You are on page 1of 35
STi Te} Apresentacso. (0 Estado Democratico de Direlto e a prevencdo da infracdo penal. 1 Introducao. 2. Prevenco primaria; prevencao secundaria; prevengao tercidria. Modelos de reagio ao crime. ‘Questdes Propostas.. ‘Questdes Comentadas, Gabarito Apresentacao Old, meus amigos! Hoje vou abordar a prevenciio da infracio penal no Estado democratico de direito: prevencdo priméria; prevengao secundaria; prevengao tercidria. Modelos de reagiio ao crime. Vamos |a! O Estado Democratico de Direito e a prevengao da infracao PTCA 1. Introdugao A prevencdo criminal poderé seré ser feita de vérias formas a depender do caso comegado de forma legislativa (leis), administrativa (policias) e judicial (cumprimento das leis) desta forma o conhecimento da criminalidade deve ser objeto de estudo pautado na Crit jinologia pois deve-se buscar a fundo toda a esséncia criminal para posteriormente desenvolver técnicas de Politica Criminal. A preveng&o da infracéo penal podera ser geral positiva, visando a interveng&o na pessoa do delinquente com a sua recolocacéo na sociedade de forma a ressocializa-lo através da credibilidade institucional dos érgéos do Estado com a devida correcao, este meio de prevencdo visa atingir a sociedade como todo com 0 objetivo de reforcar os valores da ordem democratica do Estado. O método de prevengdo geral negativa visa afirmar e impor o valor do Estado Democratico de Direito a sociedade, pois ela direcionada em especifico a pessoa do criminoso, onde através da penalizagao o Estado demonstra que o crime seré amplamente punido. Ha, também, a prevengdo direta que é a afirmacgo do préprio Direito Penal através de sua forca repressora e punitiva e a indireta que visa apenas proporcionar a sociedade condicdes de vida e qualidade de vida através de programas de cultura, lazer e outros. Entre a prevengdo criminal geral e a especial existe uma diferenga que nao pode ser esquecida, pois a primeira é a afirmacéio do poder do Estado em face da sociedade como um conglomerado de pessoas e a segunda voltada apenas para a pessoa do individuo criminoso. Assim, entende-se por prevengao delitiva 0 conjunto de agées que visam evitar a ocorréncia do delito. A nocdo de prevenc&o delitiva nao é algo novo, suportando intimeras transformacées com o passar dos tempos em fung&o da influéncia recebida de varias correntes do pensamento jusfiloséfico. Para que possa alcancar esse verdadeiro objetivo do Estado de Direito, que é a prevenco de atos nocivos e consequentemente a manutencéo da paz e harmonia sociais, mostra-se irrefutdvel a necessidade de dois tipos de medidas: a primeira delas atingindo indiretamente 0 delito e a segunda, diretamente. Em regra, as medidas indiretas visam as causas do crime, sem atingi-lo de imediato. O crime sé seria alcangado porque, cessada a causa, cessam os efeitos. Segundo Nestor Sampaio, trata-se de excelente ac&o profildtica, que demanda um campo de atuac&o intenso e extenso, buscando todas as causa possiveis da criminalidade, préximas ou remotas, genéricas ou especificas. Tais acées indiretas devem focar dois caminhos basicos: 0 individuo e o meio em que ele vive. Em relac&o ao individuo, devem as ages observar seu aspecto personalissimo, contornando seu caréter e seu temperamento, com vistas a moldar e motivar sua conduta. © meio social deve ser analisado sob seu milltiplo estilo de ser, adquirindo tal atividade um raio de aco muito extenso, visando uma redugao de criminalidade e prevencio; até porque seria utopia zerar a criminalidade. Todavia, a conjugagéo de medidas sociais, politicas, econémicas etc. pode proporcionar uma sensivel melhoria de vida ao ser humano. A criminalidade transnacional, a importacdo de culturas e valores, a globalizag3o econémica, a desorganizag3o dos meios de comunicag3o em massa, 0 desequilibrio social, a proliferagéo da miséria, a reiterac&o de medidas criminais pifias e outros impelem o homem ao delito. Porém, da mesma forma que o meio pode levar o homem 4 criminalidade, também pode ser um fator estimulante de alteracéo comportamental, até para aqueles individuos com carga genético-biolégica favoravel ao crime. Nesse aspecto, a urbanizacéio das cidades, a desfavelizagdo, o fomento de empregos e reciclagem profissional, a educag3o ptiblica, gratuita e acessivel a todos etc. podem claramente imbuir 0 individuo de boas agdes e oportunidades. Na profilaxia indireta, assume papel relevante a medicina, por meio dos exames pré-natal, do planejamento familiar, da cura de certas doengas, do uso de células-tronco embriondrias para a correcéo de defeitos congénitos e a cura de doengas graves, da recuperagéo de alcodlatras e dependentes quimicos, da boa alimentagdo, etc., 0 que poderia facilitar, por evidente, a obtencdo de um sistema preventivo eficaz. Por sua vez, Nestor Sampaio, arfirma que as medidas diretas de prevengdo criminal direcionam-se para a infracio penal em formacio, ou seja, no chamado iter criminis. . Modelos 2. Prevenciio primaria; prevencdo secundaria; prevengao terci de reacao ao crime. O Estado de Direito, ao objetivar a prevengao da criminalidade em prol da paz e da harmonia social, utiliza-se de duas importantes medidas como combate ao delito: agées indiretas e diretas. Assim, meus caros, aprofundando mais um pouco, as medidas indiretas agem sobre o crime de forma mediata, procurando cessar as causas e os efeitos do delito. Tais medidas buscam as causas possiveis da criminalidade, préximas ou remotas, genéricas ou especificas. As atuagGes indiretas devem se concentrar tanto no individuo quanto no meio em que ele vive; algo que a Criminologia Moderna chama de prevengdo primaria e terciaria. Quanto ao individuo, as ages devem observar sua caracteristica pessoal, contornando seu cardter e seu temperamento, em busca do ajuste de sua conduta. Procura-se analisar o meio social sob seu miiltiplo estilo de ser, de forma ampla, visando uma reduco de criminalidade e a sua preveng&o. Observa-se que a associagéio de medidas sociais, politicas e econémicas, entre outras, pode proporcionar uma sensivel melhoria de vida ao ser humano. O meio no qual o individuo esta inserido pode leva-lo a criminalidade. A importacéo de culturas e valores, a globalizacéo econémica, a criminalidade transnacional; associadas @ desorganizacao dos meios de comunicagdo em massa, ao desequilibrio social e proliferag&o da miséria séo responsdveis por impulsionar o homem ao delito. Entretanto, esse mesmo meio pode estimular boas acées e oportunidades, seja por meio da urbanizac&o das cidades, da desfavelizag3o e do fomento de empregos; seja pela reciclagem profissional e pela educago publica, gratuita e acessivel a todos. Jé as medidas diretas de prevencdo criminal possuem o foco na infragéo penal in itinere ou em formacd&o (iter criminis). Destaca-se a importancia das medidas de ordem juridica, como as referentes a efetiva punicao de a repressdo implacavel as infracdes crimes graves, incluindo os de colarinho bran penais de toda a natureza, substituindo o direito penal nas pequenas infracées pela adogéo de medidas de cunho administrativo; a atuacéo da policia ostensiva em seu papel de prevenc&o, manutencéo da ordem e vigilancia; o aparelhamento e treinamento das policias judicidrias para a repressao delitiva em todos os segmentos da criminalidade; entre outras. Pelo fato de agirem eminentemente nos delitos, as ages diretas séo denominadas pela Criminologia de prevengéo secundaria. Vejamos uma possivel questéio de prova: (Criminologia - PM-DF - 2018) Julgue os itens com base na Criminologia. Estado Democratico de Direito, orienta-se pela conduta repressiva, pois o crime deve ser combatido pela ostensividade das autoridades policiais. Gabarito: E. A anélise dos fatores inibidores e estimulantes do fenémeno criminal é crucial para a elaboracfo de programas prevencionistas. Aspectos sociais como desemprego, miséria, falta de assisténcia social, desigualdade e corrupcao politica favorecem a criminalidade, assim como a justica social, a garantia de trabalho, a educacdo, entre outros, corroboram para a reducao dos delitos. No trabalho de prevencdo que cabe ao Estado no cambate a criminalidade, hé trés niveis de prevengéo (primério, secundério e tercidrio) que veremos mais a frente. Como resposta a ocorréncia de ago criminosa, surgem formas de prevencéo aos delitos no Estado Democratico de Direito. Iniciamente, tem-se a Teoria da Reagio Social, que prevé a reacao social estatal por meio de trés modelos distintos, e que jé estudamos. Sao eles: dissuasério, ressocializador e restaurador (integrador). O modelo dissuasério baseia-se na repressao por meio da punic&o ao agente criminoso, como forma de mostrar a todos que o crime ndo compensa e que gera sang&o. Por esse modelo, aplica-se a pena somente aos imputdveis e semi- imputaveis, cabendo aos inimputaveis o tratamento psiquiatrico. Os protagonistas neste modelo séo o Estado e o delinquente, restando excluidos a vitima e a sociedade. As sangdes penais somente séo aplicadas aos imputéveis e semi-imputéveis, vez que os inimputaveis sdio submetidos a tratamento psiquidtrico. Procura persuadir o delinquente a n&o praticar o delito por meio da intimidagéo do sistema retributivo. © modelo ressocializador prevé a intervencéo na vida e na pessoa do Antonio Garcia-Pablos de Molina, devido a importancia que exercem no questionamento da génese e da etiologia do delito, além de potencializar os conflitos ao invés de resolvé-los devido ao retribucionismo exagerado. A exclusao da vitima e sociedade por este modelo lhe rende severas criticas de infrator, no apenas com a punicéo, mas também com a possibilidade de reinserco social. ‘A reacao ao delito passa a se preocupar com a utilidade do castigo, também para o delinquente. Avalia a efetividade do sistema sob o ponto de vista do real impacto da punigio na pessoa do condenado, sem se preocupar com os ideais abstratos da pena. Por conseguinte, o paradigma ressocializador faz com que o Estado assuma a natureza social da criminalidade, no se conformando simplesmente com a retribuiggo do mal praticado, ou caréter preventivo das penas, exigindo uma intervencao positiva na pessoa do condenado, ou seja, do afastamento dos efeitos nocivos da punigSo. A partir desta premissa de melhoras no regime de cumprimento das penas, busca-se preparar o condenado a participar do corpo social sem traumas ou condicionamentos. J& o modelo restaurador (integrador), também conhecido como “justia restaurativa”, objetiva restabelecer o status quo ante, visando a reeducag3o do infrator, a assisténcia a vitima bem como ao controle social afetado pelo crime. Este modelo visa solucionar o problema criminal por meio de acao conciliadora, que procura atender aos interesses e exigéncias de todas as partes envolvidas. Ao compreender o crime como um fenémeno interpessoal, defende que as pessoas envolvidas devem participar da solug3o do conflito por meios alternativos, distanciados de critérios legais, e formalismo. As vantagens de uma justiga comunitaria é que a pacificacao social do problema minimiza os efeitos da persecuc&o tradicional, afastando o carater ameacador das penas, humilhagdes, e demais consequéncias malfazejas. A solugao viré de partes legitimas, e por isso as chances de pacificag&o revelam-se elevadas. Nesse patamar, existe controvérsia relativa ao alcance da justica integradora quanto a natureza e gravidade dos delitos, além do perfil da vitima e delinquente. H& quem defenda a universalidade e generalidade da conciliagdo e mediacdo do conflito criminal sem ressalvas, e aqueles que sustentam a incidéncia da justica comunitaria para determinados delitos, e delinquentes primarios, de modo a nao se distanciar da realidade. Parece ser mais correta esta Ultima vertente, sendo dificil conceber uma justica restauradora em delitos de elevada gravidade, a exemplo de infraces penais como o homicidio, latrocinio, etc. Apesar disso, Molina afirma que os procedimentos conciliatérios recuperaram a face humana do conflito criminal, redefinindo o proprio ideal de justica que refuta o carater excludente do castigo através de uma proposta de solugdes alternativas, cuja solidariedade e construtivismo deverdo nortear as partes na celebragdo de compromissos. © modelo integrador redefine o préprio ideal de justiga. Concebe o crime como conflito interpessoal concreto, real, histérico, resgatando uma dimenséo que o formalismo juridico havia neutralizado. Orienta a resposta do sistema mais a reparagéo do dano que o infrator causou a sua vitima, as responsabilidades deste e &s da comunidade, do que ao castigo em si. Vejamos uma possivel questo de prova: (Criminologia —- PM-DF - 2018) Julgue os itens com base na Criminologia. A Teoria da Reag&o Social prevé a reaco social estatal por meio de trés modelos distintos: primério, secundario e terciario. Gabarito: E. Ha, também, a Teoria da Pena que reconhece a pena como uma espécie de retribuic&o, de privac&o de bens juridicos, imposta ao delinquente em raz&o do ilicito cometido. © estudo da pena constata a existéncia de trés grandes correntes: teorias absolutas, relativas e mistas. As teorias absolutas encaram a pena como um imperativo de justiga, negando fins utilitérios. As teorias relativas ensejam um fim utilitério para a punig&o, sustentando que o crime no é causa da pena, mas ocasiéo para que seja aplicada. J4 as teorias mistas conjugam as duas primeiras, sustentando o carater retributivo da pena. A prevenc&o geral vislumbra a pena como intimidadora daqueles que séo propensos a cometer delitos. J4 a prevencio especial analisa o delito sob os fatores endégenos e exégenos, em busca da reeducaggo do individuo e de sua recuperaséo. A prevengao geral da pena instala-se sob dois ngulos: 0 negativo e o positivo. Pela prevencéio geral negativa, conhecida como prevengao por intimidagao, a pena serve para que todos os membros do grupo social observem uma dada condenag&o e ndo venham a cometer uma pratica delituosa. A prevengao geral positiva ou integradora busca sensibilizar a consciéncia geral, disseminando o respeito aos valores mais importantes da comunidade e, por conseguinte, & ordem juridica. No Estado Democratico de Direito, 0 poder politico estatal é juridicamente limitado, isto é, apenas pode ser exercido inserido em determinadas restrigbes definidas pela ordem juridico-politica constitucional, marcada pelas dimensdes de legalidade, separacdo de poderes e protecio aos direitos fundamentais. Tal modelo de organizacao politica de poder pressupée que os individuos tém certos direitos indispensdveis A prépria existéncia e ao desenvolvimento da personalidade humana, que constituem verdadeiras barreiras de protecdo contra a utilizag&o arbitraéria do poder do Estado. O individuo é considerado como efetivo sujeito de direito frente 4 comunidade e do proprio Estado, cuja atividade deve estar norteada pelos principios e garantias impostas pela Constituig&io Federal. A atuagao repressiva do Estado em face dos individuos que praticam condutas tipificadas como crimes é uma atividade indispensavel para a manutengo da ordem juridico-politica. Porém, no Estado Democratico de Direito, 0 exercicio do poder punitivo estatal € juridicamente limitado pela instituigéo de amplas garantias que devem nortear a edificacdo e a aplicacdo da politica criminal, como 0 devido processo legal, o contraditério, a ampla defesa, a presungdo de inocéncia, 0 juiz natural, a motivacdo das decisées, etc. Dessa forma, o processo penal constitui é o instrumento pelo qual o Estado exerce 0 seu poder punitivo, buscando a aplicag’io da pena ao autor da infracdo. Por outro lado, o processo também pode ser visualizado sob 0 aspecto da tutela dos direitos fundamentais, ou seja, como uma garantia do individuo de que nao seré submetido a uma pena sem a observancia dos direitos fundamentais previstos na Constituigéo Federal. Com efeito, em uma ordem constitucional fundada na instituiggo de amplas garantias e direitos individuais, como é 0 caso do Estado brasileiro, 0 processo penal deve necessariamente se desenvolver visando a efetivacdo dessas premissas. Pessoal, o Estado possui 0 monopélio da aplicacéo da lei penal. Porém, existem regras constitucionais e legais que limitam e determinam como a lei penal possa ser aplicada. Para tanto, deve o Estado Administragéo, nos crimes de ago penal publica, apés a produgdo de uma prova minima, levar 0 caso ao Estado Juiz, para que este se manifeste sobre a aplicacéo ou néo da sanc&o penal ao caso concreto. A atuagéo do Estado encontra na Constituicéo federal e nas leis limitagdes que impedem que o Estado produza todo tipo de prova em face dos acusados. O Estado € 0 primeiro a ter de respeitar, ent&o, essas limitacdes. Prevengéo de crime é um conceito aberto. Para alguns é dissuadir o delinquente a nao cometer o ato, para outros é mais, importa inclusive na modificagéo de espacos fisicos, novos desenhos arquiteténicos, aumento da iluminagao publica com o intuito de dificultar a pratica do crime e para um terceiro grupo é apenas o impedimento da reincidéncia. Ha trés tipos de prevengéo, todas distintas entre si, seja quanto e maior ou menor relevancia etiolégica dos programas, seja quanto aos destinatdrios aos quais se dirigem nos instrumentos e os mecanismos que utilizam. A prevengéo priméria procura agir a raiz do conflito criminal, para neutralizé-lo antes que o problema se manifeste. (através de uma socializaco proveitosa de acordo com os objetivos sociais). Para que haja prevenggo priméria, séo necessarias estratégias de politica cultural, econémica e social, que capacitem os cidadéios de condicées sociais que os ajudem a superar de forma produtiva eventuais conflitos. Se, principalmente os governantes dedicassem atengao, respeito e seriedade ao assunto, poderia também ser cobrado da sociedade a sua efetiva parcela de contribuic&o. © importante € que est escrito, é Lei, todos conhecem, 0 triste é que ndo hé cumprimento a risca daquilo que poderia ser o fechamento dessa cicatriz que de uma forma ou de outra causa enormes prejuizos ao Pais. ‘A chamada prevenc&io secundaria opera onde e quando © conflito acontece, nem antes nem depois. E se caracteriza pelas agdes policiais, pelo controle dos meios de comunicagao, da implantag&o da ordem social e se destina a atuar sobre os grupos e subgrupos que apresentam maior risco de protagonizarem algum problema criminal. A prevenc&o tercidria se destina Unica e exclusivamente ao recluso, (populagio), 0 condenado. A tercidria é a aplicaco de recluséio sobre o individuo criminoso. Nesse caso a “ressocializagéo” voltada apenas para o infrator, no ambiente prisional. Das trés modalidades de prevencdo a tercidria € a que possui o mais acentuado carater punitivo. Como a prevencao tercidria sé se dé depois do cometimento do crime, agindo s6 na condenacio, ela é insuficiente e parcial, pois no neutraliza as causas do problema criminal, além do que a plena determinasdo da populacdo carceréria, assim como os altos indices de reincidéncia néo compensam o déficit da prevenc&o tercidria e suas caréncias. Deve ficar claro que os trés modelos se complementam e s&o compativeis entre si, De qualquer modo os trés programas esto ligados entre si e se fazem necessérios, tanto a curto quanto a médio e longo prazo. Pois tem um objetivo em comum: evitar a reincidéncia. Y Opera a longo e médio prazo e se dirige a todos os cidadaos, ¥ Reclama prestag@es sociais € intervencéio comunitaria; ¥ Limitagdes praticas: falta de vontade politica e de conscientizacéo da sociedade. Prevenc&o secundaria: ¥ Politica legislativa penal, agao policial, politicas de seguranca publica; Atua na exteriorizac&o do conflito; ¥ Opera a curto e médio prazo; ¥ Dirige-se a setores especificos da sociedade. Prevencao terciaria: ¥ Destinatario: populago carcerdria; ¥ Cardater punitivo; ¥ Objetivo: evitar a reincidéncia; ¥ Intervengéo tardia, parcial e insuficiente. Pessoal, vamos fazer algumas questées! Grande abraco e bons estudos! estdes Propostas 1) (VUNESP - 2013 - PC-SP - Papiloscopista Policial) A prevengSo criminal secundaria é aquela que atua A) na recuperac&o do recluso, visando a sua socializagéo por meio do trabalho e estudo, evitando sua reincidéncia. B) em setores especificos ou de maior vulnerabilidade da sociedade, por meio de ago policial, programas de apoio e controle das comunicacées. C) na qualidade de vida de um povo, na protecdo aos bens patrimoniais e nos direitos individuais e sociais. D) nos direitos sociais universalmente conhecidos, como educag&o, moradia e seguranga. E) na reparagao do dano causado em raz&o da delinquéncia, assistindo o recluso com programas psicolégicos e de assisténcia social. 2) (VUNESP - 2013 - PC-SP - Agente de Policia) Entende(m)-se por prevencao primaria A) as agdes policiais dirigidas aos individuos vulneraveis. B) as politicas puiblicas dirigidas aos grupos de risco. C) aquela dirigida exclusivamente ao preso, em busca de sua reinserg&o familiar e/ou social. D) 0 trabalho de conscientizacao social, o qual atua no fenémeno criminal, em sua etiologia. E) aquela que age em momento posterior ao crime ou na iminéncia de seu acontecimento. 03) (2013 - CESPE - Policia Federal - Delegado de Policia) Julgue os itens. Na terminologia criminolégica, criminalizacéo priméria equivale & chamada prevengao priméria. 04) (MPE-SC - 2012 - MPE-SC - Promotor de Justica) Julgue os itens, com base na Criminologia. S&o principios informadores do direito penal minimo: insignificancia, intervengdo minima, proporcionalidade, individualizagao da pena e humanidade. 05) (2018 - PCSP - Inédita) Julgue os itens com base na Cri O modelo ressocializador baseia-se na represséo por meio da punicéo ao agente criminoso, como forma de mostrar a todos que o crime n&o compensa e que gera sangéo. 06) (VUNESP - 2014 - PCSP) Em um estado democratico de direito, 0 castigo do infrator n3o esgota as expectativas que o fato delitivo desencadeia; dessa forma, podem-se apontar, como os objetivos cientificos mais satisfatérios e adequados na criminologia moderna, a ressocializagdo do delinquente, a (0) € a prevencgéo do crime. Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna. A) reparagdo dos danos a vitima B) informagao ao cidadao C) ressarcimento ao Estado D) especializagao profissional do delinquente E) formacio espiritual e religiosa do delinquente 07) (VUNESP - 2014 - PCSP) © conceito de prevengao delitiva, no Estado Democratico de Direito, e as medidas adotadas para alcanca-la séo: a) 0 conjunto de aces que visam evitar a ocorréncia do delito, atingindo direta e indiretamente o delito b) 0 conjunto de acdes que visam estudar o delito, atingindo direta e indiretamente 0 criminoso c) © conjunto de acdes adotadas pela vitima que visam evitar o delito, atingindo o delinquente direta e indiretamente d) © conjunto de acdes que visam estudar o criminoso, atingindo o ato delitivo direta e indiretamente e) © conjunto de agées que visam estudar o crime, atingindo o criminoso direta e indiretamente 08) (VUNESP - 2014 - PCSP) Entende(m)-se por prevengao primaria A) as ages policiais dirigidas aos individuos vulneraveis. B) as politicas publicas dirigidas aos grupos de risco. C) aquela dirigida exclusivamente ao preso, em busca de sua reinserséo familiar e/ou social. D) o trabalho de conscientizagao social, 0 qual atua no fenémeno criminal, em sua etiologia. E) aquela que age em momento posterior ao crime ou na iminéncia de seu acontecimento. 09) (VUNESP - 2014 - PCSP) A atuaco das policias, do Ministério Publico e da justia criminal, quando focada em determinados grupos ou setores da sociedade, por possufrem maior risco de praticar o crime ou de ser vitimados por este, constitui programa de prevengao A) secundaria. B) quaterndria. C) primaria. D) quinéria E) tercidria. 10) (VUNESP - 2014 - PCSP) As melhoras da educaco, do processo de socializacéo, da habitagao, do trabalho, do bem-estar social e da qualidade de vida das pessoas de uma determinada comunidade sao os elementos essenciais de um programa de prevencaéo A) terciaria. B) quinaria. C) secundaria. D) primaria. E) quaternéria. 11) (VUNESP - 2014 - PCSP) A prevengao criminal, que consiste na conscientizacéo social, atingindo o problema cri inal em sua etiologia, sendo operacionalizada a longo prazo, manifestando-se por meio de estratégias politicas, culturais e sociais, proporcionando qualidade de vida ao individuo, € chamada de prevengéo A) priméria. B) quaterndria. C) secundaria. D) quintenéria. E) tercidria. est6es Comentadas 1) (VUNESP - 2013 - PC-SP - Papiloscopista Policial) A prevencao criminal secundaria é aquela que atua A) na recuperacao do recluso, visando a sua socializagéo por meio do trabalho e estudo, evitando sua reincidéncia. B) em setores especificos ou de maior vulnerabilidade da sociedade, por meio de acao policial, programas de apoio e controle das comunicagées. C) na qualidade de vida de um povo, na protecéo aos bens patrimoniais e nos direitos individuais e sociais. D) nos direitos sociais universalmente conhecidos, como educag&o, moradia e seguranca. E) na reparac&o do dano causado em razfo da delinquéncia, assistindo o recluso com programas psicolégicos e de assisténcia social. Comentarios: Vou falara mais sobre isso na préxima aula. Vejamos as trés: Prevengao primaria: ¥ Voltada para as origens do delito, visando neutraliza-lo antes que ocorra; ¥ Opera a longo e médio prazo e se dirige a todos os cidadéos; v Reclama prestagées sociais e interveng&o comunitéria; v Limitagées préticas: falta de vontade politica e de conscientizagio da sociedade. Prevenc&io secundaria: ¥ Politica legislativa penal, ago policial, politicas de seguranga publica; ¥ Atua na exteriorizagao do conflito; ¥ Opera a curto e médio prazo; ¥ Dirige-se a setores especificos da sociedade. Prevencio tercidria: ¥ Destinatério: populagdo carceraria; ¥ Cardter punitive; ¥ Objetivo: evitar a reincidéncia; ¥ Intervengéo tardia, parcial e insuficiente. Gabarito: B. 2) (VUNESP - 2013 - PC-SP - Agente de Poli prevencao primaria A) as aces policiais dirigidas aos individuos vulneraveis. B) as politicas publicas dirigidas aos grupos de risco. C) aquela dirigida exclusivamente ao preso, em busca de sua reinserc&o familiar e/ou social. D) 0 trabalho de conscientizacéo social, o qual atua no fenémeno criminal, em sua etiologia, E) aquela que age em momento posterior ao crime ou na iminéncia de seu acontecimento. Comentarios: Vejamos, novamente, as trés: Prevengao primari ¥ Voltada para as origens do delito, visando neutraliza-lo antes que ocorra; ¥ Opera a longo e médio prazo e se dirige a todos os cidadaos; Reclama prestacées sociais e interveng&o comunitéria; ¥ Limitagdes praticas: falta de vontade politica e de conscientizagao da sociedade. Prevencdo secundaria: ¥ Politica legislativa penal, aco policial, politicas de seguranca publica; ¥ Atua na exteriorizag&o do conflito; ¥ Opera a curto e médio prazo; ¥ Dirige-se a setores especificos da sociedade. Prevengao tercidria: ¥ Destinatério: populagdo carceréria; ¥ Caréter punitivo; ¥ Objetivo: evitar a reincidéncia; ¥_Intervencéo tardia, parcial e insuficiente. Gabarito: D. 03) (2013 - CESPE - Policia Federal - Delegado de Policia) Julgue os itens. Na terminologia criminolégica, criminalizag3o primaria equivale & chamada prevengao priméria. Comentarios: processo seletivo de criminalizag&o acontece em duas etapas: a criminalizagio primaria e a criminalizagao secundaria. A primaria compreende a definigdo das normas e a secundaria consiste na imposic& das normas. Em regra geral, séo as autoridades politicas (parlamentares e executivos) que exercem a criminalizagao priméria, enquanto que as autoridades judiciais (policiais, promotores, advogados, juizes) realizam a criminalizag&o secundaria. Quanto a de prevengao, ha trés tipos, todas distintas entre si, seja quanto e maior ou menor relevancia etiolégica dos programas, seja quanto aos destinatdrios aos quais se dirigem nos instrumentos e os mecanismos que utilizam. A prevencéo priméria procura agir a raiz do conflito criminal, para neutralizé-lo antes que o problema se manifeste. (através de uma socializacéo proveitosa de acordo com os objetivos sociais). Para que haja prevengao priméria, séo necessérias estratégias de politica cultural, econémica e social, que capacitem os cidadaos de condiges sociais que os ajudem a superar de forma produtiva eventuais conflitos. Se, principalmente os governantes dedicassem atenggo, respeito e seriedade ao assunto, poderia também ser cobrado da sociedade a sua efetiva parcela de contribuicao. importante € que esta escrito, é Lei, todos conhecem, 0 triste € que ndo ha cumprimento a risca daquilo que poderia ser o fechamento dessa cicatriz que de uma forma ou de outra causa enormes prejuizos ao Pais. A chamada prevengao secundaria opera onde e quando o conflito acontece, nem antes nem depois. E se caracteriza pelas acées policiais, pelo controle dos meios de comunicagéo, da implantagao da ordem social e se destina a atuar sobre os grupos e subgrupos que apresentam maior risco de protagonizarem algum problema criminal. A prevenciio tercidria se destina Unica e exclusivamente ao recluso, (populagéo), 0 condenado. A tercidria é a aplicaco de recluséo sobre o individuo criminoso. Nesse caso a “ressocializac&io” é voltada apenas para o infrator, no ambiente prisional. Gabarito: E. 04) (MPE-SC - 2012 - MPE-SC - Promotor de Justica) Julgue os itens, com base na Criminologia. S&o principios informadores do direito penal minimo: insignificancia, intervengo minima, proporcionalidade, individualizagao da pena e humanidade. Comentario: Principios informadores do direito penal minimo: ¥ Insignificdncia: somente os bens juridicos mais relevantes 6 que devem ser tutelados pelo Direito Penal; ¥ Interveng&o Minima: 0 Estado, por meio do Direito Penal, sé deve interferir na vida do individuo quando efetivamente necessério. v Fragmentariedade: pode ser entendido em dois sentidos: somente os bens juridicos mais relevantes merecem tutela penal; exclusivamente os ataques mais intoleréveis devem ser punidos com sangéo penal; ¥ Adequacéio Social: preconiza de idéia de que, apesar de uma conduta se subsumir ao tipo penal, é possivel deixar de considera-la tipica quando socialmente adequada, isto 6, quando estiver de acordo com a ordem social. Gabarito: E. 05) (2018 — PCSP - Inédita) Julgue os itens com base na Criminologia. © modelo ressocializador baseia-se na repressio por meio da punic&éo ao agente criminoso, como forma de mostrar a todos que o crime n&o compensa e que gera sangéo. Comentarios: Este é 0 modelo dissuasério que se baseia na represso por meio da punicéo ao agente ctiminoso, como forma de mostrar a todos que o crime nao compensa e que gera sangdo. Por esse modelo, aplica-se a pena somente aos imputaveis e semi- imputaveis, cabendo aos inimputaveis o tratamento psiquiatrico. Gabarito: E. 06) (VUNESP - 2014 - PCSP) Em um estado democratico de direito, o castigo do infrator néo esgota as expectativas que o fato delitivo desencadeia; dessa forma, podem-se apontar, como os objetivos cientificos mais satisfatérios e adequados na criminologia moderna, a ressocializagdo do delinquente, a (0) € a prevencgéo do crime. Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna. A) reparagéio dos danos a vitima B) informag&o ao cidadao C) ressarcimento ao Estado D) especializag3o profissional do delinquente E) formacio espiritual religiosa do delinquente Comentarios: A finalidade precipua do estudo criminolégico é a prevengdo do delito, entretanto, subsidiariamente, almeja a criminologia a ressocializagéo do delinquente e a reparac&o do dano a vitima. Gabarito: A. 07) (VUNESP - 2014 - PCSP) O conceito de prevencao delitiva, no Estado Democratico de Direito, e as medidas adotadas para alcanga-la sao: a) © conjunto de agées que visam evitar a ocorréncia do delito, atingindo direta e indiretamente o delito b) © conjunto de agées que visam estudar o delito, atingindo direta e indiretamente 0 criminoso c) © conjunto de agées adotadas pela vitima que visam evitar 0 delito, atingindo o delinquente direta e indiretamente d) © conjunto de acées que visam estudar o criminoso, atingindo o ato delitivo direta e indiretamente e) 0 conjunto de aces que visam estudar o crime, atingindo o criminoso direta e indiretamente Comentarios: Falamos que a prevengao do delito € a finalidade precipua da criminologia, como manobra de evitar a delinquéncia e 0 aumento da criminalidade. Assim, objetivando evitar que o crime ocorra, 0 estudo das modalidades de prevenc&o delitiva, da etiologia criminal, dos modelos de justica criminal e da vitimologia ganham espaco na ciéncia biopsicossocial. Gabarito: A. 08) (VUNESP - 2014 - PCSP) Entende(m)-se por prevencao primaria A) as ages policiais dirigidas aos individuos vulneraveis. B) as politicas publicas dirigidas aos grupos de risco. C) aquela dirigida exclusivamente ao preso, em busca de sua reinserséo familiar e/ou social. D) o trabalho de conscientizagao social, 0 qual atua no fenémeno criminal, em sua etiologia. E) aquela que age em momento posterior ao crime ou na iminéncia de seu acontecimento. Comentarios: Modalidades mais eficaz das formas de profilaxia (medidas preventivas), a prevencao priméria é caracterizada por intervencées sociais que buscam neutralizar © problema criminal em seu cerne, dotando os individuos de capacidade social para enfrentar o problema. Visa reduzir os fatores de risco e aumentar os fatores de protecdo para toda a populacao, fortalecendo setores basicos como a educacao, a satide e a habitacao. Gabarito: D. 09) (VUNESP - 2014 - PCSP) A atuacao das policias, do Ministério Ptiblico e da justica criminal, quando focada em determinados grupos ou setores da sociedade, por possuirem maior risco de praticar o crime ou de ser vitimados por este, constitui programa de prevencao A) secundaria. B) quaterndria, C) primaria. D) quinaria. E) tercidria. Comentarios: Diferindo da prevenc&o primaria que objetiva neutralizar o delito evitando que ele ocorra, a prevengéio secundaria é mais tardia em termos etiolégicos, atuando somente apés a ocorréncia do crime, vindo a atuar em setores particulares da sociedade denominados vulnerdveis por ostentar maior risco de protagonizar o crime, exigindo ferrenha atuago dos érgaos formais de controle social por parte do Estado. Gabarito: A. 10) (VUNESP - 2014 - PCSP) As melhoras da educacéo, do processo de socializacgéo, da habitac&o, do trabalho, do bem-estar social e da qualidade de vida das pessoas de uma determinada comunidade s&o os elementos essenciais de um programa de prevencao A) tercidria. B) quindria. C) secundaria. D) primaria. E) quaternaria. Comentarios: A prevengdo primaria do delito visa neutralizar o delito através de medidas profilaticas que atuem diretamente nas situagdes favoraveis ao crime fazendo dela o modelo mais eficaz de resposta ao crime, dotando 0 individuo de capacidade para superar eventual assédio do crime organizado ou ainda de aces voltadas a dificultar ‘© acesso do criminoso aos alvos (vitimas) para assim reduzir as oportunidades, pela promogéo do bem-estar e combate das formas de privacdo social e mediante a promocio de valores comuns e respeito aos direitos fundamentais. Gabarito: D. 11) (VUNESP - 2014 - PCSP) A prevencéo criminal, que consiste na conscientizagao social, atingindo o problema criminal em sua etiologi sendo operacionalizada a longo prazo, manifestando-se por meio de estratégias politicas, culturais e sociais, proporcionando qualidade de vida ao individuo, é chamada de prevencio A) priméria. B) quaternéria. C) secundaria. D) quintenéria. E) tercidria. Comentarios: Considere a modalidade mais eficaz de prevengdo delitiva, a prevenc&o priméria é aquela decorrente da conscientizacao social, a qual atinge o problema criminal em sua etiologia, isto é, em sua raiz e esséncia. Manifesta-se por meio de estratégias politicas, culturais e sociais, proporcionando qualidade de vida ao individuo. Gabarito: A.

You might also like