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11 DESENVOLVENDO SERMOES REDENTORES METODOS DE EXPOSICAO REDENTORA Uma vez que 0s pregadores reconhecam o perigo de pregar mensagens que deixern a impressdo de que a pessoa pode alcangar autojustificagdo ou autosan- lificagde. passam a apresentar uma compulsao natural para pregar mensagens cristocéntricas. Tais mensagens nao dizem simplesmente 4s pessoas que se preparem arduamente para enfrentar situagdes desfavoraveis e s¢ esforcem esta semana, mas as levam a compreender que o trabalho de Cristo, em lugar do de Cristo, em vez da forga delas. prové a tnica esperanca da obediéncia cri: ~Mensagens assim sio dificeis de serem desenvolvidas por duas razdes: vio contra a corrente de muito do que estamos acostumados a ouvir na igreja evan- eélica, ¢ que elas parecem exagerar os limites da correta pregagao expositiva: entender como superar ¢ssas dificuldades ¢ @ préximo passo no desenvolvi- inento dos sermGes eristocéntricos. APREENDENDO © FLUXO REDEN’ Hd um livro que tem um capitulo muito conhecide chamado “A Ameaga dia Escola Dominical” que absorveu a esséncia de muito do-ensino evangélico. Num ¢sforgo de promover 0 comportamento moral ¢ impedir o pecado, um professor convencional da escola dominical roga a cada crianga que seja um bom menino, uma boa menina, para que Jesus as ame ¢ cuide delas. Oestereo- tipoé cruel e injusto. mas ele chega dolorosamente préximo de caractenizar muita pregagdo contemporanea que retrata Deus como o perpétuo Papai Noel, que faz uma listae a checa duas vezes para punir o desobediente e recompensar 0 bon- doso. Reconhego mesmo que, enquanto escrévo estas palavras, hid leitores que se Perguntario com 0 que esti errado nessa caracterizacio. Q-erro reside no fato de 314 Una ‘Trotoata be Mep que scmelhante ensino passa a ser uma ameaca & [é i sem : p na ameaca & [é, pois toma irtelevante mimistério de Cristo, = Interess éprios par angar a santificagia ef ses proprios para se alcangar a santiticagio efou obter por forca a pureza, engendram muito ensino inadequado, ae fazer da atividade humana a b; i ase do favor ada geracdo., 1 diving, Cada geracao, por assim dizer, tem de descobrira graca, pois a perspectiva mundana da nossa natureza humana milita contra o conceito de nada podemos fazer para obter a aprovacao de Deus, “Nao podemos deine ae, sits melhores obras, merecero perdi de pecado... nem satisfazer pela dvi a nossos pecados anteriores.”! Depois de termos teito tude quanto nos foi al do, somos ainda servos intiteis (Le 17.10) porgue hossas Sbrus esto mesclans de tanta fraqueza ¢ imperfeigdo de motivo que permanecem corrompidas diunt da Deus Santo.* Nossas mel : ; nores Obras permanecem como “trapos imundas” perante Deus (1s 64.3).* Elas Ihe sido aceitdveis 4 medida que sua poluigdo é coberta por Cristo ¢ por extensde que clas procedam de seu i Sapiritot Emboru haja abengoados resullados ao comportamento morale Deus honra a reverdncia que nds Ihe prestamos no nome do seu Filho, nossas ae Coes agdes em si mesmas niio nos oferecem oportunidade alguma para nos vangloriar, e nao nos Jevam para o céu. Desdle que nossa habilidlade para a pediticu de boas obras pro. cede de Deus ¢ o perdao pelos nossos pecados vem dele, nossa bondade iso: dg nig merece nossa béngdo nem assegura a aprovagiie de Deus To aparentes quanto essas verdades possam parecer na discussiio tealdgi. c scussi i os facilmente dos nossos métodos homiléticas. Re- gularmente incentivamos as pessoas a melhorar seus relacionamentos, a refinar sua ética ¢ u discipli ca, nds também as separan ues ar stus habilos, sey mencionar o poder habilitador do Spirito ou da graga que preserva os scus melhores esforcas para nao ofende- rem a Deus. Um motivo dest talha é o fato de que Babel nunca esta longe de 2. Ibid. Fists elfssicn deekaragdoda 2. Ibid. Bu jon decharag oda ortodoxis grist uconselha: Nav pademas, pelus wossas metho mos de Deus. por causa da grande Kiria que ha de wire a i 2 Jas nem ser i res obras, i cur 0 perio ole redo existenie entre clas ¢ ner pote finita distiaci nds & noses eles. les. ne la div reat’ «8 tanser deve & Sumas sem PSSuS, se ftnpuertts, & Mist mueza v imperieigda. que nae podem supor nda, os imundes™ So 05 lara severid iro. de Deus 3, Notur qu hebaicos pura ke moder sa MESMY HOSSAS OOEAS justs 68th > mensin ibrar s verdades de Novo Testamento, a Biblia em que nao se faz. ment & DiseNVOLENDO SeRMGES REDENTORES nos. Em nossa condi¢ao humana, habitualmente ignoramos a Escritura ¢ prosse- uimos cm praticara abediéncia como um assalto balistico que anule a resisténcia céu em nos abencoar. Assim procedendo, nao apenas ignoramos a natureza da nossa condigdo humana como também desafiamos 0 cardter de Deus. Isso faz e «la razdo por que, quando-a mensagem da graca penetra os subterraneos da histéria da igreja, os piores abusos da [é ocorrem, Sem una perspectiva propria da natureza de Deus, os empenhos dos homens voltados para a retido inevitavel- mente levam 8 intolerdncia, a futilidade e ao desespero. Esses modelos histéricos podem repetir-se na vida dos crentes na igreja local se 0 pastor tende a pregar meros preceitos morais da Biblia, Porém, até mesmo pregadores que observam a falhanesse tipo de pregagiio, perguntam o que mais poderiam fazer, ja que esto com coma prewacio expositiva da Biblia nteira. Como. afinal, pode-se pregar uma mensagem redentora de uma passage io. de Jesus, da crz, da ressurreigio, da expia- co ou de outros temas redentores centrais? Fm outras palavras, nao é simples- mente nossa condigao humana que faz com que alguns ministros preguem mensa- 1s que no contenham referencia alguma a abra de Cristo. Compromissos expo- sitivos para permanecerem leais as verdades dos seus textos, Motivam muitos pastores a negligenciarem a pregacao da graca. Tais pregadores corretamente ‘Como pademos elaborar uma mensagem cristocéntrica, se a passagem ssa legitima preocupagao exegética merece indagam: nao contém referéncia a Cristo?” uma resposta biblica. ASSENTANDO OS FUNDAMENTOS REDENTORES Identifique a Condigdo Deeaida Uma boa posigao para iniciar a elabaragao de um sermio cristocéntrico € mediante uma clara afirmaciio do Foce da Condigdo Decaida a que 0 te: réncia# [sso ndo € simplesmente lazer Atona uma necessidade que fara os uuvintes desejarem ouvir a mensagem. A clara identificagiio da condicio de- cafda qutomaticamente encerra o pregador numa abordagem redentora para a exposigdio de qualquer passagem biblica Uma vez que cada texto foi inspirado para aperteicoar de algum modo nossos ouvintes, quando especificamos 0 pro- pdsito do texto, as pessoas aparecem giante de nés com um vazio ow uma la- 316 GIA BE MENSAGENS CI cunaem seu ser espiritual que somente Deus pode preencher. 0 intento da Ese. tura caracterza-nos a todos como seres feitos 4 semelhanca de queijo suico., S08 ‘ouvintes se vollirem para sl mesmos como s@ fossem a fonte paraa Temogdo desses furos, estaremos pregando mensagens centralizadas no humano que nag leva absolutamente em conta o grau da decadéncia humana. . OCENTRICAS Osimples passo de assegurar que identificamos (av menos em nossa mente) 0 furaaque 0 nosso texto se dirige preservaenos de olerecer solugdes que exigem meramente respostas humanas. Criaturas decaidas ndo podem reparar a verda- deira decadéncia por um ato da vontade. Mensagens | slisticas, moralisticas, de aulo-ajuda, tomam-se auto-evidentes ¢ autofrustrantes quando o pregadorcome- a.com uma vigorosa consciéneia das plenas implicagdes do estado decaido em que se encontra cada ouvinte. Verdadeiras problemas exegeticos surgem quando o pregador reconhece que © esforgo humano no minora a condligao decuida € 0 texto 1 (© parece oferecer _ qualquer solugao cristocéntrica, Inumeras passagens parecem olerecer somente instrugdo moral (por ex., ndo mentir, ndo furtar), exortagio de disciplita espiritual (porex., orar mais, demonstrar mais imleresse pelos outro: plos de carater (porex., Ser malls fiel} ouexem- contianga de Moisés. a coragem de Josué; ¢, inversa- mente, t inclinacio enganosa de Saul, a precipitagiie de Pedro}, De que modoo pregador pode dar seqiiéncia as verdades redentoras quando o texto parece nap apresentar nenhuma’? ~ ~ STO ESPECIFICANDO () ENFOQUE DE CRI Duag respostas precisam ser rejeitadas de imediaw, Primeira, an vMlidade continua de todas as Instrugocs, di wed da ciplinas ou ¢xemplos transmitidos —2M passagens que aparentemente nio oferecem tpicos redentores. Segunda, é a tentativa de fazer Jesus aparecer em cada relato biblico, forcando uma refe- réncia av Cristoen mado. por meio de exegese em que nenhum material tex- twal justifica tal procedimento (por ex., descobrir aspectos da entrada triunfal de Cristo no relato da jumenta de Balado jd que ambos os “profetas” montaram amesma espécie de animal), Esses dois erros surgem de uma equivocada visio Escritura, que ndo reconhece a natureza orgdnica do registro biblico inte- gral.’ A propria exposiclo mao descobre seu enfoque de Cristo por dispor de 4. Sidney Greidanus, Sofa Seviy ronte: Wedge. 15 ‘teal Texts (To. jo inaugural FNVOLVENDO SeRMOrs REDENTORES BF qualquer passagem, ou por impor Jesus a0 texto, mas por discernir o lugar eo pel do texto na revelacao completa do plano redentor de Deus. Seguindo as passagens sobre a criagdo no come¢o de Génesis, toda a Eseri- tura € um registra dos procedimentos de Deus com um mundo corrompido e suas criaturas. Porém, o registro nao sé relata fatos histéricos. Revela um pro- gressivo drama por meio do qual Deus sistemiilica, pessoal ¢ progressivamente ~Zewvenda a necessidade e as cireunstancias do seu plano de servir-se do Filho Tara redimir e reslaurar a eriagdo,’ Sidney Greidanus expressa as implicagaes que essa visio orgdnica da Eseritura manlém para a exposigdio adequada de qualquer texto: 4 unidude da histéria redentora implica a natureza cristoceéntrica de cada texto sto, Fle permanece na seu cen- ja redentora ¢ a histéria de C oe fim... A Eseritura desvenda o tema c 2 amplitude de sua historiografia logo no comeco, “Ga 3.15," Van‘t Veer diz, “coloca todos os eventos subseqilentes sob a luz da tremenda batalha entre Cristo nascido no mundo e Satands, o principe deste mundo, ¢ isso situa todos os acontecimentos histérico. A hist tro, 2 niio menas no seu ini luz da vitéria completa que asemente da mulher aleangara, A vista disso, torna- ce imperative que mem uma dnica pessoa fique isolada desta hist6ria ¢ se mante- nha & parte dessa grande batalha, © lugar de ambos os oponeates ¢ “colaborado- res sé pode ser determinado cristologicamente. Apenas no que coneeme dos gue receberam seu lugar tarefa no desenvolvimento desta histdria € que apare- sem na historiogral fia da Escrivura, Desse ponto de vista, os fatos sic seleciona- dos e cegistrados’.* Uma passagem retém seu foco eristocéntrico, ¢ um sermao lorna-se cris- incéntri¢o, nfo pelo faco de o pregador encontrar uma mancira inteligente de prender uma referéncia & pessoa ou & obra de Jesus na mensagem. mas porque 9 sermio identifica uma fungiio que esse texto em particular legitimamente exerce _no grande drama da cruzadado Filho contra a serpente Esta visio madura da preg imaginarem que tenham explicado de modo conveniente um texto apenas por go cristocéntrica adverte os progadores a nao tevem identificado nele algo que os lembre de um evento na vida e ministéria de el » Nos ap assumir a nova cadeira de teologia bibliea no Seminirio de Princeton (sd. prow ecdmans. 19 yy (1948, reeditaia, Grande Rapids: 318 Una Trou A DE: MENSAGENS CCkISTOCENTRICAg Jesus. Quando os pregadores empregam uma referéncia geografi no Antigo Testamento para apresentar a conversa de Jesus com am pogo, nenhuma explanacao real do lugar ¢ significado da histéri Passagem original ocorreu. O pregador apenas se de palavras. O mesmo si cz UM pogo wher junto ag ja redentora da envolveu um pouco num jogo ‘ m icu da lei de Maisés. ou de ale gum acontectmento ocomido na monarquia de Israel. simplesmente Porque.algum detalhe no relato parece ser semelhante a algo que Cristo fez (ver fig. 11.1). Figura 11.1 O Salto Imaginativo para Cristo © pregador diz: “Esta passager fembra-me de...” ‘Quando pregadores interpretam 0 cordiode fio vermelho de Raabe, 2 lenha sobre as costas de Isaque, a scla do camelo de Raquel, ¢ os condimentos na casa de Salomdo (para mencionar apenas umas poucas possibilidades} como se representassem algum aspecto do ministério de Cristo, suas conclusdes podem Parecer biblicas. No entanto, se a Escritura no confirma essa interpretagao. tais pregadores na yerdade apenas relatamo que g ' trdrio do que o texto diz, N e$ sugere, a6 con- a medida em que o que esta na mente do pregador realmente reflete uma verdade encontrada noutra parte da Escritura nenhum Prejuizo deve ocorrer, mas a imaginagdo de pregador ¢ um lugar pobre para discemir © que uma passagem quer dizer. Afinal. alguns pregadores podem afirmar que © cordao de fio vermelho de Raabe significa o sangue de Cristo, Sutras, porem, concluem que o vermelho representa o pecado, Essas interpre. lagOes quasé Opostas podem relatar verdades biblicu apes : ‘as encontradas noutra parte Eseritura, porém. nenhuma das duas interpretagdes narra uma Significagilo definitiva do texto imediato = DDESENVOLVENDO SerMOes REDENTORES: 319 _Erros interpretativos similares ocorrem no momento em que os pastores ima- ginam que precisam achar Cristo escondido por trés de cada arbusto nas plani da histona do Antigo Testamento. Pressionados pela obrigacao de perceber a presenga de Jesus em passagens assim, tais pregadores procuram conhecer as implieagdes de pequenos “lampejos messidnicos” em textos que precedem a cru- cificagdo a fim de estabelecerem alguma referéncia i expiacio.? A dgua num lago torna-se a Agua que fluiu do lado traspassado de Cristo, as rochas no deserto sao convertidas na firme esperanga que temos em sua morte solitdria, drvores se iransformam em cruzes, dleo ¢ transubstanciadoem sangue, ¢ montanhas confor mam-se 20s contomas do Calvario. O problema com cada uma dessas explicagdes niio-expositivas, nao é que elas ignorem Cristo, mas que elas denotem que ele ¢ adequadamente represen- rado somente quando o pregador faz alguma referéncia direta a encarnagio ou obra expiatdria de Jesus — desatentos as declaragdes ou ao objetivo do texto. Desde que a Escritura como um todo é a revelagdo de Deus da sua atividade redentora ¢m Jesus Cristo”, o pregador precisa somente demonstrar onde como um texto especifico funciona no plano redentor abrangentc, de modo a preservar scuenfoque cristocéntrico. A Palavrade Cristoe a Palavra acerca de ‘Cristo operam em cada passagem da Escritura de como Deus manifesta 0 mis- rério do seu grande designio.'' Greidanus escreve, Essa concepgdo de Cristo como 0 Lagos eterno ativo no trabalho ao longo de toda a historia remove os suportes da insisténcia tradicional de que todo sermao preci- sa. de alguma forma, apontar para o Cristo Encarnado, a fim de que seja cristo- céntrico. Ele rompe o modelo restrito que tem causado tantas aberrages a0 longo de toda a hist6ria da pregagdo; cria mais espaco para que o proprio texto fale. Ja ndo mais exigido do pregador “uterrissar com um salto acrobatic no Gélgota”™ de modo a tornar eristocéntrigos 0 texto ¢ o sermaa, pois Cristo ja-estd presente em. cada ponte da histéria redentora que o texto narta.!? 7 A pregagdo expositiva precisa mencionar 0 Golgota. Belém, ou 0 Monte s Oliveiras para permanecer cristocéntrica. Assim que o pregador usa uma declarago do texto ou do contexto para expor as verdades teolégicas ou fatos Y. Ibid. 143. 10. Vos, “Inaugural, 11.14. 1L. As palaviras so da obra de Edmund Clowney, The Unfolding Mistery: Discovering Christ in the Old Testament (Phillipsburg, NJ: Presbyterian and Reformed. 1988). 12. Greidanus, Sola Scriptura. 145. 320 Unta Trotocia ng MENSAGENS CRISTOCEN TICs historicos que demonstram a relagdo da passagem com a batalha abrangente cntre a Semente da mulher e Satands, Cristo assume seu legitimo lugar como 6 centro da mensagem, Recomhega 0 Propdsita Redentor Improvavel como parece, esta perspectiva do propdésito abrangente da Eseri- tura significa que os pregadores nao precisam mencionar Jesus especi mente em alguns sermées e, ainda assim, manter cristocéniricas essas mensagens, ~ Contanto que o pregador explique os métodos nos quals Deus usa um texto para revelar seu proprio plano, propdsitas, c/ou razGes em favor da redencdo, 0 sermio conduz os ouvintes para longe de uma religiosidade centralizada no humano. Por concentrar sabre 6 que Deus esta efetuando mediunte o reqistra de cada evento, orelatode cada personalidad, ¢ 9s prineipios em amensagem de se degenerar em adore Ja ensino, » pregador protege Gu de mero herdi humano. Deus €9 herdi de cada texto, Issa nao significa que personalidades biblicus nao demonstrem qualidades exemplares que nds devemas imitar (por ex., Rm 15.4: Fp 3.17), as que precisamos entender que quando estas quulidades positivas aparecem -na vida dela ou na nossa —a graca é a causa (Rm 11.36). O menosprezo as personatidades biblicay ndo pode ser justificade. isa primeira notar ueer texto biblico, Fuzendo dus personulidades b plicas ¢ qué elas sito in orporad aa Jo por sua propri por meio delas. nelas sil, ma pura mostrar o que Deus esta elis — mostrando come Deus promove seu reino pelos esforcos dos serés Humanas, &. algumas vezes, a despeito deles.”” Quando os pregadores colocam o texto no contexto do que Deus revela acer cada sua propria natureza que prové redengao. ou acerca ct natureza do homem que tem necessidade de redenga o, a ulocontianga se desyanece A pregagdo teocéntrica inevitavelmente se torna cristocéntrica, nfo por gue 0 sermao menciona com insisténcia o no 1¢ de Jesus. ou arranca da me- méria algum acontecimento do seu ministério terreno, antes. porque ele de- monstra a realidude da condicio humana que requer solughe divina.* Prega- feocéntrica é Cristo no centro da pregacio. O face sobre a atividade reden- I3.Si ney Greidanus. “Re mplive History and P Pro Rege 19.2 (dei nino de ver também Greidanus, 5: 14344, 32 qora de Deus determina a fase para o trabalho de Cristo, alerta o coragde huma- no para sua necessidade, e/ouexpoe a natureza divina. Quando contemplamos Deus em atividade, o ministério de Cristo inevitavelmente se manifesta (Jo 1.1- 3; 14.7-10; Cl 1.15-20; Hb | 1-3). © sermio se mantém exposilivo & ctistocéntrico néio devido ao salto imaginativo para o Gélgota, mas porque ele situa 0 objetivo da passagem dentro do alvo da obra redentora de Deus (ver figura 11.2). Figura 11.2 Exposicéo Cristocéntrica Gor explica © papal de qualquer épvea, seontecimente, demo dos limites da divina cruzada da redengo, Le,, a soberana viteria da Sememte da mulher sobre Satanis yessou ¢ passagertt Dessa forma, 0 propésite do sermao permanece fiel ao objetivo original do texto de preparar o powe de Deus para compreender sua atividade redentora. predizendoea, refletindo suas necessidades. e/ou detalhando os resultados da obra Je Cristo em nossa wida.!” 15, Joao C ristian Religion, 26.4 a &, Vala discuss snbre esses Quatre empregos dos textes biblicos no Capitulo. 10 322 Usa Teotocia be MENsacexs CRistocentRicas ‘Com essa perspectiva do plano redent a i cada Escritura dele) cada : aaa a assume seu préprio papel na ex; ¢ Is lores nao iro ay slice Os patriarcas biblicos, cuja conduta, muitas vezes. estavam longe de em yh’ exemplo, como modelos perfeitos a quem os ouvintes devem imitar, one \ do passado serao apresentados como Deus planejou — criaturas Riescipeaie meme dees las Cuja fé eaprovaciio sie resultantes totalmente da miisericordia Sermies sobre a lei nfo sé abordarao preceilos morais em detalhes, m a Mostrariia a0 povo de Deus da atualidade que cles foram destinados nen 7 \ nar, a nécessidade da dependéncia divina. bem como de uma conduta 4 (GI 3.24).° Nao ensinaremos inadvertidamente que o fuvor de Deus depen = de nossa justiga se demonstrarmos de modo consistente que a dpc noe necessidade de uma maior Provisio de justica do que realiza. 3 AS mensagens sobre 03 tempos dos juizes e dos reis tirardo os véus que (! Freqientemente colocamos sobre os gigantes da féa fimde proteger a reputacai deles.de suas repetidas ansgressées. Poderemos, entdio, mais ilvremenve: a Ciar todas as dimensdes das caracteristicas dos lideres biblicos. pois suaoecate mos que suas fraquezas siulientany a justi¢a que procede de Deus. ; Mesmoo oe Novo Testamento sobre casamento. mordomia, relagdes a tereyal € praiticas de adoragado deixarie de funcionar ci a instituica + “pdaleido Antigo ‘euameais pass quallaee Spores El oemeee HW Todos os modelos biblicos (se apresentados na forma de sinmas caine eaten (f plos humanos) funcionarie como Deus pretende — ‘0 povo de Deus pelas vereduts que refletem sua gloria e promovem o. bem deles como o derramamento tem feito. re do.que unicamente ele pode fazer no futuro, 17. Jonathan Edwards, em sua notivel “Letter to the Trustees af the Propde semelhante abordagem x toda a Escritura “considersnda a que: como 0 todo dela. em cada parte. NSCS CM Te odo a panece cm relacio & srande obra da redengdo joni como. “supremo ¢ ditimo denire todos os empenhos divinove de nob te Faust ¢ Thomas H. Joh iradores), Janaghan Eat ea hnson (argunicadores), Jonathan Eawerdls (Nowa Yor 18. Edmund Clowney. Preachig and Phillipsburg, NJ: Presbyterian and Reformed,» froen All the Scriptures” Nit Presbyterian and 19. Calvino, fastinues. Theology (€ wi Rapids: Eerdmans, 1961: . 80, Ver ainda de Clowney “Preaching Christ ra org. por Samuel T. Logan (Phillipsbur. -NVOLVENDO SeRMOgs Repenvores 323 MEDIDAS DE EXPOSICAO REDENTORA UM PROCEDIMENTO PARA A ExPOSIGAO REDENTORA essa ampla perspectiva que abrange a extensdo do registro biblico, o prega- dor necesita de instrumentos mais precisos para avaliar fielmente as verdades redentoras de passagens especificas pregadas de maneira ordenada. Os trés pas- abaixo descritos se constimem num instru- Je nao $6 serve de meio para delinear como as verdades redentoras que percorrem os textos biblicos deveriam aparecer em nossos sermées, mas também proporciona uma medida de seguranga com que o pregador revelard os objetivos essenciais de um texto. Um Procedimento para Exposicio Cristocéntri 1, Identificar os principios redentores evidentes no texto. A) Aspectos revelados da natureza divina que prove redengio B) Aspectos revelados da natureza humana que necessita de redencdo- IL. Determinar que aplicagiio esses principios redentores hdo de exercer na vida dos crentes no contexto biblico. Ul. A luz dos caracteristicos humanos comuns ou das condigdes que os crentes contemporneos partilham com os crentes biblicos, aplicar os principios redentores vida contemporanea. Esse procedimento obviamente repercute 0 processo pelo qual o pregador determina o FCD de uma mensagem com duas diferengas fundamentals. Primei- ra esse procedimento nao é meramente dirigido para determinar por que nossos Ouvintes precisam ouvir a mensagem. Antes, ele torna o alvo da mensagem a determinagio do que Deus espera que os ouvintes fagam, creiam ou aceitem como resultado do seu comportamento para com esta necessidade. A segunda diferenga é conseqiiéncia da primeira. Como resultado desse foco redentor. 0 alvo ou énfase da mensagem transfere-se de uma orientagdo humana para umu concentragao do que Deus fez, esté fazendo. ou fara. 20. Cf. Kenneth J. Howell. “How to Preach Christ from de Old Testament”, Presbyterian Journal 6 de Janeiro de 1983. 10. Observar que esse procedimento vai aiém do que ¢ comumente chama to metodo histGrico-redentor para uma abardagem doutrinal-recentors. que expée a considerarsa erdade redentora beri como do contexio eedentor. Jay Adams. Preaching with Purpose (Grand Rapids: Baker. 1982), 152. Cl. John Piper. The 324 Usa Trotocis DE MENSAGENS Ci AISTOCENTRICAs Embora o FCD revele por que raziio as. Pessoas precisam ouvir ¢ Por que Deus decide agir. a exposicao redentora mantéma solugio divinac exclui 4 pre- sungdo humans. Tal exposi¢o faz a pregacdo retornar & sua funcio fundamental de transformacao. Homens e mulheres so ainda chamados it devogao, porém, pregadores publicam intimagdes sobre a base dos atos de Deus e pelo seu poder. Jamais ensinaremos inadvertidamente os outros a buscar respostas fora da sua verdade, a cumprir sua ordem sem a sua forga, ou a al cangar sua béngdo sem a acettagdo de que ele somente a prove. Pregacio fiel € a pratica de indicar aos ~ outros uma Provisto que transcende © eu, para que se habilitem a fazer o que Deus requer eo que © cora¢io regenerado almeja. A foc: a ‘exposi¢do redentora preserva intacto este processo. 10 doxoldgica da MODELOs DE ExPOsiGAO REDENTORA Como é a exposigao redentora? Como esses principios realmente formam a strulura de uma mensagem expositiva? Sugestdes modelos em vez de forma modelo, tendem a curacterizar um sermao como sendo cristocéntrico. As vezes, 0 pregador inicia a mensagem destacando as verdades redentoras que subjazem 40 ensino na passagem, Em outras ocusides, o pregador comega a eluborat a defesa redentora, enquanto as instrugdes se mostram, ou dé modo altemado apre- Senta todas as instrugdes para. depois, nos instantes finais do sermio, chamar a atengiio para as verdades redentoras que possibilitardo ou motivario correta- mente 0 trabalho fiel. Sou cauteloso quanto A dltima alternativa, pois ela simples- mente pode apresentar uma mensagem centrada no humano, com uma alusio final a Cristo, mas reconheco que um entrelegamento irénico na mensagem pode produzir um forte impulso teocéntrico - se o pregador nao insistir demasiado neste método. Prega do redentora nao exige do pregador que faga uma conexdo entre C toe alguma circunstancia precisa na mensagem, Se os pregadores expdem men- sagens mediante qualquer modelo arbitrdrio para determinar em que lugar ou quantas vezes Cristo precisa ser mencionado, forgosamente cairao no erro de 0. forgosamente cairaio mo erro de fomarem imaginativas em vez de expositivas as referéncias a Cristo. ou adiciona- fem alguma mencio do Calvdrio. Um sermao expositivo haseado nas verdades redentoras nao é~“Trés Pontos Mais a Cruz”. Tes homies Mars aGruz””. que somente causa saltos messidnicos imaginativos, jogo paralelo de palavra_ comparacdes entre eventos-similares ou exemplos-pessoais (fig 325 [Des—NVOLVENDO SERMOES REDENTORES FEE oor oe ee Figura 11.3 Problemas dos “Trés Pontos Mais” PROPOSICAO Sacro luasneeTv 2 Conexoes Oacessio PES PanaLtusuo Ponto Principal x? 1 ——»> lencmarnas Excur.os PONTO PRINCIPAL N® 2 PONTO PRINCIPAL N? 3 ——» Anicionan (Os aspects cristocéntricos da mensagem ndo browam da expose natural do texto quando modelos arbitririos determinam quando mencionar “a cruz”. iti i istocéntrico nai Tanto Um serméo expositivo verdadeiramente. cristocéntrico dio se preocupa ta com o local da cruz na mensagem quanto com a. necessidade de que: cats sala obtenha do sermdo uma penetrante consciéncia da. significagao pessoal da obra redentora de Deus (ver fig, L1.4), Quando os ouvintes saem da igreja, eles se concentram ¢m si mesmos ou em seu Redentor? Vilo prestar atengado as préprias abras como fonte de esperanga ou a obra de Deus em sew ee a mensagem como um todo deu as pessoas uma compreenso mais profun Figura 11.4 Pregacdo Direcionada para a Graca PROPOSICAO (LIGADA A UM FCD) PONTO PRINCIPAL N° 1 | Ponto Principat n° 2 Ponto Pancirat x3 —— a posigao do texto A mensagem como um todo leva 63 ouvintes a entenderem 2 posicao do tex! 326 Uma Tratoain br MENsacins CRISTOCENTRICas graga? Respostas a essas perguntas, mais do que uma estrutura homiléticg j Posta, irdo determinar se a mensagem expds o conselho de Deus 4 fordeaen abjetivos histéricos. teolégicos ¢ pessoais. Se o pregador desenvolve o ae dentor Ro primeiro ponto principal, no segundo ponte principal. na conclusio, . introdugao. ou em alguma combinagio destes, a centralidade de Cristo serg des = minada pelo deseavalvimento do textoe o propésito da mensagem, antes anice qualquer modelo artificial. 4 arificialidade serd substituida por named exposi¢ao do que o texto quer dizer dentro da finalidade do registro biblico ie acordo com a situagao de pessoas especificas. - “se MENSAGENS Da ExposicAg REDENTORA A medida que nossos esforgos na pregacdo s¢ desenvolvem para explicar como um texto funciona ¢ o que ele diz — expondo seu objetivo assim com suas palavras — desejamos naturalmente a confirmagao de: que nossas. ee sagens refletem o intento da Escritura. Seguramente. um método de exposi- ¢40 que se centraliza na obra redentora de Deus tera caracteristicas que ° distinguem da pregacdo que propende ao Iegalismo ou 4 licenga. que usut as obras ¢ barateia a graga. Tais indicadores emergem quando idemtficantoe as espécies de mensagens que tipificam os sermées cristocéntricos. Pelo fato de os pregadores cristocéntricos extrairem consintemtemente verdades reden- tora de toda a Eseritura, mensagens realgam os temas centrais da ex- plagdo, enquanto relatam todos os assuntos de {¢ e vida. Esses temas, as men- sagens que eles geramm ¢ os assuntos yue comunicam cuem naturalmente em quatro, calegorias. Graca a despeito do uosso pecado. Este ema da fidelidade de Deus a despeito do nosso fracasso humano, fraqueza ¢ rebeliiio, freqlicntemente surge quando Os pastores precisam trabalharcom passagens que detalham a nerves sidade ou fragilidade do povo do pacto. Mensagens Sobre nossa adogiio de filhos de Deus ¢ a seguranga que essa relacio produz a despeito do nosso pecado. resultam naturalmente. Os pregadores l6picos estimarao incluir nessas a privilégio de os crentes descansarem no amor de Deus (os princi- fii. € da nossa confianga no amor de Deus (a gléria da Graga que elimina a culpa do pecado. Mei perdio fluemdo tema du s z gens sobre justificacdo ¢ a puriticadera, Os topicas de t $ mensagens Tapi- DFSENVOLVENDO SERMOES REDENTORES 327 damente resvalam para a necessidade de contissao, arrependimento ¢ confianga na Suficiéncia do sacnificio de Cristo. Graga que vence o poder do pecado. Mensagens de santificacdo ¢ for- jecimento espiritual repercutem da proclamagio biblica da eficacia spiritual do Cristo eternamente presente. Com esta mensagem da graca triunfante, 0s pregadores equipam os santos para a batalha contra o mundo, a came ¢ 0 dia- bo, firmados unicamente na vitéria eficaz no poder do Espirito e a verdade da sua Palavra. Graga que compele a santidade. Quando os crentes véem que 0 todo da Escritura—a inteira extensao da revelagio biblica — é um estagio para a des- crigio da graga, 0 coragio deles responde em temor reverente humildade. Essas respostas [undamentam mensagens de adoracio e obediéncia em suas proprias motivagdes, €tornam a aplicagdo de toda a verdade biblica o fruto de agilo de gracas, louvor, gratidao e amor servical. A pregacio cristocéntrica ndo anula os padroes normativos da conduta crista, antes, situa sua fonte no. poder constrangedor da graga. As normas. de obediéncia nao mudam. mudam. MARCAS DA EXPOSICAO REDENTORA De que maneira moti vamos outros a serem santos (o principal interesse do Ailtimo assunto da sega anterior) constitui-se frequentemente no sinal revelador da pregaciio cristocéntrica, A consideragdo pela necessidade da obedicacia his- foricamente tem causado muita critica & pregagdo centralizada na graga, por- que ¢ dificil remover a obediéneia como uma qualificagao ao favor diving, sem_ purecer remover os padrées biblicos de conduta como imperativo aos cristi Pregacdo consistente da necessidade e motivac3o adequada para a santidade ¢ uma das mais dificeis tarefas que os pregadores enfrentam a cada geracao > A_ vitoriosa (i.e. biblica, ao oni ica carrega as marcas da obediéncia motivada pela gracg ~ insistindo sobre a aplicagdo contemporinea dos manda- tos biblicos, enquanto fundamenta a fonte do compostamento cristio ne reco- nhecimento da provisio de Deus. ‘Considerar também a similaridade dos debates sobre a controvérsia. quanto ao “senhorio” emeurso, com u Controvérsin Marrow, na histéria da Reforma. Cf, Greidanus, Sola Seriprera. 13 23. Cf. Rm 6,b: GI 3.21.22; $.13-26. 328 U wid TEOLOGIA DE Mensa TRICAS Come! EDENDO-OS Et Tas DA GRACA Campreensdo Histérica Contam-nos os historiadores que um dos mais admiraveis aspectos da vida de John Bunyan foi sua recusa em permitir que a prisiy 0 dissuadisse de exer. cer seu ministério. O autor do Pilgrim's Progress esereveu muitas das me mais influentes mensagens cnquanto encarcerado. Na verdade. a prisiio o aju- dou a fortalecer ¢ galvanizar muito do seu pensament ; \ teologia de Bunyan : a nore: de Dati Counce assumiu forma mais concreta quando, enfrentando a morte, debatia com seus Campanheiras reli giosos na pristo seu cere: ea ado amor de Deus promovia santi- _ “Gade ow licenca. Por sua propria experi¢neia, Bunyan reconhecia que o.amor eracm alto grau mais poderoso motivador do que o temor24 Manteve suas canvie. ¢&0, Nao tanto por lemer maior dano da parte do seu Deus, mas porque ele nutria um amor irresistivel pelo seu Salvador. ¢ se rendido. cGes ¢ seu testemunho a despcito da persegui ¢ a intimidagao apenas v tivesse motivado, Bunyan teria de imediato simais imed atlas umeacas dos seus perseguidores, cam a intengdo de reatar as relagdes com Deus. mais tarde. O amor pelo Salvador preservou tiel o peregrina sofredor. A realizagdode Bunyan reflete a compreensdo que caracterizu as aplicacées da pregagao cristocéntrica, Desde de que cada ensino da Escritura funcione den- tre da esirutura da explic: recorrer & Jo de Deus ¢ provisdo de sua obra redentora, temos de ara induzir outros a executar o que expomos, A graga nao auxilia mer ments condutas justas. cla sacorre na apreensfiodo infalivel amor de Deus que tora possivel a reud: humana. Se obedigncia é apenas uma pastura defensiva que nossos ouvintes assumem pare desviar a ira divina ou lisonjear o favor divino, entio, santidade humana nada é se Autoprotegdo € autopromogao sto do un culemismo de egoismo. Mentaveis substitutos de De gozd-lo para sempre”, porém, as primciras alternativas sido resultante defimtivos de vidas devotadas a Deus por temor servile med abjeto.** ‘ego a palave ot neste capitulo nae ne sentido bib! doo uso mais comum de une ce ade lemor reverent has segun- ode dane: pessoal 1. Confis reve Carecisme de Westin pergumta | Go de Fé de Westminster, 201. A liberdade que Cristo. Fiber libertos do... dom tho Ew wecuda, da ira a GS eTenntes consists em Seren eles da maldigt dat lei lerem cles livre acesser one OIVENDO SERMOES REDENTORES oat Se tanto a légica quanto Escritura tomnam evidente que o lemor interess¢iro se constitui numa ameaga maior & santidade do que a seguranga do amor. por que persiste a comtrovérsia sobre s¢ a ameaga, da culpa ou a promessa da graca € “que mais estimula a Saitidide? A resposta simples € que os pregadores sentem {necessidade de um corretivo. Lmaginamos como podemos compelir outros ou até ands mesmos, a buscar justiga, se no ameagamos com & rejeiciia, se no prometemos retribuig&o, ou impomos: culpa. Reconhecemos que cada uma dessas abordagens & poderosamente persuasiva, € 10 segredo do nosso coragao pergun- tamos: Que motiva terd o povo de Deus para obedecer, se tudo quanto fazemos € assegurd-los do seu amor? Compreensdo Pessoal ‘Afinal, o problema que todos os pregadores enfrentam € 0 que eles créem ser arelugdo entre a conduta das pessoas ¢ a aceitagao de Deus. Somos santos isando & aceitacdo de Deus, ou por causa da aceitag’o de Deus” Eu nao com- _preendiaa importancia dessa quesiZio mesma depois de vairios anos de mi mistéria. Nao obstante minhas boas intengdes, uma franca apreciagao de minha congrega- cio aponiou muitos que pareciam distantes do Senhor, Seu vazio espiritual era 0 mais desanimador, pois a igreja tinha quase dois séculos de existéncia. Muitas fumilias fregiientaram-na por geragdes. Alguns conhecian muito melhor a Biblia do que eu ¢, depois de estarem na igre]a por tao Jongo tempo, cada qual sabia bem como o cristio deveria se conduzir. A maioria conscientemente observava 0 eddi- de conduta da comunidade — os cOnjuges mantinham-se fidis, nio furtavam, nao bebiam em excesso, nem praguejavam em ambientes refinados. Predomina- va aparente conduta crista. As atitudes, entretanto, nao eram tio exemplares. Eu ndo podie compresn- det como pessoas tio bem instruidas acerca da pessoa de Dews pudessem ser tio amargas, oprimidas pela culpa. to freqdentemente abatidas, to frias ums com 2s outras e tia intolerantes em relaciio As faltas dos crentes mais Novas. Suas palavras e agdes exteriores professavam lealdade a Cristo, porém fullava agsim como fazer um homem 6 bem ou evitar ele o mal, pargue a lei enima aquile e proibe isto, nda € prova de estar ele debaixo da Iti ¢ nll debaixo da graga (Os supracitados usos da lei no so contréios & graga do Evangelho, mas suavemente cundizem com sla, pois « Espirito de Cristo submete e habilita 2 vontade do homem a fazer livre ¢ alegre jente aquilo qué 2 voniade de Deus, revelada na lei requer se fuga (énfase acrese Rm8 18. 330 Una Trotecia MENSaciins CRistOCENTRICAS amor, alegria, paz, paciéneia e resignagao, Eu ficava muito irtado com aquelas pessoas por sua curéneia de resposta sincera & Palavra que diziam amar, Daf comecei a perceber que era eu o problema, ¢ outros semelhantes a mim, € nao. aquelas pessoas E Deus. © que eu tinha de reconhecer, porém, era que. embora minbas mensa- ~ gens operassem mudan uw langava mao da culpa e do medo para motivar as pessoas A obediénciaa ade camportamento, meu ministério parecia produzir poucu maturidade espiritual, Dirigia-me, por exemplo, aos to se desintegrav ais Cujo casamen- ulegando que a causa era 0 fato de ndo estarem honrando a Palavra de Deus em seus relacionamentos pessoais, Digia-lhes que deviam mu- dar suas atitudes, Deus queria abengod-los, porém persistinedlo em sua desobe- digncia, nao podiam esperar seu amor. Eu via mudanca de comporlamente, po- rém pouces sinais de auténtico crescimento espiritual. Ao contr: anos mais tarde essas mesmas pessod 710, uM ou dois yam prisioneiras da depressao, almente indiferentes. Por fim, o Senhor abriu-me os ollios pi se Lorn gates Ou espi 210 meu erro, Dizia ds pessoas que o caminho para se libertaremn de sua culpa perante Deus ¢ se assegurarem de sua béngdo cra conduzirem-se de modo dilcrente. M. pessous esperam muckan que isso implicava? Se as s liberte da culpa, em que_ ho comportamente que estado confiando para afast Ja? Nelus mesmos! Estava coagindo as pessoas a pergumtarcm: “Que atitude da minba parte me justo perante Deus?” Nao cra de admirar que a f¢ «eles no amadurecia, Sua fé consistia no que poderiam fazer para solidi far icar a propria condigao peran- te Deus. Estimulava as pessoas a olharem para si mesmas e nao para a cruz como o lugar para extinguira culpa ¢ encontraro favorde Deus. Sem intengio conscienie —e de modo contraria 4 teologia em minha mente — eu estava intra- duzindo 4 forga a cunha das obras humanas entre meus ouvintes e Deus. As pessoas que me onviam, embora tivessem mudade alguns aspectos da propria vida, a fim de obter minha aprovag fo ¢ certeza de afeigdo de Deus, estavam realmente longe de compreender Deus desde que vu havia comegado meu mi= nistério entre elas. Justificagiio pelas obras havia entrado em minha pregagie sem que eu per besse. Indicava (se nao declarava diretamente) que nos lornimos aceitdveis a Deus por sermos bons o suficiente. Nao ¢ de admirar que as pessous fossem 140 duras, amargas e fr ando que, se elas apenas oferecessem a Deus mais trapos imundos, cle [hes seria mais favordvel, ou sorriria mais, ou Samaria mais. as estava en: DeseNvoLWENDIO SeeMoes REDENTORES 33t Que Deus cruel eu thes mostrava, Que Deus graciaso eu |hes havia negado, ensinando-lhes que o amor de Deus dependia da bondade delas. Fu as havia Tomadlo Inlolerantes com relagao aos crentes menos maduros. Como me ouviann, avaliavam a santidade delas por suas obras e, daf, que melhor meio havia para nos outros? AS confirmar sua propria justiga do que detectar faltas mais 2) pessoas em minha igreja tinham mas atitudes e haviam perdido todo interesse em matéria de fé, e eu era tio culpado quanto elas. Compreensao da Formula Se mudanga de comportamento apaga a culpa ou sobrepuja seus efeitos por satisfazer as santas exigéncias de Deus, entio os fariseus estavam certos (1.0,, Deus amae favorece aqueles que siio mais justos que outros). Podemos repre- sentar tal comprecnso de fé mediante esta simples férmula: Culpa # > cancelada pela mudanga de comportamento = legalismof ma. Pregadores evangélicos ndo aspiram aestit férmula para expor suas mensa- sens, porém esta é a mensagem que Nossos OUVIntEs reecbem quando os crentes causa da aceitagao divin rovisiio de Deus €a tinica nao estio seguros de que a co proprio impulso da justiga humana, Somente quando os crentes agirem com um reconhecimento consciente de que Deus os aeeita ¢ as suas obras, unicamente como resultado da obra do seu Filho, podea justiga deles tera capacidade ue glorificar a Deus, e néio de servira, si mesmo: de gracas ¢ louvor 2 obra que Deus tem realizado. A culpa nos arrasta para a ‘agralishio nos impele para uma vida de obediéncia verdadcira. Contor- midade com a vontade de Deus torna-se, assim, uma forma de tlouvor em vez de uma tentativa de suborno. Desempenho egaista ¢ ineficdcia servil dissolvem-se na realidade do amplexo divino que inspi aconfianganaamor de Deus, instila O. desejo de retornar aos seus caminhos ¢ habilita a busea saci dos seus propo 0 ‘de compensar a Deus pela nossa culpa, a confissio pode se expressar ma tristezt Surge o verdadeiro urrependimento. Excluida a percepgio da necessistadle piedosa que torna sta gldria, endo nosso lucro pesswal, foco dus nossas pala as € agdes. a a Uta ThoLocia De Mensacins Cais toceNTRicas Culpa#>cancelada pela fs i oe ‘a a ja > produz atitude reconhecida = arre i => produz atitude reconhecida = arrependi. mento - sa formula de fidelidade de: ; , alia os pregadores a reconhecerem o perigo de sermoes que nao contextualizam seus ensinos em verdade redentora, Ond ac e: lar visi v i 7 a. compreensio da plena provisiio ¢ do infalivel amor de Deus ndo precedem : conduta certa, ocorre dano espiritual. : MPREt NDO OS MEIC DE GRAGA Ordenar as pessoas que fagam o que ¢ certo sem explicar por qué ou como, inevitavelmente as fere, pois pussam a considerar suas agdes ¢ cupacidades como a causa da accitacdo ou afeigdo de Deus. Como resultado, muito ean bem-intencianado, ministrado com o motivo de ajudar as pessoas, Sb: por las. Se tudo que ouvem sao imperatives, os crentes enfrentam o desespe- fo ou simulam justiga propria. A cura da alma comeca coma mensagem de que Deus graciosamente aceita nossas obras que Ihe siio oferecidas em gratidgo por nossa salvagao. porém nossa uceitacioe santificagdo jamais resultam de qual- quer coisa, seniio da graga.*” Os cristdos no podem obter ou merecer nada mais do amor de Deus. uma vez que a sriga jd concedeu e assegurou todo-o amor que hud para receber. Podemos experimentar mais das bénefios de Deus e desfrurar mais da sua comunhiia como resultado da nossa obediéneia, mas nde comemos 0 riseo de ser rejeriados por Deus por causa dos nossos [Tucassos. : Jossas fraquez: mprometem o amor de Deus, [sso nao significa que o pecudda nzo tenhe consequncia na vida dos erentes. Podemos experimentar a disciplina divina como resultado do nosso pecado, ou simplesmente enfrentar as repereussées de ignorar os padrées que Deus oferece para a nosso bem. Enire- tanto. a disciplina paterna, mesmo que severa, expressa respeito ao seu bem-estar (Hb 12 Zi umor pelo filho ¢ diz 11), Da mesma forma, umacrianga é mais saudivel emocionalmente quando inexiste qualquer problema acerea do. amor incondicional dos pais. os {ilhos de Deus sao espiritualmente mais sauddveis quando ensinados de que nao ha problema acerea do incondicional amor do seu Pai celestial Nova York ed. rev. (Gi gong and Co. : p 1953}, 532, 535: ive Views on Sanctification. org. por Donald erVarsity, L9S8). [DEsENVOLVENDO SERMOES REDENTORES 333 } Somos salvos somente pela graga. ~% Samos santificados somente pela graga. 3B Somos protegidos somente pela graga, A pregagio que € fiel aessas verdades biblicas jamais estimula os crentes na diregdo da santidade com a ameaca da rejeigao divina em lugar da graga, o {undamento da nossa relagao com Deus. Isso nfio nega aos pregadores o direita aresponsalbilidade de desafiar o impenitente com a necessidade de mudanga que desviard a disciplina ¢ evidenciard a verdadetra fé. Nos simplesmente no empregamos a negagio do amar como alavanea para a santidade. O primeiro aio pode produzir 0 dltimo Os Motivos para a Mudanca Nunca os efeitos da exposicdo cristocéntrica se mostram mars claras do que quando os pregadores aplicam as verdades biblicas 4 vida de cada dia**Os motives para a obediéncia que permitem & graga recolocar a umeaga divinaou o ganho pessoal, incluem: “Una resposta.ao amor que nos é mostrado por Cristo, Cencentacio sore ‘amor que Deus profusamente nos concedeu, torma a justiga um dom que ofe- recemos a Deus em reconhecida devordo por sua abundante provisdo pelo nos- so pecada. Sem esta apreciativa resposta, 2 obediéncia néo pode manter sua imtengde doxoldgiea ou propiciar livre curso & culpa que sentimos como conse- giiéncia de nosso pecado. Quando @ amor motiva os erentes A obediéncia, a culpa que sentimos pelo fracasso espiritual € o remorso pelo fato de termos abandonado 0 Unico Scr que nos ama bastante para sacr ificar seu prdprio Filho em nosso favor. Esta “boa culpa” nao é.a vergonha egofsta da recusa, nem © pagamento aulo-orlen- rado de uma exagerada peniténcia. E uma realirmayao do nosso valor e pasigho roduz renovado zelo quanto aos seus propésitos, um ae um desejo mais intenso de i] md vontade de senso mais profunde da extensao 4: Jocom nossa vida. Essas afirmagées ndo exibem f glorifi pregar com autoridade, antes. expdem a repercussdo de uma firme certeza de que o amor — mio o temor, ou O Odi, ou eu mesmo — é a forga mais poderosa da na pregagio expositiva precisa responder a quatro pergunias: que BICAS vida, Essa ¢ ratio por que 0 apdstalo Paulo, que identificou o amor come sua maior compulsao no ministério (2Co 5.14), nos incita a oferccermos ands mes_ mos como sacrificio vives “pelas misericérdias de Deus” (Rm 12.1), € procla- ma a graga come poder que nos Cnsina a negar-nos ands mesmos ¢ viver para Deus (Tt 2.11). ama, Se Deus nao amasse, nao admovsiaria, Os pregadores néo devem inter. pretar as conseqtiéncias do pecado que a Escritura revela como sendo indica- ges de que a amor de Deus ¢ condicional. Este ensino nao significa que de- vemos evitar fazer menciio as conseqtiéncias bibli sdo pecado. Ao contra- rio, devemos apresentar a identificagao biblica das conseqiiéncias de pecado como revelaciio graciosa de um Pai amoroso, que nfo deseja que experimen- temos as conseqiiéncias da nossa propria rebelido, nem que enfrentemos a disciplina que ele deseja dispensar para nos dissuadir de danos ainda mais sérios, Semelhante pregagiio jamais caracteriza a ira de Deus paracomo seu povo como reparagio punitiva, mas capacita os ouvintes a discernir a disei- plina redentora. Amor pelos gue séo amados por Deus. Quando uma avaliagio do amor de Deus, a despeito do nosso pecado, motiva nossa obediéncia avele, entdo, ane- wessidade de se estabelecer nossa postura correta cotejando-a com outras, mor- re. Amor a Deus transborda no desejo de agradd-lo cuidando daqueles a quem ele ama, Orgulho e juizo critico se des inecem. Os cristiios se unem com os necessitados precisamente porque a gruga Ihes assegura que podem “dispor de recursos” para agir desta forma. Somemte a pregucda cristocéntrica produzira essa confianga frutifera, Porque muitas pessoas consideram sua ubediéncia como algo que lhes é dado, como se fossem os direitos que mantém sua condigdo de membros do reino, a ago da graca como motivo da conduta eristi oferece riscos, Devemos per- ceber que intimeros pregadores que admitem que o alyo de uma boa pregagiio ¢ ameagar as pessoas pela sua culpa, da mesma forma camo muitos congregantes créem ser seu dever assumi-la, Ambos os partidos esto habituados a sentir alivios somenteapds um deles ter-se sentido por longo tempo mau osuficiente para obtersa eraca, Para ais pessoas, sentimentos de culpa e obedincia penosa so peniténeias que nao desejam que Ihes sejam negadas, Mesmo n mais superit- cial aprecnsdo da verdadeira santidade de Deus e a real hediondez de pecado cedo convencerio da futilidade de tai aquele de-expressé-los. A verda gestos tomario insens! Jeira santidade nfo dimana m ou impedirao mente de uma obra da justificagdo. de Cristo na propria vida. Muitos tm ume ap: consciéncia da malignidade do pecado, mas de uma profunda apreensio da.capa- cidade da graca somente para curd-lo,” Os Meios da Mudanca As uplicagdes da verdade biblica ndo se: completam até que © pregadorexpli que como se ligar ao poder que Deus propo reiona.? Desde que a pregacao cris- rocéntrica ensine as pessoas que elas nfo podem ser 0 instrumento da sua cura espirital, os pregadores precisam também explicar como obedecer a Deus: Da mesma forma como os deveres da conduta cristé podem conduzir alguém por desvi0s. caso nao seja praticada por razGes correlas. molivos corretos da obedién- cia pouco proveito terdo."! Qs pregadores objetam que muitos textos indicam.o que us pessoas deveriam fazer sem indiear como. Por exemplo, os Dez Mandamentos parecem listar ape- nas os imperativos de Deus, porém as tubricas basicas da exposigao cristocéntrica vamem socorro em tais situacées. Em virtude de sua inclusdo no registro reden- tor, todos os textos tomam parte na mensagem da suficiéncia d¢ Deus e na insu- ficigncia humana.” Assim, mesmo que uma passagem ndo faga re feréncia dire- ta aos meios tipicos pelos quais os crentes buscam a capacilacao de Deus (por ex., orar pelo seu trabalho, confiar em sua providéncia, agir conforme suas verdades e buscar o Espirito), aspectos do texte ou do sew contexto nos apon- tam para longe de solugGes prdprias e na diregdo da busca da proviso de Deus. Ao expor uma perspectiva da passagem sobre a insuficiéncia humana, 0 pregador naturalmente induz os ouvintes A contissfio da necessidade de Deus. 39. Ch Richard Lovelace, Dynamics of Spirtiual Life (Downers Grove, ILt ImerVasity, 1979 “Samente uma fragio do stual conjunto de crisidos professos Je Tsu < da extensdo e culpa pelos scus pecados qué consciememente véem pouca necessidatle da justifieagao, embora sob a superficie da vida, s2jam protundamente dominados pelo pecade c inseguros. Outros tunlos tm um campromissa tedrico com essa doutrina, mas em seu dia-adia da vida, confiam cm sua santificagao pola justificago derivendo sua certeza de aceitagao por Deus, proccdente de sua sinceridade, de sua experiéneia pregressa de conversio, do seu recente desem- penta religioso, ow da relativa infrequéncia de sus desobediacia conseiente ¢ obstinads. F Goahecem 0 suficiente pars iniciar cada dia © programa de Lutcro: voeés $80 aceitos, encarantlo ¢ ior em fee rely ido a justiga ebsolulamente estranha de ¢ para a aceitagio, jo na qualidade de contianga que pr atee aivaem amor e gradao™ (TOT soi, A Primer for Preachers (Grand Rapids: Baker, 1986), 18-19 31. Cohn Miller, Quigrowing the Ingrawa Church (Grand Rapids: Zondervan, 1986), 90 pitt-Watson, A Primer for Prearchers. 22. 336 Una Trotocia pk Mensacens Crisroce vERICAS, Esta, a mais fundamental das posturas cris divina, Em nossa humildade 0 caminho essencial uo poder &ocomo da obediéncia, pois de qualquer modo admitimos nossa fraqueza, tormamo-nos canais do poder que Deus prepara para realizar seus propésilos (2Co 12.9), Por eontraste, quando nossas mensagens apenas incentivam estorgos humanus. nés néio sé negamos insuliciéneia pes- seal come privamos Deus da reveréncia que cle merece como resultado de tude quanto pessoas bondosas fugam. Moisés antecedeu as Dez Mandamentos somuny o livramento de Deus de tal modo que Israel ndo pudesse SOmWn Se imaginar que sua salvagdo estava em suas mos.’ Deus no permitiria sequer “que us pedras do altar que o reverenciava fossem lavradas por méos humanas a fim de que as pessoas compreendessem as limitages do seu trabalho e a gldria singular que Ihe era peculiar (Ex 20.25). Confianca na abra de Deus ¢ confissaode nossa necessidade é a firme mensagem da Escriturae a tinica bage da esperanca dos crentes para cumprirem os mandamentos de Deus, Nenhuma formula particular instruiria os pregadores sobre como manter uma perspectiva cristocéntrica com respeito 4 aplicagiio da verdade biblica. Contudo, quando as pessoas superam a compreensao de uma mensagem de que a graga tanta as motiva como as fortalece a servirem a Deus, og futeis empenhos humanos ¢ 4 va aulo-exaltagdo desaparecem. Os pregadores, dessa forma, precisam fazer da obra redentora de Deus 0 comtetide, 0 motivo ¢ o pa- der por detras de toda a ex plicago biblica. Somente quando as pessoas olha- rem para além de si mesmas em busca de satide espiritual é que encontram sua tinica esperanga ¢ fonte de poder para fazer o que Deus requer, Numa conhecidissima imagem, Francis Schueffer ensinou que devemos nos acercar de Deus com as miios vazias de nossas proprias realizagGes de modo a clamar pela sua salvacdo. Semelhantemente, Schaeffer ensinou que devernos nox inclinar reverentes duas veces por santificagao,* Devernos nos curvar perante as verdades de Deus ¢ as obrigagdes morais da sua Palavra, A pregacio cristocéntrica poe em ordem essus atitudes de obediéneia, Reveréncia a verda- des da graga precisa preceder 0 servigo quanto s obrigagées morais, ou as agdes se tornarao irvelevantes e equivocadas. As miios dos crentes devem permanecer vadias de si mesmas, lantoantes quanto depois da conversao, se queremos expe- rimentar a plenitude da graca. Howell, “How to Preach Christ” 9 34. Francis Schaeffer, “True Spirituality” em The Con Wheaton, IL: Cossway. 1982). 200: ¢ The God W 4 plete Works of Francis Schaeffer, vol. 3 408), is There (Downers Grove: Enter’ DESENVOLVENDO SraMogs REDENTORES 337 Meu Rei Eterno Deus meu, umo-te; Nao movido pela esperanca ligada a0 céu, Nem por nio perecer eternamente aquele que te ama. Tu. meu Jesus, enlagaste-me no abrago da cruz; Suportaste par mim pregos e langa e desgracas sem fim, ; Por que, por que enti, bendito Jesus Cristo, nao haveria de amar-te ussim 2 Nao pela esperanga de conquistar o céu, nem do inferno escapar: Nao com a esperanea de coisas pequenas alcangar, nem recompensa buscar: Porém, do mado como me amaste, 6 Senhor, eternamente amado! Amo-te assim, e amarei, ¢ em teu louver cantarci: Pois Tu samente és meu Deus, ¢ meu Eterno Rei. Poema lating andnime do sécute 17, Traduzido para o inglés pelo Rev. Edward Caswall

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