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ATITUDES LINGUISTICAS E ENSINO DE LINGUAS. Maria Luisa Ortiz Alvarez! ‘A Tinguagem é 0 instrumento gracas 20 qual o homem modela seu pensamento, seus sentimentos, suas emogSes, seus esforgos, sua vontade e seus atos, o instrumento gragas 20 qual le influencia ¢ € influenciado, a base tltima ¢ mais profunda da sociedade humana. (LOUIS HJELMSLEY, 1975) Cada lingua existe, pois, em fungio das necessidades socials de designar ou nomear a realidade” (MONTEIRO, 2000) Introdugio Segundo Labov (1972, apud Severo 2007, p. 187), a definigio de lingua deve levar em consideracéo, necessariamente, o contexto social, o que implica atribuir & ingua uma funcéo comunicativa. A estrutura da lingua, para este autor, € passivel de ser estudada pela fala dos individuos; tal estrutura ¢ varidvel, hd uma correlacdo entre 0 uso lingtistico e a estratificagio social; os individuos, em alguma medida, possuem consciéncia do processo de mudanca da lingua e, por ultimo, hé forcas sociais que atuam na mudanga linguistica (SEVERO, p. 140). A pattir dessa perspectiva faz- se necessdtio atentar para um tema que tem muito a ver com a definigéo de Labov, as atitudes linguisticas. Moreno Fernéndea (1998) afirma que jé em 1970, Agueyisi e Fishman chamavam a atencdo para a importancia que os estudos de atitudes tém no campo da Sociolinguistica, pois permite conhecer de forma mais profunda assuntos como a eleicéo de uma lingua em sociedades multiingues, a inteligibilidade, © planejamento lingu{stico, o ensino de Iinguas, dentre outros aspectos. Por outro lado, a atitudes tém uma influéncia decisiva nos processos de variagaoe ‘Docente da Universidade de Brats (UND), Vade mecum do ensino das linguas estrangeiras/adicionais mudanca linguisticos que se produzem nas comunidades de fala. Uma atitude favorével ou positiva pode fazer que uma mudanga linguistica se cumpra mais rapidamente, que em certos contextos predomine o uso de uma lingua em detrimento de outra, que 0 ensino-aprendizagem de uma lingua estrangeira seja mais eficaz, que certas variantes linguisticas se confinem aos contextos menos formais ¢ outras predominem nos estilos cuidadosos. Uma atitude desfavorével ou negativa pode levar 20 abandono e ao esquecimento de uma lingua ou impedir a difuséo de uma variante ou uma mudance linguistica (MORENO FERNANDEZ, 1998, p. 179). Nesse sentido, é vilida a observacio de Blanco (2007, p. 20) a0 apontar para o fato de que na Linguistica Aplicada este tema ndo parece ocupar um lugar relevante, questio que deve ser analisada e discutida, devido a sua importincia e ao que representa para a drea de ensino aprendizagem de LE e LM. Mas antes de falarmos sobre atitude linguistica é necessério trazer tona oconceito de atitude, O conceito de Atitude No dicionério Larousse (1992) atitude é definida como aco, conduta, procedimento. Jé no sentido figurado, significa exteriorizagdo de um intento ou propésito. Allport (1935, p. 810) traz a seguinte definicao: Atitude ¢ um estado mental e psicolégico de disposiglo, organizado através da experiéncia, que exerce uma influéncia direta ou dinémica na relagio do individuo diante de todos os objetos e todas as situagdes com que se encontra relacionado, Este autor além de apresentar a sua definigéo, destaca nela alguns elementos essenciais da atitude, que também veremos em outros autores que investigam essa area, a saber: a) so organizagdes duradouras de crencas « cognigées em geral; b) possuem uma carga positiva ou negativa (pr ou contra); c) sio predisposigées & aco; d) sdo direcionadas a um objeto social (© enfoque principal de Allport esté relacionado & natureza das atitudes, a sua definicio é global e integradora, pois engloba aspectos neurolégicos, 48 Vade mecum do ensino das linguas estrangeiras/adicionais fisiologicos, psicolégicos ¢ sociais da predisposicéo do individuo em emitir respostas particulares, 20 se relacionar com determinados objetos. Conforme Ostrom (1969), @ atitude pode ser considerada como uma avaliagéo de um determinado objeto, o que implica uma dimensio caracterizada por prds-contras, favordvel-desfavordvel, positivo-negativo, desejavel-indesejével, questées apontadas também por Allport. Um outro autor que corrobora a opinigo de Ostrom, é Bem (1973, p. 29), 0 qual acredita que atitudes sio os gostos ¢ as antipatias. As nossas afinidades e aversées a situagbes, objetos, grupos ou quaisquer aspectos identificéveis do nosso meio, incluindo ideias abstratas e politicas sociais. (..], ¢ acrescenta que nossos gostos ¢ antipatias tém raizes nas nossas emogGes, no nosso comportamento € nas influéncias sociais que sdo exercidas sobre nés. Mas também repousam em bases cognitivas. ‘Triandis (1971, p. 14), por sua vez afirma que “atitudes envolvem o que as pessoas pensam, sentem e como elas gostariam de se comportar em relacio a um objeto atitudinal. Alves (1979) a define como uma disponibilidade, uma tendéncia para agir ou reagir de um certo modo quando confrontado com certos estimulos. (.,). Ainda enfatiza que as atitudes séo reforcadas por crengas (0 componente cognitivo) geralmente atraem fortes reages (0 componente emocional) que levario a formas determinadas de comportamento (a componente de tendéncia expressiva). De acordo com Chaiken, Wood e Eagly (1996, p. 269), “atitude & uma tendéncia psicolégica que ¢ expressa pela avaliagio de uma entidade em particular com algum grau de favorabilidade ou desfavorabilidade” Jé Ajzen & Fishbein (2000, p. 3) também pressupdem que atitude representa a avaliacio de um objeto psicolégico captado através das dimensoes de atributos como bom-ruim, agradavel-desagradével. Santos (1996) concebe atitude como manifestacao, expressio de opinitio ou sentimento, o que equivale & a¢do com base em determinada ctenca. Para este autor, as eagbes a determinadas pessoas, situagées ou coisas manifestariam convicgdes intimas, ou seja, as crengas em relagdo a essas pessoas, situagdes ou coisas. Dessa forma os valores poderdo ter um papel central, servir como padrdes ou critérios para orientar a ago, a avaliagZo, as escolhas, as atitudes. Bisinoto (2007) também define atitude como uma rea¢io entrelacada 9 Vade mecum dé sno das linguas estrangeiras/adicionais com fatores psicolégicos, socioculturais e politicos dos félantes perante sua propria lingua e a lingua do outro. Informalmente, “é posigo que voce assume frente ao mundo que o cerca” (NEIVA & MAURO, 2011, p. 171). Maio & Haddock (2010, p.4) a definem como julgamentos avaliativos que envolvem. ‘um processo de decisio favoravel ou desfavordvel em relago a um objeto social. Para Hora (2012, p. 3), atitude & uma espécie de orientacio avaliativa para um objeto social de algum tipo, quer seja ume lingua ou uma nova politica _governamental, etc. E assim, como uma disposic0, uma atitude pode ser vista como tendo um grau de estabilidade que permite-the ser identificada. O autor ressalta ainda que muitas vezes nao percebemos que existem por trés de essa atitude lingufstica posigdes ideoldgicas de poder, pois acreditamos que existe ‘uma lingua padrao, Assim, podemos concluir que atitude significa ter uma postura, uma forma de agir perante um objeto, uma determinada pessoa ou situacio, de acordo com o eles representem afetivamente para 0 individuo, a sua atitude depende da sua percepeio ¢ compreensio de mundo, de seus valores, da sua ‘motivacéo, que irdo ter influéncia decisiva na sua avaliagéo, Os valores revelam algo inerente 20 ser humano no que diz respeito a suas ideias e acées, além disso consideram o que é desejével ou preferivel, influindo na forma como se avelia ou se interpreta o mundo. Para Rokeach (1981), atitudes e valores estdo interligados dentro do sistema cognitivo do individuo, Para este autor, umaatitude é uma “organizagio de crencas, relativamente duradoura, em torno de um objeto ou situagao que predispde que se responda de alguma forma preferencial” (ROKEACH, 1981, -91). © valon, segundo este dltimo autor é uma crenga também duradoura, mas mais central que a atitude, sobre modos de conduta e estados finais de existéncia. No caso da percepeio, Bock (1999) acredita que é um processo que vai desde a recepcdo do estimulo pelos érgios dos sentidos até a atribuicéo de significado co estimulo, Entdo, pode-se dizer que percepcio seria um mecanismo através do qual o individuo seleciona, organiza e interpreta as informagdes para assim construir, criar para si um quadro significative do mundo, As atitudes podem ser de trés tipos: positivas, negativas, neutras 50 Podem § ordems A desatity 8iaeS ELsiBe especial const PMP quettog outros ¢ atid, ‘Vade mecums do ensino das linguas estrangeiras/adicionais Podem softer influéncias de fatores individuais como a personalidade, e de ordem situacional, externos ao individuo. ‘As atitudes foram consideradas historicamente como fator preditor do comportamento, mas slgumas pesquisas indicam que ainda precisamos analisar ¢ entender como as atitudes se relacionam com 0 comportamento (ARMITAGE e CHRISTIAN, 2003). Ao invés das atitudes estarem diretamente relacionadas a0 comportamento, atitudes erviriam unicamente para direcionar © comportamento ao influenciar as intengdes. Neste trabalho nés vamos nos referir 20 conceito de comportamento, {A Psicologia Social foi uma érea precursora nas pesquisas sobre o tema das atitudes, como afirmam Lambert & Lambert (1966): “0 estudo das atitudes tornou-se uma preocupacio importante dos psicélogos sociis, no decorrer dos anos, pois se trata de um complexo fendmeno psicoldgico que se reveste de um tremendo significado social” (LAMBERT; LAMBERT, 1966, p. 77). Com relagio as atitudes Lambert & Lambert manifestam, “Uma atitude é uma maneira organizads e coerente de pensar, sentir ereagir em. relacio a pessoas, grupos, questdes socisis ou, mais genericamente, a qualquer acontecimento ocorrido em nosso meio circundante. Seus componentes essenciais sio os pensamentos e as crencas, os sentimentos (ou emogdes) € as tendéncias para reagir. Dizemos que uma atitade esté formada quando esses componentes se encontram de tal modo inter-relacionados que os sentimentos tendéncias reativas espectficas ficam coerentemente associados com uma ‘maneira particular de pensar em certas pessoas ou acio’, (LAMBERT, LAMBERT, 1966, p.77-78) (Os autores acima citados fazem referéncia aos componentes essenciais das atitudes, isto & as crencas, as emogdes € tendéncias ao agir. Alguns especialistas incluem 0 componente social (BEM, 1973), pois as atitudes so construidas no processo de socializagéo do individuo (RODRIGUES, 1999 p. 97). Para Bem (1973), as crenc2s ¢ atitudes humanas se fundamentam em quatro atividades do homem: pensar, sentir, comportar-se e interagir com os outros, que correspondem aos quatro fundamentos psicolégicos das crencas atitudes, cognitivos, emocionais, comportamentais e sociais. Vade mecum do ensino das linguasestrangeirasladicionais A seguir resumimos numa figura o que entendemos por atitude: Figura 1: Nosso entendimento de atitude baseado nas definicées consultadas OBJETO SOCIAL CRENCAS Componente cognitive YALORACAO i Reprosentagdo, Components afetive MOTIVACKO, rscom ATITUDE i CONDUTA Fg ‘Componente conative a FATORES SOCIAIS Ff Contesto Social Fonte: o au Atitudes linguistas co Ra Lambert (1967) foi pioneiro nos estudos sobre atitude linguistica De acordo com este pesquisador, os elementos que compdem a atitude séo: © saber ou crenga (componente cognoscitivo); a valoracéo (componente afetivo); ea conduta (componente conativo), ou seja, que a atitude linguistica de um individuo ¢o resultado da soma de suas crengas, conhecimentos, afetos e tendéncias a comportar-se de uma forma determinada diante de uma lingua ou de uma situacéo sociolinguistica > 0 componente cognitivo teria o maior peso sobre os demais por conformar, em larga escala, a consciéncia soctolinguistica, uma vez que nele intervém os conhecimentos, opiniées, informagdes, ¢€ pré-julgamentos dos falantes, podem ser de ordem conscientes 52 Vade mecurm do ensino das linguas estrangeiras/adicionais fe inconscientes: conscién guistica, crengas, esterestipos, expectativas socials (prestigio, ascensio), caracteristicas da personalidade, ete. O componente afetivo, por sua vez, estéalicercado.em jutzosde valor (cstima-6dio) acerca das caracteristicas da féla: variedade dialetal, acento; da associacio com tracos de identidade; etnicidade, lealdade, valor simbélico, orgulho; e do sentimento de solidariedade com 0 grupo a que pertence. Esta dimensio dé & atitude a caracteristica motivacional © componente conativo, refiete a intengdo de conduta, o plano de acio sob determinados contextos e circunstincias. Mostra a tendéncia a atuar e a reagir com seus interlocutores em diferentes Ambitos ou dominios: rua, casa, escola, trabalho. Figura 2: Bsquema dos componentes de atitude linguistica proposto por 7 Lambert (1967) ATITUDE COGNITIVO CONATIVO Fonte: autor De acordo com Lépez Morales (2004, p. 286): Certos fendmenos linguisticos estdo intimamente relacionados com grupos especificos de falantes, se um deles é considerado prestigiado pela comunidade, sua forma de falar também sera, como seus costumes, suas roupas, seus gostos, etc Assim, a0 ouvire lingua de um grupo, o ouvinte reage de forma a atribuir valores a ela ¢ aos seus falantes, Grosjean (1982) acredita que as atitudes ou 0s posicionamentos em relacéo a lingua refletem as atitudes em relagio aos usuérios dela. ade mecum do ensino das linguas estrangeiras/adicionais “as atitudes para uma lingua ~ se & bonits, eficiente, rica e assim por diante = sio muitas vezes confundidas com atitudes em relagio 20s usuérios dessa Tingua’ (@.117) No entanto, 2o avaliar & necessério também considerar 0 contexto social, histérico € politico das pessoas pertencentes a tal comunidade, pois independentemente dos fatores linguisticos que marcam, representam, definem e fazem um grupo ser reconhecido, certamente existem fatores sociais «politicos que sto igualmente relevantes, como esse grupo se vé e ¢ visto por outros grupos. Calvet (2002, p. 65) procura mostrar que a rélacdo entre o falante sua lingua nunca é neutre. O autor argumenta que “existe todo um conjunto de atitudes, de sentimentos dos falantes para com suas linguas, para com as variedades de linguas ¢ para com aqueles que as utilizam’ Nao é a toa que comumente as pessoas também sio julgadas pelo seu modo de falar Na area da Sociolinguistica 0 estudo das atitudes lingulsticas vem se desenvolvendo nos tltimos anos tratando de identificer a maneira como as. pessoas fazem uso da lingua, quais as suas crengas com relagio & conduta ¢ atitude Linguistica deles préprios e dos demais membros da comunidade falante. O objetivo € poder compreender melhor quais aspectos ¢ fatores tém influencia decisiva nos processos de variagio ¢ mudanca linguistica € que afetam a escolha de ume lingua em detrimento de outra e, 20 mesmo tempo, entender de que maneira se desenvolve 0 ensino ¢ aprendizagem de linguas numa determinada comunidade, Da mesma maneira outras areas como a Sociologia da Linguagem ¢ a Etnografia da Comunicacéo também se interessaram pelo estudo das atitudes linguisticas. No caso da Etnografia da Comunicagao se preocupa em compreender certos aspectos culturais de uma dada comunidade de fala do ponto de vista a interacao verbal entre seus membros, a forma como fazem uso dos signos, lingu{sticos ou no, e da linguagem. Seu precursor, Dell Hymes, definiu as suas unidades sociais de andlise. Em sua teoria Hymes (1972) propée que 0 conhecimento ¢ a habilidade de uso da lingua sejam compostos de quatro tipos de juizos: quey dura aco comp 1998 (198, reflt Agu ami ete sal reg escab esa fang pat aad Vade mecum do ensino das linguas estrangeiras/adicionais See até que ponto algo é formalmente posstvel; Se e até que ponto algo é factivel em virtude dos meios de atuagio disponiveis para realizé-lo; Se e até que ponto algo ¢ apropriado (adequado, feliz, efetivo) com relacio a um contexto no qual é usado e avaliedo; See até que ponto algo é na realidade feito, realiza-se efetivamente, ¢ © que isso supe Segundo Hiymes (1986), dentro das comunidades de fala, podem ocorrer diferentes situagbes, eventos eatos de fala e ilustra com o exemplo de uma festa, que poder entendida como uma situagao de fala, uma determinada conversa durante festa serd um evento de fala, finalmente, uma piada contada durante a conversa seré um ato de fala. Além dessas questies deverdo ser analisados 0 estilo, o assunto sobre o qual se fala e as restrigdes que a comunidade impbe 20 comportamento linguistico de seus membros. Autores como Aguilera, 2008; Blanco Canales, 2004; Gémez Molina, 1998; Grojean, 1982; Lafontaine, 1997; Moreno Ferndndez, 1998; Saville- Troike, 2003, dentre outros, j& pesquisaram sobre 0 assunto. Grosjean (1982) acredita que as atitudes ou os posicionamentos em relacdo & lingua refletem as atitudes ou 0s posicionamentos em relacio aos usuérios dela. Aguilera (2008, p. 106), por exemplo, entende que “a atitude linguistica de tum individuo € 0 resultado da soma de suas crengas, conhecimentos, afetos € tendéncias @ comportar-se de uma forma determinada diante de uma lingua ou de uma situagdo sociolinguistica” O autor destaca também que as atitudes de valorizagdo ou de rejeicio as variedades de lingua em uso so reguladas pelos grupos sociais de maior prestigio social, ou os mais altos na escala socioeconémica, os quais ditam 0 que tem prestigio e status. Prestigio e status relacionam-se com o reconhecimento da sociedade as pessoas em fungio da condigéo socioeconémice e cultural que possuem (poder aquisitivo, capacidade intelectual, posigdo social, entre outros), como analisaremos mais aadiante. Lafontaine (1997, p. 56) afirma que a atitude linguistica ¢ “a maneira como sujeitos avaliam linguas, variantes, varidveis linguisticas ou, mais frequentemente, locutores expressando-se em linguas ou variantes linguisticas particulares?” Vade mecums do ensino das inguas estrangeiras/adicionais Moreno Fernandez (1998, p.179) define a atitude Linguistica, como: {uo una manifestacién de la actitud social de los individuos, distinguida por centrarsey referirse especiicamente tanto ala lengua como al uso que de ella se hace en sociedad, yal hablar de “lengua” incluimos cualquier tipo de variedad linghistca: actitudes hacia estlos diferentes, socilectos diferentes, dialectos diferentes olenguas naturales diferentes. Assim, © conceito de atitude linguistica engloba diversas dimensdes, desde as atitudes com relacéo a variedades linguisticas/dialetais e estilos de fala, passando peles atitudes com relagao ao aprendizado de uma lingua, até as atitudes com relacéo a grupos, comunidades, minorias, entre outras dimens6es. A tctitasdo ou ndo de outra lingua esté diretamente relacionada com as crencas que 0s falantes tém sobre essas outras linguas e que, consequentemente, influenciam na deciséo de afirmar se uma lingua é bonita ou feia, facil ou ificl de ser compreendida: Conforme Saville-Troike (2003), Os estudos da atitude linguistica podem ser caracterizados como: (1) aqueles que exploram atitudes gerais com relagao as linguas e habilidades linguisticas (Por exemplo, quais linguas ou variedades sio melhores que outras, em que medida o letramento € valorizado); (2) aqueles que investigam impressées estereotipadas sobre as linguas e seus falantes, bem como suas fungées; e (3) ‘aqueles que se concentram em questdes aplicadas (por exemplo, 2 escolha ¢ 0 ‘uso de uma lingua e 0 aprendizado de linguas), Nesse sentido, as “atitudes linguisticas so as armas usadas pelos residentes para demarcar seu espaco, sua identidade cultural, seu perfil de ‘comunidade, de grupo social separado” (TARALLO, 1985, p. 14). A maneira como 0 falante de determinada lingua a insere nas suas relagbes didrias com outros falantes se da de acordo com a visio que ele tem sobre a lingua, sobre si e sobre o outro. Esses aspectos transportam, para a interasio com o outro, escolhas especificas para determinados contextos, com determinados fins, guiados por determinadas nodes que o falante tem historicamente sobre 0 contexto em que esté inserido. Se as linguas tém significados ou conotagées sociais, é natural que sejam apreciadas e avaliadas de acordo com o status ou as caracteristicas sociais dos usudrios. O objeto da 56 Dupes LAER Ral oS 8 Vade mecum do ensino das linguas esrangeiras/adicionais atitude néo séo as linguas, mas os grupos que as falam. As atitudes linguistices representam, assim, um componente fundamental da identidade linguistica do falante e possibilitam a leitura e compreensio do proprio comportamento linguistico. No ambito das atitudes de forma geral, as atitudes linguisticas, constituem uma categoria particular, uma vez que seu objeto no sio as linguas, mas os grupos que a filam. As atitudes linguisticas sio atitudes psicossociais, ou seja, se as linguas tém conotacées sociais, é natural que sejam avaliadas (admiradas ou desprezadas) a partir do status ou das caracteristicas sociais dos seus usuérios. (© habitual é que sejam os grupos sociais mais prestigiados, mais poderosos socioeconomicamente, os que ditam as normas das atitudes linguisticas das, comunidades de fala. Por isso, as atitudes costumam ser positivas em relago a lingua, aos usos ¢ as caracteristicas dos falantes com maior prestigio e de mais, alta posigdo social. Os falantes de determinada variante linguistica, quando em contato com uma variedade distinta da sua, reconhecem que existem diferencas entre ambos 06 falares e sio capazes de emitir apreciagoes sobre a fala do outro, mediante atitudes positivas ou negativas em relacéo & linguagem e a0 falar do ‘outro, Podem demonstrar preferéncias por uma em detrimento de outras, ou seja, julgar essas formas como de prestigio ou de desprestigio, muitas vezes ‘manifestando preconceito e estigma. Nesse caso podemos perceber como as, atitudes linguisticas atuam firmemente no processo de exclusio ¢ inclusio social De acordo com Moreno Fernéndez (1998, p. 79), Une actitud favorable o positiva puede hacer que un cambio lingustico se ccumpla mas répidamente, que en ciertos contextos predomine el uso de una lengua en detrimento de otra, que le ensefianza ~ aprendizaje de una lengua extranjera sea mis eficaz, que ciertas variantes linglisticas se confinen a los contextos menos formales y otras predominen en los estilos cuidados. Una actitud desfavorable o negativa puede llevar al abandono y el olvido de una lengua o impedir la difusién de una variante 0 un cambio lingiistic. As avaliagbes manifestas ¢ encobertas, subjetivas e objetivas, mais ou ‘menos conscientes, relativas & linguagem dos homens numa sociedade plural Vade mecum do ensino das linguas estrangeiras/ tém a propriedade de fundar e governar tanto as relagoes de poder quanto 0 restigio ou o desprestigio das formas lingtisticas, estabelecendo seletividades, evidenciando preconceitos. (BISINOTO, 2007, p. 24). Problemas com a mudanga linguistica, situagdes de linguas e dialetos em contato, aprendizagem de segundas linguas, podem ser esclarecidos por meio de um estudo das atitudes dos falantes; os planejamentos linguisticos, sempre complexos, podem se beneficiar e ser instrumentos eficazes com @ ajuda desse tipo de estudo (BLANCO CANALES, 2004, p. 79). Alguns estudos evidenciam que uma atitude negativa em relagdo & dleterminada lingua pode influenciar negativamente na capacidade do aluno de adquitir conhecimentos nessa lingua. (MOYER, 2007). El-Dash e Busnardo (2001) destacaram 2 importancia dos esteredtipos na formacio das atitudes de alunos em situac5es de ndo contato, como é 0 caso dos estudantes brasileiros. Estereétipos e preconceitos (O esteredtipo é de base cognitiva, ou seja, esté mais ligado as crencas. ‘Trata-se de uma generalizacao desfavorével, exagerada e simplista, revelando- s¢, no ambito sociolinguistico, nos rétulos atribuidos a determinada variedade ou a seus falantes. Um esteredtipo que permite realizar juizos de valor. Os esteredtipos séo impresses rigidas que podem envolver crencas sobre tragos de personalidade, valores, comportamentos e opiniGes de pessoas de outros grupos. Segundo Labov (2008, p. 360) os esteredtipos, “séo formas socialmente ‘marcadas, rotuladas enfaticamente pela sociedade’, “que se impde sobre determinados grupos linguisticos, pautado nos julgamentos sobre as pessoas, nas crengas que 0 individuo carrega a respeito de um traco linguistico, nos conhecimentos sobre um grupo e sua cultura, nos preconceitos em relagdo a lingua e aos falantes dessa lingua". (BOTASSINI, 2015, p.125) Para Rodrigues (1999), “o esteredtipo, em si, é frequentemente apenas um meio de simplificar ¢ “agilizar” a nossa viséo do mundo”. (p. 138). Fleuri (2006, p.498) considera que, ick aria ai ac eel ania saa R eta Vade mecum do ensino das linguas estrangeiras/adicionais O esterestipo representa uma imagem mental simplifcadora de determinadas categoria socials. Funciona como um padrio de significados utlizado por um grupo na qualifcario do outro. Consttui imagens que camprems 0 papel de criar ou acentuar« diversidade. O estereétipo resulta, pois, como um instrumento dos grupos, construldo para simplificar 0 processo das relagdes entre eles «, nessa simplifcagio, justfcar determinadae atitudes e comportamentos pessoaisecoletivos (Oliveira, 2002) Orsi (2008, apud BOTASSINI, 2015, p.125) ao referir ao esteredtipo 0 define como uma generalizacio desfavordvel, exagerada e simplista sobre um grupo ou uma categoria de pessoas. Exagerada ¢ simplista porque os rétulos colocados nos individuos ndo tim, na maioria das vezes, uma base sélida para se sustentar. So quase sempre impresses sem fundamento, expressas or perceber no outro algo diferente do que existe em si, algo que geralmente incomoda porque faz parte de outra realidade linguistica, social, cultural. ParaSamovar et.al. (1998, p.246),€uma complexa forma de categorizacio que organiza mentalmente nossas experiéncias e guia nosso comportamento em diregdo a um grupo especifico de individuos, Calvet (2009, apud CORBARI, 2013, p. 70) chama atengio para o fato ue, 0s esterestipos néo se referem somente a linguas diferentes, mas também as suas variantes geogréficas, que sio julgadas pelo senso comum ao longo de uma escala de valores. Desse modo, a divisio das formas linguisticas em linguas, dialetos e patois é considerada, de maneira pejorativa, como isomorfa adivisbes sociais, que, por sua vez, também se fandam em uma visio pejorativa Assim, entendemos que os esteredtipos, so julgamentos, generalizagoes que determinado grupo ou sociedade faz com relagao a0 comportamento de outros grupos ou pessoas e que se tornam rétulos, muitas vezes de carter pejorative, formando um modelo de imagem baseado em crengas e valores que correspondem aos padrdes de um determinado contexto sociocultural Essas generalizagdes tém marcas de subjetividade e significado ideologico e podem ser uma porta de entrada ao preconceito, © preconceito ¢ uma reacdo negativa perante o objeto atitudinal, pode ser de género ou frente a determinada variedade ou grupo linguistico, especialmente os grupos que detém pouco ou nenhum prestigio social, aseado em crengas ¢ valores estabelecidos como padréo em determinado ‘grupo ou sociedade, Vade mecum do ensino das linguas estrangeiras/adicionais Para Myers (2000), o preconceito pode ser definido como 0 julgamento ; negativo de um grupo e de seus membros indivi luais. Ele envolve uma i avaliacéo negativa de uma pessoa, pelo simples fato de a identificarmos com ‘um grupo determinado, j Joana de Séo Pedro (2006, p.37) assim define preconceito: ¢ 3 © preconceito é basicamente uma atitude negativa que pode gerara injustica sociale prejuizos tanto para os afetados quanto para 4 sociedade em gel E © preconceito apresenta um componente emocional marcante, sendo uma é atitude host a uma pessoa ou a alguma coisa que pertence a um determinado ; protétipo,simplesmente por se encaixar naquele perfil, portant, pressupée-se que possua as caracteristicas atribuidas a tl protétipo. A origem desse tipo de atitude esté na categorizagao social, que identifica um grupo espectfico devido ¢ A presenga de certas caracteristicas. i © termo preconceito linguistico refere-se a atitude negativa frente a : determinado grupo linguistico sem razio aparente. Normalmente esté voltado i a grupos linguistics que detém pouco ou nenhum prestigio social, a minorias : linguisticas, a grupos linguisticos que representam falares diferentes do falar i daquele que avalia preconceituosamente o outro. a Segundo Bagno (1999), 0 preconceito linguistico se liga, em boa 7 medida, & confusio historicamente criada entre lingua e gramética normativa : (© preconceito linguistico esté associado ao preconceito em relacéo ao préprio | falante dessa variedade. O autor manifesta que “é preciso reconhecer a ib existéncia do preconceito linguistico, conhecer 0s modos como ele se manifesta concretamente como atitudes ¢ préticas sociais, denunciar isso e criar modos de combaté-lo, (BAGNO, 2010) Marta Scherer (2004), afirma que 0 “julgamento depreciativo, desrespeitoso, jocoso e, consequentemente, humilhante da fala do outro ou da prépria fala, geralmente atinge as variedades associadas a grupos de menor prestigio social. iacaeneAe Consideragées finais ou (in)conclusdes (O impacto das atitudes, de acordo com varios estudiosos da area, pode propulsionar @ disseminacéo, o menor uso ou, até mesmo, a extingdo de uma 60 Vade mecum do ensino das linguas estrangeiras/adicionais veriante, Alkmim (2007, p.42) assegura que: [..] 0s julgamentos sociais ante a lingua ~ ou melhor as atitudes sociais se baselam em critérios néo lingiiisticos: so julgementos de natureza politica e social, Néo casual, portanto, que se julgue feia a variedade dos falantes de origem rural, de classe baixa, com pouca escolaridade, de regi6es culturalmente desvalorizadas, Por essa razao devemos atribuir valor 20 trabalho sistematico, empirico, cuidadoso ¢ desprovide de pré-julgamento, traduzindo, descrevendo e interpretando a realidade, o espago em que como sujeitos transitamos, pois o contexto social, os lugares em que vivemos constituem as representagées das nossas priticas de vida. © conceito de atitude linguistica é um dos mais importantes para o ‘entendimento do por que dos preconceitos linguisticos em relacao as variedades lingufsticas e aos seus falantes, pois podem contribuir para a desvalorizacio de variedades dialetais. Existem, por exemplo, muitas comunidades estabelecidas no Brasil depois da segunda guerra mundial que trouxeram consigo sua lingua e cultura e go se misturarem com a populacdo local também deixaram suas marcas no portugues, incluindo as regides de fronteira, assim como a influéncia das linguas indigenas © das linguas africanas. A necessidade de entender as atitudes dos individuos se justifica pela influéncia que elas tém no rocessamento de informages, nas interacdes no meio sociale principalmente no comportamento das pessoas numa dada situacéo. © estudo das atitudes linguisticas permite detectar os preconceitos linguisticos em relacdo as variedades e aos seus falantes, pois os preconceitos tendem a desvalorizar variedades dialetais. E necessério que no ensino- aprendizagem aluno tenha acesso a elas, de maneira efetiva, sem discriminagdes e preconceitos. Precisa-se identificar os fatores que atuam nas -mudangas linguisticas ¢ ne influéncia no aprendizado de segundas inguas, se © que orienta a avaliacdo de prestigio e desprestigio esta baseada em valores afetivos, cognoscitivos ou conativos. Esses componentes da avaliagao conduzem a um panorama da situagio de fala numa dada comunidade. A Imposicio de uma determinada variedade dentro do universo de formagio de rofessores nao dever ser aceitado. O aluno tem direito a fazer a sua escolha. ‘Como exemplo de imposicio de variedade dentro do universo de formacio de professores de espanhol, temos o estudo realizado por Venancio da Silva, Alves da Silva e Ribeiro da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte, em 2007, 6 Vade mecum do ensino das Hnguas estrangeiras/adicionais no qual mostra que 2 maiorie dos alunos optou pela variedade castelhana Porque era a adotada pelo corpo docente da instituigéo. Segundo Bohner e Wanke (2002) “[aJs pessoas se aproximam e gostem das pessoas cujas atitudes séo semelhantes as suas proprias” Desta forma, pressupde-se que os alunos aprendem melhor quando gostam ou tém interesse Pelos falantes nativos da lingua ou por sua cultura. As reagGes em relacéo & outra cultura também podem ter um papel importante para motivar o aluno a aprender. Devemos pesquisar ainda mais as questées relativas & variagéo Jinguistica em lingua estrangeire, pois hé um ntimero pouco expressivo de artigos académicos produzidos nessa érea, que proponham reflexées sobre tal problema carente demais pesquisas. Realizar pesquisas sobre crencas acerca do ensino de variedades linguisticas nas aulas de LE em diferentes regises, incluindo as de fronteira com pafses hispano-falantes. Qual o impacto que determinadas atitudes linguisticas com relago a uma dada variante, produzem € qual ainten¢o comportamental nessa relagio, Também & necessério realizar Pesquisas sobre atitudes de professores e alunos com relacio 4s variantes de espanhol, Fomentaratitudes positivas em relacéo ao processo e evitar possiveis resistencias e criar mecanismos para reverter esse quadro a partir de atitudes ositivas ¢ de respeito dos individuos frente & mudanca. A proposta de Conceicio Pinto (2006) sobre as zonas de contato direto.e indireto para ensino de variedades da lingua espanhola éde grande relevincia para o Brasil, jé 0 pais tem muitasregi6es que possiem fronteiras com paises hispano-falantes. No que se refere as zonas de contato direto, propSe-se que © professor ensine a variedade que 0s alunos vio ter mais contato.O professor pode ¢ deve utilizar sua variedade linguistica, mes deve evitar limitar 0 uuniverso dos alunos em relacio @ uma possivel escolha da variedade a ser uusada e muito menos questionar a vontade e as necessidades deles, pois no hd sequer uma delas que tenha maior prestigio que outra. O professor, tem a obrigagao de respeitar a diversidade linguistica, Os professores do Brasil devem se informar endo limiter-se& sua variedade nem a utilizada majoritariamente Pela institui¢io que aprenderam ou do pais de origem. Que seja respeitada @ multidiversidade da lingua espanhola. Estimular a incluso das variedades linguisticas da lingua espanhola nos curriculos de formaco e nes escolas de linguas, Vade mecum do ensino das linguas estrangeiras/adicionais (..] A defesa da variedade prestiginda e o combate is outras, ou seja, 0 aspecto ativo da crenga na superioridade da variedade que ensina leva a escola 20 conhecido tipo de ensino prescritivo -proscritivo, (SANTOS, 1996, p. 18) Aprender uma lingua estrangeira é aprender uma nova cultura, modos de viver, atitudes, maneiras de pensar, uma outra l6gica, nova, diferente, é entrar em um mundo misterioso no comeco, compreender comportamentos individuais, argumentar seu capital de conhecimento e informagées novas, seu préprio nivel de compreensio (COURTILLON, 1984 apud MANNA, 2003, p. 2m) Segundo Drago (2006), “se ha planteado que se deberia tener espacio en las escuelas para ensefiar y apreciar todas las variedades relevantes, pero no parece que ello sea posible, aunque la intencién sea magnifica” Faamos pois a nossa parte. 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