You are on page 1of 6
Uficreze VE Semindrio de P6s-Graduagio em Filosofia da UFSCar 20 a 24 de setembro de 2010 A expansividade do amor de si na filosofia de Rousseau Marisa Vento UNICAMP ~ PPG Filosofia Doutorado /Bolsista FAPESP Resumo © fildsofo genebrino Jean-Jacques Rousseau, a0 meditar sobre as primeiras e mais simples operagdes da alma humana percebe o principio do amor de si e caracteriza-o como prinefpio anterior & razio, que “nos interessa ardentemente a0 nosso bem estar € & nossa conservaciio”. O amor de si é “a fonte de nossas paixdes, a origem e o principio de todas as outras, a tinica que nasce com o homem ¢ nunca o abandona enquanto ele vive” (O. C. iv, 491). Parece evidente aqui que o amor de si nio € préprio apenas do homem no estado de natureza, mas da natureza do homem. Considerando como premissa chave da filosofia moral ¢ politica de Rousseau que “o amor de si € 0 nico motivo que faz agir os homens” (Lettres Philosophiques), a proposta deste texto € discutir a expansividade positiva do amor de si a partir da vida primitiva e suas conseqiiéncias no desenvolvimento ou aparecimento da condigio de moralidade-virtude. Palavras-chave: sentimento de existéncia, amor de si, virtude. Jean Jacques Rousseau (1712-1778) apresentou-se no seu século como revelador de um diagnéstico pessimista. Critica a sociedade que ele descreve como a causa de toda desordem, degradago ¢ infelicidade humanas julgando-a decadente, entretanto, os seus escritos subseqiientes revelam um prognéstico otimista. Renomados intérpretes de Rousseau afirmam que existe no conjunto de sua obra uma “unité d'intentions”, ou stema” que se pode apresentar esquematicamente da seguinte forma: no Discurso sobre as ciéncias ¢ as artes (1750) ele denuncia as contradigdes da sociedade corrompida em seus costumes; 10 Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens (1755) ou segundo Discurso, ele se empenha em estudar © homem buscando as causas do mal, concluindo que a alma humana, tal como a estétua de Glauco (retomando a metéfora empregada por Plato), desfigurou-se Afirma que os progressos da espécie humana a distanciaram do seu estado natural, sendo assim, 9 homem tomou-se mau por acidentes fortuitos, decorrentes do desenvolvimento das relagdes sociais. Contudo, como deixa ver a proposta do Contrato Social (1762), é possivel fundar uma ordem social alicergada na virtude e na moral. © estudo antropolégico que 0 nosso autor realiza no segundo Discurso, procura evidenciar sua originalidade em relagio ao método empregado nas investigagdes sobre o homem ¢ a sa natureza. Rousseau faz mesmo uma critica provocativa aos fildsofos que examinaram os fundamentos da sociedade, dizendo que eles nfo chegaram, de fato, a conhecer 0 estado de natureza e 0 homem natural. O ISSN 2177-0417 - 467 - PPG-Fil - UFSCar Uficreze VE Semindrio de P6s-Graduagio em Filosofia da UFSCar 20 a 24 de setembro de 2010 método analitico empregado pelos “fildsofos”, apenas oferecia “abismos e mistérios”, impedindo-Ihes de remontar ao verdadeiro estado de natureza e “distinguir a gradagao natural dos sentimentos” do homem nesse estado (Rousseau, 1964, p.132). Vé-se que Rousseau reivindica certa especificidade no conhecimento da natureza humana em relagio aos seus antecessores a0 distinguir seu método, 0 método genealgico que, tomando o homem tal como saiu das mios da natureza busea a “causa origindria e universal dos fatos que permitiré dissociar até as tiltimas conseqiiéncias 0 que ha de originério e de artificial na natureza do homem atual”, segundo expoe na Carta & Beaumont?® Pretende-se neste texto enfatizar que esta especificidade parece residir num aspecto ainda nao suficientemente esgotado na filosofia de Rousseau. Para aprender este aspecto é fundamental penetrar o significado da dissociagiio, que vai até as dltimas conseqiténcias em busca de identificar o que ha de originério e de artificial na natureza do homem. Rousseau rejeita a antropologia dos seus contemporineos, 0 que vai expresso, por exemplo, nas criticas feitas a Hobbes no segundo Discurso, de quem ele mais se aproxima reconhecendo os méritos, mas a quem acusa, entre outras coisas, de equivoco por “incluir no desejo de conservagao do homem natural a necessidade de satisfagiio de paixdes que ainda nio existem nesse estado e s6 apareceriio na sociedade que, entio, precisaré de leis” (Rousseau,1964, p.153). Por isso, trata-se a sua, de uma antropologia “negativa” como identifica Jean Starobinski (1971), suprimindo aquilo que na antropologia tradicional dos jurisconsultos impossibilitava, segundo Rousseau, 0 conhecimento verdadeiro do homem natural E 0 que 0 nosso autor encontra a partir da aplicagao desse método de pura abstragio, que despoja tio profundamente o individuo humano de toda consisténcia a fim de determinar sua esséni 2A resposta para tal questio € que por meio de raciocinios ¢ conjecturas, Rousseau cncontra a natureza essencial do individuo humano que jaz, idéntica, no fundo das diferentes figuras por ele apresentadas: © homem selvagem, 0 “homem do homem”, o cidadio ou o sibio. Trata-se to profundamente de apreensao da esséncia que Victor Goldschmidt (1983) chega a st rir nas paginas finais de sua obra magistral sobre a antropologia rousseauniana, uma aproximagio com a eidética husserliana, 282 Cl, Lettre & M. Christophe de Beaumont. Tradugaio de José Oscar de Almeida Marques, ISSN 2177-0417 - 468 - PPG-Fil - UFSCar Uficreze VE Semindrio de P6s-Graduagio em Filosofia da UFSCar 20 a 24 de setembro de 2010 Esta natureza essencial do homem, em varios momentos da obra rous cauniana também recebe 0 nome de sentimento de existéncia. Segundo Pierre Burgelin, o que fornecerd o tema central das reflexdes de Rousscau: € a vida em seu sentimento de si, isto é, em sua auto-afeigto primordial (Burgelin, 1952, p.125), Bento Prado Jr. comentando a interpretag%io do sentimento de existéncia, acrescenta que nesta expressiio o termo privilegiado € existéncia, e esta “niio indica a maneira pela qual a existéncia ou a realidade se reflete no interior da subjetividade, como poderia supor uma leitura “psicologista’: é realmente a prépria existéncia € com ela, o ser que € desvendado por e nesse sentimento” . E se de um lado, 0 sentimento de existéncia “é a descoberta da ordem da natureza”, de outro, € preciso notar que “€ também a descoberta da subjetividade pessoal” ( Prado Jr, 2008, p.48-49). Nesta mesma linha segue Paul Audi, afirmando que na figura do homem natural Rousseau simboliza “a forma sob a qual a vida subjetiva absoluta se manifesta primariamente” (Audi, 2008, p. 69). Ou seja, € menos o Moi (cu) do que a existéncia 0 que verdadeiramente importa para Rousseau. O caminho que se tem a percorrer para compreender o sentimento de existéncia e 0 papel que ele desempenha na filosofia de Rousseau € arduo. Exige um percurso que vai da oposigao ao cogito cartesiano a reformulagdes malebranchistas do sen yento de si”, passando pelas influéncias de Condillac. Obviamente que, dados os limites deste texto, restringimo-nos a dizer que € incontestével a importiineia filosGfica € moral do “sentimento de existéncia” como pretendemos palidamente demonstrat. No segundo Discurso, Rousseau afirma que a0 meditar sobre as primeiras € mais simples operagdes da alma humana, percebe dois prinefpios: o primeiro é 0 amor de . caracterizado como pré-racional € nos levar a nos interessar “ardentemente a0 nosso bem estar © & nossa conservagio”; secundado pela pitié, que inspira uma “repugndncia natural por ver perecer ou softer qualquer ser sensfvel e principalmente nossos semelhantes” (Rousseau, 1964, p.126). Observando o primeito periodo da passagem acima, € pertinente indagar: seria o amor de si, como pretendem muitos comentadores, apenas 0 cuidado com a conservagio de si? Sendo assim, por que razio € chamado princtpio? ‘Sabe-se que no seu sentido original principio &, segundo o ponto de vista sob o qual nos colocamos, o Primeiro a partir do qual derivam todas as outras, ou soja, o elemento primeiro e imanente da geracao. Desse modo, é possfvel concordar que pela expressdo principio da alma, Rousseau queira designar tudo o que faz.com que uma alma seja uma alma, como nos faz ver a interpretagao de Paul Audi: Pour Rousseau, il y a deux principes qui, en tirant leur force de la vie, mettent ame ‘en mouvement, deux principes qui font d'une ame une ame. Ces deux principes qui ISSN 2177-0417 - 469 - PPG-Fil - UFSCar 20 a 24 de setembro de 2010 Uficreze VE Semindrio de P6s-Graduagio em Filosofia da UFSCar A sont pour le vivant a Vorigine de son “@tre-en-vie, sont amour de soi et la pitié, L’amour de soi est ce qui fonde fa subjectivité de ’ame: car c’est en vertu de Vramour de soi, propre a la vie, que Ime peut parvenir et parvient, de fait toujours & séprowver soi méme®®? (Au, 2008, p.83). ra, desse ponto de vista, 0 princfpio percebido por Rousseau, toma-se a determinagao interna estruturante da afetividade, entendido como esséncia da vida, sentimento interior que leva o individuo a ligar-se e interessar-se por si mesmo. Esta “paixao singular, incessante,irrepresével, infinita, co-extensiva Vida e co-intensiva a toda outra paixdo, e nesse sentido “principal” (Audi, 2008, p.85), nio pode ser tra sendo 0 amor de si Se atentos ao que Rousseau diz no segundo Discurso: “O primeiro sentimento do homem foi o de sua existéncia, seu primeiro cuidado 0 de sua conservagio” (Rousseau, 1964, p.164). Parece decorrer daf, que 0 cuidado devido ao ser do homem deriva do sentimento que existéncia experimenta quanto a si mesma ¢ 0 cuidado com a conservagiio de si seria a conseqiiéncia imediata do amor que a vida, (que niio quer dizer © eu consciente de si) em primeiro lugar, concede a si mesma. No Emilio Rousseau sentencia inequivocamente esta conclusio: ‘E preciso que nés nos amemos para nos conservar €, por conseqiiéncia imediata do mesmo sentimento, nés amamos © que nos conserva” (Rousseau, 1969, p.492). Assim, como se pode ver, a precedéncia da revelagdo imanente do amor de si , funda ao mesmo tempo a idéia de conservagao de sie a sua intencionalidade. Esta preemingncia do amor de si é também salientada por Jacques Derrida, em um capitulo dedicado & andlise do Ensaio sobre a Origem das linguas (que autorizados intérpretes* rousseauistas, tentam demonstrar que é uma obra fruto da “maturidade de pensamento” de Rousseau), ao comentar 0 estatuto da piedade: Se a fonte de todas as paixdes € natural, todas as paixdes nao 0 sao. (..) O {que nos importa aqui quanto ao estatuto da piedade, raiz. do amor a outrem, & «que nao € nem a fonte ela mesma, nem um fluxo passional derivado, uma paixao adquirida entre outras. Ela € a primeira derivagao do amor de si. Ela é ‘quase primitiva, ¢ é na diferenca entre a proximidade € a identidade absolutas que se localiza toda a problemitica da piedade” ( Derrida, 2008, 213) Facamos im paréntese para dizer que a piedade é o segundo principio percebido Rousseau, que 0 apresenta como um sentimento natura, facultado x todo vivente em geral, mas que s6 se desperta e pde-se ividade no humano, devido & imaginagao. E “a ima 60 poder, paraa vida, de afetar-se a si 359 Cf, Paul Audi. “ para Rousseau, existem dois principios que , trando sua forga da vida, colocam a ‘alma em movimento, dois prinejpios que tazem de uma alma uma alma. Esses dois prineipios. que esto para o vivente na origem do seu estar-em-vida, so 0 amor de sie a piedade. O amor de si é 0 que funcla 4 subjetividade da alma: pois & em virtude do amor de si, proprio & vida, que a alma pode conseguir consegue , de fato, sentir-se a si mesma”. 384 ntre estes os editores de Confessions: B. Gagnebin e M. Raymond, afirmam que 0 Essai é posterior ao segundo Discurso, ou quando muito contemporaneo a ele. Cf. J. Derrida Gramatologia, Perspectiva, 2008 p. 209. ISSN 2177-0417 - 470 - PPG-Fil - UFSCar Uficrerme VE Seminario de P6s-Graduagio em Filosofia da UFSCar . 20 a 24 de setembro de 2010 ‘mesma de sua propria representago” (Derrida, 2008. p.224). Ou seja, a imaginacdo esté intrinsecamente Tigada & auto-afeigao, ao sentimento de existéncia, embora seja de uma potencialidade ambivalente, pois, pode também desencadear vicios e paixoes, para o que Rousseau prescreve no Emilio: “8 preciso que 0 sentimento acorrente a imaginacio” (Rousseau, 1969, p.S01). Retomando a questo sobre a originalidade de Rousseau em suas investigagdes sobre a natureza humana, é forgoso evidenciar que nos registros histéricos da nogiio de amor de si, os est6icos j4 traziam a evidéncia de um instinto primordial de conservagio. © ser tende para o que preserva a sua propria natureza e favorece o seu desenvolvimento, mas foge ao que Ihe € nocivo. Séncca, notadamente numa de suas cartas a Lucilius, desenvolve a temétiea do amor de si, numa abordagem que, a primeira vista, parece muito proxima de Rousseau, mas na qual se pode identificar plenamente a relagio estabelecida entre o amor de sie © instimo de conservagio. Desse modo, a identificago pura ¢ simples do principio do amor de si e auto-conservagio, por si s6, nfo anularia a originalidade no conhecimento da natureza humana como Rousseau pretendeu? [Nao parece havorctividas quanto a0 papol que este principio desempenha para Rousseau quando firma na carta-resposta a0 Sr. D'Otreville: “O amor de si mesmo é 0 mais poderoso e, segundo penso, 0 &inico motivo quo faz agir 0s homens”, Sem mencionar a sua singtlar posigao a0 combater simultaneamente os filésofos ¢ os moralistas na acirrada questo do amor préprio que ocorre no século XVIIF®, onde fica evidente sua originalidade na inversdo do conceito de amor de si empregado pelos ‘moralistas agostinianos. Inversto por meio da qual o amor de si passa a sero sentimento inocente da existéncia, eo amor proprio torna-se perversdo desta inocéncia ensejando 0 cortej de vicios da vida em sociedade. Do que se pode supor que o amor de si possui um estatuto ainda nao suficientemente explorado em suas dimensoes moral e politica, Estas consideragGes, sem dvida, imptiem pensar o estatuto do amor de si e ver como Rousseau. faz dorivar desse sentimento todos os outros: 0 sentimento de amor pela ordem, © amor a Deus, aos homens e também a virtude: io 6 dificil caminhar para a conclusio de que s6 a universalidade essencial do amor de si ‘permite compreender o ordenamento do homem em relacdo & ordem. A experiGncia de sua existéncia se identifica com o pertencimento ao todo, ¢ ele sente o “seu lugar” na ordem. E no e pelo sentimento puro de sua existéncia que a ordem se apresenta ao homem no fundo dele mesmo, espontaneamente € inreflexivelmente, uma experiéncia afetivae nao intelectual. que se confirma nos Dialogues onde Rousseau diz que a “sensibilidade positive deriva imediatamente do amor de si. E bastante natural que aquole que se ama busque estender seu sore seus 20708 e a apropriar-se, por afeigio, do que ele sente ser tum bem para ele” (Rousseau, 1959, p. 806). 585 Leutre a d’Offteville, Lettres Philosophiques, ed. Henry Gouihier, Paris, Vrin, 1974,p.128, 586 Entre 1650 e 1750 esta discussdo é intensa e © ponto de partida, segundo A. Hirschman em The Passions and the Interests 6 a perspectiva agostiniana da natureza humana corrompida e de que todas as paixdes sto culpdveis e tem sua origem no amor proprio. 22'Sepundo Bruno Bernardi, a virtude para Rousseau @ a forga de preferir o que nos importa verdaceiramente aos interesses facticios suscitados pelas paixdes sociais; © amor de si ao amor proprio. A Lenire sur la vertu, Lindividu et la societé permitira mostrar como Rousseau tenta passar do conceito ‘moral de virtude para o de virtude politica (BERNARDI, 2005, nota 2, p. 297). ISSN 2177-0417 -471- PPG-Fil - UFSCar Uficreze VE Semindrio de P6s-Graduagio em Filosofia da UFSCar 20 a 24 de setembro de 2010 Enfim, parece incontornavel na filosofia de Rousseau que & sempre gragas ao sentimento que o individuo pode aceder & dimensdo mais profunda e irredutfvel de sua pessoa. Acreditamos que o entendimento dessa dimensio da imanéncia poderia conduzir a uma concepgao dindmica de natureza humana, onde o prinefpio do amor de si seria compreendido em sua relagiio estreita com a liberdade e a perfectibilidade. Sendo o sentimento do amor de si « paixao primitiva, origindria, “fonte de todas as outras, a tinica que nasce com © homem e nunca o abandona enquanto ele existe” seria pertinente por um lado, apontar o amor de si como o vetor do desenvolvimento moral do individuo, € por outro, admitir a possibilidade de que esse principio constitua © liame social da ordem politica legitima proposta no Contrato Social. Desdobrando-se essa interpretagdo do amor de si considerada como o interesse ardente pelo bem estar de cada ser que deseja, para o interior da ordem politica legitima, abre-se uma via para, a partir da articulagiio entre individuo, amor de si e vontade geral, se possa dar conta da possivel unidade de interesse do corpo politico com o interesse particular de cada individuo. Referéncias bibliogréficas AUDI. Paul. Rousseau : une philososophie de I’ame. Editions Verdier , 2008. 448p. BACZKO, Bronislaw. Solinde et communauté. Traduit par Claire brendhel-Lamhout. Mouton. Paris. La Haye, 1974. BERNARDI, Bruno. La Fabrique des Concepts: recherches sur invention conceptuelle chez Rousseau. Patis: Honoré Champion Editeur.2006. 595p. DERRIDA, Jacques. Gramatologia. Trad. Miriam Schnaiderman e Renato Janine Ribeiro. Sio Paulo : Perspectiva, 2008. 400 p. GOLDSHMIDT, Vitor. Anthropologie et politique: les principes dus Rou is , 1983. HIRSCHMAN, Albert. The Passions and the Interests: Political Arguments for Capitalism before its triumph. Princeton, New Jersey : Princeton University Press, 1997. PRADO JUNIOR,Bento. A retérica de Rousseau © outros ensaios. So Paulo : Cosac Naify, 2008. 464 p. ROUSSEAU, Jean Jacques. Oeuvres completes. Paris: Gallimard, volumes i, ii et iv - 1959, 1964, 1969. (Bibliotheque de la Pléiade), Carta a Christophe de Beaumont, Tradugio de José Oscar de Almeida ‘icos da Filosofia: Cadernos de Tradugdo, n°8. IFCH/UNICAMP ~Abril ysteme de STAROBINSKI, Jean. Jean Jacques Rousseau la transparence et Vobstacle. Pati Editions Gallimard, 1971. VICENTI, Luc. Jean-Jacques Rousseau individu et la république. Paris: Ed. Kimé, 2001. 227 p. ISSN 2177-0417 -472- PPG. 1 - UFSCar

You might also like