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i JoAo JOSE VIANA ADMINISTRACAO DE MATERIAIS Um Enfoque Pratico SAO PAULO EDITORA ATLAS S.A. - 2006 ¢ iw ~ BIBLIOTECA cass. 434. > © 1999 by EDITORA ATLAS S.A. wee 1, ed. 2000; 6: reimpressao 2006 AQUISICAO, Capa: Aldo Catelli Composi Style Up Dados Internacionais de Catalogagao na Publicagdo (CIP) (Camara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Viana, Joao José Administragéo de materiais : um enfoque pratico / Joao José Viana, ~ 1. ed, ~ 62 reimpressio - Sao Paulo : Atlas, 2006. Bibliografia. ISBN 85-224-2395-4 1, Administracdo de materiais 1. Titulo. 99-3468 CDD-658.7 indice para catdlogo sistematico: 1. Administracéo de materiais 658.7 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS - f proibida a reprodugiio total ou parcial, de qualquer forma ou por quaiquer meio. A violacdo dos direitos de autor (Lei a? 9.610/98) é crime estabelecido pelo artiga 184 do Cédigo Penal. tr % 4. Depésito legal na Biblioteca Nacional conforme Decreto n? 1.825, t de 20 de dezembro de 1907. Impresso no Brasil/Printed in Brazil DEDICATORIA A memoria de meus pais Wlademir e Amdlia Exemplos de trabalho, honrades e dignidade no século XX. A meus netos Murilo e Isabele Membros da geracdo esperanca da nagdo brasileira para o terceiro milénio. Apresentagao, 25 Preféicio, 27 SUMARIO Agradecimentos, 29 Homenagem, 33 Introdugéio, 35 1 A AMPLITUDE DA ADMINISTRAGAO DE MATERIAIS, 37 1 Conceitos préticos de administracdo, 37 ll 12 13 14 LS Qs dez mandamentos da boa administracio, 38 As empresas e seus recursos, 39 As empresas e a administracdo de materiais, 39 © administrador de materiais, 40 Procedimentos fundamentais de administragao de materiais, 40 1.5.1 Cadastramento, 42 Gestfo, 42 Compras, 42 Recebimento, 43 Almoxarifado, 43 Inventério fisico, 43 2 Estrutura organizacional, 43 8 ADMINISTRAGAO DE MatERIAIS. Evolugdo e mudancas significativas na 4rea de administracdo de materiais, 45, 3.1 A logistica e a administracao de materiais, 45 3.2. Técnicas de administracdo japonesas, 47 33 Cédigo de barras, 48 3.4 Informatica, 49 Principais desaftos do administrador de materiais na empresa atual, 49 4.1 Problema da manutengdo do estoque, 49 4.2 O que o futuro nos espera, 50 2 CLASSIFICAGAO DE MATERIAIS, 51 1 2 Conceituagao, 51 Anributos para classificagao de materiais, 52 2.1 Abrangéneia, 52 2.2 Flexibilidade, 52 2.3 Praticidade, 52 Tipos de classificagdo, 52 3.1 Por tipo de demanda, 52 3.1.1 Materiais de estoque, 52 3.1.2 Materiais ndo de estoque, 55 3.2 Materiais eriticos, 56 3.3 Perecibilidade, 58 3.4 Periculosidade, 59 3.5 Possibilidade de fazer ou comprar, 60 3.6 Tipos de estocagem, 60 3.7 Dificuldade de aquisicdo, 60 3.8 Mercado fornecedor, 61 Metodologia de céleulo da curva ABC, 64 4.1 Técnica de montagem da curva ABC, 66 Tabela mestra para construgéo da curva ABC, 67 CAleulo da percentagem sobre o valor acummulado, 67 Construciio do grafico, 68 Resumto de percentuais, 69 Faixa de valores, 69 Interpretacao, 70 Questes € exercicios, 71 suminio 9 ESPECIFICAGAO, 73 1 Consideragdes iniciais, 73 1.4 Definigdo, 74 Objetivo, 74 Critérios sobre a descrigao, 74 Estrutura e formagio da especificagao, 75 Tipos padronizados de especificacao, 77 Normalizacao, 78 6.1 Vantagens da normalizacao, 79 6.2 Definicio, 79 63 Normalizagéo no Brasil, 81 6.4 Normalizacao intemacional, 82 7 Padronizago, 83 7.1 Definigio, 83 7.2. Obietives da padronizacao, 83 7.3. Vantagens da padronizacao, 84 7.4 Aexperiéncia da Cosipa na padronizagao de materiais, 85 7.4.1 Parafusos, 85 7.4.2 Resultados obtidos, 86 8 — Andlise de Valor, 87 8.1 Metodologia de Andlise de Valor, 87 8.1.1 De ordem geral, 87 8.1.2 Que dizem respeito 4 manufatura, 88 8.1.3 Quanto 4 montagem, 88 8.1.4 Quanto & especificacdo e normas, 88 8.1.5 Quanto a possibilidade de fazer ou comprar, 89 8.2 Vantagens da Anillise de Valor, 89 8.2.1 Beneficios nado quantificdveis, 89 8.2.2 Beneficios quantificaveis, 89 8.3 Aexperiéncia da CSN na aplicac&o de Andlise de Valor, 90 9 Abreviatura de termos téenicos utilizados em especificacao, 92 10 Quesidies e exercicios, 92 aunun CODIFICAGAO, 93 1 Coneeituacao, 93 2 Objetivo, 94 3 Tipos de codifieagdo, 94 3.1 Codificacao decimal, 95 3.2 Federal Supply Classification (FSC), 96 10 apwmistRagio pe mareavus 3.3. Chambre Syndicale de la Sidérurgie Frangaise (CSSF), 98 3.3.1. Materiais normalizados, 98 3.3.2 Materiais especificos, 98 4 Aplicacao pritica - montagem de um plano de codificacdo, 103 5 Questdes e exercicios, 106 5 FUNDAMENTOS DO GERENCIAMENTO DE ESTOQUES, 107 1 ConsideracSes iniciais, 107 2 Definigdes importantes, 109 2.1 Estoque, 109 2.2 Consumo, 110 2.2.1 Consumo regular, 110 2.2.2 Consumo irregular, 111 2.2.3 Consumo sazonal, 112 2.3 Demanda, 112 2.4 — Previséio da demanda, 112 3 Inclusio de itens no estoque, 112 3.1 Informagées do usudrio, 114 3.2. Atribuigdes de gerenciamento, 114 Solicitagic de materiais nao de estoque, 114 RazOes para a existéncia dos estoques, 115 Natureza dos estoques, 116 Fundamentos da gestdo, 117 7.1 Politica de gerenciamento de estoques, 118 7.2 Anélise do comportamento de consumo, 118 7.3 Modelos de gerenciamento de estoques, 120 8 — Formacdo dos estoques, 121 8.1 Influ@ncias internas, 121 8.2 Influéncias externas, 122 9 Acompanhamento de consumo por meio do sistema de cotas, 122 10 Materiais sujeitos a recondicionamento, 124 10.1 Sistema de recondicionamento, 125 10.2 Variaveis do sistema de recondicionamento, 129 10.2.1 Materiais similares, 129 10.2.2 Recondicionamento parcial, 129 10.2.3 Sucatamento do material, 129 10.2.4 Sueata nobre, 130 11 Obsolescéncia e alienagao de materiais inserviveis, 130 11.1 Experiéncia da Cosipa no beneficiamento de materiais, 131 NOU 12 13 14 suménio. 11 11.2 Natureza dos materiais a alienar, 131 11.2.1 Material excedente, 131 11.2.2 Material obsoleto, 132 11.2.3 Material sucatado, 132 11.2.4 Material inservivel, 132 113. © processo de alienagao, 132 11.3.1 Alienacdo de materiais em estoque, 136 11.3.2 Alienagdo de bens patrimoniais, 136 11.3.3 Alienacio de materiais fora do estoque, 137 Controles nas atividades de administragao de materiais, 137 12.1 {Indices de avaliagaio na gestio, 138 12.2 indices de avaliagao em compras, 138 12.3 indices de avaliacio na armazenagem, 139 Custos nas atividades de administragao de materiais, 139 13.1. Custo de comprar, 141 13.2. Custo de armazenar, 142 13.3. Custo total, 143 Questées ¢ exercicios, 143 SISTEMAS DE GESTAO DE ESTOQUES, 144 1 2 Consideracées iniciais, 144 Problematica da formacao de estoques, 145 2.1 Demanda, 147 2.2 Processo de abtencdo do material, 147 2.3 Processo de deciséo, 148 2.4 Tempo de obtencéio do material, 148 Parametros e modelos matematicos de ressuprimento, 149 3.1 EM- Estoque maximo, 149 3.2 BS — Estoque de seguranca, 150 3.3. K-~ Fator de seguranca, 151 3.4 ER— Estoque real, 151 3.5 BV-Estogue virtual, 152 3.6 EC — Estoque de cobercura, 152 3.7 NR—Nivel de reposico, 152 3.8 TR-Tempo de ressuprimento, 155 3.9 PR~Ponto de ruptura, 156 3.10 IC Intervalo de cobertura, 156 3.11 QC— Quantidade a comprar, 157 3.1.1 Pedido inicial, 157 12 AbwousTRacio ve MATERIALS “4 9 3.11.2 Saldo em estoque igual ao nivel de reposicéio, 157 3.11.3 Saldo em estoque abaixo do nivel de reposicio, 157 3.114 Por meio do LEG — Lote Econémico de Compra, 157 3.12 CMN ~ Consumo médio mensai, 160 3.13 IR — indice de rotatividade do estoque, 160 AplicagSo pratica, 161 Consumo irregular, 163 5.1 EM — Estoque maximo, 163 5.2 ES —Estoque de seguranga, 163 5.3 NR - Nivel de reposigao, 163 5.4 QC-Quantidade a comprar, 163 5.5 AD~—Anélise da demanda, 164 5.6 Atualizacéo automética, 165 Criticas aos modelos analisados, 165 Modero gerenciamento, 166 7.1 Demanda regular, 166 7.2 Demanda irregular, 168 7.3. Demanda incerta, 168 7.4 Demanda sob risco, 168 Politica de estoques, 169 8.1 Manter ou nfo manter estoque, 169 8.2 Just in time, 169 8.3 Kanban, 169 8.4 Comparacio entre sistemas Kanban e convencional, 170 Questoes e exercicios, 171 NOGOES FUNDAMENTAIS DE COMPRA, 172 1 2 a) Consideracées iniciais, 172 Organizagao do setor de compras, 173 2.1 Cadastro de fornecedores, 175 2.2 Processamento, 175 2.4 Compras, 176 2.3.1 Compras locais, 176 2.3.2 Compras por importagao, 176 2.4 Diligenciamento (follow-up), 177 Rtapas do proceso, 177 Perfil do comprador, 179 Modalidades de compra, 179 5.1 Compra normal, 179 8 suméanio 13, 5.2 Compra em emergéncia, 179 Como comprar, 180 6.1 Por meio de concorréncias repetitivas, 181 6.1.1 Inconstantes, 181 6.1.2 Constantes, 181 6.2 Por meio de contratos de longo prazo, 181 6.2.1 Vantagens, 181 6.2.2. Desenvolvimento, 182 6.2.3 Resultados obtidos pela Cosipa em contratagées de longo prazo, 183 Regulamento de compras da empresa— manual de compras, 184 7.1 Prefacio, 185 7.2 Cadastro de fornecedores, 185 7.3 Autoridade de compras, 185 7.4 Concorréncia, 186 7.5 Dispensa de concorréncia, 186 7.6 Relagées com fornecedores, 186 7.7 Propostas, 186 7.8 Avaliacdo das propostas, 187 7.9 Formas de contratacio, 187 7.10 Reajuste, 187 7.11 Penalidades, 188 Questées e exercicios, 188 8 CADASTRO DE FORNECEDORES, 189 1 2 Consideragies iniciais, 189 Critérios de cadastramento, 191 2.1 Critérios politicos, 191 2.2 Critérios técnicos, 191 2.3 Critérios legais, 192 Procedimentos para cadastramento, 192 3.1 Fase inicial - andlise preliminar, 192 3.1.1 Andlise social, 193 3.1.2 Andlise econémico-financeira, 193 3.13. Andlise técnica preliminar, 193 3.2 Fase final - andlise complementar, 193 1 Andlise juridica, 194 2 Andlise técnica conclusiva, 194 Aprovacio do cadastro, 196 14 apministRagao DE maTERWAS a 9 Classificagao de fornecedores, 196 Selecdo de fornecedores para a concorréncia, 197 Avaliacaio de fornecedores, 197 7.1 Desempenho comercial, 197 7.2 Cumprimento dos prazos de entrega, 198 7.3 Qualidade do produto, 198 7.4 Desempenho do produto em servico, 198 A experiéncia da Companhia do Metropolitano de S30 Paulo — Metré ~ na qualificagaio técnica de fornecedores, 200 8.1 Nivel de aplicagdo, 200 8.2 Pontuac&o, 201 8.3. Planilha de avaliagio, 201 8.4 Metodologia para a tabulacdo da planilha de avaliacdo, 201 8.4.1 Organizacdo geral, 201 Recursos humanos, 203 Engenharia do produto, 203 Engenharia industrial, 204 Matéria-prima, 205 Armazenagem, manuseio e expedic&o, 205 Produgio, 206 Organizago do controle de qualidade, 206 8.4.9 Plancjamento do controle de qualidade, 207 8.4.10 Afericdo dos instrumentos de inspegiio, 207 8.4.11 Selecdo e controle de fornecedores e subcontratados, 208 8.4.12 Inspecdo de amostras ¢ pecas iniciais de producio, 209 8.4.13 Inspecdo na fabricagdo, 209 8.4.14 Inspecdo final, 210 8.4.15 Materiais discrepantes, 210 8.4.16 Confiabilidade no produto final, 211 8.5 Resultado final, 211 Questées e exercicios, 211 9 CONCORRENCIA, 212 1 2 Consideragées iniciais, 212 Modalidades de coleta de pregos, 213 2.1 Coleta de pregos normal, 213 2.2 Coleta de precos em emergéncia, 213 2.3 Coleta de precos para contratag3o mediante autorizacao de fornecimento, 213 10 w w 10 suménio 15 24 Coleta de precos para contratacao por longo prazo, 213 Dispensa de concorréncia, 214 Condigées gerais da concorréncia, 214 4.1 Prego, 214 4.2. Alternativas, 215 43 Garantia, 215 4.4 Aceitagéio do material, 215 4.5 Outras condicées, 215 4,6 Informagdes adicionais, 216 4.6.1 Preco-teto, 216 4.6.2 Prego de referéncia, 216 tapas da concorréncia, 217 Proposta, 218 6.1 Condigdes comerciais, 218 6.2 Condigées especificas, 219 6.3 Apresentagiio do BDI — Beneficios ¢ Despesas Indiretas, 219 Modelo de coleta de pregos, 224 Avaliaciio da concorréncia, 225 8.1 Critérios de avaliagio, 225 8.2 Quadro comparativo dos resultados da concorréncia, 225 Negociagiio, 225 9.1 Processo de negociacio, 227 9.1.1 Quando ¢ como negociar, 227 9.1.2 O que pode ser negociado, 228 9.2 Perfil do negociador, 228 9.3 Qualidades do negociador, 229 9.4 Estratégias € taticas de negociaco, 229 Questdes e exercicios, 230 CONTRATACAO, 233 1 2 3 Consideragées iniciais, 233 Condigdes gerais de fornecimento, 234 Adjudicacao do pedido, 235 3.1 Por aurorizagéo de fornecimento, 235 3.2. Por contratos de longo prazo, 237 3.2.1 Gestor do contrato, 241 Diligenciamento (follow-up), 241 4.1 Procedimentos para diligenciamento, 242 4.2 Modalidades de diligenciamento, 245 16 © Avmanistracdo DE MaTERIAIS 5 4.2.1 AtuacSo preventiva, 245 4.2.2 Atuagdo curativa, 246 4.2.3. Procedimentos especiais, 246 Questées e exercicios, 247 11 COMPRAS NO SERVIGO PUBLICO, 248 1 Consideracées iniciais, 248 1.1 Pesquisa por objeto, 249 1.2 Pesquisa por data de entrada, 250 13 Pesquisa por data de entrega do edital, 250 1.4 Pesquisa por ntimero de controle, 250 1.5 Pesquisa genérica, 250 Licitacao — aspectos importantes, 250 2.1 Conceito, 250 2.2 Finalidade, 251 2.3 Prinefpios, 251 Objeto da licitagio - aspectos importantes, 252 3.1 Definigiio, 252 3.2 Obra, 253 3.3. Servigo, 253 3.4 Compra, 254 Modalidades de licitagdo — aspeéctos importantes, 254 4.1 Concorréncia, 254 4.2 Tomada de pregos, 255 4.3 Convite, 255 Limites de valor para licitagao, 255 Rdital de licitagao, 256 6.1 Documentagio necesséria para cadastramento, 256 6.1.1 Habilitagao juridica, 256 6.1.2 Qualificagdo técnica, 256 6.1.3 Qualificacso econémico-financeira, 257 6.1.4 Regularidade fiscal, 257 6.2 Predmbulo, 257 6.3 Exemplos de edital, 258 6.3.1 Modelo de edital da Sabesp, 259 6.3.2 Modelo de Edital da Comissao Nacional de Energia Nuclear, 266 Questdes e exercicios, 270 12 NOGOES BASICAS DE ALMOXARIFADO, 271 13 1 2 3 4 w Histérico, 271 Conceituacéio, 272 Eficiéncia do almoxarifado, 273 Organizacéo do almoxarifado, 273 4.1 Controle, 275 4.2 Recebimento, 275 43° Armazenagem, 277 4 Perfil do almoxarife, 280 Questées ¢ exercicios, 280 RECEBIMENTO, 281 Conceituacao, 261 Nota fiscal, 284 2.1 Fatura, 284 2.2 Duplicara, 284 2.3 Nota fiseal fatura, 285 , 2.4 Transportador/volumes transportados, 285 | 2.5 Dados adicionais, 285 2.6, Canhoto da Nota Fiscal, 286 Entrada de materiais, 286 3.1 Na portaria da empresa, 286 3.1.1 Cadastramento dos dados de recepcao, 287 3.2 No almoxarifado, 287 3.2.1 Exame de avarias e conferéncia de volumes, 288 3.2.2 Recusa do recebimento, 288 3.23. Liberagio do transportador, 289 3.2.4 Descarga, 289 Conferéncia quantitativa, 289 Conferéncia qualitativa, 294 5.1 Modalidades de inspegio de materiais, 295 5.2 Roteiro seqiiencial de inspeciio, 295 5.2.1 Documentos para inspecio, 295 5.2.2 Selecéo do tipo de inspecdo, 296 5.2.3. Preparacéo do material para inspecéo, 297 5.2.4 Anélise visual, 297 5.2.5 Andlise dimensional, 297 2 4.4 Distribuigdo, 278 4.5 Documentos utilizados, 278 { 18 — sommustaagio De MaTERIAIS 7 8 5.2.6 Ensaios, 297 5.2.7 Testes, 297 5.2.8 Consulta ao usudrio do material, 298 5.2.9 Resultado final, 298 Regularizacéio, 298 6.1 Documentos envolvidos na regularizacdio, 298 6.2 Processamento, 300 6.3 Devolugio ao fornecedor, 301 6.4 Motivos de reclamagao e/ou devolugio ao fornecedor, 303 Entrada no estoque por devolugiio de material, 304 Questées e exercicios, 307 14 ARMAZENAGEM, 308 1 2 NOU Rw Objetivos, 308 Arranjo fisico (layout), 309 2.1 O layout na armazenagem, 309 2.1.1 Itens de estoque, 310 2.1.2 Corredores, 311 2.1.3 Portas de acesso, 311 2.1.4. Prateleiras e estruturas, 311 Utilizagdo do espago vertical, 313 Critérios de armazenagem, 313 Controle de materiais pereciveis, 321 Manuseio de materiais perigosos, 322 Utilizagdio de paletes, 322 7.1 Definigéo, 324 7.2 Utilizagéio, 324 7.2.1. Vantagens, 324 7.2.2 Dificuldades, 325 7.3 Classificacdo, 325 7.3.1 Tipos, 325 7.3.2 Selegdo, 328 7.4 Materiais para fabricacdo, 328 74.1 Paletes de madeira, 329 74.2 Paletes de plastico, 329 7.4.3 Paletes metalicos, 329 Estruturas metdlicas para armazenagem, 330 8.1 Estrutura leve em prateleira de bandejas, 330 8.2 Estrutura porta-palete, 331 15 10 11 12, 13 14 15 sumanio 19 8.3 Outros tipos de estrutura porta-palete, 334 8.3.1 Drive-in, 335 8.3.2 Drive-trough, 336 8.3.3. Armazenagem dindmica, 336 8.3.4 Push back, 338 8.4 Armazenagem pelo sistema flaw rack, 340 8.5 Estrutura cantilever, 342 Acessérios para armazenagem, 343 Equipamentos para manuseio de materiais, 345 Técnicas de conservaciio de materiais armazenados, 347 11.1 Conceitos, 348 11.2 Desenvolvimento de critérios, 348 11.3 Aexperiéncia da Cosipa em preservacao, 351 Esquema de localizacio, 352 12.1 Esquema de localizacdo da Companhia Siderirgica Nacional (CSN), 356 Atendimento as requisicées de material, 357 13.1 Tipos de requisigao de material, 359 13.2 Controle de cotas por usudrio, 359 Controle fisico dos estoques, 359 Questées e exercicios, 362 DISTRIBUIGAO, 363 i nawr a Objetivos, 363 1.1 Natureza dos produtos a transportar, 363 1.2 Origem dos recursos de transporte, 364 Caracteristicas de transporte, 364 Selecdo da modalidade de transporte, 366 Estrutura para a distribuicdo, 366 ‘Transporte de produtos perigosos, 368 5.1 Classificacdo, 369 5.2 Identificacéio das unidades de transporte, 370 5.2.1 Rétulos de risco, 370 5.2.2 Niimeros de risco, 371 Contrato de transporte, 371 A experiéncia da Cosipa na distribuicao interna de materiais, 376 7.1 Consideracées iniciais, 376 7.2 Evolucao do sistema de distzibuicéio de materiais, 376 7.3. Fundamentos do sistema trator x carreta, 377 contin € : 3 j 20 ADMINISTRAGAO De MATERIAIS 8 7.4 Programacéo, 379 7.5 Resultados obtidos, 380 Questdes e exercicios, 380 16 INVENTARIO FISICO, 381 17 L 2 oo oruan Concéituacéo, 381 Origem das divergéncias nos estoques, 382 2.1 Procedimentos, 382 2.2 Recebimento, 382 2.3 Localizacéo, 383 24 Conferéncia de embarque, 383 Epocas indicadas para o inventdrio, 383 Inventério rotativo, 384 4.1 Inventario automatico, 384 4.2 Inventario programado, 384 4.3 Inventario a pedido, 385 Metodologia para realizac&o do inventario, 385 Avaliagdo e controle, 388 A experiéncia da Acesita em inventario, 392 Questdes e exercicios, 393 VENDA DE MATERIAIS ALIENADOS, 394 auawre on Consideracées iniciais, 394 Modalidades de venda, 394 Procedimentos para venda em leildo, 396 Consideragées histéricas. Origens do leila, 397 Organizagio do leilfio, 398 Determinagio dos precos minimos, 398 6.1 Sucata ferrosa, 398 6.2 Sucata nobre, 398 6.3 Materiais sucatados diversos, 400 64 Materiais usados diversos, 400 6.5 Materiais sem uso, 400 6.6 Materiais em estado precario, 400 6.7 Materiais de pouco valor, 401 Formaciio dos lotes, 401 Contratago de leiloeiro, 401 Atribuig6es do leiloeiro, 402 10 Condigdes do leildio, 402 ll suméxio 21 10.1. Venda em leiléo, 402 10.2 Pagamentos, 403 10.3 Retirada de materiais, 404 10.4 Outras informagées, 405 Questdes e exercfcios, 405 18 AADMINISTRAGAO DE MATERIAIS UTILIZANDO A INFORMATICA, 406. 1 2 wo Objetivos, 406 A empresa atual utilizando os controles informatizados, 408 2.1 Sistema de informagdes, 408 2.1.1 InformagGes para os usuarios, 408 2.1.2 Informacées para a gestio, 409 2.1.3 Informacées para compras, 409 2.1.4 Informagdes para o almoxarifado, 409 2.1.5 Informacées para o inventdrio, 409 2.2 Cadastramento on-line de dados dos materiais de uso da empresa, 410 2.3 Atualizacdo automatica dos niveis de estoque para materiais enquadrados no crescimento vegetativo de consumo, 410 2.4 Atualizacdo e consultas on-line, 410 2.5 Emissdo de gréficos comparativos e estatisticos, ¢ de relatérios gerenciais e operacionais, 410 2.6 Solicitagéo automatica de reposi¢ées para material de estoque, 410 2.7. Solicitagao de compra on-line para materiais niio de estoque, 411 2.8 Acompanhamento e controle das compras, 411 2.9 Registro ¢ atualizagio de cadastro de fornecedores, 411 2.10 Registro, controle e acompanhamento dos processos de recebimento de materiais, 411 2.11 Controle de estoque, 411 2.12 Requisiciio de material on-line, 412 2.13 Inventdrio, 412 Sistema integrado de administracdo de materiais, 412 Modelos de relatérios gerados pelo sistema integrado, 414 4.1 Relatérios de controle, 415 4.1.1 Situagao financeira geral do estoque de materiais, 415 4.1.2. Situaco de materiais por usudrio, 415 4.1.3 Estatistica das classificacdes financeiras do consumo e do estoque, 416 4.1.4 Andlise de consumo de um material, 416 22 apvinistencio ne wareruas | 4.2 4.3 44 4.2.1 Estoques/consumos, 416 4.2.2 Estoques/vendas, 417 4.2.3 Estoques/produgio, 418 4.2.4 Estoques/capital social, 419 4.2.5 Evolugdo percentual anual, 420 4.2.6 {indice de atraso médio de compras vencidas, 421 4.2.7 Indice de entregas de compras no prazo, 422 Relatérios gerenciais, 422 4.3.1 Nivel de atendimento, 422 4.3.2 Disposigao dos materiais cadastrados, 423 4.3.3 Disposigéo de materiais com cota de consumo, 424 4.3.4 Tempo médio de compra de materiais, 425 4.3.5 Resumo quantitative de compras pendentes, 425 4.3.6 Avaliagio da carteira de recondicionamento, 426 4.3.7 Avaliagdo dos tempos de processamento de recebimento de materiais, 427 4.3.8 Avaliacéio de recebimentos pendentes nio processados, 427 4.3.9 Avaliacio da movimentagiio de materiais no almoxarifado, 427 4.3.10 Avaliagéio do inventério, 428 Relatérios operacionais, 428 Materiais de consumo irregular para andlise, 428 Materiais de consumo regular sem movimentagdo, 429 Materiais com excesso de estoque, 429 Anormalidades de consumo de cotas de materiais, 4229 Demonstrative de cotas ¢ consumo de materiais por usudrio, 430 4.4.6 Liberagio de cotas canceladas, 430 4.4.7 Carteira de recondicionamento, 430 4.4.8 Recebimentos de material com demanda nao atendida, 430 4.4.9 Estocagem temporaria por requisitante, 431 4.4.10 Compras em andamento, 431 4.4.11 AutorizagSes de fornecimento emitidas, 432 44,12 Materiais para ativagio, 432 4.4.13 Recebimento de compras nao aprovadas, 433 4.4.14 Materiais pendentes de regularizagio, 433 4.4.15 Acompanhamento de notas fiscais a liberar, 433 Graficos comparativos e estatisticos, 416 : | suméno 23, 4.4.16 Pendéncias de regularizagéo com pagamentos prestes a vencer, 434 4.4.17 Localizagio de materiais no almoxarifado, 434 4.4.18 Situacdo do estoque, 435 4.4.19 Requisigées de material ainda nao atendidas pelo almoxarifado, 435 4.4.20 Requisigdes de material efetuadas em emergéncia, 436 4.4.21 Requisic6es de material prejudicadas e canceladas por emergéncia, 436 4.4.22 Devolugées ainda nao regularizadas pelo almoxarifado, 436 4.4.23 Devolucées de material ao fornecedor, 437 4.4.24 Inventdrio, 437 5 A Internet ¢ a administracéio de materiais, 437 5.1 O estoque zero, 438 5.1.1 A empresa Netflores, 438. 5.1.2 A empresa Booknet, 438 5.2 Acotacao eletrénica, 438 5.2.1 A empresa Volkswagen, 438 Conclusdo, 441 Bibliografia, 443 een meee SRT’ INTRODUGAO © objetivo fundamental da Administracdo de Materiais é determinar quando e quanto adquirir, para repor o estoque, o que determina que a estratégia do abastecimento sempre é acionada pelo usuario, a medida que, como consumidor, ele detona o proceso. No entanto, como a formacao de estoque € ponto crucial, induz imediata- mente & indagacao “por que sempre hé falta de materiais?”, queixas estas que en- frentam dilemas e frustragées de procurar, a0 mesmo tempo, manter o nfvel ope- racional da empresa, suprir os consumidores por meio de adequado atendimento ¢ manter os investimentos em estoques em niveis ideais. Os problemas relacionados com gerenciamento de estoques esto princi- palmente ligados a aco e no a chegar a uma resposta. O que deve ser feito para controlar o equilibrio e estabelecer acées apropriadas? A fim de obter resposta para essa questo, é necessdria a formulaco de outras indagagies: Por que deve- mos ter estoques? O que afeta 0 equilibrio dos estoques que mantemos? Atingir 0 equilfbrio ideal entre estoque € consumo é a meta primordial e, para tanto, a gesto se inter-relaciona com as outras atividades afins, no intuito de qtte as empresas e os profissionais envolvidos estejam contemplades com uma sé- rie de técnicas ¢ rotinas, fazendo com que todo o gerenciamento de materiais, in- cluindo-se esto, compras e armazenagem, seja considerado como atividade integrante do Sistema de Abastecimento. Assim como todes os outros componentes do sistema, os insumos mate- riais (matérias-primas, materiais secundarios e outros) carecem de uma coordena- cao especifica, de forma a permitir a racionalizacdo de sua manipulacéo. A Admi- eR RQIP A, 36 ADMINISTRACAO DE MavERIAs nistra¢ao de Materiais coordena esse conglomerado de atividades, 0 que implica necessariamente 0 estabelecimento de normas, critérios e rotinas operacionais, de forma que todo o sistema possa ser mantido harmonicamente em funcionamento, sendo importante destacar que para a realizagao de seus objetivos desenvolve um ciclo continuo de atividades correlatas e interdependentes com as demais unida- des da empresa, motivo pelo qual uma série de informagdes tramita entre seus di- ‘versos setores. O funcionamento harménico, anteriormente mencionado, depende fun- damentalmente das atividades a seguir relacionadas, as quais sero esmiugadas no decorter deste livro: a. cadastramento, que compreende as atividades de classificar, especifi- car € codificar; b. _gerenciamento do estoque, que compreende as atividades de formacao do estoque: © obtengo do material, que compreende a atividade comprar; d. guarda do material, que compreende as atividades receber, armaze- nar, conservar e distribuir. A area de materiais constitui componente indispensvel no sentido do al- canee dos fins, para proporcionar os resultados almejados pelas empresas, Logica- Mente, érgios como a produgao, por exemplo, que visam aos fins, permite-nos in- seri-lana condic&o meio, sendo, entio, oportuno afirmar que nenhum setor de sua hierarquia existe sendo para servir. ADMINISTRAGAO DE 1 y A AMPLITUDE DA MATERIAIS | Conceitos prdticos de Administragéo = Amplitude da Administragdo de Materiais ™ Aestratura organizacional mAs mudangas na drea de Administragdo de Materiais lt Os principais desafios do Administrador de Materiais na empresa atual ™ O mercado de trabalho e suas interferéncias para o Administrador Para o perfeito entendimento da amplitude e da estrutura organizacional da Administragao de Materiais e suas conseqiiéncias na empresa, sera necesséria a andlise de certos conceitos de Administracio. 1. CONCEITOS PRATICOS DE ADMINISTRAGAO As novas técnicas de manufatura implicaram a adequagiio da politica de estoques, motivo pelo qual, para o entendimento do gerenciamento de materiais aliado a tal adequacio, faz-se necessario o enfoque pormenorizado dé alguns tépi- RAIA, 38 spmmusrracto DE MATERAIS cos referentes a particularidades tedricas a respeito do estudo das empresas, para, entéo, analisarmos os conceitos fundamentais de Administracéo de Materiais. 1.1 Os dez mandamentos da boa administracio Como a Administracio de Materiais é uma das especializacées do adminis- trador, é necessdrio, agora, analisarmos os dez mandamentos da boa Administra G0, conforme Marcelo Martinovich, consultor e professor do Sebrae (SP). 1 10. andlise do mercado: informacées precisas sobre fornecedores, clientes, concorrentes € ambiente econémico auxiliam na identificacio de oportunidades; perfil do publico: é preciso identificar as necessidades do consumi- dor para tragar os objetivos e as formas de atuacdo da empresa, como estabelecimento de pregos, canais de venda etc.; compras ¢ estoques: é 0 ponto fundamental da gestéo operacional da empresa, E preciso saber quanto comprar e qual o estoque minimo, para evitar falta de capital de giro: custos ¢ formagio de precos: pela andlise dos custos, determi- na-se 0 preco ideal de venda do produto, o qual deve ser comparado com o mercado para avaliar a viabilidade de sucesso; fluxo de caixa: as informacdes sobre os movimentos de entrada, saida e saldos permitem projetar estouros ou sobras de recursos, Valea pena fazer esse controle diariamente; ponto de equilibrio: o empresirio deve saber 0 “faturamento mini- 10” capaz de pagar todos os seus custos e despesas. Com base nisso, poderd estipular suas cotas minimas; planejamento tributario: é preciso saber quantos e quais impostos e tributos seréo recolhidos, quais os beneficios e seus efeitos sobre 0 custo da mercadoria; estrutura comercial: é a estratégia de vendas adotada pelo empre- sdrio que definird o grau de penetracéio do produto no mercado. Ela deve ser estudada caso a caso; politica de Recursos Humanos: mesmo as pequenas empresas devem ter divisao das atividades, mas sao necessdrios mecanismos de motivacéio dos fumcionézios; informatica: a informatizagao é uma condicao exigida pelo mercado para que a pequena empresa tenha agilidade e dinamismo: é preciso, porém, analisar com cuidado os sistemas disponiveis, A AMPLITUDE DIA ADMINISTRAGAO DE MATRRIAIS 39. 1.2 As empresas e seus recursos Recurso é0 meio pelo qual a empresa realiza suas operagbes. Os principais recursos empresariais siio: a. recursos materiais: englobam os aspectos materiais e fisicos que a em- presa utiliza para produzir: b. recursos financeiros: constituem todos os aspectos relacionados com o dinheiro utilizado pela empresa; ¢, recursos humanos: constituem toda a forma de atividade humana na empresa; d. recursos mercadolégicos: constituem toda a atividade voltada para 0 atendimento do mercado de clientes ¢ consumidores da empresa; e. recursos administrativos: constituem todo o esquema administrativo e gerencial da empresa. 1.3 As empresas e a administragdo de materiais Para melhor entendimento dos enunciados expostos, apresentamos as Fi- guras 1.1 ¢ 1.2, que relacionam, na pratica, esses conceitos com a Administragao de Materiais: EMPRESAS EXISTENTES CaRACTRISTICNS 1 Industri 4. Compram matéiesprimas. b.Trarsformam as mats primas em produtos cnbados. <. Yendem os produios acubodas ds empresos comerciats. 2. Comertiis Compram e vendem produtos acabados. 3. Prostadoras de servgos No compram nem vondam moternis Figura 1.1 Tipos de empresa. ENTRADA SAIDA CONTROLE Repasicha Por compra, 4. Por venda. 0. Eetvasio, ‘Par compra, ‘5. Por fubricacdo interna. |b. Por uflizagio interna (monutencio). |b. Cilewlo de rivets. |b. Por fabricar interna. ¢. Por tansferéncia Cente iia). «. Processamento, Figura 1.2 Entendimento simplificado da movimentagdo de estoque nas empresas. 40 AnMoustragko vs MaTeniars 1.4 O administrador de materiais Independentemente da habilitagio selecionada, 0 administrador é 0 pro- fissional a quem cabe 0 gerenciamento, o controle e a diregio de empresas na drea de sua habilitagdo, buscando os melhores resultados em termos de lucratividade Produtividade, Dessa maneira, o administrador prevé, planeja, organiza, comanda © controla funcionamento da maquina administrativa privada ou ptiblica, visando aumentar a produtividade, rentabilidade e controle dos resultados. Determina os métodos gerais de organizacéo e planeja a utilizagii eficaz de miio-de-obra, equipa- mentos, material, servicos e capital, Orienta e controla as atividades de organiza- 40, conforme os planos estabelecidos e a politica adotada, bem como as normas previstas nos regulamentos da empzesa, Elabora rotinas de trabalho, tendo em vis. ta a implantacdo de sistemas que devem conduzir a melhores resultados com me- ores custos, © que demanda a utilizagao de organogramas, fluxogramas ¢ outros instrumentos de trabalho. 1.5 Procedimentos fundamentais de administrag&o de materiais Com base no exposto, podemos afirmar que administrar com eficiéncia e exatidao o movimento de entradas e sa{das dos materiais necessdrios 4 empresa ~ © qué, quanto, quando e como comprar ~ nao é tarefa simples. A Figura 1.3 apro- funda esse raciocinio. PROCEDIMENTO ESCLARECIMENTO O que deve ser comprade Annplio esprificaso de compra, que true ws necessdades da empreso. Como deve ser comprado Revela 0 procedimento mais recomendavel, Quando deve ser comprado Identificn o methor épocn, Onde deve ser comprada {mplica o conhecimento dos melhores segmentos de mercado. De quem deve ser comprado Implicao conhecimenta dos fornecedores da empresa. Por que preso deve ser comprado Evidencia 0 conhecimenta da evolucao dos precos no mercado, Em que quanidade dave sor compra { tstbelee a quomtdad ideo, or meio da ql hoa econana na camp, Figura 1.3 Procedimentos fundamentais de Administragéo de Materiais, j A AMPUTUDE DA ADMINISTRAGAO DF MATERIAS 41 Existem diferentes razées que recomendam atenciio especial das empresas a fungdo abastecimento: a. de seu desempenho dependem imimeros érgios (vendas, produsio, manutencao, setores administrativos ete.); b, necessidade de gerenciar grande variedade de itens, geralmente em consideraveis quantidades, ao menor risco de falta ¢ ao menor custo posstvel; c. aexigéncia de grande mimero de informagées, répidas ¢ precisas, a qualquer instante; d. fato de os estoques representarem parcela razoavel do ativo torna-os uma inversdo demasiadamente vultosa para que seja ignorada, o que merece grandes cuidados, pois, muitas vezes, os lucros ficam retidos nos estoques excessivos, os quais, contudo, nem sempre garantem ade- quado atendimento das necessidades da empresa. £ necessdrio, porém, salientar que nenhum modelo ou sistema pode subs- tituir ou prescindir da andlise do administrador, pois as caracteristicas de consu- mo, importancia, valor e métodos de compra dos materiais sfo muito varidveis. Agora, podemos, entéo, definir: a. material: Todas as coisas contabilizaveis que entram como elementos constituidos ou constituintes na linha de atividade de uma empresa; b. administragio de Materiais: planejamento, coordenagio, directo e controle de todas as atividades ligadas & aquisigao de materiais para a formagéio de estoques, desde o momento de sua concepeio até seu con- sumo final. ‘Na verdade, todos nds somos Administradores de Materiais, s6 que nao percebemos. Pense no abastecimento de sua prépria casa: comprar mantimentos, produtos de limpeza, de higiene pessoal, vestudrio etc. Para isso necessdrio: a. saber comprar, para garantir a qualidade e a quantidade do que seré consumido, ao menor custo; b. controlar, para evitar consumo desnecessdrio € néio correr risco de fal- tas c. armazenar adequadamente, para evitar perdas. Administrar materiais é uma tarefa bastante semelhante a essa, s6 que em. proporcao maior. Assim, j4 se pode analisar, em maior profundidade, a amplitude da Administrac&o de Materiais identificada esquematicamente na Figura 1.4. orgy evened 42 apmmustragho De MATERINIS SOUT PAR: 2) Ini mo eoque 4) Retidos de Comara sl cons ide oxi >| desnaireny 7) dpmaia tthe Deine REUISICES DE = — le Armungen fe Fac TS ios Got gina 30 Figura 14 Amplirude da Administragdo de Materiais. 1.5.1 CADASTRAMENTO Aatividade cadastramento de materiais visa cadastrar os materiais neces- saris manuten¢éo e ao desenvolvimento da empresa, o que implica o reconheci- mento perfeito de sua classificagio, estabelecimento de codificacdo e determina- Gao da especificaciio, objetivando a emissdo de catalogo para utilizacdo dos envol- vidos nos procedimentos de Administracdo de Materiais. 15.2 GESTAO Aatividade gestio visa ao gerenciamento dos estoques por meio de técni- cas que permitam manter o equilibrio com 0 consumo, definindo parametros e nf- veis de ressuptimento ¢ acompanhando sua evolucdo. 1.5.3 COMPRAS Aatividade compras tem por finalidade suprir as necessidades da empresa mediante a aquisigo de materiais e/ou servicos, emanadas das solicitacdes dos A AMPLITUDE DA ADMINISTRAGAO DE MATERIA 43 usuarios, objetivando identificar no mercado as melhores condigées comerciais e téenicas. 1.5.4 RECEBIMENTO A atividade recebimento visa garantir o rapido desembarago dos materiais adquiridos pela empresa, zelando para que as entradas reflitam a quantidade esta- belecida, na época certa, ao preco contratado e na qualidade especificada nas en- comendas. 1.5.5 ALMOXARIFADO A atividade almoxarifado visa garantir a fiel guarda dos materiais confia- dos pela empresa, objetivando sua preservacao ¢ integridade até o consumo final. 1.5.6 INVENTARIO FiSICO A atividade inventdrio fisico visa ao estabelecimento de auditoria perma- nente de estoques em poder do Almoxarifado, objetivando garamtir a plena confia- Dilidade e exatidao de registros contabeis e fisicos, essencial para que o sistema funcione com a eficigncia requerida. 2 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL Em face da auséncia de uniformidade na terminologia adotada para identi- ficar a composicdo ou estrutura administrativa, n4o utilizamos os termos tradicio- nais em vigor, como setor, segdo, diviséo ou departamento, pois o que para uma em- presa é diviséio para outra pode vir a ser setor, e assim por diante. Logo, as estrutu- ras a serem analisadas propositadamente omitem essa particularidade. A Administracdo de Materiais, em algumas empresas, encontra-se subordi- nada asetores industriais e comerciais, ou subdividida entre estes dois, contrarian- doo antigo conceite de Administracdio de que “quem produz nao controla” ou, am- pliado para nosso campo, “quem planeja no compra, quem compra nao recebe, quem guarda néo inventaria”. O organograma demonstrado na Figura 1.5 ilustra o inusitado. eg crt AGE 44 spmiistaacio pe maTERIAIS, Grados suporiores na escola hirdnquica de Adminisiracio Producéio. Finangas Comercial Compras | Gerencomentoe Controfe de toques Figura 1.5 Organograma gerencial tradicional. Para atender ao modemo conceito de gerenciamento, as empresas adotam © modelo apresentado na Figura 1.6: ‘Grgaes superiotes na estas bierirguica da Adminisrocéo Moteriais Finangas || Comercial Productio 4 Compras Almoxarifodo Figura 1.6 Sistema moderno de gerenciamento. A AMPLITUDE.DA ADMINISLRACKO DEMATERWIS 45 3 EVOLUGAO E MUDANGAS SIGNIFICATIVAS NA AREA DE ADMINISTRAGAO DE MATERIAIS Embora nao seja parte do escopo desta obra, é importante mencionar al- guns importantes avancos, como a logistica, as técnicas de administragio japone- sas, 0 cédigo de barras e a informatica e suas conseqiléncias para a Administragio de Materiais, especialidade que. como se va, proporciona constantes evolugdes. vi- sando otimizar suas atividades. 3.1 A logistica e a administragéo de materiais Logistica é uma operacdo integrada para cuidar de suprimentos e distribui- 40 de produtos de forma racionalizada, o que significa planejar, coordenar exe- cutar todo o processo, visando a reducdo de custos ¢ ao aumento da competitivida- de da empresa. Merece destaque a afirmacdo de Ronald H. Ballou, em Logistica empresa- rial (1995 : 24): “4 logistica empresarial trata de todas atividades de movimenta- cdo ¢ armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisigao da matéria-prima até 0 ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informagao que colocam os produtos em movimento, com pro- pésito de providenciar niveis de servico adequados aos clientes a um custo razodvel.” Em conseqiiéncia, deve ser estimulado nio sé conhecimento pleno desse proceso, como também o desenvolvimento de novos modelos, naturalmente com base em um ponto de vista logistico, para uma moderna e apropriada administra- ao, culminando em estudat o impacto de tais mudangas. Assim, pretende-se apre- sentar sistema que facilite as relacées cliente/fornecedor, contribuindo, dessa for- ma, na divulgagao da Logistica, bem como oferecendo as empresas método mo- demo ¢ eficaz de gerenciamento de estoques. Em face do quadro de mudangas no cendrio econémico, a Logistica surge como ferramenta fundamental a ser utilizada para produzir vantagens competitivas. J4 é hora de se estabelecer o organograma de Administragio de Materiais para atender ao moderno enfoque logistico, confor- me demonstrado na Figura 1.7. an epin’: 46 Anwnismacdo pe MareRiats Adminisragio de Mateus Inventério Fisica Costa de tstoques Compras movado (adesttamento Gadasiro de de Materiais Fornecedores Rxcehimenta Previsio de Compras Consumo lcis Armazenagem Compras por onda de Iportagao Inserviveis Follow-up a Diligenciomento Distribuirdo Figura 1.7 Organograma logistico para Administragdo de Materiais. Tradicionalmente, as atividades logisticas tém se concentrado em dois se- \ores diferenciados, suprimentos e distribuicdo fisica, conforme demonstra a Figu. ra 1.8. Dando seqiiéncia ao raciocinio, cumpre destacar a significancia dos custos logisticos na composigdo total dos custos da empresa, conforme demonstram as Fi, guras 1.9 e 1.10. Pela andlise dos dados apresentados, conclui-se, em conseqiiéncia, que 0 sucesso do gerenciamento de materiais nas empresas depende da aplicabilidade dos conceitos logisticos. AAMPIITUDE DA ADMINISTRAGAO De MaTERIATS. 47 (0 PAPEL FSTRATEGICG DA LOGISTICA HA EMPRESA FUNCGES REBULADORAS DO CICLO LosisTICo 2 ¢ $ : ConPaste Locisnco F & ‘MOWWNENTACEO E aoe OE ARWATENAGEN | TRANSPORTES DEMATERAIS Figura 1.8 Papel estratégico da logistica na empresa. MOVIMENTACAO E + ESTOQUE + | TRANSPORTE “ARMAZENAGEM Figura 1.9 Composigito dos custos logisticos. CUSTO INDUSTRIAL BASICO 70%, CUSTOS LOGISTICOS = 30% Figura 1.10 Significéincia dos custos logisticos. 3.2 Técnicas de administragdo japonesas As técnicas de administragao japonesas esto sendo assimiladas pelas em- presas brasileiras, tal o seu teor de inovacio referente 4 produtividade, qualidade c envolvimento participative, o que também, como no poderia deixar de ser, apli- ca-se & drea de materiais, daf sua apreciagio. Apés a derrota na Segunda Guerra Mundial, os japoneses copiaram na inte- gra e nos minimos detalhes 0 modelo industrial americano. Arrasado pela derrota na guerra, com faita de espago e carente de recursos naturais, o Japao, para poder 48 apmpasrracio pe Marariars competir com o mundo, industrializou-se, adotando a norma de completa elimina- S40 de qualquer tipo de perda, modelo esse absorvido por sua farta mao-de-obra. Surge, assim, a filosofia de Perda Zero, alicerce das técnicas de administragio japo- nesas, fundamentada em que a perda eleva o custo desnecessariamente, devendo-se produzir sem perdas, com a melhor qualidade e a0 menor custo. Apartir dai, aparece na Toyota o sistema kanban para atender a dois quesi- tos imprescindiveis, just in time e jidoka. Just in time € a producao na quantidade necessdria, no momento necessé- tio, para atender a variagéio de vendas com minimo de estoque em produros acaba. dos, em processos ¢ em matéria-prima, Jidoka ouautocontrole é um controle visual, em que cada operador poderd controlar sua qualidade e sua producao com um minimo de perdas. O sistema japonés de administragao tem como técnica apenas 30% de sua forga total, pois 70% sao comportamentais, ou seja, um sistema de Participagao dos funcionarios na vida e no progresso da empresa. 3.3 Cédigo de barras O esforco na obtengao de sistemas mais eficazes de informagdo tem encon- trado os mais diversos obstaculos, destacando-se entre eles a dificuldade em ali- mientar os computadores com dados, tarefa delegada a digitacéio, muito morosa se comparada & capacidade de processamento cada vez maior dos computadores, que apresenta o grande inconveniente de estar sujeita a erros, Assim, o aperfeigoamento da alimentagao de dados que se tornou necess4- Tia deu origem ao cédigo de barras, sfmbolo composto por barras paralelas de lar- guras € espacamentos variados. © cédigo de batras pode ser usado para aprimorar qualquer ptocesso que envolva controle de mercadorias e, por suas préprias caracteristicas, 0 sistema é ideal para operacées com grande ntimero de itens, tornando-se a ferramenta ade- quada e racional de gerenciamento de estoques. As principais vantagens do sistema so: a. rapidez (estatisticas mundiais garantem que hé ganho de tempo de até 30% no processamento); economia; aplicacéo no armazenamento, em compras e em vendas; financeiras; dispensa de etiquetagio e reetiquetagio de cada produto com o prego; exeqiibilidade de operacées de descontos sobre determinados itens ou promogées. mo Ane AAMPUTUDE DA ADMINISTRAGRO DE maTERINS 49) 3.4 Informatica ‘Atualmente, a logistica estd se disseminando no meio empresarial, como plataforma de eficiéncia e produtividade, motivo pelo qual nao ha como conceber empresa que nado esteja informatizada. Ha cerca de quatro anos, a Internet est revolucionando os meios de infor- macdo; seu impacto nos negécios € um fendmeno que ainda vem sendo assimila- do. Poucas pessoas sabiam o que era a grande rede e nem imaginavam qual seria seu potencial de crescimento. Eo que dizer, entdo, das Intranets? Ainda hoje exis- tem ustdrios que desconhecem essa tecnologia. A Intranet é uma rede que interliga os varios equipamentos da empresa, como clientes e servidores PC ¢ impresoras de rede, com a vantagem de utilizar a tecnologia da Internet, por meio dos protocolos TCP-IP, http e e-mail. Assim, po- de-se dispor rapidamente de mais informagées, deixando-se de lado os entraves burocraticos para 0 processamento de qualquer expediente. A Intranet n&o se resume a disponibilizar documentos. As empresas também. autilizam para criar novos servicos e ferramentas. A partir do momento em que es- sas ferramentas possam ser acessadas pelos distribuidores, parceiros, fornecedores eclientes, temos uma Extranet, ou seja, as ferramentas e os documentos, antes limi- tados 4s consultas internas, podem agora ser acessados de modo controlado fora da empresa, 0 que permite maior rapidez e economia de tempo nas transagies. ‘A Volkswagen foi a primeira montadora brasileira a criar um ambiente Intranet, de comunicagdo virtual de baixo custo. Além de agilizar seus procedi- mentos, a rede possibilita ganho de tempo no proceso de fabricacio dos compo- nentes, pois as necessidades de aquisicao esto disponiveis para 700 fornecedores cadastrados, por meio da cotagao eletrOnica, em que sdo identificados os fornece- dores homologados quanto & qualidade, fornecimento e custo. Os que estiverem aptos acessam a Intranet e definem seu preco. 4 PRINCIPAIS DESAFIOS DO ADMINISTRADOR DE MATERIAIS NA EMPRESA ATUAL. 4.1 Problema da manutengio do estoque Quando se encomendam quantidades maiores, eleva-se 0 estoque médio, Juntamente com 0 custo de manté-lo. Manter um estoque custa os juros sobre o ca~ pital empatado mais as despesas da prépria manutengao fisica — o aluguel ou amortizac4o dos armazéns ¢ os saldrios dos funciondrios envolvidos. Portanto, para reduzir 0 custo de sua manutencio, deve-se simplesmente encomendar aos fornecedores entregas menores e mais freqtientes. As encomendas menores e espacadas, contudo, também tém seu custo. 50 ADMINISTRAGAO DE MATERIAIS A mio-de-obra empregada na preparacéio da maquinaria, o custo das pe- gas sueatadas ¢ as correspondentes despesas de administragéo podem demandar muitos recursos financeiros, Os gerentes de producao gostam de preparar sua ma- quinaria menos vezes e de fabricar volumes maiores, para conservar baixas as des- pesas com essa operactio. Ocorre ai o conflito classico: o setor financeiro quer reduzir o custo da manutencao do estoque por meio da fabricacéo freqiiente de pequenos lotes, en- quanto a geréncia de produgao quer reduzir as despesas com a preparacio da maquinaria (endo interromper as operacdes) mediante fabricagées prolongadas e espacadas. Independentemente do aspecto da economia do pais, a qual reflete inten- samente na formacao de estoques, a maneira de resolver esse conflito é mediante um acordo pragmatico, H4 um lote de tamanho economicamente correto — nem tdo grande que acarrete despesas excessivas de mantitengao, nem tio pequeno que acarrete despesas excessivas com a preparagao da maquinaria. Essa quantida- de de meio-termo chama-se lote econdmico de compra e foi montada em 1915 por meio de formulagio matemitica, constituindo, hé muitos anos, a peca fundamen- tal do gerenciamento dos estoques. 4.2 O que o futuro nos espera O campo da previsiio e suas técnicas altamente diversificadas dependem muito da natureza da empresa, dos recursos de processamento de informacdes € da andlise dos meios dispontveis. As tendéncias mundiais, por intermédio da globalizagio da economia ¢ seus efeitos, exigem postura mais dindmica ¢ eficiente das empresas, as quais de- vem estar preparadas para reagit o mais rapido possivel as sinalizacdes ¢ tendén- cias do mercado, a fim de que possam continuar sendo comperitivas e eficazes. Assim, as tendéncias futtras rumam, indiscutivelmente, para o advento da praticidade e da economia, com 0 intuito de se atingir 0 ponto maximo, objetivo de toda empresa, a qualidade total. Nesse contexto. a informatica, cada vez mais disseminada no meio empre- sarial, propiciando eficiéncia e rapidez das informacées, evoluird de tal forma que as relacées, principalmente entre clientes e fornecedores, processar-se-4o via Internet ou Intranets, fazendo com que a dinamica seja a tonica predominante. Consegiientemente, os conceitos serao preservados, evoluindo as formas. Por mais estranho que possa parecer, o futuro do gerenciamento de esto- ques é administrar estoque nenhum. 2 CLASSIFICAGAO DE MATERIAIS A influéncia da classificagdo no gerenciamento dos estoques W Alguns tipos de classificagao adotados @ Interface entre tipos de classificacéo 1 CONCEITUAGAO Aclassificacio é 0 processo de aglutinaciio de materiais por caracteristicas semelhantes, Grande parte do sucesso no gerenciamento de estoques depende fundamentalmente de bem classificar os materiais da empresa. Assim, o sistema. classificatério pode servir também, dependendo da situaco, de processo de sele- cdo para identificar ¢ decidir prioridades. Existem infinitas formas de classificag4o. Abordaremos apenas o alicerce, que permitira adaptac6es as necessidades de cada empresa. Uma boa classificagdo deve considerar alguns atributos. gee ngeg Soro 52. ADMINISTRAGAO DE MATERIAIS 2 ATRIBUTOS PARA CLASSIFICACAO DE MATERIAIS 2.1 Abrangéncia Deve tratar de uma gama de caracteristicas em vez de reunir apenas mate- tiais para serem clasificados, 2.2 Flexibilidade Deve permitir interfaces entre os diversos tipos de classificacdo, de modo que se obtenha ampla visdo do gerenciamento de estoques. 2.3 Praticidade A classificacdio deve ser direta e simples. 3 TIPOS DE CLASSIFICAGAO Para atender as necessidades de cada empresa, € necessdria uma diviséo que norteie as varias formas de classificacdo. Como existem varios tipos, a classifi- cago deve ser analisada no todo, em conjunto, visando propiciar decisées ¢ resul- tados que contribuam para atenuar 0 risco de falta. A Figura 2.1 permite visualizar a principal classificagéo, por tipo de de- manda, identificando suas ramificagoes: 3.1 Por tipo de demanda 3.1.1 MATERIAIS DE ESTOQUE So materiais que devem existir em estoque e para os quais s4o determina- dos critérios e parimetros de ressuprimento attomatico, com base na demanda prevista ¢ na importancia para a empresa. Os critérios de ressuprimemto fixados para esses materiais possibilitam a renovagao do estoque sem a participacao do usuudrio. Os materiais de estoque sio clasificados: a. quanto a aplicacéio: al. materiais produtivos: compreendem todo e qualquer material liga- do direta on indiretamente ao processo de fabricacdo. Exemplos: matérias-ptimas, produtos em fabricacdo, produtos acabados; cLassigicacko pg mareRias 53 Tioo do demands aie io de estoque A Valor do } terse Log} nese ant & povecibildade Avante «| peivelasiéode pecs pce orm ra —mMH—VNuKNrTrnrne tan c mocede ‘bevetin Figura 2.6 Hierarquia dos tipos de classificagiio. 64 Apwmusreacio De MATERIAIS 4 METODOLOGIA DE CALCULO DA CURVA ABC Trata-se de método cujo fundamento é aplicavel a quaisquer situagdes em que seja possfvel estabelecer prioridades, como wma tarefa a cumprir mais impor- tante que outra, uma obrigagao mais significativa que outra, de modo que a soma de aigumas partes dessas tarefas ou obrigacées de importdincia elevada represen- ta, provavelmente, uma grande parcela das obrigagées totais. pds ordenados pela importincia relativa, as classes da curva ABC podem ser definidas assim: Classe A: grupo de itens mais importante que devem ser tratados com atengao bem especial: Classe B: grupo deitens em situagdo intermediria entre as classes Ae C; Classe C: grupo de itens menos importantes que justificam pouca atencao. Pata facilitar o entendimento, apresentamos a sintese histérica do método. Vilfredo Pareto, economista, socidlogo e engenheiro italiano (1848-1923), em 1897, muito antes do aparecimento das pesquisas econométricas, descobriu, a0 estudar a distribuigdo de renda entre a populacdo do sistema econdinico em que vivia, certa regularidade na distribuigao da renda nos paises capitalistas ¢ também naqueles onde imperavam relagGes feudais ou de capitalismo nascente, estabele- cendo um principio, segundo o qual o maior segmento da renda nacional concen- tava-se em uma pequena parte da mesma renda. Com base em estatisticas de diferentes paises, Pareto anotou uma série de dados sobre o nimero de pessoas correspondentes a diferentes faixas de renda te cebida. A seguir, com os dados obtides, tracou um grafico, marcando as diferentes faixas de renda no eixo das abscissas ¢, no eixo das ordenadas, o mimero de pes- Soas que recebiam rendas iguais ou superiores As de cada faixa, observando que 80 4 90 % da populacao pertencem a duas ou trés classes inferiores, do que concluiu que qualquer medida que atingisse duas ou trés classes majoritatias estaria englo- bando © grosso da populacao. Assim nasceu o diagrama de Pareto. Nos ditimos 30 anos, apds os esforcos iniciais da General Electric america- na, 0 principio de Pareto foi sendo adaptado ao universo dos materiais, particular- mente ao gerenciamento dos estoques, com a denominacio de classificacdio ou curva ABC, importante instrumento que permite identificar itens que justificam atengo ¢ tratamento adequados em seu gerenciamento. Assim, a classificacio ABC podera ser implementada de varias maneiras, como tempo de reposigo, va- lorde demanda/consumo, inventario, aquisigbes realizadas e outras, porém a pre- ponderante é a classificacdo por valor de consumo, da qual se obtém, em conse- qiiéncia, as definigdes j4 anteriormente analisadas. cassmicacho pemarenais 6S A Figura 2.7 demonstra uma curva ABC tipiea: + 100 4 5+ 4 z 3 a ® eo 2 4 Ow 100 oP 5 0 1s $%de quota dios Figura 2.7 Distribuicdo tipica e usual da curva ABC. A interpretac3o do gréfico da Figura 2.7 conduz-nos ao resumo abaixo, objeto da Figura 2.8: CLASSE ‘%e QUANTIDADE DE ITENS % DE VALOR A 5 5 B a a c 15 5 Figura 2.8 Interpretagdo e resumo do grdfico da curva ABC referente d Figura 3.1. Interpretando-se os resultados obtidos, pode-se afirmar que: a. acclasse A representa o grupo de maior valor de consumo € menor ! quantidade de itens, que devem ser gerenciados com especial atencao; b. aclasse B representa o grupo de situagéo intermedidria entre as classes AcB; 660 aDMINSTRAGKO DE MATERIAIS c. a classe C representa o grupo de menor valor de consumo e maior quantidade de itens, portanto financeiramente menos importantes, que justificam menor atencio no gerenciamento. 4.1 Técnica de montagem da curva ABC Eimportante esclarecer que a curva construidacom base ett quaisquer da- dos sempre apresenta o cariter tipico apresentado na Figura 2.7. A construgao da curva ABC compreende trés fases distintas: a. elaboracdo de tabela mestra; b. construgao do grafico; ¢. interpretagio do grafico, com identificagio plena de percentuais quantidades de itens envolvidos em cada classe, bem como de sua res- pectiva faixa de valores. Para entendermos a mecénica do proceso, adotaremos, pedagogicamen- te, para facilidades de cdlculo e de elaboracéio, o rol de 10 itens de uma hipotética empresa, como estd representado na Figura 2.9: MATERIAL RS PRECO UNITARI. | CONSHMO ANLAL - NAL nS x01 5,00 200 5,000.00 x02 16,00 5,000 0.000,00 X08 50,00 10 50,00 x04 100,00 100 10.000,00 | X05 a5 200.000 30.000,00 | x06 oni 100.000 1.000,00 | x07 8,00 1.000 8,000,00 x08 200 20.000 40.000,00 | x09 70,00 10 700,00 | x40 5,00 # 300,00 Figura 2.9 Relagio anual de materiais utilizados pela empresa, CLASSIFICACKO DE MaTERAs 67 4.1.1 TABELA MESTRA PARA CONSTRUGAO DA CURVA ABC Ao analisarmos a Figura 2.9, observa-se que os materiais estéo ordenados por cédigo, o que no interessa, pois pretendemos interpretar o valor deles, moti- vo pelo qual serd necesséria sua transformacio: a. ordenar o total do consumo por ordem decrescente de valor; b, ober o total do consumo acumulado; ¢. determinar as percentagens com relago ao valor total do consumo acumulado. A Figura 2.10 demonstra essa transformacéo: MATERIAL vaLoR D0 Cowsumo | YALOR DO CONSUIAO | % SOBREO VALOR TOTAL ANUAL, EM RS: ACUMULADO, EM RS. ACUMULADO x02 30,000,00 80.000,00 4558 X08 49.000,00 120,000.00 6837 x05 30,000.00 150,009.00 8547 x04 10.000,08 160,000,00 31,16 X07 8.000,00 168,000.00 9572 xo 5.000,00 173,000,00 98,57 Xb 1.000,00 174.000,00 99,14 x0 700,00 174700,00 99,54 103 500,00 175,200.00 99,82 «10 300,00 175.500,00 100,00 Figura 2.10 Tabela mestra pare @ construgéio da Curva ABC 4.1.2 CALCULO DA PERCENTAGEM SOBRE © VALOR ACUMULADO A percentagem sobre 0 valor total do consumo acumulado é obtida por meio da seguinte formula: VCA = x TA 100 onde: X valor % a ser calculado, para cada item; VCA = valor do consumo acumulado; TA = valor total do consumo acumulado. 68 ADMINISTRACAO DE MaTERLIS 4.1.3 CONSTRUGAO DO GRAFICO A construgio do grafico obedece as seguintes etapas, com base na tabela mestra, demonstrada na Figura 2.10: ordenadas e abscissas - formagao do quadrado: marcacaio de pontos; tragado da curva; - tragado da diagonal do quadrado e da tangente paralela A diagonal no ponto extremo da curva; 5. identificacao dos angulos, tragado das bissetrizes dos angulos ¢ deter- minagéio de pontos na curva; 6. determinagao das 4reas A, Be C. sweep e Temos, entio: a. ordenadas ec abscissas - formacdo do quadrade: é convenien- te a utilizagao de papel milimetrado para facilitar a construcdo do gra- fico; para o eixo das ordenadas, fica reservado o percentual de valores ©, para o eixo das abscissas, o percentual de quantidade; b. marcagio de pontos: os pontos percentuais obtidos na tabela mes- tra, objeto da Figura 2.10, devem ser transpostos para o gréfico no eixo das ordenadas (percentual de valor acumulado); ¢. tragado da eurva: os pontos marcados devem ser unidos por meio do auxflic de uma curva francesa, delineando-se, assim, o perfil da cur- va ABC; ¢. tragade da diagonal do quadrado e da tangente paralela a diagonal no ponto extremo da curva: traga-se a diagonal do guadrado abaixo da curva e uma tangente, paralela a diagonal ¢ que toque no ponte mais extremo da curva; e. identificagiio de anguios, tracado de bissetrizes e determi- nagdo de pontos na curva: 0 eixo das ordenadas ea tangente for- mam um Angulo, enquante o lado superior do quadrado e a tangente formam outro Angulo; identificados, tracam-se as bissctrizes desses Angulos, para que, entéo, sejam mareados 0s pontos obtidos pelo en- contro de cada bissetriz com a curva; £, determinagdo das dreas A, Be C: os pontos obtidos pelo encontro das bissetrizes dos angulos com a curva determinam e delimitam as areas A, Be C, conforme demonstra a Figura 2.11, obtida pelo exemplo em pauta. ‘LASSIFICAGO DE MATERIAIS nm a Figura 2.11 Determinagéto das dreas A, B ¢ C. 4.1.4 RESUMO DE PERCENTUAIS Os percentuais de quantidade s4o obtidos pela leitura do eixo das abscis- sas, enquanto os percentuais de valor so obtidos pela leitura do eixo das ordena- das, respectivamente para cada classe A, Be C, conforme a Figura 2.12: (USE 5% QUANTIDADE DEITENS 5 DE VALOR A n 9 B 8 4 c Al 5 Figura 2.12 Resumo de percentuais. 4.1.5 FAIXA DE VALORES As faixas de valores de cada classe sdo obtidas pelas seguintes etapas: a. da leitura no grafico dos valores percentuais correspondentes as clas- ses Ae C, no caso 49 e 95%, respectivamente; 69 snr ORE 70 aDMINIST2AGAO DE MATERIAIS Nota: 4.1.6 b. da identificacao, na tabela mestra, Figura 2.10, dos valores de consu- mo anual respectivos aos percentuais das classes A ¢ C. £m virtude da demonstracdo referente a técnica de montagem da curva ABC ter sido elaborada, conforme jé afirmado, por motivos pedagégicos, com o rol de 10 itens, nao sera possivel identificar na tabela mestra 0 va lor real correspondente a cada classe, motivo pelo qual, no caso em apre- go, o valor de R$ 70.000,00, que corresponde a classe A, 49%, foi obtido pela leitura de um valor de consumo anual qualquer correspondente aos percentuais de 45,58 e 68,37%, partanto situados imediatamente nos ex- tremos dos 49% mencionados. A Figura 2.13 demonstra os resultados obtidos: A> RS 70.000,00 RS 8.000,00 < B < RS 70.000,00 C sDMINISTRACAO DE MATERIALS 1.1. Definicéo Talvez a mais sintética definicdo de especificago seja “descrigao das ca- racteristicas de um material, coma finalidade de identificé-loe distingui-lo de seus similares”. No entanto, pode-se adotar definicdes mais complexas: a. “a representacao sucinta de um conjunto de requisitos a serem satis- feitos por um produto, um material ou um processo, indicando-se, sempre que for apropriado, o procedimento por meio do qual se possa determinar se os requisitos estabelecidos sio atendidos”; Ou: b. “Ga definigao dos requisitos globais, tanto gerais como minimos, que devem obedecer aos materiais, tendo em vista a qualidade e a seguran- ca deles”; Ou, ainda em conformidade com a Resolugdo n* 03/76, do Conselho Na- cional de Metrologia, Normalizagéo e Qualidade Industrial — Conmetro -, usando das atribuicdes que lhe confere a Lei n? 5.966, de 11-12-1973: ©. “€o tipo de norma que se destina a fixar condigdes exigiveis para acei- tacdo e/ou recebimento de matérias-primas, produtos semi-acabados, produtos acabados ete”. 2 OBJETIVO A especificacao propicia, entre outras, facilidades as tarefas de coleta de Precos, negociacao empreendida pelo comprador com o fomnecedor, cuidados no transporte, identificacdo, inspec&o, armazenagem e preservacdo dos materiais, apresentando um conjunto de condigées destinadas a fixar os requisitos e caracte. risticas exigiveis na fabricagaio e no fomecimento de materiais. Entre as intimeras vantagens, destacamos: a eliminacao de duividas que Porventura se apresentem na identificacdo de um material, jamais podendo ser confundidas com um ou mais similares. 3 CRITERIOS SOBRE A DESCRICAO A descricdo deve ser coneisa, completa ¢ permitir a individualizaggio; de- ‘Verse abolir a utilizagéo de vocdbulos referentes a marcas comerciais, girias e regio- nalismos, que inadequadamente consagram a nomenclatura dos materiais, espzcrricagio | 75. Para tanto, os requisitos para a montagem da especificacdo devem ser: des- crigdo sumaria e objetiva, termos técnicos adequados e usuais e critério de quali- dade para determinado uso. A descrigio padronizada de um material obedece a determinados critérios racionais, entre os quais merecem. destaque: a. a denominagio deverd, em principio, ser sempre no singular; b. adenominagio deverd prender-se ao material especificamente endo a sua forma ou embalagem, apresentagdo ou uso; ne nepael Exemplo: 5 = Burra de aco — errado z Aco om barra — certo : # c. utilizar, sempre que possivel, denominacées tinicas para materiais da mesma natureza; cc utilizar abreviaturas devidamente padronizadas, conforme disposto no item 9 adiante ¢ relacionadas no Apéndice C. 4 ESTRUTURA E FORMAGAO DA ESPECIFICAGAO Monta-se a especificacdo por meio da seguinte estrutura: a. Nome basico: trata-se do primeiro termo da especificagao. Exemplos: a. mpod; by sae. b. Nome modificador: trata-se do terme complementar. Exomplos: a. lémpada incandescent; lamp Horescente; «._sabo om; sao luo, 76 — ADMINISTRAGAD DE MATERIAIS ©. Caractetisticas fisicas: trata-se de informacoes detalhadas referentes as propriedades fisicas e quimicas dos materiais, tais como densidade, peso espectfico, granulometria, viscosidade, dureza, resisténcia ¢ ou. tros, devendo-se ainda apontar tolevdncias das propriedades indica. das, métodos de andlise dessas propriedades, padres ou normas ase. rem observadas (ABNT, DIN, ANSI, SAF etc.) que podem ser obtidas nosmamuais e desenhos construtivos dos equipamentos ¢ em catélogos téenicos de fabricantes, Independentemente dos componentes que formam a regra retrodefi- nida para sua formacio, a especificagaio deve contet, conforme o caso, alguns elementos auxiliares com informades destinadas a com. plementé-ia, para evitar ou reduzir os denominados “esclarecimen- tos técnicos”, que siio responsaveis pela perda ocasional de tempo du- Fante 0 processo de ressuprimento, Numa maior amplitude, a especi- ficagao estd associada ao perfeito conhecimento de normalizagio ¢ padronizacao. Os elementos auxiliares referidos so: 4. Unidade metroldgica: a boa especificagao deve conter em seu bojo as informag6es referentes a unidade de fornecimento do material, a uni- dade de controle adotada pela empresa, bem coma o fator de conver. séo da unidade de fornecimento para a unidade de controle, caso essas sejam diferentes. &. Medidas: se for 0 caso, devem ser fornecidos desenhos dimensionais ¢ tolerancias limites de qualidade nos quais 0 material pode ser fa- bricado e aceito pelo consumidor, bem como outras medidas, como capacidade, poréncia (HP), freqiiéncia (HZ), cotrente (A), tensio () ete. f£. Caracteristicas de fabricacao: indicar os processos de fabricagio, deta- lhes de construgéo ou execugio, acabamento do material etc. g. Caracteristicas de operacdo: garantias exigidas, testes a serem execu- tados durante 0 processo de Produgao e testes de aceitacdo, h. Cuidados com relacdo ao manuseio ¢ armazenagem: devem ser forne- cidos todos os detalhes sobre manuseio, transporte e precaucdes com relagdo a preservagdo e armazenagem dos matetiais, i. Embalagem: deve levar em conta a finalidade do material, como meios de transporte, manuseio ¢ armazenagem, visando a sua integridacle evitando perdas até o consumo final. gsoeciricagAo 77 Os tipos de embalagem mais comuns s40: il, caixas de papelaio ondulado: caracteristicas: baixo custo, leve, viola- gio facilmente percebida etc.; i2. tambores metélicos: caracteristicas: facil manipulacao e armaze- nagem, resisténcia, protecao absoluta, capacidade para reutilizacdo etc.: 13, fardos: caracteristicas: utilizades para grandes volumes, quando © custo final se tomna proibitivo para outros tipos de embalagem; i4. recipientes plasticos: caracteristicas: utilizados para liquidos ¢ és, inquebraveis, resistentes a corrosiio, mais leves que os tambores, podem ser reutilizaveis etc.; is. eaixas de madeira: caracteristicas: resistentes, baixo custo, boa protecao etc. 5 TIPOS PADRONIZADOS DE ESPECIFICAGAO Por oportuno, é necessério estabelecer uma l6gica para dispor as informa- ¢6es técnicas, a fim de garantir a homogeneidade da descrigao e, principalmente, que os materiais de um mesmo grupo contenham as mesmas informagées na mes- ma seqiiéncia. Dai, surgem os tipos, que irdo nortear a padronizacio da especifica- go. Temos, entao: a. conforme amostra: utilizada quando hd dificuldades em detalhar con- venientemente as caracteristicas do material. Deve ser evitada ao ex- tremo. Exemplo: formularios, como notas fiscais, faturas, duplicatas ete; b. por padrio e caracteristicas fisicas: utilizada quando se trata de mate- riais que possuam normas técnicas ou quando ha condigdes de fornecer todos os dados conhecidos de um material. Exemplo: parafuso métrico, cabeca sextavada, em aco classe de resisténcia 5.6 (ABNT-EB-168), cad- miado, diametro 6,00 mm, passo 1,00 mm, comprimento 16 mm, corpo todo roscado, acabamento grosso, conforme norma ABNT PB-40; cc. por composi¢éo quimica: utilizada quando ha exigéncias de teor pre- determinado para os componentes quimicos do material. Exemplo: sulfato, aménia, para anilise, solucio 10% H2S; d. por marca de fabrica: utilizada quando se deseja garantir a qualidade do material, aceitando-se a marca como padrdo. Pode ser aceito, ou nao, equivaiente. Exemplo: rolamento SKF 3210, ou equivalente; 78 apwneisteacko DE MavaacAls - conforme desenho: utilizada quando a forma e as caracteristicas do material sio complexas, no havendo possibilidade de especificagao por nenhum dos tipos descritos. No desenho, estiio contidas todas as dimensoes e caracteristicas, inclusive o tipo de matéria-prima para fa- bricagdo. Exemplo: engrenagem conforme desenho n° ... (mencionar ntimero e empresa projetista da peca ou equipamento), A Figura 3.1 ilustra um desenho utilizado nesse tipo de especificacao. L A. P| | : | | | | e i r it | l 3 +3 | 4 le , Figura 3.1 Exemplo de desenho utilizado para especificagiio. 6 NORMALIZAGAO Obomem, desde as formas mais primitivas de vida grupal, sentiuanecessi- dade de estabelecer normas, principios, regras definidoras das relagdes dos mem. bros do grupo. Desde entao, nos mais diferentes ramos de suas atividades cotidia- nas, ohomem fica sempre condicionado as regras que estabelece, aos padres que cri Portanto, a norma ¢ fruto de consensv, de acordo firmado entre partes. A empresa nao foge a essa regra, carece de normas, desde as de cunho absolutamen- te administrativo até as normas técnicas. A insercdo de conceitos de normalizagio neste Capitulo é plenamente jus- tificada, em virtude da estreita correlagao de conhecimentos técnicos para utiliza. go no desenvolvimento da especificacao, ssrarcagao 79 6.1 Vantagens da normalizacao Em termos de empresa, destacam-se, entre outras, as seguintes vantagens: simplificagdo, intercambiatidade, comunicaco, adogdo racional de simbolos € ¢6- digos, economia geral, seguranca, defesa do consumidor etc. Convém destacar também as vantagens técnicas oriundas de procedimen- tos de normalizagao: a. menor tempo utilizado no planejamento; . maior seguranga e menor possibilidade de diferenciagdes pelo uso de produtos normalizados, menor possibilidade de falhas técnicas na selegio; . economia de tempo para 0 processo técnico de produgio; simplificagéio das decisdes pelos responséveis; mpeas simplificagao nos entendimentos entre projetistas, montadores e enge- nheiros de producao; g. menor tempo de preparacao do pessoal téenico; h. simplificago dos métodos de montagem em conformidade com as normas; limitagdo de corregées no decorrer da produgao; J. asseguramento da intercambialidade e reutilizagio de pegas, dese- nhos, embalagens e gabaritos de verificagio, processos ¢ produtos me- Ihorados; eliminacao de preconceitos que possam surgir pela programagdo mal elaborada; possibilidade de cileulos mais econémicos; m. etc. 6.2. Definicéo A normalizacdo tem recebido varias definigdes, cada uma de acordo com sua origem, algumas mais filosoficas ou econémicas e outras puramente técnicas. A Associacéo Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), na NB-O, definiu nor- ma como: “tha classe de norma técnica que constitui um conjunto metédico e preciso de preceitos destinados a estabelecer regras para execuciio de cal- vn ee aay, NFIEPAA 80 ApMnestracio ve MATERIAIS culos, projetos, fabricacdo, obras, servicos ou instalacées, prescrever con- digdes minimas de seguranga na execucdo ou utilizacdo de obras, maqui- fas ou instalagSes, recomendar regras para elaboracao de outras normas © demais documentos normativos.” Pela Resolucio n° 03/76 e amparado pela Lei n° 5.966, de 11-12-1973, 0 Conselho Nacional de Metrologia, Normalizacao e Qualidade Industrial - Conme- tro ~ define Norma Brasileira: “Bo documento elaborado segundo procedimentos ¢ conceitos emanados do sistema nacional de Metrologia, Normalizacdo e Qualidade Industrial, conforme a Lei n® 5.966, de 11-12-1973, e demais documentos legais dela decorrentes. De acordo com a sua classificacdo, as normas bra, sileiras so resultantes de um processo de consenso nos diferentes Féruns do sistema, cujo universo abrange o Governo, o setor produtivo, o comér. cio € os consumidores. As normas brasileiras em suas prescrigées visam a obter: a. defesa dos interesses nacionais; >. racionalizagao na fabricago ou producdo e na troca de bens ¢ servicos, por meio de operacées sistematicas e Tepetitivas; ©. protecdo dos interesses dos consumidores; d. seguranca de pessoas e bens; €. uniformidade dos meios de expressdo e comunicacio.” As normas diferem quanto & forma e ao tipo, dependendo dos aspectos particulares de um assunto a ser abordado, Os tipos de notma so: a procedimento ou norma propriamente dita; b. especificacdo; ¢. padronizagao; d, método de ensaio; e. terminologia; £. simbologia; 8. classificacdio. Os niveis de elaboracao ou aplicacdo das normas podem ser: a. nivel individual; b. nivel de empresa; ¢. nivel de associacéo; zsprcmcagio 81 d. nivel nacional; e. nivel regional; f£. nivel internacional. Anormalizagao envolve os seguintes principios: a, anormalizacdo é essencialmente um ato de simplificacao: a normalizagéo € uma atividade social, bem como econémica, ¢ sua promocio deve ser fruto de cooperacao miitua de todos os interessa- dos; ‘ a simples publicagao de uma norma tem pouco valor, a menos que ela possa ser aplicada; logo, a aplicagio pode acarretar sacrificios de pou- cos para o beneficio de muitos. 6.3 Normalizacio no Brasil ‘Uma caracteristica marcante nos pafses teenologicamente desenvolvidos é a existéncia de significative mimero de normas. Como nao poderia deixar de ser, ha caréncia de normas no Brasil, ndo obstante os instrumentos legais e disponibili- dade de recursos para tanto, fato este refletido em intimeras citagées técnicas que contém normas internacionais. Anormalizacao é um instrumento eficiente na producdo de rentabilidade e competitividade para mercados estrangeiros, na eliminagio do desperdicio, por garantia de qualidade e no estimulo & produtividade, permitindo o desenvol- vimento de tecnologia especifica, mesmo com a absorgio de know-how interna- cional. No Brasil, até 1973, a entidade responsavel pela normalizagiio era a ABNT, érgio de sociedade civil criado em 1940, sem finalidade lucrativa e reconhecida pelo Governo Federal como de utilidade publica, com estrutura interna semelhan- te 4 de outros organismos congéneres internacionais. Pela Lei n2 5966, de 11-12-1973, foi instituido o Sistema Nacional de Me- trologia, Normalizacao e Qualidade Industrial - Sinmetro -e seu érgionormativo, 0 Conselho Nacional de Metrologia, Normalizacio e Qualidade Industrial - Con- metro -, com a finalidade de formular e executar a politica nacional de metrologia, normalizacao industrial e certificacao de qualidade dos produtos industriais. Tam- bém, por meio da mesma lei, foi criado o Instituto Nacional de Metrologia, Norma- lizag&o e Qualidade Industrial - Inmetro -, como drgio executante do sistema ins- Tituido. ny ONE OEE 82 apWmustragéo Ds MATERIALS Atualmente, a ABNT faz parte do Conmetro como membto Tepresentante de entidade nacional de cardter privado ligado ao sistema de normalizagio. Em decorréncia do sistema, as normas brasileiras foram classificadas em quatro classes: a, NBR 1: normas compulsérias, de uso obrigatério em todo 0 territério. nacional; b. NBR 2: normas referendadas, de uso obrigatorio para o Poder Ptiblico € servicos pblicos concedidos; c. NBR 3: normas registradas, normas voluntérias que venham a mere cer registro no Inmetro; d. NBR 4: normas probatérias, em fase experimental com vigéncia limi- tada e registradas no Inmetro. 6.4 Normalizacdo internacional Ha duas organizagées de cardter internacional dedicadas exclusivamente a atividades de normalizacéo: a. ISO ~ Organizagdio Internacional para Normalizagio; b. IEC - Comisséo Internacional Eletrotécnica, AISO trata de todas as atividades de normalizacéo, excetuadas as do cam- po da eletrénica e da eletrotécnica, gue sf desenvolvidas pela IEC. Independentemente dos organismos citados, existem acordos internacio- nais restritos a determinadas regides, dos quais merecem destaque: CEN — Comité Europeu de Normalizaca a. b. Asac - Comité Asidtico Assessor de Normas; 2 Asmo — Organizaggo Arabe para Normalizagao e Metrologia; d. Copant - Comissio Pan-americana de Normas Técnicas. Nao obstante a ampla aplicagao no ambito da Administrac&o de Materiais, empregam-se normas no desenvolvimento das especificages de compra, dai o destaque, visando ao conhecimento, implicacées e importancia do assunto. Especiicacko 83 7 PADRONIZAGAO 7.1 Definigao A especificacdo sempre nos conduz ao termo padronizagdo, que pode ser definido de varias maneiras, como: andlise de materiais a fim de permitir seu intercAmbio, possibilitando, assim, reducdo de variedades e conseqiiente economia; fat ou: b. uma forma de normalizagéo que consiste na redugio do mimero de ti- pos de produtos ou componentes, dentro de uma faixa definida, ao mi- mero que seja adequado para o atendimento das necessidades em vi- gor em uma ocasiio; ny ROT one ou, ainda, em conformidade com a ABNT, na NB-O: “fa classe de norma técnica que constitui um conjunto metédicoe pre- ciso de condigées a serem satisfeitas, com o objetive de uniformizar formatos, dimensées, pesos ou outras de elementos de constru¢ao, ma- teriais, aparelhos, objetos, produtos industriais acabados, ou, ainda. de desenhos e projetos.” Logo, na drea de materiais, pode-se entender padronizacio como sinéni- mo de simplificacao. 7.2 Objetivos da padronizacéo So 0s seguintes os objetivos da padronizacdo: diminuir o mimero de itens no estoque: a padronizacdo objetiva evitar a variedade de matetiais de mesma classe, utilizados para o mesmo fim, diminuindo o nimero de itens em estoque, com reflexos técnicos ¢ econémicos para a empresa; simplificagdo dos materiais: consist na escolha, entre as variedades existentes, de um material qualquer, de um ou varios tipos julgados sa- tisfatérios, de modo que esse ntimero reduzido de variedades satisfaca | As necessidades da empresa. Assim ¢ conseguida a eliminagao dos tipos ineficientes, o que tora a padronizagio um fator decisivo contra 0 des- perdicio; Especieicagso | 85. b. permitir compra em grandes lotes: ampliando 0 poder de compra pela aquisi¢ao de maiores quantidades de menos itens, a padronizagso re- duz o ntimero de concorréncias, as compras mais eficientes e possibili- ta, inclusive, a obtencio de precos mais convenientes; reduzir a quantidade de itens no estoque: reduzindo as variedades, consegue-se diminuir o custo de armazenamento, simplificar os meios de estocagem, methorando o layout e diminuindo 0 espaco fisico. 7.4 Aexperiéncia da Cosipa na padronizagdo de materiais 7.4.1 PARAFUSOS iN pean omegnioa A Figura 3.2 reflete fielmente a necessidade de padronizagao. DESCRICAO QUANTIDADE | 1, Quontidade instlod de porafusos 65,082 tens [2 Paraoss no sistema meta 54.789. itons | ab Parafusos com rosce grossa 39.0% 3. Porofusos na sistem ings (pologada) 10.123 tens «a Parafusos com rosea UNC 96.5% , Parafusas com rosea BSH 28% _Parofusos om rosa UNF O7% 4, Parofusos em ago SAE 1030, 1035, 1040 e 1045 1793 tens + 5, Porafusos em ag liga SAE 4140, ASTALA-199 0 325, 3.250 tens 8 Parausos om aca inaxidvel 217 ters 7. Porafysos erm ago SAE 1020 (0 restonte} 59.822 tens | 8 Gonsuma anual 170.000 pegas 1. Consumo de parafuses de roscamétrica 87.000 pecas b. Consume de porafusns ds rosca UNC 88,000 poses 9. Universo de parafusos passantes 780% Figura 3.2 Situago de parafuusos utilizados na Cosipa. Independentemente de padronizagéo de medidas, a siruacao apresentada gerou: 1. simplificacdo para apenas dois materiais: a. para parafusos de uso geral, em ago SAE 1020, equivalente a JIS SS41, JIS 4T, DIN St 38, DIN 4 D, ASTM-A-307 e UNI Aq 42; 1 86 ADMINISTRAGAO Dz MATERIAIS b, parafusos de alta resistencia, em aco SAE 1040/1045, temperado e re- venido, que, assim tratado, substitui os seguintes acos: JIS SCM 3, JIS SCM 4, ASTM-A-325, SAE 4140 e DIN 8G. 2. como 78% sao passantes e, também, porque existe folga entre o furo e © didmetro, adotou-se a padronizacéo para parafusos métricos de rosea grossa. Exemplo: parafusos passantes de diametros 3/8" ¢ 1/2" foram substituidos para diametros de 10 e 12 mm, respectivamente. 7.4.2 RESULTADOS OBTIDOS A Figura 3.3 reflete os resultados significativos obtidos com o programa de redugio de variedades implementado pelo Grupo de Normalizacao da Cosipa, em 1978. TENS EXISTENTES % MATERIAL . DE ANTES APOS | REpUCIO Hementos de fxaco (perafuso,porcas, orruelts) 2.350 624 3A Maieril hidrivulico (valvulas, tubos, mangueisus) 4.02 904 80,8 Material para solda felettodes, varetos, arames) 165 5 66,1 Moteral de vedaria (ands, retentores, gaxetts) 4.014 oar 462 Construgdo mecénico (barras, chapas etc.) 44 195 59,7 Usinagom (bit, posts, inserts, brocas) 316 190 55,7 Rolomentas 206 aM 60,7 Correos tonsportadores 3 B 509 Rodas de ponies rolantes 144 n 847 Limpedos u2 189 al Hotores eltscoswrfasicas 560 103 316 Fesiveis 519 29 520 Isolantes eléticos 1.024 196 89,6 Disjuntres de bnixa tens 17 1 78A Contatoes (CA €C) 398 143 640 abos fos elétricos m2 64 35 Terminais para condutores de cobre mm 8 199 Betraditos eocessrios, 90 y 934 RESULTADOS TOTAIS ATE JULHO/1986 18.468 4.608 750 Figura 3.3. Resultados gerais obtidos pela Cosipa com padronizacdo. Pormeio dos resultados apresentados, observa-se que os estudos de padro- nizagéo deveriam ser estimulados nas empresas, pois seus resultados compensam. € comprovam as intimeras vantagens advindas. ssrecinicagao 87 8 ANALISE DE VALOR AAnilise de Valor é um recurso sistematico para conseguir redugao de cus- 10s, mediante a utilizacdo de certas técnicas basicas e de um trabalho planejado para desenvolver novos meios de obtengao da mesma funsao por menores gastos; esses conceitos sto plenamente identificados com a Administragio de Materiais, mediante especificagdes de compra, que, por motivos econdmicos, devem, conti- nuamente, ser submetidas as técnicas explicitadas. i Aatividade consiste na andlise preliminar da especificacao e/ou desenho do material que se deseja comprar, utilizando o conhecimento da tecnologia de fa- bricagio e providenciando, quando procedente, a alteragio da especificagio ou re- visdo do projeto, com o objetivo de obter maior desempenho do material, menor custo de fabricacdo ou prego final da compra, adequagio ao mercado fornecedor ou, ainda, nacionalizacao. Para a estruturacéo do plano de trabalho de desenvolvimento da Andlise de Valor, recorre-se a uma lista de indagacées, como demonstrado a seguir. z E g z = 8.1 Metodologia de Andlise de Valor 8.1.1 DE ORDEM GERAL a, pode o projeto ser alterado ou climinado em parte? b. pode o projeto ser vantajoso? ¢. pode ser usada peca padronizada? a. e. £ serd uma peca padronizada alterada mais econémica? é justificavel um melhoramento na aparéncia da peca? existe uma pega menos custosa que satisfaga 4 mesma fungio? g. pode o projeto ser alterado para simplificar a pega? h. projeto permite o uso de equipamento normal de inspecao? i. pode uma peca projetada para outro equipamento ser usada? j. pode ser utilizado um material mais barato? k. pode ser reduzido o numero de materiais diferentes? i. existem materiais recém-desenvolvidos que podem ser usados? 88 aosmvisTRacKo DE MATERLIS 8.1.2 8.1.3 8.14 QUE DIZEM RESPEITO A. MANUFATURA. a Pp FP mo séio necessarias todas as superficies usinadas? ttm acabamento mais grosseiro satisfaz? Projeto permite o uso de ferramentas padronizadas? so as tolerdncias tao largas quanto possivel? pode ser usado outro material mais usindvel? pode um prendedor substituir rosqueamento usinado? pode uma porca soldada substituir furos rosqueados por usinagem? QUANTO A MONTAGEM ve pas a podem ser combinadas duas ou mais partes numa tmica? as partes podem ser feitas de forma simétrica? existe um prendedor novo que pode acelerar 8 montagem? existe suficiente quantidade de pecas padronizadas? sfio usados componentes de estoque? podem ser usados pinos retificados com o fito de eliminar alargadores? QUANTO A BSPECIFICAGAO E NORMAS Fm mp existe pega normalizada que possa substituir itens manufaturados? sdo necessdrias todas as roscas? pode ser feita alteracéio em especificagoes, visando a redugio de cus- tos? podem ser usados dispositivos normalizados de atuagao, como cilin- dros? todas as roscas s4o normalizadas? podem ser usadas ferramentas normalizadas de corte? podem ser usados calibradores normalizados? existe material disponivel com tolerancia e acabamento tal que elimina usinagem? espEciICAcAo 89 8.1.5 QUANTO A POSSIBILIDADE DE FAZER OU COMPRAR Seo produto é basico para a empresa e o equipamento ja é disponfvel, a de- cisdo passa a ser apenas econémica. A decisio pode complicar no caso de o produ- to no ser basico e haver capacidade marginal disponivel Os fatores importantes a serem considerados sao: a. existéncia de fornecedores confidveis; b. apermanente necessidade do servigo; c, razées estratégicas; d._ know-how envolvido e seu segredo; e. prego de custo; f, facilidades; g. flexibilidade; h, investimentos necessdrios; i. pomtos de paridade que indicam quantidades minimas para a decisdo de “fazer”; j. lotes econdmicos; k. avango tecnoldgico no setor e obsolescéncia técnica. 8.2. Vantagens da Andlise de Valor Para a implementacio da Andlise de Valor, é necessdria uma infra-estrutu- ta para garantir 0 sucesso da empreitada, As vantagens advindas dividem-se em beneficios nao quantificdveis e beneficios quantificaveis. 8.2.1 BENEFICIOS NAO QUANTIFICAVEIS Pode-se relacionar, entre outros, como beneficios ndo quantifiedveis: en- genharia de produtos, engenharia industrial, engenharia de ferramentas, manufa- tura, programagao, compras, assisténcia técnica e controle de qualidade. 8.2.2 BENEFICIOS QUANTIFICAVEIS Pode-se relacionar, entre outros, os seguintes beneficios quantificdveis: quanto ao material; 1. quanto ao process; pecas normalizadas para itens especiais; numero de componentes; pose 90 aDMINISTRAGO DE MATERIAIS peso; custo de documentagio; ferramental: tempo total entre emissiio da compra e entrega do material; i. economia final. FR me 8.3 A experiéncia da CSN na aplicacio de Andlise de Valor Muitas s40 as oportunidades de aplicagao da Andlise de Valor. Por motivos didéticos, porém, apresentaremos wm caso que envolve a compra de um material, conforme desenho, para a Companhia Siderirgica Nacional (CSN), em 1983. Trata-se da aquisigio de seis eixos para 0 conjunto de translagao de ponte rolante (eixo principal}, montados, conforme demonstra a Figura 3.4, em uma ponte rolante de 31.394 mm de vao. Cada eixo do conjunto é suportado por uma ou duas caixas de mancal SKF-SN-520, ou seja, por maneais ajustados no eixo por bucha de fixacdo SKF-HE-220 e interligados, que compéem o conjunto por acopla- mentos. A Figura 3.5 demonstra o desenho construtivo original. oparone=a108 Figura 3.4 Desenho representativo do eixo principal do conjunto de translagiio de ponte rolante da CSN. ve h8 + Bose Figura 3.5 Desenho construtivo original referente ao eixo da Figura 4.4 (antes da Andlise de Vator). ssrcmcacho 91 Questionou-se a tolerancia (rer. h.9}, que condiciona a confeccao do eixo por usinagem de barra de aco com diametro de 3.3/4" em toda sua extensdo, o que demandaria no minimo 55 h/m (homem-hora/maquina). Aplicando a metodologia de Andlise de Valor, indagou-se: a. Qual a funcdo bdsica da tolerancia em todo o comprimento do eixo? Resposta: funcao desnecessaria. b. Qual a funcao basica da tolerancia no eixo? Resposta: ajuste dos acoplamentos. Com base nesses fatos, foi perfeitamente possivel a alterac4o do projeto do eixo e especificagao da matéria-prima para sua obtencSo, que passa a ser aco trefila- do em barra de 3.1/2" de diametro, exigindo apenas pequena usinagem nas extre- midades, em virtude da variacdo dimensional permissivel nos acos trefilados, nos didmetros de 80 2 120 mm, que admite a variagio de mais zero a menos 0,022 mm, conforme demonstra a Figura 3.6. eae- Figura 3.6 Desenho construtivo referente ao eixo da Figura 4.4 modificado em rela- cdo a Andilise de Valor. sae £® 0,000" Essa alteracio sugerida proporcionou redugio a precos da época da ordem de US$ 4.970,00 por unidade ou US$ 29.820,00 por conjunto, conforme demons. ira a Figura 3.7. Descticéo Proso= Iss ‘ ‘Antes da Anéise de Valor | Apés w Andise de Valor | Economia obtida Prego do conecgio 5,800,00 850,00 950,00 Preco wri 750,00 1780.00 4970.00 Prego toa 9.50,00 10680,00 79.80,00 Now: pogo dacnfet efora se wopraces do usinagon, sera, amaar ear rosgs, ovale 55h anterior mente e8 h opés a Andis de Valor. Figura 3.7 Sintese das vantagens obtidas pela Andtise de Valor. 92 ADMIKISTRAGKO DE MATERIUS 9 ABREVIATURA DE TERMOS TECNICOS UTILIZADOS EM ESPECIFICAGAO A abreviatura das unidades geométricas e mecénicas, das unidades elétri- cas ¢ magnéticas, das unidades térmicas, das unidades épticas, das unidades de ra- dioatividade e de outras unidades aceitas para uso deve seguir 0 padrao adotado pelo Decreto n° 63.233, de 12-9-1968, modificado pelo Decreto n& 81.621, de 3-5-1978, os quais aprovam ¢ regulamentam no Brasil o Sistema Internacional de Unidades, que é baseado nas seis unidades fundamentais: comprimento (metro), massa (kg), tempo (segundo), intensidade de corrente elétrica (ampére), tempé. ratura (Kelvin) ¢ intensidade luminosa (candela). Independentemente das unidades convencionais regulamentadas para ‘uso no pais, adotam-se abreviaturas de termos técnicos para facilidade de comuni- cagio e também para permitir o entendimento e o trabalho de especificar. 10 QUESTOES E EXERCICIOS 1. Qual a importancia da normalizagéo para a especificacdio de materiais? 2. Qual a importancia da padronizacao para a especificagao de materiais? 3. Qual a importéncia da Andlise de Valor para a especificagdo de materiais? 4 CODIFICACAO NESTE: fi) CAPITULO: _ . - - — = A importancia da codificagéo i Tipos de codificagdo existentes ™ Método para estruturar um plano de codificagao 1 CONCEITUAGAO De modo geral, as empresas sempre se preocuparam em identificar com fa- cilidade a grande quantidade e diversidade de seus materiais. A solug&o encontra- da foia tepresentagio por meio de um conjunto de simbolos alfanuméricos ou sim- plesmente numéricos que traduzem as caracteristicas dos materiais, de maneira racional, metédica e clara, para se transformar em linguagem universal de mate- tiais na empresa. Assim nasceu a Codificagio, que nada mais é do que uma varia- cio da classificagdo de materiais. Consiste em ordenar os materiais da empresa se- gundo um plano metédico ¢ sistematico, dando a cada um deles determinado con- junto de caracteres. O cédigo, por conseguinte, é secreto, s6 entendendo-o quem possuir o Plano de Codificag&o, que se constitui na chave para sua interpretacio. Nao ha, ainda, padronizacao definida para 0 estabeiecimento do Plano de Codifi- cago, o qual pode ser desenvolvido a critério de cada interessado, conforme as pe- culiaridades inerentes ao ramo e porte da empresa. {epEny OA a a 94 apmmismacio DEMATERLS 2 OBJETIVO Acodificacio alicerga-se em bases técnicas, apartir de uma andlise dos ma- teriais da empresa, e tem por objetivo propiciar aos envolvidos a solicitagéio de ma- teriais por seu cédigo, em lugar do nome habitual, e possibilitar a utilizacdo de sis- temas automatizados de controle, objetivanda: a. facilitar a comunicacao interna na empresa no que se refere a materiais e compras; b. evitar a duplicidade de itens no estoque; ©. permitir as atividades de gestdo de estoques e compras; d. facilitar a padronizagio de materiais; e. facilitar o controle contabil dos estoques, Em conseqiiéncia, a codificacdo permite o pleno controle do estoque, de compras em andamento e de recebimemto. 3 TIPOS DE CODIFICAGAO Existem infinitas maneiras de estabelecer um cédigo para os materiais, desde a numeragio arbitréria dos itens 4 medida que dao entrada no almoxarifado até aqueles que catalogam os materiais segundo uma seqiiéneia légica. Preferi- mos, por bom-senso, analisar os tipos referentes A seqtiéncia légica, Uma codifica- 40 é boa quando a simples visualizacio do cédigo por aqueles que o manuseiam permite identificar, de mado geral, o material, faltando apenas os detalhes para a identificagao total, o que somente seré obtido consultando-se os catdlogos de ma- teriais. Entao, observa-se que da combinagdo Codificagdo e Especificacéo ob- tém-se o Catalogo de Materiais da empresa, ferramenta fundamental para o exer- c{cio das atividades dos funciondrios envolvidos nos procedimentos de gestdo de estoques, compras e armazenagem. Em geral, os Planos de Codificagao seguem o mesmo principio, dividindo os materiais em grupos e classes, assim: a, grupo: designa a familia, o agrupamento de materiais, com numeracio de 01a 99; b. classe: identifica os materiais pertencentes A familia do grupo, nume- rando-os de 01 2 99; coniricacio 95 ¢. mtimero identificador: qualquer que seja o sistema, hd necessidade de individualizar o material, o que é feito a partir da faixa de 001 a 999, reservada para a numeragao correspondente de identificagao; 4 . digito de controle: para os sistemas mecanizados, é necesséria a cria- do de um digito de controle para assegurar confiabilidade de identifi- cacdo pelo programa. O sistema de codificagiio selecionado deve possuir as seguintes caracteris- ticas: a, expansivo: o sistema deve possuir espaco para a insergéo de novos itens para a ampliacio de determinada classificacdo; b. preciso: o sistema deve permitir somente um cédigo para cada mate- tial; ¢. conciso: o sistema deve possuir o minimo possivel de digitos para defi- nigdo dos cédigos; a. conveniente: o sistema deve ser facilmente compreendido e de facil aplicagio; e. simples: o sistema deve ser de facil utilizacao. A seguir, os sistemas de codificagio relacionados serio analisados: a. codificacio decimal; b. ce codificacdo do FSC (Federal Supply Classification); codificagao da CSSF (Chambre Syndicate de la Sidérurgie Francaise). 3.1 Codificacao decimal Esse ripo de codificagéo divide 0 universo dos materiais em grandes gru- pos, de acordo com o campo de emprego, numerando-os de 01 a 99. Os grupos sao, por sua vez, divididos em subclasses (por tipo de equipamento ou tipo de mate- rial}, numerando-os de 001 a 999. Finalmente, reserva-se a ultima seqiiéncia de tr€s digitos (001 a 999) para identificar o item em sua subclasse. Exemplo: para o Rolamento SKF 6303-27, de 17 x47 x 14mm, vamos esti- pular que a classe do rolamento seja 59, a subbclasse para rolamento fixo de uma carreira de esferas seja 001 e o ntimero identificador desse rolamento na subclasse seja 194. Assim, o cddigo do rolamento em pauta serd 59.001.194. aR NEAT EDEL ny 96 ADMINsRAGAO DE MATeRIAIS 3.2 Federal Supply Classification (FSC) Em face dos problemas deparados com o suprimento de materiais durante a Segunda Guerra Mundial, o Federal Supply foi criado apés o conilito pele Depar- tamento de Defesa e pela Administracdo dos Servicos Gerais dos Estados Unidos, para estabelecer e manter um sistema uniforme de codificagao, identificagao e ca- talogacdo de materiais sob o controle dos Departamentos Governamentais, O FSC classifica, descreve e numera uniformemente todos os itens de suprimento, de modo que possam ser identificados em qualquer lugar do mundo onde os érgios do governo dos EUA atuam, sendo sua amplitude universal, de estrutura simples e flexivel, permitindo seu emprego em grandes empresas com as devidas adapta- goes. Por meio de ampla divulgago, 0 governo dos BUA permite a utilizacao do FSC por outros paises. Sua estrutura é composta por 11 digitos, conforme demonstra a Figura 4.1, assim identificados: a, mtimero de classe (NC), com quatro digitos, sendo que os dois primei- ros reptesentam os grupos de materiais, conforme disposto na Figura 4.2; os quatro digitos definem a classe do material, conforme disposto na Figura 4.3; b. miimero de identificagdo (NI), com sete digitos, seqtiencial dentro da classe e codificado por um nico érgao da Defense Logistics Services Center, podendo ainda ser subdivididos em dois grupos: 1. 08 trés primeiros digitos podem indicar a unidade de aplicacio do ma- terial ou a regifio em que o mesmo seré utilizado; 2, 08 quatro wltimos digitos indicam a seqiiéncia de cadastramento do material, podendo ser geral ou especifico da drea de utilizacéo; c. odécimo segundo digito serd o digito verificador. [> Grupo de Material 0 0 0060000 ‘> asse de Material ~—> Nimero identificador (Seqiiencial dentro da classe) Figura 4.1 Disposigiio dos digitos no FSC. copinicachs 97 47 | Tubos, mangueiras e conexdos 48 | valvulas Ey Ferramenins manuais 52_ | Insrumeatas de medicio 53_| Ferragens, abrasives e materiais pore vedacéio 55 | Mateirs, exuotrias,conponsodese felheados 58 | Eqvipamentos de comunieugio 59 | Componentes de equipamentos eléiricas e eletranicos 61 | Matoriats & equipamentos para geracio e distribuico de energic elétricn 62 | _Limpadus e aparelhas de fuminactio 63_| tqupumentos de sinaizacioe dlarme Figura 4.2. Exemplos de grupos de materiais. 58 —Equipamentos de comunicacao 5805 | Acessirios « oquiparnentas telefinics etelegraticos 53895 | Acssérinse equipamentos para grovacio e reproducio de som 59 — Componentes ¢equipamentoseleicsw lericos 5905 | Resistores 5910 | Capacitores 5915 | Filiros e redes 5920 | Fusiveis e para-raios 5925 | Disjntores 5930_| Chaves, ntrruptorese conectreseltricos 5940 | Terminais elatricas 5945 | Relés, contatores e solendiles 5950 | Bobinus e transformadores. 5960 | ¥alvolas eletronicas, tronsistores e crstos refficadores 5970 | Isoladores elétricas e moferiais isolantes 5075 | Ferragens orgos pura cetriidode 5977 | Escovus de contato e eletrodas 5985 | Anienas, antenas drecionaise equipamentos correfotos 5999 | Componentes diversos elétricas e eletrdnicos Figura 4.3 Exemplos de classes de materiais. 98 — apamustnacho De MATERIAIS Com pequenas adaptagdes, o FSC ¢ adotado no Brasil por diversas empre- sas ¢ instituigdes do governo, dente as quais destacam-se: Petrobras, Companhia Sidertirgica Nacional (CSN), Ministério da Marinha e Ministério da Aerondutica. 3.3 Chambre Syndicale de la Sidérurgie Frangaise (CSSF) O sistema de codificagao francés emprega 8 digitos e considera uma anéli- se mista. Foi utilizado por longo tempo na Companhia Sidenirgica Paulista, com excelentes resultados. Para stia aplicagao, é necessério adotar-se outra forma de classificagdo, ainda propositadamente nfo ventilada, qual seja a subdivisao de ma- teriais em normalizados ¢ especificos. 3.3.1 MATERIAIS NORMALIZADOS. ‘Trata-se de materiais, quer sejam mecinicos, elétricos, eletrénicos ou de instrumentacdo, comuns a todas as maquinas e equipamentos; portanto, fabrica- dos em série e encontrados normalmente a venda. Exemplos: a. demateriais: rolamentos retentores, gaxctas, anéis de vedacdo, correias em V, parafusos, contrapinos, rebites, motores, relés, Kimpadas, cabos elétricos, transistores, disjuntores, capacitores etc.; b. de cédigo: 36.131.061, como clucidagéo na Figura 4.5. 3.3.2. MATERIAIS ESPECIFICOS Trata-se de material préprio de determinada méquina ou equipamento, sem aplicabilidade em outra qualquer. Sua codificacio sempre é iniciada pelo digi 8, Exemplos: 1. bocal da langa de oxigénio da Aciaria; 2. cilindros de trabalho de laminadores; ba line-shafts (eixo—drvores) de laminagio; 4, algaravizes de alto-forno; 5. 80.104.040, com elucidacdo na Figura 4.7. copimicacio 99 A Figura 4.4 demonstra o significado do primeiro digito: 0 | Produtos de ompresa Produlas do empresa Produtos do empresa Motérias-primes e materinis secundérios Orgdios constituintes de montagem Transmissdo de fluido e eletricdade Ferromentas e utenslios yey Sobresolentes par veiclus © maquings posadus Sabressaleiesespecias mesos 9 | Outras Figura 4.4 Significado do primeiro digito no eddigo francés. Para a definitiva compreensao do cédigo francés, ainda ¢ necessério o en- tendimento dos dois primeiros digitos de material normalizado ¢ do segundo gru- po de digitos de material especifico, adiante do 8 j4 identificado, como demonstra- do nas Figuras 4.5, 4.6, 4.7 e 4.8. eet AD open we 3.6 13 1 9 6 1 1° Grupamento 2° Grupamento 3 Grupamento Grupomento. Digitos Correspordentes Identificarao r 36 Grupo do material, e 131 Classes de material pertencentes a familia do grupo, e 061 Nmero de identificagdo do material, seqiencial dentro da dusse, Figura 4.5 Montagem da codificacdo de materiais normalizados. fundacao Educacional Murticioal da Estincia Turistica de Ibitine 100) amausraacio Ds maTeRius Cine Descricéo 304203044 | Metais brutos 30.450 30.47 | Ligusmetéicasbrotas 30.48 Sucatas metélices brutas 3075 Matetiais diversos pore modelogem de fundicio 22 Tubos mecinicos 31.22 Agos edondas SAE-1020, 1030, 1035, 1049, 1045, 1050 3.8 ‘cos para concreto 3131 ‘cos qundrados SAE-1020, 1030, 1040, 1045, 1050, 1060 31.33 os sextavados SAE 1020, 1035, 1040, 1045, 1060, 1080 3141 0.31.46 | Acoschatos SAE-1020, 1045, 6150 31.50.031.54 | Perfildos 317403179 | thapasde ogo ~ 61.61 061.85 | Morrelas, mareles, pontsiros 61.89 Ferramentas de marcar e gravar, sobressolentas e acessérios 82.21 0 63.67 | Ferromentas de corte, wsinager, abrcsves inserts de widia 64.67 065.33 | Porto-i, porla-bedome, portaferramenic, mands p/tornos 65.61 0 66.54 | Ferrorentas manuis diversas Figura 4.6 Identificagao do 2 e 3° grupamentos de digitos da codificagdo normali- zada (parcial) 8 o. 4 o 4 -o 4 0 1° Grupamento 2 Grupamento ° Grupamento 4 Gropamento Gropamento | Digitos Correspondentes Identificacio v a Sobressolente ospacifco mecinco,canforme visto na Figura 4.4, z o Indica o equipamento,Forcrn extras da PO (Purchase Order), con- forme o Figura 4.8, a seguir, x 0 ladica o méquina ou conjunto de méquinas do equipamento, Forum cexitcidos do itam da PO. # 040 Rimaro de idenificcio da pera ou conjunto,seqiendal dentro da ‘mdquine ou conjunta de méquinas. No case de pegas, 0 nomeruco se- gue em ardam cescantew pert de 001, e no de conjuntos, segue em ordem decescarte 1 partir de 999. Figura 4.7 Montagem da codificagdo de materiais especificas copmicagso 101 Digito Wentificayao O1 | Lominador de tras a fio w | 92 Lominador desbostodor 03 __| Lominadar de chapas grossose ina de acobamento ot 05 | Estripodor de lingotes 06 | Fornos poco 07 | Formos de recozimento n° | 08 | Lominudor de encruamenton oy Laminador de acabamento de babinas a quente 10 | Linhn de decapager continua a? 1 ul stages de comprossores de ar fixos e redes de distribuige 72 | Laminador de tras a quente 1 B Fornos de reaquecimento de glacas, pitios de placos e escarfagem 14__| Pontes rolantes 15 nha de tesouras a frie o® 1 16 Pontes rolantes " Pontos rolantes iB Formos de renquecimento de placas ¢ patio de placas 19. | Lominador de chapas grossas 20__| Linha de accbementoe patio de embarque 21 | Troiamenta térmico © presses parclalas 2 23 __| Linh de tesnuras « quente 4 B % Estruturas de pontes relontes isaledus a a uo 30 | Oficinos eletins 31_| bficnas mecanicus 102 © apsiisrragao Dy MareRiAs Digito Identificagaio B 4 35 | Usina de subprodutas 36 | Pitioe manuseio de carvdo ecoque 37__ | Coquerian® 1 @ usin de subprodutos 38__ | Goquerian?2 39 | Turbo sopredor 0? 1 40 | Linha de decopogem continuo n®2 1 | Alto-forno n*1 42 AMaquinas de moldar gusa e quebrador de cascao 43 | Cosu de forea nt] 4 Transferidor de bobinas 45__| Turbo sopradorn? 2 46 | Fabrica de oxigénio a 48 | Acioia nt 49 Pontes rolontes 50 | Sinterizagio n° 1 S1__| Sinterizagio n? 2 32 Alto-forna n® 2 53. | Pltio e manuselo de corvdo e coque ut 2 54 | Polio de minéros n° T 35 Calinucia n? 1 56 | Cosns de bombo, pocos de corepa 37 __| Fundigio 5B Formos de recozimento n° 2, transfaridores de bobinas e dessulurizagio 59 | Fabrica de refratirios 60 | Sinterizagion?®3 81__| Torres de ciculucia e resrigmento de dgua 62__| Linhas de inspecio de bobinas 5 64 | Linhade tesouras a fio nt 2 conmicacko 103 Digito Udentificasao 6B ficinas de clindros 70 | stories elevaérins de agus pluviais e de esgoto 7 ‘Maquinas pesadns (guindastes, empilhadeiras, trateres) 72 | Tronsporte ferrovitrio (equipomento de transporte) 15 Estucio de trotamente de agua ¢ elevatoria de agua tratada 80 | Porte descrregadores de navio 81 | Ponies rolantes a EstagGes recebedoras, distribuidoras ¢ subestacies Figura 4.8 Identificagdo do 2° grupamento de digitos da codificacdo especifica da Cosipa. 4 APLICAGAO PRATICA - MONTAGEM DE UM PLANO DE CODIFICAGAO ‘Torna-se oportuno demonstrar por meio de exemplo real a elaboragao do Plano de Codificacdo, que, como jd foi visto, é a chave para a decodificagao de ma- teriais. Em face do entendimento dos produtos existentes, selecionamos, para a demonstracdo em pauta, uma empresa do ramo de farmacia, adotando um siste- ma de codificacéo composto por trés grupamentos de digitos, a saber: a canyy HEMT FY 104 = ApMaNIsTRAGAD DE MATERIA'S a, 1° grupamento: grupo; >. 28 grupamento: classe; ¢. 3° grupamento: descrigao efetiva do material. Definidas as preliminares, seguem-se as trés etapas de elaboragiio: a. 1 etapa: identificar os grupos de materiais da empresa; b, 2* etapa: identificar as classes de materiais pertinentes aos grupos jé identificados; c. 3* etapa: identificar por seqiiéncia numérica grupos e classes. Assim, perfeitamente definido, o Plano de Codificagao para Farmacia en- contra-se esquematizado resumidamente na Figura 4.9. Grupo Destrigio do grupo Casse Descricio da dasse 15 Amicacina 85 | Ambitions de use ssi | Anoxiina 25_[ Ampiclina 30 | cefezana 35 | Uso dermataligico 86 Antibidticos de uso topico 40 Uso uftalnatogico 45 | Uso otorinoloringolgica 10 | Acido acatlsoitico 15 _| Acido mefendinica 87 | Analgésices 20 | Diprana B | Morfina 30 Nac hormonais 35__| Asi lenig 88 | Antinflamatri inflamatbrios 40 | Faumnacs espeiais 45 | Uso oftohlagico 50__| Acido naidixo $5__|_Nitrofurontcina 40 | Toozitico 65 | Divrtios de oko 39 | Anfibacterianos 30} Diurétcos copmicagko 105 Grupo Descrigio do grupo Classe Descri¢ao da dasse 10 _| Insolina hurnana 51 | Harménios 15 | Insuine bovina 20 _ | NPH-Udo-UB0 10} itoring A so | Yrorinas 15__| Comploxa 8 20 _| Vitonina C 25 | Vitoming E 30__| Algodio 35 | Sporadrupa 93 | Primeitos socorros 40 | Gases, compressus, caduras 45 | Seringase agulhus 50_| Sores e hidvuntes 55 | Xampu 60__ | Sobonete 94 | Higiene pessoal 65 | come denal 70_| Absorventes higidnicas 75_| Perfumes 80 | Baton 95. | Perfumaia 85 | Esmaltes 90 | Moquiagem 95, Tintura 00 | Alzadores¢ permanontss 10] Mamadeira oe 15 | Chupeta 9h) Arfges infants m0 | Fras 25 _| Mordedores 97__| Medicarmentos contrludas 99 | Psicotipicos 10 Produtos dietticas 98} Artigas diversos 15 | thas ¢ infusties 20 | Agua mineral Figura 4.9 Plano de codificago para farmédcia (resumido). 106) Absiisreaco DE MATERIAIS 5 QUESTOES E EXERCICIOS 1. Quala utilidade da codificagéio de materiais? 2. Elaborar Plano de Codificagao para empresa do ramo de supermereados, FUNDAMENTOS DO GERENCIAMENTO DE ESTOQUES mA importdncia do gerenciamento de estoques @ Razées fundamentais para a existéncia de estoques ™@ Formacéo dos estoques lf Sistemas auxiliares no gerenciamento de estoques ™ Problema da obsolescéncia 1. CONSIDERAGOES INICIAIS Fungio do sistema de administracdo de materiais, o gerenciamento de es- toques reflete quantitativamente os resultados obtidos pela empresa ao longo do exercicio financeiro, o que, por isso mesmo, tende a ter sua agao concentrada na aplicagdo de instrumentos gerenciais baseados em técnicas que permitam a avalia- co sistemdtica dos processos utilizados paraalcangar as metas desejadas. Em con- seqiiéncia, podemos afirmar que, manter em niveis economicamente satisfatérios o atendimento as necessidades em material de qualquer empresa constitui seu mais amplo objetivo. 108 apMivistragao pe mareris ‘Um dos primeiros livros que se conhece tratando especialmente de proble- mas de estoqve foi publicado por George Becquart, na Franga, em 1939. Alguns autores atribuem o sucesso inicial da Alemanha na Segunda Guerra Mundial a seu Perfeito sistema de abastecimento das tropas em todas as frentes. © boon tecnolégi- co do pés-guerra gerou a necessidade de uma evoluciio crescente e nos tiltimos 40 anos tem sido acumulado em considerdvel conjunto de técnicas ¢ procedimentos. No Brasil, os primeixos estudos sobre a moderna teoria de gerenciamento de estoques so da década de 50 ¢ de lA até hoje muito tem sido feito, com resulta dos satisfatérios. Quando as caracteristicas fisicas e os detalhes de comportamento do esto- que sao conhecidos, em geral, pode-se tratar e formulara demandae o suprimento Por meio de modelos estatisticos reconheciveis. Nesse enfoque, pode-se progra- mar o custo de manter-se ou de recompor-se o estoque, considerando-se, ao mes- mo tempo, os custos de aquisicao, da posse e da falta de estoques para suprir os consumidores, a fim de atingir as metas que maximizem os lucros ou beneficios, Assim, em qualquer empresa, os estoques representam componente extre- mamente significativo, seja sob aspectos econdmico-financeiros ou operacionais criticos. Nas empresas industriais ou comerciais, os materiais concortem, quase sempre, com mais de 50% do custo do produto vendido, o que faz com que os re- cursos financeiros alocados a estoques devam ser empregados sob a forma mais ta- cional possivel. Por outro lado, nas empresas tipicas de prestacdo de servicos publicos, como eletricidade, agua e g4s, por exemplo, ou de servicos em geral, nfo ha parti. cipacao maior dos materiais em relagiio ao custo do servigo produzido; porém, a confiabilidade ¢ a qualidade desses mesmos servicos dependem, em muito, dos su- primentos de materiais para manuten¢ao, teparo ¢ operacdo. O planejamento eo controle dos estoques representam, portanto, fatores ponderdveis para a confiabi- lidade operacional dessas empresas. Por ser uma atividade intermediaria, vital para o processo industrial, 0 ge- renciamento de estoques sofreu forte impacto de mudancas, tendo como conse- qiiéncia a necessidade de estruturar-se convenientemente. Durante os ultimos anos, desenvolveram-se ¢ acumularam-se experiéncias em grande variedade de si- tages, por meio de técnicas especiais, como Pert-CPM, programacio linear, reo- tia das filas, técnicas de simulacdo e outras, as quais +€m sido de considerdvel aju- da na resolucao de problemas que afligem o getenciamento de estoques. Para enriquecer 0 exposto, apresentamos a Figura 5.1, que revela a ampli- tude da gestéia de estoques. FUNDAMENTOS DO GERENCIAMENYO DE EsTOQUES 109 PRINCIPAIS ATIVIDADES DE GESTAO DE ESTOQUES Clessifcocdio ABC Comportamento dodemanda Custos Inventaria fisico L Panes de GESTAO DE ESTOQUES Seamento Reposicin Coniahilizacéo Método de conirale Indicadores Gerencivis Figura 5.1 Principais atividades de gestdo de estoques. 2 DEFINIGOES IMPORTANTES Para pleno entendimento, ¢ oportimo emitirmos os conceitos adotados para estoque, consumo e demanda. 2.1 Estoque Qalcance do termo estoque é muito elAstico. Do ponto de vista mais tradi- cional, podemos considerd-lo como representativo de matérias-primas, produtos semi-acabados, componentes para montagem, sobressalentes, produtos acaba- dos, materiais administrativos e suprimentos variados. Nas organizagdes mais atipicas quanto ao ponto de vista da producio ou comercializacdo, estoque poderd adquirir outros significados, como estoque de li- vyros, de dinheiro em banco, de professores, de consultores e assim por diante. Considerando-se o exposto anteriormente, pode-se definir estoque assim: a. materiais, mercadorias ou produtos acumulados para utilizagio poste- rior, de modo a permitir o atendimento regular das necessidades dos 110) AbMiNIsTRAGAG DE MATERIALS usuarios para a continuidade das atividades da empresa, sendo o esto- que gerado, consegiientemente, pela impossibilidade de prever-se a demanda com exatidéo; ou b. reserva para ser utilizada em tempo oportuno. 2.2 Consumo Quantidade de material requerido para o atendimento das necessidades de produgio e de comercializagao, relacionada a determinada unidade de tempo. Assim, conforme o ritmo em que se processa a utilizagdo, pode-se classificar o con. sumo da seguinte forma: 2.2.1 CONSUMO REGULAR Caracteriza-se por materiais utilizados significativamente, em quantidades de pequena variacfio entre sucessivos intervalos de tempo constantes. Nessas condi- es, materiais com comportamento regular, dependendo da situagio, podem pas- sar a ter consumo crescente ou decrescente, conforme demonstra a Figura 5.2. Quontidade 4 poo a Distribute horizontal Tempo Figura 5.2 Demonstragéo grdfica de consumo regular. 2.2.1.1 Consumo com tendéncia crescente Garacteriza-se pelo crescimento vegetative da utilizagdo de materiais, de forma crescente e ordenada, conforme demonstra a Figura 5.3. FUNDAMENTOS D0 GERENCIAMENTO DEEsTOQUES 111 ‘Quantidade + aa LCs 0 Dianbugée com fendéncic(xescote) Tempo Figura 5.3 Demonstragéio grdfica de consumo com tendéncia crescente. = 2.2.1.2 Consumo com tendéncia decrescente 2 Caracteriza-se pelo decréscimo da utilizag4o, anteriormente definida e perfeitamente regular, sendo seu comportamente inverso a0 demonstrado grafi- % 2 camente na Figura 5.3. 1 { 2.2.2 CONSUMO IRREGULAR Caracteriza-se por materiais utilizados em quantidades aleatérias, por meio de grande variagao entze sucessivos intervalos de tempo, conforme demons- tra a Figura 5.4. ontidade 5 4 4 z 1 o 123 45 67 8 Disribuitéo clear, Tempo Figura 5.4 Demonstragio grdfica de consumo irregular. 1120 Apwisvxacko DEMaTEaIAS 2.2.3 GONSUMO SAZONAL Caracteriza-se por padriio repetitivo de demanda, que apresenta alguns periodos de consideravel elevagiio em determinado periodo. 2.3 Demanda A demanda caracteriza intencéio de consumo e tem 0 objetivo basico de fazer previsdes, levando-se em consideracao dois aspectos relevantes, quais se- Jam sua evolugio histérica e seus afastamentos, que podem ser identificados analisando-se tipos de fungSes (distribuigdes) da prépria demanda. 2.4 Previsiéo da demanda Gomo nao poderia deixar de ser, a previsdo da demanda & de comperéncia do usuério, quando o-material sera adquirido pela primeira vez. Normatmente, essa primeira previsio ¢ fixada por estimativa, estando sujeita a distorodes pela falta de dados anteriores que o auxiliem a prever com exatidao. Apésa ocorréncia de movimentacao do estoque, a reposigdo passa a ser au- tomatica, com base nos dados de consumo, prazo de aquisi¢do e demais indices de classificagao, objeto do Capitulo 2. 3 INCLUSAO DE ITENS NO ESTOQUE A previsiio de demanda deve ser elaborada pelo usuario, por meio do for- mulitio Proposta de inclusdo de material no estoque, demonstrado na Figura 5.5, €M que sao fornecidos os elementos necessarios A perfeita identificacdo do mate. Tial e, conseqiientemente, A gestiio eficaz do estoque. Alguns cuidados devem ser observados no processamento e conseqiiente cadastramento de novos materiais no estoque, tanto da parte do usuario como da gestao. FUNDAMENTOS DO GERENCIAMENTO DE ESTOQUES, 113 {logomarca da PEDIDE DE INCLUSAO DE Dat empresn} MATERIAL NO ESTOQUE Grgii solcitante Contro de custo i Informacies sobre a soiiasda Implantgéo Aleragio Cencelanento | Alienar ea a eel Informagées do material Gatigo | Un. ] QL] X | ¥ | Z| Matvil citco | Recondiconar | Andlisar | Coeficiente de roca Informasées sobre a.ccta Timestal Somestral Anuel Bienal Quontidade Data de utlizaio Consumo estimoda Period de consumo Aplcacio do snaterial Expecicogio Jusificativa da solicitagio Preparado por Aprovado por Figura 5.5 Proposta de incluso de material no estoque. 114 = sbMunisrRACAO DE MATERIAIS 3.1 Informagées do usuario © usuario deve fornecer as seguintes informagées, condigao sine qua non para que a gestio exerca suas atribuicoes: especificaco, incluindo-se exigéncias e recomendagées especiais; aplicacéo; classificagbes sugeridas: unidade de compra; quantidade estimada 2ara consumo; valor estimado. peas ge 3.2 Atribuicdes do gerenciamento O érgdo gerenciador procede & andlise da solicitacao considerando os se- guintes aspectos: a. necessidade do material; b. padronizacéo da especificacdo: ce. codificagio; d. fixagdo de niveis de esroque: e. cadastramento do iteri no sistema. 4 SOLICITACAO DE MATERIAIS NAO DE ESTOQUE A aquisigaéo de materiais de consumo eventual, portanto, classificados como nao de estoque, deve sempre ser efetuada por meio da interveniéncia direta do usuario, sempre que se constatar a necessidade, por meio do formulério Pedido de compra, demonstrado na Figura 5.6. Independentemente de as compras que envolvem materiais com tal classi- ficagdo nao serem passiveis de parametros de ressuprimento, pois enquadram-se para aplicagéo imediata ou também. estocagem temporaria, o érgio gestor deve conhecer as necessidades do usudrio neste campo, a fim de questionar a solicita- ¢ao, verificar possibilidade de utilizacdo de similar ¢ identificar a freqiiéncia dos pedidos, visando a andlise da regularidade das solicitagSes, checando o comporta- mento para enquadré-lo como material de estoque, efetuando a mudanga de clas- sificago, se for 0 caso. FUNDAMENTOS DO GERENCIAMENTO DE EsTOQUES «115, Pepino DE Dota Nimero COMPRA svar Prazo da compra Centro de Urgente ant Aplcacio Estocagem Setor ‘usta Hormel | (a. divs) Enmargéncia imediia | temporéria, até Coraceristicas do material Especificagdo resumide a - Mem {Detar esecicaco comglota no vers) Cote Ue | eam Aplcacio Motive da compres Prepare por Aprovade por Figura 5.6 Pedido de compra 5 RAZOES PARA A EXISTENCIA DOS ESTOQUES Amanutencao de estoques requer investimentos e gastos clevados. Evitar sua formacio ou, quando muito, té-los em ntimero reduzido de itens e em quanti- dades minimas, sem que, em contrapartida, aumente o risco de nao ser satisfeita a demanda dos usuarios, consumidores em geral, representa um ideal conflitante com a realidade do dia-a-dia. 116 acumastracie ne mavEniats As principais causas que exigem estoque permanente para o imediato aten- dimento do consumo interno e das vendas nas empresas so: a, necessidade de continuidade operacional; b, incerteza da demanda futura ou de sua variacao ao longo do perfodo de planejamento; c. disponibilidade imediata do material nos fornecedores ¢ cumprimento dos prazos de entrega. ideal seria a inexisténcia de estoques, & medida que fosse possfvel aten- der ao usudrio no momento em que ocorressem as demandas. Entretanto, na prati- ca isso nio acontece, tornando imperativa a existéncia de um nivel de estoques que sirva de amortecedor entre os mercados supridor e consumidor, a fim de que os consumidores possam ser plena e sistematicamente atendidos. Existem alguns procedimentos, como veremos posteriormente nos Capitu- los 7 € 10, que podem ser empregados com o objetivo de transferir, sempre que possivel, os custos de estocagem para o fornecedor. O procedimento mais utilizado €é a aquisi¢do por meio da contratagio em aberto que, ao ser empregada, reduz os custos administrativos da compra eo custo de manutenc‘io dos estoques, contrata- cdo esta definida na estipulacdo prévia da quantidade ou valor e do prazo de vali- dade do conirato. Para concluir, podemos alinhar, entre outras, as seguintes razGes para a existéncia dos estoques: a. impossibilidade de ter-se os materiais em m4os na ocasiao em que as demandas ocorrem; b._ beneficio obtido em fungao das variagées dos custos unitarios (esta ra- zo torna-se altamente significativa em economias inflaciondrias, quando a manutengao de elevados estoques de materiais estratégicos poderd, até determinado limite, beneficiar o detentor); c. reducdo da freqiiéncia dos contatos com o mercado externo, que mui- tas vezes ¢ prejudicial & atuacdo formal do érgao comprador: d. seguranca contra os riseos de produciio do mercado fornecedor. 6 NATUREZA DOS ESTOQUES Pode-se classificar, conforme jé foi visto no Capitulo 2, os materiais que compéem 0 estoque sob varios aspectos. No entanto, a classificagao de materiais FUNDAMENTOS DO GERENCIAMENTO DE RSOQUES = 117° quanto a aplicaciio, em, materiais produtivos e improdutives, auxilia a politica de formagiio de estoques. Entéo, para subsidiar o gerenciamento, os estoques t@m sua natureza com- preendida em materiais produtivos ¢ improdutivos. 7 FUNDAMENTOS DA GESTAO Gestio é um conjunto de atividades que visa, por meio das respectivas polt- ticas de estoque, ao pleno atendimento das necessidades da empresa, com a maxi- ma eficiéncia e ao menor custo, através do maior giro possivel para o capital inves- tido em materiais. Assim, seu objetivo fundamental consiste essencialmente na busca do equilibrio entre estoque e consumo, 0 que sera obtido mediante as se- guintes atribuigdes, regras e critérios: a. impedir entrada de materiais desnecessdrios, mantendo em estoque somente os de real necessidade da empresa; b. centralizar as informagées que possibilitem o permanente acompanha- mento e planejamento das atividades de gestao; c. definir os parametros de cada material incorporado ao sistema de ges- to de estoques, determinando niveis de estoque respectivos (maximo, m{nimo e seguranca); d. determinar, para cada material, as quantidades a comprar, por meio dos respectivos lotes econémicos e intervalos de parcelamento; analisar ¢ acompanhar a evolugdio dos estoques da empresa, desenvol- vendo estudos estatisticos a respeito; f, desenvolver e implantar politica de padronizacio de materiais; g._ativar o setor de compras para que as encomendas referentes a mate- riais com variacdo nos consumos tenham suas entregas aceleradas; ou para reprogramar encomendas em andamento, em face das necessida- des da empresa; h. decidir sobre a regularizaco ou néo de materiais entregues além da quantidade permitida, portanto, em excesso; realizar freqiientemente estudos, propondo alienac4o, para que os ma- teriais obsoletos ¢ inserviveis sejam retirados do estoque. any ERR 118 apwaxtstTRAcAo DE MATERTAIS 7.1 Politica de gerenciamento de estoques Entende-se por politica de estoques o conjunto de atos diretivos que esta- belecem, de forma global e especifica, principios, diretrizes e normas relacionados ao gerenciamento. Em qualquer empresa, a preocupagiio da gestio de estoques estd em manter o equilibrio entre as diversas variéveis componentes do sistema, tais como: custos de aquisicao, de estocagem e de distribuicdio; nivel de atendi- mento das necessidades dos usuarios consumidores etc. Logo, gerir estoques economicamente consiste essencialmente na procura da racionalidade e¢ equilibrio com 0 consumo, de tal maneira que: a. as necessidades efetivas de seus consumidores sejam satisfeitas com minimo custo e menor risco de falta posstvel; b. seja assegurada a seus consumidores a continuidade de fornecimento; c. 0 valor obtido pela continuidade de fornecimento deve ser inferior a sua propria falta. A grande dificuldade em selecionar um modelo eficaz de gestio reside principalmente na obtencio de dados corretos que servirao como parametros nas equagdes matematicas. 7.2 Andlise do comportamento de consumo Para acompanhar a evolugiio dos estoques, a fim de manter 0 equilibrio es- toque versus consumo, deve-se continuamente analisar 9 comportamento de con- sumo de materiais da empresa. Assim, o relatorio Materiais com demanda anormal, conforme demonstra a Figura 5.7, deverd conter os materiais com consumo anor- mal, fora dos limites de atualizac&o automatica, 0 qual servird como ponto de par- tida para andlise, utilizando-se as ferramentas disponiveis mencionadas neste li- vro, visando & adequaciio de classificacées e parametros, conforme demonstra a Figura 5.8, Fluxo de andlise do comportamento de consumo. Uma varidivel de considerével importancia na andlise do comportamento de consumo e também de alienacao, objeto do item 11, adiante, é a sensata deci- so de utilizar o material até esgotar, considerando-se que os materiais assim en- quadrados nao podem ser confundidos como obsoletos, pois ainda tém aplicacio, com especificacao perfeitamente adequada. FUNDAMERTOS DO GERENCIAMENTO DE Estoguks = 119 Algumas causas determinam a existéncia de materiais integrantes do gru- po utilizar até esgotar: a. desconhecimento da vida util: o estabelecimento da vida titil resulta do conhecimento a que esto suijeitos os materiais quanto a desgaste, fadi- ga, deterioracio resultante da acdo de agentes agressives, como calor, umidade, poeira, dcidos etc. 0 desconhecimento da vida util colabora para que haja superdimensionamento nos parametros de ressuprimen- to de alguns materiais, tornando, posteriormente, as quantidades ex- cedentes, em supérfluas; b. compra em quantidade além da necesséria: trata-se de compras carac- terizadas pelo excesso de seguranga: ¢, desconhecimente da existéncia de estoque: a especificagao incompleta dificulta a perfeita identificagdo, deficiéncia que faz com que os mate- riais assim dispostos nao sejam utilizados, podendo haver compra in- devida dos mesmos, por meio de outra especificagio e mesmo de outro cédigo; d. compra para aplicacéio imediata: embora adquirides para aplicacaio imediata, alguns materiais podem ser armazenados sob a classificacaio de estocagem temporaria e ficar sem utilizacéo; €. nacionalizacio: materiais importados em via de nacionalizagiio, por- tanto, sem condigdes de reposicéio original, cujos saldos ficam classifi- cados na categoria utilizar até esgotar, até que a substituicao por nacio- nais seja completada. Os materiais assim enquadrados devem ter a reposigo auromética cance- Jada, bem como, sendo o caso, cancelados os processos de compra, porventura, em andamento, Ctigo . ne Demmanda 3 meses anteriores . iq | Unidade | Classificarao — ‘Mas Atul Expectficacio Projefada | Real Figura 5.7 Materiais com demanda anormal. 120) ACMINISTRAGAO Ds MATERIAIS. Neer sob wands, Allrar & espcioio SF conclave ‘Sogtogor dees eal USGA HOMERIC REFERENT AS SIMBOLOS OF DECISAD Veer 5 specie exists éaderonta, Verfars 0 rater é hee deo Verifiable, T Verio dco dos nv esau wi cota, eric rari exam glen Nita ssf & = Verficars noterial de conum ego coving UAE Figura 5.8 Fluxo de andlise do comportamento do consumo. 7.3 Modelos de gerenciamento de estoques Os estoques sao gerenciados por meio de dois modelos fundamentais: a. gerenciamento manual: utilizado em empresas que utilizam controle manual por meio de fichas de prateleira e/ou de controle de estoque; FUNDAMENTOS DO GERENCIAMENTO pe EsToOQUES 121, b. gerenciamento mecanizado: adotado em empresas que utilizam con- tole por meio da informatica. 8 FORMAGAO DOS ESTOQUES Se as entregas das encomendas de compras de materiais fossem instantaneas e ajustadas as necessidades quantitativas e qualitativas das empresas, nao haveria necessidade de formacao de estoques. Assim, entdo, 0 ideal é a inexisténcia de esto- ques, No entanto, na pratica esta situagao é utdpica, motivo pelo qual desenvolve-se cada vez mais a politica de estabelecimento de contratos de compra de longo prazo, assunto a ser abordadonos Capitulos 7 e 10, que permitem maior agilidade nos pro- cedimentos da empresa que compra e atendimento imediato pelos fornecedores. Dessa forma, transfere-se aos fornecedores o encargo da formagiio de estoques. Os problemas do estoque resumem-se 4 questdo fundamental: quanto va- mos consumir? ou quanto vamos vender?, que pode ser equacionada de trés formas: a. palpites; b. programas de producio: c. previsées mateméticas. Descartando-se os palpites, a formagio do estoque estd essencialmente pau- tada nas previses de demanda, que possibilicam estabelecer estimativas futuras de consumo. Por outro fado, conforme abordado no Capitulo 1, item 3.1, o tamanho ea formagao de estoques também depende dos componentes logisticos, em face do custo que os envolve. Embora ndo faca parte do contetido deste livro, é bom, mais uma vez, res- saltar, conforme também aludido no referido Capitulo 1, item 3.2, que a adogéo das modernas técnicas de administragéo japonesas j4 comec¢am a produzirresulta- dos em algumas empresas. Em face dos motivos descritos, a formacdo do estoque, considerando-se nossos sistemas tradicionais, depende de alguns fatores, internos ou externos & propria empresa. 8.1 Influéncias internas As influéncias internas na formagao de estoques sdo representadas por al- guns fatos que propiciam o conflito interno de interesses producdo x materiais x fi- 122, aDMINISTRAGAO DE MATERIAIS nanceiro, os quais podem set contornados com acées administrativas apropriadas. Destacamos, a seguir, alguns dos mais importantes desses fatos: necessidade de espaco para armazenamento; vp possibilidade de deterioracdo do material armazenado; capital. empatado em sua manutencao; variagio das quantidades consumidas; disponibilidade imediata; 2 po tisco de faita que prejudique a producéio, com perda de vendas ou de clientes. 8.2 Influéncias externas As influéncias externas na formacao de estoques sao representadas por al- guns fatas, os quais s40 contornados por meio da insercao de fatores de seguranca nas previsées matemdticas. Destacamos, a seguir, alguns dos mais importantes desses fatos: a seguranca contra riscos de producéo (greves); b. cumprimento dos prazos de entrega (distincia dos fornecedores); ©. disponibilidade de mercado (fomecedor exclusivo, escassez). 9 ACOMPANHAMENTO DE CONSUMO POR MEIO DO SISTEMA DE COTAS Para aprimorar © controle efetive de consumo de matetiais, adota-se a cota, que é a quantidade de material estabelecida pelo usuario para ser consumida em determinado periodo, funcionando como se fosse um fundo de crédito 4 dispo- sicdo do interessado, com utilizacdo regulada por uma série de dispositivos que vaio desde a permissio até o bloqueio, o que leva a afirmar que a falta de disponibi- lidade de cota pode impedir o atendimento do requisitante. Assim, 0 controle de limite maximo requisitével por usuario, principal- mente para determinados materiais especiais, é utilizado com o intuito de se evitar piques de consumo, rotina perfeitamente aplicdvel, conforme é demonstrado na Figura 14.43, FUNDAMENTOS DG GERERCIAMENTO DEEsTOQUES 123. O consumo assim controlado fornece as seguintes anormalidades: a. material sem cota de consumo; b. consumo maior que a cota; ¢. consumo menor que a cota; d. material sem consumo no periodo (da cota); e. ‘ amaterial sem consumo no perfodo anterior (da cota). As Figuras 5.9 ¢ 5.10 refletem e demonstram o controle de consumo exer- cido por meio da cota por parte de cada usuario, ¢ a Figura 5.11 elucida as ferra- mentas para o efetivo controle do drgio gestor. DEMONSTRATHO DE COTAS E Usviria Data CONSUMO DE MATERIA Coigo | Date Salde de ] Consume dines | reco espocfarin |! | Importincia | iiaraa | OM | coin T2meses | unig | er total Figura 5.9 Demonstrativo de cotas e consumo de materiais por usudrio. AHORMALIDADES DE CONSUMO. Usuério Dota DE MATERAIS Cig ospocicacin Un, | Importing | pa de utizecie | Comm | Anrmelidade no operaional pevndo Figura 5.10 Anormalidades de consumo de materiais por usudrio. 124 = aDMINISTRAGAO Ds MATERIAIS ‘DEMONSTRATIVG DE.COTAS E ANORMALIDADES NO Usvario Onto CONSUMO DE MATERIAIS Codigo | un. | | mp | 4 | Gaia | Sebo decom | €sHm012 | Anormaliads especificactio uiilizagio meses no periodo Figura 5.11 Demonstrativo de cotas e anormatidades no consumo de materiais. 10 MATERIAIS SUJEITOS A RECONDICIONAMENTO Qualquer que seja a metodologia empregada, a gestiio de estoques, em ul. tima andlise, recai numa funcio iaerente que é a da reposigdo. Nas empresas que adotam modelos mateméticos paca gerir automaticamente o ressuprimento, por- tanto, com grande massa de itens, figuras como a do recondicionamento, cnvol- vendo controles especiais, tornam-se importantes dispositivos de gerenciamento, na prevencdo de compras indevicas. O modelo de gestaio dos materiais classificados como sujeitos a recondicio- namento esta fundamentado em suas respectivas caracteristicas biunivocas, qual seja: “Para toda quantidade de material dessa natureza retirada do Almoxarifado, deve haver uma outra, correspondente do mesmo material, jd usado, disponivel ¢ sujeita & recuperacao para reposigao.” A possibilidade de recuperacao permite reducio de custos e prazos de re- posigdo menores. O recondicionamento € recomendavel para materiais de valor de aquisigio significativos, quando vidvel econémica ¢ tecnicamente. A decisao é sempre oriunda de uma peritagem. por técnicos que iro diagnosticar a convenién- cia ou nao da recuperacao. FUNDAMENTOS DO GERENCIAMENTO TE ESTOQUES 125 10.1 Sistema de recondicionamento O modelo de gestio adotado para materiais sujeitos a recondicionamento implica esquema funcional com as seguintes caracteristicas: a. os usuarios ¢ fornecedores so co-responsdveis no processo de recupe- rac&o e, portanto, na reposicio do material; b. a gesto assume o controle no proceso eo papel de cobradora do ma- terial a recondicionar. As unidades envolvidas, usudrios e fornecedores, so igualmente res- ponsdveis no processo de ressuprimento, pois os primeiros detém a posse do material a ser entregue para recuperac&o para entrega no fornecedor e os se- gundos assumem 0 servico de recondicionamento e, portanto, a entrega do ma- terial recuperado ao estoque. A gestio assume a administracdo do processo, con- trolando os prazos de entrega estabetecidos, gerando informagées gerenciais e de controle do processo e ativando as entregas do material com os respectivos fornecedores. O modelo tem infeio, conforme demonstra a Figura 5.12, Fluxo de recondi- cionamento, com a geracao, a partir da requisi¢fio de material, da ordem de recon- dicionamento, que, encaminhada zo usuario, serve, inclusive, como lembrete para as providéncias necessérias. A Ordem de Recondicionamento emitida, conforme demonstrado na Figura §.13, participa os dados pertinentes ao material e soticita as informagées necessérias & realimentago do sistema para controle do processo. Paralelamente, é alimentado o arquivo de informacdes que gera os relatérios do proceso. Os relatérios do sistema, conforme demonstram as Figuras 5.14 e 5.15, controlam: a. aposse do material, pela unidade requisitante, aguardando providén- cias cabiveis de recuperagdo e envio ao fornecedor; b. a posse do material em recondicionamento nos fornecedores; as pendancias dos fornecedores; d._prazos vencidos ¢ a vencer. 126 © ADMINIsTAACAO DE MATERIAIS. Usvirio I< Almoxaifads Frovedimantos apace? : conform Fa referent Mave Figure 14.46 recandicionaco. S Sistema gera OR oR Uauéria ie Matesial p/ Hlotun sustivicao oR recontconar ¢ atrial Roconicann Formcaar tei Siroxaiads >» oR : (ee ilze pocedienios expats de |, | Provesuseuttdes recebimera confor Cafu 13 rw sistema Figura 5.12 Fluxo de recondicionamento. FUNDAMENTOS 00 GERENCIAMENTS DE esTOQuES = 127 ROEM DE . . RECONDICIONAMENTO r Data de emisco Usuiro Informayes de requ de material Seto Cento de caso Wien Data Quorn Céaiyo | Anlieato Espo Motivo do substituicao do matorial — A sor descrito pele usuario Reade da parton Decisite da peritagem Recondicionar Sucatar Comprar Poracer do go iste subro ncssidad de Comprar Aprovado po Usuito Pattagem rgaa Gestor Setr de compes Data Dea Data Dota Assinoturas Figura 5.13 Ordem de recondicionamento. 128 — AdMINISTRAGAO DE MATERIAIS ‘CARTEIRA DE RECONDICIONAMERTO. Dato PENDENCLA DE FORNECEDORES Fornecedor ! Rint | Q | ORs Dota da OR Data recuperagao igo do fornecedor Gitigo noirial | Eecticagio Resume do relatérie — Quantidades de ORs aac ct Voncidus de 31.0 Yencidas ha mais a Avener Vencidas até 30 dios 60 dias ‘de 60 dias Total da carteira Figura 5.14 Relatério pendéncia de fornecedores — carteira de recondicionamento, ‘CARTEIRA DE RECONDICIONAMENTO Dato AIINACAO DE FORNECEDORES igo do “haa ; ; Data material Expecificagtio Un. RM numero. Q OR niimero recuperatio Fomecedor Ordens de recondicionamento a vencer Ordens de recondicionamento vencidas hi 30 dios. Ordens de recondicionamento vencidas de 31 a 60 dias Ordens de recondicionamento vencidas ha mais da 60 dias Compras oriundas de sueatamento Data de Codon | tspecticrdo | Un OR nt | CAFR | Formecedor | sntrena material Figura 5.15 Ativacdio de fornecedores ~ carteira de recondicionamento. FUNDAMENTOS DO GaRENCIAMENTO DE EsTOQUES 129 10.2 Varidveis do sistema de recondicionamento Como depreende-se, a operacionalidade do sistema de recondicionamento extremamente simples e de facil controle em seus casos rotineiros de recuperagio. Porém, ocorrem varidveis no processo que interferem na rotina formal, cujo contro- Ie exige procedimentos particularizados. As varidveis mais significativas so: 10.2.1 MATERIAIS SIMILARES Similares, para efeitos de aplicac4o, s4o os materiais intercambidveis entre si, que se substituem mutuamente. Assim, o sistema deve dispor de wm cadastro de materiais similares entre si, como subsidio para auxiliar os usuarios na utilizacio al- ternativa. A detecgéio de material similar, no momento da troca, implica corregées nos controles, 0 qual deve ser realimentado com a informagao da similaridade. 10.2.2 RECONDICIONAMENTO PARCIAL Determinados servigos de recuperagao podem ser efetuados parcialmente em mais de um fornecedor, ou seja, parte do servico é executada por determinado fornecedor e outra parte por outro, Orecondicionamento parcial, que implica a utilizagao de miltiplos fomne- cedores, implica igualmente correcbes no sistema, que deve ser realimentado com informagées do fornecedor responsdvel para controle da posse e do prazo de en- trega do material. 10.2.3 SUCATAMENTO* DO MATERIAL Como ja vimos, o material sujeito a recondicionamento é objeto de perita- gem, a qual conclui por sua viabilidade, motivo pelo qual quando a recuperagiio desaconselhada, técnica ou economicamente, o sucatamento é proposto. Por ou- tro lado, o sucatamento também pode ocorrer, inclusive, durante a execucao dos servicos de recuperacdo, por fatores no identificados na peritagem. Ocorrendo 0 sucatamento, a reposigao pode ficar comprometida em fun- iio do tempo decorrido. Assim, nos casos em que haja impossibilidade de reposi- iio do estoque por recondicionamento, a aquisicdo fica iminente. Tendo-se em vista viabilizar a reposic4o, em tempo habil, sem comprometer os niveis de esto- que, esses motivos induzem ao estabelecimento de prazos, nas diversas fases do processo, para decisdéo da sucatagem. Embora a pelavra registrada em diciondrio seja sucatagem, a expresso utilizada no meio é suca- tamento, emia veers oy RE aaa wy WEY 1300) ADMINIstaaGAD DE MATERIAIS Nesse contexto, visando a considerdvel ganho de tempo, o processo de compra pode ser acionado por meio da propria ordem de recondicionamento, que adquire, nesses casos, a funcao de pedido de compra, motivo pelo qual, em conse- qiiéncia, a deciséio de sueatamento deve estar sujeita aos niveis de aprovacio com- pativeis aos exigidos para o processo de compra. 10.2.4 SUCATA NOBRE © material em processo de recondicionamento ou sucatamento pode gerar sucata de materiais nobres, como cobre, lato, bronze, aluminio ¢ outros, cuijo con- trole fica configurado em procedimentos especificos a serem analisados no item 11, a seguir, Come vimos, a importincia da recuperacdo é cabalmente evidenciada, principalmente tendo-se em conta evitar compras supériluas ou dispensdveis. 11 OBSOLESCENCIA E ALIENAGAO DE MATERIAIS INSERVIVEIS O ritmo de desenvolvimento, imperativo para as grandes empresas, tem como conseqiiéncia a alienaggo de objetos substituidos pela inovacao tecnoldgica, além da geracdo de uma massa ditada pelo proprio desgaste natural dos materiais utilizados. Assim, a geractio de inserviveis compreende bens méveis, sucatas di- versas, sucatas ferrosas, sucatas de material nobre, materiais usados diversos, ma- teriais obsoletos sem uso, equipamentos, maquinas diversas, vefculos, materiais em estado precério, materiais de pouco valor ete. O descarte de materiais inserviveis, obsoletos e sucatados objetiva: a. eliminar os materiais que nao mais atendam as exigéncias técnicas da empresa; b. desocupar areas de armazenagem; ¢. reduzir os custos de armazenamento; d. reduzir o valor das imobilizagées em materiais. Nesse enfoque, para controlar os materiais considerados como inserviveis, deve-se segreg4-los no estoque por meio dessas denominacées: a. materiais a serem beneficiados; b, sucata; ¢. venda; d. utilizar até esgotar. FUNDAMENTOS D0 GERENCIAMENTO DEESTOQUES 137 11.1 Experiéncia da Cosipa no beneficiamento de materiais Uma forma de promover razoavel economia nas aquisicées é representada pelo beneficiamento de materiais usados, destarte, assim, a compra. Em meados de 1981, a venda em leilo de sucata de fios e cabos de cobre encapado foi suspensa com o objetivo de analisar formas mais econémicas de aproveitamento, nascendo, assim, o beneficiamento externo, modalidade de be- neficiamento de inserviveis e gerador de economia significativa. Destacamos, para ilustrar a modalidade, trés exemplos significativos: a. Recuperagiio de cobre: * material fornecido: fios e cabos de cobre encapado, em retalhos; material a ser recebido: cobre, em lingotes de 20 a 30 kg. b. Transformacio de sucata de platina: * beneficiamento e transformagao de sucata de platina em fios de pt-pt-rh (10% rh) para termopares; © material fornecido: sucata de platina; * material a ser recebido: fio rigido em platina e platina-thodia (10% rh) para confeccéio de termopares, didmetro de 0,5 mm, comprimento de 15.000 mm por embalagem, acondicionado em carretel especial, lacrado em caixa plastica e transparente. c. Servigo de lavagem quimica de trapo beneficiado usado: © material fomecido: trapo beneficiado, usado, impregnado de éleos, graxas, sujeiras e substiincias diversas; «material a serrecebido: trapo beneficiado lavado, limpo, isento'de subst&ncias oleosas e de particulas metdlicas. 11.2 Natureza dos materiais a alienar Alienacio é 0 ato de liberagao, apés a devida andlise, de qualquer material para outras aplicagées, consumo como sucata ou venda, podendo acontecer por ser o material excedente, obsoleto, sucatado ou inservivel. Para melhor entendi- mento, apresentamos as definigdes respectivas. 11.2.1 MATERIAL EXCEDENTE. ‘Trata-se de material cuja quantidade existente em estoque seja superior As necessidades do usudrio. eget, EE 132 pmuvistRacho re MATERIALS 11.2.2. MATERIAL OBSOLETO Trata-se de material que, embora em condigées de utilizagio, nao mais sa- tisfaa, as exigéncias da empresa, pois foi substitufdo por outro. 11.2.3 MATERIAL SUCATADO Trata-se de material deteriorado pelo tempo de uso, sem qualquer outra ‘utilizagao, que ndo apresenta outro valor, sendo o intrinseco de sua composigao. 11.2.4 MATERIAL INSERVIVEL Trata-se de material que, em conseqiiéncia do tempo de utilizacdo, avaria ou deterioracdo, tomna-se intitil ou de recuperacdo técnica e/ou economicamente invidvel. Portanto, em decorréncia das definig6es anteriores, ficam sujeitos a andli- se de obsolescéncia ¢ & conseqiiente alienacdo os seguintes materiais: a, materiais substitufdos por outros e que nde serao mais utilizados em face dos resultados econémicos alcangados com os noves materiais; b. sobressalentes de equipamenios que ndo estéio mais em uso; © materiais ndo mais consumidos pelo usuario tradicional e sem aplica- cdo em outros setores da empresa; d. materiais sem movimentacdo h4 mais de um ano: €. materiais com excesso de estoque em relacéio ao consumo histérico; f. materiais inutilizados por acidentes ou por outras causas; materiais pereciveis com quantidades em estoque acima das necessd- rias, para enfrentar 0 tempo de estocagem; h, materiais no vitais aos equipamentos ou de alto valor e de facil aquisi- sae no mercado. 11.3 Processo de alienacaio Aanilise técnica referente ao proceso de alienacao esté demonstrada na Figura 5.16, Fluxe de alienacao de materiais. FUNDAMENTOS DO GERENGIAMENTO DE ESTOQUES 133 Prepara Formic ‘hater sus Alienagiio da donilise de. Marais obcolescinci, Concclar niveis deesoque I Providencar Altenaaio ] Providenar sagragagaic Frocedinanins especos a eo no Capitulo 20 LEGEADA NUMERIC REERENTE 0S SIMHOLOS DE DEISAD 1. Maral de xesuo regal? 4. Wri ind pod ser iizada? 2. Materia foi substuide por outro de rcnlogic | 5, Hotell esta em excsso ro astoque? sis avonoda? 6. oil em exes &alienével? fins do material importa substi per nacioacl? Figura 5.16 Fluxo de alienagdo de matericis. 134. apvanistaagho oe MATERLUS Os procedimentos fandamentais que envolvem os materiais sujeitos a and- lise de obsolescéncia ¢ passiveis de alienagio so relacionados a seguir. a, Geracéo ¢ emissao de Relatério de materiais sujeitos 4 andlise de obso- lescéncia, conforme demonstra a Figura 5.17, consoante critérios id definidos. Por meio do histérico de consumo, verifica-se a descontinuidade, o que torna o material potencialmente aliendvel. A andlise da descontinuidade de consu- mo conduz a duas alternativas: L O material é de consumo irregular, portanto deve ser mantido em esto- que. 22 O material é aliendvel. Existem outros fatores facilmente identificdveis, como: * material de vida dtil limitada ou deteriorada: * nacionalizagées ou padronizagdes com aplicacdo de similares: © excessos de estoque. Oexcesso de estoque pode ser determinado por meio da seguinte formula: E=saldo— (PR + LEC) onde; F = Excesso; PR Ponto de ressuprimento; LEC = Lote econdmico de compra. Considerando-se 0 exposto, a andlise dos materiais contidos no relatério em pauta poderé redundar em: 12 alienar o material, recomendando sucatar ou vender; 2° manter o material em estoque; 3° alienar o excesso, recomendando sucatar ou vender. b. Emisséo do formuldrio Alienacao de Materiais, conforme demonstra a Figura 5.18, fundamentada nas informacdes do relatorio Materiais su- Jeitos é andlise de obsolescéncia, objeto da Figura 5.17, o qual, apés and- lise criteriosa, permitird, conforme o caso, 2 correspondente decisio de sucatar e vender: a partir desse ponto, os procedimentos referentes 2 segregacao do estoque, controle e venda sio atribuigées do almoxari- fado, conforme assunto a ser abordado no Capitulo 17. ECNDAMENTOS DO GARENCIAMENTO DEESTOQUEs 135 [MATERIAIS SUUEITOS A AALISE Dai DE ORSOLESCENCIA Codigo Dota da Quentidades epectiago |" |" | itinascde Prades | Salo | sfa_| Been Vale Figura 5.17 Materiais sujeitos 4 andlise de obsolescéncia. ALIENACKO DE Nimero Dato ATERIAIS Kodigo Unidode Quantidode Loculizacéo Expetificocio Condizées do material sudo, ‘isedo, ainda om Completo, sem uso Incornpleto Desmontado Sucata recuporvel | condicies de uso Pose 6 dimensBes astimados ‘Material construtivo Informagées referentes 8 compra do material Nomero de AF Dato do AF RS Valor Wotivos da elienarGo Parecertécnio Deis final Preparada por Aprovado por Figura 5.18 Alienacdo de materiais. 136 — ApministRaGao DE MATERIAIS 11.3.1 ALIENAGAO DE MATERIAIS EM ESTOQUE, Os materiais em estoque, considerados excedentes e/ou obsoletos, com decisao de alienagio, serdio baixados do respectivo estoque por meio do formuli- tio Relagdo de materiais inserviveis, conforme demonstra a Figuta 5.19. RELACAO DE MATERIAIS. Hamero Datu INSERVIVEIS ‘tiga Estado do Proco | Obsorvacies Byectcagio Un @ material | Uriério | Total Soma total Justficativa Preparado por Aprovado por Figura 5.19 Relagdo de materiais inserviveis. 11.3.2. ALIENAGAO DE BENS PATRIMONIAIS. Os materiais enquadrados na categoria de Bem patrimonial, considerados excedentes ¢/ou obsoletos, com decisao de alienago, sero baixados do respecti- vo estoque por meio do formuldrio Transferéncia de bem patrimonial, conforme de- monstra a Figura 5.20. TRANSFERENCIA DE Nommero Sota BEM PATRIMONIAL Stor Centra de custo Nimero de patriménio Gotigo Unidad Quantidade Loalizacéo do bem patrimanial Epeciag de bem patimonil Motivo da transferéncia Preporodo por Aprovado por Para uso do Setor de Contubilidede Para uso do Sefor de Patriménio Figura 5.20 Transferéncia de bem patrimonial. FUNDAMENTOS DO GERENCIAMERTO DP FSTOQUES 137 11.3.3 ALIENAGAO DE MATERIAIS FORA DO ESTOQUE a. tratando-se de material obsoieto ou inservivel em poder do usudtio, 0 interessado deverd providenciar a emissao do formulario Devolugao de material, objeto da Figura 13.14. Assim, os procedimentos passam a seguir o fluxo operacional demonstrado na Figura 13.15; a tratando-se de material j4 considerado como sucata em poder do usua- rio, o interessado deverd emitir o formuldrio Relacdo de materiais para sucatar, conforme demonstra a Figura 5.21. RELACAO DE MATERIAIS. Nomero Data PARA SUCATAR Geigo ui Estodo do Preco Observucies oe In, a Especegtc material | aitério | Total Soma total Justificativa Preparado par Aprovado por Figura 5.21 Relagéio de materiais para sucatar. 12 CONTROLES NAS ATIVIDADES DE ADMINISTRAGAO DE. MATERIAIS Controle é a funcio administrativa que consiste em medir e cortigir o de- sempenho de qualquer atividade, visando aos interesses da empresa. Assim, o con- ttole prioriza dois objetivos, quais sejam: corregio e prevengao de falhas, sendo um proceso ciclico € repetitivo, composto por quatro etapas: estabelecimento de padroes; . avaliacdio do desempenho; Bee comparagio do desempenho com o padrio estabelecido; agéo corretiva. A BIOY prone er att 138 ADMINIS RACAO DE MATERIATS No ambito de materiais, respeitando-se a abrangéncia determinada ante- riormente, o controle funciona como um centro de informagdes e processamento de daclos, facilitando a tomada de decisdes, em seus divarsos niveis, planeiando a aquisicao e regulando as atividades de todos os setores. Embora nao haja mengdo nos organogramas apresentados, 0 controle re- Presenta ponto determinante na estrutura organizacional de administracdo de materiais, o qual depende de um sistema eficiente, que deve fornecer, a qualquer momento, as informacdes necessdrias para atuar operacionalmente, tomando de- cisdes e corrigindo desvios e, gerencialmente, para fixacdo de metas e acompanha- mento. Em face da importancia que representa para 0 gerenciamento, a atividade de controlar deve ser atribuigao da gestiio de estoques. Posto isso, e considerando a apresentacdo do modelo de um sistema infor- matizado de controle no Capitulo 18, o qual contempla uma série de relatérios de controle, eabe agora a divulgacao dos principais indices de avaliagdo pertinentes a cada nivel hierérquico apresentado nos organogramas analisados anteriormente. 12.1 Indices de avaliacdo na gestao O gerenciamento da gestéo de estoques é efetuado por meio de técnicas que permitem manter o equilibrio entre estoque e consumo, definindo parametros e niveis de ressuprimento ¢ acompanhando a evolugdo de seus niveis. Assim, os principais pardmetros de controle para esta atividade devem ser: a. rotatividade do estoque; b. indice de cobertura; ¢. materiais sem giro ¢ obsoletas; dd. itens nao movimentados; e, ociosidade do capital aplicado; f. custo de posse do estoque. 12.2 Indices de avaliagiio em compras O gerenciamento de compras é efetuado por meio de procedimentos que permitam suprir as necessidades por meio da aquisi¢ao de materiais ¢/ou servicos, objetivando identificar no mercado as melhores condicSes comerciais e técnicas para a empresa. Assim, os principais parametros de controle para essa atividade devem ser: FUNDAMENTOS 00 GERENGIAMENTO DEESTOQUES 139. avaliagdo da carteira de compras; . quantidade de coletas de prego (planejadas/emergéncia); quantidade de pedidos por fornecedor; controle dos prazos de entrega; itens em compra nao entregues (atrasados); controle por comprador; ems eo ee controle de valores (colocados, ganhos obtidos por negociago). 12.3. indices de avaliacio na armazenagem O gerenciamento do almoxarifado é exercido por meio de procedimentos que visem garantir a fiel guarda dos materiais confiados pela empresa, incluin- do-se em suas atribuicées 0 recebimento, atividade que zela para que os materiais adquiridos reflitam a quantidade estabelecida, na época certa, ao prego contrata- do e na qualidade especificada nas encomendas. Assim, os principais pardmetros de controle para essa atividade devem ser: quantidade de itens recebidos: quantidade de itens inspecionados; a. b. c. quantidade de itens liberados; d. quantidade de itens pendentes no recebimento; &. quantidade de itens devolvidos ao fornecedor, por divergéncia técnica ou por divergéncia de quantidade; f. quantidade de itens requisitados; g. quantidade de itens distribuidos; h. quantidade de itens pendentes de distribuicao; i, quantidade de ajustes de estoque efetuados, negativos e positivos. 13 CUSTOS NAS ATIVIDADES DE ADMINISTRAGAO DE MATERIAIS Da mesma forma que estabelecido para controle e considerando-se a im- portncia que representa para o gerenciamento, a atividade de acompanhar e con- trolar os ctistos oriundos dos varios segmentos que compéem a administragao de materiais também deve ser atribuigao da gestéo de estoques. 140 spwnustaacio pa MaTRRIAIS © material armazenado gera determinados custos, que dependem de algu- mas varidveis, como: a. b. d e f quantidade em estoque; tempo de permanéncia no estoque: méo-de-obra utilizada; encargos sociais; custos indiretos (luz, forga, seguro ¢ outras despesas); depreciacao. Para efeito de compreensio, apresentaremos detalhadamente trés plani- Ihas para determinacdo dos custos de comprar ¢ armazenare a férmula para deter- minar o custo total de administracdo de materiais, demonstradas, respectivamen- te, por meio das Figuras 5.22, 5.23 e 5.24. FUNDAMENTOS DO GERENCIAMENTO DE ESTOQUES 141 13.1 Custo de comprar PLANILHA PARA DETERMINACAO DO CUSTO DE COMPRAR REF. DESCRICAG VALOR RS VALOR 1 | papos 1. Efetivo de gestao: funciondries +, Solio médio mensal ds funconérins do gosto Efetive de compras: Tuncionérios 4. Scltria médio mensal dos funionéros de compras e. Himero média mensal de itens compradas: 2 | VALOR DA MAO-DE-OBRA (fixo} 1. Gost = xi b. Compras: 58S ¢ Bestia + Compras A i. Encacgose eis socvis (1,152 A] e, Valor foal da mo-de-obra(& + d) 8 3 | LUZ, FORCA, SEGURO (fixo} O15x8 4 | DESPESAS GERAIS (vorivel) O15 x8 3 | TOTAL B+2(344) CUSTO DE COMPRAR (CC) « = RS___/TTEW/ANO Figura 5.22 Planitha para determinacdo do ctsto de comprar. yy WRIA ae tty 142 13.2 ADMINISTRAGAG DE MATERIAIS Custo de armazenar HISTORICO VALOR — RS VALOR DADOS a. Efefivo do olmoxarifado: Tunciondrios Solara médio mensol/funcionérios do almoxarifado VALOR DA MAO-DE-OBR& (fixo} a RS. b.Encargos eles sci (1,15 > A} ¢ Valor total da méo-de-obre {a+ b) MATERIA —limpszn, munvlengo etc. (vardvel) 0,20%8 EQUIPAMENTOS — conga transporte (vail) 0308 DEPRECIACAO — Edificose equipamantas de armazenagem (Fixo) __1aX RS — 59 anos x 12 moses Onde: RS = valor dos edificins; 13 = fator para considerar aquipamentos de armazenagem SUBTOTAL (8)-+ (3) + (4) + (5) LUZ, KORCA, SEGURO {fixo) Q15xt DESPESAS GERAIS {varidvel) O15xC TOTAL C+2x{7 +8) CUSTO DE ARMAZEWAR (CA) _ 12x RS = k Onde k ~ quonidade de tans om estogue. RS, /MTEM/ANO Figura 5.23 Planitha para determinagdo do custo de armazenar. FUNDAMENTOS DO GERENCIAMENTO DE usTOQUES «143. 13.3 Custo total cT =CC+ CA = R$ /ITEM/ANO: Figura 5.24 Férmula para cdlculo do custo total de administracdo de materiais. 14 QUESTOES E EXERCICIOS 1. Por que as empresas formam estoques? 2. Esclarecer a condigaio manter equilibrio entre estoque e consumo. 3. Como tratar o problema da obsolescéncia no estoque? 6 SISTEMAS DE GESTAO DE ESTOQUES A problemdtica da gestdo dos estoques ™ Sistemas de gestéo @ Dimensionamento de estoques ® Como repor estoques 1 CONSIDERAGOES INICIAIS Os estoques so recursos ociosos que possuem valor econdmico, os quais Tepresentam um investimento destinado a incrementar as atividades de Produgéo © servir aos clientes. Entretanto, a formagdo de estoques consomie capital de giro, que pode nao estar tendo nenhum retorno do investimento efetuado ©, por outro lado, pode ser necessitado com urgéncia em outro segmento da empresa, motivo pele qual o gerenciamento deve projetar niveis adequados, objetivando manter o equilibrio entre estoque e consumo. O gerenciamento moderno avaliae dimensiona convenientemenie os esto- ques em bases cientificas, substituindo o empirismo por solugdes. Assim, os niveis devem ser revistos e atualizados periddica e constantemente para evitar proble- SISTEMAS DE GESTAO DE ESTOQUES 145 mas provocados pelo crescimento de consumo ou vendas ¢ alteragdes dos tempos de reposigéo. Nesse sentido, convém aliar os conceitos logisticos aos principios que re~ gem o dimensionamento dos niveis de estoque. A intensidade da logistica difere do que muitos ainda acreditam. Nao ¢ apenas a armazenagem, nem ¢ sindnimo de distribuicao, transporte ou movimentagio de cargas. Logistica é 0 processo estra- tégico que gerencia o fluxo de materiais e informagées entre o fornecedor ¢ seu cliente, desde @ aquisic&o da matéria-prima até a entrega do produto acabado no ponto-de-venda, uso ou consumo. Conseqiientemente, o sucesso do gerenciamen- to de materiais nas empresas depende da aplicabilidade dos conceitos logisticos, motivo pelo qual realcamos sua importancia. Aexposigao e esclarecimentos anteriores tornam-se necessétios, em virtu- de da demonstracio detalhada das modernas téenicas de gest4o, objeto do item 7 adiante, as quais levam em consideracdo a logistica integrada & estratégia empre- sarial, 2 PROBLEMATICA DA FORMAGAO DE ESTOQUES Uma das primeiras medidas praticas, validas até hoje, para equacionar a problematica do quanto e quando ressuprir foi a adocdo de procedimentos como grau de controle, tamanho do estoque e quantidades de reposieSo, norteados pe- Jos critérios da classificag¢ao ABC, conforme demonstra a Figura 6.1. ‘Média regisirada nus empresas . Cose Grau de Tamanho} Procedimentos e consténcia oantideds Valor controle §— | da Estoque de repasicéio (edeitos) | (de 85) , 7 i Freqientes, rvisbes A 020% 70-00% Ride ae fares eis 3 30-40% 15-20% Nommai | Moderado Pedidos rors calgum acompankamento Pedidos espacdos, t 40-50% 5.10% Sinpks | Grade | yr Figura 6.1 Ressuprimento em fungdo da classificagdo ABC. No passado, apesar do critério propiciado pela classificacéio ABC, 0 contro- le ea reposicao do estoque realizavam-se manualmente, de forma precaria, pelas informages das Fichas de Controle de Estoque, por meio dos niveis ali consigna- dos, conforme demonstra a Figura 6.2. po Fa 4 eres * 146 — apMNistRagAo DE MATEIAIS FICHIA DE CONTROLE DE ESTOQUE a Gein Unidade Localizosto Requisitontes Material (que mixin Cloud guage | Weldernokio | Refirode maximo Retirada miniona Observacées Dato Doe, Entrada | Soido |} Saldo Dat Doc | Entrode | Soida | Saldo Figura 6.2. Ficha de controle de estoque. Os célculos dos niveis de estoque (méximo, minimo, seguranca, ponto de reposigdo) eram manuais ¢ transcritos para a mencionada ficha (ficando a reposi- cdo na dependéncia do controlador do estoque), sujeitos, evidentemente, a cons- tantes falhas. Ao analisarmos os modelos matematicos que davam suporte a tarefa, cons- tata-se a inexisténcia de mudangas importantes. A evolucéo significativa é devida A introdugao da informatica, que, praticamente, eliminoua constancia das falhas ¢ implementou outro ritmo ao gerenciamento. Independentemente dessa colocagao, também nao hd como ficar ancorado © estruturado a esses grilhées tradicionais, As empresas, por meio das imposicées do mercado, desenvolvem outras formas mais eficientes e eficazes na busca do equilibrio entre estoque ¢ consumo, objetivando otimizar otamanho do estoque. Nesse contexto, é oportuno ampliarmos 0 raio de aco, analisando os pro- blemas inerentes a formacio do estoque. Dois aspectos importantes, 0 conhecimento da demanda e a obtenco dos materiais influenciam sobremaneira 0 estoque. Assim, deve-se analisar sua forma- ¢4o, consoante os quatro fatores demonstrados na Figura 6.3, em cada uma de suas particularidades. SISTEMAS DEGESTAO DE FStoQUES 147 Conhecimento da Obtercio do Tempo de obtencao do demando moterial material Grteza Autofornecimento Sttco Fixo e corhecido Aleatoria Fornecimento extemo | Diaémico Voridvel tmeertezo Figura 6.3 Classificagdo de problemas para formagéio de estoque. 2.1 Demanda © propésito basico de qualquer previsio & reduzir a incerteza. A decisiio correta a ser tomada hoje depende de se conhecer, tanto quanto posstvel, as condi- ses que prevaleceriio no futuro. Infelizmente, ndo se pode eliminar a incerteza. Néo obstante, as previsdes necessitam ser elaboradas. Pode-se distinguir trés tipos de demanda relacionados a seguir: a. demanda perfeitamente conhecida: ¢ 0 caso normal em montagens, obras e similares. Ainda nesta categoria, podemos ter demandas cons- tantes no tempo, portanto com comportamento regular de consumo; por exemplo, em linhas de montagem; b, demanda aleatoria: é 0 caso em que o material foi estocado durante um. tempo suficiente para acumular registros de consumo. Assim, a de- manda é aleatéria, porém a distribuicdo de probabilidades pode ser co- nhecida, por meio do comportamento irregular, em que 05 consumos, ainda que perfeitamente identificados, so irregulares com relagio ao tempo; c. demanda sob incerteza: existe ignordncia completa com relacdo as probabilidades dos varios niveis de demanda futura. Pode-se também denominar esta situacdo como demanda sob risco. 2.2 Processo de obtencdo do material Em algumas empresas, o material é obtido de um fornecedor externo, en- quanto em outras ¢ produzido internamente. A diferenca é importante, pois no il- timo caso as decisdes de estoque afetam também o processo de programacdo da produgiio. ee 148 apmousreacho DE MATERLES 2.3 Processo de deciséo Pode-se decidir pela compra uma tinica vez ou de forma continua. Alguns produtos de moda sio comprados no inicio da temporada e nao é possfvel nenhu- ma compra adicional posterior. Por outra parte, certos materiais para manutencao de equipamentos devem ser adquiridos freqiientemente. 2.4 Tempo de obteng&o do material O processo de obtencéo do material, perfodo que vai desde a emissio do pedido de compra até o momento do efetivo recebimento, gera duas varidveis. Para alguns itens esse tempo é praticamente constante; entretanto, para outros existe uma variagdo, as vezes regular, as vezes totalmente aleatéria Obviamente, a andlise de cada decisdo com respeito a estoque sera basea- da nos conceitos anteriormente apresentados. Contudo, deve-se mencionar um critério comum e abrangente, que é a existéncia de custos opostos, caracterizada por um custo por estocar “muito” e, também, por um custo por estocar “pouca”. A maior parte dos esquemas racionais de gerenciamento de materiais baseia-se na identificacdo e determinagiio desses custos. Em conseqiéncia, deparamo-nos com duas questées primordiais: a quando ou com que freqiiéncia devemos pedir 0 material? b. quantas unidades devem ser encomendadas em cada pedido? Na tentativa de respondé-las, deve-se entender 0 sentido dos “custos opos- tos” que mencionamos antes. Em relac&o a primeira indagagao, inevitavelmente concluimos que existe um custo por pedir muito freqiientemente e um custo por ndo pedir coma freqiién- cia necesséria. Se nenhum desses dois custos existisse, nao existiria razdo para se preocupar com essa questo. Em relag&o A segunda indagacio, a quantidade a ser pedida também le- -va-nos ao reconhecimento dos custos opostos, um originado por pedir muito eo outro por nao pedir o suficiente. Como conseqiiéncia dos conceitos até entao expostos, torna-se oportuno conceituar os parametros por meio dos quais 0 estoque é gerenciado. SISTEMAS DE GRSTAO DEESTOQUES «149° 3. PARAMETROS E MODELOS MATEMATICOS DE RESSUPRIMENTO As estimativas exageradas por excesso implicam a tmobilizagao desneces- saria de recursos financeiros, além do congestionamento de areas de armazena- gem da sobrecarga de trabalho de manuseio de materiaise realizacao de inventa- rios. As reposig6es em quantidades reduzidas acarretam compras repetidas e ur- gentes, em condigdes geraimente desfavordveis, Por tais circunstancias, atenden- do as condigées peculiares da empresa, analisam-se previamente os fatores essen- Giais 4 determinagao da quantidade a ser ressuprida, a fim de evitar os prejutzos decorrentes dos exageros nas estimativas, por excesso ou por falta, ¢ para a fixa- ¢40, com propriedade, das épocas em que deva ser diligenciado o ressuprimento. Para contornar tais problemas, otimiza-se o estoque por meio dos parame- tros de ressuprimento, a seguir definidos, os quais tém por finalidade manter os ni- veis permanentemente ajustados em funcéo da lei de consumo, do prazo de repo- sigao, da importancia operacional e do valor de cada material. Além de otimizar, o gerenciamento também objetiva evitar a ruptura do estoque, ou seja, impedi-lo de atingir o nivel zero, programando 0 abasteci- mento de modo que haja uma reserva. Essa reserva, o estoque de seguranca, aparentemente excesso de material, previamente calculada, formard um lastto de emergéncia, que serd utilizado apés o nivel de estoque ter atingido seu pon- to minimo. Afim de ilustrar as questées fundamentais, quando e quanto ressuprir, a Fi- gura 6.4 demonstra graficamente os efeitos da variacéio do estoque. A seguir, conceituamos os principais pardmetros de ressuprimento, bem como as formulacdes matematicas referentes aos cdlculos respectivos, envolven- do to-somente materiais com consumo regular e consumo irregular, deixando para o item 7 adiante as consideragées sobre comportamentos de consumo fora dessas duas categorias. Néo sendo objeto desse trabalho, deve-se ressaltar que nao houve preocupacdo de demonstrar o desenvolvimento das varias equacées, as quais, utilizadas pela maioria de nossas grandes empresas, sfio apresentadas em sua forma final. 3.1 EM - Estoque maximo Quantidade maxima de estoque permitida para o material. O nivel maxi- mo pode ser atingido pelo estoque virtual, quando da emissdo de um pedido de compra. Assim, a finalidade principal do estoque méximo é indicar a quantidade de ressuprimento, por meio da analise do estoque virtual. No edlculo de sua quan- tidade, também é considerado o intervalo de cobertura. RRA ac ANH ew 150) Apsinist2acAo DE MATERIAIS uantidads EM - staque Maxime TNR - Hivel de Repos S- fstoqud de Seguranc| a A = Ponto de Ressuprimenta, em que hi necesidade de emissia da salicors do ‘compra pora repostao, 3 Ponto de Seguanca, on ser angi, desencedsin providéns, para evar 2 rplura do esoque. Figura 6.4 Grdfico da variagéo do estoque. EM = NR + TU x1IC a ende: TU = Taxa de Uso: quantidade prevista para ser consumida em determi- nado intervalo de tempo, o que pode ser interpretado como con- sumo estimado. 3.2 ES —Fstoque de seguranga Também denorinado estoque minimo. Quantidade minima posstvel ca- paz de suportar um tempo de ressuprimento superior ao programado ou um con- SISTEMAS DEGESTAO DE ESTOQURS «151 sumo desproporcional. Ao ser atingido pelo estoque em declinio, indica a condi¢ao critica do material, desencadeando providéncias, como, por exemplo, a ativacdo das encomendas em andamento, objetivando evitar a ruptura do estoque. Sua quantidade é calculada em fungao do nfvel de atendimento fixado pela empresa, em funcdo da importancia operacional e do valor do material, além dos desvios en- tre os consumos estimados é 0s realizados e o prazo médio de reposigio. ES = Kx TRx CMM. & 3.3 K-Fator de segurancga A diversificag&io dos materiais, agravada por fatos, entre os quais merecem destaque crises periddicas de fornecimento e consumo imprevisto, sugere a ado- cdo de fator de seguranca para corrigir essas distorc6es, 0 qual é estabelecido em fungao do nivel de servico desejado, de acordo com a distribuigéio normal de pro- babilidades. O fator de seguranca é fungio da importéncia operacional e do valor de consumo, conforme exemplo demonstrado na Figura 6.5. Importncia Operaconl Yolor de Consume K A 45 8 a7 C 09 A 03 a 04 C 08 4 8 C 01 02 6 Figura 6.5 Tahela de exemplo do fator de seguranga. 3.4 ER ~ Estoque real Quantidade (saldo) de material existente em estoque no almoxarifado da empresa. 152 apmmistracac ve MaTEWAIS 3.5 EV - Estoque virtual Estoque real acrescido das quantidades de encomendas em andamento, EV = ER + Encomendas | @ 3.6 EC - Estoque de cobertura Relagao entre estoque e consumo, indicando Por quanto tempo o estoque suportard 0 consumo sem que haja reposiczo. ec = XE ve eS onde: VE = valor do estoque no més; Ve = valor do consumo no més. 3.7 NR - Nivel de reposicao Quantidade na qual, ao ser atingida pelo estoque virtual em declinio, indi- ca-se o momento de ser providenciada a emisso do pedido de compra para reposi- séo normal do material. Essa quantidade deve garantit o consumo do material du- Tante o tempo de ressuprimento, de tal forma que o estoquie real em declinio nao atinja o estoque de seguranca, NR = ES + CMM xTR S A Figura 6.6 representa a curva clissica em “dente de serra”, demonstran- do ¢ analisando algumas simulagées com referéacia a possiveis situacdes da varia- cdo do estaque, cujas quantidades oscilam entre 0 estoque maximo, nivel de repo- sigdo, estoque de seguranga e ponto de ruptura. © Situacdo 1 ~ pedido inicial Nesse caso, est configurada incluso inicial de material no estoque. Apds anilise e concordancia em inclu(-lo, sua reposicdo dar-se-A com base na formula- fo quantidade a comprar, item 3.11.1, formula 8, adiante. SISTEMAS DE GESTAO Da esTOQUES 153 Quantidcde EA Esoque Maximo HR - Nivel de Reposicio {5 fsioque do Sogurana oO Tempo. en) @® 6 ® Estoque Real Estoque Virtual Fonte: SN. Figura 6.6 Grdfico representativo da reposigéo do estoque. © Situagio 2 - saldo em estoque igual ao nivel de reposiciio Nesse caso, estoque estd sendo consumido ¢ encontra o nivel de reposigéo no ponto 2, momento no qual é gerada uma solicitagdo de compra, que eleva o es- toque virtual para o ponto 2°. Decorrido o tempo de ressuprimento, a encomenda é entregue na data referente ao ponto d2, assiimindo o estoque real um valor aci- ma do nivel de reposicao. © Situagio 3 - saldo em estoque abaixo do nivel de reposicio Iniciado novo ciclo de saidas do estoque, por qualquer motive aconteceu um pique no consumo ou a solicitacao de compra foi gerada com atraso, com a pro- 154 aDMmisTRACAG ne mATEHIAIS vidéncia efetiva de reposig&o sendo decidida no ponto 3. Independentemente des- sa anormalidade, ocorre atraso no fornecimento, havendo ruptura do estoque, com 0 que, novamente, ha o encontro da reta representativa do estoque virtual com 0 ponto de reposicao, sendo, no ponto 4, gerada uma segunda solicitacao de compra, que, acumulada com a que se encontra em andamento, eleva o estoque virtual para 0 ponto 4”, Decorrido certo tempo, uma encomenda & entregue no ponto d3 ¢ outra no ponro d4. © Situacdo 4 — estoque real em ruptura Com o estoque real em ruptura, representado pelo encontro da reta tepre- sentativa da variagao do estoque virtual com o nivel de reposicéo, no ponto 4, atinge-se 0 momento imprescindivel para a geractio de nova solicitacdo de com- pra. A encomenda em andamento sera entregue na data referente ao ponto d’3, elevando 0 estoque real a uma quantidade abaixo do nivel de reposicao, No ponto 4”, o estoque real encontra o estoque de seguranca, indicando ao gestor uma si- tuacdo erftica, com a necessidade de apressar a entrega da encomenda referente ao ponto 4, o que & feito, assumindo o estogue real seu valor normal, acima do ni- vel de reposiciio, no ponto d4. A partir dai, reinicia-se o ciclo, podendo-se definir as seguintes condigoes de repasi¢iio: a. quando EV > NR: no emitir solicitagdo de compra (Situacéio 1); b. quando EV < NR: emitir solicitagdo de compra (Situagées 2, 3 ¢ 4); . quando ER < ES: ativar encomenda (Situacéo 4”). A Figura 6.7 demonstra graficamente e analisa mais cinco situac6es, que complementam a época da reposicao. © Situagées Ae B Em ambos os casos, 0 estoque virtual (ER + EN) estd acima do nivel de re- posicdo. Logo. quando EV > NR: nfio ha necessidade de solicitagao de compra. ®@ = Situagdo C Tratando-se de EV = NR: emitir solicitagao de compra. SISTEMAS DE. GESTAO DE EsTooUEs 155 mh INR Hel de Reposcio a ft] a EM) | 5B |__| -Fsloque mR iW de Seguranga R R R Oo O © © © ER = Quontdade em estoue N= Quuntdade encomendade Fonte: CSN, Figura 6.7 Grdfico representative da época da reposi¢do. © Situacio D Em se tratando de EV < NR c ER < ES: emitir solicitacgdo de compra e ati- var a que se encontra em andamento. @ Situagao E Tratando-se de: a, EV > NR: ndo emitir solicitagdo de compra; b. ER < ES: uma das encomendas deve ser ativada, normalmente a mais antiga. 3.8 TR-Tempo de ressuprimento Intervalo de tempo compreendido entre a emisséo do pedido de compra e 0 efetivo recebimento, gerando a entrada do material no estoque. O tempo de res- en ‘7 ps ¥ 156 — ADMINISIRAGAO ne MATERIAIS suprimento representa importante fator na determinagao do nivel do estoque e, conseqiientemente, no capital imobilizado. O tempo de ressuprimento é composto por tempos internos da empresa, como também por externos: a. TPC - Tempo de Preparagio da Compra b. TAF ~ Tempo de Atendimento do Fornecedor ¢. TT ~Tempo de Transporte d, TRR Tempo de Recebimento e Regularizacio De onde: TREC + TAF +1r+7RR| @ 3.9 PR-Ponto de ruptura £0 ponto em que o estoque torma-se nulo. Ocorre quando o consumo faz com que o estoque chegue a seu nivel zero e, ainda, continua a demanda do mate- tai. Portanto, a ruptura do estoque apresenta-se, na prdtica, quando o usudrio re- quisita um material do almoxarifado e nao pode ser atendido em vittude do esto- que encontrar-se em nivel zero. 3.10 IC — Intervalo de cobertura Intervalo de tempo, em meses, programado para duas compras consecuti- vas, pata o qual pretende-se cobrir 0 consumo com a quantidade de uma aquisicao. No célculo de sua quantidade, devem ser levadas em consideragao a imobilizacdo financeira, a capacidade de armazenamento, a perecibilidade do material e as con- Gigdes de mercado, Assim, o intervalo de cobertura funciona como limitador, de acordo com a critério adotado, no cémputo da quantidade a comprar, conforme exemplo demonstrado na Figura 6.8. A B C x y i x ¥ i x ¥ i 2 2 4 6 6 9 4 a4 2 Figura 6.8 Tabela exemplo para intervato de cobertura. SISTEMAS DEGESTAO DEEsTOQUES «157 3.11 QC - Quantidade a comprar Quantidade de material otimizada solicitada para aquisicao, quando atin- gido o nivel de reposicdo e prevista para consumo durante o intervalo de cobertu- ra. A formula cldssica da quantidade a comprar, a seguir determinada, nem sem- pre atende, pois existem quatro situagées perfeitamente distintas a considerar. QC=EM-FV | ® 3.11.1 PEDIDO INICIAL Quantidade a pedir inicialmente, tratando-se de primeira aquisi¢ao para materiais recém-incluidos no estoque. Como jé vimos no Capitulo 5, item 2.4, para materiais adquizidos pela primeira vez, a previsio da demanda é elaborada pelo usudrio por estimativa, por meio das informagées consignadas no formuldrio de- monstrado na Figura 5.5, Proposta de incluséio de material no estoque. Portanto, para esses casos, adota-se a formula a seguir, com wna margem de seguranca para as estimativas feitas, duplicando o valor do estoque de seguranca. Qc = cMMxtRx 2K | ® 3.11.2 SALDO EM ESTOQUE IGUAL AO NIVEL DE REPOSIGAO. Quantidade de material a pedir quando o saido remanescente em estoque for igual ao nivel de reposicao. QC=NR+IC,CuM-EV] & 3.11.3 SALDO EM ESTOQUE ABAIXO DO NIVEL DE REPOSICAO Quantidade de material a pedir quando o saldo remanescente em estoque estiver abaixo do nivel de reposicao. Para esses casos, adota-se a férmula 9, anterior, acrescida da quantidade que ultrapassou o nivel de ressuprimento. 3.11.4 POR MEIO DO LEC - LOTE ECONOMICO DE COMPRA Suponhamos que o abastecimento de determinado material deva ser feito azo de 20.000 unidades por ano. Far-se-4 uma compra da quantidade total ou em. ay teens ae 158 ansnwsrragSo pr marERIAIs Parcelas mensais, trimestrais ou semestrais? Qual sera, entdo, a freqtiéncia das com- Pras? Teoricamente, as alternativas sao infinitas. Torna-se impraticdvel efetuay uma aquisicao diariamente, como também a compra tnica dependera da capacidade de armazenamento. Entre esses dois extremos, é necessério um critério para decidir a quantidade e a periodicidade. Dafa introduc do lote econémico, em 1915, por meio da simples idéia de cacontrar uma quantidade para minimizar o custo total de reposi¢ao. Olote econémico para compra representa a quantidade de material, de tal forma que 0s custos de obtengio e de manutencdo sejam minimos, A Figura 6.9 demonstra a idéia do lote econdmico de compra. ste Casto Total, Coste de Armazecager Custo de Pedide a Figura 6.9 Love econdmico de compra. Quantidades [2-Ca CC LEC = ea {oA tu [PAU | de onde: CA = consumo anual em quantidades; CC = custo unitério do pedido de compra; CPA = custo do material armazenado; PU = preco unitario do material, SISCEMAS DE GRSTAD DE FSTOQLES 159 3.1.4.1 Simulacdo do lote econémico de compra Olote econdmico de compra serd perfeitamente entendido por meio da si- mulacdo a seguir. Para tanto, sero fixados alguns valores hipotéticos. cA a. 3.000 pecas; b. CC = R$ 130,00; c. CPA = 0,25: d. PU = RS 25,00. Aplicando a férmula, obtém-se 353,27. A Figura 6.10 apresenta uma tabe- Ia em que se comprova que o resultado encontrado é 0 mais econémico possivel. ‘TABELA DEMONSTRATIVA DE VALORES IDEAIS DO LEC A 100 200 353,27 400 500 1.000 2.000 B eo 5 849 75 6 3 15 C 1.250,00| 2.50000} 4.415,87 | 5.000,00 | 6.250,00 | 12.500,00 25.090,00 D 312,50 625,00} 1.10396 | 1.25000 | 1.56250 | 3.12500 | 6.250,00 E 3.900,00 | 1.95000 | 1.103,70 975,00 730,00 390.00 195,00 F 4712.50} 257500 | 2.207,66 | 2.22500 | 2.34250} 3.51500 6.445,00 LEGENDA, Canidae pedi, mt od compre. Hlimero de pedidos anuais = Consume anual : Quantidade pedida, Estoque médio. RS = (Quuntidade pedido: 2) x PU. Casto de posse do estoqua. 85 = CPA x estoque médio. Casio do pada, RS = CC ndmea de pedidos onvois, a[mlolcl=[> Casto atl do patio, RS = caste de pose + custo do did, Figura 6.10 Tabela demonstrativa de vaiores ideais para o lore econémico de com- pra. Por meio da andlise da tabela, confirmando os céleulos efetuados, consta- ta-se que a compra mais econémica seré.a de 353,27 unidades realizada 8,49 vezes num ano. Nenhum outro valor se apresenta mais baixo que R$ 2.207,66. Evidentemente, para efeitos préticos, os valores quebrados deveriio ser ar- redondades para ntimeros inteiros mais préximos. mas 160 aMnustRAgéo pe MATERIAIS 3.11.4.2 Criticas ao modelo do lote econémico de compra Diversas criticas t8m sido feitas ao modelo do lote econdémico. A mais co- mum é ade que o modelo nao é sensivel com relaco & variacdo da quantidade no lote. Mesmo que o tamanho do lote adquirido seja diferente do obtido economica mente, o custo total sofie variacées insignificantes, como coustata-se ao observar a tabela o3jeto da Figura 6.10, Ao optar pela decisio de adquirir 500 pecas no lugar do LEG, 353,27, 0 que representa 42% a mais na quantidade Prevista para o lote econdm:co, 0 custo total passaria de R$ 2.207,66 para R$ 2.342,50, o que repre- senta 6% de elevacdo, justificando a critica. © método fornece com precisfo, desde que no haja alteragSes de compor- tamento, os elementos para a determinagio da quantidade a comprar; porém, na Prdtica, nao sé o consumo como também os Prazos de entrega sAo freqiientemente modificados, motivo pelo qual o grafico “dente de serra”, objeto da Figura 6.6, n&o corresponderd a realidade. A formula assume que todos os custos sao lineares, quando verdadeiro é de fato 0 oposto. O custo de armazenagem é minimo se houver disponibilidade de es. aco e pode elevar-se havendo escassez. Parece que o conceito de otimizacao matematica esté na raiz do problema, Mudando-se o tamanho dos lotes, os restiltados podem vir a apresentar mudangas sensiveis no estoque, pois ter todos os tamanhos dos Jotes individuais “corretos” nao significa que os totais serdo corretos, Essas so as razées pelas quais quem utiliza o LEC ndo atinge os resultados almejados. Pelos motivos expostos, deve-se reconhecer 0 LEC como ferramenta de tra- balho, aproveitando o célculo como simulador e nio como otimizador. Em sonseqiténcia, para decidir ou nao pela opgio de utilizagao do LEC, alguns crité. ios merece destaque, como a existéncia de fundamentos significativos ou, quan do possivel, solicitacdo da quantidade necessaria, nunca uma maior. 3.12 CMM - Consumo médio mensal Valor médio dos diversos consumos verificados em uma unidade de tempo. 3.13 IR - indice de rotatividade do estoque Indica quantas vezes 0 estoque foi renovado no ano, calculado pelo quo- ciente entre a somatéria dos consumos ¢ o valor médio (V) dos estoques no perfo. do considerado. SISTEMAS DE GESTAO DE EsTOQUES = 161 122 CM1+... +CM12 VEL +... + VEI2 Aapteciacio do indice de rotatividade fornece elementos para a afericdo do comportamento do estoque, por meio da comparacdo com indices de anos ante- riores ou mesmo com indices de empresas congéneres, fornecendo subs{dios valio- sos para ages € decisées que se fizerem necessirias. 4 APLICAGAO PRATICA Para facilitar o entendimento e considerando-se o exposto, é necessério um exemplo. Determinado material B-Z, correspondente, respectivamente, as classifica- Ges referentes ao valor de consumo ¢ importancia operacional, apresentou nostil- timos 12 (doze) meses os seguintes consumos: a. janeiro = 25pecas —g. julho = =_-26 pecas, b. fevereiro = 27 pecas ih. agosto © = _-24 pecas ¢. margo 26 pecas si. setembro = 23 pecas d. abril 2Bpecas —j. outubro = 26 pecas e. maio 24pecas -k._ novembro = 25 pecas f. junho = 25pecas —._ dezembro = 23 pecas Pelas tiltimas aquisicSes, observou-se que o TR fixado em trés meses estava de acordo com a estimativa. O NR foi atingido, nao havendo ainda encomendaem andamento. Gomplementando as informagoes dispontveis, adotaremos os valores fixados pata simulacdo do LEC, quais sejam: a. custo unitdrio do pedido de compra: R$ 130,00; b. custo do material armazenado: 0,25; ¢. prego unitdrio do material: R$ 25,00. = aasonitt 162 apnmusrRAcéo DE MATERIA. Em funcao dos dados especificados e consoante as formulas anteriormente relacionadas, temos: a. estoque de seguranca (Formula 2) ES = Kx TRx CMM onde: ES = 0,7x3%25 = 52 pegas; b. nivel de reposigao (Férmula 5) NR = ES + CMM x TR onde: NR = 52 + 25x 3 = 127 pecas: ©. estoque virtual (Férmula 3) EV = RS + Encomendas no caso, ER = NR = 127 pecas, pois néo h4 encomendas em andamento: d. estoque maximo (Férmula 1) EM = NR + TUxIC onde: EM = 127 + 25 x 9 = 352 pecas; €. quantidade a comprar, saldo em estoque igual a NR (Férmula 9) QC = NR + IC-CM~ EV onde: 127 + 9 x 25-127 ~ 225 pecas; £. quantidade a comprar por meio do LEC (Férmula 10) © [cpa pu 2x 300 x 130 G25 x 25 LEC onde: = 112 pegas LEC = \ SISTEMAS DE.GESTAG DE ESTOOUES 163 g. observagoes: 1. diante da falta de informagées, nao ha como determinar EC e IR, pois os calculos de tais indices envolvem situacdes globais do esto- que; 2. percebe-se nitidamente o conflito entre os resultados calculados das quantidades a comprar por meio do saldo em estoque igual a NR e mediante o LEC, conforme comentado no tépico 3.11.4.2. 5 CONSUMO IRREGULAR 4 r Como depreende-se, o modelo apresentado no tépico anterior ndo contem- pla, em sua plenitude, os materiais com comportamento irregular de consumo. ‘Assim, para contornaro problema, pode-se utilizar o conceito de consumo aleatério, com base no qual 0 usudrio espera consumir determinada quantidade no periodo de um ano, por meio da previsiio representada pelo L/S — Lote de Seguranga. Como regra geral, adota-se o valor de $ como metade de L. yen Dessa forma, os principais pardmetros passam a ter os seguintes critérios para ressuprimento: 5.1 EM - Estoque maximo O estoque maximo terd o valor de L. 5.2 ES — Estoque de seguranca Oestoque de seguranga passa a representar ominimo pormeio do valor de S. 5.3 NR - Nivel de reposigaéo Areposigao deverd ser desencadeada sempre que 0 saldo atingir a quanti- dade de S. 5.4 QC - Quantidade a comprar Aquantidade de compra para reposicao serd obtida por meio da diferenga entre L, estoque maximo € o saldo remanescente no estoque, S. 164 Apmmisreacio Ds MATERIATS 5.5 AD - Andlise da demanda Para efeito de andlise de demanda, sero considerados como consumos anormais os materiais que em determinado periodo apresentarem: a. consumo maior que Dnormal (1 + 0): b. consumo menor que Dnormal (1 + @). Nota: essa regra no se aplica para materiais classificados como C, em que r rn Fr % Prego de Custo < 1 salério minimo. = oon Sendo: L Dnormal = 4.x pr Pr onde: Dnormal = demanda normal no perfodo normal Pn: Pr = periodo real, perfodo para andlise, por exemplo de 6 a 24 meses; Pr = periodo normal, obtido por meio da Figura 6.11: i TR PERIODO NORMAL SUSSTTAGAO trees) Ph mess A R<3 6 A 3 10 2TR Bel 1Dnormal (1+ ase Dr pe b. ye 12 x Prego de custo < 1 saldrio minimo Consoante a seguinte férmula: =o x Pn woo 5 e 6 CRITICAS AOS MODELOS ANALISADOS Como depreende-se, o modelo matematico de ressuprimento apresentado funciona perfeitamente desde que nao haja oscilagdes de comportamento no con- sumo, o que proporciona algumas desvantagens, quais sejam: a. nao épossivel gerir os materiais criticos e o plantel dos sujeitos a recon- dicionamento; b. néo analisa tendéncias; 2 no sugere novos niveis quando os anteriores estiverem fora dos limi- tes de tolerancia; |. nao gera alertas que poderiam impedir a ruptura do estoque; ndo permite atuar por excegdes; nao avalia as falhas de previsiio; ama . nde permite atuar com menor ou maior risco. cringe HS novo 1 ner 166 — aomousraacKo DE MATERIAIS: 7 MODERNO GERENCIAMENTO Assim, procurando atenuar e equacionar as dificuldades relacionadas vi- sando otimizar 0 desempenho do gerenciamento, hé que se conta: com o auxilio da informatica. As férmulas permanecem validas. Apenas algumas adapragées modificagGes, por meio da introdugio de fatores que contemplem 2s dificuldades, aliados As formulas mateméticas apresentadas, em softwares desenvolvidos espe. Cificamente para atendimento as particularidades de cada empresa, possibilitario melhorar a eficiéncia. © macrofluxo demonstrado na Figura 6.13 especifica as rincipais fung6es, entrada e saida de dades, proporcionados por um sistema que utiliza a informatica como o instrumento gerenciador da admtinistragao de mate- tiais, Independentemente de nao nos aprofindarmos, por no ser este o objetivo, 0 Capitulo 18 trata o assunto detalhadamente, apresentando fundamentos indis- pensdveis ao desenvolvimento de um eficaz sistema infotmatizado de gerencia- mento de estoque. Considerando-se a utilizagao de materiais bem diversificados, a necessida- de de se contar com gestZo mais eficiente em relaciio & andlise de risco, a elimina- ao de controles paraletos e A andlise de tendéncia, torna-se necessdrio estabelecer procedimentos personilizados e adequados, os quais, visando otimizar os esto- ques para permitir a reducdo do imobilizado e utilizando plenamente os tecursos da informatica, devem estar ancorados nas seguintes premissas: a. ser simples; b, estar voltado para decisdes e resultados; ¢. permitir & gestdo aruar por excegdes; d._avaliar e minimizar os erros de previsdo; €. permitira gestao atuar com maior ou menor risco por meio de parame- tros de correcéio, medidos e colocados & disposicao do analista, Em vista do exposto, as dificuldades referentes ao modelo matemiatico ex- Posto no item 3 deste capitulo podem ser atenuadas, aperfeicoando-se, por conse- guinte, o gerenciamento, por meio da adog&o de uma divisdo racional da deman- da, contemplando os diversos comportamentos de consumo, modelos tais que re- Jacionam os coeficientes, formulas e parametros urilizados no controle de esto- ques, por meio de critérios a seguir definidos. Assim, temos: 7.1 Demanda regular Destina-se a atender aos materiais com comportamento regular de consu- mo.

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