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Arg, Cine. Satide Unipar, (1): jan abr., 2001 EQUILIBRIO TORACO-ABDOMINAL: ACAO INTEGRADA A. RESPIRAGAO E A POSTURA. Alessandra Telles Benatti* BENATTI, Alessandra Telles. Equilibrio Téraco-Abdominal: Agao Integrada & respiragao e & Postura ry. Cine, Saide Unipar, (1): 87-92, 2001 RESUMO: Ao adquirir « posigio bipede, os miisculos flexores do tronco perderam a sua poténcia, nao tendo ais agio sobre 0 arco raquideo, com consequentes problemas funcionais ¢ posturais. Em virtude das novas caracteristicas anatémicas e fisioldgicas adotadas, em eventuais situagdes criticas na vida dos individuos, ¢ essa ‘musculatura que cede primeiro. Concomitantemente, embora ndo esteja inclusa em cadeia musctilar postural, a ‘parede fintero-lateral do abdomen constitui.o principal elo de inter-relagdo funcional entre as cadeias musculares. Listas, pela agto integrada dos mésculos que as constituem, s2o responsiiveis pela manutengdo do alinhamento postural (tendo como moduladora a parede abdominal). determinando no conjunto a posig’io do segmento. Dessa forma, o complexo torax-abdémen, constituido por misculos ¢ suas inervagées, caixa toricica, pulmdes, fiscias e pele, despertou 0 interesse para esse trabalho. Portanto, esse estudo trata de uma revisde bibliografiea a respeito da andtomo-fisiologia, e biomecanica dos misculos e demais elementos implicados nesse sistema, suas inter- relagaes e implicagdes posturais, PALAVRAS CHAVE: equilibrio; interago téraco-abdominal; miisculos respiratorios, THORAXIC-ABDOMINAL BALANCE: INTEGRATED ACTION TO THE BREATHING AND POSTURE, BENATTI, Alessandra Telles. Thoraxic-Abdominal Balance: Integrated Action to the Breathing.and Postu- re. Ang.Cidne. Sanide Unipar, 5(1): 87-92., 2001 ABSTRAC: When acquiring the biped position, the trunk flex muscles lost their potency, having no more action on the rachidian arch, with consequent funetional and posture problems. Due to the new adopted anatomical and physiologic characteristics, in eventual critical situations in the individuals” life, itis that musculature that gets week first. Concomitant of this, although itis not included in postural muscular chain, the abdominal wall constitutes the main Tink of functional interrelation among the muscular chains. These, by the integrated action of their constituted muscles, are responsible for the postural al yment maintenance (they have got the abdominal wall as modulator), determining in the group the segment position. Thus, this work interest resides in the complex thorax-abdomen, constituted by muscles and its nerves, rib cage, lungs, fascisand skin. Therefore, this study aborts a bibliographical revision regarding to the anatomical-physiology, and biomechanies of the muscles and other elements implied in the system. their interrelationsand postural implications. KEY WORD: balance: breathing muscles: thorax-abdominal interaction Introdugio especializacdo de certos grupos musculares Aoadquiriva posigdobipede,ohomemsofreu também a perda ou diminuigdo da fungi de outros transformagGes gradativas que vilo desde alterag3es, fisiologicas ou funcionais de sistemas como 0 respiratorio eo circulatério até o desenvolvimento muscular e a coordenagao motora. Essas transformagdes deram origem a hipertrofia ¢ (WAZ, 1991). Deacorde com Zarrabeta apud VAZ (1991), os miisculos flexores do tronco teriam perdido a sua pottncia, ndo tendo mais ago sobre o arco raquideo, enquanto os quadnipedes necessitam da atividade **Fisioterapeuta pela Universidade Estadual de Londrina, CREFITO —8/1318-FPF Enderego: Alessandra ‘Telles Benatt. Rua José Clemente, 546, apt. 202. 87020-070, Marit PR. Arq. Ciéme, Satide Unipar, 5(1): jan.jabr,, 2001, dessa musculatura para manter 0 areoe para sustentar e protegeros érgios abdominais, Emconseqiiéncia dessa transformagao, passaram a existir problemas como: -protrusio e ptose abdominal (RASCH & BURKE, 1977); -dificuldade de elevar a cabega a partir da posigao de deciibito dorsal devido, principalmente, debilidade do reto anterior do abdémen (KENDAL etal, 1995); -debilidade na realizagiio de determinados movimentos, como atosse, o vomito,o espirro¢ ‘osmovimentos de parto na mulher (SOUCHARD, 1989), -acentuagao da lordose lombar devido ao fortalecimento desproporcional do psoas maior em relagio aos miisculos abdominais. (KAPANDI1990), O objetivo deste estudo foi revisar a anatomia, fisiologia e biomecdnica da musculatura Antero-lateral do abdomen, bem como a relagtio ¢ repercussdes sobre o sistema respiratdrioea postura, Deserigiio Anatomica eFuncional dos Miisculos Respiratérios Misculos Inspirat6rios Diafiagma O principal masculo da respiragio é cconsttuido por um tendo fibroso central e por fibras da porgdo costal, da regio esternal ¢ da regiao tural; origina-se a partir do dorso do processo xilbide, das eartilagens costais superiores, das seis iiltimas costelas e das vértebras lombares: sua inserg&o € no tendao central, apaneurose forte e delgada, sem nenhuma inserg.o 6ssea: sua inervaciio fica a cargo do nervo fiénico, raizes de C3 a C8 (KENDAL, 1995) ¢ é altamente curvilineo o que he confere grande forga de contragao. Quando se contrai, de acordo com KAPANDII (1990), © conteiido abdominal & forgado para baixo e para frente, aumentando 0 iametro vertical do torax. A partir desse momento, © centro frénico torna-se o ponto fixo e as fibras musculares que agem a parti de sua periferia eleva ascostelas inferiores, aumentando assim, o diametro transversal do t6rax inferior, Simultaneamente. por intermédio do esterno, eleva também as costelas superiores aumentando o didmetro éntero-posterior 8a do térax. Desse modo, em condigies fisioldgieas, 0 misculo diafragma ndo permite 0 relaxamento, a distensdo da parede abdominal ¢ muito menos a diminuigio da expansibilidade do pulmo, sobretudo nas bases. Dentre as fungées nao respiratorias do diafragma esta a fonacao, cujo fornecimento expiratério conveniente de ar ao nivel da laringe, necessitio ds cordas vocais para a produg’io dos sons éregido pelo seu controle de subida. Exerce também fungdo digestiva, devido sua aciio sobre as visceras abdominais com ago sobre a defeeagaio; fingdio ginecolégica, desempenhando papel de extrema importancia na expulstio durante o parto, além da relagilo agonista ~ antagonista juntamente com 0 perineo. Tem ainda fungao cireulatéria, de bombeamento da circulagdo de retorno através da pressiio-descompresstio da veia cava inferior na fronteira téraco-abdominal (SOUCHARD, 1989). Intercostais Externas ‘Osimisculosintercostaisextemos se originam nas bordas inferiores das costelas. Suas fibras Slo ori- centadas obliquamente para baixo e para frente, inse- rindo-se nas bordas superiores das costelas de bai- xo. Ao se contrairem, elevam a costela inferior. au- mentando o didmetro antero-posterior do trax, ¢a- racterizando sua aga inspicatoria. Além do papel res- piratério importante, esses muisculos, juntamente com os intercosiais intemos, desempenham um papel postural estabilizando e mantendo a forma.ea integri- dade dacaixa tordcica (KENDAL et al, 1995), pos- suindo ainda fungiio de rotadores do tronco. Escalenos Atualmente so considerados motores primzios da inspirago como o proprio diafragma (SLUTZKY, 1996), Atuam no sentido de expandira xa tordcica superior, elevando as duas primeiras costelas em contrapartida dos misculos intercostais paraesternais, que agem no estemno atuando no torax eabdémen, como o diafiagma, Originam-se das cinco liltimas vértebras cervicais ¢ se inserem nas duas primeiras costelas. Suainervagao ocorre pelos ramos anteriores das raizes de C3 a C8. Miisculos acessérios da Inspiraga0 Ha muitos miisculos nas regides da cintura Arg. Ciéne. Satie Unipar, 51): jan Jab, 2001 escapular e cervical que podem auxiliar na elevaga0 das costelas, acessorando 0 movimento inspiratério. De todos eles, talvez sejao estemocleidomastoideoo, maisimportante para amecéinicarespiratéria. Suaaco respiratoria € recrutada sempre que o trabalho ventilat6rio est aumentado, havendo elevagao do estemo com expansfio da caixa tordcica superior Denire os demais miisculos acessrios da inspiragio, temosasfibras superiores do trapéo, seritil, peitorais maior & menor, rombéides, eretores da espinha, clevadores das costelas eainda algunsa nivel da cintura eseapular € ombro como por exemplo o sub- scapular Miasculos Expiratorios MisculosAbdominias ‘Os misculos abdominais compreendem os obliquos intemos, obliquos externos, reto abdominal e transverso do abdomen. Esses misculos unem as. bordas stipero-anteriores da pélvisaosarcos costais. ‘So miisculos longos, laminares, que entre fixagdes de origem e insergo nao se apoiam em qualquer estrutura solida, mas sim sobre o contetido abdominal (visceras) que o distende, Ficam assim, expostos is, pressties desse contetido, devendo portanto manter uum tono elevado para cumprir sua fungao estética e ainda suportara pressio intra-abdominal. Em eventuais situagdes criticas na vida dos individuos, como sedentarismo, convalescéncia, obesidade, gestagiio, ete, a musculatura abdominal que sede primeiro, em virtude das caracteristicas anatémicas apontadas. Sao importantes rotadores flexores do tronco, com as seguintes fungdes respiratérias: ao se contrairem empurram 2 parede abdominal para dentro, aumentando a pressdo interna, 0 que leva a0 deslocamento do diaftagma para cima, com consoqiiente aumento da pressio pleural ¢ saida de at, Ainda tracionam as costelas para baixo devido as suas insergGes no gradil costal Dessa maneira, esses quatro miisculos constituem a parede Antero-lateral do abdomen, formando uma verdadeira cinta ou prensa para as -visceras abdominais (TANAKA & FARAH, 1997). Intercostal Intemo Originam-se na superficie intema das costelas ecattilagens costuise inserem-se nas bordas superiores das costelas adjacentes de baixo, Tero fungio expirat6ria a altos volumes pulmonares, rebaixando as costelas; enquanto que com baixos volumes realizam aelevagiio das costelas ‘Triangular Eternal E constituido por uma plana e fina camada muscular profundamente aderida aos miisculos intercostais internos. Tracionaas costelas ventrais para baixo, diminuindo o tamanho da cavidade tordcica, sendo assim um misculo acessério da expirago, Quadrado Lombar Contribui para as atividades expitatirias por estabilizar as costelas inferiores, permitindo que a porgiio crural do diafragma atue concentricamente. O quadrado lombar origina-se desde a crista do.oss0 ilfacoe ligamento leolombar,inserindlo-se na margem inferior da décima segunda costela e nos processos transversos de 1,1 a L4. Periténioe Pele Segundo SILVA & CASTRO (1981), 0 peritdnio é uma grande fascia formada por duas ccamadas que recobrem as paredes abdominais desde odiafragma até oassoalho pélvico. Ele reveste parcial ou totalmente as estruturas abdominopelvianas e as visceras. Possui quatro fimgdes principais: 1 Facilitar o deslizamento das viseeras, evitando o atritoe prevenindo colegdes de fibrina geradora de aderéncias; 2.Proteger contra. inflamagtto, através da sua grande capacidade de secregdo, absorgdo exsudagao e de formaraderéncias; 3.Conservara pressio intra-abdominal equilibrada peladindmica misculo-aponeurstica; 4.Contengdo das visceras arranjando-se num continente aparentemente menor do que o contetido. A pele, por sua vez, tegumento cuténeo de varias e importantes fungdes, apresenta caracteristica elistica relevante para este estudo. Distende-se com certa liberdade, facilitando a acomodagio do contetido que ndo se mantém dentro da cavidade, podendbo inclusive ser acometida por hémias gigantes. Essa alterago ocorre quando hi o desequilibrio intra- abdominal. 89 ‘Arg. Cite, Satide Unipar, 5(1) jan fab, 2001 PressioIntra-Abdominal O estudo da literatura permite agrupar as distintas hipéteses sobre a natureza fisica do contetido abdominal, em trés grupos em relagdo ao ‘comportamento fisiolégico: a) camo um gas; b) como um liquido; ¢) como uma mescla heterogénea de partes gasosas, liquidas e sélidas. Através de uma experiéncia na qual mede- se simultaneamente, a press intracavitaria em dois pontos da parede abdominal, separados por uma altura conhecida, observa-se que a diferenga de presstio corresponde exatamente a diferenga de altura entre esses dois pontos. Deduz-se, pois, que ‘© contetido abdominal comporta-se como se fosse uma coluna hidrostitica, cuja densidade ¢ muito préximaa da agua. Dessa maneira, é possivel dizer que a cavidade abdominal se comportaria como resultante de forgas equilibradoras e neutras em condigdes funcionais basais (SILVA & CASTRO, 1981). OE quilibrio Téraco-Abdominal As forgas desenvolvidas pelos misculos do abdémen, dispostos em varios sentidos, t&m como resultante uma forga no sentido transverso e na diregao antero-posterior. Sabe-se que, quando duas forgas iguais atuam sobre um corpo, 0 seu deslocamento se fard na diregdo da bissetriz do Angulo formado pelos mesmos. Aplicando este principio & museulatura abdominal. teremos ago conjugada dos obliquos, resultando na agiio do miisculo transverso, cujo trabalho ¢ a projegio da parede anterior contra a coluna, Omisculo obliquo extemo determina uma tragio obliqua para cima, enquanto que o oblique interno o faz para baixo, bilateralmente, Todas essas forgas.em equilibrio analam-se endo exercem fensio sobre aestrutura comum que éa linha alba. A linha alba é formada pela decussagaio das aponeuroses direita ¢ esquerda dos miisculos obliquos internos e reforgada pelo prolongamento das aponeuroses direita e esquerda dos obliquos externos ¢ transversos. Havendo uma neutralidade transversal bilateral e um equilfbrio do reto abdominal coma pressio intra-abdominal ¢ com osmiisculos da coluna lombo-sacra, A linha alba cumprir sua 90 funglio de apoio sem sofier tensdo au forga sobre si Portanto, de acordo com SILVA & CASTRO (1981), a musculatura de apoio ao equilibrio da pressdo intra-abdominal, como os abdominais ¢ dliafragmas toracoabdominal e pélvico, poderdo atuar sinergicamente para ma eficaz dinimica respiratéria cemesentérico-cava, Concomitantemente, segundo TANAKA & FARAH (1997), a parede abdominal ou também chamada parede antero-lateral do abdémen, embora no esteja inclusa em cadeia muscular postural, constitu o prinejpal elo de inter-relagdo funcional entre as cadeias musculares. Do ponto de vista biomecdnico, esses misculos influenciam o controle da curvatura lombar através do equilibrio dos miisculos paravertebrais. Através de suas insersdes na pelve, aparece do abdémen traciona superiormente otubérculo pébico, sinergicamente com osextensores do quadril, rerovertendo a pelve Durante a inspiragdo, a parede abdominal estabiliza a base do torax gragas as suas insergdes fechando a abertura inferior da caixa tonicica ¢ promove sustentago das visceras para 0 apoio do diafragma, Portanto, a efetividade do diafragma depende da estabilizagao da cotuna lombar, onde tem seus pilares inseridos, ¢ da parede abdominal, caracterizando a relagdo antagénica-sinérgica entre parede Antero-lateral do abdémen, diafragma e paravertebrais lombares. Deste modo, a parede ntero-lateral do abdémen consiste no elo funcional entre as cadeias musculares respiratdrias e posterior, As cadeias musculares anterior do brago ¢ Antero-medial do ombro esto relacionadas funcionalmente com a cadeia posterior, pois a estabilidade da eseépula, necessaria para. equilibrio dessas duas cadeias, depende da efetividade dos eretores da coluna pertencentesa cadeia posterior, A escépula ainda interfere na posigio do tiraxe as duas cadeias dos membros superiores contém miisculos acessérios da respiragao, o queas coloca emrelagao direta com a cadeia respiratoria. E, finalmente, a parede dntero-lateral do abdémen na sua fung&o postural de conteng’io abdominal! e retroversdo da pelve, esta em contraposigdo a cadeia muscular éntero-medial do quadril, esponsaivel pela anteroversio da pelve, flexdio ce adugdo do quadril Arg. Ciéne. Saiide Unipar, 51): jan abe, 2001 A Acio de Parede Abdominal no Alinhamento Postural Agi integrada dos misculos que constituem ascadeias musculares é responsivel pela manutenga0 do alinhamento postural, e parede abdominal atua como moduladora, determinando no conjunto a posicao do segmento (TANAKA & FARAH. 1997). ‘Tomando como ponto de partida a pelve, localizada no plano transverso no centro da cadeia posterior, esta é equilibrada pela ago muscular dos membros inferiores, da coluna lombar e do.abdomen Portanto, o posicionamento da pelve nas alteragdes da cadeia posterior dependeré também do comportamento dos misculos anteriores dosmembros inferiores e da parede Antero-lateral do abdémen, como por exemplo, na retroversio pélvica, em que os misculos extensores do quadril podem ser auxiliados pelos misculos abdominais. Se os paravertebrais lombares predominam sobre os retroversores, a pelve seré levada a anteversio, auxiliada pelos muisculos flexores dos quads. Dessa forma, pode-se afirmar também que aharmonia das curvaturas da coluna esté relacionada ao equilibrio pélvico eos alimemos cos membros inferiores. O t6rax, durantea expansdo em um movimento inspiratério, tem seus trés didmetros e também os espagos intercostais aumentados. Para isso depende daestabilidade da coluna atravésda ago dos musculos do dorso.¢ da parede abiominal, impedindo aclevagaio em bloco da caixa tordciea, A parede antero-lateral lo abdémen tem papel importante na conformagao do t6rax inferior determinando a abertura do angulo infra-esternale influindo na efetividade do diafragma, © fechamento deste angulo determina 0 aumento da drea de aposigdo toraco-diafragmaticae encurtamentodo diafragma acarretard o fechamento da base do t6rax. Por outto lado, a abertura deste Angulo diminuira a area de aposigao diaftagmatica, predominando o padtrao inspiratério caracteristico no térax, com clevagiio e abertura da base, através do encurtamento do misculo O encurtamento da cadeia muscular respiratéria, composta pelos mésculos escalenos, intercostais, peitoral menor. diafragma ¢ estemocleidomastoideos, levard a perturbagaio da fungio que ela deve cumprir, elevando o t6rax, impedindo-o de voltara descer livremente elimitando amplitude dosmovimentos do diafragma. Acarretaré ainda, a projegdo da eabega para frente, 0 dorso encurvado e o enrolamento dos ombros. Associado ao encurtamento da cadeia Aniero-medial do quadril, tem-se ainda a retragao dos adutores, tracionando os joelhos para dentroe os misculos anteriores da perna, virando-os em rotag&o interna © os pés se tornando planos (SOURCHARD, 1996). Consideragies Finais Um dos resultados da mecanizada e sedentaria vida da sociedade modema ¢ aredugaio na variedade e qualidade de movimento ‘comprometendo o equilibrio individual, Por isso, 0 essencial conhecimento dos musculos ¢ da biomecanica respiratoria poderd assistir ao fisioterapeuta em sua avaliagao e conduta no tratamento de patologias respirat6rias e posturais, queambas se interferem mutuamente. No entanto, apesar da existéncia de varios estudos relacionados a esses temas, ainda sto escassas as publicagies enfocando a interagdo torax- abdémen do ponto de vista fisioterdpico; ou seja, com visio ¢ linguagem especifica que propiciem ao. profissional adequar os conhecimentos ao seu dia- avdia, Dessa maneira, é necessério que este assunto seja mais explorado. Referéncias HUNGRIA 1. Postura: a primazia da pétvis:no seu condicione- _mentoe na corte de seus desvins. Revista brasileira de Ortone- sia, 21 (4): M8, 1998 KENDALL, F.P:MC CREARY, E. K.: PROVANCE. PG. 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