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CIENCI Mem QUADRINHOS-6 Ne 6 0 10 + JUNH an Cr$ 4,00 GN = BS” fste i ) Nimero Contem * A DERROTA DA FEBRE LA Miskin LY, Waly, Reed) * Alum PELQ JANEAMEN Tp DO BRAS : bin bps edters Ugioniisting) * MILAGRES DA CIRURGIA / (Hittin te Ds, Letty, ) * * ONO tl) W. PME At ns Da Febre Amarela © (HISTORIA DO DR. WALTER REED) registrou a ocorréncia désse flagelo foi na América Nova Onléans — Nova York 7 — Baltimore — Boston — Fitaoduna NOV YORK 1668, cada qual, por tumo, se con- ea aye Yertia numa cidade morta! ® Sa eels es S sAMORE 98 MOBILE 1705 yp/ fatais! Por téda parte, o terror Renee envolvente, 0 pinico ego... E'a causa? Uma das mais temiveis doengas. conhecidas pelo homem.-- ? ie Reet as Dali, cla se propagou rapidamente — recrudescendo com tremenda fiiria € ferocidade. . . Uma das mais in Se ao menos essa peste devasto : encontréssemos uma pista para descobrir ¢ causa Fujamos para salvar a vida! Sendo, ea dessa doenca! ‘do escapari ninguém! ee és Todas as estradas que vém da cidade . estdo apinhadas! La %6_ ficaram ‘08 mortos € 08 agonizantes! : eee Partiremos \ ee imediatamente, senhor. Nomeamo-lo chefe de uma comisséo para ‘© combate 4 febre ‘amarela entre 0s nossos soldados sediados em Cuba. Os outros membros da Comissdo serdo os Doutores James Carroll, A. Agramonte ¢ Jesse Lazear! CIENCIA EM QUADRINHOS * Nt 6 MAIO — JUNHO DE 1958. % PAGINAS Em primeiro lugar, vamos descoberto sébre a febre el Le Sabemos que a epidemia ‘geralmente comeca em lugares rever tudo que se tem baixos ¢ timidos, nas cercanias Também, quando néo hé vento, a doenga nao se dissemina. Mas quando sopra vento forte, @ febre amarela aparece em seu caminho. ee A progressio de casos aumenta no calor, cessa com o frio Rem { de portos Escutem! Em quase todos os antigos relatos de epidemias, os mosquitos sio mencionados como particularmente abundantes ao tempo dos surtos da doenca. Todos ésses fatos parecem acordarse com as condigbes necessérias a proliferacao dos mosquitos. Meus senhores, O MOSQUITO £0 SUSPEITO NUMERO UM! ‘Outros, em Havana, tinham a mesma idéia... Cita remos 0 Dr. Charles W. Finley e 0 Dr. Henry G. . QUA comissdo estudari © trabalho por mim realizado @ sua teoria, me convenceu de que é Doutor Finley’ mosquito chamado Tiraremos OMYIA que transporta )\ uma conclusdo. @ febre amarela do doente ao sao. Empreendewse entio\ uma pe- rigosa experiénéia. Deixava.se os estegomias (agora chamados Aedes") picarem pacientes ago- nizantes de febre amarela. De- pois, membros da Comissio Submetiam-se, voluntariamente, Bs picadas dos mesmos mos quitos! ‘Quero ser 0 seguinte ‘@ receber as picadas désses mosquitos, Doutor Carroll! Nao, Doutor Reed! kstd com @ responsabilidade da chefia dos nostos trabalhos aqui, fe ndo pode correr 0 risco de adoecer! Nos 6 que seremos os pacientes desta experiencia! MAIO — JUNHO DE 1954 % PAGINA CIENCIA EM QUADRINHOS %* ON. 6 rc Assit féz um apélo para obter mais co- Be |(° Bevin tage oom oor) | | Heel atte ace conseqtiéncia Foi um martir da ciéncia! Semele ear Aishelio) ests 63} sevens pelo da experiencia, — splaneioe: ato de Farnos-é muita falta no verdadeira prosseguimento coragem, da experimentacao. Carroll Necessitemos de provas © Lazear ‘mais conclusivas. adoceeram Pouco tempo depois, Lazear falecia Nenhum A dex dos yoluntérios quilometros de Havana, constrain-se um acampamento, chamado “Campo Lazear” em homenagem a0 herdi falecido. .. Ficardo residindo naquele edificio, onde tdas teve jamais febre \y anane jamais febve Yas aberturas estdo fechadas recentemente exposto a ela por tela. No interior, faremos uma repartiodo, com uma tela de mosquiteiro. fina! —= Ah! Aht Abt Vamos, rapazes, € imentar 2X, Vejam ali as iscas 4 nutram os bichinhost ‘mosquitos! de. mosquitos? les esto com fome! que haviam picado _ bicientes de febre a, mas s6 de do da divisio MAIO — JUNHO DE 1956 PAGINAS CIENCIA EM QUADRINHOS & N. 6 Isto PROVA SO OS HOMENS PICADOS ) que ésses mosquitos PELOS MOSQUITOS sdo os transmissores foram atacados pela doenca da doenca! e ‘Os do outro lado do mosquiteiro gozam de perfeita saude! entelada, mas muito mal: ventilada Como 0 porio de um navio tropical, era mantida quente, sem luz, timida suja. Voluntirios ali dormiram noites seguidas. Puxa! amarela [/Nao vamos tao depress! © mosquito pode ndo ser com as roupas ou o leito dos doentes nao dé fambém 0 contagio da febre amarela? imundas foram usadas por vitimas de febre falecer no hospital! ico portador! Quem sabe se 0 contato Estes -amas E ainda por cima temos de vestir as mesmas sujas camisas de dormir por éles usadas! que acabam de S6 a picada de um ‘mosquito Aedes pode propagar @ febre amarelat ‘e enérgicas juitos! serd: “Mate Salve Tomaremos entio providéncias vigorosas contra ésses Nosso lema uma vida!” um mosquito! Assim, gragas ao heroismo € & sabedoria de Walter Reed € seu pequeno bando de bra- tos, Havana fo Tibertada da peste pela primeira ver em 300 anos! No Brasil, onde a febre amarela constituiu um dos mais sérios problemas de satide piblica, devemos a0 grande Osvaldo Cruz a sua debelagio — conforme vere- mos na historia seguinte. CIENCIA EM QUADRINHOS & No 6 MAIO — JUNHO DE 1954 % PAGINAG De fato, nessas aglomeragbes de metrépoles em formagio, ‘os imigrantes e @ gente da terra s6 cuidavam febrilmente fem fazer fortuna, pensando que o resto naturalmente viria depois... Eis gor que fodos ns considetamas abengoado oda em au Afonso, MIGUEL PEREIR «4 contratar Atendendo a isto, ¢ mais ainda a incidéncia da variola © a tubereulose, ‘um grande médico iro, Miguel Perei- ium dia eta amarga exclamagio: “O Brasil € um vast hos- pital!" CIENCIA EM QUADRINHOS E que, na verdade, pata debelar o ial, aniquilando os focos de mosquitos, os sanitarstas tinham que penetrar na propria intimidade inviolivel dos lares... nina Carlos Chagas ‘que tem seu nom rio transmitido ps nifesta pelo boci & PAGINAS em 1928 CIENCIA EM QUADRINHOS * N° 6 conselhos sobre higicne alimentac: BACILOS NO SORVE! pesistindo berm bg babe ae act fico tom Nas muc ‘ucosidades Rarganta, poder xtastivo fete. pode TENA Nas feridad aoe Pode so ios Compreendese, mained Belisirio Pena e wos ote . 0s sanitaristas ngara diretrizes que esto levando 3 extingio Servigo Nacional de Educagao Sanitiria (SNES) divulga bons COMO Assoan (Os Centros de Satide realizam obra exemplar, prinejpalmente na parte de pnericultura, vacinagao e cuidados prénatais SNES [Posto de Puericultura Ja sabe: éste Leite foi bem fervido, e ax doses de farinha acticar esto corretas Daqui 4 uns meses terd 4 variola, dfteria @ coqueluche ‘Ao lado dos cientistas referidos, queremos valorizar seus ausiliares andnimos, que tanto fazem para manter a saide do povo: as enfermeiras visitadoras, 0s matamosquitas. 05 operirios que abrem valas © esgotos, os humildes ser. vYentes de laboratorio que preparam os desinfetantes e vacinas. Todos éles contribuiram a tal ponto para melhorar o est rio do nosso pais CIENCIA EM QUADRINHOS * NA 6 MAIO — JUNHO DE 1954 PAGINAS Contudo, logo se apresentaram casos de’ gangtena, e 0 numero de casos fatais aumentava cons: tantemente Mas, em 1860, surgiu um fato novo na Medicina. O famoso Dr. Joseph Lister fora nomeado Che- fe de Cirurgia no Hospital de Glasgow... Dr. Lister, 0 edificio déste hospital & inteiramente novol Aqui ndo teré complicagdes com pus, febre, gangrena ¢ morte! Esti com apendicite? rocure (o-seu barbeiro! Déi-lhe um den: te? Procure o seu barbeiro! Pa- rece ridiculo, no é? Mas seria exatamente isso 0 que voc? faria se vivesce nos velhos tempos! Porque 0 barbeiro era 0 homem que dispunha dos mais afiados instramentos cortantes, © com- binava, portanto, a arte de apa- rar cabelo com as da cirurgia ¢ odontologia. Barbeiro, cirurgido e dentists se confundiam numa 86 pessoa! E a morte rondava as “‘salas de operagées”, porqne nada se sabia, entio, a respeito de microbic [Nao posso compreender! Apés uma ‘operagdo bem sucedida, 0 paciente piora... ¢ MORRE! a Tr operarse em um hospital significa morte certal sofre Leia isto! um relatério das experiéncias de Pasteur “Bases microbios esto em toda Micrébios! Feridas infetadas! Deve ser ESSA a causa das mortes no hospital! Tomaremos providéncias revolucionard Mas, num @ Cirurgia! ais feliz, purte!”'Se possum através de Tomeremos, providéncia Lister cased de ums maga, destroem-na edie pana. dest recebet slzo for apodrécin pelo Nab poderia OCORRER comeio. ‘4. MESMA 40 encontrarem uma abertura na pele humana, tal como resultante da inciséo feita na intervencdo cirirgica?” ionou! Lister verificon qu reduziam 0 mimero de ii ‘2 cinargia _antisséptica as precaugées an ‘gbes, com 0 que Até as criangas sabem agora como tratar qualquer ferida com um desinfetante Gracas a Joseph Lister, a duragdo da vida ¢ a seguranca da satide aumentaram na medida em que somos capazes de dominar nnossos mais mortiferos inimigos — os GERMES NOCIVOS! (© seu tratamento antimicrobiano faz milagres. Hoje em dia todos’ os hospitais © adotaram Faca pulverizagdes com dcido fénico para matar os germes Evite que o ar poluido pelos microbios entre em contato com a ferida Mergulhe os instrumentos num ligitido desinfetante MAIO — JUNHO DE 1954 & PAGINA 10 CIENCIA EM QUADRINHOS * NA" 6 =. Magia Da Medicina = Moderna (HISTORIA DOS NOVOS ANTIMICROBIANOS) ‘Se as drogas podem ser usadas para matar germes fora do corpo, por que gargarejos — lavamos a cabesa ndo usilas a fim de exterminar pelimmames 2 roupa — © > ‘os que, INTERNAMENTE, igienizamos as nossas casas ‘com éles! Cada qual é um produto quimico capaz de exterminar — ou, pelo menos ‘enfraquecer — 4 mortal atividade dos inimigos invisiveis jo homem: OS MICROBIOS Veremos. Primeiro, vou injetar néles Pelo aumento gradual da proporedo Saket estes mortiferos germes do carbtinculo! do desinjetante, estas cobaias podem agora suportar uma dose que normalmente ‘as mataria talver possa MAIO — JUNHO DE 194 % PAGINA1S Vv ETER! Ora, melhor: mone vou CIENCIA EM QUADRINHOS & N° 6 grupo ¢ hostil aguare © to |] Mas onde estava [0 Dr Morton? Vi que ‘0 Dr. Morton nao aparece, vamos desistir de seu éter e comecar Imagine! Matar a dor com drogas! Nese. momento, chega Morton Esta atrasado, Dr. Morton! Pairava na sala ‘um siléncio absolato quando 9 Dr. Warren fez 0 primeiro ar um novo tipo de inalador para o éter... Vou aplicé-lo imediatamente ‘A respiracéo déle esté profunda e compassada... Dorme como um justo... SEU PACIENTE ESTA PRONTO, Dr. Warrent A operagdo terminou ¢ 0 paciente ndo sentiu dor! Meus senhores, ISTO NAO & nenhuma “piada”! J de dores. Existem agora Tnumerosos anestésicos, | “todos com virtndes | peculiares, cada qual vuma dad CIENCIA EM QUADRINHOS & N.t 6 MAIO — JUNHO DE 1954 & PAGINA 16 Belem teroltare(-y (ami tn i ayer) Marella lee BRS csey Cpe rie ete “direto de nossa colecao Particular distribuido gratuitamente e que j4tem SET eee ae ee CL te VEL Editoras. i Comclil es Ra ELAS wy SE Fa SESS PE Le MAES EUS hn TE

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