You are on page 1of 95

ÍNDICE

Página

PREÂMBULO .......................................................................................................................................... 1 
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS .............................................................................................. 1 
CAPÍTULO II - REGIME DE FUNCIONAMENTO........................................................................... 2 
Secção I - Ofertas Educativas e Formativas........................................................................................ 2 
Secção II - Serviços e Horários ........................................................................................................... 3 
Secção III - Instalações e Equipamentos............................................................................................. 4 
CAPÍTULO III - GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO DA ESCOLA..................................................... 7
Secção I - Conselho Geral................................................................................................................... 7
Secção II - Director ........................................................................................................................... 10
Secção III - Conselho Pedagógico ................................................................................................... 14
Secção IV - Conselho Administrativo............................................................................................... 16
CAPÍTULO IV - COMUNIDADE EDUCATIVA............................................................................... 17
A – Alunos .......................................................................................................................................... 17
Secção I - Direitos............................................................................................................................. 17
Secção II - Deveres ........................................................................................................................... 18
Secção III - Disciplina....................................................................................................................... 22
Secção IV - Procedimento Disciplinar .............................................................................................. 24
Secção V – Estatutos Especiais......................................................................................................... 26
B – Docentes .......................................................................................................................................... 27 
Secção I - Direitos e Deveres dos Docentes...................................................................................... 27
Secção II - Competências.................................................................................................................. 28
Secção III - Normas de Actuação...................................................................................................... 29
Secção IV - Avaliação....................................................................................................................... 31
C – Pessoal Não Docente ........................................................................................................................ 32 
Secção I - Categorias Profissionais ................................................................................................... 32
Secção II - Direitos e Deveres do Pessoal Não Docente................................................................... 32
Secção III - Competências ................................................................................................................ 33
Secção IV - Avaliação do Pessoal Não Docente............................................................................... 38
D - Pais e Encarregados de Educação................................................................................................... 39 
Secção I - Direitos e Deveres ............................................................................................................ 39
CAPÍTULO V - ESTRUTURAS DE COORDENAÇÃO E SUPERVISÃO PEDAGÓGICA ........ 40
Secção I - Departamentos Curriculares............................................................................................. 40
Secção II - Outros Departamentos .................................................................................................... 44
Subsecção I - Departamento dos Cursos Profissionais................................................................ 44
Subsecção II - Departamento dos Projectos ................................................................................ 46
Secção III - Coordenação de Ano ..................................................................................................... 48
Secção IV - Direcção de Turma ........................................................................................................ 49
Secção V - Conselho de Turma......................................................................................................... 51
Secção VI - Direcção dos Cursos Tecnológicos ............................................................................... 53
Secção VII - Plano Tecnológico de Educação (PTE)........................................................................ 54
Secção VIII - Educação para a Saúde ............................................................................................... 55
CAPÍTULO VI - CURSOS PROFISSIONAIS .................................................................................... 56
Secção I - Estrutura Curricular.......................................................................................................... 56
Secção II - Regime de Assiduidade................................................................................................... 56
Secção III - Aprovação,Progressão e Conclusão .............................................................................. 57
Secção IV - Formação em Contexto de Trabalho (FCT) .................................................................. 57
Secção V - Prova de Aptidão Profissional (PAP) ............................................................................. 60
CAPÍTULO VII - CURSOS TECNOLÓGICOS................................................................................. 62
Secção I - Organização...................................................................................................................... 62
Secção II - Estágio ............................................................................................................................ 63
Secção III - Prova de Aptidão Tecnológica (PAT) ........................................................................... 65

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra -i-


CAPÍTULO VIII - EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE ADULTOS................................................... 66
Secção I - Centro Novas Oportunidades ........................................................................................... 66
Secção II - Cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA)....................................................... 70
Secção III - Formações Modulares.................................................................................................... 75
Secção IV - Ensino Recorrente de Nível Secundário por Módulos Capitalizáveis........................... 76
Secção V - Educação Extra-Escolar.................................................................................................. 77
CAPÍTULO IX - APOIO AOS ALUNOS ............................................................................................ 78
Secção I - Serviço de Psicologia e Orientação .................................................................................. 78
Secção II - Necessidades Educativas Especiais de Carácter Prolongado.......................................... 80
Secção III - Apoio Pedagógico Acrescido ........................................................................................ 82
CAPÍTULO X - COMPLEMENTO CURRICULAR ......................................................................... 83
Secção I - Biblioteca Escolar ............................................................................................................ 83
Secção II - Visitas de Estudo ............................................................................................................ 85
Secção III - Desporto Escolar ........................................................................................................... 86
Secção IV - Actividades de Ocupação dos Tempos Escolares ......................................................... 88
CAPÍTULO XI - ACÇÃO SOCIAL ESCOLAR ................................................................................. 88
Secção I - Programa de Alimentação e Nutrição .............................................................................. 89
Secção II - Programa de Acção Social Escolar ................................................................................. 89
DISPOSIÇÕES FINAIS......................................................................................................................... 92 

ANEXO 1 – OFERTA FORMATIVA CURRICULAR


(Susceptível de revisão anual)

ANEXO 2 – OFERTA FORMATIVA EXTRA-CURRICULAR (PROJECTOS)


(Susceptível de revisão anual)

ANEXO 3 – SEGURANÇA E HIGIENE

ANEXO 4 – INSTALAÇÕES ESPECÍFICAS

ANEXO 5 – PROCEDIMENTO CONCURSAL DA ELEIÇÃO DO DIRECTOR

ANEXO 6 – NORMAS DOS SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - ii -


PREÂMBULO

A actual Escola Secundária José Saramago – Mafra iniciou a sua actividade, em Outubro de 1970,
como uma secção do Liceu D. Pedro V. Posteriormente, em 1976, ganhou autonomia e instituiu-se
como um espaço próprio ao abrigo do Decreto-Lei n.º 260-B/75, de 26 de Maio.
Decorridos 22 anos, o Ministério da Educação determinou, por Despacho n.º 20060/98 (2ª série),
de 30 de Outubro, que a Escola Secundária de Mafra passasse a denominar-se Escola Secundária
José Saramago – Mafra, após o escritor José Saramago ter sido galardoado com o Prémio Nobel
da Literatura pelo seu romance Memorial do Convento.

Ao longo da sua existência, sempre procurou responder aos desafios lançados pelas alterações no
sistema educativo, evidenciando uma dinâmica de aperfeiçoamento das suas práticas sócio-
educativas, administrativas, e de inter-relação com o meio envolvente.

Tem sede nesta Escola o Centro de Formação de Associação de Escolas Rómulo de Carvalho –
Mafra, entidade com regulamento próprio e autonomia pedagógica, reservando-se a escola o
direito à tomada de decisões de natureza administrativa, bem como à exigência do respectivo
cumprimento por parte dessa entidade.

O presente Regulamento Interno assenta nos princípios orientadores que presidem ao Projecto
Educativo de Escola, e que são os seguintes:

- Melhorar o sucesso escolar;


- Promover a formação integral dos alunos;
- Aumentar o envolvimento de todos os elementos da comunidade educativa.

Capítulo I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 1º.

Objecto e Âmbito de Aplicação

1. O presente regulamento aplica-se aos membros da comunidade escolar e a utentes ocasionais


do seu espaço, devidamente autorizados.
2. O regulamento e normativos complementares são divulgados na página electrónica da escola e
encontram-se para consulta em suporte de papel na biblioteca e nas salas de directores de
turma, docentes e pessoal não docente.
3. No início de cada ano lectivo, nos termos da legislação em vigor, as secções do presente
regulamento respeitantes aos alunos e encarregados de educação são divulgadas, directamente,
junto destes.

Artigo 2º.

Princípios Orientadores

O presente regulamento consagra:


a) a participação dos membros da comunidade escolar;
b) a colegialidade e responsabilização nas opções tomadas;
c) a transparência nas decisões e a clareza na informação;
d) a convergência e a coerência no desenvolvimento da acção educativa.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra -1-


Artigo 3º.

Estruturas / normativos complementares

1. Para além do presente regulamento interno existem ainda os regimentos e normativos próprios
das seguintes estruturas:
a) conselho geral
b) conselho pedagógico
c) conselho administrativo
d) departamentos
e) coordenação de directores de turma
f) centro de novas oportunidades (CNO)
g) biblioteca
h) laboratórios
i) salas de informática
j) salas de artes
k) serviço de psicologia e orientação (SPO)
2. Existem ainda normativos próprios que regulamentam:
a) estágios dos cursos tecnológicos e profissionais;
b) provas de aptidão tecnológica e provas de aptidão profissional;
c) núcleos e clubes;
d) equipa do plano tecnológico para a educação.

Artigo 4º.

Acumulação de Cargos e Funções

1. Os membros do conselho geral, subdirector, adjuntos e assessores do director não podem


acumular o exercício de funções nestes órgãos, salvo nas situações previstas na lei por
inerência de cargo ou função.
2. Nas estruturas de orientação educativa:
a) os adjuntos do director não podem desempenhar qualquer função ou cargo nas
estruturas de orientação educativa desde que daí decorra a representação, por
inerência, no conselho pedagógico;
b) não pode verificar-se o desempenho de mais de um cargo que implique a presença do
mesmo elemento em mais de um órgão de administração e gestão.
3. Em casos excepcionais, mediante proposta devidamente fundamentada, subscrita pelo
responsável do órgão de administração e gestão ou estrutura em causa, pode o conselho geral
autorizar o desempenho do cargo ou função, para além do limite imposto nos pontos
anteriores.

Capítulo II

REGIME DE FUNCIONAMENTO

Secção I

Ofertas Educativas e Formativas

Artigo 5º.

Cursos

1. A Escola Secundária José Saramago - Mafra oferece cursos destinados a jovens, em idade de
frequência do ensino secundário, e a adultos que pretendam concluir o 3.º ciclo do ensino
básico ou o ensino secundário em diferentes modalidades de formação.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra -2-


2. Os cursos destinados a jovens, a funcionarem em regime diurno, são os seguintes:
a) cursos científico – humanísticos;
b) cursos tecnológicos;
c) cursos profissionais.
3. Os cursos destinados a adultos, a funcionarem predominantemente em regime pós-laboral, são
os seguintes:
a) cursos científico – humanísticos;
b) cursos de educação e formação de adultos (EFAs) (ensino básico e ensino
secundário);
c) cursos de educação extra – escolar (EEEs).
4. A escola oferece ainda:
a) vias alternativas de conclusão do ensino secundário;
b) formações modulares.
5. Os turnos e os horários de todos os cursos a funcionar na escola são definidos e divulgados
anualmente, no início de cada ano lectivo, pela forma mais adequada e de melhor acesso a
toda a comunidade escolar.
6. Exceptuam-se ao regulamentado no número anterior os cursos de educação e formação de
adultos (EFA), os cursos de educação extra-escolar (EEE) e as formações modulares.
7. Os horários dos cursos EFA, EEE e formações modulares são definidos ao longo do ano
lectivo, sempre que exista número suficiente de inscrições para a constituição de um grupo de
formação e são divulgados em momento prévio à data de início dos cursos.
8. Na definição dos horários é reservado o último bloco do turno da tarde, à quarta-feira, para
realização de reuniões das diferentes estruturas de gestão, organização e administração.
9. As reuniões referidas no número anterior podem realizar-se em qualquer outro dia da semana
por decisão do director e sem prejuízo das actividades lectivas.
10. A oferta formativa da escola é anualmente definida em conformidade com as orientações da
rede escolar (ver anexo I).
11. Nas aulas de 135 minutos o intervalo far-se-á em função da actividade que se está a realizar,
devendo o professor informar o funcionário do pavilhão.
12. Nas aulas de 90 minutos que ocupem o último segmento do bloco anterior e o primeiro
segmento do bloco seguinte, o tempo destinado a intervalo é descontado no final da aula.

Secção II

Serviços e Horários

Artigo 6º.

Serviços e seu Funcionamento

1. A Escola Secundária José Saramago mantém-se aberta, sem interrupção, das oito às vinte e
quatro horas, de segunda a sexta-feira. Aos sábados está aberta, excepcionalmente, sempre
que estejam previstas quaisquer acções de complemento curricular, de formação contínua ou
outras.
2. Os serviços disponibilizados e os respectivos horários de funcionamento são anualmente
definidos de acordo com critérios de gestão de recursos humanos, financeiros e espácio-
temporais e divulgados à comunidade escolar e a terceiros pelas formas consideradas
adequadas.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra -3-


Secção III

Instalações e Equipamentos

Artigo 7º.

Espaço Físico

1. A Escola Secundária José Saramago - Mafra ocupa uma área total de 32.943 m2, reservada às
edificações, enquadradas por um espaço verde ajardinado.
2. O espaço referido no número anterior encontra-se em processo de intervenção estrutural com
vista à sua modernização.

Artigo 8º.

Cedência e Aluguer de Espaços e Equipamentos

1. A escola pode ceder a título gratuito ou oneroso os espaços e os equipamentos solicitados por
pessoas singulares que não integrem a comunidade escolar, ou entidades colectivas com quem
mantenha parceria ou protocolo, desde que tal cedência não perturbe o funcionamento normal
das actividades escolares.
2. A escola pode alugar espaços e equipamentos a pessoas singulares e entidades colectivas que
o requeiram, quando não mantenham qualquer parceria ou protocolo, desde que tal cedência
não perturbe o funcionamento normal das actividades escolares.
3. A determinação do valor a cobrar, em caso de cedência ou do aluguer, é feita considerando as
circunstâncias específicas em que ocorrerem.

Artigo 9º.

Distribuição Espacial

1. Os serviços lectivos, de gestão, administrativos e de formação distribuem-se pelas instalações


existentes, em conformidade com as necessidades que, em cada ano lectivo, a escola tem de
satisfazer.
2. Os serviços que, pela sua natureza, só podem ser prestados em instalações específicas,
mantêm-se afectos a essas instalações, com carácter de continuidade.

Artigo 10º.

Acessos à Escola

1. O acesso ao recinto escolar é feito pelo portão principal (Avenida Cidade de Leimen), pelo
portão de serviço aos fornecedores e pelo portão de acesso ao parque desportivo.
2. O portão de serviço aos fornecedores é accionado quando necessário.
3. O portão de acesso ao parque desportivo serve para facilitar a entrada nas respectivas
instalações pelos elementos da comunidade escolar e é controlado, em permanência, por um
assistente operacional da escola.
Artigo 11º.

Portaria

1. Junto ao portão principal da escola encontra-se o espaço destinado ao exercício das funções de
vigilância de entradas e saídas (portaria), realizadas pelo assistente operacional designado para
o efeito.
2. A entrada dos alunos na escola é feita mediante a passagem do cartão magnético de
identificação nos leitores próprios.
3. A não exibição do cartão magnético pelos alunos obriga ao registo da identificação do aluno,
pelo técnico assistente operacional, para posterior comunicação ao director ou outro elemento

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra -4-


da sua equipa.
4. O assistente operacional de serviço à portaria deve solicitar a todos os utentes ocasionais um
documento de identificação para registo de dados. Estes utentes ficam portadores de um
cartão de visitante que mantêm em sua posse até à saída.
5. Encontra-se instalado um circuito interno de vídeo - vigilância, associado ao actual sistema de
acesso por via de cartão magnético, referido no número dois do presente artigo.

Artigo 12º.

Sistema Electrónico de Identificação, Segurança e Pagamento de Serviços

1. Os membros da comunidade escolar são portadores de um cartão magnético de identificação,


pessoal e intransmissível.
2. A posse legítima do cartão magnético garante o acesso ao espaço físico da escola.
3. A informação obtida através do sistema electrónico de segurança encontra-se centralizada em
local próprio com acesso restrito, é confidencial e da exclusiva responsabilidade do director.
4. O cartão magnético de identificação pode ser utilizado nas seguintes funções:
a) pagamento de bens e serviços disponíveis na escola;
b) marcação e pagamento de refeições nos quiosques instalados para o efeito;
c) consulta do registo de assiduidade pelos alunos, nos quiosques mencionados na alínea
anterior.
5. Em caso de perda do vínculo à escola, bem como em outras situações devidamente
autorizadas, o utilizador é reembolsado do saldo existente no cartão magnético.
6. Em caso de extravio ou impossibilidade física de utilização do cartão magnético, o saldo é
reposto no momento da aquisição do novo cartão.

Artigo 13º.

Cacifos

A escola dispõe de cacifos que disponibiliza aos docentes bem como aos alunos mediante pagamento
prévio de uma caução, cujo valor é estipulado anualmente.

Artigo 14º.

Estação Meteorológica

1. A escola dispõe de uma estação meteorológica com sensores de medição de temperatura,


humidade, vento, humidade nas plantas, radiação ultravioleta, evapotranspiração e pressão
atmosférica.
2. Os dados recolhidos são armazenados e tratados na biblioteca, em computador com software
específico.
Artigo 15º.

Rede Informática

1. Existem na escola duas redes informáticas distintas:


a) rede-alunos;
b) rede-administrativa.
2. Todos os computadores instalados nas salas - de informática, de docentes, em alguns
gabinetes de departamentos e os utilizáveis pelos alunos na biblioteca - estão ligados à rede-
alunos, possuindo cada utilizador uma conta e uma palavra-chave que lhe permite o acesso.
3. A rede-administrativa integra a rede-administrativa propriamente dita e a rede de sistema
integrado de gestão escolar (SIGE).
4. As redes referidas na alínea anterior, apesar de fisicamente ligadas, têm acessos diferenciados.
5. A rede-administrativa propriamente dita liga os computadores afectos à utilização dos órgãos
de gestão e administração, dos serviços administrativos, dos directores de turma, e do Centro
de Formação da Associação de Escolas Rómulo de Carvalho - Mafra.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra -5-


6. A rede SIGE liga os computadores com software de gestão dos cartões magnéticos.

Artigo 16º.

Plataforma Moodle

1. Encontra-se instalada na escola uma aplicação informática de e-learning, designada


plataforma moodle, cujo objectivo é envolver toda a comunidade escolar numa aprendizagem
partilhada e enriquecedora para todos os seus intervenientes que passa pela partilha recíproca
de informação.
2. A utilização da plataforma permite criar e/ou disponibilizar recursos educativos, nas
disciplinas das diferentes áreas disciplinares e em suportes diversificados.
3. O modelo de utilização da plataforma integra o plano de acção anual para as tecnologias de
informação e comunicação (TIC), elaborado pela equipa do plano tecnológico de educação
(PTE).
4. O plano de acção anual referido no ponto anterior é concebido no quadro do projecto
educativo de escola, integrado no plano anual de actividades e articulado com o plano de
formação do Centro de Formação da Associação de Escolas Rómulo de Carvalho – Mafra.

Artigo 17º.

Gestor de Actividades TIC na Educação – GATo

1. A escola dispõe de uma aplicação informática designada pela sigla GATo, destinada a facilitar
a actividade de planeamento, o processo de avaliação de actividades, a gestão de recursos e a
publicação de documentação.
2. A utilização da ferramenta referida no número anterior é possível após a entrega, pelo
coordenador da equipa do plano tecnológico de educação, de um código de utilização e da
respectiva palavra-chave.

Artigo 18º.

Divulgação Interna da Informação

1. Os meios de divulgação interna da informação são, de entre os disponíveis, aqueles que se


afigurem mais ajustados à natureza da informação a divulgar e preferencialmente de entre os
seguintes:
a) afixação nos locais de estilo da escola (serviços administrativos, sala de docentes, sala
de alunos, sala de pessoal não docente e portaria);
b) página electrónica da escola;
c) e-mail institucional.
2. Carece de autorização do director ou em quem este delegar, a afixação de toda a informação
no espaço escolar.

Artigo 19º.

Direito à Privacidade

A recolha de imagens ou quaisquer outras gravações, dentro do recinto escolar, independentemente


do objecto, carece de autorização do director ou do interessado, conforme a situação.

Artigo 20º.
Decreto-Lei n.º
Bandeiras 150/87, de 30
de Março
1. A bandeira da escola e a bandeira nacional são colocadas a meia haste sempre que seja decretado
luto nacional, pelo período em que este decorrer.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra -6-


2. Em caso de falecimento de qualquer membro da comunidade escolar, a bandeira da escola é
colocada a meia haste pelo período de dois dias.

Capítulo III

GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO DA ESCOLA

Secção I

Conselho Geral

Artigo 21º.
Decreto-Lei n.º
Caracterização 75/2008, de 22
de Abril

1. O conselho geral é o órgão de direcção estratégica responsável pela definição das linhas Decreto-Lei n.º
orientadoras da actividade da escola, assegurando a participação e a representação da 7/2003, de 15
comunidade educativa. de Janeiro
2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, a articulação com o município faz-se ainda
através das câmaras municipais no respeito pelas competências dos Conselhos Municipais de
Educação.

Artigo 22º.

Composição

1. O número de membros que compõem o conselho geral é de 19, encontrando-se repartidos pela Decreto-Lei n.º
forma seguinte: 75/2008, de 22
de Abril
• 7 representantes dos docentes
• 1 representante dos assistentes técnicos e do técnico superior
• 1 representante dos assistentes operacionais
• 3 representantes dos pais e encarregados de educação
• 2 representantes dos alunos
• 3 representantes do município
• 2 representantes da comunidade local
2. O director participa nas reuniões do conselho geral, sem direito a voto.

Artigo 23º.

Competências

1. Compete ao conselho geral: Decreto-Lei n.º


75/2008, de 22
a) eleger o respectivo presidente, de entre os seus membros, à excepção dos de Abril
representantes dos alunos;
b) eleger o director;
c) aprovar o projecto educativo e acompanhar e avaliar a sua execução;
d) aprovar o regulamento interno;
e) aprovar os planos anual e plurianual de actividades;
f) apreciar os relatórios periódicos e aprovar o relatório final de execução do plano
anual de actividades;
g) aprovar as propostas de contratos de autonomia;
h) definir as linhas orientadoras para a elaboração do orçamento;
i) definir as linhas orientadoras do planeamento e execução pelo director, das
actividades no domínio da acção social escolar;
j) aprovar o relatório de conta de gerência;
k) apreciar os resultados do processo de auto-avaliação da escola;
l) pronunciar-se sobre os critérios de organização dos horários;

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra -7-


m) acompanhar a acção dos demais órgãos de administração e gestão;
n) promover o relacionamento com a comunidade educativa;
o) definir os critérios para a participação da escola em actividades pedagógicas,
científicas, culturais e desportivas.
2. O presidente é eleito por maioria absoluta dos votos dos membros do conselho geral, em
efectividade de funções.
3. No desempenho das suas competências, o conselho geral tem a faculdade de requerer aos
restantes órgãos as informações necessárias para realizar, eficazmente, o acompanhamento e a
avaliação do funcionamento da escola e de lhes dirigir recomendações, com vista ao
desenvolvimento do projecto educativo e ao cumprimento do plano anual de actividades.
4. O conselho geral pode constituir no seu seio uma comissão permanente, na qual pode delegar
as competências de acompanhamento da actividade da escola entre as suas reuniões
ordinárias.
5. A comissão permanente constitui-se como uma fracção do conselho geral, respeitada a
proporcionalidade dos corpos que nele têm representação.

Artigo 24º.

Designação dos Representantes

1. Os representantes dos alunos, dos docentes e do pessoal não docente no conselho geral são Decreto-Lei n.º
eleitos separadamente pelos respectivos corpos. 75/2008, de 22
2. Os representantes dos pais e encarregados de educação são eleitos em assembleia-geral de de Abril
pais e encarregados de educação da escola precedida de esclarecimentos prévios quanto aos
objectivos e funções a desempenhar.
3. Os representantes dos pais e encarregados de educação deverão reunir pelo menos um terço
dos votos dos membros presentes.
4. Os representantes do município são designados pela câmara municipal, podendo esta delegar
tal competência nas juntas de freguesia.
5. A designação a que se refere o número anterior deve ocorrer no período previsto no presente
regulamento para a tomada de posse do conselho geral.
6. Os representantes da comunidade local, quando se trate de individualidades ou representantes
de actividades de carácter económico, social, cultural e científico, são cooptados pelos demais
membros, com respeito pelos seguintes critérios:
a) os fins que prosseguem;
b) os interesses que representam para a comunidade escolar;
c) a inserção na comunidade;
d) a representatividade local.
7. A cooptação realiza-se nos seguintes termos:
a) apresentação de propostas, pelos membros do conselho geral, de representantes da
comunidade local a serem cooptados;
b) deliberação dos membros a cooptar, por maioria absoluta;
c) convite formalizado, pessoalmente, pelo presidente do conselho geral aos membros
propostos.
8. Os representantes da comunidade local, quando se trate de representantes de instituições ou
organizações, são designados por essas instituições ou organizações.

Artigo 25º.

Eleições

1. Os representantes referidos no número um do artigo anterior candidatam-se à eleição,


apresentando-se em listas separadas. Decreto-Lei n.º
2. As listas devem conter a indicação dos candidatos a membros efectivos, em número igual ao 75/2008,
de Abril
de 22

dos respectivos representantes no conselho geral.


3. O número de membros suplentes deve ser igual ao número de membros efectivos.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra -8-


4. A mesa eleitoral das assembleias de alunos e a de docentes é constituída por um presidente e
quatro vogais, sendo um destes o secretário e ainda por três suplentes eleitos.
5. A mesa eleitoral da assembleia do pessoal não docente é constituída por um presidente e dois
vogais, sendo um destes o secretário e ainda por dois suplentes eleitos.
6. Na abertura e encerramento do acto eleitoral, todos os membros da mesa devem estar
presentes, podendo durante o seu decurso estar presentes apenas três membros.
7. O acto eleitoral dos alunos e dos docentes decorre das 10 às 21 horas, podendo terminar antes,
caso todos os eleitores tenham votado.
8. O acto eleitoral do pessoal não docente decorre das 12 às 18 horas, podendo terminar antes
caso todos os eleitores tenham votado.
9. O processo eleitoral realiza-se por sufrágio secreto e presencial.
10. A conversão dos votos em mandatos faz-se de acordo com o método de representação
proporcional da média mais alta de Hondt.
11. Não havendo listas concorrentes, o presidente do conselho geral abre novo processo eleitoral,
no prazo de dez dias úteis.
12. No caso de persistir a não existência de listas, a situação será comunicada, pelo presidente do
conselho geral cessante, ao director regional de educação, no prazo de cinco dias úteis.
13. O conselho geral cessante manter-se-á em funções até decisão em contrário do director
regional.

Artigo 26º.

Procedimento Eleitoral dos Docentes

1. Os procedimentos a respeitar para a eleição dos representantes dos docentes são os seguintes:
a) constituição da mesa da assembleia eleitoral em reunião geral de departamentos;
b) constituição de listas que integrem sete candidatos efectivos e sete candidatos
suplentes;
c) entrega das listas ao presidente do conselho geral no prazo e termos definidos em
comunicado prévio;
d) publicitação das listas por um período de cinco dias úteis;
e) realização da eleição e consequente apuramento dos resultados;
f) divulgação dos resultados.
2. As listas referidas na alínea b) do número anterior devem integrar, nos dois primeiros lugares,
docentes titulares na relação dos efectivos e um docente titular no primeiro lugar na relação
dos suplentes.

Artigo 27º.

Procedimento Eleitoral dos Alunos

1. Os procedimentos a respeitar para a eleição dos representantes dos alunos são os seguintes:
a) constituição da mesa da assembleia eleitoral, em reunião geral de delegados e
subdelegados de turma;
b) constituição de listas que integrem dois candidatos efectivos e dois candidatos
suplentes;
c) entrega das listas ao presidente do conselho geral, no prazo e termos definidos em
comunicado prévio;
d) publicitação das listas por um período de cinco dias úteis;
e) realização da eleição e consequente apuramento dos resultados;
f) divulgação dos resultados.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra -9-


Artigo 28º.

Procedimento Eleitoral do Pessoal não Docente


(Técnico Superior, Assistente Técnico e Assistente Operacional)

1. Os procedimentos a respeitar para a eleição dos representantes do pessoal não docente são os
seguintes:
a) constituição da mesa da assembleia eleitoral em reunião geral do pessoal não docente;
b) constituição de listas que integrem um candidato efectivo e um candidato suplente
respeitando as categorias profissionais do ponto 1 do artigo 22.º do presente
regulamento;
c) entrega das listas ao presidente do conselho geral, no prazo e termos definidos em
comunicado prévio;
d) publicitação das listas por um período de cinco dias úteis;
e) realização da eleição e consequente apuramento dos resultados;
f) divulgação dos resultados.

Artigo 29º.

Mandato
Decreto-Lei n.º
1. O mandato dos membros do conselho geral tem a duração de quatro anos, sem prejuízo do 75/2008, de 22
disposto nos números seguintes. de Abril
2. O mandato dos representantes dos pais e encarregados de educação e dos alunos tem a
duração de dois anos lectivos.
3. Os membros do conselho geral são substituídos no exercício do cargo se, entretanto, perderem
a qualidade que determinou a respectiva eleição ou designação.
4. As vagas resultantes da cessação do mandato dos membros eleitos são preenchidas pelo
primeiro candidato não eleito, segundo a respectiva ordem de precedência, na lista a que
pertencia o titular do mandato.
5. O conselho geral toma posse, perante o presidente cessante, nos trinta dias após a realização
do último acto eleitoral.

Artigo 30º.

Reuniões
Decreto-Lei n.º
1. O conselho geral reúne, ordinariamente, uma vez por trimestre e, extraordinariamente, sempre 75/2008, de 22
que convocado pelo respectivo presidente, por sua iniciativa, a requerimento de um terço dos de Abril
seus membros em efectividade de funções ou por solicitação do director.
2. As reuniões do conselho geral são marcadas em horário que permita a participação de todos os
seus membros.

Secção II

Director

Artigo 31º.
Decreto-Lei n.º
75/2008, de 22
Caracterização de Abril

O director é o órgão de administração e gestão da escola nas áreas pedagógica, cultural,


administrativa, financeira e patrimonial.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 10 -


Artigo 32º.

Eleição

O director é eleito pelo conselho geral nos termos da lei e do presente regulamento.

Artigo 33º. Decreto-Lei n.º


75/2008, de 22
Recrutamento de Abril

1. Para recrutamento do director, desenvolve-se um procedimento concursal, prévio à eleição,


nos termos da lei.
2. O aviso de abertura do procedimento concursal, o regulamento e o método de selecção
constam no anexo nº 6 do presente regulamento.
1.

Artigo 34º.

Métodos de Avaliação das Candidaturas

1. Os métodos utilizados para avaliação das candidaturas são aprovados pelo conselho geral sob
proposta de uma comissão designada para o efeito.
2. Não podem fazer parte da comissão referida no número anterior elementos candidatos ao
cargo de director desta escola.

Artigo 35º.
Decreto-Lei n.º
Posse 75/2008, de 22
de Abril
O director toma posse, perante o conselho geral, nos 30 dias subsequentes à homologação dos
resultados eleitorais pelo director regional de educação.

Artigo 36º.

Mandato
Decreto-Lei n.º
1. O mandato do director tem a duração de quatro anos. 75/2008, de 22
2. Até sessenta dias antes do termo do mandato do director, o conselho geral delibera sobre a de Abril
recondução do director ou a abertura do procedimento concursal tendo em vista a realização
de nova eleição.
3. A decisão de recondução do director é tomada por maioria absoluta dos membros do conselho
geral em efectividade de funções, não sendo permitida a sua recondução para um terceiro
mandato consecutivo.
4. Não é permitida a eleição para um quinto mandato consecutivo, nem durante o quadriénio
imediatamente subsequente ao termo do quarto mandato consecutivo.
5. Não sendo ou não podendo ser aprovada a recondução do director, de acordo com o disposto
nos números anteriores, abre-se o procedimento concursal tendo em vista a eleição do
director.
6. O mandato do director pode cessar:
a) a requerimento do interessado, dirigido ao director regional de educação, com a
antecedência mínima de 45 dias, fundamentado em motivos devidamente justificados;
b) no final do ano escolar, por deliberação do conselho geral, aprovada por maioria de
dois terços dos membros em efectividade de funções, em caso de manifesta
desadequação da respectiva gestão, fundada em factos comprovados e informações,
devidamente fundamentadas, apresentados por qualquer membro do conselho geral;
c) na sequência de processo disciplinar que se tenha concluído pela aplicação de sanção
disciplinar de cessação da comissão de serviço nos termos da lei.
7. A cessação do mandato do director determina a abertura de um novo procedimento concursal.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 11 -


Artigo 37º.

Regime de Exercício de Funções

1. O director exerce as funções em regime de comissão de serviço.


2. O exercício das funções de director faz-se em regime de dedicação exclusiva. Decreto-Lei n.º
3. O regime de dedicação exclusiva implica a incompatibilidade do cargo dirigente com 75/2008, de Abril
de 22

quaisquer outras funções, públicas ou privadas, remuneradas ou não.


4. Exceptuam-se do disposto no número anterior:
a) a participação em órgãos ou entidades de representação das escolas ou dos docentes;
b) comissões ou grupos de trabalho, quando criados por resolução ou deliberação do
Conselho de Ministros ou por despacho do membro do governo responsável pela área
da educação;
c) a actividade de criação artística e literária, bem como quaisquer outras de que resulte
a percepção de remunerações provenientes de direitos de autor;
d) a realização de conferências, palestras, acções de formação de curta duração e outras
actividades de idêntica natureza;
e) o voluntariado, bem como a actividade desenvolvida no quadro de associações ou
organizações não governamentais.
5. O director está isento de horário de trabalho, não lhe sendo, por isso, devida qualquer
remuneração por trabalho prestado fora do período normal de trabalho.
6. Sem prejuízo do disposto no número anterior, o director está obrigado ao cumprimento do
período normal de trabalho, assim como ao cumprimento do dever geral de assiduidade.
7. O director está dispensado da prestação de serviço lectivo, sem prejuízo de, por sua iniciativa,
o poder prestar na disciplina ou área curricular para a qual possua qualificação profissional.

Artigo 38º.

Competências

1. Compete ao director submeter à aprovação do conselho geral o projecto educativo elaborado Decreto-Lei n.º
pelo conselho pedagógico. 75/2008, de 22
de Abril
2. Ouvido o conselho pedagógico, compete também ao director:
a) elaborar e submeter à aprovação do conselho geral:
i. as alterações ao regulamento interno
ii. os planos anual e plurianual de actividades
iii. o relatório anual de actividades
iv. as propostas de celebração de contratos de autonomia
b) aprovar o plano de formação e de actualização dos docentes e pessoal não docente.
3. No acto de apresentação ao conselho geral, o director faz acompanhar os documentos
referidos na alínea a) do número anterior dos pareceres do conselho pedagógico.
4. Sem prejuízo das competências que lhe sejam cometidas por lei ou neste regulamento, no
plano da gestão pedagógica, cultural, administrativa, financeira e patrimonial, compete ao
director, em especial:
a) definir o regime de funcionamento da escola;
b) elaborar o projecto de orçamento, em conformidade com as linhas orientadoras
definidas pelo conselho geral;
c) superintender na constituição de turmas e na elaboração de horários;
d) distribuir o serviço docente e não docente;
e) designar os coordenadores dos departamentos curriculares e os directores de turma;
f) planear e assegurar a execução das actividades no domínio da acção social escolar, em
conformidade com as linhas orientadoras definidas pelo conselho geral;
g) gerir as instalações, espaços e equipamentos, bem como os outros recursos
educativos;
h) estabelecer protocolos e celebrar acordos de cooperação ou de associação com outras
escolas e instituições de formação, autarquias e colectividades, em conformidade com

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 12 -


os critérios definidos pelo conselho geral nos termos da legislação em vigor;
i) proceder à selecção e recrutamento dos docentes, nos termos dos regimes legais
aplicáveis;
j) dirigir superiormente os serviços administrativos, técnicos e técnico-pedagógicos.

5. Compete ainda ao director:


a) representar a escola;
b) exercer o poder hierárquico em relação aos docentes e pessoal não docente;
c) exercer o poder disciplinar em relação aos alunos;
d) intervir, nos termos da lei, no processo de avaliação de desempenho dos docentes;
e) proceder à avaliação de desempenho do pessoal não docente.
6. O director exerce ainda as competências que lhe forem delegadas pela administração
educativa.
7. O director pode delegar e subdelegar no subdirector e nos adjuntos as competências referidas
nos números anteriores.
8. Nas suas faltas e impedimentos, o director é substituído pelo subdirector.

Artigo 39º.

Direitos
Decreto-Lei n.º
1. O director goza, independentemente do seu vínculo de origem, dos direitos gerais 75/2008, de 22
reconhecidos aos docentes da escola em que exerça funções. de Abril
2. O director conserva o direito ao lugar de origem e ao regime de segurança social por que está
abrangido, não podendo ser prejudicado na sua carreira profissional por causa do exercício
das suas funções, relevando, para todos os efeitos, no lugar de origem o tempo de serviço
prestado naquele cargo.

Artigo 40º.

Direitos Específicos
Decreto-Lei n.º
1. O director goza do direito à formação específica para as suas funções em termos a 75/2008, de 22
regulamentar por despacho do membro do governo responsável pela área da educação. de Abril
2. O director mantém o direito à remuneração base correspondente à categoria de origem, sendo-
lhe abonado um suplemento remuneratório pelo exercício de função.

Artigo 41º.

Deveres Específicos
Decreto-Lei n.º
1. Para além dos deveres gerais dos funcionários e agentes da administração pública aplicáveis 75/2008, de 22
aos docentes, o director está sujeito aos seguintes deveres específicos: de Abril
a) cumprir e fazer cumprir as orientações da administração educativa;
b) manter permanentemente informada a administração educativa, através da via
hierárquica competente, sobre todas as questões relevantes referentes aos serviços;
c) assegurar a conformidade dos actos praticados pelo pessoal com o estatuído na lei e
com os legítimos interesses da comunidade educativa.

Artigo 42º.

Subdirector e Adjuntos

1. O director é coadjuvado no exercício das suas funções por um subdirector e por três adjuntos. Decreto-Lei n.º
2. O director pode delegar e subdelegar no subdirector e nos adjuntos as competências referidas 75/2008, de 22
de Abril
na lei.
3. O subdirector e os adjuntos são nomeados pelo director de entre docentes dos quadros de

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 13 -


nomeação definitiva que contem pelo menos cinco anos de serviço e se encontrem em
exercício de funções na escola.
Despacho n.º
4. O subdirector e os adjuntos do director tomam posse nos 30 dias subsequentes à sua 9745/2009, de
designação pelo director. 8 de Abril
5. Os mandatos do subdirector e dos adjuntos têm a duração de quatro anos e cessam com o
mandato do director.
6. O subdirector e os adjuntos podem ser exonerados a todo o tempo por decisão fundamentada
do director.
7. O subdirector e os adjuntos gozam do direito à formação específica para as suas funções em
termos a regulamentar por despacho do membro do governo responsável pela área da
educação.
8. O subdirector e os adjuntos mantêm o direito à remuneração base correspondente à categoria
de origem, sendo-lhe abonado um suplemento remuneratório pelo exercício de função,
estabelecido nos normativos legais.
9. O subdirector e os adjuntos estão sujeitos aos seguintes deveres específicos:
a) cumprir e fazer cumprir as orientações da administração educativa;
b) manter permanentemente informada a administração educativa, através da via
hierárquica competente, sobre todas as questões relevantes referentes aos serviços;
c) assegurar a conformidade dos actos praticados pelo pessoal com o estatuído na lei e
com os legítimos interesses da comunidade educativa.
10. O subdirector está dispensado da prestação de serviço lectivo podendo, por sua iniciativa
prestá-lo na disciplina ou área curricular para a qual possui qualificação profissional.

Artigo 43º.

Assessoria da Direcção Decreto-Lei n.º


75/2008, de 22
Para apoio à actividade do director e mediante proposta deste, o conselho geral pode autorizar a de Abril
constituição de assessorias técnico-pedagógicas, para as quais serão designados docentes em
exercício de funções na escola.

Artigo 44º.

Serviços Técnicos

1. Sempre que necessário, o director pode criar serviços técnicos nas áreas de administração Decreto-Lei n.º
económica e financeira, gestão de edifícios, instalações e equipamentos e apoio jurídico. 75/2008, de 22
2. A criação, organização e funcionamento dos serviços referidos no ponto anterior será de Abril
regulamentada nos termos da legislação a ser publicada e das próprias necessidades da escola.

Secção III

Conselho Pedagógico

Artigo 45º.

Caracterização
Decreto-Lei n.º
O conselho pedagógico é o órgão de coordenação e supervisão pedagógica e orientação educativa 75/2008, de 22
da escola, nomeadamente nos domínios pedagógico-didáctico, da orientação e acompanhamento de Abril
dos alunos e da formação inicial e contínua dos docentes e do pessoal não docente.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 14 -


Artigo 46º.

Composição

1. O conselho pedagógico apresenta a seguinte composição:


a) director
b) 4 coordenadores dos departamentos curriculares
c) 1 representante dos coordenadores de ano
d) 1 coordenador do ensino nocturno
e) 1 coordenador dos cursos profissionais
f) coordenador do CNO
g) coordenador da biblioteca escolar
h) 1 representante do SPO
i) 1 representante dos pais e encarregados de educação
j) 1 representante dos alunos
k) coordenador - PTE
l) coordenador de projectos
2. O director é, por inerência, presidente do conselho pedagógico.
3. O representante dos pais e encarregados de educação é eleito em assembleia-geral de
representantes de pais e encarregados de educação de todas as turmas da escola, sendo o seu
mandato anual.
4. O representante dos alunos é eleito, anualmente, por voto secreto, em assembleia de delegados
e subdelegados de turma de entre os seus membros.
5. Os representantes dos docentes, dos pais e encarregados de educação e dos alunos no conselho
geral não podem ser membros do conselho pedagógico.

Artigo 47º.

Competências

Compete ao conselho pedagógico:


a) elaborar a proposta de projecto educativo a submeter pelo director ao conselho geral; Decreto-Lei n.º
b) apresentar propostas para a elaboração do regulamento interno e dos planos anual e 75/2008, de 22
plurianual de actividade e emitir parecer sobre os respectivos projectos; de Abril
c) emitir parecer sobre as propostas de celebração de contratos de autonomia;
d) apresentar propostas e emitir parecer sobre a elaboração do plano de formação e de
actualização dos docentes e do pessoal não docente;
e) definir critérios gerais nos domínios da informação e da orientação escolar e
vocacional, do acompanhamento pedagógico e da avaliação dos alunos;
f) atribuir a menção de “aluno de mérito”;
g) propor aos órgãos competentes a criação de áreas disciplinares ou disciplinas de
conteúdo regional e local, bem como as respectivas estruturas programáticas;
h) definir princípios gerais nos domínios da articulação e diversificação curricular, dos
apoios e complementos educativos e das modalidades especiais de educação escolar;
i) adoptar os manuais escolares, ouvidos os departamentos curriculares;
j) propor o desenvolvimento de experiências de inovação pedagógica e de formação, em
articulação com instituições ou estabelecimentos do ensino superior, vocacionados
para a formação e a investigação;
k) deliberar, fundamentadamente sobre os pedidos de revisão de classificação dos alunos
quando esta tenha sido mantida por decisão do conselho de turma;
l) promover e apoiar iniciativas de natureza formativa e cultural;
m) definir os critérios gerais a que deve obedecer a elaboração dos horários;
n) definir os requisitos para a contratação dos docentes e do pessoal não docente, de
acordo com o disposto na legislação aplicável;
o) dar cumprimento ao disposto nos normativos legais relativos à avaliação dos
docentes;
p) proceder ao acompanhamento e avaliação da execução das suas deliberações e

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 15 -


recomendações;
q) dar parecer sobre os relatórios de desenvolvimento de projectos apresentados pelo
coordenador de departamento.

Artigo 48º.

Funcionamento

1. O conselho pedagógico reúne ordinariamente uma vez por mês e extraordinariamente sempre Decreto-Lei n.º
que seja convocado pelo respectivo presidente, por sua iniciativa, a requerimento de um terço 75/2008, de 22
dos seus membros em efectividade de funções ou sempre que um pedido de parecer do de Abril
conselho geral ou do director o justifique.
2. A representação dos pais e encarregados de educação e dos alunos no conselho pedagógico
faz-se no âmbito de uma comissão especializada que participa no exercício das competências
previstas nas alíneas a), b), e), g), l) e m) do artigo anterior.

Secção IV

Conselho Administrativo

Artigo 49º.
Decreto-Lei n.º
Caracterização 75/2008, de 22
de Abril
O conselho administrativo é o órgão deliberativo em matéria administrativo-financeira da escola.

Artigo 50º.

Composição
Decreto-Lei n.º
O conselho administrativo tem a seguinte composição: 75/2008, de 22
de Abril
a) o director, que preside;
b) o subdirector ou um dos adjuntos do director, por ele designado para o efeito;
c) o chefe dos serviços de administração escolar, ou quem o substitua.

Artigo 51º.

Competências
Decreto-Lei n.º
Compete ao conselho administrativo: 75/2008, de 22
de Abril
a) aprovar o projecto de orçamento anual, em conformidade com as linhas orientadoras
definidas pelo conselho geral;
b) elaborar o relatório de contas de gerência;
c) autorizar a realização de despesas e o respectivo pagamento, fiscalizar a cobrança de
receitas e verificar a legalidade da gestão financeira;
d) zelar pela actualização do cadastro patrimonial;
e) exercer as demais competências que lhe forem atribuídas na lei.

Artigo 52º.

Funcionamento Decreto-Lei n.º


75/2008, de 22
O conselho administrativo reúne ordinariamente uma vez por mês e extraordinariamente sempre de Abril
que o presidente o convoque, por sua iniciativa ou a requerimento de qualquer dos restantes
membros.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 16 -


Capítulo IV

COMUNIDADE EDUCATIVA

A – Alunos

Secção I

Direitos

Artigo 53º.

Direitos dos Alunos

O direito à educação e a uma justa e efectiva igualdade de oportunidades no acesso e sucesso


escolares compreende os seguintes direitos gerais do aluno:
a) usufruir do ensino e de uma educação de qualidade de acordo com o previsto na lei, em
condições de efectiva igualdade de oportunidades no acesso, de forma a propiciar a
realização de aprendizagens bem sucedidas;
b) usufruir do ambiente e do projecto educativo que proporcionem as condições para o seu
pleno desenvolvimento físico, intelectual, moral, cultural e cívico, para a formação da sua Lei n.º
personalidade e da sua capacidade de auto-aprendizagem e de crítica consciente sobre os 30/2002, de 20
valores, o conhecimento e a estética; de Dezembro,
com a
c) fazer a sua aprendizagem para a democracia através da participação efectiva na vida da redacção da
escola; Lei n.º 3/2008,
d) ver reconhecidos e valorizados o mérito, a dedicação e o esforço no trabalho e no de 18 de
desempenho escolar e ser estimulado nesse sentido; Janeiro
e) ver reconhecido o empenhamento em acções meritórias, em favor da comunidade em que
está inserido ou da sociedade em geral, praticadas na escola ou fora dela, e ser estimulado
nesse sentido;
f) usufruir de um horário escolar adequado ao ano frequentado, bem como de uma planificação
equilibrada das actividades curriculares e extracurriculares, nomeadamente as que
contribuem para o desenvolvimento cultural da comunidade;
g) beneficiar, no âmbito dos serviços de acção social escolar, de apoios concretos que lhe
permitam superar ou compensar as carências do tipo sócio-familiar, económico ou cultural
que dificultem o acesso à escola ou o processo de aprendizagem;
h) beneficiar de outros apoios específicos, necessários às suas necessidades escolares ou às suas
aprendizagens, através dos serviços de psicologia e orientação ou de outros serviços Lei n.º 33/87,
especializados de apoio educativo; de 11 de Julho
i) ser tratado com respeito e correcção por qualquer membro da comunidade educativa;
j) ver salvaguardada a sua segurança na escola e respeitada a sua integridade física e moral; Lei n.º 35/96,
de 29 de
k) ser assistido, de forma pronta e adequada, em caso de acidente ou doença súbita, ocorrido ou Agosto
manifestada no decorrer das actividades escolares;
l) ver garantida a confidencialidade dos elementos e informações, de natureza pessoal ou Lei n.º 124/99,
familiar, constantes do seu processo individual; de 20 de
Agosto
m) participar, através dos seus representantes e nos termos da lei, nos órgãos de administração e
gestão da escola, na criação e execução do respectivo projecto educativo, bem como na
elaboração do regulamento interno;
n) eleger os seus representantes para os órgãos, cargos e demais funções de representação no
âmbito da escola, bem como ser eleito, nos termos da lei e do regulamento interno;
o) candidatar-se, nos termos da lei, à direcção da associação de estudantes;
p) apresentar críticas e sugestões relativas ao funcionamento da escola e ser ouvido pelos
docentes, directores de turma e órgãos de administração e gestão da escola em todos os
assuntos que justificadamente forem do seu interesse;
q) organizar e participar em iniciativas que promovam a sua formação e a ocupação dos tempos
livres;
r) participar na elaboração do regulamento interno da escola, conhecê-lo e ser informado, em

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 17 -


termos adequados à sua idade e ao ano frequentado, sobre todos os assuntos que
justificadamente sejam do seu interesse, nomeadamente sobre o modo de organização do
plano de estudos ou curso, o programa e objectivos essenciais de cada disciplina ou área não
disciplinar, e os processos e critérios de avaliação, bem como sobre a matrícula, abono de
família e apoios sócio-educativos, normas de utilização e de segurança dos materiais e
equipamentos e das instalações, incluindo o plano de emergência e, em geral, sobre todas as
actividades e iniciativas relativas ao projecto educativo da escola;
s) participar nas demais actividades da escola, nos termos da lei e do respectivo regulamento;
t) participar no processo de avaliação, nomeadamente através dos mecanismos de auto e
hetero-avaliação;
u) receber documento comprovativo e/ou diploma de conclusão do ensino secundário, ou dos
cursos leccionados na escola no início do ano lectivo seguinte.

Artigo 54º.

Reconhecimento do Mérito dos Alunos

1. O reconhecimento do mérito destina-se a valorizar os alunos que em cada ano lectivo, e em


cada ano de escolaridade, se destacam pela excelência da sua qualidade nos domínios do
desempenho escolar, conduta e cidadania.
2. Podem ser alvo da menção “Aluno de mérito”, os alunos que, cumulativamente, preencham os
seguintes requisitos:
a) obtenham, em cada ano de escolaridade, classificação média igual ou superior a 17
valores;
b) não tenham, no decurso do ano lectivo, faltas injustificadas;
c) não sejam alvo de participações disciplinares;
d) sejam propostos, em conselho de turma, por unanimidade, para receber a menção.
3. O reconhecimento público será concretizado através de:
a) divulgação na página electrónica da escola, desde que haja concordância dos alunos e
dos encarregados de educação;
b) atribuição de um certificado de mérito, entregue em cerimónia pública, na qual
estarão presentes membros de todos os órgãos de administração e gestão da escola,
representantes dos encarregados de educação e dos alunos, assim como outros
membros da comunidade educativa;
c) registo da menção “Aluno de mérito” no processo individual do aluno;
d) publicação no jornal da escola.

§ único – Associada à menção “Aluno de mérito” pode ser atribuído, de acordo com as
disponibilidades, um prémio em valor monetário/equipamentos com utilidade cultural,
por ano de escolaridade, obtido junto de patrocinadores.

Secção II

Deveres

Artigo 55º.

Deveres Legais dos Alunos

A realização de uma escolaridade bem sucedida, numa perspectiva de formação integral do Lei n.º
cidadão, implica a responsabilização do aluno, enquanto elemento nuclear da comunidade 30/2002, de 20
de Dezembro,
educativa e a assunção dos seguintes deveres gerais: com a
a) estudar, empenhando-se na sua educação e formação integral; redacção da
Lei n.º 3/2008,
b) ser assíduo, pontual e empenhado no cumprimento de todos os seus deveres no âmbito das de 18 de
actividades escolares; Janeiro
c) seguir as orientações dos docentes relativas ao seu processo de aprendizagem;
d) tratar com respeito e correcção qualquer membro da comunidade educativa;
e) guardar lealdade para com todos os membros da comunidade educativa;

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 18 -


f) respeitar as instruções dos docentes e do pessoal não docente;
g) contribuir para a harmonia da convivência escolar e para a plena integração de todos os
alunos na escola;
h) participar nas actividades educativas ou formativas desenvolvidas na escola, bem como nas
demais actividades organizativas que requeiram a participação dos alunos;
i) respeitar a integridade física e moral de todos os membros da comunidade educativa;
j) prestar auxílio e assistência aos restantes membros da comunidade educativa, de acordo com
as circunstâncias de perigo para a integridade física e moral dos mesmos;
k) zelar pela preservação, conservação e asseio das instalações, material didáctico, mobiliário e
espaços verdes da escola, fazendo uso correcto dos mesmos;
l) respeitar a propriedade dos bens de todos os membros da comunidade educativa;
m) permanecer na escola durante o seu horário, salvo autorização escrita do encarregado de
educação ou da direcção da escola;
n) participar na eleição dos seus representantes e prestar-lhes toda a colaboração;
o) conhecer e cumprir o estatuto do aluno, as normas de funcionamento dos serviços da escola
e o regulamento interno da mesma;
p) não possuir e não consumir substâncias aditivas, em especial drogas, tabaco e bebidas
alcoólicas, nem promover qualquer forma de tráfico, facilitação e consumo das mesmas;
q) não transportar quaisquer materiais, equipamentos tecnológicos, instrumentos ou engenhos,
passíveis de, objectivamente, perturbarem o normal funcionamento das actividades lectivas,
ou poderem causar danos físicos ou morais aos alunos ou a terceiros.

Artigo 56º.

Regras de Conduta

Os alunos devem cumprir também, rigorosamente, para além dos deveres referidos no artigo
anterior, as regras de conduta que se seguem:
1. Utilizar o cartão magnético de acordo com as condições seguintes:
a) adquirir o cartão no acto da matrícula mediante o pagamento da quantia estipulada,
não sendo necessário renová-lo até ao final do ciclo;
b) ser portador do cartão identificativo, passá-lo nos dispositivos próprios à entrada e à
saída da escola e exibi-lo sempre que seja solicitado;
c) ser responsável pelo uso e conservação do cartão, não sendo imputável à escola
qualquer substituição por uso indevido do mesmo;
d) requisitar prontamente um novo cartão em caso de extravio ou danificação do mesmo.
2. Solicitar autorização ao director para a realização de qualquer reunião ou actividade,
requisitando o espaço necessário com antecedência mínima de 48 horas, e responsabilizando-
se pela sua conservação e pelo comportamento dos intervenientes.
3. Solicitar autorização para afixar publicidade, propaganda ou outras informações, no espaço
escolar.
4. Adoptar uma imagem cuidada, ajustada à frequência de um estabelecimento de ensino,
observando as normas de convivência e de cidadania e respeitando os padrões comuns a toda
a comunidade escolar.
5. Não proferir palavrões, nem expressões injuriosas relativamente a nenhum membro da
comunidade escolar.
6. Não utilizar bonés/chapéus/óculos escuros dentro da sala de aula, excepto em situações
devidamente justificadas.
7. Não utilizar telemóveis, auscultadores ou outros aparelhos afins durante as aulas, a realização
de exames, reuniões, colóquios, conferências ou quaisquer outras situações que impliquem a
obrigação/necessidade de ouvir o docente ou terceiros.
8. Não consumir alimentos nem mascar pastilhas elásticas nas salas de aula, laboratórios,
biblioteca e auditório.
9. Não permanecer junto das salas de aula, nem no interior dos pavilhões durante as actividades
lectivas, se disso resultar prejuízo para as mesmas.
10. Não deixar as mochilas ou outros bens pessoais abandonados e/ou em sítios de passagem.
11. Reparar danos que provoque, independentemente da qualificação disciplinar ou não

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 19 -


disciplinar do comportamento que os provocou.
12. Comunicar a um docente ou funcionário qualquer dano ou anomalia verificados em
equipamentos, materiais ou instalações escolares.
13. Dirigir-se ao director da escola, ou ao local indicado pelo docente, após ordem de saída da
sala de aula, e realizar os procedimentos que lhe forem ordenados.
14. Cumprir as formalidades administrativas exigidas por lei, inerentes ao processo de matrícula.
§ primeiro – a violação do disposto no ponto 7 do presente artigo acarreta a entrega dos objectos
nele referidos, ao docente, que os deposita junto do director, sem prejuízo do disposto
na legislação em vigor.
§ segundo – A reincidência na falta de apresentação do cartão identificativo implica comunicação
aos encarregados de educação.
§ terceiro – A aquisição de bens e serviços no espaço escolar só é possível através da utilização do
cartão magnético pelos alunos.

Artigo 57º.

Faltas Equiparadas

1. A não comparência dos alunos às actividades lectivas quando tenham


comparecido/participado em actividades constantes do Plano Anual de Actividades dá lugar à
marcação de falta.
2. As faltas referidas no ponto anterior carecem de justificação dos pais e/ou encarregados de
educação e, mediante a comprovação da participação entregue pelo responsável da actividade,
as mesmas serão consideradas faltas equiparadas a presença contando somente para fins
estatísticos.
Artigo 58º.

Justificação de Faltas

1. A justificação de faltas é feita mediante preenchimento de impresso próprio, vendido na


papelaria da escola, e respectiva entrega ao director de turma.
2. As faltas devem ser justificadas no prazo de 3 dias úteis. Lei n.º
3. São consideradas justificadas as faltas dadas pelos seguintes motivos: 30/2002, de 20
a) doença do aluno, devendo esta ser declarada por médico se determinar impedimento superior a de Dezembro,
cinco dias úteis; com a
b) isolamento profiláctico, determinado por doença infecto -contagiosa de pessoa que coabite com redacção da
o aluno, comprovada através de declaração da autoridade sanitária competente; Lei n.º 3/2008,
de 18 de
c) falecimento de familiar, durante o período legal de justificação de faltas por falecimento de Janeiro
familiar previsto no estatuto dos funcionários públicos;
d) nascimento de irmão, durante o dia do nascimento e o dia imediatamente posterior;
e) realização de tratamento ambulatório, em virtude de doença ou deficiência, que não possa
efectuar-se fora do período das actividades lectivas;
f) assistência na doença a membro do agregado familiar, nos casos em que, comprovadamente, tal
assistência não possa ser prestada por qualquer outra pessoa;
g) acto decorrente da religião professada pelo aluno, desde que o mesmo não possa efectuar-se fora
do período das actividades lectivas e corresponda a uma prática comummente reconhecida como
própria dessa religião;
h) participação em provas desportivas ou eventos culturais, nos termos da legislação em vigor;
i) participação em actividades associativas, nos termos da lei;
j) cumprimento de obrigações legais;
k) outro facto impeditivo da presença na escola, desde que, comprovadamente, não seja imputável
ao aluno ou seja, justificadamente, considerado atendível pelo director de turma.
4. O director de turma deve solicitar aos pais, encarregados de educação ou ao aluno, quando
maior, os comprovativos adicionais que entenda necessários à justificação da falta, devendo,
igualmente, qualquer entidade que para esse efeito seja contactada, contribuir para o correcto
apuramento dos factos.
5. A falta de material indispensável à aula não é considerada falta de presença, mas sim
considerada na avaliação do aluno, sendo a reincidência comunicada ao encarregado de

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 20 -


educação.
6. São apenas relevadas três faltas de material nas aulas práticas do curso de artes visuais,
considerando-se as restantes como faltas de presença, sem direito a justificação.
7. Nas aulas de educação física:
a) a reincidência na não apresentação do equipamento indispensável à prática da
disciplina dá lugar à marcação de falta ao aluno, permitindo-se que assista à aula;
b) a falta referida na alínea anterior não é justificada, devendo o docente comunicar a
natureza da mesma ao director de turma, no prazo de 1 dia útil;
c) o docente pode dispensar o aluno da prática de exercício físico, quando, a pedido
deste, ou por constatação sua, ocorrer uma situação de indisposição física ocasional;
neste caso, o aluno pode realizar, em alternativa, uma actividade, no âmbito da
disciplina.

Artigo 59º.

Excesso Grave de Faltas

1. É considerado excesso grave de faltas, independentemente da sua natureza, a ausência ao Lei n.º
número de tempos lectivos correspondente ao dobro dos tempos lectivos semanais, por 30/2002, de 20
de Dezembro,
disciplina ou área não disciplinar. com a
2. Na situação referida no número anterior o director de turma convoca, por meio de carta redacção da
registada com aviso de recepção, os pais, o encarregado de educação ou, quando maior, o Lei n.º 3/2008,
aluno para comparecer(em) na escola. de 18 de
3. Na reunião a que se refere o número anterior deve o director de turma alertar para as Janeiro
consequências do excesso grave de faltas e ser encontrada uma solução que permita garantir o
cumprimento efectivo do dever de frequência e o aproveitamento escolar.

Artigo 60º.

Prova de Recuperação

1. A prova de recuperação tem por objectivo diagnosticar a recuperação de aprendizagens, não


podendo ser considerada para efeitos de avaliação.
2. A prova de recuperação é realizada quando o aluno ultrapassa, em faltas, o triplo do número Lei n.º
de aulas semanais, por disciplina, sempre que as faltas sejam justificadas e injustificadas, ou o 30/2002, de 20
dobro, quando as faltas forem apenas injustificadas. de Dezembro,
3. O regime da prova de recuperação das aprendizagens correspondentes às aulas em falta é o com a
seguinte: redacção da
Lei n.º 3/2008,
a) a elaboração da prova é da responsabilidade do docente da disciplina e deve ser de 18 de
realizada no prazo máximo de 10 dias após o regresso do aluno; Janeiro
b) a prova tem uma duração entre os 45 e os 90 minutos;
c) a prova pode ter duas componentes de acordo com a especificidade da disciplina,
sendo a decisão relativa à respectiva estrutura da responsabilidade do departamento;
d) no caso de existir componente prática o docente da disciplina garante a sua realização;
e) a prova é realizada em período não coincidente com o horário do aluno;
Lei n.º
f) o aluno realiza a prova em espaço designado para o efeito, sob a vigilância de, pelo 30/2002, de 20
menos, um docente presente, ou de quem este designar. de Dezembro,
com a
4. A recuperação das aprendizagens demonstrada na prova de recuperação determina a retoma redacção da
do percurso normal do aluno. Lei n.º 3/2008,
5. Quando o aluno revela, na prova de recuperação, não ter recuperado as aprendizagens, e se as de 18 de
faltas forem todas injustificadas, deve ser convocado um conselho de turma que delibera no Janeiro
sentido da exclusão da frequência do aluno ou no sentido da aplicação de um plano de
acompanhamento especial, findo o qual o aluno realizará uma nova prova de recuperação.
6. O plano de acompanhamento especial referido no número anterior é da responsabilidade do
conselho de turma, ponderadas as circunstâncias de cada caso, podendo dele fazer parte o Circular
acompanhamento personalizado, pelo docente da disciplina, e incidirá sobre as dificuldades Interna nº 2
detectadas na correcção da prova.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 21 -


7. Quando o aluno não cumpre o plano de acompanhamento especial, o conselho de turma pode
reunir e deliberar a exclusão de frequência do aluno.
8. No caso de o aluno faltar injustificadamente à prova de recuperação é excluído da frequência
da disciplina.
9. A exclusão do aluno implica a impossibilidade de o aluno frequentar, até ao final do ano
lectivo em curso, a disciplina ou disciplinas em relação às quais não obteve aprovação na
referida prova, às quais faltou injustificadamente ou cujos planos de acompanhamento
especial não cumpriu
10. Em caso de falta prolongada por doença a prova de recuperação é realizada quando o aluno
retomar as aulas e deve reportar-se à recuperação de aprendizagens relativas à totalidade das
aulas a que o aluno faltou.
11. Se o aluno tiver faltas justificadas e injustificadas a não recuperação dá lugar à aplicação de
um plano de recuperação de aprendizagens definido pelo professor da disciplina.
12. Quando o aluno não cumpre o plano de recuperação de aprendizagens que lhe foi aplicado é
marcada uma nova prova.
13. Outros procedimentos não previstos no presente artigo, são alvo, sempre que se justificar, de
deliberação do conselho pedagógico.

Secção III

Disciplina

Artigo 61º.
Lei n.º
Infracção 30/2002, de 20
de Dezembro,
A violação, pelo aluno, de algum dos deveres e/ou regras de conduta previstos, em termos que se com a
revelem perturbadores do funcionamento normal das actividades da escola ou das relações no redacção da
âmbito da comunidade educativa, constitui infracção, passível de aplicação de medida correctiva Lei n.º 3/2008,
de 18 de
ou medida disciplinar sancionatória. Janeiro

Artigo 62º.

Medidas Correctivas

1. As medidas correctivas prosseguem finalidades pedagógicas, preventivas, dissuasoras e de


integração e visam, de forma sustentada, o cumprimento dos deveres do aluno, o reforço da
sua formação cívica com vista ao desenvolvimento equilibrado da sua personalidade, a
preservação do reconhecimento da autoridade e segurança dos docentes e pessoal não docente
e o normal prosseguimento das actividades da escola.
2. São medidas correctivas as seguintes:
a) a ordem de saída da sala de aula, e demais locais onde se desenvolva o trabalho Lei n.º
30/2002, de 20
escolar; de Dezembro,
b) a realização de tarefas e actividades de integração escolar, podendo, para esse efeito, com a
ser aumentado o período de permanência obrigatória, diária ou semanal, do aluno na redacção da
escola; Lei n.º 3/2008,
de 18 de
c) o condicionamento no acesso a certos espaços escolares, ou na utilização de certos Janeiro
materiais e equipamentos, sem prejuízo dos que se encontrem afectos a actividades
lectivas;
d) a mudança de turma.
3. A aplicação da medida mencionada na alínea a) do número anterior, que implica sempre a
permanência do aluno na escola, é da exclusiva competência do docente da disciplina, que
determina o período de tempo de permanência fora da sala de aula, o local onde o aluno se
deve dirigir e se tal medida acarreta a marcação de falta e a realização de actividades.
4. A execução do disposto na alínea b) do número 2 do presente artigo pode incidir na realização
das seguintes tarefas:
a) trabalho comunitário a definir, de acordo com as circunstâncias do caso, pelo
conselho de turma e supervisionado pelo director de turma;

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 22 -


b) a realização de trabalho de investigação em domínios transversais ao currículo do
aluno, orientado pelo director de turma e realizado exclusivamente com recurso a
suporte bibliográfico;
c) trabalho de investigação no âmbito da disciplina em que foi aplicada a medida
correctiva, com a indicação de ser, ou não, alvo de apresentação à turma;
d) realização de ficha(s) de trabalho, relativas a aula(s) não assistida(s), definidas, de
imediato, pelo docente da disciplina.
5. Compete ao conselho de turma definir as actividades, o local, o período de tempo e os
procedimentos a observar com vista à aplicação e execução da medida correctiva mencionada
na alínea a) do número anterior.
6. Podem aplicar-se cumulativamente as medidas mencionadas nas alíneas previstas no número
4 do presente artigo.
7. Cumulativamente com a aplicação de uma ou mais das medidas correctivas só é possível a
aplicação de uma medida disciplinar sancionatória.
8. As tarefas decorrentes da aplicação das medidas correctivas a que se referem as alíneas b), c)
e d) do número 4 do presente artigo não são consideradas para efeito de avaliação.
9. A aplicação, e posterior execução, da medida correctiva prevista na alínea c) do número dois
do presente artigo, não pode ultrapassar o período de tempo correspondente a um ano lectivo.

Artigo 63º.

Medidas Disciplinares Sancionatórias

1. As medidas disciplinares sancionatórias configuram uma censura disciplinar do


comportamento assumido pelo aluno e, para a sua aplicação, deve a ocorrência dos factos em
que tal comportamento se traduz ser participada, de imediato, pelo docente ou funcionário que
a presenciou ou dela teve conhecimento, ao director de turma, que a comunica ao director.
2. As medidas disciplinares sancionatórias são as seguintes:
a) repreensão registada;
b) suspensão da escola até 10 dias úteis;
Lei n.º
c) transferência de escola. 30/2002, de 20
3. A aplicação da medida disciplinar sancionatória de repreensão registada é da competência do de Dezembro,
docente respectivo, quando a infracção for praticada na sala de aula, ou do director da escola com a
nas restantes situações, averbando-se no processo individual do aluno a identificação do autor redacção da
Lei n.º 3/2008,
do acto decisório, data em que o mesmo foi proferido e a fundamentação de facto e de direito de 18 de
que norteou tal decisão. Janeiro
4. A aplicação da medida disciplinar sancionatória de suspensão da escola até 10 dias úteis é
precedida da audição em auto do aluno visado, do qual constam, em termos concretos e
precisos, os factos que lhe são imputados, os deveres por ele violados e a referência expressa,
não só da possibilidade de se pronunciar relativamente àqueles factos, como da defesa
elaborada, sendo competente para a sua aplicação o director, que pode, previamente, ouvir o
conselho de turma.
5. Compete ao director da escola, ouvidos os pais ou o encarregado de educação do aluno,
quando menor de idade, fixar os termos e as condições em que a aplicação da medida
disciplinar sancionatória referida no número anterior será executada, podendo igualmente
estabelecer eventuais parcerias ou celebrar protocolos ou acordos com entidades públicas ou
privadas.
6. As faltas dadas pelos alunos, no decurso da aplicação da medida disciplinar sancionatória de
suspensão até 10 dias podem determinar a realização da(s) prova(s) de recuperação, nos
termos previstos neste Regulamento, e a aprovação nas mesmas implica que as faltas dadas
sejam consideradas apenas para fins estatísticos.
7. A medida disciplinar sancionatória de transferência de escola reporta-se à prática de factos
notoriamente impeditivos do prosseguimento do processo de ensino aprendizagem dos
restantes alunos da escola, ou do normal funcionamento com algum ou alguns dos membros
da comunidade educativa.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 23 -


Secção IV

Procedimento Disciplinar

Artigo 64º.

Participação

1. Para efeitos de procedimento disciplinar o docente ou pessoal não docente da escola que
entenda que o comportamento presenciado é passível de ser qualificado grave ou muito grave
participa-o ao director de turma.
2. Quando o director de turma entenda que o comportamento presenciado ou participado é
passível de ser considerado grave ou muito grave participa-o ao director da escola para efeitos
de procedimento disciplinar.
3. Após presenciar ou receber participação de factos passíveis de constituírem infracção
disciplinar, o director da escola instaura o procedimento disciplinar, no prazo de 1 dia útil,
nomeando um docente da escola como instrutor.

Artigo 65º.

Tramitação

1. A instrução do procedimento disciplinar é reduzida a escrito e concluída no prazo máximo de Lei n.º
5 dias úteis, contados da data de nomeação do instrutor. 30/2002, de 20
de Dezembro,
2. A instrução integra, obrigatoriamente a audiência oral dos interessados, realizada nos termos com a
legais, em particular do aluno, e, sendo menor, do respectivo encarregado de educação para redacção da
além das demais diligências consideradas necessárias. Lei n.º 3/2008,
3. Finda a instrução, o instrutor elabora o relatório fundamentado, do qual deve constar a de 18 de
qualificação do comportamento, a ponderação das circunstâncias atenuantes e agravantes da Janeiro
responsabilidade disciplinar, bem como a proposta da medida disciplinar considerada
adequada ou, em alternativa, a proposta de arquivamento do processo. Código de
4. O relatório do instrutor é remetido ao director da escola, que, de acordo com a medida Procedimento
disciplinar a aplicar e as competências para tal, exerce por si o poder disciplinar ou convoca, Administrativo,
para esse efeito, o conselho de turma disciplinar, que deve reunir no prazo máximo de dois
dias úteis.
5. O procedimento disciplinar inicia-se e desenvolve-se com carácter de urgência, tendo
prioridade sobre os demais procedimentos correntes da escola.

Artigo 66º.

Competências Disciplinares

1. A competência para a instauração do procedimento disciplinar por comportamentos Lei n.º


susceptíveis de configurarem a aplicação das medidas disciplinares sancionatórias de 30/2002, de 20
de Dezembro,
suspensão até 10 dias e transferência de escola é do director da escola, devendo o despacho com a
instaurador ser proferido no prazo de 1 dia útil, a contar do conhecimento concreto e preciso redacção da
da situação. Lei n.º 3/2008,
2. A medida disciplinar sancionatória de transferência de escola é da competência do director de 18 de
regional de educação. Janeiro
3. As funções de instrutor prevalecem relativamente às demais devendo o processo ser remetido
para decisão do director regional da educação, no prazo de 8 dias úteis, após a respectiva
nomeação.
4. Terminada a instrução é elaborada a acusação, da qual consta, em termos concretos e precisos,
os factos cuja prática é imputada ao aluno, devidamente circunstanciados em termos de
tempo, modo, lugar e deveres por ele violados, com referência expressa aos respectivos
normativos legais ou regulamentares, seus antecedentes disciplinares e medida sancionatória
aplicável.
5. Da acusação referida no número anterior é extraída cópia e entregue ao aluno no momento da

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 24 -


sua notificação, sendo os pais ou o encarregado de educação informados desse facto, quando o
aluno for menor de idade.
6. O aluno dispõe de 2 dias úteis para exercer o seu direito de defesa, alegando por escrito o que
julgar conveniente, juntando documentos e arrolando testemunhas até ao limite de três,
relativamente às quais fica responsável pela sua audição, no dia, hora e local designados pelo
instrutor, sob pena de não serem ouvidas.
7. Finda a fase da defesa é elaborado um relatório final, do qual consta a correcta identificação
dos factos imputados ao aluno, que se consideram provados, e a proposta de medida
disciplinar sancionatória a aplicar, ou a proposta de arquivamento do processo, devendo a
análise e a valoração de toda a prova recolhida considerar a gravidade do incumprimento do
dever violado, a idade do aluno, o grau de culpa, o seu aproveitamento escolar anterior, o
meio familiar e social em que o mesmo se insere, os seus antecedentes disciplinares e todas as
demais circunstâncias em que a infracção foi praticada, que militem contra ou a seu favor.
8. Após concluído o processo é entregue ao director da escola que convoca o conselho de turma
para se pronunciar se a proposta do instrutor for a aplicação da medida disciplinar
sancionatória de transferência de escola.

Artigo 67º.

Suspensão Preventiva do Aluno

1. Havendo lugar à suspensão preventiva do aluno no contexto de procedimento disciplinar, a


mesma deve ser fundamentada em despacho proferido pelo director da escola, se a presença Lei n.º
30/2002, de 20
dele na escola se revelar gravemente perturbadora da instrução do processo ou do de Dezembro,
funcionamento normal das actividades da escola. com a
2. A suspensão preventiva não pode ser superior a 5 dias, nem continuar para além da data da redacção da
decisão do procedimento disciplinar. Lei n.º 3/2008,
3. Do plano de actividades pedagógicas definidas para o aluno durante o período de ausência da de 18 de
Janeiro
escola constam, em alternativa, a realização diária de uma ficha de trabalho ou de uma síntese
de conteúdos, determinados pelo conselho de turma, por cada disciplina leccionada nesse dia
no seu horário.
4. As actividades realizadas pelo aluno no âmbito do disposto no número anterior serão
entregues no dia em que terminar a suspensão preventiva, sendo ou não consideradas para
efeitos de avaliação em função da decisão final que vier a ser proferida no procedimento
disciplinar.

Artigo 68º.

Efeitos das Faltas Dadas no Período de Suspensão Preventiva

1. As faltas dadas pelo aluno durante o período de suspensão preventiva darão lugar à realização Lei n.º
de prova(s) de recuperação, sempre que a medida disciplinar sancionatória seja a repreensão 30/2002, com a
redacção dada
registada. pela Lei n.º
2. Não havendo lugar à aplicação de medida disciplinar sancionatória, as faltas dadas pelo aluno 3/2008,
relevam exclusivamente para fins estatísticos e não integram o seu registo biográfico.
3. Havendo lugar à aplicação de medida disciplinar sancionatória de suspensão da escola até 10
dias, as faltas dadas pelo aluno darão lugar à realização de prova(s) de recuperação.

Artigo 69º.

Equipas de Integração

1. As equipas de integração serão compostas por dois elementos do conselho de turma, sendo Lei n.º
um deles o director de turma, que, entre si definem a forma de acompanhamento do aluno na 30/2002, com a
redacção dada
execução da medida correctiva ou disciplinar sancionatória aplicada ao aluno, bem como a pela Lei n.º
articulação com pais/encarregados de educação e os restantes docentes da turma. 3/2008,
2. O docente que, em conjunto com o director de turma compõe a equipa de integração é
seleccionado, por sorteio, entre os docentes do conselho de turma e do aluno.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 25 -


Secção V

Estatutos Especiais

Artigo 70º.
Lei n.º
Alunos de Alta Competição 30/2002, de 20
de Dezembro
1. Os horários e o regime de frequência dos alunos que, comprovadamente, sejam praticantes em com a
regime de alta competição, são adaptados, sempre que possível, à necessidade da sua redacção dada
preparação desportiva. pela Lei n.º
3/2008, de 18
2. Aplica-se às faltas dadas pelos alunos durante o período de preparação e participação em de Janeiro
competições desportivas, quando seja entregue documento comprovativo da respectiva
presença, o constante dos artigos 58º, 59º e 60º do presente regulamento. Decreto-Lei n.º
3. Quando o período de participação em competições desportivas coincidir com provas de 125/95, de 31
avaliação de conhecimentos, estas são fixadas, para os alunos envolvidos nas mesmas, em de Maio
data que não colida com a sua actividade desportiva.
4. Os alunos praticantes em regime de alta competição são propostos para aulas de
compensação, se a evolução do seu aproveitamento escolar assim o justificar.

Artigo 71º.

Trabalhadores Estudantes

1. Considera-se trabalhador-estudante aquele que presta uma actividade sob autoridade e


direcção de outrem e que frequenta qualquer nível de educação escolar.
2. A qualidade de trabalhador-estudante adquire-se mediante a apresentação de documento
comprovativo da respectiva inscrição na segurança social, bem como de uma das seguintes Lei n.º 7/2009,
situações: de 12 de
Fevereiro
a) trabalhador por conta própria;
b) estudante que frequente programa de ocupação temporária de jovens, desde que tenha Lei n.º
duração igual ou superior a seis meses; 35/2004, de 29
de Julho
c) desemprego involuntário, com inscrição no Centro de Emprego.
3. A manutenção do estatuto de trabalhador-estudante é condicionada pela obtenção de
aproveitamento escolar, nos termos dos números seguintes e confirmada, anualmente, nos
termos do número anterior.
4. Considera-se aproveitamento escolar:
a) a transição de ano ou a aprovação em, pelo menos, metade das disciplinas em que o
trabalhador-estudante esteja matriculado;
b) a capitalização de um número de módulos igual ou superior ao dobro das disciplinas
em que o trabalhador-estudante esteja matriculado, com um mínimo de um módulo
em cada uma dessas disciplinas, caso se encontre matriculado no ensino recorrente
por módulos;
c) a aprovação em número de módulos igual ou superior a 33% da totalidade de módulos
prevista para cada ano, caso se encontre matriculado no ensino profissional,
considerando-se como justificadas as faltas dadas.
5. É considerado como tendo aproveitamento escolar o trabalhador-estudante que não satisfaça o
disposto na alínea b) do número 4 do presente artigo, por ter gozado licença de parentalidade
não inferior a um mês, ou devido a acidente de trabalho ou doença profissional.
6. O estatuto de trabalhador-estudante obriga a que o aluno realize o cumprimento de planos de
estudo referentes às aulas a que não compareceu na situação prevista na alínea c) do número 4
do presente artigo.
7. No caso de não haver época de recurso, o trabalhador estudante tem direito, na medida em que
for legalmente admissível, a uma época especial de exame em todas as disciplinas.
8. O trabalhador-estudante tem direito a aulas de compensação ou de apoio pedagógico que

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 26 -


sejam consideradas imprescindíveis.
9. O trabalhador-estudante não pode acumular perante o estabelecimento de ensino e o
empregador os benefícios conferidos pela legislação em vigor, com quaisquer regimes que
visem os mesmos fins, nomeadamente no que respeita à inscrição, dispensa de trabalho para
frequência de aulas, licenças por motivos escolares ou prestação de provas de avaliação.

Artigo 72º.

Matrículas simultâneas

1. A escola faculta, sempre que as condições o permitam, matrícula simultânea nas disciplinas
em que os alunos não tenham progredido no ano de escolaridade anterior, sempre que os
mesmos tenham transitado.
2. A matrícula simultânea depende de horário compatível entre a turma do ano de escolaridade
que o aluno frequenta e a turma na qual o aluno se integra, para efeitos de aprovação na(s)
disciplina(s) em atraso.
3. Os procedimentos a seguir pelos alunos interessados em frequentar disciplinas em regime de
matrícula simultânea são divulgados no início do ano lectivo.

B – Docentes

Secção I

Direitos e Deveres dos Docentes

Direitos

Artigo 73º.

Direitos Profissionais

1. São garantidos aos docentes os direitos estabelecidos para os funcionários e agentes do Estado
em geral, bem como os direitos profissionais decorrentes do estatuto da carreira docente.
2. São direitos profissionais específicos dos docentes:
a) direito de participação no processo educativo; Decreto-Lei n.º
b) direito à formação e informação para o exercício da função educativa; 15/2007, de 19
c) direito ao apoio técnico, material e documental; de Janeiro
(ECD)
d) direito à segurança na actividade profissional;
e) direito à consideração e ao reconhecimento da sua autoridade pelos alunos, suas
famílias e demais membros da comunidade educativa;
f) direito à colaboração das famílias e da comunidade educativa no processo de
educação dos alunos.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 27 -


Deveres

Artigo 74º.

Deveres Gerais

1. Os docentes estão obrigados ao cumprimento dos deveres estabelecidos para os funcionários e Decreto-Lei n.º
agentes da Administração Pública em geral. 15/2007, de 19
2. Os docentes, no exercício das funções que lhe estão atribuídas nos termos do Estatuto da de Janeiro
Carreira Docente, estão ainda obrigados ao cumprimento dos seguintes deveres profissionais: (ECD)
a) orientar o exercício das suas funções pelos princípios do rigor, da isenção, da justiça e
da equidade;
b) orientar o exercício das suas funções por critérios de qualidade, procurando o seu
permanente aperfeiçoamento e tendo como objectivo a excelência;
c) colaborar com todos os intervenientes no processo educativo, favorecendo a criação
de laços de cooperação e o desenvolvimento de relações de respeito e reconhecimento
mútuo, em especial entre docentes, alunos, encarregados de educação e pessoal não
docente;
d) actualizar e aperfeiçoar os seus conhecimentos, capacidades e competências, numa
perspectiva de aprendizagem ao longo da vida, de desenvolvimento pessoal e
profissional e de aperfeiçoamento do seu desempenho;
e) participar de forma empenhada nas várias modalidades de formação que frequente,
designadamente nas promovidas pela Administração, e usar as competências
adquiridas na sua prática profissional;
f) zelar pela qualidade e pelo enriquecimento dos recursos didáctico-pedagógicos
utilizados, numa perspectiva de abertura à inovação;
g) desenvolver a reflexão sobre a sua prática pedagógica, proceder à auto-avaliação e
participar nas actividades de avaliação da escola;
h) conhecer, respeitar e cumprir as disposições normativas sobre educação, cooperando
com a administração educativa na prossecução dos objectivos decorrentes da política
educativa, no interesse dos alunos e da sociedade.
3. Os docentes estão ainda adstritos ao cumprimento dos seguintes deveres específicos:
a) deveres para com os alunos;
b) deveres para com a escola e os outros docentes;
c) deveres para com os pais e encarregados de educação.

Secção II

Competências

Artigo 75º.
Decreto-Lei n.º
Componente Lectiva e Não Lectiva 15/2007, de 19
de Janeiro
1. O horário dos docentes compreende: (ECD)

a) componente lectiva
b) componente não lectiva:
i. trabalho de estabelecimento Despacho n.º
700/2009, de 9
ii. trabalho individual de Janeiro
iii. reuniões de natureza pedagógica convocadas nos termos da lei.
2. A componente lectiva é de vinte e duas horas semanais. Despacho n.º
17860, de 13
3. A componente lectiva de cada docente é reduzida por idade nos termos legais. de Agosto
4. A redução da componente lectiva determina o acréscimo correspondente da componente não
lectiva.
5. O número de horas afecto ao trabalho de estabelecimento é anualmente determinado pelo
director, tendo em conta os factores seguintes:

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 28 -


a) o exercício de cargos para os quais os docentes foram eleitos ou designados;
b) a viabilização do plano de actividades da escola.
6. O crédito horário da escola é determinado anualmente pelo despacho de organização do ano
lectivo e outras orientações complementares emanadas da tutela.
7. A atribuição de horas para o desempenho de determinados cargos e funções é feita por
preenchimento da componente não lectiva do docente.
8. A escola dispõe de um crédito horário de dezoito horas a distribuir pelo coordenador do plano
tecnológico de educação (PTE) e pelos docentes membros da equipa PTE.
9. A escola dispõe de um crédito horário de onze horas destinado ao docente que assegura a
coordenação da equipa responsável pela biblioteca escolar.
10. A escola dispõe de um crédito horário de quatro horas semanais a distribuir pelos docentes
responsáveis por grupos/equipas do desporto escolar.
11. A distribuição do serviço dos docentes que leccionam cursos EFA, EEE e formações
modulares é feita ao longo do ano lectivo em conformidade com o ponto 6 do artigo 5.º do
presente regulamento.
12. No final de cada ano lectivo os docentes preenchem, em reunião de área disciplinar,
documento no qual expressam a sua proposta de distribuição de serviço lectivo bem como de
composição do seu horário de trabalho.
13. Em casos omissos o número de horas a atribuir para o desempenho de cargos ou funções será
determinado com base em critérios específicos para cada situação.

Secção III

Normas de Actuação

Artigo 76º.

Normas de Actuação dos Docentes

1. No exercício das suas funções devem os docentes:


a) responsabilizar-se pelo transporte do livro de ponto e da chave da sala de aula, bem
como pela devolução desta ao assistente operacional de serviço no pavilhão, não
facultando, em caso algum, o acesso do livro de ponto aos alunos;
b) respeitar os toques de entrada e de saída, não prejudicando o gozo do intervalo pelos
alunos, nem a sua chegada pontual a outra sala de aula;
c) entrar em primeiro lugar na sala de aula e dela sair em último lugar, certificando-se de
que a mesma se encontra em condições para posterior utilização;
d) comunicar ao assistente operacional do pavilhão qualquer situação que possa
comprometer a utilização normal da sala de aula, quer em termos imediatos, quer a
médio prazo;
e) preencher, quer em aulas da sua componente lectiva, aulas de substituição ou
actividades de substituição, o livro de ponto, numerando a lição nos dois primeiros
casos, escrevendo o sumário e registando as faltas dos alunos, mesmo que estes se
encontrem a participar em outras actividades escolares;
f) não abandonar a sala no decorrer da aula, salvo em situações de natureza excepcional;
g) não dispensar os alunos das aulas ou dos principais momentos de avaliação;
h) manter a disciplina e controlar a produção de ruídos que perturbem o funcionamento
das próprias aulas e das que estão a decorrer nos espaços adjacentes;
i) utilizar sempre a sala de aula atribuída no seu horário e comunicar previamente aos
alunos e aos assistentes operacionais qualquer mudança ou troca de sala;
j) colocar, atempadamente, na reprografia os originais destinados à reprodução;
k) requisitar, com vinte e quatro horas de antecedência, através da aplicação GATo,
qualquer espaço e/ou equipamento necessários ao cumprimento do plano de aula.
2. Relativamente à avaliação dos alunos devem os docentes:
a) conceber, aplicar, corrigir e classificar os instrumentos de avaliação das
aprendizagens e participar no serviço de exames e reuniões de avaliação;
b) entregar os instrumentos de avaliação aos alunos, depois de devidamente corrigidos e

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 29 -


classificados, no prazo máximo de duas semanas, contadas a partir da data da
respectiva realização;
c) não aplicar novo instrumento de avaliação escrito sem ter sido entregue e
disponibilizada a correcção do anterior;
d) devolver, no final de cada período, todos os instrumentos de avaliação escritos;
e) informar o aluno, no final de cada período, das classificações obtidas em momentos
formais de avaliação;
f) não realizar avaliação de natureza sumativa na última semana de aulas de cada
período;
g) registar, em impresso próprio no livro de ponto, as datas de realização de avaliações;
h) não marcar momento formal de avaliação para dia em que se encontre já marcada
avaliação em outra disciplina ou área curricular;
i) não alterar datas de avaliação já marcadas sem conhecimento dos alunos.
3. Em caso de falta prevista o docente deve respeitar os seguintes procedimentos:
a) solicitar autorização, por escrito, com antecedência mínima de 3 dias úteis, ao
director;
b) realizar, sempre que possível, permuta de aula, com um docente da turma;
c) não sendo exequível a situação prevista na alínea anterior, diligenciar no sentido de
ser substituído por um docente habilitado a leccionar a sua disciplina, a quem deve
entregar previamente o plano de aula;
d) manter actualizado o dossier de actividades de substituição da turma, na sua
disciplina, a fim de garantir a execução de um plano de actividades por um docente
substituto, não sendo exequíveis as alternativas de permuta ou aula de substituição;
e) dar orientação, no plano de actividades de substituição, sobre quem fica na posse dos
resultados dessas actividades;
f) informar o director sobre a realização da permuta/aula de substituição, preenchendo o
impresso existente para o efeito, tratando-se de permuta, e fazendo entrega do mesmo
nos serviços administrativos;
g) apresentar a justificação da falta.

4. Em caso de falta prevista aos conselhos de turma de avaliação deve o docente entregar
previamente ao director, todos os elementos referentes à avaliação de cada aluno.
5. Em caso de falta imprevista, o docente deve informar o director com a máxima brevidade
possível, cabendo a este accionar os mecanismos de substituição contemplados neste
regulamento.

Artigo 77º.

Normas de Actuação Específicas dos Docentes que Leccionam Cursos Profissionais / EFA

1. Em caso de falta prevista, os procedimentos relativos ao pedido de autorização e à justificação


da falta são os referidos nas alíneas a) e g) do número 3 do artigo anterior.
2. Relativamente a procedimentos específicos os docentes devem:
a) efectuar a permuta de aula com outro docente da turma com a maior brevidade
possível e informar o director;
b) repor a(s) aula(s) em atraso com a maior brevidade possível, dentro do horário da
turma, na situação de impossibilidade de permuta;
c) repor a(s) aula(s) em atraso fora do horário da turma, extraordinariamente, havendo
concordância de todos os alunos, manifestada por escrito;
d) preencher o impresso de reposição de aula, em duplicado, entregando um nos serviços
administrativos e outro ao director de turma / mediador;
e) completar o preenchimento do impresso de reposição de aula, após esta ter ocorrido,
nos serviços administrativos;
f) repor a(s) aula(s) em atraso durante a primeira semana de cada interrupção lectiva,
caso não tenha sido possível fazê-lo até ao final de cada período;
g) leccionar as aulas referidas na alínea anterior, nas salas indicadas para o efeito,

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 30 -


informando todos os alunos de que apenas podem permanecer na escola durante o
tempo de aula(s);
h) informar o director relativamente ao horário acordado com os alunos, nas situações
previstas nas alíneas f) e g) do presente número;
i) aplicar exclusivamente os procedimentos de permuta e reposição de aula(s), estando
excluído o procedimento de aula de substituição.
3. Nos cursos EFA, com a necessária autorização, a permuta é realizada entre os formadores de
cada uma das áreas de competências-chave.

Artigo 78º.

Normas de Actuação Específicas dos Docentes do Ensino Recorrente

1. Os docentes do ensino recorrente devem corrigir os exames escritos e divulgar as


classificações no prazo máximo de duas semanas contadas a partir da data da respectiva
realização.
2. Quando o exame integre prova oral ou prática, o docente define a data da respectiva realização
no momento da prova escrita e comunica-a aos alunos.
3. A aplicação de medidas correctivas é feita em conformidade com o disposto no artigo 62º do
presente regulamento.

Secção IV

Avaliação

Artigo 79º.

Princípios Orientadores

1. A avaliação do desempenho dos docentes desenvolve-se de acordo com os princípios


consagrados na lei de bases do sistema educativo e no respeito pelos princípios e objectivos ECD
que enformam o sistema integrado de avaliação do desempenho da administração pública.
2. A avaliação dos docentes visa a melhoria dos resultados escolares dos alunos e da qualidade
das aprendizagens, e proporcionar orientações para o desenvolvimento pessoal e profissional
no quadro de um sistema de reconhecimento do mérito e de excelência, constituindo ainda
seus objectivos os fixados no estatuto da carreira docente.

Artigo 80º.

Âmbito e Periodicidade

1. A avaliação realiza-se segundo critérios previamente definidos que permitam aferir padrões de
qualidade do desempenho profissional, tendo em consideração o contexto sócio-educativo em
que se desenvolve a sua actividade.
2. A avaliação do desempenho dos docentes realiza-se de acordo com os normativos legais.

Artigo 81º.

Elementos de Referência da Avaliação

1. A avaliação do desempenho tem por referência os objectivos e metas fixadas no projecto


educativo da escola.
2. Os procedimentos relacionados com a avaliação do desempenho dos docentes constarão de
circular interna divulgada pelos meios mais adequados, logo que sejam definidas as
orientações do ministério da educação, para vigorarem após o período transitório de
implementação do modelo.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 31 -


C – Pessoal não Docente

Secção I
Lei n.º12-
Categorias Profissionais A/2208, de 27
de Fevereiro
Artigo 82º.

Categorias

1. O pessoal não docente integra as seguintes carreiras profissionais:


a) técnico superior;
b) assistente técnico;
c) assistente operacional.
2. Na carreira do pessoal assistente técnico existem as categorias de chefe dos serviços de
administração escolar e de assistente técnico.
3. Na carreira do pessoal assistente operacional existem as categorias de coordenador
operacional e de assistente operacional.

Artigo 83º.

Técnico Superior

Na carreira de técnico superior encontram-se integrados o psicólogo dos serviços de psicologia e


orientação escolar e a equipa técnica do CNO – técnico de diagnóstico e encaminhamento e
profissionais de reconhecimento e certificação de competências.

Secção II

Direitos e Deveres do Pessoal não Docente

Artigo 84º.
Despacho n.º
Direitos 17460/2006,
de 29 de
Constituem direitos do pessoal não docente: Agosto

1. Ser informado:
a) da legislação relevante para o exercício das suas funções, bem como dos
regulamentos e das normas em vigor na escola;
b) dos critérios de avaliação do seu desempenho bem como das normas que lhe servem
de suporte;
c) das iniciativas e das actividades escolares que lhe digam respeito.
2. Ter uma participação na vida da escola alargada a objectivos educativos e não apenas limitada
ao domínio estritamente funcional.
3. Fazer-se representar nos órgãos de gestão e administração da escola nos termos da legislação
em vigor.
4. Beneficiar de:
a) acções de formação que contribuam para o seu aperfeiçoamento profissional e,
consequentemente, para uma melhoria dos serviços;
b) de condições físicas adequadas ao exercício das funções que lhe competem;
c) de um conhecimento atempado, no início de cada ano, das funções e tarefas que lhe
são destinadas.
5. Reunir no espaço da escola, mediante prévia autorização, para tratar de assuntos de interesse
relevante para a sua profissão, para os serviços e para a comunidade escolar.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 32 -


Artigo 85º.

Deveres

Constituem deveres do pessoal não docente:


a) cumprir com lealdade e competência profissional as funções que lhe forem atribuídas,
em subordinação aos objectivos do serviço e na perspectiva da prossecução dos
interesses da educação;
b) contribuir em todas as situações para o bom funcionamento da organização escolar,
bem como para a sua boa imagem;
c) acatar e cumprir as ordens dos seus legítimos superiores hierárquicos, dadas em
objecto de serviço e com fundamento legal;
d) ser assíduo e cumprir com pontualidade os períodos normais de funcionamento dos
serviços, que só podem ser alterados por imperiosa necessidade, reconhecida pelo
director;
e) permanecer no local de trabalho durante as horas de serviço, não o abandonando sem
prévia autorização superior;
f) encontrar-se devidamente identificado durante o exercício das suas funções;
g) coadjuvar e substituir os seus colegas sempre que as necessidades do serviço o
exijam;
h) guardar segredo profissional relativamente aos factos de que tenha conhecimento em
virtude do exercício das suas funções e que não se destinem a ser do domínio público;
i) conhecer, cumprir e fazer cumprir as normas legais regulamentares, o projecto
educativo da escola, o regulamento interno, o plano de emergência da escola e as
instruções dos seus superiores hierárquicos;
j) desempenhar, com zelo e profissionalismo, as tarefas que lhe tenham sido destinadas;
k) demonstrar empenho nas acções de formação em que participar.
§ único - não é aplicável ao técnico superior o disposto na alínea g) do presente artigo sempre que
tal categoria profissional seja preenchida apenas por um elemento.

Secção III

Competências

Artigo 86º.

Competências do Técnico Superior

1. As competências do psicólogo do SPO são as constantes do artigo 222º do presente


regulamento.
2. As competências do técnico de diagnóstico e encaminhamento são as constantes do artigo
180º do presente regulamento.
3. As competências do profissional de reconhecimento e validação de competências são as
constantes do artigo 181º do presente regulamento.

Artigo 87º.

Competências do Chefe dos Serviços de Administração Escolar

São competências do chefe dos serviços de administração escolar as seguintes:


a) participar no conselho administrativo;
b) coordenar, na dependência hierárquica do director da escola, toda a actividade
administrativa nas áreas da:
i. gestão de recursos humanos;
ii. gestão financeira, patrimonial e de aquisições;

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 33 -


iii. gestão do expediente e arquivo;
iv. atendimento e informação aos alunos, aos encarregados de educação, ao
pessoal docente, ao pessoal não docente e a outros utentes da escola;
c) dirigir e orientar o pessoal afecto ao serviço administrativo no exercício diário das
suas tarefas;
d) efectuar a avaliação de desempenho do pessoal afecto ao seu serviço;
e) exercer todas as competências delegadas pelo director;
f) propor as medidas tendentes à modernização e eficiência dos serviços de apoio
administrativo;
g) preparar e submeter a despacho do director todos os assuntos respeitantes ao
funcionamento da escola;
h) assegurar a elaboração do projecto de orçamento de acordo com as linhas traçadas
pelo conselho geral;
i) coordenar, de acordo com as orientações do conselho administrativo, a elaboração do
relatório de conta de gerência;
j) levantar autos de ocorrência relativos a infracções disciplinares praticados pelos
assistentes técnicos.

Artigo 88º.

Competências Gerais do Assistente Técnico

São competências do assistente técnico as seguintes:


1. O assistente técnico desempenha, sob orientação do chefe dos serviços de administração
escolar, funções de natureza executiva, enquadradas por instruções gerais e procedimentos
bem definidos, com certo grau de complexidade, relativas a uma ou mais áreas de actividade
administrativa, designadamente gestão de alunos, pessoal, orçamento, contabilidade,
património, aprovisionamento, secretaria, arquivo e expediente.
2. No âmbito das funções mencionadas, compete-lhe:
a) recolher, examinar, conferir e proceder à escrituração de dados relativos às
transacções financeiras e de operações contabilísticas;
b) organizar e manter actualizados os processos relativos à situação dos docentes e
pessoal não docente, designadamente o processamento dos vencimentos e registos de
assiduidade;
c) organizar e manter actualizado o inventário patrimonial, bem como adoptar medidas
que visem a conservação das instalações, material e equipamentos;
d) desenvolver os procedimentos da aquisição de material e equipamento necessários ao
funcionamento das diversas áreas de actividade da escola;
e) assegurar o tratamento e divulgação da informação entre os vários órgãos e entre estes
e a comunidade escolar ou outros;
f) organizar e manter actualizados os processos relativos à gestão dos alunos;
g) ser cordial no atendimento e prestar informações de forma clara e objectiva;
h) preparar, apoiar e secretariar reuniões dos órgãos de gestão e administração, ou
outras, e elaborar as respectivas actas, se o director assim o decidir.

Artigo 89º.

Competências do Assistente Técnico


(Acção Social Escolar)

São competências do assistente técnico as seguintes:


a) participar em serviços ou programas organizados pela escola que visem prevenir a
exclusão escolar dos alunos;
b) organizar e assegurar a informação dos apoios complementares aos alunos e
encarregados de educação, docentes, associações de pais e autarquias;
c) participar na organização e supervisão técnica dos serviços do refeitório, bufete,

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 34 -


papelaria e orientar o respectivo pessoal;
d) organizar os processos individuais dos alunos que se candidatem a subsídios ou bolsas
de estudo;
e) participar na organização, em colaboração com as autarquias, dos transportes
escolares;
f) desenvolver as acções que garantam as condições necessárias de prevenção do risco,
proceder ao encaminhamento dos alunos, em caso de acidente, e organizar os
respectivos processos;
g) colaborar na selecção e definição dos produtos e material escolar, num processo de
orientação de consumo.

Artigo 90º.

Competências do Assistente Técnico


(Tesouraria)

São competências do assistente técnico, sob orientação do chefe dos serviços de administração
escolar, as seguintes:
a) registar os movimentos da tesouraria;
b) proceder a todas as operações de cobrança e pagamentos;
c) depositar as receitas;
d) proceder às transferências bancárias necessárias;
e) controlar os saldos das contas bancárias;
f) registar e conferir o movimento diário da tesouraria;
g) conferir, no programa de contabilidade, os lançamentos contabilísticos efectuados;
h) elaborar guias de receitas do estado;
i) colaborar na elaboração dos balancetes e de outros indicadores de gestão financeira, a
pedido do conselho administrativo.

Artigo 91º.

Competências do Coordenador Operacional

São competências do coordenador operacional as seguintes:


a) orientar, coordenar e supervisionar o trabalho do pessoal que está sob a sua
dependência hierárquica;
b) efectuar a avaliação de desempenho dos assistentes operacionais;
c) colaborar com o director na distribuição de serviço por aquele pessoal;
d) controlar a assiduidade do pessoal a seu cargo e elaborar o plano de férias a submeter
à aprovação do director;
e) atender e apreciar reclamações ou sugestões sobre o serviço prestado;
f) propor soluções para problemas detectados;
g) comunicar infracções disciplinares do pessoal a seu cargo;
h) fazer requisições e reposições de material;
i) comunicar avarias ou extravios de material e equipamento;
j) diligenciar no sentido da afixação e divulgação de convocatórias, circulares, avisos,
ordens de serviço, pautas, horários e outros documentos;
k) levantar autos de ocorrência relativos a infracções disciplinares cometidas pelos
assistentes operacionais.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 35 -


Artigo 92º.

Competências Gerais do Pessoal Assistente Operacional

São competências gerais do pessoal assistente operacional as seguintes:


a) colaborar na função educativa da escola e na criação de um bom ambiente de
trabalho;
b) colaborar com os docentes no acompanhamento dos alunos e durante as actividades
lectivas, zelando para que, nas instalações escolares, sejam mantidas as normas de
compostura, silêncio e limpeza, em respeito permanente pelo trabalho educativo em
curso;
c) prestar assistência aos alunos em situação de primeiros socorros, e em caso de
necessidade, acompanhá-los às unidades hospitalares;
d) limpar e arrumar as instalações da escola à sua responsabilidade;
e) vigiar as instalações da escola e o recinto escolar, com vista à detecção de situações
anómalas;
f) zelar pela conservação e manutenção de todos os espaços exteriores e interiores
assim como promover a eficiência energética desligando luzes, aparelhos de
aquecimento ou outros equipamentos, quando os mesmos não sejam necessários;
g) controlar as entradas e saídas dos alunos nos pavilhões, não permitindo
comportamentos perturbadores das actividades lectivas ou dos serviços;
h) garantir a segurança de espaços que devam manter-se fechados;
i) receber e entregar chaves do chaveiro a seu cargo;
j) afixar e divulgar convocatórias, circulares, avisos, ordens de serviço, pautas, horários
e demais documentos informativos;
k) comunicar ao coordenador operacional todas as anomalias ou estragos verificados no
edifício, mobiliário ou material;
l) comunicar por escrito toda e qualquer ocorrência considerada grave;
m) usar vestuário adequado às exigências da função desempenhada, em conformidade
com as regras de higiene e segurança no trabalho, bem como mantê-lo limpo;
n) encaminhar os visitantes aos diversos serviços a que se destinam.

Artigo 93º.

Competências do Pessoal Assistente Operacional


(Apoio à Actividade Pedagógica)

São competências do pessoal assistente operacional as seguintes:


a) preparar, fornecer, transportar e zelar pela conservação do material didáctico e do
equipamento, comunicando estragos e extravios ao coordenador operacional;
b) marcar as faltas aos docentes e registá-las;
c) abrir e organizar os livros de ponto entregues à sua responsabilidade;
d) colaborar na criação de boas condições de circulação nos corredores de acesso aos
pavilhões, sobretudo durante as entradas e saídas das aulas;
e) prestar apoio aos directores de turma e às reuniões a decorrerem no espaço da escola;
f) colocar atempadamente, nas salas devidas, os meios audiovisuais, sempre que
requisitados pelos docentes nos termos regulamentados;
g) encaminhar para o director os alunos que, no decorrer das aulas, se encontrem no
interior do pavilhão, junto às salas sem razão justificativa;
h) atender as chamadas das salas e executar os pedidos feitos com rapidez e eficácia;
i) executar, de acordo com as instruções dos seus superiores hierárquicos e no respeito
pelos regulamentos em vigor, as funções inerentes à sua categoria profissional, que
lhe tenham sido cometidas e que se encontrem omissas no presente regulamento.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 36 -


Artigo 94º.

Competências do Pessoal Assistente Operacional


(Biblioteca)

São competências do pessoal assistente operacional as seguintes:


a) proceder ao atendimento;
b) controlar a leitura presencial e as requisições de materiais efectuadas;
c) desenvolver todos os procedimentos técnico-documentais;
d) reproduzir, em fotocópia, os documentos;
e) zelar pela limpeza, arrumação e manutenção das instalações e equipamentos;
f) colaborar no desenvolvimento das actividades da BE.

Artigo 95º.

Competências do Pessoal Assistente Operacional


(Laboratórios de Ciências Experimentais)

São competências do pessoal assistente operacional as seguintes:


a) conhecer e cumprir as regras de segurança no laboratório;
b) usar sempre bata dentro das instalações;
c) comunicar ao director de instalações danos e acidentes ocorridos no laboratório;
d) auxiliar os docentes na preparação do material necessário para as aulas experimentais;
e) zelar pela limpeza, arrumação e manutenção das instalações e equipamentos;
f) colaborar com o director de instalações na realização do inventário do equipamento e
do material.

Artigo 96º.

Competências do Pessoal Assistente Operacional


(Apoio Social Escolar)

São competências do pessoal assistente operacional as seguintes:


a) preparar e vender produtos do bufete;
b) vender, na papelaria, material escolar, impressos, textos de apoio e outro material;
c) distribuir aos alunos subsidiados, na papelaria, senhas de refeição, material escolar e
livros;
d) apurar diariamente a receita realizada no bufete e entregá-la nos serviços
administrativos;
e) informar dos artigos e dos bens em falta na papelaria e no bufete;
f) limpar e arrumar as instalações do bufete e papelaria bem como o respectivo
equipamento;
g) comunicar estragos e/ou extravios de material.

Artigo 97º.

Competências do Pessoal Assistente Operacional


(Portaria)

São competências do pessoal assistente operacional as seguintes:


a) controlar a entrada e saída de alunos, exigindo sempre a utilização do cartão
electrónico;
b) prestar informações aos visitantes, controlar as respectivas entradas e saídas,
registando-as em impresso próprio, encaminhá-los e proceder à abertura e
encerramento das portas de acesso às instalações;
c) vigiar as instalações da escola pelo sistema de vídeo-vigilância, evitando a entrada de

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 37 -


pessoas não autorizadas;
d) assegurar a vigilância do espaço exterior adjacente à portaria;
e) informar o director sobre situações anómalas.

Artigo 98º.

Competências do Pessoal Assistente Operacional


(PBX)

São competências do pessoal assistente operacional as seguintes:


a) efectuar as comunicações telefónicas solicitadas e prestar informações;
b) proceder ao atendimento telefónico de forma correcta, identificando a escola, a si
próprio, bem como o destinatário da chamada quando a mesma deva ser
encaminhada;
c) receber e transmitir mensagens;
d) zelar pela conservação do equipamento.

Artigo 99º.

Competências do Pessoal Assistente Operacional


(Reprografia)

São competências do pessoal assistente operacional as seguintes:


a) reproduzir documentos com utilização de equipamento próprio;
b) assegurar a limpeza e manutenção do equipamento, efectuando pequenas reparações
ou comunicando as avarias detectadas;
c) assegurar o controlo de gestão de stocks necessários ao funcionamento da reprografia
e, ainda, das impressoras e fotocopiadora da sala dos docentes.

Secção IV

Avaliação do Pessoal Não Docente Lei n.º 66-


B/2007, de 28
Artigo 100º. de Dezembro

1. A avaliação do desempenho do pessoal não docente desenvolve-se de acordo com os


princípios consagrados no SIADAP, aplicando-se o subsistema SIADAP 3 (sistema integrado
da gestão e avaliação do desempenho na administração pública).

2. O SIADAP visa contribuir para a melhoria do desempenho e qualidade de serviço na


administração pública, para a coerência e harmonia da acção dos serviços, dirigentes e demais
trabalhadores para a promoção da sua motivação profissional desenvolvimento de
competências.

Artigo 101º.

Intervenientes na Avaliação do Pessoal não Docente Lei n.º 66-


B/2007, de 28
1. Os intervenientes no processo de avaliação do pessoal não docente são os seguintes: de Dezembro

• director
• comissão paritária Decreto
• conselho coordenador da avaliação Regulamentar
n.º 4/2006, de
• avaliadores 7 de Março
• avaliados

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 38 -


Artigo 102º.

Periodicidade Decreto-Lei n.º


184/2004, de
1. A avaliação efectua-se através da auto-avaliação e hetero-avaliação. 29 de Julho
2. A avaliação é realizada anualmente.

Artigo 103º.

Parâmetros de Avaliação
Lei n.º 66-
1. A avaliação do desempenho do pessoal não docente incide sobre os seguintes parâmetros: B/2007, de 28
de Dezembro
a) resultados obtidos na prossecução dos objectivos individuais em articulação com os
objectivos do projecto educativo da escola; Portaria n.º
b) competências que visam avaliar os conhecimentos, capacidades técnicas e aptidões 1633/2007, de
para o exercício de cada função. 31 de
Dezembro

Artigo 104º.

Calendarização
Lei n.º 66-
1. A fase de planeamento da avaliação deve decorrer no último trimestre do ano civil anterior. B/2007, de 28
2. A auto-avaliação e a avaliação, relativas ao ano anterior, devem decorrer na primeira quinzena de Dezembro
de Janeiro. Portaria n.º
3. As reuniões do conselho coordenador da avaliação realizam-se na segunda quinzena de 1633/2007, de
Janeiro. 31 de
4. As reuniões dos avaliadores com cada um dos respectivos avaliados realizam-se durante o Dezembro
mês de Fevereiro.
5. Nas reuniões a que se refere o número anterior é divulgada a avaliação do ano anterior e são
definidos os objectivos para o ano em curso.
6. A homologação é da competência do director e deve ser efectuada até ao dia trinta de Março.

D - Pais e Encarregados de Educação

Secção I

Direitos e Deveres

Artigo 105º.

Direitos Lei n.º


30/2002, de 20
de Dezembro,
1. Participar na vida da escola, directamente ou através dos seus representantes. com a
2. Eleger e ser eleito para participar em reuniões ou para integrar o conselho geral e conselho redacção da
pedagógico. Lei n.º 3/2008,
3. Ser informado sobre: de 18 de
Janeiro
a) a legislação e normas que lhe digam respeito e ao seu educando;
b) os factos significativos da vida escolar do seu educando (avaliações intercalares e de
final de período, assiduidade - faltas justificadas e injustificadas, provas de
recuperação, exclusão e procedimentos disciplinares);
c) actividades a realizar, dentro e fora da escola, pela turma do seu educando.
4. Dispor de uma hora semanal de atendimento pelo director de turma, devidamente sinalizada
no respectivo horário, e, sempre que a situação o justifique, poder solicitar, com o devido
fundamento, a presença de outro docente para prevenção ou resolução de problemas pontuais.
5. Conhecer o regulamento interno.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 39 -


Artigo 106º.

Deveres

1. Aos pais e encarregados de educação, para além das suas obrigações legais, incumbe uma
especial responsabilidade inerente ao seu poder - dever de dirigirem a educação dos seus Lei n.º
filhos e educandos, no interesse destes, e de promoverem activamente o desenvolvimento 30/2002, de 20
físico, intelectual e moral dos mesmos. de Dezembro,
2. Nos termos da responsabilidade referida no número anterior, deve cada um dos pais e com a
encarregados de educação, em especial: redacção da
Lei n.º 3/2008,
a) acompanhar activamente a vida escolar do seu educando; de 18 de
Janeiro
b) promover a articulação entre a educação na famí1ia e o ensino escolar;
c) diligenciar para que o seu educando beneficie efectivamente dos seus direitos e
cumpra os deveres que lhe incumbem, com destaque para os deveres de assiduidade,
de correcto comportamento escolar e de empenho no processo de aprendizagem;
d) contribuir para a criação e execução do projecto educativo e do regulamento interno
da escola e participar na vida da escola;
e) cooperar com os docentes no desempenho da sua missão pedagógica, em especial
quando para tal forem solicitados, colaborando no processo de ensino e aprendizagem
dos seus educandos;
f) contribuir para a preservação da disciplina da escola e para a harmonia da
comunidade educativa, em especial quando para tal forem solicitados;
g) contribuir para o correcto apuramento dos factos em processo disciplinar que incida
sobre o seu educando e, sendo aplicada a este medida disciplinar, diligenciar para que
a mesma prossiga os objectivos de reforço da sua formação cívica, do
desenvolvimento equilibrado da sua personalidade, da sua capacidade de se relacionar
com os outros, da sua plena integração na comunidade educativa e do seu sentido de
responsabilidade;
h) contribuir para a preservação da segurança e integridade física e moral de todos os
que participam na vida da escola;
i) integrar activamente a comunidade educativa no desempenho das demais
responsabilidades desta, em especial, informando-se e informando sobre todas as
matérias relevantes no processo educativo dos seus educandos;
j) comparecer na escola sempre que julgue necessário e quando para tal for solicitado,
informando a escola sempre que haja impedimentos à sua comparência quando
convocado;
k) conhecer o regulamento interno da escola e subscrever declaração anual de aceitação
do mesmo e de compromisso activo quanto ao seu cumprimento integral.

Capítulo V

ESTRUTURAS DE COORDENAÇÃO E SUPERVISÃO PEDAGÓGICA

Secção I

Departamentos Curriculares

Artigo 107º.

Composição

1. Os departamentos existentes na escola apresentam a seguinte composição:

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 40 -


Departamento Grupo de Recrutamento Área Disciplinar
Português
300 – Português Latim e Grego
310 – Latim e Grego Decreto-Lei n.º
Línguas 320 – Francês Francês 27/2006, de 10
330 – Inglês de Fevereiro
340 - Alemão Inglês
Alemão
História Decreto-Lei n.º
200/2007, de
22 de Maio
400 – História Filosofia
410 – Filosofia
Ciências Sociais e
420 – Geografia Geografia
Humanas
430 – Economia e Contabilidade
530 – Secretariado
Economia e Contabilidade
Secretariado
500 – Matemática Matemática
Matemática e Ciências 510 – Física e Química Física e Química
Experimentais 520 – Geologia e Biologia Geologia e Biologia
550 – Informática Informática Decreto-Lei n.º
75/2008, de 22
600 – Artes Visuais Artes Visuais de Abril
910 – Educação Especial Educação Especial
Expressões
620 – Educação Física Educação Física

Observação: Os Técnicos Especializados, contratados anualmente, são incluídos na área disciplinar


afim da especificidade da disciplina que leccionam.

2. O funcionamento de cada departamento curricular é da responsabilidade do coordenador,


docente titular do mesmo, nomeado pelo director.

Artigo 108º.

Competências dos Departamentos Curriculares

1. Compete aos departamentos curriculares:


a) planificar e adequar à realidade da escola a aplicação dos planos de estudo
estabelecidos a nível nacional;
b) elaborar e aplicar medidas de reforço no domínio das didácticas específicas das
disciplinas;
c) assegurar, de forma articulada com outras estruturas de coordenação e supervisão
pedagógica da escola, a adopção de metodologias específicas destinadas ao
desenvolvimento quer dos planos de estudo quer das componentes de âmbito local do
currículo;
d) analisar a oportunidade de adopção de medidas de gestão flexível dos currículos e de
outras medidas destinadas a melhorar as aprendizagem e a prevenir a exclusão;
e) elaborar propostas curriculares diversificadas, em função da especificidade de grupos
de alunos;
f) assegurar a coordenação de procedimentos e formas de actuação nos domínios da
aplicação de estratégias de diferenciação pedagógica e da avaliação das
aprendizagens;
g) aprovar os critérios de avaliação de cada disciplina com respeito pelos critérios gerais
de avaliação aprovados pelo conselho pedagógico;
h) identificar necessidades de formação dos docentes;

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 41 -


i) analisar e reflectir sobre as práticas educativas e o seu contexto;
j) dar cumprimento aos normativos referentes à realização de provas de exame e
respectiva correcção;
k) elaborar o seu próprio regimento.
2. O exercício das competências enunciadas no ponto anterior é supervisionado pelo
coordenador de departamento que responde perante o director.
3. As competências enunciadas no número 1 do presente artigo podem ser exercidas no âmbito
de área disciplinar sempre que as especificidades da mesma assim o exijam.
4. A supervisão de cada área disciplinar é da responsabilidade, sempre que possível, de um
docente titular do mesmo, eleito pelos docentes que o integram.

Artigo 109º.

Funcionamento dos Departamentos Curriculares

1. Os departamentos reúnem ordinariamente no início de cada ano lectivo e uma vez em cada um
dos períodos seguintes.
2. Os departamentos reúnem extraordinariamente sempre que convocados:
a) pelo director;
b) pelo respectivo coordenador;
c) a requerimento de um terço dos docentes que o integram.
3. As reuniões de departamento são presididas pelo respectivo coordenador.
4. Os departamentos curriculares funcionam nos termos do presente regulamento e dos
respectivos regimentos.

Artigo 110º.

Mandato

1. Os coordenadores dos departamentos curriculares são designados pelo director de entre os Decreto-Lei n.º
docentes titulares de cada departamento e pertencentes ao quadro da escola. 75/2008, de 22
2. O mandato dos coordenadores dos departamentos curriculares é de quatro anos e cessa com o de Abril
mandato do director.
3. Os coordenadores dos departamentos curriculares bem como os responsáveis pelas áreas
disciplinares podem ser exonerados a todo o tempo por despacho fundamentado do director.
4. Em situações de impedimento, o coordenador de departamento é substituído por um docente
titular designado pelo director.
5. As situações de impedimento a que se refere o número anterior são analisadas quando
ocorram e dão lugar à substituição, por designação do director, sempre que se justifique.

Artigo 111º.

Competências dos Coordenadores de Departamentos Curriculares

Constituem tarefas dos coordenadores dos departamentos curriculares as seguintes:


a) a coordenação da prática científico-pedagógica dos docentes das disciplinas que
compõem o departamento;
b) o acompanhamento e orientação da actividade profissional dos docentes das
disciplinas, especialmente no período probatório;
c) a intervenção no processo de avaliação do desempenho dos docentes;
d) a participação no júri da prova pública de admissão ao concurso de acesso na carreira.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 42 -


Artigo 112º.

Mandato do Coordenador da Área Disciplinar

1.Os docentes coordenadores das áreas disciplinares são eleitos, sempre que possível de entre os
docentes titulares dessa área, pelos docentes que as integram.
2. Quando não seja possível a eleição referida no número anterior, os coordenadores das áreas
disciplinares são designados pelo director.
3. O mandato dos coordenadores das áreas disciplinares é de dois anos.
4. Quando não seja possível a substituição nos termos do número anterior, a mesma será feita pelo
docente indicado pelo director.

Área Disciplinar

Artigo 113º.

Funcionamento da Área Disciplinar

1. O coordenador da área disciplinar é eleito no final do ano lectivo correspondente ao final do


seu mandato.

2. Os docentes das áreas disciplinares reúnem sempre que forem regularmente convocados:
a) pelo director;
b) pelo coordenador de departamento;
c) pelo docente titular responsável.
3. As reuniões de conselho de área disciplinar são presididas pelo coordenador da mesma.
4. Em situações de impedimento, o coordenador da área disciplinar é substituído pelo docente
titular com mais tempo de serviço, que não desempenhe cargo incompatível

Artigo 114º.

Competências do Conselho de Área Disciplinar

Compete ao conselho de área disciplinar:


a) colaborar com o conselho pedagógico na construção do projecto educativo da escola;
b) colaborar com o conselho pedagógico na elaboração e execução do plano de formação
dos docentes da área disciplinar;
c) elaborar pareceres no que se refere a programas, métodos e organização curricular;
d) fazer propostas relativas à adopção de manuais escolares;
e) analisar os resultados escolares dos alunos nas disciplinas da área disciplinar;
f) propor medidas que contribuam para a melhoria desses resultados escolares;
g) colaborar na identificação das necessidades relativas a equipamento e material
didáctico;
h) planificar as actividades lectivas e não lectivas.

Artigo 115º.

Competências do Coordenador da Área Disciplinar

Compete ao coordenador de área disciplinar:


a) presidir às reuniões do conselho de área disciplinar;
b) coordenar a elaboração das planificações das actividades lectivas e não lectivas;
c) coordenar as actividades pedagógicas a desenvolver pelos docentes das disciplinas, no
domínio da concretização dos planos curriculares;
d) concertar normas de actuação na aplicação dos critérios de avaliação definidos pelo
conselho pedagógico;

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 43 -


e) colaborar com o coordenador de departamento no processo de avaliação de
desempenho quando tal lhe for solicitado;
f) racionalizar a gestão dos recursos atribuídos à área disciplinar e promover a aquisição
de equipamento e material didáctico proposto pelo conselho que coordena.

Secção II

Outros Departamentos

Subsecção I

Departamento dos Cursos Profissionais

Artigo 116º.

Composição e Funcionamento

1. O departamento dos cursos profissionais é composto por: Despacho n.º


14758/2004 de
• coordenador 23 de Julho
• directores de curso
• docentes orientadores da prova de aptidão profissional (PAP)
• docentes orientadores da formação em contexto de trabalho (FCT)
• coordenador dos directores de turma dos cursos profissionais
2. O conselho do departamento reúne ordinariamente uma vez por trimestre e,
extraordinariamente, sempre que convocado pelo director, pelo coordenador ou por um terço
dos elementos que o integram.

Artigo 117º.

Competências do Departamento

1. O departamento dos cursos profissionais visa a implementação e o acompanhamento dos


cursos profissionais leccionados na escola.
2. Compete ao departamento:
a) elaborar o regimento do departamento;
b) contribuir para o cumprimento do plano anual de actividades;
c) definir procedimentos ajustados ao funcionamento dos cursos;
d) definir as condições de acesso à formação em contexto de trabalho;
e) estabelecer, para cada curso, os critérios de distribuição dos alunos formandos pelos
lugares existentes;
f) propor, ao director, a composição do júri da prova de aptidão profissional, para cada
curso;
g) zelar pelo cumprimento dos regulamentos da formação em contexto de trabalho e da
prova de aptidão profissional.

Artigo 118º.

Competências do Coordenador
São competências do coordenador:
a) assegurar a articulação entre os directores de curso e o director;
b) coordenar a acção do departamento articulando estratégias e procedimentos;
c) submeter, ao director, as propostas do departamento;
d) fornecer informações sobre o desenvolvimento dos cursos ao director e ao conselho
pedagógico.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 44 -


Artigo 119º.

Mandato do Coordenador

O coordenador dos cursos profissionais é designado pelo director pelo período de dois anos.

Artigo 120º.

Mandato do Director de Curso

Os directores dos cursos profissionais são designados anualmente pelo director.

Artigo 121º.

Competências do Director de Curso

Compete ao director de curso:


a) assegurar a articulação pedagógica entre as diferentes disciplinas e componentes de
formação do curso; Portaria
b) organizar e coordenar as actividades a desenvolver no âmbito da formação técnica; n.º550-C/2004,
c) participar nas reuniões do conselho de turma no âmbito das suas funções; de 21 de Maio
d) articular com o director bem, como com as estruturas intermédias de articulação e
coordenação pedagógica, os procedimentos necessários à realização da prova de Despacho n.º
aptidão profissional; 14758/2004 de
e) assegurar a assinatura dos protocolos junto das entidades de acolhimento; 23 de Julho
f) assegurar a elaboração dos contratos de formação com os alunos ou com os seus
encarregados de educação;
g) coordenar e acompanhar a avaliação do curso;
h) informar o director da escola sobre as acções desenvolvidas.

Artigo 122º.

Docentes Orientadores da PAP e FCT

1. Os docentes orientadores da PAP e FCT são designados anualmente pelo director.


2. As competências dos docentes a que se refere o ponto anterior são as constantes dos artigos
154º e 160º do presente regulamento.

Artigo 123º.

Comissão de Acompanhamento de Inserção na Vida Activa

1. A comissão de acompanhamento de inserção na vida activa integra os docentes orientadores


da formação em contexto de trabalho.
2. Compete à comissão referida no número anterior:
a) garantir anualmente a existência de uma bolsa de entidades de acolhimento;
b) divulgar anualmente a oferta formativa em articulação com o coordenador de
departamento, o SPO e a direcção da escola;
c) assegurar a elaboração do plano da FCT, em articulação com o director, o director do
curso e com o monitor designado pela entidade de acolhimento;
d) assegurar, em conjunto com a entidade de acolhimento e o aluno formando, as
condições logísticas necessárias à realização e ao acompanhamento da FCT;
e) assegurar o acompanhamento da execução do plano da FCT;
f) assegurar a avaliação do desempenho dos alunos formandos, em colaboração com a
entidade de acolhimento.
3. São ainda responsabilidades específicas dos professores orientadores de FCT as constantes do
número 2 do artigo 156º

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 45 -


Subsecção II

Departamento dos Projectos

Artigo 124º.

Composição

1. O departamento de projectos é constituído por todos os coordenadores dos núcleos, clubes e


afins.
2. O departamento de projectos reúne ordinariamente uma vez por período e extraordinariamente
sempre que convocado pelo director, pelo coordenador ou por um terço dos elementos que o
integram.

Artigo 125º.

Mandato do Coordenador

O departamento é coordenado por um docente, nomeado pelo director por um período de dois anos.

Artigo 126º.

Competências do Departamento

1. O departamento de projectos visa a coordenação dos projectos desenvolvidos na escola, na


perspectiva da sua articulação e integração no projecto educativo.
2. Compete ao departamento:
a) elaborar o seu regimento;
b) contribuir para o cumprimento do plano anual de actividades;
c) propor a criação de projectos, núcleos, clubes e afins com interesse para a Escola;
d) propor a extinção de projectos, núcleos, clubes e afins;
e) pronunciar-se sobre o plano de acção de cada projecto, núcleo, clube e afim.

Artigo 127º.

Competências do Coordenador

1. Compete ao coordenador:
a) representar o departamento em conselho pedagógico;
b) presidir às reuniões do departamento;
c) integrar a equipa de elaboração do plano anual de actividades;
d) coordenar a execução dos projectos da escola, de modo a promover uma articulação
entre eles;
e) dar parecer sobre a pertinência de novos projectos;
f) submeter à aprovação do conselho pedagógico a criação ou extinção de projectos,
núcleos, clubes e afins;
g) promover a participação da comunidade educativa nas actividades dos núcleos;
h) garantir o correcto funcionamento de todos os projectos;
i) dar cumprimento às orientações emanadas do conselho geral, director e conselho
pedagógico;
j) elaborar um relatório do desenvolvimento dos projectos, em cada período lectivo, e
submetê-lo à apreciação do director.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 46 -


Artigo 128º.

Funcionamento dos Núcleos / Clubes / Projectos

1. Cada núcleo, clube e projecto é coordenado por um docente nomeado anualmente pelo
director.
2. Compete ao docente referido no ponto anterior implementar, acompanhar e avaliar o
desenvolvimento das actividades do núcleo ou clube, bem como a execução do projecto nos
termos seguintes:
a) elaborar e apresentar uma proposta de criação de um núcleo/clube/projecto,
devidamente fundamentada, ao coordenador do departamento;
b) desencadear, após aprovação da proposta pelo conselho pedagógico, os
procedimentos necessários ao seu funcionamento;
c) informar, no final de cada período lectivo, e sempre que solicitado pelo coordenador
ou director, sobre o desenvolvimento das actividades;
d) proceder, no final do ano lectivo, à avaliação das actividades desenvolvidas;
e) elaborar o relatório da avaliação a que se refere a alínea anterior e entregá-lo ao
coordenador do departamento.
3. O funcionamento do núcleo da área curricular não disciplinar – área de projecto – rege-se por
normas específicas.

PROJECTOS / NÚCLEOS

Os projectos, núcleos e clubes existentes na escola constam do anexo I do presente regulamento.

Artigo 129º.

Caracterização da Área de Projecto

1. A área de projecto tem uma natureza interdisciplinar e transdisciplinar, visa a realização de


projectos concretos por parte dos alunos, com o fim de desenvolver nestes uma visão
integradora do saber, promovendo a sua orientação escolar e profissional, facilitando a sua
aproximação ao mundo do trabalho.
2. A leccionação desta área curricular não disciplinar é atribuída, preferencialmente, a docentes
do 12º ano ou que leccionem nos 10º e 11º anos disciplinas da formação específica do curso.

Artigo 130º.

Composição do Núcleo da Área de Projecto

1. O núcleo é constituído por todos os docentes que, em cada ano lectivo, são responsáveis pela
área de projecto.
2. O núcleo é representado em conselho pedagógico pelo coordenador do departamento de
projectos.
Artigo 131º.

Competências do Núcleo da Área de Projecto

Compete ao núcleo de área de projecto:


a) definir normas de actuação;
b) definir os critérios de avaliação da área de projecto;
c) definir instrumentos de avaliação;
d) propor áreas / temas para os projectos a desenvolver procurando a diversidade e
evitando a repetição de temas já abordados;
e) racionalizar a gestão dos recursos necessários;
f) aprovar a matriz do exame de equivalência à frequência;
g) orientar os júris de exame.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 47 -


Artigo 132º.

Competências dos Docentes Responsáveis Pela Área de Projecto

Compete aos docentes responsáveis pela área de projecto:


a) orientar e monitorizar o desenvolvimento do processo ao longo das suas fases;
b) interpretar o sentir e a vontade dos alunos na identificação dos seus projectos
pessoais;
c) equilibrar as expectativas do aluno com o conhecimento da realidade contextual em
que o projecto será desenvolvido;
d) informar o conselho de turma sobre os projectos escolhidos pelos diferentes grupos de
trabalho;
e) solicitar o apoio específico dos restantes docentes da turma, nas suas disciplinas ou
valências, para a concretização dos projectos e a sua integração no plano curricular de
turma;
f) acompanhar os alunos na concretização de todas actividades previstas no âmbito do
respectivo projecto;
g) propor a inclusão das actividades da área de projecto, de acordo com as orientações
do director, no plano anual de actividades da escola.

Artigo 133º.

Coordenação da Área de Projecto

1. O coordenador da área de projecto é nomeado anualmente pelo director, de entre os docentes


responsáveis pela área de projecto.
2. Compete ao coordenador da área de projecto:
a) submeter à aprovação do conselho pedagógico, os critérios de avaliação da área de
projecto definidos no respectivo núcleo;
b) articular estratégias e procedimentos comuns;
c) sugerir áreas / temas para os projectos a desenvolver procurando a diversidade e
evitando a repetição de temas já abordados;
d) promover e presidir às reuniões do núcleo;
e) apoiar os docentes da área de projecto;
f) manter dossiers actualizados com materiais e documentos necessários ao correcto
funcionamento desta área;
g) elaborar relatório de acompanhamento das actividades desenvolvidas;
h) submeter à aprovação do conselho pedagógico a matriz de exame de equivalência à
frequência;
i) dar parecer sobre a constituição dos júris de exame;
j) colaborar na elaboração da prova de exame.

Secção III

Coordenação de Ano

Artigo 134º.

1. Existem na escola um coordenador para cada ano de escolaridade dos cursos científico-
humanísticos e tecnológicos e um coordenador dos directores de turma dos cursos
profissionais.
2. Os coordenadores referidos no número anterior são designados pelo director, com o mandato
de dois anos.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 48 -


Artigo 135º.

Competências

Compete ao coordenador de ano e ao coordenador dos directores de turma dos cursos profissionais:
a) colaborar na consecução das metas constantes do projecto educativo da escola;
b) promover o cumprimento do regulamento interno;
c) elaborar o guia orientador do director de turma;
d) definir, em articulação com o director, o modelo do plano curricular de turma;
e) realizar atempadamente as tarefas necessárias ao lançamento do ano lectivo;
f) acompanhar, ao longo do ano lectivo, as actividades ligadas à direcção de turma;
g) coordenar a acção do conselho de directores de turma, articulando estratégias e
procedimentos;
h) presidir às reuniões de conselho de directores de turma;
i) planificar anualmente as suas actividades;
j) submeter ao director as propostas do conselho que coordena;
k) apresentar ao director um relatório crítico, anual, do trabalho desenvolvido.

Secção IV

Direcção de Turma

Artigo 136º.

Designação e Mandato

1. O director de turma é anualmente designado pelo director.


2. A nenhum docente podem ser atribuídas mais do que duas direcções de turma.
3. Caso o director de turma se encontre temporariamente impedido de exercer as suas funções,
compete ao director designar o docente da turma que o deve substituir.

Artigo 137º.

Competências

Compete ao director de turma:


Lei n.º
a) promover o cumprimento do regulamento interno; 30/2002, de 20
b) articular a sua actividade com outras estruturas de apoio aos alunos, com os docentes de Dezembro,
da turma, os alunos e os pais e encarregados de educação; com a
c) elaborar, com a colaboração dos docentes da turma, o plano curricular de turma; redacção da
Lei n.º 3/2008,
d) promover a comunicação e formas de trabalho cooperativo entre docentes e alunos; de 18 de
e) coordenar, em colaboração com os docentes da turma, a adequação de actividades, Janeiro
conteúdos, estratégias e metodologias de trabalho à situação concreta da turma e à
especificidade de cada aluno;
Decreto-Lei n.º
f) articular as actividades da turma com os pais e encarregados de educação, 3/2008, de 7 de
promovendo a sua participação; Janeiro
g) coordenar o processo de avaliação dos alunos, garantindo o seu carácter globalizante e
integrador;
h) coordenar o programa educativo individual dos alunos com necessidades educativas
especiais com carácter prolongado;
i) apresentar anualmente ao director um relatório crítico do trabalho desenvolvido.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 49 -


Artigo 138º.
Lei n.º
30/2002, de 20
Funções Genéricas do Director de Turma de Dezembro,
com a
1. Planificar anualmente as suas actividades. redacção da
Lei n.º 3/2008,
2. Organizar o dossier da turma, e mantê-lo actualizado, bem como toda a documentação de 18 de
indispensável à execução das suas funções, de acordo com o estipulado no guia dos directores Janeiro
de turma.
3. Fomentar a coordenação interdisciplinar entre os docentes da turma, quer na execução de
trabalhos, quer na resolução de problemas.
4. Colaborar em acções e actividades que promovam o estreitamento da ligação escola-meio.
5. Garantir aos docentes da turma as informações e os instrumentos de trabalho necessários a
uma correcta avaliação da situação dos alunos.
6. Apoiar e acompanhar os alunos na concretização de projectos.
7. Acompanhar a implementação de medidas, quando necessárias, relativas a apoios
pedagógicos acrescidos, programas educativos individuais, medidas de natureza correctiva,
disciplinar/sancionatória, entre outras.
8. Promover a participação dos pais e encarregados de educação.
9. Registar os contactos com os encarregados de educação.
10. Efectuar as matrículas dos alunos da direcção de turma, no final do ano lectivo, exceptuando
os casos de conclusão do ensino secundário.

Artigo 139º.
Lei n.º
30/2002, de 20
Funções Relativas aos Alunos de Dezembro,
com a
1. Promover a eleição do delegado e subdelegado de turma e orientá-los no exercício das suas redacção da
funções. Lei n.º 3/2008,
de 18 de
2. Registar as faltas e os resultados da avaliação nos suportes apropriados. Janeiro
3. Decidir sobre a justificação das faltas em conformidade com a legislação em vigor.

Artigo 140º.

Funções Relativas aos Pais e Encarregados de Educação

1. Marcar dia e hora para receber os pais e encarregados de educação, comunicando-lhes tal Lei n.º
horário com a informação de que o atendimento não é realizado na última semana de cada 30/2002, de 20
de Dezembro,
período lectivo, excepto em situações devidamente justificadas. com a
2. Informar, sempre que possível, da sua indisponibilidade para receber no horário de redacção da
atendimento estabelecido. Lei n.º 3/2008,
3. Convocar, com a antecedência mínima de 3 dias úteis, preparar e coordenar as reuniões de 18 de
ordinárias com todos os pais e encarregados de educação. Janeiro
4. Preparar e coordenar as reuniões extraordinárias.
5. Informar os pais e encarregados de educação sobre a assiduidade, o aproveitamento, o
comportamento e a integração escolar dos seus educandos, bem como sobre o regime de
funcionamento da escola.
6. Comunicar aos pais e encarregados de educação, no prazo de 3 dias úteis, a não apresentação
de justificação de falta ou a recusa da sua aceitação, solicitando resposta nos 5 dias úteis
seguintes.
7. Convocar os pais e encarregados de educação, pelo meio disponível mais expedito, sempre
que os alunos ultrapassem o dobro das faltas, tendo por referência os tempos lectivos
semanais das diferentes disciplinas/áreas não disciplinares.
8. Informar os pais e encarregados de educação sobre a recuperação das aprendizagens dos
alunos, após a realização de provas de recuperação ou de planos de recuperação de
aprendizagem.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 50 -


9. Informar os pais e encarregados de educação sobre as propostas de aulas de apoio pedagógico
acrescido relativas ao seu educando, recolhendo a autorização necessária à respectiva
frequência.

Artigo 141º.

Funções em Conselhos de Turma

1. Preparar e presidir às reuniões de conselho de turma, excepto as reuniões de conselho de


turma disciplinar, que são presididas pelo director, ou por quem o mesmo designar.
2. Orientar o secretário na elaboração das actas das reuniões.
3. Assegurar o preenchimento correcto de todos os suportes que contenham informações dos
alunos, nomeadamente, sobre a assiduidade e a avaliação.
4. Entregar as actas das reuniões do conselho de turma ao director, no prazo máximo de 48
horas.
5. Secretariar o director nas reuniões de conselho de turma disciplinar.

Artigo 142º.

Competências do Director de Turma dos Cursos Profissionais

Compete ao director de turma:


a) promover o cumprimento do regulamento interno;
b) articular a sua actividade com outras estruturas de apoio aos alunos, aos pais e
encarregados de educação;
c) promover a comunicação e formas de trabalho cooperativo entre docentes e alunos;
d) coordenar, em colaboração com os docentes da turma, a adequação de actividades,
conteúdos, estratégias e métodos de trabalho à situação concreta da turma e à
especificidade de cada aluno;
e) articular as actividades da turma com os pais e encarregados de educação,
promovendo a sua participação;
f) acompanhar a situação de aprovação nos módulos das diferentes disciplinas;
g) informar os pais e encarregados de educação sobre o aproveitamento dos seus
educandos;
h) informar os alunos das datas e procedimentos necessários à realização das provas de
progressão modular;
i) informar os docentes da turma quando um aluno reúne condições para realizar o
cumprimento do plano de estudos;
j) apresentar ao director, anualmente, um relatório crítico, do trabalho desenvolvido.

Secção V

Conselho de Turma

Artigo 143º.

Composição

1. O conselho de turma é constituído por todos os docentes da turma.


Portaria n.º
2. Fazem ainda parte do conselho de turma: 550-A/2004, de
• O director; 21 de Maio
• O serviço de psicologia e orientação; Portaria n.º
• O director de curso nos cursos tecnológicos e profissionais; 550-D/2004,
• O representante dos alunos; de 21 de Maio
• O representante dos encarregados de educação.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 51 -


3. Nos conselhos de turma de avaliação não podem estar presentes os representantes dos alunos Portaria n.º
e os representantes dos encarregados de educação. 550-C/2004,
4. Os alunos e encarregados de educação não podem participar em reuniões de conselho de de 21 de Maio
turma onde sejam parte interessada dos assuntos tratados.

Artigo 144º.

Funcionamento do Conselho de Turma

1. O conselho de turma é convocado pelo director.


2. O conselho de turma é presidido pelo director de turma e secretariado por um docente do
conselho, designado pelo director.
3. O conselho de turma dá cumprimento à ordem de trabalhos definida na convocatória.
4. Verificando-se a ausência de algum(ns) membro(s) do conselho de turma, a reunião realizar-
se-á desde que estejam presentes 50% mais um dos elementos com direito a voto.
5. Sempre que, por motivo imprevisto, se verificar a ausência de um membro do conselho de
turma de avaliação, a reunião será adiada por um período máximo de quarenta e oito horas, de
forma a assegurar a presença de todos os membros.
6. Se a ausência referida no número anterior for presumivelmente longa o conselho de turma
reúne com os restantes membros.
7. Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, no caso de ausência do secretário do
conselho de turma, as respectivas funções são desempenhadas pelo docente com menos anos
de serviço, excepto se o mesmo exercer esse cargo ou o de director de turma noutro conselho
de turma.
8. Em caso de empate a substituição será feita pelo que apresentar menos idade.
9. Podem intervir nos conselhos de turma, exceptuando os de avaliação, os representantes dos
alunos e os representantes dos encarregados de educação.
10. Podem intervir no conselho de turma os serviços de psicologia e orientação sempre que a
natureza dos assuntos tratados o justifique.
11. Pode intervir, nas reuniões de conselho de turma dos cursos tecnológicos e profissionais, o
director do curso.
12. O director intervém nos conselhos de turma disciplinares.
13. Os conselhos de turma de avaliação integram os docentes da turma, o representante dos
serviços de psicologia e orientação, quando se justifique, e o director de curso nos casos
referidos no número 11 do presente artigo.
14. Não têm direito a voto os representantes dos alunos, os representantes dos encarregados de
educação, o representante dos serviços de psicologia e orientação e o director de curso.
15. As deliberações do conselho de turma devem resultar do consenso dos docentes que o
integram, admitindo-se o recurso ao sistema de votação quando não se verificar a obtenção
desse consenso.
16. Havendo recurso a votação, todos os docentes do conselho de turma devem votar, não sendo
permitida a abstenção e sendo cada voto nominal registado em acta.
17. A deliberação do conselho é tomada por maioria absoluta, tendo o presidente do conselho de
turma voto de qualidade em caso de empate.
18. Na acta da reunião do conselho de turma devem ficar registadas todas as deliberações e
respectiva fundamentação.

Artigo 145º.
Decreto-Lei n.º
Competências do Conselho de Turma 74/2004,
(Cursos científico-humanísticos e tecnológicos) de 26 de
Março.
Compete ao conselho de turma dos cursos científico-humanísticos e tecnológicos:
Portaria n.º
a) elaborar o plano curricular de turma; 550-A/2004, de
b) aprovar os programas educativos individuais; 21 de Maio
c) pronunciar-se sobre a medida disciplinar sancionatória proposta;
Portaria n.º
d) definir os planos de acompanhamento especial; 550-D/2004,

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 52 -


e) determinar a forma de cumprimento dos planos referidos nas alíneas b) e d) do de 21 de Maio
presente artigo;
Lei n.º
f) propor a exclusão de frequência do aluno em conformidade com a legislação em 30/2002, de 20
vigor; de Dezembro,
g) apreciar, globalmente, o trabalho desenvolvido pelos alunos e o seu aproveitamento com a
ao longo do ano; redacção da
Lei n.º 3/2008,
h) atribuir, no respectivo ano de escolaridade, a classificação de frequência ou de de 18 de
classificação final nas disciplinas e área não disciplinar; Janeiro
i) decidir, conforme os casos, sobre a progressão nas disciplinas ou a aprovação em
disciplinas terminais e área não disciplinar não sujeitas a exame nacional, bem como
sobre a transição de ano;
j) aprovar as propostas de apoio pedagógico acrescido.

Secção VI

Direcção dos Cursos Tecnológicos

Artigo 146º.

Director de Curso

1. A articulação entre as aprendizagens nas disciplinas que integram as diferentes componentes


de formação é assegurada por um director de curso, designado anualmente pelo director,
ouvido o conselho pedagógico, preferencialmente de entre os docentes profissionalizados que
leccionam as disciplinas da componente de formação tecnológica.
2. Compete ao director de curso:
a) assegurar a articulação pedagógica entre as diferentes disciplinas e áreas não
disciplinares do curso;
b) organizar e coordenar as actividades a desenvolver no âmbito da formação
tecnológica;
c) propor para aprovação do conselho pedagógico os critérios de avaliação da prova de
aptidão tecnológica (PAT), depois de ouvidos os docentes das disciplinas tecnológicas
do curso;
d) garantir que os critérios referidos na alínea anterior estão de acordo com os princípios
gerais e os critérios de avaliação adoptados pela escola;
e) assegurar, em articulação com o director, os procedimentos necessários à realização
da PAT, nomeadamente a calendarização das provas e a constituição do júri de
avaliação;
f) participar em reuniões de conselho de turma, no âmbito das suas funções;
g) articular procedimentos com o director no que respeita à realização da PAT;
h) assegurar a articulação entre a escola e as entidades envolvidas no estágio,
identificando-as, fazendo a respectiva selecção, preparando protocolos, procedendo à
distribuição dos formandos por cada entidade e coordenando o acompanhamento dos
mesmos, em estreita relação com o docente da disciplina de especificação;
i) garantir, no que respeita à PAT, a articulação entre as várias disciplinas,
nomeadamente as da componente de formação tecnológica, e áreas não disciplinares;
j) assegurar a articulação com os serviços com competência em matéria de apoio sócio
educativo;
k) coordenar o acompanhamento e a avaliação do curso.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 53 -


Secção VII

Plano Tecnológico de Educação (PTE)

Artigo 147º.

Equipas PTE

1. A implementação do plano tecnológico de educação é da responsabilidade da equipa PTE que Despacho n.º
143/2008, de 3
apresenta a seguinte composição: de Janeiro
• coordenador;
• docentes responsáveis pela componente pedagógica; Despacho n.º
• docentes responsáves pela componente técnica; 700/2009, de 9
• chefe dos serviços de administração escolar, por inerência; de Janeiro
• coordenador da biblioteca escolar, por inerência;
• elemento não docente com competências TIC relevantes.
2. A função de coordenador da equipa PTE é exercida, por inerência, pelo director, que pode
delegar.
3. Os docentes responsáveis pelas componentes pedagógicas e técnica são designados,
anualmente, pelo director.

Artigo 148º.

Funções

As equipas PTE exercem as seguintes funções:


a) elaborar na escola um plano de acção anual para as tecnologias de informação e
comunicação (plano TIC);
b) contribuir para a elaboração dos instrumentos de autonomia;
c) coordenar e acompanhar a execução dos projectos do PTE e de projectos e iniciativas
próprias na área TIC na educação;
d) promover e apoiar a integração das TIC no ensino, na aprendizagem, na gestão e na
segurança ao nível da escola;
e) colaborar no levantamento de necessidades de formação e certificação em TIC de
docentes e não docentes;
f) fomentar a criação e participação dos docentes em redes colaborativas de trabalho
com outros docentes ou agentes da comunidade educativa;
g) zelar pelo funcionamento dos equipamentos e sistemas tecnológicos instalados.

Artigo 149º.

Competências do Coordenador

1. São competências do coordenador, em relação aos espaços informáticos:


a) dar a conhecer, no início de cada ano lectivo, a todos os docentes e alunos utilizadores
das salas de informática o conteúdo do regulamento de utilização das salas e
equipamentos informáticos;
b) planificar o modo de utilização das instalações e definir as respectivas regras de
funcionamento com os outros docentes do departamento de informática;
c) zelar pelo bom funcionamento do equipamento das salas de Informática;
d) ser o interlocutor junto dos serviços centrais e regionais de educação relativamente a
questões relacionadas com os equipamentos, redes e conectividade;
e) estar disponível para receber a formação necessária proposta pelos serviços referidos
na alínea anterior;
f) ser o interlocutor junto das empresas que prestam serviço de manutenção ao
equipamento informático;

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 54 -


g) organizar o inventário do material e zelar pela sua conservação;
h) propor a aquisição de material, após ouvidos os docentes utilizadores das salas de
informática;
i) comunicar ao director a relação de material danificado, a fim de ser providenciada a
rápida reposição do mesmo;
j) analisar, em reunião de conselho de área disciplinar de informática, todas as
participações relativas a material danificado.
2. São ainda competências do coordenador outras que venham a ser definidas em legislação
própria.

Secção VIII

Educação para a Saúde

Artigo 150º.

Equipa Educação para a Saúde


Decreto-Lei n.º
1. A Escola Secundária José Saramago pertence à rede nacional de escolas promotoras da saúde. 208/2002, de
2. A implementação do plano de educação para a saúde é da responsabilidade de uma equipa que 17 de Outubro
apresenta a seguinte composição:
Despacho n.º
• 1 coordenador; 2506/2007, de
• 1 docente de educação física; 20 de
• 1 docente de biologia; Fevereiro
• 1 docente de psicologia ou sociologia;
• 1 encarregado de educação;
• 1 representante dos alunos;
• 1 representante do centro de saúde;
• 1 representante do pessoal não docente.
3. O coordenador da equipa é nomeado pelo director.
4. Os docentes que integram a equipa são designados, anualmente, pelo director, ouvido o
coordenador.
5. O encarregado de educação e o aluno são convidados pelo coordenador da equipa.
6. O representante do centro de saúde é designado pelo director deste serviço.

Artigo 151º.

Funções

Compete à equipa de educação para a saúde:


a) dinamizar actividades de promoção da saúde e prevenção da doença, assim como
prestar informação e apoio à população escolar;
b) diagnosticar as necesidades e os problemas detectados na comunidade escolar, no
sentdo de dotar a escola de condições para o bem estar e a segurança;
c) efectuar levantamento das necessidades de formação dos elementos da comunidade
escolar;
d) elaborar na escola um plano de acção anual com as actividades promotoras da saúde.

Artigo 152º.

Competências do Coordenador
São competências do coordenador:
a) promover uma reunião por período com todos os elementos da equipa bem como as
reuniões extraordinárias que entender necessárias;
b) coordenar e acompanhar as actividades a desenvolver anualmente pelo Gabinete de
Educação para a Saúde;

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 55 -


c) promover junto da comunidade local parcerias tendo em vista o desenvolvimento de
projectos no âmbito da saúde;
d) colaborar no levantamento das necessidades de formação dos elementos da
comunidade escolar;
e) propor ao director a marcação de horários para implementação das actividades/tarefas;
f) apresentar ao coordenador do departamento de projectos as propostas de actividades a
desenvolver ao longo do ano lectivo;
g) elaborar relatório final das actividades desenvolvidas do qual conste:
i. cumprimento das actividades;
ii. avaliação das mesmas;
iii. dificuldades detectadas;
iv. motivos do incumprimento das actividades;
v. sugestões para ultrapassar as dificuldades detectadas;
vi. proposta de actividades futuras.

Capítulo VI

CURSOS PROFISSIONAIS

Secção I

Estrutura Curricular

Artigo 153º.

Organização Curricular

1. A distribuição temporal da leccionação dos módulos de cada disciplina e das horas da


formação em contexto de trabalho são definidas no primeiro ano em que o curso é leccionado.
2. A leccionação de cada módulo é realizada no período de aulas previstas, não podendo ocupar
aulas do módulo seguinte.
3. A numeração das aulas no livro de ponto é efectuada através da indicação, no lado esquerdo
do campo respectivo, da numeração sequencial das aulas leccionadas de cada módulo,
reiniciando-se cada vez que começa um novo módulo, e da indicação, no lado direito, do
número total de aulas leccionadas.

Secção II

Regime de Assiduidade

Artigo 154º.

Faltas dos Alunos


1. Os alunos podem faltar a 10% da totalidade da carga horária de cada disciplina, se forem Portaria
faltas justificadas e injustificadas e 7% se forem só faltas injustificadas. n.º550-
C/2004, de 21
2. Na formação em contexto de trabalho, os alunos só podem faltar a 5% da totalidade da carga de Maio
horária.
3. Sempre que um aluno faltar justificadamente é-lhe aplicado o regime de cumprimento do
plano de estudos. Portaria
n.º797/2006,
4. Quando o aluno ultrapassa o número de faltas permitido é realizada prova de recuperação. de 10 de
5. Os procedimentos a adoptar pelos docentes e pelo director de turma são definidos e Agosto
divulgados pelo departamento dos cursos profissionais.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 56 -


Artigo 155º.

Faltas dos Docentes

1. A falta prevista por um docente é, sempre que possível, colmatada com uma permuta de aula
de outro docente.
2. Quando não seja possível a permuta de aula, o docente dá a aula em falta, no mais curto
espaço de tempo possível, em período que seja da concordância de todos os alunos.

Secção III

Aprovação, Progressão e Conclusão

Artigo 156º.

Avaliação dos Alunos


Portaria
1. Nos cursos profissionais não existe retenção e os alunos prosseguem sempre com a turma n.º550-
independentemente dos módulos em que não obtiveram aprovação. C/2004, de 21
de Maio
2. Quando o aluno não obtém aprovação na frequência pode realizar, por três vezes em cada ano
lectivo, por cada módulo e por disciplina, prova especial de progressão modular.
3. A classificação das disciplinas, da formação em contexto de trabalho e da prova de aptidão
profissional expressa-se na escala de 0 a 20 valores.
4. A aprovação em cada disciplina, na formação em contexto de trabalho e na prova de aptidão
profissional depende da obtenção de uma classificação igual ou superior a dez valores.
5. A progressão nas disciplinas depende da obtenção, em cada um dos respectivos módulos, de
uma classificação igual ou superior a 10 valores.
6. A avaliação de cada módulo é realizada no período previsto para a sua leccionação, não
podendo ocupar aulas do módulo seguinte.

Artigo 157º.

Procedimentos

1. Os documentos de suporte da avaliação são a pauta de cada módulo, os termos e os registos


biográficos dos alunos.
2. Os procedimentos a adoptar pelos docentes e pelo director de turma são definidos e
divulgados pelo departamento dos cursos profissionais.
3. Os alunos realizam a prova especial de progressão modular referida no número dois do artigo
anterior, sem necessidade de inscrição, ao longo do ano lectivo.
4. Os alunos podem ainda realizar a prova especial de progressão modular, mediante inscrição e
pagamento de caução, em Junho / Julho e em Setembro.
5. O valor da caução referida no número anterior é entregue ao aluno quando o mesmo
comparece à realização da prova na qual se inscreveu.

Secção IV

Formação em Contexto de Trabalho (FCT)

Artigo 158º.

Enquadramento/Organização

1. Entende-se por FCT um conjunto de actividades profissionais desenvolvidas sob coordenação


da escola, que visam a aquisição ou o desenvolvimento de competências técnicas, relacionais
e organizacionais relevantes para o perfil de desempenho à saída do curso profissional

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 57 -


frequentado pelo aluno, assim como aprendizagens significativas no âmbito da saúde, higiene
e segurança no trabalho.
2. A FCT realiza-se em posto de trabalho, em empresas ou noutras organizações, numa entidade
pública ou privada, adiante designada por entidade de acolhimento, na qual se desenvolvem
actividades profissionais relacionadas com a área de formação do curso profissional em causa.
3. A FCT assume a forma de estágio em etapas intermédias ou na fase final do curso, que deverá Portaria
orientar-se para as saídas profissionais e para os perfis de desempenho correspondentes a cada n.º550-C/2004,
de 21 de Maio
curso.
4. O estágio da FCT será antecedido e previsto em protocolo de enquadramento, celebrado entre
a escola e as entidades de acolhimento, que incluirá, em anexo, um plano de formação, que Despacho n.º
dele fará parte integrante. 14758/2004 de
23 de Julho
5. A organização e o desenvolvimento da FCT obedecem a um plano, elaborado com a
participação das partes envolvidas, e assinado pelo director da escola, pela entidade de
acolhimento, pelo aluno e pelo encarregado de educação, caso o aluno seja menor de idade.

Artigo 159º.
Regulamento
Planificação da FCT da FCT

1. O plano a que se refere o ponto cinco do artigo anterior identifica:


a) os objectivos gerais e os objectivos específicos decorrentes da saída profissional
visada e das características da entidade de estágio;
b) os conteúdos a abordar;
c) a programação da actividades e o período, fixando o respectivo calendário;
d) o horário e o local de realização das actividades;
e) as formas de monitorização e acompanhamento dos alunos, com a identificação dos
responsáveis e as formas de avaliação;
f) os direitos e deveres dos diversos intervenientes.
2. O plano de estágio deverá ser homologado pelo director, mediante parecer favorável do
director de curso, antes do período de formação efectiva na entidade de estágio.
3. O plano, depois de assinado pelas partes, será considerado como parte integrante do contrato
de formação subscrito entre a escola e o aluno.

Artigo 160º.

Responsabilidades das Entidades Envolvidas

1. São responsabilidades da escola:


a) assegurar a realização do estágio aos seus alunos, nos termos definidos na lei e no
presente regulamento; Portaria
b) assegurar a designação do docente orientador responsável pelo acompanhamento dos n.º550-C/2004,
alunos, de entre os docentes que leccionem as disciplinas da formação técnica, de 21 de Maio
preferencialmente do quadro da escola; Despacho n.º
c) assegurar que o aluno formando se encontra coberto por seguro em toda a actividade 14758/2004 de
de FCT. 23 de Julho

2. São responsabilidades específicas do docente orientador:


a) elaborar o plano da FCT, em articulação com o director, o director do curso, com a Regulamento
da FCT
comissão de acompanhamento de inserção na vida activa e com o monitor designado
pela entidade de acolhimento;
b) acompanhar a execução do plano de formação, nomeadamente através de deslocações
periódicas aos locais de realização da FCT;
c) avaliar, em conjunto com o monitor designado pela entidade de acolhimento, o
desempenho do aluno-formando;
d) acompanhar o aluno-formando na elaboração do relatório da FCT;
e) propor ao conselho de turma, ouvido o monitor, a classificação do aluno-formando na
FCT.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 58 -


3. São responsabilidades da entidade de acolhimento:
a) designar o monitor;
b) colaborar na elaboração do protocolo e do plano da FCT;
c) colaborar no acompanhamento e na avaliação do desempenho do aluno-formando;
d) assegurar o acesso à informação necessária ao desenvolvimento da FCT,
nomeadamente no que diz respeito à integração sócio-profissional do aluno-formando
na instituição;
e) atribuir ao aluno formando tarefas que permitam a execução do plano de formação;
f) controlar a assiduidade do aluno-formando;
g) assegurar, em conjunto com a escola e o aluno-formando, as condições logísticas
necessárias à realização e ao acompanhamento da FCT.
4. São responsabilidades do aluno-formando:
a) colaborar na elaboração do protocolo e do plano da FCT;
b) participar nas reuniões de acompanhamento e avaliação da FCT;
c) cumprir, no que lhe compete, o plano de estágio;
d) respeitar a organização do trabalho na entidade de estágio e utilizar com zelo os bens,
equipamentos e instalações;
e) não utilizar sem prévia autorização a informação a que tiver acesso durante a FCT;
f) ser assíduo, pontual e estabelecer boas relações de trabalho;
g) elaborar os relatórios intercalares e o relatório final da FCT, de acordo com o
estabelecido no presente regulamento e com o plano de formação.

Artigo 161º.

Condições de Acesso à Formação em Contexto de Trabalho


Portaria
Podem aceder à frequência da FCT todos os alunos que, cumulativamente, reúnam as seguintes n.º550-C/2004,
condições: de 21 de Maio

a) tenham obtido aprovação em, pelo menos, 80% dos módulos leccionados no curso Regulamento
que frequentam; da FCT
b) tenham obtido aprovação em, pelo menos, 90% dos módulos leccionados nas
disciplinas da formação técnica no curso.

Artigo 162º.

Distribuição de vagas disponíveis

1. A distribuição dos alunos que preencham as condições referidas no artigo anterior pelo número de Despacho n.º
vagas disponíveis é feita de acordo com os procedimentos seguintes: 14758/2004 de
23 de Julho
a) articulação do perfil do aluno com as características das empresas/entidades nomeadamente
no que diz respeito às competências manifestadas pelo aluno nas diversas disciplinas da
componente técnica; Regulamento
da FCT
b) apreciação das preferências manifestadas pelos alunos;
c) minimização das necessidades de deslocações dos alunos tendo em conta a sua área de
residência;
d) elaboração de uma lista ordenada dos alunos por ordem decrescente da média do curso, obtida
a partir das classificações dos módulos capitalizados, calculada a partir da média por
disciplina, com arredondamento às décimas;
e) distribuição dos alunos pelas vagas existentes. No caso de mais do que um aluno referir a
mesma preferência, será tida em conta a sua posição na lista referida na alínea d) do presente
artigo;
f) na situação de empate precede o aluno com a melhor média nas disciplinas da componente de
formação técnica, calculada nos mesmos termos da alínea anterior;
g) persistindo a situação de empate precede o aluno que tiver maior número de módulos
concluído;
h) a lista ordenada a que se refere a alínea d) do presente artigo é divulgada à turma.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 59 -


2. Para efeitos de cálculo das médias referidas nas alíneas d) e f) do presente artigo, será atribuída a
classificação de oito valores, aos módulos frequentados sem sucesso e, portanto, não
capitalizados;

Artigo 163º.

Assiduidade na Formação em Contexto de Trabalho Portaria


n.º550-C/2004,
1. A assiduidade do aluno-formando é controlada pelo preenchimento da folha de ponto, a qual de 21 de Maio
deve ser assinada pelo aluno e pelo monitor e entregue semanalmente ao docente orientador.
2. Para efeitos de conclusão da FCT, deve ser considerada a assiduidade do aluno-formando, a Regulamento
qual não pode ser inferior a 95% da carga horária global prevista para a FCT. da FCT
3. As faltas dadas pelo aluno-formando devem ser justificadas perante o monitor e o docente
orientador, de acordo com as normas internas da entidade de acolhimento e da escola.
4. Em situações excepcionais, quando a falta de assiduidade do aluno-formando for devidamente
justificada, o período da FCT poderá ser prolongado, a fim de permitir o cumprimento do
número de horas estabelecido.

Artigo 164º.

Avaliação na Formação em Contexto de Trabalho Portaria


n.º550-C/2004,
1. A avaliação no processo de estágio assume carácter contínuo e sistemático e permite, numa de 21 de Maio
perspectiva formativa, reunir informação sobre o desenvolvimento das aprendizagens,
Regulamento
possibilitando, se necessário, o reajustamento do plano da FCT. da FCT
2. A avaliação assume também um carácter sumativo, conduzindo a uma classificação final da
FCT.
3. A avaliação final da FCT processa-se de acordo com os critérios definidos no plano de
formação respectivo.
4. O docente orientador propõe ao conselho de turma a classificação do aluno-formando na FCT.
5. No caso de reprovação do aluno-formando, poderá ser celebrado novo protocolo entre a
escola, entidade de estágio e aluno, a fim de possibilitar a obtenção de aproveitamento no
estágio.

Secção V

Prova de Aptidão Profissional (PAP)

Artigo 165º.

Âmbito e Enquadramento da PAP

1. A PAP consiste na apresentação e defesa de um projecto, perante um júri, consubstanciado Portaria


num produto, material ou intelectual, numa intervenção ou numa actuação, consoante a n.º550-C/2004,
de 21 de Maio
natureza dos cursos, bem como no respectivo relatório final de realização e apreciação crítica,
demonstrativo de saberes e competências profissionais adquiridos ao longo da formação e
estruturante do futuro profissional do aluno.
2. O projecto a que se refere o número anterior centra-se em temas e problemas perspectivados e Despacho n.º
desenvolvidos pelo aluno-formando em estreita ligação com os contextos de trabalho e 14758/2004 de
23 de Julho
realiza-se sob a orientação e acompanhamento de um ou mais docentes.
3. Os docentes que acompanham a realização da PAP designam-se de docentes orientadores e
são nomeados pelo director, de entre os docentes que leccionam as disciplinas da componente
de formação técnica da turma. Regulamento
da PAP
4. Tendo em conta a natureza do projecto, poderá o mesmo ser desenvolvido em equipa, desde
que, em todas as suas fases e momentos de concretização, seja visível e avaliável a
contribuição individual específica de cada um dos membros da equipa.
5. Anualmente a escola define um calendário para desenvolvimento e avaliação da PAP.
6. O desenvolvimento e acompanhamento do projecto a que se refere o número um do presente

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 60 -


artigo obedecem aos procedimentos e aos critérios constantes do regulamento da PAP.

Artigo 166º.
Portaria
Competências do Docente Orientador da PAP n.º550-C/2004,
de 21 de Maio
Compete ao docente orientador:
a) orientar o aluno-formando na escolha do projecto a desenvolver e do produto a Despacho n.º
apresentar, na sua realização e na redacção do relatório final; 14758/2004 de
b) informar o aluno-formando sobre os critérios de avaliação e facultar-lhe o acesso ao 23 de Julho
regulamento da PAP;
Regulamento
c) avaliar o ante-projecto e o relatório intermédio, de acordo com os critérios da PAP
estabelecidos;
d) decidir se o produto e o relatório estão em condições de ser presentes ao júri;
e) orientar o aluno-formando na preparação da apresentação a realizar na PAP;
f) lançar a classificação na respectiva pauta.

Artigo 167º.

Competências do Aluno-Formando
Portaria
Compete a cada aluno-formando: n.º550-C/2004,
de 21 de Maio
a) conceber, desenvolver e participar na avaliação do seu projecto;
b) constituir um dossier no qual incluirá os normativos da PAP, assim como todos os
documentos produzidos durante o processo e que sejam relevantes em termos de Despacho n.º
avaliação; 14758/2004 de
23 de Julho
c) cumprir os prazos acordados com o docente orientador para a realização das
diferentes fases da PAP.

Artigo 168º.
Portaria
n.º550-C/2004,
Júri da Prova de Aptidão Profissional de 21 de Maio

O júri da prova de aptidão profissional é designado anualmente pelo director da escola, ouvido o Regulamento
departamento dos cursos profissionais. da PAP

Artigo 169º.

Avaliação da PAP

1. A PAP é avaliada por um júri, convocado para o efeito.


2. A avaliação é precedida da entrega do relatório final ao docente orientador, acompanhado de
Portaria
todos os elementos indispensáveis à sua avaliação, de acordo com a natureza do projecto e as n.º550-C/2004,
especificidades de cada curso. de 21 de Maio
3. Os alunos-formandos devem entregar quatro exemplares do relatório em formato A4
encadernados.
4. Os alunos-formandos apresentam os seus trabalhos perante o júri, a partir de exposições que Despacho n.º
14758/2004 de
têm a duração máxima de quarenta e cinco minutos, podendo ilustrá-las com meios 23 de Julho
audiovisuais ou outros, de acordo com a natureza do projecto.
5. Sempre que a natureza dos projectos apresentados pressuponha o desempenho concreto de Regulamento
uma tarefa, compete ao júri definir a metodologia a aplicar para a sua avaliação. da PAP

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 61 -


Capítulo VII

CURSOS TECNOLÓGICOS

Secção I

Organização Portaria n.º


550-A/2004, de
Artigo 170º. 21 de Maio

Caracterização

Os cursos tecnológicos constituem uma oferta profissionalmente qualificante orientada numa dupla
perspectiva: a inserção no mercado de trabalho e o prosseguimento de estudos de nível superior.

Artigo 171º.

Carga horária

1. A carga horária é estabelecida a partir de uma unidade lectiva de 90 minutos, correspondente à


duração efectiva do tempo de leccionação. Portaria n.º
2. A carga horária semanal pode ser organizada e distribuída, de forma diferenciada, em função 550-A/2004,
21 de Maio
de

da natureza das disciplinas e das condições existentes na escola.


3. A carga horária semanal de duas unidades lectivas da disciplina de educação física, pode ser
reduzida, por decisão do director, ouvido o conselho pedagógico.

Artigo 172º.

Critérios de avaliação

Compete ao conselho pedagógico da escola, de acordo com as orientações do currículo nacional,


definir, no início do ano lectivo, os critérios de avaliação para cada ano de escolaridade, disciplina,
áreas não disciplinares - projecto tecnológico e estágio - e prova de aptidão tecnológica, sob
proposta dos departamentos curriculares e dos directores de curso.

Artigo 173º.
Portaria n.º
Assiduidade 550-A/2004,
de 21 de Maio
1. A assiduidade do aluno-formando é controlada pelo preenchimento da folha de ponto, que
deve ser assinada pelo aluno e pelo monitor e entregue semanalmente ao docente orientador.
2. Para efeitos de conclusão do estágio, deve ser considerada a assiduidade do aluno-formando,
que não pode ser inferior a 95% da carga horária global do estágio.
3. As faltas dadas pelo aluno-formando devem ser justificadas perante o monitor e o docente
orientador, de acordo com as normas internas da entidade de estágio e da escola.
4. Em situações excepcionais, quando a falta de assiduidade do aluno formando for devidamente
justificada, o período de estágio poderá ser prolongado, a fim de permitir o cumprimento do
número de horas estabelecido.
5. O aluno é excluído da frequência na disciplina ou área não disciplinar quando ultrapassa o
dobro das faltas injustificadas correspondentes ao número de tempos lectivos semanais, por
disciplina, ou a 5% da carga horária global do estágio.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 62 -


Secção II

Estágio

Artigo 174º.

Caracterização
Portaria n.º
1. Entende-se por estágio o desenvolvimento supervisionado, em contexto real de trabalho, de 550-A/2004,
práticas profissionais inerentes a determinado curso tecnológico e especificação. de 21 de Maio
2. O estágio visa:
a) desenvolver e consolidar, em contexto real de trabalho, os conhecimentos e
competências profissionais adquiridos durante a frequência do curso;
b) proporcionar experiências de carácter sócio-profissional que facilitem a futura
integração dos jovens no mundo do trabalho;
c) desenvolver aprendizagens no âmbito da saúde, higiene e segurança no trabalho.
3. O estágio realiza-se numa entidade pública ou privada, designada por entidade de estágio, na
qual se desenvolvam actividades profissionais relacionadas com a área de formação do curso
tecnológico e da especificação em causa.
4. O estágio é supervisionado pelo docente orientador, em representação da escola, e pelo
monitor, em representação da entidade de estágio.
5. O estágio deverá orientar-se para uma das saídas profissionais correspondentes à
especificação realizada.

Artigo 175º.

Organização do Estágio

1. O estágio tem a duração de 240 horas, que correspondem a 216 horas de formação efectiva na
entidade de estágio e a 24 horas de gestão flexível da responsabilidade do docente orientador e Portaria n.º
550-A/2004,
dos alunos formandos. de 21 de Maio
2. As horas de gestão flexível referidas no número anterior são utilizadas para a elaboração do
plano de estágio e para reuniões de orientação e avaliação.
3. O estágio formaliza-se com a celebração de um protocolo entre a escola, a entidade de estágio
e o aluno-formando.
4. No caso de o aluno-formando ser menor de idade, o protocolo é igualmente subscrito pelo
encarregado de educação.
5. O protocolo inclui o plano de estágio, as responsabilidades das partes envolvidas e as normas
de funcionamento do estágio.
6. O estágio desenvolve-se segundo um plano previamente elaborado pelo docente orientador,
pelo monitor e pelo aluno-formando.
7. O estágio é supervisionado por um docente orientador e por um monitor, representando o
primeiro a escola e o segundo a entidade de acolhimento.
8. O docente orientador assegura a leccionação da disciplina de especificação e o projecto
tecnológico.

Artigo 176º.

Plano de Estágio

1. O plano de estágio identifica: Portaria n.º


550-A/2004,
a) os objectivos gerais do estágio e os objectivos específicos decorrentes da saída de 21 de Maio
profissional visada e das características da entidade de estágio;
b) os conteúdos a abordar;
c) a programação das actividades;
d) o período ou períodos em que o estágio se realiza, fixando o respectivo calendário;
e) o horário a cumprir pelo aluno formando;

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 63 -


f) o local ou locais de realização;
g) As formas de acompanhamento e de avaliação.
2. O plano de estágio é homologado pelo director, mediante parecer favorável do director de
curso, antes do período de formação efectiva na entidade de estágio.

Artigo 177º.

Responsabilidades das Entidades Envolvidas

1. São responsabilidades da escola: Portaria n.º


550-A/2004,
a) assegurar a realização do estágio aos seus alunos; de 21 de Maio
b) estabelecer os critérios de distribuição dos alunos pelos lugares existentes nas
diferentes entidades de estágio;
c) proceder à distribuição dos alunos, de acordo com os critérios referidos na alínea
anterior;
d) assegurar a elaboração do protocolo com a entidade de estágio;
e) assegurar a elaboração do plano de estágio;
f) assegurar o acompanhamento da execução do plano de estágio;
g) assegurar a avaliação do desempenho dos alunos estagiários, em colaboração com a
entidade de estágio;
h) assegurar que o aluno-formando se encontra a coberto de seguro em toda a actividade
de estágio;
i) assegurar, em conjunto com a entidade de estágio e o aluno-formando, as condições
logísticas necessárias à realização e ao acompanhamento do estágio.
2. São responsabilidades específicas do docente orientador:
a) elaborar, em conjunto com o monitor e o aluno-formando, o plano de estágio;
b) acompanhar a execução do plano de estágio, nomeadamente através de deslocações
periódicas aos locais de realização do estágio;
c) avaliar, em conjunto com o monitor, o desempenho do aluno-formando;
d) acompanhar o aluno-formando na elaboração do relatório de estágio;
e) propor ao conselho de turma, ouvido o monitor, a classificação do aluno-formando no
estágio.
3. São responsabilidades da entidade de estágio:
a) designar o monitor;
b) colaborar na elaboração do protocolo e do plano de estágio;
c) colaborar no acompanhamento e na avaliação do desempenho do aluno-formando;
d) assegurar o acesso à informação necessária ao desenvolvimento do estágio,
nomeadamente no que diz respeito à integração sócio-profissional do aluno-formando
na empresa;
e) atribuir ao aluno-formando tarefas que permitam a execução do plano de estágio;
f) controlar a assiduidade do aluno-formando;
g) assegurar, em conjunto com a escola e o aluno-formando, as condições logísticas
necessárias à realização e ao acompanhamento do estágio.
4. São responsabilidades do aluno-formando:
a) colaborar na elaboração do protocolo e do plano de estágio;
b) participar nas reuniões de acompanhamento e avaliação do estágio;
c) cumprir, no que lhe compete, o plano de estágio;
d) respeitar a organização do trabalho na entidade de estágio e utilizar com zelo os bens,
equipamentos e instalações;
e) não utilizar sem prévia autorização a informação a que tiver acesso durante o estágio;
f) ser assíduo, pontual e estabelecer boas relações de trabalho;
g) elaborar o relatório de estágio.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 64 -


Artigo 178º.

Avaliação do estágio

1. A avaliação no processo de estágio assume carácter contínuo e sistemático e permite, numa


perspectiva formativa, reunir informação sobre o desenvolvimento das aprendizagens, Portaria n.º
550-A/2004,
possibilitando, se necessário, o reajustamento do plano de estágio. de 21 de Maio
2. A avaliação assume também um carácter sumativo, conduzindo a uma classificação final de
estágio.
3. A avaliação final do estágio tem por base o respectivo relatório.
4. O relatório referido no número anterior é elaborado pelo aluno-formando e deve descrever as
actividades desenvolvidas no período de estágio, bem como a sua avaliação das mesmas face
ao definido no plano de estágio.
5. O relatório de estágio é apreciado e discutido com o aluno-formando pelo docente orientador
e pelo monitor, que elaboram uma informação conjunta sobre o aproveitamento do aluno-
formando, com base no referido relatório, na discussão subsequente e nos elementos
recolhidos durante o acompanhamento do estágio.
6. Na sequência da informação referida no número anterior, o docente orientador propõe ao
conselho de turma, ouvido o monitor, a classificação do aluno-formando no estágio.
7. No caso de reprovação do aluno-formando, poderá ser celebrado novo protocolo entre escola,
entidade de estágio e aluno, a fim de possibilitar a obtenção de aproveitamento no estágio.

Secção III

Prova de Aptidão Tecnológica (PAT)

Artigo 179º.

Caracterização

1. A PAT reflecte o trabalho desenvolvido no âmbito da área tecnológica integrada, em


articulação com as restantes disciplinas, pelo que o aluno só pode realizar esta prova quando
tiver obtido aproveitamento em todas as componentes da referida área.
2. A PAT consiste na defesa, perante um júri, de um produto, que assume a forma de objecto ou Portaria n.º
550-A/2004,
produção escrita ou de outra natureza, e do respectivo relatório de realização, os quais de 21 de Maio
evidenciam as aprendizagens profissionais adquiridas pelo aluno.
3. O produto, objecto ou produção escrita ou de outra natureza, bem como o respectivo relatório
de realização, a defender na PAT, são presentes ao júri até 8 dias úteis antes da data de
realização da prova.
4. A PAT tem a duração máxima de 45 minutos e realiza-se, de acordo com o calendário a
definir pela escola, no final das actividades lectivas, após a realização do estágio.
5. A preparação da PAT desenvolve-se do seguinte modo:
a) elaboração do projecto pelo aluno e sua aprovação pelo docente da área tecnológica
integrada (ATI);
b) desenvolvimento do produto proposto, sob orientação do docente da ATI;
c) redacção, por parte do aluno, do relatório de realização do produto;
d) entrega dos elementos a defender na PAT ao presidente do júri no prazo referido no
número 3 do presente artigo.
6. O produto a defender pelo aluno pode resultar, entre outras possibilidades, do aprofundamento
individual do trabalho de projecto desenvolvido no âmbito do projecto tecnológico.

Artigo 180º.

Funções do Docente de Área Tecnológica Integrada (ATI)


Portaria n.º
Compete ao docente de ATI: 550-A/2004,
de 21 de Maio
a) orientar o aluno na escolha do produto a apresentar, na sua realização e na redacção

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 65 -


do respectivo relatório;
b) informar os alunos sobre os critérios de avaliação;
c) decidir se o produto e o relatório estão em condições de serem presentes ao júri;
d) orientar o aluno na preparação da apresentação a realizar na PAT;
e) lançar, na respectiva pauta, a classificação da PAT.

Artigo 181º.

Júri de Avaliação da PAT

1. O júri de avaliação da PAT é constituído pelos seguintes elementos:


a) director de curso, que preside;
b) docente da ATI;
c) um representante das associações empresariais ou das empresas e instituições de
sectores afins ao curso;
d) uma personalidade de reconhecido mérito na área de formação profissional do curso
ou dos sectores de actividade afins do curso.
2. O júri de avaliação, para deliberar, necessita da presença de três elementos, estando entre eles,
obrigatoriamente, os elementos a que se referem as alíneas a) e b) do número anterior e um
dos elementos a que se referem as alíneas c) e d).
3. Nos casos em que o director de curso e o docente da ATI são a mesma pessoa, deve o júri
integrar um outro docente da componente de formação tecnológica do curso.
4. Nos casos em que não seja possível assegurar a presença do elemento a que se refere a alínea
a) do número 1 do presente artigo, deve o júri ser presidido, em sua substituição, pelo director
ou pelo docente em quem delegar essa competência.
5. O presidente do júri tem o voto de qualidade em caso de empate nas votações.
6. O júri reúne para avaliação da PAT, devendo dessa reunião ser lavrada acta, a qual é, depois
de assinada por todos os elementos do júri, entregue ao director.
7. O aluno que, por razão justificada, não compareça à PAT deve apresentar, no prazo de 2 dias
úteis a contar da data da realização da prova, a respectiva justificação, ao director.
8. No caso de ser aceite a justificação, o presidente do júri marca a data de realização da nova
prova.
9. A não justificação ou a injustificação da falta à primeira prova, bem como a falta à nova
prova, determinam a impossibilidade de realizar a PAT nesse ano escolar.
10. O aluno que, tendo comparecido à PAT, não tenha sido considerado aprovado pelo júri,
poderá realizar nova prova, no mesmo ano escolar, em data a definir pelo director, em
articulação com o presidente do júri.
11. A falta de aproveitamento na nova prova determina a impossibilidade de realizar a PAT nesse
ano escolar.
12. A classificação da PAT não pode ser objecto de pedido de reapreciação.

Capítulo VIII

EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE ADULTOS


Secção I

Centro Novas Oportunidades

Artigo 182º.

Caracterização

1. O Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária José Saramago, adiante designado


CNO, integra a Rede Nacional de Centros Novas Oportunidades e funciona nos termos
previstos pelo respectivo sistema de indicadores de referência para a sua qualidade.
2. Constituem princípios orientadores do funcionamento do CNO os seguintes:

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 66 -


a) abertura e flexibilidade;
b) confidencialidade;
c) orientação para resultados;
d) rigor e eficiência;
e) responsabilidade e autonomia.
3. O CNO possui regulamento próprio.
4. É disponibilizado o livro de reclamações a todos os utentes do CNO, nos termos da legislação
em vigor.

Artigo 183º.

Equipa Técnico-Pedagógica / Composição

Fazem parte da equipa técnico-pedagógica:


a) o director do CNO, que é, por inerência, o director da Escola Secundária José
Saramago;
b) o coordenador;
c) o técnico de diagnóstico e acompanhamento;
d) os profissionais de reconhecimento e validação de competências, abreviadamente
designados por profissionais de RVC;
e) os formadores nas diferentes áreas de competências, de acordo com o respectivo
âmbito de intervenção;
f) um funcionário administrativo.

Artigo 184º.

Competências do Director

1. São competências do director: Portaria n.º


a) designar o coordenador do CNO; 370/2008, de
21 de Maio
b) representar institucionalmente o CNO;
c) responder legalmente pelo CNO, nomeadamente pelo cumprimento das orientações
para a sua organização e funcionamento;
d) nomear o presidente do júri de certificação, constituído no âmbito dos processos de
reconhecimento, validação e certificação de competências;
e) homologar as decisões do júri de certificação, promovendo e controlando a emissão
de diplomas e certificados;
f) homologar os diplomas e certificados emitidos por entidades promotoras;
g) todas as demais que lhe forem cometidas por normativos legais.
2. Sempre que as condições o permitam, o director pode acumular as funções de coordenador do
CNO.

Artigo 185º.

Competências do Coordenador

1. Compete ao coordenador:
a) assegurar a dinamização da actividade do CNO bem como a sua gestão pedagógica,
organizacional e financeira, e a interlocução técnica com o exterior, sob a orientação
do director;
b) elaborar o plano estratégico de intervenção, abreviadamente designado PEI, do CNO
e o relatório de actividades, em articulação com os demais elementos da equipa;
c) desenvolver, com os demais elementos da equipa, a organização, concretização e
avaliação das diferentes etapas de intervenção do CNO;
d) dinamizar a realização e o aprofundamento do diagnóstico local, a concepção e a
implementação de acções de divulgação, bem como a constituição de parcerias,
nomeadamente para efeitos de encaminhamento dos adultos inscritos no CNO;
e) promover a formação contínua dos elementos da equipa;

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 67 -


f) assegurar a auto-avaliação permanente do CNO;
g) disponibilizar a informação necessária ao acompanhamento, monitorização e
avaliação externa à actividade do CNO, através de mecanismos de articulação com os
serviços, organismos e estruturas competentes para o efeito.
2. O coordenador tem assento no conselho pedagógico.

Artigo 186º.

Mandato do Coordenador

1. O mandato do coordenador do CNO tem a duração de 4 anos.


2. Sempre que o coordenador se encontre impossibilitado de exercer as suas funções por um
período superior a 30 dias é substituído interinamente pelo docente designado pelo director
para o efeito.
3. Perde o mandato o coordenador que:
a) deixe de prestar serviço na escola;
b) esteja impossibilitado de exercer as funções por um período igual ou superior a um
ano lectivo;
c) por decisão do director, ouvido o conselho pedagógico.
4. O mandato do coordenador pode cessar a requerimento do interessado dirigido ao director.

Artigo 187º.

Competências do Técnico de Diagnóstico e Encaminhamento

1. O técnico de diagnóstico e encaminhamento é responsável pelo acolhimento do utente no


CNO, bem como pelas etapas de diagnóstico e de encaminhamento dos adultos inscritos.
2. São competências específicas do técnico de diagnóstico e encaminhamento: Portaria n.º
a) coordenar o trabalho desenvolvido pelo técnico administrativo na etapa de 370/2008, de
acolhimento; 21 de Maio)
b) desenvolver e orientar as sessões de trabalho que permitem, em função do perfil de
cada adulto, definir a resposta mais adequada à elevação do seu nível de qualificação,
recorrendo, para o efeito, ao apoio dos profissionais RVC, sempre que necessário;
c) organizar o encaminhamento para as ofertas educativas e formativas externas ao
CNO, em articulação com os profissionais RVC e com as entidades formadoras e os
serviços, organismos e estruturas competentes.
3. O técnico a que se refere o presente artigo deve ser detentor de habilitação académica de nível
superior e possuir conhecimentos sobre as ofertas de educação e formação, designadamente as
destinadas à população adulta, bem como sobre técnicas e estratégias de diagnóstico
avaliativo e de orientação.

Artigo 188º.

Competências do Profissional de RVC

1. Compete ao profissional de RVC:


a) participar nas etapas de diagnóstico e de encaminhamento, sempre que necessário; Portaria n.º
b) acompanhar e apoiar os adultos na construção de portefólios reflexivos de 370/2008, de
aprendizagens, em estreita articulação com os formadores, através de metodologias 21 de Maio
biográficas especializadas, tais como o balanço de competências ou as histórias de
vida;
c) conduzir, em articulação com os formadores, a identificação das necessidades de
formação dos adultos ao longo do processo de reconhecimento e validação de
competências, encaminhando-os para outras ofertas formativas, nomeadamente para
cursos de educação e formação de adultos, ou formações modulares, disponibilizadas
por entidades formadoras externas, ou para formação complementar, de carácter

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 68 -


residual e realizada no próprio CNO, após a validação de competências e a sua
certificação;
d) dinamizar o trabalho dos formadores no âmbito do processo de reconhecimento e
validação de competências desenvolvidas;
e) organizar, conjuntamente com os elementos da equipa do CNO que intervém nos
processos de reconhecimento, validação e certificação de competências, e com o
avaliador externo, os júris de certificação, participando nos mesmos.
2. O profissional de RVC deve ser detentor de habilitação académica de nível superior e possuir
conhecimentos das metodologias adequadas e experiência no domínio da educação e
formação de adultos, nomeadamente no desenvolvimento de balanços de competências e
construção de portefólios reflexivos de aprendizagens.

Artigo 189º.

Competências do Formador

Compete ao formador:
a) participar na definição dos encaminhamentos para ofertas, após validação de Portaria n.º
competências; 370/2008, de
b) apoiar o processo de reconhecimento de competências desenvolvido pelo adulto, 21 de Maio
orientando a construção do portefólio reflexivo de aprendizagens, no âmbito das
respectivas áreas de competências;
c) participar, com o profissional de RVC, na validação de competências adquiridas pelo
adulto e, sempre que se revelar necessário na definição do seu encaminhamento, para
outras ofertas formativas;
d) organizar e desenvolver as acções de formação complementar da responsabilidade do
CNO, que permitam ao adulto aceder à certificação;
e) participar conjuntamente com os elementos da equipa do CNO que intervêm nos
processos de reconhecimento e validação de competências e com o avaliador externo
nos júris de certificação.

Artigo 190º.

Competências do Técnico Administrativo

1. Compete ao técnico administrativo, sob orientação do coordenador, do técnico de diagnóstico


e encaminhamento e dos profissionais de RVC:
a) proceder ao acolhimento dos adultos no CNO;
b) apoiar a actividade do CNO, no domínio administrativo-financeiro, nomeadamente, e
sempre que aplicável, através do registo dessa actividade no sistema integrado de
informação e gestão da oferta educativa e formativa, abreviadamente designado por
SIGO.
2. O técnico administrativo deve ser detentor de, pelo menos, habilitação académica de nível
secundário, privilegiando-se a experiência profissional e os conhecimentos de informática na
óptica do utilizador.

Artigo 191º.

Funcionamento / Instalações / Horário

1. O CNO da Escola Secundária José Saramago dispõe de instalações adequadas ao seu


funcionamento.
2. O horário de funcionamento do CNO é definido anualmente e publicitado adequadamente,
com respeito das indicações emitidas pela tutela.
3. O registo e organização da informação têm como suporte o sistema integrado de informação e
gestão da oferta educativa e formativa (SIGO).

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 69 -


Secção II

Cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA)

Artigo 192º.

Caracterização
Decreto-Lei n.º
1. Os cursos EFA destinam-se a adultos com idade igual ou superior a dezoito anos que 396/2007, de
pretendam concluir o ensino básico – cursos EFA de nível básico -, ou o ensino secundário – 31 de
cursos EFA de nível secundário e, eventualmente, adquirir formação e certificação Dezembro
profissional. Portaria n.º
2. Os cursos EFA obedecem aos referenciais de competências e de formação, associados às 230/2008, de 7
respectivas qualificações, constantes do Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ). de Março
3. Os cursos EFA, quer de nível básico, quer de nível secundário, desenvolvem-se segundo
percursos de habilitação escolar, que correspondem à formação de base. Os cursos EFA de
nível secundário podem ser de habilitação escolar, que corresponde essencialmente à
formação de base, ou de dupla certificação, que acrescenta à anterior a formação profissional,
conferindo o nível 3 de formação.

Artigo 193º.

Organização

1. A organização dos cursos EFA é da competência do director, na qualidade de representante da Decreto-Lei n.º
escola, que é entidade formadora. 396/2007, de
31 de
2. Os cursos EFA organizam-se com base: Dezembro
a) numa perspectiva de aprendizagem ao longo da vida;
b) em percursos flexíveis de formação quando definidos a partir de processos de Portaria n.º
230/2008, de 7
reconhecimento, validação e certificação de competências (RVCC); de Março
c) em percursos formativos, por encaminhamento do CNO, após diagnóstico e triagem;
d) num modelo de formação modular estruturado a partir dos referenciais que integram o
CNQ;
e) no desenvolvimento de formação centrada em processos reflexivos de aprendizagem,
através do módulo “aprender com autonomia”, para os cursos de nível básico, e do
portefólio reflexivo de aprendizagens (PRA), para os cursos de nível secundário.

Artigo 194º.

Destinatários Decreto-Lei n.º


396/2007, de
1. Frequentam os cursos EFA, de nível básico ou secundário, os adultos encaminhados para 31 de
formação pelo CNO. Dezembro
2. Frequentam os cursos EFA, de nível básico ou secundário, os adultos que apresentem os Portaria n.º
requisitos necessários à inscrição e cujo perfil seja já conhecido, por terem frequentado esta 230/2008, de 7
escola, tornando dispensáveis as fases de diagnóstico e triagem efectuados pelo CNO. de Março
3. Frequentam os cursos EFA, de nível secundário, os adultos que preencham os requisitos
exigidos e realizem formação correspondente ao número de disciplinas em falta para Decreto-Lei n.º
357/2007, de
conclusão do ensino secundário. 29 de Outubro

Artigo 195º.

Estruturação / Organização Curricular

1. A organização curricular dos cursos EFA permite a frequência de unidades de formação Decreto-Lei n.º
capitalizáveis através de trajectos contínuos e não contínuos. 396/2007, de
31 de
2. A estruturação curricular do curso EFA depende do posicionamento do adulto, feito pelo Dezembro
CNO, nos termos seguintes:

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 70 -


a) identificação das competências a desenvolver por cada adulto, no âmbito de um Portaria n.º
percurso formativo, após um processo de certificação de competências; 230/2008, de 7
b) identificação da oferta de educação e formação de adultos mais adequada após o de Março
encaminhamento dos formandos que não tenham realizado um processo de
reconhecimento, validação e certificação de competências;
c) identificação das unidades de competência (UC) a realizar, por correspondência a
disciplinas em falta para conclusão do ensino secundário;
d) identificação das necessidades de formação em língua estrangeira, considerando as
competências já adquiridas neste domínio.

Artigo 196º.
Decreto-Lei n.º
396/2007, de
Equipa Técnico-Pedagógica 31 de
Dezembro
A equipa técnico-pedagógica dos cursos EFA é constituída pelo mediador pessoal e social e pelo
grupo de formadores responsáveis por cada uma das áreas de competências-chave que integram a Portaria n.º
230/2008, de 7
formação de base. de Março

Artigo 197º.
Decreto-Lei n.º
396/2007, de
Mediador Pessoal e Social – Mandato e Estatuto 31 de
Dezembro
1. O mediador pessoal e social é nomeado pelo director, ouvido o coordenador do CNO, pelo
período de um ano lectivo ou pelo tempo que corresponder à formação de um grupo de Portaria n.º
230/2008, de 7
formandos. de Março
2. O mediador não deve exercer funções de mediação em mais de três cursos EFA, nem assumir,
nessa qualidade, as funções de formador, em qualquer área de formação, excepto no que diz
respeito ao módulo “aprender com autonomia” e à área de portefólio reflexivo de
aprendizagens, consoante o nível do curso EFA.

Artigo 198º.

Mediador Pessoal e Social - Competências

1. O mediador pessoal e social é responsável pela orientação e desenvolvimento do diagnóstico e


selecção dos formandos, em articulação com os formadores da equipa técnico-pedagógica.
Decreto-Lei n.º
2. Compete ao mediador pessoal e social: 396/2007, de
a) colaborar com o director, ou com quem o mesmo designe, na constituição de grupos 31 de
de formação, participando no processo de recrutamento e selecção dos formandos, Dezembro
e/ou organização dos mesmos em grupos; Portaria n.º
b) promover, calendarizar e presidir às sessões de trabalho com os formadores, 230/2008, de 7
destinadas a organizar o desenvolvimento do processo de formação; de Março
c) garantir o acompanhamento e orientação pessoal, social e pedagógica dos formandos;
d) dinamizar a equipa técnico-pedagógica no âmbito do processo formativo,
salvaguardando o cumprimento dos percursos individuais e do percurso do grupo de
formação;
e) assegurar a articulação entre a equipa técnico-pedagógica e o grupo de formação,
assim como entre estes e a escola;
f) organizar e assegurar a formação na área de portefólios reflexivos de aprendizagens,
orientando os formandos nas actividades de construção dos portefólios, procedendo à
avaliação formativa e proporcionando os instrumentos teórico-práticos indispensáveis
à auto-reflexão e à auto-avaliação;
g) preparar e presidir à reunião de análise dos portefólios e de balanço de competências;
h) registar a avaliação dos formandos nos documentos próprios;
i) designar, de entre os formadores, o secretário das reuniões;
j) ser responsável pelo conteúdo e pela entrega, ao director, das actas referentes às
reuniões mencionadas na alínea g) do presente artigo.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 71 -


Artigo 199º.

Formadores - Mandato

Os formadores são anualmente designados pelo director.

Artigo 200º.

Formadores - Competências

Compete aos formadores:


a) participar no diagnóstico e selecção dos formandos, em articulação com o mediador
pessoal e social;
b) elaborar, conjuntamente com os demais elementos da equipa técnico-pedagógica, o
plano de formação mais adequado às necessidades de formação;
c) desenvolver a formação na área para a qual está habilitado;
d) conceber e produzir os materiais técnico-pedagógicos e os instrumentos de avaliação
necessários ao desenvolvimento do processo formativo;
e) manter estreita cooperação com os demais elementos da equipa técnico-pedagógica,
em particular no âmbito dos cursos EFA de nível secundário, no desenvolvimento dos
processos de avaliação na área de PRA.

Artigo 201º.

Cursos EFA de Nível Básico - Caracterização Decreto-Lei n.º


396/2007, de
1. Os cursos EFA de nível básico compreendem uma formação de base que integra quatro áreas 31 de
de competências-chave: cidadania e empregabilidade, linguagem e comunicação, matemática Dezembro
para a vida, tecnologia da informação e comunicação. Portaria n.º
2. A formação de base é constituída por três níveis de desenvolvimento nas diferentes áreas de 230/2008, de 7
competências-chave, organizadas em unidades de competência. de Março
3. O percurso formativo dos cursos EFA de nível básico inclui o módulo “aprender com
autonomia”, organizado em três unidades de competência.

Artigo 202º.

Cursos EFA de Nível Básico - Funcionamento

1. A equipa técnico-pedagógica reúne, após o terminus do módulo “aprender com autonomia”,


para elaborar o desenho curricular do(s) grupo(s) de formandos, com base nos temas de vida
escolhidos.
2. A equipa técnico-pedagógica elabora uma planificação que conjuga um conjunto de questões
integradoras promovendo a integração conjunta das quatro áreas de competências-chave.
3. No final dos períodos lectivos ou no final da formação correspondente ao desenvolvimento de
um tema de vida é feita, em reunião da equipa técnico-pedagógica, a análise dos portefólios
dos formandos e o balanço de competências, registando-se a avaliação nos documentos
próprios.
4. Os formadores de cada uma das áreas de competência chave realizam semanalmente sessões
de trabalho, destinadas à preparação e produção de materiais adequados à formação, bem
como à correcção e avaliação de trabalhos realizados pelos formandos.
5. Previamente ao momento formal de análise de portefólios/balanço de competências a equipa
técnico-pedagógica reúne com o director ou com quem o mesmo designar a fim de
uniformizar critérios de actuação e preparar a documentação necessária.
6. Realiza-se mensalmente uma reunião presidida pelo director, na qual participam todos os
formadores, dos cursos EFA e do CNO, o coordenador do CNO e os profissionais de RVCC,
destinada à partilha de informação e experiências, reformulação e ajustamento de
procedimentos.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 72 -


Artigo 203º.

Cursos EFA de Nível Básico – Avaliação

A avaliação dos formandos obedece a critérios definidos pelos formadores das áreas de
competências-chave.

Artigo 204º.

Cursos EFA de Nível Secundário - Caracterização


Decreto-Lei n.º
1. Os cursos EFA de nível secundário compreendem uma formação de base que integra três 396/2007, de
áreas de competências-chave: cidadania e profissionalidade, cultura, língua, comunicação e 31 de
Dezembro
sociedade, tecnologia e ciência.
2. Nos cursos EFA de nível secundário existem três percursos: percurso A (formandos com o 9.º Portaria n.º
ano de escolaridade); percurso B (formandos com o 10.º ano de escolaridade) e percurso C 230/2008, de 7
(formandos com o 11.º ano de escolaridade). de Março
3. O processo formativo dos cursos EFA de nível secundário integra, independentemente do
percurso, a área de portefólio reflexivo de aprendizagens, (PRA) de carácter transversal à
formação de base.
4. O desenvolvimento da área de PRA tem uma regularidade mensal e preenche quatro
segmentos temporais.
5. Cada uma das áreas de formação de base nos cursos EFA de nível secundário é assegurada
por dois formadores, que desenvolvem conjuntamente todo o processo de formação e
partilham, equitativamente o tempo de formação.

Artigo 205º. Decreto-Lei n.º


396/2007, de
31 de
Cursos EFA de Nível Secundário – Grupos de Formandos Dezembro

1. Os formandos são organizados em grupos de formação, procurando estabelecer-se um perfil Portaria n.º
de grupo, o mais homogéneo possível, e respeitando-se, sempre que possível, os percursos 230/2008, de 7
de Março
formativos de acordo com as habilitações iniciais.
2. Cada um dos grupos de formação pode integrar formandos dos percursos A, B e C, bem como Decreto-Lei n.º
formandos em processo de conclusão do ensino secundário encaminhados pelo CNO. 357/2007, de
3. Os formandos referidos na parte final do número anterior não participam nas sessões da área 29 de Outubro
de PRA, nem organizam portefólio.

Artigo 206º.

Cursos EFA de Nível Secundário - Funcionamento

1. As equipas técnico-pedagógicas dos cursos EFA de nível secundário reúnem-se


ordinariamente de três em três semanas para organizar o processo de formação dos grupos de
formandos.
2. As equipas técnico-pedagógicas dos cursos EFA de nível secundário procedem, no final dos
períodos lectivos, ou no final da formação correspondente a uma unidade de competência, à
análise dos portefólios dos formandos e ao balanço de competências, efectuando o registo da
avaliação em documentos próprios.
3. Os formadores de cada uma das áreas de competência-chave realizam semanalmente sessões
de trabalho destinadas à preparação e produção de materiais adequados à formação bem como
à correcção e avaliação de trabalhos realizados pelos formandos.
4. A uniformização de critérios de actuação e a preparação dos documentos necessários são
realizadas previamente ao momento formal de análise de portefólios/balanço de competências
em reunião realizada para o efeito entre os mediadores e o director ou em quem o mesmo
delegar competências.
5. Realiza-se mensalmente uma reunião presidida pelo director, destinada à partilha de
informação e de experiências, bem como à reformulação e ajustamento de procedimentos, na

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 73 -


qual participam todos os formadores dos cursos EFA e do CNO, o coordenador do CNO e os
profissionais de reconhecimento, validação e certificação de competências.

Artigo 207º.

Assiduidade

1. A conclusão do percurso formativo com aproveitamento e posterior certificação depende de


uma assiduidade igual ou superior a 90% da carga horária total.
Decreto-Lei n.º
2. Os formandos assinam, no início da formação, um contrato de formação e assiduidade do qual 396/2007, de
constam as condições de frequência do curso, nomeadamente as regras relativas à assiduidade 31 de
e pontualidade, o tipo de faltas susceptível de ser relevado e os procedimentos necessários à Dezembro
validação dos motivos apresentados.
3. As situações de assiduidade irregular são analisadas pela equipa técnico-pedagógica, que Portaria n.º
230/2008, de 7
aprecia as justificações apresentadas e decide quanto à respectiva legitimidade para efeitos da de Março
sua aceitação.
4. A equipa técnico-pedagógica define as formas de recuperação e compensação das ausências
dos formandos.
5. Em caso de ausência prolongada devem os formandos informar por escrito o mediador sobre
os motivos da ausência, e requerer a realização de uma actividade/trabalho referente a uma
temática no âmbito da unidade de competência em estudo, que compense o tempo de Decreto-Lei n.º
formação em que estiveram ausentes. 357/2007, de
6. A equipa técnico-pedagógica analisa o pedido a que se refere o número anterior e, em caso de 29 de Outubro
aceitação, decide sobre o trabalho a realizar, sendo sempre obrigatória a respectiva
apresentação oral em sessão de formação.
7. As faltas e/ou ausências prolongadas dos formandos em processo de conclusão do ensino
secundário dão origem ao prolongamento do tempo de formação, até ser atingido o número de
horas inicialmente calculado.
Artigo 208º.

Avaliação

1. A avaliação incide sobre as aprendizagens efectuadas e competências adquiridas de acordo Decreto-Lei n.º
com os referenciais de formação aplicáveis. 396/2007, de
31 de
2. A avaliação formativa permite obter informação sobre o desenvolvimento das aprendizagens, Dezembro
com vista à definição e ao ajustamento de processos e estratégias de recuperação e
aprofundamento. Portaria n.º
3. A avaliação sumativa tem por função servir de base de decisão sobre a certificação final. 230/2008, de 7
4. Nos cursos EFA de nível secundário a avaliação formativa ocorre, preferencialmente, no de Março
âmbito da área de PRA. Decreto-Lei n.º
5. Nos cursos EFA de nível secundário a avaliação traduz-se na atribuição de créditos, de acordo 357/2007, de
com o referencial de competências-chave de nível secundário, com efeitos na certificação dos 29 de Outubro
formandos.
6. A avaliação dos formandos encaminhados pelo CNO, em processo de conclusão do ensino
secundário obedece a critérios definidos pelos formadores das áreas de competências-chave.

Artigo 209º.

Formação Tecnológica e Formação Prática em Contexto de Trabalho

1. Os cursos EFA de nível secundário e nível 3 de formação integram uma formação tecnológica
que se desenvolve segundo um percurso semelhante à formação de base nas condições
definidas no CNQ.
2. Podem ainda integrar uma formação prática em contexto de trabalho, nos termos definidos na
lei, sendo a mesma de carácter obrigatório para o adulto que não exerça actividade
correspondente à saída profissional do curso frequentado ou uma actividade profissional numa
área afim.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 74 -


Artigo 210º.
Decreto-Lei n.º
Certificação 396/2007, de
31 de
1. Para efeitos de certificação conferida pela conclusão de um curso EFA o formando deve obter Dezembro
uma avaliação sumativa com aproveitamento nas componentes do seu percurso formativo.
2. A conclusão com aproveitamento de um curso EFA correspondente a um qualquer percurso Portaria n.º
230/2008, de 7
formativo dá lugar à emissão de um certificado de qualificações. de Março

Secção III

Formações Modulares

Artigo 211º.

Acesso

1. A frequência de UFCD (unidades de formação de curta duração) dirige-se prioritariamente a


adultos com níveis de habilitação escolar inferiores ao 3º ciclo do ensino básico.
2. O acesso a unidades de formação de curta duração inseridas em percursos de nível secundário
exige uma habilitação escolar de, pelo menos, o 3º ciclo do ensino básico.

Artigo 212º.

Organização Curricular/Grupos de Formação

1. A organização curricular das formações modulares realiza-se, para cada unidade de formação,
de acordo com os respectivos referenciais de formação constantes do CNQ, correspondentes a
unidades da componente de formação de base.
2. Os grupos de formação não podem ultrapassar os 25 formandos, de acordo com as
necessidades de formação evidenciadas e os interesses pessoais e profissionais por eles
manifestados.

Artigo 213º.

Assiduidade

1. No início da formação, o adulto celebra um contrato de formação, no qual são claramente Decreto-Lei n.º
definidas as condições de frequência na formação modular, nomeadamente quanto à 396/2007, de
31 de
assiduidade e pontualidade. Dezembro
2. A conclusão da formação modular com aproveitamento e posterior certificação obriga a uma
assiduidade igual ou superior a 90% da carga horária total. Portaria n.º
3. O não cumprimento do limite estabelecido no número anterior é apreciado pela equipa 230/2008, de 7
técnico-pedagógica que decide, caso a caso, sobre a legitimidade das justificações de Março
apresentadas pelo adulto, bem como sobre os mecanismos de recuperação necessários ao
cumprimento dos objectivos definidos.

Artigo 214º.

Avaliação

1. O processo de avaliação compreende:


a) a avaliação formativa, que permite obter informações sobre o desenvolvimento de Decreto-Lei n.º
aprendizagens, com vista à definição e ao ajustamento de processos e estratégias 396/2007, de
pedagógicos; 31 de
b) a avaliação sumativa, que tem por função servir de base de decisão sobre a Dezembro
certificação. Portaria n.º

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 75 -


2. Os critérios de avaliação formativa são: 230/2008, de 7
de Março
a) a participação;
b) a motivação;
c) a aquisição e a aplicação de conhecimentos;
d) a mobilização de competências em novos contextos;
e) as relações interpessoais;
f) o trabalho em equipa;
g) a adaptação a uma nova tarefa;
h) a pontualidade e a assiduidade.
3. A avaliação sumativa é expressa, em função de o formando ter ou não atingido os objectivos
da formação, nos resultados:
a) com aproveitamento;
b) sem aproveitamento.

Artigo 215º.

Condições de Certificação

Para efeitos de certificação conferida pela conclusão de uma unidade de competência ou de


formação de curta duração, o formando deve obter uma avaliação com aproveitamento.

Secção IV

Ensino Recorrente de Nível Secundário por Módulos Capitalizáveis

Artigo 216º.
Decreto-Lei
Caracterização n.º74/2004, de
26 de Março
1. O ensino recorrente de nível secundário para módulos capitalizáveis corresponde a um Alterado pelo
modelo de ensino integrado no sistema de educação e formação de adultos, onde se encontra Decreto-Lei n.º
articulada a avaliação contínua, realizada em contexto de turma, com a capitalização de 24/2006, de 6
de Janeiro
módulos de aprendizagem.
2. Os programas curriculares são adequados à especificidade do ensino recorrente, valorizando Portaria n.º
os conteúdos e competências essenciais e estruturantes. 550-E/2004, de
3. Os cursos organizam-se por disciplina, em regime modular, com um referencial de 3 anos. 20 de Maio
Alterada pela
4. Em cada ano lectivo são leccionados 3 módulos de cada disciplina, e cada módulo é Portaria
leccionado num período lectivo, aproximadamente. n.º781/2006,
de 9 de Agosto
Artigo 217º.

Destinatários

O ensino recorrente por módulos capitalizáveis destina-se a alunos com idade igual ou superior a
dezoito anos que tenham completado o nono ano de escolaridade ou habilitação equivalente.

Artigo 218º.

Procedimentos

1. No acto da matrícula, o aluno deve optar pela modalidade de frequência presencial ou não
presencial, relativamente a cada uma das disciplinas e área não disciplinar em que se inscreve.
2. A matrícula efectua-se até ao dia 31 de Dezembro.
3. No momento da matrícula, o aluno deve apresentar as habilitações que possui até à data, não
só para comprovar a conclusão do ensino básico, mas também averiguar se pode usufruir de
equivalências a algumas disciplinas, caso tenha feito outro percurso do ensino secundário.
4. A alteração da modalidade de frequência é solicitada através de requerimento, dirigido ao

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 76 -


director, com fundamento em circunstâncias relevantes, devidamente comprovadas,
nomeadamente de natureza profissional.
5. Esta transição só é possível desde que o aluno não tenha ultrapassado o limite de faltas
injustificadas previsto na lei.
6. Em cada ano lectivo, a transição da modalidade de frequência não presencial para a
modalidade de frequência presencial só pode ocorrer até ao quinto dia após o início de cada
um dos períodos escolares, dependendo da existência de vaga nas turmas.
7. Tendo sido autorizado a alterar a modalidade de frequência presencial para não presencial,
numa determinada disciplina, o aluno, no ano lectivo seguinte, fica impedido de se matricular,
nessa mesma disciplina, na modalidade de frequência presencial, caso se verifique a situação
de abandono.
8. Tendo sido autorizado a alterar a modalidade de frequência presencial para não presencial,
numa determinada disciplina, e se tal ocorrer a meio de um período lectivo, são considerados
sem efeito todos os elementos de avaliação do módulo que o aluno se encontrava a frequentar.

Artigo 219º.

Assiduidade

1. Os alunos dos cursos de nível secundário que optarem pela modalidade de frequência
presencial estão sujeitos ao dever de assiduidade e às condições de exclusão nos termos legais.
2. No caso dos trabalhadores-estudantes, a transição imediata para a modalidade de frequência
não presencial ocorre logo que seja atingido o limite de faltas injustificadas.

Artigo 220º.

Avaliação

1. Os alunos que frequentam a disciplina em regime presencial são sujeitos a avaliação contínua
e a classificação em cada módulo é da responsabilidade do conselho de turma, que se reúne no
final de cada período.
2. Os que frequentam a disciplina em regime não presencial estão sujeitos à realização de
exames nas épocas de Janeiro, Abril e Junho, nos quais têm de ter classificação igual ou
superior a dez valores para obter aprovação no(s) módulos correspondente(s).
3. A capitalização dos módulos por exame tem de ser, obrigatoriamente, sequencial. Cada
exame pode incidir sobre um módulo só ou sobre um conjunto de três módulos que
corresponda a um ano lectivo.
4. Os alunos, que frequentam uma disciplina em regime presencial e não conseguirem ter
aprovação num módulo, podem realizar o exame correspondente a essa disciplina e a esse
módulo na época de exames imediatamente a seguir, como prova de recuperação, não
interrompendo assim o percurso normal.
5. A melhoria da classificação de uma disciplina (que resulta da média aritmética das notas de
todos os módulos) só é possível depois de concluída essa mesma disciplina, realizando um
exame que incide sobre toda a matéria de todos os módulos.

Secção V

Artigo 221º.

Educação Extra-Escolar

Os cursos de educação extra-escolar que funcionam na escola constam do anexo número um ao


presente regulamento.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 77 -


Capítulo IX

APOIO AOS ALUNOS

Secção I

Serviço de Psicologia e Orientação

Artigo 222º.

Atribuições

1. São atribuições do serviço:


Lei n.º 46/86,
a) contribuir para o desenvolvimento integral dos alunos e para a construção da sua de 14 de
identidade pessoal; Outubro
b) apoiar os alunos no seu processo de aprendizagem e de integração no sistema de
relações interpessoais da comunidade escolar; Decreto-Lei n.º
190/91, de 17
c) Prestar apoio de natureza psicológica e psicopedagógica a alunos, docentes, pais e de Maio
encarregados de educação, no contexto das actividades educativas, tendo em vista o
sucesso escolar, a efectiva igualdade de oportunidades e a adequação das respostas
educativas;
d) assegurar, em colaboração com outros serviços competentes, designadamente os de
educação especial, a detecção de alunos com necessidades especiais, a avaliação da
sua situação e o estudo das intervenções adequadas;
e) contribuir, em conjunto com as actividades desenvolvidas no âmbito das áreas
curriculares, dos complementos educativos e das outras componentes educativas não
escolares, para a identificação dos interesses e aptidões dos alunos de acordo com o
seu desenvolvimento global e nível etário;
f) promover actividades específicas de informação escolar e profissional, susceptíveis de
ajudar os alunos a situarem-se perante as oportunidades disponíveis, tanto no domínio
dos estudos e formações como no das actividades profissionais, favorecendo a
indispensável articulação entre a escola e o mundo do trabalho;
g) desenvolver acções de aconselhamento psicossocial e vocacional dos alunos,
apoiando o processo de escolha e o planeamento de carreiras;
h) colaborar em experiências pedagógicas e em acções de formação de docentes, bem
como realizar e promover a investigação nas áreas da sua especialidade.
2. A actividade dos serviços referidos no número anterior é desenvolvida por um psicólogo, por
docentes com formação e experiência adequadas, designados pelo director, podendo ainda
integrar outros técnicos.
3. Ao serviço é reconhecida autonomia técnico-científica.
4. O serviço desenvolve as suas actividades de acordo com um plano anual, que faz parte
integrante do plano anual de actividades da escola.

Artigo 223º.

Competências do Serviço de Psicologia e Orientação

As competências do Serviço de Psicologia e Orientação são as seguintes:


1. A nível do apoio psicopedagógico compete-lhe, designadamente:
a) colaborar com os docentes, prestando apoio psicopedagógico às actividades
educativas;
b) identificar e analisar as causas de insucesso escolar e propor as medidas tendentes à
sua redução;
c) proceder à avaliação global de situações relacionadas com problemas de
desenvolvimento, com dificuldades de aprendizagem, com competências e
potencialidades específicas e prestar o apoio psicopedagógico mais adequado;

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 78 -


d) colaborar na elaboração dos programas educativos individuais, ouvidos os restantes
intervenientes no processo educativo, e acompanhar as situações de colocação dos
alunos em regime educativo especial;
e) articular modalidades de complemento pedagógico, de compensação educativa e de
educação especial, tendo em vista tanto a individualização do ensino e a organização
de grupos de alunos como a adequação de currículos e de programas;
f) propor, de acordo com os pais e encarregados de educação em colaboração com os
serviços competentes, o encaminhamento de alunos com necessidades especiais para
modalidades adequadas de resposta educativa.
2. A nível do apoio ao desenvolvimento do sistema de relações da comunidade educativa
compete-lhe:
a) colaborar, na sua área de especialidade, com o director e com os órgãos de
administração e gestão da escola;
b) articular a sua acção com outros serviços especializados, nomeadamente das áreas da
saúde e da segurança social, de modo a contribuir para o correcto diagnóstico e
avaliação sócio-médico-educativa de crianças e jovens com necessidades especiais e
planear as medidas de intervenção mais adequadas;
c) estabelecer articulações com outros serviços de apoio sócio-educativo necessários ao
desenvolvimento de planos educativos individuais;
d) colaborar em acções de formação e participar na realização de experiências
pedagógicas;
e) colaborar, na sua área de especialidade, com docentes, pais ou encarregados de
educação e outros agentes educativos, na perspectiva do seu acompanhamento
psicossocial;
f) propor a celebração de protocolos com diferentes serviços, empresas e outros agentes
comunitários a nível local.
3. A nível da orientação escolar e profissional compete-lhes:
a) apoiar os alunos no processo de desenvolvimento da sua identidade pessoal e do seu
projecto de vida;
b) planear e executar actividades de orientação escolar e profissional, nomeadamente
através de programas a desenvolver com grupos de alunos ao longo do ano lectivo, e
de apoio individual ao seu processo de escolha;
c) realizar acções de informação escolar e profissional sob modalidades diversas,
garantindo a participação activa dos alunos na exploração das técnicas e materiais
utilizados;
d) colaborar na planificação e acompanhamento de visitas de estudo, experiências de
trabalho, estágios e outras formas de contacto dos alunos com o meio e o mundo das
actividades profissionais;
e) colaborar com outros serviços, designadamente do Instituto do Emprego e Formação
Profissional, na organização de programas de informação e orientação profissional;
f) desenvolver acções de informação e sensibilização dos pais e da comunidade em geral
no que respeita à problemática que as opções escolares e profissionais envolvem.

Artigo 224º.

Funções do Psicólogo

São funções do psicólogo as seguintes:


a) contribuir, através da sua intervenção especializada, para o desenvolvimento integral Decreto-lei nº
dos alunos e para a construção da sua identidade pessoal; 300/97, de 31
b) conceber e participar na definição de estratégias e na aplicação de procedimentos de de Outubro
orientação educativa que promovam o acompanhamento do aluno ao longo do seu
percurso escolar;
c) intervir, a nível psicológico e psicopedagógico, na observação, orientação e apoio dos
alunos, promovendo a cooperação de professores, pais e encarregados de educação
em articulação com os recursos da comunidade;

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 79 -


d) participar nos processos de avaliação multidisciplinar e interdisciplinar, tendo em
vista a elaboração de programas educativos individuais, e acompanhar a sua
concretização;
e) desenvolver programas e acções de aconselhamento pessoal e vocacional a nível
individual ou de grupo;
f) colaborar no levantamento de necessidades da comunidade educativa com o fim de
propor a realização de acções de prevenção e medidas educativas adequadas,
designadamente a situação específica de alunos também escolarizados no estrangeiro
ou cujos pais residam e trabalhem fora do país;
g) participar em experiências pedagógicas, bem como em projectos de investigação e em
acções de formação do pessoal docente e não docente;
h) colaborar no estudo, concepção e planeamento de medidas que visem a melhoria do
sistema educativo, acompanhar o desenvolvimento de projectos e as actividades de
educação para a saúde.

Artigo 225º.

Local de Funcionamento

1. O serviço dispõe de instalações próprias, adequadas ao exercício da sua actividade.


2. O director define o local de funcionamento e garante a prestação do apoio administrativo e
logístico necessário à prossecução dos seus objectivos.

Secção II

Necessidades Educativas Especiais de Carácter Prolongado

Artigo 226º.

Caracterização

1. As necessidades educativas especiais e respectivo tratamento pelas entidades do processo


educativo referem-se a alunos com limitações significativas, decorrentes de alterações Decreto-Lei n.º
funcionais e estruturais de carácter permanente, que resultam de dificuldades continuadas ao 3/2008, de 7 de
Janeiro
nível da comunicação, da aprendizagem, de mobilidade, da autonomia, do relacionamento
interpessoal e de participação social. Decreto-Lei n.º
2. O serviço docente afecto à referenciação e à avaliação dos processos de alunos com 21/2008, de 12
necessidades educativas especiais assume carácter prioritário, é de aceitação obrigatória, de Maio
sendo integrado na componente não lectiva dos horários de trabalho.

Artigo 227º.

Procedimentos de Referenciação

1. O aluno com necessidades educativas especiais pode ser referenciado no acto da matrícula Decreto-Lei n.º
através do relatório técnico-pedagógico, que integra o seu processo individual e que transita 3/2008, de 7 de
Janeiro
da escola de proveniência, ou ao longo do ano lectivo.
2. No segundo caso referido no número anterior, a referenciação pode ser feita por iniciativa dos Decreto-Lei n.º
pais ou encarregados de educação, do director de turma, dos docentes, do docente de educação 21/2008, de 12
especial ou do serviço de psicologia e orientação. de Maio
3. A avaliação segundo a checklist dos casos referenciados será efectuada com referência à
classificação internacional da funcionalidade (CIF), no âmbito da área de actuação dos
respectivos serviços e solicitada pelo director da escola.
4. O relatório técnico-pedagógico decorrente da primeira avaliação, onde se identifica o perfil de
funcionalidade do aluno, é entregue ao director que assegura a mobilização dos pais ou
encarregados de educação, desencadeia os mecanismos subsequentes previstos na lei,
recorrendo aos centros de saúde e centros de recursos especializados sempre que se justifique,
e, finalmente, realiza a respectiva homologação.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 80 -


Artigo 228º.

Programa Educativo Individual (PEI)

1. Para cada aluno com necessidades educativas especiais é constituído um programa educativo
individual que envolve e responsabiliza a escola e os pais ou encarregados de educação e que, Decreto-Lei n.º
3/2008, de 7 de
definindo-se como um instrumento de trabalho dinâmico, deve dar resposta às suas Janeiro
necessidades de aprendizagem.
2. O PEI é elaborado pelo director de turma, pelo docente de educação especial, pelo Decreto-Lei n.º
encarregado de educação, pelo SPO e, sempre que necessário, por outros serviços. 21/2008, de 12
de Maio
3. Com o objectivo de garantir o sucesso destas aprendizagens e de promover a participação e a
integração dos alunos na comunidade escolar, podem ser implementadas as seguintes medidas
educativas previstas na lei:
a) apoio pedagógico personalizado;
b) adequações curriculares individuais;
c) adequações no processo de matrícula;
d) adequações no processo de avaliação;
e) currículo específico individual;
f) tecnologias de apoio.
4. As medidas enumeradas anteriormente pressupõem a planificação de estratégias e de
actividades, que devem ser definidas de acordo com as orientações do projecto educativo da
escola e contempladas no plano anual de actividades.
5. Os procedimentos desencadeados desde a referenciação até à aprovação do programa
educativo individual pelo conselho pedagógico devem ser cumpridos no prazo de 60 dias.
6. Compete ao conselho pedagógico elaborar o modelo de programa educativo individual a
vigorar na escola e, posteriormente, aprovar o programa educativo individual a aplicar.
7. A coordenação do programa educativo individual é da responsabilidade do director da turma
que o aluno integra e a sua aplicação carece de autorização do encarregado de educação.

Artigo 229º.

Avaliação

1. A avaliação da implementação do programa educativo individual é realizada de forma


contínua, sendo formalizada: Decreto-Lei n.º
3/2008, de 7 de
a) no final de cada período lectivo, em conselho de turma; Janeiro
b) no final do ano lectivo, através de um relatório técnico-pedagógico circunstanciado
em relação aos resultados obtidos e contendo propostas de manutenção ou de Decreto-Lei n.º
21/2008, de 12
alteração do programa educativo do aluno. de Maio
2. O relatório referido na alínea b) do número anterior é elaborado conjuntamente pelo director
de turma, pelo docente de educação especial, pelo psicólogo e, eventualmente, outros
técnicos, sendo aprovado pelo conselho pedagógico e pelos pais ou encarregados de educação.

Artigo 230º.

Docente de Educação Especial Decreto-Lei n.º


51/2009, de …
1. Fazem parte da educação especial docentes com formação especializada para qualquer um dos de 27 de
grupos de recrutamento previstos na lei para a educação especial e outros docentes sem Fevereiro
formação especializada designados para o efeito.
2. O docente de educação especial tem por função prestar apoio educativo à escola no seu ECD
conjunto, ao docente, ao aluno e à família, na organização e gestão dos recursos e medidas
diferenciados a introduzir no processo de ensino/aprendizagem;
3. As competências do docente de apoio educativo são as seguintes: Decreto-Lei
n.º3/228, de 7
a) colaborar com o director, com as restantes estruturas de coordenação pedagógica da de Janeiro
escola e com o SPO, na detecção de necessidades educativas especiais e na

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 81 -


organização e incremento dos apoios educativos adequados;
Lei n.º
b) contribuir para a diversificação de estratégias e métodos educativos de forma a 21/2008, de 12
promover o desenvolvimento e a aprendizagem; de Maio
c) colaborar com o director, com as restantes estruturas de coordenação pedagógica da
escola e com os docentes na gestão flexível dos currículos e na sua adequação às Despacho
capacidades e aos interesses dos alunos, bem como às realidades locais; conjunto
n.º105/2007,
d) colaborar na implementação e desenvolvimento das medidas definidas para os alunos de 30 de Maio
com necessidades educativas especiais;
e) apoiar os alunos e respectivos docentes, no âmbito da sua área de especialidade, nos
termos que forem definidos no plano educativo da escola;
f) participar na melhoria das condições do ambiente educativo da escola numa
perspectiva de fomento da qualidade e da inovação educativa.

Secção III

Apoio Pedagógico Acrescido

Artigo 231º.

Âmbito de Aplicação

1. O apoio pedagógico acrescido é facultado, sempre que possível em grupo ou individualmente,


aos alunos que se encontrem nas seguintes situações:
a) manifestem interesse pela aprendizagem;
b) demonstrem dificuldades na aprendizagem apesar do trabalho e esforço
desenvolvidos;
c) revelem lacunas significativas nas aprendizagens e competências consideradas pré-
requisitos para o prosseguimento do seu percurso escolar.
2. O apoio pedagógico acrescido é aprovado pelo conselho de turma, após proposta devidamente
fundamentada do(s) docente(es).
3. O director, ouvido o conselho pedagógico, define o apoio pedagógico acrescido a ser
facultado aos alunos.
4. A frequência das aulas de apoio pedagógico, acrescido carece de autorização dos pais e
encarregados de educação.

Artigo 232º.

Critérios de Atribuição

1. A proposta de alunos para aulas de apoio pedagógico acrescido deve obedecer aos seguintes
critérios:
a) os alunos devem ser empenhados e assíduos;
b) os alunos devem revelar falta de pré-requisitos, não podendo tal carência ser
ultrapassada sem um apoio mais individualizado;
c) os alunos devem apresentar dificuldades específicas de aprendizagem não colmatadas
com o trabalho e o empenho quotidiano;
d) os alunos, cujas classificações obtidas, mesmo que positivas, não correspondem ao
trabalhado desenvolvido e reconhecido;
e) os alunos devem manifestar interesse na frequência destas aulas;
f) os alunos devem revelar interesse e empenho para ultrapassarem as dificuldades;
g) os alunos devem demonstrar vontade de melhorar a sua capacidade de compreensão e
expressão, desenvolvendo um trabalho regular.
2. A composição de turmas de apoio não deve integrar mais de cinco alunos se forem da mesma
turma, ou de três, se forem de turmas diferentes.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 82 -


3. Apenas nas situações previstas na lei poderão ser atribuídas aulas de apoio em mais de três
disciplinas.
4. Nos casos em que as propostas de alunos para aulas de apoio não sejam aprovadas em
conselho de turma, as mesmas carecem de aprovação do conselho pedagógico.
5. Os alunos a quem sejam propostas aulas de apoio no conselho de turma de avaliação no final
do ano lectivo, quando transitem, devem iniciá-las logo que comece o ano lectivo seguinte.
6. A entrega de propostas de apoio deve ser feita no momento da avaliação intercalar ou no final
de cada período lectivo.

Capítulo X

Complemento curricular

Secção I

Biblioteca Escolar

Artigo 233º.

Noção de Biblioteca Escolar

1. A biblioteca escolar constitui um “centro de recursos educativos” multimédia, que integra, Despacho n.º
17860/2007,
entre outros, livros, programas informáticos, periódicos, registos de conteúdos vídeo e áudio, de 13 de
filmes e CD-ROM, ao dispor dos alunos, de docentes e, em condições especiais, de outros Agosto
elementos da comunidade escolar.
2. A biblioteca da Escola Secundária José Saramago elabora o seu regimento que é aprovado em
conselho pedagógico.
3. A biblioteca é representada em conselho pedagógico pelo coordenador da equipa educativa.
4. A biblioteca da Escola Secundária José Saramago integra-se na rede de bibliotecas escolares.

Artigo 234º.

Organização e Funcionamento

A organização e funcionamento da biblioteca regem-se pelos seguintes princípios:


a) gestão racional do acervo documental;
b) apoio aos utilizadores que integram o livre acesso, o empréstimo domiciliário, o uso
nas salas de aula ou outros espaços escolares;
c) sistema de registo de autorizações/comprovativos a/de utilizadores.

Artigo 235º.

Objectivos da Biblioteca

São objectivos essenciais da biblioteca escolar os seguintes:


a) tornar possível a plena utilização dos recursos existentes e dotar a escola de um fundo
documental adequado às necessidades das diferentes disciplinas e projectos de
trabalho;
b) permitir a integração dos materiais impressos, audiovisuais e informáticos e favorecer
a constituição de conjuntos documentais, organizados em função de diferentes temas;
c) desenvolver nos alunos competências e hábitos de trabalho, baseados na consulta,
tratamento e produção de informação;
d) estimular nos alunos o prazer de ler e o interesse pela ciência, pela arte e pela cultura;
e) responder às solicitações dos docentes na planificação das suas actividades de ensino
e na diversificação de situações de aprendizagem;

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 83 -


f) associar a leitura, os livros e a frequência da biblioteca à ocupação lúdica dos tempos
livres.

Artigo 236º.

Coordenação e Composição da Equipa Educativa

1. A coordenação dos serviços técnicos-pedagógicos da biblioteca é da competência de um


docente, designado pelo director, por um período de dois anos.
2. O docente coordenador da equipa educativa deve preencher os seguintes requisitos:
a) possuir experiência no domínio da animação pedagógica;
b) possuir experiência no domínio da gestão de projectos;
c) possuir experiência no domínio da gestão de informação e das ciências documentais.
3. Da equipa educativa fazem ainda parte três docentes, designados anualmente pelo director,
ouvido o parecer do coordenador.
4. Da equipa educativa fazem parte dois assistentes operacionais.

Artigo 237º.

Funções do Docente Coordenador

São funções do docente coordenador:


a) promover a integração da biblioteca na escola;
Despacho n.º
b) assegurar a gestão da biblioteca e dos recursos humanos e materiais a ela afectos; 17860/2007,
c) definir e operacionalizar, em articulação com o director, as estratégias e actividades de 13 de
de política documental da escola; Agosto
d) coordenar uma equipa, previamente definida com o director;
e) favorecer o desenvolvimento das literacias, designadamente da leitura e da
informação, e apoiar o desenvolvimento curricular;
f) promover o uso da biblioteca e dos seus recursos, dentro e fora da escola;
g) assegurar parcerias com o gabinete da rede das bibliotecas escolares, o grupo das
bibliotecas escolares do concelho de Mafra e a biblioteca municipal;
h) representar a biblioteca escolar no conselho pedagógico.

Artigo 238º.

Funções da Equipa Educativa

São funções da equipa educativa:


a) elaborar, em conjunto com o docente coordenador, a proposta de política documental
da escola;
b) elaborar anualmente um plano de actividades, que integra o plano anual de
actividades da escola, devendo o mesmo respeitar o projecto educativo da escola e os
objectivos específicos da biblioteca;
c) elaborar o regimento da biblioteca;
d) executar todas as funções inerentes à prossecução dos objectivos da biblioteca escolar.

Artigo 239º.

Colaboradores

A biblioteca gere, nos termos do seu regimento, o produto resultante da colaboração, espontânea ou
solicitada, dos alunos, docentes, pessoal não docente, encarregados de educação e outros membros
da comunidade educativa.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 84 -


Artigo 240º.

Dotação orçamental

Ao funcionamento da biblioteca é anualmente afecta uma verba do orçamento da escola, que prevê
o investimento na actualização do seu fundo documental e equipamentos, bem como as suas
despesas correntes.

Secção II

Visitas de Estudo

Artigo 241º.

Conceito de Visita de Estudo

1. Visita de estudo é uma actividade decorrente do projecto educativo da escola e integrada no Ofício-
plano anual de actividades. Circular n.º2,
de 4-01-2005
2. As visitas de estudo assumem carácter facultativo.

Artigo 242º.

Preparação e Avaliação das Visitas de Estudo


Ofício-
1. As visitas de estudo devem ser planificadas tendo em conta os seguintes itens: Circular n.º2,
de 4-01-2005
a) objectivos específicos;
b) guiões de exploração do(s) local(ais) a visitar;
c) aprendizagens e resultados esperados;
d) regime de avaliação dos alunos e do projecto;
e) calendarização e roteiro da visita;
f) docente (s) a envolver (1 docente por cada 15 alunos).
2. As propostas de visitas de estudo devem ser registadas na aplicação GATo para posterior
apreciação pelo conselho pedagógico.
3. As visitas de estudo são aprovadas pelo conselho geral.
4. As entregas das planificações das visitas de estudo, ao director, devem ser feitas com a
antecedência de três dias.
5. A aprovação e autorização explícitas dos pais e encarregados de educação são condições
indispensáveis para que os alunos possam participar na visita.
6. Para cumprir este requisito, o(s) docente(es) dinamizador(es) ou o director de turma devem
comunicar aos encarregados de educação os projectos de visitas de estudo e obter a sua
autorização, que deve ficar registada nos documentos próprios para o efeito.
7. Após aprovação o docente dinamizador deve:
a) dirigir-se aos serviços administrativos com a antecedência mínima de 8 dias úteis e
requisitar por escrito o transporte necessário;
b) colocar, no livro de ponto, nos livros de ponto anexos e na bolsa do docente de
educação física, com a antecedência de 3 dias, a lista dos alunos participantes na visita
de estudo;
c) entregar um exemplar da lista referida na alínea anterior nos serviços administrativos;
d) recolher, atempadamente, junto dos alunos, o montante necessário ao pagamento da
visita;
e) entregar, nos serviços administrativos, o montante referido na alínea anterior;
f) entregar ao director o plano de actividades de substituição a desenvolver pelos alunos
da turma não participantes na visita de estudo e pelos alunos de outras turmas dos
professores participantes na visita.
8. Os docentes acompanhantes devem entregar ao director o plano de actividades de substituição
a desenvolver pelos alunos não participantes na visita e pelos alunos não envolvidos na visita,

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 85 -


com a antecedência de três dias.
9. Os docentes acompanhantes devem cumprir os deveres de vigilância e custódia, exercendo
uma supervisão constante.
10. Os pais e encarregados de educação são responsabilizados por eventuais danos que os alunos
causem no decurso da visita, se tais danos não estiverem cobertos pelo seguro escolar,
independentemente de qualquer procedimento disciplinar.
11. Os alunos que desistam de participar numa visita de estudo não são reembolsados do valor
que tenham entregue.
12. Os alunos e os docentes participantes numa visita de estudo estão dispensados das aulas no
tempo lectivo imediatamente anterior à hora da partida e no tempo lectivo imediatamente
posterior à do regresso.
13. Os docentes envolvidos na realização de uma visita de estudo devem apenas numerar a(s)
aula(s) e assinar o(s) livro(s) de ponto da(s) turma(s) que acompanham, se todos os alunos
participarem.
14. Os alunos que não participam e os das outras turmas desses docentes terão aulas/actividades
de substituição.
15. As visitas de estudo devem realizar-se preferencialmente durante os primeiro e segundo
períodos lectivos.
16. As visitas de estudo em território nacional com duração superior a 3 dias e qualquer visita ao
estrangeiro, independentemente da sua duração, requerem autorização da tutela.
17. Depois de realizada, a visita de estudo deve ser objecto de avaliação e os seus resultados
registados na aplicação GATo no prazo máximo de 5 dias úteis.

Secção III
Decreto-Lei n.º
Desporto Escolar 95/91 de 26 de
Fevereiro
Artigo 243º. (Alterado pelos
Decretos-Leis
nºs 133/93 e
Caracterização 141/93, ambos
de 29 de Abril
Entende-se por desporto escolar o conjunto das práticas lúdico-desportivas e de formação com
objecto desportivo, desenvolvidas como complemento curricular e ocupação dos tempos Decreto-Lei n.º
165/96, de 5 de
livres, num regime de liberdade de participação e de escolha, integradas no plano de Setembro
actividade da escola e coordenadas no âmbito do sistema educativo.

Artigo 244º.

Organização Decreto-Lei n.º


95/91 de 26 de
1. A organização do desporto escolar é da responsabilidade do director, que define a composição Fevereiro
(Alterado pelos
do respectivo núcleo. Decretos-Leis
2. O núcleo de desporto escolar articula a sua actividade com o órgão competente da respectiva nºs 133/93 e
estrutura de coordenação da direcção regional de educação. 141/93, ambos
3. Sempre que possível, os horários lectivos integram uma manhã ou uma tarde semanal de 29 de Abril
reservada à prática desportiva, independentemente das outras actividades correntes do núcleo
Decreto-Lei
de desporto escolar e sem prejudicar a actividade curricular, designadamente os horários de n.º 165/96, de
educação física. 5 de Setembro
O núcleo de desporto escolar da escola permite que os alunos desenvolvam as suas aptidões e
competências no âmbito de diversas modalidades.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 86 -


Artigo 245º. Decreto-Lei n.º
95/91 de 26 de
Fevereiro
Núcleo do Desporto Escolar (NDE) – Composição (Alterado pelos
Decretos-Leis
1. O núcleo do desporto escolar é coordenado por um docente de educação física, designado, nºs 133/93 e
anualmente, pelo director. 141/93, ambos
de 29 de Abril
2. Integram o núcleo do desporto escolar, para além do coordenador, todos os docentes Decreto-Lei n.º
responsáveis pelos “grupos-equipas”, bem como todos os alunos praticantes. 165/96, de 5 de
Setembro
Artigo 246º.

Docente Coordenador do Desporto Escolar

1. Compete ao docente coordenador do desporto escolar:


a) elaborar, em conjugação com os docentes intervenientes no processo e de acordo com Decreto-Lei n.º
as directivas superiormente determinadas, o planeamento, a programação e o 95/91 de 26 de
orçamento anual das actividades do desporto escolar e assegurar que estas estejam Fevereiro
integradas no plano anual de actividades da escola; (Alterado pelos
Decretos-Leis
b) incentivar o desenvolvimento de um quadro de práticas desportivas aberto à nºs 133/93 e
participação da generalidade da respectiva população escolar; 141/93, ambos
c) fomentar a participação dos alunos na gestão do desporto escolar, intervindo no de 29 de Abri
desenvolvimento, organização e avaliação das respectivas actividades;
d) enviar, sob a forma de projecto, o programa e o orçamento do desporto escolar para o Decreto-Lei
órgão competente da respectiva estrutura de coordenação da direcção regional de n.º 165/96, de
educação, através dos órgãos de administração e gestão da escola, de forma que o 5 de Setembro
mesmo passe a fazer parte do planeamento regional do desporto escolar;
e) apresentar ao director, no final do ano lectivo, relatório crítico do trabalho
desenvolvido.
2. O docente coordenador do desporto pode ser responsável por um “grupo-equipa”.

Artigo 247º.

Docente Responsável pelo Grupo-Equipa

1. Compete ao docente responsável pelo “grupo-equipa” colaborar com o coordenador de


desporto escolar na planificação e dinamização das actividades internas e externas da escola,
em especial na modalidade ou projecto de que é responsável.
2. Os docentes responsáveis pelos “grupos-equipas” devem acompanhar e enquadrar os alunos
de que são responsáveis nas actividades de competição externa em que a escola participe.

Artigo 248º.

Participação dos Alunos

1. A participação dos alunos é feita mediante inscrição junto do docente coordenador do NDE.
2. Os alunos só poderão participar, na mesma modalidade, num “grupos-equipas”.
3. Os alunos poderão participar no máximo em duas modalidades.
4. Os alunos que se queiram inscrever nas diferentes actividades do desporto escolar terão de
apresentar, por escrito, ao coordenador do desporto escolar, uma autorização do encarregado
de educação.
5. Só podem participar em competições em representação da escola, quer em competição
individual quer colectiva, alunos que treinem regularmente com o respectivo “grupos-
equipas”, e que apresentem previamente autorização do encarregado de educação.
6. A participação em competições, por parte dos alunos é da inteira responsabilidade do docente
responsável pelo “grupos-equipas” e da escola.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 87 -


Secção IV

Artigo 249º.

Actividades de Ocupação dos Tempos Escolares

1. A ocupação dos tempos escolares dos alunos processa-se através de:


a) aulas de substituição;
b) actividades de substituição.
2. As aulas de substituição ocorrem em caso de falta previsível do docente, observando-se o
seguinte:
a) as aulas de substituição são obrigatórias;
b) os alunos aguardam pela chegada do docente substituto;
c) o docente substituto desenvolve as actividades previstas no âmbito da disciplina
marcada no horário.
3. Caso não seja possível ocorrer a aula de substituição terá lugar uma actividade de
substituição.
4. As actividades de substituição realizam-se em caso de falta não previsível ou falta previsível
que não seja substituída por aula do docente observando-se o seguinte:
a) os alunos aguardam pela chegada do docente que procede à chamada e consequente
marcação de faltas;
b) o docente substituto desenvolve uma actividade de substituição indicada no dossier da
turma, no âmbito da disciplina cujo docente faltou ou desenvolve uma actividade de
substituição de sua iniciativa;
c) o docente substituto regista, no livro de ponto, o sumário da aula / actividade
realizada;
d) os alunos podem não realizar a actividade de substituição quando fundamentarem a
necessidade de se deslocarem para a biblioteca e neste caso ser-lhes-á marcada falta;
e) na situação referida na alínea anterior o aluno preenche um impresso do qual consta a
hora de entrada e saída do local e assinado pelo responsável da biblioteca;
f) o aluno portador do impresso referido na alínea anterior dirige-se à sala de origem,
dez minutos antes do toque de saída e entrega-o ao docente substituto que anulará a
falta marcada;
g) caso não seja possível dar cumprimento ao previsto na alínea anterior, o aluno deve
entregar o impresso ao director de turma, que pondera a possibilidade de justificar a
falta marcada.

Capítulo XI

ACÇÃO SOCIAL ESCOLAR

Artigo 250º.

Âmbito

1. A acção social escolar tem como objectivo a promoção da equidade e da igualdade de


oportunidades.
2. A acção social escolar exerce-se nos seguintes domínios:
a) programa de alimentação e nutrição;
b) programa de acção social escolar.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 88 -


Secção I

Programa de Alimentação e Nutrição

Artigo 251º.

Refeitório Escolar

1. O fornecimento das refeições escolares visa assegurar uma alimentação equilibrada e


adequada às necessidades da população escolar.
2. O preço das refeições a fornecer aos alunos é fixado, anualmente, pelo ministério da
educação.
3. As refeições são fornecidas pelos serviços de uma empresa de catering seleccionada pelo
ministério da educação.
4. O preço das refeições a fornecer ao pessoal docente e pessoal não docente da escola é o
estipulado para o fornecimento nos refeitórios dos serviços e organismos da administração
pública.
5. Os alunos e outros utentes do refeitório devem marcar até à véspera (19:00 horas) a refeição
nos quiosques existentes para o efeito ou através da página electrónica da escola. Após este
horário e até às 10:15 horas do próprio dia, podem reservar refeição, mediante o pagamento de
uma taxa adicional estabelecida na lei. A escola não garante, diariamente, a existência destas
marcações suplementares.
6. A anulação de uma refeição marcada deve ser feita nos quiosques até às 10:15 horas do dia de
consumo dessa refeição.
7. As ementas das refeições a fornecer devem ser afixadas junto à papelaria perto do refeitório
escolar, antecipadamente, e inseridas na página dos quiosques, sempre que possível no final
da semana anterior.

Artigo 252º.

Bufete Escolar

1. O bufete constitui um serviço complementar de alimentação escolar destinado a apoiar os


alunos numa política alimentar correcta, em ambiente condigno, completando a função
educativa da escola.
2. Para adquirir os produtos deve ser sempre feito carregamento antecipado do cartão electrónico
na papelaria.
3. O bufete destina-se a alunos, pessoal docente e pessoal não docente.
4. Os serviços do bufete poderão estar a cargo de uma empresa de catering, concessionada
através de concurso público nos termos da lei.

Secção II

Programa de Acção Social Escolar

Artigo 253º.

Apoios de Acção Social Escolar

1. Os apoios de acção social são formas de apoio destinadas aos alunos inseridos em agregados
familiares cuja situação sócio-económica determina a necessidade de comparticipações para
fazer face aos encargos, directos ou indirectos, relacionados com a frequência do ensino
secundário.
2. Os apoios de acção social escolar contemplam as seguintes comparticipações:
a) compra de livros escolares (na papelaria indicada pela escola);
b) aquisição de material escolar (a levantar na papelaria da escola);
c) compra da senha de almoço no refeitório da escola.
3. Os alunos carenciados beneficiam dos três tipos de apoio constantes do número anterior.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 89 -


4. Os alunos candidatos a apoios de acção social têm de preencher, anualmente, o boletim de
candidatura, à venda na papelaria da escola, acompanhado da declaração da segurança social
com o escalão de abono atribuído ao aluno.
5. As candidaturas referidas no ponto anterior só são aceites até ao dia trinta e um de Outubro de
cada ano lectivo.
6. Na situação de desemprego, deve ser apresentada declaração passada pelo centro de emprego
da zona de residência comprovativa da situação de desemprego e documento emitido pelo
centro regional de segurança social referente ao montante do subsídio auferido, a considerar
para o cálculo do rendimento per capita.
7. A correlação entre as capitações mensais e os apoios complementares a atribuir para apoio
sócio-económico aos alunos é apresentada, anualmente, pelo ministério da educação.

Artigo 254º.

Papelaria Escolar

1. Na papelaria escolar, os alunos podem adquirir material escolar diverso.


2. As verbas decorrentes dos eventuais lucros de gestão da papelaria escolar são aplicadas,
prioritariamente, pela própria escola nas seguintes acções:
a) aquisição de livros e material escolar a distribuir pelos alunos com menores recursos
económicos;
b) aquisição de livros e de software educativo para renovação e actualização do centro
de recursos;
c) aquisição de livros para atribuição de prémios em concursos realizados na escola.
3. Todos os elementos da comunidade escolar podem carregar os respectivos cartões
electrónicos na papelaria.

Artigo 255º.

Isenção de Propinas
Portaria n.º
1. A atribuição de auxílios económicos a alunos do ensino oficial implica a isenção de propinas 297/79, de 25
do respectivo beneficiário. de Junho
2. O aluno que tenha usufruído de isenção de propinas fica, durante o respectivo ano lectivo
isento do pagamento de taxas, emolumentos e impostos do selo devidos por diplomas e
certidões de habilitações literárias.
3. Nos demais aspectos não especificados, a isenção de propinas rege-se pelo disposto nos
normativos da lei.

Artigo 256º.

Bolsas de Mérito a Alunos Carenciados

1. Por "Bolsa de Mérito" entende-se a prestação pecuniária anual destinada à comparticipação


dos encargos inerentes à frequência do ensino secundário.
2. Entende-se por mérito a obtenção da classificação média anual igual ou superior a 14 valores. Decreto-Lei
3. Pode candidatar-se à atribuição de bolsa de mérito o aluno que satisfaça, cumulativamente, as n.º35/90, de 25
seguintes condições: de Janeiro
a) encontrar-se em situação de ser abrangido por auxílios económicos, no âmbito da
acção social escolar;
b) ter obtido classificação no ano lectivo anterior que revele o mérito, nos termos do
número 2 deste artigo.
4. A candidatura à bolsa de mérito é apresentada pelo encarregado de educação do aluno, em
simultâneo com o pedido de auxílios económicos referido na alínea a) do número anterior.
5. O prazo de entrega das candidaturas é o final do primeiro período.
6. A candidatura é enviada pela escola à respectiva direcção regional de educação, devidamente
instruída com a indicação de atribuição dos auxílios económicos a que se refere a alínea a) do
número 3.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 90 -


7. O valor da bolsa de mérito é fixado por despacho do ministro da educação.
8. A bolsa de mérito é integralmente suportada pelo estado a fundo perdido e é anualmente
processada em três prestações, a pagar uma em cada período lectivo.

Artigo 257º.

Seguro Escolar

1. O seguro por acidente escolar abrange todos os alunos que se encontrem matriculados e a
frequentar esta escola.
2. O seguro escolar garante a cobertura financeira da assistência a prestar ao aluno sinistrado
abrangido por aquele, complementarmente aos apoios assegurados pelos sistemas,
subsistemas e seguros de protecção social e de saúde de que este seja beneficiário.
3. Qualquer aluno que sofra um acidente de actividade escolar tem, obrigatoriamente, de dar
conhecimento aos serviços de acção social escolar.
4. Considera-se acidente de actividade escolar o evento resultante da causa externa, súbita,
fortuita ou violenta, ocorrido no local e tempo de actividade escolar.
5. Indisposições físicas ocasionais não são abrangidas pelo seguro escolar.
6. Considera-se como escolar, para efeitos deste seguro, a actividade desenvolvida com o
consentimento e responsabilidade das autoridades escolares, sob orientação e
acompanhamento docente, designadamente:
a) o trabalho escolar realizado pelos alunos nas salas de aula ou fora delas;
b) os trabalhos efectuados em laboratório, oficinas e estágios dos cursos do ensino
técnico e profissional;
c) a actividade desenvolvida em ginásios ou parques desportivos e a participação em
sessões educativas de qualquer natureza;
d) as actividades recreativas ou culturais realizadas nas instalações escolares ou em
espaços cedidos à escola para esse fim;
e) a prática do desporto, nas instalações escolares ou em espaços cedidos para esse fim,
ou em competições organizadas pelos serviços competentes do ministério da
educação;
f) os passeios ou visitas de estudo e excursões no país, nas condições legais;
g) as actividades de ocupação dos tempos livres, incluindo as actividades organizadas
entre a escola e a comunidade, nomeadamente em colaboração com os serviços do
ministério da educação;
h) a actividade decorrente da utilização normal do refeitório e bufete escolares, incluindo
o risco de intoxicação proveniente da ingestão de alimentos ali comprovadamente
fornecidos, sem prejuízo de eventuais responsabilidades de terceiros que venham a ser
apuradas em inquérito;
i) as actividades decorrentes da utilização normal e necessária de outros serviços ou
instalações da escola;
j) qualquer outro acidente que tenha como causa próxima uma doença de que o aluno
seja, eventualmente, portador, desde que ocorra no local da escola e dentro do horário
das actividades escolares.
7. Considera-se ainda como equiparado a actividade escolar, para efeitos deste seguro, o trajecto
casa-escola e regresso.
8. O transporte do sinistrado no momento do acidente será o adequado à gravidade da lesão.
9. A assistência médica e farmacêutica é prestada ao sinistrado nos serviços dos hospitais civis
ou centro de saúde.
10. O assistente operacional que acompanhar o aluno acidentado levantará no PBX uma ficha
feita em duplicado, com a identificação do aluno, entregando o original no serviço de saúde,
sendo o duplicado entregue no SASE.
11. O serviço de saúde tratará directamente com o SASE a liquidação das despesas inerentes à
assistência ao aluno.
12. O aluno deverá entregar no SASE os documentos comprovativos das despesas relacionadas
com o acidente, acompanhados das respectivas receitas e prescrições médicas.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 91 -


DISPOSIÇÕES FINAIS

Artigo 258º.

Casos Omissos

As situações não regulamentadas são resolvidas nos termos da legislação em vigor, ou pelos órgãos
de gestão e administração da escola, após parecer do conselho geral.

Artigo 259º.

Estrutura do Regulamento Interno

O presente regulamento interno é constituído pelo documento principal e por seis anexos que o
complementam.

Artigo 260º.

Revisão do Regulamento Interno

1. O presente regulamento interno pode ser revisto, ordinariamente quatro anos após a sua Decreto-Lei n.º
aprovação pelo conselho geral transitório e, extraordinariamente, a todo o tempo, por 75/2008, de 22
deliberação do conselho geral, aprovada por maioria absoluta dos membros em efectividade de Abril
de funções.
2. O presente regulamento interno foi aprovado pelo conselho geral transitório em 26-05-2009.

Regulamento Interno da Escola Secundária José Saramago – Mafra - 92 -

You might also like