Lei 13-20 Do Regime Financeiro Das Autarquias Locais PDF

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Quinta-feira, 14 de Maio de 2020 ARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA 1 Série- No 64 Preco deste ntimero - Kz: 680,00 Tae Fara ONT ASNATOR Tye ela pn Dar riva 9 mince © noms do «Diao ‘ane | ta Rate "2! sane ede Re 7800 pan da Republica», deve ser dirigida # lmprensa |. reg sries Kz: 73415940 | a 3 serie Kz: 95.00, acrescido do respective Nace = ED, Ln, i Hen de a TD see xe 9352400 | impo do sl, dependendo publica do Conemprommceal ys Bal ey, f 82 se Xe 22590000 | "sted dy itopivion cairns emi AB ee Kz 19013320 | datngrnaNaciol-E SUMARIO LEI DO REGIME DAS TAXAS Assembleia Nacional Leins 1220: ‘Do Regime das Tacas das Antarqias Lois us 1s20: Do ResimeFinaecir dae Autarquise Locais. Ministério dos Recursos Minerais, Petréleo e Gas Decreto Execuivon,* 168/20: Aprova a Declaraio de Descobets Marginal do Campo Chiesa do loco 16 ASSEMBLEIA NACIONAL Lei ns 1220 de 14 de Mato Considerando que ¢ Constituigao de Republica de Angola proclama o Prineipio da Autonomia Financeira Local Havendo a nevessidade de se definir um Regime Geral das Taxas das Autarquias Locais, que sirva de baliza para que cade Autarquia cri taxas que devem estar subordinadas 106 Principios da Equivaléncia Juridica, da Justa Repartigo dos Encargos Publicos € da Publicidade, incindindo sobre utilidades prestadas aos particulares, geradas pela actvidade das Autarquias ou resultantes da realizagae de investimentes autirquicos, A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo, ‘nos terms da alinea b) do artigo 161.°, don® 2 do atigo 165° © do artigo 215°, todos da Constituigao da Repiiblica de Angola, a seguinte DAS AUTARQUIAS LOCAIS CAPITULO I Principios Gerais ARTIGO 1° Cimbico) 1. A presente Lei regula as relagoes juridico-tributéria: geradoras da obrigagdo de pagamento de taxas as Autarquins Locais. 2. Para efeitos da presente Lei, consideram-se Relagoes Juridico-Tributarias Geradoras da Obrigacao de Pagamento de Taxas ds Autarquias Locais as estabelecidas entre a cir- ‘cunscrigao territorial, € as pessoas singulares ou colectivas € ‘outras entidades lezalmente equiparadas. 3.A presente Lei aplica-se também a eriagio das contri- buigoes especiais financeiras a favor das Autarquias Locais, estinadas & obtengao de fumdos para execugao de servigos de interesse geral ARTIGO 2° (Legistagao substaaria) De acordo com a natureza das matérias, as Relagoes| Iuridico-Tributérins Geradoras da Obrigagiio de Pagamento de Taxas as Autarquias Locais aplicam-se, sucessivamente: 4a) O Codigo Geral Tributari: b) 0 Codigo do Processo ‘Tribu 6) O Cédigo das Execugoes Fiseais, a) O Regime Geral das Tasas;, ¢) ALei do Regime Financeiro das Autarquias Locais, Pi ALei das Transaressbes Administrativas; 1) ALi da Transferencia de Atribuigoes e Competén- cias do Estado para as Autarquias e Locais, /h) ALei de Bases do Orgamento Geral do Estado, € i) A Legislagao sobre o Procedimento A dministrativo. I SERIE -N¢ 64 —DE 14 DE MAIO DE 2020 2929 ARTIGO 21° (@évidas¢ misses) As duvidas ¢ as omiss0es resultantes da interpretagio € da aplicagio da presente Lei sto resolvidas pela Assembleia, Nacional, ARTIGO (Entrada em vigor) A presente Lei entra em vigor data da sua publicaglo. ‘Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda, aos 19 de Fevereiro de 2020, © Presidente da Assembleia Nacional, Rernanedo da Piedack Dias das Santos. Promulzada aos 6 de Maio de 2020. Publique-se. © Presidente da Repiiblica, Joo Masur. Goxgatves Lovren¢o, Lein.* 1320 de 14 de Mato Considerando que a Constituigio da Reptiblica de Angola consagra 0 Principio da Autonomia Financeira Local; ‘Tendo em conta que as Autarquias Locais so entes colectives de base territorial, que témn como finalidade pros segnir e realizar a satisfacao das necessidades colectivas das referidas circunscrigbes: Havendonecessidade de se definir umRegime Financeiro das Autarquias Locais, de modo a assegurar que as mesmas estejam dotadas de um patriménio auténomo e receitas pro: prias, em obediéncia ao consignado no artigo 22° da Lei ne 15/17, de8 de Agosto — Lei Orgénica do Poder Local, ‘A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo, nos termos do n° 2 do artigo 165: e do artigo 215.°, ambos dda Constituigao da Republica de Angola, a seguinte: LEI DO REGIME FINANCEIRO DAS AUTARQUIAS LOCAIS CAPITULO I Disposicoes Gerais ARTIGO LY (Objecio) A presente Lei estabelece 0 Regie Financeiro das Autarquias Locais, ARTIGO 2° Cambitoy A presente Lei ¢ aplicavel as Autarquias Locais, ARTIGO 3° (Detinicoes) Para efeitos da presente Lei considera-se: a) Ajustemento Fiscal — processo de saneamento da situagio econdmica e financeira da Autarquia Local, através de um conjunto de medidas de intervengao que visam a comec¢ao dos desequi- Librios financeiros estruturais;, ) Cabimentacio — 0 acto emanado pela autoridade competente que consiste em se deduzir, do saldo de determinada dotagao do orgamento, a parcela necesséria a realizagao da despesa aprovade € que asseaura, a0 formecedor, que o bem ot ser= vvigo € pago, desde que observadas as condigdes acordadas: ©) Conta de Gerénia — resistos contabilisticos realizados durante determiinado exercicio eco- némico, constituidos a erédito pelo saldo inicial, pelas importincias recebidas do Orgamento Geral do Hstado, 0 valor das receitas proprias € ctras entradas de fimdos, ¢ a débito pelas des- pesas oramentadas € outras saidas de fimdos, bem como o saldo que transita para 0 exercicio seguinte; @) Contrato de Avenca — um contato de prestagio. de servigo caracterizado por ter, como objecto, prestagdes sucessivas no exervicio de profissio liberal, mediante remuneragao certa mensal, ©) Desequilibrio Estrutural — a situagao caracteri- zada por défices orcamentais sucessives com descompassos nexativos entre as receitas pré- prias © as despesas, com superagao dos limites de endividamento definidos na presente Lei, bbem camo a incapacidade de pagamento de contibuigses da seguranea social, despesas com contratos de trabalho © as rendas de qualquer tipo de locagio; P Divida Flutuente —a divida directa das Autarquias Locais contraida para ser totalmente amortizada com recursos do exercicio ergamental em que foi criada; #) Divides Fraxdada —n divida directa contraida pelas Autarquias Locais para ser totalmente amor tizada com recursos do exercicio orgamental faturo aquele em que foi criada, hy) Divide Directa — aquela contraida por qualquer entidade do Sector Publico Administrative, como devedor efectivo de terminada quantia pla qual responde a sua receita 1 Despesas ce Bens e Servicas — conjunto de gastos realizados com a aquisigao de bens e a contrata 80 de servigos de terceiros com 0 objectivo de sgarantir o normal fincionamento da Avtarquia para custear os servigos € bens publicos por providos, D Despesas Correnies — as destinadas & manutengdo ot operagiio de servigos anteriormente criados, ‘bem comoas transferénciasrealizadas com igtal propésito; 2930 DIARIO DA REPUBLICA B Despesas de Capital — as despesas destinadas @ aquisigao on formagao de activos permanentes. A amortizagio da divida & concessio de financia- ‘menos ou a constituigao de reservas, bem como as transferéncinsrealizadas com igual proposito; D Despesas com o Pessoal — os revutsos const midos ou splicados pela Autarquia Local na remuneragao directa on indirecta de seus funcio- nérios, Incluem-se nestas despesas os encansos sociais previstos na Lei e os beneficios ofereci- dos espontaneanente, ou concedidos em razio de previsto lewal, de acordos finnados entre a Antarquia € os empregados ou de decisces judi- ciais m) Empréstimas de Curto Praco — os empréstimes «que devem ser reemb olsados num period de ate nn) Enipréstimas de Médio Prazo — os empréstimes aque devem ser reembolsades nim periodo de um a és anos; 0) Empréstimos de Longo Prazo — os empréstinos que dever ser reembolsados mum periodo supe- rior a trés anos: ) Entidades Neo Residentes Cambiais — as empre- sas com sede no estrangeiro,filias, sucursais ou agéncia de representago com sete fora do pais, bern como diplomatas, emisrantes angolanos € outros cidadaos nacionais que se ausentam do Pais por mais de un ano, @) Equilibrio Financeiro Vertical —a situagio alean- cada com a transferencia directa de fundos do Estado, num montante fixo ¢ igual para todas as Atarquias Locais, atendendo a espevificidade, com 0 objective de doti-las de rectrsos para financiar os seus orgamentos locais, 1) undo de Bquiltbrio Vertical —o Fundo que visa a promogao do equilibrio financeiro adequaclo dos orgamentos das Autarquias Locais, dotando-os de recursos adicionais aos de suas competén- cias tributarias, de modo a viabilizar a criagao € a manutencio de condigdes minimas para a reatizagao das suas responsabilidades desc entra lizadas, 8) Equilibrio Fimanceiro Horizontal ow Real — a situagio alcangada mediante as transferéncias ditectas de fimdos do Fstado para as Auterquias, atendendo as expecificidades de cada uma delas, visando corvir as asimetrias derivadas do gra de desenvolvimento econémico e social diferen- ciado de cada Autarquia; 1 Funndo de Equilibrio Horizontal —o fundo de equa- lizagfo antarquica, responsavel pela promosio da redugao das disparidades econémicas, sociais ¢ fiseais entre as Autarquias Locais, de modo a ‘melhorar as respectivas capacidades fiscais © a coestio social € econémica entre as localidades € do Pats como um todo, 1) Subconta de Bqualizagdo Autarguuica — uma ds vagio do Fundo de Equilibrio das Autarqui Locais, visando a transferéncia de recursos para _garantiro equilibrio financeiro horizontal, ¥) Subconta Social Autérquica — uma derivagio do Fundo de Equilibrio das Autarquias Locais para realizar transferéncias de recursos para as Auttarquias Locais, direccionados para projectos especificos de cardcter social: ww) Recetta Liquida— a que resulta da Receita Bruta, expurgados os encargos derivados do processo de arrecadagao ¢ as consignagGes pré-existentes, previstas na lei: 1) Stock da Divida — 0 montante em divida conta- bilizado até um determinado momento mas que resulta do valor da divida acumulada ao longo de varios exercicios econémicos anteriores. CAPITULO TL Principios Fundamentals das Financas Autarquicas ARTIGO 4? Prine da Leaatidadey 1. A actividade finaneeira das Autarquias Locais € exer- «ida nos termos da Constituigho da lei 2. So mulas as deliberagoes de qualquer Graio das Autarqias Locais que envolvam a criagao de impostos € a \efinigdo dos seus elementos essenciais 3. Sio igmalmente mules as deiberagbes de qualquer ‘rgio das Autarquins Locais que determiner ou autorizem arealizagao de despesas nao peritidas por le. ARTIGOS? (Principio da Autonamia Finances Auth qs) 1. As Autarquias Locais tam patinnio e finangas pro- pris, cuja gestio compete aos respectivos drgios. 2A autonomia financeira das Autarquias Locais assenta, designadamente, nos seguintes poderes: 4) Eleborar, aprovar, executar e modificar as opgoes de plano, os orgamentos e outros documentos previsionai; ) Elaborar e aprovar os documentos de prestagio de contas; 6) Amecadar € dispor, nos tenmos da te, a8 reveitas das taxas, tarifase pregos por elas ecbrados, &) Dispor das receitasfiscais propria € das que thes sejam tansferidas, nos termos da lei, ©) Ordenar e realizar as despesas legalmente auteri- zadas, J Adquirit, administrr e alienar © sex patriménio, ‘bem como aquele que Ihe fer afecto, nos termos daleive ag) Recarrer ao endividamento nos termos da lei I SERIE -N¢ 64 —DE 14 DE MAIO DE 2020 2931 ARTIGO 6° Principio da Nao Cansisnagto) 1. I proibida a afectagio do produto de quaisquer recei- tas & cobertura de determinada despesa 2. © Principio da Nao Consignagio no se aplica as reccitas provenientes, nomeadamente de 4 Suibeonta Social das Autarquias do Fundo de Equi- librio das Autarquias Locais i) Empréstimos a médio € longo prazos, ©) Reccitas provenientes dos pregos cobrados pelas Autarquias Locais respeitantes as actividades de exploragao de sistemas municipais ou inter municipais de abastecimento puilico de agua, saneamento de éguias residuais, gestio de resi duos sélides, transportes colectivos de pessoas € mercadoria ¢ distribuigao de eneraia eléctrica ein baixa tensio, ARTIGO 7° (Principio da Estabiidade Orcamenta 1. As Autarquias Locais estao sujeitas, na aprova- so © execugio dos seus orgamentos, aos Principios da Estabilidade Orgamental, da Solidariedade Reciproca entre niveis da Administragio ede Transparéncia Oryamental 2. A Estabilidade Orgamental pressupse 2 sustentabi- lidade financeira das Autarquias Locais, bem como uma esto orgamental equiibrada, ineluindo as responsabilida- des contingents por si assurnidas 3, As Autarquias Locais nao podem assuunir compromis- sos que coloquem em causa a estabilidade orgamental. ARTIGO 8° (Principio da Teansparéneay 1. A actividade financeira das Autarquias Locais esti sujeita ao Principio da Transparéncia, que se traduz num dever de informagio miituo entre estas e o Estado, bem como 0 dever de divulaar aos cidadaos, de forma acessivel erigorosa, a informagio sobre a 5 sta situagio financeira 2. O Principio da Transparéncia aplica-se iguakmente 4 informagio financeira das entidades participadas por Antarquias Locais, bem como as concessies © parcerias ublico-privadas ARTIGO 9¢ (Principio da Justa Reparticao dos Reeursos Pleas entre o Estado ax Autarqulas Locals) 1. A actividade finane: das Autarquias Locais desen- volve- se no respeito pelo Principio da Estabilidade das Relagdes Financeiras entre 0 Estado ¢ as Autarquias Locais, devendo ser garantidos os meios adequados e necessérios a prossecusao do quadro de atribuigdes © competéncias que thes sejam acometidas, nos termos da Tei, 2. A patticipagio de cada Autarquin Local nos recur- s0s piblicos é determinada, nos termes ¢ de acordo com os criterios previstos na presente Lei, visando 0 equilibrio financeiro vertical e horizontal. 3. 0 equilibrio financeiro vetical visa adequar os rectr- 0s de cadanivel de adiministragao és respectivas aribuigdes «© competéncias, nos temios da le 4.0 equilibrio financeiro horizontal pretende promover a correcetio de desigualdades entre as Autarquias do mesmo ‘rau resulkantes, designadamente, de diferentes capacidades na arrecadagao de receitas ou de diferentes necessidades de despesas. agTIGo 10° Principio da Courdenago ene as Finances Loca ‘as Phuanga de Estado) A coordenagio entre as fnangas locais © as finangas do Estado tem especialmente em conta 6 desenvolvimento local equlibrado de todo © Pais € a necessidade de atingir ‘08 objectivos © metas arcamentais tragados no fmbito das politcas de convergéncia a que Angola se tenha vinculado. ARTIGO* (Principio da Equa ner eerainal) 1. A actividade financeira das Autarquias Locais esta subordinada 0 Principio da Equidade na distibuigho de bbeneficios ¢ custos entre geragoes futuras, para nao onerar, ‘excessivamente as gerapes futuras, salvagnardand as lei- timas expectativas através de uma distribuigao equilibrada dos eustos 2. © Principio da Equidade Intergeracional implica a apreciagio da ineidncia rgamental «@) Das medidas e acges incluidas no plano de inves- timentos; 4) Do investimento em capacitagéo humana co- -financiado pela Autarquia Local 6) Dos encargos com os passivos financeiros da Autarquia Local; @) Das necessidades de financiamento do Sector Empresarial Autarquico ou Interautarquico, como das Associng@es das Autarquias Loctis, ©) Dos encargos vencidos € nao liquidados a fome- cedores, f Dos encaryos explictos ¢ implicitos em parceiras piiblico-privadas, concessies e demais compro- _missos financeiros de carter plural CAPITULO III Receitas das Autarquias Locais SECCAOI Recetas Préprias ARTIGO 12° (Recetas propria das Autarquias Locals) 1, Constituem receitas préprias das Autarquias Locais: 4) 0 produto da cobranga dos impostos sobre 0 patriménio localizado no respective temitério, designadamente o Imposto Predial Urbano, © Imposto de Sisa, a Taxa de Circulaco ou outros que os venham substituir, apés efectuadas as consignacdes legalmente definidas; 2932 DIARIO DA REPUBLICA }) O produto da cobranca de taxas resultantes da concessio de licengas de taxas pelos servigos prestados pelas Autarquias Loeais, ©) O produto da cobranga de tarifas © pregos que respeitem actividades realizadas directamente pelos servigos das Autarquias Loeais ow en regime de concessio; dO produto da cobranga de encargos de mais-valias destinados por leis Autarquias Locais, ©) produto da cobranga de multas fixadas, nos temnos da lei ¢ restlamentos que caibam as A.utarquias Locais f O rendimento resultante da exploragio do patrimn6- nio, por ela administrado, dado em concessio ou cedido para explora¢ao, 9] A patticipago nos lucros de sociedades © nos resultados de outras entidades em que a Autar- quia tome parte; 1h) © produto de herancas, lesados, doagdes ¢ outras liberalidades a favor da Autarquia; 4 © produto da alienagio de bens proprios, méveis, J) Outras receitas estabelecidas por lei a favor das Atarquias. 2. Para efeitos de afectagio da receita resultante da cobranga da taxa de eirculagdo é beneficéria a autarquia de residéncia habitual do proprietério da viatura 3. Astarifas e pregos referids naalinea d) don 1 devem, assegurar uma explorago equilibrada do servigo, permi- Lindo cobrir os eneargos da exploragtio e administragio © reintearacao dos equipamentos, salvo tratando-se de ser- ‘vigo de interesse vital para as populagoes, a determinar pela Assembleia Autirquica, sob proposta da Cimara Municipal 4.0 regime das taxas a cobrar pelas Autarquins Locais € estabelecido por legislagio prépria, ARTIGO 13° (Aticnacio de bens) A alienagao de bens patrimoniais das Autarquias Locais faz-se nos termes da Lei dos Contratos Piilicas e da lesis- ago aplicavel a alienagao do patrimenio do Estado, bem como, com as devidas adaptagdes, © disposto na Lei das Privatizagoes. SECCRO “Transtorincias Financeras ARTIGO M4: (Cranserénein de receita do Orsamento Geral do Rstado) 1, Sao anualmente inseritos no Orgamento Geral do Estado a previstio dos montantes e datas das transferéncias financeiras correspondentes is receitas municipais para 0 Fundo das Autarquias Locais. 2. Os montantes comrespondentes a participagio dos mumicipios nas receitas referidas no mimero anterior, com excepgio da relativa 4 Subconta de Equilibrio Financeiro do Fundo das Autarquias Locais, s80 inseritos nos orgamentos ‘municipais como receitas cortentes etransferidos numa base miensal até ao dia 15 do més a seguir ao da arrecadacao da referida reveita 3. Os recursos do Fundo das Autarquias Locais s80 as receitas provenientes do correspondente a 20% da receita prevista no Orgamento Geral do Estado, resultante da ‘cobrana dos impostos sezuint a) Imposto sobre © Rendimento do Trabalho por conta propria; b) Imposto sobre o Rendimento do Trabalho por conta de outer, ©) Imposto Industrial com excepeae do Imposto Industrial sobre os Diamantes ¢ Outros Minerais, Imposto sobre as Sucessoes e Doagoes; &) Imposto sobre a Aplicagito de Capitais, 4A receita dos impostos a que se refere on.° 3.€ a que ccottesponde a receita liquida observada para aqueles impos- {0s nos tltimos trés anos relativamente aquelea que a Lei do Orgamento Geral do Estado se refere. ARTIGO 15 (Pinatidoe das transeréncis) 1. As Transferéncias de Recursos Financeiros para as Auttarquias Locais visam atingir os objectivos de equilibrio financeiro vertical ¢ horizontal, de modo a ampliar a capaci- dade ¢a qualidade de intervengao da Administragao Publica na sociedade. 2 Constituem objectivos especificos da Politica de Transferéneia de Recw'sos Financeiros para as Autarquias Locais os seguintes: 4) Garantir 0 fancionamento dos servigos essenciais das Autarquias Locais tendentes a promover ‘a melhoria das condigdes sociais minimas das populagdes das Aularquias, nomeadamente nos dominios da sande, habitagao ¢ educagae: b) Promover © equilibrio financeito adequado dos orgamentos das Autarquias Loeais, dotando-as de recursos adicionais aos de suas competén- cias tributarias, de modo a viabilizar a criagao € a manutengao de condigdes minimas para a realizagao de suas responsabilidades descentr lizadas, ) Incentivar a promogio das actividades econémicas nas Autarquias, ) Promover a redugdo das disparidades econémicas, socinis € fiscais entre as Autarquias Locais, de modo a melhorar as respectivas capacidades fiscais ea coesdo s6cio-econémica entre as loca Tidades e do Pais como um todo. 3. A Transferencia Financeira para as Autarquias é deter~ minada a partir do Fundo de Equilibrio das Autarquias Locais (FEAL), I SERIE -N¢ 64 —DE 14 DE MAIO DE 2020 2933 4. Os montantes coiresp ondentes as receitas referidas no n° 3 do artigo 14° sio anualmente inscritos no Orgamento Geral do Estado. 5. Onivel deafectagtio derecursos doFEAL its Autarquias seré reduzido ¢ dimensionado na propergao do aumento das capacidades das Autarquias de gerar recursos proprios para as suas necessidades ou pelo facto de se ter aleangado a rea- lizagao dos fins aque se destina a transferéncia, ARTIGO 18° (undo de Kguiibrio das Autarquias Leas) 1H crindo o Fundo de Equilibrio das Autarauias Locais (FEAL), com a natureza de conta, domiciliada numa ins- tintipa0 financeita legalmente autorizada, cujas dotagves anuais inseritas no Orgamento Geral do Estado através da transferéncia de um montante para assegurar a justa repartic $0 dos recursos para a correegto de desigualdades entre as Atarguias Locais. 2.0 Fundo de Equilibrio poro as Autarquias Locais FEAL) ¢ administrado pelo Departamento Ministerial res- ponsavel pelas Finangas Piblicas. 3. O FEAL comporta trés subcontas, nomeadamente 4 ASubsconta de Equilibrio Financeito (SEF); ) A Subconta de Equalizagio das Autarquias (SEA), e ©) ASubconta Social das Autarquias (SSA). ARTIGO 17° (Sabeonta de Equiiio Financiro] 1. A SEF destina-se a garantir 0 equilibrio na afectagao da receita as Autarquias Locais 2. Constituem receitas da SEF 50% do valor das receitas definidas no artigo 14.° da presente Lei 3. Das receitas referidas no nimero anterior, 90% sto distibuidas de modo igualitério por todas as Autarquias Loeais,e visam 4a) Concorrer directamente para a concretizagio do equilibrio vertical dos orgamentos das Autar quis; ) Dotar as Autarquias de condigSes financeiras adequadas @ realizagiio de suas atribuigdes de ntidades piblicas descentralizadas, no ambito das suas responsabilidades de fimcionamento € dcinvestimento. 4. Os restantes 10% concorrem para a constituig’o de reserva financeira ARTIGO 18: (Subecnta de Raualizaao dat Antargas) 1. ASEA visa garantr a justa repartigao da riqueza e do, rrendimento entre as Autarquias Loceis, 2. Constituem receitas da SEA 30% do valor das receitas definidas no artigo 14° da presente Lei e visam: @ Concorrer directamente para a coneretizagio do equilibrio horizontal ou real entre as Autarquias Loca b) Funcionar como um dispositivo de cotrecgao das disparidades ou assimetrias econdmicas, sociais de capacidade fiscal em beneficio das Autar- quias menos desenvolvidas; ©) Amenizar as situagbes le desigualdades mais acen- ‘wadas comparativamente 4 situagao median. 3. 0 total das receitas referidas no n.° 1 € distribuido tendo em conta a analise combinada dos seguintes critérios: 4) Dansidade populacional das autarquias, b) Nivel de desenvolvimento das infra-estruturas econémico-sociais; ©) indice de pobreza ARTIGO 19° (uibconta Socal das Autarquis) 1. A SSA visa garantir maior celeridade na methoria das condigdes sociais dos habitantes das Autarquias Locais, 2. Constitem receitas da $SA 20% do valor das receitas definidas no artigo 14° que visam promover a melhoria das ccondig6es sociais minimas das populagoes das Autarquias, nomeadamente, nos dominios da safide, habitagio, sea mento bésico ¢ educacio. seogko mt overes Tributes, Liguidacto e Cobranca de lmposte ARTIGO 2 @oderes tributes) 1. As Autarquias Locais dispoem de poderes tributirios de criagao de taxas ¢ contibuigoes especinis, nos temos da lei 2 As Autarquias Locais podem proceder, nos termos do Codigo das ExecuyGes Fiseais, & cobranga coerciva das taxas e contrbuigées especias a euja receta tenham drei. 3. Deve ser garantido as Autarquias Locais 0 acceso @ informagio actualizada de liquidagio e cobranga dos impos- tos, cujareceitatenham direito ARTIGO 21 (Liquidaeio cobranen ds impestos) 1, Os impostos cuja receita € destinada as Autarqui Locais sao liquidados ¢ cobrados nos termos previstos em legislagao propria 2. A Administragao Geral Tributaria deve fomecer as Autarquias Locais informagao desagregada por Autarquia relativa a liquidagdo e cobranga de impostos que constituem sa receita prépria 3. A informagao referida no nimero anterior € disponibi- lizada por via electronica e actualizada mensalmente, tendo cada Municipio acesso apenas @ informagio relativa @ sua situagao financeira, 4. $80 devidos os juros de mora por parte da Adminis tagao Central, quando existam atrasos de até 30 dias nas transferéncias para os Municipios de receitas tibutérias que Ihe sejam préprias. 2934 DIARIO DA REPUBLICA 5. Os eréditos tributarios ainda pendentes por referéncia a impostos abolides sio considerados, para efeitos de céil- culo das transferéncias para os Municipios, relativamente aos impestos que lhes sucecerem. ARTIGO 22° (Dever de Inormacso da Administrarso Geral Tibutiria ‘x Mumiipts) 1, Noambito da obrizagio referida nos n.*4 € 5 do artigo anterior, a Administragio Geral Tributéria cominica, até 00 Ultimo dia itil do més seauinte ao da transferéncia: <4) O montante dos impostos fiquidados € das anule- bes do més anterior: b) © montante do imposto objecto de cobranga que teaha sido transferido no més anterior, ©) 0 montante dos impostos que tenham sido restitui- dos aos contribuintes, @ A desngrewneio, por periodo de tributagao a que respeitam os impostos referidos nas alineas anteriores. 2. Sem prejuizo do disposto no nimero anterior, a Administragao Geral Tributaria communica, ainda, a cada Antarquia Local @) Ate 31 de Maio de cada ano € com a referencia a 31 de Dezembro do ano anterior, 6 valor pat monial tributario para efeitos do Imposto Predial Urbano de cada imével situado no seu tetritorio, indicando quais os iméveis isentos, bem como a identificago dos respectivos sujeitos passivos € demais dados constantes nas Matrizes Prediais, Até 31 de Maio de cada ano ¢ com referéncia as declaragoes do Imposto de SISA entregnes no ano civil anterior, a identificagio dos sujcites passivos ¢ o valor do Imposto liquidado, relati- vamente a factos tributarios localizados nesses Muniipios, por sujcito passive, 3.Os trabalhadores etinslares de Grgos Autarquicos que tenham acesso & informagio transmitida pela Administragao Geral ‘ributiria ficam sujeitos aos deveres de sigilo e con- fidencialidade, nos termos previstos na legislagio em vigor: CAPITULO IV Recurso no Endividamento. ARTIGO 23° (Princptes para o Endividamento) (0 endividamento das Autarquias Locais orienta-se pelos segnintes principios: i Do Rigor ¢ Bficiéncia, que se consubstanciam no rigor do cumprimento dos procedimentos na contrac nos fins perseguidos com a contrac- 0 dos empréstimos e eficigncia na selecs0 das ‘opedes de crédito com base na anilise custo € beneficio ena aplicagio dos recursos obtidos, ) Da Prevengao de Excessiva Concentragto Tempo- ral de Amottizagio, com 0 objectivo de evitar pressdes de tesouraria em um tinico periodo: ©) Da Sustentabilidade ¢ Equilibrio Intergeracional vvisando garantir que a divida possa ser asse- urada principalmente por recursos. proprios, dentro dos limites lesais, e nao onerar as gera- 8s vindouas com os encargos com os servigos da divida, @ Da Nao Exposigio a Riscos Excessives, para evitar que a Antarquia nao caia em situagao de desequilibrio estrutural que obrigue a tomada de medidas de sancamento. ARTIGO 4° (Recurso a0 endtstdamenta) 1, As Autarquias Locais podem, mediante autorizagio tutelar, contrair empréstimos junto de quaisquer Instituigoes Financeiras Nacicnais, autorizadas por lei a conceder créditos. 2. Orecurso ao endividamento & uma medida de cardcter cextraordinatio, sempre que os recursos proprios daAutarquia «© as transferéncias do Estado nao sejam suficientes ou no possam ser acedidos oportunamente para fazer Face a neces- sidades de cardcter premente da Autarquia Local. ARTIGO 25° (Doracio do endividamento) 1. Os empréstimos a contmir pelas Autarquias s80 de ‘euito, medio e longo prazos em fungiio do petiodo de dara- ‘gio podem constituir-se em divida flutuante ou fundade, 2. A divide piiblica flutuante da Autarquia resulta de ‘empréstimos de ensto prazo contraidos para fazer face 9 Uificuldades correntes de tesouraria e deve ser amortizada dentro do mesmo exercicio economico, 3. A divida piblica fundada resulta de empréstimos de médio longo prazos, quese destinem a realizagio de inves timentos contratualizados ARTIGO 26° (Limite: do endividamento) 1, Osempréstimosa contrair anualmente pelas Autaraui Lovais nao podem exceder 30% da méiia da receita prépria arrecadada nos trés exercicios anteriores, relativamente a0 ‘ano do oreamento corrente 2. 0 stock da divida niio pode ultrapassar 40% do total das receitas proprias e transferéncias, referente 20 exercicio anterior 3. E da responsabilidade do Oro de Tutela monitorar 4 observancia dos limites de endividamento das Autarquias Locais 4. As Autarquias Locais deve remeter a0 Orato de Tela, edpia do contrato do empréstimo, no prazo de 18 dias a contar da data da sua celebragao. 5. Os contratos para a contracgio de divida publica por pate das Autarquias Locais obedecem a uma tutela pre- ventiva do Tribunal de Contas que deve, para efeitos de I SERIE -N¢ 64 —DE 14 DE MAIO DE 2020 2938 confirmagdo dos niveis de endividamento, solicitar a infor magao do stock da divida da Autarquia Local ao Orso de Tutela © parecer no vineulativo do Departamento Ministerial resp onsfvel pelas Finangas Piblicas ARTIGO 27° (Aprovaga do endvidaments) 1. Compete & Assembleia Autarquica, sob proposta da Camara Municipal, aprovar 0 recurso pela Autarquia a0 endividamento, devendo essa auterizacao ser sujeita ratifi- cago pelo Presidente da Repiblica, podendo este deleaar a competéncia, no prazo de 30 dias, findos os quais, sem pro- ‘numciamento, se presume cencedida, 2. A proposta da Camara Municipal, quando se refira a0 endividamento, deve ser accmpanhada de informagdes que incluam, necessariamente: 4a) A demonstra¢ao da relevancia do investimento ¢ a capacidade de reembolso por parte da Autarguia, b) Um mapa demonstrative da capacidade de endi- ‘vidamento da Autarquia, nomeadamente os encargos com juros e amortizago do capital de cada um dos empréstimos nao reembelsados sua incidéncia anual num horizente de cineo ©) Demonstragio de consulta ¢ informagoes sobre as condigoes praticadas em, pelo menos, trés ins titwig6es autorizadas por lei a conceder crédito. 3. Os projectos piiblicos que beneficiem do financia- mento de médio € longo prazo devem estar devidamente scritos no programa de investimentos da Autarquia Local ARTIGO 28° (Controle fsenzn¢30) 1. A contratagio da divida publica por parte das Antarguias Locais esta sujeita fisealizagao preventiva do Tribunal de Contas que deve, para efeitos de confirmagao dos niveis de endividamento, solicit a informagao do stock da divida da Antarquia Local ao Orgao de Tutela 2. 0 Oraio de Tutela deve monitorar a observancia des limites de endividamento das Autarquias Locais, devendo avaliar igualmente se os limites de endividamento das Autarquias Locais, no geral, estao dentro dos cbjectives ‘macro-fiscais © dos compromissos assumidos intemacio- nalmente pelo Estado, no que se refere & capacidade de endividamento do Pais. 3, Para efeitos don 1, os contratos de empréstimos © outros instrumentos de endividamento aprovados pela Assembleia Autarquica sio submetides a fiscalizagio pre- ventiva do Tribunal de Contas, nos termos da lei 4 As Autarquias Locais dever remeter anualmente a0 Oraio de Tutela os dados ¢ informagdes completos sobre © set: endividamento, por meio de plataformas de gestae financeira em usona Administragao Publica. ARTIC 2 Ayala pealizas) 1, Quando ultrapassado o limite para o endividamento da Autarquia Local definido no n° 1 do artigo 26. fica vedada 1 contracgo de novos empréstimos, por um periodo de 2 ‘anos, centados a partir do ano seguinte em que o limite tenha sido ultrapassado, 2. A inobservancin dos procedimentos ¢ limites de endi- vvidamento resulta, igualmente, na invalidade do contrato de ‘empréstimo, sem prejuizo da responsabilizagao administra- tiva, civil e criminal nos termos da ei 3. AAntarquia que acumule um nivel de endividamento rno montante que ultrapasse o limite definido no n° 2 do artigo 26° deve apresentar um programa de ajustamento fiscal, a ser executado sob 0 monitoramento do Oreito de Tatela ARTIGO 30° (Garantas para o ndividarento) 1 As Autarquias Locais posiem constituir garantias, nos termos gerais do direito, para os empréstimos contraidos. 2. Os empréstimos Autarquicos podem também ser xzarantidos por aval do Estado quando seja demonstrada cabalmente a viebilidade dos projectos de investimento a ‘que se destinam ¢ a Autarquia requerente demonstre uma situagio Financeira e de tesouraria saudveis. 3. Para efeitos do disposto no mimero anterior, a Autarquia requerente do aval deve apresentar a0 Titular do Poder Executivo um estudo téenico-econémico e financeiro do projecto de investimento e da sua situagho financeira relativamente aos 12s altimos exereicios, bem como um ‘orgamento previsional para os trés mos subsequentes ARTIGO 31° Recquiiri fancizo stirguico) 1. Ovomendo uma situago de desequilibrio finan- ceiro estrutural com defices sucessivos do orgamento da Autarquia, que acunule um nivel de endividamento no montante que ultrapasse o limite definido no n° 2 do antigo 26°, deve a Autarquia claborar um plano de reestru- turagio financeira e de ajustamento fiscal, a ser aprovado pela Assembleia Autarquica e executado sob monitoramento do Orga de Tutela 2. A sinagio de desequilibrio finenceiro estrutural que resulta em insustentabilidade financeira deve ser identifi- cada pela Assembleia Autanquica e € declarada pelo Orato de Tutela sempre que: @ O stock da divida ultrapasse em 50% as reveitas correntes totais do ano anterior; b) Se verifique falta de disponibilidade num periodo de trés meses para © pagamento das seatintes dividas: 4. Contribuigdes para a Seauranga Social; ii. Créditos emergentes de contrato de trabalho; iii, Rendas de qualquer tipo de locacao. 2936 DIARIO DA REPUBLICA 3.Na ocorréneia da situagao prevista no mumeto anterior, compete a0 Oreo de Tutela claborar, aprovar © coordenar 4 implementagio do Plano de Reestruturagao Financeira, contendo: 4) As medidas especificas para o reequilibrio finan- ceiro respeitante & disponibilizagao de fundos e 4 racionalizagio de despesas; b) As medidas de politica de estabilizagio € reeu- peragio financeira e de sustentabilidade do endividamento autérquico, com © cronograma 4a sta implementagio, ARTIGO 32: (Praibigno de concesso de eros peas Autarquiss) E vedada as Autarquias, salvo nos casos expressamente ermnitides por lei, conceder empréstimos a entidades pili «as ou privadas CAPITULO V Regras Orsamentais ARTIGO 33° (Principiose Regras Orgament 1. As Autarquias Locais esto sujeitas as normas, aos Principios © as Regras de Anwalidade, Unidade, Universalidade, Equilibrio e da Contabilidade Pablica. 2. 0 Orgamento das Autarquias Locais ¢ unitavio © uni- ‘versal e compreende todas as suas receitas € despesas. 3. 0 Orgamento ¢ anual, sem prejuizo da possibilidade de nele serem integrados programas e projectos que impli eam encargos phuriamai 4. Deve ser dada adequada publicidade aos orgamentos «outros instrumentos previsionais depois de aprovados pelo orgao deliberative. 5. O ano financeiro coincide com o ano civil, podende o orgamento ser modificado através de alteragies € revises, nos termos da presente Lei ARTIGO 4° (laboracioe aprovaca) 1. A proposta de orgamento municipal para o ano eco- némico seguinte € elaborada pela Camara Municipal © submetida & Assembleia Autirquica comespondente, até a0 dia 31 de Julho do ano anterior ao da sua viséacia 2. 0 orgamento engloba as receitas e despesas, 0 qual deve reflect as politicas, os objectivos, as metas e as acti- vidacles a serem desenvolvidas de acordo com o plano de actividades. 3. As Autarguias Locais podem adoptar a modalidade do COrgamento-Programa, nos termos de lezislagao especifica sobre a elaboragao e execugto do orgamento das mesmas, 4A proposta de orgamento a submeter & aprovagio da Assembleia Antirquica deve conter arespectiva proposta de deliberacdo, os mapas orgamentais ¢ ser acompanhada de anexos informativos 5.A proposta da deliberagaio deve conter: 4a) As condigbes de aprovaco dos mapas orgamentais, © as noxnas necessirias para orientarem sa execugio, ) A indicagio das fontes de financiamento; ©) Todas as outras medidas que se revelem indispen- saveisa comecta gestao orgamental da Autarquia para 0 ano econémico a que o oF destina 6. A Assembleia Autérquica deve aprovat a proposta do respective orgamento até ao dia 31 de Agosto do ano ante~ rior ao da sua vigéncia 7. Aprovado © orgamento da Aufarquia, a Camara mento se Municipal nao pode tomar iniciativas que envolvam 0 ‘aumento das despesas ou a diminuigao das receitas. 8. Sem prejuizo do dispostonon.*1 do presenteartigo, no ‘ano cm que se realizem Bleiges Autarquicas, o Presidente ‘da Camara eleito, remete a proposta final do Orgamento da, Autarquia até 31 de Agosto. 9. No caso referido no miimero anterior, a Assembleia Auttarquica deve votar aProposta do Orgamento da Autarquia ‘aé 30 de Setembro do ano a que se refere o Orgamento. ARTIGO 35° (Atraso ou nao aprovaeae do Orcamento) 1, Até 4 aprovagao do Orgamente reconduz-se 0 Orgamento do ano anterior, aplicando as seguintes regras @) Mantem-se a antorizagao para a cobranga das receitas nelas previstas, b) E:prorrogada a autorizagao referente a0 regime das receitas correntes que se destinavam apenas @ ‘vigorar até ao final do referido ano; ©) O novo Orgamento deve integrar a parte do orga mento do ano anterior que tena sido executada ate a cessagao do regime transitorio estabelecido nos niimeros anteriores. 2. Nao sendo aprovado o orgamento até a data de 31 de Setembro do ano anterior @ sua vigéneia, mantém-se em vigor 0 orgamento do ano anterior, vigorando @ regra dos ‘duodécimos. ARTIGO 36° (evisceseredstribuicoes argamentais) 1. As revisoes do Orgamento Autérquico obedecem, em tudo o que no contrarie o disposto nos nimeros seguintes, ‘0s principios e regras vigentes para 0 Orgamento Geral do Estado. 2. Emnenhum caso sao penmitidos: 4a) Mais do que trés revises do mesmo orgamento anual; ) Transferencia de verbas de despesas correntes para despesas de investimento e vice-versa; ©) Transferencia de verbas de despesas de bens € servigos para despesas de pessoal e vice-versa I SERIE -N¢ 64 —DE 14 DE MAIO DE 2020 2937 CAPITULO VI Execugao do Orcamento ARTIGO 37° (execugio orgamentaly A.CAmara Municipal deve tomar as providencias neces- sirias para que o inicio da execusao orgamental ocorra no principio do ano econsmico a que se destina, devendo adop- tar as deliberages necessarias que garantam o Principio da Utilizagio Racional das Dotagées Orgamentais e o Principio da Melhor Gestio da Tesourari, ARTIGO 38° Realizacio de despesas) 1. A execugiio orgamental da despesa deve observar, sucessivamente, as etapas de cabimentagao, de liquidagao € de pagamento, devendo a etapa de cabimentagio ser prece- dida da geragio do processo patrimonial, para as catescrias de bens moveis, veiculos, imoveis do Dominio Privado da Autarquia, iméveis do Dominio Piblico © Activos Intangiveis, Nenhuma despesa pode ser assumida, autorizada € aga sem que, para além de ser legal, se encontre suficien- temente diseriminada no organento, enka eabimentagao no correspondente crédito orgamental ¢ obedega a0 Principio dda Utilizagio por Duodécimos, salvas, nesta titima materia, as excepedes previstas na Ie. 3. Exeluem-se do regime duodecimal as despesas de investimentes. 4. As dotagdes orgamentais constituem 0 limite maximo a utilizar na realizagao das despesas, tendo em conta as alteragSes orgamentais que forem efectuadas a0 abrigo do artigo 35.° da presente Lei 5. As despesas a realizar com compensagao em receitas transferidas podem ser autorizadas até concoréncia das mportancias cobradas, 6. A utilizagio da nubrica “wexercicios findos» $6 pode ser feita para reaistar despesas que nos anos anteriores tenham sido realizadas, com respeito aos principios estabe- Iecidos no presente artizo 7. Nao € permnitida a realizagdo de despesas em moeda estrangcira, nomeadamente despesas associadlas 20 inicio de obras, a celebragto de contratos on aquisi¢to de bens € servigos, salvo quando tais encargos tenham como base con trate celebrado com entidade nio residente eamnbial, ou que, por circunstincias que o justifiquem, resultem de auteriza- 0 do Cngao Tutelar 8. Nao € permitida a celebrago de contratos com enti- dades nd residentes cambiis representadas por residentes cambiais e por estes interpostos, apenas com o fim de con tralagtio em moeda estrangeira 9. A eventual necessidade da actualizagio do valor da ddespesa variavel cabimentada deve ser feita por aplicaca0 ddo Coeficiente de Actualizagao Monetaria (CAM) que esti- ‘ver em vigor no periodo em que se eféctuar o pagamenta, 10. Sempre que se revelar necessario, a Assembleia Autirquica aprova regras sobre a execug’o do orgamento autarquico. ARTIGO 39° (Aalteracoes orcamenta) 1. No decurso da sta exeeugao, os Ongaos Autarquicos podem alterar o respectivo orgamento através da ins ‘980 ou de transferéncias de verba, nos termos dos miimeros sseguintes 2, Sao da competéncia da Camara Municipal as seguin- tes alteragdes orgamentais: a) As twansferéncias de dotagdes inserilas a favor de servigos que, no decorrer do ano econdmico, transitem de um departamento para outro; b) A inserigio de dotagdes orgamentais relativas @ donativos, internos ou extemos, nao previstos no orgamento; ©) A inscrigao ou reforgo de dotagaes orgamentais por contrapartida em acréscimos de transferéneias do Estado que, a data da aprovagao do orsa- mento, nfo estavam definitivamente fixadas. 3. As alleragSes referidas no n° 2 devem ser publicadas, ‘nos termos da lei, no prazo maximo de sessenta dias a contar «da sua aprovacio. 4. As alteragoes referidas no n.* 2 sto conumicadas @ Assembleia Autrquica no prazo de quinze dias, a contar da data da sua aprovaeao, 5. Quaisquer outras alteragdes a0 orgamento da Autarquia nto previstas no n° 2 s6 podem ser efectuadas através de ‘rgamento rectificativo proposto pela Camara Municipal ¢ aprovado pela Assembleia Autarquica 6. O orgamento rectificative deve, no que respeita as modificagdes introduzidas, conter a mesma estrutura de apresentagio dos mapas ¢ anexos informativos aprovados ‘com 0 orgamento inicial. CAPITULO VIL ‘Hiscalizacao ¢ Responsabilidade Orcamental ARTIGO 40° (Psealizacae orgamental) 1. O resultado da execugao orgamental consta de balan- ccetes trimestrais e da conta de geréncia, 2. Se no decorrer do ano financeiro se verificar a subs- tituigao total da Cémara Municipal, devem ser organizadas, separadamente, contas de geréncia relativas ao periodo deconrido até sua substituiic0, sem prejuizo da elaboragio dda conta amzal, devendo o encerramento das contas reportar- -se, nesta hipétese, a data em que se processa a substituicao. 3. 0 Presidente da Camara Municipal deve enviar reau- larmente 4 Assembleia Autérquica os balancetes trimestrais relativos a execugao orgamental elaborados pelos servigos ‘competentes. 2938 DIARIO DA REPUBLICA 4.A Conta ce Geréncia Autarquica abrange as contas de todos os servigos da Autarquia que niio tenham natureza, forma e designa¢ao de empresa municipal 5. A Conta de Geréncia Autirquica deve ter uma estru- tura idéntica a do orgamento minicipal, sendo elaborada pela Cémara Municipal com clareza, exactidae © simpli- Cidade, de modo a possibiltar a sua anélise econémica € financ 6.A Conta de Geréncia Autirquica deve ser apresentada também sob forma consolidads. 7.A Conta de Geréneia Autérquica compreende: 4) O relatério do Presidente da Camara Municipal sobre os resultados da execucio orgamental; ) Os mapas referentes a execugao orgamental das receitas ¢ despesas ©) Os mapas relativos a situago de tesouraria;

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