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Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396.898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/20 Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 6122 ‘Segunda edigao 20.09.2010 Valida a partir de 20.10.2010 Projeto e execucao de fundacées Design and construction of foundations IGS 91.040; 93.010 ISBN 978-85-07-02271-8 ‘ASSOCIACAO Nuimero de referéncia BRASILEIRA (Yt DENORMAS ABNT NBR 6122:2010 TECNICAS 91 paginas @ABNT 2010 Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua ABNT NBR 6122:2010 © ABNT 2010 ‘Todos os diteitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicagdo pode ser reproduzida ou utlizada por qualauer meio, eletrénico ou mecanico, incluindo fotocépia e micrafilme, sem permissio por ‘escrito da ABNT. ARNT Avqreze de Maio, 13 - 28 andar 20031-2901 - Rio de Janeiro - RU Tol: + 55 21 3974-2300 Fax: +85 21 3974-2346 abnt@abntorg.br wwwabntorg br Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ii © ARNT 2010 - Todos 08 direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 Sumario Pagina Prefacio Introdugao. 1 Escopo 2 Referéncias norm: 3 Termos e definicdes 4 Investigagdes geolégicas e geotécnicas .. 44 Reconhecimento inicial 42 Investigacao geolégica 43 Investigagao geotécnica preliminar 44 Investigacao geotécnica complementar 45 Investigagées complementares 4.5.1 Sondagens mistas e rotativas. 4.5.2 Sondagem a percussao com medida de torque. 4.5.3 Ensaio de cone. 45.4 Ensaio de palheta (vane test). 45.5 Ensaio de placa 45.6 Ensaio pressiométrico .. 45.7 Ensaio dilatométrico .. 45.8 Ensaios sismicos 45.9 Ensaios de permeabi 4.5.10 Ensaio de perda d’égua em rocha 48 Ensaios de laboratério .. 4.6.1 Ensaios de caracterizagao 4.6.2 Ensaio de cisalhamento direto 4.6.3 Ensaio triaxial... 4.8.4 Ensaio de adensamento . 4.6.5 Ensaios para caracterizacao de expans! 4.6.6 Ensaio de colapsibilidade 4.6.7 Ensaio de permeabilidade 4.6.8 Ensaios quimicos 5 AgGes nas fundacées 5A Agées provenientes da superestrutur. 52 Agées decorrentes do terreno . 53 goes decorrentes da agua superficial e subterranea. 54 Agées excepcionais 55 Anélise de interago funda¢ao-estrutur: 56 Peso préprio das fundacées 57 Alivio de cargas devido a vigas alavanca.. 58 Atrito negative 5.8.1 Em termos de fator de seguranca global 5.8.2 Em termos de valores de projeto (fatores de seguranga parciais).... ARNT 2010 -Todos 08 direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 6.1 614 6.2 6.241 6.2.2 63 63.1 6.3.2 TA 72 73 734 7.3.2 733 7A 75 751 75.2 753 76 7.64 7.6.2 76.3 W TIA 772 773 14 78 7.84 7.8.2 84 82 8.241 8.2.2 83 84 8.41 Seguranca nas fundagées. Generalidades. Reglao representativa do terreno. Estados-limites.. Verificagao dos estados-limites ultimos (ELU) Verificacao dos estados-limites de servico (ELS) Efeito do vento... Célculos em termos de valores caracteristicos... Calculos em termos de valores de projet Fundagao superficial (rasa ou direta) .. Generalidades...... ee Tensao admissivel ou tensao resistente de projeto . Determinagao da tensao admissivel ou tensao resistente de projeto a partir do estado-limite ultim Prova de carga sobre placa.. Determinagao da tensdo admissivel ou da tensao resistente de projeto a partir do estado-limite de servico.. Casos particulares Fundagao sobre rocha Solos expansivos Solos colapsiveis Dimensionamento geométrico. Cargas centradas Cargas excéntrica Cargas horizontai: Critérios adicionais. Dimensao minima. Profundidade minima. Lastro Fundagées em cotas diferentes. Dimensionamento estrutural Sapata Bloco (fundagao superficial) Fundagées profundas. Generalidades. Carga admi: Determinagao da carga admissivel ou carga resistente de projeto de estacas. Determinacao da carga admissivel ou carga resistente de projeto de tubulde: Efeito de grupo.. Outras solicitacées . Tragao ivel ou carga resistente de projeto. © ABNT 2010 - Todos os direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 8.4.2 Esforcos transversais 8.4.3 Atrito negativo 8.4.4 feito de carregamento assimétrico sobre solo mole.. 8.4.5 feito de camada espessa de argila mole-estacas pré-moldadas .. 85 Orientagdes gerais.. 85.1 Deslocamento de estacas 85.2 Densificagao do solo... 85.3 Pré-furo 8.5.4 Escavacao para os blocos de estacas 85.5 Preparo da cabeca de estacas 8.5.6 —_Limites aceitdveis de excentricidade de execucao. 8.5.7 Desaprumo de estacas... 86 Dimensionamento estrutural .. 8.6.1 _Efeitos de segunda ordem. 8.6.2 Cobrimento da armadura, meio agressivo e espessura de sacrificio 8.6.3 Estacas de concreto moldadas in loc 8.6.4 Tubuldes encamisadbos.. 8.6.5 Estacas pré-moldadas de concreto.. 8.6.6 —_ Estaca de reacdo (mega ou prensada), 86.7 Estacas metélicas 8.6.8 — Estacas de madeira 9 Desempenho das fundagée: 94 Requisitos. 92 Desempenho dos elementos de fundacao 9.2.1 Fundagdes em sapatas ou tubuldes 9.2.2 Fundacao emestacas ‘Anexo A (normative) Fundagao superficial (rasa ou direta) Procedimentos executivos.. AA Introdugao AZ Escavagéo das cavas As Preparagao para a concretagem Aa Concretagem da sapata. AS Reaterro. Anexo B (normativo) Estacas de mad Ba Introdugao B.2 B3 Equipamento e cravacao.. B4 Preparo da cabeca e ligagdo com 0 bloco de coroamento BS Controle para verificagao e avaliacao dos servigos.. Bs Registro da execugao Anexo C (normativo) Estacas met ‘as ou de aco ~ Procedimentos execu ca Introdugao C2 Caracteristicas gerais. C3 Equipamento .... ARNT 2010 -Todos 08 direitos reservados v Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 C4 Cravacao .. cs Critérios para aceitagao dos perfis .. C6 Emendas e soldas. C7 Comprimento minimo para aproveitamento.. ca Controle para verificagao e avaliagao dos services... cs Preparo de cabegas e ligacao com o bloco de coroamento .. C10 Registro da execugao Anexo D (normativo) Estacas pré-moldadas de concreto — Procedimentos executivos.. Da Introdugao. D2 Caracteristicas gerai Ds Equipamento ...... D4 Cravagao .. DS Critérios de aceitacao das estacas. Ds Emendas .. D7 Comprimento minimo para aproveitamento.. DB Nega, repique e diagrama de cravacao Ds Preparo de cabega e ligacao com o bloco de coroamento D.10 —_-—Registros da execugao Anexo E (normativo) Estacas escavadas com trado mecénico, sem fluido estabilizante — Procedimentos executivos Ea Introdugao. E2 Caracteristicas gerais. E3 Perfuragao. E4 Concretagem . ES Colocagao da armadura. E6 Seqiiéncia executiva E7 Preparo da cabega e ligagao com 0 bloco de coroamento EB Concret cr) Registros da qualidade dos servico: Anexo F (normative) Estacas hélice continua monitorada — Procedimentos executivos. FA Introdugao. F2 Caracteristicas gerais. F3 Equipamento .. Fa Perfuragao. FS Concretagem ... Fé Colocagao da armadura. FT Seqiiéncia executiva Fa Preparo da cabeca e ligacao com o bloco de coroamento Fg Concreto. F.0 Controle do processo executivo. F.11 _ Registros da qualidade dos servigos . Anexo G (normativo) Estacas moldadas in loco Strauss — Procedimentos executivos Gl 56 vi © ABNT 2010 - Todos os direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 G2 Caracteristicas gerais. Gs Perfuracao. G4 Concretagem Gs Colocagao da armadura. Gs Seqiiéncia executiv: G7 Preparo da cabeca e ligag4o com o bloco de coroamento Gs Coneret G9 Registros da qualidade dos servicos.. ‘Anexo H (normativo) Estacas Franki ~ Procedimentos executivos.. HA Introducao H2 Caracteristicas gerais. HS Cravagao do tubo Ha Execugéo da base alargada HS Colocagao da armadura He Coneretagem do fuste HZ Seqiiéncia executiva Hs Preparo da cabecae HS Conereto .. H.10 —_Registros da qualidade dos servicos.. ‘Anexo | (normativo) Estacas escavadas com uso de fluido estabilizante — Procedimentos executivo: Introdugao Caracteristicas gerais. Escavagao. Colocagao da armadura Concretagem Seqiiéncia executiv: Controle do processo executivo. Controles executivos . Caracteristicas da lama bentonitica isticas do polit 18 Preparo da cabeca e ligagéo com o bloco de coroamento 19 Coneret 110 Registros da qualidade dos servicos.. Anexo J (normativo) Tubuldes a céu aberto ~ Procedimentos executivos Jt Introdugao 2 Caracteristicas gerais. 3 Escavagao do fuste jacao com o bloco de coroamento Caracteri ero. wd Alargamento da base. I5 Colocacéo da armadura. I6 Concretagem a7 Seqiiéncia executiv: JB Preparo da cabeca e ligagao com 0 bloco de coroamento ARNT 2010 -Todos 08 direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 J9 Concret: J10 — Registros da qualidade dos servico: Anexo K (normativo) Tubuldes a ar comprimido ~ Procedimentos executivos Ka Introdugao. K2 Caracteristicas gerais. K3 Trabalho sob ar comprimido K4 Escavacao. KS Alargamento da base... Ks Colocagao da armadura. K7 Concretagem . Ka Seqiiéncia executiva.. errr rcrenee Ka Preparo da cabega e ligacéo com 0 bloco de coroamento K10 — Conereto. K.11_ Registros da qualidade dos servigo: Anexo L (normativo) Estacas raiz - Procedimentos executivos La Introdugao. L2 Caracter La Perturagao L3.1 Emsolo L.3.2 Em solos com matacées ou embutimento em rocha. La Colocagao da armadura. Ls Injegao de preenchimento. Le Retirada do revestimento .. L7 Seqiiéncia executiva .. Le Preparo da cabega e ligacao com o bloco de coroamento Le Argamass: L410 —_Registros da qualidade dos servico: Anexo M (normativo) Estaca hélice de desiocamento monitorada — Procedimentos executivos 77 Ma Introdugao. 7 M2 7 Ma 7 ma Perfuracao. 7 Ms Coneretagem .. 7 Ms Colocagao da armadura. 78 M7 Seqiiéncia executiva.. 78 Ms Preparo da cabega e ligacéo com o bloco de coroamento 78 mo Concret 78 M10 Controles do processo executivo.. 73 M11 Registros da qualidade dos servigo: 79 Anexo N (normativo) Estacas cravadas a reacdo (estacas prensadas ou mega) — Procedimentos executivos ... 81 81 NA vill © ABNT 2010 - Todos os dios reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 N2 Caracteristicas gerais. N3 Cravagao .. N4 Carga de cravacao. NS Registros da qualidade dos servicos.. ‘Anexo O (normativo) Estacas trado vazado segmentado — Procedimentos executivos .. o4 Introdugao 02 Caracteristicas gerais 03 Perfuracao. 04 Colocagao da armadura. Os Injegdo de preenchimento 06 Retirada do trado. x O7 ‘Seqiiéncia executiva das estacas.. OB Preparo da cabega e ligagao com 0 bloco de coroamento o9 Argamassa.. 0.10 Registros da qualidade dos servicos.. ‘Anexo P (normativo) Estacas escavadas com injegao ou microestacas — Procedimentos executivo: Pa Introdugao P2 Caracteristicas gerais. P3 Perfuracao. P31 Emsolo P3.2 Em solos com matacées ou embutimento em rocha. Pa Colocacao da armadura. PS Injega PS Seqiiéncia executiva . PT Preparo da cabeca e ligagdo com o bloco de coroamento Ps Calda ou argamassa Pg Registros da qualidade dos servicos. Anexo Q (informativo) Simbologi a4 Letras gregas. a2 Letras minisculas. as Letras maitisculas. Figuras Figura 1 - Movimentos da fundaga Figura 2 — Fundagdes préximas, mas em cotas diferentes Figura 3 - Angulo f nos blocos . Figura 4 — Carga de ruptura convencional Figura 5 — Base de tubuldes. Figura 6 ~ Grupo de elementos de fundacao profunda ARNT 2010 -Todos 08 direitos reservados ix Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 Tabelas Tabela 1 — Fundagées superficiais - Fatores de seguranga e coeficientes de minoragao para solicitagdes de compressao Tabela 2 Valores dos fatores £1 @ £2 para determinacao de valores caracteristicos das resisténcias calculadas por métodos semi-empiricos baseados em ensaios de campo Tabela 3 — Valores dos fatores {3 e £4 para determinagao de valores caracteristicos das resisténcias obtidas por provas de carga estaticas... Tabela 4 — Estacas moldadas in loco: parametros para dimensionamento Tabela 5 — Espessura de compensacao de corrosao. Tabela 6 - Quantidade de provas de carga Tabela F.1 — Caracteristicas minimas da mesa rotativa e do guincho. Tabela H.1 - Peso e didmetro dos pildes Tabela I.1 ~ Lama bentonitic: Tabela |.2 - Parametros para o fluido Tabela L.1 - Didmetros nominais e diametros dos revestimento: x © ABNT 2010 - Todos os direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 Prefacio A Associacao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalizacao. As Normas Brasileiras, cujo contetido é de responsabilidade dos Comités Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalizagao Setorial (ABNT/ONS) e das Comissées de Estudo Especiais (ABNT/CEE), sao elaboradas por Comissées de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratérios e outros), Os Documentos Técnicos ABNT sao elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2. A Associagao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atengao para a possibilidade de que alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT nao deve ser considerada responsavel pela identificagao de quaisquer direitos de patentes. A ABNT NBR 6122 foi elaborada no Comité Brasileiro da Construgao Civil (ABNT/CB-02), pela Comis- so de Estudo de Obras Geotécnicas e de Fundagdes (CE-02:152.08). 0 Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital n® 03, de 09.03.2010 a 07.05.2010, com o ntimero de Projeto ABNT NBR 6122 Esta segunda edigao cancela e substitui a edigao anterior (ABNT NBR 6122:1996), a qual foi tecnica- mente revisada. © Escopo desta Norma Brasileira em inglés 6 0 seguinte: Scope This Standard specifies the requirements to be followed in the design and construction of foundations of all civil engineering structures. NOTE 1 _ Its acknowledged that foundation engineering is not an exact science and that risks are inherent to any activity that encompasses nature's phenomena or materials. The criteria and procedures contained in this standard are intended to set out a balance of technical, economical and of safety requirements usually accepted by society on the date of publication. NOTE 2 This technical documentation does not include foundation types that have restrict use (pile rafts. compaction piles, soil improvement etc.) and those which are out of use nowadays(air compressed box caissons etc.).These foundation types may be used with all necessary adaptations from the foundation types presented herein. ARNT 2010 -Todos 08 direitos reservados xi Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 Introdugao Esta Norma trata dos critérios gerais que regem 0 projeto e a execugao de fundagdes de todas as estruturas convencionais da engenharia civil, compreendendo: residéncias, edificios de uso geral, pontes, viadutos etc. Obras especiais, como plataformas offshore, linhas de transmissao etc., sao também regidas por esta Norma no que for aplicavel, todavia obedecendo as Normas especificas para cada caso particular. Esta Norma apresenta uma grande diferenga em relacao & Norma anterior, ja que foi separada a parte de projeto da parte de execupdo das fundagdes. Tudo que se refere a projeto esta concentrado nas segdes de fundacao direta e de fundagdo profunda, Ja a parte de execugao esté apresentada na forma de Anexos separados para cada tipo de fundacao. xii @ABNT 2010 -Todos 0s drsitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 6122:2010 Projeto e execu¢do de fundagées 1 Escopo Esta Norma estabelece os requisitos a serem observados no projeto e execugao de fundagées de todas as estruturas da engenharia civil. NOTA 1 Reconhecendo que a engenharia de fundagdes ndo é uma ciéncia exata e que riscos sdo inerentes a toda e qualquer alividade que envolva fenémenos ou materiais da natureza, os eritérios © procedimentos constantes nesta Norma procuram traduzir 0 equilibrio entre condicionantes técnicos, econémicos e de seguranga usualmente aceitos pela sociedade na data da sua publicagao. NOTA2 Esta Norma ndo contempla aqueles tipos de fundacdo que tém aplicagdo restrita (sapatas esta- queadas, radier estaqueados, estacas de compactacao, melhoramento do solo etc.) e aqueles que estéo em desuso (caixdes pneumaticos etc.). Tais fundagdes podem ser utilizadas com as adaptagdes que sejam ne- cessarias a partir dos tipos aqui apresentados. 2 Referéncias normativas Os documentos relacionados a seguir séo indispensdveis a aplicago deste documento. Para refe- réncias datadas, aplicam-se somente as edigées citadas. Para referéncias nao datadas, aplicam-se as edig6es mais recentes do referido documento (incluindo emendas). Portaria 3214, do Ministério do Trabalho e Emprego — Norma Reguamentadora N* 18, Condicées e meio ambiente de trabalho na industria da construgao ABNT NBR 5788, Concreto — Procedimento para moldagem e cura de corpos-de-prova ABNT NBR 5739, Concreto — Ensaios de compressao de corpos-de-prova cilindricos ABNT NBR 6118, Projeto de estruturas de concreto ~ Procedimento ABNT NBR 6457, Amostra de solo — Preparacdo para ensaios de compactaao e ensaios de carac- terizagéo ABNT NBR 6459, Solo ~ Determinagao do limite de liquidez ABNT NBR 6484, Solo ~ Sondagens de simples reconhecimento com SPT — Método de ensaio ABNT NBR 6489, Prova de carga direta sobre terreno de fundagao — Procedimento ABNT NBR 6502, Rochas e solos Terminologia ABNT NBR 6508, Graos de solos que passam na peneira de 4,8 mm — Determinagéo da massa especifica ABNT NBR 7180, Solo ~ Determinagao do limite de plasticidade ABNT NBR 7181, Solo ~ Andlise granulométrica ABNT NBR 7190, Projeto de estruturas de madeira ©ABNT 2010 - Todos o¢ direitos reservados 1 Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 ABNT NBR 7212, Execugao de concreto dosado em central ABNT NBR 8036, Programacao de sondagens de simples reconhecimento dos solos para fundagGes de edificios — Procedimento ABNT NBR 8681, Agdes e seguranca nas estruturas — Procedimento ABNT NBR 8800, Projefo de estruturas de ago ¢ de estruturas mistas de ago e concreto de edificios ABNT NBR 9062, Projeto ¢ execugao de estruturas de concreto pré-moldado — Procedimento ABNT NBR 9603, Sondagem a trado ABNT NBR 9604, Abertura de pogo e trincheira de inspegao em solo, com retirada de amostras deformadas e indeformadas ABNT NBR 9820, Coleta de amostras indeformadas de solos de baixa consisténcia em furos de sondagem ABNT NBR 10905, Solo ~ Ensaios de palheta in situ — Método de ensaio ABNT NBR 10908, Aditivos para argamassa e concreto — Ensaios de caracterizagéo ABNT NBR 11768, Aditivos para conereto de cimento Portland — Especificagao ABNT NBR 12007, Solo ~ Ensaio de adensamento unidimensional ~ Método de ensaio ABNT NBR 12069, Solo - Ensaio de penetragao de cone in situ (CPT) - Método de ensaio ABNT NBR 12131, Estacas — Prova de carga estética - Método de ensaio ABNT NBR 12317, Verificagdo de desempenho de aditivos para concreto — Procedimento ABNT NBR 13208, Estacas - Ensaios de carregamento dinamico ABNT NBR NM 67, Concreto ~ Determinagao da consisténcia pelo abatimento do tronco de cone 3 Termos e definigdes Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos ¢ definigdes, 31 fundacao superficial (rasa ou direta) elemento de fundacao em que a carga é transmitida ao terreno pelas tensdes distribuidas sob a base da fundagao, e a profundidade de assentamento em relacao ao terreno adjacente a fundagao é inferior a duas vezes a menor dimensao da fundagao 32 sapata elemento de fundacao superficial, de concreto armado, dimensionado de modo que as tensdes de tracao nele resultantes sejam resistidas pelo emprego de armadura especialmente disposta para esse fim 2 © ARNT 2010 - Todos 08 direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 3.3 bloco elemento de fundagao superficial de concreto, dimensionado de modo que as tensées de tragao nele resultantes sejam resistidas pelo concreto, sem necessidade de armadura 3.4 radier elemento de fundacao superficial que abrange parte ou todos os pilares de uma estrutura, distribuindo os carregamentos 3.5 sapata associada sapata comum a mais de um pilar 3.6 sapata corrida sapata sujeita & agdo de uma carga distribuida linearmente ou de pilares ao longo de um mesmo alinhamento 37 fundagao profunda elemento de fundagao que transmite a carga ao terreno ou pela base (resisténcia de ponta) ou por sua superficie lateral (resisténcia de fuste) ou por uma combinagao das duas, devendo sua ponta ou base estar assente em profundidade superior ao dobro de sua menor dimensao em planta, e no minimo 3,0 m. Neste tipo de fundagao incluem-se as estacas e os tubules 3.8 estaca elemento de fundagao profunda executado inteiramente por equipamentos ou ferramentas, sem que, em qualquer fase de sua execucao, haja descida de pessoas. Os materiais empregados podem ser: madeira, ago, conereto pré-moldado, conereto moldado in loco ou pela combinagao dos anteriores 3.9 tubuléo elemento de fundacao profunda, escavado no terreno em que, pelo menos na sua etapa final, ha descida de pessoas, que se faz necesséria para executar o alargamento de base ou pelo menos a limpeza do fundo da escavagao, uma vez que neste tipo de fundagdo as cargas sao transmitidas pre- ponderantemente pela ponta 3.10 estaca pré-moldada ou pré-fabricada de concreto estaca constituida de segmentos de conereto pré-moldado ou pré-fabricado e introduzida no terreno por golpes de martelo de gravidade, de explosao, hidraulico ou martelo vibratorio, Para fins exclusiva- mente geotécnicos nao ha distingdo entre estacas pré-moldadas e pré-fabricadas, e para os efeitos desta Norma elas serao denominadas pré-moldadas 3.11 estaca de concreto moldadas in loco estaca executada preenchendo-se, com concreto ou argamassa, perfuragées previamente executadas no terreno ©ABNT 2010 - Todos o¢ direitos reservados 3 Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 3.42 estaca de reacao (mega ou prensada) estaca introduzida no terreno por meio de macaco hidrdulico reagindo contra uma estrutura ja existente ou criada especificamente para esta finalidade 3.13 estaca raiz estaca armada e preenchida com argamassa de cimento e areia, moldada in loco executada através de perfuragao rotativa ou rotopercussiva, revestida integralmente, no trecho em solo, por um conjunto de tubos metélicos recuperaveis 3.14 estaca escavada com injegao ou microestaca estaca moldada in loco, armada, executada através de perfuragao rotativa ou roto-percussiva e injetada com calda de cimento por meio de um tubo com valvulas (manchete) 3.45 estaca escavada mecanicamente estaca executada por perfuragao do solo através de trado mecénico, sem emprego de revestimento ou fluido estabilizante, Um caso particular da estaca escavada mecanicamente é a estaca broca execu- tada, usuaimente, por perfuracdo com trado manual 3.16 estaca Strauss estaca executada por perfuragao do solo com uma sonda ou piteira e revestimento total com camisa metélica, realizando-se o langamento do concrete e retirada gradativa do revestimento com simultaneo apiloamento do concreto 3.17 estaca escavada com fluido estabilizante estaca moldada in loco, sendo a estabilidade da parede da perfuracdo assegurada pelo uso de fluido estabilizante ou Agua quando tiver revestimento metalico. Recebe a denominacao de estaca escavada quando a perfuracdo é¢ feita por uma cagamba acoplada a uma perfuratriz, e estaca barrete quando a se¢do for retangular e escavada com utilizagao de clam-shell 3.18 estaca Franki estaca moldada in loco executada pela cravagao, por meio de sucessivos golpes de um pildo, de um tubo de ponta fechada por uma bucha seca constituida de pedra e areia, previamente firmada na ex- tremidade inferior do tubo por attito. Esta estaca possui base alargada e ¢ integralmente armada 3.19 estaca mista estaca constituida por dois segmentos de materiais diferentes (madeira, ago, concreto pré-moldado, concreto moldado in loco etc.) 3.20 estaca metalica ou de aco estaca cravada, constituida de elemento estrutural produzido industrialmente, podendo ser de perfis laminados ou soldados, simples ou multiplos, tubos de chapa dobrada ou calandrada, tubos com ou sem costura e trilhos 4 © ARNT 2010 - Todos 08 direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 e continua monitorada estaca de concreto moldada in loco, executada mediante a introducao, por rotagao, de um trado heli- coidal continuo no terreno e injegao de concreto pela prépria haste central do trado simultaneamente com a sua retirada, sendo que a armadura é introduzida apés a concretagem da estaca 3.22 estaca hélice de deslocamento monitorada estaca de concreto moldada in loco que consiste na introdugao de um trado apropriado no terreno, por rotagao, sem que haja retirada de material, o que ocasiona um deslocamento do solo junto ao fuste e a ponta. A injegao de concreto ¢ feita pelo interior do tubo central em torno do qual estao colocadas as aletas do trado simultaneamente a sua retirada por rotacao 3.23 estaca trado vazado segmentado estaca moldada in loco executada mediante a introdugao no terreno, por rotagao, de um trado helicoidal constituido por segmentos de pequeno comprimento (aproximadamente 10 m) rosqueados e injegao de conereto pela propria haste central do trado simultaneamente a sua retirada 3.24 cota de arrasamento nivel em que deve ser deixado 0 topo da estaca ou tubuldo, de modo a possibilitar que o elemento de fundagao e a sua armadura penetrem no bloco de coroamento 3.25 nega medida da penetragao permanente de uma estaca, causada pela aplicagao de um golpe de martelo ou piléo, sempre relacionada com a energia de cravagao. Dada a sua pequena grandeza, em geral 6 medida para uma série de dez golpes 3.26 repique parcela eldstica do deslocamento maximo de uma estaca decorrente da aplicagao de um golpe do mar- telo ou pilao 3.27 tensdo admissivel tenso adotada em projeto que, aplicada ao terreno pela fundagao superficial ou pela base de tubulao, atende com coeficientes de seguranga predeterminados, aos estados-limites ultimos (ruptura) e de servigo (recalques, vibragées etc.). Esta grandeza é utilizada quando se trabalha com agées em valores caracteristicos 3.28 carga admissivel de uma estaca ou tubuléo forga adotada em projeto que, aplicada sobre a estaca ou sobre o tubuldo isolados atende, com coe- ficientes de seguranga predeterminados, aos estados-limites ultimo (ruptura) e de servigo (recalques, vibragées etc.). Esta grandeza é utilizada quando se trabalha com agées em valores caracteristicos 3.29 tensao resistente de projeto tensao de ruptura geotécnica dividida pelo coeficiente de minoragao da resisténcia Ultima. Esta gran- deza é utilizada quando se trabalha com agées em valores de projeto ©ABNT 2010 - Todos o¢ direitos reservados 5 Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 3.30 carga resistente de projeto carga de ruptura geotécnica dividida pelo coeficiente de minoragao da resisténcia titima. Esta grandeza 6 utilizada quando se trabalha com agdes em valores de projeto 3.31 carga de trabalho de estacas carga efetivamente atuante na estaca em valores caracteristicos 3.32 tensdo de trabalho de sapatas ou bases de tubuldes tensdo efetivamente atuante no solo em valores caracteristicos 3.33 ito de grupo de estacas ou tubuldes processo de interagao entre as diversas estacas ou tubuldes constituintes de uma fundagao quando transmitem ao solo as cargas que Ihes sao aplicadas 3.34 movimentos da fundagao ‘conforme Figura 1 Legenda: (s) recalque ou levantamento total de um ponto da estrutura (A) deflexdo relativa (8s) recalque diferencial entre dois pontos da estrutura (All) razao de deflexdo (8) rotagao relativa entre dois pontos da estrutura (0) rotagao ou desaprumo quando o edificio se comporta como corpo rigido (q) deformagao angular de um trecho da estrutura (8) distorgéo angular Figura 1 — Movimentos da fundagao 6 © ARNT 2010 - Todos 08 direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 3.35 levantamento movimento vertical ascendente de uma fundagao 3.36 viga alavanca ou de equilibrio elemento estrutural que recebe as cargas de um ou dois pilares (ou pontos de carga) e é dimensionado de modo a transmiti-las centradas as fundagées. Da utilizacao de viga de equilibrio resultam cargas nas fundagées diferentes das cargas dos pilares nelas atuantes 3.37 valores representativos das agdes agées quantificadas por valores representativos, que podem ser caracteristicos, caracteristicos nomi- nis, reduzidos de combina¢ao, convencionais excepcionais, reduzidos de utilizacao e raros de utiliza- 40. Os significados de cada um destes valores so aqueles definidos na ABNT NBR 8681 3.38 valores caracteristicos de parametros geomecanicos parametros geomecanicos determinados a favor da seguranca 3.39 carga de ruptura de uma fundacao carga aplicada a fundacao que provoca deslocamentos que comprometem sua seguranca ou desem- penho 3.40 tensdo de ruptura de uma fundacao tensao aplicada pela fundacdo ao solo que provoca deslocamentos que comprometem sua seguranca ‘ou desempenho 3.41 método de valores admissiveis método em que as cargas ou tensées de ruptura sao divididas por um fator de seguranga global acim < Rutt/FSy © Radm > Ak onde adm €a tensdo admissivel de sapatas e tubuldes e carga admissivel de estacas; Rut representa as cargas ou tensdes de ruptura (iltimas); Ax representa as agées caracteristicas; FSq 60 fator de seguranga global. 3.42 método de valores de projeto método em que as cargas ou tensées de ruptura sao divididas pelo coeficiente de minoracao das resisténcias e as agées sao multiplicadas por fatores de majoracao a= Rut! tm, Aa= Axx @ Raz Aa ©ABNT 2010 - Todos o¢ direitos reservados 7 Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 ‘onde Rg &atensdo resistente de projeto para sapatas ou tubuldes ou carga resistente de projeto para estacas; Ag representa as agdes em valores de projeto. 3.43 solos compressiveis solos que apresentam deformagées elevadas quando solicitados por sobrecargas pouco significativas ‘ou mesmo por efeito de carregamento devido ao seu peso préprio 3.44 solos expansivos solos que, por sua composigéo mineralégica, aumentam de volume quando ha acréscimo do teor de umidade 3.45 solos colapsiveis solos que apresentam brusca reducdo de volume quando submetidos a acréscimos de umidade, sob a aco de carga externa 3.46 teracdo solo-estrutura mecanismos de andlise estrutural que consideram a deformabilidade das fundagées juntamente com a super estrutura 3.47 subpressao hidrostética ou simplesmente subpressao esforgo vertical de empuxo hidrostatico atuante sobre estruturas enterradas 3.48 atrito negativo © atrito lateral é considerado negativo quando o recalque do solo é maior que o recalque da estaca ou tubulao. Esse fenémeno ocorre no caso de o solo estar em processo de adensamento, provocado pelo seu peso préprio, por sobrecargas langadas na superficie, por rebaixamento do lencol fredtico, pelo amolgamento da camada mole compressivel decorrente de execugao de estaqueamento etc. 4 Investigagées geolé: as e geotécnicas 4.1 Reconhecimento inicial Devem ser considerados os seg das fundagées’ les aspectos na elaboragao dos projetos e previsdo do desempenho a) visita ao local; b) feigdes topogréficas e eventuais indicios de instabilidade de taludes; ©) _indicios da presenga de aterro (bota-fora) na area; 4) _indicios de contaminagao do subsolo por material contaminante langado no local ou decorrente do tipo de ocupacao anterior; 8 © ARNT 2010 - Todos 08 direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 e) _prdtica local de projeto e execugao de fundagées; f) estado das construgées vizinhas; 9) peculiaridades geolégico-geotécnicas na rea, tais como: presenga de matacées, afloramento rochoso nas imediagées, areas brejosas, minas d’agua ete. 4.2 Investigacao geolégica Em fungao do porte da obra ou de condicionantes especificos, deve ser realizada vistoria geolégica de campo por profissional especializado, eventualmente, complementada por estudos geol6gicos adi- cionais, 4,3 Investigacao geotécnica preliminar Para qualquer edificagao deve ser feita uma campanha de investigagdo geotécnica preliminar, cons- tituida no minimo por sondagens a percussao (com SPT), visando a determinagao da estratigrafia @ classificagao dos solos, a posi¢ao do nivel d'agua e a medida do indice de resisténcia & pene- tracéo Nspr, de acordo com a ABNT NBR 6484. Na classificagao dos solos deve ser empregada a ABN NBR 6502 Em fungao dos resultados obtidos na investigagao geotécnica preliminar, pode ser necessaria uma investigagéo complementar, através da realiza¢ao de sondagens adicionais, instalagao de indicado- res de nivel d'agua, piezmetros, bem como de outros ensaios de campo e de ensaios de laboratério. Em obras de grande extensao, a utilizagao de ensaios geofisicos pode se constituir num auxiliar efi- caz no tragado dos perfis geotécnicos do subsolo. Independentemente da extensao da investigacao geotécnica preliminar realizada, devem ser feitas investigagées adicionais sempre que, em qualquer etapa da execugao da fundagao, forem constatadas diferengas entre as condiges locais e as indicagdes fornecidas pela investigacao preliminar, de tal forma que as divergéncias fiquem completamente esclarecidas. Para a programacdo de sondagens de simples reconhecimento para fundagdes de edificios, deve ser empregada a ABNT NBR 8036. 4.4 Investigacao geotécnica complementar Apés a realizacdo inicial de sondagens a percussao, em funcao de peculiaridades do subsolo e do projeto, ou ainda, caso haja duivida quanto a natureza do material impenetravel a percussao, devem ser realizadas investigages complementares. Neste caso, sondagens adicionais e outros ensaios de campo sero programados. 4.5 Investigagées complementares Os ensaios de campo visam determinar parametros de resisténcia, deformabilidade e permeabilidade dos solos, sendo que alguns deles também fornecem a estratigrafia local. Alguns parametros sao obti- dos diretamente e outros por correlages. A seguir encontra-se uma relagdo dos ensaios mais usuais na prdtica brasileira e outros disponiveis. 4.5.1 Sondagens mistas e rotativas No caso de dtivida quanto a natureza do material impenetravel a percussao, devem ser programadas sondagens mistas (percussao e rotativa). ©ABNT 2010 - Todos o¢ direitos reservados 9 Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 Em se tratando de macigo rochoso, rocha alterada ou mesmo solo residual jovem, as amostras coleta- das devem indicar suas caracteristicas principais, incluindo-se eventuais descontinuidades, indicando: tipo de rocha, grau de alteragao, fraturamento, coeréncia, xistosidade, porcentagem de recuperacao 20 indice de qualidade da rocha (RQD). Sempre que possivel deve ser feita a determinagao do spr. 4.5.2 Sondagem a percussao com medida de torque Neste tipo de investigago, ao final da medida da penetragao do amostrador, ¢ feita a medida do tor- que necessario para rotacioné-lo (SPT-7). A medida do torque serve para caracterizar o attito lateral entre 0 solo e o amostrador. 45.3 Ensaio de cone Deve ser executado conforme a ABNT NBR 12069. Este ensaio consiste na cravagao continua de uma ponteira composta de cone e luva de atrito. E usado para determinagao da estratigrafia e pode dar indicagao da classificagao do solo, Propriedades dos materiais ensaiados podem ser obtidas por correlagdes, sobretudo em depésitos de argilas moles ¢ areias sedimentares. © ensaio de Piezocone (CPTU) permite a medida da poro-pressao gerada durante o processo de cravagao e, eventualmente, sua dissipagao. 4.5.4 Ensaio de palheta (vane test) Deve ser executado conforme a ABNT NBR 10905. Este ensaio é empregado na determinagao da resisténcia ao cisalhamento, nao drenada, de solos moles. 4.5.5 Ensaio de placa E uma prova de carga direta sobre o terreno, com 0 objetivo de caracterizar a deformabilidade e capa- cidade de carga do solo sob catregamento de fundacdes diretas, conforme ABNT NBR 6489, 4.5.6 Ensaio pressiométrico Este ensaio consiste na expansdo de uma sonda cilindrica no interior do terreno, em profundidades preestabelecidas. Dependendo do modo de insergao do pressiémetro no solo, pode ser classificado ‘como pressiémetro em pré-furo (ou de Ménard), autoperfurante. O ensaio permite a obten¢ao de pro- priedades de resisténcia e tensdo-deformagao do material 4.5.7 Ensaio dilatométrico O ensaio dilatométrico (dilatémetro de Marchetti) consiste na cravagao de uma lamina, que possui um diafragma. Este diafragma 6 empurrado contra o solo pela aplicacao de uma pressao de gas. O ensaio pode ser usado para determinacao da estratigrafia e pode dar indicagao da classificagao do solo. Propriedades dos materiais ensaiados podem ser obtidas por correla¢ao, sobretudo em depésitos de argilas moles e areias sedimentares. 4.5.8 Ensaios sismicos Estes ensaios (crosshole, downhole e cone sismico) sao realizados em profundidades preestabelecidas e fornecem, basicamente, a velocidade de propaga¢ao da onda cisalhante. A partir destes dados 6 possivel estimar o médulo de elasticidade transversal inicial, Go, do solo. 10 © ARNT 2010 - Todos 08 direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 4.5.9 Ensaios de permeabilidade Este ensaio (infltragao ou recuperagao) permite a avaliagdo do coeficiente de permeabilidade in situ do solo. 4.5.10 Ensaio de perda d'agua em rocha Este ensaio permite obter informagdes sobre a capacidade de condugao de agua do macigo rochoso € dé indicagdes sobre o fraturamento da rocha. 4.6 Ensaios de laboratério Estes ensaios visam classificar os solos, determinar parametros de resisténcia, de deformabilidade e de permeabilidade. As amostras representativas das camadas de solos devem ser retiradas através de pogos e trincheiras de acordo com a ABNT NBR 9820 e a ABNT NBR 9604. Para os ensaios de caracterizagao dos solos podem ser obtidas amostras por meio de trado, de acordo com a ABNT NBR 9603. Os ensaios mais usuais sao: 4.6.1 Ensaios de caracterizacéo Estes ensaios compreendem a) granulometria, conforme ABNT NBR 7181; b) _umidade natural (h), para solos argilosos, conforme ABNT NBR 6457; ¢) limite de liquidez (LL), para solos argilosos, conforme ABNT NBR 6459; d) limite de plasticidade (LP), para solos argilosos, conforme ABNT NBR 7180; ©) peso especifico real dos graos, conforme ABNT NBR 6508. 4.6.2 Ensaio de cisalhamento direto Este ensaio visa determinar os parametros de resisténcia ao cisalhamento do solo (coesao e Angulo de atrito), 46.3 Ensaio triaxial Este ensaio visa a determinagao dos parémetros de resisténcia e de deformabilidade do solo. De- pendendo das condigées de drenagem, seja na fase de adensamento sob a tensdo confinante seja nna fase de aplicagdo da tensdo desviadora, o ensaio pode ser classificado como: ensaio adensado drenado (CD), ensaio adensado nao drenado (CU) e ensaio nao adensado nao drenado (UU). Se no segundo tipo de ensaio forem feitas medidas das poro-pressées (ensaio CU), 6 possivel a obtengao de parametros de resisténcia em termos de tenses efetivas. 4.6.4 Ensaio de adensamento Este ensaio determina as caracteristicas de compressibilidade dos solos sob a condigao de confina- mento lateral, conforme ABNT NBR 12007. ©ABNT 2010 - Todos o¢ direitos reservados "1 Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 4.6.5 Ensaios para caracterizagao de expansibilidade Ha varias formas para se caracterizar o solo quanto sua expansibilidade. © ensaio mais comum é 0 ‘que emprega o equipamento utilizado no ensaio de adensamento. Outros ensaios de laboratério, como os citados a seguir, também podem fornecer informagées sobre a expansibilidade do solo: a) granulometria (pela porcentagem da fragéo argila); b) indice de plasticidade; ©) difragao de raios X (pela caracterizagao do mineral argilico); d) adsorgao de azul-de-metileno; e) anélise termodiferencial; f)_ espectrometria infravermetha. 4.6.6 Ensaio de colapsibilidade E indicado no caso de solos nao saturados que possam apresentar colapso com o aumento de umidade. O ensaio mais simples é feito no mesmo equipamento utiizado no ensaio de adensamento, medindo- se a deformagao vertical sofrida pela amostra, em uma determinada tensdo, ao ser inundada, 4.6.7 Ensaio de permeabilidade Este ensaio permite determinar os coeficientes de permeabilidade vertical e horizontal de uma amostra de solo. 4.6.8 Ensaios quimicos Estes ensaios permitem avaliar a contaminagao do solo e da agua subterranea, visando 0 estudo de sua influéncia no comportamento das fundagoes. 5 Agoes nas fundagées 5.1. Agées provenientes da superestrutura Os esforgos, determinados a partir das agées e suas combinagées, conforme prescrito na ABNT NBR 8681, devem ser fornecidos pelo projetista da estrutura a quem cabe individualizar qual © conjunto de esforgos para verificagao dos estados-limites tilimos (ELU) e qual 0 conjunto para verificagaéo dos estados-limites de servigo (ELS). Esses esforgos devem ser fornecidos em termos de valores de projeto, jA considerando os coeficientes de majoracao conforme ABNT NBR 8681. Para 0 caso do projeto de fundagées ser desenvolvido em termos de fator de seguranga global, de- vem ser solicitados ao projetista estrutural os valores dos coeficientes pelos quais as solicitacses em termos de valores de projeto devem ser divididas, em cada caso, para reduzi-las as solicitagses caracteristicas. 12 © ARNT 2010 - Todos 08 direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 Os esforgos devem ser fornecidos no nivel do topo das fundagées (no caso de edificios 0 topo das cintas, no caso de pontes o topo dos blocos ou sapatas) ou ao nivel da interface entre os projetos (superestrutura e fundagdes/infra-estrutura), devendo ficar bem caracterizado este nivel. As agées devem ser separadas de acordo com suas naturezas, conforme prevé a ABNT NBR 8681 a) _agées permanentes (peso préprio, sobrecarga permanente, empuxos etc); b) agées varidveis (sobrecargas varidveis, impactos, vento etc.); ©) agées excepcionais, 5.2 Agdes decorrentes do terreno Devem ser considerados os empuxos de terra e empuxos de sobrecargas atuantes no solo. Caso es- tejam previstos aterros contra a estrutura ou vizinhanga da obra, o projetista das fundagées deve ser informado. Esses esforcos devem ser informados ao projetista da estrutura © empuxo de terra deve ser considerado de forma compativel com a deslocabilidade da estrutura {ativo, repouso, passivo). Este empuxo, quando assimétrico, influi na estabilidade da estrutura. Outros esforgos atuantes sobre elementos de fundacao profunda que devern ser considerados, quando for © caso, sao: atrito negativo e carregamentos laterais devidos a sobrecargas assimétricas. 5.3. Agées decorrentes da agua superfici e subterranea Devem ser considerados os empuxos de Agua, tanto superficial quanto subterranea. No caso de fluxos de agua deve ser considerada a possibilidade de erosdo. O efeito favoravel da subpressao no alivio de cargas nas fundagées nao pode ser considerado. 5.4 Agdes excepcionais Em fungdo da finalidade da obra e quando previamente conhecidas, devem ser consideradas as agdes excepcionais no projeto das fundagées: a) alteracao do estado de tensdes causadas por obras nas proximidades (escavagées, aterros, tu- neis etc.); b) _tréfego de vefculos pesados e equipamentos de construgao; c) carregamentos especiais de construgao; d) explosao, incéndio, coliséo de veiculos, enchentes, sismos etc. 5.5 Andlise de interacao fundacao-estrutura Em estruturas nas quais a deformabilidade das fundagées pode influenciar na distribuigao de esforgos, deve-se estudar a interagao solo-estrutura ou funda¢ao-estrutura. 5.6 Peso proprio das fundacées Deve ser considerado 0 peso préprio de blocos de coroamento ou sapatas ou no minimo 5 % da carga vertical permanente. ©ABNT 2010 - Todos o¢ direitos reservados 413 Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 5.7 Alivio de cargas devido a vigas alavanca Quando ocorre uma reducao de carga devido & utilizagao de viga alavanca, a fundagao deve ser dimensionada considerando-se apenas 50 % desta redugo. Quando a soma dos alivios totais puder resultar em trago na fundagéo do pilar aliviado, sua fundagao deve ser dimensionada para suportar a tragao total e pelo menos 50 % da carga de compressao deste pilar (sem o alivio). 5.8 Atrito negativo A agao do atrito negativo, quando atuante, deve ser considerada no dimensionamento geotécnico e estrutural do elemento da fundagao. A agao do atrito negative também pode ocorrer em blocos de coroamento, vigas enterradas, reservatérios enterrados etc. Quando o atrito negative for uma solicitagao de valor significativo, 6 recomendavel que sua determinagao seja mais bem avaliada através da realizagao de provas de carga em estacas de comprimento tal que © attito positivo possa ser considerado igual ao atrito negativo nas estacas da obra. Nestes casos as provas de carga podem ser feitas & tragéo, desde que a estaca tenha armadura suficiente para suportar os esforgos. Podem ser utilizados recursos (como, por exemplo, pintura betuminosa), visando minimizar os efeitos do atrito negativo. 5.8.1 Em termos de fator de seguranca global No caso de estacas ou tubuldes em que se prevé a acao do atrito negativo, a carga admissivel (Pam) deve ser determinada pela expressao: Padm = ((Pp + Pi) | FSg] — Pan onde Padm 6 a carga admissivel; P, @aparcela correspondente a resisténcia de ponta na ruptura; P| é aparcela correspondente a resisténcia por atrito lateral positivo, na ruptura; Pan € @ parcela correspondente ao atrito lateral negativo na ruptura. O ponto onde ocorre a mudanga de atrito negativo para positivo é chamado de ponto neutro; FS, 60 fator de seguranga global. 5.8.2 Em termos de valores de projeto (fatores de seguranca parciais) Pra = [(Pp + A) x1 = Pan x onde Pig 6 acarga resistente de projeto; Pp 6 aparcela correspondente a resisténcia de ponta na ruptura; P| éaparcela correspondent a resisténcia por atrito lateral positivo, na ruptura; Pan @ @parcela correspondente ao atrito lateral negativo na ruptura; 14 © ARNT 2010 - Todos 08 direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 Ye 0 fator de minoragao de resisténcias; yw 60 fator de majoragao das agées. 6 Seguranga nas fundagées 6.1 Generalidades As situagdes de projeto a serem verificadas quanto aos estados-limites tiltimos (ELU) ¢ de servico (ELS) devem contemplar as ages e suas combinagdes e outras solicitagdes conhecidas e previsiveis. Deve ser considerada a sensibilidade da estrutura as deformagées das fundagdes. Estruturas sensiveis a recalques devem ser analisadas considerando-se a interagao solo-estrutura 6.1.1 Regido representativa do terreno O resultado das investigacées geotécnicas deve ser interpretado de forma a identificar espacialmente a composigao do solo ou da rocha, suas propriedades mecanicas, profundidades das diversas cama- das de solo ou caracteristicas da rocha. Dependendo das caracteristicas geolégicas e das dimensdes do terreno, pode ser necessario dividi-lo em regides representativas que apresentem pequena varia- bilidade nas suas caracteristicas geotécnicas. O projetista das fundagées deve definir estas regiées para a eventual programagao de investigages adicionais, elaboragao do projeto e programacao dos ensaios de desempenho das fundagées. 6.2. Estados-limites O projeto deve assegurar que as fundagdes apresentem seguranga quanto aos: a) _estado-limite ultimo (associados a colapso parcial ou total da obra); b) _estado-limite de servigo (quando ocorrem deformagées, fissuras etc. que comprometem o uso da obra), 6.2.1 Verificagéo dos estados-limites tltimos (ELU) Os estados limites ultimo representam os mecanismos que conduzem ao colapso da fundagao. Os seguintes mecanismos podem caracterizar 0 estado-limite ultimo: a)_perda de estabilidade global; b) ruptura por esgotamento da capacidade de carga do terreno; c) _ruptura por deslizamento (fundagées superficiais); d) ruptura estrutural em decorréncia de movimentos da fundagao; €) arrancamento ou insuficiéncia de resisténcia por tragao; f)_ruptura do terreno decorrente de carregamentos transversais; 9) ruptura estrutural (estaca ou tubulao) por compressa, flexéo, flambagem ou cisalhamento, ©ABNT 2010 - Todos o¢ direitos reservados 15 Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 Para fundacées superficiais, 0 estado-limite ultimo deve ser determinado conforme o disposto em 7.3, e para fundagées profundas conforme o disposto em 8.2. 6.2.1.1 Fatores de seguranga de fundacao superfi al (rasa ou direta) 6.2.1.1.1 Fatores de seguranga na compresso A verificagdo da seguranga pode ser feita por fator de seguranga global ou por fatores de seguranca parciais, devendo ser obedecidos os valores da Tabela 1 Tabela 1 - Fundagées superficiais — Fatores de seguranga e coeficientes de minoracao para solicitacées de compressao Métodos para determinagao | Coeficiente de minoragao da resistencia ultima da resisténcia ultima _ | Fator de seguranca global Valores propostos no proprio | Valores propostos no proprio iempiricos ® ( eer ee ac processo eno minimo 2,15 | proceso e no minimo 3,00 Analiticos > 2,15, 3,00 Semi-empiricos a ou analiticos > acrescidos de duas ou mais provas de carga, necessariamente 1,40 2,00 executadas na fase de projeto, conforme 7.3.1 ® Atendendo ao dominio de validade para o terreno local. © Sem aplicagao de coeficientes de minoragao aos pardmetros de resisténcia do terreno. 6.2.1.1.2 Fatores de seguranga parciais para verificagao de tragéo 6.2.1.1.2.1 Carregamento dado em termos de valores caracteristicos Devem ser adotados fatores de seguranca parciais de minoragao da resisténcia de Ym = 1,2 para a parcela de peso © Ym = 1,4 pata a parcela de resisténcia do solo. Esta composicao resistente deve ser compatada com 0 esforgo caracteristico atuante majorado pelo fator 74 = 1,4. 6.2.1.1.2.2 Carregamento dado em termos de valores de projeto Devem ser adotados somente fatores de seguranga parciais de minoragao da resisténcia de Ym = 1,2 para a parcela de peso e ym = 1,4 para a parcela de resisténcia do solo para a comparagao com 0 esforgo de projeto. 6.2.1.1.3 Fatores de seguranga parciais para verificacao de deslizamento 6.2.1.1.3.1 Carregamento dado em termos de valores caracteristicos Devem ser adotados fatores de seguranga parciais de minoragao da resisténcia de ym = 1,2 para a parcela de peso ¢ Ym = 1,4 para a parcela de resisténcia do solo. Esta composigao resistente deve ser comparada com o esforgo caracteristico atuante majorado pelo fator 74 = 1,4. 16 © ABNT 2010 - Todos os direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 6.2.1.1.3.2 Carregamento dado em termos de valores de projeto Devem ser adotados somente fatores de seguranga parciais de minoragao da resisténcia de Ym = 1,2 para a parcela de peso e Ym = 1,4 para a parcela de resisténcia do solo para a comparagéo com 0 esforgo de projeto. 6.2.1.1.4 Fator de seguranca global para verificacao de flutuagao Consideradas todas as combinacdes mais desfavoraveis (por exemplo, a elevagao do lengol freético), tanto nos esforgos atuantes quanto nos resistentes, deve ser observado um fator de seguranga global minimo de 1,1 6.2.1.2 Fatores de seguranga de fundagées profundas 6.2.1.2.1 Resisténcia calculada por método semi-empitico fator de seguranga a ser utilizado para determinagao da carga admissivel é 2,0 e para carga resis- tente de projeto é de 1,4. Quando se reconhecerem regides representativas, o cdlculo da resisténcia caracteristica de estacas por métodes semi-empirico baseados em ensaios de campo pode ser deter- minado pela expressao: Rok = Min ((Re,cai)mea/&1 § (Re,cal)min/S2) onde Rok 6a resisténcia caracteristica; (Recalled € a resisténcia caracteristica calculada com base em valores médios dos parametros; (Reallmin 6a resisténcia caracteristica calculada com base em valores minimos dos parametros; Erete so fatores de minoracao da resisténcia (Tabela 2). Tabela 2 - Valores dos fatores £1 e é2 para determinacao de valores caracteristicos das resistén ne 1 2 3 4 5 6 210 | a 1,42 1,35, 1,33 1,31 1,29 1,27 1,27 | b2 1,42 1,27 1,23 1,20 1,15, 1,13 441 | 2] mods por de ios par os epetrae do oman Os valores de £1 ¢ &2 podem ser multiplicados por 0,9 no caso de execugao de ensaios complementares & sondagem a percussao. Aplicados os fatores da Tabela 2, para determinar a carga admissivel deve ser empregado um fator de seguranga global de no minimo 1,4. Se a analise for feita em termos de fatores de seguranga parciais (carga resistente de projeto), ndo pode ser aplicado fator de minoragao da resisténcia. ©ABNT 2010 - Todos o¢ direitos reservados 17 Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 6.2.1.2.2 Resisténcia obtida por provas de carga executadas na fase de elaboracéo ou adequacao do projeto Para que se obtenha a carga admissivel (ou carga resistente de projeto) de estacas, a partir de provas de carga, é necessario que: a) a(s) prova(s) de carga seja(m) estética(s); b) _a(s) prova(s) de carga seja(m) especificada(s) na fase de projeto e executadas no inicio da obra, de modo que 0 projeto possa ser adequado para as demais estacas; ©) a(s) prova(s) de carga seja(m) levada(s) até uma carga no minimo duas vezes a carga admissivel prevista em projeto. O fator de seguranga a ser utilizado para determinacao da carga admissivel é 1,6 e para carga resistente de projeto é de 1,14. Quando em uma mesma regiao representativa for realizado um niimero maior de provas de carga, a resisténcia caracteristica pode ser determinada pela expresséo: ek = Min [(Ree.cai)mea/$3 (Re,cal)min/&4] ‘onde Fok 6 a resisténcia caracteristica; (Recailmed & a resisténcia caracteristica calculada com base em valores médios dos parametros; (Rocalmin €aresisténcia caracteristica calculada com base em valores minimos dos parametros; E3ek4 sao fatores de minoragao da resisténcia (Tabela 3) Tabela 3 - Valores dos fatores £3 e £ para determinagao de valores caracteris das resisténcias obtidas por provas de carga estéticas ne 1 2 3 4 25 | & 1,14 411 1,07 1,04 100 | & 114 4,10 1,05 1,02 4,00 | eo S| Aplicados os fatores indicados na Tabela 3, para determinar a carga admissivel deve ser empregado um fator de seguranga global de no minimo 1,4. Se a andlise for feita em termos de fatores de seguranca parciais, nao deve ser aplicado fator de minoragao da carga. 6.2.2 Verificagéo dos estados-limites de servigo (ELS) 6.2.2.1 Generalidades A verificagao dos estados limites de servigo em relagao ao solo de fundagao ou ao elemento estrutural de fundagao deve atender a: Esc 18 © ABNT 2010 - Todos os direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 onde Ex 60 valor do efeito das agées (por exemplo, o recalque estimado), calculado considerando-se 08 parametros caracteristicos e agdes caracteristicas; C éovalor-limite de servico (admissivel) do efeito das agdes (por exemplo, recalque aceitavel) © valor-limite de servigo para uma determinada deformagao 6 o valor correspondente ao comporta- mento que cause problemas como, por exemplo, trincas inaceitaveis, vibragdes ou comprometimentos funcionalidade plena da obra. 6.2.2.2 Valores-limites dos deslocamentos das fundagées A definigao dos valores-limites de projeto para os deslocamentos e deformagées deve considerar: a) a confiabilidade com a qual os valores de deslocamentos aceitaveis podem ser estabelecidos; b) velocidad dos recalques e movimentos do terreno de fundacao; ¢) tipo de estrutura e material de construgao; d) tipo de fundacao; e) natureza do solo; f)finalidade da obra; 9) influéncia nas estruturas, utilidades e edificagdes vizinhas. 6.2.2.2.1 Limites de servico a serem considerados Devem ser considerados: a) recalques excessivos; b) levantamentos excessivos decorrentes, por exemplo, de expansao do solo ou outras causas; ¢) _vibragées inaceitaveis. 6.3 Efeito do vento 6.3.1 Célculos em termos de valores caracteristicos Quando a verificagao das solicitagdes for feita considerando-se as agdes nas quais 0 vento é a agao variavel principal, os valores de tensao admissivel de sapatas e tubuldes e cargas admissiveis em estacas podem ser majorados em até 30 %. Neste caso deve ser feita a verificacdo estrutural do ele- mento de fundagao. 6.3.2 Célculos em termos de valores de projeto Quando a verificagao das solicitagées for feita considerando-se as agdes nas quais 0 vento é a ado variavel principal, os valores de tensao resistente de projeto de sapatas e tubuldes e cargas resistentes de projeto em estacas podem ser majorados em até 10 %. Neste caso deve ser feita a verificagao estrutural do elemento de fundagao. ©ABNT 2010 - Todos o¢ direitos reservados 419 Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 7 Fundagdo superficial (rasa ou direta) 7.1 Generalidades A grandeza fundamental para o projeto de fundagées diretas ¢ a determinacao da tensao admissivel Se 0 projeto for feito considerando coeficiente de seguranga global ou a determinagao da tensao resis- tente de projeto quando se consideram fatores parciais. Estas tenses devem obedecer simultanea- mente aos estados-limites titimos (ELU) e de servigo (ELS), para cada elemento de fundagao isolado @ para o conjunto, O projeto de fundagées consta de memorial de calculo e dos respectivos desenhos executives, com as informagées técnicas necessérias para 0 perfeito entendimento e execugao da obra. A elaboragao do memorial de calculo obrigatéria, devendo estar disponivel quando solicitado. 7.2. Tensao admissivel ou tensio resistente de projeto Devem ser considerados os seguintes fatores na sua determinagao: a) caracteristicas geomecanicas do subsolo; b) _profundidade da fundacao; ¢) _dimensées e forma dos elementos de fundagao; d)__influéncia do lengol d’gua; ) eventual alteracdo das caracteristicas do solo (expansivos, colapsiveis etc.) devido a agentes externos (encharcamento, alivio de tensdes etc.); f) _caracteristicas ou peculiaridades da obra; 9) sobrecargas externas; h) _inclinagao da carga; j) _inclinagao do terreno; i) estratigrafia do terreno. 7.3 Determinagao da tensao admissivel ou tensao resistente de projeto a partir do estado-limite ultimo Atensao admissivel ou tensao resistente de projeto deve ser fixada a partir da utilizacao e interpretagao de um ou mais dos procedimentos descritos em 7.3.1 a 7.3.3 e em 7.4, 7.3.1. Prova de carga sobre placa Ensaio realizado de acordo com a ABNT NBR 6489, cujos resultados devem ser interpretados de modo a considerar a relagao modelo-protétipo (efeito de escala), bem como as camadas influen- ciadas de solo. 20 © ABNT 2010 - Todos os direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 7.3.2 Métodos teéricos Podem ser empregados métodos analiticos (teorias de capacidade de carga) nos dominios de vali- dade de sua aplicacao, que contemplem todas as particularidades do projeto, inclusive a natureza do carregamento (drenado ou nao drenado). 7.3.3 Métodos semi-empiricos ‘S40 métodos que relacionam resultados de ensaios (tais como o SPT, CPT etc.) com tensdes ad- missiveis ou tenses resistentes de projeto. Devem ser observados os dominios de validade de suas aplicagdes, bem como as dispersdes dos dados e as limitagdes regionais associadas a cada um dos métodos. 7.4 Determinagéo da tensao admissivel ou da tensao resistente de projeto a partir do estado-limite de servico AAs tensGes determinadas em 7.3 devem também atender ao estado-limite de servico. A tensao admissivel ou tensdo resistente de projeto, neste caso, é 0 valor maximo da tensao aplicada ao terreno que atenda as limitagdes de recalque ou deformagao da estrutura. 7.5 Casos particulares 7.5.1 Fundagao sobre rocha Para a fixagao da tensao admissivel ou tensdo resistente de projeto de qualquer elemento de fundagao sobre rocha, deve-se considerar as suas descontinuidades: a) falas; b) fraturas; ©) _xistosidades ete. No caso de superficie inclinada, pode-se escalonar a superficie ou utilizar chumbadores para evitar © deslizamento do elemento de fundagao. Para rochas alteradas ou em decomposigao, devem ser considerados a natureza da rocha matriz 0 grau de decomposigao ou alteragao. Quando necessério, as descontinuidades devem ser tratadas. No caso de caleario ou qualquer outra rocha carstica, devem ser feitos estudos especiais pelo projetista de fundagées 7.5.2. Solos expansivos Nesses solos pode ocorrer o levantamento da fundacao e a diminuigao de resisténcia devido a sua expansao. Essas caracteristicas devem ser consideradas no projeto e no método construtivo. 7.5.3 Solos colapsiveis Deve ser considerada a possibilidade de ocorrer 0 encharcamento (devido a, por exemplo, vazamentos de tubulagées de Agua, elevagao do lengol fredtico etc.). Essas caracteristicas devem ser consideradas no projeto @ no método construtivo. © ABNT 2010 - Todos o¢ direitos re at Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 7.6 Dimensionamento geométrico 7.6.1 Cargas centradas A rea da fundacao solicitada por cargas centradas deve ser tal que as tensdes transmitidas ao ter- reno, admitidas uniformemente distribuidas, sejam menores ou iguais & tensdo admissivel ou tensao resistente de projeto do solo de apoio. 7.6.2 Cargas excéntricas Uma fundagao 6 solicitada por carga excéntrica quando estiver submetida a qualquer composi¢ao de forgas que incluam ou gerem momentos na fundagao. O dimensionamento geotécnico de uma fundagao superficial solicitada por carregamento excéntrico deve ser feito considerando-se que o solo é um elemento nao resistente a tragdo. No dimensionamento da fundagao superticial, a area comprimida deve ser de no minimo 2/3 da area total. Deve-se assegurar, ainda, que a tens4o maxima de borda seja menor ou igual a tensao admissivel ou tensao resistente de projeto. 7.6.3. Cargas horizontais Para equilibrar a fora horizontal que atua sobre uma fundacao em sapata ou bloco, pode-se contar com ‘© empuxo passivo, desde que se assegure que 0 solo ndo venha a ser removido, além da resisténcia ao cisalhamento no contato solo-sapata. O valor calculado do empuxo passivo deve ser reduzido por um coeficiente de no minimo 2,0, visando limitar deformacées. 7.7 Critérios adicionais 7.71 Dimensao minima Em planta, as sapatas isoladas ou os blocos no devem ter dimensées inferiores a 0,60 m. 7.7.2 Profundidade minima Nas divisas com terrenos vizinhos, salvo quando a fundagdo for assente sobre rocha, tal profundidade ndo deve ser inferior a 1,5 m. Em casos de obras cujas sapatas ou blocos estejam majoritariamente previstas com dimensées inferiores a 1,0 m, essa profundidade minima pode ser reduzida. Acota de apoio de uma fundacdio deve ser tal que assegure que a capacidade de suporte do solo de apoio nao seja influenciada pelas variagdes sazonais de clima ou alteragdes de umidade. 7.7.3 Lastro Todas as partes da fundagao superficial (rasa ou direta) em contato com o solo (sapatas, vigas de equi- librio etc.) devem ser concretadas sobre um lastro de concreto nao estrutural com no minimo 5 cm de espessura, a ser langado sobre toda a superficie de contato solo-fundagao. No caso de rocha, esse lastro deve servir para regularizacdo da superficie e, portanto, pode ter espes- sura variével, no entanto observado um minimo de 5,0 cm. 22 © ARNT 2010 - Todos 08 direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 7.7.4 Fundagées em cotas diferentes No caso de fundagées préximas, porém situadas em cotas diferentes, a reta de maior declive que passa pelos seus bordos deve fazer, com a vertical, um Angulo o. como mostrado na Figura 2, com os seguintes valores: a) solos pouco resistentes: « > 60°; b) solos resistentes: c= 45°; 9 Figura 2 - Fundagées proximas, mas em cotas diferentes ‘A fundagao situada em cota mais baixa deve ser executada em primeiro lugar, a ndo ser que se tomem cuidados especiais, durante o processo executivo, contra desmoronamentos. 7.8 Dimensionamento estrutural 7.8.1 Sapata Deve ser feito de maneira a atender a ABNT NBR 6118. As sapatas devem ser calculadas considerando-se diagramas de tensdo na base representativos e que sao fungao das caracteristicas do solo (ou rocha). 7.8.2 Bloco (fundagao superficial) Os diagramas de tensao devem ser obtidos de forma similar aos de sapatas. Os blocos de fundagao devem ser dimensionados de tal maneira que o Angulo fi, expresso em radianos e mostrado na Figura 3, satisfaca a expressao’ tanB. Gadm , 4 BO fa onde Gadm & igual & tensao admissivel do terreno, expressa em megapascals (MPa); fet = 0,4 fx 0,8 MPa, onde fork é a tensao de tracéo no concreto; fk 6 a resisténcia caracteristica a tracdo do concreto, ©ABNT 2010 - Todos o¢ direitos reservados 23 Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 NOTA Na auséncia de ensaios da ABNT NBR 7222, o valor pode ser estimado a partir da resisténcia caracteristica & compressao (fx) pelas express6es, conforme ABNT NBR 6118: 0,8 fae fet fetkint = O17 fet fetk.sup = 1,3 form fey: 6 a resisténcia & tragdo média: feikint 6 a resisténcia a tragao inferior: fetk sup: resisténcia a tragdo superior. Valores expressos em megapascals. Figura 3 — Angulo f nos blocos 8 Fundagées profundas 8.1. Generalidades ‘A grandeza fundamental para o projeto de fundagées profundas por estacas é a carga admissivel (se 0 projeto for feito em termos de valores caracteristicos) ou carga resistente de projeto (quando for feito em tormos de valores de projeto). Para tubul6es, a grandeza fundamental é a tensao admissivel ou tensao resistente de projeto. Essas cargas ou tensées devem obedecer simultaneamente ao estado-| (ELS), para cada elemento isolado de fundagao e para 0 conjunto, fe titimo (ELU) e de servigo O projeto de fundagées consta de memorial de célculo e dos respectivos desenhos executivos, com as informagées técnicas necessarias para o perfeito entendimento e execugao da obra. A elaboragao ‘do memorial de cdlculo 6 obrigatéria, devendo estar disponivel quando solicitado. 8.2 Carga admissivel ou carga resistente de projeto Para a determinagao dessa carga, devem ser considerados os seguintes fatores: — caracteristicas geomecanicas do subsolo; — posigao do nivel d'agua; — eventual alteragao das caracteristicas dos solos (expansivos, colapsiveis etc.) devido a agentes externos (encharcamento, contaminagao, agressividade etc.); 24 © ARNT 2010 - Todos 08 direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 — alivio de tensées; — eventual ocorréncia de solicitagdes adicionais como atrito negativo e esforgos horizontais devidos a carregamentos assimétricos; — geometria do elemento de fundagao; — recalques admissiveis. 8.2.1 Determinacao da carga admissivel ou carga resistente de projeto de estacas A carga admissivel ou resistente de projeto deve ser determinada a partir da carga de ruptura. A carga de ruptura deve ser determinada a partir da utilizagao e interpretacao de um ou mais dos procedimen- tos detalhados em 8.2.1.1 a 8.2.1.6. 8.2.1.1 Provas de carga A carga de ruptura pode ser determinada por provas de carga executadas de acordo com a ABNT NBR 12131 A determinagao da carga admissivel ou carga resistente de projeto deve ser feita de acordo com 6.2.1.2.2, devendo-se, contudo, observar que durante a prova de carga o atrito lateral deve ser sempre positivo, ainda que venha a ser negativo ao longo da vida ttil da estaca. A capacidade de carga de estaca ou tubulao de prova deve ser considerada definida quando ocorrer ruptura nitida caracterizada por deformagées continuadas sem novos acréscimos de carga. O comportamento de uma estaca ou tubulao, quando submetido a prova de carga , pode nao apresentar ruptura nitida. Isto ocorre em duas circunstancias: a) quando a capacidade de carga da estaca ou tubulao é superior a carga que se pretende aplicar (por exemplo, por limitacao de reagao); b) quando a estaca ou tubuldo é carregado até apresentar recalques elevados, mas que nao confi- gurem uma ruptura nitida como descrito. Nessas duas circunstancias pode-se extrapolar a curva carga-recalque para avaliar a carga de rup- tura, 0 que deve ser feito por critérios baseados na Engenharia Geotécnica sobre uma curva carga- recalque do primeiro carregamento. Neste caso a carga de ruptura pode ser convencionada como aquela que corresponde, na curva carga x deslocamento ~ mostrada na Figura 4 — ao recalque obtido pela expressao: Pxl dD AxE 30 onde Ar 60 recalque de ruptura convencional; P 6 acarga de ruptura convencional; L 6 0comprimento da estaca; © ABNT 2010 - Todos o¢ direitos re 25 Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 A éadrea da segéo transversal da estaca (estrutural); E 6 0 médulo de elasticidade do material da estaca; Dé odidmetro do circulo circunscrito & estaca ou, no caso de barretes, o didmetro do circulo de area equivalente ao da segao transversal desta. R Pwo > | Pxt +> a LORE t CuvaPxa {ensaic) Figura 4 — Carga de ruptura convencional Na interpretagao da prova de carga, devem ser consideradas a natureza do terreno, a velocidade de carregamento, a estabilizacdo dos recalques etc. conforme previsto na ABNT NBR 12131. Deve-se, contudo, observar que durante a prova de carga o atrito lateral é sempre positivo, ainda que venha a ser negativo ao longo da vida util da estaca. Em estruturas sujeitas a esforgos ciclicos, as provas de carga devem ser programadas de modo a verificar a influéncia deste tipo de carregamento. 8.2.1.2 Métodos estticos Podem ser teéricos quando o célculo é feito de acordo com teoria desenvolvida dentro da mecanica dos solos, ou semi-empiticos, quando sao usadas correlages com ensaios in situ. Na andlise das parcelas de resisténcia de ponta e atrito lateral, é necessério levar em conta a técnica executiva e as peculiaridades de cada tipo de estaca. Quando o atrito lateral for considerado em tubuldes, deve ser desprezado um comprimento igual ao didmetro da base imediatamente acima do inicio dela. No caso especifico de estacas escavadas, a carga admissivel deve ser de no maximo 1,25 vez a resisténcia do atrito lateral calculada na ruptura, ou seja, no maximo 20 % da carga admissivel pode ser suportada pela ponta da estaca. Quando superior a esse valor, o processo executive de limpeza da ponta deve ser especificado pelo projetista e ralificado pelo executor. Padm < 1,25 x Pat-at ‘onde Paam 6a carga admissivel da estaca; Patiat ¢ a carga devida exclusivamente ao attito lateral na ruptura. 26 © ARNT 2010 - Todos 08 direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 Em qualquer caso, a determinagao da carga admissivel ou carga resistente de projeto deve ser feita de acordo com 6.2.2.1 No caso de estacas de grande diémetro com ponta embutida em rocha por um comprimento superior a um diametro, a carga na ponta eo atrito lateral nessa regio so condicionados pela resisténcia do concreto e pela resisténcia e grau de fraturamento da rocha. Em ambos 0s casos acima devem ser consideradas a diferenga de rigidez dos solos atravessados ea diferenga de comportamento tensao-deformagao de atrito © de ponta. 8.2.1.3 Determinacao da carga admissivel ou carga resistente de projeto a partir do estado- limite de servigo Nesse caso a determinagao pode ser feita por prova de carga ou através de calculo por método teérico ou semi-empirico, sendo as propriedades do solo obtidas em ensaios de laboratério ou in loco (eventu- almente através de correlagdes), e levando-se em consideragao as modificagées nessas propriedades causadas pela instalacao do elemento de fundacdo. 8.2.1.4 Métodos dinamicos ‘Sao métodos de estimativa de carga de fundagées profundas baseados na previsdo e/ou verificagao do seu comportamento sob agao de carregamento dindmico, 8.2.1.5 Férmulas dinamicas As formulas dinamicas baseadas na nega ou repique elastico visam principalmente assegurar a ho- mogeneidade das estacas cravadas. Em determinados tipos de terreno deve ser levada em conta, na verificagao da nega, sua diminuigao (cicatrizagao) ou aumento (relaxagao) ao longo do tempo. 8.2.1.6 Ensaios de carregamento dinamico O ensaio de carregamento dinamico visa a avaliagdo de cargas mobilizadas na interface solo-estaca, fundamentada na aplicagao da Teoria da Equacao da Onda Unidimensional, conforme ABNT NBR 13208. Deve-se, contudo, observar que durante o ensaio de carregamento dinamico 0 atrito lateral é sempre Positivo, ainda que venha a ser negativo ao longo da vida util da estaca. 8.2.2. Determinagao da carga adh ivel ou carga resistente de projeto de tubulées 8.2.2.1 Tensao admissivel ou tenséo re: tente de projeto Aplicam-se consideragées idénticas as descritas em 7.2. 8.2.2.2 Determinagao da tensao admissivel ou tensdo resistente de projeto a partir do estado- limite ultimo Aplicam-se consideragées idénticas as descritas em 7.3. 8.2.2.3 Determinagao da tensdo admissivel ou da tenséo resistente de projeto a partir do es- tado-limite de servico Aplicam-se consideragées idénticas as descritas em 7.4. © ABNT 2010 - Todos o¢ direitos re vades 27 Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 8.2.2.4 Elementos de fundacao sobre rocha Aplicam-se consideragées idénticas as desc 8.2.2.5 Dimensionamento geométrico Aplicam-se consideragées idénticas as desc! 8.2.2.6 Critérios adicionais 8.2.2.6.1 Dimensionamento da base Os tubuldes devem ser dimensionados de maneira que as bases néo tenham alturas superiores a 1,8m. Para tubul6es a ar comprimido, as bases podem ter alturas de até 3,0 m, desde que as condi¢oes do macigo permitam ou sejam tomadas medidas para garantir a estabilidade da base durante sua abertura. Havendo base alargada, esta deve ter a forma de tronco de cone (com base circular ou de falsa elipse), superposto a um cilindro de no minimo 20 om de altura, denominado rodapé, conforme a Figura 5. 200ml Figura 5 - Base de tubuldes As armaduras de fuste e de ligagao fuste-base, quando necessérias, devem ser projetadas e executa- das de modo a assegurar a plena concretagem do tubulao. 8.3. Efeito de grupo Entende-se por efeito de grupo de estacas ou tubulées como o proceso de interacdo dos diversos elementos que constituem uma fundagao ao transmitirem ao solo as cargas que Ihes so aplicadas. Esta interagao acarreta uma superposigao de tenses, de tal sorte que o recalque do grupo seja, em geral, diferente daquele do elemento isolado. A carga admissivel ou carga resistente de projeto de um grupo de estacas ou tubules nao pode ser superior & de uma sapata hipotética de mesmo contorno que o do grupo seja assente a uma profundi- dade acima da ponta das estacas ou tubuldes igual a 1/3 do comprimento de penetragéo na camada de suporte, como mostrado na Figura 6. Essas consideragdes nao sao validas para blocos apoiados em fundagées profundas com elementos inclinados. Atendidas essas condigdes, o espacamento minimo entre estacas ou tubuldes deve levar em con- sideragao a forma de transferéncia de carga ao solo e 0 efeito do processo executivo nas estacas adjacentes. Em particular deve ser feita uma verificagao de recalques, que séo mais importantes quando houver uma camada compressivel abaixo da camada onde se apdia a ponta das estacas ou bases dos tubu- loes. 28 © ARNT 2010 - Todos 08 direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 Corte AA, {= embutimento na camada de suport Contorno da sapata hipotética Figura 6 ~ Grupo de elementos de fundacao profunda 8.4 Outras solicitagdes 8.4.1 Tragéo Quando estacas ou tubuldes estao submetidos a esforgos de tragao, deve ser levado em consideragao © eventual comportamento diferente entre o atrito lateral a tracdo e o attito lateral a compressao. 8.4.2 Esforcos transversais Quando estacas ou tubuldes estao submetidos a esforgos horizontais ou momentos, pode ocorrer a plastificagao do solo ou do elemento estrutural, © que deve ser considerado no projeto com as res- pectivas deformagées. 8.4.3 Atrito negativo Deve ser considerado em projeto quando houver a possibilidade de sua ocorréncia. 8.4.4 Efeito de carregamento assimétrico sobre solo mole Estacas ou tubuldes (isolados ou em grupo) implantados através de camada de argila mole, submeti- dos a carregamento de aterro assimétrico, ficam sujeitos a esforgos horizontais que devem ser consi- derados no dimensionamento das fundagoes. 8.4.5 Efeito de camada espessa de argila mole-estacas pré-moldadas No caso de ocorréncia de espessa camada de argila mole, devem ser utilizadas estacas com carac- teristicas estruturais minimas em fungao dos comprimentos cravados, considerados a inércia do ele- mento, o numero de emendas, a axialidade e os momentos de segunda ordem, obedecendo a: a) menor momento resistente de sua segdo transversal > Wrin 2 930 m3; b)estacas com comprimentos entre 20 m @ 30 m — raio de girag&o (/) = 5,4 cm; c)_estacas com comprimentos acima de 30 m —> raio de giragao (i) > 6,4 cm. 8.5 Orientagdes gerais 8.5.1 Deslocamento de estacas Quando as estacas fizerem parte de grupos, devem ser considerados os efeitos desta execugao sobre © solo, a saber: seu levantamento e deslocamento lateral ¢ suas conseqiiéncias sobre as estacas jA executadas. © ABNT 2010 - Todos o¢ direitos re 29 Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 Tais efeitos devem ser reduzidos, na medida do possivel, pela escolha da estaca, seu espagamento, técnica e seqiiéncia executiva. Constatada a ocorréncia de levantamento de estacas cravadas, oscilagao do nivel do concreto ou outtos efeitos, devem ser adotadas providéncias para evitar que tais ocorréncias prossigam como, por exemplo, reprogramar a seqiiéncia executiva, executar pré-perfuragées, reforgar a estrutura da esta- ca. E possivel, ainda, recravar por prensagem ou percussao as estacas estruturalmente integras que tenham sofrido levantamento. Em qualquer situagao em que for constatada a ocorréncia de levantamento e/ou o deslocamento la- teral da estaca, torna-se obrigatério o monitoramento topografico vertical e horizontal das estacas jd ctavadas e do terreno adjacente. 8.5.2 Densificagao do solo Alguns tipos de solos, particularmente os aterros e as areias fofas, sofrem densificagao (compactagao) pela cravagao de estacas. Deve-se evitar a formagao de um bloco de solo compacto que possa impedir a cravacao das demais estacas. Em qualquer caso, a seqtiéncia de execugao deve ser do centro do grupo para a periferia ou de uma lateral a outra. 8.5.3 Pré-furo Camadas resistentes podem ser pré-perfuradas ou a cravagao pode ser auxiliada com jato d’égua ou ar (proceso denominado “langagem’), tendo-se 0 cuidado de nao desconfinar as estacas ja executadas. A eventual influéncia destes procedimentos deve ser considerada em projeto. 8.5.4 Escavacao para os blocos de estacas Na escavagao para execugao do bloco sobre as estacas com auxilio de maquinas (retroescavadeira ‘ou similar), devem ser observadas as seguintes condigées: a) todas as estacas dos blocos assim escavados devem ser rigorosamente inspecionadas apés as escavagées, no intuito de serem avaliadas quanto a integridade estrutural; b) caso haja alguma diivida quanto a integridade estrutural de alguma estaca, depois de efetuada a inspegao, esta deve ser reavaliada; ©) as cagambas (conchas) dos equipamentos utilizados para tal operagao nao devem possuir largura superior a 50 % do espaco disponivel entre as estacas no bloco a ser escavado. 8.5.5 Preparo da cabeca de estacas Para cada tipo de estaca devem ser atendidos os seguintes critérios: a) deve-se garantir a integridade da cabega da estaca, conforme especificado nos Anexos para cada tipo de estaca; b) arecomposigao das estacas até a cota de arrasamento deve garantir a sua continuidade estrutural; ¢) a segao resultante do preparo da cabeca da estaca deve ser plana e perpendicular ao seu eixo; d) a ligagao estaca-bloco de coroamento deve ser especificada em projeto, de modo a assegurar a transferéncia dos esforgos; ) ¢ obrigatério 0 uso de lastro de concreto magro com espessura nao inferior a 5 cm para execugao do bloco de coroamento. A estaca deve ficar pelo menos 5 om acima do lastro. 30 © ARNT 2010 - Todos 08 direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 8.5.6 Limites aceitaveis de excentricidade de execucao Face as caracteristicas executivas dos diversos tipos de fundagées, excentricidades sao inevitaveis, Quando forem projetadas estacas isoladas, elas devern ser estruturalmente dimensionadas para su- portar todas as excentricidades das cargas aplicadas e também excentricidades executivas previa- mente estimadas cujo valor dependa de cada tipo de estaca ou equipamento. Devem ser verificados 08 deslocamentos e tensdes horizontais no solo. Em fungao da disposi¢ao e quantidade de estacas ou tubulées de um bloco, ficam estabelecidos 08 critérios limites indicados em 8.5.6.1 ¢ 8.5.6.2. 8.5.6.1 Elementos isolados ou alinhados Nao 6 permitido o emprego de estacas de diametros ou bitolas inferiores a 0,30 m, sem travamento. Para estacas metélicas, o didmetro a ser considerado é aquele do circulo circunscrito. Para estacas de qualquer dimensao, 6 aceitavel, sem qualquer corregao adicional, um desvio entre 0 eixo da estaca e 0 ponto de aplicagao da resultante das solicitagdes do pilar de 10 % da menor dimensao da estaca. Para desvios superiores, deve ser feita a verificacdo das implicagdes das excen- tricidades na estabilidade da estrutura. 8.5.6.2 Conjunto de estacas ‘Sao toleradas, sem necessidade de corregdo, excentricidades de até 10 % do didmetro das estacas do conjunto. Quando a excentricidade for superior a esse valor, as cargas devem ser verificadas, aceitando-se, sem corregao, um acréscimo de até 15 % sobre a carga admissivel ou carga resistente de projeto da estaca. 8.5.7 Desaprumo de estacas N&o ha necessidade de verificagao de estabilidade e resisténcia, nem de medidas corretivas para desvios de execugao, em relagao ao projeto, menores do que 1/100. 8.6 Dimensionamento estrutural 8.6.1 Efeitos de segunda ordem As estacas executadas em solos suieitos a erosao, imersas em solos muito moles ou que tiverem sua cota de arrasamento acima do nivel do terreno, devem ser verificadas quanto ao efeito de segunda ordem (flambagem). 8.6.2 Cob iento da armadura, meio agressivo e espessura de saci io Espessuras de cobrimento para estacas de concreto devem obedecer & ABNT NBR 6118 em fungao da classe de agressividade do meio. Nas estacas sujeitas a tragdo e/ou flexdo deve ser feita a veriticagao de fissuragao de forma a atender ABNT NBR 6118. Como forma alternativa e simplificada de atender a este requisito referente a pro- tego da armadura, pode-se proceder ao dimensionamento, considerando uma redugao de 2 mm no diametro das barras longitudinais, como espessura de sacrificio. As estacas metélicas executadas em solos sujeitos a erosdo ou ainda que vierem a ficar expostas ou que tenham sua cota de arrasamento acima do nivel do terreno devem ser protegidas ou ter sua espessura de sacrificio definida em projeto. ©ABNT 2010 - Todos o¢ direitos reservados 31 Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 8.6.3 Estacas de concreto moldadas in loco As estacas ou tubuldes, quando solicitados a cargas de compressao e tensdes limitadas aos va- lores da Tabela 4, podem ser executados em concreto nao armado, exceto quanto a armadura de liga¢do com o bloco. Estacas ou tubules com solicitages que resultem em tensdes superiores as indicadas na Tabela 4 devem ser dotadas de armadura que deve ser dimensionada de acordo com a ABNT NBR 6118. A resisténcia caracteristica do concreto f, deve ser aplicado um fator redutor de 0,85, para levar em conta a diferenca entre os resultados de ensaios rapidos de laboratério @ a resisténcia sob a agao de cargas de longa duracao. 0 trago especificado nos anexos normativos pode resultar em concreto com fe, superior ao utilizado pata o célculo estrutural das estacas. A especificacao dos tragos apresentada nos anexos normativos visa obter concreto que garanta qualidade e propriedades como trabalhabilidade, durabilidade, baixa permeabilidade, porosidade, baixa segregacao etc., levando em considera¢ao as condigées particula- res de concretagem, como, por exemplo, o langamento de grande a grande altura. Tabela 4 — Estacas moldadas in loco: parametros para ensionamento ‘Comprimento «til Tensio médi fox rinimo (ineluindo trecho | atuante abaixo , maximo de ligagéo com obloco) | da qual néoé Tipo te oa de ve | te | e%dearmadura minima | necessétio armar projeto (exceto ligagao a Armadura | Comprimenio | “Con's wineca) % m MPa HélceMélieede | 5 | 44 | ae | 135] os 40 60 deslocamento ® Escavadas 1s | 14 | 19 | 415] 08 20 50 sem fluido esnacee 2 | 14] as |i] os 40 60 com fluido Strauss > 1s | 14 | 19 [115] 08 20 50 Frank ® 20 | 14] ag [iss] os | Armadura ; integral Tubuloes nao 2 | 14] 18 | tts] os 30 50 encamisados Raiz be 2 | 14] 16 fits} os | Armadura ; integral Microestacas®® | 20 | 14 | 18 [11s] os | Armadura ; integral Estaca trado Armad vazado 2 | 14 ]as [iss] os madura ; integral segmentado 32 © ABNT 2010 - Todos os direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 Tabela 4 (continuagao) Neste tipo de estaca o comprimento da armadura é limitado devido ao processo executivo. Neste tipo de estaca o didmetro a ser considerado no dimensionamento 6 o diémetro externo do revestimento. No caso destas estacas, deve-se observar que quando for utlizado ago com resisténcia até 500 MPa e a porcentagem de aco for < 6 % da secdo da estaca, a estaca deve ser dimensionada como pllar de conereto armado. Quando for utilzado ago com resisténcia > 500 MPa ou a porcentagem de aco for > 6 % da seeao real, toda carga deve ser resistida pelo ago. Esta limitagao est relacionada com a garantia de preenchimento pleno do furo com argamassa cu calda de cimento, © fox maximo de projeto desta Tabela é aquele que deve ser empregado no dimensionamento estrutural da pega, 8.6.4 Tubuldes encamisados 8.6.4.1 Camisa de concreto A camisa é concretada por trechos sobre a superficie do terreno (ou em escavacao preliminar) e introduzida no terreno por escavagao interna. Depois de introduzido um elemento no terreno, concre- ta-se 0 seguinte, e assim por diante, até se atingir 0 comprimento final previsto. Para o dimensionamento estrutural devem ser considerados: yj = 1,4; Ye = 1,4 € Ys = 1,15. A armadura necessaria pode ser colocada totalmente na camisa ou parte nela ¢ parte no nucleo que pode ser coneretado parcialmente Quando 0 tubulao for escavade com uso de ar comprimido, a armadura transversal (estribos) deve ser calculada considerando-se uma pressao igual a 1,5 vez a maxima pressao de trabalho prevista, desprezando-se empuxos externos de solo e agua. 8.6.4.2 Camisade ago Quando 0 tubuléo for total e permanentemente enterrado, deve-se descontar uma espessura para compensar a corrosao (conforme 8.6.6.2). A camisa metélica deve ser dimensionada de acordo com a ABNT NBR 8800, devendo ainda ser considerados os esforgos de instalagao (cravagao, vibragao etc). © comportamento do tubulao com camisa de ago na ruptura é diferente do comportamento sob a agao das cargas normais de servigo. Em conseqiiéncia, a verificagao da resisténcia deve ser feita segundo as prescrigdes de seguranga, no estado-limite ultimo e no estado-limite de servigo. a) na verificagéo no estado-limite Ultimo, realizada com as cargas de servico multiplicadas pelo coeficiente de majoracao 4, considera-se a camisa de ago como armadura longitudinal As resisténcias caracteristicas fyx © fx, do ago e do concreto, sao respectivamente divididas pelos coeficientes de minoragao 5 @ Yc, multiplicando-se, além disto, a resisténcia caracteristica do concreto pelo coeficiente 0,85. Devem ser adotados os seguintes valores: y= 1,4; v6 = 1,15 ete = 1.5; b) _averificagao no estado-limite de servigo ¢ feita com as agdes de servigo, sem coeficiente de majo- ragao (isto 6, y= 1), e desprezando-se qualquer contribuigao da camisa de aco para a resisténcia, Considera-se nula a resisténcia a tragao do conereto. A resisténcia caracteristica & compressao do concreto é dividida por um coeficiente de minoragao Ye = 1,3. ©ABNT 2010 - Todos o¢ direitos reservados 33 Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 8.6.5 Estacas pré-moldadas de concreto Nas estacas de concreto pré-moldadas ou pré-fabricadas, o dimensionamento estrutural deve ser feito utilizando-se as ABNT NBR 6118 e ABNT NBR 9062, limitando 0 fx a 40,0 MPa. Nas duas extremidades da estaca, deve ser feito um reforgo da armadura transversal, para levar em conta as tensées de cravagao. As emendas metdlicas devem obedecer ao disposto na Tabela 5 © fabricante deve apresentar curvas de interagao flexo-compressao e flexo-tragao do elemento estrutural, 8.6.6 Estaca de reacao (mega ou prensada) Nas estacas de concreto pré-moldado o dimensionamento estrutural deve ser feito utilizando-se as ABNT NBR 6118 e ABNT NBR 9062, limitando 0 fe, a 25,0 MPa. As estacas metalicas devem ser dimensionadas de acordo com a ABNT NBR 8800 ¢ a resisténcia caracteristica minima do ago a compressao deve ser de fy, > 200 MPa. O dimensionamento estrutural deve ser feito considerando-se a maxima carga de cravagao prevista @ especificado com 7 = 1,2. 8.6.7 Estacas metalicas As estacas devem ser dimensionadas de acordo com a ABNT NBR 8800, considerando-se a segao reduzida da estaca. Asestacas de aco que estiverem total e permanentemente enterradas, independentemente da situagao do lengol d'agua, dispensam tratamento especial, desde que seja descontada a espessura indicada na Tabela 5. Tabela 5 — Espessura de compensacio de corroséo Classe Espessura minima de sacrificio mm Solos em estado natural e aterros controlados 1,0 Argila orgénica; solos porosos nao saturados 15 Turfa 3,0 Aterros nao controlados 2,0 Solos contaminados * 32 ® _Casos de solos agressivos devem ser estudados especificamente, Nas estacas em que a parte superior ficar desenterrada, é obrigatéria a protecdo com camisa de con- creto ou outro recurso de protegao do ago, ou aumento de espessura de sacrificio definida em projeto. As emendas das estacas de aco, realizadas por meio de talas soldadas ou parafusadas, devem resistir as solicitagdes que possam ocorrer durante 0 manuseio, a cravagao e o trabalho do componente estrutural. As emendas devem obedecer ao disposto na Tabela 5. 34 © ABNT 2010 - Todos os direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 8.6.7.1 Pecas novas Devem ser dimensionadas de acordo com a ABNT NBR 8800. 8.6.7.2 Pecas reutilizadas Deve ser verificada a se¢ao real minima da pega. A perda de massa por desgaste mecdnico ou na- tural deve ser de no maximo 20 % do valor nominal da pega nova. A carga admissivel (ou resistente de projeto) deve ser fixada apés andlise dos aspectos geotécnicos de transferéncia de carga para © solo. A tensdo caracteristica deve ser limitada a 0,3 fx quando atuarem apenas esforgos axiais. Para verificagées de flexo-compressao e flexo-tracdo, devem ser utilizados os seguintes coeficientes: Ye=2,0e y= 14 No caso de trilhos, deve ser empregados elementos cuja composicao quimica seja de ago-carbono comum, devendo ser evitados agos especiais, duros face a dificuldade de emendas. Se este tipo de trilho for empregado, o projeto deve especificar os procedimentos de soldagem. 8.6.8 Estacas de madeira As estacas de madeira tém sua carga estrutural admissivel calculada, sempre em fungao da seco transversal minima, adotando-se tensao admissivel compativel com o tipo e a qualidade da madeira, conforme estabelecido na ABNT NBR 7190. 9 Desempenho das fundacées 9.1 Requisitos © desempenho das fundagées é verificado através de pelo menos o monitoramento dos recalques medidos na estrutura, sendo obrigatério nos seguintes casos: a) estruturas nas quais a carga varidvel é significativa em relagdo a carga total, tais como e reservatérios; b) _estruturas com mais de 60 m de altura do térreo até a laje de cobertura do Ultimo piso habitavel; ¢) _relagdo altura/largura (menor dimensao) superior a quatro; d) fundagées ou estruturas nao convencionais. Pode também ser necessério o monitoramento de outras grandezas, tais como: deslocamentos hori- zontais, desaprumos, integridade ou tensées. O resultado das medi¢des deve ser comparado com as previsées de projeto. O projeto de fundagdes deve estabelecer o programa de monitoramento, incluindo: referéncia de nivel (indeslocavel) a ser utiizada, caracteristicas dos aparelhos de medida, freqliéncia e periodo em que as leituras serdo realizadas. 9.2. Desempenho dos elementos de fundagao 9.2.1 Fundagées em sapatas ou tubuldes solo de apoio de sapatas e tubuldes deve ser aprovado por engenheiro antes da concretagem ©ABNT 2010 - Todos o¢ direitos reservados 35 Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 Em caso de diivida, devem ser programadas provas de carga em placas (ou nos tubuldes) que simulem ‘© comportamento destes elementos, desde que se considere 0 efeito de escala. 9.2.2 Fundacao em estacas 9.2.2.1 Quantidade de provas de carga E obrigatoria a execugao de provas de carga estatica em obras que tiverem um numero de estacas superior ao valor especificado na coluna (B) da Tabela 6, sempre no inicio da obra. Quando o ntimero total de estacas for superior ao valor da coluna (B) da Tabela 6, deve ser executado um niimero de provas de carga igual a no minimo 1 % da quantidade total de estacas, arredondando-se sempre para mais. Incluiem-se nesse 1 % as provas de carga executadas conforme 6.2.1.2.2. E necesséria a execugo de prova de carga, qualquer que seja o ntimero de estacas da obra, se elas forem empregadas para tensdes médias (em termos de valores admissiveis) superiores aos indicados na coluna (A) Tabela 6. Tabela 6 - Quantidade de provas de carga A B TTensao (admissivel) maxima Numero total de estacas - abaixo da qual nao serao da obra a partir do qual Tipo de estaca obrigatérias provas de carga, | sero obrigat6rias provas desde que o niimero de estacas de carga 8 da obra sea inferior a coluna (B), em MPabed Pré-moldada ® 7,0 100 Madeira , 100 ‘Ago 0,5 fhe 100 Hélice e hélice de deslocamento (monitoradas) 5.0 wed Estacas escavadas ‘com ou sem fluido 5,0 75 270m Raiz ° 15,5 75 Microestaca ¢ 185 75 Trado segmentado 5,0 50 Franki 7,0 100 Escavadas sem fluido <70¢m ne to Strauss 4.0 100 36 © ABNT 2010 - Todos os direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 Tabela 6 (continuagao) Para o célculo da tensao (admissivel) maxima consideram-se estacas vazadas como macicas, desde que a seco vazada néo exceda 40 % da segao total. Os eritérios acima séo validos para as seguintes condlgées (nao necessariamente simulténeas) — Areas onde haja experiéncia prévia com o tipo de estaca empregade. — Onde nao houver particularidades geolégico-geotécnicas. — Quando nao houver variagdo do processo executivo padrao. — Quando nao houver diivida quanto a0 desempenho das estacas, Quando as condigdes acima nao ocorrerem devem ser feitas provas de carga em no minimo 1 % das estacas, observando-se um minimo de uma prova de carga (conforme ABNT NBR 12131), qualquer que soja o nimero de estacas. As provas de carga executadas exclusivamente para avaliagéo de desempenho devem ser levadas até que se atinja pelo menos 1,6 vez a carga admissivel ou até que se observe um deslocamento que caracterize ruptura Diémotros nominais. 9.2.2.2 Interpretagéo da prova de carga © desempenho é considerado satisfatério quando forem simultaneamente verificadas as seguintes condigées: a) fator de seguranga no minimo igual a 2,0 com relacao a carga de ruptura obtida na prova de carga ou por sua extrapolacao. Se esse valor nao for obtido, a interpretagao dos resultados da(s) prova(s) de carga deve ser feita pelo projetista, de acordo com 0 especificado em 8.2.1.1; b)_recalque na carga de trabalho for admissivel pela estrutura. Caso uma prova de carga tenha apresentado resultado insatisfatério, deve-se elaborar um programa de provas de carga adicionais que permita o reexame dos valores de cargas admissiveis (ou resisten- tes de projeto), visando a aceitagao dos servicos sob condigdes especiais previamente definidas ou a readequagao da fundagao e seu eventual reforgo. 9.2.2.3 Quantidade de ensaios dinamicos Para comprovagao de desempenho as provas de carga estaticas podem ser substituidas por ensaios dinamicos na proporgao de cinco ensaios dindmicos para cada prova de carga estatica em obras que tenham um ntimero de estacas entre os valores da coluna B (Tabela 6) e duas vezes esse valor. Acima deste nimero de estacas sera obrigatéria pelo menos uma prova de carga estatica, conforme ABNT NBR 12131 9.2.2.4 Casos particulares Para estacas com carga admissivel superior a 3 000 kN, podem-se executar duas provas de carga sobre estacas de mesmo tipo, porém de menor didmetro. Nestes casos, os critérios de interpretagao da prova de carga devem ser justificados. Sao aceitos, a critério do projetista, ensaios de carga, como, por exemplo, célula expansiva, devendo- se levar em conta as particularidades de sua interpretacao para avaliagao de desempenho. A Tabela 6 se aplica as obras de até 500 estacas ¢ em uma mesma regido representativa do subsolo, Acima desta quantidade, o ntimero de provas de cargas adicionais fica a critério do projetista. ©ABNT 2010 - Todos o¢ direitos reservados 37 Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 Anexo A (normativo) Fundagao superficial (rasa ou direta) — Procedimentos executivos A.1_ Introdugao Este Anexo descreve os procedimentos executivos para: a) complementar a Secdo 7; b) detalhar as diretrizes construtivas. A2 Escavacao das cavas Para escavagao em solo, caso se utilizem equipamentos mecanicos, a profundidade de escavagao com esses equipamentos deve ser paralisada a no minimo 30 cm acima da cota de assentamento prevista, sendo a parcela final removida manualmente. Para escavagao em rocha quando forem empregados marteletes, rompedores ou até mesmo explosivos, deverdo ser removidos eventuais blocos soltos. A.3 Preparac4o para a concretagem Antes da coneretagem, o solo ou rocha de apoio das sapatas, isento de material solto, deve ser visto- riado por engenheiro, que confirmara in oco a capacidade de suporte do material. Esta inspecao pode ser feita com penetrémetro de barra manual ou outros ensaios expeditos de campo. Caso haja necessidade de aprofundar a cava da sapata, a diferenca entre cota de assentamento pre- vista e cota “de obra’ pode ser eliminada com preenchimento de conereto (fix > 10 MPa) até a cota prevista. Alternativamente pode-se aumentar o comprimento do pilar, desde que seja feita consulta prévia ao projetista estrutural, que indicard as eventuais medidas adicionais que devem ser adotadas no que se refere a estrutura. No caso de preenchimento com concreto, ele deve ocupar todo o fundo da cava e néo sé a area de projecao da sapata, devendo obrigatoriamente ser efetuado antes da concretagem da sapata. © fundo da cava deve ser regularizado com conereto nao estrutural, em espessura minima de § cm. A superficie final deve resultar plana ¢ horizontal Para sapatas assentes em rocha hé necessidade de camada de regularizacao com espessura neces- séria para garantir uma superficie final plana e horizontal. A.4 Concretagem da sapata Os procedimentos de concretagem devem obedecer as especificagdes do projeto estrutural, sendo obrigatério 0 controle tecnolégico do ago e do conereto, conforme normas especificas. AS Reaterro Apés cura da sapata, deve ser procedido 0 reaterro compactado da cava. 38 © ABNT 2010 - Todos os direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 Anexo B (normativo) Estacas de madeira — Procedimentos executivos B.1_ Introdugao Este Anexo descreve os procedimentos executives para: a) complementar a Seca 8; b) _especiticar os insumos; c) detalhar diretrizes construtivas. B.2 Caracteristicas gerais Estacas de madeira séo empregadas usualmente para obras provisorias. Se forem usadas para obras permanentes, terdo que ser protegidas contra ataque de fungos, bactérias aerébicas, termitas etc. A ponta e 0 topo devem ter diémetros maiores que 15 cm e 25 cm, respectivamente, e 0 segmento de reta que une os centros das segdes da ponta e do topo deve estar compreendido integralmente no interior do perimetro da estaca. topo das estacas deve ser protegido por cepos ou capacetes menos rigidos para minimizar danos durante a cravagao. Entretanto, quando, durante a crava¢ao, ocorrer algum dano na cabega da estaca, a parte afetada deve ser cortada. Quando se tiver que penetrar ou atravessar camadas resistentes, as pontas devem ser protegidas por ponteiras de aco. B.3_ Equipamento e cravagao A escolha do equipamento deve ser feita de acordo com a estaca, suas dimensées, caracteristicas do solo, condigées de vizinhanga e peculiaridades do local As folgas do martelo e do capacete nao devem ser superiores a 3,0 cm em relagao as guias do equi- pamento. © formato do capacete deve ser adequado a seco da estaca e possuir superficie de contato plana, com encaixes com folga inferior a 3,0 cm, sendo periodicamente verificadas e corrigidas eventuais irregularidades. Suas dimensées externas devem ser compativeis com as do martelo, de forma que a carga transmitida seja centrada No caso em que a cota de arrasamento estiver abaixo da cota do plano de cravacao, pode-se util- zar um elemento suplementar, denominado “prolonga’ ou “suplemento, com comprimento limitado a 2,50 m, e deve possuir rea de segao tal que a impedancia do suplemento seja o mais préxima possivel da impedancia da estaca, tal qual definida na ABNT NBR 13208. Quando for usado o suple- mento, o critério de nega deve ser recalculado levando em conta a influéncia do suplemento na trans- misséo de energia entre o martelo e a estaca. ©ABNT 2010 - Todos o¢ direitos reservados 39 Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 O sistema de cravacao deve ser dimensionado de modo a levar a estaca até a profundidade prevista para sua capacidade de carga, sem danificd-la. Acravagao é normalmente executada com martelo de queda livre, cuja relagao entre 0 peso do martelo © 0 peso da estaca deve ser a maior possivel, respeitando-se a relagéo minima de 1,0. B.4_Preparo da cabega e ligagdo com o bloco de coroamento Deve ser cortado o trecho danificado durante a cravagao ou o excesso em relacdo a cota de arrasamento. Caso a nova cota de topo esteja abaixo da cota de arrasamento prevista, deve-se fazer uma emenda que resista a todas as solicitagées. B.5 Controle para verificagao e avaliagao dos servicos ‘A madeira deve atender aos requisitos da ABNT NBR 7190. ‘A nega deve ser medida em todas as estacas ao final da cravacao. Devem ainda ser registrados 0s diagramas de cravacao em pelo menos 10 % das estacas, escolhidas entre as mais préximas aos furos de sondagem. Sempre que houver divida sobre o desempenho das estacas, devem ser feitas provas de carga. B.6 Registro da execugao Deve ser preenchida a ficha de controle diariamente para cada estaca, devendo constar as seguintes informagées: a) identificagao da obra e local, nome do contratante e executor; b) data da cravagao; ©) _identificagao ou ntimero da estaca, com as datas e horério de inicio e término da cravagao; 4d) dimensdes da segao © comprimento ti e) suplemento utilizado, tipo e comprimento; f) desaprumo e desvio de locagao; 9) caracteristicas e identificagao do equipamento de cravagao; h) _negas ou repiques no final de cravagao e na recravagao, quando houver; i) especificagao dos materiais; ji) _deslocamento e levantamento de estacas por efeito de cravagao de estacas vizinhas; k)_observagies e anormalidades de execugao. 40 © ARNT 2010 - Todos 08 direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 Anexo C (normativo) Estacas metalicas ou de aco — Procedimentos executivos C1 Introdugao Este Anexo descreve os procedimentos executives para: a) complementar a Se¢ao 8; b) especificar os insumos; c) detalhar as diretrizes construtivas. C.2 Caracteristicas gerais Elemento estrutural produzido industrialmente, podendo ser constituido por perfis laminados ou solda- dos, simples ou miiltiplos, tubos de chapa dobrada ou calandrada, tubos (com ou sem costura) e trilhos. C3 Equipamento A cravagéo de estacas pode ser feita por percusséo, prensagem ou vibracao. A escolha do equipa- mento deve ser feita de acordo com o tipo, dimensao da estaca, caracteristicas do solo, condigses de vizinhanga, caracteristicas do projeto e peculiaridades do local. O sistema de cravacao deve estar sempre bem ajustado e com todas as suas partes constituintes, tanto estruturais quanto acessérias, em perfeito estado, a fim de evitar quaisquer danos as estacas durante a cravagao, e deve ser dimen- sionado de modo a levar a estaca até a profundidade prevista sem danificé-la, Para essa finalidade, © .uso de martelos mais pesados e com menor altura de queda, é mais eficiente do que o uso de mar- telos mais leves e com grande altura de queda A folga do martelo ¢ do capacete nao deve ser superior a 3,0 cm em relagao as guias do equipamento. © formato do capacete deve ser adequado a segao da estaca e possuir superticie de contato plana, com encaixes com folga inferior a 2,0 cm, sendo periodicamente verificadas e corrigidas eventuais irregularidades. Suas dimensées externas devem ser compativeis com as do martelo, de forma que a carga transmitida seja entrada. Quando a cravago for executada com martelo de queda livre, devem ser observadas as seguintes condigdes: a) peso do martelo nao inferior a 10 kN; b) peso do martelo nao inferior a 30 kN para estacas com carga de trabalho entre 0,7 MN e 1,3 MN; ©) para estacas cuja carga de trabalho seja superior a 1,3 MN, a escolha do sistema de cravagao deve ser previamente analisada. No uso de martelos automatics ou vibratérios, deve-se seguir as recomendagées dos fabricantes. ©ABNT 2010 - Todos o¢ direitos reservados a Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 C4 Cravagao No caso em que a cota de arrasamento estiver abaixo da cota do plano de cravagao, pode-se utilizar um elemento suplementar, denominado “prolonga” ou “suplemento". © comprimento do suplemento deve ser limitado a 2,50 m. Para cravagao de estacas através de terrenos resistentes, podem ser empregadas pré-perfuragées. Neste caso, o eventual desconfinamento deve ser considerado pelo projetista das fundagées. De qual- quer maneira a cravacao final deve ser feita sem influéncia deste recurso. O sistema de cravagao deve ser dimensionado de modo que as tensées durante a cravagao sejam limitadas a 80 % da tensao de escoamento do ago, podendo este limite ser aumentado em 10 %, caso sejam feitas medigdes da tensdo durante a cravacao. Dever também ser observadas as recomenda- gées descritas em 8.5. C5 Critérios para aceitagao dos perfis O projeto deve especificar o tipo de ago. As estacas de aco devem ser retilineas, assim consideradas aquelas que apresentem flecha maxima de 0,2 % do comprimento de qualquer segmento nela contido. Admitem-se, nas dimensées externas das estacas metalicas, variages maximas de 5 mm em relagéo aos valores nominais (altura e largura).. Nas respectivas espessuras, a variagao nao pode ser superior a 0,5 mm em relagao aos valores no- minais previstos pelo fabricante. C.6 Emendas e soldas Procedimentos para as emendas devem ser detalhados em projeto. Nas emendas com solda, 0 eletrodo a ser utilizado deve ser especificado em projeto, sendo compativel ‘com o material da estaca, e de classe nao inferior que o tipo AWS E 7018 para os agos ASTM A36, A572 e acos-carbono comuns. Quando a composigao quimica do ago exigir eletrodos e procedimentos, de solda especiais, eles devem ser especificados em projeto. © topo do elemento inferior, quando danificado, deve ser cortado até o nivel em que sua segao nao apresente sinais de dano. Atengao especial deve ser dada a linearidade entre os segmentos unidos. C.7 Comprimento minimo para aproveitamento Na ctavagao por percussao ou vibracdo, quando houver o aproveitamento das sobras de estacas, deve-se assegurar a orlogonalidade da seao em relagao ao eixo longitudinal. Os segments utilizados, devem ter um comprimento minimo de 2,00 m. Isto nao se aplica as estacas cravadas estaticamente, C.8 Controle para verificagao e avaliagao dos servigos ‘Anega eo repique devem ser medidos em todas as estacas, atendendo-se as condigées de seguranga. Deve-se elaborar o diagrama de cravacao em 100 % das estacas. 42 © ARNT 2010 - Todos 08 direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 Hé terrenos que tém comportamento de relaxacdo e outros de cicatrizacdo. Para sua identificagao & recomendada a determinagéo de nega descansada (alguns dias apés 0 término da cravagao). A elaxagao ou cicatrizagao variam de poucas horas para os solos nao coesivos a até alguns dias para 98 solos argilosos. Quando a nova nega for superior & obtida no final da cravagao, as estacas devem ser recravadas, Quando a nova nega for inferior & obtida ao final da cravagéio, deve-se limitar 0 ntimero de golpes para nao causar danos a estaca. Neste caso a nega originalmente especificada deve ser reavaliada. C.9_ Preparo de cabegas e ligacdo com o bloco de coroamento Deve ser cortado 0 trecho danificado durante a cravagao ou excesso em relacdo a cota de arrasamento, recompondo-se, quando necessério, o trecho de estaca até esta cota, ou adaptando-se o bloco. O sistema de transferéncia dos esforgos (de compressao, horizontais, de tragao e momentos) do bloco de coroamento para as estacas metélicas deve ser estudado e detalhado juntamente com o projetista da estrutura, podendo ser através de chapas, fretagem, solda de vergalhdes para aumento de ade- réncia ete. C10 Registro da execugao Deve ser preenchida a ficha de controle diariamente para cada estaca, devendo constar as seguintes informagées: a) identificagao da obra ¢ local, e nome do contratante ¢ executor; b) data da cravagao e/ou recravagao, quando houver; ©) _identificagao ou ntimero da estaca, com as datas e hordrio de inicio e término da cravagao; d) comprimento cravado da estaca ¢ comprimento util das estacas; ©) composigao dos elementos utilizados; f) peso do martelo e altura de queda para a determinagao da nega; 9) suplemento utilizado, tipo e comprimento; h) caracteristicas do pré-furo, quando houver; i) intervalo de tempo decorrido na cravagao; j) caracteristicas geométricas da estaca; k)__identificagao ou ntimero da estaca com datas de hordrio e término da cravagao: |) cotas do terreno e de arrasamento; m) caracteristicas do suplemento utilizado, tipo e comprimento; n) desaprumo e desvio de locagao; ©ABNT 2010 - Todos o¢ direitos reservados 43 Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 44 caracteristicas e identificagdo do equipamento de cravacao; negas € repiques ao final de cravagao e na recravagao, quando houver; especificagao dos materiais ¢ insumos utilizados; deslocamento e levantamento de estacas por efeito de cravagao de estacas vizinhas; observagées e anormalidades de execugao. © ARNT 2010 - Todos 08 direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 Anexo D (normativo) Estacas pré-moldadas de concreto — Procedimentos executivos D.1__ Introdugao Este Anexo descreve os procedimentos executives para: a) complementar a Se¢ao 8; b) especificar os insumos; ¢) detalhar as diretrizes construtivas. D.2 Caracteristicas gerais As estacas pré-moldadas podem ser de concreto armado ou protendido, vibrado ou centrifugado, com qualquer forma geométrica da segao transversal, devendo apresentar resisténcia compativel com os esforgos de projeto e decorrentes do transporte, manuseio, cravacdo e eventuais solos agressivos. D.3 Equipamento Acravagao de estacas pode ser feita por percussao, prensagem ou vibra¢ao. A escolha do equipamento deve ser feita de acordo.com o tipo, dimensao da estaca, caracteristicas do solo, condiges de vizinhanga, caracteristicas do projeto e peculiaridades do local. O sistema de cravacao deve estar sempre bem ajustado e com todas as suas partes constituintes, tanto estruturais quanto acessérias, em perfeito estado, a fim de evitar quaisquer danos as estacas durante a cravagao, e deve ser dimensionado de modo a levar a estaca até a profundidade prevista sem danificd-la. Para essa finalidade, o uso de martelos mais pesados com menor altura de queda ¢ mais eficiente do que o uso de martelos mais leves ¢ com grande altura de queda. A folga do martelo e do capacete nao deve ser superior a 3,0 om em relagao as guias do equipamento. formato do capacete deve ser adequado a secdo da estaca e possuir superficie de contato plana, com encaixes com folga inferior a 3,0 cm, sendo periodicamente verificadas e corrigidas eventuais irregularidades. Suas dimensées externas devem ser compativeis com as do martelo, de forma que a carga transmitida seja centrada, Quando a cravacao for executada com martelo de queda livre, devem ser observadas as seguintes condigées: a) peso do martelo néo inferior a 20 KN; b) peso do martelo no minimo igual a 75 % peso total da estaca; ¢) peso do martelo nao inferior a 40 KN para estacas com carga de trabalho entre 0,7 MN e 1,3 MN; d) para estacas cuja carga de trabalho seja superior a 1,8 MN, a escolha do sistema de cravacdo deve ser previamente analisada. ©ABNT 2010 - Todos o¢ direitos reservados 45 Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 No uso de martelos automatics ou vibratérios, devem ser seguidas as recomendagées dos fabricantes. D4 Cravacéo © armazenamento e o igamento de estacas pré-moldadas na obra devem obedecer as prescrigées do fabricante, que deve disponibilizar todas as informagdes necessarias para evitar fissuramento excessivo ou quebra das estacas. No caso em que a cota de arrasamento esteja abaixo da cota do plano de cravagdo, pode-se utilizar um elemento suplementar, denominado "prolonga” ou “suplemento”. Tal dispositivo pode ser fabrica- do de aco ou de concreto, e sua utilizagdo deve garantir 0 bom posicionamento da estaca no final da cravagao e a minimizagao da perda de eficiéncia do sistema de cravacao até que esta seja conclu- ida. Para tanto, a utilizagao desse recurso, além de estar limitada a3 m, deve obedecer as seguintes condigées: a) para dispositivos de concreto: momento resistente minimo (Win) da haste do suplemento igual ao da estaca; b) para dispositivos de ago: momento resistente minimo (Win) da haste do suplemento nao menor que 400 cm, Para cravacdo de estacas através de terrenos resistentes, podem ser empregadas pré-perfuragoes (sustentadas ounao) ou auxiliadas porjato d’égua (“langagem'). Neste caso, o eventual desconfinamento deve ser considerado no projeto. De qualquer maneira a cravacao final deve ser feita sem influéncia deste recurso, O sistema de cravagdo deve ser dimensionado de modo que as tensdes de compressao durante a cravagdo sejam limitadas a 85 % da resisténcia nominal do concreto, menos a protensao, se for ‘0 caso. No caso de estacas protendidas, as tensdes de tracao devem ser limitadas a 90 % do valor da protensao mais 50 % da resisténcia nominal do concreto a tracao, e no caso de estacas armadas as tensées de tragao devem ser limitadas a 70 % da tensdo de escoamento do aco utilizado na armadu- ra. Estes limites podem ser aumentados em 10 %, caso sejam feitas medigées das tensdes durante a crava¢o. Devem também ser observadas as recomendagdes descritas em 8.5. D.5 Critérios de aceitagao das estacas O fabricante de estacas pré-moldadas deve apresentar resultados de ensaios de resisténcia do con- creto nas varias idades. Em cada estaca deve constar a data de sua moldagem. D.6 Emendas As estacas pré-moldadas de concreto podem ser emendadas, desde que resistam a todas as solici- tagdes que nelas ocorram durante o manuseio, a cravacao e a utilizagdo da estaca. As emendas de- vem ser através de anéis soldados ou outros dispositivos que permitam a transferéncia dos esforgos de compressao, tragéo (mesmo durante a cravacao) ¢ flexao. Deve-se, ainda, garantir a axialidade dos elementos emendados. 46 © ARNT 2010 - Todos 08 direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 uso de luva de encaixe somente sera aceito se forem obedecidas as seguintes restrigdes: seja feita uma Unica emenda por estaca, nao haja tragao ou flexao tanto na cravagao quanto na utilizagao da estaca, as luvas de encaixe néo possuam geometria diferente da geometria dos segmentos de estacas que serdo unidos e as folgas existentes entre a luva e os segmentos de estacas nunca sejam superiores a 10 mm. As luvas de encaixe devem, também, obedecer as seguintes caracteristicas: a altura total da luva deve ser de (2 x esi) @ no minimo 50 cm, a espessura da chapa deve ser maior que Dest /60 € no minimo 5 mm, e desde que seja respeitada a espessura de compensacao de corrosdo da Tabela 5, onde est corresponde ao diametro do circulo circunscrito a seco transversal das estacas, © topo do elemento inferior, quando danificado, deve ser recomposto e a cravagao s6 pode ser reto- mada apés 0 tempo necessario cura da recomposicao. D.7 Comprimento minimo para aproveitamento E permitido 0 aproveitamento das sobras de estacas resultantes da diferenca entre a estaca efetiva- mente levantada e a estaca arrasada, desde que se atenda simultaneamente a: a) corte do elemento aproveitado seja feito de modo a manter a ortogonalidade da segao em relagao ao seu eixo longitudinal; b) se tenha um comprimento minimo de 2,0 m; c) _seja utilizado apenas um segmento de sobra por estaca; d) a sobra seja sempre o primeiro elemento a ser cravado. D8 Nega, repique e diagrama de cravacao Anega.e o repique devem ser medidos em todas as estacas, atendendo-se as condigées de seguranga. Deve-se elaborar o diagrama de cravagao em 100 % das estacas. Hé terrenos que tém comportamento de relaxagao e outros de cicatrizacdo. Para sua identificagao 6 recomendada a determinagéo de nega descansada (alguns dias apés 0 término da cravagao). A elaxagao ou cicatrizagao variam de poucas horas para os solos nao coesivos a até alguns dias para 98 solos argilosos. Quando a nova nega for superior & obtida no final da cravagao, as estacas devem ser recravadas, Quando a nova nega for inferior & obtida ao final da cravagao, deve-se limitar 0 ntimero de golpes para nao causar danos a estaca. Neste caso a nega originalmente especificada deve ser reavaliada. D.9_ Preparo de cabega e ligacao com o bloco de coroamento No caso de estacas com concreto danificado abaixo da cota de arrasamento, deve-se fazer a demoligao do trecho comprometido e recompé-lo até esta cota. Estacas cujo topo resulte abaixo da cota de arrasamento prevista devem ser emendadas fazendo-se a transpasse da armadura. O material a ser utilizado na recomposicao deve apresentar resisténcia nao inferior & do concreto da estaca. topo da estaca, acima da cota de arrasamento, deve ser demolido. A se¢ao resultante deve ser pla- na e perpendicular ao eixo da estaca e a operagao de demolicao deve ser executada de modo a nao causar danos. ©ABNT 2010 - Todos o¢ direitos reservados 47 Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 Na demoligéo devem ser utiizados ponteiros trabalhando com pequena inclinagao, para cima, em relacdo a horizontal para estacas cuja Area seja inferior a 380 cm2. O uso de marteletes leves (poténcia < 1 000 W) é permitido para segdes de 380 cm? a 900 cm?. O uso de marteletes maiores fica limitado as estacas cuja area seja superior a 900 cm2. O acerto final do topo das estacas demolidas deve ser sempre efetuado com 0 uso de ponteiros ou ferramenta de corte apropriada. D.10 Registros da execugao Deve ser preenchida a ficha de controle diariamente para cada estaca, devendo constar as seguintes informagées: a) _identificagao da obra e local, e nome do contratante e executor; b) data da cravagao e/ou recravagao, quando houver; ©) _identificagao ou ntimero da estaca, com as datas e horério de inicio e término da cravagao; 4) comprimentos cravado e itil das estacas; ) composigao dos elementos utilizados; f) peso do martelo e altura de queda para a determinacao da nega; 9) suplemento utilizado, tipo e comprimento; h) caracteristicas do pré-furo, quando houver; i) _ intervalo de tempo decorrido na cravagao; j) caracteristicas geométricas da estaca; k) _colas do terreno e de arrasamento; |) caracteristicas do suplemento utilizado, ipo e comprimento; m) desaprumo e desvio de locagao; n) caracteristicas e identificagao do equipamento de cravagao; ©) _negas e repiques ao final de cravagao e na recravagao, quando houver; P) especificagao dos materiais e insumos utilizados; 4) deslocamento e levantamento de estacas por efeito de cravagao de estacas vizinhas; 1) observagées e anormalidades de execugao. 48 © ARNT 2010 - Todos 08 direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 Anexo E (normativo) Estacas escavadas com trado mecAnico, sem fluido estabilizante — Procedimentos executivos E.1__ Introdugdo Este Anexo descreve os procedimentos executivos para: a) complementar a Segdo 8; b) _especificar os insumos; ©) detalhar as diretrizes construtivas. E.2 Caracteristicas gerais ‘Sao estacas moldadas in loco, por meio da concretagem de um furo executado por trado espiral, sen- do empregadas onde o perfil do subsolo tem caracteristicas tais que o furo se mantenha estavel sem necessidade de revestimento ou de fluido estabilizante. A profundidade é limitada ao nivel do lengol tredtico, E.3. Perfuragao A perfuragao 6 feita com trado curto acoplado a uma haste até a profundidade especificada em pro- jeto, devendo-se confirmar as caracteristicas do solo através da comparagao com a sondagem mais préxima. Quando especificado em projeto, o fundo da perfuragao deve ser apiloado com soquete. E.4 Concretagem Aconeretagem deve ser feita no mesmo dia da perfuracao, através de um funil que tenha comprimento minimo de 1,5 m. A finalidade deste funil é orientar o fluxo de concreto. E.5 Coloca¢gao da armadura No caso das estacas nao sujeitas a tragdo ou a flexdo, a armadura é apenas de arranque sem fun¢do estrutural (ver Tabela 4) ¢ as barras de ago podem ser posicionadas no concreto, uma a uma, sem estribos, imediatamente apés a concretagem, deixando-se para fora a espera (arranque) prevista em projeto. No caso de estacas submetidas a esforgos de tragao, horizontais ou momentos, a armadura projetada deve ser colocada no furo antes da concretagem. ©ABNT 2010 - Todos o¢ direitos reservados 49 Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 E.6 Seqiiéncia executiva Nao se deve executar estacas com espagamento inferior a trés didmetros em intervalo inferior a 12 h. Esta disténcia refere-se a estaca de maior didmetro. Pelo menos 1 % das estacas, ¢ no minimo uma por obra, deve ser exposta abaixo da cota de arra- samento e, se possivel, até o nivel d'dgua, para verificagao da sua integridade e qualidade do fuste. E.7_ Preparo da cabega e ligagdo com o bloco de coroamento No caso de estacas com conereto inadequado abaixo da cota de arrasamento, deve-se fazer a demo- ligdo desse trecho e recompé-lo até esta cota. Estacas cujo topo resulte abaixo da cota de arrasamen- to prevista devem ser emendadas fazendo-se 0 transpasse da armadura. O material a ser utilizado na recomposigao deve apresentar resisténcia nao inferior & do concreto da estaca. O topo da estaca, acima da cota de arrasamento, deve ser demolido. A segao resultante deve ser plana e perpendicular ao eixo da estaca e a operagao de demolicao deve ser executada de modo a nao causar danos. Na demoligéo podem ser utiizados ponteiros ou marteletes leves (poténcia < 1 000 W) para segdes de até 900 cm?, O uso de marteletes maiores fica limitado a estacas cuja area de concreto seja supe- rior a 900 cm2. O acerto final do topo das estacas demolidas deve ser sempre efetuado com 0 uso de ponteiros ou ferramenta de corte apropriada. E.8 Concreto O conereto a ser utilizado deve satisfazer as seguintes exigncias’ a) consumo de cimento ndo inferior a 300 kg/m3; b) abatimento ou slump test conforme ABNT NBR NM 67: entre 8 cm e 12 cm para estacas nao ar- madas e de 12 cm a 14 cm para estacas armadas; ¢) agregado: diametro maximo 19 mm (brita 1); d) fx 220 MPa aos 28 dias, conforme ABNT NBR 6118, ABNT NBR 5738 ¢ ABNT NBR 5739. Os corpos-de-prova de concrete devem ser moldados de acordo com a ABNT NBR 5738 e ensaiados de acordo com a ABNT NBR 5739. E.9 Registros da qualidade dos servicos Deve ser preenchida a ficha de controle diariamente para cada estaca, devendo constar as seguintes informagoes: a) _identificagao da obra e local, nome do contratante e executor; b) data da execugao; Q) identificagao ou nimero da estaca; 4) comprimentos escavado e util; 50 © ARNT 2010 - Todos 08 direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) e) consumo de materiais por estaca; f) _cotas do terreno e cota de arrasamento; 9) caracteristicas do equipamento utilizado; h) especificagao dos materiais ¢ insumos utilizados; i) _observagées e anormalidades de execucao. ©ABNT 2010 - Todos o¢ direitos reservados ABNT NBR 6122:2010 51 Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 Anexo F (normativo) Estacas hélice continua monitorada — Procedimentos executivos FA Introdugdo Este Anexo descreve os procedimentos executivos para: a) complementar a Secdo 8; b) especificar os insumos; c) detalhar as diretrizes construtivas. F2 Caracteristicas gerais E uma estaca de concreto moldada in loco, executada mediante a introdugao no terreno, por rotagao, de um trado helicoidal continuo. A injegao de concreto ¢ feita pela haste centtal do trado simultanea- mente a sua retirada. A armadura & sempre colocada apés a concretagem da estaca A execugao da estaca é monitorada conforme descrito em F.10. F3 Equipamento Os equipamentos devem apresentar as caracteristicas minimas mencionadas na Tabela F.1, além de torque compativel com o diametro da estaca e a resisténcia do solo a ser perfurado, para que se minimize o desconfinamento durante a perfuragao, Tabela F.1 - Caracter as da mesa rotativa e do guincho Torque | Arranque Dimensées das estacas kNm kN cm <80 400 @ até 50 cm com comprimento até 17,0 m 80 a 150 400 @ até 80 cm com comprimentos até 27,0 m 2160 700 @ até120 cm com comprimentos até 30,0 m F.4 Perfuragéo O equipamento de escavagao deve ser posicionado e nivelado para assegurar a centralizacao e ver- ticalidade da estaca. O didmetro do trado deve ser verificado para assegurar as premissas de projeto. 52 © ABNT 2010 - Todos os direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 Ahaste 6 dotada de ponta fechada por uma tampa metélica recuperavel. A perfuragao se da de forma continua por rotagao, até a cota prevista em projeto. © uso de prolongador é possivel somente em condigées especiais e desde que o solo, no trecho do prolongador, se mantenha estavel. F.5 Concretagem O concreto é bombeado pelo interior da haste com sua simulténea retirada. A ponta da haste é fechada por uma tampa para evitar entrada de agua ou contaminagao do conereto pelo solo. Esta tampa aberta pelo peso do concreto no inicio da concretagem. A pressao do concreto deve ser sempre positiva para evitar a interrupgao do fuste e ¢ controlada pelo operador durante toda a coneretagem. A concretagem é executada até a superficie do terreno. Se a concretagem da estaca for feita com 0 trado girando, este deve girar no sentido da perfuragao. F.6 Colocagao da armadura A colocagao da armadura em forma de gaiola deve ser feita imediatamente apés a concretagem. Sua descida pode ser auxiliada por peso ou vibrador. A armadura deve ser enrijecida para facilitar a sua colocagao. F.7 Seqiiéncia executiva Nao se devem executar estacas com espagamento inferior a cinco diametros em intervalo inferior a 12h. Esta distancia refere-se & estaca de maior diametro. F.8 Preparo da cabega e ligacdo com o bloco de coroamento No caso de estacas com conereto inadequado abaixo da cota de arrasamento ou estacas cujo topo resulte abaixo da cota de arrasamento prevista, deve-se fazer a demolicao do comprimento e recompé- lo até a cota de arrasamento. O material a ser utiizado na recomposigao das estacas deve apresentar resisténcia néo inferior & do concreto da estaca. Na demoligéo podem ser utiizados ponteiros ou marteletes leves (poténcia < 1 000 W) para segdes de até 900 cm?. O uso de marteletes maiores fica limitado a estacas cuja area de concreto seja su- perior a 900 cm2. O acerto final do topo das estacas demolidas deve ser sempre efetuado com 0 uso de ponteiros ou ferramenta de corte apropriada, F.9 Concreto O conereto a ser utilizado deve satistazer as seguintes exigéncias: a) consumo de cimento nao inferior a 400 kg/m; ©ABNT 2010 - Todos o¢ direitos reservados 53 Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 b) _abatimento ou slump test igual a 22 + 3 cm, conforme ABNT NBR NM 67; ©) fator Agua/cimento < 0,6; 4d) agregado: areia e pedrisco; ©) % de argamassa em massa: > 55 %; ) _ trago tipo bombeado; 9) fx 220 MPa aos 28 dias, conforme ABNT NBR 6118, ABNT NBR 5738 ¢ ABNT NBR 5739. Os corpos-de-prova de concreto devem ser moldades de acordo com a ABNT NBR 5738 e ensaiados de acordo com a ABNT NBR 5739, Podem ser utilizados aditivos plastificantes, incorporadores de ar, retardadores, desde que atendam as ABNT NBR 10908, ABNT NBR 11768 e ABNT NBR 12317. E permitido 0 uso de agregados mitidos artificiais de acordo com a ABNT NBR 7212. F.10 Controle do processo executive Todas as fases de execugao da estaca devem ser monitoradas eletronicamente a partir de sensores instalados na perfuratriz, registrando-se: a) nivelamento do equipamento e prumo do trado;, b) pressao no torque; ©) velocidade de avango do trado; 4d) rotagao do trado; e) cota de ponta do trado; f) _pressdo de conereto durante a concretagem; 9) sobreconsumo de concreto; h) velocidad de extragao do trado. Pelo menos 1 % das estacas, e no minimo uma por obra, deve ser exposta abaixo da cota de arra- samento e, se possivel, até o nivel d'Agua, para verificacdo da sua integridade e qualidade do fuste. F.11 Registros da qualidade dos servigos Deve ser preenchida a ficha de controle diariamente para cada estaca, devendo constar as seguintes informagoes: a) _identificagao da obra e local, e nome do contratante e executor; b) data ¢ horario do inicio e fim da concretagem; 54 © ARNT 2010 - Todos 08 direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) qd) e) fy identificagao ou ntimero da estaca; cota do terreno; diametro da estaca; comprimento executado da estaca; desaprumo e desvio de locagao; caracteristicas do equipamento; especificagao dos materiais e insumos utilizados; consumo de materiais por estaca; inclinagao do trado; volume de concreto real e teérico; torque durante perfuracdo; rotagao do trado; velocidade de avanco do trado; pressao de injegao do conereto; velocidade de extragao do trado; anormalidades de execugao; observagées pertinentes. ©ABNT 2010 - Todos o¢ direitos reservados ABNT NBR 6122:2010 55 Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 Anexo G (normativo) Estacas moldadas in /oco Strauss — Procedimentos executivos G.1_ Introdugdo Este Anexo descreve os procedimentos executivos para: a) complementar a Secdo 8; b) especificar os insumos; ©) detalhar as diretrizes construtivas. G2 Caracteristicas gerais A estaca Strauss é uma estaca de concreto moldada in loco, executada através da escavacao, me- diante emprego de uma sonda (também denominada piteira), com a simultanea introdugao de revesti- mento metalico em segmentos rosqueados, até que se atinja a profundidade projetada, Aconcretagem é realizada langando-se o concreto e retirando-se gradativamente o revestimento com © simultaneo apiloamento do concreto. O revestimento integral assegura a estabilidade da perfuragdo e garante as condigées para que ndo ocorra a mistura do concreto com 0 solo ou 0 estrangulamento do fuste da estaca Este tipo de estaca nao deve ser utilizado em areias submersas ou em argilas muito moles saturadas. A ponta da estaca deve estar em material de baixa permeabilidade para permitir as condigdes neces- sdrias para limpeza e concretagem. G3 Perfuragéo © equipamento deve ser posicionado para assegurar a centralizagao e verticalidade da estaca. A execugao ¢ iniciada através da aplicagao de repetidos golpes com o pilao ou a piteira para formar um pré-furo com profundidade de 1,0 m a 2,0 m, dentro do qual 6 colocado um segmento curto de revestimento com coroa na ponta. A seguir prossegue-se a perfuracao com repetidos golpes da sonda @ eventual adigdo de dgua que vai removendo o solo. Na medida em que o furo é formado, os tubos de revestimento vo sendo introduzides até que a profundidade prevista seja atingida. Concluida a perfuragao, é langada agua no interior dos tubos para sua limpeza. A agua e a lama sao totalmente removidas pela piteira e 0 soquete é lavado. Devem ser feitas tantas manobras quanto necessérias para que os tubos desgam livremente. 56 © ARNT 2010 - Todos 08 direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 G4 Concretagem O conereto é langado através de funil no interior do revestimento, em quantidade suficiente para se ter uma coluna de aproximadamente 1,0 m, que deve ser apiloado para formar a ponta da estaca Continuando-se a execugao da estaca, 0 concreto é langado e apiloado com a simulténea retirada do revestimento. A retirada do revestimento deve ser feita com guincho manual de forma lenta, para evitar a subida da armadura, quando existente, e a formacao de vazios, garantindo-se que 0 concreto esteja acima da ponta do revestimento. A concretagem deve ser feita até a superficie do terreno. G.5 Colocagao da armadura No caso das estacas néo sujeitas a tracdo ou a flexao, a armadura é apenas de arranque sem fungdo estrutural (conforme Tabela 4) e as barras de ago podem ser posicionadas no concreto, uma a uma, sem estribos, imediatamente apés a concretagem, deixando-se para fora a espera prevista em projeto. Para estacas armadas, a gaiola de armadura deve ser introduzida no revestimento antes da concreta- gem. Neste caso 0 soquete deve ter didmetro menor que o da armadura Nas estacas dimensionadas para suportar tragao ou flexéo, 0 projeto da armadura deve obedecer aos seguintes critérios: a) 0 diametro minimo para execugao de estacas armadas 6 de 32 cm; b) 0s estribos devem ter espacamento entre 15 cm e 30 om. G.6 Seqiiéncia executiva Nao se devem executar estacas com espagamento inferior a cinco diametros em intervalo inferior a 12h. Esta distancia refere-se & estaca de maior diametro. Pelo menos 1 % das estacas, e no minimo uma por obra, deve ser exposta abaixo da cota de arra- samento e, se possivel, até o nivel d'agua, para verificagao da sua integridade ¢ qualidade do fuste. G.7_Preparo da cabega e ligac¢do com o bloco de coroamento No caso de estacas com concreto inadequado abaixo da cota de arrasamento ou estacas cujo topo resulte abaixo da cota de arrasamento prevista, deve-se fazer a demoligao do comprimento e recompé- lo até a cota de arrasamento. O material a ser utilizado na recomposigao das estacas deve apresentar resisténcia nao inferior & do concreto da estaca. © topo da estaca, acima da cota de arrasamento, deve ser demolido. A se¢ao resultante deve ser pla- na e perpendicular ao eixo da estaca e a operagao de demoli¢ao deve ser executada de modo a nao causar danos. Na demoli¢ao podem ser utilizados ponteiros ou marteletes leves (poténcia < 1 000 W) para segdes de até 900 cm?, O uso de marteletes maiores fica limitado a estacas cuja area de concreto seja su- perior a 900 cm2. O acerto final do topo das estacas demolidas deve ser sempre efetuado com o uso de ponteiros ou ferramenta de corte apropriada, ©ABNT 2010 - Todos o¢ direitos reservados 87 Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 G8 Concreto O conereto a ser utilizado deve satisfazer as seguintes exigancias: a) consumo de cimento nao inferior a 300 kg/m®; b) abatimento ou slump test conforme ABNT NBR NM 67 entre 8 cm e 12 cm para estacas nao ar- madas e de 12 cm a 14 cm para estacas armadas; c) agregado: didmetro maximo 19 mm (brita 1); d) fx 220 MPa aos 28 dias, conforme ABNT NBR 6118, ABNT NBR 5738 e ABNT NBR 5739. Os corpos-de-prova de concreto devem ser moldados de acordo com a ABNT NBR 5738 e ensaiados de acordo com a ABNT NBR 5739. G9 Registros da qualidade dos servicos Deve ser preenchida a ficha de controle diariamente para cada estaca, devendo constar as seguintes informagées: a) identificagao da obra e local, nome do contratante e executor; b) data da execucdo; ©) _identificagao ou ntimero da estaca; 4) comprimentos escavado e tt ) consumo de materiais por estaca; f) _cotas do terreno e cota de arrasamento; 9) caracteristicas do equipamento utilizado; h)_especificagao dos materiais e insumos utilizados; observagées ¢ anormalidades de execugao. 58 © ARNT 2010 - Todos 08 direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 Anexo H (normativo) Estacas Franki — Procedimentos execut H.1_ Introdugao Este Anexo descreve os procedimentos executives para: a) complementar a Se¢ao 8; b) especificar os insumos; c) detalhar as diretrizes construtivas. H.2 Caracteristicas gerais As estacas Franki séo executadas através da cravacao de um tubo por meio de sucessivos golpes de um pildo em uma bucha seca de pedra e areia aderida ao tubo. Atingida a cota de apoio, procede-se a expulsdo da bucha, execugao de base alargada, instalacao da armadura e execugao do fuste de conereto apiloado com a simultanea retirada do revestimento. ‘A execugao da estaca pode apresentar alternativas executivas em relagao aos procedimentos da estaca padrao como, por exemplo: perfuracao interna (denominado “cravacao a tragao"), fuste pré- moldado, fuste encamisado com tubo metélico perdido, fuste executado com conereto plastico vibrado ou sem execugao de base alargada. H.3 Cravagao do tubo A cravagao do tubo é executada por meio de golpes do pildo na bucha seca que adere ao tubo por atrito até a obtengao da nega. ‘As negas de cravagao do tubo devem ser obtidas de duas maneiras em todas as estacas: a) para dez golpes de 1,0 m de altura de queda do pilao; b) para um golpe de 5,0 m de altura de queda do pilao. Os pildes devem ter pesos e didmetros minimos conforme indicados na Tabela H.1 Tabela H.1 - Peso e didmetro dos pildes Diémetrodaestaca | Peso Diametro m kN m 0,30 10 0,18 0,35 15 0,18 ©ABNT 2010 - Todos o¢ direitos reservados 59 Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 Tabela H.1 (continuagao) Diametro daestaca | Peso Diametro m kN m 0,40 20 0,25 0,45 25 0,28 0,52 28 0,31 0,60 30 0,38 0,70 34 0,43 H.4 Execugdo da base alargada Atingida a cota de projeto e obtida a nega especificada, expulsa-se a bucha através de golpes do piléo com 0 tubo preso a torre. A seguir introduz-se um volume de conereto seco (fator 4gua/cimen- to = 0,18), formando assim a base. Na confecgao da base & necessario que os tiltimos 0,15 m? sejam introduzidos com uma energia minima de 2,5 MN x m para as estacas com diametro igual ou inferior a 450 mm e de 5,0 MN x m para estacas com diametro de 450 mm até 600 mm. Para as estacas com didmetro de 700 mm, 08 Ultimos 0,25 m3 devem ser introduzidos com uma energia minima de 9,0 MN x m. Em caso de volume diferente, a energia deve ser proporcional ao volume. A energia é obtida pelo produto do peso do pilao pela altura de queda e pelo numero de golpes, con- trolando-se o volume injetado pela marca do cabo do pilao em relagao ao topo do tubo. H.5 Colocagao da armadura Ao final da execugao da base, coloca-se a armadura que deve ser nela ancorada. A armadura ¢ integral, pois faz parte do processo executivo da estaca e também é fundamental para permitir 0 controle executivo. E constituida de no minimo quatro barras de ago CA-50 de acordo com a Tabela 4. A extremidade inferior da ferragem ¢ feita com ago CA-25 (em forma de cruzeta) soldado a armadura principal. H.6 Concretagem do fuste A coneretagem do fuste 6 feita langando-se sucessivas camadas de pequeno volume de concreto seco (fator dgua/cimento = 0,36) com apiloamento e simulténea retirada do tubo. No caso de fuste vibrado, 0 fator a/c deve ser adequado a essa metodologia executiva. Nesta operagao deve-se garantir uma altura minima de conereto dentro do tubo. A coneretagem deve ser feita até pelo menos 0,30 m acima da cota de arrasamento. Deve ser controlado 0 encurtamento da armadura durante a execugdo do fuste. 60 © ABNT 2010 - Todos os direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 H.7 Seqiiéncia executiva No caso de execugao de uma estaca tipo Franki, 6 necessario que todas as demais estacas situadas ‘em um circulo igual a cinco vezes o diémetro da estaca estejam cravadas e concretadas ha pelo me- nos 12 h, Quando se deseja eliminar o risco de levantamento das estacas vizinhas ou minimizar os efeitos de vibragdo, deve-se empregar metodologia executiva apropriada, como pré-furo, “cravagao a tragao” ou furo de alivio. Pelo menos 1 % das estacas, no minimo uma por obra, deve ser exposta abaixo da cota de arra- samento ¢, se possivel, até o nivel d’égua, para verificagao da sua integridade e qualidade do fuste. H.8 Preparo da cabega e ligacao com o bloco de coroamento No caso de estacas com concreto inadequado abaixo da cota de arrasamento ou estacas cujo topo resulte abaixo da cota de arrasamento prevista, deve-se fazer a demoligdo do comprimento e recompé: lo até a cota de arrasamento. material a ser utilizado na recomposigéo das estacas deve apresentar resisténcia nao inferior & do concreto da estaca. O topo da estaca, acima da cota de arrasamento, deve ser demolido. A seco resultante deve ser pla- nae perpendicular ao eixo da estaca e a operacao de demolicéo deve ser executada de modo a nao causar danos. Na demolicao podem ser utiizados_ponteiros ou marteletes leves (poténcia < 1 000 W) para segées de até 900 cm®. Para as estacas de maior didmetro pode-se empregar marteletes de maior poténcia {poténcia > 1 000 W). Oacerto final do topo das estacas demolidas até a cota real de arrasamento deve ser sempre efetuado com 0 uso de ponteiros ou ferramenta de corte apropriada. H.9 Concreto O concreto a ser utilizado deve satisfazer as seguintes exigéncias: a) consumo de cimento nao inferior a 350 kg/m; b) fx 2 20 MPa aos 28 dias, conforme ABNT NBR 6118, ABNT NBR 5738 e ABNT NBR 5739. O conereto da primeira estaca e em no minimo uma a cada cinco das demais deve ser ensaiado nas idades de sete dias e 28 dias. © método de moldagem do corpo-de-prova deve ser modificado para levar em conta as condigées executivas das estacas que prevéem concreto seco apiloado por uma grande energia de compactagao. A moldagem do corpo-de-prova deve ser feita em um molde de 0,15 m de didmetro e 0,30 m de altura e ahaste de apiloamento deve ter peso de 50 Ne didmetro de 0,05 m. Cada camada de conereto deve ser apiloada no interior do molde com 50 pancadas da haste e altura de queda de 0,45 m. ©ABNT 2010 - Todos o¢ direitos reservados 61 Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 O soquete a ser utilizado é o mesmo do ensaio de compactagao de solo Proctor Modificado e 0 corpo- de-prova deve ser moldado em cinco camadas. Os demais procedimentos de preparo do corpo-de-prova sao aqueles da ABNT NBR 5738. H.10 Registros da qualidade dos servicos Deve ser preenchida a ficha de controle diariamente para cada estaca, devendo constar as seguintes informagées: a) identificagao da obra e local, ¢ nome do contratante e executor; b) data da execugao; 0) peso do tubo e do piléo; d)_identiticagdo ou ntimero da estaca; e) diametro da estaca; f) data da ctavagao e/ou recravagao, quando houver; 9) caracteristicas do pré-furo ou furo de alivio, quando houver; h) comprimento cravado e tit da estaca; i) nega para 10 golpes com altura de queda de 1,0 m; i) nega para 1 golpe com altura de queda de 5,0 m; k) registro do volume e energia da base; |) volume de conereto para ancoragem da armagao na base; m) levantamento da estaca e encurtamento da armadura; n) diagrama de cravagéo em pelo menos 10 % das estacas, sendo obrigatoriamente inclufdas aquelas mais préximas aos furos de sondagem; 0) especificagdes dos materiais e insumos utilizados; Pp) trago do concreto utilizado; 4) observagées ¢ anormalidades de execugao; 1) observagées pertinentes. 62 © ARNT 2010 - Todos 08 direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 Anexo! (normativo) Estacas escavadas com uso de fluido estal Procedimentos executivos 11 Introdugao Este Anexo descreve os procedimentos executivos para: a) complementar a Segao 8; b) _especiticar os insumos; c) detalhar as diretrizes construtivas. 12 Caracteristicas gerais Sao estacas escavadas com uso de fluido estabilizante, que pode ser lama bentonitica ou polimero sintético para sustentagao das paredes da escavacao. A concretagem é submersa, com concreto deslocando 0 fluido estabilizante em dirego ascendente para fora do furo. As estacas podem ter segées circulares (também denominadas estagées), retangulares (também de- nominadas barretes) ou parede-diafragma, quando continuas. 13 Escavacao Antes de iniciar a escavagéo da estaca e com 0 objetivo de guiar a ferramenta de escavagao, deve ser cravada uma camisa metalica ou executada uma mureta-guia. Estas guias devem ser cerca de 5 cm maiores que a estaca projetada e devem ser embutidas no terreno com um comprimento nao inferior aim. A escavagao da estaca ¢ feita simultaneamente ao langamento do fluido, cuidando-se para que o seu nivel esteja sempre no minimo 1,50 m acima do lengol freaitico, A perfuragao deve ser continua até a sua conclusao. Caso nao seja possivel, o efeito da interrupgao deve ser analisado, devendo ser adotadas medidas que garantam a carga de projeto, como, por exem- plo, o seu aprofundamento. Uma vez terminada a escavagao e antes da concretagem, deve ser verificada a porcentagem de areia em suspensao na lama e, em fungao deste valor, deve-se proceder & sua troca ou desarenacdo para garantir sua qualidade durante toda a concretagem. Tratando-se do polimero, a decantacao é imediata, nao necessitando de desarenagao, apenas limpeza do fundo. Em fungao de especificagao de projeto, podem ser necessdrios servigos adicionais para uma plena limpeza do fundo da escavacdo através de sistema air lift ou bombeamento submerso de eficiéncia equivalente, a fim de melhorar o contato concreto-solo ou rocha. ©ABNT 2010 - Todos o¢ direitos reservados 63 Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 1.4 Colocagao da armadura Antes do inicio da concretagem, @ estando 0 fluido dentro das especificagdes indicadas nas Tabelas |.1 ¢ 1.2, 6 feita a colocagao da armadura de projeto. A armadura deve ser colocada com es- pagadores para assegurar o cobrimento de projeto e sua centralizagao. 15 Concretagem A técnica de concretagem é submersa e continua. Utiliza-se tubo tremonha e a concretagem 6 execu- tada imediatamente apés as operagdes anteriores, devendo ser feita até no minimo 50 em acima da cota de arrasamento, 16 Seqiiéncia executiva Nao se devem executar estacas com espacamento inferior a cinco diametros em intervalo inferior a 12h. Esta distancia refere-se a estaca de maior diametro, No caso de parede-diafragma o prazo para concretagem de painéis contiguos é de 24 h. 17 Controle do processo executivo 17.1 Controles executivos Durante a execugao de uma estaca escavada com fluido estabilizante devem ser controlados: a) a ferramenta de escavagao (cagamba ou clam-shell) quanto a folgas e dimensées para evitar quaisquer desvios executivos durante a escavagao; b) onivelamento e o prumo do equipamento de escavagao; ©) Onivel do fluido em relagdo ao nivel do lengol freatico; d) as caracteristicas do fluido antes da concretagem; e) as caracteristicas do concreto. Pelomenos 1 %das estacas, eno minimo uma por obra, deve ser exposta abaixo da cota de arrasamento e, Se possivel, até o nivel d'égua, para verificagao da sua integridade e qualidade do fuste. 17.2 Caracter icas da lama bentonitica E uma lama formada pela mistura de bentonita com agua limpa, em misturadores de alta turbuléncia, ‘com uma concentragao varidvel em fun¢ao de viscosidade ¢ densidade que se pretende obter. Alama bentonitica, depois de misturada, deve ficar em repouso por 12h para sua plena hidratagaéo e deve possuir as caracteristicas indicadas na Tabela |.1 64 © ARNT 2010 - Todos 08 direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 Tabela I.1 — Lama bentonitica Propriedades Valores Equipamentos para ensaio Densidade 1,025 g/cm? a 1,10 g/em? Densimetro Viscosidade 30sa90s Funil Marsh pH Tait Indicador de pH Teor de areia Até 3% Baroid sand content ou similar 17.3 Caracteristicas do polimero O fluido preparado com polimero deve apr esentar as propriedades indicadas na Tabela |.2. Tabela |.2 — Parametros para o fluido Propriedades Valores Equipamentos para ensaio Densidade 1,005 g/cm? a 1,05 g/cm? Densimetro Viscosidade 35s.a120s Funil Marsh pH 8ai2 Indicador de pH Teor de areia Ate 3% Baroid sand content ou similar 18 Preparo da cabega e ligagdo com o bloco de coroamento No caso de estacas com concreto inadequado abaixo da cota de arrasamento ou estacas cujo topo re- sulte abaixo da cota de arrasamento prevista, deve-se fazer a demoligao do comprimento ¢ recompé- lo até a cota de arrasamento. © material a ser utiizado na recomposigdo das estacas deve apresentar resisténcia nao inferior & do concreto da estaca. © topo da estaca, acima da cota de arrasamento, deve ser demolido. A segao resultante deve ser pla- nae perpendicular ao eixo da estaca e a operacao de demoligéo deve ser executada de modo a nao causar danos. Podem-se empregar marteletes de maior poténcia (poténcia > 1000 W). O acerto final do topo das estacas demolidas até a cota real de arrasamento deve ser sempre efetuado com 0 uso de ponteiros ou ferramenta de corte apropriada, 19 Concreto conereto a ser utilizado deve satisfazer as seguintes exigéncias: a) consumo de cimento minimo de 400 kg/m?; b) abatimento ou s/ump test igual a (22 + 3) om segundo ABNT NBR NM 67; ©) fator Agua/cimento < 0,6; ©ABNT 2010 - Todos o¢ direitos reservados 65 Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 d) dimensao maxima do agregado: 19 mm (brita 1) ; e) % de argamassa em massa: > 55%; f) _ trago tipo bombeado; 9) f= 20 MPa. Os corpos-de-prova de conereto devem ser moldados de acordo com a ABNT NBR 5738 e ensaiados de acordo com a ABNT NBR 5739. Podem ser utilizados aditivos plastificantes, incorporadores de ar, aceleradores @ retardadores, desde que atendam as ABNT NBR 10908, ABNT NBR 11768 e ABNT NBR 12317. E permitido 0 uso de agregados mitidos artificiais de acordo com a ABNT NBR 7212. Os corpos-de-prova de conereto devem ser moldados de acordo com a ABNT NBR 5738 e ensaiados de acordo com a ABNT NBR 5739. 110 Registros da qualidade dos servicos Deve ser preenchida a ficha de controle diariamente para cada estaca, devendo constar as seguintes informagées: a) _identificagao da obra e local, e nome do contratante e executor; b) identificagao ou numero da estaca; ©) diametro ou dimensées da estaca; 4) _comprimento real da estaca abaixo da cota de arrasamento; e) cota da parede guia ou camisa, cota do fundo e de arrasamento; f) controle de posicionamento da armadura durante a coneretagel 9) desaprumo e desvio de locagao; h)__identificagdo das caracteristicas do equipamento; i) especificagao dos materiais ¢ insumos utilizados; i) consumo de materiais por estaca ¢ comparacao trecho a trecho do consumo real em relagao ao te6rico; k) _anotagéo dos horarios de inicio e fim de cada etapa da escavacao; |) anotagao dos horarios de inicio e fim de cada etapa de concretagem; m) resultados dos ensaios do fluido; n)_ observagées e anormalidades de execucao; 0) observagdes pertinentes. 66 © ARNT 2010 - Todos 08 direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 Anexo J (normativo) Tubuldes a céu aberto — Procedimentos executivos Jl Introdugao Este Anexo descreve os procedimentos executives para: a) complementar a Se¢ao 8; b) especificar os insumos; c) detalhar as diretrizes construtivas. J.2. Caracteristicas gerais Trata-se de uma fundagao profunda, escavada manual ou mecanicamente, em que, pelo menos na sua etapa final, hd descida de pessoal para alargamento da base ou limpeza do fundo quando nao ha base. Neste tipo de fundagao as cargas sao transmitidas essencialmente pela base a um substrato de maior resisténcia. Este tipo de fundagao é empregado acima do lengol freatico, ou mesmo abaixo dele, nos casos em que 0 solo se mantenha estavel sem isco de desmoronamento e seja possivel controlar a agua do interior do tubulao, respeitando-se as Normas de seguranca, em particular conforme a Portaria 3 214 do Ministério do Trabalho e Emprego - NR 18. J.3 Escavagio do fuste fuste pode ser escavado manualmente por poceiros ou através de perturatrizes até a profundidade prevista em projeto. Quando escavado a mao, 0 prumo e a forma do fuste devem ser conferidos du- rante a escavagao. J.4 Alargamento da base A base pode ser escavada manual ou mecanicamente. Quando mecanicamente, é obrigatéria a des- cida de poceiro para remogao do solo solto que o equipamento nao consegue retirar. Antes da concretagem, o material de apoio das bases deve ser inspecionado por engenheiro, que con- firmara in loco a capacidade suporte do material, autorizando a coneretagem. Esta inspegao pode ser feita com penetrémetro de barra manual. Quando a base do tubulao for assente sobre rocha inclinada, vale o descrito em 7.5.1. ©ABNT 2010 - Todos o¢ direitos reservados 67 Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 J.5 Colocagdo da armadura ‘A armadura do fuste deve ser colocada tomando-se 0 cuidado de nao permitir que, nesta operacao, torrdes de solo sejam derrubados para dentro do tubulao. Quando a armadura penetrar na base, ela deve ser projetada de modo a permitir a concretagem ade- ‘quada da base, devendo existir aberturas na armadura de pelo menos 30 cm x 30 cm. J.6 Concretagem A concretagem do tubulao deve ser feita imediatamente apés a conclusao de sua escavagao. Em casos excepcionais, nos quais a concretagem nao tenha sido feita imediatamente apés o término do alargamento e sua inspe¢do, nova inspegao deve ser feita, removendo-se material solto ou eventual camada amolecida pela exposi¢ao ao tempo ou por Aguas de infiltracao. A concretagem ¢ feita com o concreto simplesmente langado da superficie, através de funil com com- primento minimo de 1,5 m. Nao 6 necessétio 0 uso de vibrador. Por esta razéo 0 conereto deve ter plasticidade suficiente para assegurar a ocupagao de todo o volume da base. J.7 Seqiiéncia executiva Quando previstas cotas varidveis de assentamento entre tubuldes prdximos, a execugao deve ser ini- ciada pelos tubules mais profundos, passando-se a seguir para os mais rasos. Nao pode ser feito trabalho simulténeo em bases alargadas em tubuldes cuja distancia, de centro a centro, seja inferior a 2,5 vezes 0 didmetro da maior base. J.8 Preparo da cabega e ligagao com 0 bloco de coroamento Os tubuldes devem ser concretados até a cota de arrasamento. No caso de tubuldes com concreto inadequado abaixo da cota de arrasamento ou cujo topo resulte abaixo da cota de arrasamento prevista, deve-se fazer a demoligao do comprimento e recompé-lo até a cota de arrasamento. O material a ser utilizado na recomposigao dos tubules deve apresentar resisténcia nao inferior & do concreto do tubuldo. © topo do tubulao acima da cota de arrasamento deve ser demolido. A secdo resultante deve ser plana e perpendicular ao eixo do tubulao e a operagao de demoligao deve ser executada de modo a nao causar danos. Nesta operagao pode-se empregar marteletes de maior poténcia (poténcia > 1 000 W). O acerto final do topo até a cota de arrasamento deve ser sempre efetuado com o uso de ponteiros ou ferramenta de corte aprpriada, J.9 Concreto O conereto a ser utilizado deve satisfazer as seguintes exigéncias: a) consumo de cimento ndo inferior a 300 kg/m?; 68 © ARNT 2010 - Todos 08 direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 b) abatimento ou s/ump test conforme ABNT NBR NM 67 entre 8 cme 12 cm; c)agregado: diémetro maximo 25 mm (brita 2); d) fx 2 20 MPa aos 28 dias, conforme ABNT NBR 6118, ABNT NBR 5738 e ABNT NBR 5739. Os corpos-de-prova de concrete devem ser moldados de acordo com a ABNT NBR 5738 ensaiados de acordo com a ABNT NBR 5739, A integridade dos tubuldes deve ser verificada em no minimo um por obra, por meio da escavagao de um trecho do seu fuste. J.10 Registros da qualidade dos servicos Deve ser preenchida a ficha de controle diariamente para cada tubulao, devendo conter pelo menos as seguintes informagées: a) _identificagao da obra e local, e nome do contratante e executor; b) data hordrio do inicio e fim da escavacao e da concretagem; ¢) _identificagao ou ntimero do tubulao; d) cota do terreno; e) cota de arrasamento; f) dimensdes do fuste e da base; 9) profundidade ou cota de apoio da base; h)_ desaprumo e desvio de locagéo; i) especificagdo dos materiais ¢ insumos utilizados; j) consumo de materiais por tubulao; k) volume de concreto real e tedrico; |) anormalidades de execugao; m) observagées pertinentes. ©ABNT 2010 - Todos o¢ direitos reservados 69 Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 Anexo K (normativo) Tubuldes a ar comprimido — Procedimentos executivos K.1_ Introdugao Este Anexo descreve os procedimentos executivos para: a) complementar a Seco 8; b) especificar os insumos; ©) detalhar as diretrizes construtivas. K.2 Caracteristicas gerais Trata-se de uma fundagao profunda, escavada manual ou mecanicamente, em que, pelo menos na sua etapa final, ha descida de pessoal para alargamento da base ou limpeza do fundo quando nao ha base. Neste tipo de fundagao as cargas sao transmitidas essencialmente pela base a um substrato de maior resisténcia. Este tipo de solugdo é empregado sempre que se pretende executar tubules abaixo do nivel d’égua em solos que nao atendam as condig6es de J.2. A escavagao do fuste destes tubuldes é sempre realizada com auxilio de revestimento que pode ser de concreto ou de aco (perdido ou recuperado). K.3_ Trabalho sob ar comprimido Em qualquer etapa de execugao dos tubulées, deve-se atender a legislagao trabalhista em vigor para trabalho em ambiente sob ar comprimido (Portaria 3 214 do Ministério do Trabalho e Emprego— NR 18). $6 se admitem trabalhos sob pressdes superiores a 0,15 MPa quando as seguintes providéncias forem tomadas: a) equipe permanente de socorro médico a disposigao na obra; b) camara de descompressao equipada disponivel na obra; ©) compressores e reservatérios de ar comprimido de reserva; d) _renovagéo de ar garantida, sendo o ar injetado em condigées satisfatérias para o trabalho humano. K.4 Escavagéo Inicialmente deve ser concretado o primeiro segmento ou aprumado o revestimento metélico dire- tamente sobre a superficie do terreno ou em uma escavacdo preliminar de dimensdes maiores que ‘© diémetro do revestimento (pogo primario) 70 © ABNT 2010 - Todos os direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 A seqiiéncia deve ser feita com a concretagem ou soldagem sucessiva dos segmentos metélicos de revestimento a medida que a escavacao manual vai sendo executada. Revestimentos de concreto 86 podem ser introduzidos no terreno depois que o concreto estiver com resisténcia suficiente para suportar a escavagao. Quando 0 nivel d’agua for atingido, deve ser instalada no topo da camisa a campanula de ar comprimi- do, 0 que permite a execugao a seco dos trabalhos. Para camisas de concreto, a aplicagao da pressao de ar comprimido 6 pode ser feita quando o conereto atingir a resisténcia especificada em projeto. Deve-se evitar a aplicagao de presséo excessiva para eliminar agua eventualmente acumulada no tubulao. K.5 Alargamento da base Abase é escavada manualmente. Durante esta operacao, a camisa deve ser escorada de mode a evitar sua descida. Antes da concretagem, o material de apoio das bases deve ser inspecionado por engenheiro que confirmard in loco a capacidade suporte do material, autorizando a concretagem. Esta inspecao pode ser feita com penetrémetro de barra manual. Atingida a cota prevista para a implantagao da camisa, abre-se a base. Quando a base do tubulae for assente sobre rocha inclinada, vale o descrito em 7.5.1. K.6 Colocagao da armadura A armadura de ligagao fuste-base é colocada pela campanula e montada no interior do tubulio, devendo ser projetada de modo a permitir a concretagem adequada da base, deixando-se aberturas na armadura de pelo menos 30 cm x 30 cm. K.7 Concretagem Em obras dentro d’égua a camisa pode ser concretada sobre estrutura proviséria e descida até o ter- reno com auxilio de equipamento, ou concretada em terra e transportada para o local de implantagao. O mesmo procedimento pode ser adotado para camisas metélicas. Em casos especiais, principalmente em obras em que se passa diretamente da Agua para rocha, aca- misa de concreto pode ser confeccionada com a forma e a dimensao da base. Neste caso devem ser previstos recursos que assegurem a ligagao ou vedagao de todo o perimetro da base com a superficie da rocha, a fim de evitar fuga ou lavagem do concreto. ‘Sempre que a concretagem nao for feita imediatamente apés o término do alargamento e sua inspegao, nova inspegao deve ser feta, limpando-se cuidadosamente o fundo da base e removendo-se a camada eventualmente amolecida pela exposigao ao tempo ou por égua de infiltragao, concreto ¢ langado através do cachimbo de concretagem da campanula, devendo-se planejar cui- dadosamente esta operagao, de forma a nao interrompé-la antes do previsto. concreto é langado sob ar comprimido, no minimo até uma altura que impega o seu levantamento pelo empuxo hidrostatico. ©ABNT 2010 - Todos o¢ direitos reservados 7” Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 Nao é necessario 0 uso de vibrador. Por esta razao o concreto deve ter plasticidade suficiente para assegurar a ocupagao de todo o volume da base. K.8 Seqiiéncia executiva Quando previstas cotas varidveis de assentamento entre tubuldes préximos, a execugdo deve ser ini- ciada pelos tubules mais profundos, passando-se a seguir para os mais rasos. Nao pode ser feito trabalho simulténeo em bases alargadas em tubuldes cuja distancia, de centro a centro, seja inferior a 2,5 vezes o didmetro da maior base. K.9_Preparo da cabega e ligacdo com o bloco de coroamento Os tubules devem ser concretados até a cota de arrasamento. No caso de tubulées com conereto inadequado abaixo da cota de arrasamento ou cujo topo resulte abaixo da cota de arrasamento prevista, deve-se fazer a demoligao do comprimento e recompé-lo até a cota de arrasamento. O material a ser utilizado na recomposicao dos tubules deve apresentar resisténcia nao inferior & do concreto do tubuldo. © topo do tubulao acima da cota de arrasamento deve ser demolido. A seco resultante deve ser plana e perpendicular ao eixo do tubulao e a operacao ‘de demoligao deve ser executada de modo a nao causar danos. Nesta operagao pode-se empregar marteletes de maior poténcia (poténcia > 1 000 W). O acerto final do topo até a cola de arrasamento deve ser sempre efetuado com 0 uso de ponteiros ou ferramenta de corte apropriada K.10 Concreto O conereto a ser utilizado deve satisfazer as seguintes exigéncias: a) consumo de cimento nao inferior a 300 kg/m?; b) _abatimento ou slump test conforme ABNT NBR NM 67: entre 8 cm e 12 cm; ©) agregado: dimetro maximo 25 mm (brita 2); 4) fx 2 20 MPa aos 28 dias, conforme ABNT NBR 6118, ABNT NBR 5738 e ABNT NBR 5739. Os corpos-de-prova de concreto devem ser moldados de acordo com a ABNT NBR 5738 e ensaiados de acordo com a ABNT NBR 5739. K.11. Registros da qualidade dos servicos Deve ser preenchida a ficha de controle diariamente para cada tubuldo, devendo conter pelo menos as seguintes informagées: a) _identificagao da obra e local, e nome do contratante e do executor; b) data e horério do inicio e fim da concretagem; 72 © ABNT 2010 - Todos os direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua ABNT NBR 6122:2010 c) data de término da escavagao da base; d)__identificagao ou ntimero do tubuléo; f) dimensées do fuste ¢ da base; 9) profundidade ou cota de apoio da base; h) consumo de materiais por tubuléo; i) desaprumo e desvio de locagao; i) identificagao das caracteristicas do equipamento (compressores, campanulas etc.); k) tempos de compressao e de descompresso; jornadas de trabalho; 1) especificagao dos materiais ¢ insumos utiizados; m) volume de conereto real e teérico; n) anormalidades de execucao; ©) observagées pertinentes. Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ©ABNT 2010 - Todos o¢ direitos reservados 73 Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 Anexo L (normativo) — Procedimentos execut Ll Introdugao Este Anexo descreve os procedimentos executivos para: a) complementar a Segao 8; b) especificar os insumos; ©) detalhar as diretrizes construtivas. L.2 Caracteristicas gerais Aeestaca raiz é uma estaca moldada in loco, em que a perfuragao ¢ revestida integralmente, em solo, por meio de segmentos de tubos metalicos (revestimento) que vo sendo rosqueados a medida que a perfuragdo é executada. O revestimento é recuperado. Aeestaca raiz é armada em todo 0 seu comprimento e a perfuragdo é preenchida por uma argamassa de cimento e areia L.3. Perfuragéo L.3.1 Em solo A perfuragdo em solo 6 executada por meio de perfuratriz rotativa ou rotopercussiva que desce 0 re- vestimento através de rotagao com o uso de citculagao direta de agua injetada no seu interior. Quando ocorrerem solos muito duros ou muito compactos, pode-se executar pré-perfuracao avangada por dentro do revestimento. Didmetro nominal 6 0 didmetro acabado que serve como designacdo para projeto de fundagao. Os diémetros externos, em milimetros, dos tubos de revestimento utlizados na perfuragao para obten- ‘¢40 dos diémetros nominais constam na Tabela L.1 Tabela L.1 - Diametros nominais e diametros dos revestimentos Diametro nominal da estaca | mm | 150 | 160 | 200 | 250 | 310 | 400 | 450 Diémetro minimo externo do tubo de revestimento mm | 127 | 141 | 168 | 220 | 273 | 365 | 406 74 © ABNT 2010 - Todos os direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 L.3.2 Em solos com matacées ou embutimento em rocha Deve-se repetir os procedimentos constantes em L.3.1 até que se atinja matacdo ou topo rochoso. A seguir a perfuragao 6 prosseguida por dentro do revestimento mediante emprego de equipamento adequado para perfuragao de rocha, Esta operagéo, necesséria para atravessar o matacdo ou embutir aestacana rocha, causa, usualmente, uma diminuigao do didmetro da estaca que deve ser considerada no dimensionamento. L.4 Colocagao da armadura Apés 0 término da perfuragao e antes do inicio do langamento da argamassa, limpa-se internamente © furo através da utilizacéo da composigao de lavagem e posteriormente procede-se a descida da ar- madura, que pode ser montada em feixe ou em gaiola, que é apoiada no fundo do furo. L.5__ Injegao de preenchimento furo é preenchido com argamassa mediante bomba de injecdo, através de um tubo descido até a ponta da estaca. O preenchimento é feito de baixo para cima até a expulsao de toda a agua de circu- lagao contida no interior do revestimento. L.6 Retirada do revestimento Apés 0 preenchimento do furo, inicia-se a extragao do revestimento. Periodicamente, coloca-se a cabega de injecdo no topo do revestimento e aplica-se pressao que pode ser de ar comprimido ou através da bomba de injegdo de argamassa. Apés a aplicagdo da pressao retirada dos tubos de revestimento, o nivel da argamassa 6 completado. L.7_ Seqiiéncia executiva Nao se deve executar estacas com espagamento inferior a cinco diametros em intervalo inferior a 12h. Esta distancia refere-se a estaca de maior diametro. L.8 Preparo da cabeca e ligacao com o bloco de coroamento No caso de estacas com argamassa inadequada abaixo da cota de arrasamento ou estacas cujo topo resulte abaixo da cota de arrasamento prevista, deve-se fazer a demoligéo do comprimento @ recompé-lo até a cota de arrasamento. © material a ser utilizado na recomposigao das estacas deve apresentar resisténcia ndo inferior a da argamassa da estaca. Na demoligao podem ser utilizados ponteiros ou marteletes leves (poténcia < 1 000 W) para segdes de até 900 cm2. O uso de marteletes maiores fica limitado as estacas cuja secdo seja superior a 900 om?. © acerto final do topo das estacas demolidas deve ser sempre efetuado com 0 uso de ponteiros ou ferramenta de corte apropriada. ©ABNT 2010 - Todos o¢ direitos reservados 75 Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 L.9 Argamassa A argamassa a ser utilizada deve ter fx > 20 MPa e deve satisfazer as seguintes exigéncias: a) consumo de cimento nado inferior a 600 kg/m?; b) fator Agua/cimento entre 0,5 € 0,6; ©) agregado: areia e/ou pedrisco. Os corpos-de-prova de concreto devem ser moldados de acordo com a ABNT NBR 5738 e ensaiados de acordo com a ABNT NBR 5739. Podem ser utilizados aditivos plastificantes, incorporadores de ar, aceleradores e retardadores, desde que atendam as ABNT NBR 10908, ABNT NBR 11768 e ABNT NBR 12317. E permitido 0 uso de agregados mitides artificiais de acordo com a ABNT NBR 7212. L.10 Registros da qualidade dos servicos Deve ser preenchida a ficha de controle diariamente para cada estaca, devendo conter pelo menos as seguintes informagées: a) _identificagao da obra e local e nome do contratante e executor; b) data da execugao com anotacao dos horarios de inicio e fim da cada etapa; ©) identificagao ou ntimero da estaca; d) didmetro do revestimento ¢ nominal da estaca executada; e) cota do terreno; f)_comprimento executado; 9) desaprumo e desvio de locagao; h) caracteristicas dos equipamentos de perfuracao e injecdo; i) consumo de materiais (armadura ¢ argamassa) por estaca; |) verificagao da integridade de no minimo uma estaca da obra por meio da escavagao de um trecho do seu fuste; k)_ pressdo aplicada sobre a argamassa; |) anormalidades de execugao; m) observagées pertinentes. 76 © ARNT 2010 - Todos 08 direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 Anexo M (normativo) Estaca hélice de deslocamento monitorada — Procedimentos executivos M.1__Introdugao Este Anexo descreve os procedimentos executives para: a) complementar a Se¢ao 8; b) especificar os insumos; c) detalhar as diretrizes construtivas. M.2. Caracteristicas gerais E uma estaca de deslocamento, de concreto moldado in loco, mediante a introdugdo no terreno, por rotago, de um trado com caracteristicas tais que ocasionem um deslocamento do solo junto ao fuste @ a ponta, nao havendo retirada de solo. A injecao de concreto é feita pelo interior do tubo central. M.3_ Equipamento Devido a grande resisténcia desenvolvida durante a perfuragao, o equipamento deve ter um torque compativel com o diametro da estacas e caracteristicas do terreno, sendo de no minimo de 200 kNm. Os didmetros usuais das estacas hélice de deslocamento so: 310 mm, 360 mm, 410 mm, 510 mm. e610 mm M4 Perfuragao equipamento de escavacao deve ser posicionado e nivelado para assegurar a centralizaco e ver- ticalidade da estaca. O didmetro do trado deve ser verificado para assegurar as premissas de projeto. Ahaste é dotada de ponta fechada por uma tampa metélica recuperavel ou nao. A perfuragao se dé de forma continua por rotagao, até a cota prevista em projeto. M.S Concretagem © conereto 6 bombeado pelo interior da haste com sua simultanea retirada por rotagao. A pressao do concreto deve ser sempre positiva para evitar a interrupsao do fuste e é controlada pelo operador durante toda a concretagem. A concretagem é executada até a superficie do terreno. ©ABNT 2010 - Todos o¢ direitos reservados 7 Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 M.6 Colocagao da armadura Acolocagao da armadura, em forma de gaiola, deve ser feita imediatamente apés a concretagem. Sua descida pode ser auxiliada por peso ou vibrador sobre o seu topo. A armadura deve ser conveniente- mente enrijecida para facilitar a sua colocacao, A estaca hélice de deslocamento permite ainda que a armadura seja colocada pelo tubo central do trado antes da concretagem e neste caso a tampa metalica seré perdida M.7 Seqiiéncia executiva Nao se devem executar estacas com espagamento inferior a cinco didmetros em intervalo inferior a 12h. Esta distancia refere-se a estaca de maior diémetro. M.8 Preparo da cabega e ligagao com o bloco de coroamento No caso de estacas com concreto inadequado abaixo da cota de arrasamento ou estacas cujo topo re- sulte abaixo da cota de arrasamento prevista, deve-se fazer a demolicao do comprimento e recompé- lo até a cota de arrasamento. © material a ser utiizado na recomposi¢ao das estacas deve apresentar resisténcia nao inferior & do conereto da estaca. Na demoligao podem ser utilizados ponteiros ou marteletes leves (poténcia < 1 000 W) para secées de até 900 cm2. 0 uso de marteletes maiores fica limitado as estacas cuja area de concreto seja su- perior a 900 cm?. O acerto final do topo das estacas demolidas deve ser sempre efetuado com o uso de ponteiros ou ferramenta de corte apropriada M.9 Concreto O conereto a ser utilizado deve satisfazer as seguintes exigéncias: a) consumo de cimento nao inferior a 400 kg/m?; b) _abatimento ou slump testigual a (22 + 3) cm segundo ABNT NBR NM 67; ¢) fator Agua/cimento < 0, d) agregado: areia e pedrisco; e) % de argamassa em massa: > 55 f) _ trago tipo bombeado; 9) fe 2 20 MPa conforme ABNT NBR 5738. Os corpos-de-prova de conereto devem ser moldados de acordo com a ABNT NBR 5738 e ensaiados de acordo com a ABNT NBR 5739. Podem ser utilizados aditivos plastificantes, incorporadores de ar, aceleradores e retardadores, desde que atendam as ABNT NBR 10908, ABNT NBR 11768 e ABNT NBR 12317. E permitido o uso de agregados mitidos artificiais de acordo com a ABNT NBR 7212. 78 © ARNT 2010 - Todos 08 direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 M.10 Controles do processo executivo Todas as fases de execugdo da estaca devem ser monitoradas eletronicamente a partir de sensores instalados na perfurattiz: a) _nivelamento do equipamento e prumo do trado; b) pressao no torque; c) _velocidade de avango do trado; d) rotagao do trado; e) cota de ponta do trado; f)_pressdo de concreto durante a concretagem; 9) sobreconsumo de concreto; h) velocidade de extragao do trado. Pelo menos 1 % das estacas, ¢ no minimo uma por obra, deve ser exposta abaixo da cota de arra- samento e, se possivel, até o nivel d'agua, para verificacdo da sua integridade e qualidade do fuste. M.11 Registros da qualidade dos servicos Deve ser preenchida a ficha de controle diariamente para cada estaca, devendo conter as seguintes informagées: a) _identificago da obra ¢ local, e nome do contratante ¢ executor; b) data e hordrio do inicio e fim da concretagem; ¢) _identificagao ou ntimero da estaca; d) cota do terreno; e) didmetro da estaca; f)comprimento executado da estaca; 9) desaprumo e desvio de locagao; h) caracteristicas do equipamento; i) especificagéo dos materiais e insumos utilizados; j) consumo de materiais por estaca; k) _inclinagao do trado; }) volume de concreto real e tedrico; ©ABNT 2010 - Todos o¢ direitos reservados 79 Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua ABNT NBR 6122:2010 m) torque durante perfuracao; n)_rotagao do trado; ©) velocidade de avango do trado; ) _presso de injegao do conereto; q)_velocidade de extragao do trado; 1) anormalidades de execuga 3) observagées pertinentes Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) 80 © ARNT 2010 - Todos 08 direitos reservados Convénio ABNT - Sistema Confea/Crea/Mutua Exemplar para uso exclusivo - ANTONIO FIGUEIRA PINTO - 396,898,247-91 RNP:2000922260 (Pedido 255769 Impresso: 30/09/2010) ABNT NBR 6122:2010 Anexo N (normativo) Estacas cravadas a reacao (estacas prensadas ou mega) — Procedimentos executivos N.1_ Introdugao Este Anexo descreve os procedimentos executivos para: a) complementar a Se¢ao 8; b) especificar os insumos; ¢) detalhar as diretrizes construtivas. N.2 Caracteristicas gerais As estacas cravadas a reagdo, também denominadas estacas prensadas, ou ainda estacas mega, 40 constituidas por segmentos de conereto armado ou metélicos. A principal caracteristica deste tipo de estaca é a sua cravagao estatica através de macaco hidraulico, reagindo contra cargueira ou estru- tura existente, se esta resistir aos esforgos que serdo aplicados. N.3 Cravacdo Deve ser realizada através de macaco hidrdulico acionado por bomba elétrica ou manual. A escolha do macaco hidrdulico deve ser feita de acordo com o tipo e dimenséo da estaca, caracteristicas do solo, carga especificada no projeto e peculiaridades do local Em solos porosos a cravaco pode ser auxiliada através da saturagao do solo e em areia compactas com jatos de gua pelo interior do segmento. Quando os segmentos forem de conereto, a emenda serd feita por simples superposicao ou através de solidarizagao especificada em projeto. As emendas de segmentos metalicos serdo feitas por solda ou rosca. Finalizada a ctavagao, é colocado o cabegote sobre a estaca para permitir o encunhamento que deve ser feito por cunhas e calgos. N.4 Carga de cravagao As cargas de cravagdo e de encunhamento devem ser especificadas em projeto, devendo ser de no minimo 1,5 vez a carga admissivel N.5_ Registros da qualidade dos servicos Deve ser preenchida a ficha de controle diariamente para cada estaca, devendo constar pelo menos as seguintes informagées: a) _identificagao da obra, local, ntimero da estaca e nome do contratante e executor; ©ABNT 2010 - Todos o¢ direitos reservados 81

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