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Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude Modelo GPAI-IGFC Introdugdo a Gestdo de Controladoria e Gestdo Financeiraem Empresas de Satide Enio Jorge Salu 41" Edigdo 2018 ISBN Prefixo Editorial: 917645 Numero ISBN: 978-85-917645-9-4 Introdu¢do 4 Gestao de Controladoria e Gestao Financeira de Empresas de Saide Salu, Enio Jorge — 2018 Edicao do Autor — Sao Paulo/SP ‘Agencia Brasileira do ISBN ISBN 978.85-917645.9.4 9 "788591"764594) Enio Jorge Salu Pagina 1 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude indice Pagina Tépico 5 Apresentac3o 3 8 A Terminologia e Conceitos Basicos 8 A.1_ Operacional x Nao Operacional 15. A2__ Rentabilidade ou Resultado 17 A3 Documentos e Praticas Financeiras 17° A311 Fatura 17 A3.2_ Duplicata 17 -A3.3_ Nota Fiscal 17 A3.4__ Nota Fiscal-Fatura 18 A.3.5 Boleto Bancario 18 A.3.6 Cheque 18 A.3.7 Nota Promissoria 18 A.3.8 Sobre Nota Promisséria ou Cheque 19 A.3.9 Escambo 19 A.3.10 “Moeda Eletrénica 19 A.3.11 Imobilizacdo 20 —-A3.12_Liquidez 20 _A3.13 Estoque 20 —-A.3.14. Consignacao 20) A.3.15 Valor Faturado (faturamento) 22 A.3.16 Tributos no Brasil 24 A.A Gest Operacional 25. AS Exercicio de Fixacao Enio Jorge Salu Pagina 2 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude Pagina Tépico 28 28 29 31 32 32 33 36 37 38 40 40 43 46 46 50 Controladoria Contabilidade Plano de Contas Demonstrativos Contabeis Apuracao de Tributos Enquadramento Tributos Mais Importantes no Segmento da Saude Iss IcMs Contribuigdo ao INSS sobre a Folha de Pagamento PIS e COFINS IR e CSLL Incentivos, Subsidios e Isengdes Alternativa Tributaria Dinamica da Contabilidade Gestao de Custos Conceituando Gestao de Custos Diferenga entre'a Gestao de Custos e a Gestao Contabil Gestdo Orgamentaria Conceituando Gestdo Orcamentaria Gestdo Orcamentaria, de Custos e Contabil Enio Jorge Salu Pagina 3 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude Pagina Tépico 51 52 58 62 69 69 70 72 7 77 78 78 79 80 81 83 85 cl C2 c3 DA D2 D3 D4 D.4.1 D.4.2 0.4.3 0.4.4 D.4.5 D.4.6 DS Anexos Gestiio Financeira Gestdo da Receita Gest3o dos Pagamentos Fluxo de Caixa Praticas e Conclusdes Controladoria x Gestdo Financeira Divisdo de Algadas Exercicio Proposto Comentarios sobre algumas praticas na Area da Saude Consignacdo x Aquisico Imobilizagdo x Aluguel Investimento em méo de obra Remessa de Conta x Nota Fiscal — Fatura Desmembramento e Fusdo de Empresas Glosas, Descontos, Cartéis e Repasse Fechamento do Cenario Enio Jorge Salu Pagina 4 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude Apresentacao © Mundo ficou complicado. Esta frase nunca foi téo antiga e tao atual. Escutei pela primeira vez quando era jovem (e isso, pode ter certeza, faz muito tempo) e fazia sentido, escuto hoje e faz mais sentido que antes, e tenho como certeza absoluta que vou escutar no futuro, e Id vai fazer ainda mais sentido que hoje. Em qualquer pais do mundo a sociedade evoluiu em fungao da necessidade humana de acumular, e consequentemente controlar recursos financeiros. Esta afirmagao choca alguns idealistas e rom&nticos, mas qualquer pessoa que jé tenha passado por alguma situagdo de desequilfbrio financeiro sabe que jé hd algum tempo, além da subsisténcia, tudo que se deseja fazer esta vinculado ao poder econémico que se possui. Ha algum tempo as pessoas conseguiam se divertir sem empenhar recursos financeiros, hoje isso é praticamente impossivel — até para ter acesso aos eventos gratuitos as pessoas gastam recursos com deslocamento, necessitam se trajar minimamente de acordo com 0 piiblico, etc. O fato de viver em sociedade trouxe uma espécie de competicdo entre as pessoas, e esta competic¢ao custa. Quando era jovem, vi empreendedores partindo com a “cara e a coragem” para abrir um negécio e, tirando a coragem (que sé os empreendedores tém), o que a pequena empresa necessitava era muito simples — os controles eram muito simples —e manter a empresa funcionando e saudavel financeiramente era muito simples. Isso mudou “da gua para o vinho de garrafao” e vai continuar mudando “do vinho de garraféo para o vinho sofisticado”. Uma série de fatores tornou extremamente complexa a gestiio financeira das empresas — alguns exemplos: Enio Jorge Salu Pagina 5 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude * A obrigatoriedade ... a regulamentacdo ... a certificagao. Elementos que dao a seguranca de que a empresa funciona conforme (em conformidade) com praticas recomendadas de gestdo e sustentabilidade financeira. Isso exige especializago ... e custa; * Atecnologia, que tanto ajuda a melhorar os processos elevando o nivel de rentabilidade das empresas. Isso exige especializagao e investimento, e custa; * Aprépria especializaco. Vamos citar um caso simples: antes um dentista fazia tudo na nossa boca, hoje existem especialistas para limpar, para substituir, para reparar, e isso custa; * Especificamente no setor da satide, a rastreabilidade de medicamentos — ninguém discute a necessidade, mas isso custa. Estas coisas, estes controles de atividade, vao sempre evoluindo, trazendo mais seguranca e até maior rentabilidade para as organizagdes, mas aumentam os custos a ponto de restringir as iniciativas da maioria dos empreendedores — agora ndo dé mais para empreender sé com coragem: é necessério um investimento maior do que antes, e que sera um investimento irrisério amanha. Neste cenério, a controladoria e a gestao financeira das empresas foi ficando cada vez mais complexa, mais sofisticada ... e mais necesséria ! Os gestores, imbuidos de empenhar tempo para se especializar cada vez mais na sua atividade (o médico se empenha para se manter atualizado em medicina, 0 engenheiro em engenharia, etc.), tem agora extrema necessidade de dominar os conceitos fundamentais da controladoria e das financas, porque para gerir a rentabilidade do seu setor, necessita entender como a controladoria e a 4rea financeira tabula suas receitas e gastos — como atuar na rentabilidade sem entender 0 que é isso ? Como controladoria e financas sao ciéncias extremamente complexas, é muito dificil que um gestor com outra formacao e vocacao se proponha a dominar cada uma das suas disciplinas. Para se graduar contador, por exemplo, a pessoa estuda 4. anos, sé contabilidade — nao é possivel que o gestor esteja disposto e tenha tempo e recursos para isso. Enio Jorge Salu Pagina 6 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude Neste cenério a proposta é que os gestores entendam conceitos fundamentais, pratiquem a construgao de ferramentas basicas utilizadas pela controladoria e finangas, e entendam como podem utilizar os instrumentos produzidos por estas dreas da organizacao para melhorar o resultado da sua. O Modelo GPAI-IGFC se propée a discutir os conceitos mais fundamentais ~ os mais basicos — que envolvem a controladoria e a gestio financeira das empresas, dando foco no segmento da satide, na medida do necessdrio para que o gestor saiba diferenciar porque existem controles diferentes, que apresentam numeros diferentes, e mitigar o indevido julgamento que um leigo possa ter ao comparar numeros de relatérios diferentes, e achar que “como nao batem estao.errados”. Este modelo tem apenas a pretenso de fornecer subsidios para que os gestores entendam a razo pela qual os controles existem, para que servem e, principalmente, em que situacao nao se deve utilizar. um deles. Se sua intengao é se aprofundar, aumentar seu conhecimento ja adquirido, em contabilidade, orgamento, custos e finangas, porque é um profissional j4 formado nestas disciplinas, recomendo que nio faca uso deste modelo. Caso contrario, se for um gestor de uma unidade de negécios ou de uma empresa do segmento da satide e nao tem formacao sobre estas disciplinas ainda, o modelo lhe sera extremamente util e pratico. Boa leitura | Enio Jorge Salu Pagina 7 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude A Terminologia e Conceitos Basicos Como em qualquer area de conhecimento, no Brasil devemos ter a precaugao de alinhar a terminologia antes de qualquer coisa. O brasileiro tem por cultura apelidar palavras com sentido pejorativo ou até antagénico, associando determinadas praticas as legislagdes que ndo existem Certa vez uma pessoa me perguntou se podia processar uma pessoa que depositou um cheque pré-datado “antes da hora”. Disse a ele que nao existe qualquer situagdo em que uma pessoa nao possa processar outra— que processar é um direito. E disse que ele nao tinha a menor chance de ganhar, porque legalmente nao existe cheque pré-datado. Foi dificil para ele entender as duas coisas, primeiro porque no Brasil se associou a figura de que um processo é algo relacionado a um crime, ou coisa do tipo, e depois porque ele entendia que como todo cheque tem um campo para ser datado, associava a ideia de que a data define quando 0 cheque pode ser descontado, e nao a data de emissiio do cheque, que é um documento de crédito a vista, independente da data que estiver grafada nele. Entdo, para discutirmos os varios fundamentos dos capitulos que vem a seguir, primeiro vamos equalizar a terminologia, assim se entrarmos em um capitulo que cita uma duplicata, j4 terémos entrado em acordo sobre o que significa isso. A.1_ Operacional x Nao Operacional Se é que se pode dizer desta forma: entre os conceitos fundamentais, este é 0 mais fundamental ... e gera grande confusao, porque em qualquer andlise que envolva Controladoria ou financas ele esté presente e norteia todas as anidlises. As organizagées existem para uma determinada finalidade. O que é vulgarmente chamado de “atividade fim”, ou em inglés “core business”. Pode ter varios produtos, e até ser uma comunhio de atividades diferentes. Enio Jorge Salu Pagina 8 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude E mesmo se tiver uma Unica atividade fim, geralmente é composta de unidades de negdcios, que sao “partes ou segmentos da empresa” que ao atuarem permitem que a empresa atinja seu objetivo. A “atividade fim” pode ser traduzida no meio juridico como objeto social da empresa, que consta no seu contrato social. O contrato social é o instrumento de constituicdo da empresa, cujo processo de registro é extremamente regulamentado. Mas aqui ndo vamos seguir esta linha de associagéo porque existem empresas dos mais variados tamanhos cujo objeto social é um, @sua atividade fim é outra ! Vamos associar a “atividade fim” nao 8 razdo pela qual a empresa existe, mas ao que ela produz na esséncia — ogrupo de produtos que ela entrega para a sociedade. Exemplos: * Sou sécio de uma empresa de consultoria e treinamento. Sao duas atividades diferentes: intimamente relacionadas pela forma como a empresa atua no mercado, mas diferentes — consultoria e ensino; * Conhego pessoas que tem empresas de consultoria — apenas consultoria— uma Unica atividade fim; * Conheco diversos hospitais cuja atividade fim é cuidar da satide de pacientes — uma Unica atividade fim: hospitalar; * Econheco diversos hospitais que tem como atividade fim, cuidar de pacientes, e fornecer cursos a0 mercado: residéncia, cursos de especializagao, pés- graduacio, etc. Mais de uma atividade fim: hospitalar e educagao. Neste exemplo de hospital, cuja Unica atividade fim é hospitalar, este hospital pode ter vérias sub atividades — por exemplo: pronto socorro, maternidade, interno, ambulatério, etc. Nao sao atividades diferentes — todas se prestam a cuidar da satide dos pacientes: mas so unidades de negécios diferentes — é muito diferente o “negécio” atender paciente no pronto socorro, e 0 “negécio” atender paciente no ambulatério, embora pela mesma empresa. Com esta visio de “atividade fim” e “unidades de negécios”, vamos alinhar 0 conceito de operacional e no operacional. Enio Jorge Salu Pagina 9 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdugdo 4 Gestéo de Controladoria e Gestio Financeira em Empresas de Satide — «| i ib wie a i | Terminologia e Conceitos Basicos ceinscadores Modile Gal - Gestio do Planejamento, adminsragio Enio Jorge Salu Pagina 10 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude Quando vamos analisar a rentabilidade de uma empresa, ou analisar a rentabilidade de uma unidade de negécios de uma empresa, ou contabilizar, ou gerir custos, tracar um plano orgamentério ... em qualquer caso, ndo podemos misturar 0 que a empresa faz porque necessita para atingir seu objetivo, para se manter, com tudo o que ocorre na empresa. Quando vamos analisar a rentabilidade de uma clinica e comparar com outra, se misturarmos as contas que a clinica paga que nao tem nada a ver'com a atividade fim dela, podemos chegar a conclusdo que a clinica da prejuizo, ena verdade & lucrativa — 0 resultado pode apontar prejuizo ndo porque a atividade da clinica & deficitéria, mas porque a clinica paga contas pessoais dos sécios, que nada tem a ver com a atividade fim dela. Duas clinicas podem ser exatamente iguais em termos de rentabilidade — se uma paga contas particulares dos sécios e outra no, uma vai parecer ser mais rentdvel que a outra, Se vamos comparar um hospital que também tem uma escola, com outro que nao tem, devemos separar nas nossas contas somente o que ele ganha e gasta coma atividade hospitalar, sendo vamos compatar coisas incomparaveis. Quando definimos 0 escopo da'comparacao, estamos delineando o que 6 operacional: * Ento, neste exemplo.de comparagao destes dois hospitais, chamamos de operacional o que tema ver com tratar pacientes (hospitalar), e nao operacional aquilo que ndo tem nada a ver com 0 tratamento dos pacientes (a escola). © Ese estivermos comparando a escola deste hospital, com uma escola que oferece os mesmos cursos para a sociedade, n3o podemos considerar na comparacao da escola do hospital aquilo que se relaciona com o atendimento de pacientes — apenas aquilo que se refere a sua escola. O que se relaciona com aquilo que estamos analisando é operacional - 0 resto chamamos de nao operacional. Enio Jorge Salu Pagina 11 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administra¢do e Indicadores — Médulo IGFC Introdugdo 4 Gestéo de Controladoria e Gestio Financeira em Empresas de Satide isicos a 2 o 3 5 oO vo Be] 3 £ E E 5 Modile Gl - Gastio do Planejamento, Adminstagio © incicadores Enio Jorge Salu Pagina 12 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude Tudo que se faz em controladoria e financas se refere as movimentacdes financeiras. Movimentacao financeira pode se referir a movimentagao de dinheiro, ou do valor monetério de determinada coisa. Quando existe uma saida de dinheiro, ou perda de recurso financeiro em uma empresa, chamamos de desembolso. Associando desembolso ao conceito de operacional e nao operacional, classificamos os desembolsos basicamente em: * Desembolso Operacional: 0 Saida de recurso financeiro que a empresa necesita realizar em fungdo da atividade operacional; © Por exemplo: saldrios dos funcionarios envolvidos na operago, insumos necessarios para a producdo dos seus produtos operacionais, etc.; * Desembolso Nao Operacional: 0 Saida de recurso financeiro que a empresa realiza, mas no em fun¢do da atividade operacional; © Por exemplo: se a empresa tem dinheiro de sobra e aplica em um fundo de investimento. A aplicac3o.é uma saida de dinheiro que nao tem nada aver com a sua atividade operacional — a ndo ser que a atividade operacional da empresa seja atuar no mercado financeiro, a saida deste recurso nao é operacional. A mesma linha de raciocinio temos em relacao ao recebimento: * Recebimento é a movimentacio financeira de entrada de recursos; * Recebimento Operacional: o Eaentrada de recursos que tem a ver com a atividade operacional; © Por exemplo: 0 dinheiro que entra em um hospital em contrapartida ao atendimento do paciente; * Recebimento Nao Operacional: © Aentrada de recursos que no tem a ver com a atividade operacional; © Por exemplo: juros recebidos em uma aplicacao financeira. Enio Jorge Salu Pagina 13 de 100 Modelo GPAI - Gestdo do Planejamento, AdministracGo e Indicadores ~ Médulo IGFC Introdugdo 4 Gestéo de Controladoria e Gestio Financeira em Empresas de Satide % nes serous = sarsviedSin = supers opieaswupy ‘ausilsuetop onse0 =1W0 9=p0N (esaudw ep je190s jedeo op oquawine) so1s9s sjeuojsesado sesadsep 2 soysno woo opseja4 Wa], ‘ap auode ‘suaq ap. “sopiqaoa. ssojdwaxg, i sam ie weauinbpe saja anb oe epmedequo> steuo}sesado sesadsap 2 soysno woo ogSe|=i We} OLN sa saqual9 Sop opiqaoai 9 anb o ayuawiesiseg sOdIseg SO}199U0D a eIZojoulWa] Pagina 14 de 100 Enio Jorge Salu Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude A2 Rentabilidade ou Resultado Qualquer atividade, sob o ponto de vista econémico, ou existe para gerar recursos financeiros, ou deve ser orientada para se sustentar, ou seja, para continuar existindo deve ter recursos financeiros necessarios para, pelo menos, compensar seus gastos (pagar suas contas). Em qualquer empresa, de qualquer tamanho, em qualquer segmento de mercado, seja empresa publica, privada ... sempre existe a necessidade de comparar os recursos financeiros que entram, e os recursos financeiros que saem — isso & chamado de célculo da Rentabilidade. Como se trata de fazer contas, subtraindo das receitas (o que entra de recursos financeiros) os desembolsos (o que sai de recursos financeiros), a apuracao da rentabilidade também é chamada de Resultado (resultado da conta de subtragdo). A Rentabilidade pode ser apurada sob diversas vis6es: © Daempresa: © Significando calcular considerando absolutamente todas as receitas e os desembolsos, sem filtrar qualquer tipo de receita ou de desembolso; © Oresultado indica entao'a rentabilidade da empresa; © Daatividade fim: © Neste caso so consideradas apenas as receitas e desembolsos operacionais; © resultado neste caso é operacional e pode indicar: * \ Atentabilidade da atividade fim da empresa, se 0 objeto de anélise for este; = Arentabilidade de uma unidade de negécios, se a andlise segmentar as unidades de negécio da atividade fim da empresa; © Daatividade marginal da empresa: © Neste caso sao consideradas as receitas e desembolsos nao operacionais, ou seja, serd apurada a rentabilidade nao operacional da empresa. Enio Jorge Salu Pagina 15 de 100 Modelo GPAI - Gestdo do Planejamento, AdministracGo e Indicadores ~ Médulo IGFC Introdugdo 4 Gestéo de Controladoria e Gestio Financeira em Empresas de Satide # nes storou - —— - slopes opSearuuny ‘uauenussop opis -1nuo ospor (oeSerado ; ; - ay steuopesado sreuoiserado (o= opies) “opiedaiBas uias) || O8N Sosjoquiasag | sosjoquiaseg ozinfaud emotes || janet ae sosjoquiaseq, - 7 rene a apepinne ewin we || apepiane ewin Wa - sieuoiesedo ogN || steuorevedo cogu anb opeynsas | “ueue?? ®Pi2d | optuiguode ouueD sowougoou soqUaWUIqa92y soquawuiqaoey 2p ogseindy sOdIseg SO}199U0D a eIZojoulWa] Pagina 16 de 100 Enio Jorge Salu Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude A3 A3.. A.3. A3. A.3. Documentos e Praticas Financeiras 1 Fatura Relacdo de produtos com respectivos precos, vendidas a uma pessoa fisica ou juridica. Ao transferir um bem, produto ou a entrega de um servico, @ fatura é 0 instrumento que formaliza o que foi entregue ou feito. 2 Duplicata Titulo de crédito pelo qual o comprador se obriga.a pagar o valor da fatura, ou fracdo dela, no prazo estabelecido na fatura. O nome duplicata vem justamente da época em que a fatura era datilografada, e uma cépia carbonada (a duplicata) era o espelho fiel da parte da fatura que se tratava da divida que o cliente estava assumindo em relacao ao fornecedor. 3 Nota Fiscal Notificacao ao Fisco (ao governo) do registro da transferéncia de um produto, ou servico, de forma definitiva ou temporaria No momento da formalizacao da nota fiscal, os tributos (impostos, taxas € contribuigdes) relacionados passam a serem devidos pelo fornecedor e/oucliente para o governo. Deixar de notificar o governo (deixar de emitir nota fiscal) é crime de sonegacao. Cupom fiscal é uma nota fiscal (notificago ao fisco) simplificada. 4 — Nota Fiscal-Fatura E a jungao da Nota Fiscal com a Fatura em um Unico documento. Enio Jorge Salu Pagina 17 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude A.3.5 Boleto Bancario E um mero documento contendo instrugées para pagamento: * Nao é Fatura, nem Duplicata, nem Nota Fiscal. A3.6 Cheque E uma Ordem de Pagamento a Vista, que o banco vai pagar, por ordem do emitente; A data que consta no cheque é a data de emissao (deve ser preenchida com a data em que o cheque foi preenchido): * “Pré-datar” é uma combinagao sem valor legal; * Independente da data de emissao, continua sendo a vista; Quem vai pagar é 0 banco emissor, de acordo com a disponibilidade e crédito do correntista, ou seja, o devedor é 0 emitente e nao 0 banco. A3.7 Nota Promisséria Promessa de Pagamento de uma parte para outra — diferente do cheque: * Se tiver data de liquidaco, a divida sé tem valor a partir desta data — sendo é um tituloa vista; * Quem vai pagar é 0 promitente (quem prometeu pagar). A.3.8 Sobre Nota Promisséria ou Cheque Se possuir favorecido, a divida sé pode ser recebida pelo favorecido, caso contrério é um titulo ao portador, ou seja, quem estiver “portando” o documento tem o direito de executar (receber); © O favorecido pode transferir a divida para outro, ou transformar 0 titulo ao portador escrevendo no verso e assinando (endossando). Enio Jorge Salu Pagina 18 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude A3.9 A3.10 A3AL Escambo Troca (ou permuta) sem o uso de dinheiro: * Bem por bem, produto por produto, bem por servico, produto por servico, etc.; * Nos casos em que é permitido: © Eutilizado como “alternativa tributaria” — a troca & subvalorizada e a carga tributéria diminui; * Quando nao permitido © Se praticado, configura sonegagao de tributos. Moeda Eletrénica Exemplos: Bitcoin e Pontos do Cartao de Crédito: © Transago financeira sem intermedidrios (sem entidade administradora central), inviabiliza que qualquer autoridade financeira ou governamental possa manipular a emissao e 0 valor, razdo pela qual nao existe garantia legal; * Na pratica é uma forma de escambo com o uso de uma moeda ndo regulada; * Como no é regulada, nao pode ser contabilizada segundo as praticas e recomendacées da Comissao de Valores Mobilidrios (CVM- MF); * Moedas como os Pontos do Cartdo de Crédito ndo tem cotacao: cada instituigo que transaciona com ela estabelece o seu valor. Imobilizagéo Na esséncia, empenhar recursos em bens iméveis (comprar iméveis): © Termo também utilizado quando se trata de empenho de recursos financeiros em bens durdveis — maquinas, equipamentos, e em determinados casos até matéria-prima (estoque). Enio Jorge Salu Pagina 19 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude A.3.12 Liquidez Ou disponibilidade. Recursos financeiros que estdo disponiveis: * Que praticamente nao necessitam de tempo para serem vendidos e transformados em dinheiro (ou crédito) A313 Estoque Materiais adquiridos que esto a disposi¢ao para produzir, ou manter a empresa em funcionamento, ou produtos produzidos ou em processo de produgao: * Em determinadas situacées pode se referir ao contingente de bens 3.14 Consignag3o Ato de trabalhar com o estoque do fornecedor, s6 pagando por ele quando o material for utilizado, Variagées: * — Consignacao em Estoque: © Fornecedor deixa seus produtos no estoque do cliente; © Consignacao Just in Time: © Fornecedor entrega o produto (geralmente opcées) no momento em que existe a previsdo de ser utilizado. A.3.15 Valor Faturado Vulgarmente chamado Faturamento da Empresa, o termo pode ser confundido com o nome do departamento que emite as faturas — faz o faturamento — e geralmente tem este nome: departamento de faturamento, area de faturamento, ou simplesmente faturamento. Enio Jorge Salu Pagina 20 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude Terminologia e Conceitos Basicos Faturamento, ou Valor Faturado em um Periodo + Relacio Totalizada das Faturas do Periodo: Este Total (total do faturamento ou total das faturas) 62 base do recolhimento dos tributos mais Importantes Valor dos Vator contas Contes SIRS Limpas Fedhadas (capeantes) Na area da satide existem diversas etapas para a realizagao da receita (transformago dos servicos prestados em receita — dinheiro em caixa): * Valor das Contas Fechadas, obtido no momento em que se consolida a divida do cliente em forma de conta — conta hospitalar, por exemplo; * Valor das Contas Limpas, obtido no momento em que, apés a auditoria externa realizada pela fonte pagadora (convénios, por exemplo) sao feitos os ajustes definitivos nas contas — eliminando os excessos (sujeiras); * Valor Faturado: valor da conta formalizada (quando se torna fatura); * Valor Recebido, que é 0 valor recebido do cliente, geralmente inferior ao. Valor Faturado: © Pode haver glosas (descontos aplicados pelo cliente) ©. Pode haver desconto financeiro (parcela que fica com a operadora de cartdo de débito / crédito, tarifa bancaria do boleto, etc.) Todos estes valores so diferentes — 0 Valor Faturado é 0 mais adequado como referéncia de custos e anilise de rentabilidade, porque dentre todos estes, é 0 valor base para o célculo dos tributos (impostos). Enio Jorge Salu Pagina 21 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude A.3.16 Tributos no Brasil ‘Terminologia e Conceitos Basicos “wits no Bait Imposto Federal Estadual ou Tributos | Contribuigio ee Municipal Taxa © Brasil é um pais em que a carga tributaria & dos maiores do mundo, e este nao é © Unico fator negativo — tem o sistema tributdrio mais complexo do mundo. Existem tributos de 3 formas diferentes (Impostos, Contribuicdes e Taxas) nos 3 Ambitos governamentais: federal, estadual ou distrital, e municipal: Considerados todos os tipos, dezenas de tributos Consideradas todas as variacdes que podem ter (isencées, incentivos, agravos, etc.) - milhares de condicées. Uma discussao mais detalhada sobre o tema pode ser obtida no Modelo GCST — Gesto de Custos de Produtos Hospitalares, de Clinicas e de Consultérios. No Brasil os tributos'so um dos mais importantes gastos das empresas, havendo tributos'com caracteristica de custo, e outros com caracteristica de despesa. Aquele modelo (GCST) dé foco em alguns tributos mais relevantes para a gestdo de custos. Aqui no modelo GPAI-IGFC, no capitulo Contabilidade, vamos apenas dar foco no Imposto de Renda (IR) e na Contribui¢ao Social sobre o Lucro Liquido (CSLL) — 0 quadro a seguir ilustra uma pequena lista de tributos importantes. Enio Jorge Salu Pagina 22 de 100 Modelo GPAI - Gestdo do Planejamento, AdministracGo e Indicadores ~ Médulo IGFC Introdugdo 4 Gestéo de Controladoria e Gestio Financeira em Empresas de Satide nies or o13 = sg RUE nn = ssvopeo;pursogiensuupy “owauefauels OP OFIS25 = I¥éD ORPOW ee SLoS ESE S| Sem ery envy didn yy/d eve uaa je S55 | OURGIN JeLONHaL 2 epaia ood ‘at Ww cnsodu renuy | n/e epen jeuan 401/56 sasovowoine soyn2jon 91905 o2sodtu ‘yaa sa/opesa orsoduy, 9 4an/d even—ewowermey/s9@ | seuopeaiou ap ogtejaap aiqos xsodunn | swo | 4a/opena cnsodu resuaw | SOUBES /$ % ‘obyuag ap oduiay Jod enjuese9 ap opuns slog ‘ogwn ‘ogtinguyuoy oworo 04 opSeuodro ep sren/s5%§ | ——_—sagSeuodo oigos ood 3 ozwn sod ewaraiog | oped ep Jojen 96 sepbetodi 21905 oxsodt A oeun arsed ves seaaueuy sogseuen 94 se1oaueuy sopieiedo o1gos oxsodu sol oeun ‘sod ue ‘opeamie} soren /5% Sopezyeinsnpuy soanpoad egos orsoduay gun orsodu, resvo sues /s%02 eugpuepwaig oFtinaive) ° oewn oghingunuo3 resuaw | opesmey 40jen /s 409 % € + dd % S9'0 ‘WIDOSNI / d3S¥d / Sid seue gun ‘ogtinguauey SEION eyouaproul ‘WON ouquiy ody i I qf ii if Hi ioe ' sequeuedy somnqut ap sodworg | epemerien | srmemen So3!Seg SO}a2U0D 2 eIZOjOUWa) HWseag ou soynquis Pagina 23 de 100 Enio Jorge Salu Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude A.4 _ Gest&o Operacional ‘Terminologia e Conceitos Basicos Gestdo Operacional Controladoria Gestdo Financeira e ea g 2 3 a 3 5 $3 5 38 ge 8 Gestdo Operacional é a retaguarda administrativa e financeira que permite 8 empresa manter o controle sobre suas finangas: © Controle das receitas e gastos; * Planejamento financeiro; © Cumprimento das obrigagGes legais, especialmente em relacao ao Fisco (governo — legislagdo tributaria). Organizamos a Gestdo Operacional em 2 areas de conhecimento: © Controladoria: © Tem foco no registro das movimentacées financeiras que ocorrem na empresa; co Registra de forma adequada o passado, apura resultados e projeta o que pode acontecer no futuro de forma sistematica; © “Aponta de forma padronizada a situacdo patrimonial da empresa; © Gestdo Financeira: * Tem foco na operacionalizacao das movimentacées financeiras © Econjunto de controles que tentam garantir que elas sejam realizadas com seguranga, evitando descaminhos. Enio Jorge Salu Pagina 24 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude AS Exercicio de Fixagdo Este capitulo discorreu de forma resumida sobre conceitos que possuem vasta bibliografia - imagine a quantidade de teses que jd foram formuladas por alunos de cursos de graduagdo e pés graduacdo a respeito de cada pardgrafo ! Vamos propor que dentre todos estes conceitos, para fixar o “fundamental entre 0s fundamentais”, vocé faga andlise de uma lista de eventos financeiros da sua empresa e para cada um deles classifique se é: * Desembolso — 0 evento se refere a saida de recurso financeiro da empresa * Recebimento — o evento se refere a entrada de recurso financeirona empresa * Operacional —o evento se refere a atividade fim, ou a unidade de negécios que est sendo analisada * Nao Operacional —o evento néo se refere a atividade fim, ou a unidade de negécios que est sendo analisada. Exereicio| Modelo GPAI ‘Geshe do Panelamento, Aderinistaglo gncicadones Desembolso Recebimento Operacional No Operacional Evento: Nos cursos e oficinas que desenvolvemos, costumamos praticar a partir de uma lista de eventos que ocorre em um hospital. Desta forma classificamos os eventos tomando como critério de anilise a associacao do evento com o fato de que a atividade fim do hospital é tratar de pacientes. Enio Jorge Salu Pagina 25 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude Caso queira praticar da mesma forma, segue a lista dos eventos do exercicio em sala de aula: a) Aluguel de um depésito na vizinhanga utilizado para armazenar medicamentos utilizados no tratamento dos pacientes b) Aluguel de um depésito na vizinhanca utilizado para armazenar bens ndo mais utilizados, que os sécios vao vender ou doar ¢) Aluguel de uma sala para que os funciondrios mantenham o seu grémio recreativo d) Aluguel de uma sala vazia para uma empresa que armazena cestas basicas que fornece para funciondrios de outras empresas e) Aluguel de uma sala vazia para uma empresa que armazena cestas basicas que fornece para funciondrios do hospital f)Aplicagao Financeira realizada com o saldo do\caixa diario. g) Aquisicao de um terreno em outra cidade para futura expansdo do hospital h) Aquisigdo de veiculo para sécio se deslocar para trabalhar na empresa i) Aquisigdo de veiculo para sécio utilizar em atividades de lazer i) Aquisigao de veiculo para transporte de malote k) Despesa com registro de marca/patente de uma técnica desenvolvida na empresa 1) Empréstimo concedido para funcionério m) Empréstimo concedido para sécio n) _Empréstimo contratado no banco para cobrir custos referentes a0 atendimento dos pacientes ©) Empréstimo contratado no banco para repassar ao sécio, a titulo de distribuigdo de lucros p) IPTU(Imposto Predial e Territorial Urbano) do edificio que o hospital adquiriu para, no futuro, ampliar suas instalacdes q) _IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) do edificio que o hospital utiliza para atender seus pacientes r) _ ISS (Imposto sobre Servicos) referente ao faturamento do hospital contra a operadora de planos de saude s) _Juros recebidos de aplicacao financeira no banco t) _Juros recebidos referente a empréstimo aos funciondrios u) Manutengdo dos equipamentos de informatica v) Multa paga referente ao atraso no pagamento de uma conta Enio Jorge Salu Pagina 26 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude w) Obra de reforma do edificio x) Pagamento de aco ganha por cliente y) Pagamento de aco ganha por oportunista 2) Pagamento de consércio para aquisic3o de um tomégrafo aa) Pagamento de dano ao dono do imével vizinho de um edificio da empresa, adquirido, mas ainda nao utilizado bb) Pagamento de indenizagdo trabalhista cc) Pagamento de pro labore dd) Pagamento de salarios dos funcionarios ee) Pagamento de seguro contra incéndio ff) Pagamento para a concessionéria de energia elétrica referente ao consumo das unidades de internagao ge) Pagamento para a concessionéria de energia elétrica referente as areas comuns do hospital (estacionamento, jardins, etc.) hh) Pagamento para fornecedor de crachas e uniformes de funciondrios ii) Pagamento para fornecedor de medicamentos utilizados no tratamento dos pacientes ji) Pagamento para sécio referente a distribuicao de lucros kk) Pagamento realizado para chefe de milicia a titulo de protecao ll) Pagamento realizado para/um agente publico para acelerar 0 processo de aprovacaio da renovagdo do alvaré de funcionamento mm) — Recebimento de operadora de planos de satide, referente a uma conta hospitalar apresentada pelo hospital nn) Recebimento de operadora de planos de saude, referente aos juros por atraso no pagamento de uma duplicata 00) Valor recebido pelo fato do sécio ter dado uma palestra em um evento no sindicato patronal Enio Jorge Salu Pagina 27 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdugdo 4 Gestéo de Controladoria e Gestio Financeira em Empresas de Satide B Controladoria Tominaga acer bias Como o préprio nome sugere, controladoria é um conjunto de atividades de controle. Os controles visam assegurar que, em relacdo as movimentacées financeiras, tudo esteja sendo feito em conformidade com as leis as normas. Dai a associagio desta atividade com o termo “financial compliance”, como sendo © foco da controladoria nas empresas. Dé Uma forma ou de outra, em menor ou maior escala, a controladoria é executada'em todas as empresas, e as melhores praticas de mercado sugerem seu estudo e aplicaco, dividindo em 3 dreas de conhecimento distintas: contabilidade, gestao de custos e controle orcamentario. Bal Contabilidade Controladoria Contablidede Plano de Contas Gearee ies) Fara T a ite) cc) Perit feqeadecuonreel Fee eueaetcrs Finaniceiras setscoccuteracpmam aide snecing ay = ata Enio Jorge Salu Pagina 28 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude Contabilidade é o controle mais padronizado da empresa, entre outras, por 3 razdes fundamentais: 1. O registro contabil (a forma como os registros devem ser feitos) deve seguir padrées definidos em leis (govern) e normas (de conselhos profissionais € érgdos representativos de entidades de classe); 2. Os demonstrativos contabeis da empresa sao a base para o cdlculo dos tributos, portanto se forem manipulados indevidamente, intencionalmente ou nao, podem significar sonegacao fiscal; 3. Os demonstrativos oficiais da empresa, para serem validos, necessitam ser assinados por contabilista regularmente registrado (profissional que tenha registro no CRC - Conselho Regional de Contabilidade).. Para entender a importancia da contabilidade, entre outras coisas: * Seaempresa necessita de empréstimo bancério, o banco analisa se ela tera condigées de honrar o pagamento através da andlise dos seus demonstrativos contabeis; © Seaempresa est & venda, o investidor analisa se a empresa é rentavel ou ndo, as dividas que tem, seus bens e todas as caracteristicas de negécio que importam, através dos seus demonstrativos contabeis. Todos os demais controles da empresa nao sdo revestidos da rigidez que os controles contabeis exigem — por esta razdo, mesmo nas empresas mais desorganizadas, mesmo @m emprésas que atuam no mercado de forma ilegal, os registros contabeis so mais confidveis que os demais. B.1.1 Plano de Contas E a base dos registros contabeis: * As movimentagées financeiras so registradas em contas especificas, dependendo do seu tipo — por exemplo: a entrada e saida de dinheiro de uma conta bancaria é registrada em uma conta “Conta Banco X”; * Ascontas do mesmo tipo sao totalizadas (sumarizadas) em uma conta de grupo ~ por exemplo: toda a movimentacdo das contas bancarias ¢ totalizada em uma “Conta Bancos”; * Desta forma é possivel analisar de forma simples a movimentac3o de uma conta bancéria especifica, ou de todas as movimentagdes bancérias. Enio Jorge Salu Pagina 29 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude © Plano de Contas possui todas as contas da empresa, de forma estruturada e codificada: Grupo 1-Ativo © Agrupa todas as contas que se referem aos bens e direitos da empresa © Por exemplo: os iméveis, os valores a receber dos clientes, etc. Grupo 2 - Passivo © Agrupa todas as contas de dividas e deveres da empresa © Por exemplo: 0 que deve aos fornecedores © Eagrupa as contas do Patriménio Liquido que é a diferenga entre o ativo e o passivo (Ativo — Passivo) © Este grupo demonstra a situagdo patrimonial da empresa — neste contexto se avalia o valor da empresa, considerando sua situago financeira de curto, médioe longo prazos Grupo 3 - Resultado Subgrupo 3.1 — Contas Analiticas de Receita * Agrupa as contas de Receita para registrar a entrada de recursos em um determinado periodo Subgrupo 3.2 — Contas Analiticas de Custos © Agrupa as contas de Custos para registrar a saida de recursos referente aos insumos em um determinado periodo Subgrupo 3.3 — Contas Analiticas de Despesas © Agrupa as contas de Despesas para registrar a saida de recursos referente as despesas em um determinado periodo Aanalise das contas deste grupo permite avaliar se a empresa teve resultado positivo (Receitas > Custos + Despesas) ou resultado negativo (Resultado < Custos + Despesas) Em anexo um exemplo de Plano de Contas. Se avaliarmos os planos de contas de todas as empresas, as contas podem mudar significativamente, mas a organizagdo (a estrutura e a padronizacao da codificacao) é praticamente a mesma. Enio Jorge Salu Pagina 30 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude B.1.2_ Demonstrativos Contabeis Sao varios os demonstrativos contabeis. Para cada tipo de empresa (industria, hospital, clinica, etc.), e dependendo do seu enquadramento fiscal (lucro real, lucro presumido, simples, etc.), e dependendo do seu tipo de constituicdo (individual, sociedade limitada, sociedade anénima, etc.), so exigidos uns ou outros, mais ou menos tipos de demonstrativos. Vamos aqui citar apenas os mais comuns, que so obrigatérios para praticamente todas as empresas. Balancete Relatério sintético (resumido), que totaliza os langamentos; Refere-se a um periodo, geralmente mensal; O detalhe do saldo das contas do balancete (cada lancamento nas contas) pode ser aferido em 2 outros relatérios bsicos: * Livro Diario © Langamentos classificados em ordem cronolégica, e dentro do dia, por conta; * Livro Razéo © Langamentos classificados por ordem conta, e dentro da conta; em ordem cronoldgica. Demonstrativo de Resultado £0 nome dado ao relatério que totaliza e calcula o resultado do Grupo 3 do balancete Balanco Patrimonial E 0 Balancete ainda mais resumido: + OBalanco geralmente demonstra o saldo das contas de grau superior as que sdo demonstradas no Balancete. A legislagao fiscal brasileira obriga o fechamento de balancos anuais. Enio Jorge Salu Pagina 31 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdugdo 4 Gestéo de Controladoria e Gestio Financeira em Empresas de Satide B.1.3| Apuragdo de Tributos Existem varios tributos que incidem nas atividades das empresas da area da satide, e a maioria tem seu valor calculado a partir dos registros contabeis. Dos que se relacionam com os registros contébeis, vamos aqui discutir apenas os mais importantes. Controladoria - ‘ascetic. ese Reaper Betnids ade) Wash z oe tae unas santa east 3 geet S ogee 8.1.3.1 Enquadramento As empresas sdo inicialmente enquadradas em industria, comércio e servigos, e temos no segmento da sade os 3 tipos de empresa. Hospitais, Clinicas, Centros de Diagnésticos, Consultérios, etc. se enquadram basicamente como empresas de Prestagdo de servicos, mas nada impede que uma dessas organizacées seja formada por duas empresas: uma de prestagio de servicos e uma de comércio, ou que seja uma Unica empresa enquadrada tanto como Prestadora de Servicos, como de Comércio — isso é opgao da institui¢ao. Enio Jorge Salu Pagina 32 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude A partir do objeto social e do Valor do Faturamento a empresa é enquadrada no regime fiscal. Combinando estes dois parametros algumas empresas tém uma Unica op¢o, outras tém varias opgdes. Hospitais, Clinicas, Centros de Diagnésticos, Consultérios, etc., na sua maioria se enquadram no regime de Lucro Presumido. B.1.3.2 Tributos Mais Importantes no Segmento da Saude SS — Imposto sobre Servigos de Qualquer Natureza * Para empresas enquadradas na atividade de prestacdo de servicos; * Calculado sobre o valor faturado; * Devido ao Municipio; * Varia de acordo com a atividade da empresa — na Cidade de Sao Paulo, por exemplo, a aliquota basica é de 2%. ICMS — Imposto sobre Circulag3o de Mercadorias e Servigos * Para empresas enquadradas na atividade comercial; * — Calculado sobre o valor faturado; * Devido ao Estado / Distrito Federal; ¢ No que serefere aos servicos, uma vez que existe 0 ISS, como regra basica: ¢ Sea empresa presta o servico, é aplicado o ISS Sea empresa intermedia (comercializa) o servico, aplica-se o ICMS * No Estado de Sao Paulo, por exemplo, a aliquota basica é de 18 %. Contribuicdo ao INSS sobre a Folha de Pagamento * Para todas as empresas; * Basicamente 20 % sobre o valor total da folha de pagamento dos funciondrios em regime CLT; © Devido a Unido Enio Jorge Salu Pagina 33 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude PIS (Programa de Integracao Social) e COFINS (Contribuicéo para o Financiamento da Seguridade Social) Para todas as empresas; Calculado sobre o valor faturado; Basicamente 3,65 %; Devido a uniao. IR — Imposto de Renda, e CSLL - Contribuicao Social sobre o Lucro Liquido Conforme o quadro, varia com a op¢ao que a empresa faz, se for possivel, no enquadramento fiscal: . Lucro Real © Apura-se o lucro contabil da empresa; © De acordo com o lucro da empresa, aplica-se ao lucro apurado um percentual para calcular 0 valor do tributo devido; © Paraocalculo do IR, o percentual 8 diferente para as faixas mais baixa e mais alta do lucro apurado; © Parao calculo da CSSL o percentual é o mesmo; Lucro Presumido © Apura-se o valor faturado da empresa; © Deacordo como tipo de atividade da empresa, aplica-se um percentual para calcular a base de cdlculo do tributo; © Apartit'da base de calculo, aplica-se outro percentual para calcular6 valor do tributo devido; Para o célculo do IR, o percentual é diferente para as faixas mais baixa e mais alta do lucro calculado; Para o célculo da CSSL, o percentual é diferente apenas para instituigdes financeiras. ‘Aempresa que pode fazer opcio, sé pode fazer esta opcdo uma vez por ano ~ ao recolher a primeira guia do ano em um enquadramento, deve recolher durante todo o ano sempre no mesmo enquadramento. Enio Jorge Salu Pagina 34 de 100 Modelo GPAI - Gestdo do Planejamento, AdministracGo e Indicadores ~ Médulo IGFC Introdugdo 4 Gestéo de Controladoria e Gestio Financeira em Empresas de Satide a ines 3600) = sq ereds a ‘seopenpul 9 opSeanuupy ‘cwaweFsueyd op OF29 = Ido OSPON {(Souaip no sranouiy Sjanow suaq ap oBss29 no op5e00) “uuipe a sojso82u-unzayuy “yera8 ura sobiasas ap opSesaid) 675 oquaueimes op so}, (soyauip no sianouit ‘sianow suaq ap 0BSSa0 no 085200, “uyuupe 2 sojoau “uus2uU “Jes23 UrD SODIAIaS ap OpSEISAd) ZE on] 29 ap aseg ‘opeindy Jeay opinbr] on] [opinbr 12m oasqos|e1205 0951 wie. = e10pejosqu0D n9]29 ap aseg nf Bossa epuay ap oysoctu) [ge Jenysew] opSeundy —stevapay soanqul @pepiliqeauoa Pagina 35 de 100 Enio Jorge Salu Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude Exemplos: Empresa enquadrada no Lucro Real Lucro Apurado = 36.000,00 IRPJ = (15 % * 20.000) + (10 % * 16.000) = 3.000 + 1.600 = 4.600 CSLL= 9% de 36.000 = 3.240 Empresa enquadrada e optante pelo Lucro Presumido Tipo = Prestacdo de Servicos (32%) Faturamento = 80.000 Lucro Presumido = (32% de 80.000) = 25.600 IRPJ = (15 % * 20.000) + (25 % * 5.600) = 3.000 +.1.400 = 4.400 CSLL = 9 % de 25.600 = 2.304 B.1.3.3 Incentivos, Subsidios e Isencdes No segmento da satide o administrador deve ficar atento ao fato de que so comuns fatores que os contabilistas muitas vezes ndo observam — é comum na maioria das empresas do segmento da salide, que so pequenas, a terceirizagao da contabilidade da empresa com escritérios. Os escritérios de contabilidade geralmente fazem a contabilidade de uma infinidade de tipos de empresas: da sade, do comércio, de servicos, etc. Por esta razdo, alguns detalhes fiscais do segmento Ihes podem escapar. Vamos citar 0 que exige maior atengao. Incentivos e Subsidios ‘* Insumos utilizados especificamente no segmento da satide (por exemplo, medicamentos) costumam ter incentivos e subsidios fiscais que reduzem a carga tributaria em relacdo aos demais. Estes geralmente so conhecidos; © Aliquota de ISS diferenciada; © Pode ser que em determinada situacao a prestagao de servico de sade possa ser enquadrada de outra forma em relagéo ao. ISS recolhido — compensando 0 ISS, por exemplo; Enio Jorge Salu Pagina 36 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude Mas existe uma infinidade de insumos que nao so exclusivos do segmento da sade, que também possuem. A dificuldade para identificar estes se prende no fato de que geralmente sao decretos regionais (de determinadas regiées administrativas estaduais) e/ou municipais. Por exemplo: © Pode ser que em determinada situagdo a incidéncia de ISS na contratago de servicos de telecomunicagdes possa ser compensada em relacio ao ISS recolhido; © Pode ser que em determinada regido a aquisi¢ao de dlcool tenha subsidio de ICMS; Isengdes © Muitas empresas do segmento, geralmente consideras de utilidade publica, possuem isengao de alguns tributos: © Como primeiro ponto de aten¢do, caso a empresa usufrua de isengaio que outra empresa da regido possua, é necessario investigar o que motivou a outra a obter — sao varios os casos em que se pensa que é algo muito particular da relaco daquela empresa com’ governo, e depois descobrir que nao é; © Osegundo: é comum verificar empresas que tém isencio usufruindo na venda dos seus servicos (ISS), € nao utilizando seu direito nas aquisicées (ICMS). B.1.3.4 Alternativa Tributaria Ea opcao que a empresa tem, desde que dentro da lei, de optar por uma forma ou outra de enquadramento fiscal. Citamos a op¢ao pelo lucro real ou lucro presumido. Caso a empresa esteja em regime normal de funcionamento e a opgao de lucro presumido é a mais vantajosa, mas tem como planejamento, por exemplo, uma reforma ou expansao das instalagées, e terd redugao de lucro real, ou mesmo prejuizo em determinado periodo, é importante calcular a projegao do cdlculo por um regime e pelo outro para definir qual sera o mais vantajoso. Enio Jorge Salu Pagina 37 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude Neste cenério (reforma, grande empenho de recursos para determinada aco), a troca do regime presumido pelo regime de lucro real pode significar uma economia tributaria suficiente para pagar a propria reforma. As empresas do segmento da satide faturam produtos como servico, tendo o beneficio da alfquota do ISS muito menor que a aliquota do ICMS. Mas é necessdrio verificar, do total faturado, o quanto se refere a servico e o quanto se refere a produto. Pode ser interessante faturar parte como produto e parte como servico, compensando o IMS da venda dos produtos com o ICMS jé incluso no prego de aquisi¢ao dos insumos. E importante ressaltar que quando isso é feito for feito totalmente dentro da lei, ndo é crime: * &amesma coisa, por exemplo, entre optarmos pelo modelo completo ou simplificado na nossa declara¢ao do imposto de renda pessoa fisica. O Modelo GCST — Gesto de Custos de Produtos Hospitalares, de Clinicas e de Consultérios , discute com um pouco mais de detalhes a questo da alternativa tributaria. B.1.4 — Dinamica da Contabilidade Como visto, a Contabilidade é de extrema importancia para as organizagoes, primeiro em relacao ao aspecto de registrar todos os eventos financeiros da empresa, segundo por ser a base de informagao para a questo tributdria da empresa, e terceiro porque ela funciona de forma padronizada — por mais erros que possam ocorrer, mesmo que haja ma intengdo no registro ... ainda assim é 0 controle mais confidvel da empresa. Enio Jorge Salu Pagina 38 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude E regida por Preceitos Basicos, alguns deles que o contador ndo pode abrir mao: © Formalizacao: © Nao se pode registrar na contabilidade algo sem a devida formalizacdo; © valor faturado é a soma dos valores das faturas — nao pode ser, por exemplo em um hospital, o valor das contas fechadas, ainda ndo faturadas © Prudéncia © Provisdes devem ser baseadas em fatos geradores formais; © Nao se pode provisionar valor menor de pagamento de décimo terceiro salario, do que é devido em relac&o ao valor da folha; © Aprojegao de faturamento (receita) recomenda-se ser feita de forma pessimista — se tiver que optar, optar pelo menor valor de receita; © Aprojegao de gastos recomenda-se que 'seja feita de forma pessimista, ou seja, se tiver que optar, optar pelo maior valor. Justamente por esta razio — por ser a contabilidade tao precisa — 6 que existem outros controles na empresa: * Para analisar o passado, a contabilidade 6 ferramenta mais adequada; * Mas para projetar e/ou planejar o futuro, as empresas geralmente necessitam de ferramentas menos rigidas, que permitam maior liberdade para simular variagdes de cendrios — ai entram a gesto de custos, 0 controle orgamentario e 0 fluxo de caixa; A contabilidade tem foco patrimonial, e é utilizada prioritariamente para avaliacao patrimonial (se a empresa é saudavel ou nao financeiramente: * Mas.aempresa pode ter uma situacao patrimonial favorével, mas no curtissimo prazo, ndo ter recursos para pagar a folha de pagamento dos funciondrios — este exemplo ilustra a necessidade de, além da contabilidade, a empresa ter que fazer a gestdo do seu fluxo de caixa. Situaco Patrimonial Favordvel Solidez Operacional (Solidez Patrimonial) (Disponibilidade para Pagar Contas) Enio Jorge Salu Pagina 39 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude B.2 Gestao de Custos B.2.1 Conceituando Gestdo de Custos O Modelo GCST — Gestao de Custos de Produtos Hospitalares, de Clinicas e de Consultdrios , discute com maiores detalhes 0 que ser discutido aqui. Aqui vamos apenas demonstrar a ligacao que existe entre a gestao contabil e a gestdo de custos, e a razo pela qual apresentam, em um mesmo periodo, resultados diferentes, aparentemente divergentes, mas absolutamente corretos sob 0 ponto de vista que se deseja avaliar. E necessario enfatizar que oque se chama de Gestdo de Custos no Brasil na verdade é Gestao de Rentabilidade, porque no envolve somente custos. A Gestdo de Custos considera todos os tipos de desembolsos, que podem ser custos ou despesas: © Custos: © $40 0s Insumos ~ cada um dos elementos essenciais para a producdo de determinado produto ou servico: © Dolatim “insumere”:“despender” ou “fazer uso de” — em inglés € identificado por “input”: aquilo que é introduzido (“entra”) no proceso de producdo ...do produto final (“output”) 0 Pode ser: = Fator de produgao: # Uso de maquina, horas de trabalho, etc.; * Materiais que sao utilizados na produgdo, mas ndo compéem © produto final. Exemplo: © Algodao utilizado na higienizacao para realizacao de um curativo; = Matéria-prima: * — Materiais que compdem o produto. Exemplo: * Pino ou placa fixado no paciente submetido a uma cirurgia ortopédica; © Despesas so os outros gastos da empresa. Enio Jorge Salu Pagina 40 de 100 Modelo GPAI - Gestdo do Planejamento, AdministracGo e Indicadores ~ Médulo IGFC Introdugdo 4 Gestéo de Controladoria e Gestio Financeira em Empresas de Satide ines 3600) = agers a ‘seopenpul 9 opSeanuupy ‘cwaweFsueyd op OF29 = Ido OSPON a 40814 oynuuwo2 oper|ene.ses anap aiduies esadsep ap owwaWiny _j049n| ap oquawne a‘ogInpoud ap oyuawne ‘srangjouozul ogs (sie2s1) s1e3] s203e81uqo Jod sepiuyjap Sy Je24uBis squauise|duils apod eseidua ep j2re8 0}sN9 ap owUaUMY ‘1Se8 J012W 0 (195 anapogu) 2 00N 40811 oj1nwu wo2 operjene 425 anap oanpoud op oasna op owawiny ‘aquow] 2195 —asduias jangfasapu|—oUeSsa29u |e ‘ou9n| 12390 e1ed 22} esaidva @ anb OyUawiISBNU! JO1eW sesadsaq 250159: SO3SEE) 50P e228 apepianeu soisn9 ap O8152 '503SN9 ap of1595 e10pejosqu0D Pagina 41 de 100 Enio Jorge Salu Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude A Gesto de Custos utiliza dados de receitas, que nao s’o nem custos nem despesas: * Quando comparamos o prego do produto com o seu custo de producao, obtemos a margem de contribuigdio de uma unidade do produto em relacdo ao lucro ou prejuizo da empresa; Terminologia e Conceitos Basicos Pregode Venda > Custo do PV Margem de Contribuigéo Positive custo Prego a Ware igh Negrtiva [-pregodevenda << custodo py = _ margom de Conuibuielo ne * Para calculara rentabilidade de uma empresa, ou de uma unidade de negécios da empresa é necessario comparar os gastos, com as receitas correspondentes: * Quando fazemos esta comparagao obtemos o lucro ou prejuizo que a empresa obtém, ou a margem de contribuicao da unidade de negécios em relacdo ao lucro ou prejuizo da empresa. O Modelo GCST — Gestao de Custos de Produtos Hospitalares, de Clinicas e de Consultérios , apresenta detalhadamente metodologias simples para cdlculo de rentabilidade de unidades de negécios, custo por procedimento e margem de contribuic3o para empresas do segmento da satide. Enio Jorge Salu Pagina 42 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude B.2.2 _ Diferenca entre a Gestao de Custos e a Gestao Contabil O conceito contabil fundamental é 0 da preciso absoluta dos registros — um centavo registrado com erro pode significar multa tributaria ! A contabilidade apura a rentabilidade da empresa e de partes da empresa, segundo sua estrutura departamental, a cada més: * Emum més a empresa pode ser rentavel, no més seguinte no, voltar a ser rentavel no més subsequente, a assim por diante. A Gestdo de Custos nao se presta a esta andlise: © Naesséncia, interessa na gestdo de custos saber se a empresa é rentavel, e no se foi rentdvel no més passado, ou no ano passado: 0 Na gestdo de custos, se é que se podé dizer assim, interessa saber se na média a empresa é rentavel; * Na esséncia, interessa na gestdo de custos saber se um produto, na média, gera margem de contribuicao positiva, ou seja, se na média ele contribui para que a empresa gere lucri © Pontualmente, pode ser interessante saber se uma Unica unidade especifica, ou um lote especifico de produto gerou margem de contribuicao positiva ou negativa, mas na pratica o interesse é se rotineiramente 0 produto é rentavel ou nao. A diferenca fundamental é que a Gesto de Custos utiliza a mesma base de informac&o da Contabilidade, porque é a base de informacao mais confidvel da empresa, porém utiliza valores médios, que estejam menos sujeitos as variagdes da sazonalidade do mercado. Entdo, Se compararmos os relatérios contabeis de apuragao de lucro e prejuizo pouco provavel que os nimeros baterdo com os numero dos relatérios de apuracio de rentabilidade da gestdo de custos, porque os nimeros da gestdo de custos so médios. Enio Jorge Salu Pagina 43 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdugdo 4 Gestéo de Controladoria e Gestio Financeira em Empresas de Satide © Modelo GCST dispde uma metodologia simplificada para célculo de rentabilidade de unidades de negécios em empresas do segmento da saiide: Controladoria te ttc ema tgs santos = seein = sepa O Modelo GCST dispde uma metodologia simplificada para célculo do custo por procedimento e margem de contribuigao de produtos na drea da satide: Controladoria ‘Gestdo de custos ional anemia tetera | Wied Me at -cto ecna mrsennes = wc = ops Enio Jorge Salu Pagina 44 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude Uma segunda diferenca fundamental da Gestdo Contabil da Gestdo de Custos é que a Contabilidade tem como foco calcular e apresentar os custos, enquanto a Gesto de Custos tem como foco reduzir os gastos (custos e despesas) Nao se espera do contador que ele, ao identificar elevacao de gasto, atue na empresa para reduzir, mas é esperado do gestor de custos que faa isso como sendo sua atribuig3o principal: interagir com as areas, alertar e auxiliar no que for possivel para mitigar os problemas. Aqui ndo vamos estender a discussdo da Gestdo de Custos — nosso objetivo aqui é apenas fixar o que foi descrito: Controladoria Gestio de Custos a (Baad 6 6gostor setiveralcada (autoridade) para modifiar 0 constio Pontos de Atencio Gestor de Custos (c conrtedecoaes | EMRE | conotese cas ‘Quando a andlise ¢ Isolada (ou individual) —exompl: ‘Quando 2 andlise 6 comparativa e global -exempl 1 unidade de negécios 1 unidade de negécios no cenério de todas as demais 1 produto 1 produto no eentio de todos os demais x 0 cdleulo 6de “targem de Conta * Gestdo de Custos na verdade é Gestdo de Gastos e receitas; © Gestdo de Custos apura a rentabilidade da empresa, das unidades de negécios e dos produtos, na média, ou na rotina; * — Gestor de Custos é quem tem como atribuicao fazer o seu controle, e nao somente o calculo. Enio Jorge Salu Pagina 45 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude B.3 —_ Gesto Orcamentaria B.3.1 _ Conceituando Gestao Orcamentaria Nosso objetivo aqui nao é descrever técnicas orgamentérias, uma vez que a elaboracao do orcamento em empresas exige profissional qualificado: * Nosso objetivo é rever o conceito de gestdo orgamentaria, e as atribuicées dos gestores na elaboracao das pecas orcamentarias, e como’o orcamento empresarial afeta a gestdo, permeando toda a empresa. Iniciamos comentando que o maior erro para os leigos é confundir or¢amento com gestdo orgamentaria. Controladoria Controle Orgamentii ‘stn opr eg LeBel Ferramenta cue obriga ogsctores 3 executarde acordo com oelanelamento Controle Orcamentario | Definicbes Ji Controle Orcamentario | | Orgamento Controle Orgamentario E Nao E Executare/ouProdunitde __ Ferramentaque impede os Valor Estimado para -Apenaseeferancia para Ereculare/ouProdusiralgo | "@docemoauefci | gesoresdegmtt scimedo |“ eionaras astes Ferramenta que incentivacs gestoresa realizar receita Orcamento, conforme o préprio significado da palavra, ¢ avaliago ou calculo aproximado do gasto que se pode ter com algo: * Uma estimativa ... 0 cémputo preliminar dos gastos; © Quando vamos adquirir algo cujo preco pode variar, ou que seja a composigao de varios itens, solicitamos um orcamento. Enio Jorge Salu Pagina 46 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude Em maior ou menor escala, os gestores tém estimativas (or¢amentos) dos gastos do seu departamento e/ou do empenho de recursos para a produgao de algo que esteja sob sua responsabilidade. Gestdo Orgamentéria pressupde algo muito diferente — basicamente: * Epossuir um valor orado que se pode gastar; * Endo poder gastar, além do que foi estimado. Formular orcamentos, portanto, é algo que existe na rotina das empresas, e comumente norteia os gestores em relacdo ao empenho de gastos. J& a Gestao Orgamentéria supde que existe um nivel de maturidade na gestdo empresarial que formula orcamentos seguros a ponto dos gestores no poderem empenhar mais recursos do que estava previsto, e assim dar a previsibilidade que as empresas mais evolufdas buscam em relaco a sua rentabilidade. O nivel de maturidade mencionado se refere a capacidade dos gestores: © Emavaliar adequadamente os gastos, e isso sé é possivel a partir da estabilizagdo de uma Gestdo de Custos adequada; * Em cumprir a previsdio, nao direcionando recursos empenhados para determinada coisa, em outra coisa; * Em mobilizar as algadas necessarias para ajustar o plano orcamentério quando estritamente necessdrio — por exemplo: © Uma grande Variagao do mercado, que envolva aspectos de recesso, inflago, ete.; © Uma grande variagao no relacionamento da empresa com o mercado, que envolva variagées na previsdo de vendas, tanto a maior como a menor; © Uma grande oportunidade de mercado que exija replanejamento daquilo que havia sido combinado. O nivel de maturidade também demanda que a estrutura de alcadas que define o plano orgamentario esteja disponivel e isenta para avaliagdes do resultado e da eventual necessidade de replanejamento Enio Jorge Salu Pagina 47 de 100 Modelo GPAI - Gestdo do Planejamento, AdministracGo e Indicadores ~ Médulo IGFC Introdugdo 4 Gestéo de Controladoria e Gestio Financeira em Empresas de Satide Ol ines 3600) = agers = ‘seopenpul 9 opSeanuupy ‘cwaweFsueyd op OF29 = Ido OSPON seuewewes10 ‘sepesie se ued ogsanxa ‘apsegiipuo2 seSaispug« cusuESIO “Suuuoguo> sowed ‘omeuinjonug« -=peponiang « opSenoudy « up Maes. eSagep cowaweyjersg « epenbapy tugeu0>) OsnDISIH pease opogseundy « ap ogiuyade ‘oupuawes0 019 ‘oupjuauresio ajonuoy e10pejosqu0D Pagina 48 de 100 Enio Jorge Salu Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude A Gest&o Orcamentéria é um ciclo, de varias etapas: * —Mapeamento © Apuragdo do Resultado Histérico (contébil) * Planejamento © Definigéo de Metas © Definigdio das Alcadas © _ Estimativas de Cenérios . Desenvolvimento © Elaboragdo de Projecdes © Eleig&o da Alternativa mais Adequada © Detalhamento da Peca Orcamentaria © Validagao © Aprovagdo © Publicidade © Envolvimento © Execugaio © Monitorar aces de realizagdo das receitas e de liberacao dos gastos conforme orgamento © Enderegar condigdes de excegdo para as alcadas orcamentarias, que parte do mapeamento do resultado que se deseja Tal qual comentado na gestdo de custos, o gestor orgamentario nao é apenas a figura que participa do calculo do orcamento: * Fundamentalmente é 0 agente de execugo, fiscalizando para que os recursos Séjam empenhados da forma como foram planejados; © Edeve ter alcada para propor, de forma justificada, os eventuais ajustes quando condigées nao previstas ocorrerem: * Masindo sera considerado bom gestor orgamentério se negligenciou a elaboracao do orcamento, se nao sinalizar eventos certos (que certamente ocorreriam) que venham a inviabilizar o plano. Cada “pedago” do Plano Orcamentirio da empresa e/ou cada variagao, ¢ denominada Peca Orgamentaria Enio Jorge Salu Pagina 49 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude B.3.2 Gestao Orcamentaria, de Custos e Contabil A Gest&o Orcamentari Tem como base as informacées da contabilidade, que como dissemos, sdo os registros mais confidveis da empresa; Mas utiliza informagdes que esto mais bem estabelecidas na Gestao de Custos, especialmente projecdes de cendrios futuros em fungao das metas de produgo e vendas, de infla¢o, variaco cambial, aporte de investimentos, expansées, etc. Da mesma forma que a Gestao de Custos, nao se baseia em dados instantaneos registrados na Gest&o Contabil: Trabalha com médias que procuram mitigar as variagdes de sazonalidade; Desta forma, comparando nuimeros da contabilidade com numeros da gestdo orcamentaria, aparentemente pode dar a impressio de que, como nao batem, esto errados: na verdade a base de informacao é a mesma, mas 0 conceito e a visdo que se deseja obter é totalmente diferente. Mesmo trabalhando com médias, como na Gestao de Custos, pode projetar investimento em determinadas Unidades de negécios e desinvestimento em outras: . Desta forma, comparando nuimeros da gestdo de custos com numeros da gestdo orcamentaria, aparentemente pode dar a impressdo de que, como ndo batem, estdo errados: na verdade a base de informagdo é a mesma, mas oconceito ea visdo que se deseja obter é totalmente diferente. Enio Jorge Salu Pagina 50 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdugdo 4 Gestéo de Controladoria e Gestio Financeira em Empresas de Satide Cc Gest&o Financeira Gestao Financeira Em todos os pardgrafos a seguir, ndo'se pode deixar de lembrar que estamos aqui tratando de gestdo: a gestio é diferente da rotina. Nao vamos aqui descrever como construir uma planilha de fluxo de caixa, ou quais os controles necessarios para gerir uma lista de pagamentos, ou como construir uma planilha de controle de recebimentos ... para o gestor de empresas e unidades de negocios da area ida satide a rotina dos departamentos que fazem isso n3o tem relevancia, e diga-se de passagem, a rotina da area financeira é relativamente simples — exige muito mais confianca, preciso e dedicagao do que inspiragao. O que deve ser do maior interesse do gestor so os mecanismos que devem existir para que os controles da rotina sejam seguros. E discutir a grande diferenca que existe nos demonstrativos contabeis em relacao aos financeiros, especificamente em relacao ao fluxo de caixa. Enio Jorge Salu Pagina 51 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude c1 Gestao da Receita Como quase tudo que acontece na gest’o do segmento da satide, a gestao da receita é bem diferente da gestdo da receita nos outros segmentos de mercado: * Na maioria absoluta dos outros segmentos de mercado, a gestdo da receita tem uma caracteristica que podemos chamar de passiva — os gestores financeiros executam rotinas a partir do fato gerador da receita: se 0 fato no ocorre, nao existe aco; © Osegmento da satide é muito diferente - exemplificando: o Em uma industria, o processo que envolve aquisigao e producao privilegia que o processo de faturamento ocorra naturalmente, praticamente sem falhas em relagdo ao ato de ocorrer. Porque a industria produz basicamente o que foi encomendado ou planejado, e de forma padronizada — o processo de fabricagdo de um veiculo é igual ao do outro veiculo: a produgao é “em série”, ea producao empurra 0 processo para o faturamento; © Emm hospital o processo de faturamento necessita identificar a produgdo para poder faturar: 0s procedimentos variam de pessoa para pessoa, de médico para médico ... a comunicacdo entre as dreas de produgdo (Areas assistenciais) e o faturamento nao é prioritaria, porque 05 profissionais assistencials ndo tém a producao medida da mesma forma que um soldador em uma linha de produgio. E como os produtos nao sto ’seriados (absolutamente padronizados) na maioria dos servicos de-satide, a incidéncia de glosas (recusa de pagamento devido a uma divergéncia na conta apresentada) é grande. O prego definido pelo automével na industria é firme (o que foi combinado), mas o prego final da conta apresentada na area da sade é sujeito a discussao, inclusive apés a pré auditoria da conta e a remessa. Entao, o ciclo da gestdo da receita na area da saUde é diferente. Enio Jorge Salu Pagina 52 de 100 Modelo GPAI - Gestdo do Planejamento, AdministracGo e Indicadores ~ Médulo IGFC Introdugdo 4 Gestéo de Controladoria e Gestio Financeira em Empresas de Satide ie ines stor ova 019110) © opesseday opuas #153 gno8eg aquar ap oxn|4 (exa.ueuy opseo1 ie) jpuoinerado opueyacai esezi|eal anap esaidwae |SAEIOAE} 3 OPES 03S « ‘0bu Sew Op SeIp Sox;no so sopo} ap OUeIp Oples O sew ‘|aneione} Jas apod saw Op|eUlJ OplesO + :oplia8 sas ewssaoau exe 0 ‘esasduua ep jeluouujed apnes ep ajuapuadapul exleD ap Oxniy eujaueUly OB}SaD Pagina 63 de 100 Enio Jorge Salu Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude A“planilha” do Fluxo de Caixa é geralmente representada (construida): * Nas colunas, 0 tempo ... anos, meses, dias: © Até.o momento atual, o que se chama de Real (ja efetivados); © Apartir do momento atual, o que se chama de Previsto (contendo expectativas, previsdes, provisées * Nas linhas, as rubricas: o Receitas: = Movimentagdes de entrada de recursos financeiros; * Geralmente sé sdo lancados de liquidez (disponibilidades): * Dinheiro em espécie; * Créditos em contas bancarias; * Titulos que podem ser descontados; o Gastos: = Movimentagdes de saida de recursos financeiros; * Pagamentos efetivados; * Nas previsdes, cada um dos pagamentos no momento em que ele deverd ocorrer (ndo 0 saldo total da divida). Acrescentam-se linhas para: © Totalizar as receitas e gastos; * Calcular o saldo (receitas — gastos) Diferente da contabilidade, nao existe um plano de contas padronizado, ou um formato padronizado: * Cada empresa constréi a sua planilha da forma que seja mais amigdvel para produzir as andlises; * Como as empresas sio muito diferentes em relacdo a sua gestdo, composigao societaria, etc., é muito dificil encontrar duas empresas que utilizem uma mesma matriz de fluxo de caixa: o Esta 6a principal razdo pela qual, mesmo empresas que utilizam os melhores sistemas financeiros informatizados do mercado, acabam exportando os dados do sistema para ajustar 0 formato em uma planilha do Microsoft Excel ®. Enio Jorge Salu Pagina 64 de 100 Modelo GPAI - Gestdo do Planejamento, AdministracGo e Indicadores ~ Médulo IGFC Introdugdo 4 Gestéo de Controladoria e Gestio Financeira em Empresas de Satide ines stor ova HELP o7eig 080] opempes ojugauo9 ap oquauiqacay 2 auo4 opsinad o7eig oyna, OusiAaud Bit ey TES OES eypoueus ofa | epopenven oosz = oorz oor ove ° o oor oor oor oor oz 007 oor oor sevens = 00st wort = ore 009 00% ove oot ° oor ° oot vz o0z ooot —ove 008 000% 009 ° ° oor oot o 008 ° 006 ° OISIAad ounyny Wad ayuasaid 3 opessed eujaueUly OB}SaD cove cove ooo oooz cove 00's ooo ‘seopenpul 9 opSeanuupy ‘cwaweFsueyd op OF29 = Ido OSPON ‘opejnunay opres. opres reuopesado oen exre9 ap oxnyy op eunoy exJe9 ap Oxn|4 Pagina 65 de 100 Enio Jorge Salu Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude Como nao existe na Gesto do Fluxo de Caixa toda a rigidez dos controles contabeis, ele costuma ser a ferramenta mais adequada para a simulacao de cenario: * Na parte Real, ndo se costuma simular, porque representa o que aconteceu efetivamente: o que foi recebido e pago dia a dia; * Mas na parte da Previso as empresas tém o instrumento mais adequado para simular variages de mercado, sem se prender as normas contabeis, que exigem fundamento, formalizacdo e precaugdo (conservadorismo) — pode-se simula © Varios cendrios de greves e outros tipos de interrupcdes na producao; © Varios cenérios de inflacdo e variag3o cambial; o Varios cenarios de alteragao de volume de vendas; © _E todos os cendrios sem a necessidade de seguir preceitos contabeis e/ou formalizagao de justificativas A formulagaio do Fluxo de Caixa, que ndo tem regras pré definidas, depende apenas do bom senso e conhecimento do negécio da empresa. Esta é, talvez, a maior diferenca entre o que vemos nos mapas contabeis e nos mapas que se desenvolvem a partir do fluxo de caixa: * Osrelatérios contabeis, padronizados e com rigor de registros, nao dependem tanto do conhecimento do contador em relagdo ao negécio especifico da empresa: © Tanto isso verdade, que a maioria das empresas do segmento da satide (so micro, pequenas e médias empresas) fazem uso de escritérios de contabilidade externos para cumprir suas obrigacdes fiscais; * JA os relatérios de controle de fluxo de caixa, especialmente na parte que se refere ao saldo do curso prazo, sdo mais confidveis quanto maior 0 conhecimento que se tem do negécio especifico: © Evidenciado pelo fato de que nao é comum que seja feito por empresa externa; © Ecomprovado porque, dois servicos de satide que possuem os mesmos clientes, nado costumam ter o mesmo relacionamento com os clientes e fornecedores — isso gera grandes diferencas nos resultados das movimentacées financeiras. Enio Jorge Salu Pagina 66 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude Como 0 objetivo deste modelo no é capacitar gestores para construir ferramentas de fluxo de caixa, além do exposto sobre a sua utilidade e diferencas em relagdo a gestdo contabil, vamos aqui apenas citar algumas praticas que podem nortear os gestores dos servicos de satide a entender alguns aspectos das ferramentas. Receitas, em 2 grupos: © Operacional: © Que se costuma segmentar em 4 tipos: 4 SUS, caso 0 servico de satide receba repasse do SUS, e neste caso, se recebe fixo e varidvel, segmentando o que ¢ fixo (geralmente contratualizagao) e 0 que é varidvel (contra apresenta¢ao); = Convénios, caso o servico de satide mantenha contratos com operadoras de planos de satde; «Particular, caso o servigo de satide preste servico para pacientes que pagam as contas diretamente; * Mantenedora, caso 0 Servico de satide receba repasse de uma entidade mae (matriz), e neste caso, se recebe fixo e varidvel, segmentando uma receita em relagio a outra; * Nao Operacional: © Tudo o que é auferido que nao tem relacéo com a atividade fim da empresa: = Por exemplo, rendimentos de aplicagdes financeiras. Justamente pelas complexidades das regras comerciais da area da saide (detalhes nos Modelos GFACH e GFACH-FATSUS), separar as receitas desta forma no fluxo de caixa costuma ser a parte mais simples — tanto em relago ao recebido (real) como em relagao as previsées (futuro) A previsao de receita: * De médio e longo prazos langada a partir da média historica obtida no préprio fluxo de caixa, ajustado em relacao as variages do cendrio mais provavel; * De curto prazo langada a partir do valor faturado: Enio Jorge Salu Pagina 67 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude Gastos, em 2 grupos: © Operacional: © Que se costuma segmentar em x tipos: "Mao de Obra — gastos com folha de pagamento e trabalho auténomo; * Utilidades — gastos com energia, agua, etc. " Tributos sobre Faturamento — impostos, taxas e contribuigées que incidem sobre o faturamento; * Outros Tributos — impostos, taxas e contribuigdes que nao incidem sobre o faturamento; = Outros Gastos * No Operacional: © Tudo 0 que é auferido que nao tem relacdo com a atividade fim da empresa: = Por exemplo, rendimentos de aplicacées financeiras A previsio de gastos: * De médio e longo prazos lancada a partir da média histérica obtida no préprio fluxo de caixa, ajustado em relacio as variagdes do cendrio mais provavel; * De curso prazo langada a partir do valor obtido no recebimento dos titulos a pagar e guias de tributos. Dependendo da andlise que se deseja fazer, é recomendavel segmentar receitas e gastos nao operacionais: * Isso é recomendavel quando a empresa mantém uma atividade paralela de rotina: © Aluguelde iméveis para outras empresas; © “Sendo um hospital, manter cursos de formacao; © Neste caso é recomendavel separar a receita e gasto de cada negécio, separado das receitas financeiras gerais, para dar visibilidade ao fluxo de caixa de cada negécio especifico; + Evidentemente, se os valores envolvidos forem insignificantes em relagdo aos numeros globais da empresa, talvez o custo x beneficio desta segmentagao no valha a pena. Enio Jorge Salu Pagina 68 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude D Praticas e Conclusdes D1 Controladoria x Gestao Financeira Este modelo, como proposto, sé tem a pretensdo de demonstrar aos gestores que atuam no segmento da satide € nao sdo especialistas em controladoriae financas, sobre a utilidade destes controles para as empresas, e porque resultados apresentados em cada uma delas aparentemente divergentes, no 0 sao. A controladoria gira completamente em torno da Contabilidade, e esta se guia por preceitos e regras rigidas, exigidas pela legislacdo, que dao seguranga aos demonstrativos para comparar uma empresa em relagdo a outraino ambito da sua satide financeira (situacao patrimonial). Principais caracteristicas: * Regime de Competéncia; * Base: data do fato gerador (receita) ou'da consequente realizacao; © Valoriza Ativos, que nao tém liquidez; * Deprecia Ativos, e a depreciac&o ndo gera movimentacio financeira; * Pode apontar situacao favordvel da empresa que ndo tém saldo para pagar contas. A gestio financeira é imediatista, e se guia pela liquidez (disponibilidades). Nao tem regras to rigidas para realizar demonstracées, e se guia unicamente pela movimentacdo financeira, no momento que ela ocorre. A ferramenta que resume a gesto financeira é o Fluxo de Caixa, que tem como principais caracteristicas: ©» Regime de Caixa; * Base: data da movimentacao financeira, independente da competéncia; *\ Sé considera movimentacées financeiras; * Nao considera ativos, depreciacées, etc.; * Pode apontar situacao favorével momentanea de empresa que esta falida. Enio Jorge Salu Pagina 69 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude D.2_ Divisio de Algadas Dizem que lidar com dinheiro mais complicado do que com pessoas. Ndo tenho opiniio definitiva sobre isso — aprendi que as duas coisas so muito complicadas, porque envolvem aspectos que fogem a previsibilidade que gostariamos de ter para poder exercitar a gestdo. Uma pratica da gestdo de recursos financeiros que envolve tanto’a controladoria, como a gesto financeira, e recomenda-se que qualquer empresa no abra mao é a divisio de algadas: * Tudo que for feito precisa ser proposto por um, autorizado por outro, e realizado por outro; © Eainda um outro audita o que foi feito, eventualmente por amostragem Préticas da Controladoriapara Finangas ‘Quem necessitado objetondo aprovaa compra oat ‘Quem aprovaa compra ndo compra ‘quom compranio aprovae pagamento ‘Quem aprovac pagamentonéo paga Conteréncia i (0 quo um fa26 aferido por outro ‘quem produznio vende ‘Quem vende nfo fatura Seguranca ‘Quom fatura no recobe Para traudar 6necessério envolvimentode outros Nem sempre é possivel esta divisdo em 4 etapas em todos os processos que envolvem movimentagdes financeiras: © Especialmente em empresas pequenas é comum verificar pessoas que tem alcada total em toda a cadeia de valor; ‘* Mas 0 gestor nunca pode deixar de ter em mente que se isso ndo ocorre 0 risco.de descaminho ¢ evidente; * Quando o processo exige o envolvimento de estruturas diferentes, reduz a chance da fraude, porque é mais dificil que ela ocorra quanto maior for 0 volume de pessoas envolvidas; © Odesafio dos administradores é fazer com que estas métricas estejam permeando a maioria da organizacao. Enio Jorge Salu Pagina 70 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdugdo 4 Gestéo de Controladoria e Gestio Financeira em Empresas de Satide tno orge alu swovngpanet be Fechamento do Cenario fe ac ae inion oo Teese] Cama] Modile Gl - Gastio do Planejamento, Adminstagio © incicadores Praticas da Controladoria para Financas = ‘Sennt oer Enio Jorge Salu Pagina 71 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude D.3_Exercicio Proposto Para praticar os conceitos e construir planilhas simples que permitem analisar cenarios, sugiro 0 exercicio a seguir — 0 mais importante neste exercicio no é a preciséo do resultado (os ntimeros calculados), mas a andlise que se pode realizar a partir deles. Dados 5 sécios abriram um centro de diagnésticos por imagem (CDI), decidindo investir $ 500 mil cada um: * 1 dos sécios é responsavel pela ressondncia * 1dos sécios é responsdvel pela tomografia; * 1dos sécios e responsavel pelo ultrassom; * 1dos sécios é administrador. Adquiriam equipamentos: * 1 tomégrafo e uma ressonancia magnética por $ 1,44 milhdes cada um: © Cada equipamento tem custo. de manutencdo anual de $ 240 mil * — 4equipamentos de ultrassom, por $ 240 mil cada um: © Cada equipamento tem custo de manutengao anual de $ 18 mil * Os equipamentos témgarantia total de 6 meses, a partir de entao inicia o pagamento da manutencdo (72 més) © Aprimeira parcela da aquisigao é a vista * Os equipamentos: © Serdopagos em 50 parcelas, sendo cada parcela corresponde a 1/36 avos do valor total; ©. ‘Serdo depreciados em 120 meses (10 anos). Alugaram uma casa por 100 mil por més. Enio Jorge Salu Pagina 72 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude Contrataram funcionérios cujos saldrios brutos mensais somam 50 mil (sem férias e 13. salério): * Os encargos representam 40 % do salario bruto; * Todos saem em férias coletivas entre 21 de dezembro e 10 de janeiro, vendendo 10 dias de suas férias. 0 faturamento iniciou no 22 més (12 mil na ressonancia, 9 mil na tomografia e 6 mil no ultrassom): * Foi dobrando de valor até o 72 més, quando entao estabilizou; * Em consequéncia das férias coletivas, nos meses de dezembro e janeiro o faturamento reduz 1/3; (*) para efeito de fluxo de caixa, consideremos que o faturamento se dé no proprio més, do atendimento, e o recebimento ocorre només seguinte ao do faturamento, sem glosas. Historico de Gastos do CDI: * Gastos com insumos representam 15% do faturamento; * Considerar que a empresa esta enquadrada em Lucro Presumido, e que a carga tributdria sobre faturamento (PIS/COFINS/CSLL/IR) representa 18 % sobre o faturamento, pagos no més seguint * Considerar como outros tributos, $ 10 mil por més, pagos desde 0 inicio de funcionamento; * Considerar como outros gastos, $ 30 mil por més, pagos a partir do 12 més de funcionamento. A partir do 132 més os sécios comegaram a retirar do CD, cada um, um valor fixo de'$.25 mil por més, a titulo de distribuigao de lucros (nao é abatimento de divida contra sécios): © Desde o inicio das atividades do CDI é paga produtividade ao médico responsdvel pela Ressondncia, Tomografia e Ultrassom; * Aprodutividade é 5 % sobre o faturamento, paga no més seguinte. Enio Jorge Salu Pagina 73 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude D.3.1 Esbocar uma visto de Esboco de Demonstrativo Contabil de Resultado (DCR) mensal contabil dos primeiros 2 anos da empresa: © Asugestao é utilizar a planilha do Anexo 2, mas pode utilizar qualquer outra; * Aofinal, avaliando més a més, avalie se a empresa é vidvel, especialmente: © Se os sécios terdo de aportar dinheiro na empresa para pagar suas dividas; © Se é vidvel que os sécios realmente passem a retirar dinheiro da empresa no prazo planejado; © Perceba que nesta andlise nao serdo consideradas as depreciagées dos equipamentos, que sao eventos financeiros patrimoniais, que no geram movimentacées financeiras. D.3.2 Esbocar uma visio de Esboco de Demonstrative Contabil Patrimonial (DCP) mensal dos 2 primeiros anos da empresa: © Asugestao é utilizar a planilha do Anexo 3, mas pode utilizar qualquer outra; * Ao final, avaliando més a més, avalie se a empresa vai evoluindo ou ndo patrimonialmente: © Se ao longo dotempo o patriménio da empresa vai aumentando ou diminuindo conforme vai pagando suas dividas de longo prazo, em contrapartida’a desvalorizagao dos seus bens; © _ Compare a evolugao do resultado, que demonstra que a empresa pode estar bem ou mal em relacao as disponibilidades, com a evolugdo patrimonial, que pode estar demonstrando que a empresa melhora ou no seu valor de mercado. Enio Jorge Salu Pagina 74 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude D3.3 Esbogar 0 Fluxo de Caixa mensal dos 2 primeiros anos da empresa: © Asugestao é utilizar a planilha do Anexo 4, mas pode utilizar qualquer outra; * Para este exercicio, a grande diferenca entre o que foi feito na demonstracao do resultado contabil feito no exercicio anterior, deve ser: © No considerar que os sécios vao aportar tudo que se comprometeram logo no primeiro més de funcionamento da empresa: = Fazer os célculos como se no houvesse aporte nenhum até o final do més, e no final do més considere que os sécios vao aportar exatamente o necessario para pagar as contas (cobrir 0 saldo do més); "— Utilizar a parte Movimentaco Financeira Societéria, para controlar a divida dos sécios com a empresa; o Seem um més a empresa auferir saldo positiv "Considerar que este saldo serd aplicado emum investimento qualquer; = Apartir de entao, nos meses seguintes, se a empresa necessitar de recursos para cobrir seu saldo devedor mensal, primeiro utilizar 0 dinheiro aplicado, e somente se o valor da aplicagao nao for suficiente, buscar novos aportes dos sécios para completar; «Nao é necessdrio corrigir o valor investido — considere que é uma aplicago que ndo rende juros; = Utilizar a parte Reserva de Capital para controlar a aplicagdo financeira; © Avalie naevolugdo més a més, quando acabaré o capital disponivel dos sécios, e se a empresa tem ou ndo capacidade de gerar caixa ndo operacional Enio Jorge Salu Pagina 75 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude D.3.4 Esbogar uma visio de Mapa de Custos e Apuragao de Rentabilidade das unidades de negécios e da empresa. Considerar os valores médios mensais da contabilidade no segundo ano, uma vez que no primeiro ano a empresa ainda ndo estava em regime normal de funcionamento: © Asugestao é utilizar a planilha do Anexo 5, mas pode utilizar qualquer outra; © Para este exercicio, considerar: © Somente movimentagées financeiras operacionais; © Os valores médios colhidos na contabilidade, no segundo ano de funcionamento da empresa, uma vez que no primeiro ano ela ainda nao apresenta regime operacional estavel D.3.5 Considerar que os sécios decidiram implantar um plano or¢amentario para 0 3° ano de funcionamento da empresa. Projetar a pega orcamentaria prevendo: a) Acontratacao de um gestor comercial que tenha como meta aumentar o valor do faturamento em 5%. O saldrio deste gestor é de $ 8 mil; b) A contratagdo de um gestor de custos que tenha como meta reduzir gastos com insumos de 15% para 10% do faturamento. O saldrio deste gestor é de $ 6 mil; c) Aluguel, Outros Gastos, Outros Tributos e Manutengdo dos Equipamentos serdo afetados por 10% de inflacao. Quando aos demais pardmetros, considerar a mesma situag3o contabilizada més a més no segundo ano. A sugestdo € utilizar a planilha do Anexo 6., mas pode utilizar qualquer outra. Enio Jorge Salu Pagina 76 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude D.3.6 Com base na pega orcamentéria do 32 ano de funcionamento, esbocar a nova visio do Mapa de Custos e Apuracio de Rentabilidade da empresa: © Asugestao é utilizar a planilha do Anexo 7, mas pode utilizar qualquer outra; * Para este exercicio, considerar: © Somente movimentagées financeiras operacionais; © Osvalores médios colhidos na peca orcamentaria, que projeta o terceiro ano de funcionamento com a mesma base do segundo ano, e jd considera as premissas orcamentérias. D.4_Comentérios sobre algumas praticas na Area da Saude Caso tenha feito os exercicios, o entendimento de alguns dos itens a seguir poderd ser melhor absorvido. D.4.1 Consignagao x Aquisigao Nos mais diversos tipos de servigos de sauide a consignacao é pratica muito utilizada. Analisando 0 comportamento do fluxo de caixa é facil perceber que quanto Mais o pagamento do insumo for atrasado em relacdo ao procedimento, melhor sera o saldo do fluxo de caixa. Considerando que o saldo do fluxo de caixa pode gerar receita nao operacional (jurosde aplicagao financeira), o gestor da drea da satide necessita estar atento ao fato de que mesmo que o preco praticado pelo fornecedot seja um pouco maior, a redugao de custo e o ganho financeiro pode compensar muito o desembolso antecipado, no caso da aquisigao, Na drea da satide é muito comum a consignagao de insumos de alto custo, o que é muito timido em relac&o aos outros segmentos de mercado — no comércio, consignacao é a regra e nao a excecdo: cigarros, salgadinhos, roupas, bebidas ... Enio Jorge Salu Pagina 77 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude D.4.2._ Imobilizagao x Aluguel Adquirir um equipamento, ao invés de alugar, na maioria das vezes nao é um bom negécio: * Primeiro porque o valor das parcelas de aquisi¢ao geralmente é maior que o valor da parcela de aluguel. Para efeito de fluxo de caixa, diminui a oportunidade do ganho nao operacional; * Segundo porque o bem comeca a desvalorizar imediatamente apés sua aquisicao. Tem-se a falsa impressdo de que adquirir.o bemé uma “poupanca”, porque ele pode ser vendido, enquanto o aluguel 6 “dinheiro para o dono do bem”. Na verdade, na maioria absoluta dos casos, 0 imobilizado nunca sera vendido — acabaré sendo sucateado — e o bem alugado acaba Sendo substituido por outro mais moderno; * Eterceiro porque o bem nao é despesa, apenas sua depreciagao, enquanto o aluguel é despesa pura. Caso a empresa opte pelo regime de lucro real, 0 aluguel normalmente vai diminuir o lucro, e consequentemente a carga tributdria, muito mais do que a depreciagdo. Evidentemente cada caso & um caso e necesita ser avaliado tecnicamente. O que se coloca aqui é a necessidade de se quebrar 0 paradigma de que alugar é dar dinheiro ao outro — que sempre se tem ganho em adquirirao invés de alugar. D.4.3 Investimento em mao de obra ‘A rea ida saude é uma alta consumidora de mao de obra. Compare uma inddstria e um hospital, e perceba que em empresas do mesmo porte, a quantidade de funcionarios que existe em uma do segmento da satide é muito maior. Enio Jorge Salu Pagina 78 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude Analisando tudo o que foi colocado aqui, inclusive os exercicios, & importante citar: © Acarga tributaria que incide sobre a mao de obra é fixa — independe do faturamento ~ incide sobre o valor da folha de pagamento: © Deve-se sempre considerar se vale a pena internalizar algo, ou comprar o servico de fora, considerando este importante aspecto; * Um dos exercicios propostos define uma sugestdo de como'o. aumento de mao de obra deve ser analisad © Quanto vai incrementar o valor da folha e a contrapartida no aumento da receita ou na redugao de custos © Oexercicio simulou a contratacio de um gestor comercial associado a uma meta de aumento de receita, e a contratacado de um gestor de custos associado a meta de redugdo de custos .. assim deve ser. D.4.4_ Remessa de Conta x Nota Fiscal - Fatura Quando se trabalha com convénios, e em alguns casos até com o governo, é pactuado um prazo para pagamento muito longo. A area da satide é to particular neste aspecto que existem situagdes em que ndo existe prazo de pagamento pré definido: o servico de satide remete as contas e aguarda’a operadora de planos de satide informar qual sera a data de pagamento. Evidentemente o ideal seria que isso nao ocorresse: uma vez fechada a conta, no mundo ideal para o prestador de servico, o pagamento deveria ocorrer no primeiro dia Util subsequente. Mas isso é uma questo mercadolégica — como dizemos: na relacao comercial manda quem pode e obedece quem tem juizo ! Enio Jorge Salu Pagina 79 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude Por tudo que vimos, caso o prazo de pagamento seja longo, ou indeterminado, o que a fonte pagadora quer é apenas prorrogar ao maximo seu desembolso — nada mais do que isso. Entao a melhor alternativa é acordar com ela a remessa apenas da fatura, deixando para emitir a nota fiscal o mais préximo possivel do vencimento. Como vimos, 6 por isso que existem documentos diferentes: fatura, nota fiscal ... Esta pratica vai eliminar o fato de recolher o imposto sobre 0 faturamento 1 ou 2 meses antes do recebimento, reduzindo um pouco o impacto que o prazo de recebimento causa no fluxo de caixa D.4.5 | Desmembramento e Fusdo de Empresas € mais simples operar uma unica empresa —no Brasil, um Unico CNPI. E comum observar no segmento um servico de satide operar atividades que n3o tém a ver com o tratamento de pacientes: escola, organizacao social, e até comércio. Mas no mundo das finangas tudo que é facil pode nao ser a melhor alternativa. E sempre necessario avaliar. Vamos citar apenas o exemplo da questo tributdria, do Imposto de Renda: As aliquotas nao s30 lineares: No caso de lucro presumido, ao mudar de faixa, o percentual da faixa superior é menor} No caso de lucro'real, ao mudar de faixa, o percentual da faixa superior é maior. Entdo, ao operar negécios diferentes na mesma empresa, primeiro é necessario avaliar se o enquadramento pode continuar sendo feito da mesma forma, e ao mesmo tempo avaliar se o enquadramento favorece ou nao a fusdo destas atividades Nao analisar estes aspectos pode significar uma grande perda Enio Jorge Salu Pagina 80 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude D.4.6 Glosas, Descontos, Cartéis e Repasse Somente quem atua no segmento entende o quanto as glosas esto presentes na rotina do SUS, das operadoras de planos de sade, e dos servicos de satide. E somente quem milita em algumas especialidades da satide entende o significado dos cartéis, que manipulam o mercado de materiais e medicamentos de alto custo. E bom aqui ressaltar que a regra nao é existir cartel — cartel é a excecdo—, mas os raros casos que efetivamente existem causam danos, que além do aspecto financeiro, podem ser imensurdveis em relacao a imagem das instituicdes de satide. A discussaio de como acabar com isso ocorre hd décadas, e no existe algum indicio de que o cenario pode ser mudado. No mesmo ambito, estd a necessidade do servico de satide praticar descontos, seja para empresas compradoras de servicos, seja para clientes diretos (particulares) — faz parte da cultura do segmento. J que no cabe fazer de conta que nao existe, ou lutar contra algo que ¢ do Ambito de autoridades, uma preocupaciio que deve estar na agenda do gestor da area da satide é como conviver com estas coisas, mitigando © prejuizo que possa causar. Deve-se sempre lembrar que na conta do servico de satide existe dinheiro que nao é dele: * Edo parceiro — exemplo: honordrios médicos que serao repassados ao médico; * — £do fornecedor — exemplo: valor do OPME, uma vez que 0 servigo de satide geralmente fica apenas com a margem de comercializacao. Enio Jorge Salu Pagina 81 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude Ent, algumas praticas so muito recomendadas: * Ao conceder desconto, separar da conta o que é dinheiro do servigo de satide e 0 que no é, e nunca aplicar o desconto sobre os valores que so devidos aos outros: © Sendo fizer isso, ao pensar que esta dando desconto de 10 %, estard praticando desconto muito superior, uma vez que a parcela de repasse deverd ser preservada; * Pactuar com parceiros e fornecedores que sé haverd repasse apés 0 recebimento da conta: © Isso vai mitigar o prejuizo causado pela eventual existéncia de cartel. Vale lembrar que so praticas largamente aceitas no segmento da sade, apesar de parecerem ser fora de se cogitar em outros mercados. Enio Jorge Salu Pagina 82 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude D5 Fechamento do Cenario A visio aqui representada no Modelo é suficiente para que os gestores tenham o entendimento necessdrio de quando utilizar uma ou outra ferramenta da controladoria ou da gestdo financeira na batalha didria de manter sustentavel a sua area da empresa, ou a empresa como um todo. Na rotina, o gestor sempre é exigido no sentido de reduzir custos, manter a rentabilidade, e aumentar a margem de contribui¢o daquilo que representa a sua algada. As ferramentas aqui descritas, no nivel de detalhe aqui discutido, séo mais do que suficientes para que este poder de discernimento seja viabilizado. Em um primeiro momento, especialmente para gestores que tiveram a formacio bésica na area assistencial, controladoria e gestao financeira pode parecer mais complicado do que realmente é. Se vocé esta inserido neste contexto, espero que © Modelo tenha Ihe passado a mensagem de que é muito mais complexo e dificil definir um plano assistencial baseado em uma hipdtese diagnéstica, do que é exigido para definir a classificacao de um registro contabil, ou realizar um langamento em uma planilha de fluxo de caixa ! Gostaria de encerrar comentando algumas reflexdes sobre os exercicios propostos — quando aplicados emsala de aula deflagram discussées automaticas. Uma se refere a questdo de.que o planejamento financeiro é a linha que divide a existncia ou nao de qualquer empresa. De fato, todos tivemos a oportunidade de conhecer empreendedores de micros, pequenos, médios e grandes negécios. Alguns apenas conhecemos a histéria, sem ter a oportunidade de conviver. Seja pessoalmente ou “de ouvir falar” sempre so pessoas que, independente do objetivo do negécio, sabem lidar com dinheiro. Algumas histérias rezam que fulano investia tudo que ganhava no negécio, outras que ele tem habilidade ou facilidade na captago de recursos, outras que ele tem excepcional capacidade para negociagdo ... todas tam como “pano de fundo” uma espécie de balanco entre a receita e os gastos. Enio Jorge Salu Pagina 83 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude Dizemos “uma espécie de balanco”, porque o empreendedor de sucesso de forma pragmatica estd sempre balanceando ao longo do tempo o dinheiro que entra eo dinheiro que sai do negécio. Quando este balanceamento esta dentro de uma situagao de normalidade, ele costuma dar foco em novas ideias, simular novos cenérios de ajustes de produtos, de busca novos tipos de clientes — na pratica delega o presente para alguém tocar, e da foco no futuro geralmente pensando em expandir o negécio. Quando este balanceamento esta fora de uma situagdo de normalidade, ele costuma mergulhar na rotina do negécio, buscando ajustes que geralmente esto relacionados a necessidade de reduzir gastos para compensar eventuais perdas de receita — na pratica, esquece o futuro e se concentra totalmente no presente, para evitar 0 risco da faléncia. Este Ultimo pargrafo resume a necessidade dos gestores entenderem a razdo pela qual estudamos as ferramentas descritas aqui neste modelo, seja qual for 0 tamanho da empresa, e seja o gestor o principal executive da empresa, ouo gestor de um pequeno departamento da empresa: * Oempreendedor tem sucesso no seu negécio quando, mesmo sem ter estudado profundamente o que foi aqui exposto em forma de modelo, teve a oportunidade de aprender os conceitos basicos que envolvem gerir um negécio: patriménio, resultado, custos, or¢amento; fluxo de caixa e obrigacées legais, especialmente as tributérias; * Ogestor tem sucesso. da mesma forma ! Sabemos que na area da satde a dificuldade do gestor em lidar com isso costuma ser maior porque é grande a frequéncia de gestores que advém de profissées assistenciais (medicina, enfermagem, etc.), cuja grade basica da formacao académica nao aborda praticamente nada a respeito de controladoria e financas. E isso €um paradoxo que pode ser fatidico: a drea da sauide é a que mais movimenta recursos financeiros no mundo. Séo milhées de servicos de satide de todos os tamanhos, e em qualquer um é necesséria alguma forma de gestao de controladoria e finangas. Enio Jorge Salu Pagina 84 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude Anexo 1 Modelo GPA\ tenant Admini eters Exemplo de um Plano de Contas Codigo Referéncia 1 Ativo 1 1 Ativo Circulante 1 1 1 Disponivel 1.0141 Caixa 1 11 21 1 Dinheiro em espécie 1 1011 2 Cheques de terceiros 1 1 1 2 Bancos 1 1 1 2 1 Banco 1, conta x 1 1 1 2 2 Banco 2, conta y 1 1 1 3 Aplicagdes’ 1 101 3 DB Banco x 1 1 1 3 2 CDB Banco y 1 1 2 Realizavel a Curto Prazo 1 1 2 1 Titulos a Receber 1 1 2 1 1 Duplicatas‘a receber 1 12 21 2 Cheques pré datados 1912 1 3 Cartdo x a1 02 4 101 () Proviso p/Devedores Duvidosos 1 1 2 2 Impostos a Recuperar 1 1 2 2 1 ICMS a Recuperar 1 1 2 3 Adiantamentos 1 1 2 3 1 Adiantamento aos Fornecedores 1 1023 2 Adiantamento aos Empregados 1 1 3 Estoque 1 1 3 1 Matérias - Primas 1 1 3 1 Medicamentos 10103 1 2 Mater 19103 1 3 Outros Enio Jorge Salu Pagina 85 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude Cédigo 103 2 13 2 103 2 103 2 103 2 10303 10303 1 303 10303 10303 104 10401 14°21 1040 1 1401 14°21 1 4 2 1 4 2 14 2 104 2 2 2 1 2 1 1 2 41 2 2 1 1 2 1 2 2 12 212 2 43 2 103 201 3 21 3 2 1 4 2 1 4 2 1 4 2 1 4 Referéncia Material Secundério Material de Expediente Material de Manutengéo Géneros Alimenticios Material de Limpeza Produtos Acabados Medicamentos Medicamentos Manipulados Material Ortopédico Outros Despesas Antecipadas Seguros a Vencer Seguro de Iméveis Seguro de Veiculos Seguro de Pessoas Seguro de Responsabilidade Civil Outras Despesas Assinaturas de Periédicos Assinaturas de Servicos de Atualizacao de Precos Anuidades de Associagées Ativo nao circulante Realizavel a Longo Prazo Titulos a Receber Duplicatas Cheques pré datados Contencioso Depésitos Judiciais Devedores Duvidosos Adiantamentos Adiantamentos para Sécios Empréstimos para Coligadas Empréstimos para Controladas Investimentos ‘Agbes de Controladas ‘Agbes de Coligadas ‘AgGes de Outras Empresas Enio Jorge Salu Pagina 86 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude Codigo 2 2 202 1 20201 2 2 41 2 2 2 2 2 2 2 2 2 22 3 2 2 3 2 2 3 22 4 2 2 4 202 4 2 2 4 22 4 202 4 22 4 202 4 2 9 209 1 209 1 2 9 1 29 4 2 9 2 2 9 2 2 9.2 m9 2 1 ma wor 4 1101 10101 10101 101 2 101 2 101 2 101, 102 103 101 Referéncia Imobilizado Edificacdes Edificagdes de Utilizagdo Operacional Outras Edificagdes Méveis e Utensilios Méveis e Utensilios de Utiizago Operacional Outros Méveis e Utensitios Veiculos Veiculos de Utilizaco Operacional Outros Veiculos Infraestrutura Méquinas e Equipamentos de Utilizaco Operacional Ferramentas de Utiliza¢io Operacional Outras Maquinas e Equipamentos Outras Ferramentas (1 Depreciacao Acumulada Edificagdes ()Depreciagao Acumulada Méveis e Utensilios (-) Depreciacgo Acumulada de infraestrutura Bens ¢ Direitos Intangiveis Fundos Fundo de Comércio Adquirido Obras de Arte nao Avaliadas Pecas de Valor Histérico Bens Incorpéreos Marcas Patentes (1) Amortizagio Acumulada de Bens Intangiveis Passivo Passivo Circulante Fornecedores Fornecedores de Insumos Materi Produtos Servigos Outros Fornecedores Pecas e Ferramental Servigos is Enio Jorge Salu Pagina 87 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude RRR RRR RRR RRR RRR RHEE NEED Codigo Referéncia Titulos e Onus Financeiro Bancérios Empréstimos Bancérios Dividendos a Pagar Despesas Bancérias Outros Titulos Duplicatas a Pagar Despesas com Pessoal Folha de Pagamento Salérios Encargos a Pagar INSS a Recolher FGTS a Recolher Provisdes Proviso para 13° Salério Provisdo para Férias Tributos Impostos Imposto de Renda a Recolher ICMS para Recolher ISS para Recolher IPVA para Recolher Taxas Taxa de Fiscalizacéo do Estabelecimento Taxa de Fiscalizacao dos Elevadores Taxa de Licenciamento dos Veiculos Contribuigées Contribuigao Social para Recolher Pis Receita Bruta para Recolher COFINS Receita Bruta para Recolher PIS Importacao para Recolher COFINS Importacdo para Recolher Enio Jorge Salu Pagina 88 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude Codigo 101 102 103 201 102 Referéncia Passivo néo Circulante Empréstimos e Adiantamentos Adiantamentos Adiantamento de Sécios ‘Adiantamento de Acionistas Empréstimos Empréstimos de Coligadas Empréstimos de Controladas Patriménio Liquido Capital Social Capital Social Subscrito e Integralizado Capital Subscrito (1 Capital a integralizar ()Sécio 1 ()S6cio2 Ajustes de Avaliagao Patrimonial Reservas de Capital Reservas de Luctos Reserva Legal Reserva de Incentivos Fiscais (Aces em Tesouraria (1 Prejuizos Acumulados Resultado Transitério Resultado Transitério do Exercicio em Curso Apuragdo do Resultado Final do Exercicio Resultado Final do Exercicio em Curso Enio Jorge Salu Pagina 89 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude Codigo 1 11 1.01041 101 101 11 101 2 101 2 101 2 10103 10103 101 «3 12 10201 10204 10201 10201 102 2 102 2 102 2 102 2 102 2 2 201 2 14 maa4 241 2141 21 2 D1 2 201 2 2 1 2 2 1 2 2 1 2 Referéncia Resultado Receitas Receitas Operacionais Receita de Vendas Pacientes Particulares Operadoras de Planos de Satide sus Financeiras Juros Ativos Juros de Aplicagdes Financeiras Outras Receitas Operacionais Descontos Obtidos Variagdo Monetiria Ativa Receitas Nao Operationais Receitas NEO Operacionais Diversas Aluguel de Imével Jutos Obtidos em Empréstimos Indenizagdes Lucro nao Operacional Lucro na Venda de Bens Lucro na Alienacdo de Imoveis Lucro na Alienacdo de Méveis e Utenstlios Lucro na Alienacao de Veiculos Custos Mao de Obra Folha de Pagamento Salérios Férias 132 Salério Beneficios Cesta Bésica Vale Transporte Vale Refeicio Seguro Satide Outros Beneficios Enio Jorge Salu Pagina 90 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude Codigo Ra ewuw DUR RRA RWYYYNNNN EBB Referéncia Encargos INS, FGTS Outros Encargos Pré Labore Pré Labore Direto Pré Labore em Forma de Beneficios ou Outras Formas Outros Insumos Materi Medicamentos is Materiais Descartveis Materiais de Alto Custo Géneros Alimenticios Gases Medicinais Outros Materiais Utilidades: Energia Elétrica Gas Combustivel Agua Servicos de Terceiros Servicos Assistenciais Servigos de Engenharia e Infraestrutura Outros Servicos Técnicos Especializados Tributos Iss lems PIS/COFINS/CSLL Outros Tributos Outros Custos Comissées sobre Vendas Enio Jorge Salu Pagina 91 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude Codigo BRU WUNN NNN Nee weene Referéncia Despesas Mao de Obra Folha de Pagamento Salérios Beni Cesta Basica Vale Transporte Vale Refeicio Seguro Satide Outros Beneficios Encargos INSS FeTS Outros Encargos Pré Labore Pré Labore Direto Pré Labore em Forma de Beneficios ou Outras Formas Despesas gerais Utilidades. Energia Elétrica Gas Combustivel ‘Agua Telefone Internet Servigos de Terceiros Servigos de Conservagio e Limpeza Servigos de Seguranga Patrimonial Servicos de Assessoria e Consultoria Servigos de Engenharia e Manutencao Outros Servicos Enio Jorge Salu Pagina 92 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude Codigo DAADAADAAAAUHHUUHARA RE RYYWWYY Referéncia Tributos Imposto de Renda Contribuigées Sociais / Programas Sociais wTu PVA Taxas Outros Tributos ‘Aluguéis e Arrendamentos ‘Alugugis de Maquinas e Equipamentos Aluguéis de méveis ‘Aluguéis e Arrendamentos ‘Arrendamento Mercantil (Leasing) Baixas, Amortizagdes e Depreciacdes Amortizacao de Agio Baixas de Imobilizado Baixas de Investimentos Permanentes Baixas do Intangivel Depreciagées e Amortizacdes Perdas Perdas em Sinistros com Imobilizado Perdas na Alienaco de Maquinas, Equipamentos e Ferramentas Perdas na Alienaco de Méveis e Utensilios Perdas na Alienac3o de Participacdes em Coligadas Perdas na Alienacdo de Participacdes em Incentivos Fiscais Perdas na Alienaco de Vefculos Perdas no Recebimento de Créditos Descontos Concedidos Amostras Gratis e Cortesias Enio Jorge Salu Pagina 93 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude Codigo 101 Referéncia Outras Despesas Assinaturas de Periédicos Combustiveis e Lubrificantes Créditos Vencidos e Nao Liquidados Despesas Administrativas Despesas com Transporte Despesas com Vendas Despesas Legais e Judiciais Despesas Postais e Telegraficas Despesas e Contribuigées Sindicais Manutencdo de Veiculos e Equipamentos Propaganda e Publicidade Seguros Sinistros com Imobilizado Juros / Vatiagdes Cambiais/ Variacdes Monetérias Passivas Viagens Terrestres Outras Despesas Enio Jorge Salu Pagina 94 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude Anexo 2 (o00r $ w= ss10en) = (xOG) operInsey ep |IG¢3U09 EAREssUOWIEG op oSoqs3 UN ap OESIA [BHopEjoszuco 9p 9 eu]D9UBULY OB3t95 OSnPOraUl :0/NPOL peimunay opeansen, 3 op opewrs>y ‘somauin soning ‘equawenigs 0 a1gos soinguy {es99 sorno ‘SoUnSUL WD SOISED ‘pepmanpoig ‘o8se0u3 10S 'SoD0s Sop epee randniy lwosreain couswedinby ogsusInuaN, eye GOWol owSWeCINDA OBUEINIEN epuguossey omswedindy ogsuainuen, wosrenin coussuwedinby ossicinby Pye iROWOL oUAWeCINDa OBIS ebuguossay ousswedinby oziisinby smse5, lWssenin FepLEA eyeidowoy sepuan, eouguossey sepuan, songg ap auedy ai a twa oispow Pagina 95 de 100 Enio Jorge Salu Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude Anexo 3 x &@ w 8 a nw o@ 6 @ & 9 § » € @ 7 on {ooo $ wa s3u01eA) = (a3) JUOULIEA |IqeIUOD On|EASUOUIEG Op O50q5q WIN Bp OBSIA (000+ $ we ss10%en) = (ya) opedinsey ap iqe2u09 OnReNsuoUeG op o5oqsa Wn ap OFSIN evopejonuoy ep © exesueUHy oF35e5 & OSNpONU| ;oINPEL soiwewedinag sop ogserzeideg ‘e1uouiedine3 cop cxuswesoy ‘Saw ou OMT OpeNNSaN F095 50 eied se¥eq © ODES ‘sousawedinby cop 18804 809/65 soweuedineg on Wad o1spow Pagina 96 de 100 Enio Jorge Salu Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude Anexo 4 Miédulo: Introdugdo & Gestdo Financeira e de Controledoria, Esbogo do Fluxo de Caixa - (valores em $1.00) Modelo GPAI Vendae aassondncia Vendas Tomesratis Vendas utrassom (casos Aculsio Eauiparenta Ressondncia -Agusiao EqupamentoTomogtie guisiao Equipamentos Utrassom ManutengéoEquissmento Rescondncia ManuterefoEquisamento Tomeerafia. ManutereBoEquisementos Uvassom ‘aluguel Aetrads cos sScioe saliiae Encargs Produtivdede Gastos com Insumos Tiburos sobre ofatuement outros Tibutos Resltade Opeaconel do Mes vimentsi FanciaSoietia pone aos Seco: Sale Acumulado Aportada pelos Socios Reserva de Cpt (3 apt pees sis) AplicarsoFinanceirs Aesgate ds Anicaio Finance Sado ds Apiaca Financia Resultado Fina a Fino de ana no Mis Enio Jorge Salu Pagina 97 de 100 Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude Anexo 5 [euojessdo epiendeyay (00a $ woss.cj@n) = BpepHiqeauoy ep ogdeindy © so3sn9 op ede :oboqeg wesseu3in, yeuzowo,, euopejonucg ap 2 evjasueuly of1585 e ogSnpoNu| :olNPOW, uguOstoy [STUDIN EIPSW 12359 euaporndg opeyasay s9p99511 5p S9PEPIN Sep SPEPLUREOU 9 aigos Sea sose9 soaro lwossenir sounsuy wo» sorse9 ‘ayedewey cowneu) woe seep ebueuossay souinsuy ua sense lwossenin apepiinporg Jfowe, apepwinpoid ‘onion soueies a ‘PO1595 Op apcHey 0195 op epes 0505 op epeuney 7.0195 op epee Tones op spcuey renga worsen sowsuiedinby opsuainuay, euoy owuswed/nb3 ceSuainuay, ebuguossox oluawedinba ogtuainuen woeranjn sowsuiedinby ops sinby ‘eyeifowe) owauiedindy o85 sinby epuguossey o1uauiedynog og) sinby 7 ‘ye izowey s2n05,, eisueuoseay e0u8y s0b9s ap aucdy =u Wwad o1opOW Pagina 98 de 100 Enio Jorge Salu Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude Anexo 6 wow il or) e6 |e) ef) ae | se eT raH {000 $ wis saiojen) = oue of © e1ed OL.eyUSUIESIO OUE|g Op 050453 eHOpejos3U09 ap ® eu!20UeULY Of3595 e OBSNPosaUl :oINPOW, ‘opeimuunay opies 520 9p opeunsay ‘soinquy Sonn ‘cquauleimey 0 21905 soingu, ‘so1se9 soning ‘sowinsu wo3 so1se5 ‘apepininpoig ‘50818203 ‘SOUBIES ‘501295 Sop epesmay ananiy wossenin so1uawedinba opSuainueW eyes80wo) c1uawedinba opSUaINUEW ersuguossay o1uawedinba opSuaInUeW wossenin sowawedinb3 ogsisinby eujeiBouo) cquawedinbg ogsisinby epuguossay o1awedinba ogsisinby soisep wossenin sepuan eueiSowol sepuan epueuossay sepuan seus03y, ipo Sy isan Sp Ss iWdd OISPoW) Pagina 99 de 100 Enio Jorge Salu Modelo GPAI — Gestéo do Planejamento, Administracao e Indicadores — Médulo IGFC Introdu¢Go & GestGo de Controladoria e Gestao Financeira em Empresas de Saude Anexo 7 y2e2dQ, epuenBevey (000% $ wo ss:0fen) - OUB of Oper jPAUDY EP CUEUDD :050qr3, 1:39 eunpesseg opeyaeay sce851 2p s2penun Sep apemget=y sernqu song ‘ousuieime} ©aiqes somnquL ‘soise9 s0.1n9) wossenin Souneuy wer s1569 2yelZoUwo4 SOUNsu! 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