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MERCOSUR MERCOSUL Protocolo Adicional ao Tratado de Assungao sobre a Estrutura Institucional do Mercosul - Protocolo de Ouro Preto - A Repablica Argentina, a Repiiblica Federativa do Brasil, a Repiblica do Paraguai ¢ a Republica Oriental do Uruguai, doravante denominadas “Estados Partes", Em cumprimento ao disposto no artigo 18 do ‘Tratado de Assungao, de 26 de margo de 1991; Conscientes da importancia dos avangos alcangados ¢ da implementagaio da uniao aduaneira como etapa para a construgdo do mercado comum, Reafirmando os principios ¢ objetivos do Tratado de Assungao e atentos para a necessidade de uma consideragao especial para paises ¢ regides menos desenvolvidos do Mercosul; Atentos para a dindmica implicita em todo processo de integragao e para a conseqtente necessidade de adaptar a estrutura institucional do Mercosul as mudangas ocorridas; Reconhecendo o destacado trabalho desgnvolvido + aft + ——————SSSS==== se Swe e + MERCOSUR He ~ “MERCOSUL Capitulo I Estrutura do Mercosul Artigo 1 A estrutura institucional do Mercosul: contara com os seguintes orgaos: - O Conselho do Mercado Comum (CMC); - O Grupo Mercado Comum (GMC); - A Comissao de Comércio do Mercosul (CCM); - A Comissao Parlamentar Canjunta (CPC); - O Foro Consultivo Econémico-Social (FCES); VI -A Secretaria Administrativa do Mercosul (SAM). Paragrafo unico - Poderdio ser criados, nos termos do presente Protocolo, os érgos auxiliares que se fizerem necessarios a consecugdo dos objetivos do processo de integra¢ao. Artigo 2 Sao 6rg&%os com capacidade decisoria, de natureza intergovernamental, 0 Conselho do Mercado Comum, o Grupo Mercado Comum e a Comissaio de Comércio do Mercosul Segao 1 Do Conselho do Mercado Comum Artigo 3 O Conselho do Mercado Comum € 0 érgao y do Mercosul ao qual incumbe a condugao politica doa de integragao ¢ a tomada de decisGes para as#e i cumprimento dos objetivos estabelecidos pelo Ti ada de Assungéio € para lograr a constitui¢ao final do mercado’ Gum MERCOSUR MERCOSUL Artigo 4 © Conselho do Mercado Comum sera integrado pelos Ministros das Relagdes Exteriores; ¢ pelos Ministros da Economia, ou seus equivalentes, dos Estados Partes. Artigo 5 ‘A Presidéncia do Conselho do Mercado Comum sera exercida por rotagao dos Estados Partes, em ordem alfabética, pelo periodo de seis meses. Artigo 6 O Conselho do Mercado Comum reunir-se-4 quantas vezes estime oportuno, devendo fazé-lo pelo menos uma vez por semestre com a participagéio dos Presidentes dos Estados Partes. Artigo 7 ‘As reunides do Conselho do Mercado Comum seraio coordenadas pelos Ministérios das Relagdes Exteriores ¢ poderao ser convidados a delas participar outros Ministros ou autoridades de nivel ministerial. Artigo 8 Sao fungdes © atribuigdes do Conselho do Mercado Comum: 1 - Velar pelo cumprimento do Tratado de Assunc¢do, de seus Protocolos e dos acordos firmados em seu Ambito; ll - Formular politicas ¢ promover as agdes ne 4 conformagao do mercado comum, Ill - Exercer a titularidade da personalidade Mercosul IV - Negociar e firmar acordos em nome do Mercosul com terceiros pafses, grupos de paises e organizagdes internacionais, Estas fungdes podem ser delegadas ao Grupo Mercado Comum por mandato expresso, mas condigdes. estipuladas no inciso VII do artigo 14, \V - Manifestar-se sobre as propostas que Ihe sejam elevadas pelo Grupo Mercado Comum, VI - Criar reunides de ministros e pronunciar-se sobre os acordos que Ihe sejam remetidos pelas mesmas, VII - Criar os Orgéios que estime pertinentes, assim como modificd-los ou extingui-los; VIIL - Esclarecer, quando estime necessario, 0 contetido & o alcance de suas Decisdes; IX - Designar o Diretor da Secretaria Administrativa do Mercosul xX Adotar DecisSes em matéria financeira orgamentaria; XI - Homologar o Regimento Interno do Grupo Mercado Comum, Artigo 9 © Conselho do Mercado Comum manifestar-se-4 mediante Decisées, as quais serao obrigatérias para os Estados Partes, Segao II Do Grupo Mercado Comum Artigo 10 © Grupo Mercado Comum € 0 6rgdo Mercosul MERCOSUL Artigo 11 © Grupo Mercado Comum sera integrado por quatro membros titulares e quatro membros alternos por pais, designados pelos respectivos Governos, dentre os quais devem constar necessariamente representantes dos Ministérios das Relagdes Exteriores, dos Ministérios da Economia (ou equivalentes) e dos Bancos Centrais. O Grupo Mercado Comum sera coordenado pelos Ministérios das Relagdes Exteriores. Artigo 12 Ao elaborar e propor medidas concretas no desenvolvimento de seus trabalhos, o Grupo Mercado Comum podera convocar, quando julgar conveniente, representantes de outros érgfios da Administragdo Publica ou da estrutura institucional do Mercosul Artigo 13 O Grupo Mercado Comum reunir-se-4 de forma ordindria ou extraordinaria, quantas vezes se fizerem necessarias, nas condigdes estipuladas por scu Regimento Interno: Artigo 14 Sao fungdes e atribuigdes do’ Grupo Mercado Comum: I - Velar, nos limites de suas competéncias, pelo cumprimento do Tratado de Assungao, de seus Protocolos e dos acordos firmados em seu ambito; ll - Propor projetos de Deciséo ao Col Mercado Comum; Ill - Tomar as medidas necessarias ao cumpr| Decisdes adotadas pelo Conselho do Mercado Comu ~ "MERCOSUR MERCOSUL IV - Fixar programas de trabalho que assegurem avancos para o estabelecimento do mercado comum, Y ~~ Criar, modificar ou extinguir Orgaos tais como subgrupos de trabalho e reunides especializadas, para o cumprimento de seus objetivos; VI - Manifestar-se sobre as propostas ou recomendagdes que Ihe forem submetidas pelos demais orgaos do Mercosul no Ambito de suas competéncias; VI - Negociar, com a participagiio de representantes de todos os Estados Partes, por delegagdo expressa do Conselho do Mercado Comum e dentro dos limites estabelecidos em mandatos especfficos concedidos para esse fim, acordos em nome do Mercosul com terceiros paises, grupos de paises organismos internacionais. O Grupo Mercado Comum, quando dispuser de mandato para tal fim, procederd a assinatura dos mencionados acordos. O Grupo Mercado Comum, quando autorizado pelo Conselho do Mercado Comum, podera delegar os referidos poderes 4 Comissdo de Comércio do Mercosul, VIIl_ - Aprovar 0 orgamento ¢ a prestagtio de contas anual apresentada pela Secretaria Administrativa do Mercosul; IX - Adotar Resolugdes em matéria financeira ¢ orgamentaria, com base nas orientagoes emanadas do Conselho do Mercado Comum; X - Submeter ao Conselho do Mercado Comum seu Regimento Interno; XI - Organizar as reunites do Conselho do Mercado Comum e preparar os relatorios € estudos que este the solicitar. XIl_ - Eleger 0 Diretor da Secretaria Administrativa do Mercosul; : XII] - Supervisionar as atividades da Secretaria Administrativa do Mercosul; XIV - Homologar os Regimentos Internos da Cy Comércio ¢ do Foro Consultivo Econémico-Social; o “MERCOSUR Artigo 15 O Grupo Mercado Comum manifestar-se-4 mediante Resolugdes, as quais serao obrigatorias para os Estados Partes. Segao II] Da Comissao de Comércio do Mercosul Artigo 16 A Comissio de Comércio do Mercosul, érgao encarregado de assistir 0 Grupo Mercado Comum, compete velar pela aplicagaio dos instrumentos de politica comercial comum acordados pelos Estados Partes para 0 funcionamento da uniao aduaneira, bem como acompanhar e revisar os temas € matérias relacionados com as politicas comerciais comuns, com 0 comércio intra-Mercosul e com terceiros paises. Artigo 17 A Comissiio de Comércio do Mercosul sera integrada por quatro membros titulares ¢ quatro membros alternos por Estado Parte e sera coordenada pelos Ministérios das Relagdes Exteriores. Artigo 18 A Comissiio de Comércio do Mercosul reunir-se-4 pelo menos uma vez por més ou sempre que solicitado pelo Grupo Mercado Comum ou por qualquer dos Estados Partes. Artigo 19 Sao funges ¢ atribuigdes da Comissaio de Cc do Mercosul MERCOSUR MERCOSUL I - Velar pela aplicag&o dos instrumentos comuns de politica comercial intra-Mercosul e com terceiros paises, organismos internacionais ¢ acordos de comércio; Tl ~- Considerar e pronunciar-se sobre as. solicitagdes apresentadas pelos Estados Partes com respeito 4 aplicago e ao cumprimento da tarifa externa comum e dos demais instrumentos de politica comercial comum; Ul - Acompanhar a aplicagao dos instrumentos de politica comercial comum nos Estados Partes; [Vv - Analisar a evolugao dos instrumentos de politica comercial comum para o funcionamento da uni&o aduaneira ¢ formular Propostas a respeito ao Grupo Mercado Comum, Vv - Tomar as decisées vinculadas 4 administragaio ¢ a aplicagdo da tarifa externa comum ¢ dos instrumentos de politica comercial comum acordados pelos Estados Partes; VI - Informar ao Grupo Mercado Comum sobre a evolugio € a aplicagao dos instrumentos de politica comercial comum, sobre o tramite das solicitagdes recebidas e sobre as decisdes adotadas a respeito delas; VII - Propor a0 Grupo Mercado Comum novas normas ou modificagdes as normas existentes referentes 4 matéria comercial ¢ aduaneira do Mercosul, VIII - Propor a revistio das aliquotas tariférias de itens especificos da tarifa externa comum, inclusive para contemplar casos referentes a novas atividades produtivas no Ambito do Mercosul; IX - Estabelecer os comités técnicos necessarios ao adequado cumprimento de suas fungdes, bem como dirigir € supervisionar as atividades dos mesmos;, X - Desempenhar as tarefas vinculadas a politica comercial comum que lhe solicite o Grupo Mercado Comum, XI - Adotar o Regimento Interno, que subm: Grupo Mercado Comum para sua homologagio. Artigo 20 A Comissao de Comércio do Mercosul manifestar- se-& mediante Diretrizes ou Propostas. As Diretrizes serao obrigatérias para os Estados Partes. Axtigo 21 Além das fungdes ¢ atribuigdes estabelecidas nos artigos 16 e 19 do presente Protocolo, cabera 4 Comissao de Comércio do Mercosul considerar reclamagdes apresentadas pelas Segdes Nacionais da Comiss4o de Comércio do Mercosul, originadas pelos Estados Partes ou em demandas de particulares - pessoas fisicas ou juridicas -, relacionadas com as situagdes previstas nos artigos 1 ou 25 do Protocolo de Brasilia, quando estiverem em sua area de competéncia. Paragrafo primeiro - O exame das referidas reclamagdes no Ambito da Comiss&io de Comércio do Mercosul nao obstara a agéio do Estado Parte que efetuou a reclamagao ao amparo do Protocolo de Brasilia para Solugao de Controvérsias. Paragrafo segundo - As reclamagdes originadas nos casos estabelecidos no presente artigo obedecer%o o procedimento previsto no Anexo deste Protocolo. Segao IV Da Comissao Parlamentar Conjunta Artigo 22 A Comissio Parlamentar Conjunta ¢ representativo dos Parlamentos dos Estados Partes no Mercosul MERCOSUR MERCOSUL Artigo 23 A Comissto Parlamentar Conjunta sera integrada por igual namero de parlamentares representantes dos Estados Partes. Artigo 24 Os integrantes da Comiss%o Parlamentar Conjunta serdio designados pelos respectivos Parlamentos nacionais, de acordo com seus procedimentos internos. Artigo 25 ‘A Comissio Parlamentar Conjunta procurara acelerar os procedimentos internos correspondentes nos Estados Partes para a pronta entrada em vigor das normas emanadas dos orgdos do Mercosul previstos no Artigo 2 deste Protocolo. Da mesma forma, coadjuvara na harmonizagfo de legislagdes, tal como requerido pela avango do processo de integragie. Quando necessatio, o Conselho do Mercado Comum solicitaré a Comissao Parlamentar Conjunta o exame de temas prioritarios. Artigo 26 A Comissao Parlamentar Conjunta encaminhara, por intermédio do Grupo Mercado Comum, Recomendagdes ao Conselho do Mercado Comum. iq Artigo 27 A Comissdo Parlamentar Conjunta Regimento Interno. MERCOSUR MERCOSUL Do Foro Consultivo Econ6mico-Social Artigo 28 O Foro Consultivo Econémico-Social € 0 Orgaio de representagao dos setores econdmicos e sociais € sera integrado por igual niimero de representantes de cada Estado Parte. Artigo 29 © Foro Consultivo Econdmico-Social tera fungao consultiva e manifestar-se~4 mediante Recomendagdes ao Grupo Mercado Comum. Artigo 30 O Foro Consultivo Econémico-Social submetera seu Regitnento Interno ao Grupo Mercado Comum, para homologa¢ao. Segao VI Da Secretaria Administrativa do Mercosul Artigo 31 © Mercosul contard com ‘uma — Secretaria ‘Administrativa como érgao de apoio operacional. A Secretaria ‘Administrativa do Mercosul sera responsavel pela prestagao de servigos aos demais érgaos do Mercosul e tera sede permanente na cidade de Montevidéu Artigo 32 A Secretaria Administrativa do desempenhar as seguintes atividades: MERCOSUR MERCOSUL I - Servir como arquivo oficial da documentagaio do Mercosul; Il - Realizar a publicagdo e a difusao das decisSes adotadas no Ambito do Mercosul. Nesse contexto, The correspondera: i) Realizar, em coordenagao com os Estados Partes, as tradugdes auténticas para os idiomas espanhol ¢ portugués de todas as decisdes adotadas pelos drgdos da estrutura institucional do Mercosul, conforme previsto no artigo 39. ii) Editar o Boletim Oficial do Mercosul. Ill - Organizar os aspectos logisticos das reunides do Conselho do Mercado Comum, do Grupo Mercado Comum e da Comissio de Comércio do Mercosul e, dentro de suas possibilidades, dos demais orgios do Mercosul, quando as mesmas forem realizadas em sua sede permanente. No que se refere as reunides realizadas fora de sua sede permanente, a Secretaria Administrativa do Mercosul fornecera apoio ao Estado que sediar 0 evento. TV - Informar regularmente os Estados Partes sobre as medidas implementadas por cada pais para incorporar em seu ordenamento juridico as normas emanadas dos orgios do Mercosul previstos no Artigo 2 deste Protocolo. Vv - Registrar as listas nacionais dos arbitros e especialistas, bem como desempenhar outras__tarefas detcrminadas pelo Protocolo de Brasilia, de 17 de dezembro de 1991; Vi - Desempenhar as tarefas que fhe sejam solicitadas pelo Conselho do Mercado Comum, pelo Grupo Mercado Comum e pela Comissdio do Comércio do Mercosul; VII - Elaborar seu projeto de orgamento ¢ aprovado pelo Grupo Mercado Comum, praticar to necessarios 4 sua correta execugao; 2 = MERCOSUL MERCOSUR VIII - Apresentar anualmente ao Grupo Mercado Comum a sua prestag&o de contas, bem como relatério sobre suas atividades, Artigo 33 ‘A Secretaria Administrativa do Mercosul estara a cargo de um Diretor, 0 qual sera nacional de um dos Estados Partes. Sera cleito pelo Grupo Mercado Comum, em bases rotativas, prévia consulta aos Estados Partes, e designado pelo Conselho do Mercado Comum, Tera mandato de dois anos, vedada a reeleigao. Capitulo II Personalidade Juridica Artigo 34 O Mercosul tera personalidade juridica de Direito Internacional. Artigo 35 O Mercosul podera, no uso de suas atribuigdes, praticar todos os atos necessarios a realizagdo de seus objetivos, em especial contratar, adquirir ou alicnar bens moveis & imoveis, comparecer em juizo, conservar fundos e fazer transferéncias. Artigo 36 O Mercosul celebraré acordos de sede. ~ MERCOSUR Capitulo IIL Sistema de Tomada de Decisdes Artigo 37 ‘As decisdes dos orgdos do Mercosul ser&o tomadas por consenso © com a presenga de todos os Estados Partes. Capitulo IV Aplicagao Interna das Normas Emanadas dos Orgaos do Mercosul Artigo 38 Os Estados Partes comprometem-se a adotar todas as medidas necessarias para assegurar, em seus respectivos territérios, 0 cumprimento das normas emanadas dos Orgaos do Mercosul previstos no artigo 2 deste Protocolo. Pardgrafo Gnico - Os Estados Partes informardo 4 Secretaria Administrativa do Mercosul as medidas adotadas para esse fim Artigo 39 Serao publicados no Boletim Oficial do Mercosul, em sua integra, nos idiomas espanhol e portugués, 0 teor das Decisdes do Conselho do Mercado Comum, das Resolugdes do Grupo Mercado Comum, das Diretrizes da Comissio de Comércio do Mercosul e dos Laudos Arbitrais de solugao de controvérsias, bem como de quaisquer atos aos quais 0 Conselho do Mercado Comum ou o Grupo Mercado Comum entendam necessério atribuir publicidade oficial 7 MERCOSUL Artigo 40 A fim de garantir a vigéncia simulténea nos Estados Partes das normas emanadas dos orgdos do Mercosul previstos no Artigo 2 deste Protocolo, deverd ser observado 0 seguinte procedimento i) Uma vez aprovada a norma, os Estados Partes adotarao as medidas necessarias para a sua incorporagdo ao ordenamento juridico nacional e¢ comunicarao as mesmas a Secretaria Administrativa do Mercosul;, it) Quando todos os Estados Partes tiverem informado sua incorporagao aos respectivos ordenamentos juridicos internos, a Secretaria Administrativa do Mercosul comunicara o fato a cada Estado Parte; iii) As normas entrarfio em vigor simultaneamente nos Estados Partes 30 dias apés a data da comunicagao efetuada pela Secretaria Administrativa do Mercosul, nos termos do item anterior, Com esse objetivo, os Estados Partes, dentro do prazo acima, dardo publicidade do inicio da vigéncia das referidas normas por intermédio de seus respectivos diarios oficiais. Capitulo V Fontes Juridicas do Mercosul Artigo 41 As fontes juridicas do Mercosul sao: I instrumentos adicionais ou complementares, I~ Os acordos celebrados no ambito do Tr Assungio e seus protocolos; Ill - As Decisées do Conselho do Mercado Comum, as Resolugdes do Grupo Mercado Comum e as Diretrizes da Comissao de Comércio do Mercosul, adotadas desde a entrada em vigor do Tratado de Assungao. Artigo 42 As normas emanadas dos érgdos do Mercosul previstos no Artigo 2 deste Protocolo terao cardter obrigatério ¢ deveriio, quando necessério, ser incorporadas aos ordenamentos juridicos nacionais mediante os procedimentos previstos pela legislago de cada pais. Capitulo VI Sistema de Solugao de Controvérsias Axtigo 43 As controvérsias que surgirem entre os Estados Partes sobre a interpretagao, a aplicagdo ou o nao cumprimento das disposigées contidas no Tratado de Assungfo, dos acordos celebrados no Ambito do mesmo, bem como das Decisbes do Conselho do Mercado Comum, das Resolugdes do Grupo Mercado Comum e das Diretrizes da Comiss&o de Comercio do Mercosul, serdo submetidas aos procedimentos de solugéo estabelecidos no Protocolo de Brasilia, de 17 de dezembro de 1991 : Pardgrafo unico - Ficam também incorporadas aos Artigos 19 € 25 do Protocolo de Brasilia as Diretrizes da Comissaio de Comércio do Mercosul. Artigo 44 Antes de culminar 0 processo de conver; tarifa externa comum, os Estados Partes efetuaréo um: MERCOSUR ““MERCOSUL do atual sistema de solug&o de controvérsias do Mercosul, com vistas 4 adocio do sistema permanente a que se referem o item 3 do Anexo II] do Tratado de Assungio € o artigo 34 do Protocolo de Brasilia. Capitulo VII Orgamento Artigo 45 A Secretaria Administrativa do Mercosul contaré com orgamento para cobrir seus gastos de funcionamento € aqueles que determine 0 Grupo Mercado Comum. Tal orgamento seré financiado, em partes iguais, por contribuigdes dos Estados Partes. Capitulo VII Idiomas Artigo 46 Os idiomas oficiais do Mercosul sao 0 espanhol ¢ 0 portugués. A versdo oficial dos documentos de trabalho sera a do idioma do pais sede de cada reuniao. Capitulo IX Revisao Artigo 47 Kom Os Estados Partes convocardo, quando Aslgarem, oportuno, conferéncia diplomatica com 0 objetivo d Pevisar-a. estrutura institucional do Mercosul estabelecida pel \Bgesente MERCOSUR MERCOSUL Protocolo, assim como as atribuigdes especificas de cada um de seus Orgéos. Capitulo X Vigéncia Artigo 48 O presente Protocolo, parte integrante do Tratado de Assungao, tera duragdo indefinida e entraré em vigor 30 dias apos a data do depésito do terceiro instrumento de ratificagao. O presente Protocolo ¢ seus instrumentos de ratificag&o serao depositados ante o Governo da Republica do Paraguai. Artigo 49 O Governo da Reptiblica do Paraguai notificard aos Governos dos demais Estados Partes a data do depésito dos instrumentos de ratificag’io e da entrada em vigor do presente Protocolo. Artigo 50 Em matéria de adesao ou dentincia; regeréo como um todo, para 0 presente Protocolo, as normas estabelecidas pelo Tratado de Assungdo. A ades%o ou dentincia ao Tratado de Assungaio ou ao presente Protocolo significam, ipso iure, a adesio ou denincia ao presente Protocolo ¢ ao Tratado Assungiio. ELAC IAS MERCOSUR MERCOSUL Capitulo XI Disposig&o Transitoria Artigo 51 A estrutura institucional prevista no Tratado de Assuncao, de 26 de margo de 1991, assim como seus érgaos, sera mantida até a data de entrada em vigor do presente Protocolo, Capitulo XI Disposigdes Gerais Artigo 52 © presente Protocolo chamar-se-@ "Protocolo de Ouro Preto". Artigo 53 Ficam revogadas todas as disposigdes do Tratado de Assungaio, de 26 de margo de 1991, que conflitem com os termos do presente Protocolo ¢ com 0 teor das Decisdes aprovadas pelo Conselho do Mercado Comum durante 0 periodo de transigao. MERCOSUR iy - MERCOSUL Feito na cidade de Ouro Preto, Republica Federativa do Brasil, aos dezessete dias do més de dezembro de mil novecentos ¢ noventa ¢ quatro, em um original, nos idiomas portugués e espanhol, sendo ambos os textos igualmente auténticos. O Governo da Republica do Paraguai enviaré copia devidamente autenticada do presente Protocolo aos Governos dos demais Estados Partes. PBLA REPUBLICA ARGENTINA. 7 lZne a“ caWOs S44 Menem GuidoDi Tella Yo j amar Franco, oak i aan PELA REPUBLICA DO PARAGUAI — gga. Juan Yarios Wasmosy PELA REPUBLICA ORIENTAL DO URUGUAI , Ae dabomae Luis pie Lacalle Herrera MERCOSUR MERCOSUL ANEXO AO PROTOCOLO DE OURO PRETO PROCEDIMENTO GERAL PARA RECLAMACOES PERANTE A COMISSAO DE COMERCIO DO MERCOSUL, Artigo | ‘As reclamagdes apresentadas pelas Segdes Nacionais da Comisstio de Comércio do Mercosul, originadas pelos Estados Partes ‘ou em reclamagées de particulares - pessoas fisicas ou juridicas -, de acordo com o previsto no Artigo 21 do Protocolo de Ouro Preto, observarao 0 procedimento estabelecido no presente Anexo. Artigo 2 O Estado Parte reclamante apresentaré sua reclamagdo perante a Presidéncia Pro-Tempore da Comisséo de Comércio do Mercosul, a qual tomard as providéncias necessarias para a incorporagao do tema na agenda da primeira reuniao subseqtente da Comissaio de Comércio do Mercosul, respeitado o prazo minimo de uma semana de antecedéncia. Se néo for adotada decisdo na referida reunido, a Comissdo de Comércio do Mercosul remetera os antecedentes, sem outro procedimento, a um Comité Técnico Artigo 3 O Comité Técnico prepararé ¢ encaminhara & Comisséo de Comércio do Mercosul, no prazo maximo de 30 dias corridos, um parecer conjunto sobre a matéria. Esse parecer, bem como as conclusdes dos especialistas integrantes do Comité Técnico, quando nio for adotado parecer, ser%o levados em consider; Comiss’o de Comércio do Mercosul, quando esta dec reclamagao. MERCOSUR : : MERCOSUL Artigo 4 A Comissiio de Comércio do Mercosul decidira sobre a questéo em sua primeira reunizio ordinaria posterior ao recebimento do parecer conjunto ou, na sua auséncia, as _conclusdes dos especialistas, podendo também ser convocada uma reuniao extraordinaria com essa finalidade. Attigo 5 Se nao for alcangado o consenso na primeira reuniao mencionada no Artigo 4, a Comissio de Comércio do Mercosul encaminhara ao Grupo Mercado Comum as diferentes alternativas propostas, assim como o parecer conjunto ou as conclusdes dos especialistas do Comité Técnico, a fim de que seja tomada uma decisio sobre a matéria, O Grupo Mercado Comum pronunciar-se-8 a respeito no prazo de trinta (30) dias corridos, contados do recebimento, pela Presidéncia Pro-Tempore, das __ propostas encaminhadas pela Comissdo de Comércio do Mercosul. Artigo 6 Se houver consenso quanto 4 procedéncia da reclamagao, 0 Estado Parte reclamado deveré tomar as medidas aprovadas na Comissdo de Comércio do Mercosul ou no Grupo Mercado Comum. Em cada caso, a Comissio de Comércio do Mercosul ou, posteriormente, 0 Grupo Mercado Comum determinaréo prazo razodvel para a implementagao dessas medidas. Decorrido tal prazo sem que o Estado reclamado tenha observado 0 disposto na deciséo alcangada, seja na Comissao de Comércio do Mercosul ‘ou no Grupo Mercado Comum, o Estado reclamante podera recorrer diretamente ao procedimento previsto no Capitulo IV do Protocolo de Brasilia Artigo 7 Se nao for alcancado consenso na Comissao Mercosul e, posteriormente, no Grupo Mercado C MERCOSUL Estado reckimado n&o observar, no prazo previsto no Artigo 6,0 disposto na decis&o alcangada, o Estado reclamante poderé recorrer diretamente ao procedimento previsto no Capitulo IV do Protocolo de Brasilia, fato que seré comunicado a Secretaria Administrativa do Mercosul O Tribunal Arbitral, antes da emissao de seu Laudo, deverd, se assim solicitar o Estado reclamante, manifestar-se, no prazo de até quinze (15) dias apés sua constituigao, sobre as medidas provisorias que considere apropriadas, nas condigdes estipilladas pelo Astigo 18 do Protocolo de Brasilia.

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