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Pe eect Coe fala dos tratamentos que ja estado disponiveis para os pacientes www.abcd.org.br ABCD em Revita da soca Basia de alte Ulerativae Boena de Cohn nr ERE : ae ee CoCo) Tela k eee Cree le (romeo) PY eee =e Os pacientes com Retocolite Ulcerativa c Doenga de Crohn sabem como ¢ importante valorizar as coisas simples da vida. Principalmente quando se trata da medicaeao certa, que proporciona 0 controle da diarréia, da dor e do desconforto gastrointestinal. Os Laboratorios Ferring com a sua destacada reputagéio no campo da gastroenterologia esté disponibilizando uma linha direta aos pacientes com Doengas Infiamatorias Intestinais para que possam dispor de infarmacées importantes para o seu tratamento. Afinal, 0 fabricante da Unica mesalazina de 500mg de liberagao prolongada e de suposit6rios de 1g, deseja que vocé continue, com a devida orientacdo do seu médico, a usufruir, conti- nuamente, das importantes coisas simples da vida. open ee 0800 772 4656 Ria L eerie Editorial Acontecimentos de alto nivel As flores esto voltando... £ a primavera que traz a beleza da vegetagao, contribuindo para levar mais ale- gria aos ambientes. A revista ABCD em Foco, por sua ‘vez, chega as stias maos carregada de matérias que, na sua grande maioria, devem alegrara suaalmacom tanta informacao. quero lembrar que em novembro teremos uma nova edigao, a quarta, do Simpésio Intemacional Multidis- ciplinar de Atualizacao em Doenca Inflamatoria Intesti- nal, no Hospital Israelita Albert Einstein, Neste ano, além do tradicional apoio do American College of Gastroen terology (ACG), contaremos também com outro apoio igualmente significativo, o da Federacao Brasileira de Gastroenterologia (FBG) que estars prestigiando o even- to com uma pontuacao oficial. Isto, sem falar nos nossos convidados. Teremos qua- tro professores de peso, reconhecidos assim pela co- munidade médica internacional: 0 Dr. William Sandborn, uma das maiores autoridades em Doencas Inflamatérias Intestinais do mundo, chefe do servigo de Dill da Clinica Mayo, nos EUA; 0 Dr. Miquel Gassull, de Badalona, na Espanha, presidente da Organizacao Européia de Crohn e Colite, a ECCO; e dois experts ar- gentinos nessa matéria, que s4o o Dr. Adrian Hadad a Dra, Alicia Sambuelli. Nosso simpésio ja faz parte Sumario Matéria de Capa _ Cura ou remissao dos sintomas? Engana-se quem pensa que esté curado 86 porque nao tem mais sintoma da doenga. As Dil no tém cura. 04 © amor 6 0 melhor remédio _ 08 a R _ Renovacdo ¢ fundamental 08 a 40 Vera tem Crohn, mas isso no a impediu de se tornar uma maratonista premiada ___12 do calendario de eventos de Gastroenterologia ¢ este, sem divida, sera o mais importante acontecimento ci- entifico ja realizado no pais, especificamente sobre DI Portanto, o profissional de satide interessado em par. ticipar, nio deve deixar de inscrever-se o quanto antes, pois as vagas sao limitadas. Preste atencao na entrevista do més feita com o Dr Sandbom, que responde a quest6es muito importantes e que sao de grande interesse para todos 0s noss0s leito- res, Como sempre, temos varias novidades, traduzidas em informagdes, edamos destaque, inclusive, parao lan- samento oficial do Humira (Adalimumabe) no Brasil, para tratamento da Doenca de Crohn, em evento que, além da programagio cientifica de alto nivel, contou com © show da cantora Daniela Mercury. Desejo a todos um lindo desabrochar de bons pen. samentos e que cada vez mais possamos ter a satide a0 nosso alcance. Para isto, devemos estar sempre unidos, Despeco-me como sempre com uma frase: Se conhecimento pode trazer problemas, nao é sen- do ignorante que poderemos solucioné-los. (Isaac Assimov) Boa leitura! Flavio Steinwurz De Olho No fleo O Brasil no cenario mundial de DI See Terapia endovenosa para Crohn 14 Visita a velhos conhecidos 15 O tratamento de Crohn em criancas na Europa 15 Artigo Nutrigao e Dil 7 Entrevista do Més, Para o Dr. William Sandborn, uma das maiores autoridades em Dil, a cura depende de investimentos em Pesquisas e sorte 20 Coluna do Gélon Indicadores de ai A Escheri idade das Dil 21 Coli e as Dil 21 ABCD em Festa a Nog Matéria de capa Cura ou remissao dos sintomas? Engana-se quem pensa que esta curado so porque nado tem mais sintoma da doenca. As Dil ainda nao tém cura [Bors ¢ is atti rele xberoseae nhum paciente imagina passar quando consulta um médico: ouvir que a sua doenca nao tem cura e que ele vai ter que conviver com alguns sinto- mas pelo resto da sua vida. f facil supor que, ime- diatamente, este paciente se faga varias perguntas: “Como assim? O que o médico quis dizer quando falou que vou conviver com sintomas pelo resto da vida? © que isso quer dizer? Com tantas modernidades cientificas, de remédios a equipa- mentos, os profissionais da satide ainda nao tém © tratamento certo para todos os diagndsticos?” claro que nenhum paciente, tenha a doenca que tiver, esta preparado para passar por isso. Até por- ‘que as pessoas costumam ter uma esperanga na- tural de que sempre poderio ter dias melhores na vida e nem o pior dos pessimistas fica aguardan- do pelos seus dias de inferno astral. Como pode alguém entao, conviver com sintomas de uma do- encae ao mesmo tempo usufruir de uma qualida- de de vida que se julga merecedor? E, ndo € nada facil e os leitores podem ter certeza disso. Reverter este quadro, no entanto, ¢ o paciente encontrar forcas para enfrentar qualquer coisa éom confianca e otimismo, pode ser possivel sim. Os pac- entes da doenga de Crohn ou de colite ulcerativa jé conhecem o discurso médico de que essas doencas inflamatGrias intestinais sa cronicas e que elas nao tem cura, “A hist6ria natural dessas doencas é caracte- rizada por periodos de atividade, nos quais 0 paciente se encontra sintomitico, e periodos em que a doenca entra em remissio, quando ha auséncia de sintomas”, explica a Dra. Maria de Lourdes de Abreu Pertari, mé- dica responsivel pela filial da ABCD de Belo Horizon- te e Professora de Gastroenterologia da UFMG, a Universidade Federal de Minas Gerais. “A fase de 1e- missio pode ser induzida pelo tratamento clinicocom medicamentos, como os corticoesterdides, sulfas- salazina, mesalazina, imunossupressores¢ terapia bio- Iogica (infliximabe, adalimumabe), bem como por procedimentos cinirgicos. Sendo assim, sio doengas ronicas trataveis e seja do ponto de vista clinico ou Ginirgico, a terapéutica das DIl tem como objetivos principais melhorar ou suprimir a atividade inflama t6ria, permitindo uma melhor qualidade de vida dos pacientes", acrescenta a médica jd estao curados ndo precisam mais tomar medi camentos’, diz o Dr. Flavio Quilici, professor titular de Gastroenterologia da PUC de Campinas e médi- co responsével pela filial da ABCD naquela cidade. “Os pacientes, no entanto, deveriam continuar com 6 tratamento de manutengao para manter a remi stio dos sintomas, Até ha casos de pacientes que fi- cam muitos anos sem apresentar nenhum sintoma © que ficam assim pelo resto da vida, mas, cientifi- camente, a cura nao existe e ha sempre o risco de o Paciente entrar numa crise de uma hora para ou- ta", acrescenta 0 médico que tem mais de 30 anos de experiéncia em doencas inflamatérias intestinais. Para fazer esta matéria, a revista procurou varios médicos investigando se € comum mesmo 0 pacien- te confundir cura da doenca com remissio dos sinto- mas e todos os profissionais, todos, confirmaram que isso € assim, de fato. Como reverter este quadro? Quando os pacientes vao entender que abandonan- do os seus tratamentos de manutencio eles podero comprometer muitissimo o seu futuro? Ou seja, que A dificuldade que os pacientes encontram até ter 2 sua doenca sob controle est justamente em ade- tir, de verdade, ao seu tratamento. Isso quer dizer, entre outras coisas, tomar remédio diariamente, fa- zeado tatamentos que podem levar um dia, um més, um ano ou até a vida toda. E o paciente nao pode simplesmente parar com os medicamentos s6 porque deixou de ter aquele sintoma que o estava incomodando numa eventual crise e passar a acre- ditar que, enfim, esta curado. Nao! Isso é 0 que nao pode acontecer. “Ja € uma rotina. Com uma fre. qiiencia muito grande os pacientes, quando melho- ram de uma crise e ficam sem sintomas, acham que eles poderdo, inesperadamente, apresentar uma pio- 1a do seu quadro que pode nao ter como ser reverti- do depois? Na opiniao do Dr. Carlos Brinetti Neto, coloproctologista do Hospital Santa Virginia, no Be- lém, em Sao Paulo, e que tem uma clinica de Dil e de doencas do Aparelho Digestivo no Itaim, o caminho € estabelecer uma patceria com os pacientes no trata- mento. “A chave é manter um 6timo relacionamento médico/paciente, porque esses pacientes precisam ser acompanhados 0 tempo todo. Sabendo que o médi- co nao pode Ihe oferecer a cura, nem a solucao, eles precisam querer vir as consultas para conversa, falar da vida, trocar informacées e esclarecer as suas diivi- das’, diz.o Dr, Brunetti que aconselha seus pacientes, tanto quem tem a doenga de Crohn, como quem é portador de colite ulcerativa, a passarem pelo con. sult6rio pelo menos uma vez por ano, inclusive para fazeralguns exames de laborat6rio ou de imagem que sejam necessérios para avaliar como esta a inflama- <0 no intestino e se nao ha sintomas extra-intest. nais que estejam afetando outros drgios. "Meus pa- cientes sabem que sou o assessor deles em Dil e que podemos ter uma parceria no tratamento”, diz. 0 médico. Esta relaco menos formal do que é o habitual com um médico pode ser realmente o caminho para resolver a ansiedade que, em geral, os pacientes de doencas crénicas tém e que, alias, € muito grande. Isso independe de classe social ou de nivel cultural “Para o paciente que tem um nivel cultural bom voce consegue explicar a doenga, deixando claro que ele nao deve abandonar o tratamento e que precisa vol- {ar as consultas. Ja com o paciente de nivel social muito bom vocé precisa ter alguns cuidados, pois ele Célia Roseli Duarte Red6, 49 anos, CSCC nec oey COST RU Scare te eu Pe Pua Cn ay COT eS mute Ce Ce eee COTM Ret Cee tees PoC Oe eons Cue es UGC ites Precisou fazer duas cirurgias, uma para cort pode entender que 0 médico esta querendo ganhar dinheiro quando diz para voltar ao consult6tio, re Petir exames, e que fazer isso talvez nao seja necessa io", chama.a atencao o Dr. Brunetti, A Dra. Maria de Lourdes, da ABCD de Belo Horizonte, concorda com omédico proctologista: “O nivel cultural tem impor- tancia no entendimento da doenga até porque paci entes mais cultos tém acesso a informagies que vio além das obtidas nos consultérios como, por exemn- plo, via internet, ou através de revistas especializadas, © que facilita a compreensio da doenca. No entanto, nem sempre aquele paciente que entende melhor a doenca é 0 que melhor vai aderir ao tratamento. Na minha opiniao, mais do que compreender, o pacien: te precisa aceitar a doenga e aprender a conviver com ela ¢ com algumas das limitacdes que ela vai Ihe im. Por, pelo menos em algum momento da sua’vida" conclui a Dra. Maria de Lourdes, AABCD em Foco conversou com alguns pacien tes para saber como eles lidam com a doenca. Leia as historias a seguir LOSERS marty Paula e ete tem 0 apoio da familia filho pete mitecraconey rec tt CL enn nine SR IC eC en ee Se RU CO Oe ed eee een ee eC CU ahd eee a eee ee ee SOLU LC Oa euch ca eae th enn ue LO OCS aR a ae ene el OU cE cer tio eee DCEO ak ne en tee er Posso precisar se surgi um imprevisto”, conta Célia que logo que chega nos lugares costuma se Se aE CU ata Se i eee et ee CSCO ea Te eee CUS u es cece Rees oa ke José Walmir de, os sintomas surgiram ha quatro anos, s6 que K. Queiroz, 41 SO Tou Geo Ree anos, ex- CO een eee Ont PCOS ek Ce Cay Cee CRC ace contra-baixista e hoje Cd eS anO) do Cnc grupo musical men ae eee Maate Quente ORCC Ru eel COOL COSCO cute ore CO CL Oi ttt ena cate a etd COO RUS i ten eee teeta} SRO nga age ee eee ieee) COSC i ibe eo eae od ete} CEE es Ailton Santiago Barreto, 58 anos, contador de uma empresa onde tra- balha ha 30 anos 4 a pa eer ee CRs Cee ae oc ee ee iad CSCO et ee Len a ene ete COS CU ae UCC eet aed Coe oe Wet Rtn one COO ne Cate ete and intestino causada pelo produto usado para contraste em um exame, Depois deste episédio, Ailton nunca mais teve problemas. “Quando CEC eRe Sn OU UCL enc eee eed ROO Co Ca aE CoE cre ae Cea eee ny DOO CE Lo ue ea ECs O amor éo melhor remédio Mw No final de agosto, foi realizado no Hospital Sao Lucas da PUC, de Porto Alegre, RS, o encontro do grupo de pacientes de doencas inflamatérias in- testinais da filial da ABCD naquela cidade. Na casio, a médica responsével pela filial, a gas- troenterologista, Dra. Marta Machado, explicou. ‘que so 0s novos medlicamentos biolégicos para tratamento da doenga de Crohn e o autor gati- cho, Fabricio Garpinejar, falou sobre 0 amor, como este sentimento toma as pessoas melho- res, inclusive fisicamente, e como é possivel viver em harmonia no nosso dia a dia. “O evento foi lum sucesso absoluto e 0 audit6rio estava lotado ‘com mais de 300 pacientes’, conta a Dra. Marta ‘que para esses eventos, tem 0 apoio do Hospital So Lucas e do Servigo de Gastroenterologia da PUG, do Rio Grande do Sul. Renovacao é fundamental Nos dias 9 e 10 de novembro deste ano, sera realizado, ‘em So Paulo, 0 IV Simpésio Intemacional Multidisciplinar de Atualizagao em Doenga Inflamatéria Intestinal no Audi- 6rio do Hospital Israelita Albert Einstein, que também é responsivel pela organizacao deste evento. Dirigido a médi cos, nutricionistas, profissionais da satide e estudantes, além dle outros profissionaisda satide, este simpésio tem 0 objetivo de apresentar e discutir temas relacionados as tltimas novi- dades de tratamento das doencas inflamatérias intestinais, sendo que serdo apresentados 0s medicamentos biolégicos ue j4 esto no mercado, assim como, as futuras terapias que ainda estdo em fase de estudos e devem proporcionar ‘uma melhor qualidade de vida aos pacientes. Eis af uma ex- celente oportunidade para os profissionais da satide ligados, em especial, a area de Gastroenterologia, renovarem 0s seus conhecimentos sobre essas novas terapias que esto sendo indicadas cada vez mais para os pacientes, Este Simposio, que acontece a cada dois anos no Hospital Israelita Albert Finstein, e que esté na sua quarta edigao, tem tambem o apoio do Colégio Americano de Gastroenterologia e da Fe- deraggo Brasileira de Gastroenterologia. 4° SIMPOSsioO PROMOVIDO PELA ABCD VAI SER O MAIS ted IMPORTANTE MULTIDISCIPLINAR ACONTECIMENTO DE ATUALIZAGAD EM CIENTIFICO SOBRE DOENGA INFLAMATORIA Dil JA INTESTINAL REALIZADO NO Pais. Nos DIAS 9 E10 DE NOVEMBRO FAGA SUA INSCRIGAD O QUANTO ANTES. tele oy SAUDE E ESTUDANTES AS VAGAS SAO LIMITADAS. Restabeleca a qualidade de vida controlando a atividade da doenga inflamatoria intestinal por longos periodos A Doenca de Crohn (DG) e a Retocolite Uleerativa (RCU) sao Doengas Inflamatérias Intestinais (Dil), caracterizadas por serem auto-imunes, de causas desconhecidas e apresentam inflamacdo no trato gastrointestinal. Diarréias constantes com presenca de sangue ou pus, perda de peso e febre sao alguns dos sintomas apresentados. A Doenga de Crohn acomete toda espessura da parede do trato gastrointestinal. Caracteriza-se pela presenga de fistulas internas ou externas, e estenoses (estreitamento da luz intestinal). A Retocolite Ulcerativa atinge a superficie da parede intestinal. Acomete ointestino grosso, principalmente sua porcdo terminal (reto). Tar.) 2 = BO) Aominidade, eu Nas ondas da Internet Troca de experiéncias e informacées no site da comunidade virtual da ABCD Ha pouco mais de trés anos, a ABCD fez uma parceria com 0 Gen- tro Latino-Americano e do Caribe de Informacao em Ciencias da Sait de Bireme (Biblioteca Regional de Medicina), e passou a ter uma fer- Wire ee eee een ere Cs Peo e Cee coy manifestacées na pele, COE ET EZ EES GD ees SEVER Czy} Breen Tae Pegs Ree nC) ramenta muito importante para di- vulgar informagdes sobre a doenca de Crohn e colite ulcerativa. Atra- vés do site http://cvdii.bireme.br, 08 pacientes dessas doencas infla- matorias intestinais, seus familiares e profissionais de satide de todas as especialidades po dem contar com um acervo de in formagées sério e confiavel sobre esses diagnésticos. Mais do que isso, todas as pessoas que acessam este site participam desta comuni dade virtual que oferece muitos atrativos, como salas de bate-papo, foruns de debates, enquetes, noti- cias mais recentes, arquivos com resultados de pesquisas, apresenta- Ges de simpésios, congressos e, en- fim, tudo o que se pode oferecer Wier eke Brenan eet is re 30.23% (13) 69.77% (30) Breer para atualizar os visitantes sobre as doencas inflamatérias intestinais. Até agora, foi registrado o acesso de 1.691 participantes e um dos atra- tivos mais assediados é 0 mural de recados, que atualmente retine 729 recados, numa média de dois por dia, com temas diversos como, por exemplo, 0 custo dos medicamen- tos e mensagens de ajuda e de in- centivo. Ha também muitos tipos de blogs, nos quais os participan- tes costumam disponibilizar suas emocoes e opinides, contando as experiéncias pelas quais passaram desde a descoberta da doenca até o tratamento final, incluindo conse- hos e incentivos aos usuarios. Apre- sentamos, a seguir, as dltimas enquetes mostradas no site: Vocé acha que quando Peer ORT Pere ered = Ha 94.74% (72) 5.26% (4) Mca RTC ACESSE 0 SITE. ALEM DE FICAR MAIS BEM INFORMADO, © VISITANTE ee Ree Retr eeet aon LLL Fi is da ABCD ‘ABCD Belo Horizonte Contato Natilia Diretora Regional Dra. Maria de Lourdes Rua dos Otonis, 909 - Sala 509 Belo Horizonte - MG - CEP 30150-270 B (31) 322.4601 abed belohorizonte@abed.org.br PARANA, ‘ABCD Curitiba Contato Telma Diretora Regional Dra. Hod Marussi Morsoleto Rua Candido Xavier, 575 - 2° andar Curitiba - PR - CEP 80240280 B (41) 3244.4430 abed curitiba@abed.org.br ABCD Maringa Contato Cristiane Diretora Regional Dra. Aline Oba Av. Nébrega, 562 ‘Maringé - PR - CEP 87013-330 ‘B (44) 3028.7395 abcd maringa@abed,orgbr RIO DE JANEIRO ‘ABCD Rio de Janeiro Contato Fabiana Diretora Regional Dra. Cyrla Zaltman Rua Uruguaiana, 10 - Sala 1008 Rio de Janeito - RJ - CEP 20050.090 B (21) 3852.8997 ~ abed tiodejaneiro@abed.orgbr RIO GRANDE DO SUL ‘ABCD Porto Alegre Contato Temis Diretora Regional Dra. Marta Brenner Machado Ay. Plinio Brasil Milano, 289 - Cj. 201 Porto Alegre - RS - CEP 90520-002 B (51) 333.2212 abed portoalegre@abed.org.br SANTA CATARINA ‘ABCD Blumenau Contato Terezinha e Gra Diretor Regional Dr. Juliano Ludvig, Rua Floriano Peixoto, 350 - Sala 804 Blumenau- SC - CEP 89010 500 + (47) 322.1840 abed blumenau@abed.org.br r Endereco completo dos escritérios regionais da ABCD 5 MINAS GERAIS ABCD Florianépolis, Contato Priscila Diretor Regional Dr. Luciano Saporiti Rodovia SC 401, Km 04, n° 3854 Florianopolis - SC - CEP 88032,005 ‘B (48) 3231.0324 abcd florianopolis@abed.org br SAO PAULO ‘ABCD Sao Paulo Contato Izabel e Célia Presidente Dr. Flavio Steinwurz Alameda Lorena, 1304 - Cj, 802 ‘Sao Paulo - SP - CEP 01424.001 B (11) 3064.2992 secretaria@abcd.orgbr ABCD Guarulhos ‘Contato Nadia Diretor Regional Dr Wilton Cardozo ‘Complexo Hospitalar Padre Bento de Guarulhos ‘Ax: Emilio Ribas, 1573 Guanulhos - SP - CEP 07051000 (1) 6441.4375, abed guarulhos@abed.org.br ABCD Santo André ‘Contato Margarete Diretor Regional Dz Wilson Catapani Faculdade de Medicina do ABC Anexo Il ‘Ay Principe de Gales, 821 Santo,André- SP - CEP 09060.650 2 (1) 4427-7461 abcd santoandre@abed org br S80 José dos Campos Contato Glaucilene Disetor Regional Dr. Paulo Bruno Av. Hineu de Moura, 995 ‘a0 José dos Campos - SP - CEP 1244-380 +B (12) 3924.4900 abcd sicampos@abcd.org.br ‘ABCD Campinas Contato Monica e Cilene Diretor Regional Dr. Flavio Quilici UNIGASTRO - Unidade Imtegrada de Gasttoenterologia de Campinas Rua 14 Bis, n° 71 - Bairro Castelo Campinas - SP - CEP 13070-040 B (19) 3241.8866 abed.campinas@abed.org.br Herdis locais a Vencendo i 4 v1da Vera tem Crohn, mas isso nao a impediu de se tornar uma maratonista premiada A historia de Vera Mari Zugaib de Queiroz, de 51 anos, que € maratonista na categoria de 50a 55 anos, ja foi registrada, al- gum tempo atras, pela ABCD em Foco. Depois que criamos a pa- gina dedicada aos Herdis Locais, Porém, na qual é mostrada a his- toria de pacientes de Crohn ou de colite ulcerativa que, como a revista faz questa de registrar, tém mais o que contar, além de falar de sintomas e medicamen- tos, quisemos voltar a contar a hist6ria desta mulher que s6 des- cobriu que tem a doenca de Crohn ha trés anos. Isso, no entanto, nao a impediu de fazer o que Ihe dé mais prazer: continuar competindo em provas de longa dis- tancia, no Brasil e no exterior, como maratonista e ob- ter 6timos resultados. N6s vamos deixar um pouco de lado o capitulo da familia que vai “muito bem obriga- do” e de quem ela tem total apoio. Vera é muito bem- casada, mae de dois jovens universitrios, Alexandre, de 21 anos, e Helena, de 20 anos, ¢ trabalha diaria- mente na empresa de software da familia. Mesmo que ndo estejam presentes nas corridas, eles costumam incentivé-la bastante e o esporte ja faz parte do gosto familiar. Na segunda quinzena de janeiro deste ano, 0 casal e os dois filhos foram para a Nova Zelandia e l4 fizeram um percurso diferente: uma bike trip, ou seja, uma viagem em que os participantes conhecem os lu- gares dirigindo uma bicicleta e um carro, tipo van, se encarrega de acompanhar o grupo transportando a sua bagagem. “Foi uma viagem de lazer para toda a fami lia e fazfamos de 50 a 60 km por dia pedalando”, con- ta Vera que, recentemente, fez exames para avaliar 0 Crohn e confirmou que esta étima. Apesar de ter participado em 2007 de algumas pro- vas, ela nao esteve em pleno condicionamento fisico, devido, ainda, & crise da doenca que teve em outubro de 2006 e ela também tem a seqiiela de uma lesio so- frida em 2005 que diminuiu a sua forca muscular nas 4, Pemmas. Mesmo assim, ela participou da Comtida de Sa0 eo 12 Vera Zugai a maratonista fez este ano a sua 4° maratona de Paris Silvestre, em Sao Paulo no tlti- mo dia de 2006, e da maratona de Paris no dia 15 de abril de 2007. "Foi a quarta vez que par- ticipei desta prova que tem 42 km. Fiz o meu pior tempo por- que, além da falta de condicio- namento, o clima me penalizou com a temperatura alta e eu “quebrei” muito durante o per- curso”, conta Vera usando um termo que os atletas adotam quando querem falar que fica- ram sem energia. Mas, como ela costuma dizer, s6 nao tem des- ses acidentes de percurso quem nao faz nada. Por isso, ela nao desanimou. No dia 22 de julho ela foi a pri: meira colocada na prova de 25 km realizada em $40 Paulo em comemoracao aos 25 anos da Corpore, a As- sociagao dos Corredores de Rua que a elegeu a atleta do ano em 2006. No comeco de agosto, porém, Vera manifestou uma tendinite no ghiteo e precisou de ses- sbes de fisioterapia para se recuperar. Isso quer dizer que ela passou algum tempo longe das sessoes de musculacao e corrida, que costumam ser feitas na USP ou no Parque do Ibirapuera, e s6 no inicio de setem- bro ela retomou a sua rotina de treinamentos. “Eu pre- iso me recuperar para estar bem em abril de 2008 por- que quero, nesta data, participar de alguma maratona na primavera européia que é quando as melhores pto- vvas acontecem. $6 corti a prova de Paris porque eu que- ria provar para mim mesma que eu podia fazer provas de longa distancia e pude constatar, inclusive, que 0 que se refere 4 minha alimentacao est4 muito bem", diz, "Da doenga de Crohn eu até esqueco que tenho, porque eu estou 6tima e nao tenho sintoma nenhum'", diz Vera que toma diariamente quatro comprimidos de 800mg de Mesacol. "Agora quero voltar 4s marato- nas sem nenhum problema e com pleno condiciona- mento fisico’, diz otimista Nota da reda o leitor quis ma historia com outros leitores, escreva para a revista, La Serenissima.: A qualidade que vocé pode dar para sua familia. O unico Leite em P6 Cor mr eom cel mel) lactose. SIC.: 0800-014 4950 ‘wwwlaserenissima.com.br O Brasil no cendrio mundial de DII £ com uma boa dose de orgulho que os médicos brasileiros gostam de dizer que o Brasil tem varios cen- tros de pesquisa capazes de executar a investigacéo de protocolos de novas drogas para as doengas inflama- t6rias intestinais que sio, internacionalmente, muito respeitados. O que isto significa? “Ha mais de 10 anos, sendo que em outras areas isto acontece a mais tempo ainda, 0 desenvolvimento de grupos altamente espe- Gializados e de excelentes comités de ética em pesquisa em seres humanos permitiu criar no pais um bom grau de confianca, tanto por parte dos pacientes como por parte das indtistrias farmacéuticas que desenvolvem e patrocinam as pesquisas de novas moléculas’, conta a Dra. Heda Amarante, gastroenterologista, que € diretora clinica do Hospital de Clinicas da Universidade Fede- ral do Parana e médica gastroenterologista do Hospi- tal Nossa Senhora das Gracas, também naquela cida- de. Na pritica, isto quer dizer que os grupos brasileiros de pesquisa tém participado de estudos com derivados 5-ASA (mesalazinas), corticoides, biolégicos (como Infliximabe, e Adalimuabe), além de outras molécu- las com ages variadas para Crohn e Retocolite Ulcerativa. Participar de protocolos de novas drogas significa que um paciente recebe tratamento clinico com medicamentos ainda ndo aprovados e que esto em fases diversas de avaliagdo para esclarecer a sua efi- cacia, qual € a melhor dosagem e quais sao os efeitos colaterais. “Esses tratamentos constituem uma alterna- tiva para pacientes refratérios aos tratamentos conven- cionais ¢ so fundamentais para o desenvolvimento de novos remédios eficazes e seguros. Os estudos sio geralmente intemnacionais, bem planejados, multi- céniricos, ou seja, s0 feitos concomitantemente em centros de virios pafses €s30 controlados do ponto de vista ético pelos comités de ética médica do hospital onde eles so realizados € pela CONEP, o Conselho Nacional de Etica em Pesquisa”. diz a Dra. Heda. Vale esclarecer que a participagao de pacientes nesses estu- dos ¢ voluntéria e s6 condicionada 4 assinatura de ‘um termo de consentimento do paciente apés ele rece- ber todas as explicagdes para entendimento dos riscos e beneficios da sua participacao. Para compleiar este rocesso, o paciente assume algumas obrigacoes como tomar corretamente 2 medicacao fornecida e compa- recer a todas as visitas de avaliagdo. No decorrer do ‘tratamento, no entanto, o paciente pode mudar de idéia, retirar o seu consentimento e sair do estudo. Os voluntérios que quiserem tentar essas novas drogas devem orientar-se com seus respectivos médicos para © encaminhamento a algum centro de pesquisa, Terapia endovenosa para Crohn © Departamento de Gastroenterologia do Lenox Hill Hospital, em Nova Iorque, realizou um estudo em paci- entes graves com a Doenga de Crohn que necessitaram de intemagao e medicacao por via endovenosa. Os paci- entes foram divididos em dois grupos: enquanto um de- les era tratado com corticéide por via endovenosa, 0 ou: tro grupo recebeu Infliximabe (Remicade). Na hora de fazera avaliagao final, no entanto, os médicos registraram que ospacientes que tomaram Remicade tiveram um tem- po de internacéo menor e, ainda, a possibilidade de o paciente partir para uma alternativa terapéutica mais ra- pidamente se o medicamento nao tiver resposta. Entre os médicos que encabecaram este estudo, fez parte o Dr. Burton Korelitz, diretor de pesquisa clinica do Setor de Gasteroenterologia do Departamento de Medicina do Hoxpital Lenox Hill e s6cio benemérito da ABCD. a Provavelmente, a grande maioria das pessoas ima- gina que o trabalho dos pesquisadores dos laboratéri- 0s farmacéuticos acaba logo apés o langamento no mercado de novos medicamentos, certo? Falsa suposi- Go. Mesmo depois que chegam mercado, esses medi- camentos continuam tendo a sua eficacia analisada, No caso das doencas inflamatorias intestinais esta reavaliagio esta permitindo se descobrir acées diferen- tes para medicamentos que j se conhecia ha um tempao. E que depois do lancamento do Infliximabe (0 Remicade), 0 anti-INF biolégico lancado em 1998, e de verificada a sua eficiéncia na cicatrizacao comple- ta das lesdes da mucosa intestinal dos pacientes de ‘Crohn, os objetivos de tratamento foram reformulados e agora, os médicos esto priorizando medicamentos que, além de aliviar os sintomas da doenca, permitem também cicatrizacées. ‘Se ocorrer cicatrizacao, as com- plicagdes da doenca poderao ser evitadas, reduzindo- se a necessidade das cirurgias e hospitalizacoes", diz a O tratamento de Crohn em criangas na Europa Recentemente, a European Medicines Agency, 2 EMEA, a agéncia que regula os medicamentos na Eu- Fopa, aprovou o Remicade (Infliximabe) como uma nova op¢io para o tratamento de crianeas que tém a doenca de Crohn. Para isso acontecer, a EMEA se ba- seou num estudo que avaliou 112 criancas com este diagnéstico, de moderado a grave. Todas clas tomavam imunossupressores ou corticsides, mas ndo apresenta- ‘vam resposta adequada 20 tratamento. Os resultados comparativos mostraram que as criancas alcancaram boa resposta clinica nas primeiras semanas de uso do Remicade como tratamento de 2* linha: cerca de 75% delas recuperaram resposta clinica apés a utilizagao de Remicade, assim como, apds a 10* semana de trata- mento, 88,4% dos pacientes apresentaram melhora € 58,9% obtiveram remissdo dos sintomas de dor. Apro- vado no Brasil para uso pediatrico hé quase dois anos, © Remicade ja tem melhorado o estado geral e a quali- dade de vida de muitos pacientes mirins. Desde 2004, Visita a velhos conhecidos Dra. Cyrla Zaltman, professora adjunta de Gastroenterologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e uma das médicas responséveis pelo ambula- torio de DII do Hospital Universitario HUCFF-UER) “Por este motivo, novos estudos tém sido necessé- rios para reavaliarmos as drogas, habitualmente em- pregadas no tratamento, que nao tém capacidade de cicatrizar as les6es na doenga de Crohn”, completa a médica que também é responsavel pela regional da ABCD naquela cidade. Dois medicamentos que alguns anos atras foram sensagio no tratamento da doenca de Crohn passaram por este processo de reavaliacio: 08 aminossalicilatos Mesalazina e Sulfassalazina que controlam 0 processo inflamatério, mas nao se tem evidéncia cientifica que comprove a sua eficicia na ci- cattizagao da mucosa. Por outro lado, esses medica- ‘mentos se mostraram muito eficazes na agao de pre- vengdo do cincer de célon na retocolite ulcerativa ou na doenga de Crohn no intestino grosso. os pacientes do ambulatério de doenca inflamatéria intes- tinal da Disciplina de Gastroenterologia Pediatrica da Universidade Federal de Sao Paulo - Escola Paulista de Medicina, UNIFESP, recebem esta medicacdo gratuitamen- te. "Hoje, 33 pacientes pediatricos recebem infliximabe, dos quais 33% sa0 qriangas com até 10 anos de idade e 67% sao adoles- centes entre 10 anos e 20 anos incompletos”, diz a Dra. Vera Sdepanian, Professora Adjunta da Disciplina de Gastroenterologia Pediatrica da UNIFESP. “Com rela- (Go ao diagnéstico, 70% desses pacientes apresentam a doenga de Crohn e 30% tém colite ulcerativa’, expli- caa médica que ainda informa que a crianga que rece- beu, naquele ambulatério, a primeira infusio do Remicade com menos idade, tinha 1 ano e 8 meses. Existe um caminho importante para o tratamento da Doenga Inflamatoria Intestinal: informagao. esse O site www.dii.com.br. Entre. Vocé nao esté sozinho. "ores abdominals, clase dara, 3s veres acompanhadas de sang, podem se sinfomas da Dl -Doenga lla nal, oenga de Crohn e Retzclte Ucerata si 35 mais conkecfas,o ams tém a mesa caus: inlamacéo no rerestinono ed toda a paede do intestine Se voce & uma das mihares de pessoas que apresentam os sinfomas, no porta feqlnca, entre no site we.ci.com br informe-se. Como atamento médco e oacompanhameniaadequado ossvel manera Dl so controle, minimizer seus impecoseeescobrir um nov caminho para uma vida normal GEagSOWOTIOHS AA am Lt, weno pape us Ese Baren 7 EP OY, Se Pe a omaios or es Se rant vam smenom cenameae moana mcrae Nutricgado Nutricao e DII Por Maria Izabel Lamounier de Vasconcelos* Nao hé evidéncias de que fatores dietéticos causem ou contribuam para as Doencas Inflamatorias Intesti nais (DIl) Uma vez que essas doencas tenham se manifestado, a atengao quanto a dieta pode reduzir os sintomas e pro- mover a recuperagao. A proposta deste artigo é fornecer um guia alimentar geral para pessoas com Doenca de Crohn ou Colite Ulcerativa e seus familiares. Estas in- formacées sao baseadas em resultados de estudos, o que mostra que com a continuidade de novos estudos e pes- quisas, nés aprenderemos cada vez mais sobre a relacio entre nutrigio e as doengas inflamatérias intestinais. ‘Uma dieta adequada deve conter uma boa variedade de alimentos pertencentes a todos os grupos alimentares. Carne, peixe, aves, ‘vos e produtos lacteos, quando tole- rados, sao fontes de proteina, perten- centes ao grupo dos alimentos constru- tores; paes, cereais, amido, frutas e ve- gelais sdo fontes de carboidratos e mar- garina, manteiga, Gleos sao fonte de gorduras ¢ estes dois grupos sao conhe- cidos como energéticos e reguladores. Quando o intestino delgado esta in- flamado, como freqtientemente acon- tece com a Doenca de Crohn, 0 intesti- no torna-se menos capaz de digerir e absorver os nutrientes alimentares in- tegralmente. Tais nutrientes podem passar para 0 intestino grosso alteran- doa proporcao, dependendo de quao extenso e severo 0 intestino delgado se apresenta. Esta € uma das razOes por- ‘que pessoas com a Doenca de Crohn tornam-se desnu- tridas, acrescido do fato de elas ndo apresentarem mui- to apetite. Além disso, 0 processo digestivo incompleto movimentando-se através do intestino grosso, interfere com a conservagio da gua, mesmo se 0 intestino gros- so no estiver afetado pela doenca. Portanto, a Doenca de Crohn afetando 0 intestino delgado pode causar di- arréia como também desnuttigio. Se o intestino grosso estiver inflamado também, a diarréia sera provavelmen te pior. Na Colite Ulcerativa somente o intestino grosso est inflamado ¢ 0 intestino delgado trabalha normalmen- te. Devido a inflamacao do célon, a 4gua nao ¢ reciclada adequadamente, assim sendo a diarréia pode ser severa, variedadede alimentos es aout a todos Chelate Eun teem A pergunta que sempre € feita para os nutricionistas € se existe a necessidade de suplementagao de vitami- nas. © que podemos dizer sobre algumas vitaminas 6 0 seguinte: A vitamina B,, € absorvida no ileo eas pessoas que nao conseguem absorvé-la adequadamente da die- ta, podem requerer injecdes de vitamina B,,. Se os indi- vyiduos sio submetidos a uma dieta com baixo teor de fibras eles podem estar recebendo uma suplementacao inadequada de certas vitaminas freqiientemente encon- ‘radas nas frutas, tais como a vitamina C. Com o estado cronico das DIl, € conveniente para muitas pessoas a Ingestao de preparados multivitaminicos regularmente. Em pacientes com ma digestio ou que foram submeti- dos cirurgia intestinal, outras vitaminas, particularmen- te a vitamina D, podem ser mais necessarias. A suplementacéo da vitamina D deve ser feita somente sob orientagaio médica. No que diz respeito aos minerais, na maioria dos pa- Gentes com DII nao hé perda de minerais. Entretanto, em pacientes com doenga extensa no Intestino delgado ou aqueles que ti- veram boa parte do seu intestino re- movido cinurgicamente, o calcio, ofos- foro eo magnésio podem ser necessé- rios & suplementagio. A terapia com ferro € importante nos casos de correcao da anemia, O suplemento de ferro por via oral deixa as fezes pretas, ‘© que pode muitas vezes. simular 0 sangramento intestinal. (Os suplementos em pé ou liquidos, a base de calorias ou proteinas, deve ser utilizados quando houve uma per- dade peso significativa, principalmente ‘num curto perfodo de tempo. Estes su- plementos energéticos também sao en- Tiguecidos de vitaminas e minerais. O produto mais indicado sera determina- do pelo médico e nutricionista, como também 0 mais adequado no momento, Ha uma infini- dade de produtos no mercado que pode ser utilizada para este fim. Ene as alternativas no tratamento de manutengio dos pacientes portadores de doenca inflamatoria, desta- ‘camse as recentes tentativas com 0 éleo de peixe. Este produto natural que contém o acido graxo w-3 (acido eicosapentaendico - EPA ¢ Acido docosahexaendico), € praticamente isento de efeitos colaterais e possui antiinflamat6rios que podem ser usados em pacientes por- tadores de DII, inclusive naqueles com Colite Ulcerativa. Aagao do dleo de peixe no processo inflamat6rio deve- se A sua propriedade de competicao com 0 acido aracd6nico. © EPA tem menos atividade pré-inflamatéria, REGRAS BASICAS PARA UMA ALIMENTAG . Coma devagar; . Mastigue bem os alimentos; . Nao faca refeicdes lendo, vendo TV ou em ambientes desarmér |. Faca refeigées com pequenos volumes; 5. Coma de 4 a5 vezes por di Evite frituras e alimentos muito gordurosos; . Evite excesso de sal - tire o saleiro da mesa; . Comer menos calorias nao significa comer menos comida; |. Use sua criatividade para variar e modificar os cardapios; 0. Evite 0 alto consumo de refeicées "FAST FOOD” e industrializados: 41. Tome no minimo 2 litros de liquidos ao dia (4gua, cha e sucos), dep 2. Faca exercicios fisicos diariamente, sem exageros (40 minutos diarias) na e va aumentando 10 minutos por semana; 13.E por dltimo, mas nao menos importante, coma para viver e nao vival ee nan a ae eae SS ss = rN ee ee Se eee ue (co Oleos vegetais (oliva, soja, algodao), germe de trigo vos, nozes, améndoas, castanha. Pein cee ack ee igado, carne, ovos, queijos, leguminosas secas, cere vegetais verdes e folhosos, lévedo de cerveja. Leite e derivados, viscera, lévedo de cerveja, figado Re concer as ‘a Lévedo de cerveja, figado, carnes, aves, peixes, leite. (Sti ee ea ee Figado, leite e derivados, canes € ovos. Pee Cd imao, laranja, goiaba, abacaxi, Kiwi, acerola CT ae a ee Sa iad Calcio Peo es ee ee Fosforo Cie ck ee ee re Sal de cozinha, alimentos do mar, leite, ovo oe ee ee id Figado, carnes, graos integrals, vege rr Pee Imosec cloridrate de toperamida Eficaz para o tratamento dos sintomas da diarréia aguda inespecifica e sem cardter infeccioso,'? i) como dose Caixa. com 12 comprmidos, ‘no ultrapassando 8 (16mg) 1 blister com 12 comprimidos cada. ‘comprimidos nas 24 horas. Calxa com 200 comprimidos, ‘50 blisters com 4 comprimides cada. é i ! JANSSEN-CILAG Entrevista A cura depende de investimentos em pesquisas e sorte O Dr. William Sandborn, da clinica Mayo de Rochester, nos EUA, indubitavelmente uma das eC sm) Le) PUTCO EC OL mse Ey) sua experiéncia em pesquisa de Peele rm) ‘Nesta fase de lancamento de medicamentos novos para © tratamento das doencas inflamatérias intestinais, como © biolégicos, a ABCD em Foco conversou com um dos ‘médicos/pesquisadores que tem tido uma significativa par- ticipacio nessas experimentagbes clinicas para o desenvol- ‘vimento de medicamentos novos para as DIL. Na verdade, ‘trabalhar em pesquisas sempre foi a rea de interesse do Dr, William Sandbom, gastroenterologista que faz. parte do corpo clinico da Clinica Mayo, uma das mais sérias ¢ respeitadas do cenério mundial, que trabalha na unidade de Minnesota, nos Estados Unidos. E mais especificamen. te 0 campo das doengas inflamatérias intestinais esteve presente no foco das suas atengOes quando trabalhou com experimentagSes clinicas de medicamentos novos, como da azatioprina, 6 mercaptopurina, ciclosporina, metho ‘trexate c infliximabe. Ou também, quando esteve as voltas com a classificacéo e diagnéstico para 0 tratamento de bolsite, em quadros de colite ulcerativa. Depois de voltat de suas merecidas férias, e antes que entrasse na sua acele- rada rotina, induindo a sua participagio em congressos no mundo todo, como do préximo simpésio da ABCD, em novembro, no Hospital Albert Einstein em Sio Paulo, Dr. Sandborn, que quando tem um tempo livre gosta de comrer, de andar de bicicleta e de tomar vinho, respondeu as seguintes questoes: No Brasil, acaba de ser aprovado o Adalimumabe, ou Humita, para 0 tratamento da doenga de Crohn. O Sr. usa freqiientemente Infliximabe (Remicade) e Adali- mumabe nos seus pacientes? Pode nos contar sobre como é a sta experiéncia com esses medicamentos? tf 'Nés usamos o Infliximabedesdeoutubro de 1998 para a doenca de Crohn e AdaliimtimaBeem testes cinicos com pacientes de Crohn desde 2000 € tx clinica desde 2002. Nés ainda damos prioridade & texapie Ge step-up, deixan- do 08 anti-TNF para casos de pacientes Gue no respon- deram aos tratamentos comvensiomais de Grohn, com imunossupressores como a Azatiopsins ©© GMercapto- purina, Nés acreditamos que a erapesicoe os anti-TNF é mais proveitosa neste quadro, Emibees iaaja alguns riscos com esses medicaments, também lid sScos se a doenca de Crohn nao ficar controlada ©(pass Os pacientes os be- neficios aparece mais do que es iscos. Nés temos pac- entes que estéo sendo tratados Gomtinuadamente com anti-INF desde 1998, O que o St. acha dos medicaments Biologicos? Eles sio 0 tratamento do funune das doencas inflamatorias intestinais ou os pacientes podem amuardar por algum medicamento novo ainda melhor @ue os Biologicos? Além de Infliximabe e Adalimumabe nds estamos aguardando o Natalizumabee@ Gemblizamabe Pego! que estardo chegando nos prGKiROS ERESES € muitos outros medicamentos no futuro, Qe §@ estS0 sendo estudados. Eu acredito que os paciemtes Gevem usar medicamentos que ja estio dispontvets se eles meaimente precisam deles Com o conhecimento de etsinos medicamentos teremos ‘mais disponibilidade mos pesaimos anos. (© que os pacientes de doencas inflamatrias intesti- nais realmente podem esperar na proxima década para ‘ratamento? O Sr. concorda com aqueles médicos que acham que a cura das Dil ainda esta longe? Acredito que podemos esperar, cam certeza, por novas terapias para a proxima década. Se vamos encontrar ou nao a cura depende igualmente de investimentos em pes- quisas e também de sorte. Os investimentos em pesquisas estao sendo feitos, mas nés ainda precisaremos de sorte para obter a cura. Dr. William Sandborn Coluna do colon O ambulatério de doengas intestinais da Cli- nica de Gastroenterologia do Departamento de Medicina da Santa Casa de Misericordia de $30 Paulo esta realizando um estudo, cujo objetivo é avaliar a excrecao fecal de determinadas substan- cias em pacientes portadores de Doenca inflama- t6ria intestinal (DIl). Varios trabalhos tém descri- to estas substancias fecais, que sao testes nio invasivos, como marcadores potentes da inflama- s4o da mucosa intestinal. Algumas proteinas que sdo encontradas nas fezes desses pacientes, deri- vadas de granulos de neutréfilos, lactoferrina, calprotectina, entre outras, sio biomarcadores, ou seja, indicadores de que a doenca esta em atividade. “Determinar o grau de atividade infla- A Escherichia Indicadores de atividade das DII matoria é de grande importancia para monitorar a evolucdo clinica do paciente e ajustar a sua tera- pia’, explica a Dra. Andréa Vieira, médica assis- tente da Clinica de Gastroenterologia da Santa Casa, Esses marcadores podem ser titeis tanto para detectara inflamacao e diferencia-la de outras do- engas, como também para predizer uma nova cri- se em até um ano, “Autores tém demonstrado que 08 indices de lactoferrina e calprotectina sio sig- nificativamente maiores em amostras fecais de Pacientes com a doenea ativa quando compara- dos com a doenga inativa. Neste estudo os resuil tados da excre¢ao destes biomarcadores serio correlacionados aos exames laboratoriais, avalia- 40 endoscpica e histolégica”, explica a médica. Coli e as DII A escherichia coli, uma bactéria que € muito comum no habitat intestinal, foi tema de matéria na edicao de maio do jomal Gut. Um estudo de médicos canadenses da Universidade de Manitoba, em Winnipeg, mostrou uma conexio entre esta bactéria e as doencas inflamat6rias intestinais. “Ha muito que se sugere que as bactérias da flora in- testinal usual agem como estimulos antigénicos nnas reagOes attto-imunes voltadas contra a mucosa © a parede intestinais de pacientes portadores da doenca de Crohn e da colite ulcerativa. Nestes in- dividuos haveria esta predisposi¢ao para uma reacdo imunolégica exagerada e equivocada. A bac- téria Escherichia coli poderia participar desta estimulagao antigénica através de suas proteases autotransportaveis, ou seja, através de enzimas méveis”, explica 0 Dr. Mario Geller, Membro Ti- tular da Academia de Medicina do Rio de Janeiro € Consultor em Imunologia Clinica e Alergia da ABCD. Neste estudo da Universidade do Canada, 08 pesquisadores examinaram bidpsias de 13 pa- cientes com a doenca de Crohn, 19 pacientes com colite ulcerativa e 15 individuos-controles. Foi ve- rificado que, estatisticamente, havia uma maior co- lonizacao intestinal pela Escherichia coli nos pa- cientes com doengas inflamatérias intestinais e que as proteases auitotransportaveis e os fatores de ade- réncia desta bactéria poderiam contribuir para a degradacao das jungdes celulares intestinais nes- tes pacientes, ou seja, causar dano a integridade das células intestinais favorecendo entdo, a insta- lagéo das doengas inflamatérias intestinais. “O grande enigma continua sendo o porqué desta agressao auto-imune intestinal. Além de poder haver uma nova estratégia terapéutica a partir des- tes achados cientificos, os estudos da interacao ge- nética-meio ambiente darao nova luz esclarecedora em um futuro préximo”, acrescenta o médico. 2 exif A Apsen apresenta uma nova alternativa em eficdcia no tratamento das doencas inflamatorias intestinais. @ Dé as indas ao extrato seco ‘eadica Eficcia antiinflamatéria nas Dils.":29 Tolerabilidade comprovada.") Melhor custo/beneficio em relagtio r @ mesalazina.” Védica. Tratamento e paciente em boa companhia. 123) Uma nova alternativa eficaz e segura, cachet & Os ABCD em festa Ieee 24 IV Simpésio INTERNACIONAL MULTIDISCIPLINAR DE ATUALIZACAO EM DOENCA INFLAMATORIA INTESTINAL Iedem ora oianisntonenseoo eset w eas ar 9 de novembro sexta-feira Meduto Nutricao Complicagoes 10 de novembro sabado ALBERT EINSTEIN Facilidades para vocé ‘A ABCD fechou convénios com laberatér descontos aos associados na realizacao de exames clinicos e de diagnésticos por imagens - 50 é preciso apresentar a cartelrinha de sécio. Os percentuais de desconto variam de laboratério para laboratério. LABORATORIOS Belo Horizonte (MG) oratorio Humberto Abrio = (31) 21045700 ‘ao Paulo Patologia Clinica (31) 32247112 aborat6rio Dr. Geraldo Lustosa Ltda Anise clinica, anatonia patolgicae citlog 1 (31) 2104.1234 © 3241.5284 © 3293,9367 Blumenau (SC) Ecamax - Centro de Diagnéstico por Imagem RX, ultra-sonografa, resiondncia e tomografia (47) 3331.4844 ‘Campinas (SP) Laboratério Confiance Medicina Diagnéti Analses clincas, anatomia atolégica e ultra-sonografia wm (19) 32553393 Cuiaba (wT) Laboratério Carlos Chagas ‘& (65) 3901.4700 Curitiba (PR) Laborat6rio Curitiba Santa Casa Andlises clinicas ¢ anatomia patologica 1 (41) 3322.0066 Laborat6rio Frischmann & Aisengart (41) 3340.8282 Florianépolis (Sc) Imagem Centro de Diagndstico Médico Lida, Resionéncia, tomagrafia, ultra-sonografia e angiografia. se (a8) 3229.77 Laboratério Mi Anilss clinicas '0800.480002 Instituto de Medicina do Sistema Digestivo ha de Santa Catarina Video endoscoia digesta alta, video colonoscopiae retssigmdescopia flesivel se (48) 3224.8808 Guarulhos (SP) Gastroclinica Guarulhos Colonoscopia, etosigmoidascopia oe endoscopia ‘m (11) 64404592 Maceié (AL) Laborat6rio Sabin de Patologia Clinica de Alagoas §/S Lida Analises ctuicas ‘= (82) 212.9000, Porto Alegre (RS) Laboratorio Metanalysis sm (51) 33281099, Rio de Janeiro (RJ) uerreiro Cirurgia, Proctologia e Video Laparoscopia Video colonoscopia jen 26 1s renomades, que oferecem ‘a (21) 2257.2165 + 25489: (21) Gastro Centro Carioca Endoscopia ata ebaixa, pr ‘w (21) 2242.163; Labomério Lamin (21) 2536.3939 Laboratério Riche (21) 3325.2008 « 25: Salvador (BA) Laboratério Dirceu Andes cinicas (71) 351.216 Séo Paulo (SP) Bio Sana’s Cen Tratamento A\ Servis para os associad crigias, foal ees aougades roenterologia Lida Consulta gaste-procta endescoia,colonoscopia « retossigmoidos (11) 55718921 CDB- Cenu = (11) 5908, Centro de Di sticos Bras © Terapeutica Endoscopica SAEs Cipsula endoscpica, endoscopia e colonoscopia 7.1009 # 3288.8049 Dr Alberto Figier Centro Médico Carez Andlises cinicas &ulta-sonagrafia (11) 38328912. Lapa @ (11) 362.8765 - Vila Jaguara Clinica de pia Portenoy Colonoscopia e endescopia (11) 38269086 « 38269800 (Clinica Schmillevcd (11) 38259655 CURA Diagnstce por imagem, ulia sonegrafia, ressondncia, RX e tomografia 6.4707 Fo de Analises Clinicas 5/¢ Anlises (11) 5080.2 Instituto de c Prof* Dra, Angel Cotonoscopia se (11) 38871757 5080.2078 Aparelho Digestivo Habr Gama Andlises cincase todos es tipos de exames ‘@ (11) 31790822 Labor Anatomia patoldgica ‘B (11) 38268461 Tut eed etc} Dera en ay Cres Militello Centr de Diagndsticos sisa Clinica Lada Anise cinicas ‘@ (11) 5056.0100 + Ramal 138, Prof. Dr. Amaldo Ganc Endoscopia ‘= (11) 3887.5400 Prof. Dr. Paulo Roberto Arruda Alves Colonescopia (11) 3079.0621 outros Acaclemia B-Active Satide e Esporte 'B (11) 3051.6769 Escola de Id sm (11) 384.8500 Ganep Nutiigdo Humana Ltda ‘3 (11) 3289.4681 igi Jardim Paulist Estacionamento na sede da ABCD Oassociado que for visitar a sede da ABCD deve aproveitar o convenio que temos com © estacionamento Estapar, na AL, Lorena, 1.345. 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