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b or ae rs peerent 2) que esses paises deverao aU ey cS i n g c—) g 3 °} a FY oo Pi ie Ey oe Dn eget Tua ‘CoLECAO ESTUDOS CULTURNIS EM EDUEACKO. ‘By (Coordenadorest Tomar Tadd iv ¢ Palo Gens Alongens ma a de aula ~ Ui introdugso sorestador caltaras om educa Tomae Tad cla Siva (one) = edagoga da exclato = Critica ao neoliberaiomo em educao Pao Gent org) = Educa ers do tral ~ Perspect de final de sculo CGaudencio Feigao (org) Dados Intrnacionas de CatalogacSo na PabliasSo (CIP) (Camara Brasira do Lito, SP, Brasil Pedagogia da exluso: erica 20 neoliberal em educa | Michal W. Apple. fee al]; Pablo Gentil ong) 19. ed Perdpoi, IJ: Vones, 2013. (Coleg estado cfrss em edsas50) # ceimpresio, 2018 ISBN 978-85-526-1514.5 1. Educagio e Etado 2 Esols pis 3. Lbealimo 4. Problems sociais L-Apple, Michal W. Il Geil, Pablo AA. Ii sie 95.3086 pps7981 Tics para catslogo sistem 1. Bras: Edueago e Esado 379.81 2. Beas: Educagio popular Polis edcsconal 379.81 3. Bras: Educagio pablea 379.81 4. ras: Exado © educagio 379.81 =v Pablo Gentil (organizador) Michael W. Apple / Stephen J. Ball Robert W. Connell / Marcio da Costa Roger Dale / Marifia Fonseca / Gaudéncio Frigotto Pablo Gentili / Anita Oliver Daniel H. Suarez / Carlos Alberto Torres Pedagogia da exclusao Critica a0 neoliberalismo em educagio “Tradugio de Vania Pagani Thaler 'Tomaz Tadew da Silt GY s2708 O2Es © 1995, Editors Von Lids Rug Fel Lu, 100, 2688-900 Petedpoi, RJ ‘worn rneacomm be ‘rail Todos on dizcitos reservados, Nemhum pate desta obra poder see eproduida ou transmits por qualquer Forma elon quasguer meos (clednico ow mecnic,inclndo fotocipa« gravagio} om arguvads mm _galqoer crac Banco de dado sem perms esta da editor CCONSELHO EDITORIAL Disco Gilberto Gonsalves Garcia Esitres Aline ds Stor Carita arin Josué Pain. Mari Loraine Olen Welder Lanier! Machin Conselhceos Francisco Moris Lanlowco Gar Teobsido Heiemann Volney J Beckerbeock Secreto execativo Joo Baris Kevch Diggrmagior NGSR Desen. Geico (Capa: Omar Santos ISHN 978-85.326-15145 [Bais nf nro ary oo Ese eo fo composto empress pla Editors Vows La, ‘SUMARIO Nora Preunmusn 9 Pooneza ee0UcAGAO, 11 RW. 2 ‘A Eoveacio en TeNPos bE CONSENADDRHO, 4 ‘Mieco doa Costa a ‘os petinos ox mazto~ EsrAno, pRukT2Agho & POUCA EUCACIONAL= ‘aura 00 MERCADO EOUEACIONALE A POLARZXGHO OK EDUEACAO, 129 Roger Dale ‘0 Banco Mundi ea tbUCAGHO: ® ‘Aoeus AEscoLAnUBLCA— fovcnchocusuaonas. 218 Pa C ‘Opancieo EoUcATNO OK NOVA DIRITA Daoist Sasives| -AtovecHo Aronia be OvMENTOS CONSERVADORES. 257 ‘Michael W. Apple & Ania Olver «qualquer balangoatual do neoiberalismo s6 poe ser proviso, Este um movimento ainda inacabado. Por enguanto, porém, € possivl dar lum veredcto acerca de sua aualidade darante quae 15 anos nos pases ‘mais rics do mundo, atnia rea onde seus futosparecem, podemos di er assim, maduros. Econamicamente, 0 neoiberalsmo fracasou, 2 onseguindo nenhuma revitalzagio hisica do capitalismo avangado, So: ‘almente, a0 contro, « neolberaisma conseguiy muitos dos sens ab jetivos, eriando soviedades marcadamente mais desiguss,embora ni tho desestatinadas como queria, Politica e ideologieamemte, todavia 0 neolberalismo aleangou éxito num grat com qual seus fundadores pro- ‘avelmente jamais sonharam, disseminando a simples dca de que m0 hi alternativas para 0s seus prinepios, que todos, sea confessando ou ne- fgando,t2m que se adaptat a suas normas. Provavelmente nenhuma sabe- doria convencional conseguiu um predominio tio abrangente desde © Inicio do século como 0 neolberlismo hoje. Este Fendmeno chama-se Fhegemonia, ainda que, naturalmente, mies de pessoas nto acteditem fem suas eceta resstam a seus regimes. tara de seus oposivores € 4 de oferecer outras receitas e preparar outros regimes. Apenas nao hd como prever quando ou onde ¥io surge. Histricamente, o momento de irnda de uma onda € uma surpresa. Perry Anderson” ng Nealon SABER, El GPT, in oe): nei NoTA PRELIMINAR ste livro 6, em certo sentido, a continuagio do anterior, Neoliberais- sme, qualidade total e educagdo, que organize, juntamente com To- ‘maz Tade da Silva, para esta editora. Da mesma forma que aguele vol- tne, este pretende contribuir para am diagnéstico e uma interpretagso rica das politcas educacionais do neolberalismo. Eneetanc, enguanto aquelelvroestava orientado pela dscussio de uma ds estatégias centrais liza pelo neoliberalismo para reestut ‘ago dos contextospblicos da educaco (a gesto empresarial da qual- ‘dade total, © presente trabalho aborda alguns aspectos mais gras, que petmitem caracterizar ofensiva neoliberal como uma nova pedagogia da {xclnso, Dsciteme aqui quests as como a configuragio dos sistemas tscolares engoanto mercado educacioais (Bal, Dal); 0 impacto dos pro- ‘coos de reforma do Estado edo programas de privatizaga sobee as poll teas edcacionais (Torres) a problemtica da pobreza e da educagio (Connell) 3 formacio dos movimentos conservadores nas esferas educa ‘ions (Apple 8 Oliver); 2s poitias do Banco Muna relaivas ao stor ‘educacional (Fonseca); os enfoques neoreformadares defends por cer tos intelecruase sua artculacio com as concepgbes ¢ a estates conser ‘atdoras no campo das polities soca (Costa; aespecifcdade ea Tien «da crccaformulada pelos neoiberais em relagi 3 ecagio Frigotto) eo ‘ariter asumido plas politics da Nova Dreta enquanto programa de re forma cultural ese impacto sobre um questionamento radical do direto 4 ‘educagio e 3 escola plica como espago insitucional onde esse dicito se tmaterialiva ese congusta socalmente (Gent, Suite). Ext liveo écoleivo nia apenas porque reine artigos eensais de or ‘gens eperspectivas divers. Fcoletivo pore sei da trocae dos debs tes temo realizado com virios clegasecompanhciros que desenvol ‘em ss areas de reflexioe Tita contra as polities de exclsdo, ano ho plan universirio quanto no sina, tanto no traballo militant co tidiano denteo da sla de ala qsanto no interior dex movimentos socials ‘ue lutam pela defesae pela transformagio da escola ples. ’ Agradeo aos aucores dos diferentes capitulos por sua valiosa cont buigio a0 presente liveo. Agradego também 3 Professors Guacira Lopes LLouto, por seus comentivios, suas sugestoes se apoio. Por tlio, ‘devo destacat minha divida de grtido para com Tomae Tad da Siva, ‘Alem de propor e indica alguns dos ension agi inci ele € um it terlocutor permanente para discuir e repensarnovas velhascimensbes ds polities de excluso, Sem sua extraoedinsria capacidade de trabalho «também, claro, sem seu estimlante incentive a erica e 8 reflex0, este livro nfo teria sido posivel ‘A Carmen McRae, Cesaria Evora ¢ Elis Regina devo 9 calor que nos brindaram naqueasfrias manhis de Teresdpolis, Porto Alegre local no qual este liveo foi adguiind sa forma final Pablo Genie Rio de Janeiro, je de 1995, 10 1 RW. Connell POBREZA E EDUCAGAO manera como a escola trata a pobreza constitu! uma avaiagso in poreinte do éxito de um sisters eduacional-Criangs vindas def alas pobressio, em ger, as que tém menos Exit, se avaiadas a partir dos procedimentos convencionas de medida eas mais dfes de serem tetsinadas por meio dos métodos tradiionais, Els 0 as ue tém menos poder na escola, si as menos capazes de fazer valer sts reivindieasbes to de insistir para que sae necessidads sam satiseta, mas spor ‘uteo lado, a8 que mais dependem da escola para obter sua educacio 0 fato de os sistemas edacacionais modernos ausarem, efetivae per sitentemente,0 fracaso daseriangas pobre, fz com que tm sentimento de indignagia percorrs muitos dos esados sobre a questo da desvant gem nadrea de educagio. Autores recentesacrescentam wim certo tom de urgéncia a essa indignagio. Natriello, MeDill e Pallas (1990), por exert> plo, do a seu panorama da pritica educacional americana osubitulo de *Correndo contra a caistofe". © quadro descrto por Kozol (1991) no liveo Saeage Inequalities (Desigualdades selvagens)€ ainda mais sombrio ‘no seu retrar de negligencia deliberada ede profunda tagédia, Este tom tem sido ouvido também fora da educagio, em discusses sobre a *sb- classe" urbana, sobre a violencia em Los Angeles sobre a ascensio do ‘eofascsmo na Europa ‘Aadministago Clinton, em sew primeito ano, no assinalou n sma grande rupuea em relagio potcaeducacional dos anos 1980. tanto, 2 eleigto de Clinton eriou um espago politico nos Estados Unidos ‘eof Vi Whe por own) srr dee aes " araseeconsderar progr coo Has Sant Chapter ae set ‘am eccbend um renova apoio aps pero ecto eho zones esueiox Hi agora oportnidae pars tma discus mas ape femdada do qu inks oeorendes part doe noe 1960; uando enc ram programas de ebicagiocompensati _ SES amen em vor dma eva angen te dea quero eesbogare! algus dev camihon qe ela poder toma. YVoume ale de das ern qu no cstavan sapenies hs anos 1960 © primo dle experienc acumica por prtesoresta, alse mie com programs compensators pate des expen ¢ Enontrada fords Exs Unidos ecuenaey uma as “bbo- fratamandal"compilds por Weiser, 1981-198) masasdceses {ericanasraranenelvam eu eapeiécia em conergio, Ua perspetvamaisnternacional nos ajar ver erases mats prfandas dos problemas etme fornced tna maior gam de epost sepa recurso uma compreen sococentifin mito mais fied da dct ea prose de despa A steno tm sradualment deocal da carers de ess esta de de oneagem pats o arte ittconl danas edvacom par proceos ura qu ees ocrrem Mov argmono de ue tance tes devem sr cena para crepe cago ds cans poles ‘Adc fl vita como ma panesa pars a pobreza, mas nfo ‘ogmais oan profesores(n) so grave) por ea manga asa “cago do pobre sind consti sna arena para confanes pron Siamenton de economic homens de nego especalsas en Set Sos sci eemprecndedores plc clu deconeges ders Seon dees urpreendentmenengenuos sobre o ets edncasonas de mas propo. Espero mar ue expcinia dat) pofesoresta, bem como sa vik educa, io centas para esa qos. importante ter ma so amp da questo pra fag de poses cujas hanes inlets agora bastante von: Send asin, come te mostrar como sugiram o programs compensations ran seus preipotoantes de explorirs one a Pita mas eee Posnezase PROGRAMA [A principal conclusto dis pesquisa scias€ que as pobrezas ndo io todas igual: Harrington, no liveo The Other America (A outra America) a (1962) destacavaosidosos, as minoras os tabalhadores ruras¢ 08 = hempregados industriss como consiaindo diferentes “subculueas da pobre”, Essa distingio éenfatizada em estudos mais recentese sistem fos (p. eX, DEVINE & WRIGHY, 1993). Em escila mundial, as diferengas entre 0s diversostipos de pobreza sio ainda mais evidentes. MacPherson (1987) fla em “guinhentos mi- Thies de eriangas” em estado de pobreza no Terceiro Mundo, a maioria fem dreas ruais A qualidade do ensino que chega até eles € duvidosa; ‘alos (1992) argumenta que a pedagogia formal wiizada em suas esco las profandamente inapropriada. A pobreza nos povoadoseuras € ite rente da pobreza nas cidades de crescimento explosivo, do México a Por to Moresby, iim modelo de crescimento que agora domina a polit ‘as dos pales em desenvolvimento. Foi no cendri urbano que a idea de tima “cultura da pobrers” fo desenvolvida, idea esa que teve um efeito profundo sobre o conceito de edneagio compensaria em pals eos. Focalizo, neste enssi, a pobreza que resulta da dsparidade nas eco rnomias de ales rena da América do Nore, da Europa Ocidentaly da Aus- trlisin edo Japfo, Desde 1964, tém sido fits estatstiens ofa sobre 2 pessoas nese sitasio,wsando-se uma conservadora “Tinka de pobreza”, thaseada em cilculos feitos pelo govern dos Fstados Unidos, de neces- ddadesalimentares minimas das fais. Est crtéio tem sd jgualmen- te utilizado em outros paises) Nesses terms, os Estados Unidos compu- taram 14 milhdes de criangas pobres em 1991, ito é, uma cranga em ‘ada cinco (Departamento do Censo dos Estados Unidos, 1992), Extra polando para os pases capitalists indastralzados como um todo, pode- amos estimar que eles tm cerca de 35 miles de eriangas atingidas pela pobreza E para esas riangas esas necessidades educacionais que €dirigida a ‘educago compensatria”~embora nem rodassejam aleangadaseeviden- femente nem todos os Fndos sejm destnados aos pobres, O ensino des- ‘inal aos pobres remonta is escolas de caridade do século XVII ese ‘olas *poptilares” do séalo XIX mas os modernos programas data ba- ‘scamente dos anos 1960 ¢ tém dma hstriaespectica se ren rar Pes ben Tat see nc temo de No ini do século XX, os stemaseducacionals ram, em sta mato ria, dlberaamenteesratfadon: spreads por aga genera e ‘ue soi vids ens ecolasaeademiascatoion ple prt ‘adas, protestants e ctdlics, Uma sie de movimentos soci envol ‘eu haluta para desapregat clas para eabelecer una eo secun- disiaabrangenee para abrir as univeraades para grupos exlados. OS sistemas educaconas de meados do sul, como restado desta pres Sio,toraramse mais acne O direto educa materia na Desaragio ds Diets da Cnang plas Nodes Uni om 1989 fo aceitaimermacionalmente om ative exergoe como Ais do Sul) Como signifcand iguadade de asso para codon Conrado, esse acs il epreseton apenas mm vitra, No ineror das instaigesformalmente igualivas,crangas proletas, pobreseperencenes a minora rics coninnavam ae desemnpenno Inferior, em testes e examen, a0 de cance vind de fafias reas daclase mea, extavam mae suas x reprovagbeseevasio escolar e tinham muito menos chances de eniar para 9 tnversidae. Decrever tsa egregago informal consi a pinipal preocupaao da Sociol fia ds Edscagio dos anos 1950 c 1960. Atuelowse wma quataade torte de evinces abrangendo dee levatamentos eis como 0 Relatrio Colman, em 1960, nos Exton Unidos fe avalgio rete pectva do autorem COLEMAN, 1990) textos como alae Sia a Escola Inca (FORD, 1969) na Gra Beta, As evidence ue sponta para resultados socalmente desis coninaam a aumentas € tm dos fatos mas coneretamenteetabcecdos sobre ov serge ect lone d ipo cient em oda 5 partes do mando. ‘Os programas de educigo compensatria foram uma resposta a ea simagio hia specs o fac da expan edna do pos aera elo aces, frmalnete uli pars eer uma ake Ste. Eimportante eonhecer gis progrsmos fram rads an ones de reforms soil Nos Eads Unido 0 moines Dic ton Ginn arene ca pobre po pare do inlecans eat ‘Sa plfis d imnnrago Kennedy fson leva a programa da ‘Gers Contra Pores. Sean princpt elcaores foram economist lignos 3 prevdénia sil exe pri xito fora redo da pobera entre as pesons ais thas nd enteeriangas (KATZ, 1999) ‘Aeducago fo twatida para o contest da asistncia soil por meio da coelagio entre nivel mats aixos de educago de um lado, ines 1 de deseo mas altos sros mais xo, de otro Soi a ideia ‘Eom "cao pobrenauralmentado, no gal ban sapragbes ec Stace no cui com aang voy Baixo rendmento mae ‘Slo que pr in ve levava a fracas no merado de ablho po Sera ta prosima eran. A educa competi Fo vt, nto, ‘Sino mero desonper eso nertomperaerang ds pobre Sf narra tei soe &eucagio compensa foram srs oe JINTEY, 19; SIEVER 8 SILVER, 1991) Asin, ofrscas de aes gait fo transfer das iniuighes part fanas «quem els servian,Fanflane cans transforma: Tams em poreadas dam defi pa al asus deena Slcrece uma compensago, Esta mans protege ascrenge conver ‘Sons vbr lacie, sms on doin sare pe a tsolavbre interven na pene nfnca acomprouomscinen toda cdveagio compensa ‘Septic, programs fini com ands pins foram ceacelos nos as 60 e 1970 esl pans cin comeyando ‘omen Eads Unidos incundo Geir ban, Pass Bsinone Auda (pra su desc PETERSON, RABE, WONG, 1988; HALEY 1972 SCHIEERENS, 967: CONNEL, WHITE, JONHSTON, 1991). (Os eae deses programas varia dew pal paraouo,mas ees cto cn comum alans porate elementos de concep. Els lca nese pontoya sift em so cde cerca de 15% Non Eads Uni Ub scalnhe de pobvezs oa nse cquparaa, o programa Chapter Sting hoje 2096 das range; pres ce tinge ma porentagem avr de cola ura porenagem menor de eran Ax ena 04 Si scan slo selena a paride una a de pobress ema ‘aprogamas to planjdos pra ompenar at esvanages da crags pobre, criguccendo sev anblnseducconl la ¢ feo por meio do ‘yscimo de slums cosa stea ecole pré-icolarexiente 0 programas so grainentesdminadonsparaamente do ogamento {Svenconal és ecole (0 FALSO MAPA 90 PROBLEMA As crcunstincias do surgimento desses programas compensatéios ‘os meios politicos pelos quals ees tém sobrevivido ~e nem todos ving am produziram um flso mapa do problema, Design com sso ua sé rie de pressupostos que regem a politica governamental es opinio pli 2, mas que sio factalmente ineorreton, duvidosos oo profandamente enganadores, Os pressupostos centrais so tes: que o problema diz res peitosomente a uma minoria em desvantagem; gue o pobre diferente ‘da maioria em cermos de cultura ou atitudes e que acorrecio da desvan- tagem na educagio é um problema tecnico, exigindo acima de tudo a aplicagio de um conhecimento especaizado,baseado em pesaua, A magem de uma minora em desvaneager esti cmbuida na dela da fedneagio compensatéria atavés da linha de pobrera pela qual os grt posealvo sioientificados. Seam quas forem os dtalhes das estimativas {estes variam dependendo do pais, do etadoe também da épaca, havendo sempre algama controvéria sore o mtod),o procedimento sempre en volveo tagado de uma linha dvisri, em au ponto, para separ as pessoas em situagio de desvantagem dagucas em saga de vantagem, Determinar onde esta dvisio sedi é uma decistofundamentalmente arbitra, Este um problema familiar no tagado de inhas de pobreza, Em programas compensatérios iso leva a uma infindivel dseusio sobre {quis as criangas om esolas devem fazer parte alsa para reeebimento de fundos. O procedimento pode definir 50% da populagio como estan do em situgio de “desvantagem” to logicamente quanto pode definie est poroentagem como sendo de 1090 oi 2088, Contude, a pritca, Ponto ¢ sempre estimado de modo a estipalar uma pestena porcenta- tem, Ito € acreditvel em vireude da imagem jg exstente sobre a pobre za. Aimplicago disso é que os outeos 809% 04 90%, on sei, a marie to todos nama mesma condigio, Mas nio € iss o que moseram as evidéncias.Independentemente dss medidas usadas par estaelecer a desigaldade sociale os resaltados et ‘acioais, gras de vantagem desvantagem atrvessimy, de modo pico, populago escola emo um todo (para um, entre uacentena de exemple, {f. WILLIANS, 1987), Podemosidenifcar uma minriaexcepsionalmente favorecia, como também uma excepcionalmente desfavoreidy mas foco ‘em qualquer dosextremos €insufciente. O pontohindamental qe ade tualdade de case & um problema que aravess tooo sistema ecole. AS «rianga pores no estio diane de um problems isola Esto diane dos tfeiton mais perversos de um pada mais amp, £radicional a creng de que oindviduo pobre mo como o restate de és. Tal erengaafetou a caboragio des programas de edacago compens- ‘ori bret por meio d tese da “clara da pobvera", na. gual a repro: sda da pobreza de uma geraio para utr era tibuida as adaptagbes cl turais do individuo pobre 3s suas circunstincias (LEWIS, 1968: 47°59), Emora vazada na lingaagem da tori cultural do etnégraf ral dela digit imediatamente uma versio psicoldgiea. Diferencas cultura no _gupo sinifcavam dict psicoldgieo no plano individual uma caréncia fis caracteratieas necessrias para se abr sucesso na escola. Com es “mpliagio” do conceto, ma gama bastante anipla de pesquisa, inc indo extados sobre eign ingsticn, sobre expectativas acupacionais, sobve rendimento escolar, sobre quociente intelectual, entre outro, po sia ser interpretada como demonstracio de peivagio cultural. Nos anos 1960 € 1970, iia de deficit culrral nha se tornado parte doestoge catabelecdo de conhecimento de professoresas), asim como de formu Indores de polticaspublias. Foi ess regio idea de deficit que Bernstein (1974) contestou em uma famosa erica edueaio compensatra. As ideas aseadas na no- ‘so de cura da pobreza foram Fortemente ertcadas por antropélogos, linguists profestoresas), para no mencionar as eres da propria po pulacio pobre. Entetanto, elas tm demonstrado uma enorme tenaci- dade, persistindo através de duas décadas de retérica cambiante ~ como Griffin (1995) roentemente mostrou em vin detalhado estado a rexpeito ds pesquiss sobre a juventide, Elas sobrevivem, em parte, porque se translormaram na ideologa orginica dos programas compensatéros. A ‘existéncia mesma dos progeamas evoca alégica do deft, como demons fra Casanova (1990), em um comoventeestudo de caso de dua ciangas roladas dessa forma até por antridades esolares de inclinagio pro fresssta, Deve-se também mencionar que as ideias baseadas na nogao de ‘efctsobrevivem porque se encaixam confortavelmente em ideologias mais amplas sobre diferengas de raga ede case Encreanto, evidénca dos fatos apont, de forma esmagadora, para a semelhanga cultural entre os grpos mais pobres eos menos pobre. AS Pesquisas sobre atcudes, por exemplo, proderem pouca evidencia de que 's pobres no to mesmo interesse das tras pessoas para com aed cagio ou as crianea (para um exemplo recente, focalizado no caso da Inglatera cf HEATH, 1992). Essa conclusto sera de se esperar, dads as eviddncias sobre a demografia da pobreza, uma informasso que € poueo ‘onecida dos educadores, Estudos tai como a Pesquisa Americana sobre «Dinas da Renda, qu seguiu as mesnas familias desde 1968, mostra v ‘um grande nimero de faitias entrando e saindo do estado de pobreza. Nam perfado de mais de vinte anos, eerea de 40% das falas estuda das passaram algum tempo na pobreza, quando o indie de pobeeza em ‘gualgner periodo de doze meses era de apenas 11962 1589 (DEVINE & WRIGHT, 1993). Deveriamos enti esperar que tals pessoas ivessem, ‘em ualquer ocaiao, muito em comum com 0 resto da classe rabalhado- ‘2, incluindo suas eelagées com a escola Nos Estados Unidos, o tema tem sofrdo uma mudanca de foco por meio do coneeito de "uclase wsado para desig os habitants aoame> ricanos dos eentros urbanos marcados por um enorme indice de desem- prego, degradagio ambiental, alto indice de nataidade entee mies solei- ‘oléncia entre os membros da prdpria comunidad e fico de dro- tas Ecvidente que as mais severas concentragbes de pobreza ero, sem ‘livid, as mais severas conseguéncss na edueagio desses grupos (para lobtengio de dados estatisticos ef. ORLAND, 1990). Etnografias feitas tem loeaisurbanos (ANDERSON, 1991) eem comunidades ruais pobres (HEATH, 1990) mostram, efeivamente, modos de vida que se mesclam de forma negativa com as priticas do sistema escolar predominant. O argumento de Ogbu (1988) de que esta mi mistura tent raizes na histria Alo imperalismo, com “minoriasinvoluntérias”y ai como powos indie fas conguistados etrabalhadores escravos, resistin ds instiigdes a supremacia branea, €atraente. Enrretano, a emografia como método pressupde a coeréncia ea diferenga, precsamente a caactristicas que ‘ston questionando; devemos ser cautlosos para mo fazer uma hiperin= terpretagio desse ipo de evidgnca. A inventividadeculeral das pessoas pobres(incluindo os americanos da chamada"subelase”) sua interagio om a cultura popular mais ampla ndo podem, deforma alguma, ser ne- ‘gadas~ do jazz a0 rap, 30 ete wave, 2 moda pusk, aos estos urbanos Contemporaneos, e asim por diante. A pewquis emnogeafca na escola re- stra um forte deseo deeacagho por parte da populagio pobre e das mi- nari mies (p<. WEXLER, 1992, dos Fstados Unidos; ANGUS, 1993, dda Anstrslia) Apesar disso existe um enorme fracaso educacional. lg ‘ma coisa no ests fncionando bem mas, com clarers, diclmence sera cultura das pessoas pobres. ‘Acrenga de que a refoema educacional éacima de do, wma questio ‘nica, uma questo de reunir as pesquisa dela deduzit quais as me- Toes intervengbes, est bem-fiemada no universo educacional. A hier «gia de insiuigdes de ensino calmina nas universidades, elas proprias 8 produtoras de pesquisa sobre edueago. A ideologia dominante nos esti- thos educacionais épostvista,O RelatGrio Coleman fot um monument td pesquisa tecnoeratia, Ax chamadas"escolasefcazes” eos movimen- tosnacionas de testes dio continuidade 3 conviegio de que a pesquisa {quaniatva gears uma politics piblica deforma mais ott mean sto: thitcs, Osos) profesrores(as)siodefinidosas, ness perspectva, coma reeeptadores(ss) pasivos da ciéncia edueacional e nto como produto Fes(s), cles(as) propris(as) de conhesimento fundamental. estat 4e inanciamento da educagio dos sistemas federas, onde unidades lo ‘is fornecem financiamentos do tipo “teijio-com-arto2",enguanto uni ‘dads hierarquicamentesuperioresfinanciam inovagGeseseuurais, enco ‘jam ainda mais uma vito da eeforma educacional baeada no cone nto espcilizado extero, [Embora esse seam as condigesgerais do process de elaboragio de politica educacionis se efeito sobre s polities pleas relacionadas & pobreza é particularmente fore. Os pobres So previsamenteo grupo com ‘oe: menores recursos e com pouco poder para contestar as vise das elites ‘laboradoras de politicaspablicas. Os movimentossoias dos grupos po bres podem ober algumas conceses, mas somente por meio de uma asta rmobilizago eda agiagio social, come mostra clisico estado de Piven © Cloward (1979). Na soo que normalmenteacontecenaeducsgio. Como ‘Weslr (1987) observa, o movimento socal principal, com efeitos sobre a ducago,recentemente, nos Estados Unidos (eo mesmo seaplica a outros aes industilizados), tem sido o da Nova Dita Como consequencia, as discusses sobre potas educacionase po bez tim sido Frequentemente condi sem odo grpos mai pos acomspreendr as questGesenvalvdas: a proprias pessoas pobres¢ ons) profesoresas) de suas escolas um exemplo notivel €a conferéncia de 1986, instaurada pela Secretaria de Edscagio dos Estados Unidos, para reavaliar os programas do Chapter 1, inteiramente composta por aca demicos, administadorese analistas politicos ~ DOYLE & COOPER, 1988). Dos(as)professores(as)espera-se que implementem as poitcat piblicas, ndo que as formulem. As pessoas pobres sto defiidas como os ‘bjetos dese politics, 0 com autoras da transformagio social. O efeto amplo desse mspa das questdes tem sido ode localiza o peo- Mem as eabesss dos individaos pobeese nos erros das escola que 08 Serve, As vines das otras esolas S20 simplesmente tomadas como dads conseqaénci, como Natrello e seus colegas (1990) mostra, 1 de modo petceptivo, para o caso dos Estados Unidos, tem sido uma osei- laglo entre estratégias de intervensio ~a maior de ordem teenocrtica, todas esteetamente enfocadase dentro de wm contexto de maciga insti cincia de fndose nenhuma dela fazendo grande diferenganastuagio. Rewapeanino as QuesroEs ‘© que podemos ofeecer em hugar disso? (0 “nds” €formado por pes- guisadores(as), pelagogon(as), estudantes, administadores(as) e052) leitoresas dle publicagBes como eta) Nio podemos eonrinuar oferecen- «do o que costumeiramente oferecemos: proposas para realizar n0vasin- tervengies conduzidas por especalistas para fazer mais pesquisa para Ihes da suport ténico. O estudo exemplar de Snow e seus colaborado: res (1991) mostra os limitesa que se tem chegado. Esse cuidadoso estado, realizado nos Estados Unidos, bascavaligdespitics para oensino da al: {abetzagio, a partir da comparagio de bons mas leitores entre crangas ppobres. Ao etorar quatro anos depois, esses pesquisadoresdescobriram {que as esperancosa diferencas obidas como resultado de sua interacio, ‘inbam sido anuladas por algo que sé podemos interpreta como sendo as consequénciasestrucoaisda pobreza As melhorias que esses pesquisado- {es propuseram eram certamence importantes para melhorara qualidade de vida das criancas. Mas elas ndo foram eapazes de alterar as fogas que ‘moldavam seus destnos educacionas. [Nio ha grandes surpresas na pesquisa sobre pobreza eedueasio eno hi ports secrets que levem 8 solugio. Se hi um mistéri, € do tipo que Sartre denominou "mistério 3 plena luz do dia", um desconhecimento criado pelo modo como estraturamos eutlizamos nosso conhecimento Estados desritivos de criancas pobresrelizados por psicdlogos,socil0- sos eeducadores cersmente continuario a ser feitos~temperados por declaagies ocasionais de bislogos, dizendo terem encontrado 0 gene responsivel pelo facass escolar. Entretanto esse tipo de pesquisa mao & mais decsivo. O que precisamos sobretudo ¢repensar o padeio que es truturaa formulagao de polltiaspiblicaseo mod como as questies tm sido configuradas. Isso deveriacomegar com 0 tems que surge insstentemente quando aspessoas pobresflam sobre edvcagio: a questio do poder. Esa questo, leva forma institucional da edcagio de massa, politica do curiculo€ 4 natureza do trabalho dots) profesor(a » oven (Oskas) elocadoresas) sentent-sedesconfortveis com Finguagem do, poder falar em “desvantagem” é mais facil. Mas as escolas sto insti {oes Iteralmente poderosss. As escoas piblicas exercem o poder tanto por mcio da obrigatoriedade de frequenté-las quanto por meio das dei Ssesexpecitica que tomam, As nota escolares, por exemplo, no 0 me: fos pontos de apoio do ensino, Eas sio também minisculs dcisdes jar ties, com stats legal, que culiminam em grandes legitimadas decises sobre 28 vidas das pessoas ~ 0 avango na escola, a selegdo para um nivel mais alto de instru, as expectatvas de emprego. As pessoas pobres, de modo geral, compreendem essa carateristica da escola, Ela ext centralmente presente em suas mais desagradaveis ex petincias de educagio, A experiencia vvida pelos estodantes pobres de Froje no ,contudo, nica. Ox sistemas de educacio de massa foram cra dds no século XIX como uma forma deintervengio do Estado na vida da Classe tabalhadora, para regular eem part assumir a educagio das rian fs A obrigatoriedade legal era necesiria porgue tl itervengio eraam plamenterejetada. Por causa dessa histéra, as escolas pilose sua clientela proeriia| tm ua relagso profundamente ambivalente. Por uns lado escola cor portico poder do Estado; daa queixa mais comum de pas e estudan tex: de profesores(as) que “nfo se importam™, mas que aio podem ser ‘brigados(as) a medar. Por outro lado, escola ransformou'se na princi pal portadora de esperangas para um futuro melhor para a classe trae thadora, especialmente onde a esperancas do sndicalismo ou do socia- liso se extinguiram, Davo dilema, pungentemente mostado por Lareau (1987), de pais proletérioe que desejam 0 avanco educacional para seus filhos, mas que nfo tm a denies ou 0s recursos que a escola exige Lida com insiuiges poderosasrequer poder. Alguns dos recurso de que a familias necestam para lida com a5 escolasataisconstiruem os ‘bjetos preferidos das pesqisas posvista sobre crianga alimentagio ‘nlequada,segurangafse,atengdo de adultos sempre disponives, livros fem eas, experiéncia escolar na fama e asim por dante. Esso geral ‘mente ausentes da pesquisa positivist (por serem difeis de quantifcar como atibutos de uta pesos) oF recursos coetivos que produzem o tp ddeescola que depend, para seu éxito, de um ambiente doméstico par- ticular. Tas recursos so aconados quando empresiriose proprietrios complements, por meio de doaces,o financiamento da escola pica a requentada por seus fillos; quando os profesoresunversitros ominam 235 comissées eursculares e grandes empress criam Tivos dticon, ‘quando a incervencio por pare de ais ca clase media profisonalé rece mas que realmente produzem mudangas encontraram uma varedade de ‘mancirat ~ que podem ser situacionais ¢ temporirias ~ de fortalecer a 3530 doslas)professoresas), sua capacidade de driblar os fatores deter ‘minantes ede lidar com as conradigdes de rlagio entre as criansas po- bres e escola, Pensaueno esrearéoico Dado esse remapeamento das questies, nosso conceto do que const- tui uma solugio deve também mudae.Assolusées nio podem consisted ingervengbes baseadas no eonhecimento de especialistas @ partir de wm ‘onto central. Ao contro, devem envolrer 0 conbecimento dispers, uj utilizagio € atualmente impedida, Isc significa que oss) académicos(s) fariam melhor se simplesmen- tesaisem do caminho? Hi muito a dizer em favor de se romper aseotinas pelas qua o prestgio da ciencialegitima inromissbes nas vidas dos indi- ‘ids pobres. Mas nenhum deereto de autonegacio fra tl cosa, dada a influgneia do pensamento teenocritico em crcl lgados as politics |e om fa reign es ode abo caprme com sens deen ‘do doope icon nope decom mn llores oer exer ‘ire Stns time rer gue era apermensem ns. mange. Spjelat wecmom soompi as piblicas em estudos educacionais, Deve-seeambém dizer que os(as) aca Uemicos(as) tem efetivamente recursos e habildades que os pobres seus professores poem utilizar. A primeira necesidade ¢ desloca a elaborasio tecnocitica de politi «as publics ecoloca em seu lugar um pensamentoestratégico. As pessoas fas escolas~alunosas e suas familias, profesoresas) e outzosas fancio fitiowas)~ jf estdo pensando sobre como superar bsticulose vencer 3 injustgs. Tas pessoas no tem de ser aconselhadas a fazer isto! Os(as) in felectais profisionais podem ajudar a circular, orientar, criiat e me- Thorae esse pensimento, Como projeto dese apoiaro pensamento estra- tégico it existente nas escola, a0 invés de substitu, tense todas as r2- ‘es para jusificar 0 envelvimento mais ativo possve danas) académi- ‘os(as) com toda 2 gama de questoesexistentes. Se quisermos usar a oportunidade que agora exist de realizar mudan- «38,0 pensamento estrategico sobre a pobreza deve reconsideraros obe- tivos de agio, a substncia da mudanga os meios ainda as condigdes por Tisess para que essa mudanga veorra Fomuaanoo onsevos [A maioria das declaracdes de objetivos para a reforma educacional trata. jusiga em ermos dstabutivs, Ito elas tratam a educagio, em sande pare, do modo como 3s discusses sobre a justiga economic ta fam o dinheiro como um bem social de eariter padeao que precisa Ser Aistibuido de forma maisjusta. Mesmo se os critéeios para uma distbui ‘0 justa variam de uma esera de politica publica pata outra, como no Sofistcado modelo de jastiga de Walzer, a abordagem distbocional go ‘vernaa dscinsio da edacagio (WALZER, 1983, c3p. 8) Se prendemos algo com o exude da interasio entre curricula € con: texto social € que os processos edaccionais nko constituem um padrio neste sentido. Distrbuir 3s mesmas quantidades de currculo hegemtni- co, para mininas e mieninos, para cnangas pobres e cans ries, rian (8 negrase rian banca imigrantes enativas no prods os mesmios fesukados para eles ou aces. Em educagio,o significado de “quanta” ede “que” ndo pode ser separado do "que. 0 conceit de justiga distribution certamente se apica a recursos mx ternis para educagio tais como fandos e equipamentos para a escols “Mas precisamos de algo mais, conceito de justiga curricula, para 0 2» conteiido€ o processo da educagdo. A justiga curricular die respeito 3s ‘maneras pelasquais ocureiulo concede ereirao poder, autorza ede sautoriza,reconhece desconhece diferentes grupos de pewoase usc ‘ahecimentose identidades, Deste modo, ele diz respeito a jusiga das rela {8essociais produzidas nos processs educicionais ea partir dees (Pa tuma definigio mais completa, cf. CONNELL, 1993). Nao hi nada de exético nessa idea. Ela est implicta em grande parte da prtica de ensino nas escolascarentes, uma prtiea que contesta 10s efeitos incapacitanes do curiclo heyemnico e autoriza o conheci- mento localmente produzido. Este € 0 tpo de “bom ensino” que Haber~ ‘man (1991) conerastou ecentemente com 4 “pedagogia da pabreza"s se sgundo observa, o problema € como institucionalns-lo em escols aren tes. Tals iiciativas permanecem marginaise io faciImente demonstra das, a menos que elas possam ser conectadass objetvos mais amplos CCeio que um conceto de justia curricular tena isto posiveledeve- rin estar no centro do pensamtentoextratégicosobeeeducagso e desvanta jem. Ele requer que pensemos no processo de elaboragio de wm eureea- Todo ponto de vista dos menos avantajados, no do ponto de vista do que arualmente permitido. Ele requer que peasemos como generalzat 0 pponto de visa dos menos avanaiados, um ponto de vista que deve set tsado como um programa para a organizagio e a produgio do cones mento em gel Assumir uma vist educacional sobre as relagdes entre pobreza eed «ago nos leva, assim além do objetivo de “compensagio", em diregio 3 meta da reorganizacio do conte cultural da educagio como um todo. Esta € uma conclusio intimidadora, dadas as difculdades que if temos ‘om objetivos muito mais limitados. Mas ela pode audar a olocae a ini ciatvasfocais na perspetiva da pauta mais ampla que elas implica, A sunsrinci ox muoANGA s programas compensatéros tém, sobretudo, complementado 0 cur tfeulo hegemnico,adicionando aividades extras ou o ensino em peque- ros grupos a reas cenrais do conhecimento convencional~ pineipal- ‘mente Matematica © Lingua. Programas de acrscimo no mudam os pa «droes de ensino e aprendizagem na escola, Uma estratégia que levasse rmudanga curiculra serio deveria estar baseada em outra abordagem en contrads em programas compensatrios, abordagem da mudanga glo- 30 falda escola, que usa os fundos compensatérios para reformulae as ativi- dads prineipas da escola Para entender a muadanga curricula € preciso considerar quis io os efeitos seis sic da edacagio, Wesler (1992) considera que sen efito principal €a formagio dcursva de dentiades. nto enfcaria eeatéias ‘Bjstiga no respeito &dversdade ema prod de idenidades reas x6 Tid to muito Tonge, de fao, dos interesses de ua educa mien tral, Fu argument, entetant, em favor de ma concep mais am pla de efeitos educaconais: como o desenvolvimento de capacidades para 8 pritica social, incluindo @ ganhar sea sustento (WILSON & WYN, 1987}, odesenvolvinento coxporal (MESSNER, 1992) ea mobilzagio do pode, Este sltimo ¢ umn tems conhecido na rea de alfabetizacio de adal {os (LANKSHEAR, 1987), talvezoexemplo mais claro de como aaprendi ‘agem pode abrir formas de transforma a ituagio do pobre. O mesmo at {aumento fi feito pela Comissio Australiana (1985: 98), como um objet ‘So para sen programs nacional de edicaglo compensatiria ‘Aseurirque ov alunos team ace stemio a programas {go es fomecerao uma compreenso politica e economica de todo que les possam agi indidualente ou coletvamente ara arlhorar as conden Adeia de ajudaro pobrea “aie coletivamente” para mudar as coiss 6 diretamente oposta 408 efeitos dvisivos de um sistema de avaliagio Competitive. O vnculo entre ox curticulos excludentes ea aalagio com: petitiva € muito estreito, Nao foi por acaso que 0 Relatério Blackbur so bre edacagio pds-compenst6ria em Victoria, que buscou aplicar © pei ipio de um cirrculosocialmenteinclsivo, enha também estabelecido ts bases de uma importante e democricicareforma do sistema de avalis~ ‘Go na escola secundicia (Ministerial Review, 1985). Essa teforma trou Proveito da experiéncia de esolasearentes para formular uma politica pata o sistema educacional como um todo. Reformas no currculo eno sistema de avaliacio custam caro, princi palmente no que diz tespeito ao tempo e & energa humana que exigem. O nivel de recursos matevaisdestinados is escolas para grapos pobres ainda fa diferenga, mesmo que concordemos que a qualidade da educt- ‘lo no depended pintara nova das paredes do prédio onde funciona. “As medidas de gastos per capita so, como i haviasugerido, medidas ‘dequadss clo investimento social otal paraa educacio dos diferentes gr pos de eriangas, Daas as importantes desigualdades nos recursos desti- aH rados as escola, existe wm forte argumento de justia distribuciva a ser feito, em favor de nives muito mais altos de fundos para as escola dest rnadas.aospobrese funds maisaltos para asescolasproltiras em petal 0 fato dese colocar 0 foco no curiculo, da mesma forma, no anala ‘quests sobre a escola como institigio. O cureculo tal como ensina- dlo-eaprendido nao apenas o curricula tal como existe nos papéis € onsitudo pelo procesto de traalho de alunos(as)e protesores(s) 5, tal como outras formas de trabalho ¢fortemente afetado pela relaghes Socaiscicundantes. Expandir o campo de agio dos(as)proessorestas) Significa nos movermos em diregio 4 democracia tabalhista no Ambito da escola. Isto no ¢ faclmente aleanel, como ossindicatos docentesjé ‘ahem para uma stuagio como ada Gri Bretanha, apd uma década de joverno da Nova Direita, pode soar atépics. Mas, se pretendermos st ‘rioy a respeito do enriquecimento edacacional, previsamos pradzi 8 condigbes de trabalho para formas mais rica de ensino. (Os(as)alunos(as) também erabalham e no apenas em um senido me- ramente metaférico. Democratizar significa expandir a posbildade de aslo daquelas pessoas questo normalmence esmagadas pela cio de ou tuas ou imobilzadas peas aruaisesteuturas. O bom ensio realiza iso de ‘um modo locale imediato~ tal como vividamente mostado na edueagio de alos dirigida a0 foralecimento do poder (empowerment) deserito por Shor (1992). A agenda para a mudanga deve se preosupar com a for rma como esse eeit local pode ser genealzado, sues Dadas as forcasinsiucionais que tendem a produzi a desigualdade fem educagio, é possvel argumentar que podem ser fitas mais coisas fora da escola que dentro dela. Isto parece ser uma implicagio de leit ‘35 pds-modeenistas sobre politica edueacional feita por autores como Giroux (1992). Reconhecendo as mudangas eultursis que inpiram ase tas dessesauores ev argumentarit, no entanto, que a relagso profan damente ambivalente entre aclsse trabalhadoraeasinstuigbes educacio- ‘ais € central politica ealtral contemporinea nos paises indistriaie dds. Esta relagiofex-se mais importante com o peso crescent da eit ¢0 na economia e na cultura. Os(s)professores(as) nas escolas si0 05 ttabalhadoresas) mais estrategicamente colocados(as) para mudi. Ja aegumentei em favor dese trazer 0 trabalho dacente para 6 centro das 32 discusses sobeeo problema de desvantagem. Se quisermos qe haa uma sdanga na edcagio das eriangasem situagio de pobreaa, temosque ver ‘ones professoresas) como forga de trabalho da madanea. Isto tem dois importantes corolirios. Em primeiro lugar, (as) professors(as) devem estar centalmente en: ‘volvidos(as) com o projeo de esratéyias de reforma. Gitous (1988) tha chamado nossa atengo para a idea de que os(as)professores(a) io intelecruas. Exist, certamente,capacidade para o pensamentoestatcyieo entre oss) professresas) que tabalham com as eviangas pares. O Pro- _grama de Escolas em Desvantagem na Austdlia,em parte devo a seu pro- Jeo descentralzado, encorajowo eescimento de una rede ativiss ge in laa sindicatos de professors um grupo de profesores(s) com expe: ‘cis de trabalho em sreas pobre, Ess ede informa, mais do que ql: quer inssruigio formal, servi para a ransmissio da experiéncae propor ‘ono o fm paraum intenso dete sobre poiteas pablcas (WHITE '& JOHNSTON, 1993), Tais grupos também exitem em outros pales. Un exemplonotiveléo grupo da revista Ou School Our Seees, que tem le sao ost) professoresas) de todo Canada uma série de debates sobre 1e forma educacional. Uma abordagem inteligente de caboragio de pollicas pablca consideraria tis grupos de professores(as) como uma pegi-chave. segunda inferénca é que ma agenda de reforma deve oeupar se da configurago desta forca de trabalho: o reerutament, o teinamento, 0 apereigoamento em servigoe os planos de earreira dosas) professo- res(as) de excols catentes.O Relatirio Coleman, devesse dizer sso ase favor, levantou ea questio e colhew dado sobre tcinamento de profes sores(as), mas a questo quase desapareceu em discussGes posteriores so- bre grupos caentes. Em uma situacio de reessio,na qual os orcamentos ara educago sofrem presses, os funds para preparacio de professo ress), especialmente para o teinamento em servigo, sero provavelmen. ‘tecortados. Até certo ponto, os proprio programas compensiérios fun sionam como educadores dosas) professoresss). Expand sistematica ‘mente sua capacidade de teinamento, sua capacidade para circula infor ‘magio, pra produzirconhecimento cooperativoe para tansmitr um co abecimento especializado, constiai uma reforma relavamente bara, ‘com efeitos potencialmente amples. ‘A orga de trabalho no &estiica Familias entram e saem do estado depobreza e oss) professores(as) entram esaem de escolascarentes. Por amas a raze, a8 questdes sobre pobreza aingem professores(a) em 3 ‘utras partes do sistema educacional. Mew argumento é de que sss ‘quests devem sero tema principal nos treinamentos de peofesores Drincpiantes e que a competencia no trabalho com grupos carentes deve Ser central idela de profssonalismo no ensino. (Os ropnes ¢ os menos rosnes (Os programas de edvcagio compensatérn drecionados baseiam-se em defnigdes de desvantagem que sia sempre, até certo pont, aebitras « podem ser estigmarizanes~ especialmente onde, como nos Estados Unie ‘dos, questoes sobre a pobreza esto entrlasadas com tm voli politica racial Programas cspesiais pars grupos carentes sia aeetos com maior fac lidade onde as designaldades podem se vistas como acidentais ou como ‘canseséncas da neligéncia. Nao sto acetos to facilmente onde as de ‘igualdades sio inencionais. Um recente exso judicial enfocon, nos Esta dds Unidos, o sistema escolar de Rockford como rend ua forma veld ddesegregacio racial ~ por meio de turmas ccronogramassegregdos ede programas especiais— que subverta os programas ofciais de desigrega ‘Gloem um grau surpreendente (San Francisca Chronicle, 9 de noverro ‘de 1993). Este € um exemplo dbvio, mas oracismo institucional no 6 ‘videntement,inconsum (para um exemplo recente, ef, TOMLINSON, 1992), A questo vai além do racism. [A desvantagem € sempre prodida a partir de mecanismos que ram bem prodiazem vantagem As institigbes que fazem iso so geralmente defendidas por seus benefciris. Os beneficiris da ondem educacional vigene so, em uma perspectivageraly os grupos com maior poder eco hnimicoeinsttacional maior aceseo aos metos de persasioe melhor presentagio no governo enas categorie pofsionas. Ninguém deve ima {inar que a mudanga da edacagdo.em favor dos interes do pobre pos ‘ear lve de conflios. (© fato de que alguma mudanga acahe ocorendo se devea dois fatores Em primeito gar, 0 grapos em sitaao de vanagem esto long de se ronoliticos. So divdidosinteramente(p-eX.proissionais versus capita: Tneas lites regions versus elites multnacionals, novos grupos versus gu pos velhos). Estas divisdesafetam as instncias educaconai, como por! ‘exemplo no apovo pars gastos pblions em educagto. Membros de grupos favorecidosdiferem em sexs julgamentossobeeineresses a curo ¢ longo m7 prazoeem sua disposigioa assmir posigGes baseadas em alga nosio de fem comm. Saas vsdes de inereses a longo prazo so afetadas pels esses vindas de baixo, As lites dos Estados Unidos, como argumenta Domhott (1990), concordaram coma reforms nos aos 1960 ecomego dos 1970-~incuindo aeducagio compensatsria sob press de pert ‘hes sociisvindas do movimento dos Direitos Civise de otros movimen- fos soca. A atualreamacio do conservadorismo nas politics publics meric é uma consequéncia da diminuigho dessa pressio. Em segundo lugar, os interesses ds pares ndo esto isolados. Ent: ei anteriormente as evidéncis esas de que os grupos em stuagio mais extema de desvantagem fzem parte de im padedo mais amplo de ‘clusio de classe. Os mais pobrespatilham um inerese na reform ed ‘acional com um grupo mas amplo da ease tabalhadora mesmo de paises ito voos. Mas ese interest comm ni €automatcamente transform ‘elem alguma especie de slianga pritica Oracismo, a egionalismo, 0 en Fraquecimento do movimento sindieal eo impacto da pois educaconal «ds Nova Diteita, todas ests cosas, consinaem un obstialo, Programas com um alvo espectio, nfo importa quo bem-projct- dose cheios de italidade, tém pouca perspectva de obter maiores efeitos !Amenos que sejam parte de uma agenda mais amplavissndo a junta 30° til na educagio. Somente desse modo teri possbildaes de obter um Sélido apoio politico em favor de madangas nstituionais. 0 problema dos beneficos com alvo expetfico versus benefcios uni versa é bastante conhecido em dchates sobre os programas sia (ct SKOCPOL, 1991). Os programas com alvo espectia estio suits no necesariamente, ® aboigi, mas cereamentea umn nivel de hosted tal «que os mantém Sem forgs. Em eli, a alernativa para os programas ‘om um alvoespecfio no & 0 beneficio universal ~ i temos iso na ed agdo compalséria = mas sim wna reconstragto do programa universal pita reverter os mecanismos de prislégios que operam dentro del, A ealizagio dessas madangas instiucionas exigeforgassxiais maio- resco que as que gram os programas digas questio da pobreza. A= al de conta, os problemas educacionais da educacio compensaria sto Droblemas politicos. Sua solusio a longo prazo envolvealtangas sociis, ‘ujoscontornos, na melhor das hipéteses, esto anda emergindo. Cont: do, 0 trabalho na educacio pode ser uma das formas plas quais esa ali angas podem ser eriadas erEnéncins ANDERSON 1991. Neighborhood Ec om Teenage Prepac JENCKS,C. RYETERSON, RE (ora) The Ua Undert Wason D.C Brookins Ist ANGUS, (1999). Eduestion, nut and Social lent. Lopes: ake APPLE, MLW. 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Goer gue oe governasteaem gue fazer o mesmo. ‘Ndam Preworsk, A alicia neoliberal iti cere (COSTA, 194) pile dseroler uma ara de jproposta que cenomine’ “neorrelormadoras” para a educacio, a Inz de eflendes sobre o estado esa crise contempornes. No presente 3 bualho proponho-me a acrescentar algumas reflexes trazidas de leitaras sole as proposicdes em vaga de aust econdmico, eformas estrururaise {erajos politicos, para o mundo subdesenvolvido, em particular a Amé- fe Latina, Nao se rata, assim, de um erabalho completamente original. ‘Observagies que podem ser encontradasnele est30 contidas no artigo ‘asima mencionado. No enanto,pareceme que reflete uma busca de com preensio mais precia do ponto. No intervalo de oito meses entre a produgio dos artigos, © Brasil teveum novo goveeno eeito, reformas de peso tém sido anunciadas ou mesmo desencadeadose ftos novos ne campo internacional ~ como a Ibancarrara mexicana ~ levantaram novos aspectos do problema. Enere ‘outros, estes elementos contibairam para tormaeo assunto mals emer- ‘gente, Infliomente, as questoes relacionadas 3 edveasio continuam a ‘Scuparlugarabsolutamente secundirio na prods dos campos da s0- ologia eda politica, Assim, oracicinio de cunho eeondmico tem ex ontrad terreno fértil para imperar tango nas pautas de discussio acerca da politica edueacional Conforme pretendo expor mais adiante est racicinio tem como ca racteristica comtemporinea ea forte influgncia que recebe de um modelo a sera de anlise gerado em alguns grandes centros intlectais. Tal mode Totem como que sifocadoalternativas de pensar resposts glob pea as Aificuldades dos pases mais pobres. Sob a couraga de um force determi rismo, um consenso tom se forado em setores aeadémicos¢, principal mente, entre policy makers a reormas so dbviaseindispensivels, 50° bretudo Sbvia, A questo €avaiar suas difrengas de rim e aleance, suas consequencias no terreno da politeaistituconal os processes pol. ticos e soca que as permitem ser desencadeadas, ou antepoem Sbices a aque se desenvelvam. © que rodeia as reformaslajustes est no centro das atengdes. Bem menos se dscute aerea da natuteza destas reformas 6, Prinipalmente, de suas alterativas posiveis, As orgas que tém se ops. to is reformas propostas ou impostas ~a partir dos organismos finance ros intenacionais esto numa defensiva nio apenas politica, mas, tam- ‘bem, intelectual. Esta stuagio parece estar associada a ua importante rmigragio de pensadores nfo conservadores para porigbes, no minima, simpiticas a abordagens que podem ser cassificadas como “neoliberis™ Pare deste movimento talvez poss ser compreendido, do ponto de vista de suas motivagdesextrtamentetedrias, como decorrenca de modelos getais de pensamento pregresos, [i frtemente marcados pelo que deno- ‘Com efeito, a anilisese propostas que serio aqui rticadas so ati- culadas em torno de concepgbes onde as noses de estado e de socedade ‘émevidenteafnidade como iderio cconémico liberal, Destaco 0 "eco: rnémico”, pois esta abordagem é sensivelmente diferenciada de um bers lismo de Corte mais politico ou filos6tico"e, de meu ponto de vista, alge ras vezes até mesmo contrapost este slime. E reconhecida a existéncia de uma certaafnidade de fundo entre os pensamentos marxisae liberal, no que diz respeto & compreensio da es fera das relagdes econdmicas como preponderante na humanidade, ex- pressa na idea do individuo maximizador que consti a mati destes ppensamentos. Tamibém a nogio do Estado como ameasa permanente est ‘co ra po re dn omar pee Hk pet ‘Edt aun dnd va coms pss opened ope atodgu nop pelo calecensodo malo = Sono 2 presente em ambas as crrentes, Em ima é tio como instrumento de ominagio de classe. Na outa, como ameagalatente& realzagio plena ids eclagies mercants, que seriam da nanureza do ser humano. Talvez ‘esta proximidade original resida 3 atraio exercida sobre alguns pensa- dores que anteriormenteseconteapunham, por exemplo, aida de que fo fancionamento de um sistema edcacional pudesse ser ofimizado com 0 Estado asumindo om papel bem mis scundo que © tual, deixando 20 jogo do mercado aincumbéncia de sleangarrealizagies para a quais a fstdoestaal mo tem sido efciva ‘© ponto de pata e, em parte, forca desta corrente neoreformista cstio na calamidade em gue os sistemas escolarespblicos encontramse fm pales como o Brasil A argumentagio & poderosa: apés décadas de festio estat, o que se encontra um sistema escolar sofrivel em todos os Termos,espeho de uma sociedade absurdamente desigul, onde nihos tleraravelqvaidade eanaliam reensos publicos desproporcionais para ‘9 atendimento de estas ji bem aquinhoados da sociedad. Alem cis, fares polvcager deforma o eariter presumivelmente democritico do servigo piiblio, benefciando setoresintermeditios do sistema educa ‘onal (burocrats) em conluio com o uso politieo menor de um sistema tigaeesco eto fundamental para as fais em geral Em sum, inp ‘a, corrupsio,clentlismo,favorecimento, mau uso de recursos pil 0s refragioa controle democritcos, eso quadro presente da escola no Brasil, a grosso modo. Por que, entio, instr narecita? Melhor nio se~ ris experiment uma estate lternativaa um sistema educacional una nimemente reconhecido como fracssido? Responder a estas perguntasnio & simples, pois implica tatt-as de um ponto de vista historico, buscando remontar as processos pelos quais chegamos a0 ponto atual. Prem, este recuperar historic necesita das Feeramentas da socologi, para que poss identifica a tajetéria dos ato res envolvdos, Também nao basta tatar a edicagio isladamente.Ene- cessito eeconhecer sua imbricacio com 0 cosjunto das politcas de Esta dbo, em particular sua intervengio na chamada tea soca. 2.0 uma eeprom ‘Sn npn a ns pane pan nnn no a FREFRESCANDO AMEMORIA 0s ventos da democratizaio, do incio dos anos 1980, limentaram insondvesesperancas. Algumas figuras expressvas do pensamento edt cacional progressista dedicaramse a experiéncias de gestio de rede c= colaes em virias partes do pat e alarmaramse com o gue encontraram interamente. O resultado que se seit foi sem divide desanimador. Tendencias anteriores ni foram reveridas © mesmo, em alguns C4805, agravaramse. A década de 1980 eo inicio dos anos 1990 no foram flor dos, especialmente para a educacio brasileira Nio apenas para 0 setor educacional, mas o desmantelamento das mdquinas estas que deveriam gerepoliticas de side, habitagio asst ‘énca, foi alarmante. Ainda que 0s indicadores centri no tenhae, ainda, apontado deréscimo em padres de qualidade de vida isto € Fat amente esperado para levantamentos ue retatem os efits da virada da década de 1980 paras de 1990, Inimeros autores que se dedicam 0 estudo do"Terceito Mundo neste periodo observam uma tendénciaquase Uuniforme a piora nos indiadores relativos ama parcela considervel da populagio ~ seus estratos inferiores, Tamm so expressive dese mo- ‘mento indicios de processos dolorosos de desageegagio social, em pat ‘#8 como, por exemplo, Coldmbiae alguns paises aricanos' ede des- ‘renga eresente no jogo democritico institucional, como, por exemple, ‘© apoio ao golpe de Fujimori, no Per, fz spo. Em suma, no sd0 pequenas as frastragies acumuada com a8 expe: riencias de redemocratizago que vatreram o mondo subdesenvalvida ‘nos tempos recentes. Na edieagfo, em particular, a politias de esvazia- ‘mento das miquinas plies es grave crise de financiamento de algamas atividadesesataisiveram consequénciasseveras e, por sua concomitine fla com a redemocratizasio, fo difices de teem seus processos perce bidos separadamente, Para uma considervel parcela de pesos, 0 Pe todo de passagem para orden institucionais mais democriticas sind imo de empobrecimentoe difculdades de toda sore. Em especial, pata ‘que dependem dos sistemas piblicos de ensino, a stuagto é mas da- mitia eum mercado de trabalho reduzido pela eecesso tende aser mais ‘életivo, demandando maiorescredenciaisescolares Asim enguanto a= rmentam porenealmente as aspiragées por mais e melhor escolaridade 3 “ ecola pica sofre os efeitos das escolhas pelo estaziamento do Estado, tn da simples erie de Finaneiamento de suas atvidades. Frente isso, a necessidade de muda profndamence tomas impe rativa,Portanto cenit para clamores préteforma esti dado. Nao € {on que, em periodoseleitoais,aeducagao assume papel de grande des tee (COSTA, 1995, Hip, a ono dares qe fo Jecem discursos como os aga crticados. A NEORREFORIA EDUCACIONAL E SUA SUSTENTAGKO TEORICA Na verdad, deninciaseanscios por reformas no sistema escolar nada tém de novo. A novidade vem da rejegio de abordagens que tinham {mo principio o easter pablico do ensino, como Gnico caminho de fro ‘Bemocriticoesolugio anpla para os grandes problemas educacionais do pals Enguanto alguns iasisiam em apontar a contnuidade ce mecanis os grapos no poder herdados do periodoautortiio como fonte prin ipa da degeneragio das maguinas de politics soca, outros passaram a Considerar este divrso anactOnicoe desgastado, passindo a asinalat 0 Driprio modelo de gestio estatal como incorigivel. ‘Ainflugncia das experiénias de alguns stores, antes margnalizados, 1a gest de redesescolaresnio pode te seu papel minimizado. No en: Tanto, 0 que via de rege, nose poe a claro é que raramente alguma des tas experincias foi desenvolvida no interior de governos que esivesem, ho conjunto,comprometidos com madangas mais profandas na gest € Conduio das politias pablis. De maneira geral 0 que se passou 90 processo de redemocratizaio foi um reflexo daguilo que se convencio= how chamat transi sem riptura:ascensio ao poder de grupos oposicio- nists atociados @ autos oriundos dos esquemas de poder anteriores, «que terminaram por herdar-thes também boa pate de seus métodos eiva- dos de favorecimientos relagbesfisildgicas,clietelistas e corrupts de toda sore, © fato de no terhavido ruprara com o passado recente, con= substanciado essncialmente na avalanche de vitéias de cligagbes pee= medebistas que varreuo pas pés-82 (pincipalmente em 1986), tem v= Cus explicaivos possves com a "deslusao" de alguns com as posi ‘das do Estado, Uma breve olhada em teabalhos que esgatam 05 his ‘ria educacional recente (CUNHA, 1991, po exemplo) masta claramente ‘como a educagie foi objeto de poliias que ndo romperam substancal> ‘mente com seus processos anteriores. As politica educacionais dos governos opasicionistas foram, de fat, frostranes, Mas dai a assoc-las com uma incapacidade em eral do Estado vai uma dsticia considerivel. Tlves, na propria atareza dae [Bc0" ingénuo de ourasépocas, nfo ests completamente afasada a visio esdentora da educago = mesmo que centrada em aspectos cognitivos e ‘ni nos dispostvosasstenias da "educagio compensatria” do passi- do. Tal visio €impulsionada pela incorporagio de clementoschave do pensamento liberal, os quas iam mais expliitos quando a atengio se ‘rie para.a gestio dos sistemas ecolaes. 'A principio, as fonts principas do quadro edcacional ca6tico a que cegatnosresidem no Estado, em sua burocraia, seu modelo de interven Gio padronizador ecentralzado, Porém, surgem também como empeci> thos 10 desenvolvimento educacional: os politicos e seus partidos e 05 ‘grupos profisionais organizados (a corporag6e3). Tele dena de sex pres iil dos politicos de plano e asin Selves cently, dos partion e suas ieologia intransigentes { redentoras, das corporagdes seus interes estos eine ‘ibosas dos ntlcrui eeucadorese eur modsmos Journ rose pedaicos (p20. (© caminho é portato, a descentalizagio da gestio oimbriamen- ‘tomaior com instincias fora do Estado, ONG, associagGes em getal, em press, ee, Descenralizagio que nio significa o simples desmanche dos Spsratos centri, mas seu confinamento a avidades de planejamento, reditibuigio e uma propostainovadora,avaliacSo centralzada. A ques ‘Ho hives € 0 estabelecimento de mecanismos de controle que atuem di retamente sobre as escola, conto forma de pressio, por meio da competi ‘io, Em sama, na gest dos sistemas escolares, hum exceso de centro, ‘excesso de pot, excesso de estado, A ieia, fs apontada por Tedesco, Trane do eaptaliame tro com si post sotoriagio da fereng social JAMESON, 1994 63:64, [Na busea dese apreender as quests que efetivamente a teoria mar sista enfrenta,eabe,inicialmente, nio confundie as dificuldades e até mesmo equivocosinterpretaivos ou facassos politico de sua aplicacio, ‘coma superacio e obsolescencia da teoria pura simples, Os referencias, ‘010s paradigmas tries, nio estio superados quando enftentam pro” ‘lemas decorrentes dacomplenficagio da realidade que buscam compre ‘ender, mas quando se rornam incapazes de explici-las. Nest particular, parece-nos decsiva aindicaglo de Jameson sobre &fearin marsista em Particular para 0 debated crise dos paradigms, Aseries do pzadigma marist, eno, sempre ooereram ext ‘mente nos momento en que ie objeto de edo fundamental = ‘eaptalismo como sem ~ parcels ear midando de spar «ia, on pasando por mages imprevies ¢ impeviss. Una ‘er q's antiga aca da problemsoka nao coresponde ‘Sst nova configs de realtades, hi uma grande eta de ‘concviequeo proprio paradigms segundo amoda Kuhiand fos lence ~ fot derbadoeultapasado. A implicaio disso € {ese forma necssroformolar um novo paradigm, se le mio ‘Stveridsinedo QAMESON, 1994: 66-57. 1 obstante a globlisagéa do capitalism amual significa, no plano istrico, uma exacerbagio dos processor de exploragio e alienagio e de tod as formas de excisio evioléncia, producio de desertos exondmi= ose humanos, os conceit de pév-industral, pésclassita, pds moder fo, sociedade do conhecimento,surgimento do copnitariado, dio aen- fender ea estrtara de explorago capitals fi soperaa, sem que t= nha superado a5 relagbeseapitalisas. Jameson nos convida a pensar que a mudanga, na forma que assume hoje ocaptalismo,nio significa o desaparecimento das elagses capitals: ts da exstncia de clases, da alienagio e exploragdo. Parindo desta Constatagio argument que o marxismo, como teoria que se consti na nile etca das relasSes socais apitalsas, nio pode estar mort site plesmente porgue seu objeto as relagbes capitalists continua vivo. Ao ‘onerriosteoria marxsta, que ao € isenta de redionismos, continua Sendo a nica eoriacapaz de pensar adequadamenteo capitalsmo cardio ‘dentro de uma perspectva histérica edialtia, evitando celebragdesere- Piiiosredutores JAMESON, 1994: 21). 'No plano econsmico crise que viveniamos hoje é em sua esncia, a cise do paro de acumulagio ede regulaio social que sustentouaexplo- ragio capitalista nos gkimos SO anos. Tratse de um capitalsmo denomi- ttl de bem-estar social, Estado previdencieio ou simplesmente modelo fori, que incorporou algamas das teses socialists, como nos lmbram Hohshaem (1992) e Oliveira (1988 direitos socais de edacagio, sae, transporte, moradia,garantias de emprego e Seguro desempreg0. Goma transnacionalizago do capital ea hegemonia do capital finan «to, ate padrdo de acumlagio foi sendo implodido juntamente coma Feferéncia do “Estado-nagio” como reguladoreorganizador da atividade ‘contmica (HOBSBAWM, 1992) Os préprios mecanismos das insti {ex supranacionais, como 0 Fundo Monetri Internacional, Banco Mun fia ete, uma especie de ministérios econdmico-poiticos do capital eran nacional roman fies pata comer x men do capital espcilatig ues com um oti ran eb do feo mid po, Oc Ineo do Mexico, ama cep dep idea, cxemplo de ss bem see dito apresenta ao Tercro Mun pars nad, exempliin 9 tena grata da ried captain cl hoje, Os css humans tateriteaon pl ome, decoy, deagreeto socal, pyle vi iene connie qu dk sn nive plantaris iene pecan imran ‘A recomposgo econdmica do capital, it & ecomposio dg taxas de lero, disse meine adel Jo neccone adoring Onde o mero se consi no “deus epuladr asap soi Esta vole no contest do capaliomo dos anes 1980 ede sum ct ome mostram inners alae pode darae median echo da ‘alos do dro vida dens pls splagi do dexmpego ett ‘as pel cng de deserts economics edo como os press del ‘arpa deed denon Prine Mand, como se mos tr Chomsly (993), entre utes No plano ioc, inetd neoliberal usa ear a renga de aueacrhed capitals épanagsracconjntra Mas proandanee tac lev onchiode ques Gnica form de lags sca ise ‘amen pov orl: captains Cres, fce sc Uso do socal res rece um pula esd fin do et ritdePkuyara€acxpteso raced Jo dln dss doch conceit neoliberal queimedlatanente nos sail de que sr tad toro fete otra economies qe fmamertoa $ dowrina cree da wea opin cep comp a ‘Xcamentn © ma gers qual ena donate é de ue ea seuma vols alg que de eno pasado eque fo senda david Eg quedev cero pana O ete como ottaoment pas flr ov mere «clasts oma ner canine ei Fee as A ase de nek (997) novi send de ge «print esa da itldae oa vam 3 ero, No € asa ceva ev, fendi nono dov anes 1940, see tase eo sta to naira, Porém, re concoreai em uma sociedad de clases, uma fal cia.Anra mestton ques desguldade bata que o merdo pred Sh enrenagene det dc da ra, orm rac sé mes se mediante a eptalita, A sperago da cise, no anos 193, dv ‘ctnmos deinternens pesado do Estado economise st soced TE Greetimes souulslemoctaraso express dessa do capital foc mas que dentro de wma nova forma de sviabldade do epi {GIANNOTTL 1989) copa tansniconal ents em prof cre ‘ein fog alzadon do esa neoliberal ade que o stor pibl coo Est) responsive pele, pla ieiénc, plo prvi Gcomereado eo prvadosio sinimo de eens guaiade eq SEL Det ave advematese do Estado min da neces enca oas an comitas soca como o deta estaildade deem so iret sae, educa, transporte ble, tT i se er compradoe reso pel fore lia ds es do mercado, Na TEavade,a iden de Estado mimo sino Esa sfient neces {Go uicament ara on mereses da reprodugio do cata st ieirio vem sendosiemicamente raha pela mii, io mmonopelioa orn ogrande poser acta des senda metade ds [O35 (PASOLIN, 1990), oo instrument qc, pela manips ds ere, “eina atiaes no creo” (CHOMSKY, 1994) A pian {Bo a informa, dem forma, constiubaeem permanente ames fossa de consti una demecraca let eo strument, poe Exelencin ce lesitmagio da eaciso soc. Avocado monopstio, Su nformasio ede sa manipula 0 Bs, £ ra nace No plano tio, dav € qe a letaldade do neoiberaismo€ra- cia stuandoo mento como defini fundamental ds eag5 tran soa in deques gale ea Jeroctaia to eementos not toot hciéncaecondmcn, Como nos kia France de Oliveira, no ‘So aslo, oa leaded solver, pelo atrofamento de rome d top d resistencia soil pop organisade (dado mas perverso, neste plano, €0 proces de natuaiasio da xcs, da ifreme formas develo, tnchnive opr ese txtermino de gaps epoplagdex Sk nn claro deste mals foo anatonvor as as anos caste benefi da pogo, fear por {Erion do Banco Mandigo constarrem ox coon da mesa se- fem até cinco tenes maior nos pases esenv oli recomend spo Incas envfandoo xo indir ars pases onde ada mot em 1.Ch ase spin Fancico Ole (98), Oe (198, 1989. 7 para ser democtitico, rem que ating opatamarhistoricamente posvel ‘de niversaldadee untaiedade. A cancepeio gramsciana de escola his {rico-coneretaé, sem divi, base tiene poliicamente mais avan sguda para entender se que a auténticapluralidadeediferensa pressupdea) Aemocratiaagioe igualdade das condigbes. (© resultado da atomizasio do mercado e das perspectivas pos-mo- demistas, no plano politico pritico, nio poderia ver mais pervrso, So ‘osconceitos de autonomia, descentralizaio,flesbilidade, adividualiza ‘0, plralidade, poder loca, efetiva-se uma brutal fragmentacio do ss tema educacional e dos procesos de conhecimento. Ito traduzse, cr ‘vimosem outro texto (FRIGOTTO, 1994), por plitias que envolvem: = subsidio do Estado ao capital privado, mediante incenivos de dife: ents formas, no limite para que grandes empresas tenham su sist :ma escolar particular ou em parceria: escola do Bradesco, a Red Globo, das empreiteias, ec: ~ escolas comunitiria ¢escolas organizadas por centeos popula fais (CONFAZ) massa de manobras e de bargana de recursos pibl ‘0s em eraca de favores (CEDRAZ, 1992}s ~ escolas cooperativas do tipo adotado pela Prefeitura Municipal d Maringi ~ PR, que sio uma adapeago das teses de um dos pais do noliberalismo para o campo educativo, Miton Friedman. A ideia d Friedman €a de que a educacio €um negScio como qualquer outro ‘que, poreanto, deve ser regulada pelo mercado. O que o Estado dev fazeré dar um montante de dinheiro para cada alan pobee (upom) deixar a ele, ou 8 sua familia, a decisio de comprar no mercado o tip ‘de educagio de instrugio que quiser, ~adogio de escoas piblicas por empresas, onde a filantropia € eleva ‘da politica do Estado e onde a palavea da moda ~ pareria~ que entender troca de igus, esconde o cardter antidemocritico de tipo de polteas ~ surgimento de centenas de Organizagoes Nao Governament (ONGs), que dsputam 0 fando pblico, em sua grande maori, pa autopagamento, Esta pulverizasio de ONGs tem um duplo efeitos ‘veteo:ofusca e compromente as traicionais ONGs ue tem, fei 4. Ai cae Gre 1781979) beget olde defo ls (985, nnpermtesms cence asia com come 2 mente, um erabatho socal comprovade e passam a faba ideia que se consttuem em alterativa democritiea eficiente 20 Estado, Esta tse ‘vem sendbo dfundia pelos organsmos internacions que empresa ecusos ao Brasil, como, por exemplo, 0 Baneo Mundial. Emintese, vale resaltar que no € casual o proceso atual de abando- so das tess da cemocratizacio eda igualdade no campo sociale educa. tional. Na realidade, este abandono tem a persstencia de quase meio sé full defesa da tes bsicadotérico mais imporeate da ideologia neal Feral, Friedrich Hayek, que postuls como vimesantriormente, que # de- tnocratizaio ea igualdade evam a servidio, O principio fundamental €a Therdade do mercado, pois este €0 nico justiceeo que premia, de acor- do com o esforgo individual, os mis capazese aos. Patecem-nos imprescindieis as indicagdes que Anerson nos tae 30 scutr 0 tema de como combater 0 neoiberaliomo e que, no contexto desea andlise, vale para as teses pox-modernistas.Apés assinalar que m0 se deve ter neahum medo de estar absolutamente contra acoreente ede _apreensdermos dos conservadores neoiberas ano tratsigrmos tori: mente, Anderson realga que a lta primeira €no campo dos princpios. Prinero temos que contratcar robusta» agresivamente so Ire terreno dos valores, renalsndo pina da iusldade come erito central de qualquer socedade verdant lire Iguldade no quer dizer umformdade, como sé 0 neo Iiberalemo. Ao contristo,€ nia adn diveridade, lemade Macx conserva hoje oda asuiciéncia pluralist cada tum segundo suas necessidades, de cada um segundo suas capa dads A difereng ene requis, ostemperamenose os lentos est expressamentegravada nesta coneepsio clssica de tama sock igualtria ana, Ogu st significa hoje em ia uma iguaizaao das posibildades reals de cada cidadso de ‘iver uma vida plea, segundo padeo que escolher, sem cx rencias ou desvantagens dvido ao privieia de outro. Come ‘sande, em enendido, com chances igual de sade, de edacs ‘lo, de vide de trabalho Em cada uma desea ees so Mine numa possbildade que-o merado poss prover, nem sequet ‘ini requisito de acesso sos bens imprencindPeisem quer {do (ANDERSON, 1995: 199. A seguir, tomaremos dois conceit gras capital huano— que r- -resentou o constrctoideoldgico basco do economicismo ma edveagho 4s anos 1960/1970, sobrerado no Brasil e América Lain, sociedade ws do conhecimento, que se constitu em uma metamorfose do primero texpresa abate ideoldgica da forma que assumem a5 elages do capital ‘no globalizado sob uma ows base tcnico-ientifies [Neste item, objetvamos anlar a mateifidade poltico-econdimicae social do context histérico dentro do qual se constraem os conceitos, Capital human e de sociedade do conbecimento,niveis mas absteatos de tum conjunto de conevtos que embasam as concepgese polities de quale ficagio na ética dos homens de nego, Vinculados a0 conceto de capi human, literatura nos permite rastearconeetos mais operativos como cxsto-beneficio, taxa de retomo, muanpoe aprch,csto-fiiénia,custn qualidade, determinantes da educsbiliade. Os conceit, hoje mais quali tos, de formacio para a competividade, qualiicaioe formacio Nextel, strata polivalene, qualidade rota, explictam também, em nivel ma loperatvo, a categoria de sciedade do conhecimento Buscamos, igualmente,evidenciar que a categoria socedade do hecimento,vsevs deadobramentos, express, na sua formulagio ideok fc, uma efetva mudanga da mateiaidade da crise e das conrad ‘ha sociedad capitalist neste final de século. Tratase, todavia, 20 con tricio do que postulam os apologetas do fim da historia e das classes, aise da sociedade pos ind ‘la, incapaz de modifiar a exsénciaexcludente da ordem social capita ta. Cabe, entreeano, destacar que maerialidade das contradigdes qu sssume ¢ forma capital hoj, em sa negatividade de exelusio mais per ‘vets, engendea possiblidades de epturas com uma nova qualidade. Fs rupeura de nova qualidade, no caso beasileeo, tem como exigencia a in corporagioefeiva nos processos politicos dos novos sujitos scias que fmergiram nests dass ltimas décadas, Tratase de romper com 08 ‘quemas das clases dominantesbrasileias acostamadashistoricamente Aefinir a" democracia para poucos”, pelo alt, ecoastru-la com estes ‘vos setoscoletivos organicamente vncoladas 3s lutas pelos dit rio apenas politicos, mas socais, das classes populares ‘Ein Er ao Maen 4 PIB “ ‘de wma mudanca secundaria, deriva (0 cowexr0 nistonico SOBRE 0 QUAL SE CONSTRG ACATEGORIA ANALFTIGA DE CAPITAL HUIANO | teoria do capital humana, que consi corpus ideolbgico« “ted rico” de uma disciplina especticn ~ Economia da Educagdo ~ que surge inicialmente nos Estados Unidos Inglaterra, nos anos 1960 eno Bra, fos aos 1970 ~se estroura no contexto das teorias do desenvolvimento fr ideologia desenvolvimentisa do pos Segunda Guerra Mundial ‘Ateotia do desenvolvimento é na verdade, mais uma teoria da mo: dervzagao do que a explicacio da basse determinagbes materiais con traitrias em que se asenta o processo de producto e reproduio capi tists. Resulta de uma forma de apreender 2 realidade pres condigio Ueclasse socal, No socedade burgess as relagdes de produ tender 3 ‘onfgurarenrse em ideas, concetos e doutrnas ou teoras que evadern ens fandamentos reais As teoras de desenvolvimento(moderizagio, da qual o capital hum ‘no pss ase um elemento bisic, na perspectiva das pesquiss do grupo ‘eesuulos do desenvolvimento, coordenados por Theodore Schulz, ass ‘ne, cde forma eada ver mais clara, uma Fangio ideologicae, por esta via, ‘como parte da estaégia de estrururacio da hegemonia americana no ‘intexto do pos Segunda Guctrs Mundial, O desenvolvimento transfor ase em uma especie de ftche~ ideia mowia capa de vacinar a nagbes {lites subdesenvolvdas da ameaca do inimigo: comurismo. Dean Rusk, cefe do Departamento de Fstado, EUA, no posi ser mais explo (em 1365) a6. srt outro asesse deste department, Fukuyama, (1992, com a ese do fim da histria~ sobre o carter de preocupagio em rotepere extender ox dominios da “sociedad livre e democrats” soba he- emonia americana: "tdbemos que no pademos mais encontrar Seguranga¢ fem-xar em uma potcae em wma defesa canfinadas apenas na America dort. Este planeta tornou-sepequeno, devemoncidar dele od ~com toda sua teres, gua, atmosera © espago crcandante”- ‘tet itera pina or maser, Ge a on pete dn sede ieee in Scone ORT, fee ee maa sea orb ‘Niall retrace cm aap a siesta | Rd conans Soya dec cs cde tun cata ae ee as Nesta estratéia, na década de 1950, desenvolvese o New Deal do veeno Truman, Nel, clabora-se o Programa de Cooperagi0 Técnica, ei objetivo decarado €a ajuda 20 desenvolvimento. Por le fram fet vii ‘condos no campo da formasao eda qualfcao tecnica e prfissonal Na década de 1960, com o governo F. Kennedy, ideia desenvol smenisa é mas forte como estatégia de melhoria das condies de dos paises uesenvolvidos. sta dia tem como escopo Surgimento ‘longa para o Progresso, assinada em Punta del Leste, em 1961. O pe prio conceita de progress snaliza a concepgio de desenvolvimento fnstrumentos deste “cuidado” foram sendo constrados no pos Seg Guerra~ ONU, Oran, FMI, BID, Unesco, O1T organismossupranas ‘ais que, como nos aponta Noam Chomsky (1993), sto 0s novos sembor cdo mundo ou o poder no mundo de fato.Edeatro do idedtio da Carta Ponta del Leste que expicitamenteseassenta a ieia de recursos hu nos, de investimento em edcagio etreinamento~ em capital human, ‘como fator-chave de desenvolvimento, Paca compreendermos por que as teses da qualidade total, forma Alexvel e polivalente ea categoria sociedade do conecimento sto apen ‘express de uma nova materilidade da rise contradic do capital mo (hoje) que, portanto, denocam a contnuidade da subordinacio ceducacio 3 ldgica da excliso,¢didaticamente importante responder _Bumas questes: 8) Qual o enigma que se husea deciftar que conceto de capital mano é posto coma chave deste decifamento? (© enigma que se busca decifaré entender por ge certs magBes a rmulam eapital,rgueza, e outas no. Ea yea questio de Adam Smit jue resulta em seu liveo sobre A riqueza das nagdes. Que fatores prod zem esta diferenga?(ndo sto relages, sempre aida de fator). Te ‘doce Schule (Premio Nobel de economia em 1968) e sua equipe, no C two de Estudos de Desenvolvimento, perseguem a eesposta para deci ‘ete enigima. De acordo com eles, ap6slongos ans de pesquisa, ofator (Capital humano)€respoasivel por mais de 50% desasdiferengase ages individuos "Paani cited gem dedbeamento dori do capital amano pact Bh} Fogo Bbc Fae 6 1b) queconstts o capital human eo quese dz gerarem termos de desenvolvimento no plane inter e intranagdese no plano individual? (0 capital hemano é fangio de side, conbecimento ¢aticudes, com mento, habits, dsciplina, on sea, € expresso de um conjuato de Ebmentos adguiridos, procedos e que, uma vex adguitides, germ a mpliacio da espace de trabalo e, portant, de maior produtivid {E.0 que se ixou coma componentesbisios do capital humane foram ‘eiragoscognitivose comportamentaie, Elemento que assumens uma En fhe especial hoje nas teres sobre sociedad do conhcimentoe qualidade {orl como veremos a seguir. Chegou-sea fazer uma esala~para os eu sosde formagao profssonal -de quanto de cada elemento, conhecimen tore atitules, erm nesessrios de scordo com 0 tipo de veupacio etre fa. Cepal, Oreale, Cinterfor,entee outs, foram as agéncas representa te: dos organisms internacional na América Latina para dissemina 36 eatin de produsie capital bumano. (0 resultado esperado era que nagées subdesenvolvidas, que investi sem pesadamente em capital mano, entrariam em desenvolvimento e, fm seguda, se desenvolveriam. Os indvidos, por sua ver, que investi Sen neles mesos em educagtoe treinamento siriam de um patamar © ‘scenderiam para outro na escala social Mirio H, Simonsen (1969) foo mais notivel eepresentanteneockis sico a propalar a tese do capital humano no Brasil. Foi el, eambém, 0 [rncpal idelizador do Mobral, O pressupesto, dentro da perspeciva 4 teora econdmica neoclisica ou marginals, era de que com uma Inargem maior de nstragio terne-ia necesaramente una Margen! maior de produtividadee, como consequenca, maiores ganhos,jé que, dentto "dem ate sr representalas matematicamente, sio ent wtilzadas med ave (previo exame empiric ecommprovagio sit falsiabilidade das hipoteses) para manipolae (planar a realidade, Andises mais comple 2, de maior aleance 08, a0 contri, mais pontine baseadas em rntimero de observagées que qualifam e problematizam a ands, So reeitadas como desnecessirias ou se foram consideradas pertinen- “tes em termos te6ricos, sio em importncia para o planejamento basea- do em problemas delimitados, com um sentido de urgénca eimets- Ino, e mativado nio tanto por razdes toric, mas im, por pritcss de gio de problemas eepeificos, no lapso de tempo mats breve, ¢ com ma relacio otimizada de custo-benefiio. A cconomia aparece como a ciénciasocial-modelo, particularmente yoo tipo ideal wsado pelos economists € central na cincia social con- mporinea. Como asinala oportunaniente Samoff, a economia € cons- ‘4 de trabalho pela diminsigio das contebuigBes patronas para sad ‘Shucagio,segoridade socal et) am aumento da participagio femini ‘not mercados de trabalho, queda sstemitica dos slirios reas eportanto lm continuo aumento de distancia que separa os trabalhadoresassl ridos dos stores dominantes da sociedade. Um fendmeno sinila,e fivel internacional, verificase no erescimento da distancia social fhomica entre as nagbes em desenvolvimento e as nagbes do capitals fvangado. A nica excesdo ¢ ormada pelos pases de industializac3o da no Orient, ou Newly Industrialized Countries. Vejamos agora o modelo de eigncias sociais dominante no plang ‘mento educacional, como transigio epstemologica para discuir emt {ida politica especifcamente educasionais no modelo neoliberal ‘CIENCIAS SoCtIS E PLANEIAMENTO Aiea do planejamento em educagio est incimamentevineulada ‘modelo de cicia social normal, dominada pelo paradigma epistemol ico do positivism”. O postvismo responde a um conjunto de peecet ‘de como se deve desenvolver um trabalho cientiico. Por um lado, ex tum esforgo para gerar wm método cienttico social, separado de seus fa "geese que um ano aicional de edacasao primava nos nivels mas ba {or do sistema produ aumentos maiores da rend que em ves masa ios de educaio. Disto conclurse, argumenta Coraggio, que o invest | enzo em nfveis de educagto primivia ou bisica apresentaré os melhores reltados em termos de aumento do produto interno brut, Contdo, se tal argumento na rena pres que o principal ecuso de timpatsem desenvolvimento um poolon rerio de eaba- Thadores barton lexvein prodetind bese sevigos pars 8 porapioo verdadero aumento da ends ser real nao no paler em vas de descoolvimento, mas pets consumidores de {Ss bens faizados nos pases industriaizadon (CORAGGIO, 1994: 168), “Eu havin expresado uma preocupacio similar ao anlar as premissas lads nos docamenton preparatrios para a conferéncia de Jontiem us 119

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