git u- vera'higar a encengeie de A. Volta ae tae Hart Dit pela copentia Gindlea "por. Femnaidaalontenest, Sérgio Brito ¢ Femmando Torres A po? 2 mereceu tna acalhida exeepclenal for pstte do punieo. tend site die Ae por Femmanco Tozves. Alem Ge F Ne. Ru tambeonintegeavan «olen er: lemblasky, ule Pach, Delor= es Caminha eel! Taste. © teatro paula mandou pare 0 flo de Janeiro « espetaeulo MARAT SADE ‘de Peter Wels, divgido pot AAdemar Guerra, Rubens Corre, no a= pel do alarques ce Sade, Ina Grego ‘Armando Bogue eram ot principals teepretes desta produggo de eleneg a= rmerosssimo que conven lofsr 0 orme, Teale Joly Caelaro durante Adomar Guerts, que disigira om ‘Sto Paulo, o ano passa, a peca, Ob ‘que Delica de Guerra’ dv’ Joan Litt Mood, rementou a eapetseilo no Rig és te aio, com um elenco earioes, no Tea fo. Cinastice. Estrondesp sucesso do critica e dp publica db espetaeulo aie eontava, com a coldboreqan de italo Ross, Napoleap atontz Freie, Emilio Blasi, Sérgio Mambert) Lafayette. Gale ao, Era Witme, Rosita Tomax Lopes, Célla Biar @ Helena Tgnos, entre ou ‘os. Figurines excepeionals de Nineite van Vilehelen. Tradieao. direes0 mi fale, produgéo de Claudig. Petcagli fenario. de Campelo Neto, coreografis eratzris ‘Gidall 0 Otho Ami da Falecida (Loot), de Joe Orton, foi um dos bons espeiseatos a temporada. Dizeeio de Maurice. Va- heau, eenatio’e figurines de Napoleio Moniz Freire, producto da Companhia Carioca de Comestia, com: Talo Rossi, Emilio ol Blasl, Rosita ‘Tomez” Lopes, Mio Brasinf« frieo do Freitas. Bxeo™ rate traduclo de Barbara Hellodors Para Barbara Heliodera, 9 sno. de 1967 allds, marcou o fm da sua gestio rng Servigo "Nacional de ‘Teatro, onde ‘elo subsiit-la o St. Meira Pires, B. H. encerrou as suas stividades com @ mon- fagom de RASTRO APRAS, de Jorge de" Andrade, pers que havia ganno 0 518 prémip do eoneurto anual do SNT e cule direclo fol conilads a Glanal alto, que também encarrecou-s0. dos ceenitios, No elence, destacavan-se os hemes de Leonardo’ Vilar, Tracom de ‘Atenear, Isabel ‘Tereza, Isabel Ribeito, Renato "Machado, Rodolfo. Arenz, Os: ‘waldo Lowada, entre muitos cutros. © espetieulo.aizaly grazide patile 20 ‘Tealvo Nasionel de Comsdia 1987 foi tambem 0 ano que viu curgir um empreeniimento digno do aloe Incentivo, o Grupo de Teatro licen, icealizalo’ por Claudio Bueno, Toeha € que se propos a fazer espeué= lor destinados principalmente os es- dentes, Numa primelra etapa de suas atividades, 0 drupe monion A MEGERA DOMADA, de Shatespeare, em execlen~ we traducio de Nillor Ferhandes e com ima dieeeay bellhante de Denecite Cor SLO espeticulo, levado, somente 3 tar 6 durante a somana, for ascistido por luma verdadelra mullidso de entasa fmedos evtudentes que aplavdiaan es hone desempontios de Marilia Péra, ums des jovens aitizes mals ativas do) tea- tmp cations, Graeinds.J6nior, Luks Ti hares, Helio Ary, dose Wilker, Luis Tle bares! Jaime Bawvellos e muites. ou thos, Figurinos ce Napolea Aton Freire, Testro Opiniie. © segundo espeticulo do Grupo de Teatro ‘Clissito esta semd0. Tevado. TO ‘Teatro Toneleros: teata-to de 0. BAR. BEIRO DE SEVILIA, de ‘Beaumar chais. A direeio fol confiada 2. Paulo ‘Afouso Grisoll, 0 cenérly © os figuri- fee sto do Joal'de CarvaTho, que vallod fecentemente da Europa e eneontra-se fm plena atividade no teatro earices « 1 desempenhos eatie a cargo de Napo™ Teao. Moniz Ereire, Oswaldo. Loui, Marilla Péra, Aminiio, “Oswaldo Nel” we € outros. Espetictlo de_ grande repereussio fo1 sem duvida EDIPO TET te Sotocies, que Ioveu éleneo liderado. por Paulo ‘Auiran a tOdas as grandes cldades do Brasil, cbterda em tds parte umn ‘zordinirio. éxito. Ditigido por Flivio Ranzel. 0 espetéealo eontava com um lenco excelente em que se destacavani: ‘Teresa Ttachel, Marzaria Rey, Oswaldo Loureiro, Ganzarol.Tsabel’ Ribeiro, Germano Filho e outros ‘Num ginero. bem diforents, QUE- AADINHA Istairease) de Charles Dyer, também alcangou grande éxito no Tea LO. Princesa Isabel, com directo de Martine Gonealves, Dols cxoelontos ald Fes: Seip Viole Jandel Filo, davatn tim verdatelro. show de interpfelagse, divertinda e sebretudo. ccmevendo os spectatores 1967 mateou a cisio do. Grupo Opl- nlgo, um das grupos de maior prestigio e cidade. Desligaram-se do. grupo ar Tendatario do teatro de arena da run Siqusira Campor: Odwvaldo Vianna Pi tho, Paitlo Pontes ¢ Armendo Costa, que logo aps 4 cua aida, montarani "10 Teatro de Bolso.0 show NEIA. VOLTA, VOU VER, de0. VF, que abiows bastante éxito © conlava cm 2 partici- pacao do ater e mals: Odete Lara. i= fe Carvana, Marin Regina, Maria Lica Danie Susana de erais ‘© Grupo Opinifo, agora scb « dire- elo dp Ferreira Goulart ‘Tereza Ara fo, Joio das Novea, Pinhin Pls c Ds hoy de Oliveira, montou este ano A SAIDA, ONDE FICA A SAIDA, ds Ber reira Gular, Paulo Pontes o Antonio Carlos Fontoura, com ‘directo, de 4030 ‘das Never e 0 INSPETOR, de Gogol, fen_tradueao de Ferrelra Gular, adsp- taean e divecio do Henotide Cots» cam Azildo Tibelso no papel titulo. © INS- ERTOR: tambon drone ce. volta 20s ppaleos catfocas a atriz Dulcina de Mo- Ful, com tm desempenho diverticissi~ Um novo grupo, 0 ‘Teatro Caricea ido tho pequeno Teatro ‘dp famoro romances feheco tedlizada por Antonio Pedro Toberic. Mariah te Azevedo. O espe: téculo, dlrigido por Antonio Pedro fol bem “Fecebid” pola ritioa im dot principals interésses de moatagem resi= fia sem diivida na excelente intorpre- tagao de Hallo Ary no papel titulo. Cem nities e figurinos de Joel de Carvalbo. No Teatro Jovem, que cbodce> Uirecdo de Kleber Santos, 9 sucesso do ano foi O ALBUM DE FAMILIA, de Nelson Rodrigues, om sua. primelra montage em 22 anos. 0 espetieulo fonteva com uma interessante mlse-en- scone de XS. ¢ bons desempenhos de Tig Linhares,” Vanda Lacerda, Vi a Vall, Jose Wier, Gina eS © CORONEL DE_MACAMBIRA. ecma dramaticn de Joaquim Cardoso om forma de bumbacmet-bol, fot 8 primeira produgio do TUCA-RIO, rew- indo um numeceso elenco amador no ‘Teatro Hoptbliea, onde. fer fon tempo- eda, Diresso muito elogiada de. Amir Haddad musiea ©. direcio.ausiect de Sérsio.Rleardo © belissimos cendtios ¢ Higurinos de Sara Feres, que constitnian tum espeticulo A parte, ‘A Seeretaria’ de Turismo do Estado de Guanabara realize em 1007 um SE MINARIO” DE, DRAMATURGIA que pais 6 que, enquanto. o.publico do Rove do S0’Paulo estd praticamente Gatuado, 0 restante permanece quase virgen. "Um piblleo imenso, avido de oat 'temporadas” teats, pronto s ‘prestigley qualguer bea comfaninia que Apareen. Naturalmente os sethores, 120 Pergunlar: ¢ por que os empresitios fap descobriram Isto hd mals tempo? Ha tima rario: as dificuleades ees rhcos, ‘que tinbem a0 grandes. A movimen= {ego de um grande alonce, com oni ns e pessoal espectalizado'ao lado dos Brandes conérics, cucta dintoiro © uma Stzle de resporsiblidage, Se NEO Hou ver um esquema organizado, ‘ma ge ints minima de asssténca, 1 colss toma-se-multo diiell para empresi=

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