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\oandeus 7 Quarta-feira, 25 de Maio de 2016 DIARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA 1 Série- N.° 82 Preco deste numero - Kz: 310,00 Tota @ comepondinca, quer OR, quer relive a muincio ¢ sesimturas do ta Republiew, deve ser digit \ prensa Nacional - EP, ean Landa, Raa Hewigue de (Caraho n* 2, Cithde Alta, Caixa Postal 1306, wow imprensancina govao = End teleg Diicio As tes ris A2* sie ingrensav, AB ste SUMARIO Presidente da Repablica Decreto Present n 108/16: Aprova Regolamento Gera das Communica es Fletrénicas —Revoss toda @ legislas0 que conrare o disposto no presente Diploma, rmeadament, Dosreto Presidencial n° 2281, de 15 de Agosto, «que aprove.o Regulamento Geral das Comunicagbes Fletinicas Despacho Presidendial n2 91/16: Aprova o Projecto Minuta de Cora para Realizas Sodas Obras de Recbilitagao dos Equipanentos da Central Hdeoeéctrica da Mata, Subestagdoe Rede lcstria.no valor ttl de €106.940.676.12, ase culhrndo etre a Empresa Nacional de Produ de Eleecidade, RP ea FimpresaHlecnar, S.A Despach Presidencial n: 9216: _Aprovaaproposta de adjuticgao constant do Reltio Final eaborato pela Comissio de Avaiago relativa a anprcitaa de Elxtiicagio «30 mil lizages domiciliares da Cidade do Hab, adic & cenpresa Cina Machinery Engeeneing Caporatian (CMEC). 10 valor ‘ivaleate a USD 69,000,000,00 amoriza 0 Minto do nesia Agia a clear o refer Cantrto de Enpritads, ssi come, indica as empresas angolnas a sub contrat Despacho Preidencial n* 9316: Aprava a proposta de ajudicagto constant do Relatiio Final cabocado pela Comissio de Avaliago relativa a anpretada de Elctrificagio © $57 50 Hangoee doncliaees de Ls, ajudicnd § empresa Sindy do Grup, Limited, no valor equvalent 2 USD 675001000 (De ‘ntoizao Mins da Energia Agua acelebea oefesido Corto de pretade, ass como, nicaras empresas anglanss a subccnatar Despacho Pesidencal ns 8416: ‘Aprava a proposta de ajudiagao constant do Relatio Final caborado pela Camissio de Avaliago relative apa de Elsriicagio © 22500 ligagoes daieliares da Cidade do Laban e Natale, ‘a Provieca da Hula, adjicada & empresa China Ties Civil Fagineering Group Co., Limited (CTCE), no valor equvalente USD 45,000000,00e sutriza o Ministro da Enersia ¢ Aguas 3 cel o reterido Corto de Engi, cenpeesasangolaas ascents ASINATORA ‘Owego de ata a pica ios DECe ‘Ano | da Republica L*e 22a € de Ke: 75.00 « para Ke61179950 Ke: 361 27000 ‘Ke 19915000 x 15011100 8.3% sie Ke 95.00, serescido do respecte impeeto do selo, depentendo a publicarto da tei de depdsitopréioa efectuaraatesoari a Ingrensa Nacional BP Despacho Presdencialn.° 9816: Aprovaa proposta deadjudicagt constants do Relatiio Final elaborado pela Comistio de Avaliagio reltiva a empretas de Elckfcagio| 40 mil lianges domiciices da Cidade de Cabinda,adjudica & ‘enpresa China Bengbu CerportionFr Intentional Teel Economic Corporation (CBITEC), no Yalorequvalentea USD 611000 000.006 ankcriza 0 Minisroda Encine Amine acelebrar orefaride Contra de pei, asin como, indica as anes angolnas a subcontstas Despacho Presdencial n° 9616: ‘Nomeia a Comissao de Negociaeto de Facildades ¢ incentives do ProjctodelivestnentoPrivadoaprsetao pela sori dedirito ngolano S. Twluma Investinents e Paticipagses,Limitads a0 ‘lor de USD 366.928.5400, qe nvisa staf dena Unidad Aaro-Industrial para a producto de ragdes, localzada na Provincia do Cunene, Municipio do Cahueque, Zona de Deseuvolvanent B. Reroan ta lesslagho que canta dspasto no presente Diploma Despacho Presdencialn.*9716: ‘Nameia @ Comissao de Negociaeto de Facildndes ¢ incentives do ProjctodeluvestnentoFrivadoaprsetado pela voriedatededirito sngolano Tuma Investments ePartcipag es, Linitada no valr de USD 127 57229200, que ven implementgio-e explora de ‘uma unidade dustrial de moagem de cereais,nomeadamentemilho «tiga, localizadn na Proven do Conene, Municipio do Cale ‘ouade Deservolvimato B.—Revogs toda legilay20 uecotrre © dispostono preset Diploma Ministério do Ambiente Decreto Executive m* 241/16: Altern © przo prevstono n° 1, do artigo 12°, do Decreto n° S04, de 23 de Julho, sobre a Avalioge de mpacte Abies Ministérios da Economia e da Indéstria Despacho Conjunton# 21116 "Extngve a Camissto Tecnica para procera retomae conclusao do proceso de levantacnto reco dos dado das enpresaspaalisids do Sestor ds Instn Ministério da Justica e dos Direitos Humanos Despacho n° 21216 Chia Unidade Ténica de Apoo a0 InvestmnenloPrivado de Ministéio (a Jutigaedos iretos Humans, abreviadanente—UTAIP-MIDH, ‘equat rervigo de apoio temnico expecializado respansvel pela reparagio, condo evan dos projector denvestnent pita 1888 DIARIO DA REPUBLICA PRESIDENTE DA REPUBLICA Decreto Presidencial n* 108/16 de 25 de Mato ‘Considerando que o Sector das ComunicagSes Blectronicas esti en constante evolugao e ¢ fundamental que 0 quadro legal acompanhe e acomode essa evolu, adaptando-se 20 surgimento denavos modelos de neascio, servgos inovadores € produlos que conslituam novidade no mercado nacional: Constatando que o quadronormative das TIC em Angola, rnomeadamente o Regulamento Geral das Comunicagoes Electronicas, aprovado em anexo ao Decreto Presidencial no 225/11, de 15 de Agosto, teve e tem un papel muito importante na consolidaglo da liberalizagtio do mercado € nna promopto da concotréncia, sendo um Diploma inovador @ refommador que colocou Angolana rota des melhores prticas a nivel internacional: Reconliecendo que volvidos quase 5 (cinea) anos desea publicagio do pacote normative das TIC, foram publicades diversos documentos de caracter politico e estrategico que reclamam uma reanalise 20 quadro normative em vigor, por forma a verificar se alain dos mecanismos ai consaarades podem ser actulizados para melhor responder & evolugio do sector ealavancar, ainda mais, a contribuigao das TIC para 0 desenvolvimento da economia nacional, ‘Tendo em conta a aprovagio do Plano Estratégice Sobre o Regime de Licenciamento dos Operadores de Camunicagbes Electronicas, o qual veio proper um novo eaquadramento| regulamentar para a oferta deredes eservigos de comnmicagoes eleetronicas em Angola estabelecendo, entre outras coisas, dois novos titilos gras para o exercicio da acividade, as chamadas Licengas Unificadas Globais e as Licengas Multisservigos. ‘Considerando anccessidade de seproceder au ajustamcnto, 20 acta Regulamento Geral das Comumicagiies Blectrénieas, visando harmonizé-te como objectivos estratégicos do Governo; (0 Presidente da Republica deeret, nos termos da alia) do atigo 120° don 3 doaitigo 125. ambos da Constiigao do Reptiblica de Angola, o seauinte AKIIGO 1 (aprovagio) E aprovado 0 Regulamento Geral das Comunicagoes Electrdnicas, em anexo ao presente Decreto Presidencial € que dele € parte intesrante ARTIGO 2 Revonaga0) E revogada toda a legislagio que contraric 0 disposto no presente Diploma, nomeadamente, 0 Decreto Presidencial ‘nS 225/11, de 15 de Agosto, que aprova Regulamento Geral das Comunicaydes Electrénicas ¢ respective ancxo. AKTIGO3* (egine sini) Enquanto nao forem aprovados os Diplomas de desen- volvimento referidos no Remulamento anexo ao presente Decreto Presidencial, mantém-se em vigor, na parte em que forem compativeis com 0 regime agora afixado, os seguintes ‘actos normativos: a) Decreto n° 10/03, de 7 de Margo — Aprova 0 ‘Regulamento do Plano Nacional de Frequéncias; b) Decreto n,° 3/04, de 9 de Janeiro — Aprova 0 Regulamento de Pregos dos Servigos Publicos de Telecomunicagdes de Uso Puiblico; ) Decreto n.° 13/04, de 12 de Margo — Aprova © Regulamento Geral de Interligagao de Redes ¢ Servigos de Telecomunicagdes de Uso Piblico, ARTIGO 4° (Davidas« omissoes) As diividas ¢ omissdes suscitadas na interpretagao © aplicagdo do presente Diploma sto resolvidas pelo Presidente dda Republica, ARTIGO 5° (Entrada en vgn) (© presente Decreto Presidencial entra em vigor na data dda sua publicagao Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda, 20s 30 de Margo de 2016. Publique-se. Luanda, a0s 10 de Maio de 2016, © Presidente da Repiiblica José Eduardo dos Santos. REGULAMENTO GERAL. DAS COMUNICACOES ELECTRONICAS, TITULOI Disposicbes Gerais ARTIGO 1° (Objecto) presente Regulamento estabelece o regime juridico aplicavel as redes e servigos de comunicagoes electrnicas, as frequéncias e numeragio e a0 servigo universal _ aRTIGo 2° Aambito objective de aplicacao) 1. Aofetta deredes e servigos de connmicagses electrénicas, assim como aatsibuicao, exploragao e utlizacao de frequéncias ‘enumeragao ficam sujeitas a0 disposto neste Reguilamento € ‘nos respectivos Diplomas de desenvolvimento, 2.Excliemse doambito de aplicapao dopresente Regulananto: 4) Os setvigos que prestam ou exergamn controlo edito- rial sobre contetdostransmitidos atraves deredes de comumicagdes electrénicas, nomeadamente os servigos de dudio texto e 08 servigos da sociedade a informagao; ) As reds privativas dos éraios de Defesa ¢ Seauranca: ©) A rede privativa do Estado; a) Os servigos de telecomunicag des administrativas I SERIE -N¢ 82 ~DE 25 DE MAIO DE 2016 1889 3. 0 disposto no presente Regulamento nao prejudica 0 me aplicavel a @ Ltilizagao do dominio publico para efeitos de constra- fo, expanstio, instalago ou manutencao de infra -estnuturas € redles de comunicag es eleetrénicas; b) Instalagao de infa-estruturas cm edificios ¢ outros espagos, ©) Colocagao no mercado de equipamentos terminais de telecomunicagdes; @ O regime aplicavel ao licenciamento das estagses € redes de radiocomunicagoes: eA actividade dos radioamadores. 4, Asmatérias elencadas no mimeo ankerier #0 especificadas por Diploma da Autoridade das Comunicagoes Electronicas ou or Diploma conjunto deste-com outras entidades do Executivo, «em fungao da conjugagao especifica dos dominios a regular. ARTIGO 3° ‘anbito subjective de apicacto) 1 Ficam sujeitas ao disposto neste Regulamento e nos respectivos Diplomas de desenvolvimento todas as entidades que oferecem redes ou servigos de comunicagées electrénicas, assim como todas as entidades que utilizem frequéncias ov recursos de numeragio para efeitos da exploragao de redes, ou servigos de comunicacoes electronica, No caso de acordos de interligagao transfronteitigos, a entidade que requer 0 acesso niio esta sujeita no presente Regulamento, desde que nao oferesa redes ou servigos de. comunicagGes clectrénicas em territério angokano. ARTIGO 4° (Objectivas de intervenga0) 1. Os objectivos especificos de intervengdo piblica no Sector das Conmnicages lectrénicas sio os seguintes: «a Promogio da concorréncia na oferta de redes eser- vigos de comunicagdes electr énicas, b) Defesa dos interesses econémicos € sociais dos utilizadores, ©) Garantia da existéncia, disponibilidade e qualidade deredes e servigos de comunicagdes electrénicas em todo oterritrio nacional, de forma a satisfazer as necessidades de comunicasao dos cidadaos € das actividades econdmicas e sociais: ) Prestagao do servigo universal em todo 0 teritério nacional ea adequagto do seu Ambito a realidade teenologiea, social e econdmica de Angola em cada momento, ©) Protecgdo da privacidade e dos dados pessoais dos utilizadotes; fi Promogao do investimento privado; 1) Gatantia da disponibilidade e qualidade das ligagoes intemacionais, 1h) Promogio da inovagto e desenvolvimento; 8 Disponibilidade, na medida do possivel, de frequén- cias € derecursos ce numeragio adequados para a oferta de redes servigos de comunicagoes clectronicas de qualiciade cm todo o teriterio, _) Promogiio do desenvotvimento do sector, assim como a utilizagao de novos servigos e novas redes 4 Garantia da uilizagio transparente, objectiva eno discriminatoria do dominio publico; D Promogio da divulzagao de informagses claras, especialmente nos tarfirios € nas condigves de utilizagao dos servigos de comunicagGcs electrs- nicas acessiveis ao puilico, 2. 0s objectivos de interven identificados no niimero ‘anterior so prossegmidos pelas autoridades piiblicas com ‘competéncia nesses dominios. aRTIGO s° etnias) 1. Para efeitos do disposto no presente Regulamento, centende-se por: 4) «Acesso», disponibilizagio de recursos ou servie 08 de um operador ou prestador de seavigos de comunicagdes electrénicas a outra empresa para efeitos de prestacao de servigos ou de exploragaio deredes decomnicag6es electrdnicas,abrangendo, nnomeadamente, 0 acesso a elementos de rede, a recurs0s coneXos ea infra-estrturasfisicas, b) «Acordo de interligagdio», acordo celebrado entre dois ou mais operadores de conmnicagdes electré- niicas eujo objecto € garantir a interoperabilidade das respectivas redes; ©) «Circuitos», alugados meios de uma rede de comu- niicagoes electronicas que proporcionam capaci- dade de transmisso transparente e dedicada entre pontos terminais, sem envolvimento de funcoes de comutagao controladas pelo utilizador; @ «Comunicacées electrénicas», conijunto de sinais suportaos ¢transportados atraves das plataformas deredes de commnicagGes electronicas,inclindo os servigos de telecomunicages ede transmissto de radiodifusio, ©) «Concesscio, atsibuigao pelo Poder Executivo, auma cntidade publica ou privada, mediante contrato, do ito de instalar, manter e explorar uma rede ou servigo de comunicagdes electrénicas, por prazo determinado, sujeitando-se a eoncessioniria aos riscos empresarias, remanerando-se pela cobranga de tarifas aos uilizadores ou por outras receitas alternativas erespondendo directamente pelas tas obrizagdes € pelos prejuizos que eausar: JP clnterferéncia prejudiciaty, qualquer interferéacia que comprometa o fincienamento de um servigo deradionavegagao on de outros servigas de seen sanca ou que, de outra forma, desrade seriamente, 1860 DIARIO DA REPUBLICA interromparepetidamente um servigo ‘ages que opere de acardo com as norms internacionais ou nacionais aplicav 9) einteroperabilidade», fuoncionalidade que permite a ‘manntengao da comunicagao ¢ servigos de forma transparente (ou similar) entre os operadores de comnicagoes electronicas, hy ciimeron, série de digitos que indica um panto de terminagio de uma rede de comunicagoes clec- trénicas e que contém a informagiio necessaria para encaminhar a chamada alé esse ponto de terminagio; i «Nimero de emergéncic, série de di dos com a finalidade de disponibilizar servigos de comunicasses electrénicas de emergéncia, ineluindo, bombeiros, infonmagao publica, policia, satide € protecez0 civil, J) «Miimero geogréfico», inero do Plano Nacional de Numeragio que contém alguns digitos com significado geografico cuja fungie € encami- nnhar as chamadas pata o local fisico do ponto de terminagao da rede: 1b «Niimero mio geogriifico», niumero do Plano Nacio- nal de Numeragao que nao seja um miimero ge0- atifico, incluindo, nomeadamente, os miineros moveis, de chamada gratuita ou de tarifa de valor acrescentado; D «Nimerogdo IP», ntimero nao geoarsfico, estabelecido como niimero especial, constituido nomalmente ‘Por quatro ou maisnameros ou digitos separados or pontos, que servem para a identificagio de computadores, impresoras, routers e/ou mais dispositivos que formam parte de uma rede de commnicagSes electrénicas, 1m) «Oferta de redes de comunicagées electrénicas», estabelecimento, gestiio ou exploragao de uma rede de comunicagaes electronicas, para efeitos da sua disponibilizagao, a pessoas singulares ou colectivas, no mercado arossista ou retalhista, tendo em vista a prestagao de ou 0 acesso a ser- vigos de comunicagdes electrénicas; nn) «Oferta de servicos de commicagées electrénicas», disponibilizagao ou prestagao de um servigo de commnicagSes electrénicas, a pessoas singulares ‘ou colectivas, no mercado grossista ou retalhista: 19) «Recursos conexon», servigas associndos, as ina- -estrumuras fisicas e outros recursos ou elementos associndos a uma rede de comunicagses electroni- cas ou a um servigo de commnicagoes electronicas ‘que permitem ou servem de suporte a oferta de servigos através dessa rede ou servigo, ou quetem, potencial para fazé-lo, e inckiem, nomeadamente, tos atribui- edificios ou entradas de edificios, eablagem de edificios, antenas, torres e outras estruturas de apoio, condutas, tubagens, postos, cémaras de visita € armérios: 1p) «Selecctioe pré-selecgtio de operadory, conjunto de digits aribuidos a um operador de comumicagdes clectrénicas que permite ao utilizador escolher © operador que encaminha 0 curso da chamada nacional ¢ internacional; (g) «Servicos ce dusdiovexton, servigos que se suportam, no servigo de comunicagses electronieas, nomen ddamente no servigo fixo de telefone ou em servigos telefénicos méveis, e que so destes diferenciaveis emraziio do seu contetido e natureza especifices; 1) «Servigas conexom, servigos associados @ uma rede de comunicagdes electrénicas ou a um servigo de comumicagses electrénicas que permitem ou servem de suporte a oferta de servigos através dessa rede ou servigo, ou que tem potencial para fazé-lo, ¢incluen nomeadamente os sistemas de conversio de mimeros ou os sistemas que ofere- cam uma fincionatidade equivalente, os sistemas de acesso condicional € os satias electronicos de programas, assim como servigos de identidade, localizagio e presengs, 5) «Servigo universal de comuaicagdes electronica conjunto minimo de servigos de comunicaroes electrénicas considerados essenciais para o desen- volvimento econémico e social, de qualidade cespecifieada, disponivel para todos os uilizadores, independentemente da sta localizaglo xeosrifica «em fungao das condiges nacionais, atum prego acessivel, 1 «IPA», software de interface entre aplicagdes, dispo- nibilizado por operadores de radio, televisio ow de distribniglo ou fornecedores de servigos, ¢ 0s recursos no equipamento avangado de televisio. digital para seevigos deradio ¢ televisao disitais; 1 «Ofertade rede aber, disponibilizagto, em temmos reaulados, de um conjunto de servigos e recursos suportados na rede basica, com a finalidade de promover a oferta de redes ou servigos de comu- nicages electronics em todo o tenitorio nacional; ¥) «Disposiivo iliciton, wn eqnipamento ou programa informatico concebido ou adeptado com vista a pemnitir 0 acesso ou a vistalizagio deumn servigo protegido, sob fora inteligivel, sem autorizagio do prestader do servigo; 1w) «Servigo protegidon, qualquer conteido audiovisual, prestado mediante remmuneragao € com base em scess0 condicional I SERIE -N¢ 82 ~DE 25 DE MAIO DE 2016 1861 2. Para efeitos do presente Regulamento, sAo aplicaveis as definigGes constantes do artigo 3° da Lein® 23/11, de 20 de Junho, das Comunicagdes Blectrénicas ¢ dos Servigos da Sociedade da Informacdo, desianadamente, assinante, Autoridade das Comunicagdes Electronicas, constmidor, terligagao, eperador com poder significative de mercado, Oraao Regulador das Comumicagoes Electrénicas, operador de connnicagies electronicas acessiveis ao pubtico, operador com poder significativo demercado, operador de comiaicagoes electrénicas, recursos de numeragio, rede privativa, rede biisica, rede de comunicagdes electrinicas, redes piilicas de connmicagdeselectronicas, rede de comunicagdes electrénicas privativas, rede privativa do Estado, servigo de comnnicagses, electronica, servigo de comunicagdes electronicas acessivel a0 publico, servigo de telecomnnicagdes administrativas,servigo universal de commmicagdes electrénicas, servigo telefénico, servigos de consults telefonicas e utlizador ou usuto. TITULOn Oferta de Redes e Servigos de Comunicagaes Electrénicas CAPITULOT Requisitos Gerais, ARTIGO 6 ede, servigose operadores de comunicasoes elect icas) 1A fetta deredes piblicas de comunicagdes electrénicas ou de servigos de comunicagdes electronicas acessiveis ao publica 6 condicionada e carece daaribuigao de um titulo habilitante, ‘nos termos previstos no artigo 9° do presente Regulamento, 2.A oferta deredes de connunicacdeselectranicasprivativas ou de servigos de comunicardes clectrénicas nao acessiveis ao ptibliconto carece de atribuigao de titulo habilitante, mas deve ser comunicada ao Orea0 Regulador das Comumicagies Blectronicas, antes do inicio daactvidade, para efeitos derexisto, nos ermos previstos no artigo 33° do presente Regulamento. 3. 0s formularios ¢ procedimentos aplicaveis ao regime de acesso a actividade de opcrador de comnicarGes electré- nicas sao periodicamente aprovados e publicados pelo Orzo Regulador das ComuicagSes Electrenicas 4. Compete ao Oraiio Regulador das Comnicagses Electrénicas aprovar e periodicamente actualizar uma cate- sorizacdo de redes ¢ servigos de comunicagdes electrénicas, devendo publicar essa informagao, pelo menos, no set sitio electronico. antigo 7° (Gervicos de counuicagoes letras expecta) 1. Sam prejuizo do dispostonos capitulos seeuintes,a oferta de determinados servigos de comunicagoes electrénicas pode ficar sujeita a disposigoes especificas inscitas em Diplomas de desenvolvimento do presente Regulamento. 2. Compete i Autoridade das Comunicagdes Electrénicas laborar e aprovar os Diplomas necesstiios para resmlar 0s servigos referidos no presente artiao. ARTIGO 8° (Redes de comunicagoes electrénicasprivativas) 1 Asredes de comumicagdes clectronicas privativas apenas podem ser wilizadas para 0 suparte de comunicagdes para uso proprio do respectivo titular ou de um grupo fechado de utilizadores, 2. As redes de connanicagves electronicas privativas nto podem envolver qualquer exploracdo comercial, incluindo a revenda da capacidade existent, salvo sutorizagio prévia do ‘Grao Regutador das Comunicages Electronicas. 3. 0 disposto no numero anterior ndo prejudiea 0 cumpri- mento de outros requisites que sejam necessérios de acordo ‘com @ lexisagio em vigor 4. Autilizaglo de redes de comunicagies electrénicas priva- tivasparaa prestagdo de servicos de comnmicagdes clectronicas Aacessiveis a0 piblico fica sujeita 20 cumprimento das reasas de acesso previstas no artigo 9.* do presente Regulamento. CAPITULO Regime de Acesso a Actividade de Op de Comunicagdes Electr 6ntcas -ador SBCAOT Mordalidades ¢ Requisitos ARTIGO 9° (odalidades) 1.A oferta de reds piblicas de commnicagdes clectronicas ‘ou de servigos de comunicagées electronicas acessiveis a0 plblico obedece as seguintes modalidades: a) Concessao no caso de exp loragao de infra-estruturas ou servigos de importincia essencial para o Estado Angolano; ) Licenga nos casos que nao scjam abrangidas pela linea anterior. 2, Pata efeitos do disposto na linea a) domn.° 1 do presente artigo, compete ao Titular do Poder Executivo determinar as infra-estruturas ou servigos de importincia essencial para © Estado Angolano. 3. O titular de uma licenga nao pode oferecer as redes on servigos de comunicagdes electrénicas sujeitas a concessao, ARTIGO 10° (Prequiéncias¢ mumeraea0) 1 Indepandentemente da modalidade de acesso 8 actividede a oferta de redes ou servigos de comunicagoes eleetrénicas «que carega da atribuigao de direitos de utilizagao individual de frequéncias ou de numeragio, deve igualmente obedecet ‘0 disposto no Tinslo IV do presente Regulamento, 2. Caso a entidade interessada solicite a asibuiga0 de dicitos de uilizagao individuas de frequéncias ou mumeragio, 1 processos de acesso a actividad e de atribuigio destes recursos so instruidos con juntamente 1862 DIARIO DA REPUBLICA aKrigo 11° eauisto) 1. Sem prejuizo de outros requisites aplicvets, 6 podem oferecer redes ¢ servigos de comunicagdes clectrnicas as entidades que 4 No caso de pessoas colectivas, estejam legatmente constituidas em Angola, devendlo terno seu objecto social o exercicio da actividade de comuicagocs lectronicas; b) Detenham capacidade tecnica, finaneeirae humana adequadapara o exercicio da actividade pretendida € para o cumprimento das obrigagSes previstas neste Regulamento e nos respectivos Diplomas de desenvolvimento: ‘Nao sejam devedores do Estado de qualquer imposto, quotizagbes, contribuigdes ou outrasimportincias. 2.A patticipagao directa ou indirecta de pessoas singulares ou colectivas estrangeiras no capital social dos operadores de comunicagdes electrénicas acessiveis ao piiblico fica sujeita as regras previstas na Lei n° L415, de 11 de Agosto, do Investimento Privado. 3. Os operadores de redes publicas de comunicagses lectrdnicas de émbito nacional nae podem deter, de forma directa ou indirecta, mais dle 25% do capital social de outro operador de redes puiblicas de commmicagdes electrénicas de ambito nacional, salvo autorizagao da Autoridade das Commnicagdes Blectrénicas. 4. Compete ao Oraiio Regulador das Conunicagbes lectronicas apreciar estes elementos aquando da sta submissdo pela entidade notificante SECCAOM Regime de Cancessto ARTIGO 12" (Reaimejidico) 1 Nos casos referidos na alinea a) do n° 1 do artigo 9° dopresente Diploma, compete ao Titular do Poder Executive aprovar as directrizes gerais tendentes a atribuigao de uma concessio, designadamente, a oportunidade e justificagio, 0 procedimento a seguir € os tramites gerais, os oraios com= petentes para instrir dirigr o procedimento, bem como as condigdes e objectivos a atingir com aatribuigao da concessao. 2. AS concessies podem ser atribuidas atraves de um procedimento concursal ou, em casos devidamente justifica- dos, directamente a uma entidade especifica, competindo a0 ‘Titular do Poder Executivo definir 0 procedimento a seguir 3. Apos a aprovagio das ditectrizes referidas no n.°1 do presente artigo, compete ao Orzo Reauladar das Comunicages clectronicas salvo quando detenminado deforma diferente pelo ‘Titular do Poder Executivo, recolher os elementos relevantes, ir © procedimento relativo a atribuigio da concessio, desianadamente, quando aplicével, claborar as pecas ¢ publicar co procedimento, verificar os requisitos de candidaturae propor 1 adjudicago do contrato a determinada entidade 4, Coneluidos 08 procedimentos referidos no numero anterior, o 6rgao regulador deve remeter uma proposta de aribuigio da concesso a Autoridade das ComunicagGes Electrinicas, devendo esta, por seu tumo, remeter aproposta, para a0 Titular do Poder Executivo, para aprovagio final 5. Uma vez aprovada a aribuigao da concessao nos ter mos do numero anterior, compete ao Orgao Regulador das Communicagiies Flectricas negociar ¢ celebrar 0 contrato de concessiio em representacio da entidade concedente, centendendo-se esta, na falta de deteminagao em ecntrétio, ‘como a Auteridade das Comunicagoes Blectronicas. arigo 13° (Modalidades de concessto) 1. A concesso pode ser atribuida: @) Como um titulo unificado global, permitindo a0 respectivotitular a prestaco ce qualquer servigo de comnicagoes electronicas, independentemente da tecnologia utilizada, sem prejuizodo disposto no artigo 88," do presente Diploma, b) Para a prestagio de um determinado servigo ou para a exploragio de uma rede de comumicacoes clectranicas especifca 2. Compete és entidades interessadas apresentar todos (5 elementos que sejam requeridos para a atribuicio de uma concessao. ARTIGO 142 (Elements do contrato de eancessto) 1. No contrato de concessto constam obrigatoriamente, pelo menos, os sezintes elementos 4) Identificagao da entidade concessionsria, ) Tdentificagao da entidade concedente; ©) Objecto e ambit de concessae; @) Zona geoerifica do servigo: ©) Previsio de existénc sto actualizado, distinguindo de forma clara os ‘bens do dominio piblico e privado do concedente, dos bens do concessionario indicando ainda os bens afectos concessio e o seurespectivo valor contabilisticn: ‘P Possibilidade de onerago ou nae des bens da cen- cess, designadamente para efeitos de financia- ‘mento da mesm ) Regulamentos ¢ normatives aplicaveis; hj Condighes de prestago de servigo e definigiio dos padroes ¢ indicadores de qualidade de servigo: 1) Direitos e obrigagdes da entidade concessionaria; i) Diteitos de utilizagao individuais de frequéncias, # Dieitos de utlizagao individuais de nimeros, 1 Tasas aplicaveis: 1m) Fiscalizagao da concessio; ny) Prazo.e termo de validade; (0) Sequestro da concessio, P) Extingo da concessio: deum inventirio da conces- I SERIE -N¢ 82 ~DE 25 DE MAIO DE 2016 1863 Maltas contratuais; 1) Rearas de resoluio de litigios. 2. Na eventualidade de, durante a vigéncia do contrato de concessto, ocorrerem circunstancias que, pela sua importancia ¢ efeitos, exijam uma alteragao ao contrato, a mesma deve ser promovida entre as partes de acardo com os principios da boa-fé € da equidade. 3. Na falta de acordo entre as partes, porum prazo superior 1.90 (noventa) dias, a contar da conmunicagao de uma das partes ‘outra da alteragdo das circunstncias, hi recurso a0 process de resolugio de litizios estipulado no contrat. ARTIGD 15" (Unit, valida eextneto do conrato) 1. Os contratos de concessao entram em vigor na data nneles previstos e tém um periodo de validade no superior 4115 (quinze) anos, fixado de acordo com a natureza, especi« ficidade ¢ ambito dos servigos concessionados. A actividade que constitu o objecto eo ambito dacon- cessio deve ter inicio no prazo maximo de 12 (doze) meses, contados a partir da data da sia outorge, salvo metivo de farea maior devidamente justficado cemo tal reconhecido pelo Orgao Regulador das Commnicagdes Electrénicas, findo © qual o contrato € considerado nnlo e sem efeito, 3. Os contratos podem ser renovados suicessivamente pr periods idénticos ao seu prazo inicial, mediante acordo entre as, devendo qualquer delas,interessadaina protrogagao, notificar a outra para esse efeito com a antecedéncia minima de un ano, em relagao ao temo do contrato inicial ow de qualquer das suas renovagoes. 4.No caso de nao haver acordo no prazo de 6 (seis) meses quanto a renovagao do contrato, contados a partir da data da notificago referida no mimero anterior, o concedente reserva- -8¢ 0 direito de acompanher, através de representantes por si rnomeados, a gestao do concessionério, em ordem a assegurar © pleno funcionamento da concessio 5.A concessao extingue-se por acordo entre o concedente © a concessionéria e ainda por rescisto, por resgate € pelo decurso do respectivo prazo, nao havendo renovacao, ARTIGO 16" Guleoncessio) 1. Decorridos 3 (trés) anos desde a data da celebragio do respectivo contrato ¢ permitido a0 concessionario, mediante previa autorizasao da Autoridade das Commmicacces lectrenicas, subcanceder, no todo ou em parte, a explaragao do servigo especifico abjecto da concesséo, bem como as respectivas infra estruturas, 2. A antorizagto da subconcessto esta sujeita a parecer fevoravel do Orgio Regulador das Comunicages Electronicas sempre que envolva a utilizaglo do espectro de frequéncias cu ntimeragao atribuida ao concessionsrio, 3. Nos casos em que seja autorizada a subconcessao, © concessionério mantém os direitos e continua, directa © pessoalmente, sujeito as obrigagdes decorrentes do contrato de concessio ARrIGO 1 (tera es nn naturezn da concessiondta) ‘Sem prejuizo de outras limitagSes que venham a ser inelnidas no respectivo contrato de concessio, a concessionaria nio pode, sem autorizagio expressa do concedente, tomar qualquer delibcragao social que, directa ou indirectamente, tenha por fim ou possa conchzir a uma das seguintes situagdes 4) Alteragao do objecto da sociedade, b) Transformagio, fusio ou dissohuclo da sociedade; ©) Alteragiona composicao do capital social da socie- dade e/ou do valor do capital social, @) Suspensto ou cessagio, temporaria ou definitiva, {otal ou parcial do servigo concessionado. ARTIGO 18° (ultas contratuns ¢ontrasresponsabiidades) 1. Sean prejuizo das situa de incumprimento que poder ar origem @ intervengio do Estado, rescisio ou sequestro dda concessio, 0 incumprimento pela concessionaria das obrigagses emergentes da concessio ot das determinagves do concedente emitidas nos termos da lei ou do contrato de concessio, é passivel da aplicagio, pelo Orgao Regulador das ‘Conmnicagdes Blectrénicas, de muita de montante variével centre um min calculado sobre o volume anual de receitas realizadas no ano Civil anterior data da pratica do facto, consoante: «das infrac goes cometidas, dos prejuizos delas resultantes, bem, ‘como da culpa do concessionéto. 2. As muiltas referidas no niimero anterior devem ser ‘comunicadas por escrito ao concessiondrio, produzindo os seus efeitos independentemente de qualquer outraformalidade 3. Oprocedimento de aplicago de mulias asseaurara sempre, nos tenmos da fe geral, o direito de defesa da concessioné 4.0 pagamento das multas aplicadas nos termos do nL do presente artigo nao isenta a concessiondria da eventual responsibilidade civil e criminal pr perdas e danos resutantes da infracgao. 5. A concessionéria responde, nos termos da lei, por ‘quaisquer prejuizos causados a terceiros no exercicio das actividades que constituem 0 objecto de concessio. ARTIGO 19" Aatervencio do Fstado) 1 .Nostemos previstos na le, a Autoridade das Comuicagies lectrénicas pode decretar a intervengao, mediante despacho, na operagao concessionada em caso de incumprimento grave por parte da concessionaria que ponha em causa os objectivos de interesse piblico, como tal declarados na lei eno contrato de concessio, 2. Verificada a intervengio, a concessionéria suporta todos os encargos resultantes da manutengio dos servigos ¢ ‘as despesas extraordinarias necessirias a0 restabelecimento «da normalidade da exploragio, mo de 0,001 % um miximo de 0,5%, widade 1864 DIARIO DA REPUBLICA 3. Olimize do periodo de intavenga0 do Estado ¢ de 190 centoe cient) is, prarrogaveis por um iio period de 60 (sesenta) dias. 4. A promrogagio prevista no nimero anterior verifica-se ‘mediante despacho da Autridade das ConmunicagesElectrénices 5. Logo que cessemas razdes quemtivaram a intervensa0, ou se esgote o periodo legal de intervencio, sob parecer do

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