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CURSO PRATICO DE ELE‘RONICA ; RADIO-TELEVISAO- SOM - INSTRUMENTAGAO APRENDA FAZENDO 19 INSTITUTO MONITOR LIGAGOES DO Rua dos Timbiras n*263 MONOBLOCO E_ 01208 - Sao Paulo-SP CONEXGES DO C.Postal 30.277 _ CONJUNTO DE RF E FI BRASIL = FONTE E AO AMPLIFICADOR | € TODOS OS DIREITOS DE REPRODUCAO TOTAL OU PARCIAL RESERVADOS NA FORMA DA LEI. APRENDA FAZENDO 19 LIGAGOES DO MONOBLOCO E CONEXOES DO CONJUNTO DE BF E FIA FONTE E AO AMPLIFICADOR Nesta fase da montagem do recep- tor, que completa nosso curso prati- co, faremos as ligacées do monoblo- co e, além disso, as conexées do con- junto de RF e FI a fonte de alimen- taco e ao amplificador, obtendo as- sim o receptor em condiedes de fun- cionar. ‘Além disso, faremos algumas ex- periéncias adicionais com o oscilador experimental, obtendo alguns efeitos interessantes. Teremos um oscilador controlado pela luz, em sua terceira, versfio, onde veremos outro processo de ligagiio do LDR ao cireuito, e tam- bém montaremos um interessante “canarinho eletrénico”, um circuito que produziré sons que imitam o canto de um canario. A19.1 — MONTAGEM DAS ETAPAS DE RF E FI — (4* fase) 1) Funcao dos componentes Na etapa anterior da montagem do receptor haviamos instalado os transformadores ‘de FT, o varidvel e os transistores, com 0 que completé- vamos a colocagdo dos componentes sobre a placa de cireuito impresso, faltanto apenas as ligacdes numera- das de 1 a 6, que correspondem 20 monobloco. Esse monobloco sera justamente instalado nesta fase do curso, Antes, porém, de irmos & maneira como devé ser ligado, veja~ mos qual é a sua funcdo no cireuito e de que é constituido esse compo- nente, A funcfio do monobloco no nosso receptor é bastante importante e cri- tica. © monobloco é formado por diversos conjuntos de bobinas e ca- pacitores que formam circuitos res- sonantes que se dividem em duas fun- c6es principais (fig. A191). ‘Temos um conjunto de bobinas de sintonia cuja funcao 6, juntamente com uma das seccdes do variavel, determinar a estagao que deve ser sintonizada em fungfio de sua freqiiéncia. Como © receptor é de 3 faixas, encontra- mos 8 bobinas de sintonia, sendo en- tretanto enroladas em dois tubos ape- nas, ou seja, formando apenas duas pecas. Isso ocorre porque, para o caso das faixas de Ondas Curtas, usa-se apenas uma bobina com uma tomada que pode ser ligada ao cir- cuito de modo a operar com maior ou menor ntimero de espiras, funcio- nando portanto como se fossem duas bobinas separadas. Assim, numa das faixas de Ondas Curtas a cone- xfio 6 feita num ponto da bobina, quando ela opera com uma indutan- cia, e em outra faixa, em outro pon- Fig, A19.2 to, quando ela opera com outra in- dutancia (fig, A19.2). Associados as bobinas temos os trimmers, que servem para compen- sar as diferencas de capacitancias e indutancias introduzidas nos circui- tos que fazem conex&o ao receptor, servindo portanto de ajuste. Temos ainda 3 bobinas osciladoras, que do mesmo modo que no caso an- terior séio enroladas em apenas dois nicleos, ou seja, em duas formas, e a essas bobinas encontramos associt dos capacitores ajustaveis cuja fun- cao também é compensar as indutan- cias e capacitancias introduzidas pelas ligagées, obtendo-se assim um correto funcionamento para o cir- cuito. A funco dessas bobinas oscilado- ras jé 6 conhecida de nossos alunos: devem formar juntamente com uma das seccdes do capacitor variavel um circuito ressonante que oscila numa freqiiéncia que seja 455 kHz supe- INSTITUTO RADIO TECNICO MONITOR rior & freqiiéneia que esta sendo sin- tonizada, de modo que o resultado do batimento entre as duas freqiién- cias, freqiiéncia sintonizada e fre- qiiéncia do oscilador, seja 455 kHz e, com isso, possa esse sinal passar pelas etapas amplificadoras de FI. A comutagio das bobinas é feita pela chave de ondas, que é uma cha- ve de diversos pélos e trés posicées, porque este receptor possui trés fai- xas de onda. Conforme a posigio da chave, a bobina osciladora e a de sintonia, as- sim como os trimmers, sio coloca- dos no circuit ficando os outros pa- res desligados, Uma das vantagens da utilizagac de monoblocos neste tipo de monta- gem esté justamente na dificuldade que alunos, e principiantes em geral, encontram ao fazer as conexées nes- ta chave de ondas, Como sio muitos os fios que devem ser ligados, os er- ros podem facilmente ocorrer, além do que a utilizagio de um conjunto J montado de modo racional evita as ligacdes muito compridas feitas pelos montadores de menor habilida- de, as quais podem causar o apareci- mento de indutancias e capacitancias parasitas que provocam realimenta- cdes, comprometendo muito o funcio- namento do aparelho. Na realidade, mesmo sendo usado um monobloco, o aluno nao esté de 4 todo livre de perigos que montagens mal feitas possam causar. Conexdes longas, mal feitas, podem ser res- ponséveis por realimentagdes que provocarao oscilagées, tendo como conseqiiéncia um mau funcionamento do receptor, principalmente na faixa de Ondas Curtas, onde sua operacio 6 mais critica. Assim, recomendamos nesta fase, em especial, seja tomado o maximo de cuidado em relacio a todas as co- nexdes realizadas, e sobretudo que o aluno n&o mexa nos ajustes dos trimmers e nos nticleos das bobinas do monobloco, pois estas ja vém com um ajuste prévio de fabrica, de modo a necessitarem apenas de pequenos retoques apés a montagem. Se os ajustes forem tirados de suas posi- cSes, sem o instrumental apropriado, o aluno tera dificuldades extremas em fazer o receptor funcionar nova- mente. A19.2 — RECOMENDACOES INICIAIS © ahuno receberé nesta remessa 0 monobloco (o qual devera ser manu- seado com bastante cuidado), um pe- daco de solda e fio para as conex Conforme jf foi dito, nao mexa nos ajustes das bobinas e dos capa- citores do monobloco, pois estes j4 vém pré-calibrados, CURSO PRATICO DE ELETRONICA PLANO GERAL DE MONTAGEM APRENDA FAZENDO N® 19 Fig. A19.3 ficuldades com sua identificacio mas, x Para as soldagens, 0 maximo de cuidado deve ser tomado, principal- mente com o comprimento dos fios, pois estes podem ser responsaveis pe- la introdugéio de indutancias e capa- citancias parasitas que, conforme fa- lamos, podem produzir oscilagdes que prejudiquem 0 funcionamento do re- ceptor. A19.3 — ETAPAS DE RF E FI — (parte 4 — montagem) Como neste caso o tinico “compo- nente” que vai ser utilizado é 0 mo- nobloco, 0 aluno nfo tera maiores di- mesmo assim, mantendo nossas nor- mas, damos a relac&éo de material segundo nosso cédigo: Remessa n° 10 1 monobloco .... MB-09 1 metro de solda ......- ‘ Y1-09 3 metros de cabinho . X1-09 A19.4 — DESCRIGAO DO MATERIAL MB-09 — Monobloco de trés faixas de onda — Este monobloco possui INSTITUTO RADIO TECNICO MONITOR uma chave de ondas, 4 bobinas e 4 trimmers, formando uma tnica peca (além de capacitores, fios, etc.). A soldagem dos fios de conexio ao mo- nobloco é feita numa barra de 7 ter- minais isolados que identificaremos por uma numeracfo no Plano Geral de Montagem (fig. A19.3). O maxi- mo de cuidado deve ser tomado com o manuseio dessa peca, evitando-se mexer nos parafusos dos trimmers e nos parafusos que 'prendem os niteleos das bobinas, pois sio todos pré-ajustados, A19.5 — TRABALHO PRATICO. Pelo Plano Geral de Montagem (fig. A19.3) veja a posi¢io em que deve ficar 0 monobloco em relacéo & placa de circuito impresso PP-07, correspondente as etapas de RF e Fl do receptor. Para cada conexfo da placa ao mo- nobloco ser usado um pedaco pe- queno de cabinho; 0 sétimo pedaco é utilizado como antena, sendo por- tanto bem maior, I — Conexées (1) e (2) — Ter- minal 1 do monobloco ao terminal 1 da placa de circuito impresso — Ve- rifique os pontos que devem ser in- terligados e comece por enfiar a pon- ta do fio plastico de 4 em de com- primento no orificio da placa de cir- euito impresso, de modo que a pon- ta saia do lado cobreado, onde deve ee eae ee ser soldada rapidamente para que o calor gerado neste processo nfo ve- nha derreter a capa plastica do con- dutor. Em seguida proceda a solda- gem da outra ponta do fio no termi- nal correspondente do monobloco. Essa soldagem também deve ser ré- pida, de modo que o calor nfo venha derreter a capa plastica do fio. If — Conexdes (3) e (4) — Ter- minal 2 do monobloco ao terminal 2 da placa de circuito impresso — Ve- rifique os pontos que devem ser in- terligados e comece por enfiar a pon- ta do fio plastico como na operacio anterior na placa, soldando-o rapida- mente do lado cobreado. Em segui- da proceda 4 soldagem do outro ex- tremo ao terminal correspondente do monobloco. I — Conexdes (5) e (6) — Ter- minal 3 do monobloco ao terminal 3 da placa de circuito impresso — Ve- rifique os locais em que devem ser feitas as soldagens e comece soldan- do uma das pontas na placa de cir- cuito impresso no orificio correspon- dente. Essa operagao também deve ser feita rapidamente para que o ca- lor nao derreta a capa do fio. Em seguida, proceda 4 soldagem do ou- tro extremo do fio no terminal cor- respondente do monobloco. IV — Conexdes (7) e (8) — Ter- minal 4 do monobloco ao terminal 4 da placa de circuito impresso — Ve- CURSO PRATICO DE ELETRONICA . | a, ——— mresowen © caso of ALwenracio Puan tia €° oeSciean ° abso” No Fig. A19.4 rifique os locais em que’ devem ser feitas as soldagens, corte o fio cor- respondente e comece por soldar uma das pontas no orificio corresponden- te da placa. Em seguida, solde a ou- tra ponta do fio ao terminal cor- respondente do monobloco. Em am- bos os casos a soldagem deve ser feita rapidamente de modo que o ca lor nfo venha a derreter a capa do fio. V — Conexées (9) e (10) — Ter- minal 5 do monobloco ao terminal 5 da placa de circuito impresso — Ve- rifique os locais em que devem ser feitas essas ligagdes e comece por sol- dar primeiramente uma das pontas INSTITUTO RADIO TECNICO MONITOR. do fio na placa de cireuito impres- so. Em seguida, proceda rapidamen- te & soldagem da outra ponta no ter- minal correspondente do monobloco. Essa soldagem também é feita rapi- damente para que o calor nao derre- ta a capa plastica do fio. VI — Conexées (11) e (12) —Ter- minal 6 do monobloco ao terminal 6 da placa de circuito impresso — Ve- rifique os locais em que devem ser feitas essas ligagdes solde inicial- mente uma das pontas do fio na pla- - ca de circuito impresso. Em segui- da, proceda & soldagem do outro ex- tremo do fio ao terminal correspon- dente do monobloco, A soldagem deve ser rapida para que o calor nao afete a capa do fio. VII — Conexiio (18) — Fio de an- tena ao monobloco — Descasque uma das pontas de um pedaco de fio fle- xivel de aproximadamente 1 metro e solde-a no terminal de antena do monobloco (sétimo terminal). Esse fio podera ser dotado de uma garra jacaré na outra ponta para se fazer sua ligacéo a uma antena maior, no caso de se desejar maior sensibilida- de para o receptor na faixa de On- das Curtas, VIM — Conexées (14) ¢ (15) — Monobloco ao terminal de terra da placa — Essa conexfio é feita utili- zando-se um pedaco de fio de uns 10 em de comprimento, sendo descasca- dos cerca de 4 ou 5 mm de suas pon- 8 tas. Uma das pontas é soldada di- retamente A careaca do monobloco no ponto indieado no Plano Geral de Montagem. A outra ponta pode ser ligada no terminal de carcaca do ca- pacitor varidvel montado na placa de circuito impresso, conforme mostra 0 Plano Geral de Montagem, Na proxima ctapa faremos as in- terligacdes entre os conjuntos (fon- te, etapa de RF e FI ¢ amplificador de Audio), obtendo o receptor com- pleto. A19.6 — INTERLIGACAO DAS ETAPAS — (fase final) Etapa de RF e FI — Etapa de audio — fonte de alimentacio Guiando-se pela figura A19.4, onde esto mostradas as conexdes entre as trés placas que formam o receptor completo, o aluno deve iniciar por preparar suas ferramentas, aquecen- do bem o soldador e colocando os trés conjuntos (fonte —amplifica- dor — etapas de RF e FI) em posi- cao para a realizacio das conexées. Todas as ligacdes devem ser fei- tas com fios relativamente curtos, de modo que indutancias e capacitan- cias parasitas nfio venham provocar realimentagdes que afetem o funcio- namento do radio. CURSO PRATICO DE ELETRONICA, I — Conexdes (1) e (2) — Cabo flexivel do alto-falante a safda do am- plificador — Corte um pedaco de ca- binho de 15 a 20 em de comprimen- to; descasque suas pontas, soldando uma delas a um dos terminais do al- to-falante e a outra a um dos termi- nais de saida do amplificador. Como © alto-falante j4 tem um fio ligado, utilizado na sua conexao com o os- cilador experimental, o aluno podera usar esse fio. Observagio: o aluno poderd fazer essa ligagiio a titulo pro- vis6rio, de modo a poder utilizar o alto-falante nas experiéncias com o oscilador experimental que descreve- remos. Os mais caprichosos poderaio usar uma pequena tomada de ligacio de modo a permitir que o alto-falan- te seja desligado do circuito quando for usado nas experiéncias, II — Conexdes (3) e (4) — Alto- -falante ao amplificador de audio — Do mesmo modo que nas conexdes anteriores, utilize um cabinho de 15 a 20 om para ligar o outro terminal do alto-falante & saida do amplifica- dor. Como 0 alto-falante j4 possui um fio de conexfo, pode ser aprovei- tado este, para a conexéo. TH — Conexdes (5) e (6) — Fonte de alimentacfio ao amplifica- dor de 4udio — Pode ser usado o mesmo fio ja existente na fonte, bastando para isso que se retire a garra jacaré existente em seu extre- mo, Neste caso, o fio deveré ter um APRENDA FAZENDO N? 19 comprimento maximo de 25 om. A ligagio 6 feita do pélo positivo da fonte de alimentacdo ao terminal po- sitivo (+) do amplificador. IV — Conexées (7) e (8) — Inter- ruptor ao cabo de alimentago — In- terrompa o cabo de alimentagio con- forme mostra a figura A19.4 ¢ ligue as pontas dos fios aos terminais do interruptor do potenciémetro do con- trole de volume do amplificador. Se for necessario, use um prolongamen- to bem isolado para este fio. V — Conexées (9) e (10) — Polo negativo da fonte de alimentacao ao amplificador — Corte um pedaco de fio flexivel de aproximadamente 25 cm e descasque 4 ou 5 mm de suas pontas. Pode ser usado o préprio fio j4 ligado ao pélo negativo da fon- te que possui a garra jacaré. Neste caso, bastarA tirar a garra jacaré e descascar a ponta do fio. Solde um dos extremos do fio ao pdlo negati- vo da fonte e 0 outro extremo ao ter- minal mareado com (—B) no ampli- ficador de Audio. VI — Conexdes (11) e (12) — En- trada do amplificador & etapa de RF e FI — Corte um pedaco de fio fle- xivel de no m4ximo 10 om de com- primento, descasque suas pontas ¢ verifique no desentho o local de sua ligacfio. Solde uma das pontas ao terminal de entrada do amplificador marcado com (+) e a outra no ter- INSTITUTO RADIO TECNICO MONITOR ce minal mareado com $ na placa das etapas de RF e FT do receptor. VII — Conexdes (13) e (14) — Alimentacfio das etapas de RF e Fl ao amplificador de audio — Corte um pedaco de fio de aproximadamente 20cm e descasque cerca de 4 ou 5 mm de suas pontas. Uma das pon- tas sera soldada ao terminal marca- do com (+) na placa de RF e FI. A outra ponta sera soldada ao terminal postivo (-+B) do amplificador. VIE — Gonexées (15) e (16) — Pélo negativo da fonte a placa de circuito impresso das etapas de RF e FI — Corte um pedaco de fio de aproximadamente 20cm e descasque cerca de 4 ou 5mm de suas extremi- 10 dades, :procedendo & sua soldagem, um lado ao terminal negativo do am- plificador e o outro ao terminal mar- cado com (—) na placa das ctapas de RF e Fl-do receptor, A19.7 — FUNCIONAMENTO E AJUSTES Confira todas as ligacdes, princi- palmente observando as polaridades e, se tudo estiver em ordem, ligue a fonte de alimentacio & tomada. O potenciémetro do amplificador de 4u- dio deve estar na posigio de desliga- do. Todo o conjunto formado pelas trés placas deve estar apoiado numa base de material isolante para esta CURSO PRATICO DE ELETRONICA prova (fig. A19.5), que pode ser pa- pel, papelao, madeira ou vidro. Para maior facilidade, o cabo de antena podera ser prolongado ligan- do-o a uma antena externa, ou um pedago de fio mais comprido que po- de ficar estendido no chao. Ligue o aparelho e coloque o mo- nobloco na posic&io correspondente & faixa de Ondas Médias, Girando o eixo do varifvel o aluno poderé cap- tar com certa facilidade alguma es- taco local. O potencidmetro de controle de volume deve estar na sua posi¢dio de maximo para facilitar a escuta. Os ajustes finais para a colocacio do receptor no seu ponto de maior sensibilidade serfio dados nas li¢des seguintes, LIGAGSES _EXTERNAS APRENDA FAZENDO N° 19 EXPERIENCIA XXVI 1) SISTEMA SENSIVEL A LUZ (I). 2) Finalidade Neste circuito também temos a in- trodugio do LDR no circuito oscila- dor, obtendo o seu controle por meio da luz incidente. Também neste ca- so o oscilador funciona na auséncia de luz, permanecendo em siléncio quando iluminado. Veremos, por meio deste circuito, outra maneira de controlarmos um. circuito por meio de um LDR justa- mente em funcao da sua variacio de resisténcia com a luz. Novamente, teremos sugestdes de como estes componentes podem ser usados em circuitos controlados pela luz, podendo ser empregados em de- Fig. A19.6 EXPERIENCIA XXVi SISTEMA SENSIVEL A cuz I pre ae id a ai i oe, tectores de objetos e pessoas, alar- mes, contadores, ete. 3) Ligacdes externas As ligagdes externas devem ser fei- tas com o oscilador desligado, sendo mostradas na figura A196. Essas | ligacdes devem ser feitas na seguinte seqiiéncia: a) coloque o potenciémetro R2 na sua posicao de “desligado”, ou seja, todo para a esquerda; b) interligue os terminais A e B da ‘ponte; ¢) interligue os terminais E e F da ponte: d) ligue o alto-falante aos termi- nais correspondentes; e) coloque as pilhas no suporte. 12 4) Operacio Depois de completar todas as liga- GGes conforme o item anterior e con- feri-las todas, deve o oscilador para um local bem iluminado de modo que o LDR possa receber uma boa quan- tidade de luz diretamente. (O osci- lador poderd ser colocado nas pro- ximidades de uma janela ou sob uma lampada). Em alguns casos, quando a ilumi- nagio for excessiva, ser conveniente tampar as partes abertas do chassi do oscilador experimental com um papelio ou qualquer objeto opaco, de modo a evitar que 0 LDR receba luz lateralmente (fig. A19.7). Acione o potenciémetro ligando a alimentagao do oscilador e, ao mesmo tempo que fizer sombra sobre 0 LDR, CURSO PRATICO DE ELETRONICA ajuste o potencidmetro de modo a ob- ter a produgio de seu som caracteris- tico. Retirando a mio da frente do LDR, de modo que ele passe a receber luz, © aluno notaré wa modificacio na tonalidade do som emitido. Experimentalmente, pondo e tiran- do a mio da frente do LDR, o aluno pode conseguir um ponto de ajuste ideal de R2 em que o oscilador fun- cione na sombra e deixe de funcio- nar quando iluminado. O ponto de ajuste para se obter esse comporta- mento depende bastante do tipo de _ iluminacao ambiente, Prosseguindo com a experiéncia 0 almo poderé verificar que a sensi- bilidade do LDR também é func&o da cor da luz usada na sua iluminacio. Colocando-se sobre 0 LDR pedacos de papel colorido (celofane), os pon- tos de ajustes do potenciémetro para os quais se obtém o comportamento desejado mudam. 5) Possiveis falhas Excluindo-se a possibilidade de li- gacées erradas ou deficientes ou fa- Ihas nos préprios componentes por uso indevido do oscilador, as causas mais provaveis para um funciona- mento deficiente sao: Sintoma: o oscilador nado opera em qualquer posi¢éo de R2, qual- APRENDA FAZENDO N* 19 quer que seja a sombra produ- zida sobre cle, . Causa provavel: O LDR pode estar recebendo luz lateralmente; co- loque um anteparo opaco por onde a luz puder entrar. Sintoma: 0 oscilador nao opera em qualquer posi¢fio de R2, mesmo quando completamente no escu- ro. Causas proviveis: verifique os con- tactos na ponte de terminais e também o estado das pilhas; ve- ja se as pilhas nfo estao fazen- do mau contacto no suporte. 6) Experiéncia Neste cireuito temos a configura- cao normal do oscilador, obtida na primeira experiéncia que realizamos com a diferenca de que, além disso, temos o LDR no circuito. Conforme sabemos, 0 LDR (“light dependent resistor”) é um compo- nente eletrénico cuja resisténcia va~ ria em fungao da luz. Quando ele recebe luz sua resisténcia é bastante pequena, da ordem de dezenas ou al- gumas centenas de ohms, enquanto que no escuro sua resisténcia pode ser da ordem de muitas centenas de milhares de ohms ou até mesmo mi- Thées de ohms. A realimentaciio é feita justamen- te pela interligacdo dos terminais 4 13 INSTITUTO RADIO THCNICO MONITOR e B que levam o sinal obtido no trans- formador de volta 4 base do transis- tor por meio de R2, que também tem um controle sobre a freqiiéncia do si- nal produzido. Neste caso, entre- tanto, a acdo do LDR no circuito nao ocorre na sua realimentacio, como nas experiéncias anteriores. O LDR fica ligado entre o emissor e 0 co- letor do transistor (fig. A19.8) por meio das conexdes Ee F, com o que a alimentac%o do transistor passa a ser dependente do grau de ilumina- co do LDR. O LDR e o transistor formam por- tanto um divisor de corrente, e a pro- poredo de alimentac&o que o transis- tor recebe 6 funeio do grau de ilu- minagio do LDR, Com uma alimentacaio de tensio menor, 0 ponto em que o oscilador entra em funcionamento é diferente do obtido com uma_alimentacdo Fig. A19.3 PARA ESTA EXPERIENCIA | | | 4 maior, de modo que de certa manei- ra essa tensio de alimentacéo tem uma sensivel influéncia na freqtién- cia de operagio do oscilador que pode ser ainda controlada por meio de R2. Por esse motivo, conforme a resis- téncia apresentada por R2, ou seja, conforme sua posiciio, a luz pode ter um efeito bastante acentuado no fun- cionamento do circuito, colocando em aciio ou parando o oscilador. 7) Possibilidades extras Na figura 19.9 temos o diagrama de um outro oscilador controlado pe- la luz, Neste temos uma configu- ragio denominada “oscilador de re- laxagao”, que funciona com um tran- sistor unijun¢io. O transistor uni- jungao diferencia-se dos transistores bipolares que estudamos nas ligdes deste curso por apresentar apenas uma junedo em lugar de duas, ou se- APRENDA FAZENDO N’ 19: _ ae Fig. A19.9 Ja, possui apenas duas regides semi- micondutor de tipo diferente, 6 0 condutoras (fig. A19.10). emissor (E) do transistor. O transistor unijunc&o funciona do seguinte modo: Se aplicarmos uma tensio entre as bases B1 e B2, a corrente circulante pelo transistor sera relativamente pe- quena porque ele apresentaré uma resisténcia relativamente _elevada Fig. A19.10 (10 000 a 20000 ohms). Por outro lado, se ao mesmo tempo aplicarmos A regio maior, que consiste numa _ uma tensdo positiva ao seu emissor, pequena barra de material semicon- nenhuma corrente circulara, porque _ dutor, tem dois terminais que rece- havera a manifestacdo de uma resis- bem os nomes de base 1 ¢ base 2 téncia bastante elevada nesse eletro- (B1 e B2), enquanto que a regifo do (fig. A19.11). Se essa tensio — menor, que consiste numa pequena for se elevando, ocorre um instante ps area em que é difundido material se- em que o ponto de disparo do trans INSTITUTO RADIO TECNICO MONITOR. sistor é atingido, Nesse momento 0 transistor, que apresentava uma re- sisténcia muito elevada no seu emis- sor, passa a apresentar uma resis- téncia muito baixa, ou seja, “dis- para”, e a corrente pode circular en- tre o emissor e a base B1. Fig. A19.11 No oscilador de relaxacao basico, um capacitor é ligado em série com um resistor. capacitor se carrega ent&o lentamente de modo que a ten- sfio em suas placas se cleve gradati- vamente, Quando essa tensio atinge um valor determinado, que seja o ponto de disparo do transistor uni- junco, este “dispara” e o capacitor se descarrega, reiniciando novo ciclo. Neste oscilador que apresentamos como sugestio, a freqiiéncia de ope- ragio depende da quantidade de luz incidente no LDR, porque este con- trola a velocidade de carga do capa- citor. Quanto maior for a quanti- dade de luz, menor sera a resistén- cia do LDR e portanto mais répida 16 a carga do capacitor, Conseqiiente- mente, maior sera a freqiiéncia do sinal produzido. Se bem que a poténcia desse osci- lador seja bastante baixa a ponto de nio poder excitar diretamente um al- to-falante com bons resultados, com o oscilador experimental é possivel fazer sua ligacéo a um amplificador qualquer, O transistor unijuncdo usado é do tipo 2N2646 e a tenso de alimenta- ¢ao do circuito deve situar-se entre 6 e 12 volts, © capacitor Ci determina a faixa de freqiiéncias dentro da qual varia © som produzido. Se este capacitor tiver seu valor aumentado, a faixa se torna mais préxima dos sons gra- ves e se seu valor for diminuido os sons tender&o para os agudos. 8) Questionirio 1) No momento em que a ilumina- cao do LDR é total e 0 oscilador nao opera, o que podemos concluir a res- peito da corrente circulante entre o emissor e 0 coletor desse componen- te? Resposta: © LDR nesse momento apresenta uma. resisténcia relativa- mente baixa, de modo que a maior parte da corrente circula por esse componente e nao pelo transistor. ’ = CURSO PRATICO DE ELETRONICA Como sobra uma corrente muito pe- quena para o transistor este, nao re- cebendo sua alimentacio normal, nao pode funcionar satisfatoriamente e 0 oscilador nfo funciona. EXPERIENCIA XXVII 1) CANARIO ELETRONICO, 2) Finalidade Os efeitos sonoros produzidos pelo oscilador experimental nesta monta- gem sfio bastante interessantes, lem- brando perfeitamente o canto de um canario. Com um pouco de habilida- de no seu manuseio 0 leitor conse- guira que ele oscile produzindo exa- tamente o canto de um passarinho. Novamente, a finalidade desta ex- periéncia é mostrar as muitas possi- EXPERENCIA XX A19.12 APRENDA FAZENDO N? 19 bilidades de controle de freqiiéncia sobre um oscilador por meio da rea- limentacao. Com isso, a realimen- taciio é feita pela propria resistén- cia do nosso corpo que, sendo varia- vel, em fungdo da presséio dos dedos sobre os terminais das pontas, per- mite-nos variagdes de tonalidade que podem imitar 0 canto dos passaros. 3) Ligacdes externas As ligacdes externas devem ser fei- tas com o oscilador desligado, sendo mostradas na figura A19.12, Essas ligacées devem ser feitas na seguin- te ordem: a) coloque o potenciémetro R2 todo para a esquerda, ou seja, na sua posi¢ao de “desligado”; b) _interligue os terminais A e B da ponte; 3 5 3 sali INSTITUTO RADIO TECNICO MONITOR, c) ligne a ponta de prova preta no terminal A da ponte; d) ligue a ponta de prova verme- Tha no terminal F da ponte; e) coloque as pilhas no suporte; f) ligue o alto-falante aos termi- nais correspondentes, 4) Operacio Completadas as conexdes, confira- -as e, se tudo estiver correto, ligue aparelho acionando o potenciéme- tro R2. Gire esse potenciémetro para a direita: o aluno notaré a emis- sao do som normal do oscilador que ira se tornando cada vez mais agudo & medida que o giro para a direita aumentar. Devemos levar o potenciémetro pa- ra a direita até um ponto em que o som se torne bastante agudo (fino), até quase desaparecer, Entdo, apoia- mos os dedos nas pontas de prova e as pressionamos levemente: o som do oscilador mudara de tonalidade sensivelmente, Pressionando ent&o os dedos nas ‘pontas de prova e soltando-os ritma- damente, obtemos variacées de tor que lembram o canto de um canério. O ajuste final do som de modo que ele mais se aproxime do desejado 6 feito em R2, 5) Possiveis falhas Excluindo-se a possibilidade de li- gacGes erradas ou falhas dos préprios 18 componentes por uso indevido do os- cilador, as causas mais provaveis pa- ra um funcionamento deficiente sao: Sintoma: as variacdes de tonalida- de nao sto obtidas facilmente ¢ osom falha ao tocarmos nas pontas de prova. Causas provaveis: pilhas fracas ou esgotadas, ou ainda maus con- tactos no seu suporte; verifique © estado das pilhas e limpe-as Se necessirio. 6) Experiéncia A configuracio basica 6 novamen- te a do oscilador na sua versio da primeira experiéncia, Temos a rea- limenta¢&io feita normalmente por meio de R2, o qual também determi- na a freqiiéncia de operagao do os- cilador. Neste caso, entretanto, te- mos a possibilidade de realizar a rea- limentagao externamente por meio da propria resisténcia de nosso cor- po, de modo que podemos aumenté- -la ou reduzi-la conforme aumenta- mos ou reduzimos a superficie de con- tacto dos dedos com as pontas de prova. A resisténcia que o corpo fornece & circulac&o da corrente e portanto a realimentac&o é funcdo de diversos fatores, como por exemplo a espes- sura da pele e seu grau de umidade. ; CURSO PRATICO DE ELETRONICA Se a pele estiver umedecida, a re- sisténcia seré menor e as variacoes de som obtidas sero maiores. Uma pele grossa e seca, por outro lado, apresenta uma resisténcia clevada ¢ as variagdes de tonalidade produzi- das sio pequenas, Com relacfio intensidade da cor- rente que circula pelo corpo da pes- soa nessa realimentagdo, como é mui- to pequena, da ordem de milésimos de ampére, nfo causa qualquer sen- sagiio e no oferece perigo algum, O aluno nao precisaré se preocupar portanto, pois nfio haveré qualquer perigo de choque. Uma possibilidade de aplicacao para este oscilador controlado pela resisténcia da pele da pessoa é o de- nominado “detector de mentiras” A resisténcia da pele de uma pessoa depende bastante da sua umidade e esta é sensivelmente alterada em fun- Go do estado emocional da pessoa, j@ que as glindulas produtoras de suor podem entrar em acdo nestas condigdes. Assim, sob tensio nervo- — sa, a resisténcia da pele de uma pes- soa sofre variagdes com o que, atra- vés de sua medida, podemos verificar o estado emocional de uma pessoa, — Se esta pessoa for preparada para se submeter ao detector de mentiras, — sob tensio, essas variacdes de resis- téncia que ocorrem na sua pele no momento de uma resposta duvidosa poderaio ser facilmente percebidas pelas variagdes de tonalidade de um oscilador ou ainda por um instrumen- to. 7) Possibilidades extras Na figura A19.13 temos o diagra- ma de um oscilador de relaxaciio, que 6 controlado pela resisténcia da pele de quem segura as pontas de prova. Como a faixa de variacao de freqiién- Fig. A19.13 INSTITUTO RADIO TECNICO MONITOR cias desse oscilador é maior do que a do anterior, as variagées de resis- téncia da pele podem ser percebidas com maior facilidade. B usado neste circuito um transis- tor unijuncio alimentado por uma tensio de 6 ou 12 volts. O ajuste de sensibilidade do circuito é feito por meio do potenciémetro e o capa- citor determina a faixa de variacio de freqiiéncia do circuito. Novamente, neste caso, como 0 transistor unijungao nfio tem potén- cia suficiente para excitar um alto- 20 -falante, um amplificador adicional deve ser usado. O sinal do oscilador deve portanto ser aplicado 4 entrada de um amplificador de audio. 8) Questionario 1) Apertando-se as pontas de pro- va, na configuracio da experi- éncia, o oscilador diminui por- que a resisténcia da pele ee (complete) Resposta: porque a superficie de con- tacto também diminui. SE MUDAR DE ENDERECGO COMUNIQUE IMEDIATAMENTE AO NUNCA ESQUE(A DE MENCIONAR NUMERO DE MATRICULA, NOME E ENDEREQO COMPLETOS NA SUA CORRESPONDENCIA COM © INSTITUTO. - ;

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