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Colecgao Diagnéstico Psicalégico Série - Personalidade Colecedo dirigida por ANTONIO MENEZES ROCHA BAR-ILAN Teste de Figuras para Criangas. - uma entrevista semi-projectiva RIVKAH ITSKOWITZ & HELEN STRAUSS, MANUAL (1 Edigao) waeae Tosero12 LISBOA 1 Agradecemos a tradugao-deste Manual a Paula Mendes da Luz. A adaptacdo portuguesa desta prova é da responsabilidade de Alexandra Figueiredo de Barros e de Anténio Menezes Racha. Nenhuma parte deste Manual ou das pranchas ou figuras que constituem esta prova podem ser impressas. ou reproduzidas por qualquer meio sem a autorizacao escrita dos proprietarios do Copyright. ‘The Barifa Picture Test for Children, Test Menuat Autores: Rivkah liskowite & Helen Strauss ‘Translated and adapted by permission. Copyright 19828 by the authors and Dansk Psykologisk Forlag Portuguese translation copyright 19986 by the authors and Dansk Psykologisk Forlag. “Traduzido ¢ adaptado com autorizapao. Desenhos das figuras: Menachem itskowitz Edigdo e edaptagio portuguesa: CEGOC-TEA - Av. Anténio Augusto Agula, 21-2" 1050-012 LISBOA. Lisbos 1998 ; Froid a reprodugio total ou parclal,Todos os direltes reservados, NAO FOTOCOPIE TESTES. . RESPEITE OS DIREITOS DE AUTOR E APOIE A INVESTIGACAO EM PSICOLOGIA. indICE ~~ e 6. APENDICE.... CARACTERISTICAS DA PROVA 7 Ficha técnica 7 Z 4.2 Objectivo do Teste Bar-llan 4.3 Fundamentagao da Prova. 1.4-Descri eo TAA FIQUIAS .cscseensentnnnennnne Sr 1.4.2 Quest6es a 7 even 1.5 Aplicago VALIDAGAO DO TESTE .. 2.1 Fidelidade .. 13 2.2 Validade 14 . ORIENTACOES PARA A ANALISE DE PROTOCOLOS 3.1 Estude de casos 18 B41 CE80 teen soe 18 3.1.2 Caso 2 - a 24 OUTRAS UTILIZAGOES DO TESTE BAR-ILAN. 28 . BIBLIOGRAFIA 30 BAR-ILAN 1. CARACTERISTICAS DA PROVA 4.4 Ficha técnica ——— BAR-ILAN Autores Rivkah Itskowitz & Helen Strauss Editora CEGOC-TEA Proprietaria dos direitos da versao original H. Strauss, R. ltskowitz & Dansk Psykologisk Forlag . Administragao Individual Duragao Varidvel Aplicagao Criangas-e adolescentes (a partir dos 4 anos) | Objectivo Avallagdo do comportamento interpessoal, confites, | atitudes face aos outros significativos, sentimentos de competéncia, dominio das situagdes, reacgdes emocionais, motivagao, locus de controlo, processos de pensamento e actividade geral. 1.2 Objectivo do Teste Bar-lian © Teste Bar-llan para Criangas (Itskowitz & Strauss,1977) € uma prova semi- projectiva que despista_situagbes reais e significativas geralmente encontradas no contexto educacional da crianca. Permite-nos detectar a percepeao da crianga do seu lugar_na_ jade, no seu contexto educacional formal, epL_casa, assim como a sua percepgao dos seus pontos fracos e do seu potencial para lidar com as situagdes do quotidiano. O teste foi construido para criangas de jardim de infancia e do primeiro ciclo do ensino basico, isto é, dos 4 395 4 anos, mas tem sido usado com sucesso em criangas @ jovens alé aos 16 anos de iade. As caracteristicas das figuras so tais que evecam, da parte da crianga, respostas que so especificas do problema em causa, informag&o que seria mais dificil de obter através de técnicas completamente projectivas (Werner & Kaplan, 1963). Outros testes concentraram-se na situacao escolar, em particular 0 Schoo! Apperception Method (Solomon & Starr, 1968), construido para utilizar com criangas com menos de 13 anos de idade. Nesta prova, apresentam-se varias situagdes escolares em 22 pranchas, 12 das quais so situagdes correntes, € 0 teste é usado, tal como outras provas projectivas, pedindo a crianga para contar uma histéria acerca de cada figura. No entanto, tal como Rabin e Hayworth (1960) referiram, quanto mais novas forem as criangas mais dificuldades ter2o em “inventar" historias por si préprias como é pedido em testes projectivos do tipo do C.AT. A utilizagao de perguntas sobre as figuras facilita, pois, as reacgdes da crianga ao teste, Além disso, através das perguntas podem ser estudados varios aspectos das percepges das criangas acerca da escola e da familia, sem necessidade de recorrer a variagées das figuras. —perdepgoes da escola e da familia. Estas ‘situacdes incluem as rél significativos qué podem influénciar as suas atitudes, como professores, pais, irmaos e grupos de pares. A.importancia relativa dos outros significativos informar-nos-4 acerca da educagao er casa:e-das attitudes em relagdo a escola. (CF. Coopersmith, 1967, Lowenteld, 1971, Mussen,, Conger. & Kagan, 1979). ‘As perguntas foram concebidas de modo a obter-se informagao sobre o desempenho do examinando nas-seguintes areas: estado emocional : =.» motivagéo, locus de controlo -==. Ls TGomportamento interpessoal e conflitos atitudes dos outros significativos 7 ‘+ dominio e sentimentos de competéncia + processos de pensamento -——-+_actividade geral As figuras foram desenhadas de modo néo ambiguo, excepto a que representa a relacdo entre irmaos, por se tornar dificil fazer variagdes da figura de modo a abranger todas as possibilidades de combinagées entre irmaos ou irmas. Nas restantes, foram claramente representados adultos criangas de ambos os sexos. O facto das figuras serem bem definidas permite uma identificagdo mais directa da crianca do que as.figuras mais ambiguas dos testes totalmente projectives e leva-a a reagir as figuras a um nivel de pré-consciente a consciente, de acordo com 0 objectivo do teste, tal como foi referido. As, figuras caracterizam-se pela sua simplicidade.Em geral, s6 foram desenhados os contornos'e acrescentados os detalhes importantes. Na construgao do teste tivemos em conta as varias populagdes a que se destinava, isto é, diferentes grupos de idade, subculturas, niveis de inteligéncia e niveis de funcionamento perceptive. Assim, tentamos construfr as figuras de modo que cada crianca se pudesse identificar com os*personagens. As figuras simples facilitam 2s respostas das criangas que poderiam ter dificuldade em responder a estimulos mais complexos 1.4 Descrigao do Teste 4.4.1 Figuras ‘O teste consiste em nove figuras basicas, seis das quais tm versées separadas para rapazes e raparigas, ou seja, quinze figuras no total. Cada figura representa uma situacao nna escola ou em casa, € 0 conjunto é apresentado pela seguinte ordem: *RIguFa1..Uifcrapaz é uma rapariga a caminho da escola - revela a expectativa - da crianga em relagao 2 escola. (7 Figura2*-A-professora e a crianca na aula - revela atitudes perante os . professores, os colegas ¢ a situagdo de aprendizagem, Figura 3*. Grupos de criangas no recreio - centraliza as relagdes sociais no contexto escolar. Figura 4*. A crianga em casa com a mae - revela a percep¢ao da crianga da ‘ “sua relago com a mae, especialmente em relagao ao seu envolvimento com @ escola. Figura 5*. A crianca em casa com 0 pai - revela informa¢do semelhante a ~“obtitiatna figura anterior, relativamente ao pai Figura 6*. Duas criangas no quarto, uma com um livro, a outra com um brinquedo - revela a preferéncia da crianga pelo estudo ou pela brincadeira Figura 7. irmaos no quarto - revela a relagdo entre irmaos. Figura 8. Os pais sozinhos - revela a percepeao da crianca da relacdo entre os pais, especialmente em relagao a atitude deles para consigo propria Figura 9°. Um grupo de criangas, incluindo um rapaz deficiente, no recreio - revela a percepcao da crianca acerca dos deficientes 2 em que medida se identifica com eles, 1.4.2 Questées A apresentagao de cada figura é acompanhada por questées padrao relacionadas com 0 pensamento da crianca, os seus sentimentos e os seus comportamentos na situacao especifica apresentada. (O termo "rapaz" ou "menino" e o pronome “ele” sdo usados para ambos os sexos para simplificar a apresentagao das perguntas padréo. O examinador utilizara, € ébvio, os nomes e os pronomes apropriados): Figura 1. Usada para estabelecer a relagao com a orianga. Q: O que estdo os meninos a fazer? Se a crianga nao falar da escola, 0 examinador diz. @: Os meninos vao para a escola e estéo a falar de como vai ser quando ld estiverem. O que é que o rapaz esté a dizer 4 menina? (Quando 0 examinando é uma rapariga, pergunta-se o que é que a menina esté.a dizer ao rapaz) Q: O que é que a menina respondeu? 1 ks figuras marcas com asterlsco ttm versbes separadas para apazes e raparigas BAR-ILAN Q: Eo que é que eles,vao fazer. na escola? Q: Como € que eles sé sentem agora? Figura 2. Q: As criangas agora estéo na aula. O que é‘que~eles podem fazer na aula? Q: Eo que € que os meninos estao a fazer? Q: Como é que eles se sentem? Q: O que é que a professora esté a dizer aos alunos? Q: E 0 que é que ela esta a dizer a(o) menino(a). a sua frente? cee Q: 0 que & que ofa) menino(a) diz? Q: Como é que ele se sente? - Q: O gue € que os outros meninos estéo a dizer? (O que é que esto a pensar?) - : = Q: O que vai acontecer depois? Q: O que € que o menino vai fazer quando ndo souber continuar o trabalho? Q: O que € que a professora vai fazer quando o menino ‘nao souber? Se 0 menino pudesse mudar alguma coisa na escola, 0 que é que mudava? Figura 3. Q: Agora os meninos esto no recreio. O que ¢ que estao a fazer? Se a resposta é "esto a brincar’, pergunta-se: Q: Eles também esto a falar. O que que esto a dizer? Q: Como € que se sentem? Q: O que é que o rapaz esta a dizer? (Quando o exeminando ainda nao se referiu a crianca isoleda) Q: Por que € que o rapaz esta aqui? Q: O que é que os outros meninos estéo a dizer? Se a resposta é Yue.ele é rejeitado, pergunta-se: Q: Por que ¢ que os outros nado querem brincar com ele? Q: O que é que ele pode fazer? 2: O que mais podia fazer? ‘Complementarmente, pode perguntar-se Q: Ele vai fazer isso? Como é que ele se sente? Figura 4. Q: Agora o menino esté com a mae. O que é que ela the esta a dizer? i Q: O que é que a mae diz? Q: Como é que ele se sente? Q: Ele também the esta a falar da escola. O que é que diz? (Se nao tiver falado antes da’escola) 70 BAR-ILAN * @:O que € que amie Ihe diz? Q: Como € que ele se sente? - Como é que mae se sente? Q: O que vai acontecer depois? Q: O- que & que~a mae vai: fazer-quando-ele -tiver maus resultados na escola? Figura 5. As mesmas perguntas da Figura 4, mas em relac&o ao pal Figura 6. Q: Qual dos meninos gostavas de ser? Q: Porqué? Q: Sempre? Q: Porqué? Q: Como é que os meninos se sentem? Figura 7. Q: Agora os meninos esto no quarto. O-que é que estao a fazer? Q: O que € que estao a dizer um ao outro? Q: Quem esta a porta? Q: 0 que € que eles dizem? Q: Como € que se sentem? Figura 8. Q: Os pais esto a falar um com 0 outro, © que é que estéo a dizer? Q: Quem disse isso? (Se a crianga nao tiver especificado se foi o pai ou a mae) Q: Qual é a resposta do pai/mae? Q: Como € que o menino se sente a0 ouvi-los falar? (Se a crianga diz que ndo ha menino nenhum, o examinador diz-lhe que ele esta num quarto ao lado. Nao se deve sugerir que a crianga esta a escutar propositadamente a conversa dos pais porque isso implicava que ela estivesse a “bisbilhotar”.) @: Os pais acabaram de chegar de uma reuniéo de pais na escola. O que é que eles esto a dizer? O que dizem da professora? O que dizem da escola? Q: 0 que é que o menino pensa da escola? Q: O que é que-os pais pensam da escola? : O que vai acontecer depois? © que estao os meninos a fazer aqui? : —~Q:-Podem todos brincar ao. mesmo jogo?. ~——Se-o-examinando-evita-a-confrontagio-com-a-deficiéneia-da-~ ~ —— criangarna figura, pergunta-se: Q: Este menino pode brincar com os outros? Q: Ento 0 que é que ele pode fazer? Q: 0 que Ihe dizem os outros meninos? Q:0 que é que Sle diz? Q: O que é que ele pode fazer? ~Q:-O.que-mais.podia fazer?- — Q: Como €.que ele se sente? Q: O que vai acontecer depois? 1.5 Aplicagao-==-"-~=~ A crianga:deve-estar sentada confortavelmente em frente do examinador numa sala sossegada.O examinador diz: "Trouxe umas figuras que gostava de te mostrar para me contares-umas-histérias acerca delas". = As figuras'sdo apresentadas uma de cada vez de acordo com a sequéncia numérica As figuras 2, 3, 4, 5, 6 © 9 t8m vers6es separadas para rapazes e raparigas, tal como foi referido. A apresentacao das figuras é acompanhada pelas perguntas padrao ja indicadas, As perguntas devem ser feitas a um ritmo moderado de modo a provocar respostas elaboradas, especialmente em casos de criangas culturalmente desfavorecidas ou multo ansiosas, Quando 0 examinador pretende que a crianga elabore mais uma resposta, pode introduzir feedback neutro (Gordon, 1978) tal como: "Sim..." * Conta mais", " Estou a ouvir" (quando o examinando se cala), etc, As perguntas podem ser modificadas pela experiéncia do examinador, tendo em conta 0 assunto especifico em questo. Por exemplo, para uma crianga com dificuldades na matemética, pode apresentar a Figura 2 (criancas na aula) do seguinte modo: "Aqui as Meninos estéo a estudat matematica. O que é que a professora esta a dizer?" ete E importante observar nao somente as resposias, mas também 0 comportamento da Grianga: tensdo ¢ alivio sao sentimentos que podem ser observados através da postura do Corpo, *espiragéo e movimentos faciais. O tempo de reaccao, a qualidade da”vor do examinando, o ritmo acelerado do discurso ou o seu bloqueio, mudanga abrupta de irecgao do contetido e frases evasivas - “nao set’, etc, também so indicagdes de tensao ou alivie Por vezes, pode acontecer que 0 examinando evite responder, dizendo que nao sabe © que @ que a crianga da figura esta a dizer ou a fazer. Nestes casos, 0 examninador deve encorajar a crianca dizendo: "Eu também néo sei, mas podemos adivinhar", e ent&o repete a pergunta, 8 Reramente, a crianga pode usar 0 pronome na primeira pessoa em vez da terceira Pessoa (isto é, “Eu disse a minha mae...) e entéo parar (devido a ansiedade), O examinador dira qué esto a falar da Crianiga da figura e nao da crianga em si, - 2 : BAR-ILAN 2. VALIDAGAO-DO TESTE: —~ 2.1 Fidelidade NUT SSITAS “PrEliMinar” Fruchter (1977) investigoui a fidelidade do teste em criangas de jardifa de infancia e do 1.° ano de escolaridade. Utilizou as seguintes categorias ansiedade geral; consciéncia das possiveis actividades na escola; percepgo do papel do aluno, percepsao do papel do professor; percepcao do envolvimento parental na escola Foram testadas 24 criangas de jardim de infanciae do 1.° ano de escoleridade, duas vezes, com um intervalo de trés semanas. O coeficiente de correlagao de Pearson foi calculado para os resultados dos dois testes e variou desde r = 0,56 a r= 0,92 para as seis categorias, ° tal comorse pode ver no Quadro“t:-—-—~ Categorias | Ansiedade | Actividades | Papel | Papel do | Envolvimento | Estudo vs | Total geral escolares | do | professor | parental brincadeira aluno = Oe | OFS 090 O82 oa oe [os ‘QUADRO 1, Coreagéet Teste-Retaste para 24 sujatos “No-mesmo estudo, pediu-se a trés juizes para categorizar os resultados do teste, independentemente. O Quadro 2 mostra as correlagdes detalhadas entre cada par de juizes. | Juizes? T Categoria 12 t 13 | 23 Média Ansiedade 0.8943 O7aT | 068s aT | Actividades 7000 0487 0.487 760 Lescolares: | | Papel de alno 0348 oa 388 ae Papel do prof. 0572 O51 0388 | 036 Envolvimento T 0,975 0415 0.477 Parental | Estudo vs T 0.927 0528 a Brincadeira | ‘QUADRO 2, ntercowelages ene Jizes Como se pode ver pelo Quadro 2, as correlagées mais altas foram entre os Juizes 1 € 2. Estes eram jovens psicélogos, enquanto o Juiz 3 era um estudante pés-graduado. Os juizes com mais experiéncia parecem capazes de interpretar os resultados com maior rigor. Niv (1980) estudou 15 criangas com audigao normal e 29 criangas surdas com 11 anos de idade. Utilizou as figuras 1, 2, 3, 6 e 9 para examinar o auto-conceito das criangas em contexto escolar ou com grupos de pares. As criancas deficientes auditivas tiveram dificuldade em reagir 4s perguntas abertas do teste. Num estudo preliminar, Niv tinha concluido que as reacgdes provocadas pelas perguntas abertas podiam ser classificadas através das escalas construidas por Iiskowitz e Strauss (ver apéndice). Dessa forma, com base nessas escalas, foram elaboradas perguntas de resposta miltipla. A fidelidade do teste-reteste, com um intervalo de trés semanas, foi de r= 0,90. 2 sis pictloge ivesgador Jia r*2- pslesogenvestgadec Ji 3 estudante 3 Todas as coreagées foram calculades com 0 costcierte 13 “2.2 Validade i No estudo (néo publicado) de Fruchter, os resultados no teste de 17 criancas de ~~ jardim de infancia foram categorizados, e pediu-se.a educadora para prever como'se situaria cada cffanga-em-cada- uma-dessas-sategorias.-O-Quadro-3-mestra-as-correlagdes-entre-2- previsdio da educadora e os resultados obtidos. [eategarae | Rasiodade | Retvidades[Fapot do] Papel “de [Envahimonto) geral escolares _| aluno Professor _| parental a a ost 042 080] ‘GUADRO 3: Correlages entre os Resutatos no Teste e 2 Avalag#o da Educadora do Jari de Infancia © Quadro 3 mostra correlagées sighificativas, mas rélativamente baixas, para todas ~ as categorias, excepto para o envolvimento parental. Itskowitz e Strauss (1980) encontraram resultados semeihantes em 15-criangas do-3.° ano de escolaridade e 23 do 4.°.ano de escolaridade, “cijos resultados ino teste foram analisados de acordo com categorias um pouco diferentes: ansiedade durante o caminho para a escola, sentimentos na aula, medo da professor, sentiffientos quando 6 chamado ao quadro e relagdes com os pais. As professoras_de.ambas_as_classes foi pedido que escrevessem as respostas que“pensavam que’osseus~alunos-dariam nessas categorias, Uma das professoras era muito experiente e sensivel a este tipo de questées, enquanto a outra era nova na profissao. Os resultados surgem no Quadro 4. Catagory | nsledade a Sentinentos” | Mado da | Sentimentos ~~] Ralagbos | | caminko. da naaula | professora "| quando’ chamado | com os pais escola, | Soquadre AS a a a [TaFAno | 35 48 2B 30 | [QUADRO 4, Percantagem de Concodinca ert os Gesutados no Teste e«Avalagto de Proessora © Ambas as professoras julgaram a crianga como estando menos assustada do que ela demonstrou, No entanto, apesar da professora mais experiente ter proyado ser mais sensivel as criangas do que a sua colega, mesmo para ela foi dificil perceber os sentimentos dos seus alunos a caminho da escola. Por outro lado, ambas perceberam bastante bem os sentimentos dos seus.alunos no contexte da familia. Pode concluir-se, da andlise dos dois quadros, que quando '@ professora faz parte da situagao é mais dificil para ela perceber a crianga; talvez isto se possa relacionar, em parte, com o facto da sua imagem profissional poder ser posta em causa. :Apesar das professoras terem dificuldade em perceber a crianga correctamente em situagSes em que esto envoividas, as correlagdes significativas (especialniente as correlagées altas no envolvimento parental) constituem suporte para a validade do teste. Além disso, Alo, Itskowitz € Strauss (1980) mostraram que em resultado de uma formagao estruturada com vista a aumentar a sensibilidade dos professores a estas questées, estes prediziam as respostas dos alunos significativamente methor do que antes da formago. Estes professorés érani também melhorés a predizer as respostas dos alunos do que aqueles que tinham participado em acgdes de formagao regular, discusséo em grupos ou seminarios, apesar de algumas das diferencas no serem significativas. 4 0 resutades foram caleslados em percentig@?"devi8 face varincia nas categories em que a professora ceté mais envokits ltendendo ela, nesta cteunstancta, a alibar sententcs pestves 8 cianea). 7 i Um ouffo critério de Validade usado noutro estudo (Fruchter, Itskowitz e Strauss,1981) consistiu na correlagéo encontrada entre a informagao que a crianga de jardim de infancia tem acerca da escola e o grau.de ansiedade-geralmanifestada 2o entrar para o primeiro.ano de escolaridade- A hipotese-era-a-de-que-quante-mais-informacdo-tiver-um-individuo-acerce de um papel, menor ansiedade ele sentira ao desempenhar esse papel (Sarbin & Allen,1968). © teste foi aplicado a 56 criangas de jardim de infancia e a correlacao encontrada entre a quantidade de informagao e a ansiedade geral foi de r= -0,52, p < 0,011 Logo, a hipétese acerca da relacdo inversa entre informagao e ansiedade foi confirmada As criangas as quais foi aplicada @ prova procediam de dois contextos educativos: diferentes, Metade delas frequentava os jardins.de infancia regulares (onde sé existe ensino pré-primério, em Israel) enquanto a outra metade.frequentava um tipo de "escola infantil, consistindo em jarcim de infancia e 1.° ano de escolaridade, localizada dentro do edificio do ensino bésico. Era suposto que as criangas da escola infantil tivessem mais informagao acerca da escola do que as que frequentavam os jardins de infancia regulares e, ‘como tal, manifestassem menor ansiedade. Ambos os pressupostos foram confirmados pelos-testes-t entre os dois grupos: t= 4,70, p < 0,001 em relagao 4 informagao; f = 3,02, p < 0,001 para a ansiedade. Na mesma perspectiva, Strauss (1975) esludou dois grupos de criangas: um grupo frequentava os jardins de infancia regulares, o outro frequentava a “escola infantil". Cada grupo era composto por cite criangas de quatro meios socio-econémicos diferentes; os ‘grupos foram emparelhados. Os resultados foram calculados através da andlise do x. Foram encontradas diferengas significativas entre os grupos em reiagao a ansiedade geral, 72 = 4,5, p < 0,05. Surgiu também uma diferenga significativa nas expectativas dos grupos acerca do comportamento do professor, 77 = 4.8, p< 0,05. No entanto, em relagao ao Teceio das criangas acerca do seu insucesso pessoal na escola, ndo houve diferenga entre 08 dois grupos. Uma explicago ad-hoc para este facta podera ser a seguinte: enquanto que ‘9 medo do insucesso pessdal esta mais relacionado com o auto-conceito da crianga, o medo da escola, incluindo 0 comportamento do professor, estaria mais relacionado com o contexto educative Strauss, Gottesdiener, Fogel e Tamari (1981) compararam, num grupo de 21 criangas de jardim de infancia, as expectativas acerca da escola, partindo da hipdtese de que as atitudes dos pais influenciam as atitudes dos seus filhos. Concluiram que: a) Existe correlagao entre o sentimento geral das criangas acerca da escola e a atitude geral das suas maes (r= 0,69, p < 0,001), isto €, quanto mais favoravel for a alitude das maes, menor sera a ansiedade manifestada pelas criangas. b) As expectatives das criangas em relagéo as actividades escolares esto correlacionadas com as expectativas dos pais acerca das tarefas escolares, (r= 0,47, p < 0,02). ©) As expectativas das criancas acerca do professor relacionam-se com a atitude das suas maes (r = 0,57, p < 0,003), ou seja, quanto mais positiva for @ opiniéo das maes, mais positivas s4o as expectativas das criancas. ~Sd)-Existe-correlagao entre.a percepeao das criangas acerca do envolvimento-dos aisina escola.e o envolvimento das maes (r= 0,62, p < 0,001). _—A.partir do que acima foi deserito, conclu-se que as mes tém maior infilencia nas —expectativas-emocionais-da~crianga- acerca ‘da escolar, enquanto~os-paisinfidenciam-as ~~~ expectativas da crianga relativamente as actividades realizadas na escola. Esta conclusao esta de acordo com a teoria de Parsons e Bales (1955) acerca dos papéis parentais. Desta forma, os resultados destes estudos ajudam a validar o teste. No @Studo de Niv (1980) partiuse do pressuposto de que criangas deficientes auditivas que estudassem no ensino regular, se percebiam como diferentes de outras criangas-com-a.mesma deficiéncia mas que frequentavam o ensino especial_para-deficientes auditivos, Os-reSultados mostraram que as criangas deficientes que frequentavam:o-ensino reqular tinham um auto-conceito significativamente pior do que as criangas surdas do ensino jénte do que as.criancas deficientes auditivas em ensino especial. Strauss, Harrison e Glaubman num trabalho, nao publicado, sobre educagao aberta, estudaram as percepc6es de criangas em contextos educativos mais abertos e em contextos ragulares. A amostra consistiu em alunos do primeiro, terceiro e quinto anos de escolaridade, em grupos de cerca de 50 por cada nivel escolar, com igual proporgao de rapazes e de raparigas. O teste foi aplicado no final do ano !ectivo. No geral, partiu-se da hipétese de que as criancas que frequentavam contextos escolares abertos sentir-se-iam mais a vontade tanto com as figuras autoritérias como com os seus pares, e estariam menos preocupadas com a disciplina do que o grupo de controlo da escola requir. Os resultados mostraram que as criangas da escola aberta se percebiam como sendo mais aceites pelos outros e que viam a crianca deficiente da figura 9 como sendo mais aceite. Na‘figura 6 percepcionavam menor competi¢ao entre a crianga que estuda e a que brinca. Em relagao & pausa do recreio descrita ria figura 3, evidenciaram maior diferenciagao ao falar menos sobre os estudes. Foram reveladas varias diferengas entre os niveis etarios € foram encontradas variadas interacgdes entre o nivel escolar e 0 contexto edycacional. (Por razGes técnicas, os resultados no podem ser melhor especificados aqui; os quadros com os resultados estatisticos podem ser obtidos através do segundo autor do manual do teste.) 16 ; ORIENTACOES PARA A ANALISE DE PROTOCOLOS Seguidamente so recomendadas algumas orientagSes para a andlise dos resultados —dorteste-... == A. Aspectos emocionais Qual 6 o humor geral da crianga? E negativo - triste, apatico, zangado, impotente, desesperado, etc.; ou neutro - indiferente; ou positivo - feliz, esperangado? Podem ser observadas flutuagdes de humor por detras do humor geral do examinando: Quais sao as figuras ou perguntas que estimulam essas reaccdes e qual a sua’ “ditecf0? Por exemplo, a crianga pode estar basicamente com um humor negativo mas pode animar-se de vez em quando. A orianga pode manter-se geralmente indiferente mas algumas situagdes provocarem uma mudanca de humor, etc. Quais so essas situagSes? Quais so as situagdes que Ihe provocam tenséo? B, Motivacao O examinando esta motivado? Em que areas mostra maior motivagdo e em que areas esta menos motivado? Qual é o locus de controlo? Reconhece a responsabilidade da sua aprendizagem e do seu comportamento ou transfere-a para outros? C. Comportamento interpessoal e areas de conflito 1. nivel do comportamento interpessoal e modo de interaccao; 2. areas de conflito - com quem, quando, porqué? 3, meios de resolver os conflitos. D. Atitudes de outros significativos em relagéo ao examinando Professor-pais, 1, aceitagao versus rejeicao, ou abandono e indiferenga; 2. autoritério, autorizador ou permissivo; 3. reforgos positives (elogio, encorajamento, etc.) versus consequéncias negativas (ralhar, castigos, etc.) ou auséncia de reforco, 4, congruéncia das atitudes dos pais entre si e entre as atitudes dos pais e as dos professores 5. contetido das expectativas (aprendizagem orientada, disciplina orientada, orientagao social, etc.) Pares e irmaos 4. aceitagdo versus rejeigao ou negligéncia: 2. modes de comunicacao - interacgo positiva; interacc&o negativa ou auséncia de interaceao; 3, modos de suporte - positivo, negativo ou nenhum. Descrigao dos modos de suporte; 4, status no grupo de pares - lider, seguidor, semethante, bode expiatério ou rejeitado. Sucesso versus insucesso em -1.-conseguir-aprendes_———__—_ 2. realizar tarefas, tais-como trabalhos de casa;~ 3. satisfazer as expectativas dos pais @ professores em relagdo a aprendizagem e ao comportamento; 4. resolugaio de problemas: consegue resolver problemas por si proprio, com a ajude de outros, desisté. : F. Qualidade dos processos de pensamento_ i) ete Sequéncia, nivel, légico versus confuso. G ‘ctividade Actividade global, grau e qualidade. 3.1 Estudo de casos 3.4.1 Caso Uma menina de 5 anos (que tinha uma irma gémea) foi enviada a consulta. O problema era tentar que ingressasse na escola ou deixé-la mais um ano no jardim de infancia. A sua ima gémea era uma candidata indiscutivel 4 escola, enquanto ela era deixada para tras pela professora que nem sequer queria que ela fosse ao psicdlogo. A mae estava vacilante tinha tendéncia para se deixar influenciar pela opiniéo da professora. Seguidamente, apresentam-se algumas questdes e respectivas respostas as pranchas de 1 a6. Figura 1 Q: O que é que a rapariga esté a dizer ao rapaz a respeito da escola? R: Que vai ser muito divertido. O examinador, senting que a resposta se refere mais 4 sua irma gémea do que a ela propria, explora: Q: Eo que diz 0 rapaz? Ri: Que ndo'pensa que va ser assim io divertido Q: E como é que é mesmo na escola? R: A menina gosta muito mas o rapaz néo @: Qual é o nome da menina? (Respondeu com o nome da irma) Interpretagéo das respostas: A menina € idéntica a ima mas a examinanda faz uma identificagao trocada: na figura ela pode ser o rapaz. A irma sente que tudo estd a seu favor enquanto ela tem uma expectativa de insucesso. BARILAN : O que esto as criancas a fazer na sala? Léem, escrever-e-estudam a Biblia: : O-que-6 que-a-professoresté-a dizer menina? Que ela nao sabe ler. E oque é que a menina esta a pensar? Que sabe ler mas que nao sabe escrever. © que esto a pensar os outros meninos? Que eles sabem. Q: E 0 que vai acontecer depois? R: Depois, a-menina.ndo vai estar na-aula:—~-—- Interpretacdo das respostas: A menina sente que sd ela € que falha, Sente que seria capaz de lidar com a situagao de leitura mas que a opiniao dos outros é negativa. Figura 3 Q: O que est&o aqui a fazer os meninos? R: Estéo a falar uns com os outros. Q: 0 que esto a dizer? R: Que ndo vale a pena estar na escola porque é muito dificil Q: O que é que esto a dizer mais? R: Uma das meninas diz que é melhor ficar no jardim de infancia Q: O que vai acontecer depois? R: No fim os meninos vao dizer que é melhor ir para a escola porque vao aprender 2 escrever. Interpretacdo das respostas: A partir das respostas ficamos a conhecer o conflito interno da menina: por um lado, ela esté convencida de que a escola é dificil e que é preferivel manter-se no jardim de infarcia, por outro lado, ela sente que se ndo for para a escola ficaré para tras. Como defesa, tenta mostrar que ndo gosta da escola, mas a sua estratégia de defesa nao é muito bem sucedida Figura 4 Q: O que é que a menina esta a dizer 4 mae? R: Que a professora diz que ela ndo sabe escrever. Q: O que que a mae diz? R: Pergunta se a professora disse mesmo isso. Q: O que é que a menina responde? R: Que ela nao sabe mesmo escrever. Q: O que é que a mae diz? R: Que ela devia deixar de ir a escola. Q: Eo que é que a menina acha? R: Que ela gostava de ir a escola. Interpretagao das respostas: A menina apercebe-se que a me no confia nas suas capacidades e acha que a filha nao é capaz de corresponder as exigéncias da escola. No entanto, a tltima resposta mostra que a menina nao desistiu. = 18 Q: 0 que é que a menina esté a dizer ao pai? ~---~R>Que-a professora Ihe disse que ela nao sabia escrever. R: Que sla iad "deve ir & escola. Q: 0 que é que-a menina acha? Q: 0 que vai acontecer no fim? Ri A menina no vai a escola porque a professora nao deixa, Interpretagdo-das-respostas: A percepeao da crianga acerca da falta de confianga por. - parte-dos-seus pais eda sua falta de apoio, surge novamente num grau extremo. O seu sentimento.de.impoténcia 6 agravado pela ideia de que ela é capaz de aprender mas que a professora'néoa quer deixar aprender. No entanto, o seu sentimento de que € capaz de ler imporiante:porque mostra uma forca interna que lhe permite acreditar em si propria apesar das reacgdes negativas que obtém dos outros. — Figura 6 : Qual das meninas gostavas de ser? R: Como a menina que esta a brincar porque sempre quis um comboio eléctrico. (Uma das meninas da figura esta a brincar com um comboio). Q: Gostavas de ser sempre como ela? R: Quero ser como a menina que esté a brincer. Interpretagdo das respostas: A menina faz uma regress4o e prefere brincar a estudar. A primeira résposta implica racionalizagao e a segunda parece-nos demonstrative. ANALISE DO PROTOCOLO. Caracterizagao emocional: predominam a tristeza e a impoténcia. No entanto, ela nao pode exprimir os seus sentimentos Motivagaéo: mostra alguma motivacdo que aumenta durante o teste. Porém, devido a falta Ge reforgo por parte da professora e dos pais, ndo existe qualquer comportamento de identificagao. O seu locus de controlo é predominantemente externo e leva-a a renunciar as suas préprias necessidades. + x Comportamento interpessoal e 4reas de conflito: interacgéo conformista e .negativa; comportamento interpessoal restrito com adultos. Nao existe interacgdo aberta com os pares. Sentimentos de inferioridade e identificagao obscura devido a sua comparagao com a ima O seu confito centra-se a volta do tema do controlo ¢ ¢ agravado pela sua percepgao des atitudes negativas dos adultos. t O seu modo de lidar com as situagdes é geralmente a desisiéncia embora haja alguma hesitagao entre desistir e enfrentar as situagées. Tendéncia para racionalizar. 20 Attitudes dés outros significativos~ Professora, pais: a professora ¢ percebida como hostil e obstrutiva. Os pais mostram falta ——-de-cenfiange-nas-capacidades da crianca e reforgam a sua tendéncia para desistir Nac.é. percebido nenhum apoio por parte dos adultos. Nao tém expectativas positivas acerca da menina e véem-na como um fracasso, Pares e irma: so percebidos como tendo sentimentos de supericridade em relacao a ela. Grau de dominio e sentimento de competéncia: insegura quanto sua capacidade & _~“campeténcia. Ela ndo espera ser capaz de corresponder as expectativas em parte porque —~percepciona a professora como obstrutiva. Como tal, qualquer tentativa de enfrentar 2s _situagées 6, logo a partida, posta de parte. ZA Caso 2 Um rapaz de seis anos, bem constituido, tem problemas de comportamento, evidenciando inquietagao e agressdo. O seu pai ficou totalmente invélido quando o rapaz tinha-trés anos-e esta Confinado a uma cadeira de rodas. A me gere a casa e é responsavel or tudo. O rapaz no se adaptou a escola, tende a ficar perturbado e sai da sala de aula sempre que pode. Reage ao seu fracasso na aprendizagem apagando e rasgando as folhas dos livros, nao sendo capaz de cumprir uma tarefa e faltando muito & escola, Porém, é um rapaz simpatico, colaborador, com uma exagerada necessidade de atencdo. Existe plena cooperagao entre os varios agentes educativos na escola que esto ansiosos por ajudé-to. Em seguida encontram-se algumas questdes e respectivas respostas as pranchas (foram usadas apenas partes das questées padréo). Figura 4 Q: O que é que os meninos esto a fazer? R: V4o para casa: aqui é a casa e aqui é 0 portéo © um relgio que diz as horas (de facto no ha nenhum relégio na figura) {Q: O que é que o menino esté a dizer a menina? R: Que puseram um relégio aqui Q: O que é que vdo fazer na escola? R: Vao estudar, Q: O que é que eles acham da escola? R: Estudaram muito e sentem-se bem. Interpretagéo das respostas: As respostas mostram que a crianga refere detalhes imelevantes, coloca mesmo um relégio inexistente. Isto € uma clara indicagao de ansiedade latente, & luz da qual as suas respostas optimistas parecem ser uma tentativa de escapar aos seus maus sentimentos. BAR-ILAN Figura 2 Q: O que estéo a fazer as criangas? So R:-Uma-delas:diz-2-professora que naeten tivo == Q: E 0 que é que diz a professora? R: A professora diz: "Entdo diz 4 tua mae para comprar um porque nao podes estudar nem aprender a ler sem um livro" Interpretagdo das respostas: A ansiedade do imenino é manifestada nas sues expectativas de que algo mau vai acontecer, tal como fer-se esquecido do livro ¢ ser repreendido pela professora. Ele. acha que-merece isto-e-que-deve-pedir desculpa; porém, delega a responsabilidade na mae. oe Figura 3 - . Q: O que é que os meninos estao a fazer? —-- — R: Um diz assim: "Eu quero brincar as escondidas" e outro diz: "8 apanhada" e o outro quer ir para casa. Mas nao pode ser um querer fazer uma coisa ¢ 0 outro querer jogar apanhada, e hé dois meninos-ao-lado-a-brincar com areia e a ficarem todos sujos. Os meninos estao a falar da escola. O que é que esto a dizer? R: Estes dois dizem: "Vamos, anda para a escola" mas a mama no os deixa porque estao sujos Q: O que vao fazer? R: Um menino vai para o elevador e quer ir para casa mas nao sabe em que andar mora @ depois n&o consegue sair do elevador, e depois 0 papa vem cd abaixo e nao 0 consegue ajudar, e depois a mama desce e traz um martelo e dé com ele no elevador, abre-se e ele sai Q: O-que acontece no fim? + R: Esquecem-se da escola e néo querem ir para a escola, e dizem a mama que a culpa é dela porque ela-nao os deixou ir ¢ a directora ficou zangada com eles disse: "Venham ja ao meu gabinete!" Q: Como é que eles se sentem? R: Eles no acham.bem e um menino diz: "Mas a mama nao nos deixau vir porque estavamos cheiose areia® e um menino tira 0 boné ¢ atira-o a directora. Interpretagdo das respostas: O menino sente uma grande necessidade de se estruturar de se grganizar. Isto é mostrado tanto no contetido da primeira resposta como na falta de coerérigia entre as respostas seguintes. Surge uma vez mais a interpretagao incorrecta das figuras (clevador). Todas as respostas indicam emogSes fortes, principalmente de ameaca, relacionada com os pais e com a escola. Aprendemos algo acerca da percepcao do rapaz sobre a forga relativa dos pais - o pai néo pode ajudar, a mae restringelhe os comportamentos, mas sé ela consegue resolver os problemas em que ele esta envolvido & fé-lo pela forga. No entanto, a mae nao controla completamente a situagdo porque também existe a directora. O menino percebe a mae como sendo a princifal causa do seu insucesso mas, por outro lado, sente que precisa dela. + 2 BAR-ILAN Figura 4 Q: O que é que acrianga diz.amae2 ~~ R: Nao-deixeram-a-mée-entrar-e-e-directore-gritou-Ihe-e-a-mae disse: "Porqué?” "Porque ontem tu ndo nos deixaste ir’. Depois ela vem a escola e a directora diz: "Por que é que néo disseste a tua mae que tinhas de ir?" E agora a directora nao me deixa vir a escola e eu nao vou aprender a ler. Q: O que é que a mae diz?” R: A mae sente-se mal porque a directora gritou com ela. Interpretagéo das respostas:..As .respostas acima descritas confirmam a nossa interpretago da figura anterior, Enfatizam as duas ares problematicas - as relagdes da crianga com os pais e a sua convicgéio-de que vai ter insucesso escolar. Figura 5 Q: O que que o menino esté @ contar ao pai sobre a escola? Esta a dizer que a directora-se zangou com ele. Q: O que é que 0 pai respondeu? R: O pai diz;"porqué"? Q: O que que disse o rapaz? Porque a mama nao me deixou ir @ escola. Entao o papa diz que vai la e ralha com a directora. ‘© que é que o menino pensa disto? R: Sente-se mal porque ele nao quer ir a escola com 0 papa porque tem vergonha dele. Interpretagéo das respostas: O menino acusa a mae e faz queixa dela eo pal, Sente um certo conflito entre a sua imagem de uma directora forte e de um pai deficiente Figura 6 Jual dos meninos gostavas de ser? R: Aquele que est a estudar porque ele faz os trabalhos de casa € 0 outro sé brinca e no sabe ler. Depois o primeira + menino também yai brincar e diz ao que esta a brincar: Porque 6 que estas @ brincar? Faz primeiro os trabalhos de casa e depois brincas". Eu nao gostava de ser como o que esta a brincar porque ele n&o pode brincar, sé pode fazer os trabalhos de casa Q: Como é que se sentem os meninos? R: Sentem-se os dois bem. Interpretagao das respostas: O menino-esta preocupado com os seus trabalhos de casa \Vé-0s como uma obrigago, que ele gostaria de cumprir, ainda que os considere um grande peso. Tal como na primeira figura, a resposta optimista final nao parece muito convincente, —Q:-O.que esto a fazer os meninos?..---— ReUm-esté-a-rire-o-outro ndo Nao-querenrimpara a- escola ~ porque a directora esté zangada com eles e nunca mais os vai deixar ir a escola e bate-thes. Q: Como €é que se sente 0 rapaz (0 deficiente)? R: Sente-se mal porque ele tem uma coisa na pera e é dificil andar e depois cai. Interpretagao das respostas: O menino sente-um-total. insucesso relativamente a escola e a-sua.relagdo coin a directora. O rapaz deficiente refiecte o seu sentimento de insucesso, ia_pefspectiva fatalsta, A incapacidade do menino da figura esta. provavelmente ANALISE DO PROTOCOLO: €aracterizagdo emocional: predominantemente_negativa, flutuando entre a raiva, a impoténcia e a tristeza. Mesmo quando exprime optimismo, este parece ndo ser o refiexo dos seus sentimentos reais. Motivagao: Esta fortemente motivado e nao desiste das suas tentativas para enfrentar as situagbes, mesmo perante insucessos sucessivos. O seu locus.de controio € extemo quando sente que nao controla a situagao pede ajuda aos outros significativos. Além disso, tende a culpabilizé-los pelos seus falhancos Comportamento interpessoal e areas de conflito: Existe muita interacco com os outros, mas geralmente de tipo negativo e, como tal, a interaccdo no satisfaz as suas necessidades. Procura ansiosamente cumprir 0 que dele esperam mas fa-io de um modo inadaptado. As relagées do examinando com os outros caracterizam-se pela sua nevessidade de dependéncia e pela desconfianga: sents que precisa da mae mes percepciona-a como ameagadora, como sendo a causa dos seus insucessos e néo satisfazendo as suas necessidades. Do memo, modo, precisa do pai mas vé-o como incompetente e chega mesmo a ter vergonha dele, Projecta os atributos de poder e de agressdo, que percebe na mae, na directora, em parte porque deseja que ela represente a figura masculina forte que o pai nag representa para ele. 4 ¥ Atitudes dos outros significativos: - Professora, pais: Os adultos sao vistos como severos para com ele e querendo apenas aceité-lo desde que ele corresponda as suas expectativas, em especial no que diz respeito & aprendizagem da leitura. O pai é visto como sendo mais positive em relago a ele mas esta atitude acaba por ser intitl, devido sua incompeténcia \ Pares e irmaos: Sente que as outras criangas nao o aceitam prirtipalmente devido ao seu insucesso escolar. Graut de déminio e sentimento de competéncia: No geral, ele sente que nao controla o que Ihe acontece. Deseja corresponder as expectativas dos adultos mas sente que nao consegue. Apesar de tudo possui. uma certa forca interior e néo desiste facilmente, ~-—perseverando-nas-suas tentativas, defendendo-se-a'si proprio. - - Qualidade dos processos de raciocinio: A crianga é inteligente. Raciocina logicamente mas quando esta sob stress 0 seu pensamento toma-se desorganizado e prende-se a pormenores sem importancia como fuga a resolucao de situagdes probleméticas. Devido aos seus problemas nao consegue concentrar-se no aqui e agora, mas tends a oscilar entre dois focos de angistia, @ casa e a escola. Quando esté num lado, esta preccupado com 0 outros Actividade: & muito activo, mas a sua actividade torna-se difusa e, como tal, nao alcanca 0 objective desejado. Um ano depois, apés intervencao psicoldgica, a crianga, agora no 2° ano de escolaridade, foi examinada novamente, Figura 1 Como 6 que vai ser na escola? e calhar vamos pintar e desenher. Q: E depois, o que é que vai acontecer? R: Trouxemos as coisas que nos pediram. Aqueles dois, se calhar, n@o trouxeram os materiais. Entéo nos vamos emprestar-Ihes os nossos. omo € que eles se sentem na escola? R: Sentem-se bem. O menino diz: "Que dia & hoje? Vamos estudar. Vai ser born ver 0 que vamos aprender. Se calhar vamos ler a Biblia. Estéo contentes e gostam da escola. Dizer assim: "Jé estamos perto da escola e nem demos por isso. Bem, vamos entrar” Figura 2 O que é que as criangas esto a fazer na aula? Estao a estudar a Biblia, Genesis, pagina 11. Uma das criangas diz: "Brofessora, eu no percebo". A professora vert aludé-lo. Os outros esto a escrever e dizem: "Nés ajudamos- te". E a professora pergunta: "Por que ¢ que nao estavas atento?" E ele diz que vai estar atento da préxima vez. Como € que ele se sente na aula? Ele gosta. A professora diz-Ihe para tirar o chapéu e 0 casaco. As outras criangas também tém que tirar o chapéu e 0 casaco. As criangas fazem erros e apagam-nos. Elas tiram os casacos escrevem no caderno, Um dos rapazes diz: ai consigo." A professora diz: "Ouve, eu jé te expliquei outros meninos v4o explicarte". Os outros ja quase que acabaram e néo me querem explicar. Eu néo vou conseguir acabar antes da campainha tocar. —— ~ 25 Q: O que 6 que os meninos esto a fazer? R:_A menina esté a saltar 4 corda. Os outros estéo a combinar=jogar..asescondidas e outros estéo-a-brincar- as Vamos fazer outra vez, se eu te der um, nao fico com '. "Esta bem. Eu lembro-me bem das coisas". E entao joga 0 segundo menino. Oh! a campainha vai tocar. “Queres jogar.a apanhada?" A menina diz: "Deixa-me jogar contigo, ~-estou cansada de saltar 4 corda™ Entretanto, a campainha toca e as criangas dizem: "A culpa é tua. No conseguimos brincar.” :O que é que as criangas pensam da escola? R: Gostam de estudar. Se calhar vamos continuar a ler a Biblia. Figura 4 : Aqui o menino esta em casa com a mae. O que é que ele Ihe est a dizer? | Mama, hoje lemos a Biblia, pagina 11. Foi sobre como Calm matou Abel. Q: O que é que a mae respondeu? R: Que bom! Anda, vern jantar. Hoje vamos mudar para a casa nova e vamos escolher os azulejos da cozinha. (vo de facto mudar de casa). Varnos ter uma cozinha muito bonita Q: O que é que o menino diz? R: Posso visitar a casa hoje? "E longe”, diz a mae. Figura. Q: O menino esta a falar com o pai. O que ¢ que ele esta a dizer? R: Papa, papal Disse & mama que lemos a pagina 11 da Biblia onde Caim matou Abel. © papa diz que the vai ler também sobre Noé. Esta aqui um barco como a arca de Noé. O papa diz: "Como é que sabes isso?" Vino livro. Q: O que é que o'Yhenino esta a pensar? R: Diz: "Vem! Vamos pensar no que eu te vou dizer". © papa diz: " Vern! Vamos pensar os dois no que vamos fazer.” O papa dizy"Lé essa passagem para mim’, $ Figura 6 Q: Qual dos meninos gostavas de ser? R: Este (0 que brinca). Q: Porqué? R: Tem um comboio. Comegou mesmo agora a brincar. Q: Gostavas de estar sempre a brinear? 7 R: O outro menino esta a fazer os trabalhos de casa. De vez em quando eu também gostava de fazer os trabalhos de casa. Se eu nao fizer o papa grita-comigo. Depois ¢ que vou ver TV. - Q: O que é que os meninos estao a fazer? R: O menino diz: "Mama, estou a brincar com 0 avido". "Da-o —- --. -ao-outro menino, tens estado sempre a brincar com ele. Tens que fazer os trabalhos de casa". "O.K., eu vou fazer’. Q: Como é que se sente o menino? R: Sente-se bem. Os meninos querem brincar e nao querem ir para a cama. O mais velho brincou todo 0 tempo com o aviéo. A mae diz: "Nao te queixes. Dé-Ihe 0 avido". O mais velho da-tho. Em casa o meu irmao e eu brincamos com as ; mesmas coisas. Figura 8 @: Os pais chegaram de uma reuniéo na escola com a professora. O que é que dizem um ao outro? R: Vamos ouvir o que é que a crianga tem para nos dizer € vamos conversar um bocadinho antes de chegar a professora. Q: O que é que a professora Ihes disse? R: O menino teve boas notas. Vamos dizer-lhe que estamos contentes. Anda, vamos comer. A familia janta toda junta. Depois, a mama é 0 jornal e o papa vai para a cama. Decidem descansar e ver um filme. Um bom filme - "20.000 Léguas Submarinas". Que filme! Como eu gostava de o ver! (O filme estava de facto 2 passar no cinema na altura). Figura 9 Q: O que é que os meninos esto a fazer? R: Esto a voltar da escola. Nao temos trabalhos de casa. Eu tenho uma pagina para acabar. E facil, ¢ matematica. Nao acabei porque tu no me explicaste como é que se fazia. Mas nao preciso da tua ajuda. Jé me esqueci Q: O que é que ele diz (0 deficiente)? R: Nao posso brincar porque me déi a perma. Esta partida Eles dizem-the: "podes ficar a ver". O menino quer ir para casa. "Vem comigo, eu n&o posso brincar*. Os outros dizem: "Vamos devagar e tu vens o mais depressa que puderes", Como se pode verificar, deu-se urna mudanga positiva. © humor da crianga melhorou: tem ainda receio do insucesso mas sente qué controla mais os acontecimentos e utiliza varias estratégias para lidar com as situages. Est& motivado para investir em actividades construtivas. Todas as suas relagces pessoais estao bastante menos tensas e as suas atitudes em relagdo aos pais so menos conflituosas. Sente-se seguro em casa, 0 pai possui um estatuto importante real e a mae é entendida mais adequadamenie. No geral, ele exprime mais auto-confianga, o que também se reflecte numa melhor organizagao dos seus processos de pensamento. ‘A impressao obtida no teste € concordante com as afirmagées dog pais, ca professora e do psicélogo da escola, BAR-ILAN 4. OUTRAS UTILIZAGOES DO TESTE-BARILAN _ Para além da utlidade no diagnéstico infantil individual, 0 teste mostrou ser,também um instrumento valido para aplicagao_colectiva_As figuras escolhidas.s4o. apresentadas. 4 classe_e_as..criangas-escrevem--as_suasrespostas-numafolha~propria-onde-estéo-as— perguntas relevantes. © teste pode também ser usado, quer individualmente quer em grupo, por conselheiros e professores, de modo a fazé-los tomar consciéncia de si préprios e dos seus alunos, no contexto’ escolar: Ao examinando, ‘nestes casos, pode ser pedido ou que responda do ponto de vista da crianga, ou que responda espontaneamente as questées. Amudangaide atitudes dos professores. pode ser outro dos objectivos da utilizagao do Bar-llan. Trabalhando com os professores, individualmente ou em grupo, examinam-se as suas respostas ao teste € discutem-se o8.t6picos que eles referem. O teste foi também introduzid como instrumento-na formagae-de-professores. Alon, ItsKowitz e Strdtiss’ (1980), investigaram @ eficacia-relativa de um-treino-estruturado:versus-um treino nao estruturado, discusséo de grupo e grupo de leitura. Os resultados do estudo mostraram que, no desenvolvimento da sensibilidade aos problemas das criangas, havia uma grande vantagem da formaeao estruturada baseada-no teste-Bar-ian.-No entanto, a formagao néo estruturada também melhorava a Sefisibilidade dos professors ém relagdo as criancas. Pel contrario, 08 grupos de discussdo e os grupos de leitura néo revelaram nenhum progresso nesta variavel. O teste também é usado para trabalhar com pais. Através da discussao dos resultados do teste podem dar-se algumas mudangas de atitude com efeitos nas criancas. Friedman © Gututer (nao publicado) mostraram que mesmo as criancas de jardim de infancia podem melhorar o seu auto-conceito através da discusséo em grupo das situagdes colocadas pér algumas figuras do teste Bar-lian. Para fins de investigagao, foram construidas escalas para andlise das reacgdes ao teste (ver apéndice). Estas escalas também podem ser usadas como guia para preparar questées de escolha miltipia, tal como foi feito por Niv (1980). : Quem pode utilizar o teste? O teste & basicamente destinado a psicdlogos na area da terapia e aconselhamento. Também podem aplicar o teste outros profissionais desta area que tenham adquirido experiéncia adequada supervisionada por um psicdlogo. Até agora, foram formados para a utlizagaq do teste conselheiros; tecnicos de servigo social e professores. Na maior parte dos casos, a formagao inicial foi seguida por um periodo de supervisdo de cerca de seis meses. A autorizagao para adquitiro teste € dada pelo psicélogo supervisor. O teste também pode ser utilizado por psicdlogos, da forma habitual como se utilizam 08 testes projectivos, pedindo ao examinando que invente historias a partir das figuras, sem que Ihe sejam postas quaisquer quest6es pelo examinador. 4 . a Frequentemente, a informagao obtida pelo teste pode ser apresentada ao professor ou aos pais, o que pode ser titil para a mudanca das suas atitudes. 28 5, BIBLIOGRAFIA Alon, M., Itskowitz, R., & Strauss, H. (July 1980). A structured approach to sensitivity training with teachers. Paper presented-at-the-4 th International Colloquium in School-Psychology, Jerusalent ——— SS Coopersmith, S. (1967). The antecedents of self-esteem. San Francisco: Freeman, Fruchter, D. (1977). The relationship between pupil role expectation and the level of anxiety of kindergarten and first-grade children. M. A. Thesis, Bar-llan University. (Hebrew with English summary). Fruchter, D., liskowitz, R., & Strauss, H. (1981). 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New York: Wiley. % Escalas para classificar as reaceées ao teste Barllan quando usadg como instrumento de investigagao. ~~ ~~ As primeiras categorias de cada figura representam temas que podem ser referidos nas reacgées do examinando 4s figuras. Podem ser clasificados dicotomicamente, i. e., serem ou néo referidos ou serem clasificados de acordo com o nlimero de pessoas que referiram na figura o tema em questdo; As escalas so pontuadas de acordo com as instrugdes dadas. O guido é baseado nas respostas as perguntas padréo- — Assim, quahdo se acrescentarem ou modificarem as perguntas 0 investigador. deve construir categorias apropriadas para a andlise das respostas a essas questées. Dentro de paréntesis es ndmeros das variaveis; para a Figura 1, do 111.em diante, para a Figura 2, a partir do 211,-etc. Os primeiros dez nimeros em cada cenitena S80 reservados a identificacao do examinando, etc... - ‘A numeracao foi introduzida para tratamento informatico, facilitando o registo dos dados em packages estatisticos. Para.cada escala foram dadas algumas indicagSes para o que se considerou serem as fases 1, 2, etc. Por exemplo, Defesas: 1. desisténcia / agressao aberta 2, negaco / projeceao/ formagao reactive 3. racionalizac&o / intelectualizagao 4. sublimacao 5. auséncia de defesas, Quando nao se obtém informacéo para uma certa escala, atribui-se o nimero 8, que conta como'ima varidvel omissa. 30 Figura4? Dues criancas a cafninho da escola A. Temas (114) Disciptina.comportamento (142) Professore (142) Trabathos de casa, torefas (144) Teme do ensino reguiar (115) Actividades especiais de (116) Desporto, brincadeira | (Portugués) aprendizagem (trabalhos excursées_ de grupo etc) (117) Actividades (118) Expetiences pessoais (119) Ouves tepicos, extracuniculares B, Escalas (120) Sentimento de competéncia ~ primelra crianga (inieando a interacs0): ‘info consegue 2.consegue mal 3. mais oumenos 4. consegue 5. bem sucedida (121) Sentimento de competéncia - segunda erianca: ‘ino conseque Z.consegue mal 3. mais oumenos 4, consegue 65. bem sucedisa ‘ordem em que aparecem). embexo «2. nomuitomau 2. equibrado «4 bestante bom 5. alegre (124125) Estado de espirt da segunda cianga (star as mudanas de estado de espinte pela ordem am que tembaio “P"2 vs0 mute mau 3.equlivado 4. besiante bom 5. alegre (128) —_Relagdo com a professora: oposigo nfo genta S.neuta 4 gosta s.admicagso (127) Acontecimento posterior: + ior 2omesmo 3. mehor (20) _Resposta primeira questo (o que esto as criangas a fazer?) 1. 0b Zenumeragdo de 2. inlegratvacse 4 integratva detatnes cetanes (125) Locus de controle: teexeme 2 pringpalmente Sequlbrado 4. inipamente 5. interno extn serno (130,131) Defesas (podem ocorrer dois mecanismos de defesa, itados pela ordem em que aparecem): tdesisticias negara! Sraconalzardo/ 4.sublimeglo 5. austncia de defesas aqrecséo abera_projectdo! inlecruazagto formagao eactva que aparecem): (122,123) Estado de espirto da primeira rianga (podem ocorrer mudangas de estado de espirite.Listar pela” (192,193) Compertamentos de confronte com as situagées (podem listar-ee dois comportamentos pela orelem em 1. passive, 2. passive, 3. confianca 4 procura active 5. resclugo por si préprio. impoterte (nfo espersnigado ependente dee ajuda fazer nade) (ude vai comer ajuda i bem) A. Temas [ery Despina, Tamas ao 7 eraine compara = regular ividades eapeaas d= ~~ ——~(218] —~Desporis e oaes Actividades aprendizagem (trabalho de extrecuniculares ) (217) Criatvidade (218) ares {218} Outros tbpicos B. Escalas (aay Retagae da Grianga com a escola tenegatva ~~ B neita = = (at) | 1 castigo 4.encorajador 8. dé muito apoio (222) iio da profeesora'em relasio"acs alunos, b) actividade: 1. administra, reforca 2: adiinistra,reforga € (223) __Comportamento da professora em relacto crianga na sua frente, a) sances: 1. castigo 2: reprimenda OS -Seneutro- 4, encorajador 5. 68 muito apoio (224) Comportamento'da professora em relacio a criaiiga na sua frente, b) actividade: 1 administra, forge 2. administra, reforga e 3.encina (225) __Sentimento de competéncia - criang: 1.nio consegue ——-2.consegue mal 3.mais oumenos 4. conseaue 5.bem sucedida | (225) Comportamento des colegas em relagio 3 crianca’ | 1. despreze 2. pena 3. ignorénca 4. confianga 8. admirago detbersds (227) Acontecimento posterior: 4. lor 2. idertico 3. mehor (228) Reacgo da crianga ao insucesse: ‘ | 1. cesiste 2. copia pelos outros, S.pergunta 20 4. pergunta go 5. desenvenciha-se | professor ‘amigo sozinha 23) —_-Reaceiio da profesgora ao insucesso da crianga ‘ralha 2. ignora 3. pergunta acuto 4. explca a 5. ajudeaa ano, escrevea—ciianca encontrar a resposta resposta (230) Locus de controto: texema j 2. principalmente extero 3. equilbredo 4. principelmente 5.intermo 7 (220,281) _Defesas (podem ocorrer dots mecanismos de defesa. Listar pla ordem em que aparecem): | 1. desisténcia! 2. negacdo! projecréo! 3.racionalizaréo! — 4. sublimargo 5, euséncie de agressio aberta formas reactiva intelecuaizagso defeses (232,283) Comportamentos de confronto com as situagées (podem ocorrer dois cdmportamentos, listados pola ordem em que aparecem|: ’ 4. passivo, 2. passive, esperancads 3. conflangs 4.procura aclva 5. resolugo porsi impotente, (30 fazer (tudo vei corer bem) dependenie da de ajuda r6prio ce) ajuda _ 32 Figura:3: A. Temas (11) Discipfina,comportamento _(312)—_—Professora (13) Estudo (14) artes) (215) Experéncias pessoais (818) ———Brincadeira B, Escalas 7 (917) __Sentimento de competincia (crianga com a bola ou a corda de saltar: {.néo consegue 2.consegue mal 3, mais ou menos 4. consegue 5, bem sucedida (918) Aceitago pelos pares: 1. tejelgso 2. ignorancia 3. aceitagao (319) Status no grupo de pares: 1. rajeitado 2. seguidor 3. igual 4.tider (220) Reacyao rejeigio: 1 retire-se 2. perturba 3.diza professora 4. tenta novamente (821) Locus de controle: 4. extemo 2. principalmente externo 3 equilbrade 4. principalmente Intemo 5. interno (822,323) _Defesas (podem ocorrer dols mecanismos de defesa, listados pela orcem em que aparecem): 1. desistencial 2. negagao/ projecca! © 3.racionaizegéa/ 4. sublimago 5. auséncia de agressio abeda _formasSo reactive intolectuaizagto deteses (324,325) Comportamentas de confronto com as situagées (podem ocerrer dois comportamentos. istados pela ordiom em que aparecem): + passive, 2, passive, esperancads 3. confianga 4. procura activa de 5. resolugto por si | impotente, (nao tudo vaicorer bem) dependent da ajuda repro fazer nada) ajuda | | | 8 Professor (412) (433) Estudos regulares (411) Disciplina, comportamento (414) Actividades na escola (415) _Expetifncas peseoais (446) Brincadeira (417) Profiss80 dos pais (418) Alimentagée (413) Outros tépicos Escalas (420) _-Relagdo da mae com a crianga: 1. rejeigao 2. insatistaps0 3. neutra 4 accitapo - SB pracer (é21)—_Envolvimento da mae cam a crianga: LS 4. indiferenca 2. algum interesse 3. envohimento 4 envoiionto aetve (agindo) ‘emocional (422) Sentimento de competéneis da criana: 4 nBo consegue 2consegue mal 3. mei ou menos 4.consegue 5. bem sucedica {423} __-Relagio da criangs com a mee: | 41, medo, zanga 2.desconfianga «3. quer egradar 4.gostadamde 5. gostae admira a mae (424) Concordiancia com a altima narrativa da criance: 1. plor 2.amesma 3, methor (425) Reacgo da me ao Insucesso da crianca 1. castigos 2teprimendas 3. neutre 4. encorajamento 5. ajuda (427) Loctis de controto: 1. extemo 2, piincipaimente 3. equifbrado 4. principalmente 5, interno extemo interno (428,428) Defesas (podem ocorrer dois mecanismos de defesa istados pela ordem em que aparecm): 1. desistenciay 2, negagao/ 3. racionalizagsic! 4, sublimaggo «5, austncia de aoressfo aberta projecgsol Intelectuatzagio deteses formacdo reactive (430, pela ordem em que aparecem): 1. pessivo,fpfotente, 2, passivo, 3, confenga (no fazer nada) esperancado (tudo dependente da ajuda val correr bem) 4. procura activa de ajuca 11) Comportamentos de confronto com as situagdes [podem ocorrer dois comportamentos, listados 5, resoluglo por si, proprio e Figura 5: Em casa, com 0 pai | | “a. Temas (611) Disciptina, comportamento (612) Professor (613) Estudos reguiares (614) Actividades na escola (515) Experéncias pessoais (616) —_Brincadeira (617) Profissa0 do pal (618) Alimertarao (815) Outros tépicos B. Escalas (520) __Relagdo do pal com a crianca | 1. ejeigto 2, Insatisfagso 3.neutra 4. aceltago 5. prazer | (821) __Envolvimento do pai com a crianga: 1. indiferenga 2. algum interesse 3. envolmento 4, envolvimento activo (agind) | ‘emocional (622) __Sentimento do competéncia da crtanga: 1.nBo consegue —«2.conseguemal 3, meisoumencs 4. consegue ‘8. bem sucedida (823) _Relago da crianga com o pal: 1, medo, zanga 2.desconfianga 3. quer anradar 4.gostado pal «5. gosta e admira pal (624) Concordancia com a éitima narrative da crianga: 4. pior 2.amesma 3, melhor | (28) Reacgdo do pai ao insucesso da crianga | 4. castigos 2. repmendas 3.neutra 44. eneorajamento 5. ajuda i (527) Locus de controlo: 1. exteme 2.principalmente 3, ecultrado 4, principalmente 8. interno exeme iro | (518,518) Defesas (podem ocorrer dois mecanismos de defesa, listados pela ordem em que aparece 1. desistencial 2. negacdo! S.racionaizagzal 4. subimagso 5. auséncia de agressio aberta projec! Infelectuatizagao defeses formaglo resctive (530,531) Comportamentos de confronto com as situagées (podem ocorter dois comportamentos, listados pela ordem em que aparecem) 1. passive, 2 passive, 3, confianga 4,procura activa de 8.resolugso porst | Impotente, (nde fazer esperengado (tudo dependente de ajuda ajuda préprio ada) vai correr bem) BAR-ILAN [ern cuerser comer ‘.ectanga que brinea 2. ectianga que escreve 3. ambas (612) Sempre: 4. in 2.ndo (612) ——_Se-sim, porqué? (a ciiaiga que brinea) - i nioquer "2. ele (ela) & moiorineis. 9, esté a cvert-se (ora Se simp ga’ que esta escrever: : srt horn ee ee (614) Sendo, porqua? (a crianga que brinea) 1. est fat 2. também tem que fazer cs 3. quer mehorar 4 também gosta vabatios de cata” de entudar (615) Sendo, porqué? (a erianga que estudal: 4. nd consegue 2. esta taro 3. tamoém quer brincar (615) Conese aa eserita: ‘.trabathos de casa 2. desenhos 3.ouo (617) tnveja: 1. fone 2. alguma 3. nenhuma ee Como se sentam: 4 mat 2. a que brnca sente-se 3 aque escreve 4, ambas se sentem bem bem serie-se bem 36 Figura 7: As criangas esto no quarto e esta uma pessoa mais velha a porta “A. Temas (741) Disciplina/ comportamento (712), Jardim de infancial escola (713) —Brincadera (14) Comer dormir (715) —_Owversées (718) Outros pees B. Escalas (717) Comunicagso: a | (718) Modo de comunicagae: \ 1. negative 2. competicao 2. neue 4, postive rs) 1. pal 3.imio mais vetho 4. amigo (720) O que é que a pessoa diz? | sestagea 2 perturba aha 3. neutra 4 amigével 5.partcpa na srineadera acthidade | (721) Sentiments: ! {mull mau,zange 2. mau, pene s.neuro Atom 5 teeidede i (722) ReacySes das criangas: i resistem Zovedecem contra 3. obedecem 4. concordam 5. soneordam asim voriade ‘meatamenie (725) Locus de contoto: tvextemo 2 pincipalmenteextemo Bequiibads 4. —_prncipamente §.rtemo interme (122,724) _Defesas {podem ocorrer dois mecanismos de defesa stados pela orem em que aparecem 1. desistanciay 2. negacao! ‘i raconazegtoy 4, subimegso 5 auséncia de reactive acressio aera ——_projecg formacto inielectuaizocéo deeses i (724,725) Compotamentos de confronto com as stuagées (podem ocorrer dole comportamenice Isiados | pela ordem em que aparecem) i 1. pessvo, 2 passive, Sconfanca dependente 4, procura acta de 5.resoldo por Imptenta, (o8o fazer esfiarangado (wioval da jaa sje ae nada) ‘cotrer bem) Figura 8; Os pais juntos em cdsa A. Temas (ett) Disciplinary ——=«(812),—Professora 013) Estucos (814) Amigos comportamento (815) Aimmentago (816) Dinheiro (17) Trabaho (818) Divesdo. (818) Cutros temas B.Escalas = (220) Quem fala primero? ome 2p 3. ambos e (821) Relagao entre os pais: 4. muto ma. rvptura 2negativa, 3. neatre 4 postive 5: muito postva diecordéncia (623). .Relagao da mia com a erianca: t.rejitnta 2. instistelia 3. noua 4 acahedora 5. gosta mute | (622) Relago do pat com a orange: | ‘Lrejetante 2. insatisfeito 3. neuto 4. acolhedor 5. gosta muito i (€24) —_Relagao.on erianga com a mae: ‘.medotzenga «2. desconfianga «3. querayrader—«& gostada mae «5. gottaeadmraa mie | (825) Relacao da crianga com o pai 1.medo.zarga. 2 desconfanga —«.queragracsr 4. gosta dopa S.qutaeadnirac psi | (€26)_Sentimento de competencia a cranes | 1. insucesso Dinadequado 3. méo. 4 bom 5. sucesso | (827) Relagde da protessora com a clanga: +. rjitente 2. incase 3. neutra 4. acoinedor 5. gosta datcnanga (828) Relago da mie com a criangs @ escola | segs 2. insatseta 3. neuire 4. stata 5. mut satistet | | (@29) —-Relagdo do pal com's crianga oa escola: | 4. negutira 2. inet 3. euteo 4. satis 5. muito atisteto (625) Concordancia com a titima narragfo da ering: |tpir = 2amesma 3: mathor . Figura 9: Crianca deficiente com os colegas Escalas {911} Reacgao da crianca deficiente: | tuéethiccla 2 oftaparea mocha” S.enpecaiom 4 paripa no jogo | (612) Sentiment de competenia: i fecaperde 2 hwegurede al Soorsenn ; ‘conseguir . | Gert) Relagte dow colegus com a elanga dient: | 1. rajeigSo| 2. ignoram 3. tem pene 4, ajudem 5. aceitam-na como | igual i rr—~—OCO—— _ 2 aided 3. dover ‘ecompsito ——S.anpaa (o15) Locus de contol: i 1 eter 2 phcpemene 3.equieds 4. —ptncipelmente 5. nemo eee iter (ets) batnas podem ecore ois mecaiames ce defse stds pla ordam om que aparece oesmencal 2 negutto! racorsiersc) 4 subimago. sutra de delesas agressdo aberta ‘orojecga/ formagio —mtelectualizaco ‘ (917,918) Comportamentos de confronto com as situagdes (podem ocorrer dois comportamentos,Iistados pola cordem em que aparecem) 1. passwo, 2. passin, 3. confiengs 4,procura activa de 5, resolugdo pors! impotente, (nfo fazer esperangado (tudo depencerte ca ajuda proprio ads] val correr bem) ajuda ‘Observagdes gendricas durante o teste! (218) de expressdo verbat: i 1. muito bao 2. bao 3. medio 4.ato 5. muito ao i (820) Comportamento do examinande durante © test: i 4. ito tenso 2.tenso 2. relaxedo 4, gosta do teste 5 entusiesmado | MENINA ib To. ei co oJ Hm a | ean Sy 7S MENINO

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