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Museus E MonuMENTO: ' pe InpUsTRIA NA SOUTRA BANp: Paulo Oliveira Ramos ‘Os monamentos atch fico, mere 6 seu estudo constitue umn dos mais importantes ramos do saber humana, Os nossos olhos, quando veers estampar- romano, experinentam uma sensagio intraduzivel, mixto de tristeza e de respeito, Atravez daquelles vetustos semicireulos de pedra, enegrecidos pelo tempo ¢ en stamos observando @ ‘ctonicos, os monumentos artisticos de qualquer 1m sempre o respeito dos homens intelligentes de todos os tempos, ¢ © no horisonte os arcos em ruinas de um aquedueto inaldados selvaticamente pelas parasit imysterioso scenatio do infinite, E pena que jan monumentos d"outra especie, de perdendo e extingul aja 0 mesmo espirito ¢ a mesma consideragiin 1s vestigios se vio ‘um trago I Sousa Viterbo! rtindo do aforismo popular que diz que cada wn tem 0 direito de incensar 0 santo que the for ao jeito, abordarei neste coléquio a tematica do patriménio industrial, procurando relevar alguns testemunhos que investigadores, associagGes e autar- quias tém vindo a restituir 4 populagao desta outra banda e que fazem nao s6 parte da sua memoria colectiva como, nalguns casos, se tornaram elementos profundamente significativos do nosso acervo patrimonial comum. Contudo, 0 que vos propomos com esta intervengao nao é a leitura de um inventario vastoe complexo. Antes, em breve relance panoramico, tentaremos olhar globalmente o patriménio industrial desta regiao, como tentativa, nao mais, para superar a sua comum apresentagao fragmentitia. A minha exposicao teré por base informagio recolhida ha ja algum tempo, durante a produgio pela Universidade Aberta do bloco multimedia Curso de Iniciagdo 4 Museologia, e, mais recentemente, também em publicagdes diversas.’ contactos pessoais e com instituigdes — a quem agradeco a sua boa colabora- a0 —, e ainda a informacao dispontvel na Ner! bem como algum trabalho de campo. * Universidade Abeta ARQUEOLOGIA E HisTORIA REGIONAL 129 Admitindo que © patriménio industrial com dificuldade “poder ser balizado no tempo. por qualquer limite preciso — do tipo “revolugio industrial” —, dado que este tipo de limites nao se adequa a realidade das estruturas produtivas nem realidade da evolugdo destas; mais, perde o conceito a possibilidade de ser universalmente aceite”.’ aceitaremos aqui como patriménio industrial tudo aquilo que nos parecer significative ¢ relevante na historia da produgdo material. Neste quadro — e, como todos os quadros. discutivel — comecemos por referir os que so hoje os monumentos industriais* clasificados mais antigos da outra banda: as fabricas romanas de salgade Cacilhase de Setiibal, ambas pondo “em evidéncia o papel semelhante desempenhado pelos estudrios do Tejo ¢ do Sado quanto a explora: transformagdo dos recursos marinhos” ¢ as duas classificadas como L.1.P.em 1992.5 Lembro, a propésito, aqueloutras em Troia, na borda d*4gua, formando um verdadeiro complexo industrial ¢ que se encontram classificadas como MN. desde 1910 ¢ a cujo estudo esteve ligada a primeira associagio arqueolégica do pais, a Sociedade Archeologica Lusitana, “inaugurada na villa de Setubal no dia 9 de novembro de 1849". sem esquecer a olaria, também romana, da Quinta do Rouxinol, em Corroios, M.N. em 1992. Quando, em 1838-1839, Alexandre Herculano dava a estampa n’O Panorama os seus quatro artigos acerca do estado do nosso patriménio — verdadeiro brado de alerta — Anténio Lopes da Costa e Almeida, por esses mesmos anos, convenceu o Conselho da Marinha a facultar-Ihe os meios para “salvar do estado ruinoso” 0 conjunto formado pelo moinho e fornos de biscoito do Vale de Zebro. o qual, segundo escreveu entao, “deverd considerar- se Como monunento histérico”."” Olhando os vestigios hoje existentes que albergam 0 Museu do Fuzileiro — com dificuldade vemos como seria esse complexo industrial para merecer tal proposta."" Contudo, gragas ao principe Lichnowsky, que em meados do século passado registou a sua visita ao complexo de fornos de biscoito de Vale de Zebro, onde desembarcou durante um passeio no Tejo, ficamos a saber que entdo: “Uma estreita ponte de muitos centenares de passos de comprimento conduz ao ancoradouro por cima de terrenos enxarcados até junto a uma grande padaria real, que antigamente cra destinada para fornecer todo o exército. Um moinho, que faz parte deste espagoso edificio, pe em movimento cito pares de més colossaes, que no tempo da maré podem trabalhar durante doze horas. ¢ moer diariamente 160 saccos. Um grande celeiro, cuja abobada sustentada por 48 pilares, pode recolher simultaneamente 70:000 saccos de trigo. ¢ 32:000 barricas de farinha. [...] Este grandioso estabelecimento é de origem muito antiga: comtudo nao se sabe com exactidio a data da primeira 130. Meset's e Moxcsxtos bk INpustRIA Na OUTRA BaNba edificagaio. No prinefpio do ultimo século ardeu tudo; reedificou-se de novo em 1736, ¢ finalmente Pombal levou a fabrica ao estado em que hoje [1842] se acha. Actualmente este util, e bem conservado edificio esté vasio, e desaproveitado. [...] Hoje em dia acha-se em muito bom estado, gragas a0 desvelo do inspector; fez-nos este vér as diversas partes desta vasta fabric e€ como se achava também presente 0 governador civil de Lisboa, quiz mostrar-nos tudo até aos mais insignificantes pormenores, para nos fornecer uma prova do seu zelo pelo servico; de maneira que tivemos de passar por todos os corredores, de entrar em todos os cub{culos, e de metter a cabega nas portas de todos os fornos [27], sem que elle nos absolvesse da observagao da minima particularidade”.'? Afinal, “cousa rica”, como se lhe referiu Gaspar Frutuoso no século XVI. Mas uma outra fabrica, nao longe de Vale de Zebro, tinha jd antes levado alguns notaveis a cruzar o Tejo. Em 13 de Novembro de 1727, segundo se lé na Gazeta de Lisboa, “partio a Rainha nossa Senhora!’ desta Corte com 0 Principe D. José nosso Senhor e a senhora infanta D. Maria para ver o Convento dos Religiosos Capuchos da Arrabida, e a Praga de Setubal; e de caminho foi ver a fabrica de vidros cristalinos, que se estabeleceu junto a Coina...”. Estabelecida em 1719, e apesar destas visitas da familia real ou das elegias tecidas pelos poetas oficiais," a derradeira administragao, a do irlandés John Beare, viu-se obrigada a transferi-la em 1747 para a Marinha Grande onde renasceria com os irmios Stephens. Uma consulta da camara a el-rei em 13 d'outubro de 1746 esclarece-nos sobre a(lguma)s das razGes do encerramento: a “fabrica de Coina, onde se fabrica 0 vidro e se consome a maior parte da lenha que produz toda a banda d’além do Tejo, tanto de sdbro, como de pinho e mutano, porque como a dita fabrica esté continuamente laborando, e continuamente estado ardendo fogos para a execugao das obras € preciso oconsumo de todas as lenhas que produzemas terras circunvizinhas”.'* A questéo do combustivel, segundo Claudio Torres, poderd ter estado também na base do fecho de uma das primeiras unidades de fabrico de vidro No nosso pais, em finais do século XV, “na zona actual da Quinta do Conde ¢ onde perdurou 0 topénimo de Cova dos Vidros” e mesmo “na primeira metade do século XVI, [dJas manufacturas de Aldeia Galega e Alcochete”™.'* Os vestigios da Real Fabrica de Vidros de Coina seriam o palco, dois séculos e meio passados sobre a sua edificagao, de uma intervengdo arqueol6gica realizada sob a responsabilidade da Associagao de Arqueologia Industrial da Regidio de Lisboa (hoje Associagiio Portuguesa de Arqueologia Industrial) e o apoio da Camara Municipal do Barreiro ¢ que se prolongaria entre 1983 c 1986 em trés campanhas sucessivas. Das estruturas da manufactura ARQUEOLOGIA t Historia REGIONAL pk SErvBAL 131 joanina postas a descoberto pelas escavagdes, destacam-se trés forno: para cristal, outro para vidro branco e 0 terceiro para vidro verde e vidraga. Foi classificada como I.1.P. em Dezembro de 1997.7 Mas desde 1981 que a arqueologia industrial se encontrava envolvida num outro projecto nesta margem, ora como patrocinio da Camara Municipal do Seixal. Tratava-se do estudo da Fabrica de Vidros da Amora, empresa vidreira que laborou entre 1888" ¢ 1930, intervengo pioncira entre nds e que implicou uma prospecgio e conduziu a um catilogo fotocopiado e a uma exposigéio no novel Museu Municipal.” Pegando na expresso arqueologia industrial que, como se sabe, é usada entre nds desde 1896 — lembro que entretanto esta “veio a cair no esqueci- mento até A sua recente reabilitagio, mas desta vez apés ter sido consideravelmente divulgada no estrangeiro ¢ de até ser apresentada como uma invengao de um autor inglés”"” — tendo aparecido, pela mao de Sousa Viterbo. num primeiro artigo publicado n* O Archeologo Portugués,! onde viu a luz do dia associada ao termo moinhos. Estes engenhos — que na sua vertente de maré esta margem sul do estudrio do Tejo conhece desde 0 século XIV" — foram erguidos nao sé para servir as populagdes locais e os jd referidos fornos de biscoito de Vale de Zebro, mas especialmente para abastecer a cidade de Lisboa, como bem lembrou Anténio Nabais em estudo que Ihes dedicou em 1986 e cujo titulo, curiosamente, faz lembrar a epigi da obra pioneira de Sousa Viterbo: Patriménio Industrial. Moinhos de Maré, Em 1984, fruto do alargamento do conceito de *monumento’ e de uma valorizagiio dos testemunhos da chamada cultura material, que caracterizou em termos patrimoniais os idos anos 70 e 80, dez desses moinhos foram clasificados como .LP.2? Permita-se-nos um paréntesis: esse mesmo diploma — Decreto n.° 29/84 — faria recair sobre outros iméveis profanos, situados em Lisboa, 0 manto da classificacao patrimonial, distinguindo com o grau de LLP. também o Bairro Grandela, 0 edificio da antiga Escola Industrial Marqués de Pombal, 0 edificio da antiga fabrica de tecidos de Seda nas Amoreiras ¢ a Garagem Auto-Palace, Um desses dez moinhos, 0 de Corroios, aquele que Alberto Pimentel na sua obra A Extremadura Portuguesa dizia “que se recomenda pela sua > foi transformado em 1986, apés obras de ménio Industrial do Ecomuseu Municipal do situagdo e aspecto pitoresco”, recuperagéio, em Nucleo do Patr Seixal, conservando-se em laboragiio e, a0 mesmo tempo, privilegiando os objectivos didacticos que justificaram 0 apoio da UNESCO. Mas outros museus ou nicleos museais existem ligados, parcial ou globalmente, ao patriménio industrial nesta zona: — o Museu do Trabalho Michel Giacometti, em Setubal, cle préprio 132 Muse's : Mosumrntos pr EXDESTRIA Na OUTRA BANDA instalado num imével significativo da hist6ria industrial local: a fabrica de conservas de peixe Perienes, sita na zona das Fontainhas. Inaugurado em 1995, este museu municipal alberga nao sé equipamentos da industria conserveira, mas também um outro importante acervo relacionado com uma industria afim, a litografia, sendo ainda lembrados oficios pré-industriais como o dos funileiros latociros, ferreiros, ete — oNuicleo de Arqueologia e Hist6ria do Museu Municipal de Almada onde se mostram as actividades produtivas do concelho, como a indtistria de preparados de peixe da época romana; estando ainda expostas ferramentas ligadas & carpintaria naval e a actividade corticeira, gracas a uma méquina de fabrico de rolhas. Por seu lado, no Nticleo Naval, instalado num antigo estaleiro em Olho de Boi, sitio fronteiro a Lisboa, onde se destaca a exposi¢do de instrumentos ligados & construgao naval em madeira ¢ aos seus artifices: carpin- teiros, calafates, serradores € mestres; — © Museu Municipal de Alcochete, quer no Nticleo Sede — nomeada- mente com a evocagao do sitio do Porto de Cacos, na Herdade de Rio Frio, importante olaria de material anférico — quer no Nticleo do Sal, nticleo museolégico constituido pelas salinas “Gema Cova”, a “A Gorda” e pela Casa da Marinha (Casa da Malta e eira), nascido de um protocolo entre a autarquia e a fundacao proprictaria das salinas Mas 0 universo da museologia industrial desta banda passa, ainda, por dois museus de empresa: 0 Muscu Joao Victor Ferreira da Fonseca, da SPEL — Sociedade Portuguesa de Explosivos, SA, instalado na sua fiibrica de Santa Marta de Corroios espelhando, em termos tecnoldgicos, os sectores de actividade da empresa, i.e., fabrico de explosives civis e militares, material de defesa e produtos de pirotecnia e quimicos; ¢ 0 Museu do Vinho de José Maria da Fonseca, em Vila Nogueira de Azeitao, instalado nos edificios das antigas adegas da empresa e que aborda a historia da sua produgao vinicola através de objectos representativos, maquinaria antiga, fotos e textos. Refira- -se ainda a existéncia do Nucleo Museoldgico/ Moinho de Maré da Mourisca, recuperado pela Reserva Natural do Estuario do Sado, em funcionamento, e que receberd 0 Ecomuseu do Vale do Sado. No horizonte perfilam-se alguns projectos museais, nomeadamente os ligados A indiistria corticeira, como 6 6 caso do projecto de musealizagao das instalagdes da antiga fabrica de cortiga Socorquex, na Moita, divulgado na revista Arqueologia Industrial j em 1993, num importante texto-manifesto de Eduarda Moreira da Silva, Ilda Maria Soares de Abreu, Isabel Victor & ARQUEOLOGIA E HistORIs REGIONAL DE SetUBAL 133 Luis Jorge Gongalves*® ¢ 0 projecto centrado na Mundet, “aquela que foi a maior empresa do sector corticciro na Margem Sul e, durante muitos anos, no pais e mesmo a nivel mundial”.2* Em projecto, mas com abertura prevista para o corrente ano (1999), é de referir 0 Nticleo Museolégico da Mata da Machada, no Barreiro, local do forno onde se faziam as formas de agticar destinadas aos trapiches e engenhos a laborar, concretamente na Madeira, ¢ s placas cerdmicas utilizadas para cozer 0 biscoito, muito importantes durante a época dos Descobrimentos, Mas nos varios concelhos antes referidos, existem, seguramente, muitos outros testemunhos do patriménio industrial. Uns ja estdo clasificados, como o quatrocentista aqueduto, simples e duplas de Settibal ou a singular nora de ferro, situada em terrenos da Escola Preparatoria da Cova da Piedade, classificada em 1982.7 Por seu lado, esté “em vias de classificagdo” — de acordo com 0 website da Direcgaio Geral dos Edificios ¢ Monumentos Nacionais — 0 seiscentista moinho de maré de Alhos Vedros, e, no Seixal, segundo julgamos saber, 0 edificio das caldeiras Babcock da extinta Mundet ¢ a fabrica de pélvora de Vale de Milhagos. Contudo, outras fabricas, como a da Moagem do Caramujo (Cova da Piedade): chaminés. como a da Wicander, alta de mais de 20 metros, marcando de modo indelével a paisagem do Bairro Novo, no Seixal com os seus 23 metros de altura: portos, com os seus cais, guindastes e velhos estaleiros, guardides da construgio tradicional no estudrio do Tejo.* sem esquecer os caminhos de ferro — destaque-se a antiga estagdo da CP do Barrciro, construfda sob projecto do engenheiro Miguel Pais — encontram- -se, ainda, & espera de uma desejavel classificag’io.” Jéia da coroa dos espécimes monumentais — e quigd dos nticleos museais constituidos e a constituir — ligados 4 histéria da produgdo material nesta outra banda podera ser, sem sombra de diivida, a regeneragao e valorizagio do centendrio (1898) complexo fabril da Sociedade Africana de Pélvora,em Vale de Milhagos, antes referida. A sua histéria, os seus espacos, o saber-fazer, os seus engenhos — com relevo naturalmente para a sua maquina a vapor e © sistema de cabos aéreos para transmissio de energia — merecem um lugar de destaque no conjunto do patriménio industrial portugués, E com paixio que acompanhamos esta questo. A mesma paixio que nos faz desejar que néio se cumpra o andtema langado por Alexandre Herculano a propésito da histéria do patrim6nio em Portugal: “Dua epochas distinctas apresent dividir a historia da destruigio dos monumentos da nossa patria: uma am os ultimos tempos, nas quaes se pode acabou: na outra vivemos nés’ 134 MUsevs r Mose atentos be IypUstita Sa oUTRA BaNDa, Notas Monumentos classificados Um breve historial da politica de inven 40 do nosso patriménio cultural encontra-se no prefiieio de Carlos Antero Ferreira a Patriménio Arquitecténico ¢ 3 Instituto Portugués do Patrimdnio Arquitectinico e Arqueoligico. 1993. pp. XII-XXY. Ver. também, Paulo Oliveira Ramos, Reviver o Passado (em torno da educagio patrimonial e do ensino a distancia), Lisboa, Universidade Aberta, 1993 (policopiado) € Vasco Costa, “A chassific salvaguarda do patriménio”, in Leiturus. n° 2, 1998. pp. 85-91 + A archeologia da industri’ rio e classi queoligico Classificado, Lisboa, Jo ea n Ditirio de Noticias, 12 de Junho de 1896. * Entre outras: Patriménio Arquitectonico e Arqucolégico Classificado, Lisboa, Instituto Portugu: do Patriménio Arquitecténico ¢ Arquealdgico, 1993; Guia de Museus da Costa Azul, Seuibal, Regia de Turismo de Setibal - Costa Aval. vd: Subsidios para o Enquadramento Histérien dos Concethos — Museu. Lisboa, MEPATICCRLVT, 1998 e 0 catilogo da exposigio temporiria F Mithacos. 1898-1998. Comemorar o Centenario. Seixal. Camara Muni * hutpAvww:monumentos.pt * Armando Jorge Silva. Encontro Nacional sobre o Patriménio Industrial. Actas ¢ Comunicagdes vol. I, Coimbra, Coimbra Editora, 1989, p.79. ® Arthur Raisteick Undusirial Archaeology: An Historical Survey, London. edifieagdes may também todo o tipo de artefacts, Clementino Amaro, “A Inckistria da Salga de Peixe na Baixa de Lisboa”. in O Livro de Lisboa, Lisboa, 1994, p. 69. * Monumentos que encontram um bom paralelo nas cetarias post dos Bicos durante as eseavagdes de 1981/1982. * Annes da Sociedade Archeologica Lusitana n® 1, Lisboa, Imprensa Nacional, 1850, p. 2 Amnio Lopes da Costa e Almeida, "Memiria Histérica- Topografica dos Estabelecimentos de Valle de Zebro, Tella e Azinheira”, in Annaes Maritimos ¢ Coloniais. (10). Série, Lisboa, 1844, p. 363.1 Lopes da Costa e Aln se a dirigir os trabalhos hidrogrificos e geodésicos no levantamento das plantas do rie de Coit ss de Vale de Zebro, Telha e Azinheira, "Cont {imentos de Valle do Zebro”, dativeis do século XVI, no Arquivo do Ministério do Ministério do Equipamento, Plano e Administragio do Territério, que demos ja a estampa parcialmente em Paulo Oliveira Ramos ¢ Antinio Nabais, 100 Anay do Porto de Lisboa. Lisboa, APL. 1987. p. 4 * Principe Lichnowski, Portugal. Recordagdes do anno de 1842, Lisboa, Imprensit Nacional, 1845, p. LIL. Tradugio de Portugal. Erinnerung aus dem Jahre 18: " Rainha D, Mariana de Austria "Eo caso de D. Luiz Cactano de jente (O Vidro em Portugal, Porto, Portues prica da Pélvora de Vale de I do Seixal, 1999, descoberto no interior da Casa ima (1671-1757). De um epigrama escrito em latim, publ ¢ Editora, 1950, p, 50) a seguinte tradugao livre: Vasco “DA FABRICA DE VIDRO FUNDADA PELO REL cesse 0 espléndido comércio dos poves do Nilo, deixe de resplandecer na nossa tera o trabalho dos Vent A vossa indkistria, abil em fabricar um esplendor etéreo com areas. forneve.« Principe, estas coisas aos poves nos: a massa de vidro ji arde nos fornos pétrios. ante fr il, grande gloria para Vos vem. de cons. ¢ dee. do st rei D. Jodo Vf. 165, “A Outra Banda”, in O Livro de Lishou, Lisboa, 1994.p. 170, Agveovoaia t Historia REGioxal, be Sera 135

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