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200--(24) CAPITULO IX DISPOSIGOES FINAIS ARTIGO 31 (neentivos) ‘Compete a0 Governo criar incentivos econémicos ou de outra natureza com vista a encorajar a utilizagao de tecnologias © processos produtivos ambientalmente sos. ARTIGO 32 (Legislagao sectorial) 1. A legislagio existente que rege a gestio dos componentes ambientais deve ser ajustada as disposigdes da presente Lei. 2. Aregulamentagao da presente Lei compete ao Governofixar ‘ prazos paraque 0s projectos jf antorizadose os empreendimentos {emcursoquecontrariem os seus dispositivos sejam aestaajustados, ARTIGO 33 (Legislasio complementar) Cabe ao Governo adoptar as medidas regulamentares necessérias & efectivagao da presente Lei ARTIGO34 (Vig@ncia) ‘A presente Lei entra em vigor sessenta dias apés @ sua publicaglo no Boletim da Repiblica Aprovada pela Assembleia da Reptiblica, aos 31 de Julho de 197 © Presidente da Assembleia da Repiblica, em exercicio, Abdul Carimo Mahomed Issa. Promulgada, a1 de Outubro de 1997. Publique-se. © Presidente da Republica, JOAQUIM ALBERTO CHISSANO. Lei n’ 2/97 det de Outubro 0 desenvolvimento econsmico do pais depende da existéncia edisponibilidade de energiaeléctrica, cujaprodugdie transmiss40 cexigem avultados investimentos, Estado, as suas instituigées as demais pessoas colectivasde direito pablico, desempenham uma acgao determinante, cabendo 3 iniciativa privada um importante papel no desenvolvimento da rede eléctrica nacional, Tormando-se necessério dotar a ordem juridica mogambicana de um instrumento bisico regulador da actividade de produgdo, transport, distrjbuigdo e comercializacaodeenergiaeléctrica, a0 abrigo do_disposto no n® 1 do artigo 135 da Constituigao, a Assembleia da Repiblica determina: CAPITULO DISPOSICGES GERAIS. ARTIGO | (Definigoes) Para efeitos da presente Lei, considera-se: 1, Comercializagdo de energia eléctrica: venda da energia ‘léctrica a um consumidor para utilizagio propria ou para efeitos de revenda a terceiros. 1 SERIE —~ NUMERO _40 2°Concessdo: autorizagio atributdlapelaentidadecompetente para a produgio, transporte, distribuigao © 4 .comercializagio, ineluindo a importagao ¢ exportagio de energia eléctrica, bem como a canstrugo, operacio © gestio de instalagdes eléctricas, conjunta ou separadamente, por entidades pblicas ou privadas, nos termos da presente Lei e seu Regulamento 3. Concessiondrio: titular de uma concesséo atribuida nos termos da presente Lei 4. Consumidor: pessoa ou entidade a quem & fornecida energia eléctrica para uso doméstico, industrial ov comercial 5. Contratode concessdo: contrato administrativo.em quese definem os termos ¢ condigdes aplicdveis & realizagio, conjunta ou separadamente, das actividades de fornecimento de energia eléctrica 6. Distribuigdo de energia eléctrica: wansmissio de energia eléctrica com uma tensdo a baixo de 66 KV a partir das subestagbes abaixadoras, dos postos de transformago ‘ou dos postos de seccionamento as instalagbes que recebem ¢ transmitem a corrente eléctrica aos consumidores. 7. Forcamaior: qualquer factoimprevisivele foradocontrolo da parte afeciada por ele, no causado por si e que tenha provocado o prejuizo, dano ou incumprimento, incluindo nomeadamente cheias, tempestades, ‘maremotos, sismos, fogo, actos de guerra, insurreigSes, agitagio publica, greve ou distirbio laboral 8. Fornecimento de energia eléctrica: actividade de abastecimento de energia eléctrica aos consumidares, compreendendo, conjunta ou separadamente, pro- dugdo, transporte, distribuigko ¢ comercializagao, incluindoaimportagioeexportagao deenergiaeléctrica 9. Instalagdo eléctrica: equipamento ¢ infra-estruturas destinados ad fornecimento de energia eléctrica até 20 ‘contador do consumidor. 10, Licenga de estabelecimento: documento emitido pela entidade competente certificando que a instalagao eléctricapodeserestabelecidadentrode um determinado prazo, 11. Licengade Exploragdo: documento emitido pelaentidade competente certificando que as instalagées eléctricas foraminspeccionadaseachadasconformeeautorizando a sua operagéo. 12, Produedo de energia eléctrica: conversio em energia eléctrica de qualquer outra forma de energia,seja qual for a sua origem, 13. Redeeléctricanacional: conjuntodeinstalagces deservigo publico destinadas aprodugio, transporte edistribuigdo de energia eléctrica, 14. Redenacionalde transporte de energiaeléctrica:conjunto desistemas utilizados para transporte deenergiaeléctrica entre regides, dentro do pais ou para outros pases, para a alimentagao de redes subsidiérias¢ inclu os sistemas de ligagio entre redes, entre centrais ou entre redes ¢ centrais. Equivale a rede nacional de transporte, 15, Tarifas justas € razodveis: a tarifas de uso, consumo € de transito de energia eléctrica sdo justas ¢ razoaveis 7.DE OUTUBRO DE 1997 quando so fixadas de acordocom os eguintescrtéros, cumulativamente: 44) que assegurem 0 minimo custo possivel para os consumidores & que sejam compativeis com a qualidade do servigo prestado; 'b) que amortizem ao longo do tempo os custos de capital e de operagao; ¢)que fornegamo retorno compativel sobre o capital investido na respectiva instalagao. 16. Transporte de energia eléctrica: transmissao de energia, ‘eléctrica de tensio igual a ou acima de uma tensio de 66 KV, abrangendo 0 estégio que vai desde os bancos de transformadores das subestagdes elevadoras ligados a centrais geradoras até as subestagSes absixadoras ligadas a distribuigao. ARTIGO 2 (Ambito) 1A presente Lei aplica-se produgio, transporte, distribuigo ‘e comercializagiio da energia eléctrica no territGrio da Reptblica de Mogambique, bem como & sua importagio e exportagio para ou do territ6rio nacional. 2. O uso ¢ aproveitamento de fontes energéticas para fins diferentes da producio de energia eléctrica ser objecto de legislagao especi ARTIGO3 (Objectivos) Apresente eitem como objectivosdefinir,emrelagdo tenergia eléctrica: 4a) a politica geral da organizagio do sector gestdo do fornecimento da energia eléctrica; ) o regime juridico geral das actividades de produgdo, transporte, distribuiglo e comercializagio da energia eléctrica no teritério da Republica de’ Mogambique, bem como a sua importagio e exportagao para ou do terrtério nacional ¢ 0 regime da concessio de tais actividades. ARTIGO 4 (Papel do Estado) 1.O Estado, as suasinstituigbes e demais pessoas colectivas de dixeto publica tém uma acgéo determinante na promogio da valorizagao das potencialidades existentes, de forma a permitir uum acesso cada vez mais alargado aos beneficios da energia eléttica e contibuir para o desenvolvimento econsmico social do pats e da regio. 2, O Estado assegura a paticipago da iniciativa privada no servigo piblico de fornecimento de energia eléctrca mediante concessdes que garantem o diteito de uso e aproveitamento do potencial energético, salvaguardando os intefesses superiores do Estado ARTIGO S (Politica de organizagao e gestio) L. A. politica geral da organizagio do sector e gestio do fornecimento de energia eléctrica, visa: 4) valotizar os recursos ¢ potencialidades existentes.¢ concorrer para oprocesso de desenvolvimentoeconémico « social do pais e da regito; 200--(25) b) promover a extensiio da rede eléctrica nacional a todo 0 tetitrio nacional de modo a permitir acesso aos beneficios e facilidades de energia eléctica Bs pessoas € As entidades no ligadasa rede elétrica nacional assegurar oformecimentocficiente de cnergiaeléetrcasos consumidores, de qualidade ¢ em termos justos e compettivos: desenvolver a capacidade energstica nacional ea rede de nergia eléctrica de forma a impulsionar o desenvolvimento econdmico e social ¢ assegurar 0 fornecimento de energiaelétrica para as necessidades dos consumidores, garantindo o equilfbrioecolégico, a conservagio a preservagio do meio ambiente; 6) procurar tecnologias altemativas de fornecimento de energia elie; ‘ fornecerenergia elécrica como um servigo piblico; 4) garantia pattcipapdo do sector publica mo exercicio do servigo publica vocacionadoao fomecimentodeenergia elects J eriaro ambiente propicio& participagio do sector privado no exercicio do servigo pablicn de fomecimento de energia eléctrica. ARTIGO 6 (Competéncias) Compete ao Conselho de Ministros: 4) aprovar novos empreendimentos de fornecimento de energia eléctrca com uma potEncia instalada igual ot superior a 100 MVA; ») definir as competéncias quanto a outorga dos direitos de fornecimentode energiaeléctrica aos diferentes nfveis; © exercer as demais atribuigdes que Ihe forem cometidas pela presente Lei e demais legislagao aplicdvel, CAPITULO II CONSELHO NACIONAL DE ELECTRICIDADE ARTIGOT (Consclho Nacional de Electricidade) 1. E criado 0 Conselho Nacional de Electricidade, também designado por CNELEC, dotado de personalidade juridica © aautonomiaadministrativae financeira,comuma fungao consultiva, de defesa do interesse piblico, servindo também como foro de auscultago da opinido pablica sobre assuntos relevantes da polfticanacionaldeenergiacléctricaedaaplicagaodas disposigBes da presente Lei e seus regulamentos. 2, © CNELEC tem fungdes de conciliagio, mediagio € de arbitragem em matéria de diferendos relativos aquestGes surgidas entre diferentes concessionérios ou entre 0s concessionérios e sous consumidores nos seguintes dominios: 4a) direito a0 fornecimento de energia eléstrica incluindo a recusa ou a interrupgo de fornecimento; b) qualidade e'regularidade do servigo de fornecimento de cenergia eléctrica; c)condigdes tarifas de venda de energiaeléctricac taxas de transito; di) instalagdo e funcionamento de aparelhagem de medida e contagem; cio do equipamento do concessionério; -aso no fornecimento de energiaeléctrica pelo concessionsio; _)acesso paraefeites dtrinsitod rede nacionalde transporte, incluindo as instalagées de transporte de um concessionsro particular; +h) qualquer outro aspecto sobre 0 qual o concessionétio ou qualquer dos seus consurmidres solicite a intervengao do CNELEC como mediador ou srbite. 3. OCNELEC é constituido por cincoasete membros efectivos seleccionados entre pessoasidéneascom reconhecidaexperiéncia econhecimentos sobre tarifas, economia, aspectos tecnolégicos ¢ jjuridicos dos sistemas de fornecimento de energia eléetrict 4, Os membros do CNELEC so escolhidos pelo Governo, -pelas associagSes representando o sector produtivo, pelas associagdesrepresentando opitblico consumidor, pelasinstituigdes de investigagdo cientifica, pela entidade gestora da rede nacional de transporte de energia eléctrica e pelos concessionsrios. 5.0 Presidente do CNELEC € nomeado pelo Governo de entre 0s seus representantes, ARTIGO8 do CNELEC) (Competén Sem prejuiza das demais competéncias atributdas a0 ‘abrigo desta Lei e demais legislagio, compete ao CNELEC: @) pronuncior-se sobre a politica © os objectivos de fornecimento de energia eléctrica; }) emitir pareceres sobre as propostas de expropriagies © declaragées de uilidade piblica relativamente a novos projectos de construgao de instalagbes eléctricas; ©) pronunciar-se sobre e propor projectos de regulamentos de fornecimento de energia eléctrica e demais matérias pertinentes & rede nacional de energia eléctrica; 4) emitr pareceres sobre as propostas de novos projectos ¢ ‘os pedidos de concessao parao fornecimento de energia eléctrica, bem como as respectivas propostas de tarifas € suas formulas de revisto € as condigoes de venda de ‘energiaeléctricaa serem praticadas peloconcessionsrio; €)elaborar propostas sobre a promogioe adope%o de novas tcnologias e os programas de expanstio da cobertura geogréfica da rede eléctrica nacional, realizando avaliagdes nacionais sobre a sua execugao; ‘) participar na supervisdo e avaliagio de concursos piblico nacionais € internacionais. para a atribuigo de concessies de fornecimento de energia eléctricn; £8) realizarestudos einvestigagdes quese mostremnecessétios ou abropriados para a realizagio das demais competéncias tarefas a ele cometidas. CAPITULO It CONCESSAO ARTIGO 9 (Exigéncia de concessio) 1. A produgdo, tansporte, distribuigdo © comercializagio, incluindo a importagdo ¢ exportagdo de energia eléctrica, bem como aconstrugdo, operagdo egestao de instalagSeseléctricas por :IE — NUMERO _40 pessoas singulares ou colectivas, de dircito piblico, privado e sociedades carecem de prévia atribui¢o de uma concessdo que pode abranger uma ou algumas das operagées deseritas neste 2. Na outorga de concessio, deve-se observar que: 4) as vantagens a obter através da concessio devem ser superiores aos inconvenientes dela resultantes, em termes econdmicos, sociais ¢ ambientais; bya cobertura dos custos e dos danos que a concessio possa ocasionar aterceiros ou sobre omeio ambiente deve ser assegurada; c)as tarifas e condigGes de fornecimento a aplicar devem ser Justas ¢ razoaveis; do fornecimento de energiaeléctrica deve enquadrar-se na rede eléctrica nacional e/ou regional existente ¢ planificada; ©) deve ser fixada a duragao da concessiio; ‘A relativamente anovas construgdes para o fornecimento de energia eléctrica, foma-se em conta, entre outros, © equilfbrio enue a oferta e a procura, a evolugio da Procura futura, meios alternativos de fornecimento, cobertura da procura e o balango entre 0s custos ¢ beneficios da poupanga de consumo de energianas suas instalagGes e nas instalagbes dos consumidores; 18) deve ser provada a idoneidade e a capacidade técnica e financeira do candidato a concessiondio. 3. A realizagio de estudos técnicos & outras investigagies ligadas, directa ou indirectamente, com um projecto de fornecimento de energia eléctrica carece de uma prévia autorizagao. ARTIGO 10 (Dispensa de concessio) 1. Bisenta de concessdo a producio de energia eléctrica para uso e consumo particular e que ndo se destine a fornecimento de terceiros. 2. Sem prejufzo do disposto no nimero anterior, qualquer instalagdoeléctricacarece de umalicengade estabelecimentoe de uma licenga de exploragZo em termos a regulamentar. ARTIGO 11 (Pedido de concessio) 1. Opedide de concess4o para produgio, transporte, distribuigo © comercializagdo de energia eléctrica, bem como 0 pedido para mportagdo e exportagao ¢ dirigido aentidade competente, devendo conter a identificagdo do requerente bem como a descrigao dos objectivos do pedido e o periodo de duragao da concessao. 2, Acentidade competente autoriza ou recus 0 pedido, dentro do prazo de cento e citenta dias a contar da data da sua recepgio. 3. Os requisitos do pedido de concessio slo fixados em regulamento. 4. A concessio e a sua prorrogagio sio atribufdas mediante concurso piiblico, em termos a regulamentar. 5. Os pedidos de concessio, bem como de prorrogagio e de transtnissdo serio abjecto de publicagio e de audigdes pibicas, em termos a regulamentar. 7.DE OUTUBRO DE 1997 ARTIGO 12 (Prazo e contesido da concessiio) 1. Asconcessies sio atribufdas, porum contrato administrative, por perfodos ncle estabelecidos, nfo podendo, em caso algum, ‘sua duragio exceder o prazo maximo inicial de cinquenta anos, susceptivel de renovagdo. 2. Arenovacan da concessio 6 concedidadesde quese observer ccumulativamente os seguintes requisitos: a) 0.conce: jondrio tenha cumprido com as suas obrigagses nos termos do contrato de concessio; 5) oconcessionério apresente um programa de exploraglo e estudos técnico-econdmicosque garantam as melhores condig&es da sua operacao. 3. 0 perfodo de renovagio da concessio deve ser consistente ‘com os prazos de amortizagéo dosinvestimentos adicionaise com anecessidade de disponibilizar os recursos utilizados para outros fins que garantam maiores beneficios econémicos e sociais, ARTIGO 13 (Transmissio da concessfio) 1. Atransmissio, parcial ov total, de direitos abrangidos pela concesso, estésujetaa aprovagaopréviapelaentidadecompetente observando-se, para 0 eftito, 0s procedimentos indicados no artigo 10da presente Lei, com as necesséris adaptagbes. 2. Baplicvel A transmissio de que ata este artigo o disposto no n° 3 do artigo 24 da presente Lei. ARTIGO 14 (Gestio da rede nacional de transporte de energia eléctrica) 1. A gestio da rede nacional de transporte de energia eléctrica 6 atribuida a uma entidade de direito piblico que, pela sua capacidade técnica, garanta a operacionalidade, a fiabilidade e a cexpansiodo servigo pablico de fornecimento de energialéctrica, 2. A designagio da entidade referida no nimero anterior ¢ os termos e condigses aplicdveis sio estabelecidas por decreto do Consetho de Ministros. 3. O capital privado pode participir no desenvolvimento da rede nacional de transporte de energia eléctrica em termos a regulamenta, CAPITULO IV OBRIGACOES, RESPONSABILIDADE E DIREITOS DO CONCESSIONARIO- ARTIGO 15 (Bens postos & disposicio pelo concessionério) O concessiondrio obriga-se a afectar& actividade bens méveis ¢ iméveis que, no constituindo parte integrante da concessio, sejam, porém, préprios enecessérios auma boa gestdo cexploragdo do servigo concedido, ainda que nfo participein directamente no fomecimento de energia eléctrica, designadamente, veiculos automéveis, materiais, utensflios, stocks de matérias-primas, consumfveis ¢ aparelhos de medida ¢ contagem. 200-27) ARTIGO 16 (Obrigagdes especificas do concessionério) 1. © concessionério obriga-se especialmente, entre outros deveres a: 44)(D) explorar a concessdo de acordo com os padres de um ‘operador prudente ¢ razodvel, procurando realizar as stuas obrigagées com boa fé ¢ com 0 nivel de pericia, diligéncia, prudéncia previsio que seria de esperar de ‘um operador experiente e perito com meios financeiros suficientes © cm cumprimento com as leis, regulamentagio, contrato de concessio ¢ cédigo da rede vigentes, (H) qualquer referéncia ao padrdo de um operador prudenteerazodvel considerar-se-d uma referéncia aos niveis de perici, diligéncia, prudéncia e previsio aqui descritos; +) providenciar a adequada manutengio de todos os bens afectos a concessio até ao seu termo; ©) pagar a indemnizagao devida pelos direitos ou bens expropriados einformarcom trintadias de antecedéncia, 9 titular dos referidos direitos ow bens, do inicio da realizagGo das operagbes de desmatagiio, desbaste, poda ‘ou abate das drvores ¢ arbustos e remogio de terra; d) de um modo geral, abster-se de todo 0 cerceamento ou "" timitagao do direito de propriedade; «@) restituir as dguas utilizadas no fornecimento de energia eléctrica nas condigées de pareza, temperatura © salubridade iniciais conforme os dados registados quando da captago das mesmas; A) proceder ao restabelecimento das vias de comunicagao dos circuitos interrompidos, reduzidos ou desviados pela realiza¢ao de obras de construgo, manutengio, melhoramento ¢ reparagio de instalagbes eléctricas; 2) observer, na parte aplicével, a legislagao sobre as éguas as pescas¢ seus regulamentos, ‘observara egislago pertinente sobre questdesambientais; 8) dar acesso a0 ministério de tutela bem como as pessoas ou ‘entidades poreledevidamente credenciadas,paraefeitos dainspecgao das instalagdes, dosequipamentos, registos contabilistices e qualquer outra documentaigio relativa a actividade para a qual foi atribuida a concessio; 4) fornecer os dados e informagies considerados relevantes para 0 controle da actividade do concessionétio a0 abrigo da concessio atribuida e solicitados periodicamente pelo ministério de tutela, 2. © concessionério obriga-se ainda a prestar o servigo de fornecimento de energia eléctrica de forma a melhor servir os interesses e necessidades dos consumidores ¢ a contribuir para o desenvolvimento econémico e social do pals. 3. As obrigagées enunciadas nos mimeros antecedentes, bem como as demais obrigaydes especificas que devem recair sobre 0 concessiondrio so objecto de regulament ARTIGO 17 (Dever de fornecimento de energia eléctrica) 1. © concessionsrio deve, nos termos estabelecidos na concessio, fomecer energia eléctrica dentro da sua érea de 200-28) concessio a todos 0s candidatos a constimidores que estejam emt condigdes de garantir os pagamentos dos seus consumos € 03 custos das instalagées, ramais ou derivagées, bem como dos trabalhos de extensio ou de reforgo necessios 2. Em caso de recusa, redigio ou atraso injustificados de {ormecimonto dé energia elétrica aum candidato ou consumidor, este poderecorreraNELEC ouaoutraentidade competente, que decide se 0 concessionério deve efectuar 0 fornecimento, doterminando as condigBes em que este deve ter lugar. 3. Os consumidores de energia eléctrica dentro de uma éreade concessio podem obter © fornecimento de energia eléctrica de ‘qualquer concessionsrio. 4.Oconcessiondrio deve cooperarnaccoordenagioaniculagio com outros fornecedores de energia eléctrica relativamente aos planos nacionais eregionais de fornecimento de energia eléctice. ARTIGO 18 (Regularidade do fornecimento) 1.0 concessionério deve assegurar a prestagio de um servico de fornecimento de energia elécrica regular e de boa qualidade, por forma a evitar dans ¢ prejufzos as actividades econémicas, aparelhos ¢ equipamentos elécricos dos consumidores.. ido pode ser suspenso ou ‘interrompido momenténea e parcialmente para 0 concessionério assegurar a conservaco ou a reparago das instalagbes e equipamentos ¢ proceder a obras de beneficiago. 3.0 concessionéio obriga-se areduzir, ao minimo possivel, 0 nidmero-e a duragdo das interrupgdes, assim como a limité-las As pocas eashorasdurante as quaisasinterrupgées sejam susceptiveis de causar 0 menor transtorno possfvel 20 consumidor. 4. O concessionario deve, mediante prévio aviso publico, dar aconheceraosconsumidores as datas eashorasdessasinterrupcGes. ‘5, Desde que circunstncias imprevistas ¢ fora do seu controlo exijam uma intervencio urgente, pode excepcionalmente 9 concessionério tomar de imediato as medidas necessérias para a conservagio e/ou a reparacio das instalagSes ou equipamentos, incluindo a suspensio da prestagao do servigo concedido, 2. O servigo conc ARTIGO 19 (Redugo ou termo do fornecimento) ‘Oconcessionsriondo pode reduzir ou pértermoao fornecimento de energia eléctrica, excepto se: 44) 0 consumidor for declarado em estado de insolvéncia ou faléncia, sujeito aos termos e procedimentos da lei aplicavel; ) © consumidor no pagar pontualmente os encargos acordados; ©) © consumidor no cumprir com as condigdes estabe- lecidas ¢, tendo sido avisado por escrito, pelo concessionétio, doincumprimento verificado, nfo puser termo a esse incumprimento no prazo de trinta dias apés a receps0 do aviso; ‘d houver motivo de forga maior, nos termos definidos nesta Lei. 1 SERIE—NUMERO_40 ARTIGO 20 (Transito de energia eléctrica) 1.O concessionsrio de transporte deenergiaeléctrica nao pode recusar a outro concessionério ou consumidor, havendo Aisponibilidade técnica, o transito de energia eléetrica na sua instalagio eléctrica. 2. Oconcessionario de transporte deenergiaeléctrica concede, semdiscriminagio, otrAnsito aoutroconcessionétio ouconsumidor em condigdes compardveis, em qualidade e prego, a0 servigo de transporte de energia elécirica que Ihe é directamente prestado. 3.0 trénsito de energia eléctrica através das instalagées de um {erveito ¢ feito mediante.o pagamento de uma tarifa de transito. A tarifa de transit € fixada em fungio do custo de exploragio da referida instalagdo reflectindoacarga sobrearede, ocomprimento do tragado, bem como outros custos em termos a regulamentar 4, Qualquer das partes envolvidas pode pedir, emconformidade com 0 disposto do n® 4 do artigo 22, a revisio da tarifa pela entidade competent, 5. Mediante a aprovagaio da entidade competente,o trinsito de energia eléctrica, as respectivas condigées ¢ terifas, numa determinada regifo, podem ser objecto de um acordode transporte regional entre os respectivos concessionérios ou consumidores operando na regio em questo. 6. A autorizagao de uma concesséo para transporte e/ou distribuigtiodeenergia eléctrica podesercondicionada aoaumento dacapacidade da instalagao proposta para possibilitar oacessode uttros consumidores e/ou concessionérios ao transito de energia eléctrica ARTIGO 21 (Acesso as instalagoes pelo concessionario) 1. O concessionério, ow as pessoas ou entidades por cle expressamente autorizadas, t&m o direito de acesso aos locais que recebem ou tenham recebido energia cléctrica fornecida pelo concessionério, com 0 objectivo de proceder a manobras ou inspeccionar obras, linhas, aparelhos de medida ¢ outra aparclhagem técnica pertencente 20 concessionério, para realizar ‘a contagem de energia concedida ou para efectuar a remogio do equipamento que Ihe pertenga quando j& nfo se verificar 0 fornecimento de energia eléctrica. 2. 0 direito de acesso referido no ntimero anterior deve ser cexercido no perfodo normal de trabalho, salvo se circunstincias especiais, relativas a0 consumidor ou ao concessionério, justifiquem que 0 acesso se faga num perfodo diferente, 3. Oconcessionétioé obrigado areparar os prejuizos causados por virtude do exercicio dos direitos referidos no n° 1. ARTIGO 22 (Aplicagio de tarifas pelo concessionsrio) 1 Astarifas de uso, consumo e transito de energiaeléctrica sto fixadas na respectiva concessto. 2. As tarifas de uso, consumo e, com ressalva do disposto nos nS 2.63 do artigo 20, de transito de energia eléctrica devem ser Jjustas e razodveis. 3. © concessionétio nilo pode cobrar aos consumidores quaisquer outros encargos ou tarifas que no tenham sido estipulados na concessio, 7 DE QUTUBRO DE 1997 4, Astarifas aprovadas podem serrevistas mediantesolicitagio do concessionério, que deve. prestar todas as informagées necessérias para esse efeito seguindo, comas devidas adaptagies, os procedimentos para a atribuigdo de uma concessio, ARTIGO 23 (Extingdo da concessio) 1, A concesso extingue-se por: 4) decurso do prazo da concessto sem que ocorra a promrogagio; * ») revogagao nos termos dos niémeros seguintes; ©) rescis8o por parte do concessionério, nos termos do n° S deste artigo 23. 2. Acetidade concedente pode revogar a concessio, sujeita a comunicagao prévia e de acordo com os demais procedimentos a serem regulamentados, quando ocorra qualquer dos seguintes, factos: 4) desvio do objecto da concessio; b)suspensio daactividade objecto daconcessio que nio seja originada de um facto de forga maior; o)recusareiterada de permitirodevido exercicio de inspecgo « fiscalizagio; <4) recusa de proceder & adequada conservagio e reparagiio das instalagdes eléctricas e bens afectos a elas; «#) cobranga dolosa de tarifas a valor superior as fixadas na ‘J faléncia do concessionsio; '8) ttansmissio da concessio ou outra transmiss%o_ no autorizada; “A violago grave das cléusulas do contrato da concessio ou das disposigées desta Lei e seus fegulamentos. 3. A entidade concedente nio revogard a concessio caso 0 concessionério, no prazo que Ihe seja fixado na comunicagao teferida no mimero anterior, cumpra intégralmente as suas obrigagGes e corrija ou remedeie os factos que deram origem & comunicagao de revogagao. 4. O contrato de concessio pode prever a notificagio aos principais credores do concessionério para, no prazo que lhes seja, determinado, proporemuma solugo que possa obstar arevogs “5. O concessionério pode rescindir 0 contrato de concessio sujeito a notificagao prévia de 12 meses ¢ com fundamento em incumprimento grave das obrigagées do Estado, se do mesmo resultarem perturbagSes e/ou prejufzos que ponham em causa 0 exercicio adequado das actividades objecto da concessfio ¢ 0 cumprimento das respectivas obrigagées relativamente a0 fornecimento regular de energia eléctrica. 6. Ocorrendo a extingo da concessio nos termos do disposto. ‘nos nimerosanteriores,a autoridade competente pode determinar, deacordocomoseritériose procedimentos aplicaveisa atribuigao de concessao. 2) a reversio das instalagies © equipamentos, sujeita ao disposto no artigo 24, a favor do Estado ou de uma centidade terceiracomcapacidade adequada, que procede 1 operaSo e exploragao directas; byaremogdooudestruigao dasinstalagieseléctricas eoudos bens afectos. 200-(29) 7. Sem prejuizo do disposto nos ntimeros anteriores, nos doze ‘meses anteriores a0 termo da concessao, a entidade competente toma todas as medidas necessérias ¢ viteis para assegurar a continuidade do servico piblico de fornecimento de energia eléctrica concedido © a sua passagem a um novo regime de exploragéo. 8. A entidade que, nos termos deste artigo, passe a operar as instalagdes, deve inventariar 0 patriménio existente, ficando por ele responsive. ARTIGO 24 (indemnizagio) 1. Extinta a concessio e verificada a reversdo das instalagées e bens afectos, 0 concessionério € indemnizado nos termos do disposto no artigo 25, pelo valor contabilistico auditado do investimento patrimonial, livre de qualquer nus ou encargo ¢ sem prejufzo do direito de regresso do Estado sobre 0 concessionétio,pelosprejuizose danos causadosepelas obrigacSes por ele assumidas que tenham sido contraidas em contradicio com a lei ou com 0 contrato da concessao, 2, Nocélculo daindemnizagio€ considerada adepreciagiodos bens verificada até a date da transferéncia, o seu estado de conservagioe de funcionamento efectivo, nomeadamente qualquer deterioracdo devida a falta de manutengo ou reparagio bem como a sua adequagio aos objectivos da instalagdo, Nilo sto, pporém, tidos em conta para efeitos de célculo da indemnizagio, nem o facto de se tratar de uma reversio administrativa, nem os proveitos potenciais ou lucros cessantes da instalagio. 3. No caso da transferéncia das instalagbes a um terceiro, a pessoaouentidade terceiraa quem sejam concedidasasinstalag6es € respectiva concessio, responsabiliza-se pela indenminizagio ros termos dos niimeros anteriores, a0 concessionério iniial pelo valor dos scus bens patrimoniais. 4, Se 0s custos dos bens tiverem sido jé parcial ou totalmente amortizados pela receita das tarifas, tal facto é tomado em consideragio por forma a assegurar que os consumidores abrangidos s6 sejam respons4veis pelas amortizagdes, em termos de tarifas a serem aplicadas, pelas partes ainda nfo amortizadas. 5. O valor das indemnizagées serd aprovado pela autoridade competente que autorizou a respectiva concessao, nos fermos do artigo 11 desta Lei 6, Das decisdes tomadas em matéria de indemnizagies cabe recurso para os orgd0s judiciais ou administrativos competentes, ARTIGO 25 (Reverso de bens e direitos) ‘No caso de uma concessdo que envolve instalagées eléctricas ccuja construcdo foi derivada de fundos péblico ov nao tenha resultado de fundos pr6prios do concessionrio, 0 contrato de concessio pode prever que, na data fixada para o termo da concessao € no ceorrendo prorrogagio da concessio, todos os bens afectosaconcessiorevertem, gratuitamente c sem quaisquer encargos, para o Estado ou para a entidade que este indicar operando-se também enosmesmos ermos, asubrogagao de todos, 0s direitos do concessionério. 200-30) ARTIGO 26 (Responsabilidade do concessionario) 1. Oconcessionério €0 tinco responsével pelo funcionamento do servigo objecto da concessto, que ele gere e explora por sua exclusiva conta e risco 2, Toda a responsabilidade derivada do funcionamento e/ou exploragdo do servigo concedido recai exclusivamente sobre 0 concessionéio, 3. A responsabilidade a que se refere o n® 1 deste artigo compreende simultaneamente: 4) a responsabilidade criminal em que incorrer pela falta de ‘cumprimento das leis ¢ regulamentos vigentes; b)aresponsabilidade civil pelos danos e prejufzos causados, nos termos das leis em vigor, 4, B ressalvada toda a responsabilidade civil e criminal: 44) nos casos de forga maior, 'b) nos casos de culpa ou negligéncia do lesado, devidamente comprovados; 1) mos casos em que o acidente seja imputavel a tereeiros; <4) em relagiio a prejufzos, danos ou desastres resultantes da propria natureza da instalagao, 5. Quando os danos ou prejutzos resultam de diferentes instalagGes interdependentes, os concessionérios de cada uma sio Por eles responséveis solidariamente, devendo as respectivas indemnizagdes ser igualmente divididas por todos, salvo quando se demonstre que as responsabilidades cabem a uns sem atingir outros. Neste caso as indemnizagées sio divididas pelos responsdveis, de modo justo e equitativo. 6. OsconcessionériosdeinstalagGes eléctricas sioresponséveis pelos actos praticados pelosseus empregados e dos quaisresultem danos. CAPITULO V REGIME FISCAL E TAXAS ARTIGO 27 (Taxas de concessio) 1. O concessionério paga anualmente uma taxa de concesséo que incide sobre as receitas brutas da entidade concessionéria, provenientes de fornecimento de energia eléctrica, 2. A taxa, bem como os termos e condigdes aplicaveis, so estabelecidos pelo Conselho de Ministros. ARTIGO 28 (Regime fiscal) Os concessionétios sujeitam-se a0 regime fiscal geral estabelecido na legislag2o em vigor, podendo o Conselho de Ministros instituic um regime fiscal aplicSvel 4 actividade de fornecimento de-energia elécirica, fixando formas apropriadas de tributagdo por impostos incidentes sobre esta actividade e as respectivas texas eincentivos aoinvestimentoarealizarnesta ea. J SERIE— NUMERO 40 CAPITULO VI USO DA TERRA E EXPROPRIACAO ARTIGO 29 (ireito ao uso da terra e zona de protecgio) |. Aconcessio para fornecimento de energia eléctrica implica ' autorizagao de acesso e utiizago, nos termos aprovados, dos terrenos necessérios a execueo das obras ¢ adequadsa exploragio da concessio, mediante pagamento das taxas e indemnizagdes que se mostrem devidas ¢ sujeito a0 cumprimento dos procedimentos exigidos nos termos da Lei de Terras, seu Regulamento e demais legislagio aplicfvel atribuigio do direito deusoe aproveitamento da terra, bem como as expropriagses nos termos do artigo seguinte. $e, nos fermos da ei aplicével, por obter a constituigao e demarcagio da respectiva servidio ou zona de protecgio relativamente as instalagdes eléctricas 3. Sem prejufzo do disposto nos nimeros anteriores, © concessionério pode mandar destruir as plantagdes e construgdes ue possam prejudicar as linhas de energia ou sua exploragio. ARTIGO 30 (Expropriagées) 1. Quando, por razBes de necessidade, utilidade ou interesse piblico, aprodugo, transporte ou distibuigdo de energiacléctrica implique a utilizagio, ocupagio, dano ou destruigo de bens iméveis e direitos a eles relativos ou alimitagao.© imposigio de um encargo sobre direitos existentes relativament® esses, a ‘outorga da concessdo € condicionada a prévia expropriagio © 8 Tiquidago da justa indenminizagio, a realizar nos termos legais. 2. A expropriagio prevista no niimero anterior 6 condicionada a satisfago dos seguintes requisitos, que: 4@) oconcessionérioou requerente de umaconcessii tena jé cempreendido os esforgos legais com vista A aquisigao do direito 20 uso ¢ aproveitamento da terra ou outros bens iméveis em questio, por meio de acordo com 0 detentor do direito ou proprietrio do bem; ) aaquisiglo do bem imvel ou direito relativamente « um bem imével se mostre de utilidade publica enecesséria paraarealizagiodo projectode fornecimentode energia elctrica; ©) 0 direito ou bem imével expropriado ndo venha a ser utilizado para fim diferente do que determinow a expropriagio; 4) se emita uma declaracao de utilidade pablica nos termos deste artigo, 3. No caso do bem imével ou direito a ele relativo nao ser ttilizado para o fim para o qual tenha sido expropriado, o mesmo everte para o utente ou dono original, sem obrigagao de este reembolsar a indemnizacio paga, 4. Compete ao Conselhio de Ministros emitir, faces propostas de expropriagao, a declaragio de utilidade publica relativamente ‘a novos projectos de construgdo de instalagdes eléctrieas por pessoas de direito privado, de acordo com 0 disposto neste artigo 08 demais procedimentos da lei aplicdvel 7 DE OUTUBRO DE 1997 CAPITULO VIL PRESCRIGACOES DE SEGURANGA E PROTECCAO DO AMBIENTE ARTIGO31 (Seguranga e proteeco do patriménio e do ambiente) 1, © fornecimento de cnergia eléctrica deve obedecer *s prescrigdes de seguranga em vigor, bem como as regras {técnica da inddstria de electricidade. As instalagbes eléctricas devemserestabelecidas de modo aetiminartodo operigoprevistvel para as pessoase acautelar danos.aos bens materiais, nic devendo perturbar a livre e rogular circulagdo_nas vias pUblicas ou particulares, nem alectara sua seguranga, prejudicar outraslinhas deenergia nude ‘clecomunicagSes oucausar danos ascanalizagées de dgua ou outras, 2. Noestabelecimentodeinsialagdeseléctricasdeve-seescolher 8 implantagio mais conveniente tendo em conta as preocupages ambientais e paisagisticas © os sistemas ecolégicos atravessados. 3. 0 pattiménio histérico e cultural do pais, assim como os demais lugares com valor cientifico, ecolégico, paisagistico ou arquitecténico, quando localizados nas érea escolhidas para 0 estabelecimento de instalagdes eléctricas, devem ser respéitados, ¢ merecer medidas especiais de protecgo para que nfo sofram «anos. Devem igualmente ser tomadas as medidas necessarias Para que ocortede arvoredosejareduzidoaominimoindispensével, ARTIGO 32 (Medidas de seguranga) 1. Arealizagio de quaisquer trabalhos que possam pérem isco a seguranga das pessoas que os executam, devido & proximidade de instalagdes eléctricas, ou por em perigo ou causar perturbagbes ‘aessas mesmas instalagdes, s6 deve seriniciada apés as entidades interessadas tomarem, de comum acordo, as necessérias precaugdes, en 2. Asmedidas de segurangae protec¢oaadoptar paraprevenir ddanos nas instalagdes de energia eléctrica e, nomeadamente, nas que sejam importantes paraa rede eléctrica nacional sero abjecto de regulamentagao, CAPErULO Va TRABALHOS, OBRAS E MANOBRAS ARTIGO 33 (Realizagio de trabalhos, obras ¢ manobras) 1. Epermitido as pessoas, entidades concessionsrias ou pessoas com quem estas contratem empreitadas ou prestagtio de servigos, 4 realizagio de trabalhos, obras ¢ manobras, no Ambit das concessées atribufdas para produgao, transporte ¢ distribuigo de energia eléctrica, cumpridas que sejam as disposigdes legais ¢ regulamentares aplicéveis, 2. Os trabalhos, obras e manobras podem implicar a alteragio uragdo de locais de uso puiblico, tais como is, para efeitos de langamento ou temporsi vias de comunicago ou passei Substituigdo de cabos aéreos ois subterrdneos, insta Temogiio de postes, cabines, quadros eléctricos ou outros. 3. O concessionétio fica obrigado a, durante © a0 fim da execugao dos trabalhos, obras e manobras: 4) respeitar tanto quanto possivel o (ragado original ¢ os ‘materiais previamente utilizados; 4) proceder & vedagio e sinalizagio adequacdas dos locais afectasio ©) efectuar a remogao de qualquer entulho criado pelos trabalhos; d) reparar e restaurar os locais afectados pelos trabalhos, obras e manobras. CAPITULO 1X, UTILIZACAO DE CAUDAIS HiDRICOS, ARTIGO 34 (Acesso aos eaudais hidricos) 1, Sem prejutzo do disposto na legislagko competente & observado 0 disposto no n° 2 do artigo 9 da presente Lei, para efeitos de produgdo deelectricidade,¢ garantido aoconcessionério o acesso a 4) user uma quantidade definida do caudal de um curso de ‘gua; +) retitar, represar ou armazenar uma quantidade de égua definida de um curso hidrico, dentro ou fora do seu leit. 2, Sto isentos, nos termos do n*2 do artigo 43 da Lei no 16/ 191, de 3 de Agosto, de pagamento de quaisquer taxas sobre a ullizagao de Agua, os concessionérios a quem for autorizado 0 acesso aos caudais hidricos para efeitos da produgio de hidroelectricidade nos termos desta Lei 3. Aos concessionérios referides no niimero anterior, é-Jhes permitido obter, nos termos da Lei de Terras e respective regulamento, 0 direito ao uso © aproveitamento das éreas necessérias a realizagdo de obras € a instalagio de servigos necessérios & utilizagio de éguas CAP{TULO X CRIMES, INFRACGOES E SANGOES ARTIGO 35 (urto) 1, Sor punido, como autor do crime de furto: 4a) aquele que subtrair fraudulentamente a energia eléctrica ow dolosamente desviar circuitos eléctricos; ) aquele que empregar qualquer meio fraudulento que possa influir no funcionamento do contador ou que permita utilizar energia sem que esta seja devidamente contada, 2. Serd igualmente punido como autor do crime de furto: 40 possuidor ou detentor de fios de cobre, alumfnio ou de outro material, bem como componentes de qualquer parte de uma instalagao eléctrica incluindo, sem limitagies,aparelhos, equipamentos, peas. acessorios utilizados no fornecimento de energia eléctrica, que no consiga provar a sua proveniéneia licita; 200--(32) ) 0 possuidor de produtos ou artigos em cujo fabrico tenha sido empregue cobre, aluminio, ferro galvanizado & demais ferragens, acess6rios © materiais utilizados pparao fornecimentodeenergiaeléctrica que ndoconsiga provar a sua proveniéncia lita 3. Siioconsiderados encobridores do criine de furto previstona alineaa)don* 2 deste artigo os que, por compra, penhora, dédiva ov por qualquer outro meio adquiram, recebam ou ocultem em proveito préprio ou alheio, coisa que sabem ser produtode crime, ou auxiliam 0 criminoso a aproveitar-se do mesmo produto, ou influam para que terceiros de boa-fé a adquiram, recebam ou ocultem, 4. Aos encobridores e aos ciimplices, serd aplicada a mesma pena que caberia aos autores do crime, 5. Nos casos previstos nos n° 2 ¢ 3 deste artigo, as penas de prisfio aplicadas no poderdo ser suspensas na sua execugo, nem substitufdas por multa, ARTIGO 36 (ano) Aquelesque, por qualquer modo, interferirem, oudesarranjarem voluntariamente, ém todo ou em parte, as instalagbies eléctricas, por forma aimpedir a produgio da utilidade piblica a que elas se destinam, serio considerados como autores do crime de dino e, ‘como tal, punidosnos termos indicados no CédigoPenaledemais legislago em vigor, nfo podendo a pena de pristo ser inferior a um ano. ARTIGO 37 (Prova dos autos) Nos autos levantados pelos agentes da autoridade ou dos concessionérios que sejam pessoas de direito piblico, acerca dos crimes aqueserefere opresente capftulo, édispensadaa indicagio de testemunhas, Estes autos fardo f€ em jufzo, quer na instrugao, quer no julgamento, até prova em contrério seja qual for a forma de processo aplicével, ARTIGO 38 (Desobediéneia qualificada) Seré punido, nos termos do Cédigo Penal, como autor docrime de desobediéncia qualificada aquele que, sendo utente das terras cconfinantes com as linhas de transmissio de enetgia eléctrica, fizer, consentir ou conservar nelas plantages ou construgdes que prejudiquem ou danifiquem aquelas linhas ou a sua exploraca0e que, intimado, nfo destruirasreferidas plantagdes ou construcies, ARTIGO 39 (Outras infraegies) 1. Sem prejuizo do procedimento criminal que possa ter lugar e ressalvado 0 disposto nos artigos 35, 36 © 38, constituem infracgdes puntveis em termos a regulamentar: 4) 0 exereicio da actividade de fornecimento de energia eléctrica sem a necesséria concessi0; b)oestabelecimento e/ou operagao deumainstalagiocléerrica sem a respectiva licenga; ¢) © ndo cumprimento das respectivas obrigagdes impostas 0s titulares de livenga e/ou concessio; 4) aio observancia do disposto na presente Lei e demais regulamentos aprovados. 1 SERIE—NOMERO_40 2. Os consumidores nao podem opor-se.a que os concessionarios cexergam, por intermédiodo seu pessoal, devidamente identificado e credenciado, a fiscalizagao do cumprimento desta Lei e seus regulamentos, sob penade interrupgaodo fornecimento deenergia eléctrica aoinfractoremultaa serfixada nos termos regulamentares, ARTIGO 40 (Procedimento em caso de fraude) 1. Quando oconcessiondtiode fornecimentode energiaeléctrica verifiqueoupresuma aexisténcia de uma fraude, deverd partcips- |a.&s autoridades competentes, procedendo previamente, os scus agentes, & vistoria da instalagiio para comprovagto da fraude. 2. Se, em consequéncia da vistoria, o concessionério verificar aexisténcia de fraude, pode suspender o fornecimento de energia eléctrica, ARTIGO 41 (Sangées) 1, Os montantes das multasa aplicar pelos crimes previstos nos artigos 35, 36 ¢ 38 da presente Lei slo os seguintes: 4) 3 500 000,00 MT ou 40 500 000,00 MT, pelo erime previsto na alinea a) don? 1 do artigo 35 conforme se trate de instalages em baixa ou em médiae alta tens, respectivamente; . '6) 500.000,00MT ou 11 500 000,00MT por KVA instalado, pelo crime previsto na alinca b) do n® 1 do artigo 35 conform se trate de instalagdes em baixa ou em média ealtatenslo respectivamente,acrescidos dos encargos de energia eléctica com base no consumo normal do consumidor; 6145000 000,00 MT ou 168000 000,00 MT por quilémetro, 04 fracgio de quilémetro, de cabo ou fio ackadoem sua posse, conforme se trate de instalagdes em baixa ou ei média alta tensio, respectivamente e, em relagio as outras partes de uma insalagio eléctries,o triplo do valor do custo de reposigao ou reparagéo das mesmas, pelocrime previsto na alinea a) do n® 2 do artigo 35; 4) 0 quédruplo do preco de mercado dos produtos ou artigos achados em sua posse, pelo crime, previsto na linea b) do n° 2 do artigo 35; €) 0 triplo do valor do custo de reposigao ov reparagio do ‘equipamento ou aparelho, pelo crime previsto no artigo 36; ‘f)0 valor dos encargos incorridos pelo concessionétio pela remogdo ou destruigdo das plantas ou construgSes, pelo crime previsio no artigo 36. 2. A multa aplicével sera elevada ao dobro em caso de reincidéncia, Dé-se areincidéncia nos termos do Codigo Penal em vigor. 3. Compete ao Conselho de Ministros a actualizacio das ‘multas aqui previstas sempre que se mostrar necessério. ‘CAPITULO XI DISPOSICOES FINAIS E TRANSITORIAS ARTIGO 42 (Regulamentagio) Compete 20 Conselho do Ministros regulamentar o regime juridico estabelecido na presente Lei 2 DE OUTUBRO DE 1997 ARTIGO 43 (Celebragio de acordos com terceiros) Nenhunia disposigio da presente Lei pode ser interpretada como constituindo impedimento a que 0 concessionério possa celebraracordosoucontratos comterceiros com vistaarealizagio de obras, instalagiio de equipamentos, assisténcia técnica, ges ‘operagio da totalidade ou de parte das instalagbes, mantendo-se, porém, a responsebilidade do concessionério nos termos da autorizagio concedida. ‘ARTIGO 44 (ireitos adquiridos) 1. Os concessiondrios existentes, a datada entrada em vigor da presente Lei, para.o fornecimento de energia eléctrica mantém os direitos e obrigagdes constantes dos respectivos contratos de cconcessio © os patriménios que Ihes esto afectos, 20s direitos adquiridos ao abrigo de umaconcessio existente sio reconhecidos através da apresentago, pelo titular, da documentagio comprovativa da existéncia e validade do mesmo no prazo de doze meses a partir da data de entrada em vigor da presente Lei. 3, PelapresenteLei ficam salvaguardados os direitosadquiridos relativamente ao fornecimento de energia eléctrica ao abrigo de legislagiio anterior, desde que se nfo tenha verificado, entretanto, nenhuma causa de extingao, designadamente abandono por mais de um ano, sendo 0 exercicio de tais direitos sujeito aos termos econdigdes aplicaveis as concessbes semelhantes nos termos das disposiges desta Lei e seu regulamento, 4, 0 reconhecimento dos direitos adquiridos ao abrigo de legislagiio anterior deve ser reclamado no prazo de doze meses a partir da data de entrada em vigor da presente Lei, cabendo aos interessados prestar as informagGesc esclarecimentos necessatios, 5. Sem prejufzo do dispostonos mimeros anteriores, as pessoas entidades realizando actualmente actividades de fornecimento de energia eléctrica sem beneficio de concessdo ou operando uma instalagio eléctrica nos termos do artigo 8 tém o prazo de 12 meses a partir da data de entrada em vigor da presente Lei, para submeter o respectivo pedido de atribuigdo da concessio elou licengasde estabelecimento ou de exploragao, conforme os casos. 200-(33) 6.Cabe a autoridade competente pela atibuigdo da concessio, nos termos do artigo 7 ou pela emissio da licengas referida no artigo 10 desta Lei, o reconhecimento dos direitos adquiridos nos termos dos niimeros anteriores. ARTIGO 45 (Reserva de obrigagdes assumidas internacionalmente) ‘As disposiges da presente Lei nfo prejudicam as obrigagSes decorrentes de compromissos internacionais assumidos com Estados ou entidades estrangeiras, a0 abrigo de acordos, convengéies ou contratos regulatmente celebrados: ARTIGO 46 (Cooperagéio internacional) ‘A Repablica de Mogambique participa em organizagbes © ‘eventos de cardcter internacional no dominio da energia eléctrica edesenvolveacgées de participagaioem investimentosde interesse regional, com vistaa valorizagio do potencial energético nacional. ARTIGO 47 (Revogagio da legisiagiio anterior) Fica revogada toda a legislagdo anterior contréria a presente Lei, salvaguardando 0 disposto no seu artigo 44. ARTIGO 48 (Entrada em vigor) Apresente Lei entraem vigor trinta dias apés a sua publicagio, Aprovada pela Assembleia da Reptblica, aos 31 de Julho de 1997. © Presidente da Asvembleia da Republica, em exerefcio, Abdul Carimo Mahomed Issé. Promulgada a 1 de Outubro de 1997, Publique-se. © Presidente da Repiblica, JOAQUIM ALBERTO CHISSANO.

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