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A tese da construgdo do ‘povo brasileira” nos anos 1910 Liane Maria Bertcei-Martins No Brasil, 0 impacto das novas idéias Tes com transformagdes sociopoliticas que pretenderam implementar uh. projeto de ‘redlengaia® nacional que comecara a se delinear de forma mais consistente com o fim da 8c @ instauragio de uma nova forma de governo, a repiblica (1889), que substituia uma monarguia que parecia pouco eficiente para satisfazer as demandas que 05 ‘novos tempos” anunciavam (pelo menos segundo grande parte da elite politica ¢ intelectual, de muitos cafeicultores, comerciantes e empresirios). Egrmar_o_pove_ brasileiro ¢ construir uma ‘naco modema’(2), apareceu entio como ideal Calalisador de varias propostas que hd alguns anos estavam na mente ¢ nas ages de varios homens: meédicos ou educadores, advogados ou militares, vérios deles politicos, inspi industial Uni os meios anunciados fo Sonhado empreendimento estavam 0 conhecimento cientilico € a cdUCaRaO™ r Nascida sob 0 lema day sefet € do Progresso, @brepiblica teve na ciéncia um dos pilares sobre 0 qual © novo regime politico Busco se organizar e legitimar. Instaurado em um periodo de Proliferagdo das fébricas, de grande imigragdo européia (incentivada, inclusive com subveng30 estatal, pata suprir eafezais, e também cidades, de mao-de-obra) e, conseqiientemente, do erescimento dos principais centros urbanos do pais (a populagdo de Sto Paulo, por exemplo, cresceu 269% entre 1890 € 1900 ¢ continuaria crescendo em média 25% a cada 5 anos, nos primeiros anos do século XX)(3), 0 governo republicano faré um grande investimento cientifico ¢ educacional na tentativa de reordenar e conduzir o Brasil pelo caminho que, acreditavam muitos, ‘ransformaria o pais em uma das grandes nagdes do mundo. (BERTUCCI, 2004, p.42-90) Neste contexto, que ganhou diferentes nuangas nas primeiras décadas do Novecentos, amt conhecimento sobre tio foi to importante i agg que habit imenso, e aida pouco explor i chamado Brasil Udéias eugénicas, singularés tradug¥es, Toram entdo implementadas nas Primeires—déendis do século XX com a pretensiio de melhorar a constituigdo fisica ¢ mental do brasileiro através da miscigenagao com 0 branco europeu, em um processo de branqueamento que possibilitatia a reabilitago da nagao, (MARQUES, 1994; SCHWARCZ, 1993, p.141-238; STEPAN, 2004)(4), Paralelamente, a partir de meados dos anos 1910, ganhou destaque a tese que, através do cuidado com a sade € a educagaa, 0 brasileiro nato (entendido como 0 homem que ha séculos habitava 0 interior do pais) poderia ser salvo do triste destino que aparentemente the estava reservado devido a primitiva mistura racial € ao clima tropical do pals sé 2 miscigenagao com brancos estrangeiros mio seria a soluso para a boa constituigto da populagdo. nacional.(S) Descendentes das unides dos primeiros europeus que aportaram na América portuguesa com indios | Sb 5 tansfomastes padi as mutans ra medina cient pti e meas Go scala XIX, i nt ones (CZERESNIA1997,LEATOUR, 1994 SOLOMON BAYET 1986 2 Como esreve Ei Hobshawm: nasonalsms fdo itros ans 1850-1914 tai cade ema nga crtrio cen, decsivos 8 ices ran xt du nao em poten. po gus nee core sr caves i cae in nels Sevan HOBO RUM, 2002 p.126, 131-152), Sr tamba nese prod east de modeiadec popes vert enendida cons ategdsda tector tla zim shes, impatnads plas nsuima 0 cnhecment cientiin qu aeraan de mane nde! Set tas pone CC [BENJAMIN, 1073, BRESCIA, 1988 SCheMORs Ouoceios SEVFERTH, 1996 Al s¥ SCHWARCE, 1993, p23) 5 Signiatva nese cnet fa dimiuico pogressiva do aemer de imei, certamene inca pte gue os pegs fo a ‘uso Ge efea) os pints anos Go seul XX. erro ero oe do Reeth Ra qc denncoese wena hohe Se ease ‘Sia Palo dos nade vinds distinc a pri, ple Dacre Print da igre subvencisats dsm, Ag Sosa byinconent pies saravam os ctansros A Pinca Guta Man, 19161515, fr oot Sees: por noe acne Wiregranes. Enos RIBEIRO, 1003 2 © negros, esse habitante do Brasi abandonado, ignorante nig, e precisava ser resgatado: os conecimentos da moto cree omer TET Peat al ea possivel (como escreveria Monteiro Lobato, ao promover a revisdo do Jeca Tatu em 1918: “O Jeca no é assim: esta assim”). Chamado sertanejo, caboclo ou caipira, esse habitante do pais vivia disperso de norte a sul do Brasil; afinal 0 interior ou o sertiio, espago geografico pouco definido, poderiam comegar logo ali, onde acabavam as grandes avenidas dos prineipais centros urbanos do pais. (LIMA; HOCHMAN 1996) Foi o sertanejo que Arthur Neiva e Belisério Penna encontraram em sua expedigdio cientifica que, em 1912, partiu do Instituto Manguinhos, no Rio de Janeiro, com destino ao Brasil central Pioneiros na dentineia do estado de pentria, ignordncia enfermidade em que viviam os habitantes daquela regio, a divulgagtio das memérias da viagem de Neiva e Penna representaram impulso decisivo para o movimento sanitarista nacional6, que mobilizou médicos, educadores, politicos, engenheitos ¢ grande parte da opinio pablica brasileira no final dos anos 1910. No dia 18 de margo de 1912 os doutores Arthur Neiva e Belisétio Penna deixaram o Rio de Janeito (NEIVA; PENNA, 1999, p.184). Destino: Salvador, Bahia, e dai para o interior, para o sertio, regio semi-érida, de poucas matas (em geral, apenas nas margens dos rios, ribeirées ¢ lagoas). Foram 7 meses percorrendo extensas teas dos estados da Bahia (norte), Pernambuco (sudoeste), Piaui (sul) e Goids (de norte a sul). A viagem realizada a pedido da Inspetoria de Obras contra a Seca do governo federal, organizou dados sobre a terra, a flora e a fauna; as gentes, seus hdbitos e enfermidades. Recolheu e, mesmo com dificuldades e muitas perdas, transportou espécies vegetais, minerais ¢ animais para estudos posteriores (em Manguinhos); fez experiéncias e exames in loco € fotografou muito do que viu. O Brasil que emergiu das observagdes de Neiva e Penna era desanimador. Haveria salvagao? Nas memérias da expedigio cientifica, publicadas 4 anos depois, as notas sobre o clima ¢ a terra (sua flora e fauna) aparecem primeiro, e a dificuldade para obtengao de dados é notéria. Foi grande © esforgo para medir a temperatura ¢ os ventos, € também para entender o diferente regime das Aguas de regio tio extensa (em geral chuvas de setembro/outubro a dezembro), com rios que secavam em grande parte do ano, Concluiram: a seca acontecia de forma progressiva, de leste para este (a vegetago assim indicava), e mais, a rea castigada pela seca tenderia a aumentar, 0 culpado: o homem, “Em toda a zona, 0 homem procura apressar por todos os meios a formagio de deserto, pela destruigio criminosa e estipida da vegetagao”, afirmavam os doutores. A utilizago de lenha por companhias de transporte ferroviatio e fluvial (na regio da Bahia) e, em toda a regifio, a pritica da coivara(7), que estaria destruindo a vegetagdo até em areas proximas dos cursos de digua chamas incontrolaveis acabariam com a vegetagio “naturalmente enfezada [que dificilmente rebrotava] ¢ que protegia a figua escassa daquelas zonas”. A solugiio seria o reflorestamento, pois a construgao de agudes, grandes ou pequenos, como muitos advogavam, sé atenderia necessidades prementes nos periodos da seca, em nada contribuindo para a efetiva solugio do problema que extrapolava as épocas de grandes estiagens. (NEIVA; PENNA, 1999, p. 77-78; 83-84) Ao mesmo tempo que analisavam a flora, que muito informava sobre os tipos de solo (pouco férteis na maioria da rea), os doutores observavam os animais, miniisculos ou de grande porte, perniciosos ou titeis ao homem e, principalmente, olhavam os sertanejos. Os habitantes da terra, que viviam dispersos por uma regio em que os centros urbanos pontuavam imensas éreas praticamente desabitadas, a maioria vivendo em extrema miséria, doentes. 6 Sarita (a maori médico eu engi), densi pel qual hls pasar ar ombeido 0 frm da plica d aie pubis {que envi tego mle com hres, igre: cco) ua pip! preoepagio, "Cova, prt de ogem gna gus conan ser ogo 4a pa eno ees plato de pequees gs demi, 3 Impaludismo, raiva, bécio, doenga de Chagas, enfermidades nervosas e dos olhos (como 0 {racoma), difteria, pneumonia, ancilostomose, febre amarela. Segundo o diagnéstico dos doutores, © homem do interior do Brasil nao vivia, mas sobrevivia ¢ muito mal, Era preciso curi-lo e, prineipalmente, educé-lo. Segundo Neiva e Penna, devido a0 abandono e ignorincia em que se encontrava aquela populagio, cram as pouco eficientes terapéuticas populares ¢ a nefasta prética do curandeirismo os recursos utilizados pelo sertanejo para combater as doengas e tenlar manter saiide, Afirmavam: “Em localidades onde ha médicos, estes sio consultados em ultimo caso; primeiramente apelam para as rezas e as medicagdes [populares] em uso.” (NEIVA; PENNA, 1999, p.162) Mal educado, abandonado a propria sorte, o sertanejo usaria uma terapéutica to exétiea quanto ineficiente. Alho, sal, alcool, limo; raspas de troncos de Arvores, frutos, infusdes de folhas ou resinas de plantas nativas. No combate as enfermidades e acidentes com animais pegonhentos (especialmente cobra) a uilizagio de substincias que a tradigdo popular consagrava, ¢ 08 médicos consideravam indeuas, era grande. Outro aspecto que chamou a atengao dos médicos foram as crendices relacionadas & cura, que pululavam por toda parte. Assim, para as pessoas da regio, nada ais eficiente para combater mordida de co com raiva do que colocar na boca da vitima a chave do sacrario de uma igrcja e tratar 0 local da mordedura com a ponta queimada de chifte de veado. Beber digua servida no sso hidide da garganta do guariba (pequeno macaco da regido) ¢ comer a traquéia e miisculos da garganta do animal, era considerado remédio certo contra o bécio. Contra 0 impaludismo, penas torradas de ‘galinha de angola’, cujo sangue era bebida eficiente para o combate & pneumonia, A aplicagdo tépica de sarro de eachimbo (com ou sem adigto de limalha de ferro ou limo) era, para muitos, remédio poderoso contra enfermidades dos olhos. Rezas variadas e amuletos diversos (como uso do dente de jacaré preso no chapéu) completavam 0 arsenal terapéutico dos homens do Brasil central, regido onde a crenga no mau olhado de alguns individuos, que com sua presenga aniquilariam qualquer terapeéutica, eno poder de curar de algumas pessoas era, segundo Neiva e Penna, “verdadeiramente espantosa, mesmo entre “as pessoas de maior cultura” (NEIVA; PENNA, 1999, p.161-162)98*, H Gowtes dy Wher we Valve 2m aw Ua dn canbe, wow kre Assbciadas em geral a ignordncia e miséria, as erendiees e priticas populares de cura ndo seriam, desta forma, o simples resultado da falta de educagio, afinal eram compartithadas por “pessoas de ‘maior cultura", como diziam os proprios doutores. Assim, 0 que emergia das memérias de Neiva e Penna cram priticas hi muito arraigadas no cotidiano das pessoas, ricas e pobres, que as reclaboravam © empregavam no dia-a-dia, por vezes combinando-as com saberes utilizados pelos médicos no século XX a utilizagdo de calomelanos é um exemplo(8). Muitas destas praticas do sertancjo, como a ingestio de urina contra a raiva ou a utilizagfo do alho e do limto contra varias rmoléstias (NEIVA; PENNA, 1999,p.162-163), lembravam uma medicina de outros tempos, quando ‘medicamentos oficiaistinham nos excretos humanos e de animais componentes certos ¢ poderosos, © quando a distincia que separaria a cozinha do laboratério ou do consultério médico nfo era ainda to grande parte do arsenal terapéutica da medicina do Novecentos, o éeido citrico (presente no limo € outras frutas), usado como auxiiar terapéutico contra algumas doengas, denunciava a proximidade. (BERTUCCI, 2004, 220-226) Dessa forma, muito das praticas populares de cura que gozavam de grande prestigio entre os sertancjos eram o resultado da diversidade, trocas e novas eriagées de saberes de diferentes origens (de indios, brancos ¢ negros) © épocas. Valores e crengas que haviam sido ineorporados ¢ reorganizados de forma singular por individuos de classes e grupos sociais diferentes, em um movimento continuo de idéias que ganhavam significados diversos ¢ inédites ao longo dos anos {Fuzendo wna mista singly, eo mei roo cna iva vs pesos Ser contami a os seit cm clomelnes (evn earns, 199 16} Caloncans, slugs abe de mers dds, em mat ldo eos med ds primes Sse do ‘Novcenos eo su pet pupal eatin, 4 (GINZBURG, 1990; 1993; CHARTIER, 1990, p.121-139). Sob essa perspectiva, ganhariam outro centendimento diferentes priticas observadas por Neiva ¢ Penna. Entretanto, para os dois médicos a questio era outra: era preciso acabar com o que classificavam de ignoréncia que, com virias intensidades, infestava o interior do Brasil, s6 assim as doengas Poderiam ser tratadas ¢ uma ‘nova populagio”, saudével, surgiria, Seriam os euidados mi ios problemas de saiide © a educagio da populagao, que colaborariam definitivamente even povo brasileiro, pois 0 que existia no serio nao seria mais que o resultado de séculos de ablimdeno, que havia resultado em miséria fisica e intelectual das pessoas. Era preciso mudar, com urgéncia, Conhecer efetivamente a regio, suas virtudes ¢ limitagdes era imperativo para essa transformagao, mas fundamental era conhecer o cotidiano do sertanejo para tentar modifieé-lo. Observando 0 dia-a-dia das pessoas, Neiva e Penna, classificaram a alimentagio dos homens do sertio de “insuficiente € md”. A base de charque (came salgada, em tiras largas) de bode e, as vezes, de gado bovine, farinha, Ieite ¢ rapadura. Os mais pobres comeriam ainda menos. (NEIVA; PENNA, 1999, p.164-165) Descalgos, com roupas “o mais rudimentar possivel” (com excego do vaqueiro, vestido de couro dos pés a cabeca, para se protezer dos espinhos da flora do sertio), viviam os sertenejos em casas mal iluminadas e feitas, em geral, de pau-a-pique9 (que favorecia a proliferagao do transmissor da dloenga de Chagas, o chamado barbeiro) cobertas de ramos de palmeiras ou, nas areas mais secas, de telhas de barro. Com poucos cémodos e o chiio de terra batida. As tinicas moradias que, longe das cidades, tinham alguma cor diferente do barro eram as dos fazendeiros: caiadas de branco, com paredes reforgadas ¢ chao de tijolo. Mesa de madeira, alguns bancos, redes e arcas de couro © madeira eram todo o mobilidrio, inclusive na maioria das casas dos donos de grandes fazendas (NEIVA; PENNA, 1999, p.166-167) Ao considerar as dificuldades materiais de transporte, de informagao educacio, um fazendeiro do sertio dizia: “isto aqui € uma sepultura aberta” (NEIVA; PENNA, 1999, p.174), Isoladas, as populagdes do Brasil central seriam dominadas por uma vida rotineira, pouco criativa ou inovadora, “praticamente impermedveis 20 progresso”, afirmavam Neiva e Penna. Para os dois médicos a mais, importante causa dessa situagdo, que fazia os homens rejeitarem até artefatos industri simples e baratos (como a miquina de costura ou o mocdor de café) era a falta de contato com “outros mundos’, 0 que a imigrago poderia ajudar a resolver. Era preciso incentivé-la, Desta forma, acreditavam, seria 0 contato com os imigrantes que poderia concorrer de maneira decisiva para 0 fim de priticas ancestrais, arraigadas na populagio local, pois os forasteiros seriam difusores do diferente ¢ do novo. Vindos de outras terras, trariam outros costumes e idéias que implodiriam rotinas de séculos, em geral ultrapassadas, muitas delas pemniciosas. Contestavam a tese, que chamavam “absurda’, da incompatibilidade entre o clima da regio e a colonizagao estrangeira, pois, nas margens dos grandes rios, onde estavam “quase exclusivamente as tinicas porgdes férieis de toda a regito [e portanto local para ser habitado e explorado] o clima & perfeitamente compativel com a vida humana de estrangeiro pertencente a qualquer raga” (NEIVA; PENNA, 1999, p.173 € 175), Pontuando nas memérias de Neiva e Penna, comentérios como: “No sul [de Goiis} o elemento branco jé predomina ¢ os habitantes so mais vigorosos” (NEIVA: PENNA, 1999, p.167); indicam quanto a tese do branqueamento permeava a proposta de ambos do resgate cugénico do brasileiro do interior. Bntretanto, a énfase na reablitagio do sertanejo, debilitado fisica e culturalmente, predomina ¢ seu contato com populagdes estrangeiras (que poderia até resultar em uma bem-vinda 9 Paves: pede ita depo var encanto. s rifcigenagio) teria como primazia a introdugio € difustio pelos forasteitos de novos elementos socioculturais que modificaria, pouco a pouco, a vida no sertdo, Afirmavam: “(..) sem 0 auxflio do estrangeiro, cua iniciativa, operosidade ¢ tirocinio, todo o continente americano deve quase tudo do ‘Progresso que possui, sem este concurso, serd intl esperar o milagre da transformagao do sertio do nordeste..” (NEIVA; PENNA, 1999, p.181) Entretanto, para que tudo isso fosse possivel era condigio bisica euidar da satide do sertanejo de forma racional, cientifica, e estudar os males que os afligiam, (NEIVA; PENNA, 1999, p.182). ‘Como realizar essa gigantesca tarefa ? Nas memérias reunidas no relat6rio Viagem cientifica 0 apelo a atuagio constante ¢ enérgica do governo é notério. Mas no de governos locais, divididos por interesses particulares que atravancavam solugSes maiores. Era 0 governo da. repiblica brasileira, da repiblica que pretendia forjar uma grande nago, que teria a possibilidade nica de olhar para a regiio seus problemas como um todo, ultrapassando fronteiras estaduais. Era 0 governo da Unigo quem poderia implementar medidas diversas sob uma direco geral, 0 que, a médio € longo prazo, transformaria o sertio ¢ seus habitantes em parte efetiva do pais chamado Brasil. (NEIVA; PENNA, 1999, p.178-179). Se era preciso realizar a integragio nacional se quiséssemos construir uma nagdo notivel entre as demais, cuidar da saiide, favorecer a educagao, acabar com a peniiria dos moradores do sertio era condicdo bisica, ¢ dever do governo republicano. REFERENCIAS Fonte NEIVA, A: PENNA, B. Viagem ciemlfcnpelo none da Bahia, sudoeste de Pemambuc, sul do Paul de norte a sul de Gols (1916) Ed. 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