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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO


ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE ESTRURURAS

ALEX MICAEL DANTAS DE SOUSA


N° USP: 10381609

ENTREGA 4: ANÁLISE PARAMÉTRICA


Calibração do Modelo e Estudo Paramétrico

SÃO CARLOS - SP
2017
2

Alex Micael Dantas de Sousa

ENTREGA 4: ANÁLISE PARAMÉTRICA


Calibração do Modelo e Estudo Paramétrico

Este documento foi apresentado ao


Professor Vladimir Guilherme Haach como
requisito parcial de nota na disciplina SET 5922
– Aplicação de Modelos Numéricos à Estruturas
de Concreto e Alvenaria do Programa de Pós
Graduação em Engenharia de Estruturas .

São Carlos - SP
2017
3

RESUMO

Calibração do Modelo e Estudo Paramétrico.

Estre relatório apresenta a descrição do estudo realizado numericamente via


Método dos Elementos Finitos (MEF) utilizando o software comercial Abaqus/CAE 6.14.
Foram analisados deslocamentos e tensões em lajes de concreto armado sem armadura
transversal (estribos) submetidas à cargas parcialmente distribuídas nas proximidades do
apoio, situação de carregamento comum em tabuleiros de pontes. Nesta fase da disciplina
objetivou-se estudar a sensibilidade do modelo não-linear à variações de parâmetros do
modelo constitutivo dos materiais com vistas a calibração do modelo numérico. Na fase
de calibração do modelo variaram-se parâmetros do Concrete Damage Plasticity como
ângulo de dilatância, excentricidade inicial e viscosidade. Em seguida realizou-se um
estudo paramétrico do modelo calibrado afim de determinar a influência de alguns
parâmetros como: taxa de armadura longitudinal e transversal, resistência a compressão
do concreto e posição da carga na laje. Os resultados obtidos das análises de calibração
demonstram que alguns parâmetros do modelo constitutivo do Concrete Damage
Plasticity influenciam pouco os resultados, sendo a dilatância o parâmetro do modelo
constitutivo com efeitos mais procunciados. Verificou-se ainda que variações nas taxas
de armadura e posição da carga tendem a influenciar bastante a carga de ruptura do
modelo.

Palavras-chave: Calibração, Parametrização, Elementos Finitos, Numérico.


4

SUMÁRIO
ÍNDICE DE FIGURAS .................................................................................................. 6
Capítulo 1 ........................................................................................................................ 9
INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 9

1.1 Considerações Gerais ................................................................................................. 9


1.2 Objetivos..................................................................................................................... 9

Capítulo 2 ...................................................................................................................... 10
Calibração do modelo ESTÁTICO ............................................................................. 10

2.1 Preâmbulo ................................................................................................................. 10


2.2 Parâmetros Analisados ............................................................................................. 10
2.3 Análise da Resultados............................................................................................... 12

2.3.1 Dilatância ..................................................................................................... 12


2.3.2 Excentricidade .............................................................................................. 13
2.3.3. Parâmetro K c .............................................................................................. 14
2.3.4 Viscosidade .................................................................................................. 15

Capítulo 3 ...................................................................................................................... 17
Calibração do modelo quase estático - DINÂMICO EXPLÍCITO......................... 17

3.1 Preâmbulo ................................................................................................................. 17

3.2.1 Vantagens do método explícito .................................................................... 18


3.2.2. Análise Quase-Estática ............................................................................... 19

3.2. Detalhes do modelo Dinâmico Explícito ................................................................. 24


3.3 Avaliação do Modelo Quase-Estático ...................................................................... 25

Capítulo 4 ...................................................................................................................... 26
Análises paramétricas .................................................................................................. 26

4.1 Preâmbulo ................................................................................................................. 26


4.2 Análise Paramétrica com Método Estático Geral ............................................ 26

4.2.1 Posição ......................................................................................................... 26


4.2.2 Resistência Mecânica à Compressão ........................................................... 30

4.3 Análise Paramétrica com Método Dinâmico Explícito – Quase Estático ................ 32

4.3.1 Posição da Carga .......................................................................................... 32


5

4.3.2. Engaste ........................................................................................................ 32


4.3.3 Excentricidade Horizontal da Carga ............................................................ 33
4.3.4 Taxa de Armadura Longitudinal .................................................................. 35
4.3.6 Efeito da Simetria ......................................................................................... 36
4.3.7 Efeito da Discretização ................................................................................ 38
4.3.8 Efeito da Concentração de Tensões no Apoio ............................................. 40

CONCLUSÕES............................................................................................................. 43
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 44
ANEXOS ....................................................................................................................... 47

A.1 Implementação do Procedimento Quase-Estático no Abaqus/CAE 6.14 ................ 47


6

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 – Ângulo de dilatância e excentricidade no plano meridional. Fonte:


Genikonsou et al. (2015). ............................................................................................... 11
Figura 2 – Superfície de plastificação no plano desviador ( K c  2 / 3

corresponde a formulação de Rankine e Kc  1 corresponde ao critério de Drucker-


Prager. Fonte: Genifoumsou et al. (2015) ...................................................................... 12
Figura 3 – Efeito da dilatância na curva carga-deslocamento. ......................... 13
Figura 4 – Efeito da excentricidade inicial ....................................................... 13
Figura 5 – Efeito do parâmetro Kc na curva carga-deslocamento. .................. 14
Figura 6 – Efeito da viscosidade na curva carga-deslocamento ....................... 15
Figura 7 – Curva de amplitude suavizada. ....................................................... 21
Figura 8 – Método Tabular e Smooth ............................................................... 22
Figura 9 – Resultado de Modelo Quase-Estáticos............................................ 25
Figura 10 – Variação da Posição da Carga....................................................... 27
Figura 11 – Efeito da relação a/d na curva carga - deslocamento .................... 27
Figura 12 – Reações de apoio ao longo do apoio ............................................. 28
Figura 13 – Tensões principais máximas ao longo do apoio ........................... 29
Figura 14 – Tensões Principais Mínimas ao Longo do Apoio ......................... 29
Figura 15 – Deslocamentos verticais ao longo do apoio .................................. 30
Figura 16 – Influência da resistência mecânica à compressão ......................... 30
Figura 17 – Efeito da taxa de armadura longitudinal na laje............................ 31
Figura 18 – Efeito da taxa de armadura transversal ......................................... 31
Figura 19 – Influência da Posição da Carga ..................................................... 32
Figura 20 – Influência da continuidade da laje em uma das direções .............. 33
Figura 21 – Posição de carga com excentricidade em relação ao eixo de simetria
do modelo estudado. ....................................................................................................... 34
Figura 22 – Efeito da excentricidade horizontal da carga na laje. ................... 34
Figura 23 – Efeito da taxa de armadura longitudinal ....................................... 35
Figura 24 – Efeito da taxa de armadura transversal. ........................................ 36
Figura 25 – Aplicação das Condições à Placa de Concreto ............................. 37
Figura 26 – Aplicação das Condições de Contorno à Armadura. .................... 37
Figura 27 – Efeito da simetria no modelo numérico ........................................ 38
7

Figura 28 – Discretização refinada da Malha ................................................... 39


Figura 29 – Efeito da discretização da malha de elementos finitos ................. 39
Figura 30 – Modelo com Placa nos Apoios ..................................................... 41
Figura 31 – Detalhe da discretização da malha de elementos finitos ............... 41
Figura 32 – Efeito da modelagem do apoio. .................................................... 42
8

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 –Parâmetros calibrados do CDP. ....................................................... 16


Tabela 2 – Dados do Modelo Estático Processado........................................... 16
Tabela 3 – Modificações para implementação do procedimento quase-estático.
........................................................................................................................................ 24
Tabela 4 – Relação a/d avaliada na parametrização. ........................................ 26
Tabela 5 – Detalhes da Malha .......................................................................... 40
9

Capítulo 1

INTRODUÇÃO

1.1 Considerações Gerais

Pesquisas com simulações numéricas servem inicialmente para estimar o


comportamento de um modelo físico experimental, auxiliando no planejamento da
instrumentação, plano de carregamento, montagem do sistema, entre outros aspectos.
Após a realização do experimento físico este pode fornecer dados importantes à
calibração do modelo numérico. Ou seja, os dados do modelo físico podem ser utilizados
para compreender quais parâmetros do modelo numérico precisam ser ajustados para
melhor representar o modelo físico.
Como nem sempre é possível realizar uma grande bateria de ensaios
experimentais para investigar a influência dos parâmetros que afetam o objeto de estudo,
tem-se cada vez mais empregado os modelos numéricos calibrados para estimar a
influência de variações de parâmetros de ensaio nos resultados do modelo. Ou seja, a
partir de um modelo numérico calibrado pode-se ter uma primeira estimativa da
influência de parâmetros dos materiais e cargas aplicadas no resultado final de ensaios
físicos. Este tipo de procedimento, além de economizar recursos com experimentos às
vezes de alto custo, permitem também realizar modificações no modelo que na prática
seriam de difícil execução.

1.2 Objetivos
Os principais objetivos deste trabalho são:

 Avaliar a sensibilidade do modelo numérico à modificações nos parâmetros


do modelo constitutivo dos materiais;
 Calibrar o modelo numérico desenvolvido a partir de dados experimentais
coletados na literatura técnica
 Realizar estudo paramétrico envolvendo parâmetros de resistência dos
materiais, taxas de armadura do modelo e posição de carregamento.
1
0
Capítulo 2

CALIBRAÇÃO DO MODELO ESTÁTICO

2.1 Preâmbulo

Neste capítulo é realizado uma análise de sensibilidade do modelo numérico a


parâmetros do modelo constitutivo Concrete Damage Plasticity (CDP) adotado para o
concreto. Nestas análises objetiva-se calibrar o modelo numérico para posteriormente
proceder um estudo paramétrico envolvendo outros parâmetros do estudo.
Ressalta-se que este tipo de calibração demanda um tempo relativamente grande
em pesquisas e que nesta fase do estudo a calibração é mais simplificada, escolhendo-se
apenas alguns parâmetros para avaliação. Idealmente neste tipo de análise seria preferível
levar os modelos à ruptura em todos os casos. Entretanto, por limitações de tempo, a
influência destes parâmetros foi investigada sob a ótica de uma carga correspondente à
metade da carga de ruptura do modelo físico. No presente estudo às análises foram feitas
para a carga de 400 kN aplicada a todos os modelos.

2.2 Parâmetros Analisados

Em geral o CDP é baseado em 5 parâmetros de plasticidade e dois conjuntos de


dados básicos de carregamento uniaxial do concreto para levar em consideração a não-
linearidade. Os 5 parâmetros  , e ,  b 0 /  c 0 , K c , e  definem a superfície de
plasticidade do material, o potencial de fluxo e a viscosidade do material. Os dados
uniaxiais são do comportamento tensão-deformação do concreto à compressão e tração.
Dados de dano que decrescem a rigidez do material são usados para descrever o
comportamento do concreto sob cargas cíclicas. As definições destes parâmetros são
mostradas na sequência (Li e Hao, 2017).
A superfície de plasticidade representa uma superfície em tensão no espaço
englobando o volume da região elástica. Isto significa que o estado de tensões dentro
deste volume é elástico, enquanto que os pontos fora deste volume atingiram um critério
de plastificação e se tornaram plásticos. Existe um grande número de formulações sobre
1
1
critérios de ruptura, sendo implementado o critério de Drucker-Prager no CDP (Nana et
al, 2017).
 Ângulo de dilatância  : é o ângulo medido no plano p-q sob alta pressão de
confinamento. A Figura 1 apresenta um esquema representando o ângulo de
dilatância e a excentricidade. O ângulo de dilatância mostra a direção do vetor
de incremento de tensões plásticas.
 Excentricidade  : A excentricidade é o parâmetro que define a taxa com a
qual a função potencial plástica hiperbólica se aproxima da assíntota. A forma
da superfície potencial plástica é então ajustada pela excentricidade no plano
p  q . O parâmetro de excentricidade pode ser calculado como a razão entre
a resistência a tração e a resistência a compressão (Nana et al., 2017).
 K c : parâmetro de forma da superfície de ruptura . Aqui K c é a taxa de tração
para o meridiano compressivo e define a forma da superfície de ruptura no
plano desviador, como na Figura 2 (Genikomsou et al., 2015).
  b 0 /  c 0 : é a razão especificada pelo usuário entre a resistência a compressão
biaxial e a resistência à compressão uniaxial. A valor adotado como default é
1.16 de acordo com o manual do usário do Abaqus, e verificado
experimentalmente por Kupfer et al. (1969).

Figura 1 – Ângulo de dilatância e excentricidade no plano meridional. Fonte:


Genikonsou et al. (2015).
1
2

Figura 2 – Superfície de plastificação no plano desviador ( K c  2 / 3


corresponde a formulação de Rankine e Kc  1 corresponde ao critério de
Drucker-Prager. Fonte: Genifoumsou et al. (2015)

2.3 Análise da Resultados

2.3.1 Dilatância

A dilatância assumiu 3 valores nesta análise:   30 ,   35 e   40 . O


valor adotado inicialmente foi de 38° nas análises preliminares. Wu et al. (2006) aponta
que o ângulo de dilatância no concreto deveria variar entre 31° e 42°. Malm (2006) mostra
nos resultados de seu estudo paramétrico que a resistência ao cisalhamento aumenta
quando o ângulo de dilatância aumenta devido ao aumento de ductilidade do material. De
acordo com estudos experimentais de Reissen e Hegger (2013) e Jankowiak (2005) o
ângulo de dilatância deve de assumir valores de 37° e 38, respectivamente.
Os resultados do estudo paramétrico neste trabalho é apresentado na Figura 3 –
Efeito da dilatância na curva carga-deslocamento., a partir da qual fixou-se o valor do
ângulo de dilatância   40 por fornecer carga máxima mais próxima do valor
experimental (F=800 kN).
Verifica-se na Figura 3 que diferenças significativas de resultados só pela variação
da dilatância só ocorrem próxima da carga máxima prevista, uma vez que as não-
linearidades têm maior influência neste trecho da curva. Caso a análise fosse feita apenas
até a carga de 400 kN como inicialmente provavelmente nenhuma diferença seria notada.
1
3
Figura 3 – Efeito da dilatância na curva carga-deslocamento.

800
700
600
500
F (kN)
400
300
200
100
0
0 2 4 6 8 10
D (mm)

Dil=30 Dil=35 Dil=40

2.3.2 Excentricidade

O valor padrão adotada para a excentricidade pelo manual do usuário do Abaqus


vale 0,1, o que supões que o concreto apresenta o mesmo ângulo de dilatância para uma
larga faixa de tensões/pressões de confinamento.
Neste trabalho a excentricidade assumiu os valores de  0.1 ,  0.2 e  0.3 .
Entretanto, coma resistência a razão entre as resistências à compressão e tração do
concreto se aproxima geralmente de 0.1, este valor foi mantido após as análises. A Figura
4 apresenta o resultado da análise da influência deste parâmetro.

Figura 4 – Efeito da excentricidade inicial

900
800
700
600
F (kN)

500
400
300
200
100
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8
D (mm)

e=0.1 e=0.2 e=0.3


1
4
Da Figura 4 observa-se que a variação da excentricidade inicial da curva teve pouca
influência nos resultados. A princípio esperava-se que modificações na excentricidade
inicial pudessem afetar o trecho inicial da curva cara deslocamento, o que não ocorreu
provavelmente por este trecho ainda ser governado pelo comportamento linear do
material.

2.3.3. Parâmetro K c

Segundo o manual de usuário do Abaqus, o valor de K c deve satisfazer a restrição:

0.5  Kc  1 , sendo o valor pré-configurado do programa 0.667. Três diferentes valores

foram analisados nesta fase do estudo: Kc  0.667 , K c  0.9 e Kc  1 .


O resultados apresentando na Figura 5 indica que a diferença na curva carga-
deslocamento da laje pelas diferentes formas da superfície de plastificação não é
significante neste nível de carregamento. Ao considera Kc  1 a simulação dá resultados

mais rígidos e conforme o parâmetro K c vai diminuindo a carga e o deslocamento


máximo vão adquirindo valores maiores (Genikomsou et al., 2015). Apesar de nesta
análise a carga máxima ter sido de apenas 400 kN, o mesmo resultado foi observado nos
trabalhos de Nana et al. (2017) e Genikomsou et al. (2015).

Figura 5 – Efeito do parâmetro Kc na curva carga-deslocamento.

450
400
350
300
250
F (kN)

200
150
100
50
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2
D (mm)

Kc=0.67 Kc=0.9 Kc=1


1
5
2.3.4 Viscosidade

A viscosidade assumiu os valores de   0 ,   0.00001 e   0.00005 , tal como


avaliado no trabalho de Genikomsou et al. (2015). O valor do parâmetro de viscosidade
depende do mínimo tempo de incremente no passo e de acordo com Lee e Fenves (1998),
 deveria assumir um valor da ordem de 15% do tempo de incremento no passo de modo
a convergência ser melhorada sem interferência no resultado.
Para este trabalho ficou verificado na Figura 6 que no nível de carregamento
estudado (400kN) não houve diferença significativa de resultado, provavelmente por não
se ter atingido grandes subdivisões dos incrementos, o que poderia resultar em valores
menores que o da viscosidade. Pelo trabalho de Genikomsou et al. (2015) diferenças
significativas de resultados só poderiam ser observadas no trecho próximo a ruptura do
modelo.

Figura 6 – Efeito da viscosidade na curva carga-deslocamento

450
400
350
300
250
F (kN)

200
150
100
50
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2
D (mm)

Visc=0 Visc=0,00001 Visc = 0.00005

A Tabela 1 apresenta os valores dos parâmetros calibrados para o modelo constitutivo


do concreto (Concrete Damage Plasticity)
1
6
Tabela 1 –Parâmetros calibrados do CDP.
Valor
Parâmetro Valor Inicial Significado
Final

 38 (Nana et 40°
Ângulo de dilatância
al., 2017)

 0.1 (default) 0.1 Excentricidade potencial de fluxo

1.1667 Razão entre tensão de plastificação na compressão em


 b0 /  c0 1.1667
(default)
equilíbrio biaxial e tensão de plastificação na compressão
uniaxial.

0.6667 0.6667 Coeficiente determinante da forma da seção transversal da


Kc
(default) tensão desviadora.

 0.00001 (Li et 0.00001


Parâmetro de viscosidade
al., 2017)

A Tabela 2 apresenta algumas informações pertinentes ao modelo estático


processado, como tipo de procedimento, biblioteca e elementos utilizados nas simulações.
Posteriormente algumas modificações nestes parâmetros foram necessárias à
implementação do procedimento quase-estático com módulo dinâmico explícito.

Tabela 2 – Dados do Modelo Estático Processado

Lugar Parâmetro Tipo


Passo (Step) Procedimento Static Geral
Biblioteca Standard
Tipo de Elemento
Elemento Sólido C3D20-R
(Element Type)
Elemento Linear T3D2
Ordem Geométrica dos Elementos Quadrática
Carregamento
Amplitude Ramp
(Boundary Conditions)
1
7
Capítulo 3

CALIBRAÇÃO DO MODELO QUASE ESTÁTICO


- DINÂMICO EXPLÍCITO

3.1 Preâmbulo

Uma ferramenta bastante útil que têm sido utilizada na análise paramétrica de
modelos numéricos é a simulação de problemas estáticos como quase-estáticos através de
procedimentos dinâmicos de longa duração. Este tipo de abordagem foi verificado nos
trabalhos de Nana et al. (2017) e Genikomsou (2015).
Como os ganhos no tempo de processamento são consideráveis, é possível
verificar rapidamente efeitos de determinados parâmetros, que podem ser posteriormente
confrontados com análises verdadeiramente estáticas para comprovar o comportamento e
medir com mais acurácia.
A seguir é apresentado um referencial teórico para aplicação destes embasar a
utilização deste tipo de processamento no estudo. As informações foram coletadas dos
próprios manuais de utilização do Abaqus disponíveis na literatura.

3.2. Análise Dinâmica Explícita

Uma análise dinâmica explícita


 É computacionalmente eficiente para um grande número de modelos com
relativamente curtos tempos de resposta dunâmica e para análises de eventos
ou processos extremamente desconíos;
 Permite a definição de muitas condições de contato;
 Usa uma consistente teoria de grandes deformações (modelos podem sofrer
grandes rotações e grandes deformações;
 Pode usar uma teoria de deformação linear (tensões e rotações são assumidas
pequenas neste caso)
 Pode ser usado para realizar análises de tensão adiabáticas se a dissipação
inelástica é esperada gerar calor no material
1
8
 Pode ser usada para realizar análises quase-estáticas com complicadas
condições de contato e;
 Permite tanto automático como fixo o tempo de incremento para ser usado.
Por padrão, o Abaqus/Explicit usa automático tempo de incrementação com o
estimador de tempo global.

3.2.1 Vantagens do método explícito

O uso de pequenos incrementos (ditados pelo limite de estabilidade) é vantajoso


porque permite a solução ser atingida sem iterações e sem requerer a formação da matriz
de rigidez a cada incremento. Isto simplifica o tratamento de problemas de contato.
O procedimento dinâmico explícito é idealmente adequado para análise de eventos de
alta velocidade, mas muitas vantagens do procedimento explícito são também aplicáveis
a análise de problemas lentos ou quase-estáticos. Um bom exemplo é a formação de
chapas metálicas, onde o contato domina a solução e instabilidades locais podem ocorrer
devido ao dobramento da chapa.
Os resultados em uma análise dinâmica explícita não são automaticamente checados
por acurácia como costumam ser no Anaqus/Standard (Abaqus Standard usa o meio
incremento residual). Na maioria dos casos, isto não é motivo de preocupação porque a
condição de estabilidade impõe um pequeno incremento de tempo de modo que a solução
mude apenas ligeiramente em qualquer incremento de tempo, o que simplifica os cálculos
incrementais. Embora a análise possa ter um número extremamente grande de
incrementos, cada incremento é relativamente “barato” computacionalmente, muitas
vezes resultando em uma solução econômica. Não é incomum para Abaqus / Explicit
tomar mais de 105 incrementos para uma análise. O método é, portanto,
computacionalmente atraente para problemas em que o tempo total de resposta dinâmico
que deve ser modelado é apenas algumas ordens de magnitude mais longas do que o limite
de estabilidade; por exemplo, estudos de propagação de onda ou alguns aplicativos de
"evento e resposta" (Abaqus Analysis User’s Guide, 6.14).
1
9
3.2.2. Análise Quase-Estática

O método de solução explícita é um procedimento verdadeiramente dinâmico


originalmente desenvolvido para modelar eventos de alta velocidade nos quais a inércia
exerce uma função dominante na solução. Forças fora de equilíbrio são propagadas como
ondas de tensão entre elementos vizinhos enquanto resolvem um estado de equilíbrio
dinâmico. Uma vez que o tempo mínimo do incremento é usualmente muito pequeno, a
maioria dos problemas requer um grande número de incrementos (Abaqus User’s Guide,
6.10).
O método de solução explícita tem provido boa resposta na solução de problemas
quase estáticos também. Abaqus/Explicit resolve certos tipos de problemas estáticos mais
rápido que o Abaqus/Standard. Uma vantagem do método explícito sobre o método
implícito é a maior facilidade com a qual o primeiro resolve problemas de contato.
Além disso, conforme os modelos tornam-se muito grandes, o procedimento explícito
requer menos recursos computacionais (memória, processador) que o procedimento
implícito (Abaqus User’s Guide, 6.10).
A aplicação de procedimento dinâmico explícito para problemas quase-estáticos
requer algumas considerações. Uma vez que a solução estática é, por definição, uma
solução de longo tempo, é frequentemente impraticável computacionalmente analisar a
simulação em sua escala de tempo real, a qual iria requerer um excessivo número de
pequenos incrementos. Para obter uma solução econômica, o evento deve ser acelerado
de alguma forma.
O problema é que quando o evento é acelerado, o estado de equilíbrio estático evolui
para um estado de equilíbrio dinâmico no qual forças inerciais tornam-se mais
importantes. O objetivo é modela o processo no mais curto intervalo de tempo no qual as
forças inerciais permaneçam insignificantes.
Análises quase-estáticas podem também ser conduzidas no Abaqus/Standard.
Análises quase-estáticas de tensão no Abaqus/Standard são usadas para analise lineares
ou problemas não-lineares com respostas dos materiais dependentes do tempo (fluência,
expansão, viscoelasticidade e viscoplasticidade multi-camadas) quando os efeitos de
inércia podem ser negligenciados.
2
0
 Taxa de Carregamento

O tempo levado para um fenômeno físico é chamado de tempo natural. Geralmente,


é seguro assumir que realizar uma análise no tempo natural para um processo quase-
estático tende a produzir resultados estáticos bem acurados. Depois de tudo, se atualmente
o evento real ocorre numa escala de tempo natural na qual a velocidade é zero no fim,
uma análise dinâmica deveria ser capaz de capturar o fato que a análise tem, de fato,
alcançado um estado estacionário. Pode-se aumentar a taxa de carregamento de tal modo
que o mesmo fenômeno físico ocorra em menos tempo mas que a solução ainda se
aproxime daquele reproduzida estaticamente, ou seja, os efeitos dinâmicos permaneçam
insignificantes.

 Curvas de Amplitude

Uma curva de amplitude:


 Permite variações no domínio do tempo ou frequências de: (1) carga, (2)
deslocamentos e (3) outras solicitações prescritas a serem dadas através de um
passo (usando do tempo do passo) ou através da análise (usando o tempo total);
 Podes ser definido como uma função matemática (como uma variação sinusóide),
como uma série de valores ou pontos no tempo (tais como uma gravação
digitalizada de acelação-tempo de um terremoto/sismo), por uma pré-definição do
usuário via sub-rotinas, ou, no Abaqus/Standard, como valores calculados
baseados em uma solução dependente do tempo (como a máxima taxa de tensão
de fluência em um problema de conformação superplástica) e;
 Pode ser relacionado a qualquer condição de contorno, carga ou deslocamento
pré-definido.

Definição de Dados Tabular

Pode-se escolher o método de definição tabular para definir a curva de amplitude


como uma tabela de valores em pontos convenientes na escala do tempo. O
Abaqus/Standar interpola linearmente entre estes valores, conforme necessário. Por
padrão, se a derivada da função no tempo deve ser computada, uma suavização é
2
1
aplicada aos pontos do tempo onde a derivada no tempo é discontínua. Em contraste,
no Abaqus/Explicit nenhuma suavização é aplicada por padrão (além daquela
inerentemente associada com o tempo de incremento finito). Pode-se modificar este
padrão de suavização.

Definição de Suavização de dados no Passo (Smooth)

Para acurácia e eficiência as análises quase-estáticas requerem a aplicação de


carregamento que seja o mais suave possível. Movimentos repentinos causam ondas de
tensão, que podem induzir ruído ou inacurácia dos resultados. Aplicando o carregamento
o mais lentamente possível requer que a aceleração mude somente uma pequenas
quantidades de um incremento para o próximo. Se a aceleração é suavizada, segue que as
mudanças de velocidade e deslocamento também são ralentadas.
Abaqus tem um simples, pré-configurada curva de amplitude suavizada que
automaticamente cria uma amplitude de carregamento suavizada. Quando define-se uma
curva de passo suavizada, o Abaqus automaticamente conecta cada par de dados com
curvas cujas primeira e segunda derivadas são suavizadas e cujos valores são nulos em
cada um de seus pontos. Uma vez que ambas as derivadas são suaves, pode-se aplicar um
deslocamento/carga com uma suave curva de amplitude naquele passo usando somente
os dados dos pontos no início e final, com o trecho intermediário sendo automaticamente
criado. Usando este tipo de amplitude de carregamento permite-se realizar uma análise
quase-estática sem gerar ondas devido a descontinuidade na taxa de carregamento
aplicada. Um exemplo de curva de amplitude suavizada é apresenta na Figura 7.

Figura 7 – Curva de amplitude suavizada.


2
2

O Abaqus/Standard e Abaqus/Explicit podem calcular amplitudes baseadas na


suavização de dados no passo. Pode-se escolher o passo suavizado (Smooth) para definir
a amplitude, a , entre dois pontos de dados consecutivos ( ti , Ai ) e (ti 1 , Ai 1 ) como

a  Ai  ( Ai 1  Ai ) 3 (10 15  6 2 ) para ti  t  ti 1,

Onde   (t  ti ) / (ti 1  ti ) . A função acima é tal que a  Ai em ti , a  Ai 1 em

ti 1 . Esta definição destina-se à acelerar ou desacelerar de uma valor de amplitude para


outro. A amplitude, a , é definida tal que:
a  A0 para t  t 0 ,

a  Af para t  t f ,

Onde (t0 , A0 ) e (t f , Af ) são o primeiro e último ponto de dados, respectivamente.

A Figura 8 representa graficamente as duas formas tratadas neste trabalho de


construção das curvas de amplitude em análises quase estáticas de problemas não-
lineares, utilizando método dinâmico explícito.

Figura 8 – Método Tabular e Smooth

Tabular Smooth (Suavizada)


2
3
3.1.2 Comentários Adicionais: Dinâmico Explícito x Dinâmico Implítico

Uma análise dinâmica explícita realiza o procedimento incremental e ao final de


cada incremento de tempo atualiza a matriz de rigidez baseada na mudança de geometria,
motivo pelo qual sempre trabalho com o módulo de não-linearidade geométrica ativado,
e mudança nas propriedades do material. Então uma nova matriz de rigidez é construída
e o próximo incremento de carga (relacionado ao incremento de tempo pelas curvas de
amplitude de carga x tempo) é aplicada ao sistema. Neste tipo de análise a expectativa é
que quanto menores os incrementos, melhor a acurácia da resposta. Um problema deste
tipo de método é que é necessário realizar muitos incrementos de pequeno tamanho para
prover bons resultados. Se o número de incrementos não é suficientemente pequeno a
solução tende a se afastar da solução correta. Além disso, este tipo de análise não permite
a resolução de alguns problemas. Ao menos que seja bastante sofisticada ele não realiza
corretamento carregamentos cíclicos e não lida com problemas de encaixe. Talvez mais
importante, este método não força o equilíbrio das forças internas na estrutura com as
forças externas aplicadas ao corpo.
No método explícito é prevista a solução do equilíbrio dinâmico em cada passo
de tempo t  dt usando a solução do tempo t . Neste método não é necessário inverter a
matriz de rigidez. Devido à isto ele é considerado um método condicionalmente estável,
ou seja, depende do quão pequeno é o incremento de tempo para prover a solução correta.
Por esta razão é necessário garantir que o tempo de aplicação da carga ou tamanho do
incremento sejam suficientemente pequenos em análise quase-estáticas.

Uma análise dinâmica implícita funciona como a explícita, diferindo no fato de


que a cada incremento de tempo a análise faz as iterações de Newton-Raphson para forçar
o equilíbrio das forças internas com as externas aplicadas à estrutura. O equilíbrio é
geralmente definido pelo usuário através de um critério de tolerância da solução. Esta é a
diferença primárias entre os dois tipos de análise. Este tipo de análise tende a ser mais
acurado e pode conduzir a maiores incrementos do passo. Este tipo de procedimento pode
lidar melhor com problemas de carregamento cíclico, montagem e desmotangem, desde
que sejam utilizados métodos de controle sofisticados como controle de comprimento de
arco (arc length) ou controle de deslocamento generalizado. Uma desvantagem deste
método é que, durante as iterações de Newton-Raphson, é preciso atualizar e reconstruir
2
4
a matriz de rigidez a cada iteração. Isto pode ser computacionalmente caro (como
resultado, existem outras que tentam evitar esse custo usando métodos de Newton-
Raphson modificados). Se feitas corretamente, as iterações de Newton-Raphson terão
uma taxa de convergência quadrática que é muito desejável.

3.2. Detalhes do modelo Dinâmico Explícito

Para implementação do modelo dinâmico explícito foram feitas modificações no


modelo utilizado inicialmente. As informações sobre os parâmetros ajustados estão
apresentadas na Tabela 3.

Tabela 3 – Modificações para implementação do procedimento quase-estático.


Lugar Modificação Tipo
Passo Procedimento Dynamic Explicit
Biblioteca Explicit
Tipo de Elemento Elemento Sólido C3D8-R
Elemento Linear T3D2
Ordem Geométrica dos Elementos Linear
Carregamento Amplitude Tabular

Mais detalhes sobre o procedimento e demais parâmetros inerentes à


implementação do procedimento quase-estático utilizando o módulo dinâmico explícito
podem ser consultados nos Anexos do trabalho.
2
5
3.3 Avaliação do Modelo Quase-Estático

A Figura 9 apresenta o resultado dos modelos processados com o método


dinâmico explícito e usando o referencial processado estaticamente. Observa-se da Figura
9 que o resultado do método dinâmico explícito tende a se aproximar bastante do
referencial estático. Fica nítido que no processamento explícito não é possível capturar
efeitos localizados de danificação na curva carga-deslocamento, entretanto representam
com boa acurácia o trecho inicial da curva tanto no método tabular como smooth, sendo
o primeiro o que melhor se aproxima do comportamento final da curva.
O método smooth representa bem a teoria de modelo quase-estático ao fonecer
menor carga máxima que os outros modelos. Entretanto, como verificou-se na Figura 9
melhor aproximação com o método tabular, este foi utilizado posteriormente nas análises
paramétricas com o método explícito.

Figura 9 – Resultado de Modelo Quase-Estáticos

800

700

600

500
F (kN)

400

300

200

100

0
-2 0 2 4 6 8 10 12
D (mm)

Estático Dinâmico Explítico - Tabular Dinâmico Explícito - Smooth


2
6
Capítulo 4

ANÁLISES PARAMÉTRICAS

4.1 Preâmbulo

As análises paramétricas são fundamentais para estimar o comportamento de


modelos físicos em situações diferentes das ensaiadas experimentalmente. Esse tipo de
previsão, além de fornecer economia de tempo e recursos materiais, tem sido bastante
empregado para modelar situações que na prática poderiam ser difíceis de
executar/controlar.
Nesta seção do trabalho serão apresentados os resultados de algumas análises
paramétricas feitas com o método estático geral e com o método dinâmico explícito. Uma
vez que o tempo de processamento do método estático supera em muitas vezes o do
método dinâmico explícito, o número de análises no segundo caso foi bastante superior.

4.2 Análise Paramétrica com Método Estático Geral

4.2.1 Posição

A Figura 10 apresenta um esquema da variação da posição da carga com detalhe da


simbologia utilizada para distância face a face e eixo a eixo do trabalho de Nana et al.
(2017). Em alguns trabalhos esta distância é normalizada pela altura útil da laje para
permitir a comparação com um maior número de experimentos. A Tabela 4 apresenta as
relações a / d , onde a é a distância eixo a eixo carga-apoio e d é a altura útil da laje
levando em consideração a armadura longitudinal positiva.

Tabela 4 – Relação a/d avaliada na parametrização.

Posição a (m) d (m) a/d


Pos1 0.6 0.265 2.2642
Pos2 0.9 0.265 3.3962
Pos3 1.2 0.265 4.5283
2
7
Figura 10 – Variação da Posição da Carga

A Figura 11 apresenta o resultado da curva carga-deslocamento para as diferentes


posições da carga em relação ao apoio, sendo o deslocamento medido no ponto central da
aplicação da carga em todos os casos. Nota-se que a rigidez da estrutura decresce com o
afastamento da carga em relação ao apoio, esperando-se que a mobilização no apoio seja
mais uniforme pela maior propagação horizontal da carga com o afastamento do apoio.

Figura 11 – Efeito da relação a/d na curva carga - deslocamento

800

700

600

500
F (kN)

400

300

200

100

0
0 2 4 6 8
D (mm)

a/d = 2.26 a/d = 3.40 a/d = 4.53


2
8
A seguir é apresentada as diferenças de resultados para o mesmo deslocamento do
ponto central da carga no valor de 6 mm. Este deslocamento foi tomado por ter sido
atingido em todos os modelos simulados. Os resultados foram analisados em termos de
reações de apoio (Figura 12), tensões máximas (Figura 13) e mínimas (Figura 14) ao
longo do apoio e deslocamentos verticais ao longo do eixo central da laje na direção
longitudinal (Figura 15).

Figura 12 – Reações de apoio ao longo do apoio

60

50

40

30
RF (kN)

20

10

-10
0 0.5 1 1.5 2 2.5
Z (m)

Pos1 Pos3 Pos2

Da Figura 12 observam-se valores bem mais elevados de reações de apoio na


Posição 1 da carga. Isto deve ocorrer pelo deslocamento de 6mm representar algo mais
próximo da ruptura do modelo nesta posição. Nas posições 2 e 3 da carga observa-se que
o deslocamento de 6 mm é atingido num estado menos crítico de carregamento.
Comportamento semelhante é observado nas Figura 13 e Figura 14 no que diz
respeito as tensões máximas e mínimas observadas ao longo do apoio. Vale salientar que
como o apoio foi definido apenas ao longo de uma linha, essa região é de concentração
de tensões e por isso os valores devem ser tomados apenas de forma qualitativa.
2
9
Figura 13 – Tensões principais máximas ao longo do apoio

4
3.5
3
2.5
2
Smax (MPa)

1.5
1
0.5
0
-0.5
-1
-1.5
0 0.5 1 1.5 2 2.5
Z (m)

Pos1 Pos2 Pos3

Figura 14 – Tensões Principais Mínimas ao Longo do Apoio

-5
S,min (MPa)

-10

-15

-20

-25
0 0.5 1 1.5 2 2.5
Z (m)

Pos1 Pos2 Pos3

Na Figura 15 observa-se os deslocamentos verticais ao longo do vão para a carga


em posições sucessivamente mais distantes do apoio. Como esperado, o deslocamento
máximo tende a se afastar ao longo do eixo à medida que a carga também se afasta.
Observa-se ainda que a carga aplicada no trecho em balanço para simular a continuidade
da laje não apresentou eficácia, visto que não restringiu adequadamente os deslocamentos
neste trecho.
3
0
Figura 15 – Deslocamentos verticais ao longo do apoio

0
U,2 (mm)

-2

-4

-6

-8
0 1 2 3 4 5
X (m)

Pos1 Pos2 Pos3

4.2.2 Resistência Mecânica à Compressão

A resistência mecânica tende a ter papel importante na rigidez dos elementos


estruturais, e neste item foi avaliada a influência de aumento na resistência mecânica
do concreto através da Figura 16. Observa-se que, mesmo para um pequeno
deslocamento do ponto monitorado (1 mm), a influência da resistência do concreto já
passa a ser bastante pronunciada, diferente do observado em outros gráficos, onde a
influência de alguns parâmetros só era possível de ser avaliada na ruptura do modelo.

Figura 16 – Influência da resistência mecânica à compressão

600

500

400
F (kN)

300

200

100

0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2
D (mm)

Fck = 35 MPa Fck = 45 MPa


3
1
4.2.3 Influência da Taxa de Armadura longitudinal

A Figura 17 e Figura 18 apresentam o efeito das taxas de armadura longitudinal e


transversal nas curvas carga-deslocamento no ponto central de aplicação da força.
Conforme se observa na Figura 17 os efeitos da taxa de armadura longitudinal são
bastante pronunciados a partir do trecho não-linear da curva, ou seja, se destacam no ramo
mais próximo da ruptura.
Na Figura 18 observa-se pequena influência da taxa de armadura transversal da
laje, sendo notada apenas alguma diferença em elevados níveis de carregamengo.

Figura 17 – Efeito da taxa de armadura longitudinal na laje

800
700
600
500
F (kN)

400
300
200
100
0
0 1 2 3 4 5
D (mm)

pl = 0.99% (Phi20) pl = 0.637% (Phi16)


pl = 0.389% (Phi12.5)

Figura 18 – Efeito da taxa de armadura transversal

700
600
500
400
F (kN)

300
200
100
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4
D (mm)

pt=0.132% - Phi 10 pt = 0.206% - Phi12.5


3
2
4.3 Análise Paramétrica com Método Dinâmico Explícito – Quase Estático

4.3.1 Posição da Carga

A Figura 19 apresenta curvas carga-deslocamento obtidas com o método dinâmico


explícito utilizando curvas de amplitude tabular. Observa-se uma grande influência da
posição da carga nos resultados, mas fica nítida a aproximação das curvas obtidas pelo
método dinâmico explícito com as curvas de referência obtidas no método estático,
principalmente no trecho inicial das curvas, ou seja, sob pouca influência das não
linearidades dos materiais.
Na Figura 19 existe variação do resultado dinâmico para o estático apenas no final
da curva estática, ou seja, mais próxima da ruína. Neste caso as diferenças de resultado
quanto a carga última são elevadas.

Figura 19 – Influência da Posição da Carga

900
800
700
600
F (kN)

500
400
300
200
100
0
0 2 4 6 8 10
D (mm)

Pos1 - Est Pos 2 - Est Pos 3 - Est


Pos1 - Din Pos 2 - Din Pos 3 - Din

4.3.2. Engaste

Um ponto que foi estudado nos trabalhos de Lantsoght (2013) e Reissen e Hegger
(2015) foi a influência da continuidade da laje nos valores de carga última do modelo.
Desta forma foi proposto neste trabalho investigar a influência deste parâmetro através
da simulação de três condições: (1) semi-restrição pela aplicação de carga no valor de 163
kN no balanço, tal como feito no experimento, (2) giro livre, pela não aplicação de
3
3
nenhuma carga no balanço e (3) Giro Restringido, pela aplicação de restrição de
deslocamento vertical na região de aplicação da carga do balanço.
A Figura 20 apresenta o resultado das curvas carga-deslocamento obtidas com as
diferentes condições estudas. Observa-se da Figura 20 que a continuidade do apoio exerce
sim grande influência, geralmente aumentando a capacidade de carga da laje sob carga
parcialmente distribuída, tal como verificado experimentalmente por Lantsoght (2013).

Figura 20 – Influência da continuidade da laje em uma das direções

900
800
700
600
500
F (kN)

400
300
200
100
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Título do Eixo

Carga 163kN Giro Livre Engaste Perfeto

4.3.3 Excentricidade Horizontal da Carga

A situação de carga parcialmente distribuída na proximidade do apoio nem sempre


ocorre no eixo de simetria da laje, por isso é necessário estudar o efeito da excentricidade
da carga em relação ao eixo central do modelo. Este tipo de solicitação tende a tornar
mais complexa a distribuição e propagação de cargas em direção ao apoio. Nesta fase da
pesquisa objetiva-se avaliar a diferença de resultado carga-deslocamento como uma
forma preliminar de análise do resultado.
A Figura 21 aprensenta as configurações de posição da carga em relação ao eixo
de referência / simetria do modelo. A excentricidade horizontal da carga variou de 0 a
0.90 m. A Figura 22 apresenta os resultados da curva carga-deslocamento obtida com este
tipo de análise.
Observa-se que para pequenas excentricidades (0,30 m) os efeitos da assimetria
do carregamento são pouco pronunciados, enquanto que para carga próximas do apoio
3
4
estes efeitos tendem a afetar fortemente os resultados, o que era esperado devido ao
mecanismo de transferência de cargas se alterar consideravelmente, não mais sendo
válida aquela propagação de caras simétrica devido a assimetria do problema.

Figura 21 – Posição de carga com excentricidade em relação ao eixo de simetria


do modelo estudado.

Figura 22 – Efeito da excentricidade horizontal da carga na laje.

900
800
700
600
500
F (kN)

400
300
200
100
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18
D (mm)

Exc = 0 Exc = 0.30 m Exc = 0.60 m Exc = 0.9 m


3
5
4.3.4 Taxa de Armadura Longitudinal

A Figura 23 apresenta o efeito da armadura longitudinal positiva nas curvas carga-


deslocamento do modelo numérico estudado. Para barras de φ20 mm a taxa de armadura
vale 0.99%, para barras de 16 mm a taxa geométrica de armadura vale 0.637% e para
barras de 12.5 mm a taxa geométrica de armadura vale 0.389%.
Da Figura 23 observa-se a nítida influência da taxa geométrica de armadura
longitudinal nos resultados, sendo os efeitos mais pronunciados quanto menor a redução
da taxa de armadura.

Figura 23 – Efeito da taxa de armadura longitudinal

900
800
700
600
F (kN)

500
400
300
200
100
0
0 5 10 15 20 25 30
D (mm)

LongPhi20 LongPhi16 LongPhi12.5

4.3.5 Taxa de Armadura Transversal

Embora a laje seja unidirecional no sentido de haver apenas uma direção


preferencial de flexão, espera-se que as armaduras transversais também exerçam
influência sobre o comportamento do modelo. Nas análises preliminares, devido a grande
solicitação encontrada nas armaduras transversais é de suma importância mensurar a sua
influência nos resultados.
A Figura 24 apresenta o efeito da taxa geométrica da armadura transversal nas
curvas carga-deslocamento. A taxa de armadura correspondente as barras de 10 mm vale
0.132%, para as barras de 12.5 mm vale 0.206% e para as barras de 8mm taxa geométrica
de armadura do modelo reduz para 0.080%.
Da Figura 24 observa-se que os efeitos da armadura transversal são menos
pronunciados que os da longitudinal, sendo mais evidentes no trecho final da curva, onde
as não-linearidades tendem a afetar mais o modelo.
3
6
Figura 24 – Efeito da taxa de armadura transversal.

900
800
700
600
F (kN)

500
400
300
200
100
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
D (mm)

TransPhi8 TransvPhi10 LongPhi12.5

4.3.6 Efeito da Simetria

Este tipo de análise deveria ser realizado preferencialmente no início dos


trabalhos, uma vez que poderia incorrer na possibilidade de redução do modelo para as
análises paramétricas e consequente possibilidade de melhoria na discretização do
problema. Entretanto, ainda que tardio a análise serve para avaliar a possibilidade de
implementação em pesquisas futuras.
A Figura 25 apresenta uma vista da placa da instância placa de concreto com
aplicação da condição de simetria no eixo central da placa, bem como as demais
condições de contorno dos apoios e cargas empregados.
Neste caso foi implementada a condição de contorno U z  URy  URx  0 , ou

seje,a tanto as translação na direção Z como as rotações em torno do eixo Y e Z tiveram


de ser restringidas. Atenção especial foi dada a aplicação das mesmas condições de
contorno aos elementos da armadura, item que está melhor elucidado na Figura 26.
Um aspecto que vale ser ressaltado neste tipo de simulação é que pensar o
problema usando de simetria já no início da modelagem pode ser bem mais vantajoso que
tentar sua implementação posteriormente, uma vez que é mais fácil construir o modelo
que reduzi-lo a partir de um já implementado.
3
7
Figura 25 – Aplicação das Condições à Placa de Concreto

Figura 26 – Aplicação das Condições de Contorno à Armadura.

A Figura 27 apresenta uma comparação dos modelos dinâmicos explícitos usando ou


não simetria para redução do problema. Os resultados dos modelos foram comparados ao
referencial estático.
Verificou-se boa aproximação entre o modelo dinâmico com e sem simetria, sendo
validada portanto a boa construção do modelo simetricamente. Verifica-se ainda a boa
3
8
aproximação do mesmo modelo simétrico com o referencial estático, exceto pelo trecho
final da curva.

Figura 27 – Efeito da simetria no modelo numérico

900

800

700

600

500
F (kN)

400

300

200

100

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
D (mm)

c/ simetria - Din. Explícito s/ simetria - Din. Explícito s/ simetria - Estático

4.3.7 Efeito da Discretização

A implementação de simetria possibilita a redução do modelo em termos de


número de elementos/nós e, por conseguinte do tempo de processamento. Com vistas
a tirar vantagem desta redução do problema e aumento da acurácia dos resultados
pode-se aumentar a discretização do modelo. Neste caso, foi possível aumentar a
quantidade de elementos ao longo da espessura de 3 para 6 elementos.
Vale salientar que além do uso da simetria, o próprio método dinâmico explícito
já viabilizaria uma maior discretização pela forma de processamento do problema,
que tende a consumir/requerer menos recursos computacionais que o método estático
geral.
Na Figura 28 está apresenta a malha de elementos finitos empregada para a placa
de concreto e para a armadura, sendo apresentados os elementos finitos utilizados da
biblioteca explícita do Abaqus. Neste caso foram empregado os elementos C3D8R
para os elementos sólidos e T3D2 para os elementos de treliça usados na armadura.
3
9
Figura 28 – Discretização refinada da Malha

Figura 29 – Efeito da discretização da malha de elementos finitos

900

800

700

600

500
F (kN)

400

300

200

100

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
D (mm)

Malha Grossa Ref. Estatico - Malha Grossa Malha Fina


4
0
A Figura 29 apresenta o efeito da discretização da malha de elementos finitos do
modelo. Conforme pode-se observar, a melhoria da discretização permitiu melhorar o
ajuste do trecho final da curva com o referencial estático.
A Tabela 5 apresenta informações acerca dos detalhes da malha de elementos finitos
utilizados em modelos sem simetria e com simetria.

Tabela 5 – Detalhes da Malha


Malha Grossa Malha Grossa Malha Fina
s/ simetria c/ simetria c/ simetria
Dimensão do
10 cm 10 cm 5 cm
Elementos
Número de Elementos 6638 3365 16607
Número de Nós 8311 4335 20091
Número de
23507 19134 33616
Incrementos
Tempo de
3’26’’ 1’13’’ 13’35’’
Processamento

4.3.8 Efeito da Concentração de Tensões no Apoio

Um dos aspectos negligenciados no início do estudo para simplificação das análises


foi a consideração do apoio ao longo apenas de uma linha representativa do eixo. Este
tipo de modelagem tende a provocar aumento de tensões na região, que podem induzir a
ruptura prematura do modelo numérico.
A Figura 30 apresenta uma vista do modelo implementado com as placas
representativas dos apoios. Neste caso continuou-se aplicando a condição de contorno ao
longo de um eixo, mas neste caso na face inferior de um material mais rígido (aço) e com
possibilidade de distribuição de tensões ao longo da largura da placa, e não só do eixo na
face em contato com o concreto.
4
1
Figura 30 – Modelo com Placa nos Apoios

Atenção especial neste caso deve ser dado a dois aspectos: (1) implementação do
contato entre a superfície do concreto e do apoio metálico e (2) concordância de nós após
discretização das partes (laje de concreto e placa de apoio). A Figura 31 apresenta uma
vista do modelo numérico discretizado com a concordância de nós citada.

Figura 31 – Detalhe da discretização da malha de elementos finitos

A Figura 32 apresenta o efeito da modelagem do apoio como: (1) linha de apoio e (2)
placa de apoio. Da Figura 32 observa-se grande influência nos resultados, seja no trecho
inicial da curva como no final. Este resultado era esperado uma vez que a modelagem
como linha de apoio tende a provocar concentração nesta região. A depender da análise
estas diferenças podem ser mais ou menos significativas.
Como nesta fase da pesquisa o objetivo era avaliar mais qualitativamente alguns
parâmetros, estre tipo de discrepância nos resultados pode ser considerado aceitável.
4
2
Figura 32 – Efeito da modelagem do apoio.

600

500

400
F (kN)

300

200

100

0
-0.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5
D (mm)

Linha de Apoio Placa de Apoio


4
3

CONCLUSÕES

Do estudo realizado com a calibração dos modelos estáticos e quase estáticos


(dinâmico explícito), as seguintes conclusões podem ser elucidadas:
 O parâmetro do Concrete Damage Plasticity que mais influênciou na
calibração do modelo estático foi a dilatância, sendo o efeito de
parâmetros como a viscosidade mais pronunciados apenas na região
próxima da ruína, a qual nem sempre foi atingida no modelo numérico.
 Dentre os parâmetros do método dinâmico explícito que tendem a mais
influenciar os resultados estão o período T de aplicação da carga e a curva
de amplitude, sendo idealmente calibradas de modo a eliminar os efeitos
dinâmicos da simulação no intuito de aproximar esta de uma situação
quase-estática.
 Modelos dinâmicos calibrados se aproximam de simulação quase-
estáticas com diversas vantagens, dentre as quais merece-se destacar: (1)
maior velocidade de processamento e (2) menor esforço computacional.
 A concentração de tensões provocada pela utilização de linhas de apoio
influencia fortemente os resultados da curva carga-deslocamento, tanto
no trecho inicial quanto final, sendo recomendada a construção de placas
representativas dos apoios e criação de interface de contato entre os
elementos.
 A aplicação de condição de contorno em força, embora inadequada do
ponto de vista de não permitir a captura de eventuais curvas pós-pico da
carga, possibilitam melhor processamento do ponto de vista de exigirem
menor quantidade de iterações por incremento para convergência do
resultado.
 O modelo simétrico, quando bem construído, tende a representar
satisfatoriamente o problema analisado, sendo os ganhos relativos ao
esforço computacionais tais que possibilitem melhoria na discretização
da malha de elementos finitos.
4
4
REFERÊNCIAS

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(ACI 318-11) and commentary. Farmington Hills, MI, American Concrete Institute.
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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118 – Projeto
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Compression. ACI Jounal (Technical Paper),N° 82-72, pp. 797-804.
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ANEXOS

A.1 Implementação do Procedimento Quase-Estático no Abaqus/CAE 6.14

Para alterar o tipo de procedimento do processamento: No menu Model à esquerda, clica-


se com o botão direito na guia: Carregamento->Replace-> Dynamic Explicit.

Para configura o procedimento dinâmico explícito: clica-se com o botão direito


sobr e aba Carregamento. Na caixa Time Period deixou-se o valor padrão do período
de 1s. Embora seja um tempo pequeno fisicamente, para o processamento será
considerado um tempo bem elevado devido ao grande número de pequenos incrementos
de tempo.
4
8

Na aba Incremetation o tipo de incremento foi deixado automático. Os


parâmetros de estimador de incremento estável e máximo tempo de incremento não fora
alterados. Mais detalhes sobre o significados destes parâmetros podem ser consultados
no Manual do Usuário.

Na aba Mass Scaling foi deixada pré-configuração com: Usar massa escalonada
e definição de “passo completo”.

Na aba Other: Os parâmetros de Viscosidade Linear de Bulk e Viscosidade


Quadrática de Bulk foram deixados com valores default do programa.
4
9

Na guia Ampltudes foram testados dois métodos, como mencionados no


referencial teórico do relatório: (1) Tabular e (2) Smooth Step, sendo o segundo mais
adequado para a simulação quase estática pela suavização da curva de amplitude.
Curvas de Amplitude

O preenchimento das curvas de amplitude nencessitou de apenas dois pontos, o


inicial e final, sendo correlacionados as amplitudes com o período de tempo estabelecido
na guia Step Procedure.
5
0

Após criação das curvas de amplitude, estas foram aplicadas as condições de


contorno em carga como segue abaixo.

Para o processamento dinâmico explícito é necessário modificar os elementos


usados, sendo necessário adotar os disponíveis na biblioteca Explicit do Abaqus. O grau
da função aproximadora dos deslocamentos com esta biblioteca precisa ser linear. E foi
implementada a integração reduzida dos elementos. Para o elemento sólido foi utilizado
o elemento C3D8-R. Para os elementos de treliça procedimento semelhante foi feito,
sendo usado o elemento T3D2.
5
1

Na guia de monitoramento do processamento pode-se observar a dimensão dos


pequenos incrementos de tempo ( dt  4.253895 ), e o número total de incrementos
(23507).

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