You are on page 1of 18
INAPEM INAPEM Instituto Nacional de Apoio as Pequenas e Médias Empresas Governo da Republica de Angola sua missao: “Promover 0 desenvolvimento econémico-social nacional, através do fortalecimento, estimulo a criagao e fomento das micro, pequenas © ‘médias empresas." suas linhas prioritarias de ac¢ao: © estimular a criagdo de micro, pequanas « médias empresas *# fortalecer as PME existentes; ‘® promover a capacitagdo gerencial das PME; # promover a diftusdo de tecnologia para as PME; '® estimular a criagdo de linhas de financiamento com condigies especias para as PME; '® criar oportunidades de negécios para as PME: ‘© buscar parcerias para condugao de seus programas; ® actuar en todo territério nacional © fortalecer 0 associativismo empresarial '® propor ao governo a simplificagao dos pracedimentos para Constituigéo e funcionamento das PME. “Todos os direitos reservados 20 INAPEM, Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida, sob qualquer forma, sema sua prévia e axpressa autorizacao. Luanda, 1997 Como Montar uma Fabrica de Sabao em Barras OPORTUNIDADES DE NEGOCIOS INAPEM Apresentacao A sérle dos Perfis de Oportunidades de Negécio lancada pelo INAPEM, procura estimular a criagdo de micro e pequenas empresas por todo o pais, fornecendo ao empreendedor angolano informagées técnicas, mercadolégicas e financeiras sobre diversas alternativas de investimento. CO INAPEM empenhou-se em garantir que cada um dos perfis contivesse um Conjunto considerdvel de dados, estruturados de acordo com uma metodologia simples e bastante eficaz, de forma a permitir uma primeira andlise e uma visdo geral das oportunidades de negécio apresentadas. Ser necessiirio, portanto, que os empreendedores que efectivamente se interessem por algumas das oportunidades apresentadas nesta série, desenvolvam um estudo mais aprofundado da oportunidade seleccionada para compatibilizar os dados apresentados as dimensGes, crcunstncias peculiares e realidades regionais encontradas. Introdugao . Tecnologia de Produgéo.... Fluxograma do Processo de Produgéo. Arrarjo Fisico da Indistia .. Relagdo de equipamentos e matérias-primas..... Planeamento do Negocio... Aspectos Econémicos Aspectos Financeiros.. Introdugao presente estudo aborda a implantagéo de uma industria de sabéo, descrevendo o proceso de produgdo e equipamentos envolvidos. CO arranjo fisico apresentado sugere uma disposigdo para 0s varios sectores cdoempreendimento, sendo que a posigdo dos equipamentos na rea de produgo leva em considerago o melhor fluxo produtivo. Os aspectos financeiros tratados server como orientacéo para a organizacéo do empreencimento, tendo em vista 0 mercado consumidor. de Producao sabao é 0 produto obtido pela reaccao de saponificagéo de uma matéria cgraxa (6le0, gordura e sebo animal ou vegetal), geralmente com soda céustca, adequadamente formulado de modo a atender as especificagdes requeridas para sua utiizagéo. O efeito de limpeza do sabao esta na sua capacidade de molhar rapidamente ‘material a ser lavado e penetré-lo em todas as suas partes, bem como em destacar do tecido a sujeira presa e carregé-la através da sua capacidade de espumagéo. ‘As matérias-primas empregadas na fabricagéo de sabgo em barra so as matérias saponificéveis, as saponificantes e as coadjuvantes. ‘As matérias saponificéveis s€0 os 6leos, gorduras e sebo, sendo a principal matéria saponificante a soda cdustica. AAs matérias coadjuvantes so normaimente utiizadas como cargas ou para conferir propriedades especiais as formulagdes de sabéo, sendo empregados dentre outros 0 cloreto de sédio (sal), 0 carbonato de sédio @ o silicato de sédio. ‘A formulagao basica apresentada e 0 processo de fabricacao estao ciscriminados a seguir, cujas quantidades de matérias-primas so relativas & uma produgéo mensal,incluindo as perdas durante o processo. Os ingredientes necessérios a fabricagao de 8 000 kg de sabao, embalados ‘em barras de 500g cada um, e sua proporcao na mistura s4o: Sebo animal . . 1.680 kg Oleo de covo...... sees 1,680 kg Soda céustca..... w- 540 Kg 160 kg 480kg 4.000 litros Corante.... a tkg Esséncia . it Etapas de fabricacao: 1 Preparo da solugao da soda céustica (lixivia):Alixivia de soda céustica ‘com densidade de 22°Be ¢ preparada obedecendo-sea seguinte proporcdo: 6,5 kg de soda céustica para 35 liros de €gua. Pesada a soda e medido 0 volume da 4gua em um recipiente adequado, despeja-se a soda céustica sobre a 4gua em constante agitagdo. Ao final da dissolugéo completa da soda, verfica-se a densidade da solugdo (22°Be) com a utlizagdo de densimetro denominado “aerémetro de Baume’. A lxivia de soda cdustica deve ser preparada com antecedéncia minima de 24 horas para sua uiilizagao. 2- Prepara da solugao de sal: A solugdo é preparada na proporcao de 2 kg de sal para 4 litros de aqua, da seguinte forma: pese o sal e despeje-o sobre a 4gua colocada em um recipiente adequado, em constante agitacéo, até sua completa dissolugzo. 10 - Preparo da solucao de silicate de sddio: A solugao de silicato de s6dio 6 preparada na proporgao de 6kg de sicato para 4 ltros de Agua, seguindo o mesmo processo de preparo da solucéo de sal. ~ Aquecimento das substéncias graxas: Depois de pesados, leve o sebo animal @ 0 6leo de coco ao fogo (a lenha ou a gas) em um recipiente ‘metilico (tacho, tambor etc.) até o sebo dissolver completamente, a uma temperatura de aproximadamente 60°C. = Adigdo da lixivia de soda: Apés a dissolugo do sebo no dleo, ainda sob fogo, adicione, gradativamente a lixivia de soda cdustica sob agitagao constante, a fim de optimizar a reaceéo de saponificacéo. Nessa etapa a temperatura deve ser muito bem controlada para evar o trasbordamento do material Adigdo das solugées de sal esilicato de sédio: Apos a acigao da lxivia de soda céustica, mantenha 0 aquecimento até se obter uma massa pastosa e homogénea. Em seguida a obtengdo da massa, adiciona-se as solugdes de sale siicato de sédio, sob agitacao constante. Para se controlar a reacgéo de saponificacéo, retire uma pequena porcéo cde massa que 6 colocada sobre uma superficie. Quando essa porgao de massa endurecer a saponficagdo esté completa, podendo-se, nto apagar © fogo. = Adigao do corante e da esséncia: Dissolve-se previamente a quantidade desejada de corante (anilina) em pequeno volume de 4gua ou alcool, misturando-o 4 massa saponificada sob constante agitacdo, até se obter homogeneidade da cor desejada, Em seguida adiciona-se a esséncia, também sob constante agitagdo, a fim de mascarar 0 odor desagradével do sebo. - Vazamento para as férmas: A massa saponificada & despejada em formas, por acco da gravidade, através de tubulagdo conectada ao recipiente metalico ou por calha de despejo, conforme ilustrado na figura a seguir. " Recipiente metilica (acho) Fogiio a lenha 10s 0 resfriamento e a solidificagao da massa saponificada, o sabao é retirado das formas e cortado manualmente em barras, ulizando-se dispositives simples, nas cimensbes desejadas. ‘As aparas de sabi voltam para o reciplente metdico, onde serdo derretidas para reaproveitamento, 10-Embalagem: Apés 0 corte as barras de sabao podem ser revestidas com filme plastico, para protecgéo contra humidade, sendo em seguida acondicionadas em caixas de papeléo. Para a fabricagdo de um bom produto os seguintes requisites devem ser observados para assegurar uma saponificagao uniforme: + pureza dos ingredientes + dosagem exacta das lixivias + densidade aproximada das lixivias + temperatura exacta dos ingredientes antes da mistura. ‘Approdugéo do sabéo é bem aceite no mercado, Hé uma concorrénda frenética, apresentando uma variedade de empresas de importagéo e exportacéo, que se dedicam a comercializagao desse produto em larga escala, embora jé existam em angola pelo menos 4 fabricas deste tipo de produto, mas incapazes de absorver a procura interna, Um outro risco a ter em conta, prende-se com 0 sebo, que é um produto que se deteriora com bastante facilidade, desde que nao se faca adequado armazenamento. E recomendavel que a stockagem deste produto seja feita, de modo a permitir que a fabrica trabalha num ciclo médio de produgdo de 25 dias consecutivos. Para as restantes matérias-primas, a sua slockagem deve ser feita periodicamente para se evitar a sua rotura,levando a paralizago das actividades fabris. 13 14 SOLUGAO SALINA | SILICATO DE | s004 cAusTica SAL Hoaro i PREPARO DA PREPARO DA LIXIViA PREPARO DA DE SODA CAUSTICA, SOLUGAO DE SILICATO DE SODIO SAPONIFICAGAO — an ere | OLEO DE coco ‘ADICAO DE CORANTE E, PERFUME 1 | vazamento | PARA FORMAS * APARAS DE SABAO CORTE DAS BARRAS| __t EMBALAGEM 15 — 16 ‘Area necesséria para a implantagdo de uma fabrica de sabéo deve ser de 200 m?, no minimo. ‘Afigura abaixo apresenta uma sugestéo de um arrano fisico para asinstalagdes de uma indistria de sabao em barras. LEGENOA E Eset B-Casa ce Baabo MP - Depo de mata primas 1A Depo de prose Deptt de lerha Equpaments: 1 - Bares com tanga 2 - Recienes para prepare as slots 3 Fogo a lena 4 Region para prepare 0 eto aa de cespejo 5 6 Fomas 7 Bancade do cone a Bancada pare entilagem os sabes Deve-se levar em consideracdo, por ocasido da disposigéo dos equipamentos e mesas, espago para circulagao dos funcionérios. 17 Para um determinado nivel de produgdo malor que a capacidade instalada, conforme figura acima, 0 espace fisico deverd ser ampllado, tomando-se 0 Cuidado no posicionamento dos equipamentos a serem adquiidos, a fim de manter um bom fluxo de produgao. Devera ser previsto 0 consumo de dgua para as operagies de produgéo, cimensionando-se as caixas de 4gua de acordo com a demanda, com reservas para garantio funcionamento sem paradas pela fata de abastecimento normal. ‘Arede interna deverd ter tubulagao com bitolas dimensionadas para o fluxo correcio nos pontos de alimentacdo, que deverdo estar o mais proximo possivel dos processos que necessitam de égua, sendo preferencial ainstalagao aparente para faciitar a manutengao. O local para a instalagdo de uma fabrica do género, ndo apresenta maiores ‘exigéncias, a ndo ser o minimo necessério, para 0 seu funcionamento, tais ‘como: agua; luz eléctrica e a proximidade de um centro de consumo. Outro ponto a ser observado, tem a ver com a poluigéo ambiental, pelo que aconselhvel que se obtenha as informagoes necessérias junto das estruturas do Ministerio do Ambiente, que a nivel nacional como provincial 18 Relagao de Equipamentos e Acess: Os equipamentos e acessérios basicos utlizados na fabricagdo de sabéo em barras so os seguintes: 1- Fogo: Pode-se utilizar um fogao industrial a gas ou um fogao a lenha. 2 Recipientes para preparo das solugdes e do sabdio: Deverdo ser fabricados ‘em ago, com capacidade adequada ao volume de produgao diario. 3- Bancadas: Podem ser de madeira ou alvonaria, com altura adequada as estagoes de trabalho. 4- Balanga: Podem ser utlizadas balangas mecénicas ou electrénicas. No presente trabalho, levou-se em consideracdo o ipo mais simples (mecaiico), com capacidade até 30 kg @ preciséo minima de 100 gramas. 5- Dispositivo de corte: Pode ser montado na bancada de corte um dispositivo simples, tipo guilhotina, conforme ilustrado na figura a seguir. 6- Formas e calha de despejo: Podem ser fabricadas em madeira, com arco, sabdo.cortado —_bancada dimens6es adequadas ao volume de produgéo diario. 7 Acessérios: Agitadores de madeira tipo remo, densimetro, termémetro etc. Planeamento do Neg6: E recomendado que se leve em consideragao os pontos genéricos relacionados abaixo, antes de se investi efectivamente nesse negocio: 1. Examinar o perfil, preferéncias e anselos do empreendedor e do piiblico que pretende atingir para aumentar as chances de ser bem sucedidos; 2. Séo necessérias informagées sobre o segmento escolhido. Algumas fontes possiveis: jamais, revstas, associagdes de classe, sindicatos,bibliotecas, Internet; 3. Compreender restrigbes legais ou fiscais, peculiaridades tributarias, crediticias, sazonais, tecnol6gicas, laborais, ambientais, etc; 4. Existem barreiras a entrada do produto no mercado? 5. Qual a rapidez da obsolescéncia tecnol6gica no segmento considerado? 6. Escolha do local - Deve haver boa disponibilidade de agua, facidade de acesso as matérias-primas e méo-de-obra; 7. Se for comercializar 0 produto, deverd observar 0 fluxo de pessoas, facilidade de estacionamento (acesso por transporte), visiblidade do local @ infra-estrutura de comunicagdes; 8. Entre as despesas destinadas a instalagdo do negécio, no caso de ponto de venda, devem ser incluidas aquelas de adaptacao ou reforma. E necessério encontrar o equilirio entre um local atraente, borito, e as despesas de instalagdo; 9. Os pregos de quaisquer tens deverdo ser mantidos actualizados e devem ser conhecidos ou estimados o melhor possivel; 24 10. 20 tratar das despesas de instalaco, pensar sempre que no inicio do ‘empreendimento ndo haverd receita mas somente despesas; 11. © pagamento integral de impostos e taxas deve estar previsto desde 0 12. deve-se conhecer qual receita, volume de vendas, quantidade de materia prima adquirida por més, equipamentos ou outros dados sobre éempreendimentos no segmento considerado, servindo de referéncia para © planejamento do negdcio em questo; 13. fazer trés tipos de previsdo: pessimista, realista e optimista; 14. fazer fluxo de a um determinado periodo, a previso da despesas @ receitas ao longo de Aspectos Economicos Caracterizagao do bem Trata-se de bem necessério utilizado para limpeza, tanto em unidades residenciais quanto em insituigdes. Estas tkimas podem ser empresas, gras, 6rga0s de administracdo publica, escolas, eto Mercado ‘O.mercado potencial para absorver a produgao de sabao em barras pode ser estimado pela soma de unidades residenciais unifamiliares com o dobro do nmero de estabelecimentos, que chamamos acima de instituigbes. Deve-se realizar uma andlise prévia para se levantar: 1) de onde sdo provenientes os sabes que abastecem o mercado local: 2) se jé existem produtores locais suficientes para suprir 0 mercado local; 3) seo mercado local ndo esta completamente atendido, seja por fornecedores externos ou ndo. Em todos esses trés casos, deverd ser conhecida a qualidade do produto que 6 actualmente comprado @ 0 seu prego no mercado local. Isto serve para estabelecer comparacdo entre o produto do nove empreendedor e o prego que este sera capaz de praticar tendo seus custos cobertos para um determinado Volume de vendas, e, ainda, 0 prego que o consumidor deveré estar disposto a pagar pelo produto. Para um novo empreendedor conhecer © mercado em que ira actuar, 8 fundamental levantar ¢ pesquisar quais os problemas que os sabes em barras Gisponiveis no mercado apresentam. A fonte para obtengdo directa dessas informagées S40 0s consumidores. Se forem bem identificados os pontos que 23 agradam e desagradam aos consumidores, 0 novo empreendedor poderd evitar erros decisivos para a sua entrada e permanéncia bem sucedida no mercado. E igualmente fundamental que o empreendedor conhega os pontos de venda, ‘assim como as caracteristicas de venda desse produto. !sso permite também ‘obter dados sobre a frequéncia da renovacao de stocks dos pontos de ‘comercializagdo e, portanto, da capacidade de absorcéo do produto pelo mercado em certo periodo de tempo. Deve ser considerada a possibiidade de as barras de sabao por ele produzidas -serem complementares a algum outro bem que jéesteja isponivel no mercado, ‘ou que venha a ser langado, Essa complementaridade entre os dois possiveis bens pode ser capaz de atender melhor a alguma necessidade do consumidor e, portanto, deve ser considerada do ponio-de-vista de atingir o mercado. Exemplos de bens complementares as barras de sabéo so outros produtos, de limpeza, tais como detergentes, desinfectantes, etc. © empreendedor deve observar que este tipo de negécio admite diferentes pblicos-alvo para o consumo de sua produyéo: - opréprio consumidor final dos produtos; - lojas, supermercados @ outros tipos de estabelecimento que comerciaizam este tipo de produto; naturalmente, os pregos para essas ciferentes categorias de consumidor deve ser diferenciados. 24 ‘A seguir esta apresentado um breve estudo financeiro relativo a este empreendimento. Mais importante do que os préprios valores considerados neste estudo é a metodologia empregada, pois, apesar de muito simples, esta metodologia pode nos conduzir a resultados que podem determinar se um ‘empreeendimento serd vidvel ou ndo. Naturalmente, a qualidade desses resultados vai depender da qualidade das estimativas realizadas. Justifica-se, portanto, que o empreendedor dedique especial atencao a este capitulo, levantando o maior numero de informacoes Possiveis e compaiibilizando os dados apresentados & realidade regional e & dimenséo que pretende dar ao seu investimento, ) E a soma do investimento fixo (valor gasto com itens indispensaveis & jimplantago da indistria) com o capita circulante (valor reservado para cobrir «as despesas do empreendimento, antes de sua entrada em operagdo e geracdo das primeiras receitas). Investimento Inicial Deverd ser feito 0 levantamento de pregos de méquinas, equipamentos, acess6rios, méveis etc. , bem como de matérias-primas para um stock nical, tendo em vista a instalagdo da industria em questo. A seguir estéo listados os itens basicos para o cAlculo desse investimento, cconforme descritos na tecnologia de produgao, sendo indicados aqueles de ‘menor custo, tendo em vista uma produgo em pequena escala. Ameméria de célculo esté descrita adiante: 25 Investimento Fixo Fogao 700,00 Recipients (tachos) e acessérios 4.000,00 Belanga 2.000,00 Moveis 500,00 Instalagdes eléctricas 500,00 Instalagdes hidraulicas 500,00 Outros ‘000,00 Telefone NC Veiculo Ne Subtotal 1 5.200,00 NC = Nao considerado Capital crcutante Material directo 3.584,40 Pessoal directo 750,00 Encargos 225,00 Custo fixo (para o primeiro més) 7.500,00 Subtotal 2 12.059,40 Total do Investimento Inicial (i): Subtotal 1 + Subtotal 2 = US$ 17.259,40 Meméria de célculo: Tomou-se como base uma produgéo mensal de 8,000 kg do produto, numa Jomada de trabalho de 6 cias por semana, com 8 horas por da. uss Material directo: Soda céustica: 540 kg x 0,94 USSikg .. .-- 507,60 ‘Sebo animal: 1680 x 0,90 US$iKg..... 1.51200 Oleo de coco: 1680 x 0,88 US$ikg 1.478,40 Silicato de s6dio: 480 x 0,18 USS/kg ... 86,40 Pessoal directo: 5 pessoas x 150 USS/pessoa... Encargos: 30% do valor do salério Custo Fixo (para o primeiro més): ver mais adiante Custo Varidvel Mensal (CVM) E.a soma dos materiais necessérios para a fabricagdo das barras de sabéo, com 0 saldrio (@ encargos) do pessoal envolvido directamente nas operacdes de produco, para um periodo de 1 més. 27 Custo Fixo Mensal (CFM) Ea soma dos itens pertinentes ao andamento da industria independentemente da produgéo, no periodo de 1 més, referentes a saléros, taxas, material de escrtério etc, conforme tabelas a seguir. Pessoal Administrativo a Salarios NC Encargos NC Retirada dos sdcios (arbitrado) 1,000,00, ‘Subtotal 1 1.000,00 NC = Nao considerado Despesas Administrativas ed re Aluguel do galpao 1.500,00 Taxas de servigos publicos 500,00 Frete 4,000,00 Combustivel NC Contabilista NC Conservacéo e impeza 2.000,00 Material de eseri6rio 500,00 Outros 1,000,00 ‘Subtotal 2 6.500,00 NC =Néo considerado Total do Custo Fixo Mensal (CFM): Subtotal 1 + Subtotal 2 = US$ 7.500,00 28 Para implantacao da indiistria e para seu funcionamento inci, 6 necessario um determinado montante de recursos. Esse montante deverd ser retornado em um certo numero de meses, a ser definido pelo empreendedor. Sendo No ntimero de meses em que se deseja retomnar o investimento inicial (ii), 0 retorno R , tendo em vista esse periodo seré: i R=ii/N Considerando-se o prazo para retorno N = 24 meses, R= 17.259,40/ 24 = US$ 719,14 © Custo Total Mensal (CTM) & a soma do Custo Fixo Mensal, com o Custo Variavel Mensal e 0 Retorno, conforme vistos anteriormente, isto 6, CTM = CFM + CVM+R Assim, 0 Custo Total Mensal sera: CTM =7.500,00 + 4.559,40 + 719,14 = US$ 12.778,54 Para se determinar 0 Custo Unitério do Produto (CUP) de uma unidade do produto, de acordo com os valores estipulados nas tabelas anteriores (retiada mensal dos sécios, fete, aluguel de galpdo etc.), deve-se diviir 0 Custo Total Mensal pela quantidade de itens a serem produzidos por més (8,000 kg), ou soja, CUP = CTM/8.000 = US$ 1,60 por kg (O Prego de venda (PV) e 0 Numero Total de Unidades a Serem Vendidas ‘no M&s (U), serdo comandados pelo mercado e esto relacionados entre si, ja que, na maioria das vezes, quanto menor for 0 prego de venda maior seré 0 rnimero de unidades vendidas. ‘AReceita Total Mensal (RTM) serd obtda multplicando-se o prego de um quilo do produto pelo ntimero total de quilos vendidos (U), ou seja, RIM =PVxU O Lucro (L) do empreendimento pode ser definido como a diferenca entre a Recelta Total ¢ 0 Custo Total. Para um perfodo de 1 més, oLucroé representado por L=RTM-CTM ‘Se 0 Prego de Venda for inferior a US$ 1,40, teremos 0 Custo Tolal Mensal maior que a Receita Total, isto 6, haverd prejuizo. Por outro lado, se o Prego de Venda for superior a US$ 1,40, haverdlucro. Caso a Receita Total seja igual ao Custo Total, haverd eauilbrio no empreendimento. ‘Nao foram considerados os valores de alguns itens, como telefone e veiculo. Evidentemente, esses itens deverdo ser avaliados e anotados, de acordo com as pretenses do empresario, Nao foram levados em consideracéo equipamentos e acessérics para o suporte as fungdes de producdo (bancadas, formas, calha de despejo etc), néo exercendo influéncia significativa sobre o célculo de custos. Erecomendado que se adquira a publicagao ‘COMO INICIAR SUA PROPRIA EMPRESA’, realizada pelo INAPEM, que aborda aspectos basioos para a abertura de um determinado po de negécio, com informagdes complementares a esse trabalho. INAPEM Instituto Nacional de Apoio as Pequena e Médias Empresas Governo da Repiiblica de Angola INAPEM Unidade de Produgao: Promogao de Negécios Programa: Perfis de Oportunidades de Negécios COMO MONTAR UMA FABRICA DE SABAO EM BARRAS Luanda, Angola. 1997 fados ao INAPEM, Nenhuma parte deste materia ‘express autora

You might also like