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Paul Singer ‘oro rena rans AMA Nas paginas deste livro se encontram slidos argumentos reafirmando a necessidade de bbuscarmos uma forma de organizayio social e econdmica que ultrapasse as potencialidades oferecidas a humanidade pelo capitalismo, superando as desigualdades que the ‘sao inerentes. Economista, professor universitirio, intelectual reconhecido nacionalmente hi muitas décadas, militante metalirgico nos anos 50, ha mais de meio século Paul Singer se dedica com paixio - talver a paixto maior de sua vida — a uma defesa das idéias socialistas que no faz qualquer concessio a0 dogmatismo. Ele € provavelmente 0 pesquisador brasileiro que vem se dedicando com mais persisténcia, nos ‘altimos anos, ao trabalho de repensar utopia socialista a partir das duras lighes oferecidas pelas distorgdes e pelos rumos ditatoriais assumidos na ‘experiéncia do chamado socialismo real. Para pessoas como eu, que nunca acreditaram na viabilidade de um socialismo em que 0 Estado tudo decide, nem conseguem imaginar ‘uma sociedad baseada no igualitarismo absoluto, que anestesia © impulso que cada um de nds tem de cereseimento, este estudo de Singer vale como um bilsamo e como verdadeira fonte de luz Para pessoas como eu, adversérias de um certo discurso que solidéria no interior da sociedade injusta em que nascemos ¢ lutamos. Este livro sustenta que foi assim ‘no passado € deve ser assim no presente. Solidariedade ¢ uma palavra saborosa que vale como aposta radical na generosidade do ser hhumano ¢ em sua capacidade de ver 0 , 0 Outro, como parceiro € amigo — no como rival competidor. (0s exemplos discutidos por ‘Singer no final ~ Mondragén na Espanha, Emilia Romana na Itdlia, Pernambuco, historica que permitiré ao ser humano ~ no tempo e no ritmo que se mostrarem adequados - depositar a mentalidade possessiva que ¢ propria do capitalismo na mesma prateleira em que jé esti arquivados 0 feudalismo e a escravidio. Luiz Inacio Lula da Silva O capitalismo se tornou dominante hé tanto tempo ‘que nossa tendéncia é consideré-lo como normal ou ‘08 perdedores ficam na penumbra ou so excluidos. Em Introducdo & Economia Solidaria o professor ¢ ‘economista Paul Singer mostra que para termos uma sociedade em que predomine a igualdade entre todos os ‘seus membros é preciso que a economia seja solidaria em vez de competitiva. Isso significa que os participantes na atividade econémica deveriam cooperar entre si em vez de competir. Neste livro o autor expe os principios da Economia Solidéria defende a idéia de que ela poder ser uma alternativa superior ao capitalismo por proporcionat as pessoas uma vida methor, com solidariedade e igualdade. eLIepl[osg emuouos7] B ogdnponuy sedurg [neg eaneg eayp15, ovssouduyy ‘osouus 2214 OPW ede, sonepy voyeur revoyps opsuuspad6-y oursiqy nasiaq ovdupuny exONPA somp — opanszy ap opmaNL oweaqy nasiag opsepuny LE] some 0 yoy, SzI eHeBoNGE inpyos mune 3s eputoUod2 ep seansedsiog 2, G01 “Xx o]nD95 op wy ou ‘BUEPpHIOS VILOUODD Up OBSUDAUIA Y “| 9 asad — AT S01 “B90n ap seqni> 8 86 ‘uo Sespuopy ap eaneradoos orde10di03 ¥"/ ar sty ep oauey) xuLE] UODUIEI O {65 ‘oUppid ap ourstatte12d00> OZ 6¢ ‘CUINSUOD op oUIs|AfTEFsd00> 1 6¢ ‘voWyoUng ~ ode ol Pe “euIsIH — I] ojnyde> 91 ‘orsaBorsiey 9 opisosony"¢ [1 ‘soque8 sop ovsyusedar & uyprjos rsaiduza a esipendea esaudwa *Z {"ouood9 vu oxSnodutos x 2pepoisep: 1 ‘sonusurepung — J of onuns Scrsaneaaes Nnst lartiersuresqeay or Ov60-14ss CLD Xba ~ Bact 1ass (11) s2u0}eA stig 4S ointd OFS 140-L1140 Capit Fundamentos 1, Solidariedade X competi¢&o na economia s, cad: emprego dave ser dispatado por aumerosos pretendentes, cada vaga nia universidede deve ser disputads pornumeroses vestibulandos, € pen faz pelo menor prego; cla faz com queo mathor venga, ‘ques empresas que ‘mais vendem sio as que mais lucrame mais crescem, ao fasio que as que menos vender do prejuizo ¢ se ite a todos nds consumidates ese: do conseguirem mais clientes acabario por fechar. Os qu hor ndem os consurridores so 0s ganhad n S20 03 pardedores! unpave capital ou prestigio profissional, artistioo etc. entram na esmpe- 8. A apologia da igo econémiea com nitide vantagem em relazZo ai ‘shame a atengo apenas para os vencedres, & dentes dos que se arcuineram, empobreceram ¢ i exclufdos, © que acaba produzindo sociedades profundamente desiguais, Pata que civSssemcs uma sociedade em que precominasse a igualdade entre todos os sous membros, seria preciso que a economia fosse solidéria em vez d2 comp que descen- mente prio, ¢ os bancos do trabalho entre empreses e dentro das empres .ssaram uma vez, desempenha tempo desempreza- produto cue tos, assim como os que siic dutos de outras a atividade especializada da qual resulta um 1 utilidade quando complemantado pelos. idades. O médico s6 cons fate com a ajuda dos remédios pelos servigos prestados por hospitai ‘mesmo vale para quem a fils e para netos Os descendentes dos que acumal brvoxg J Bcoxouts S0.106004 Fuxointexros for mal, acumular dividas, todes pacticipam por igual nos 208 C nos esforgos para sala: os débitos assumidos, Se toda economia foss essoas que as compdem. Haveria portarto empresas ganhdc- ras ¢ perdecoras, Suas vantagens ¢ desvantagers teriam de ser pericdieamente igualadas pars nfo se tornarem curcul que exige um poder esatal que redistribea dinheiro dos ganha- ores aos perdedores, usando para isso impostose subsfcios e/ou crédito. (© que imports entender é que a desigualdade nio é natural ca competizao generalizada tampouce 0 é. Ele ea classe que (por nie dis- nte a verda de sua forga de tal é a competiciio e a Ico desses pric, classe de cravalhacores preendimentos soliddrios, sempre haveria necessidade de um ‘com amixsio de captar parte des ganhos acimado ocialmente nesessério para redistribuir essa rec: jnimo considzrado indispensé- entre os que ganham abssixo do: -afreqiientemente aventada para cumprir essa fungio é renda cidad, uma renda bds.ca igual, entregue a todo, qualquer cidadiio pelo Estado, que levantatia o fundo para esta ends mediarto um imposto ce renda progre: 2. Empresa capitalista ¢ empresa solidaria: a repartigao dos ganhos ‘Naempresa capitalis.a, cs smpregados gana conforms uma escala que reproduz aproxinna cada trabalho determinada poh ‘mesmo mudar deemprego ¢ portanto tendem a procur ‘empresas que pagam melhor. E 0s empregadores sto empregadose essimtendem a procurar as que produzem methor. Da interapoentre oferta—os trabalhacores que vendem sua ca- pacidade dle produziz—e demanda ~ asempresas q a am esealonarento de sal ywe acaba por prevale- soria das empresas. Este mest esc ariagdes, na se astonde a curras caract ferengas de pagamento sio objeto de negociagtes ent cde empregaclos e emprogadores,¢ formam planos de clas- de cargos, em que cada nivel & det lo per cri remuneragiio she Econ Se de cade trabalho é 0 incessanie ajuste entre ofesta e demanda desta forga de trabalho. Como hi forte rivalidads entre as carrei- ras, 08 smpregadores do a algumas, que desejam bereficiar, aumentos disfargedos em bOnus, seguro-saiide subsidiads ete. Esperam com isso que os riio.con:emp ‘mesmo beneticio, Ne emptesa so sho passer aexigir 1ndo recebem salério mas ida. Os sdcios decidem 05, ou quase, Mas lérias adota cera desigualdade das retira- las, que acompanha o escalonamento ¥: preses ca- as ompresas solidirias fi ie a menor e a maicr rotirada, As rardes que levam a maioria dos cooperacores a aceitar ceorta desigualdade de tetiradas varia Fuxoanteyros sos, tum edlculo racional: pagar melhor a técnicos e adminis- radores permite’ cooperativa alcangar ganhos maicres que be- 8 s6ci0s, inclusive os que (én retiracas ‘em geral, os menos favoreci ‘empresas ~ capi € solidstias ~, se dem que algummas cateporias de s6cios devernterF res, é de esperar que esta decisio seja benéfiea para eles. E a tegra que John Rawls chama de maximin. “Desigualdades s0 ara, ou a6 mens todas contri- permissfveis quands: clas maxim vase longo prazc do grupo me- 151). ‘a empresa (08 gemhos sic \Grios: os do me’ wxlos tendo em v'sta maximizar 0 Iucro, pois as decisies a |. tespeito sdo tomadas por cirigeates que perticipam nos lueras & -dameagada se a empresa qte dirigem obliver st, Na ma redugo de dx Moadragén Iyropusso A Fcoxantn Sousa ‘empresa solidaria, o escaloramento das reticadas Jos sSci0s, que tm por objetivo assegurar retiradas boas para todos e prineipalmente para a maioria que recebe as menores retiradas. Por isso, na empresa capitalist, os altos dirigentes re- cebem ordenadas mdz prémios genero- empresa soli alk es poder receber as retitadas mais ‘mas elas quase sempre so muito meaores que 08 ordens- dos de seus congénetes em empresas capit canismos ecritérios diferei mento, Na| 5 num e noatre tipo de empree: fa, a decisio sobre a destinagéo do lu- as, quase sempre dominada per crocabe a sssembiéiade aci para fundos de desses fundosé aerescida ao zap) luero & apropriado, imediatamente cu alguns anos depois, pelos acionistas, sempre em proporgo ag ntimero d= ages possufda ‘educacio (dos préprios sCeios ou de pessoes que podera tutta é poste em fundos ce im iva mente para cade sécio, pelo mesmo eritério ce ropartigBo da par- celadas sobras paga em diaheiro. Sabre o fundo erat 2a juros, sempre pela menor tax se retira da cooperativa, ele tem 9 direito de idodos jusos aeleere- I zepresentauma desea 1 no rertence aos sécins queo acumula .s A cocperativa como um todo, Os cooperadores que s° fopds a sua criagao, jam; como fato di Ele notou que os sécios mais an os reeém-chegados & empres: reitcs © vantagens decorrentes vas que novos trbalhadores que varia em geralemire s 160s, inclusive pela fixagzo da cata de capi- O fundo indivisivel sinaliza que estda servigo de seus sScios auais ape ummoucke A Scowow Scuodea Fuxoatentos (referida apenas ao se valorize excessivamente, o guedificultaria vos sScios, Hd casos em que aempresa o rentvel, o que a toma valicsa ne mereado. ‘em que empresas so compradase vendides, Os s6cios mais am tigos podern ficar tentados a vender a ecoperativa aalgumaem- teressada, Se, n3 entanto, uma grandc parte do capital da cooperativa estiver visfvel, esta tentacdo 6 mui mobjetivos diferentes. O mesmo vale paraa destinagzo Iuctos cu sobres. Na empresa capitalisia, pre 1. Na empresa solidria, prevalecem o poder o inte- resse dos s¢cios, cuja maioria em geral ganka menos por consti- tui a base da pirémide re reforgar a solidar ages 2 consultes fluem de baixo pars cima ¢ as ordens ¢ strugSes de cima para baixo. Os trabalhadorzs do nivel mais xo sabera muits pouco além do necessirio para que cumpram fase rotingiras. A medica nierarquia, 0 conhecimento sobre a empresa se porque as tarefas so cada vez. menos repetitivas e exi- \dade por pazte da trabalhador, Nos +9 £0) nto scbre a emprese deveria ser ‘que cabe 2 seus ocupantes tomer Gecistes es- is rumos Futuros. io 6 totalmente realisia porque no consi- ipetisllo enie se:ores © grupos de emprega uados nos nfveis intermediatics ¢ elevados da hierarquia gerencial. Sodretudo em empresas grandes, gruposrivais dispu- conto, cada um deman- dando al para expandir 0 setor em que exeree poder. (Os gerentes da produgo cuerem equipamentos novos para aper: _gerentes de vendas e marketing vs de produgdo, Fa contratar cursos €e A competicio exacerbada entre setores © grup dade do conjunto, pode nto de empresa como ue seria exe: peti vista como essencial para obter o esfargo miximo dos dos. Mas, para ants, seria preciso que el ‘ho sobre oque se passa na empresa, o que a 3répriacompzti¢ao 7 Kernopucio » 1.0 segredo do negécio, que protege a competi- is, é ulilizado tam>ém pelos com- mde suscitar grupados em yoperagtosao, cooperago entre 0s empr famertose sucursais, Competigloe 12 na comperigic; se voc ndo que depend2 de sua aj radigoa irmullas que yeia do pes- Ike permitam extrair o maximo d> trabalho > efi soal empregado, ‘A empresa solidéria se administra democrat ssessidace. Quando ela é grande, assem- ffeil organizar uma intervalos bigins-gecais sio mais racas porque § se rednem para n empre le comtdenadores. encarregacos fe os mesmes. A autcridade maior é a assembléia de todos leve adoter as diretrizes a sorem cummpridas pelos altos da administragio. is Fuso Para que a autogestdo se realize, & preciso que todos 05 se informem do que ocorre na empresae das alternativas dispontveis| le cada problema. Ao longo da em- Po, acumalam-se diretrizes © decises que, uma vez adctadas, servem para resolver muitos problemas freqientes. Mas de ver. ‘em quando surgem problemas que so complexos ¢ eajas solu- mde se preocupar com os problemas empresa. Esse es forgo adicional produz.6t cdo se trata de envi fante quando é precise s2 or pr6 ou contra companheir O maior ini Em geral nio é a diregio da evoperativa que sone aos sécins, sZo estes que preferer \iregao para que ela decid em I 19 Pena de delogados, cue tém que prestar contas ans colegas que representa. ‘A pritice aulogestionsria corre o perigo dese (Os gestores da ecoperaciva enfrentamn fre 's urgentes, que tém de ser r ipo de consultar outros sécias. Nas assembléias, 05 pro- biemas e as sclugSes adotadas pe em diseuti: se a solucdic Se nao houver algo emecionante, é provével aprove razidamente © sem prestar atengao os s informagdes relevantes séveis,cujas assam a se concentra em circulos sel propostas em toda chance de seraprovaclas, pel 9 que diz. que ecoperativas que vio mal F2- e ser cocperativas. Como gene- a diregao é substi 1em pedem vir a apresentar 0 quadto of esorgo concentra 0 pocer de decisio de ‘empresa escomrega sem perceber parauma pritica de hetzrogestio. ‘Mas ruitas ecoperativas que tém autogestio, pois seus sécios fazer cerios: porque gostam ce participare se realizam ra ‘outro modo de produgie. 20 (O perigo de degeneragiio de pratiea autogestionéria vem, em grande parte, da insuficiente formagio cemceritiea dos s6- cos, A autogestio tem como mérito principal nto a: econdmica (nesessiria em si we proporciona gos: nes o desenvolvimiento humano gure, para isso que vate « pena se erapenhar aa econ) solidaria, Acomtece que, at€agora grande pace dos esoperadctes cooperat As pessoas no sio racuralment assim como niioo sto Ahe:erogestio. Po.cos o nearrente: ‘© que Thes passa accncezer se deixarem de ay Tes, Aprende-se z obedecere temeros “superiores’ desd Sto por acaso apa vogo de outros a Iytaopucho A Ecoxe ssa cargg alienante 6 sacudida quardo a pessoa se envalve ev iutas emancipar6rias, que desafiam a ordem vigente: greves, nanifescagies de protesto, reunides de comunidades eclesiais de ase, ocupagdes de terra visando 4 revorma egrariae muitas ou- 1m os iguais, insurgir-se contra a sujeigio ea wuem experiéncias redeatoras, Quando reizera- tras, Irmanar-se. exploragio co: as, modificam 0 comportamento sccia! das sujeitos. Bn empresas solidrias, autogestao se pratica tanto mais au igiosos, As lutas emencipat as alteramas in: do praticas demoerivieas 2 banindo as politica, cucras conqui 5 pele revolugic feminina, que esti abo- que esté acabando com a re eres (ado ura pximero erescerte de pressiio sexual dos sobre:udo das nao), Da mesma .e demsera:iaands: sindicates, partidcs, escolase universidades, ce Esses evangos antiaucori-drios e democritices fazem com que as novas geragées sejam menos reprimislase passivas que as de seas clentificos. izrejs ete pais © avis 2 ‘Tudo isso provavelmente esté por detrds do atual surto de autogestio em qaase todos os campos de interagiio social. Cres- ce o-ntimero de pessoas que se acestumaram a eleger autorida- des, desde o grémic estudent Faculdades ¢ departamentos na , Sindicatos e associagSes ais até prefei- tos, governadores c presidantes da Republica mais trabalhar sob 2s ordens de che' interesse —0 luero- a vidades desenvolvidas na empresa 1 datas é a econdmica que serves ser eficiente em fornar empresas eapitaistas comperitivas © 6 oque seus donos almejam. A autagestio pron mente produtivas gue é o que seus seis precisam, Capitulo IE Historia 1. Origens histéricas da economia solidaria ira Revolugao |, procedida pela expulsiis em massade camponeses des snhoriais, que se transformarar no proletarieds me: demo. A exploragio do trabalho nas féibricas nis tinha limites legais ¢ ameagava a reprodugio biolGgica co proletariado As ceriangas comecavam atrabalhar tio logo podiam ficar de pée 2s jornedas de trabalo cram tdo ‘ongas que o deb litamente fisies dos trabalhedores ¢ sua elevada morbidade e mortalidads impe- diarn que a produtividade do tabalko pudesse se clevar. Por isso, indu: garam a pro: por leisde protegtio aos trabalhadores. Entre eles encontrava-se © britanico Robert Owen, proprictdrio de um. imense complexe orar plenarente os traba- {@xtil em New Lanark. Ent: vez de ex} Thadores que emoregava, Owen decidiu, ainda primeira déca- da do século XIX, limiter a jornada 2 proi ‘gas, para as quais ergueu escolas, O Owen dava aos assalatiadss resuliou em maior produtividade iro emprego de crian- mento generoso que que tornou sua empresa bastante lucrativa, spesar dé gastar mais coma folha de pagamento. Owen tomsu-se obje- tode grande zdmirayao 2 respeito, adguirindo fama de filantro- antes do mnunds inteiro vinham « New Lanark center ro gasto com o bem-estar sob & forma de Tuer de cada exereicio. A Revolugdo Francesa provocou um long: ‘na Europa, que se encerrou epenas em 1815, aps lode guerras vitéris brit nica sobre Napoledo em Waterloo. Logo ase; Gid-Bretania caiv om profunda depressio. Ower apresentow uma Proposta para auxiliar as vitimas de pobreza e do de: restabelecer acres ‘da atividade econdrrica, Ele diagnos nz que adepressti era causada pels desapar aeconomiada regoe tiecu corrat & cemanda por armamentos, navios, provisées e demais jos condugiioda guerra, Com apertia do ‘1a- dosquees ‘ocupatios na producto bélica, 9 mercado para ain: mbém se coniraiu, Para reve:- ter essa si trabalt adores ocio- ies ganher 2 gastarno cansumo,o ia 9 mercado para outros produtsres, igo era necessirio roinserit sos na procugzo, per perativas, em ead soas trabalhienlo ns uma cas quais viveriam cerca ¢ etre. em industrias, prod: sua prépria subsisténeia. Os exeedertes de or sertrocados ent ew Ezonosm So ada Aldsia, Owen tentava mostrar le recursos, fois os pobres seriam to teria de ser investi ue heveria imensa econon reinseridos & produgdo em ver. de permaneserem desocupados Em pouco tempo, a desnecessidade de continuar st jiria devolver aos cofres publ maiordespe lista (devi de parte substa ga de trabalho. Hi um eferivo emps- se concentra nos que foram ex- por Jchn M, Keynes, tami da década de 1930. De: Keynes, antecipada 119 anos artes por Owen Mas, na segunda décads do século XIX, 0 gaverno britanico “Quanto mais Owen explicava o seu 1e ele propuaha nio cra ‘mas urra mudanga, “plano® iplesmmente baratear 0 sustento dos pobi completa no sistema social e umaabolicdo da empresa luct a" (COLE, 1944, p. 20). Com isso, Owen rerdeu seus, res d ludido, partiu para os Estados ‘Unidos com a intengio de erguer num meio soc: novo,e por isso menos deteriorado, uma Aldei erative que seria 1ado por pessoas de lecida, em 1825,em New wvas cisdes. 26 terra, ‘Mas, enquanto ele pzrmanecia além-mar, seus discip ‘comegaram a pt em pritica as idéias del dores coms atentado a livre concorréncia e foi usada pata perso Com z sua revogagaic, era 1824, no dose, juntamente com eles, eooperat A primeira cooperativa ovenista foi criada por Geonge Mudie, que reuniu um grupo de jornalistas e gréficos er Lon tudo o que possuie: 1.C00 librasestertinas. Durante algum tempo a Comunidade progrediu ¢ iniciou experiments 2m educagioe num sistema de re; de wrabatho de qu Combe faleseu Para pagar as dividas assumidas (Cote, 1944, Brighton, um ugar de veraneio, foi pal iva cooperativa encabecada pelo Dr, #0 baseada em pagamente igual por hora a Ixmwepete A Boonen Sorta era corhecide como “méd Brighton Co-oper rativade Troca de Brigh! munidace cooperativa owenista, mas ela comecou por funcionar como armezém cooperative para ajudar a formar urr funco de 827 surgi tion (Associagio Cope: como objetivode fonnar uma co: capital, Sous sécios eram predominantemente oper cingio arrendouterras ¢ empregou membros no cul cendentes desta pi Worthington, Findon, Tumbridge Wells, Canterbury ¢ Gravesend, Em 1820, soziagao por problemas familiares € em 1832 ela desapareceu cor Association eomegou, 1 de um pequeno mensirio The Co-operator, redigido por King ¢ dedicado a expr sistematicamente os prine'pias do ecopera:i- Em seu erator registrou a existencia de ape- nnas quatro cooperativas; em meados de 1829, este niimero jéi era fir do ano atingiu 130, além da abertura do London a se deseavolverim em Brighton vismo. Ele duroa dois anos e penetrou em to: Co-operative Bazaar. Emagosto de 1830, King encerrou a publi cagio do The Co-operator © 0 ntimero final registrou a existén- ‘cia de mais de 300 cooperati Nessa Spoce, a imprensa eoope- rativa também se havia diversificedo, com 0 surgimento de no- vos digics (COL, 1944, 9, 22-23). No meio dessa ascensio do ecopers foi assumido pelo crescents movimento sindical e cooperative daclasse trabalhacora. Unr dos seus grandes Ifderes, John Doherty, conseguiu, em 1329, orgenizar os fiandeiros de algcdio em um sindicato nacional, A partir desta vit6ria, ele passou a lutar; ‘organizagio sindical de todas as eategorins de trabalhedares, lo- ‘grando fundac em 1833-34 0 Grand National Consolidated Trades ‘Union {sucessora da Grand National Moral Union de Owen, pos- sivelmente a primeira central sindical de mundo'). “Tomou-se ‘comum que grevistas, em ramos que podiam ser operados sem muita mq ina, em vez de cruzar os bragas, se langassem em npcti¢o com seus emmpregedores & base de planos de produ: ‘980 conperativa” (COLE, 1944. p. 24), A criagiio desse tipo de cooperative, estreitamente seus empregi substi le muito maior. Os trabaliasdores lores, em vez de se lim arial e de condigdes de trabelho, passavam a losno mereado, A greve tornava-se uma arma nao para melhorar a situag3o do assalariado, mas para eli Fiamento ¢ substitut-lo por autogestao, a ceiving | f "Muitas das saci dos anos 20 ¢ comega das 30 ‘do sécule XDx! eram desta especie, originacas ou de preves ou diretamiente de grupos lccais de sndi- calistas. qu haviam so‘rigo rebaiva ce sal 9, Alpumas desias coopottivas foram def ‘nades por sindicats;outras foram criadas com aa uda de 5 des Bencficent=seujos membros provicham do mes Em outros casos, pequeros grupas ds rabalhadores si es por n Sem qualquer patrocfaiv formal ¢ inicievam 50% 'a pr6via” (COLE, (944, 2.24), Ao lado destas cooperativas operdirias havia soviedades de opaganda owenista, que tinham come objetivo funder Aldeias geno progress eas que sungmi Inglte, «sto Hzados ap nome > Owen. J Ele presdia» princico congrsso em gue tee ms uniaun nua unica grande cent inca” bymenueso rganizavam integradamente produgao e consumo. Dessas sociedades originavam-se frequentemente armazéns cooper: vas (como 0 da Associago Cooperativa de Troca de Brighton, cencabegada por King), criados para empregar alguns de seus membros, tendo em vista consumir seus proprios predutos ou sm a adquitir pro- os, transformando- 1s dos armazns pass mos propésitos. M dutos das cooperativas opersrias ¢ dist se em centros de escambo da produgao coop: dos Exchange Bazaars (bazares de troca) ou Exchanges (bolsas eqilitativas de trabalho) Ower,, como muizos socialistas da époea, rejeitava © co- métcio visando go Iucro como essercialmente parasitério: “Os distribcidores, pequenos, médios ¢ grandes, tém todas de ser mantidos pelos produrores e, quanto maior o niimero dos primei ros comparado ao destes, maicr seré.a carga suportada pelo pro- is 4 medida que cuenta o ntimero de distribuidores, « cumulagiio de riqueza tem de dimiauir ¢ mais tem de ser exigi- do do pradutor. Os distriduidores de riqueza, sob o sistema atual, silo um peso morto sobre 0 res 2 os mais ativos desmoralizadores da soviedade” (OWEN, 1821 apud MULL, 2000, p.68). ‘Arejeigtio do comércio (assim como de toda atividade v bazares sando ao lucro) levou as sociedades owenistas 2 cri ‘ou bolsas que aczbaram por polerizar boa vas operfvias, eo cope! ‘Uma contrepartide: hod do entre seus membros mediante uma moeda propria, Quando Owea voltou a Inglaterra, cle dev grance impulso a esse comércio sem intermedisrios, criando © National Equitable sna seria o que cris 2 Bscambo é oea dies, Ce reduc por prod, sem uso de dirbeiro 30 Histon Labour Exchange (Bolsa Nacional de Trabalho Eqiitativo), Sua finalidade era oferscer a todos as cooperadores um mereadoem que pudessem trocar seus prodetos. A sua primeira sucursal foi aberta em 1832, logo seguida por uma segunda, sero imitados Por cooperadores em Birmingham, Liverpool, Glasgow € em. outras cidades. Em julho de 1833, Owen transieriu a gerércia n Comité Sindical de Londres, que representava os sindicatos cujos membros ha cooperativa. As trocas nessas bolsas nik dabolsua iam se engajado em produglio ¢ aS notas de traba- tho, cuja unidade eram horas de trabalho. Os bens ofsrecides & ‘cram zvaliados pelo tempo de trabalho médio que um ope- 410 padrao levaria para produzi-los. Cade bem era avaliado por este crisério por um comté formade por profi: ccnais do ramo dente. Adotou-se como pacirzo un operiria que ganhas- se seis dinheitos por hora, A hora de trabalho remunerada acima deste valor era aumentada ra mesma proporgio. Assim, porexem- de pano feita por um teveldo que ganhasse 12 itos por hora e que levasse $ horas para ser pro horas de trabalho no pacrao monetaria da bols Cole (1944, p, 31) observ cava, com efei‘o, © mesmo que aceitar a avaliagdo de mercado conesp Accsse resp os diferentes graus e espécies de trab: omando asnctesde meras tradugées cm tempo de trabalho das quantias ce inhziro determinadas ordinariamente pelocoméreic”, A primeira parte da observagio é correta, a segunda nfo. O que Marx cka- maya de “grav de complexidade do trabalho” como gerador de Iculado pelo escalonarento salarial do mercado de va-se que um trabalho pior pago gerava que outro mais bem pago. Mas isso nao signif que 0s pregos em tempo de trabalho, assim calculados, eat - he Ixtmopuzic A Beoxewia Souris iam 20s do comércic ordindrio. Estes tltimos incluer gem ce lucro propercional ao valor do capital investido na ativi- dade e nada indica que os pregas praticados nas bolsas tivessem tel margem, Asbolsas “de trabalho equitativo” exclufam 0 lucto industrial na formagao de seus pregos’ Durante cesto tempo as bolsas eqilitativas tiveram notavel sucesso. A de Birmingham teve lucro (o que indica que nos pre- ‘gos em notas de traba despesas da bolsa), que ela docu aum hospital. Em 1834, dades, por efeito da derrota geral do movimento operétio em seu confront 19 havia alguma margem para cobrir as saNacional rabalho Equitativo enezrrou suas coms empregadores. A lata dos s cooperativas operdrias como armas para disputar-Ihes 0 merea- icatos contra os capitalistas, utlizando as Go, estava chegando ao auge em 1833, quando Owen r pare cceu, assumindo sua lideranga. Em setembro daquele ano, o Sin- Gicato dos Trahalhadores em Corstrugiio. formado pela unido as associagdes de oficio do ramo, reuniu seu Parlamento dos Construtores eri Mar Grande Gi ‘05 empreiteiros privadose to ido-a sob a forma de uma grand> operativa nacional de construgio. hester, Owen compareceu ¢ props qu> pla Froprias mios, reargan Ida Necional dos Construtores para si- (ode a inckistriaem suas mas. Deve-se spor teas do taba era peso. endo ete algo um pccto coopective. Neve eas, 9 metvado cccperlive sia fe thado e 2odera pratzcr pres d frente dos do comers, Mis nego antes coms ¥end.araseus produts em toe de nots de tabalhe pare omprae ps cles praieavam abit ge Hisroua Em outubro, tendo sido sua proposta aprovada pelos cors. trutores, Owen foi ao Congreso Ccopera:ivo de Lendres, onde propés a criagio da Grande Unio Nacicnal Moral das Classes Produtivas de Reino Unido. “Bea para ser constitulda por delegadas de todas 05 ramos organi- zados de atividade 2 base de siadicatcs parosuiais, o tomar oda aindistria ratores 5° pi a: provincicis e parece que tinha por obje mesmo made que 05 con parsiram comprome- tics comm lecimente ceste instrament espaat ambiciose ¢ a realizagao de un ncvo congresso em Bamsley na pascoa seguate” (Co sinde, jd se arvo- fis que o eooperativisma, em seu bergo rayacomo modo de predugo alternative ao cap! jeto grandioso de Owen equivalia a0 que mais tarde se de Reps! cos da época aos mecenas para que a ‘organizado, que aincla esiava lutando por Seus direitos politicos. Foi um is inolvickivel momento da histori tha e também do cocperativiemo, que vai, deste modo, pia batismal da revol mesmo ano memonivel d2 1833 € aprovado o Factory te estabelece uma legislagzo protetora do trabalhador de jtago ca jcrnacia ce trabalhe adez horas, Em novembro, Owen lidera a reagio 1 Sociedade pela Regene- ada de cits to- ismo. O pro- movimento oper? causando forte entte os sindies ragdo Nacional, para conquistar de uma vez a jor recusa em massa de rabathar além ade rapidemente seexpandiu, conquistan- mimero de seguidores. A {é na aco direta se di- a 40 4 Becxouts Sous fundia num momento de mi ago intensa. Tudo parecia poss vel desde que todos os trabalhadares agissemem unfssono, Mas areagio dos empregadcres jd havia comegadlo, Em ju- ho de 1833, os empreitcircs resolveram fazer um lock-out (gre- ve patronal, literalmente “exclusio”), demitindo todes os traba- thadores que pertenciam 20 Sindicato dos Tratalhacioresem Cons- trugio. A luta comegou em Liverpool ¢ se estendeu a Manchester © a outros centros, Ela foi cruel e longa, terminando apenas no Fim do ano com a dertota dos cratzalhadlores, que tiveram de abrit iio do sindicato para poder voltar ac trabalho. Fot d dos, Estes, em resposta, abriram m vender seus produtos nas bol- ‘A Grande Unio Nacional Moral das Classes Produtores (GUNN), ainda em arganizagio,resolveu 2xtra de seus membros para argariar fu dos pare coope rages de Dorchester. Mis, em face da crescents cia dos emoregadorss ¢ da de- Jarada 9s sindis ide do gover ss em muitas dr acam a perder 9 dnimo. Owen e seus discifulos fs 34 A frente da domanda pela libertagio dos tratalhacores de Dorchester e en:ratam na CUM em bloco, ra esperanza de salvar gue estavam partinde em bloco para a Produgtie Cooperativa — picrou seriamence a situaco; ¢ os empregadores de Yorkshire, Fotomardo a ofersiva do mem maio © jjunho quebrar o poxer do Sindicate ée Leeds. © Sincicato dos mem estava mindo face a repe- J E uma apds a ovsra, as icato, que no finde ficinas scoporativas em Det mm Forgados a veltar ao trabalho nas condiges mpostas pelos coiagbes de 2 834 seextinguiu As char, © 98, compre gas coozerativa em jusho de 1834. teve de abardoné-la seis meses ido cepois. A grande aventura sindical estava ch 1 fim soem gh , 1944, p. 29). Esta €aorigem histérica dacconon idacia. Seria jusio icial de sua hist6ria de “eocperativismo revolu- ciondrio”, © qual jamais se repetiu de forma tao nftida. Ela tor a economia solidaria com a critica igura que sintetizou pen- plo acaba- ago e que inspiraria os seus suces- cchamar asta fase evidente, samento c agao nesta fase do de pensador 2 hon sores. Engels calaborou na imprensa owenista e tanto ele quanio leveram muito a Owen, divida aligs nunca Para completa: 0 quadzo, s2ria preciso fazer mengia a0 foi Charles menos experignecia na Franca. Lé o grende aut ciedade se orgs nas pudessem tet uma harmonia unit versal. O principal objetivo dessa onganizagio social seria di © trabalho de tal forma que se tomasse atracnte para todos, do gue deveria rest tar enorme ausnento dz produtividade ¢ de pro- dug20, Dai surge a idéia do falanstério, uma comunidade sufi- (com 1.800 pessoas tra cer a cada um ampla escola entre ivee eurso para produit abalhes diversos. Fourier acreditava que cada pessoa poderia encontrar um ou mais traba- quais ela ma remunerago, Aldcia Coope- iedade privada ea trabalho, Os meios de produ: 1as sob z forma de proprie- ago do trabatho de todcs seria repartido 5/12 pelo rabalhs, 4/12 pelo capital investido e 3/12 pelo :alerto. E ele concebe urn engi nkoso de acordo com proporgées ma ce mereado que deve conciliar as preferéncia por diferentes tipos de produto des membros eng midores ¢ por diferentes sipos de trabalho dos to produtctes. mes enquar- Para sviter queasozieda: Fourie: propoe diversos mecanismos de redistribuigiio: |) que as ages devem dar rendimento tarto maior qasni jor for 2 mero delas pessufdo pela pessca, de modo que os pecuenos acionistas reriam um renciments proporcionalmente muito maior que os grandes; 2 ‘mas maito decente”, mesmo que no trabal ‘modesta Esta proposta faz sentido, pois todos trabalharao por paixio. e azo por necessi- dade, embora as pessoas continuem competindo por riquezes, ja Hasremy ueo sistema manteria propriedade, heranca, juros sobre 0 capi- sma dasigualdade cnire ticos e pobres. “Esobrea livre fazer uma experiéneia de seu sistema — uma inicietiva que ita, implora, dirigindo-se ao grande capitalistae a principes desengajados com tocante pertinacia” (GIDE, 1971, 9. 22). Osi tema de Fourier é uma variedade de socialismo de mercado, centrado na tberdade indi icietiva individual apenas que ele espe: jos emequipes e na propriedade pi O sistema ¢ coerente. para que & lites ‘culmine na paixdo pelo trabalho & necessirio qu penda dele para viver, o que requer uma rend ci ta a:odos ura sobrevivSncia digna. A idéia de gue todos dever togeridas torna.o Estado dispensdvel, o qu predecessor das anarquistas, come no! comunidades de Fou “Como a nova oniem social deve se basear apenas sobre a alra- ‘do, nem & preciso dizer qae Fourier nfo pensa em empreger a forga, Nanea, de Fao, ele apels a egislador tivo de qualquer a govemo, a uma aoridade, a um poder coe: mesmo sei se a palavra Estedo, que heje serve para caracterizar tedas as eseolas mais oa meros socialistas, aparece uma 0s, Nisso ele portence escola Hizeral mais conhece nem mesmoa necessidade edesdeque cle nik do palicial, pode-se ir ao ponte de dizer que ele pent anarquista, so este {ero fo se chovasse estranhamente seu amor A exdem ¢ simest F Godin, Mme. Vigoureux -, que se congreg: jer weve, ¢ estabeleceram 0 que se chamou de “escola associative”. Em Tanopucte A Bonn Sor 1832 cles foram reforgados pela adesto de importantes ex-saint Brisbane no estado ‘deNova Jersey, The Wiscensin Phalans, no exadedomesme nome, iderange na. org cheranas da In: cos do Soci is do século XIX. C coopera fundamen Jinieo método dispontvel Panoramica 1. O cooperativismo de consumo © cooperativismo de consumo, que desempenhou séeulo X(x, teve um comago claro: a famosa cooperativa dos Pioneiros Eqtiitativs de Roeadale, suficiente ¢ 0 apoio a outras sociedades com este pre © impulso pacaa criggic da cooperativa pode ter sido a derrota de uma greve de teceloes em 1844. Ado! 8, que seriam dep nortalizados smo: 18) que nas decides a ser veto A Booxowa Soupsnta aberta”; 3%) sobre capital emprestado a conperativa pagaria uma taxa de juros fixa; 4° m divididas ertre os mem brosem propargo as ecmpras de cada um na cooperativa; 58) as vendas feitas pela cooperativa seciam sempre feitas A vista; 68) 98 produtos vendidos pela cooperctiva sericm sempre puro (is:o & niio adulterados); 74) a couperativa se empenharia na educa- ‘slo cooperativa; $4) a cooperativa mantar-se-ia sempre neutsa em questies religiosas 2 politi Hoje estes prine‘pios parecem Cbvies, Mas na época foram ima cringaia muito imporcante, pravavelmente sintetizada de nu- mercsas experiénc: © prime:to princi dades de capital, e nio de trabalhadores, Hoje 0 principio de ura Voto por cabegaé visto como esser na cooperativae, portanto, autogestzo, © principio da porta aber: consolidada a esoperativa, hd uma tend dadores ndo admitire tos inferior: para gue rlante porque, uma ver outro: Cooperativas que nlio tiveram grande vs arama porta aberta izagio de suas eotas d2 capital, o qui 8 sécios a vendé-les a 's capital - Com isso, ocariter cooperative da organizegaio se perdia A porta abecia permitiu as cooperctivas de consume a 4 filiais 2 obter ganhos de expandir 0 ntimero de sécios, abs seu portentosoccescimento, como Oprincipiodos juros deverminados provinha de Oven, gue icava em New Lanark. [882 the permitis investirtodo lucro excedente aos juros em favor dos traballna 8s, No caso das 40 cooperativas de consumo, este prine/pio éconcigfo para que posse vigorar 3 da divisio sas sobras segundo 0 valor das compras Nas scciededss andnimas, todo luero scbrante é repartido con- forme o niinero de ages possutdo. O te-veiro prinefpic garante ‘uma remuneragai limitada aos que aplicaram sua poupanca na cooperativa, exatamente para que as sobras Gi descontada a guan- tia page a titulo de juros) possam keneficiar os séeios da cooperativa © principio da ci tras cooperat is caro gue a concoréncia, sem pecier a clientela, dispde a pagar um pouco mais na eooperativa porque sabe que recebe uma quantia de volta no fim do exerecio, na forma de participa desGcies,de made que estes témrazes soliddriase pecunidrias iso das sobras jd era pratica. & coopetativa vender um pouco jo por ou- {io nas sobrss. Convéin notar que a cooperativa s6 ven- para dar praferéncia a ala em suas comp-as. la inadirapléncia Muitas coo A venda s6 a vista protegia a cooperati dos s6cias, que se gener: perativas de const izavaem époeas de cx -bravam quando os s6c\0s perdi \sa.a dar erédito impedia que s6cios desemore: gados ou em dificuldades pudessem fazer compras na coopera stinguir negécias de caridade. faa cocperativa, Além disso, va, Os Pioneiros procuravam dando priondade a si 1u prop6sito educar os membros a paupar e aevitarassumir ide finance io de que tudo o que & cooperativa vendesse seria a maiaria dos pafses a fiscalizagao sadultera- venda, Mas a situa- ‘¢40 na Inglaterra, na épsca, era ber outra: como os salarios pa- ‘gos maioria dos opersrics no thes permitiam pagar prego dos produtos puros, ea camum que 0 comércio aferecesse pro- a a rior (inclusive alg fantagern das coopera:ivas de: € que scus s6cios sabiam que podi: produtos compracios na coopers de que 05 ho- mens so.o qua educagto (eu sua falta) faz deles, Para Oxien (08 vicins eo exo'sma sao frutos de uma educagao errada, Portar: 0, para que 0 cooperativismo seja entendido e apoiad Prop6sitos, & nevessatio que nao 83.98 cooperadores mas 0 pibl co em geral seje educaco em seus princi mente, em sua visto de mando. Desde 0 de 10% ao ana, relativamente alta na época. Deste modo, a e00- perasiva servia ao mesro propésito da caixa que fechara, jag do quadro soci joneiros passarem |ém da venda a varejo dz bens. Em ano seau' 0 Pioneiros lideraram Corn Mill (Moinino de do Rochdale C Cooperative de Rochdale), que de- 150 libra © em- bras. O que mostra que a iperativa outras 28: de 28 sécivs apenas seis anos depois de 10 C01 inanceiro, cea com 2,5% de suas sobras. Antes, quem se ene: riprios usuarios. Fé ‘aexpansio do moviment decisio hil 1a cooper s erescentes para educagio, 0 que se tor10u ci jodas 28 cocperativas. Além disso, os Pione' las no atacado mais tarde, por .o importante foi a fan« 105 outros pafses. numa drea alugada. Depois abrirarn um alugada cem 1859 ¢0 ia que abriga \eparam aconstrugio tamio a lecelagem quanto a 43 ‘cons Sct comegaram a construgais de in suas atividades em 1866. © capi pr6pria cooperat segunda fibrica, que iniciou ‘em parts de s6cios da mes- vara estes empreeni perativas. Os acionistas, de acordo ci obre © capital adores, alm de receber também Este acranjo mostra que as cocperativas de pred das pelos Pioneiros, nto gestions antes dos acionistas (que ni trabalhadores dela. Este é a epenas cerea de $0 dos S00 empregacios eram acionis- 1s, Terminot assim o prarde experimento de Rochdaleem arodus ‘so cooperativa Os Ideves dos Picneitos ficaram amangemente 44 Pasonaiten desapontados com ¢ que consiceravam & apostasiad2s acionistas 2 no pais in ‘causa do cooperativismo, como era entend:da en'do.[..] A Sccie~ dade de Rochdale fo: dos primsiros na li malogres sua mais eco que 0 resto por partz das recessidades de: mora balho dos membros, Apenas o excedente de predugia s ceadlo por outros erative éraapenas on veria ser sepuide por coopertivasde produc: das, abson ‘sumo e entio poderia ser dado 0 ja Cooperativa, em que todos poceriam vives \do ¢ consumin emeomum, perativa de Rechdale € que 0 mi mero de seus sScios oresceu muico mais do que 0 mimero d= ‘cooperativas de produgiio que ajudava a criar. Além a formagio da Aldeia perdeu a passar tavam na cooperagaio de pro- “dugac assim comona de consumo. Erquarto astiveram peasand> 45 «mm cermos do estabelecimento d2 uma Comunislede Cooperativa do.come ele era, ras reste mundoe sufitos a suas condigoes limitatives” (COLE, 1985, p, 89), A.extraordinéria expansio da cooperativa de ‘operirio em meados dos anos 30. Por ‘oaperativisnw de consumo estava se desem as de consumo filiades al adorias de que nece: Em 1863, 48 cooperativas do ronte da “6 1a Sociedade de Depésito e Agncia Cooperativa Atacadiste. do norteda Inglaterra, ito amarémen Manchester noano seguinte. (No inicio os compradores das niu seu pt cciadas, que tinkam bass conexdes com firmas at ram-se a tratar com a nova sociedade. Mas,em poue resisténcia foi super: bras das cooperati depois, o nme: comercial da Soziodade pass: para 2 milhées de libras em 18° formagio de no’ .s Limiteds (Limitadas de Classe Operaria) niclas além do faco de serem ls vezes patrocinadas aor lideres co sdores eterem c00- wwia porém urna idades que preterdiam ter my jormacas com 0 chjetivo de ter- 1s Socios da empresé ¢ Fi se pesacamente em iram sewage duran:eo boom 70 apenas paca entrar cooperative: de consumo cooperativas de producio, into para se capitalizar como para vender s coniinuaram dando ensejo para ¢ forma- que delas sua produgio, $40 de coo racio do cary ades Cooperatives de Minerag 5 Por cooperatives de eonsamo e a crise inicieda nanceisa das cooperativas de sonsumoe da Sociedade Cooperativa ‘Mas, com a qeda dos pregos docarvato, cau: cessaram icipagao dos trabathadores nos © desconto dads as coo ‘as de consumo 6 a a8 fava destes negécins qualquer carter cooperati- idade jas cope carvio, 9 que| vo que pudessem ter tido. © mesmo aconteceu coma t das cocperativas de produgdo inglesas comtroladas: rativas de consumo diretamente ou por meio da Sociedade Coo- perativa Atacadista, Em 1875, depois de muita di le Cooperativa de Atacadore: istas viarn no conperativismo de cons.amo no simas um passoem diregio Ae. lade eo a, cuja esséncia seria 9 autogoverno dos prod cooperadares operirios mais j aulerida rume época em que o padro de do, « cooperativismo de consumo era a reali promover a pou; 49 Bzonowy S Os proprios trabalhadores das cooperaivas dz procuséo assim como os das de consumo rao se opuseram ac corte co abono 2 cei:os co-gestionirics. Cole (1944, p. 170) atribufa isso aos tempos diftceis que levavam vas de produgdo a falir e estreitavam a margera de sobras das cooperativas de consumo. Ein nenhum moments ele toza na per- de, pelos trabalhadores, co direito de eleger parte da diregiia das ecoperativas em que trabalhavam, No saberros se a sentiamy ou no, apenas sabemos qu: na [uta rerdida pela preservaciio de sey es no desempenhararn nenhum o histérico, Na sogunda metade de século xix, 0 cooperativismo de tas conperati- rel qac merecesse regi consurro se expandiu velozmente na Gra-Bretanha. 0 total de 1547 mil em 1881 21 milhao ¢ 707 miler 1900. © niimero de coopzrativas aumentou menos, passando de 971 membros at cou mai libra: nctistria © do urbanizagao, mas também a inovegSes que es cooperativas trot Xeram ao comércia varejista ¢ atacadista, Os Proneitos de Roch- sais em varias partes de. vezes transformando s. Iso introduziu ganhas de escala nas ear jelmmenie de servigas, como transp de cemoutras cidades, mui exemplo. Nessa gpoca, o varejo britinico estava atrasad izado por feiras semanas, lajas pequenas espe vendedores ambulantes as mediante pecucnas oficinas. Poucos comerciantes Ponto-de-venda” (BIRCRALL, 1997. p.9). com conceder eréd a preges clevadk vendasd tina mais d= 50 O atazedo eoopeatativo, iniciado pelos Pioneitos de Rochdale ¢ desenvolvido pelas Socicdaces Atacadistas depois, al dimens6es muito maiores do que os atacadistas ecnvencionais. “Numa gpocaem cue estes eram car08 einefivientes, as Socieda- des Cocperativas Alacadistasinglesa e ascocesa vi Uisteibaigo mederna ao vetejo. Elas cresceram por imeiro, clas ofganizaram a cadsia de distribuigSc. Blas eos barates do ex 8s vies, 0 armazéns nos pa'ses exportacores © pracesso a movimertos scop=rativos azrfeolase ee ou do abastecimento regulat de alimentos pros, baratos, (05 minimos de distribuizic © todos os luctos Ihes send volvides na forma de sobras, sdutos ‘Segundo, elas se tornaram fabricantes de todos aqueke bisicos que a classe operdsia d-manda em quantidades regulanes botas e sepacos, vestuitic, sabio, mobilidtic 2 sedos. Ao monta: a produce para um mercax Porque © mereadc estava gavaatido e estivel, elas puderam se a aute-suficientes; elas tinban fabvica de barbante nara os paeates que asociedase inglesa reme- tomer ei grands 2m ‘uads sociedades varejistas,Terceiro, eles assumirary muitas coo- a bore perativas de produgdo em dificuldades, que haviam side criadas Por cooperstivas varsjstas = de propriedade de trabalhedores eas integresam era sua rede" (BIRCHALL, 1997, p. 10) 6 que essas fabricas, assim como a frota, plantagSes ete, ‘nada tinham de coopecativo: eram empresas capitalistas, possuidas por cooperativas. Por isso Birchall observa, em nota de rodapé, a respeito da terceira via: “Is ou umabriga furiasa com os, uma briga que |. afetou até mesmo 0 estabeleciments da Alienga C Internacional", prov efensores das cocperativas oper perativa Esta evolugaio do cosperativismo de consumo deveras serpreendente. Tendo comegado de forma modasta, com emprestadas, ele cncontra formas de core distributiva que Ihe con‘ers superioridade competitiva em rela- gio ao comércio preexistente, que na segunda metade do século ainda era pré-capitelista, estando as mos de pequenos opera dores. A grande vantagem das cooperativ do assegurad expanse, Como vimes acima, nas duas tltimas décadas do século Xt¥, fivas de consumo dobrow asi lor médio de suas vendas. Nenhua Jista tinina uma clientela assegurada, com nomes ¢ endzregos co- nhecidos, com os quais era faci! conduzir sondagens ete Além disso, as cooperativas de segundo grau atacadistas também tinham mercado assegurads, formado pelas ecoperati varejistas que eram suas proprietérias © ataeaci niimers médio de sScios das cooper outro vare- jentes Nenu convencional tinha alge parecido. O que fex.com que © cooperativismo de consuma acahasse por cominaro mercad Varejista ¢ atacacista britinicoe no ssculo xxo de outtos parses. Bi (1997, p. 10) da exemplos de ecopcrativas de con- sumo szmelhanies aos Pioneitos de Rochdale senco las en- Pawonsnnes tre 1845 e 1850 nos Estados Unidos, na Sule: Iilia, Aplicanco 0s principios dos Pionciros. Ge repetir 0 mesmo roteira “do varejo ao atacado, depois 2 pro- uso préipria ¢ finalmente & criagdo de uma unio cooperativa nacional” Na Suiga essa evolugdo |4 estava completa em 1304, membros, na Bélgica em 1505 havia ia ern 190¢ h: ‘cadistas ¢ a Lege Nazionale, que representava todo tipo de soo- nanha, wna Urigio Central finha 787 cooperati- além ce 260 ligadas a cooperativas de crédito. A Je alacadista tomou por modelo a inglesa, Nos Esta- dos Unidas, em 1920 havia 2.600 cooperativas arti Ceopecative League of the USA (BIRCHALL, 1997, p. 10-11) Datam dessa época os pr Repaiblica Cooperativa, pensada como resu! Jo cooperativismo de consumo 20 con|unto de urna mianacional “Charles Gide, em sun 2 das cocperativas ce consumo, vi ‘a evclugdo gracual em dire¢io ao conceits ce comunidad realidade somo resul- cooperetiva, Ele acreditava que se torna’ taco Ge Forgas econdmicas e sem necessidade dere ‘a ow irtervengiio do Exiad dde Gide, publicou sua prineipal obra em 1926. clamoua supremacia das cooperativas de do que elas pederiam lever 3 evolugdo social. [ de consume ruma sitaagio com: gumentan- talmente até submergiro copit aide Inraoeeso Sonia Produziria wna so els chamavade Rept ade econdmica completamente nova, que Cooperativa” (CRAIG, 1993. p. 5), Infelizmente estes sonhos esbarraram numa re I quando 0 ex0>era ra Mundial. Muito antes cisso, um varejo ca; auto-servigo, Em seis proprias ¢ franqueadas. Chi seu sucesso depen! vendiaa 10s sem vendedores, em que os fregueses tinham con- ire10 com os bens oferecidos, de forma que padessem se rmar sobre eles € us podiam ser recendo a cons- ‘de shopping contersna periferia das cidades, onde o terre- 54 Paro mando cconomicamente vidvel cons:ruir estacio- sécios, Repugna- ropaganda co- pois condo- ‘vans cooperadores aconcorrénc mercial nadas a perder a clien:ela para concorrentes que somade a riquezs. de infor- ‘mages coletadas sobre candidatos a créditos que deve mini zar 0 cisco de fazer empréstimos © pessoas que confian ‘issional da geréi Ora, este sistema sé se paga meiante operagdes de grande valor e por isso no se aplica a gent= pobre. Como os membros da cooperati se conhecem, so vizinhos 2 operam no 8 Pawonasmen la diretamente pelos membros, sem remuneragiio. nporta assinalar também que em todos os sistemas as coo- se federam parac elas subscre que fazem Lozo, as ‘Obanco cooperat mais precisam dele, 0 4 zo risee de todas as icado num ambito maicr, regior pede mol quando neczss 3. Mudangas estruturais Apés @ Segunda Guerra Mundi sofreu profundas mudancas estruturais pa “Na Alemanha, em 1972, asduascorrentes bancétias Ri ce fad Tem havic rac para formar em sstor cooperative de ce cooperativascaiude 12 agen: Schu alizegoosic nim: ‘mil para 2.589 com cerea de 2 fa rede banesria 6 Ismopuste 4 Boose nN mais densa da Europa), mas o quadco d= memros quadraplicou para 13.4 mithdes. [J Empregara 171 mil passoas ¢ tm como membros 75% dos lojstas, 80% das agricullorese €0% dos mes: tues actesdcs. Eles 18m quatro baacos centrais para refinanciamento © fundos extras de investimento e se acticulem: ‘com dois barcos hipatecrios ccoperativas e uma scciedade de financiamesto imobilisrio. Cs bancas possuem também compa tmhias de seguro. de invsstimenco” (BIRCHALA. 1997, p. 113-114), Desenvolvimentos semelhantes se r2gistram em outros ses, como Franga, Sufga ¢ Holanda “A [rlanda tem 9 ma's rte movimento de cooperativas ce crédi- toda Europa, com mais de $00 cooperativas bros © uma taxa de penetragZo de 44% da poy Bretanha $ um pais no associade comumente com coaperativis- Imo de erédi‘o, No entanto, re or cooperativas de crédito do tipo canacense e estas tm se ex mil: pondido fortements, muitas vezes em éreas de extrema pobreza © bitagZo publicos. Em 1994, inha 135 mi bras comparados com apenas 16 mi! era 1985 e 9 nimeroc wexemplo} eonjuntos ¢e ‘0 movimento de cooperativisms de ¢ Derativas e-escou de 9 para 427, Se cor de Fundos radiuos da Gri-Bretar ro inicio do préximno século” (Bi 1697, p. 1 poxerlo ser omaiardezos No Canadé, 0 cooperativismo de crédito & muito forte na provincia de Québec. As caisses populaires de Desjardins si em niimero de | 300, t8m 5 milhdes de membros e ce 48 IhSes de délaces. Elas possuem mais agéneias do que os ban- cos, detém em depésitos mais de um tergo da poupanga da re- or um terge do erSdito ao consumidor, gio, sio responsiveis 70 Pawordsrea. lametade do crédito agri- ‘comercial em umquarto doc cola, Agrupam-se regionalmente em dez federagées c trés ouiras federagSes agrupam as caisses fora de Québec, em New Brunswick, Ontario do norte e do leste e Manitoba. “Oferscem uma vesta série de servigos financeiros e programs sociais vol- tados & ajuda das comunidades de lingua franzesa. O segredo do sucesso do movimento € seu Faco primordial em comunidades Jocais e stuacapacicade de reforgar © senso de identidade étnica” (BIRCHALL, 1997, p. 209) ( sistema de cooperativas Desjardirs é um fatsr ponderivel de desenvolvirnento regional e local no Canad, particularmente jomna frane8s. Além de ter diver- servigos de compensagao de naparte emque predamina 0 sificado sua stividade, prestand cheques. de informagio tecnoligica e de todo tipo de seguro, a Confederagio das Caixas Populares ¢ Econdmicas de Québec também criou uma sibsiciria para promover o desenvolvimen- to por meicde fundos regionais de investimento, de zpoio a em: preendedores locais ¢ de investimento em firmas que conside- ram que devem ser pessufidas em Québer. “Uma companhia de investimento peacura capitais estrangeiros para seassociar a negdcios locaise uma sociedad= de desenvo paises, Ceo o banco de Mondragén Caja Laberai, ela mostra jo de propriedade comunitiria pode se er 0 desenvelviment ec p.208), mo de crédito nao desem: No Canads inglés, 2 cooge penha um papel tio dominance, mas (em forte presenga na pro- 1a de Saskatchewan (que chegou a ser governada por um pertigo formado por ccoperadores durante cerca de duas dSca- n Into 2ecio 4 Heonoama Sou, das}, onde $7% da populagao percence a cooperativas de crédito. tes ¢ fezem empréstimos a cooperativas locais; elas, por siz vex, silo membros da Central de Cooperativas de Crédito do Canad, Nos Estados Unidos, o cooperativismo de crédito tem sido, ulimamente, promovido por decisées legislativas, “Numa lei d> 1978, 9 Congresso do pais crow urn Baneo Coop sctivo Nacional para pres servi¢os financeiros ‘a empresas estruturadas ccoperativamerte, democraticameate possutdas € das em todo terrivécio dos Estades Unides’, Desde 1981, cle associadas.(..] C esto bem estabelesidas, com : es de membros.e com mis de 300 bithdes ce délares de atives, Elas detém 13% do mereado de erédite ac cons mores. E um moviment do mais de 10% das aivos ‘Tombém nazgricultura o cooperativisma de erédito desem- Penha um papel importante nos Estados Unidos. os aaricalozes obtenkam o capit Hisers bar PanoRSwIca igo lider € 0 CoBank, que fet estabeleciso igos 2s cooperativas azrt te possuidas, A. em 1935 e em 1985 expandiu seus s e servico puiblico rurel. Da mesma form: cola, ele € gensixamente possufdo © {g5es locais de crédito a Jado pelos seus 2.300 membros, eooperaiivas agrfeslas, valo- de [uJ Em 1995, as associagies fizeram emprésti de 400 mil agricultores. Blas nto hheiro mediante a verds de 10 agricola, Blas sfo responsiiveis por cere da leca divida de longo e de curto praze das cooperativas sgri- cade um quarto das necessidades de erédiio da 1997, p. 210). ccolas ¢ por e agricultura dos Estados Unides" (BIRCHAL De forma semelhante 20 cooperativismo de consume, 0 de crédito enfrenta nos pafses desenvolvidos a concorréncia de in- ios financeiros privados e pablicos, dz grande dimen- cescnvolvere apliear tecnologias avangadas sic 2 eapacidade de informética, Para en‘rentar tal concorrSneii cooperativismo de erSdito tende 2 se centralizar ¢ burc buscando ganhos de escala atendimento em massa, com 0 qu abre mia da aurogestic c do cardter eomunitirio éa cooperetiva de erédito. Meso wantendo ¢s formalidedss do ecoperaivis- mo, 0 funcionamento conereta passa a se assemmelhar cada vez, inais ao dos intermedisrios convencionais. E preciso considerar também que, nos dos, os pequenos produtores curais e urbanos estas longe da po- Dreza que condicionov originalmente a invengi0 co cooperativis- tro de crécitc. A grande maioria ndo requer poupange alheiapara idades fo. devidamente recuzida pelas red2s nacionais de seguro que corstituem 0 Estado de bem-estar social. Nessas condigdes, 0s {ces desenvolvi- firanciar seus investimentos sua vulnerabilidade a infel 73 10.4 Bconounn Sons0se ‘atuais membros do movimento de coopsrativismo de crédito demandam mais os mesos servigos que formavam sue missio até o fim da Segunda Guerra Mun ‘Na Alemanha e em ou- {ros paises curozeus, onde cooperativas de erédito sio fortes, a prdpria forga deste setor cricu problemas; 0 movimento de coo- Perativismo de erédito jf estabelecido evoluiu para um sistema banedrio modemo, que prové uma série sofisticada de produtose € menos focado do que talve7, devesse ser nas necessidades do ‘grupo de menorrends” (BIRCHALL, 1997, p.219-211 Aexplicacio ¢ cbvia: a grande massa dos attais membros das cooperativas nao pertence ao grupo de menor rende dos respectivos pafses eurapeus e ceriamente o mesmo vale para o Canada 2 Estados Unidos e para os demais paises desenvolvi dos. Mas isso niio ler dizer que ndo tenham surgido novos ‘grupos sociais pobres que precisam de cooperativas de crédito do tipo que Schulze-Delitzsch, Raiffeisen, Luzzattie Desjardins cricram e difundiram na segunda metade do século *ix. Basta Peasar na imensa pobreza do Terceiro Mundo e no cessurzi- ‘mento dela, 2m proporgdes bem mencres, em pafses do Primei- ro Murdo. No caso das Es dos Unidos, relata Birch: (1997, p. 211): “Noves cooperativas de crédito baseadas em comunidacies con ‘garam a sor desenvolvidas e retamam 2s refzes domo imento e tem pouco ou nenhumn acess a0 sistema bancério convencionl, Blas 18m sido promo entre gente = por uma federao na: izada, a Pederagio das Cooperativas de Crédit de 6 Comu Desenvelvimer 9, € provavelmente vio se be iar de uma lei federal ce 1993 que estabelece cen siderte Clintan deixou claro, isso 32 irs perativas de orédito na 100 pre- mplodascoo- i, que desempenkaraa um pape 4 Pane vas oporinias lecai rortante no fiaanciamento de cocpe Banco Grameen em Banglaiesh, que conseguiu alcanear os pobres”, 4, © Grameen Bank (Banco da Aldeia): a volta as raizes do cooperativismo de crédito ato na Primeiro Munds as cooperativas ce erSdito © os ‘us membros, que passaram a ter acesso ta aos bancos capitalistas, no Te-ceiro Mando uma grande mas hadores da cidade ¢ do campo esta 9. a maioria inserida precariamente na pr economiade merc: dugGo social e inteiramente dependeate da usura para suas 1 cessidades de crédito Ura reeposta criginal e muito er pobres surpiu em Bangladesh, um dos paises sedo Grameen Bank (Banco da Aldeia), fruto ce um: 1a de professcres ¢ estudantes de economia da Universidade de Chittagong, cl ‘Muhammad Yunus. Ble mesmo re ents autobiogrifien recente, Tudo comegou com a grande forne de 1974, que impression o entiio jovem professor ¢ chefe do Departamento de Economia, Observou que a fome no resultava da falta de comida, mas da incapacidade de w populag2ode compri-la por falta de dinteito, “Er apesar das abundantes reservas de cereais, os pobres nao tinham azesso A alimentagio” (YUNUS, 197, p. 74 ‘Yunus redigiu um manifesto, que foi assinado pelo presi- dence da Universidade de Chistagong 2 por todos os seus profies- lea lutarcontra a forme. O manites: sas nacessidades dos obres do mundo, Tr parte grande da mpo de fone. sores, convocando 2 s0c a Sor to recebeu grande destaque na imprensa ¢ provo 95s andlogas deoutras consagrei a desapre om seu lugar, extrair ligées da mundo real. Para isso, ka: fa sala de aula: 0 mando 1997, p. 81), em todo lugac” (YUNUS, as cau. pobreza na aldeia Sabra, que fica junto & Universidade. caram que verdadeiramence pobres nao er ios de terra, mas os que nio tinham ne jade, em sua maicti nadas ou divorciadas, quase sempre nta peSpria, como artes tes agio- ente ne- 1es deixava escapatsria, Como, inham p idade de obter empréstimos em banzos, Para pocer traba- Ihar e viver tinham que se sujeitar as condigées imp, a n. Mas a descoberta verdadciramente revelu: wes de: Universi pobre nece: que Fabricava tamboretes de bam 52 do jugo d: Panoeaise mostrou que a tol 42 pessoas, procisaria d para sair das garras dos para ex- rando-as Banco da Al- i Feccrrer 80s ust {que no precisassem mais ‘© problema crucial era levantar 0 capi ‘40s pobres. Os rest Raiffeisen ja aoe 40 conttério dos artesdos 2 camponeses alemies do -s de Bangladesh no possufam propriedades ase levantar, contra a gaat ‘quantias de cue necessitavam. Yunus conseguiu, usando o seu crédito pessoal come ga- 3, que els em segui- ihosoe complica- Banco darepassava aos pobres. 1977 ¢ 1979, Yunus convences o presid exclusivamente com lavra- jo, pequena indusiria, venda por- icou com estudantes da uni- Indo de takas paraemprest taaport te. A ditegio da agen lade, e Yunus obteve | a acad$micos em Jobra. “[...] nosso pequeno madava de dimenséo para se transformar em experi alguma notorieded em nfvel nacional” joa Yunus pelo vie : de provar qui experi menos de $00 el Grameen ti 128) poderia ser estendicia a0 territ “pessoas jovt am ne maximo 20 anos. No azes trabathadores, conscienciasos,e estavam que depusosseraas ram ser excelenles emprega- ade libertar 0 pats por meio das armas.e de revolugdo e zgora pereoeriam a péas mesmnas aldcias € proper empréstimos des do Grameen. Tinham 78 Financeira desenvolvida polos academicas de Chitagors ment2 em si, Al que as disso, Bangladesh € um pais mug! igBes As mulheres sfo rigorosas, isolando-as de q tagio Fem Isso provecou forte ri elos maridos, saves paciéncia, Yunus ¢ seus dz uma agénei advindos da atividade do Banco da Aldeia para tedcs os mora- dores ¢ a presstio das mulheres, diretamente inceressadas, lo aval solidarie: 0 Gramsen £6 aceitacomo rem- inco mulheres, dispostes a se responsabil 1s empréstimos feites 2 cada uma. O grupo se reine regularmente e aprova os pedidos de empré: 9 lugar. Em caso de Falta de reembolso, todas a ‘grupo so climinadas do Banco da Aldeia, Atende a ser imprevish cia no Grameen ado atinge mais de 2% dos empréstimos, bem menos do que ncs bane: ‘de Banglades, ie clege um presidente © um se- » forma- iembro, diac isso com © Banco, Para melhorar a ajuda métua, grupos de cinck membros efe- . depositam seu dinheiro em contas de lem novos pedidos de empréstimo ou qualquer “entco clage mardato de direwor e um adjunto entrz seus membros, fo pode haver reeleiszo, Considerando que os membros paupérrimas ¢ analfaberas, que o recato ia em reclusio, nfo ha diivida de que a experiéncia de £0 Panosinaca pertencer a0 Gramecn é profundamente emancipatsria. O mar- do de uma associada fez.a seguinte queixa a ¥ “Costumava bater em miahe mulher. Porém da stim vez tive problemas, As mulheres do grupo de Furida vieram em casa, dis. cutizam ¢ gritaram comige. Diss nao gostei. Quem thes dev 0 direito de geicar comigo? Posse faze ‘com minka que eu er. thes disse. nada, ringuém se importava, Porém ji nfo & ‘Seu prupo me ameagou, disseram-me que n20. Yunus, 1997, p. 140). 3, quando batia em minha mulher, ain- guém ci tariam que vol- lasse a bater nel (© Grameen no espera que os clientes venham a cias. Ele envia empregados scus—agentes de crédito — pi venzer os pobres a entrar no Banco e para m rio. Estes agentes de red de aval so! aldeias, escol ‘que apreciam os podido obtido o aval do grupo. E atuan Em suraz, 0 Banco da Aldeia é 0 antibaneo, faz tudo 0 que em... porsm. 20 conirario, Estes se sates sejam real- uma cooperat na realidade, um novo tipo dee perasiva de crédito formado (em 1997) por 2 milhdes € 10% a1 b pueho A Eeononna Sorapia membros, que vivem em 36 mil aldeias e dos quais 94% sic heres. Seus empréstimos soem média de 150 d6lares, o que foi suficiente paca que, em doz. anos, a metade dos membros se celevasse acirna do umbral da pobreza e mais um cuarte deles esteja em via de fa78-lo (YUNUS, 1997, p. 46). OGrameen estd presente em mais da metade das comunas rurais d= Bangladesh; em 1997, mantinhs 1,079 a; mil empregados’. Ele pode ser considerado um banco coopera- se 12 mantido por dezenas de milhares de Centros, que equiva lem de certa maneira as cooperativas primérias de crédito, Des- de 1980, realizam-se encontras nacionais de responsdveis pelos (Centros, em que se adotam reschugses destinadas a muciar a vida das associadas do Banco. Em 1997, 2s res. 16, das quais as mais interessantes nos parecer set as se, ugdes adotadas eram tes: 6) Tentaremos ter poucos filhos. Limitaremos nessos gas ssde nossa satide. 7 05 neios para enfren tipo de date a0s nossos filhos e no © daremos a nossas filhas. Os dotes sero proseritos de nosscs Centros, Opor-nos-emos a0 ‘matcimbnio de criangas, 14) Estaremos sempre. as demais. Se alguém tem dificuldades, o ajudaremos (YUNLS. 1997, p. 137). Aexperiénciz do Grameen inspirou programas de micro- erédita no munds todo. Segunda Yunus (p. 212}, em 1997 havia Programas desse tipo em 58 pafses, dos quais 22 na Afrea, 16: Asia, 15 nes Américas, 4na Europa e | na Australasia (regia Pawoncn sudoeste da Occania). Estes programas nem sempre correspon- dem exatamente a proposta do Banco da Aldeia. No Brasil, hé 30 “paxcos do rove” apciadas pelo Banco Nacional de Desenvolvi- mento Econémico e Social (BNDES) ¢ que pretendem aplicar aqui aquela proposta, O exame detalhacio dessas experiéncias mosira que quase tedas deixam muito a desejar Elas sitio em geral de- senvolvidas por bancérios ¢ financiadas ror banquciros. 0 que as deixa muito mais pr convencionais do que 0 antibanco de Bangladesh. 6 clare que as condigé2s no Brasil iferem das de Banglalesh ¢ que adaptagdes so indispenséveis, Mas, nas experiéncias de mierocrédito em nossa pafs, as adapta pobres ¢ © cardter demo- ;mas dos bane: es sacrificam a prioridade aos m: crético e emancipatér-o que sio.as marcas do Grameen. 5. Cooperativas de compras e vendas ics produtores que pro- mepras de pequerose: turam ganhos de escala mediante a unificagzo de suas ejoa de suas vendas. O tipo mais importante desta catego formada por agneultores, 2m st cooperstiva “agricol ia pequenos propriexirios ou errendatatios. Ha também coope- ivas entre cujos associados s2 encontrar empresas agricolas aritalistas; embora legalmente sejara “cooperativas”, elas nada Na realidace, “ecoperati- endema agir como ados em que verdem tém a ver com a economia solid vvas" de firmas eapitalistas de grand= taman| cartéis, que exercem. monopi ‘o monopsénio nos mercados em que compram, ‘As autSnticas caoperativas de compras ¢ vendas saio som- pre formadas por pequenos e xxistas, caminhoreiros, comerciantes, pr os produtores, gue podem ser agricultores iberais ete. Elas cumprem papel iraportante, pois em varies ra- hor tecnologia exige grandes investimentos em cepital 83 ere Becnows Sonosais fixo, que no poder ser subdivididos entre muitos estabelaci- mentes pequenos. Nao é cr exemple, que cada pequend 281 1, ceifadeira e outros equipamen {08 valiosos. Isso o impede de mecanizar sua lavourae, portant, ultor posse compra: tra do mercado, os pequenos © médies produtores tém de se unir 2 fazer de produgao se equiparam aos dos grandes propriet ir No caso da agricultura, hd ganhos de ese: er os grandes dqu: andes margens ce Tucros ds intermediagac, porque sua superisridade eeondr dutores 2 cobrat © gam ica thes permite pagar o minitro ai s produtos. Foi assim que comes: de criadores de gado 1 ‘Dinarnarea, ainda no sé Boe operatives nos Estados Uni as de porcos comecaram em 1820 As vendas coopera! le ld em 1844. As primeiras cooperativas de compras agricol eeae 4 ivaram das cooperativas de crédito Raiffeisen. Em 1873, i fcolas de compras na Alemanha iu seu pleno desenvoly: 10 de consumo, iniciado 'o cooperative em Hjed se propagou e em um) 1882/83) 300 | no pais. Ac mest tempo, 27 cooper da Dinamerca, épocada tade dos la- ores”, Manniche desereveu a situa lo. Um ‘ele pode venker sat lete, ntermédio de gos para acasa assim come somertes ivas de aldeta, Ele pod: sentra doenga 2 morte por meio ée cooperativas de assisiéncia & iofaios e expertadores JANIS NaS COOP joe de segurose ele pede colocar sua poupa: vas ce ext de poupanga” (qpud BIRCHALL, 1997, p. 20) Jou ancos mi 85 Esta evolugiio se estendeu ac resto da Europa ainda no sé- culo XIX ¢ as Américas, Asia e Oceania no século meacos da década de 1930, as cooper: imentayam anualmente 265 5 inte, Em es curcpéias agefcola nacion: 2 mais completa econ: nha é membro ce uma ou mais das 5 mil cooperativas, jam mais da matade das compras e das vendas. am 120 mil trabelhadores qualificades, Dados a1 sii apresentadas pelos demais paises da Europa Ocic 109-112), is também preponderam na América ss aleanga 12 nembros produzem mais da 10 vegetal vendida no ataceds, 10 fabricas pro- -s predominantemente agrico- agroindustrial Poder-se-ia imag:narque las, em que a maice parte di td nas miios d= cooperativas, coms a Islins landa, scriam formagiies sociosconémicas: ss cooperat-vas praticam ademocr mesmas, mas organi compra ¢ revenda di 7 mento dos odutos dos agi izados por assalat agrico- lasna Franga cempregados eno Bras! is8es socizis de procugdio nas cooperat:vas sto, por- las, ou seja, caracterizam-se pela século xix e que foi adotada 8 a cooperativas de com- cooperat pe pres ¢ vendas © demais modalidedes evopers vas de compras ¢ vendas que dirstores e gerentes aos simples executantes de tarefas~ sie en- tidades hbridas, metace solidrias e metade cay cultura, as cooperativas de compras e ven: nic completo do setor pelo grande cay pequenos pr Jariam seus oper: ‘que se hoje ainda predomina na maioria dos paises: far pelos préprios prop-ictirios es 108 do cooperativismo, que dao 3 agric Wvidads ¢, portanto, possibilidade de res 87 Booniovtn Soups sativisme agricola desempenhou e desemperha |, entregue a seu curso iria a pequens produgso de mercadorias. No caso d de vida, palo agrobusiness, a grande em- presa agricola capitalistae seus tratalhadores assalariados © necedores contracados etc. A forga do coop: cdo, preservando pasa o camponés uma parcela im- idade agricola, perativismo de compras ¢ venddas no se con: num modo de predugio altemativo ao capit: 0 estende a democracia e a igualdade ivismo impedia mente po totalidade des que de classes, separarda os pe- Fietitios do capital cooperativo, dos tam servigos de intermediacio ed pro- sso vale tanto para as cooperativas es somo para as de ct trabalhaclorss que I dugiioem trocade saldrios* de pequenos agricul inhoneii mediante compras em cor com que reduzam custos e permanegam compe ue moram na rua ou em lixes se dedica a cata: materi , sic explorados pel ‘em troca da entrega do material ¢ nia que faz a for compras em comuma pregos menores ¢ vendas em a cooperativa. A ecoperativa jiva representa os catadores perante o peder publ Jopara armazena: e separar 0 ara progessar parte d lor. A cooperativa $ uma of 1a do eatador e de deseny separado, de de resgate da jas ganham novos espa- idades econ6. 89 Ineraonecho A aowours § toda cooperative, aplicam acs seus membros 08 pri jemozraciae igualdade entre ios que na condugio da en- (cdos 28 s6cios ndoa mesma capital da cooperativa, Escrevemas no item | do. tulo deste Livro que a cooperativa de produgio 0 prot6tipe de empresa soliddtia. Ela 0 & porque associa 0s pro seus fornecedores ates, €31 consumo, de enidito e de tors, © no fazemes cooperativas de mpras e vendas. ida, como estas outras cooper democracia no relacionamento externo’ da empresa desigualdade 5 (Os us primeiros capi lises comparativas entre a empresa coj empresa soliditia, que a cooperativa de produgdio, Issonos poupa (e a0 leitor) aret Pas de Cooperativade Londres e pul sob a lideranga de George Mudie, em 1821 fato relevance é que pra ‘amenze na mesma época — 00- mago dos anos 1830 — cooperadores ingleses franceses recorriam io de cooperalivas de produgo como armade enfrs sapival, Onde a experi indo da inglesa, é na defe pera;ivas de produso, que Louis Bl 1a francesa se torna origin’ 1839 e que teve ampla um dos igi de 1848, ten. do sid ne do Governo Provisérioda Republi tor de uma lei (apoiada por Prous " a todas. Esta lei respondia jgiam medidas urgentes abalho que garantia apoio Tinanceiz> a ia chegou a incorpotar 9: je 1848, mas para os quais no se che~ s, A sua ociosidade desmoralizou (Criou-se também uma Comisso Governamental sia de Luxernburgo (ont Bla se compunha de delegados de patroes e empregados la economia e tinha ‘a seu cargo arbitrar Iho, além d= berordo A fazer planos de ajuda as classes trabalhadoras. Blanc aproveitou Fa de cooperativas de produgai possivelmente sucedends firmas capitaliscas em dancarrota, ‘a o caso das grandes fundicéies de Jean Frangois Cai “a maioria delas perdu sé reagdo varreu 6 pais. 0 dezembro de 1851 estavem condenedas aque estavacla propria uta, que porque traziam a marca de ume esp cendenada” ‘DUVEAU, 1965, p. 70). apenas uma dicta, Fay diz cue elas receberam aj Extado, que escolheram os seus membros sem odevide cuidadoe assim por diznte” A ajuda doEstado sera um fator imy ‘mento das cooperatives de pradugio, par uma série de motives, 92 Pawoxinaca pameiro € que os trabalhadores no dispem de capital nem de propricdades que pudessem oferecer como garantia para le~ ido & que as firmas capitalistas, que concorrem com as cooperativas de produgio, fambém contam com aajuda do Estado, sob as formas usuais Ge ¢ crédito Favoreci vancar capital no mercado financeiro. O 2 senges fise: que s2 atrasaram na corr sdutiva é quese sempre permanent nte do 2sforgo para a suseragio ca Asia, da Earopa Oriental ¢ da. Africa, Mas este apoio rara- mente se estende a cooperativa de produgio, vista pelo lado con- servadorda espectra Tambsm a esquer- cenxerga a conperativade produgao to é desperdigar Forgas esperan- lo Estado pessoas ¢ cortentes que percebem a obtém a adee seu poten- Jesejvel que e! signifieat cial de desenvolvimerto, Na Itélia, a idéia da ecoperativa de produgio foi trazida da Inglaterra po- Mazzini, um dos pais da unficagdio e independén- cia do pats. Sob sua influéneia, rumerosas sooperativas de pro- dugao foram criadas, particularmente em Génova. para poder demonstrar sua vi “Por vol.a de 1870, estimou-se que havia 878 sociedades, muitas smbém operavam kijas verejistas ¢ ofereciam segura 93 social. Entéo, nos anas 1879, com a agriculcuca deprimida pela Importagéo de cereuis baratos da Amériza e com. trabslhadores espedides, mais uma vez a tinica pedo pare ‘emigracao, rabalhadores sem te-ra se uniram para oferecera tini= ca coise quet saan son s pela se- ‘cage de texras pantanosas, particularmente ao redor de Roma, & uma lei aprovada em 1889 concedeu-ihes tramente preferercisl ‘io de obras peblices. Ein 1606, Fay relateva que a- via 25 sociedades de padeiros, a Ildlia é 0 pais em que ha ia € 0 pais erm gue hé mais cooperati- vas de produgdo: em 1988 havia 12 mil com meio mi idores. Dastaca-se a regifio de Emilia Ros vio de “cue tem uma concen‘ragao particularments elevada; em 1980, das Lega Nazionale inclafam 226 ne setor de balho com 32 mil operdrios { JO que torna esta Pla fem uma concentregao de firmas pequa- tradigao de artosarato baseada em pequenas nase um pano de ‘undo ideolégico de socialismo descentra- scoperativas a preduzao € Produc em massa ea perda de qualificagtes dos trabalhadores, stioos da indistria fordista, tem maks capacidade dee -amudanga da frodugdo em massa ata teen vada corflangae ne sups IKCHALL, 1997, p. 97) nto de mereaddos sofis- ticados Paso sume Na Franga, o cooperativismo de produgdo tomou-se um cle- mento constante da economia. Mss, a partir de 1978, coma crise atingindo muitas empresase 0 desempregocm zumento, © gover no passou a oferecer subsidios para que 0s trabalhaciores assumm's- sem as empresas em via de fechar. Isso fez.com. queo nmera de ‘ecoperativas de produgdo passasse de 571 para 1.200 om cinco anos, com mais de 50 empresas transformadas em cooperativas operirias por ano. A mesma crise ‘abritdinica, um tergo da qual enirou emeatapso. Autoridades locais ctiaram Agén- Desenvolvimen:o Cooperalivo, para 2st pperativas e convercer empresas em crise em cooperatives. ‘converses resultaramem 200 cosperativas. No fim da décadade 1900, havia ra Gri-Bretanha cerea de 1.200 cooperativas oper cerca de 170 novas cooperativas surgindo a cade ano. O nais intense ode tas setorem que a expanso destas coopera prestagio de euidados & populecao em situagio de risco. Estes servicos eram antes prestados pelas autoridades Iecais, que pass strctar sua prestagdo mediante licitagtes ‘Umia otra modalidade de cooperativas de produgaio que tem vas de oli- creseida acentaadamente é a *nova onda” de cooper mentos organicos, livrarias altemazivas, editoras comunt promotoras de tecnologias altemativas. Estas cooperatives si0 0 produto do movimento de contracultura, que empolze amplos se- adi tores da juventude e visa preservar a natureza, elim: minagZo racial e sexval ¢ de modo geral se opde a0 capitalismo, sobretudo em sua forma neoliberal. No fim da década d= 1970, na Gri-Bretanha estas cooperativas tinham em conjunto cerca de 10 mil membros. Na Alemanha, a nova onda atingiu dimensbes berm imaiores: criaram-se 11.200 eooperstivas com 80 mil membros (BIRCHALL, 1997, p-98). A nova onda niio se restringe a estes paises, Fla se faz presente em toca Burcpa, na América do Norte, urbanos do Terceiro Murdo. na Oceania 2 nos cent: ereoeves9 A Bocwowts SonDins A cecoperativa de predugdo existe em praticamente paises, mas em dade mu:to menor do que as de compras e vendas, de crédito e de consumo. No Ci via cerca de 300 cocperativas operirias com pouco mais dz 6.000 ‘membros, 41 cooperativas florestais e um conjunto de coopereti- vas de ambulircia, que prestam 50% do servigo em Québec. Ha ainda um significativo grupa de cooperativas de «lime Muito maior é o ntinero de empresas capi egados participam do ca irmas so possuides ste pelos seus empregados, que so donos de 60 preciso nao corfundir cooperativas de participacao acion ria, recusdoem pa‘ses anglo-saxdes. 0S empregadas no perticipam no capital por joperativas, a forga de trabalho, mas carente de antonomis.e orvendo sarcela imp de realizarna ser da economia. Eis forme de organizasibes ales passoa a desempenhar as mnais, que foram dissolvidas’ goes das cooperativas tradi (BiRcHALL, 1997, p. 138-139). 1s anilogos foram, E assim por diante, Outros ¢ registrados na propria Tanzénia, em Zim Madagascare na Tunisia A partir de 1980, o neoliberal tura do mercads ¢ @ corte do de odo papal do Estado na condugdo da economia. As coop. Vas, antes superprotegidas ¢ subsidiadas, nfo suportaram, muitos casos, a sdbita perda de seus apoios govername: “paca piorar, as cooperetivas esifo sendo expastas a um mercado teancos intesnaci M jo esto ‘anzanin ia do epcio governamental ao cope- rativismo foi tio répida qu o ndmero de sociedacies cain de 9.000 para 4.337 ¢ de 41 federaytes cooperativ: das, Pretende-se criar bi rativasa se comaret sete fo; jida- 0S cooperativos para ajudaras coope- a anceiraments independentes. A Zambia pretendia ser uma economia 100% cooperativa. Em. miu um nove governo que abi elhes iu omonopélio das cocperativas jos, Sua participagdo no mercado 00% para 10% ¢ muitas desaparecerm, Algo semelhan‘e acon. teecu em outros pafses (BIRCHALL, 1997, p. 14 ria nao ferente em telago As coopet colas e em su Ta, 8S Cooperatives operdirias 1597, p. 185). Em suma, as 2004 ivas de produgdo, auténomas e autén- numerosas mas ressurgem ecm vigor quando a ‘aem recessio ¢ governos reagem patroe onversio de empresas em crise em «i quando a se organi inautén doa costumam F como cooperativas. Conperativas de produgao estabelecidasde cima para baixo, foram ubsquas no ia no resistiu ao neoliberal 7. A Corporacio Cooperativa de Mondragén de produgio indu: ‘com um banco cooperative, uma cope’ iva de imauniversidade c diversas cooperativas dedicaslas p ‘cuKlades que cooperativismo de Mondragén en‘tent vel que ele procura realizar a autogestéo muma medida que hoje, infelizmiente, é dificil de encontrar nas grandes organizag5es co- operatives. 'A Corporagao Cooparativa tem sua origem na pequena ci- dade basca de Mordragén, ao norte da Espanha, 2m 1956, em pleno franquismo, por iniciativade José Maria Acizmendiaret, mais conhocido como padre Arizmendi, Bste clérigo basco, que hutou na Guerra Civil Espanhoia do lado republicano ¢ servia na paréquia de Mondragén, havia conseguido criar, com apoio ¢o- ‘uma escola téeriica na qual Iecionava o que hoje de- ade cen moradores de Mondragén Ihes emp para adcuirir uma empresa falida, transformada na a Ulgor, ume inddstria def ‘uma época de grande expansio industrial e a nova al dos jo- que © contata face a face garantisse efetiva igualdede e sol dade entre os sécios. Mas as exigtncias da concorréncia no metca- do impunhamn o crescimento da cooperativa para que houvesse m vender @ produgio a pregos -as), para finan- ganhos de scala que perm 3 e obter grand= margem de Iu: cciar maguinas-ferrams De modo que Ulgor expandiu-se 1 torrando-se em poucos anos uma das cem maiores indistrias do pals. im criar tar o tamanho das cooperativas, deci inddstrias que prodvzissem insumes para Ulgor sob a forma de ‘em 1958 surgiu Arrasate. fabrica de 1963 foi fundada Copreci, Pabrica de cooperativas indepen reiquinas-ferramenta, 99, a ‘grupo cooperati mente ialmente por Ulgor, Arrasate e Copreci, Posieriormente passaram a integré-lo tam- bém Ederlan e Fagor Ble:rotécnica. O grupo coope fade segundo grau. sendo govert uma nada por um consel nat as atividades das cooperativas associadas ¢ per- as de escala na prestacdo de servigos de pessoal iS € contabeis em comum a todas elas rengas de resulta 1¢ poxleria representar uma Fonte de at $0, a partir de 1970, as cooperativ niram todas as suas sbras (ou prejutzos, se hi co fundo, a ser distribu‘de entre todo irtegrantes do grupo, sem consid cas decada cooperativa ao func, Esta foi uma das ente se deveu ao g cooperativas de segundo grau, reunindo cooperatives de prod ‘:do complementar, com aequalizagio dos resultados entre todos jograntes. ja criagdlo da primeira cooperati ‘os membros das coop: 's. Mas Arizmendi estudou sera Caje Laboral Popular e forjou a ata de uma reunidio de fundaglo que nunca houve. Di vyeio a luz, em 1959, sendo a primei ‘grau do agrupamentode Mondragén, Dat em di: Js nio 4 na prestagie de servigos financx do fa:o consumado, cessou a resistencia, ea Caja jerativa de segundo 5 de novas cooperativas, funcionanco como in- ia funciona como uma espécie de hi fing (controladcra} de todas, cooperativas singulares. Cada coopers tiva assina um contrato com 2 Caja, obsiga ‘comuns ao complexo, como, por exempl 1% de seu pessoal na condigdo de niio-mem- bro, manter adiferenga entre as retiradas méximas © no mais de 1:3, posteriormente ampliada para parte de cada sécio ne capital da coop: entre 80% e 120% di ‘mesmas politices de ‘que as somas destinedas aos membro contas individuais, endo distribufdas em dinkeiro. ‘A Caja passow a presiar servigos de assisténcia social ~ de, pensées e aposentadorias - aos trabuall vas, Esta segiio da Caja, em 1967, tomou-se urna cooperativa independente de segundo grau, com o nome de Lagun-Aro, Bla passou a desempe desemprego, gidas pela: Lagun-Aro passou a receber uma taxa de 0,5% sobre a f pagarenio de cada cooperativa para former um fundo de aju uubido para 2.35% 1s S10 obrig tot Terpopuke A Eeoxonn Soups ‘Ao puderem absorver os membros que no perativas em ct trabalho nas coo- 2, a responsabilidade pasca a Lagun-Aro, Esta Procura enecnirar alguma cooperativa, nos demais grupos «1 perativos, que s despesas extracrdindrias. Engu balho, eles racebem da Lagun-Aro Numa époza jue a Esparha exibia uma das maiorcs ta- xas de desemprego da Europa, 0 agrupamento coorerativo de Mondragén se mantink: 28 A azzo dos grupos: ‘amente com pleno emprego, gra- ivos, complement a estava ameaga lo grupo cooperative, em conjunto com a Caja Laboral e ‘io da Lagur-Aro, promovia sua fusio com outra ‘a em melhor situagdo e que tivesse bastar ira. Fusdes desta espécie so comut inam em profundos cones de pes- is fusdes exigern a apro dois tergos dos votos de catia uma das duas assembléias-gerais, ¢ que sése alcanga quando elas nas implicam desemprega de mem: Ce Gragas ao grande tamanho e diversidade do agrupamento. possivel Desde antes da criagio da primeira ecopera’ Pago com o progresso técnico dominavao pansamento do padre ‘7 1988. Foi um orescimento de apenss 2 equine, crescent fice eis e 29%, 5 de Relatério de 299), calhids ao site dac), Paworasmes Atizmendic seus discipulos. Por isso comecaram por criaruma escola técnica. Em 1968, criou-se 0 departamentoce pesquisa da escola, ¢ seis professores da escola estagiaram em universidades francesas, estudando pesquisa indu: Quevedo conseguit fandar nacscola um Jaboratério de autorna- lo. Em 1974, Arizmendi props a construgao ce um centro de pesquisa com laboral6rios, escritérios ¢ uma oficina mecanica jecanga das cooperativas achow o projete am- bicicso e caro dem: 's eustaria 2 milhdes de délares. Como sempre, a doce insisténciz do sacerdcte acabou vencendo, ¢ foi ‘a cooperativa [kerlan, dedicada exclusivamente & pesqui- A.cuja cesta foi colocado Quevedo. Em 1977, la se instalcu no novo prédio. ‘Aassembléia de Ikerlan € formads em 40% pelo staff. 30% plas cooperativas associadas e os restantes 30% pela Cajac pela Esecla, hoje Universidade de Mondragén. Ei ‘Como sempre, a balhavam ein dois cencros: Mondragén, de mecatrénica, e Mifano, de enzrgia, Muitos destes bolsistas acabam por se incorporar 20 staff de Ikerlan. Outra cooperaciva de pesquisa é [eko, dedicada 83% acima dos 3 megado em 1998, Seus cursos giram em ton Ceprede (Centro de Predigao Econémi: tadunidense, as principais empresas espanholas, cas empresas do agrupamento de Mondragén deve seratrituida, em parte, a0 grande investimento feitoem educegae € p cesdle antes de sua criagdo, Mas este investimento também cor 103 Tyinopiho A Econ Sonaninns doagnipamenco se compas majori s05 da es Arizmendi formados na adestio aos valores da ceo- jinados em autogestio, er que em Mondragén ¢ em grande parte do Pais Basco a cultura do cooperativismo & hege- ménica, o que foi observado por Sharryn Kast a isso, € possivi tivas prevalezer na vida eotidiana” (1986, p63)". Hoje a Mondragcn Corparcién Cooperet franca expansio. Bla ten 53.377 orescente ritmo de expan (wee) esiiem Parceanics 1998 — 42,129; 1999 — 46.861 ¢ 2000 - 53.377. Nestes a quatro anos, 0 nivel de ocupayio de Mondragén eresceu 55%. Ela é 0 mais completo exemplo de uma economia solidarie qu= Jal, ns possuidora de sua propria dindmica. Ao ivas de produgio na Fran: Bretanha ¢ também no Bra ‘quebra de empresas cap’ Mondragén sunge deum pro que surgem majorita istas, © agrupamento coope proceso de transformagio e que 2 prética autogestiondria se en- contra sob pressdes que se originam do gigantismo © co bat do grupo. Nao obstante, a cultura da econo ¢ possivelmente se enriquece em Mondragén, que rratisino, que se manifestam cada vez mais no| paradigre. para ecoperador ‘exemplo de Mondragéa vem inspirando outras iniciativas em oatras partes da Espaniia e nos Estados Unidos. meados da década de 1980. So, em ambos os a0 desempregoe a ctieda daatividade econdmica provocada por recesséies Os clubes de troca revinem pessoas desocupacas que \ém possibilidades de oferecer bens ou servigos h venda e preci- 105 Iyrt00¢ buna Soman Sariam comprar outros bens e servigos, mas mio podem fazé-lo Porque para poder comprar tém antes de vender e no seu meio ‘fio hi quem tenha dinheiro para poder comprar ser antes. Em outras palavrss, a falta de dinheira inibe a divistio so- cial do trabalho, Estas situagdes so muito comuns em localide- des atingidas por grande perda d= empregos, ‘odos os membros. C omegem a comprar bense servigcs eda doclu- fe pagamento. Tam>ém se recorre a nas im- € eletrOnicos para divulgar as ofertas e as demandas entre 0s membros, de troca gere assim um mercado que s6 havia ante- Flormente em potencial. Economicamente, ha vantager's para to- dos: os que estavam parados passam a trabelhar: Vorece novos contatos, 0 raz oportu- nidaces de trocas niio-econdmicas de afetos, favores, gentile- zas. Em sua dingmica, o clube atrai novos membros ¢ permite 106 gue varios se asscciem em outros empreendimentos 5° tais como cooperativas de produgao, de crédi vendas ete. : ‘Todas as transagdes do clube de :roca siio re cio e sto divulgadas 20s membros periodieamente, 0 que .al transparéncia a vida do clube. Pessoas desejosas det responsabilidade, como cuidar de bebés dai prar servigos de {jos adquiriram qua Adieitod ‘clube pode detectar membros que s6 eompram mas ou vice-versa, 0 que Ihe permit de estrangulamento ca circulafio do. cxesce 0 nivel de ocupagio ese enriquecea vi ‘Hi hoje clubes de troze na América interedrbio) e na América Latina, em par as. Calcula-se que mais de bes de troca, que se 0: onde eles atingiram dimensées ing io do pais, que s6 permits a er 1) se houver a entrads no pats de ds aArge em recessio desile 1998, com 107 Paga ‘0. Num ambiente como Pagamen. J ibient este, © papel econdmico dos Sc torna crucial, pois suas moedas locais s a falta da oficial. en Presente e futuro 1. A reinvenco da economia solidéria no fim do século xx os para 0s assalariados, 2 situagio destes Foi r saldrios reais mais clevados, seguridade social mais abrangente € de acesso universal, ou quase, torna- se realidade nos pa‘ses desenvolvidos. Mesmo em pafses ados, como o Bra I, 0s direitos obtidos pelos muitos assaiariados forma ste avango seacentuoue generalizou fou acriticaa, trabalhador. Em vez de lutar consra o assalariamento ¢ ago que o assal impSe procuraruma alternativa emancipatéri oper: pliagi. Os sindicaros tornaram-se organizacées poderosas, cujé teresses dos assalariados, dos missio passow a sera defesad quais o mais crucial é conser 108 bre g0, os trabalhadores. ‘que compeas na preducio, Esta mudanga foi sem divide uma das cat desinteresse pela econornia sol angam uma espécie de cidadania “soci ja 2 posigo subordinada ¢ elienada que ocupam is do erescents féria € pela toleranci trodugao do assalariamento nas cooperazivas ed: zagho” de suas geréacias, ‘ptofissionali- ivos, o movirnento 12 vigorou nos paises centrais entre as. 1940¢ 1970) exe acomodou no assalariameato. 0 isso madou redicalmente a partirda segunda metade 0, quando desemprego em masse comegcu o seu etorno. Nas décadas seguintes, grande parte da producao indus- trial mundial foi transferida para ‘08 dircitos dos assalariados, Na realidack sio do desemprego em massa, a situaglio dos trabalhadores que continuaram empregados dos a aceitar a “flexi reinventada, Ha indicios da eriagZo em nimero cada vez maior de novas cooperativas e formas andlogas de produgio associada dos empre assalariamento. Essa mudancaes autogessis € 0 reptidio ac {a.com ouiras transformagées contextuais Gu rou em 1985, coma Perestroika ea Glasnost ‘eculminou em 1981 com a sua dissolugas. Até mesmo a Tuges- via, que desenvolveu um modo de produgic com tragos de eco- 9. Subitamence ficou claro 's de todo mundo que adura do proletariad zr semeihanga com 0 que serapre se ertendew que Aout governcs € partidos so. ropa mas também, mo vencendo eleigSes ¢ exercen macratas nao conseguiram muito mais do que atenuar 10s excessos do neoli no € preservar instivuigdes Disicas do Estado de bem-estar social, Nao tentaram reverter a privatizagdo dos servigos puiblicos nem a desregularentagao das finangas mundiais, submetendo as aconomias nzeionais, sO- © poder governamental, 05 ut 10.4 Boowowta Soups bretudo na peri global. ___Asduas transformagdes subverteram a concepgdo (até en- Go amplameate dominante) de que o caminho da emancipasz0 passa necessariamente pela tomada do poder de Estado. O foco dos movimentos emancipatérios para a scciedads Fam-se 8s organizagSes nio- govemamentais (ONGs) e movimentas de libertagdo cuja atuagao visa preservar omeio ambiente natural, a biodiversidace, o re: 908 disames do grande capital finans IOu-se endo cada vez mais nidades cue por sua propria iniciat ram suas condigéesde vida, cerovam su ris et. Eneste contexto que se verfica are sngio da economia ia solidria se fiandamenta na smo criam oportunidades 10 de organizagées econdmicas c modo de produco dominante. 0 avai das do minimo de recursos que permitacnestar n Frocesso de auto-emancipagdo. Mas, ncra uma ampla fa a popules idariedade, da igualdade e da democracia e de sua disposigao de seguir estes ia nfo se deve apenas 20s préiprios deserpregados ¢ marginalizados. Ela é obra também de intimeras entidade: das, a0 menos no Brasil, principalmente & Igreja Cat 12 Prose 5 FUR outras igrejas, a sindicatos ¢ a universidades. Sao entidades de féria, que difundem entre trabalhadores ios do apoio A economia sem trabalho € miccoprodutores sem clientes os prinef> tent bésico necesssitio A criagio de cooperstivismo e 0 con empreendimentos solidérics. Além disso, estas entidades de epoio res em autogestiioc acompanharn as novas ‘empresas dando-Ihes assisténcia tanto na realizacio de negocios como na censtrucde do relacionamento interno da cocperativa treinarn os cooperal 2. Perspectivas da economia s A reinvengao da eccnomia sol arriseado projetar a sua tendénc ‘futuro, Em grande medida, as empresas, solo por latifindios (o que perm priago para fins de reforma a sa, Pode-so projetara vasta cri ria dos pafses nos anos 80 € 90 do século Xx décadas' E pree lerar que aaberturade mercados ao comeér- cin eo destoc: de empresas para paises de trabalho barato 30 mudargas estrururais que tendem a se esgotar no tempo. préximos dee8nios, odeslocamento dz pos- 103 do centra da mundial para a periferia perderd intensidade. Muito vai depen- der também do ritmo de crescimento das econortias nacicnais, 19 que decorrem dos ca as proximas Provavelmeni Jadas por novos padrdes de consu es no s6 da revolugao microeleir icae de outras frentes da biotecnole oréneias dominant est fei gents da mes também da 1c A Beowanta Sex (que sto quase :ninterruptas, variando apenas de lugar a cade se transformer 2m crises globais. Isso significa que se a economia so! Fesposta as contradigdes do capitalismo no campo econd seu crescimento poderd se desacelerar no futuro e, pior, Passari de uma forma complementar da economia capi ‘cuja existéneia serd funcional para preservar fatores de produgaa ~ trabalho, terra, equipamentos ria for apenas wma do que mera resposta’ incapacidade do mo de infegrar em sua iedade desejoxos c necessit Jue em seus prim superior ao capitalis seja, que as empresas is regularmente supe- congéneres capitalistas, oferesendo u servigos melhores em termos de pret \cebida para ser un superio- por proporcionar 2s pessoas que a adotam, enquanta procutoras, poupadoras, consumick ‘Vida melhor nao apenas no sentido de que possem cons. éndio de esforco prod bém melhor no relacionamento com familiares, snigos, vizinhos, iberdade de cada nodircitoa nese URE autonomia na atividade produtiva, de no ter de se submeter & ondens alheias, de participar plenament> das decisdes que 0 afe- tan; na seguranga de cada um saber que sua comunidade jamais deixar desamparato ou abandonadc. A grande aspiragio desde os seus primérdias, sempre animou a sconomia solidéri tem sido superar as tensSes e ang dos contra todos acarreta naqueles que se encontrar da “usina saténica’, tio bem ar dos nz Polany’ A economia solidaria fo: conce! los “ut6picos” como justrial de procugao uma nova sociedade que com a orgenizagao comunitéria da vida sccial. ‘adivisie da sociedad= fea e por essa azo das normas morais € pessoais para velhos ¢ jovens criavam a 15, Inerrapeko & Feorowra Sonso4wa rmosfera em que a nova posigo era alcangada pela pooulagio in

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