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PARTE | - ROTINAS DE ENFERMAGEM Cees er ue Reet et ene oN Nee ote ee ae ee ket e ry Rete) Cuidados com 0 neonato enc Ree tug Cuidados com idosos Pe Cuidados com o paciente hipertenso (OTe ee teeny eee Relies Cuidados com o paciente obeso ‘Abordagem do tabagismo eter aL ES cnet) Cone e eee ere is Seer Tee eet ok ae a enc} gee Reomee els) (oie ester tarts Ree See ie ete Infecgao relacionada & assisténcia de satide Higiene das maos Cuidados Criticos ete nec Coy fereem eee aCe) Memes eco Equilibrio hidroeletrolitico e acidobasico eee eure) De unas a ree ele ee eee ene) Creede ute Teer) Neto Test ee) omic eeeteouner ecru eM tesure gree SOc) Pees Re Ne ict CeCe Cee ee eR cue ed eee eis ae Sua) Fundamentos de enfermagem Soeur eee coc auger coerce! De eset ket oul Py a4 Pra 54 cr ed TP ce 130 cr 150 aa res ary Ta 199 218 Px 244 Be ee Pas Pod Eye Es Ec) Eg Ee) 367 EL) ad Eo) Ee} ry eon pore Per Y SMe ea y= 8 OO] =) Sener) ie seer usted 468 eyes Pe neti rd eo ees) Cardiologi eis irre’ eee eer eer) ronnie! acta alee eee ers Reset eu teet tec ce eee ene eee ee Peeters Baer ur) pee eae ye cy Drogas usadas no controle das hemorragias ruta enters ee ee cu Ou ieee eeu) oneeSe ee Caesars ie Sere eee eno) BCU Cus es ceed Peer tran aod corey ne eee eect rey Mucoliticas e expectorantes Pied fener ey Rare ene ee eee meee) Niele! eso’ Laxantes ¢ catarticos omer uerey Colutorios e topicos orais Cae ticeoos Retocriel ey eae aeons Pore ty Otteetieeet eu to eeu) eo es Cae ie eas Creed Meee) ree restr! is emer Antiparasitarios eye) Neer) iy Cenc ieee aes) Pn es eu i ee gree sur) ee eek Ou eon Eletrétos para uso venoso SolugSes de hidratagao oral ieee Pea) eres eee es eset Poet Outras drogas usadas em Hematologia ere Tekst ey eeu DCO uke ey On eur Ca CRUE y Drogas usadas em Ginecoiogia cet Nefrourologia ee eu Ly ere MECC} oan reer ree eer ey Rolaxantes musculares nao paralisantes ee er ace Me ete Pree er ere ee ee rea Dee RCC ferret ey Antineoplasicos e quimioterapicos Breese Me akon) Melee Imunossupressores eet oe tt PEE Iel ice on sc) Fea) Pacers eee elie} Deed ere Ree Ue ee eel ay Deuce eee cerry Se eee ied PCE Drogas usadas em varizes @ hemorroidas Pee rs eee ee ey eee Populares de eficdcia controversa Repelentes de insetos they eeicre ceed Neeser} Peers Fitas adesivas hospitalares Reynaldo Gomes de Oliveira ENFERMAGEM BLACKBOOK® [Pinar | ENFERMAGEM Direitos exclusives Copyright © 1* Ed. (2016), Blackbook Editora Ltda. (CNPY: 06.015.231/0001-55 Av, Afonso Bena, 3111- Sala 502 30130-008 - Bolo Horizonte - MG Fone: 0800-709-2227 e-mail: contato@blackbook com br Onde comprar: Livrarias, distribuidoras e liveiros: Ver lista completa em www.blackbook.com.br/ondecomprar Compras cireto da Editora pelos telefones 0800-708-2227 e 031-3282-7607 ou pelo site Créditos: ‘Autoria, redago, produgio, diregao Geral: Professor Reynaldo Gomes de Oliveira Diretor de Projeto: Breno Barreto de Oliveira Assistente de pesquisa e redacdo: Estelénia Mesquita Lunardi Sério Design e diagramagao: Leonardo Tross Marketing e Relacées Publicas: Estevan Rafael de Paiva Logistica e distribuigao: Claudio Gomes de Oliveira Capa: Will Siqueta, Breno Olivera, Leonardo Tross.. Revisto de textos: Protessora Ténia Sitventes Lima Fotos: Reynaldo Oliveira, Breno Olvera, Werlley Meira, Ronaldo Miranda, Beto Ganem Oliveira, Reynaldo Gomes de P372b Blackbook - Enfermagem / Reynaldo Gomes de Oliveira Belo Horizonte: Blackbook Editora, 2016. B16 p, ‘Série Blackbook - Manual de Referéncias em Medicina ISBN 978-85-99130-06-3, 1. Rotinas de Enfermagem. 2. Administragéo de ‘medicamentos 3. Enfermagem. | Titulo. I Série. cou: 816 PREFACIO DA 12 EDICAO com muito orgulho ¢ satisfago que apresenta- mos a primeira edigdo do Blackbook Enfermagem. Esta ‘obra é fruto de anos de pesquisa e dedicacao com 0 in- tuito de atender &s demandas de diversos colegas enfer- meiros que nos mostraram a necessidade de um manual especitico para a Enfermagem, com a mesma praticidae de, qualidade de informacées e facilidade na consulta {que fazem dos Blackbooks (Clinica Médica, Pediatria e Girurgia) osrlivros da érea de Saude mais vendidos ¢ bem avaliados do pais. Cuidar 6 a esséncia do trabalho do enfermeio. Um trabalho importante, complexo e de alta responsabilida- do. Exige raciocinio crtco elaborado, habiidade técnica, somados a uma cultura profissional que abrange aspec- tos sociolbgicos,filséticos e éticos, além de capaci de de lideranca da equipe ¢ de saber construirvinculos de emnatia, coniianga @ respeito com o paciante @ sua familia, Essa complexidade ca missio do entermeiro mmistura ciéncia e arte dentro de sou oxtenso contetido tedrico @ prético. E frequente que o enfermeiro precise atvar em éreas em que tenha pouso dominio, connect ‘mento ou experiéncia preva limitada, Nessas stuacoes, 0 Blackbook Enfermagem & uma referéncia prética para consults répidas para uma reviséo em alguns minutos dos concsitos @ rotinas mais importantes, ajudando 0 prolissional naqueles momentos mais critcos em que s6 hi tempo para uma breve pesquisa. A primeira parte do livro & composta por 45 capi- tulos que abordam os temas mais comuns e essenciais, para o enfermeiro nas linhas de cuidados da Atencao Primaria, nos cuidados com pacientes erénicos, nas in- tervengdes basicas © complexas, nos cuidados com pa- cientes em estado grave, nas rotinas de centro cirurgico, além de humanizacdo, seguranca do paciente e siste- matizagao da enfermagem. Cada um desses capitulos foi ciseutido e escrito com especialistas quaiificados © experientes e produzidos a partir da solegdo culdado- sa das melhores referéncias. Ao contrario da literatura lraguzida ou adaplada, nossos livros S80 produzicos dentro da nossa cultura e realidade de saiide. Todas as diretrizes do manual respeitam as recomendagdes na- cionais ¢ internacionais mais conceituades e atualizadas @ so referéncia de boas praticas @ de respeito & melhor evidéncia cientifica disponivel, Seu uso se torna ainda mals sotisticado quando 0 profissionall aplica seu pensa- ‘mento critico para adaptar a conduta ao seu paciente ou situagao especifica © conteiido @ apresentado de maneira didatica, sistematizada e intuitiva de modo que as informagses possam ser rapidamente encontradas e compreendidas Cuidamos para que os contetidos selecionados sejam objetivos, baseados em evidéncias cientificas e relevan- tes na pratica diéria, sempre apresentados de maneira condensada, sistematizada @ leve, garantindo um volu- me padr&o que permite a portabilidade do livio nas pas- tas e bolsas de trabalho, ‘A segunda parte é uma compilagio cuidadosa das informagdes de uso pratico de mais 1.500 tipos dieren- 9s de drogas disponiveis no Brasil, divididos em mais de 100 grupos terapéuticos. Ao consultévla, 0 enfermel- ro encontra informagdes confiaveis que aumentam a seguranga e a qualidade da terapéutica, sanando divi- das quanto &s formas de preparo, administragao, mo- nitoragéio dos efeitos desejados e colaterais, além dos indmeros subsidios para orientarao dos pacientes sobre sua medicagao. Entre o grande volume de informagdes t@cnicas sobre medicamentos @ insumos, 0 livro inclui dados sobre marcas e fabricantes, sem que haja contlito de interesses nessa Area, j4 que nao temos nenhuma vinculago ou relag&o comercial com a indistria ferma- Ccbutica ou de equipamentos e insumos médicos. Acreditamos que esta obra pode representar uma ‘grande contribuig&o para 0 eprimoramento e qualifica- ‘cdo da Assisténcia de Enfermagem, com potencial para ajudar de forma significativa na melhora da qualidade da assisténcia a saude. Os temas foram selecionados pela sua importancia em todos os niveis de atenco seja em ambulatorios, Unidades ou Contros de Saiide, equipes de Estratégia de Satide da Familia, atengéo domiciliar na Atengéo Primaria, ou nas unidades de maior com- plexidade, como unidades de pronto atendimento e de ‘omergéncias, unidades de internago, terapia intensiva, ‘centros cittirgicos @ outras instalagées e servigos hospi- talares, tanto no sistema piblico quanto privado. Agradecemos muito 20s professores e profissionais que colaboraram agregando seu conhecimento, vis8o © ‘experiéncia pratica. Também somos gratos ao Hospital das Clinicas da UFMG @ ao Hospital Vila da Serra por ‘colaborarem na produgao de varias fotos deste livro. Solicitamos aos usuarios dos manuais que nos en- vlem sugestoes, comentarios, correcoes, criticas e con- ‘ribuigdes, inclusive fotos @ imagens ilustrativas. Essa panicipagao ¢ essencial na nossa missao de tomar este livro cada vez mais merecedor de sua confianga Saiide e sucesso, PROF, REYNALDO GOMES DE OLIVEIRA, DOUTOR (PAD) Autor @ editor da série Blackbook Professor da Faculdade de Medicina - UFMG Enderego de contato ‘Av. Afonso Pena, $111- Sala 02 3010-008 - Belo Horizonte - MG Fone: 0800-709-2227 E-mail: reynaldo @bblackbook.com.br Visite o site: ywww.blackbook.com.br Facebook: wwwlacebook.com/BlackbookEditora wf Mas se me viesse de noite uma mulher. Se ela segurasse no colo 0 filho. E dis- sesse: cure meu filho. Eu diria: como é que se faz? Ela responderia: cure meu filho. Eu diria: também nao sei. Ela responderia: cure meu filho, Entao - entéo porque nado sei fazer nada e porque nao me lembro de nada e porque é de noite - entéo estendo mao e salvo uma crianga. Porque é de noite, porque estou sozinha na noite de outra pessoa, porque este siléncio 6 muito grande para mim, porque tenho duas maos para sacrificar a melhor delas e porque nao tenho escolha. Clarice Lispector. A legiao estrangeira. Lilian Machado Torres — Mestre (USP). Doutora (USP). Especialista em Infecgdes Relacionadas & Assisténcia a Satide. SCIH do Hospital do IP- ‘SEMG: Infeceo hospitalar e seu controle. Trata- mento paliativo e cuidados de fim de vida, Luzimar Rangel Moreira —Mestre (SBGG). Especia- lista em Gerontologia. Professora de Enfermagem (PUC-MINAS): Atencéio e Cuidados Domiciliares, Cuidados com idosos. Acesso venoso periférico. Cateterismo vesical. Cateterismo gastrico ¢ trans- pilérico. Constipagao e Cuidados Intestinais. Maeve Soares Silva ~ Especialista em Obstetricia e Satide da mulher: Pré-natal e puerperio. Maria da Gléria Santos Nogueira ~ Especialista em Infecoao Relacionada a Assisténcia de Sai- de. SCIH do Hospital Biocor (BH): Infecgao Rela- cionada & Assisténcia de Sade Mariana Santos Felisbino Mendes - Mestre (UFMG). Doutora (UFMG). Professora Adunta (EEUFMG): Atengao Primaria & Satde. Pré-Natal @ Puerperio. Satide da Mulher. Maria de Fatima Fonseca de Campos ~ Enfer~ meira ¢ Psicdloga, Mestre em psicologia (UFMG). Especialista em Grupos de Diabéticos: Cuidados com 0 Paciente Diabético. Controle e Adaptaco ao Estresse. OrientagGes de Promogao de Satide. Marcia Eller Miranda Salviano ~ Mestre (UFMG). ‘Assessoria Divisao de Enfermagem do HC- -UFMG: Controle da Dor. Marolina Aparecida Barroso dos Santos - Espe- cialista em Sade da Familia. Gestora de UBS da PBH: Atenoao Primaria. Meire Chucre Tannure - Mestre (UFMG). Doutora (UFMG). Especialista em Terapia Intensiva. Pro- fessora Adjunta (PUC MG). Gestora do Nucleo da Qualidade (SMS-BH): Seguranga do paciente. ‘Acesso intrabsseo. Monalisa Maria Gresta— Mestre (UFMG). Especia- lista em Terapia Intensiva e Cardiologia. Instrutora do PALS-AHA: Tratamento Paliativo e Cuidados de Fim de Vida. Cuidados com Traqueostomia. Rita Del Papa Arao ~ MBA Executivo em Satide (FGV). Especialista em Centro Ciruirgico e Cen- tral de Material e Esterilizacao. Gerente de Cui- dados Cirurgicos da Santa Casa BH: Rotinas de Centro cirtrgico. Cuidados Perioperatorios. Roséngela Durso Perillo — Mestre (UFMG). Espe- cialista em Sade Coletiva. Secretaria Municipal de Satide de BH: Atengdo Primaria a Satide. Sabrina Cardoso de Moura Barbosa - Enfermei- ra (UniMontes). Especialista em Atengao Prima- tia & Satie: Cuidados com o Paciente Obeso Silvana Marques do Nascimento ~ Especialista ‘em Enfermatem do Trabalho e em Atengao Basi- ca (PBH): Cuidados com 0 Paciente Hipertenso. Tania Couto Machado Chianca - Mestre (USP). Doutora (USP). Pés-Doutora (University of Iowa). Especialista em Sistematizacéo da Assisténcia de Enfermagem, Professora Titular de Enfermagem (UFMG): Fundamentos de Enfermagem, Siste- matizagao da Assist&ncia a Enfermagem, Coleta de dados, Diagnéstico de enfermagem. Rotinas de centro cirdirgico. Cuidados perioperatérios. Thais Oliveira Gomes — Mestranda (UFMG). Es- pecialista em Terapia Intensiva, Urgéncia e Emer- géncia. UTI do Pronto Socorro do HC/UFMG. Professora de Enfermagem (UNA): Cuidados com Doengas Respiratérias. Insuficiéncia Respi- ratoria. Eletrocardiograma. Os autores, revisores € editores deste livro tomaram todos 0s cuidados e se empenharam para garantir que as informagdes sobre rotinas, de enfermagem e medicaments estivessem de acordo com as melhores praticas e padries da época da publicacdo. Entretanto os progressos cientificos constantes assim como as regulamen- tages governamentais determinam frequente- mente mudancas em conceitos, recomendagdes e rotinas. Por isso recomendamos que os eitores consultem outras fontes fidedignas e informa- Ges, inclusive dos fabricantes de medicamen- 0s ¢ produtos, para se certilicarem em relagéio terapéutica medicamentosa, efeitos colaterais, contraindicagdes @ outras questées importantes para a seguranga do paciente. Qualquer n&o conformidade encontrada pode ser comunicada aos editores pelos telefo- nes ou email referidos na folha de rosto desse livro. Autores e editores se preocuparam em citar @ dar crédito adequado a todos os detentores de direitos autorais relacionados ao contetido des- se livro e se disp6em a fazer acertos posteriores caso tenha ocorrido alguma omissdo involuntéria. ou inadvertida. Lilian Machado Torres — Mestre (USP), Doutora (USP). Especialista em Infecodes Relacionadas a Assisténcia & Satide. SCIH do Hospital do IP- SEMG: Infecgao hospitalar e seu controle. Trata- mento paliativo e cuidados de fim de vida. Luzimar Rangel Moreira ~Mestre (SBGG). Especia- lista em Gerontologia. Professora de Enfermagem (PUG-MINAS): Atengao e Cuidados Domiciliares. Cuidados com idosos. Avesso venoso periférico, Cateterismo vesical. Cateterismo gastrico e trans- pitrice. Gbnetipagao 6 Guidads intetinai, Maeve Soares Silva ~ Especialista em Obstetricia @ Saide da mulher: Pré-natal e puerperio. Maria da Gloria Santos Nogueira — Especialista em Infecgdo Relacionada a Assisténcia de Sat- de. SCIH do Hospital Biocor (BH): Infeceao Rela- cionada a Assisténcia de Saude Mariana Santos Felisbino Mendes - Mestre (UFMG). Doutora (UFMG). Professora Adjunta (EEUFMG): Atengao Primaria a Satide. Pré-Natal e Puerpério, Satide da Mulher. Maria de Fétima Fonseca de Campos - Enfer- meira e Psicologa. Mestre em psicologia (UFMG) Especialista em Grupos de Diabeticos: Cuidados ‘com 0 Paciente Diabético. Controle e Adaptacao a0 Estresse. Orientagdes de Promogao de Saiide, Marcia Eller Miranda Salviano — Mestre (UFMG). Assessoria Diviséo de Enfermagem do HC- -UFMG: Controle da Dor. Marolina Aparecida Barroso dos Santos — Espe- cialista em Saude da Familia. Gestora de UBS da PBH: Atengao Primaria, Meire Chucre Tannure - Mestre (UFMG). Doutora (UFMG). Especialista em Terapia Intensiva. Pro- fessora Adjunta (PUC MG). Gestora do Nucleo da Qualidade (SMS-BH): Seguranca do paciente. Acesso intradsseo. Monalisa Maria Gresta — Mestre (UFMG). Especia- lista em Terapia Intensiva e Cardiologia. Instrutora do PALS-AHA: Tratamento Paliativo e Cuidados de Fim de Vida. Cuidados com Traqueostomia. Rita Del Papa Arao ~ MBA Executivo em Satide (FGV). Especialista em Centro Cirurgico e Cen- tral de Material e Esterilizagao. Gerente de Cui- dados Cirargicos da Santa Casa BH: Rotinas de Centro cirdrgico. Cuidados Perioperatorios. Rosangela Durso Perillo ~ Mestre (UFMG). Espe- cialista em Satide Coletiva. Secretaria Municipal de Saude de BH: Atencdo Primaria a Satide. Sabrina Cardoso de Mouta Barbosa — Enfermei- ra (UniMontes). Especialista em Atengao Prim: ia & Satide: Cuidados com 0 Paciente Obeso Silvana Marques do Nascimento ~ Especialista ‘em Enfermatem do Trabalho ¢ em Atencao B4si- ca (PBH): Cuidados com 0 Paciente Hipertenso, Tania Couto Machado Chianca ~ Mestre (USP). Doutora (USP). Pés-Doutora (University of lowal Especialista em Sistematizacdo da Assisténoia de Enfermagem. Professora Titular de Enfermagem (UFMG): Fundamentos de Enfermagem, Siste- matizagao da Assisténcia a Enfermagem, Coleta de dados, Diagnéstico de enfermagem. Rotinas de centro cirdrgico. Cuidados perioperatorios, Thais Oliveira Gomes - Mestranda (UFMG). Es- pecialista em Terapia Intensiva, Urgéncia e Emer- géncia. UTI do Pronto Socorro do HC/UFMG Professora de Enfermagem (UNA): Cuidados com Doencas Respiratorias. Insuficiéncia Respi- ratéria. Eletrocardiograma. Os autores, revisores € editores deste livro tomaram todos 0s cuidados e se empenharam para garantir que as informagbes sobre rotinas de enfermagem ¢ medicamentos estivessem de acordo com as melhores praticas e padrdes da &poca da publicagéo. Entretanto os progressos centificos constantes assim como as regulamen- tagGes governamentais determinam frequente- mente mudangas em concettos, recomendacdes e rotinas Por Isso recomendamos que os leitores consultem outras fontes fidedignas © informa- Ges, inclusive dos fabricantes de medicamen- tos € produtos, para 3e certificarem em relagao terapéutica medicamentosa, efeitos colaterais, contraindicagdes e outras questées importantes para a seguranga do paciente Qualquer n&o conformidade encontrada pode ser comunicada aos editores pelos telefo- nes ou email referides na folha de rosto desse livro. Autores e editores se preocuparam em citar @ dar crédito adequado a todos os detentores de direitos autorais relacionados ao contetido des- se livro e se disp6em a fazer acertos posteriores caso tenha ocorrido alguma omissao involuntaria radvertida. ea ~ ROTINAS DE ENFERMAGEM na = ° ATENCAO PRIMARIA dos usuarios com a rede assistencial. Cada Unidade Basica de Saiide ou Equipe de ESF tem sobre ‘com uma populacao datinida e davidamente cadastrada ‘A atengao primaria de satide é um conjunto abrangente de apdes @ "_procadimenios de assisténcia, provengao e promogdo de sade realizadas nna rede publica pelas Unidades Basicas de Sade (UBS) e pelas equipes Estretéaia de Saide da Familia (ESF) © na rede privada por servicos de ascisténcia ambulatorial © consultorios. Neste capitulo, daremos éniase a assisténcia na atencao priméria publica onde atua um tergo dos enfermeiros ro Brasil. E importante, porém, no perder de vista que uma grande parte da populagao utiliza a rede de saude suplementar onde as acdes de promogao €@ protegao a satide sao realizadas em consultrios privados e ambulatorios vinculados a planos, convénios e sequros de sadde, sindicatos, associa- 6es, empresas, organizagies filantrOpicas, etc. Na rede pubiica, as Equipes de ESF e as UBS devem garanti 0 acesso & ‘Atefi¢io Primaria, com 0s principios, elementos e caractersticas abaixo: Ser porta de entrada preferencial do sistema de saide e contato inicial A SAUDE seus cuidados um terrtério adscrito delimitado e > Continuidade e integralidade da atengao ¢ coordenacao da assisténcia dentro do sistema de saude > Cuidado humanizado com cada usuario, mas centrado na familia e focado na comunidade. > Busca de um equilibrio adequado das agdes curativas com as preventivas, de promogo de saude. > Assisténcia padronizada e de qualidade aos portadores de doengas agudas ou cronicas. Ago assistencial por uma equipe multiprotissional o mais motivada e preparada possivel » Garantia de atengdo basica, ambulatorial, generalista, de qualidade e com possibilidade de resolutividade para 85% doe problomas ¢ domandae da populagao, » Boa resolutividade com recursos de avaliacao clinica cuidadosa, exame fisico detalhado, procedimentos basi- ‘cos bem executados, bom vinculo com os usuarios, esto eficiente dos recursos; com menor necessidade de tecnologia sotisticada, cara ou de recursos de maior nivel de complexidade, » Dentro da estrutura de recursos e capacidade de assisténcia disponivel para os casos mais complexos, orga: nizagao de listas de espera por prioridade e crtérios de risco, vulnerabilidade, resiliéncia e imperativos éiicos. Eerie er ee > Promogao de sade > Protegao da sade Diagnostica »Tratamento Reabiltagao > Redugo de danos > Prevengao de agravos >Manutenco da sade de Satide da Familia versus Unidades Basicas de Satide: As diretrizes da Politica Nacional de ‘Atengao Basica (PNAB/SUS) determinam que a Estratégia de Saude da Familia seja 0 modelo e a estratégia prioritéria da expansdo e consolidacdo de Atenciio Priméria de Satde a ser implantado preferenciaimente com ccarater substitutivo ao trabalho antes feito nos Pastos de Satie, Centros de Salide, ambulatérios ou em outros servigos de sade. Quando possivel,o ideal 6 a ESF trabalhar de forma articulada © complomentar &e Unidades | Basicas de Saide, compertihando os esparos de infraestrutura fisica @ administratva. Nesse sistema misto, cada Unidade Basica de Saude pode coordenar o trabalho de tr6s ou quatro equipes de Saide da Familia, mas esse nimero varia com a estratécia especifica adotadia em cada municipio. Were eee ee >» Melhor relago custo-efetividade e impacto significativo na redugo da mortalidade e no niimero de internagdes.. > Equilibrio entre abordagem preventiva e de promogéo da saiide na assisténcia de pacientes agudos e crdnicos. | > Melnoria do vinculo e da qualidade da relacéo do profissional da sade com 0 usuério, sua familia ea comunidade. » Quando resolutiva, reducéo da sobrecarca da demanda nos hospitais, especialidades, exames, et. >» Mudanca da légica hospitalocentrica, intervencionista, cara © centrada na doenga e na apao do medico. > Atencao humanizada, centrada nas necessidaces de salide dos usuarios, familias @ comunidade da area. >Maic snvolvimento do paciente como protagonista @ corresponsavel pela sua salide e pelos culdados. Oentermeiro e demais protissionais que trabalham na Ateneao Priméria de Sade precisam conhecer bem 0 funcionamento da Rede de Atenc&o a Satide e os recursos da Atengao Primaria de Satde de sua cidade e da regido onde trabalham para saber usar de forma coordenada, eficiente e articulada os recursos ja disponiveis & oder orientar os usuarios sobre 0 uso racional do Sistema de Saude local. “Caracteristicas Prevencdo de doencas, afastando ou contro- lando 08 fatores de risco em pessoas sar Vacinagoes »Consultas de pré-natal > Cadastro e cartao do SUS > Bxames preventivos > Consultas de Satide da mulher + Dispensacao de medicamentos basicos > Eletrocardiograma > Reunides de grupo para promogao de saude >Coleta de exames > Atividades de grupo de treinamento e capacitag&o para autocuidado de doencas crbnicas >Vigidincia epidemiolégica, da satide do trabalhador ¢ saide ambiental se iwi ss, ‘Cada Unidade Basica de Saide 6 terrtorializada, ou seja, fica responsavel pelo atendimento das familias que moram dentro de uma érea de abrangéncia bem definida e com limites precisos. Nas ruas que fazem fronteira com essas areas 6 comum que os moradores do lado par sejam atendidos em uma UBS e os do lado impar em outta. Uma UBS sem ESF pode ser responsavel por até 18 mil pessoas enquanto as UBS com equines ESF po- dem ter até 12 mill pessoas, além dos usudrios vinculados as suas equipes ESF. Excepcionalmente a UBS atende pessoas vinculadas a outras UBS ou de oulras cidades e que precisam de atengao quando estado fora de sua érea (viagem, trabalho, etc.), mas essas pessoas precisam ser informadas de que essa assisténcia 6 excepcional ¢ devem ser referenciadas as suas unidades de origem. Equipe das UBS: Composta de médicos (preterencialmente generalistas), enfermeiros, auxilares ou técnicos de enfermagem © pessoal adminis- trativo. Algumas contam também com equipe de satide bucal. Nas UBS ue possuem equipes ESF, os profissionais dessas equipes, inclusive os ‘Agentes Comunitarios de Sade, trabalham juntos, cada um dentro de ‘as atribuigdes. Os profissionais de sade devem ser cadastrados com 5 suas respectivas cargas horérias contratadas no CNES para garantir a no- { ccesséiia transparénoia © a transferéncia dos recursos financeiros previs- tos, A disponibilidade de pessoal administrativo e de apoio (contratados ou teroeirizados) varia com a disponibilidade de recursos locais. Em algumas UBS existem médicos de especialidades basicas como pediatra, gineco- logista e obstetra, psiquiatra, geriatra, além do generalista, especialista em satide comunitéria ou clinico geral. | Profissionais do NASF (ver pagina 11) podem incluir assistente social, psiodlogo, nulriciorista, tisioterapeuta, etc. | _ | Hordrio e rotinas de atendimento: E essencial que a populagao adscrita conhega os horarios de funcionamento- dda unidade e de cada servigo oferecido, assim como a rotina de trabalho de sua equipe e atividades em grupo. 6802000080800 0868088 OG Atengdo primaria a sate 11 NAGF Nacieo de Apolo & Sadde da Familia: E uma parte inlegrante e complementar de Atencéo Priméria de Saiide. Criado em 2008, o NASF @ composte por profissioneis de diferentes categorias (tabela abaixo) com 0 abjetivo de dar suporte &s equipes ESF © UBS e apoio profissional dferenciado a outras areas de aluagao como especialidades médieas principais, fsioterapeuta,psicdlogo, etc. Como nao trabalha com livre acesso nem como centro de especialistas, o NASF néo precisa usar uma estrutura fisica prépria. Atua por demanda dos profissio- nals das equipes ESF ou da UBS, trabalhando de forma integrada com esses. CIC ence Tipo _ Categorias profissionais| Carga horéria total | Maximo por categoria | Equipes ESF vinculadas NASE1 | 5a fOprofissionais | >200hsemanais 80 horas semanais_| 5a equipes NASF2) Sa6profissionais | >120hsemanais 40 horas semanais | __ 3.a4 equipes NASF3 _2a4prolissionais | >80hsemanais | 40horassemanais | 1a equipes _ rndimento dos casos mais complexos deve ser folto preferencialmente conjuntamente pelos profissionals ddas equipes da UBS o ESF junto com os profissionais do NASF para que haja discussfc adequada do caso {roca de Saberes, visbes e experiéncias com matriciamento dos casos. Dependendo das necessidades locais om termos de diversidade de profissionais, carga horaria e nimero de equipes vinculadas, o gestor pode estruturar ‘um dos trés tipos de equipes NASF (ver quadro abaixo). PIP eee ee ease ae a Profissionals nao médicos Especialidades médicas > Assistente social» Psicdlogo » Pediatra > Medico do trabalho >Farmacbutico > Terapouta ocupacional + Ginacologista e obstetra > Acupunturista >Fisioterapouta > Professor de Educacao Fisica» Psiquiatra >Homeopaia »Fenoaudidloge —_~ Vetorinério > Internista (oliniea médina) > Satide coletiva/sanitarista >Nutricionista’_» Professor de Arte e Educacao_>Geriatra_ | ‘Cada profissional do NASF é contretado com carga horéria semanal maxima de 40 horas e minima de 20 horas. ‘carga hordria semanal maxima por categoria profissional 6 de 80 horas. ‘Quem agenda a consulta ou atendimanto com o profissional da NASF é a equipe do ESF/UBS junto com esse profissional. Sempre que possivel, o atendimento deve ser compartilhado com o profissional da atengao primaria {consulta conjunta, por exemplo) que fez o pedido, pois isso aumenta sua resolutividade e melhora a qualidade da assisténcia ao paciente. O profissional do NASF deve, ao mesmo tempo, ajudar na assisténcia e cuidado com © paciente, agregando conhecimento e aumentando a capacidade de atendimento e resolutividade da UBS/ESF. | Estrutura fisica de uma Unidade Basica de Saude: As UBS devem ser projetadas, construidas ou reformadas | ‘seguindo normas da Vigilancia Sanitaria e usando como referéncia o Manual de Infraestrutura do Departamento de Atengao Basica de SUS" (link para conteddo adicional no final do capitulo). O projeto deve cuidar do contort ‘@ acesso dos clientes e funcionarios e da funcionalidade (ventilagao, iluminagao, temperatura, facilidade de lim- peza, fluxo de pessoas e materials, adaptacao pera deficientes, disponibilidade de lavat6rios e pias, estruturas de apoio, acesso de macas © pessoas com deficiéncias, telefonia, rede de computadores, acesso a internet, etc.). O nimero de consultérios precisa ser suficiente para as atividades de todos os profissionais da UBS e das equipas da ESF existentes, inclusive dos consultérios com banheiros e estrutura para atendimento ginecolbgico. ESM eno eek oes 1. Hall de entrada 9. Sala de vacinas 17. Coleta de exames 25. Expurgo 2. Atendimento de portaria 10. Sala de hidratagao 18. Limpeza de materiais 26. Material de limpeza 8. Sala de espera 11, Salade procedimentos 19. Esterlizacéo 27. Compressor e bomba | 4, Sanitario publico 12, Saladenebulizacéo 20. Descanso funcionérios 28. Deposito de gazes | 5. Consultérios (geral) 13. Sala administragao_ 21. Copa funcionarios 29. Lixo e residuos | 6. Consultério comum 14, Fichario, arquivos. 22, Sanitérios funciondrios 30. Outros | 7.Consult.c! banheiro 15. Salade aula/teuniéo 23. Aimoxarifado 8. Consult. odontolégico 16. Dispensacao medicam. _24. Area de servico “Azesar de exigir investimentos consideraveis (ndo séo baratas), as UBS apresentam maior retomno em sade publica que qualquer outro ponto de atencao da rede de assis ATENGAO BASICA 12 Atengao primaria a satide Rode de Atenc3o & Saiide (RAS): E um ji Oqueé ATENCAO BASICA j . | ! arranjo de um conjunto de servigos de sade organizados © pactuados em formato de uma rede regional com di- 5 ‘versos pontos de atengio articulados tilhar recursos técnicos, logisticos e de gestdo. O objetivo € garantir uma aten- {G40 continua, integral, de qualidade e maior resolutividade a uma determina- da:populagao. base de uma Rede de Atengao a Satide ¢ a Atencao Basica com as Unidades Bésicas de Saiide equipes de Estratégia de Satide da Fa- mmilia distribuidas pelos municipios que formam a Regiéo de Satide de forma 2 ue todas as familias estejam sob res- ~~. ponsabilidade de uma ESF ou UBS que trabalham com a maior resolutividade possivel, mas que tenham para onde — encaminhar 0S usuarios que precisam espectalideds de cuidados mais complexos como consultas, procedimentos, exames e tratamentos especializados ou de maior ‘complexidade. Esses recursos stio organizados em Pontos de Ateneao Secundanos e lerciarios, Hede de Mé- dia e Alta Complexidade, Rede de Urgancia e Emergéncia, Rede de Atencio Psicossocial, Sistemas de Apolo Diagnéstico, ete. A atenc&o secundaria © terciara inclui centros de especialidades médicas, hospitais (internagao_ hospital, inlernago em UTIs, cirurgias, etc.), servigos de referéncia em doencas especificas, centros de apoio diagnéstico (exames laboratoriais ¢ de imagem), etc. Rede de Atencao Basica Servigos intersetoriais Obstétrica > Unidade Basica de Sade > Satide bucal_|Acao intersetoial: Programas de assis- | @ neonatal > Estratégia de Saude da Familia >Salde Mental| tncia socal, sade na escola, alimen- >Materidades | Equipe de Satide de populagbes de rua > NASF “tag e nutrigao, atvidade fsic, ete. | Rede de Urgencia e Emergéncia, ede Hospitalar¢ de Referéncia > UPA |} Rede hospitalar: internagoes, unidades de Servigos especiais € de Portas de urgéncias hospitalares | terapia intensiva, cirurgas, etc. Teferéncia espectticos: on- >Ceniros de Trauma > Centros de Especialidade Médicas cologia, dilise, doengas > SAMU 192 > Apoia psicossocial: alcool, cracke outres drogas _infecciosas, \dosos, etc, _ Servicos de apoio > Regulagao e central de leitos » Assisténcia farmacéutica > Atividade fisica (asens ca ita) Prontuario clinica > Apoio diagnostico laboratorial » Atenc&o domiciliar >CRIE (|munobioigicos especias) » Transporte de Apolo diagndstico de imagem ~ Assisténcia Social (CRAS) > Sistema de Telessaude usuérios _| Parte da estrutura das redes 6 organizada em programas ou areas tematicas ou linhas de cuidados (ver adiante | nna pagina 13) como Sade Mental, Materno Infanti, Sade Escolar, Emergéncia no Trauma, Emergéncia Cardio- \égica, Emergéncia Neurolbgica, Psicossocial para alcoolismo e toxicomania, elc. © cada uma dessas pode ter uma estrutura especitica de rede de alendimento dentro da estrutura completa instalada no local PIE ec ene en rinfraestutura elogistica > Gestao e regulagao Financiamento > Treinamento e capacitaca » Sistema de informagao _ > Planojame rganizagéo > Controle social > Educacfio continuadia _ Rede de Urgéncia e Emergéncia: Rede de pontos de atendimento abertos 24 horas por dia @ sete dias por Semana com recursos técnicos, pessoal especializado e bem treinado e estrutura organizacional para atender urgéncias e emergéncias. Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24 h): € um ponto de atenco & satide de complexidade intermediaria lente a Atencdo Basica de Satide e a Atencao Hospitalar, aberto 24 horas ¢ com estrutura para atender casos ‘conicos de uronoia ou emergéncia, Geralmente usa 0 sistema de acolhimento com classificagao de risco - ver eaoina 22. Sao planejados para manter pacientes em observacai e tratamento por até 24 horas. As UPAs devern S> empientacas em pontos estratégicos para acesso da populagao e as unidades do SAMU. Precisam ter boa sesotorcade pare 0s casos de urgéncia de menor classificagao de risco e funcionar como ponto de estabilizacao soa! de cacentes mais graves antes do transporte para hospitais de maior complexidade @ mais distantes. O “Garmcie Ge fixe cesses pacientes deve ser feito de forma organizada de acordo com a pactua¢ao como sistema Weeet = aeiee> ce Rede do Urgéncias e Emergéncias. Ao mesmo tempo que recede pacientes do SAMU, a UPR ere comtes com 2 Central de Regulagdo do SAMU como retaguarda técnica para transferir para hospitais ‘Ge mater complendace os pacientes que ultrapassam sua capacidade de atendimento de acordo com as espe-| ‘Beiates Go case (trauma, emergéncia cardiologica, neurologica, cirurgica, obstétrica, ete.) e a trensferéncia 6 | previement= combinada com a equipe que vai receber o paciente através da Central de Regulacao. ce de Atencso = Urgenios ¢ Emorsonclas (RUE). Seo potos do alendimento de Ugoncas o energénces| Com estruluta hospliciar para aiondimentos de maior complexidade como sala de emergéncia com estrutura do ‘alondimento rapide para politraurmatizados e pacientes em estado grave, equipes de especialistas disponiveis de ferma continua, bloco cirdraico,terepia intensiva, ete. Atengao primaria a satide Normas e diretrizes oficiais: Dentro do SUS, a Politica Nacional de Atencdo Bésica (PNAB), através da portaria 2488 de 21 de outubro de 2011, definiu as novas diretrizes e normas oficieis revisadas para a Atengdo Primaria a Saiide (APS) tratando do sistema de planejamento, distribuigao de responsabilidades de financiamento e ge~ renciamento nas trés esferas de governo (municipal, estadual, federal) implantagao das equipes © dos sisterias de apoio, do NASF, capacitacéo e educaco permanente, etc. Essa portaria também é a principal referénoia ndo 86 das atribuigdes profissionais de cada profissional das equipes como também das especiicidades de cada estratégia de Atengao Primaria & Saide. Essas diretrizes devem ser usadas tanto pelo gestor municipal como pelo gerente de cada UBS e equipes de ESF na definigéo de pianos, estratégias, metas, diretrizes e prioridades. Principios, valores e normas da Atenco Bésica de Sade do SUS: A Atencéo Primaria e a Rede de Assis- téncia de Saide do Sistema Unico de Saide (SUS) devem respeitar os principios de universalidade e equidade no acesso, continuidade, integralidade, autonomia do pacionte, humanizagao, vinculo, responsabilizagao, par- ticipggao © controle social pela comunidade. Outras caracteristicas importantes s4o 0 acolhimento e a resposta adeeyada a qualquer demanda de sade. qualidade, resolutvidade, adaptacdo sociocultural Universalicace ri ‘ser detinidas por cl ‘Cada equipe de ESF e cada UBS so responsaveis por uma area de abrangéncia e Territorialidade _ devem ser distribuidas com a maior capilaridade e regionaliza¢ao para cobrir todo 0 2 _ternitério do municipio. rE ‘Os pontes de ateno basica tem que funcionar como porta de enirada abera e pro- Porta de entrada ferencial para a Redo de Ateneo do SUS, acolhondo os usuarios @ promovendo 1a vinoulagao. ilibrio de agdes para promover sate, prevenir, tratar e reabiltar, além da abor- dagem canjunta dos aspectos fisiol6gicos, patologicos, psicoemocionais, familiares @ sociais do usuario. Exemplo: Numa atengdo integral, ao atender um paciente dia- bbético, pode-se detectar que ele 6 também hipertenso e esta ansioso ou deprimido, que tem problemas dentatios importantes, nao tomou as vacinas previstas para sua idade e que mais dois familiares tém problemas parecidos. Nao pode haver preferéncias no acesso ao atendimento que ndo sejam as ditadas pelo fisco ou vulnerabilidade, gon (© cuidado deve ser integrado e continuado, realizando a gastdo dos cuidados inte- Assistencia ao pré-natal e puerpério > Cobertura universal das vacinas do PNI para cada idade (ver p. 41) »Puericultura e cuidados com a crianga_ > Agdes em pacientes com doengas crénicas de alta prevaléncia » Crescimento e desenvolvimento infantil » Tratamento das intercorréncias mais comuns na infancia Longitudinalidade i > Agdes de promocao de satide > Agdes de prevencdo de doencas orénicas mais comuns Alendimento das doengas agudas de > Tratamento clinica e cirdrgico de pequenas urgéncias ambulatoriais maior ineidéncia > Tratamento dos disturbios mentais e psicosscciais mais frequentes Controle de doencas bucais comuns > Suprimento e dispensacao de medicamentos da Farmacia Basica »Tratamento de feridas > Programas com outros grupos (idosos, adolescents, etc.) » Satide sexual ¢ reprodutiva > Programa de DST/AIDS, tuberculose, hanseniase, etc »Saide bucal 13 ATENGAO BASICA 14 Atengdo primaria & satide Dinatniea do trabalho na atenodo basica: As agbes de saide procisam ser planejadas ¢ sistematizadas com a participacdo de todos os profissionais, com estabelecimento de rotinas e metas coletivas dentro das normas da portaria 2488 do 2011 e das diretrizes definidas pelo gestor local. E comum que os médicos da equipe da ESF {enham uma visao centralizadora e dificuldade para atribuir e compartihar responsabilidades com enfermeiros @ ‘Agentes de Saude. Conseguir que a equipe trabalhe como um time (integracao, interaao, corresponsabilidade, Visto e ariculagao da fungao e cada um dentro de planos e objetivos comuns, comunicagéo, trabalho conjun- to, etc.) 6 um grande desafioe, inteizmente, em muitas equipes cada profissional trabalha de forma isoladae fragmentada. trabalho com grupos de usuiérios com a presenca de todos os profissionais da equipe & uma boa oportunidade de troca de sabares e experiéncias, melhorando a coordenacdo e a dinémica das ages. As reunides de toda equipe sao a ferramenta principal para construir uma estratégia intograda de trabalho e de cor- responsabiizacao. Outro desafio 6 manter as agées das equipes e da Unidade alinhadas com as necessidades dg comunidade. As ages programadas dever sero foco principal do trabalho, mesmo diante da necessidade de ‘fender também os casos agudos e de demanda espontanea. ~ Gi ee) > Acolhimento > Vacinagdes: > Orientagao individual de sade» Agendamentos na Rede > Adscrieao, cadastramento » Curativos > AgGes educativas coletvas de satide » Educacao continuada > Consultas médicas >Procedimentos > Dispensacao de medicamentos + Planojamento @ avaliagao > Consuitas de enfermagem > Pequenas cirurgias » Vigiléncia e busca ativa de casos.» Notiicagao de casos > Atendimento de aqudos > Visitas domiciiares > Atvidades de sala de espera > Atendimentos programados » Reuniées de equipe » Reuniges com NASF (matriciamento) Atribuigdes assistenciais da equipe da Estratégia de Satide da Familia: BY » Atender consultas programadas de usuarios que exigem cuidados con- js tinuadoo, como eriangae, geetantee, puérperas, adolescontes, idosos, pottadores de doencas crénicas, pessoas com risco/ulnerabilidade au- mentada ou de programas especificas de sade, > Atonder a demanda espontanea dos clientes, com solucéo dos casos agudos associada a abordagem integral (promogao de satide, proven gio de doencas, tratamento, reabiltacao, et.) > Coordenar os alendimentos individuals na unidade de saide com visitas, domiciiares @ trabalhos em grupo, buscando equiliorar agbes de pro- rmogio e protegao da sate com atividades curativas e de reabiltacao, eer » Acompanhar e cuidar dos doentes crénicos como diabéticos, hipertensos, fumantes, obesos, cardiopatas, do- entes mentais, usudrios de drogas, etc. Treinar e capacitar esses usuarios e seus parentes no autocuidado, » Buscar ativamente os casos de notificagao compuls6ria, como tuberculose, malaria, leishmaniose, hanseniase, etc, Nolifcar e participar do tratamento dos cesos encontrados e fazer as orientagdes preventivas das pessoas, préximas e na comunidade. Essa notificagao 6 uma atribuigao comparihada entre médico, enfetmeiro e gestor. > Adaptar sou discurso ao nivel e as caracteristicas culturais dos usuarios e membros da familia (origem, idade, ‘escolaridade, religido e crencas, etc.) e procurar entender a dinmica da familia (quem lidera, ensina, influencia, forma opiniao sobre os demais) para potencializar sua ago. > Monitorar pessoaimente ou com visita do agente comunitério ou por telefone, internet, eto. os pacientes mais instaveis ou com risco aumentado de piorer, de precisar de cuidados agudos ou intemagao. > Fazer a requlago do acesso do cliente aos niveis secundarios e tercarios de atencéo, como consultas espe- Ciaizadas e exames. Fazer a tiagem, encaminhamerto, orientacao do usuario quanto 20 agendamento, como chegar ao local, documentos, relatérios, carta ou contato de referéncia entre o profissional que encaminha @ © {ue vai tender. Aequipe continua responsive pelo usuario encaminhado, inclusive agindo como defensora des) “+ direitos dele quando 0 atendimento do encaminhamento agendado néo ocorre ou ha dificuldades no atendimen- to, através de contato entre os gestores des duas unidades ou servicos para solugao dos problemas observades. » Usar sempre que possivel os recursos do NASF e interconsultas do médico da UBS/ESF por telefone com “~~ ‘outros médicos mais especializados da Rede, de mane'ra informal ou usando recursos de telemedicina. Outra alternativa é um esforco de grupo de estudos diraidos dos profissionais da Unidade sobre temas prevalentes e | com baixa resolutividade para melhorar a capacidade de solugao do problema dos usuarios. Planejamento Distribuicao e compartilhamento de tarefas nas UBS ¢ ESF HEE Responsabilidade primaria | + BeoclSe8 a. ioe |e Etim Responsabilidade secundar 3 2 seegese 83 g3_53_ Responsabilidade eventual a5 Besa g28 Se 525325 Coneeito 2 Ge Pssves2ss 6b Fsalass < Acolhimento com escula qualiicada co uve a | = | © | Consuita, atondimento e procedimentos médicos | am | | a | Consulta, atendimento e proced. de enfermagem | final | | s—_—_| Consulta, atendimento e procedim. odontolagicos; = oO ‘Atendimento em consultas e procedimentos | =a ° Prescrigsio de medicamentos = =n 2 Visita domiciiar ne ‘Cadastramento das familias Co oa Pesquisa de vetores e aplicagao de larvicidas = Zz Planejamento e gesiao compartihada =a ae Ee Agbes de educagao. orientacao em Procodimenios (curatWos, vacinagao,coleas, olpoctologico de citoiogia do Papanicola, dados vias, etc) > Pedldo de exames complomentares de rtina,vetficagdo dos resultados e prescrgdo em stages especiicss & brevistas em protecoloasssiencial local ou programas do Ministerio da Sade elegsiag&e vgeate Lo 7490/1908 » Visitas domiotiares a familias celecionadas e priorizadas apés vista do agente de saide, neceseloades espect- ‘icas de orentagdes, tendimento ou procedimento ou cateros provetinigos pela equip ~Participacdo atva eestimule a patcpagao dos usuarios nos grupos opeatvos (ver pegina 24) ~ Alencdo domiciar de easo agudo com continuldade dos cuidados na UBS ou UPA, conforme necesséro, » Suporte complomentar ao trabalho do Sistema de Atengéo Domelar (ver pagina 47) em uidados domiciiares aancados (neleao parental eraivoncmplxos, rude parenteral, eyo venation, ica prt al, cuidados com estomas, rocedimentos assépticos @treinamento dos paventeso culdadores). » Protegdo ao usuario contra eres por imprudéncia, mpericla ou neglgencia de qualquer proislanal da drea de ‘salide (Codigo de Etica do Enfermeiro). ~ Organizagto e aientagao do atendimento com priridade detorminada por erties de isco. ~ Supenisao e coordenan do trabalho o éasatiicades de edcagao continadao treat, bem como par ticipacdo da educagao permanente dos tSenics,auxliaes de enfermagem e Agentes Comuniiaris de Saude > Gesido comperihada: agendamentos ntenos e externas, escalas de wabaiho, convole de nsumos, vacinas medicamentos, manuteng4o, prontuérios, agendamentos na Rede, reunides de equipe, contato com gestores @ intersetoras, relatos gerencials, educagao permanente » Acdes de vigilancia em satide (epidemiologica, sanitaria, ambiental, sate do trabalhador, imunizages, etc.). ag ~~ * Atribuigdes dos técnicos ou auxiliares de enfermagem (um ou dois por equips » Auxilio no acolhimento, atendimento e escuta qualificada das necessidades dos usuarios » Procedimentos de rotina técnica (curativos simples, coleta de amostras, afericéo de dados vitals, medida de dads antropometricos, glicemia capilar, coleta de sangue em papel fitro para teste do pezinho, administragac | de medicamentos, vacinacao, etc.) » Orientagao basica e complementar dos pacientes em temas como pré-natall, amamentacgo, curativos, vacinacéo, uso dos servicos de sade, otc, » Recebimento de resultado de exames, registro de seus protocolos e anexagao ao prontuari. » Rogisiros em Cartées de idosos, Cartéo de gestante © Caderneta da crianga e do adolescente. > Realizacao de visitas domiciliares (ver pagina 23). » Dispensagéo de medicamentos de acordo com as receitas, » Gerenciamento de agenda e filas de espera, Arrumagao e organizagao dos espacos. Organizagao e guarda de ‘materiais © equipamentos, bem como gestéo compartithada, » Participacdo das reunioes de equipe e das atividades de educago continuada, » Mabilizagao de usuarios © comunidade estimulando-os a partcipar das atividades de controle social da rede. sy Atribuledes do médico de atencao basica (um por equipe): »Acolhimento, atendimento e escuta qualificada das necassidades dos usuérios e/ou de demanda espontanea. ~ Atendimento das consultas programadas (puericultura, pré-natal, diabéticos, idosos, desnutridos, besos, etc.) » Solicitagao de exames e avaliagdo de seus resultados, » Interconsulta, a pedido do profissional de enfermagem, de paciente atendido em consulta de entermagem em {ue fo’ identificado problema clinico que precisar ter atengao imediata, » Encaminhamentos de usuarios a niveis de maior complexidade em sistema de referéncia e contrarreferéncia » Parlicipacao ativa nos grupos operativos (puericullura, pré-natal, hipertensos, diabetics, 3° dade, desnutridos, promogao a salide, etc.) - ver pagina 24 > Visitas domiciliares a pacientes especificos (ver pagina 23) » Realizacdo de pequenas cirurgias @ procedimentos. » Trabalho junto com os profissionais do NASF e partcipagaio em videoconferéncias via Telessatde para melho- rar a resolutividade dos casos, » Gestéo comparihada: agendamentos intemos 0 extemos, escalas de trabalho, controle de insumos, vacinas @ medicamentos, manuten¢&o, prontuarios, agendamentos na Rede, reuniées de equipe, contato com gestores & intersetoriais, relatdrios gerenciais, educacdo permanente » Agbes de vigilancia em sauide (epidemiologica, sanitéria, ambiental, sade do trabalhador, imunizagées, ele.) »Agdes para mobilizacao e participacao da comunidade na solugio de problemas e no controle da rede ce sade, ATENGAO BASICA 15 16 — Atengdo primaria A satide Atribuigdes do Agente Comunitério de Satide (ACS): Para ser um ACS ¢ preciso ter escolaridade fundamental, | morar na area e fazer um treinamento especifico. Caracteristicas desejaveis S40 responsabilidade, disponibil- | Gade, boa vontade, sor conhecko pelos moradores, dedicacdo e capacidade de comunicagao e de aprender. A Stuagdo dos agents comuntaros tem Grande impacto em sade, na mortalidado infant, sobrotudo em commu- nidades mais carentes. E contratado por tempo determinado com carteira assinada em jomada de 40 horas se- Thana Cada Agente Comunitaria fica responsavel por até 200 familias ou 750 pessoas em wma area aapectica ‘onto a area maior de abrangéncia de sva eaupe. Cada equipe tom 4. 6 agentas do saide (pode chegara 12 fom areas de maior risce ou com grandes distaneas enre os habitantes). AAS principals atrpuiggos do Agente Comunitario de Saude com a populagéo dessa subéreo: > Visitar cada casa e familia de sua 4rea, mapeando toda a area e identificando cada familia ¢ seus membros; fazer vistas mais equentes aos mais vulneravess > Identiar os pricipas problemas de caida de sua area Sdactrar as famine de Sua microarea ou teritoio de atvagdo (fcha de cadastro, entrada dos dados no siste- tna inlormatizado quando disponivel, marcagao em mapas, organizagSo de listas e plana, ec.) » Alvalear esses dalos de cadasto contnuairente de acordo com as eaides © chegadas de novos moradores na area, nascimentos,Sbtos, et, » Grate aprmorar vireulo com a famia a cada vista. Conhecer nomes e composiglo das femilas (criancas pequenas, ecoleres,adolescentes, mulheres em iade fer, gestanes, puerperes, omens, idosos). Conhe- Perprobiemas, necess.dades, difeuldades e vuinerabildades. Conversar, ouvir, observa, sent, perguntar, Contiver no dia a dia com as familias, a comunidade © a populagdo do tortor adscto. idenificar areas € Situavbes de risco individual ou colevo. stematizagao das atribuigdes do a Loa > Cadastramento de cada familia e pessoa Ganho de peso das criancas > Calga e camiseta » Atualizagao do cadastro das familias » Pré-natal »Colete @ bone Medidas de controle de endemias locais > Vacinas > Mochila » Detecgao de usuarios que precisam de cuidados no > Higiene pessoal Garrafa de agua posto de sade e orientagdo sobre como procurar »Higiene saneamento da casa» Balanga de crianca Gu egendar |r Trelamento da gua > Tenis ou botes » Busea ava de casos de dabetes, hipertensdo, u-» Destino do xo > Ganeta eimoressos | berculose, gestantes no primeiro trimestre ou que » Zoonoses e principais endemias » Cracha no estejam fazendo pré-natal, menores de 2 anos » Monitoragao & aan avec cae pesnaaee “no cadastrados ou sem vacn = ale on = Conhecer cada vez melhor a familia para identiicar problemas e demandas de assistincia de saide @ pre- VVencéo ou mudanea em situagSes de risco (saneamento, problema alimentar, epidemiolégico, prevencéo de Acidentos e violencias, fata de assisténcia ou medicamentos, etc): escutar atentamente, identicar,anotar @ mapear os problemas de saide, situagdes de rsco, orientar medidas de controle. + Idemiticar em cada familia os casos que exigem maior atengao da equipe, como hipertensos, diabéticos, gré- vidas ou mulheres pretendendo engravidar, criangas menores de dois anos, idosos vulneréveis ov acamados, possoas com vacinacao incompleta ou alrasada, pessoas com necessidades espaciais, pessoas comm intema- gees recentes, etc. + Rrealizar agbes de protocolos de promoggo de saide infant, da mulher, gestante, do idoso, de portadores de hipertensao, diabetes, usuarios de drogas, etc. » Visitar periodicamente, no minimo uma vez por més, cada familia de sua area de abrangéncia. Escolher um tema bisico de promocao/prevencéo apropriado a familia em questéo como higiene pessoal, dos alimentos © da casa; alimentacdo saudavel, cuidados com o bebé, prevengao de acidentes com idosos, etc. para discutir ‘onsiner durante a visita enquanto avalia a situagao da familia e sua capacidade de se adaptar aos conceites ensinados. ~Acompanhar as visitas domicliares dos demais profssionais da equipe * Organizer a demanda na UBS/USF. Conialy v Wists aliva de pacientes fatantes a controle compulaério. > Paricipar da viglancia de casos de doencas endémices ou epidémicas no local (dengue, chikungunya, zika virus, leishmaniose, tuberculose, hansenfase, maléria, ok > infornar a equipe problemas abservades nas visitas ¢ a evolugao dos paciente mals fragels ou com sinais de alarme (lebre ou hemorragia em gestantes, quedas e trauma em idosos, criangas pequenas com diareia,in- {emagbos do paciontes da areas, crangas com aepecto desnutrido ou palido, usuarios de droges, nascimentos. @ Obitos nao registrados, etc.) + Manter contalo requent9 com seu coordenador para avaliar e discutir as atividades programadas. > Panicipar das agoos comunitarias da rea de abrangéncia e aprovelté-las para atuar como promotor de sade. identicar e mapear os doentes crdnions (hipertensos, diabstices, portadores de DPOC, obesos, tabagista, possoas com problemas com alcool ou drogas, eta.) e grupos especisis como criancas pequenas, gestantes, etc. ~ ldeniticar toda gestante de sua area ainda no primeiro wimestre de gravidez para garantic o inicio do pré-natal na UBS/ESF 0 mais precoce possivel e a busca ativa das faltosas as consultas mensais e consulta pds-parto. | + Identificar toda puérpera e recém-nascido logo apés a alta da maternidade para agendar e garantir seu retomno | na Unidade Basica de Sade para as atividades do quinto dia de vida com 0 neonato e com amée (p. 67). | Fazer a viglancia e orientar cada familia sobre cuidados de saide ¢ uso dos servigos da UBS/ESF, como, Conttole dos hiportensos e diabétcos, pré-nalal, cuidados com erangas pequenas, com idosos vulnerdves, ‘acompanhamento de pacientes psiquiatricos, vacinacéo de criangas e adultos, medicamentos basicos, peque- hos procedimentos ou intervene6es de enfermagem ou medicas, etc » Grientar 0 uso e acesso as allidades da USFIUBS e aos cemais profissonais da equipe. ATENCAO BASICA Atengdo primaria a sade 17 gt teg8? ‘As principais atribuicdes do ACS & populagao dessa subérea (con- > Visitar para tor noticias e avalar situagdes de risco ou evolugao des- favoravel de pacientes recém-internados, gestantes, maes com be- bbés no primeiro més, pacientes acamados, ete > Orientar promogio de sade ensinando temas como higiene pesso- al, amamentacao, tratamento (itragem ¢ cloragao) de agua, destino ‘adecuado de esgoto « lixo, provengao de acidentes, et. > Ofienter as mulheres o suas familias sobre a importancia do pré- “natal, da amamentagdo por no minimo seis meses (se possivel dois, ‘anos) e das vacinagdes corretas. » Atvar na prevengao e tratamento de endemias locals (como dengue, malaria, Chagas, leighmaniose) e fazer busca ativa de casos suspeitos de doencas como tuberculose, hanse- niase, etc. » Conhever os programas de satide especificos para cada situagio e promover com a equipe (médicos, enfer- meiros, deniistas, et.) reunioes de treinamento para orientagao sobre como abordar e orientar cada tipo de Gliente ou situac&o especifca (hipertensos, diabéticos, portadores de DPOC, obesos, fumantes, alcodlatras, adolescentes em isco, etc.) para melhorar Sua capacidade e seu repertorio de agao. » Para faviltar sua identificaco na comunidade, usar uniforme ou identificadores préprios como calea, camiseta, olete, boné ¢ lever mochila com garrafa de Agua, balanca, caneta, impressos, carlo pessoal e da equipe. > Gontetir 0 cadastro das gestantes da area no SisPreNatal e se seu Cariéo de Gestante esta completo Atribuicdes do cirurgiao dentista do Programa de Satide da Familia (um por equipe): ~ Participagao no acolhimento e escuta qualificada das necessidades do usuario em satide bucal > Atendimento de sade bucal prioritaria para diabéticos, gestantes, criancas, idesos, hipertensos e acamados. > Atendimento inicial de urgéncias em demanda esponténea > Procedimentos e cirurgias basicas (extragdes, restauragdes, periodontia basica e profilaxia). * Participagio em ages preventivas e educacionais em escolas, creches @ asilos. + Realizagao de visitas domiciiares quando necessério > Coordenacéo, orientacdo, capactagao e supervisao dos técnicos e auxiiares em salide bucal em suas tarefes | preventivas e procedimentos tecnicos + Parlicipagao na gestao, em reunides de equipe, educagao permanente, etc. ‘permanente: A cultura da Atengao Basica de Saude é relativamente nova. A maioria dos profissionals ‘que nela atuam foram formados e se acostumaram a trabalhar usando conceitos e paradigmas confitantes com (5 principios descritos nesse capitulo. Isso exige uma adaptacao na formacdo e capacttagao profissional asso~ iat & necessaria atuelizagio dos novos saberes e tecnologias decorrentes da evolugao do conhecimento e da ‘ienola. A equipe e os gestores da Unidade, do muricipio e do estado precisam cuidar todo o tempo da methora | ‘da capacitagao protissional dos trabalhadores da area da sade usando todos 08 recursos disponiveis e planos de carreira que estimulam a partcipagzo do profissional nessas atividades. Cada Unidace deve manter organi zada sua biblioteca com as referéncias e rotinas impressas produzidas pelo Ministerio da Sadde e Secretarias Estaduais e Municipais de Satide. Exemplos di * blackbook com.br/entp17 > Cadernos de Atencao Basica + Blogs sobre atengdo basica > Videoaulas Universidade aberta do SUS Cursos, especialzacées (Secretarias) @ Sistema de Telessatide > Biblioteca Virtual do Ministério da Saéde__convénios com insttuigdes de ensino.. ‘Agendas profissionais: A agenda dos médicos, enfermeiros e dentistas é uma das ferramentas mais importantes ara organizar e otimizar 0 tempo e 0 trabalho dos profissionais, ampliar © priorizar 0 acesso dos usuarios, coor- Genar a assisténcia multiprofissional, sincronizar o trabalho com a disponibildade dos consultorios, equipamentos f tompo dos demais profissionais, garantir tempo para as atlvidades tipicas listadas abaixo. As agendas podem ‘Ser organizadas por recepcionistas, tecnicos ou auxiliares de enfermagem e para cada tumo é definido o numero | de consultas programadas, consultas do dia (demanda espontanea fitrada no acolhimento),retornos agendados: Gus deixadas programades, mas sem agendamente fixe. Geralmente as agendas daver ficar na recepeao da tnidade. Os agentes de salide devem ajudar a divulgar entre os usuarios a forma e rotina dos agendamentos. Os Usuarios devem ser educados a cancelar previamente as consultas que nao puderem comparecer para liberar a ‘vaga para outro. Quando é grande o nimero de faltosos, otimizar 0 uso dessa capacidade ociosa, Protocolos: Os protocolos ciinicos multiprofissionais por linhas de cuidados e por ciclos de vida com diretrizes ‘paseadas om avidéncia aumentam a qualidade e eficiéncia da assisténcia. Cada unidade ou equipe deve criar | Sous proprios protocolos, adaptando 0s protocolos de referencia para sua realidade com discuss6es e participa | G40 detada a equipe. Deve explictar as atrbuigdes de cada membro da equipe, a dinamica de trabalho, tlixo de << {isuarioe, ete. O Ministério da Sade disponibiliza dretrizes bem organizadas em forma de Cadernos de Atencao Q) Basica. As Secretarias Estaduais de Salide olaboram protocolos de linhas de atenedio mais adequadas a realida de de cada estado e respeitando as recomendacées do Ministério da Saide. Alguns municipios organizam seus .¢¢ | proprios protocolos mais adaptados @ sua realidade local, Pelo sistoma de Telessaide ¢ possivel obter apoio para | fry ‘a criagdo e adaptacdo dos protocolos para cada servigo. Plano de culdados: O plano de cuidados deve ser criado junto com o usuario @ sua familia, considerando sua ‘estraificagao de risco pola gravidade da doenca crénica, vulnerabilidades ¢ capacidade de autocuidado. Deve | ref ao Zz tt < incluir um resumo dos problemas do usuério, lista do condutas e estratégias adotadas, orientagdes scbre autocul dado, plano de acompanhamento profissional (médico, enfermeito, tecnico e outros), orientagdes de promogtio Ge habitos saudéveis. Muitos pacientes exigem cuidados diferenciados e especiticos e nao previstos nos proto- ‘colos padronizados (projeto terapéutico singular). Os planos devem ser revisados e atualizados periodicamente ‘© sempre que necessari. 18 Atengo primaria a satide Estrati PUT eens i "_ Exemplos iano de culdados omo foco da Mengao Basica), Jimentacdo saudavel, otc. ‘Doengas cionicas sem complica- Hipertensao e diabetes contolacos Grupos de hipertensos, diabeti- | 2. Peoake taco eardiaco (Framin- | com PAlgicomias dentro das |-_o08, ete. Ensino do aulocuidedo, © __gham) baixo ou medio. metas | Consultas coletivas. Exames. Escore de Framingham alto Consus peecicas agendas ProteinGria/microalbuminuria ‘com médico ou enfermeiro, além Deon roca cmolrecon_ tort do venous esate de consis couhat oun? |" cmpleapies ov mal conla- Diabetes aca ca meta gicimiea de wenaranio de Miecuidedo! | Diabetes tipo Il em uso de insulina Apolo ao autocuidado adaptado __Hipertensao com PA acima da ’as necessidades indviduels, ou 5 % ea oa Cardiopatia isquémica Consultas médicas individuals Rae eee oe periésicas agendadas com m muta ao Wc? |Vasculopatia periferica participagao multidiscipinar. i vet (Petmonatiadabéioa “Visitas domicliares nos casos es 2! Insufic. cardiaca classe | Mi, Mou lv selecionados. " Insuficiéncia renal crénica -—-—_—Trainamento intensivo de auto- diabético ou neuropatia ———_ouldado. 3 ecides para iwulhorar a correaponcebilizacso e procossos de referénoia e contrarreferéncia entre 0 pro ea ee ja Atengdo Basica e da Rede de Assistoncia & Saude: A equipe da atengo priméria @ sempre & teaponsdvel primara pela administragdo e gorenciamento dos cuidados de sade ds seus pacientes mesa (Rees edo encaminhados ou estao sob cuidados de um centto de referéncia ou internados. Esse principio oa coaresabllzagao dos profissionals das Equipes de Saide da Familia o das Unidades Bésicas de Saige © uma aes importante da nova estrutura de atengao & sate. Cada vez que um paciente adsarilo a equipe ¢ encar | aoe ope teinado, profissional deve agendar esce acompanhiamento com contatos periédicos com o paciente ado Ja familia, no 80 para saber da evolugao do caso como, também, para interfer na condugso conforme ooeomirio, disoutindo © caso com o especialista e 08 outros profissionals responsiveis sob a perspectiva da ‘Noneao Primaria © do conhecimento que tem do paciente e de sua familia. Exemplo: (1) Encaminhar uma Ges: taeiaipara’g alt iso e continar fazendo o prénatal na unidade @ anolar os dados na ficha de pré-nall, ie. aatndo 0s Culdados e avalagdes dos dois niveis de complexidado; (2) encaminnaro usuario para um especalsis ora oe eepeciica procurar saber se 0 agendameto fo feo, se 0 atendento ocorreu @ qual fi o resultado | casa planer a continudade da asslténciarelacionada; (3) agendar visitas domicilares ao paciente em quinio, care errbulatonal ne dla seguinte a sessdo de quimioterapa; (4) no conceit de ata hosptalarresponssvel 8 reine queda ata ertra cm contato com os responsaveis pela atencéo primara lo paciente°é agen dao athe Saree ave ou wsita domiclar. Tanto os profssionels da atengo primaria como 08 de malor complexidade fér oe eegando profesional do manter esses contatos © fazer a referéncia e contrareteréncia adequada, escrta @ Complomentada por contats telefonicos,eletrnicos ou verbals. Alribuigdes gerencials e organizacionais da equipe da Estratégia de ‘Sauide da Familia: A equipe deve ter uma postura proativa com agdes pla nojadas esistematizedas,trabalhando de forma integrada com a comunide- Jaina escolha de prioridades, respeitando os plans e programas de sade, SConneser bem a sva dea de abrangéncia, rua por 1ua, com seus equi pamnentos @ recursos sociais disponivels, caréncias, problemas, riscos, hhevessidades, ofc. e desenhar uma espécie de mapa inteligente da area de abrangéncia, marcando esses detalhes, pontos principals de referén- Sa. Pode eer pita enm hase em uma vista aérea ou foto de satelite | Demareara mirodrea de abrangéncia de cada agente comuntianio bem ‘como 0s equipamentos socials disponiveis na drea. > Conhooer & realidade das familias cadastradas de sua area de abran- Gancia, avalando cuidadosamente 0 painel das caractristicas, das $1500-4.000 pessoas sob seus cuidados (socioecondmica, demogréica, perl de risco, trabalho e renda, doengas @ problemas de saide mais equentes,riscos e determinantes sociais de doenca, etc.) para planejar te agdes assistenciais (atencimantos de consulta e visitas domiciiares), Stas agoee preventivas e de promogao de sade. Os recursos do SUS Gao repassados ao municipio para uma relagao maxima de uma equipe Ge Saude da Familia por 2.400 habitantes dentro de cntérios detinidos. + Construir ao longo do tempo vinculos mais sblidos comos clientes, fami- fas @ comunidade que assistem através de uma relacao profissionel de ta coroto, regpetoe corresponsablidade pela sade. Um vinculo sido profisional-ante baseaco £7) ane snaiga,etengdo, culdado, cortesporsablidade,preocupavao com 0 Ouro, amizade, compreenade | respaio, co fe Jado, ete. 6 a principal forma de humanizago dos culdados de saide. A continuidade <0 doe esa vida do elente e do prtissiona fortaloce cada vez mais o vinculo criado. A qualidade do | FisSio da relagdo profissional-usuério aummenta a eficécia das intervengdes de saude. Planejamento ATENCAO BASICA Atencéo primaria a sade 19 Atribuigoes organizacionais da equipe da Estratégia de Satide da Familia (continuagao): > Organizar agenda (coletiva e individual) considerando o tempo disponivel dos profssionais (lodos s&o contratados por tempo intogral - 40 hisemana) e as espagos disponiveis (consultérios, salas para atvidades coletivas @ aten- ‘dimento a grupos, atc) de acordo com o planejamento das prioridades definidas pela analise da tabela anterior. ~Acarga horéria de 40 horas do médico pode sor eventualmente dvidida entre duas equipes de ESF. Até 8 horas dossa carga horéria pode ser em plantao de urgéncia na Rede de Assisténcia local, especializagao em saide coletiva, atvidades de educagao continuada ou apoio matricial > Fazer reunigo semanal sisternatizada de cerca de 2 horas entre o enfermeiro da equipe @ seus Acentes Co- munitérios de Saide para avaliar vistas domicliares, discutir casos, avaliar taxa de cobertura de gestantes, hipertensos, diabeticos, criangas pequenas, idosos vulnerdveis, etc. Rever a evolugao de suas fungdes (ver pagina 17), noticias evolutivas de pacientes, fazer busca ativa de faltosos, etc » Fazer reunio semanal com duracdo de 2 horas com toda a equipe para discutir problemas operacionais, pla- nojar, organizar, avaliar 0 trabalho, trocar experiéncias, discutir casos, encaminhar aos profissionais do NASF {matrciar), estudar protocolos, etc. Garantir espaco para @ reuniao na agenda dos protissionals da UBS e ESF. > Organizar os registro (prontuarios) da situagao de satide de cada usuério e registro de visitas e cuidados. Os | prontuarios de papel podem ser organizados por familia e as fichas @ impressos de cada memro séo arquiva- | das juntas em um envelope pardo Kdentificado e indexado pelo nome da mae. Outra alterativa 6 0 prontuario | arquivado por individuo em ordem primatia de data de nascimento (que d& menos margem a erros de grafia) | « secundariamente (dentro da mesma data de nascimento) em ordam alfabética. Aivalizar periodicamente os | prontuérios com retrada dos antigos ¢ inativos por muitos anos (Obitos, migrants, etc.) | > Identiticar © cadastrar novos usuarios (ficha A) tanto pela demanda direta & unidade quanto por busca ativa, © | atualizar os dados no sistema (SIAB). | » Conhecer e saber como utilizar os recursos de apoio da Rede de Assisténcia a Satde local do SUS (p. 12) eda ‘comunidace (servicos voluntérios, proteco & crianca, suporte a usuarios com necessidades especiais, grupos Cadastro e cartao do SUS > Prontuario eletronico » Central de Hegulagao > Transporte sanitario ke >Estrutura de vacinagéo Sistemas on-line > Estoque e reposi¢ao de insumos > Manutengio predial > Equipamentos Pessoal de apoio > Dispensagao de medicamentos > Sistemas de informacao € € Planejamento = ATENGAO BASICA 20 Atengao primaria @ saide ‘Gestao de insumos: Equipamentos para aferigéo de dados vitais e exame ‘dos usuarios (aparelhos de pressio, estetoscopios, termometros, antro- pometto, fila métrica, ot0scpio, oftalmoscépio), mobili, impressos ffomhas de prontuaris, pedidos de exemes, recetuarios,orientago 20 pa- Ciente), material de escrterio (canetas, papel, envelopes, grampeadores, Sic), equipamentos de protegao individual dos profissionais, insumnos para higisnizagao de mos, insumos para preparo e administracao de vacinas @ medicamentos, materiais para curativos, bandejas com Kits para curativo, pandejas e kis de pequenas ciurgias, antissépticos, material de limpeza, caderetas, impressos, coberturas de feridas, métodos contraceptives, Kits de exames ginecologicos, ete Gestio de estoque de medicamentos: As UBS precisam dispor de me- ‘dicamentos para urgéncias e emergéncias, pera modicagao inicial de pa- Cientes agudos e para dispensacao de medicamentos bésices, além das Vacinas, O controle de estoque exige previsdo de volume para demanda © Tuxos de reposigdo. Os medicamentos devem ser armazenados, organ- Zados em armarios e prateleitas em rea segura e protegida contra poeira, Umidade, luz solar e pessoas nfo aulorizadas. Vacinas e alguns medica- nentos como insulina precisam ser conservados sob refrigeragao. Todo medicamento separado da sua embalagem precisa ser adequadamente fotulado com seu nome, dose, nome do paciente destinatério. Medica- mentos de maior rigco devem ser guardados separadamente com etiqueta Te lena de isco, Medigamentos entorpecentes e causadores de vicio ou dependéncia devem ser guardados oe aaa techaria @ seu consumo e distribuigao rigorosamente controlados em ficha propria, Qualquer desapare- or ore) ar uso nao registado desses medicamentos dove ser meciatamente comuricado & chefla da unidade, piagndsticos e monitoracao da situacéo de eau coletiva local: Voriicar necessidades e demandas os 1st lage cos riondades, weeare divuigar esvatégias, metas e resultados alcancados por perioco. € importante | Ar revel Paxas de mortalidade, causas de internagao @ ébitos ¢ ntimero de portadores de doongas crénicas fpwrtensa0, dabetes, lc), percentual de criangas ¢ id0s0s, nimoro de gestantes, pacientes com necessica. sae ecile,prevaléncia de dosnutigao, etc. Estmular a participacao da equipe e da comunidad. Promoves | oe eee jo beperioncias com Unidades Basicas similares que apresentam melhores resultados. E importante aosecere dielogar com lideres formals ou informais da comunidade que conhegam bem a realiade local, Divulgagdo na unidade de progra- mas de satide: Usar carlazes © paineis em locais de circulagao dos pacientes © salas de espera para divuigagao de temas de sade pi- blica e de promocao de saide ro- lacionados a realidade local, infor- mages sobre 0 funcionamento da Unidade e programas ou trabalhos em grupos colativos disponiveis na tunidade com suas datas, horérios @ formas de adesao, planejamento do atendimento: Calcular a capacidade instalada. Avalarohistrico de demanda daria da unidace ard programer a dvisZo do tempo dos profissionals entre esses atondimentos. Cerca de 60 a 70% de carga pare a co cada profssional deve ser para consultes programadas, de demanda espontdnea e atencimentas of Jrupo, Geralmente esta relagdo entre programadoskiemanda do dia varia entre S0/50% a 70/307, No siete grup, programado de pacientes erénicas e de programas espediicas, agendar de forma intercalada consultas | médioas e de enfermagem de acordo com as disponibiidades. tonne Gon administragao superior: Produit elatorios objetivos o padronizades (preenchidos on-ne) de rea9G da unidado @ projetos para obtengau de recursos materia, equlpamentar, insamnas. formas de 02 Fear Ge possoal, supone técrico, reinamento, et. Entender a dinémica de relacionamento ene o& prokssie Tec arantr que o8 recursos municipal, estaduaise federais cheguem a Atengao Basica (repassar informacees Oa Moros de produgao exigidos pelas Secrelarias de Sadde @ Ministerio da Sabde, evter motivos de Ploaue'o Sc eteeces, of) e ejam uilizados de forma adequada e oiciente Aricularparcerias com os cferentesnivets | de assistoncia. Gestao de pessoal: E geralmente compartilhada entre 0 gestor municipal fo gerente da unidade, Envolve selegao, recrutamento, contratagao, avalia- (ho, direitos trabalhistas, planos de carreira e de valorizagao protissional, controle de produgao, frequencia e carga horéria, qualidade da assisten- Gia, avallagao de desempenho, treinamento e educacdo permanente, es- ‘calas ((érias, substitvigSes, piantées, etc.). & importante conhecer bem Gada membro da equipe em termos de formacao, qualicacdo, especia- fidades, experibncia, capacidade, areas de melhor resolutividade, talen- tos, potendialidades, attude e motivagao, carga hora, disponibildades Equipes destalcadas de médicos sAo frequentes sobretudo nas periferias das grandes cidades © pequenas cidades do interior, sendo necessario oe ae eiatvidade do gestor municipal para tare mantorprolissionas preparados e compromotdos, al" Soar cs pablcas nacionais que ineeniver a formacao e capactagao de generaista ou especalizado em ‘tenga0 Basioa 0 Sadde da Familia e coloquem # Atencfo Basica como alterativa atratva de caret | ATENGAO BASICA Atengao primaria & satide Distribuigdo do trabalho entre 8 profissionae: A equipe seu gestorprcisam defnir laamente os responsé- vveis por cada tarefa da unidade considerando as atribuigdes protissionais de cada um, seja de forma continua ov ‘om sistema do rodizio nas tarefas multidiscipinares, Gite cau eee Eien ore eto » Queixa aguda a ser classificada porrisco > Queixa aguda classificada para atendimento urgente » Queixa aguda a ser atendida no mesmo turno » Queixa classificada para atonder no mesmo dia, mais tarde > Vacinagao (programada ou checagem) » Primeira procura para vinculacao e cadastro na UBS/ESF. » Busca de receita de medicagao de uso controlado » Busca de pedido de exame de rotina para doenca especiica » Agendamento de consulta eletiva » Reagendamento de consulta com especialistana Rede » Busca de medicamentos ¢ insumos » Aplicacao de medicagao parenteral periédica | » Planejamento reprodutivo »Suspeita de gravidez a ser confirmada | » Curativo de ferida em evolugao > Coleta de sangue ou outro material para exame »Procura de resultado de exames » Consultapré-agendaca de cronicos (diabetes, hipertonsao,ete.) » Busca sem quoixa (‘check-up’) » Consulta pré-agendada de pré-natal, puerpéro, puericultura » Atestados médicos diversos » Participagdo em alividades de grupos pré-agendadas “> Inscrigéo em atividade de grupos, »Demandas que nao sao resolvidas na unidade (orientar) As alvdades do enfermeiro na ESFIUBS estéo desoras abaixo, mas é frequente que na etencdo bésica acabem assumindo, em devimento das alivdades especticas de sua proficsdo, arelas sobrotudo gerencais © logisticas que poderiam ser executadas por pessoal administrativo ou outros profissionais da UBS/ESF. & comum_ que 0s enfermeiros combinem para que cada um assuma larolas especticas como vacinas, curatvos, et. al6m | de suas demaisatibuigdes. A coordenacdo dos enferme'ros que trabalham na UBS pode ser deiida plo gest, mas idoalmonto deve sor colegada ou combinada ene eles. Multa demanda assistencal e pouca organizaqao, tomada a um exceee0 do tarofaeo procodimont taonicoe pode tomer «ettdade pare ulamente sakessantag frustrate, Para evtar desvios exagerados, precisam saber organizareplanojar seu tempo e trabalho, compart ihar¢ delegar arbuigdesinespoctteas © separar tempo para 2s aibulges privatvas do enfermofo na uniéade ena ESF. Mutesatvidades devom ser delegadas aos ausiarese tecnicos do onfermagem llados da USES Que podem ser capactados e superisonados para desempentalas com eliciencia 9 soguranca, Principais atividades da equipe de enfermagem nas Unidades Basicas de Saude > Acolhimento e orientagao » Acministragao de vacinas (p.41) Consulta de enfermagem de pré-natal »Rogistro, prontuétio > Administragaéo de medicamentos (ver) Consulta de enfermagem de puericultura > Organizagao do fluxo pagina 317) » Outras consultasprescriedes de enfermagem > Orientacdo incividual_»Coleta de amostras para exames _|> Orientagbes pos-consulta médica * Orlentagto em grupo» Desinfecedio de materiais ¢ superticies > Coleta de colpocitologico > Avaliagao de isco.» Aferigao de dads vitals (p.400) > Avaliago de ferida, prescricao de curativos > Agendamentos na UBS »Processamento, esteriizacao * Orientagdo de usuatios em grupos, > Agendamentos na rede »Dispensacéo de medicamentos » Supervisao do aula, tecnico @ ACS Vistas domicilares > Eletrocardiograma » Escala de trabalho da equipe de enfermagem >Curativos (p-380) > Orientago dos agentes comunitarios. |» Vigilancia epicemiologica e sanitaria »Paricipagdo na Educacéo permanente| Notiicacao de doencas de nol, compulsoria __ b-Vigilancia da satide do trabalhador ai a Consulta de Enfermagem: E ainda pouco usada em relacde ao seu potencial de resolutividade, Para favilla! sua pratica, deve estar prevista nos protocolos assistenciais e nas rotinas de trabalho da UBS/USF e ser respaldaca, pelo gestor municipal e pela equipe. E mais usada na assisténcia materno infanti, tanto no pré-natal como de uericultura, mas poderia ser mais usada na assisténcia ao idoso, adolescente, satide da mulher e do homem. 'Nos atendimentos da demanda espontanea, mesmo quando no for resolutiva, a consulta de enfermagem agliza a consulta médica por jé identificar problemas e riscos que 0 médico pracisara abordar. A disponibilidade de Cconsultorios para uso da enfermagem pode ser um problema nas unidades menores © sobrecarregadas, exigin- do agendamento previo e insereao da consulta de enfermagem dentro das rotinas de trabelho da unidade. Nas | Uunidades com prontuario eletrénico, este deve ter uma sistematizagao para consulta, clagnosticos e intervengdes de enfermagem que respeita 0s principios do processo de enfermagem (ver pagina 440). Essa retina deve ser adaplada as necessidades de cada tipo de atendimento para toma-la mais dinamica, eficaz e resoluliva dentro | do tempo disponivel. O enfermeiro deve procurar fazer sempre uma abordagem integral das necessidades do usuario e evitar ficar restrilo a tarefas protocolares da pratica assistencial ‘Supervisao de Enfermagem: Supervisionar, coordenar @ orientar o trabalho dos auxiliaras e técnicos de enferma- ‘gem @ atribuicao privativa do enfermeiro. Paralelamente, o enfermeiro das equipes de ESF faz também a coorde- nagao do trabalho dos agentes comunitarios de satide. A supervisdo deve ter caréter e foco na orientacao, ensino (com troca de saberes o experiéncias) 0 organizagao, tentando fugit do esteredtipo de chete autortéro, fiscal ou aucitor. E importante ser lider e referéncia prof'ssional para ser respeitaco, O treinamento e a supervisao a0 parli- cularmente importantes em procedimentos como curativos, administragao de vacinas e medicamentos parenterais. Deve-se ainda ensinar a equipe os principios, valores e diretrizes do SUS @ a visto intogral da assisténcia de satide 0s usuarios e familias, ajudando-os a entender a importéncia de seu papel dentro do grupo @ da comunidade. | | ATENCAO BASICA 21 22 ~Atengao primaria & sate ATENCAO BASICA ‘Atendimento da demanda esponténea (néo agendada): Sinalizar 0 caminho para o usuério da porta da unidade ‘20 ponto de acolhimento, Todo usuario que procura a unidade deve ser acalhido, o que envolve uma recepgao inicial por um auxiliar administrativo, auxiiar ou técnico de enfermagem, agente de satide, estagiérios ou recep- Cionista com fungao de "posso ajudar” que ouvem a demanda, conferem se 0 usudrio mora na érea adscrita, identiicam a equipe ESF responsavel e encaminham o usuario para o stor especifico (vacina, medicamento, curativo, coleta de sangue, farmacia, etc.) ou para o acolhimento com escuta qualificada feito em sala ou consul trio com privacidade que vai defniro atendimento necessario. Se a demanda for grande no momento, o paciente 6 acomodado numa sala de espera onde seu nome ¢ anolado e entregue ao profissional que est fazendo 0 aco- Ihimonto com escuta quaificada. Esse profissional pode sero enfermeiro, o médico ou o dentista que geralmente trabalham em escelas de turnos de algumas horas combinadas entre eles. O aoolhimento na UBS tem que ser Universal e nfo pode estar restito ao nimero de vagas para o dia ou a uma equipe isolada. A escuta identifica © motivo da procura e da a solugdo mais adequada e resolutiva possivel. Parte da demanda é resolvida com orientag&o ou agendamento como consulta programada para outro dia ou encaminhamentos adequados. Outra parte 6 resolvida pelo atendimento do enfermeiro © os demais casos precisam de consulta médica no mesmo dia Essa dinamica depende da demanda do momento e em algumas horas o paciente com quelxas menos comple- as pode ser atendido pelo médico em poucos minutos, pois ele estava disponivel. Mas é frequente que pacien- tas procisem de atendimento mécico quando toda a capacidade de atendimento do cia ja esta comprometida, 0 ue exige que os protissionais trabalhem de forma cooperativa, geralmente associando atendimento pelo enfer-| tmeiro e pelo médico, para ampliar a capacidade de atendimento do dia ou encaminhamento de grande nimero | 49 pacientes para as UPAS. Casos de urgéncia devem ser assistidos por toda a equige alé o encaminhamento adequado para UPAs ou hospita's. Classificagao de risco: Algumas Unidades Basicas com sobrecarga de demanda usam protocolos de classifca- ‘¢a0 de risco para os casos de demanda esponténea que vao precisar de atendimento médico no mesmo dia, mas ‘essa pratica é mais adequada aos servicos de uraéncia/emeraéncia @ seu uso nas Unidades Basicas € controver- ‘80. Ocbjelivo deve ser garantir o acesso, escutar, avaliar ¢ planejar um atendimento com a menor resolutvidade possivel. E muito mais eficaz que usar o critério de ordem de chegada como regra. Permite separar por criterios: padronizados de risco-vulnerabilidade-sofrimento os casos de erergéncias ou urgéncias dos casos agudos n&o Urgentes mas priortarios que devem ser atendidos no mesmo dia. O atendimento no mesmo dia pode ser no | ‘mesmo turno, com tempo de espera aproximado definido, ou agendado para mais tarde. O enfermeiro pode aco- | thor, avaliar, classifica rico @ vulnerabilidade, definirprioridade e tempo e orientar 0 usuario sobre alternatvas, | mas encaminhamentos de casos agudos para atendimento em outra unidade de maior complexidade devem ser | {eitos junto com 0 médico. A melhor solugao deve ser definida com a partcipagao do usuario, considerando seu | direito de ser atendido, a disponibilidade de recursos de atencdo no local, sua prioridade definida por critérios ol ricos de risco e vulnerabilidade e altemativas de melhor atendimento em outros pontos da Rede de Ateri¢ao local. | ‘Alondimento de casos agudos: O atondimento de Usuarios que procuram a UBS com alguma quelxa agua, | Vinculados ou néo a uma equipe de ESF dessa UBS, deve ser feito dentro dos critrios de acolhimento, acesso € classificagao de risco. Geralmente 0 atendimento de casos agudos pelos médicos concentrado pela manna, quando é maior a demanda, tentando deixar 0 pertodo da tarde preferencialmente para atendimentos programa- dos, mas com uma escala para atendimento de demanda esponténea durante todo o dia. Eviar uma abordagem simplista do tipo queixa-conduta, buscando individualizar ¢ abordar de forma integral ¢ humanizada. Quanto mais sobrecarregadas as agendas des médicos com pacientes em estado agudo, maior a importancia da avaliagao nici! do usuario polo entermeito (processo de enfermagem: queixas, historia, avaliaggo, dados vitals, antropomé- tticos, ete.) e de crientagoes complementares apés a consulta médica sobre o tratamento médico e prescrigdes de enfermagem. Esse trabalho em equipe aumenta 0 nimero de usuarios atendidos e a eticdcia da atengao. Ainda G grande o numero de casos de demandas agudas causadas pela baixa adesdo do usuario portador de doengas | rénicas como diabetes e hipertenséo, aos programas de controle especifios. A educacéo do usuario e a corregdo | dessa atitude para aumentar 0 foco na prevencdo e controle precisam ser um trabalho continuo de toda equine emer feEcinc "Como utlizar melhor 0 servigo ™ Agendamento de consulta ou visitas domiciiares (ESF) > Adscrigao e atualizagao do cadastro da familia > Orientacio sobre hbitos saucveis (vor p28) + Lista de sorvigos disponiveisna Unidade __»Expicacao de programas especiicos (diabetes, hipertenséo, etc, + Crienlagoes sobre direitos e deveres do usuario >Prolocblos e acdes especiticas por tpo de Usuerio/demanca »Vacinacoes em atraso > Acbes disponiveis em outros pontos e intersetoriais -ridentiicagdo de UBS e ESF responsavel pela area de sua residénci pie Pacientes em estado grave (classificacdo de risco de emergéncia ou urgénci femergéncia devem ser atondidos pelo médico imediatamente (0 médico interrompe o que esta fazendo para inicio atendimento), Pacientes classificados como urgéncia devem ser atendidos pelo entermeiro em até 10 minutos e pelo médico em até 30-60 minutos, Nas Unidades Basicas so tomadas as medidas iniciais de trata- mento, estabilizagao @ monitorizagao desses pacientes e quando sao necessarios cuidados de maior complex dade, 0 médico entra em contato com a Central de Regula¢ao que define para onde o usuario deve ser mandado ® providencia 0 transporte de ambuléncia (SAMU) com recursos adequados a gravidade do estado do paciente. Manter 0 paciente estabilizado e monitorizado ale a transferéncia. Visita domiciliar: E uma agao importante dentro de um plano de atengao pela equipe ESF de alguns tipos de Usuarios como os acamados ou com dificuldades de locomocao, doentes crOnicos sob cuidados especiais ou di- ficuldade de controle, pacientes recentomonte desospitaizados e ainda exigindo cuidados, mae e recém-nascido no quinto dia apos o parto, etc. Anecessidade do usuario de assisténcia, monitoragao, procedimentos ou orienta (g6es em visita domiciir deve ser preferencialmente combinada com ele e agendada pelo agente de sade, que também deve participar da visita. A vista é uma boa oportunidade de ouvir e conhecer melhor 0 usuario e sua familia no seu contexto familiar, cultural, social e de relagdes interpessoais, ambientais (saneamento, alérgenos, fontes de riscos, etc,). Além de proporcionar vinculos mais sélidos, a visita domiciliar methora a qualidade do diagnéstico om termos mais amplos @ do planejamento de intervencGes preventivas, curativas e de reabiitacdo, Atengao primaria a sade 23 Principais motivos de visita domiciliar ‘Buscaativa —_Acoinpanhamentos de casos especiais ou complicados| Situagdes especificas »Cadastrofatualizagdo »Gestagao > Hipertenso »Asma >» Acamados/domiciliados »Consulta especifica »Puerpério > Diabético »Tabagista _|> Vulnerabilidade social >Exame ou vacina > Recém-nascido »DPOC/Enfisema > Saiide mental |> Alcoolismo, toxicomar ~Falores de tisco > Crianga >Outras d. crénicas > Hanseniase |» Alta recente de hospital j | } | Controle de vetores _»Desnutrido__»Sintomas respiralorios »Tuberculose |» Campanha preventiva A visita domiciliar é a ferramenta basica de trabalho do agente comunitario de satide (ver pagina 16). Atengao domiciliar proiongada (desospitalizacdo ou internacao domiciliar - ver pagina 47): Difere da visita | domiciiar por ser uma tengo mais continua durante um periodo de tempo, para usuarios que sem esse tipo de culdado profissional precisariam ser internados. Sao geralimente pacientes recém-ospitalizados erm fase de | tecuporaae, reaoiiagao, compltan ratamenio ou em culos palatvos © que precisa des culedos Ja | familia com suporte dos profissionais de satide com a frequéncia adequada ao caso. Dependendo da estrutura | da Atengo Basica local, esse tipo de atengo pode ser prestada pela propria equipe ESF (médico, enfermeiro | ou do técnico de enfermagem) ou por equipe especitica de programas de Aten¢ao Domicliar (ver pagina 47), | | } | Frequentemente ha necessidade da atuaco de outros profissionais como fisioterapeutas, fonoaudislogos, psi c6logos, médicos especialistas, etc. Rotinas de trabalho nas visitas domiciliares: > Agendar e combinar 0 horério para evitar visitas recusadas ou que pa~ ciente/cuidader estelam ausentes. > Apresontar-se, identiicar-se formalmente, apresentar a equipe © expii- car 0 motivo da veita > Pedir autorizacao e licenca para entra. > Iniciar a abordagem com uma conversa mais social para criar vinculo. > abordar a familia, mesmo que hala uma pessoa que precise mais e soja © f0c0 principal da visita, Rever o cadastro da familia, identficando cada membro e sua sitvagao de salide com perguntas adequadas ao grupo (lactentes, criancas, adolescentes, mulheres, homens, idosos, etc) Se existe um paciente foco da visita (recér-nascido, paciente crénico Higionizar as méos antes e depois de cuidar dos paciente 6 t80 impor- lante em casa quanto no hospital > Avaliar situagBes locals de r'sco para 0 usuéro (saneamento, higiene, ‘condigées ambiontais, etc) e sua capacidade de pedir aluda ou socorro ((amiliares, vizinhos, equipe, SAMU, etc.) se necessario. > Fazer 0 plano terapéutico e plano de cuidades junto com o usuario ¢ sua familia ensinando, supervisionando, | treinando-os nas habilidades necessérias e corrigindo eventuais desvios notados. Orientar adaptagGes ou im- provisagbes criativas mas seguras, considerando os recursos do domiciio © da fa > Registrar as informagoes no prontuario da farilia. >Combinar visita de retorno e como proceder em caso de intercorréncia ou agravamento do quad. Rospoito a autonomia e cultura do usuario: O protssional de sade deve se comportar como uma visita. Quando ‘possivel, agendar antes por telefone ou através do agente de Saude, escolhendo uma época e hora apropriada. Respeitare aceitar a cultura, valores, crengas e comportamentos das pacientes. € importante no fazer jlgarmen- tos dia valor a ter cscarnimento para interterr apenas em questoes relavantes para a salide. Ao sugerir mudancas, ‘em assuntos como higiene pessoal, limpeza da casa, controle de riscos, etc., lembrar que voc® esta na casa de uma pessoa e que nao tem autoridade para dar ordens ou impor ideas. Construir junto com o cliente o plano de ‘agio ou de cuidados, usando orientagGes, conselhos e sugestdes com argumentos objetivos e respeitosos. Na produgao dos cuidados de satide na visita domiciar os protagonistas S40 os clientes e a familia @ 0s profissionals, de sauide tém um papel coadjuvante e complementar. As ages devem evitar aumentar a dependéncia do usuario | e procurar aumentar sua autonomia e capacidade para cuidar de sua vida, sua satide ¢ a de seus familiares. | Seguranga profisional: enfermet e demas pofsionais do sade podem se colocar em siuagies de risco | ‘em vistas domicliares. € recomendave| manter o telefono celular programado para chamadas répidas para a coordenago do servigo em que trabalha, outros protissionais da equipe, policia e servigos de emergéncia, Avi- sar a coordenagéo coniral a agenda de trabalho, lista @ contato dos usuarios que serao vsitados, Em areas de alta criminalidade, evitar visitas sem acompanhantes da comunidade. Diante de uma situacao real de risco ou hostiidade, desistr da visita, formar o supervisor da érea e reagendar nova visita de forma mais segura ou oriar | condigées para o atendimento na UBS. Alguns aplicativos de smaripfione tomam possivel o compartihiamento da | | Posigde GPS ente os profsionais do grupo e podem ser uma aleratva para aumentar a seguranga da eqube | Confidencialidade: Evitar comentar com outros sobre aspectos pessoals ou de satide de outras pessoas 20s |, | “quais teve acesso durante sua atividede profissional, Meso noticias socials a vizinhos, amigos ou parentes | sobre as condigSes de um usuario devem tespeitar a contidencialidade e se limitar ao oue for autorizado por ele. | Intervengao ‘AO BASICA TTodavia, 0 profissional deve relatar & equipe de satide as informacdes importantes para a assisténcia do usuario! | (Tj familia alem da obrigacao legal de comunicar & autoridade casos de indicios de maus-tratos, violéncia, abuso ou | igéncia contra pacientes, sobretudo contra criangas, idosos e pessoas mais vulneraveis. \q 24 Atencao primaria a sade ATENGAO BASICA Intervengao Trabalho em grupo com usuari Reuniéo de grupos @ uma das ter ramentas de trabalho mais efica- es na atengdo primaria para troca de informag6es @ experiéncias de pprevencao de doencas, mudancas de habitos nocivos a sate (ver pagina 28), ensino e aprendiza- gem de técnicas de autocuidado ‘sobre doencas crénicas (ver pagi- nna 20), etc. O enfermeiro com ca- ppacidade de organizar grupos de trabalho 6 sempre visto como um profissional diferenciado dentro da atencao basica e geralmente assume um papel de destaque na equipe. A escolha do tipo de grupo (tabela abaixo) deve Considerar a demand, tipo de populago-alvo, disponibilidade e experiéncia dos profissionais que ccordenam parlicipam do grupo, espaco e tempo disponiveis para as atividades em grupo, etc. ieee po | Vantagens ou catacterfsticas Desva a Se NRA \Variablidade da duragao, Rolatividade dos participantes|Conteudo precisa ser repetido para o ini- que podem comecar ou encerrar sua partcipaego em) ciante, o que pode desmotivar os parti Grupos cue’ rauno imie pelo espapodapoiveh Page| pares artoas. Eessencal consegur usar a experiéncia dos mais antigos para ajudar os| a participacao dos usudrios antigos para | mats novos, Vor exemplce no quad abaio.-—-|_tarsferconhocimonto aos noves, ‘Mais facil de fazer acontecer. Independe de agenda aso, = San tonto prevo.eeepago espocten,Axsuno escoluso|Rovseoem precisa oer rida © oi, Grupo de | for comvonincia pelo ipo de vausro predominane,| oT Gaaiia de contnuidade, Far sole se Sve levered raha faa elevate no mo: Basso G0 usutra@, ntronoa pl mento (exemplo: dengue, vacinagao de idosos, pre- ‘vengao de cancer de mama ou de colo, etc.) 'Permite um plano de reunides sequenciais com roteiro © Grupos | contetdo definidos. Tém inicio e fim previstos com 0s, Me fectados | mesmos partcipantes. Continuidade sem repeticao de, OPagHo. Desssténcias podem destalcar |. contetido. Melhor vinculo pela convivéncia. ee Sees =a ‘}Pequeno nimero de pessoas para controle do mesmo|Perda de privacidade. Precisa individua- Consulta | tipo de doenga @ nivel de complexidade. Perguntas| lizar a abordagem dentro do grupo. im- oletiva | sobre evolugao sto coletivas, respostas e abordagens| portante evitar pessoas incompativeis no cidade. Exige frequéncia e continuidade de parti- ‘oucom- | individuals. Permite ao usuario aprender também com| mesmo arupo. Nao deve substituir a con- partilhada| seus pares monitorados pelo profissional. Aumenta| sulta individual e sim ser complementar a eficiéncia do uso do tempo, cla dentro do plano de cuidados, Na pratica, os grupos abertos @ os de sala de espera so os mais usados © Principais vantagens do trabalho em grupo: Mor eficécia como medida complomentar das atividades assistenciais da unidade ao trabalhar simultanea- mente com varias pessoas, permitindo interacao e troca de experiéncias, vivéncias e conhecimentos entre elas €.08 profissionais. Os membros do grupo tendem a se apoiar mutuamente, > Melhorar 0 vinculo do servico de salide com a comunidade e estimular a relagdo social de cooperagao entre 0 usuarios. » Melhorar a autoestima dos pantcipantes com o aumento de sous conhecimentos e habilidades. Pode acontecer em outros locais como escolas, creches, igrejas, etc » Ajudar as pessoas a conhecer melhor conceitos de promocao de satide em éreas essenciais como abordagem para parar de fumar (p. 150), reeducacdio alimentar para pessoas com excesso de peso (p.147), parar de beber, atividade fisica regular, orientagao farmacoterapéutica, controle de estresse, etc. > Melhorar a capacidade de autocuidado de doencas cronicas (tabela abalxo), Incentivardy w aulonomia e a ‘corresponsabllidade do usuario por sua satide (empoderamento). » Promover e orientar 0 aoesso dos usuarios aos recursos da Unidade Bésica, Satide da Familia e da Rede de ‘Atengaio estimulando também a construcao de uma rede de protegdo e cooperagaio dentro da comunidade. > Melhorar a adaptacao de doentes crénicos, ajudendo-os a conviver melhor com a doenga, minimizar seus da- ‘nos, aumentar seu controle com autocuidado e estimulando sua adesdo ao tratamento, >Criar um ambiente de participacao e de feedback do usuario em relacdo aos servigos de safide > Faciltar a conscientizagdo, mobilizagéio e participacao da comunidade na solugao de seus problemas de sade seus determinantes socials, como proposto pelo SUS. > Mais eficiente em termos de custo-beneficio ao permitir que o saber de quem cuida seja transmitido a muitas pessoas simultaneamente, além da troca de conhecimento entre os partcipantes. »O usuario aprende também com a opinido e experiéncias dos outros pacientes (saber de quem se culda). > Identificar demandas especificas que necessitam de atendimento individual (imediata ou agendada). Some ee cae ke ound {aceis de implementar. Hipertensos rExcessodepeso --Gestantese nutrizes > Orientagao farmacoterapeutica Diabeticos »Abuso de alcool » Apoio psicolégico. Portadores de parasitoses e anemia »Fumantes >Puericultura »Depressiio e ansiedade _»Relaxamento e controle do estresse ridosos > »Adolescentes Gindstica 0 atividade fisica » Usuarios de medicamentos controlados | ~Climaterio _>Doencas respirator > Planejamento reprodutive »Sadde do homem (ou do trabalhacor) _| T" r ee50axeeeee ec Atengao primaria a sade 25 Formagio e planejamento dos grupos: Formar grupos de usuarios com um mesmo problema, caracteristca | ‘ou doenca eréniea. E necesséio planejar © organizar 0 grupo ¢ ter uma estratégia de como os trabalhas serdo | onduzidos, Abr lista do usuarios interessados em cada tipo de grupo com seu endereco, telefone, e-mail de Contato, agente comunitario da area, etc. Definir previamente 0 numero minimo de participantes necessarios | para iniciar as atividades do grupo. E trequente que o mesmo cliente pertcipe de varios grupos, como diabetico | ® hipartenso, controle de estesce,alvdade isica e excesso de peso. Todos os profissionas da equpe (agentes | Comunitarios, enfermeiros, tecnicos e médicos) devem ajudar a identificar os usuérios-alvo, convidé-ios para participar do grupo e fazer sua inscricdo na lista. Usar cartazes com a lista de grupos nas salas de espera @ nos | quadros de aviso das Unidades Basicas. Os convites podem ser feitos tanto durante o atendimento como por | busca ativa pelo Agente Comunitan. | >E importante estabelecer 08 objetives, poblico-alvo, planejar alternativas de métedos de trabalho @ defini fr- | mas de avaliag&o dos resultados. | Ter um roteio basico, agenda (data, hora, espaco lisico) ¢ material didético pedagogico para cada toma. Os horérios devem ser adequados & particinaco do publico-alvo e o local deve ser acolhedor e garantir priva- cidade necessaria, considerando o tipo de tema a ser abordado, >Preparar 0 conteudo, materiale alternativas de metodes @ técnicas com a parlcipagdo de toda a oquipe (mé- dico, enfermeico, tecnicos @ agente de saide). O tScnico de enfermagem pode tor um papel de desiaque nos ‘rabalhos em grupo. Sempre que possivel, envolver o dentista da unidado e os profissionais do NASF como Nutricionista, psicblogo, fisoterapeuta, etc. »Definir 0 coordenador do grupo e um assistente com atividade complementar ou substitutiva em caso de impre- vistos @ estabelocer 0 papel dos demais membros da equipe ou de prcfissionais do NASF convidados. | > Garantiro atendimento de eventuais urgéncias detectadas no grupo (ex. crise hipertensiva em grupo de hipertenso, etc.) ‘Técnica de condugao da reunigo: | >-Apeser de haver objetNvos denidos e rotelro basico (temas principals Gaquela reuiia), @ conducao da reuniso pode ser drigida para as necessidades e prioridades dos partcipantes ou dos que surgem na dindmica da reunio. > Apresentar-se e pedir a todos que se apresentem. Combinar com todos o siglo das informacoes contidenciais ‘comparthadas, Pedira todas que ajudem a lazer respeitar 03 horarios combinados. > Usartécricas pedagogicas adequadas priorizando a participagao das pessoas na adaptapao dos conceitos de salide & realidade e cultura. Encorajar ¢ estimular os particinantes a falar mais que o profissional. 0 coordenador deve saber fazer perguntas abertas e dirigidas para o grupo e aproveitarafala dos partcipantes | para destacar as partes mais importantes e ajudar as possoas no questionamento @ visdo critica de colocagoes | Usar conceltos da abordagem cognitiva comportamental e de técnicas motivacionais para orientare incentivar mudangas desejaveis de habitos e comportamentos (ver tgonicas na pagina $2). » Adaptar a linguagem e abordagem dos temas a escolaridade, idade, participacao no grupo, perfil de risco, etc. > Usar formas cralivas de abordagem, com jogos e brincadeiras que incentivem o envolvimento, aproximago entre 0s partcipantes @ 0 protssional, Brincadeiras e jogos incontivam o faciitam a criatvidado, escolhas, crt- as, nocdo de solucdo, regras, representacao da realidade, contextos da vida, etc. Também podem ser usadas t8cnicas pedagégicas formais como exposi¢ao dialogada, apresentaco audiovisual seguida de debate, tes- fomunhos pessoais, mesa redonda, otc. Podem ser uteis altornativas como trabalhos manuais, teatralizacao, simulagées, discussao de caso de um exemplo inventado, passeios culturais, saidas-vsitas, avidade fisica Coletiva, sessdes de relaxamento, etc. >-Além de pontualidade para comecar, é importante ter um tempo detinido de duragao (cerca de uma hora) »E aconselhavel manter lio de registro de presencas e anotar a paricipacéo no prontuario dos usuérios. (See ene ee ee) is didaticos para apresentacdo @ impressos podem ser de grande utiidade. Sempre que possivel, associarinformagoes orais ¢ escrtas. Material impresso: Texto padrao redigido previamente em computador para ser editado e adaptado ao tipo de Usuario, impresso e entreque na hora. Dar pritidade aos folhetos, folders, panfietos,lvretos pré-impressos criados pelas secrotatias municipais, estaduais ou Ministerio da Saude (solcitar previamente). Material didatico: Cartazes com modelos, diagramas, ilustragdes, fotos, exemplos, etc »Aulas para projegao (tipo Power Point ou sfides) a ser projetado ou mostrado na tela do computador. » Videos gravados ou links de Youtube para passar na hora da reunido ou na TV da sala de espera. Pasta com fotos, ilustracoes e material escrito para apresentacao individual. > Materiais para demonstragao: manequins, seringas, sondas, bolsas de colosiomia, medicamentos, equipamen- tos médicos de uso domiciliar,aeross0), etc, se possivel igual ao que sera usado pelo cliente. > Malorial didatico para o cliente consultar em casa. > Recursos de internet: textos para imprimir, sites de orlentacdo, blogs de grupos de apoio, videos (Youtube). > Sugestdes de livros especificos para comprar ou pegar emprestado. » Referéncia: contato ou enderago de grupos de apoio especiico Vacinas: As técnicas e calendérios de vacinacéo estiio na pag. 41. As inlormagdes sobre cada tipo de vacina esto nas pags. 640 a 644 da parte de drogas. O profissional da enfermagem ainda culda do registro de vacinagdes, conserva G80 © controle de estoque e dos prazos de validade, preparo da unidade e equipe para os dias de campanhas. Tam- ‘ corresponsavel pelo acompanhamento e notiicacdo de efeitos adversos relacionados a vacinas. No relator. nual, a taxa de cobertura vacinal da populagdo adscrita deve ser um dos critérios de avaliacao da equipe e unidade. ATENGAO BASICA : 26 Atengao primaria a satide ATENGAO BASICA ‘Gesiao de lista de espera: Geralmente existe excesso do demand e lista de espera para exames, procedimen- | tos, cirurgias e consultas especialzadas. Os profissionais devem entender essa limitacao e fazer 0 possivel para ‘eumenter a resolutividade e reduzir os eneaminhamentos, usando recursos do NASF e contatos diratos com os | Centros especializados, As las devorn ser gerenciadas por uma lista proferoncialmenteinformalizada com entrada 0s dados do usurio e demands feita na UBS. Quando 0 agendamento for contirmado, 0 usuério 6 avisado por telefone ou por visita do agente comunitério de satde. Em alguns locais o paciente precisa pegar a guia na UBS ‘antes de ir & consulta ou local do exame ou procedimento. Apesar das dificuldades de agendamento, ¢ grande 0 incice de nao comparecimento ao atendimento marcado e, por iss0, a otina de confirmar nos dias anteriores seo paciente vai comparecer ou se a vaga pode ser liberada para outro cliente aumenta muito a eficiéncia do sistema, Gime eee ee ee) >Gartiologisia -*Offalmologista_—rMastologista » Ortopecista 3 ~ >Citurgiao geral + Gastroenterolocista >Cirurgia eral > Geriatra’ |r Ecocardiografia > Memografia Ci, Vascular *Angiologista ==> Reumatologista > Holter >Colposcopia » Gestagao alto risco » Urologista ~Neurologista > Endoscopia alta ~ Gestéo de caso: € um trabalho incvidualizado de tratamento do pacientes com combinagéo de doengas erbnicas complaxas e de alto sco, complicagbas, internages prévias associada a diticuldades ou limitagao de capaci de de autacuidad e apois familiar. © paciente tipico que precisa de um gestor de casos apresenta mitiplas con aides, como cardiopata isquémica, sequelas de AVC, preumopatiacrbnica, complicagtes graves de diabetes (rotinopatia, pé diabético em estado grave, distungao renal, et.) limitagao de locomogao. Além disso, toma de @ forma iregular varios medicamentos de uso continuo (polifarmacia)prescritos por diferentes proissionas, con- sulta varios médias em pontos de atengto dispersos na Rede de Aten. © gestor de casos pade ser qualquer proiosional de eaido do nivol euparior(geralmente ecoolhigo om uma reuniso da oquipe com o NASF), Fraquon: temente o um enfermeio ou assistente Socal que assume essa fungao. Seu objetivo & coordenar um plano con. junto de cuidados junto com os pafisionais que cuidam do paciente e com paticinagao ativa dele o da familia. Perse eres > Garant assistencia de qualidade adaptada ao paciente »Criar plano de cuidados muttiprofissional/multisservigo » Acelerar procedimentos e exames mais complexos ~ Coordenar a acao de diversos pontos de atencao > Fazer isla de problemas, necessidades e expecialvas | » Aludar a defini metes,prioridades e responsablidades ~Darsupore a0 pacertera acento ao vaterento » Ajudaro paciente e familia a organizer 0s cuidados > Auxiliar na comunicacéofintegragao entre profissionais. + Aumentar independéncia e autonomia do paciente + Olinizaro uso dos fecuisce de eatde da coriunidade ~Ajudarna formagao da ede do suportefaiiar |) + Evitar desperdicios, sobrediacndsticos, sobretratamento » Retorcar vinculo do paciente com os médicos + Monitorar situacdes de risco e seguranca do paciente > Obier suporte de assisténcia sociel quando preciso ~Ensinare orientar rotinas de autocuidado »Prever alendimento para complicagoes agudas Procedimentos: Uma série de pequenos procedimentos médicos, de enfermager, adontolégicos, etc. deve ser feitos nas Unidades Basicas de Saide. > Culdados com estoma > Eletrocardiograma ‘> Girurgia de unha tipo cantoplas > Cateterismo vesical de alivio Gitopatol6gico de colo uterine »Cauterizagao quimica de pequenas lessos = > Curativo especial STriagem oftalmolosica > Drenagem de abscessos * Exame de pédiabéico Teste rapido de gravidez > Exérese, psla, punto do tumores superiials > Retirada de pontos do crurgla »Tesle rapido de HIV >Tamponamanto de opstaxe = > Adm. medicament oral > Teste rapido de hepatite C. > Infllragao de cevidace sinoval * adm, medieamento parenteral > Teste rapido de Sis > Retrada de corpo estranho nasal ou de ouvido Adm: medicament inaatorio > Glcemia capiar "> Remogdo de corpo estranho no subcutaneo | ~ » Adm. medicamento topico > Retirada de cerimen __ > Sutura smples ~ PonilinalM eile droumibic) + Cotta do material pars exame }e > Administragao de vitamina A > Coletade teste “do pevinho" me = Tira er egies HES as Sates cn For Se eG es Eta eclppemmeepterr See eee ee ee eee ee eee ree cen ice Se ee et cetes Oesine, ciate ae oe ae » Medidas de redug4o de problemas emocionais, estresse, ansiedade, conflitos, etc. see ee ee ee i ex ander Hoorn Sat aed : | Integragdo e articulagao com os profissionais de outros niveis de assisténcia: O contato entre os profissio- nais da Estratégia de Sadde da Familia ou da rede basica com especialistas @ pessoal da rede de emergencia ‘ou hospitalar para trocar mais informacaes sobre o usuario reduz a necessidade de internagées, exames comple entares, faciita a desospitalizagao do paciente Internado, permitind 0 uso do leito hospitalar por outro paciente que realmente necessite dele e diminuindo o risco de infecgdes @ outras complicagdes hospitalares. Esse contato. pode ser escrito, telefénico, por e-mail, conversa pessoal ou através de informagdes em relatérios, encaminha- mentos ou prontuario eletrénico, desejavel que a situagao do paciente internado ou atendido em salas de ‘emergéncia soja discutida periadicamente entre os profissionais de sadde que cuidam dele durante a assisténcia. secundaria ou tercidria 0 o pessoal responsavel pela assisténcia basica. A falta desse sistema de referéncia © ‘contrarreferéncia é atualmente um dos pontos mais falhos da estrutura do SUS. ' - I __Atengdo primaria a sade 27 {A qualidade © a produrvidade dos servgos prestados pela equipe ov unidede devem ser avaliadas pelo menos anualmente através de relatorios e instrumentos de avaliagao padronizados que analisam os resultados ‘bios om relagan as molasprodefnidas, a acsstonca oferocid o aos recursos Ullzades. ‘Acesso: Percentual de usuéris que procuram a unidade que tem seu acesso garenido,acohimento profissional 2 solugfo ou encaminhamento correo de seu problema com bom nivel de sastagao. Recolutividede: Percontual de casos reslvidos salsatoraments na USSIESF @ d9 casos ancaminhados para especialistas,nospills, exames clagndstoos, oo, buscando a meta de 80%/20% Ee ck ck Eee ek nsisisca > Aumento do nmerode atendmentos. > Gestao correta e maior aproveitamento do agente comunitario, > Aumento da resolutividade > Queda da medicamentalizacao > Atividade de grupo (ver pagina) > Numero de visitas domiciliares (referéncia 1 VD/10 consultas comuns) > Numero de pequenas cirurgias e procedimentos na unidade »Humanizagao, acolhimento respeitoso e cordial, tratamento pelo nome | »Consultas de enfermagem > Identificagao protissional, uniforme, cracha, cartéo de visitae telefone | » Procedimentos e curativos no domicilo. » Horas/pessoa de ecucagao continuada (Telessauide, video, cursos, ete.) »Cumprimento da carga horaria »-Acess0 ampliado (nao fechar no almogo, abrir até 21-22 horas ou sébado) -rEstabelecimento e cobranca de metas_» Ambiéncia, limpeza, comunicagao visual, deco ‘Operacional: © enfermeiro, mesmo quando ndo ocupa o papel de gerente da unidade, deve ter uma observacao critica da dindmica do trabalho para identicar dficuldades e gargalos,risoos para o usuério. Buscar e organizer ‘dados como avallacéo dos clientes, reviséo de prontuérios, tabulacao e relatérios de estatistica de atendimentos, Tesolutvidade, nimero de visitas domicilares, reunides de grupos, reunides de equipes, discussao de casos, ‘ages de vigilancia, etc. Avaliagao institucional sistematizada: Para equipes que voluntariamente aderiram ao PMAQ (Pronrama Nacio- nna de Melhoria do Acesso e Qualidade da Atengao BAsica), 0 processo de avaliagao associa uma autoavaliacao elas equipes e gestores locais (sistematizada pelo Ministerio da Satide na AMAQ (Autoavaliagao para Meihoria do Acesso e da Qualidade da Ateneo Basica) que se soma a uma avaliacao protissional externa e ao nivol de Satistagao dos usuarios. Esse sistema usa indicadores e padrées preestabelecidos da qualidade e desempento | das Equipes de Atencao Bésica, classilicando-as como otima, boa ou regular. Uma equipe 6tima recebe cerca de | 440% mais recursos financeifos mensais que uma equipe classticada como regular. Sie ee ee eer) * Gestao da Implantagao da Atencao Basica no Municipio» infraestrutura e equipamentos da Unidade Basica de Sade + Organizagdo e integragao da Rede de Atencao local | Insumos, medicamentos, imunobiolégicos » Gesttio do trabalho, desempenho, produtividade _|-Perl,formacdo, experiéncia, resolutvidade das equipes > Parisipagio, controle socal, satistagdo dos usuérios, CMS ~ Organizacao do processo de trabalho »Apoio gerencial, supervisao, dialogo, suprimento, etc. ~Integralidade da atencdo & sade | >» Edueagae continuada, capacitagao > Participacéo, controle social, nivel de satistagao dos: onitoramento e avaliacao (indicadores, controle de produgao e entrada de dados para indicadores so feltos [IN com base em relatérios oficiais, preferencialmente onfine, com madelo, | fluxos e prazos estabelecidos que servem para controle da execugao or- ‘gamentaria, aplicagao dos recursos alocados © cumprimento de metas Pactuadas entre as trés esferas de gestéo (municipal, estadual e SUS) dados locais deve ser divulgados de forma transparente para a co- munidade. Os dados estaduais e federais so consolidados e divulgados. Nos “portals de transparéncia’. Avaliagio do usuario: Busca ativa (entrevista) e passiva (canais ¢ caixa de reclamagdes/sugestdes) da opinizo do usuario sobre 0 acesso, acol Trento, qualidade do atendimenio, tempo de espera, encaminhamentos, acompanhamento apos encaminhamento. Essas informagoes devem ser ‘organizadas pelo gestores e discutidas com as equipes, envolvendo a co- munidade e os conseihos locais de sauce. a Avallacdo dos resultados: Avaliar 08 indicadores quantitativos e qualitativos em relagdo ao que foi proposto na PPI (Programacao Pactuada ¢ Integrada de Assisténcia de Sade), Avaliago dos processos © resultados dos trabalhos em grupo: »Nimero de reuniGes sobre ciferentes temas e continuidade > Frequéncia nos encontros e retonos aos encontros sequintes (taxa de abandono em reunides sucessivas) > Satisfagdio dos participantes com os temas abordados, métodos empregados, ambiente, integracao com as pessoas, qualidade das informacbes, conhecimentos e hablidades adquiridas. » Resultados em termos objetivo (nivel de controle de pressdo arterial ou glicemia, perda de peso em obecos, taxa de abandono de tabagismo, adesdo ao tratamento e exames preventivos, etc; subjetivos como melhora da autoestima, autonomia, qualidade de vida, redugao de complicagdes, internagies, etc. 'Conteddo de referéncia ASICA ecoox com bent ‘ganizagao Pan-Americana ga Saude, 2011 Lemos A’et all. Enfermagem na Alongto Bésiea de Sade e Estratégia Séude da Famili In: Figuoied NMA sta. Cuidados de Entermagem Mécico Cirirg cca. Volume il p.2381-2408. Sao Pavio: Roca, 2012 | ‘Mende EV. As redes de atencdo & sadde. Brasilia: Or- roo Sate a er Sil ‘Ministerio ds Saude. Marual de Esinutura Fiioa das Una: des Bisicas de Saide. Brasilia, 2006 (cisponivel on-ine). | Ker ‘OPASIOMS, Renovagao da Atencao Primavia em Saige nas ‘Américas. Vinashington, OPAS. 2007. ‘Souza MOM ia NC. Enfermagem em Saude Colatva. CMR & Herta NC. gem om Saide Cobtva. | [am] Rio de Janeire: Guanabara Koogan, 2012. ATENGAO B. 28 ATENGAO BASICA "| dados com doengas cronicas ja instaladas, Essas aodes de promocao de wal) | Primaria que as ages de promogo de satide so mais importantes e fre- __ORIENTAGOES DE PROMOCAO DE SAUDE Ersiar orienta © aconselar slo ogdes blsias do profissional de Be ec omro eda ron ances tothe see aunt ote sobre habitos saudavels, medidas de promoeso de saude, identiicacao © ll Kill ==“ lay may recap a tht Ga aco provengt de coencas comma altar salide independem de um diagndstico de enfermagem e podem sor feitas de forma genérica em qualquer oportunidade. Na pratica, 0 enfermeiro & outros profissionais de saiide exercitam essa habilidade em diversas situ- ‘ages, inclusive socialmente com amigos e parentes, mas & na Atencao quentes. Mais importante que 0 contetido, 0 enfermeiro precisa aprender ‘como transmitir esse conhecimento de forma eficaz, procurando ajudar os pacientes a methorar sua capacidade de se adaptar a sua realidade de for- ma mais saudavel, respeitando a cultura e realidade local Aconselhamento de habitos saudaveis e de promocao da satide: Con- ceitualmente, de modo muito amplo, promogao de sale significa promover qualidace de vida, reduzirriscos vulnerabilidades relacionados a habitos, ceterminantes sociais de doenga, condigbes de trabalho, habitagko, ‘educacao, lazer @ acesso a bens e servigos assistenciais. Essa intervengao precisa comegar pelo entendimento {dos habitos do paciente considerados inadequados @ sua sade dentro do contexto social ¢ cultural de sua co- ‘munidade para ajudé-lo a escolher as meihores alterativas de mudancas, procurando aproveltar ao maximo os ‘conhecimentos do paciente e daquela comunidade. Na pratica, a promogao de satde dentro de uma comunidade inciui uma série de ages centradas na Atengao Primaria (Estratégia de Saiide da Familia, Unidades Basicas de Sadde, visitas domicliares — ver pagina 9) ‘corte a cada consulta, avaliago profissional ou visita domiciiar. Essas ages so ainda mais eficazes quando tealizadas em grupos tanto nesses locais de assisténcia de salide como em outros espagos como pragas, igrejas, centros sociais, escolas, cooperativas, associagdes © empresas. Outra estrategia importante 6 aumentar a participagao da comunidade na solugo de problemas coletivos com sérias repercussoes na saue e qualidade de vida, como problemas de saneamento, areas de risco, seguranca no trabalho € no trénsito, violéncia doméstica e na comunidade, poluigao, transporte piblico, habitacao, além da ualidade da assisténcia basica local de satide como descrto no capitulo 434. » Alimentagao saudavel Abandono do tabagismo »Prevencéo da acidentes de transite > Atividade fisica regular Controle de excesso de peso Combate ao consumo nocivo de alcool »Prevencdo da violéncia ¢ estimulo a cultura da paz »Prevencéo e tratamento do uso de drogas No plano individual, sobretudo na atengao basica, o enfermeiro deve adotar como rotina ajudar o paciente 2 identicar @ enumerar seus habitos insalubres @ fatores de risco de doencas crénicas. Explicar como eles ‘aumentam a chance de adoecer, ameagam sua qualidade e reduzem sua expectativa de vida. De uma maneira Hipertensao arterial (p. 124) > Alcoolismo e cirrose »Coronariopatia eronica »Obesidade (p. 141) > Insuficiéncia cardiaca Insuficéncia renal e didlise AIDS Asma e doenca pulmonar obstrutiva erénica (p. 186) _ > Transplantados (renal, hepatico, cardiaco, ete) 1 Sequelas incapacitantes de doengas neurokigicas ou trauma » Alzheimer e outras daméncias do idoso Aiguns enfermeiros se especializam em trabalhar preferencialmente na orientago de doentes crénicos ou portadores de necessidades especiais. Seu objetivo deve ser ajudar esses pacientes a compreender e controlar melhor sua doenca, treinar habilidades especificas de autocuidaco, antecipar e evitar complicagées e reterdar @ progressao da doenga. Guanto maiores as limitagBes (motoras, cognitivas, cultures, etc.) maior a importéncia da rientagao ¢ treinamento dos pacientes, de seus familiares ¢ outros cuidadores envolvidos. Orientagées de promocao de sade 29 ~~ | Abordagem do risco cardiovascular: Um dos principals riscos de morrer ao longo das 5°, 6° e 7" décadas da Vida so as doeneas cardiovasculares isquémicas como angina instével, infarto, coronatiopatia, morte cardiaca sibita, insufciéncia cardiaca por dcenca coronariana e acidentes vasculares encefalicos. Essas doengas pos- | suem fatores de risco bem determinados como a hipertensao, diabetes, dislipidemias e tabagismo que precisam _ | ser identiticados o atastados. Calcular de forma objetiva o nivel desse tisco como descrito adiante na pagina 39 permite planejarintervengdes indivicuais ou coletivas mais eficazes para as pessoas com maiot nivel de rsco. eorex cere ese nace eee cee % Pewadetalea cet carer ean | Hipertensfo arterial (ver p. 124) _Conirolar a hipertensao as fearon mafic once |Redvzr os niveis de calesteol tal @ Coen eee ‘ de LDL ou reduzira relagdo LDUHDL HTabagismo Werp.760) _[Pararde fumar celerminaiaince as IECA e B-bloqueador ide queda dorrsco [Drogas redutoras de mortatidade AGRA, IE maveior quando Tntervencdes |Diabetes e ré-clabetes (ver p.130) __|Controle adequade da doenca | reduzem 0 risco de Atividade fisica Implantar programa de atividade regular Classe II | forma indirota, mas 'Sobrepeso e obesidade (ver p.14i) Reduziro peso, manter peso ideal stodeadesdoe Dieta inadequadaec alcool Dieta saudavel” Uso limitad de alcool & |_ eficécia mais baixas Infiamacao cronica “Identificar e trata olagio em estudos (Menopausa Feeposicao hor Classe ni) °bSetvacionais, Deticiéncia de micronutrientes _Suplem: agao___ ‘mas sem consen-_Estresse continuo, raiva ou depresséo Intervencbes diversas 30 sobre ser causa Noves maicadoves bioqulnicas v yunclioas 9 | __Alguns fatores de risco no sao modificéveis (idade, sexo, genética familia), outros exigem mudangas de estilo de vida dificels de serem implementadas de forma permanente, como perda do excesso de peso, alividade fisica | regular, dita adequada e saudavel. Outras intervencdes podem ser mplementadas de forma mais eficaz por protis- sionais de saude e tém grande impacto na redugéo da mortalidade. Entre elas se destacam o controle da hipertenszo arterial, redugo dos niveis de LDL, aumento dos niveis de HDL, parar de fumar, evitar ou controlar adequadament |_o diabetes, usar droga redutoras de mortalidade quando indicadas ¢ evitar 0 consumo imoderado de alcool. Na entrevista e no exame fisico do paciente, o entermeiro deve procurar conhiacer bem o cliente, seus proble- mas de satde, necessidades, crengas, visdes, situaco familiar e social » Perguntar sobre seus habitos de vida relacionados com a saiide, seus fatores de risco para as principals doences, | doengas crdnicas jé dlagnosticadas e qualidade do autocuidado com essas doengas (sobretudo as listadas acima), | > Perguntar sobre habitos nao saudaveis como tabagismo, sedentarismo, falta de controle da hipertensao ou diabe- tes, alimentacdo inadequada, uso imoderado do alcool, exposigaio a riscos de violéncia, etc. > Elogiar os pontos em que o usuario tem se saido bem e listar 0s problemas, dificuldades e obstaculos apresenta- dos pelo paciente e o que pode ser melhorado. Eee Oe eee eens >Tabagismo (15-1874) > Inatvidade fsica (18-40%) > Alimentagdo néo saudével (60%) > Excosso de dlcool (17%) )> Sobrepeso/obesidade > Mamogratia >*Gitologia de colo de Gtero Exietom divereoe diagnéeticos de enfermagom que podem estar relacionados @ orientagSes e aconselhamen- tos de salide do paciente saudavel, dos pacientes sem dooncas diagnosticadas mas com fatores de risco e para pacientes com doengas cronicas que exigem capacitacdo para autocuidados, ‘Autocontrolaineficaz da sade (00078) » Controle familar ineficez do regime terapéutico (00080) »Sobrecarga e estresse (00177) » Controle comunitaioineficaz do regime terapeutico (00081) » Disposicéo para nutrigéo melhorada (00163) __» Disposic&o para estado de imunizagao melhorado (00186) | > Disposiedo para enfrentamento melhorado (00158) > Volume de liquides defcionte (00027) rRisco do... (00028) | » Disposigao para sono melhorado (00165) > Risco de desequilibrio de volume de iquidos (00025) | Estilo de vida sedentario (00168) > Sindrome do idoso fragil (00257) | > Comportamento de saiide propenso a risco (00188) » Disposigao para autocuidado melhorado (00167) > Nutrigéo desequilibrada: menos do que es necessidades corporais (00002) > Obesidade (00232) _» Sobrepeso (00233) _» Risco de sobrepeso...(00234) _ Diagnésticos médicos e problemas colaborativos relacionados: As doengas cronicas listadas na pagina an- terior geralmente chegam ao enfermeiro com diagnéstico médico ja definido ou em processo de melhor estrati- ficagao de risco ou de tratamento. Outras vezes € © proprio enfermeiro que detecta ou suspeita da presenga da doenea e encaminha o paciente ao médico para avaliacao e tratamento inicial e, mesmo nesse caso, pode iniciar as intervengdes auténomas de enfermagem indicadas. Em situacdes como obesidade, doengas associadas ao tabagismo, abuso de dlcoo! ou drogas, a abordagem inicial deve ser imediata, ATENCAO BASICA 30 Orientagdes de promogao de satide Na Atencio Basica, é comum que as atividades assistenciais do enfermeiro fiquem sobrecarre doengas, problemas ¢ queixas agudas e diversas tarelas assistenciais de rotina que prejudicam ou sufocam as atividades mais nobres de prevencéo e promocao de saide. Profissionais e gestores precisam se esforcar para ‘garantir espaco e tempo para as atividades planejadas de orientacao, educago e promogio de sade que sao mais eficazes. Dentro das disponibilidades do local de trabalho e dos temas especiticos programados, essa pode ‘ser uma atividade isolada do enfermeiro ou uma acéo interdisciplinar, com participacéo ativa de enfermeiros, mas envolvendo médicos, agentes comunitérios de sate, técnicos de enfermagem, psicdlogos, assistentes sociais, nuricionistas, educadores fisicos, dentistas, ote. Agentes Comunitarios de Sade devem ser consicerados como rmullipicadores essenciais de informagdes e ensinamentos de promocéo de sade. Roteiro basico para ensinar e orientar 0 paciente sobre promogaio de saiide e controle de doenga: £ > Listar problemas, identificar diagnésticos de entermagem e planejar Q orientacdes de sade ¢ de autocuidados. » Avaliar @ capacidade do paciante para aprender @ usar o que esta sendo ensinado (ver detalhes adiante). » Na abordagem individual, defini os contetidos prioritarios a serem ensi- nados, a estratégia e plano de ensino, orientagao e capacitagao usando ‘uma abordagem centrada no paciente, perguntando e respeitando seus sentimentos, ideias © expectativas Na abordagem em grupo, listar junto os principais problemas e diticul- dades atuais ¢ escolher uma ou duas prioridades iniciais para resolver. > Nos doentes crénicos ou sob risco, ajuda @ pessoa a criar sua propria viséo e ideias, entender sua condicéo ea neoessidade de fazer mudangas em seu estilo de vida de adaptar-se ao tratamento e participar ativamente dele. » Aumentar 0 conhecimenio do paciente sobre sua doenga incluindo causas, manitestacoes, tormas de Vigiar ‘4 evolugao, sinais de alarme de complicagdes, tratamento mais comum, bem como alternativas e formas de participar do controle da doenca e reduzir 0 risco de progressao ov compiicagoes.. > Combinar com 0 paciente metas e compromissos. » Discutir como melhorar a adesdo ao tratamento medicamentoso, no medicamentoso e @ automonitorizagao (pressao arterial, gicemia capilar, etc.) » Avangar com o paciente no proceso de hébitos ¢ estos de vida necessérios 20 controle de sua doenga ou promogao de satide como ter alimentactio saudavel (p 36) ou especifica para a doenca, organizar a tomada diaria regular dos medicamentos, parar de furar (p.150) ou beber, iniciar uma atividade fisica regular (p.37), resolver problemas, etc. > Aludar 0 paciente a lidar com 0 estresse, problemas reais e repercussdes emacionais da doenga (raiva, fustra- ‘go com perdas, apreensao, preocupagao, negagao, rebeldia, medo, desanimo, impoténcia, depressao, et). Avaliacao do nivel de dificuldade do paciente para 0 processo de ensino-aprendizagem: Ensinar é ajudar alguém a aprender algo, preferenciaimente construindo com ele seu conhecimento, usando os conceitos e visdes ultras do outro. Aprender 6 um proceso ativo que exige participacao e dedicacao de quem esta sendo ensina do, Geralmente a pessoa 6 aprende quando esta pronta @ disposta a aprender. O processo pode ser facilitado ‘8 0 local, a oportunidade e a técnica de ensino uilizada forem adequados, Para planejar ou decidir como ensinar, tentar avaliar primeiramente @ situagao do paciente em relacéo a: » Prontidéo e metivacdo para aprender. Uma mesma técnica de ensino e treinamento pode ser um sucesso em ‘um paciente motivado e um fracasso em um paciente que néo sente necessidade de aprender sobre o tema Poor julga+lo sem importancia ou de prioridade menor em seu conjunto de preocupagbes e problemas de sade, > Disposicdo, atitucde e motivacao do cliente para aprender ou para implementar as modificagées de vida propos- tas: se a alitud for de nagagao, 6 melhor irabalhar a prontidao (ver adiante) e deixar as demais orientacdes para a proxima data. » Capacidade de se concentrar, de entender e adaptar 0 que 6 ensinado & sua realidad, audicao e visHo, senso de responsabilidade e compromisso. As diliculdades nessas areas podem estar relacionadas a doenca ou & ansiedade e medo provocados pela doenca. » Limitagoes cognitivas, de meméria © hebilidades motoraa necesstrian relacionadas @ idade avangada ou & doenca de base. > Capacidade de ler e entender textos do nivel de complexidade, linguagem, conceitos e termos usados no material impresso. » Avallagao da base prévia de conhecimentos. Exemplo: para uma pessoa sem nenhum conhecimento sobre nutriantes (carboidratos, proteinas, cordures, calorias, vtaminas, minerais, etc.), a abordagem sobre nutricdo saudavel € completamente diferente daquela dirigida &s pessoas que dominam esse conteto. Uma pessoa que no consegue fazer as operagdes matematicas basics ndo conseguira entender os principios de ajustes do sua necessidade de insulina ou o concetto de balango calérico. > Viséo, conceitos, experiéncias e opiniées prévias sobre o assunto, inclvindo questées emocicnais, pessoais, cullurais ou religiosas que interierem na aceitacao do que esta sendo ensinado. A visao cultural pessoal sobre sade ¢ doenga ¢ a importancia que ela da a assisténcia médica convencional s&o fatores importantes no sucesso ou fracasso dessa abordagem e precisam ser bem conhecidos. »Confianga e crédito no profissional e no contetido que esta sendo ensinado. Frequentemente o paciente nao aceita ou nao acredita no que esta sendo cito e nao contesta por inibicée ou educagao, mas néo acata © n&o segue as orientacoes dadas. > Necessidade de ajuda e suporte de familieres, amigos ¢ pessoas significativas para aprender, fixar ¢ imple- ‘mentar o que foi aprendido. Nesse caso, as instrugdes e orientagdes devem ser dadas ao paciente junto com ) essas pessoas. » Disponibilidade de recursos socials, materials e financeiros para atingir determinada meta, sobretudo quando tais recursos forem imprescindiveis e indisponiveis no sistema de sade, ATENCAO BASICA Orientagdes de promogao de satide 31 ‘Modelo transteérico e estagios de mudanga: E uma teoria proposta em 1982 por Prochasca e desenvolvida em 2007 por DiClemente que ajuda a orientar a abordagem do paciente com um problema como fumar, beber, comer compulsivamente, etc. de acordo com sou estagio. Melhora muito a eficécia desse tipo de abordagem, § Encorajar 0 paciente a listar os riscos e conse- ‘quéncias do comportamento e os beneticios ‘da mudanga e destacar os mais importantes, Levantar cividas, questionar,dialogar sobre pro- ‘ocupagbes com saude ‘Apontar incoeréncia entre objetivos planos, circunstancias familiares © o comportamento ent z Dar feedback, encorajar, dar esperanca. (© cliente reflete sobre 0 tema. Diz que gos- Explorar a dicotomia entre os prés e contras para ‘aria de mudat, mas no acredita que con-|_ajudar a pessoa a decidir comegar a agit. I ogo ‘segue, Nao faz planos de tentar nem aceita Relembrar os beneficios da mudanca e os riscos. | estabelecer prazos. Enumera varias barrei- de ndo mudar 0 comportamonto-aivo | ___rase dificuldades. Dar apoio, incentivar, reforcar a autoeficdota | ‘A pessoa néo demonstra nenhum interesse ‘u intengao em mudar nem parece conhe-| 1.Pré-contem- cer ou estar convencida dos argumentos al plagfio favor da mudanga mesmo que reconheca ‘© comportamento em questo como inade- ‘quado ou de risco, 2. Contempla- ‘Quer mudar de abo, tenia fazer panos para Ajuda a fazer plano deahaco de acdo: quan: 3. Proparagao 180 & aceita poquenas metas intermedi do iia, como, onde, ofgenizacao, molas 6 (fomada de "25. No estado de prontidao a pessoa se prazos, apoios necessérios, antecipagdo de omads de | moaira convencida, deciida, motveda e| lculdades e Ubstauiln u cum ule nesses | tem algum plano defnido, Acota meta para) Sitvacbes. Fornecerinformagées impressas e iniiar a mudanga para os préximos 30 dias. _canais de informagéo complomenta | '0 pacient ja deu o primero passo recente. ACompantr a reaizacdo dos passos do plano. f Avaliar 0 foco, resultados iniciais e a necessida- morta nr de um plano ara mcr su "a te, rezutedog i Bie: ____Roforcar, elogia’eincentvar a perssténcia [Mani a uxianga ou 8 passos do plano Desist c=Bereiaes do conporament utengéo Pe alguns meses, Mosa-se preooupado e Soda orer, valrza, ; i: uanangis| rato tet oan reaps Gey oe en eae, o 4, Ago ‘ zes e recaidas. Repassar estratégia de enfren- Idas emanteros ganhos}éobtidos. | Tenta de abetdeuos ¢ problons |se ocom Deslizes devem ser assumidos como falha tem- 6.Coneluso, |S¢ come um desiize, agir rapidamente para) Sahat “odie me fo veananens sera, recaidas: tar a mudanga e 6 capaz de eviter recaidas,| 2. culpa e o desanimo. Aprender com a situa- go para prevenir novos deslizes e recaidas. aS es conn ee ee ae so ae aaa cen cena _ conhecimento, paciéncia, algum talento, dedicag&o, criatividade, perseveranca, sabedoria e sensibilidade para) << Be ee eee eae a Se er | saudaveis, o enfermeiro precisa respeitar 0 tempo do cliente, pois s6 ele pode decidir mudar. O profiscional deve eee tet element ae cieteat meeps ar? erate SIC. ATENGAO B ASICA ATENCAO B. Orientagdes de promogao de satide Técnicas qualificadas de abordagem: A eficécia da aborda- ‘gem do enfermeiro no ensino de autocuidados de doencas _rdnicas ouno aconselhamento de habitos saudaveis aumenta ‘muito quando ele aprende a usar técnicas e ferramentas edu- cativas especiais como abordagem cognitiva comportamental, problematizacdo, entrevista motivacional, etc. Sao altemativas ‘20 mesmo tempo terapéuticas, de ensino e capacitacao, mas {que usam com mais eficacia aspectos psicoemocionais € neu- rocogritivos especificos de cada paciente. Cada protissional , vai escolher uma linha de sua proferéncia ou usar fundamentos de varias delas, aprimorando essa capacidade principal é construir uma relagao de confianca com o paciente. prioriza a relagao profissional-pessoa com foco principal na pessoa e nna doenga, Além da coleta normal de dados (historia do paciente, exame fisico, exames comple- rmentares e relatérios), entender primeiro como o paciente vive, de onde vem, seu contexto familiar, profissional e social; como vé sua doenga (sentimentos, ideias, tuncdes, expectativas), como tem Sido sua experiéncia com a doenca e com 0 tratamento. Avaliar reagbes de raiva, estresse, medo, | Método nconfarmismo, negacdo, ansiedade e depressiio, assim como a intensidade dessas reagces | clinica get potencal de prejucaar tratamento 60 autocuidado,Avalirimpactos objevos da doenca ou | Sentra rooma na via do pacente (mages, cules thancelos, problemas ras elas peesoai, eo 4 familiares, profissionais e nas atividades da vida diaria). Elaborar e negociar com o paciente um = | plano de Menelo dos problemas de suaus, slandu us problemas, sua solugBo. Pactuer com ele ead | fnetas de cur e medio prazos. Incorporar medidas de prevencao e promogdo da satde ao plano de tratamento de doencas |é existentes. A cada visita ou retorno, avangar no plano de cuidados e * |_nas metas enquanto melhora a rela¢ao profssional-pessoa, oo "Procurar consttuir o conhecimento junto com a pessoa em vez de tentar ensinar conceitos preosta- belecidos (oaradigma de Paulo Free). A técnica pode ser resumida em trés partes: (1) Escutar e ouvir 08 problemas trazidos pela pessoa. Sempre partir da realidade de vida dela. Compreander | rotor do pont ce vita de pessoa user a Dagagem cura dee Fazor qvesionanenios Problema- _respeitosos, mas evitar 0 confronto de ideias e contra-argumentagao com o paciente (2) Proble- - tizagoe | matizar significa perguntar ou questionar com perguntas e nao com argumentos, tentand fazer a _ empodera- propria pessoa construir uma viséo mais critica sobre seu comportamento (Por que? Nao entendi Emma” Bomieso que voce flo pode mo exptcarmelnor? Ondo ¥0o8aprended Su au sso que vot o falou). Explorar contradigées (Parece que vocé falou isso, mas agora eu entendi que vocé acha isso, poderta me explcar melhor sobre i880). (3) Estimular a pessoa a ver o compertamento ou 3) problema de outra forma, repensando sua realidade de forma mais critica, © que pode mudar sua =a pratica ou compertamento pessoal, 3 2 SS Procura analisar @ aumentar a motivacdo da pessoa para mudanga de comportamento ou habito a Utlizando técrica de escuta empética numa entrevista fooada na situacao espectica, buscando @ reforcando motivagdes especificas da pessoa para adotar a mudenga. Assume que geralmente o paciente tem uma posig&o ambivalente em relago & mudanca. Que ele reconhece a necessidade e fazer mudancas, mas tem dificuldades, como falta de tempo, forga de vontade, organizacio, foco ou recursos para implementé-las. A estratégia da entrevista motivacional inclui nao tentar Entrevista _consertar as coisas com conselhos, persuaséo ou argumentos. Preferir escutar os argumentos da motivacio- pessoa sem contre-argumentar, Essa escuta precisa ser quaiificada e atenta, nao sO & fala, mas nal também ao tom de voz e expresso corporal e facial que a acompanha. Quanto mais argumentos a pessoa tiver para nao muder, mais dificil sera a mudanga, Procurar entender os motives do pacien- te e monitorar a evolugéo dassa resisténcia, Evitar metas prematuras como insistir em etividade fisica tréa vezoe por eemana quando @ possea 26 se compramata com lias. Acompanhar o nivel de motivagao e resistencia para a mudanca. Usar perguntas do tipo “De zero a dez, qual é a nota | ‘que voc’ daria ao nivel do seu interesse e motivagao para ..". Tenter encaixar o paciente em um estagio do modelo transteerico (ver pagina anterior) para escolher a melhor estrategia de acao. Forma objetiva de abordagem de habltos de vida nocivos & saude como tabagismo, comer compul- , '- sivo, aleoolismo, bulimia, compulsdes, etc. O protissional procura identficar pensamentos disfun- clonais que levam a pessoa ao comportamento problema, Parte da premissa de que o paciente ‘tem um esquema mental, um conjunto de crengas e conceitos. Essas crengas nucleares 0 levam i | apressupostos subjacenies que determinam pensamentos e reagdes automaticas diante das si- - Abordagem) tuagdes, provocande atitudes ou comportamentos reperitivos cisfuncionais. A pessoa se mostra Cognitive.” | incapaz de avalar seu comportamento de forma raciona e critica. Exemplo: Um paciente com | SBporta- | bulma tem a crenca nuclear de que "no tenho valor com 0 pressuposto automat de que "se mental | emagrecer terei valor’ @ pensamentos automatticos de que “se comer viro uma baleia" ¢ tem rea | evet Goes sulomaticas como ansiedede, sensagio de ma-estay, tremor quando exposto os almentos a Scomportamentos repettvos de evar alimentos ou mesmo provocar vomitos pés-aimentacéo. A b cb bordagem combina oriontagbes e inlevengdes cognivas com treinamento de habildados com- bo portamentaltentando mudar concetese vsdes e conseguir mudar os hébtos ou aitudes ditun- ____ Gionais, além do enfrentamento das dificuldades relacionadas. | -Aescolha da abordagem mais adequada depende da familiaridade e experiéncia do profissional com cada uma esses técnicas, das caracteristicas do paciente e do momento em que ele se encontra, do tipo de problema de ___salide e da qualidade do vinculo e da relacdo de confianca ja construida entre 0 profissional e 0 paciente. Planejamento Abordagem individual © em grupo: A estratégia de ensino e orientagtio = ode ser individual, coletiva ou a distancia (intemet, telefone, etc). Na atencéo basica pode ser feita em atividades programadas ou associada as atividades assistenciais diérias em Unidades Basicas e Gentros de Sade ou de Saude da Familia, ambulatorios de especialidades ou referéncias, Visitas domicilares e em entermarias nos hospitas, etc. A abordagem om grupos de pacientes (grupos abertos, fechados, consultas coletivas, etc.) 6 ciscutida na pagina 24, Enquanto a abordagem em grupo é mais custo- -efetiva, a abordagem individual permite melhor adaptagao da linguagem, da estratigia e do contetido as necessidades o cultura de cada paciente. ‘A abordagem individual ou em grupo deve ser adaptada ao nivel de gravidade, estagio da doenca e necessi- dades dos pacientes. Por exemplo: um fumante pode ainda nao ter qualquer sinal de doenca respiratéria, ou jé apresentar episédios frequentes de bronquite ou redugao da capacidade respiratoria ou estar numa fase adianta- da, sem l6lego para andar um quarteirdo ou tomar banho ou mesmo exigindo oxigenoterapia em casa. Para cada uma dessas fases as necessidades do paciente sao muito diferentes. Em qualquer dessas situacSes a abordagem precisa considerar o nivel de compreensdo, capacidade de aprendizagem (ver pagina 30) ¢ bagagem cultural do paciente, evitando usar formulas e conceites prontes sem a devida adaptacdo a realidade do paciente e de sua comunidade, Na abordagem em grupo procurar conhecer as habilidedes de cada um, sobretudo aquelas que sao motivo de orgulho ou prazer para os participantes (tocar um instrumento ou cantar, uma forma de artesanato, habilidade para fazer um prato especifico, contar casos, historias ou piadas, fazer poesias, etc). Para a proxima reunio ‘convidar essas pessoas a fazer uma apresentacao dessa habilidade para os demais membros @ usar o ambiente para introduzir 0 contetido relacionado a orientagao de sade. Quando 0 grupo estiver formando vinculo, procurar Sairda fotina, proporndy atividadess av ar livre assuciados a atividades tisicas, Idaicas e lanches coletWvos: debxan- 40.0 préprio grupo indlcar 08 temas de sade que serdo discutidos junto com os planejacos inicialmente, Boa parte dessas agdes so ainda mais eficazes quando planejadas para usar também outros veiculos de ‘maior alcance como programas educativos em TV e radio, satide como contatido de ensino na escola © agdes especificas dentro da comunidade. Consultas multidisciplinares sequenciais: Pacientes com doengas crénicas complexes associadas a outros pro- blemas de satide 80 mais bem assistides quando diversos profissionais (médicos de diferentes especialidades, enfermeito, nuticionista, psiedlogo, assistente social, etc.) 0s atendem em consultas agendadas sequenciaimen- te no mesmo turno do dia € mesmo local dentro de um plano de trabalho previamente planejado pela equipe. A Interveneao do. enfermeiro nesses casos pode ser na forma de consulta de enfermagem, consulta coletiva, reuniao de grupo ou mesmo de arupo de sala de espera. O tempo da sala de espera deve ser aproveitado sempre que possivel, pois 0 paciente esta motivado, disponivel e espontaneamente costuma trocar informacoes ‘com outros pacientes, muitas vezes equivocadas. Abordagem sequencial ¢ Util no controle de obesos, diabét- cos, hpertensos, portadores de HIV, asma e DPOC, na puericultura, pré-natal, doentes psiquiatricos, pacientes ‘oncolbgicos, etc Agente comunitério como multiplicador de educacao para saiide: A importancia e a fungao dos agentes co- ‘munitrios de salide estdo sistematizadas na pagina 17. Como geralmente o trabalho das equipes de Agentes ‘Comunitarios & gerenciado pelo enfermeito, 6 importante treinare capacitar essas equipes como mulipicadores. Exemplos de temas de promocao de saiide que podem ser abordados por agentes de saiide >Prevengao de DST e AIDS /Sexo seguro Controle de vetores (dengue, maleria, Chagas, leishmaniose) » Solugses domésticas de tratamento da agua > Construgéo correta de fossas sépticas » Importéncia do alleitamento materno * Importancia do pré-natal, puericultura e vacinagdes > Conceitos de alimentagao saudavel Uso racional da ESF, UBS, UPA e Rede de Atencio > Rscos relacionados ao tabagismo e alcool» Papel do agente dentro da equipe de sade local > Higiene bucal e preveneao de caries » Riscos relacionados a hipertensao e diabetes mal controladas Orientagées e autocuidado para doencas cronicas: E irequente que pa- lentes com décadas de diagndstico de uma doenga erénica, como hiper- tensdo, asia, DPOG ou diabetes, saibem muto pouco sobre sua doenca @ seu autocuidado, Para o sistema de saude, o ensino e orientagéo do Paciente sobre sua doenca e seu autocuidado & a intervengao de menor custo-beneticio. Na prética, pode ser dividida em quatro partes: » IMelhora do conhecimento sobre a doenga, sobre as alternativas de trata mento, técnicas de autocuidado (monitorizacdo, uso de medicamentos, medidas terapéutices no medicamentosas, dieta, etc.) * Mudanga de habitos e estilo de vida (atividade fisica, aimentagao ade- ‘quada, parar de furar, etc.) para evitar outras doengas cronicas graves ‘ou agravamento da doenga atual » Melnora da capacidade emocional de lidar com a doenga. » Enfrentamento das dificuldades relacionadas. Objetivos e desatios no controle de doencas crénicas » Controlar¢ aliviar os sintoras > Entender a doenea, seu controle e consequéncias » Manter bom conttole e 0 minimo de sintomas. > Usar corretamente medicamentos e medidas terapéuticas » Preverirfatores de piora ou crises agudas > Seguir plano terapéutico como planejado »Controlar impacto emocional e estresse ©» Melhorar chance de remissdes longas » Adaptar o estilo de vida (potencial maximo) > Resolver dificuldades de custo, tempo, apoio familar, etc. » Rotardar progressao da doenga »Prevenir outras comorbidades comuns para a idade » Prevenir complicagoes » Saber buscar socorro em complicagdes agudas: Orientagdes de promocao de satide 33 ASICA ATENGAO B: 34 Orientagdes de promog&o de satide * |__| otivado para essas aodes. Muitas delas, pola sua importancia, eo abor, _ ddadas em capitulos espocitioos. Ouiras séo ciscutdas neste capituo, | sar thos uma coleta de dados adequada a sitvagao (ver pagina 449), lis- manu | !arjunto com 0 paciente os principais problemas e temias que precisam de mais discussao @ orientagao para estabelacer prioridades na abordagem e _fixar metas. ‘A maioria das intervenes redutoras de risco fazem parte de concei- ‘08 universais de promo&o de sade, largamente divulgados e conhecidos _) Por bo@ parte da populagiio, mas que adquirem maior importancia e 1m. |] Maior impacto quando orlentadas por um profissional de saiide preparado & Ene eee ar eae RE detumar |[Mesidas de controle de stress Aividade tisica regular (87 _||Uso racional do Sistema de Saide COrientagdes de alimentagao saudave Meliora no uso de medicamentos ‘Como perder excesso de peso com reeducacto alien ~|/Higiene e Controle de o le nisc0 cardiovascular das imunizacbes _ (Orientagoes sobre anticoncepeao Importéncia do pré-natal icas da area a = 05 de tipos especificos de cancer | 104 cas relacionadas ao vabalho | Prevencao da violencia © cultur Como tazer: 7 Proourar um ambiente taciltador (calmo, com prvacidade necesséra, uminado, pouco barulho,conforével). ” Tontar estabelecer um clima amigével,relaxado, de confianca, compromisso e cooperagao. Se o paciente ce (pasira desinteressaco, host ou tenso é melhor desist cuidar primeira de malhorar a relagao corn pacientes ¢ resolver os problemas mais imadiatos para depois tentar ensinar e promover satldo, » Flat claro, simples e devagar, olhando para o paciente para perceber se ele esta entondendo, 7 Usar termos adaptados & capackiade do paciente e evitar linguagom técnica ou mais compliceda, | lo ou repetindo o que entendeu e o que nao ficou clero, Discutir [edar ou cori seus concaltos,visBes, entendimentos¢ intrpretagges, mas aprovetando-as a0 masine pera Inlrduair os conceltos necessarios o fazer 0 plano de prordades, com papeise molasroalistose rare cect tapa do tratamento, * Kenic sentimorios em relagio a doenga ainda mal resoWvidos como perda,tustragdo, medo e negacdo ‘gue possam prejudicar 0 envolvimento do paciante em seu tratamento ea. enfrentamento. O tipo e intensidade clossas reagbes variam com a idade, personalidade do paciente, tio e gravidade da doenca, mntensideck os tmucdancas do estio de vida imposta, complexidade, custos e tempo gasio com 0 tataments, supers feria; experioncias prévias, ot + Extender as expectativas do pacienteo tentaralinhélas@ realdade © adaptar as orentacoes, | ” Esimular orientar incentvar 0 paciente a procurar mais informagges e orientagses por conta propria o a Gebater o assunto com outras pessoas de sua referéncia (‘dever de casa’), * Exalcar os recursos cisponivels para ajuda a resolver 0s problemas que o pacienteapresonta oas compotén- 2s disponibilidades dos sorvicos de sadde da Rede do Atengdo do local | SLR famllaes cuidadoros o pessoas sigiicaivas no processo de renamonto do controle da doonga para | ‘= =s0%2, monitorar tomada de medicamentos e procodimentos, ete | = ou refazer 0 plano de trabalho garal ¢ em relagdo a oricntagées © aconsullumentos. Fazer isso. junto Saath eeprando a eventos 0 presripdes medica, alucando o pacent a fazer adapta: | sts necessicades, cculdades observadas, expriéncas e expecatvas. Envoler outros oe Stine necessirio, Usar uma estatégia basica © adaplarconforme as novossldades © evolinao ‘odividual ou trabalho coletvo, | nas able lz so sions as atvidados pon com iso do equpamentas | Jesses.de colostomia, seringas, sondas, toca de curativos, eto} = sonsegue aprender tudo (informagao demais para ele assimilar), encinar um ou dois pontos “=< om outros na proxima oportunidade, | ‘Sseoniss0 do paciente a respeito de metas mensurdveis © prazos para atingtlas. Essas me- “Ser Sratiss ¢ discutidas (¢ nao impostas) mas 0 paciente deve se comprometer com as metas == médio @ longo prazo como se fosse um contrato, SsSentes estardo em fase de inconformismo e negagdo, abandono do tratamento ou roca seppcs ou descompicadas e advert sobre os riscos de pora da doenga, Sore =. a cada visita, eavaliar a situagéo, checar o cumprimente das metas negocia- Pare cumpri-as e avangar ou reccentar o plano de cuidados enquamo coreaide © | aD 2. Repactuar metas mais objetivas e realistas conforme o caso. | ==2222 2 evolUGAo do aprendizado, clogiando progresscs, reiorcando a autcestima, “SeTESas 0 Que precisa ser melhorado, pactuando novas metas Orientagdes de promocao de satide 35 Parar de fumar (ver tabagismo na pagina 150): E a medida mais olicaz © de maior impacto na sade de uma | pessoa, Reduz a mortalidade em 30 a 60% nos 5 anos seguintes em compara¢ao com os que continuam fumando. | Controle da pressao arterial (ver hipertensio na pagina 124): Nos pacientes com indicago de tratamento ‘medicamentoso pelo menos @ metade nao receve a madicagao adequada. No higertenso, medidas simples & | baratas como reduzir 0 consumo de sal, corrigir eros na alimentacéo, perder alguns quilos de excesso de peso ou tomar uma dose baixa diéria de tiazidico reduz a pressao arterial sistoica em uma média de 5 mmHg © esta | queda significa reduzir cerca de 20 a 30% no risco cardiovascular e cerebrovascular. A diota ASH sistematizada abalxo provou reduzir a pressdo sisidlica em 8 a 14 mmHg em média, com queda proporcional na diastolica © pode evitar a necessidade de medicamentos para hipertensao em 10 a 30% dos hipertensos, >7 a€ porgdes de cereais ou alimentos & base de gtaos > 4 a 5 porcdes de verduras ¢ legumes 4.5 porobes de frutas »2.0u 3 poredes de leitdorivados com pouca gordura > Menos que 2 porgses de cames, peixe ou ovOs __>1 porgao de feiao, castanhas, améndoas ou sementes Orientagdes de nutrigo saudével: Orientagdes e aconselhamentos sobre habitos alimentares saudévels do uma das principais agdes de prevencao de doencas erénicas como diabetes, hipertensdo, obesidade, disipide- mmias, coronariopatias, ete. Apesar do ser atribuigao basica do nutricionista, 0 enfermeiro deve estar capacttado pare orientar cfentes saudaveis da atenefo bisica e portadores de doencas crdnicas sobre alimentaclo saudé- vel em geralelém de orientagtes especiicas para paciente com sobrepesofobesidade ou portadores de diabetes. ‘Alimenta¢ao inadequada por excessos ou caréncias estdo relacionadas a diversos problemas de sade como obesidade, desnutrigfio, descontrole glicfmico, dislpidemias, hipertensfo, etc. Uma alimentacéo adequada & importante no tratamento e na proilaxia de doengas crdnicas como diabetes, hipertensio, obesidade e dislpide- mmias, insufciéncia cardiaca, renal e hepatica. Orientagdes nutricionais devem tem um carater de recomendagao ara reeducagao alimentar, sem pretender proib ou veter determinedos pos de alimentos © respetando & Cultura @ realidad do paciente, de sua familia ° da comunidad Sobrepeso ou Consumir alimentos em pogies pequenas (geralmente metade do que estava habltuado obesidade. Con- para perder peso). Preocupar-se mais com 0 tamanho das porgées que com a concentra: some grandes | locale alerts ino ames engoré se comio em ade volume ees poreées 6 mais calérico nfo engorda se. Siow ood” sfnica comer devagar,assortado, com tempo, plo menos as Ws oleig principais do cla, Nao pular essas refeigées, Procurar lanchas saudéveis nos intervalos eee a eee’, com fruas, sucos, barras do cereas, leit ou derivados. Apreciar cada refelgho, comer ia devagar, em pequenas garladas, masigar bem, saborear, fazer pausas. ‘Come muita Evitar cares vermelhas por mais de cuas vezes por semana e rear a gordura viivel. Nas gordura animale outras reteicdes, comer came de frango sem a pele. Comer peixe assado ou grelhado “carte vermelha das vezes por semana. Reduzirituras, carnes gordas © embutidos ricos em gorduras saluradas e colesterol. Pre= {eri azoites e bleos vegeta. Oleos do abacate e de amendoas sao téo saudave's quanto azeites. Gorduras trans s&o gorduras industralizades paricularmente nocivas ‘Come de forma ‘Come muita gordura ogostacu —_Saladas, legumes cozidos ou refogados (pouco 6leo) e frulas sao os alimentos que mais | ‘come pouca ajuddam na promogao de sale, Feiides (lequminosas) podem ser incluidas nesse grupo | frutas, verdurase saudavel com a vantagem da maior aceltagao e ser rico em proteina. Criar 0 habito de | Jegumes. jar a refeigao com salada, tor sompre um legume no prato e tomar suco de frutas. ‘Sobretudo se tem constipacao intestinal, além das frutas, legumes e verduras (procurando ‘Come pouca fibra comer mais os alos e bagagos junto), aumentar o consumo de graos integrals como arroz integral, tigo integral em paes © massas. Usar aveia em sucos e iogurte. Peixo & uma das fontes proteices mais saudaveis e deve ser consumido pelo menos em pore pause) __dnsrefeges do dia Peter os os em émega come ta, sao, pactha, cava, arengue,sarainha.e preparados relocados, grlhados ou assados (nao far ou empana). come mane tor ‘€xce390s 04 alimentos rcos em sal, goreuras, acca ou doces, relrigerantes, ituas, Gome muitos | ___salgadinhos e chips industiizados. Procurar alimentos industralizados mais saudéveis alimentos indus- comparando r6tuos e eccolhendo as com menos gorduras (oll, eaturadas ou tans) © com menor teor de agticar e de sédio. = acineent 'A melhor referencia para o consumo de agua é sua sede, mas @ importante ingerir 4gua ao menor sinal de sede, Algumas pessoas tomam pouca agua @ precisam se policiar para ga- rantir pelo menos uns seis copos por dia. Urina pouca e concentrada é sinal de pouca agua. Hidratagao adequada é particularmente importante em idosos e criangas em dias quentes. ‘Aguiar comum ou refinado pode fazer parte de até 10% das calorias da dieta. Bem admi- nistrado, da para comer com parcimonia muitos dos alimentos doces preferides. Retii- gerantes comuns @ biscoilos agucarados tem que ser esquecidos (nem comprar). Usar adocante no café e no cha @ adogantes culinarios para fazer bolos. Tete, ques ¢ iogurtes séo a principal fonte de céicio e existe uma epidemla de osteoporo- se por baixa ingestao de calcio e exposicao ao sol. Pelo menos dois copes por Gia de ete ‘desnatado ou equivalente ou queijo e iogurtes. Apesar da importancia de limitar a expos ‘Toma pouca agua ‘Come muitos do- ces, acucarados e accicar primario. ATENCAO BASICA Toma pouco lelte o-derivades ¢A0 a0 sole usar protegao adequada é importante manter uma exposigao ao sol suficiente= = para garantir nivels adequadas de vitamina D (que é allvada na pele exposta 20 sol). fj 36 Orientagdes de promogao de satide ‘A alimentagao recomendada deve ter custo acessivel, ser saborosa e {facil de preparar, priorizar pratos tradicionais da regido, além de ser veriada « colorida, equilbrada e isenta de risco de contaminacoes, As orientagdes sobre uma diela saudtivel so importantes para todos, principalmente para os que precisam perder peso (p. 147), os diabéticos (0. 194), 08 hipertensos, 03 que aptesentam lipides séricos anormais © os portadores de disfungao cardiaca, renal ou hepatica Uma boa referéncia impressa para orientagao para o paciente 6 um livreto do Ministério da Saide/SUS que ajuda 0 paciente a avaliar como testa sua alimentacdo e ensina os dez passos de uma alimentacdo saudével. 1. Fazer pelo menos trés refeicdes diarias e dois lanches saudaveis intermediarios. Néo pular Tefeigdes. Evita "beliscar” nos intervalos. Apreciar cada refeigao: comer devagar, em peque- fas garfadas, mastigar bem, saborear, fazer pausas. Evitar excessos ou alimentos ricos em sal, gorduras, acicar ou dodes, reigerantes, frituras, salgadinhos e chips industrializados. Escolher alimentos industriaizados mais saudavels, comparando diferentes marcas pelo rotu- lo.e procurando os com menos gorduras em geral, saturadas ou trans, e menor teor de sédio. 2, Consumir pelo menos seis porgdes diarias de cereais (arfi0s) como arroz, mill, tigo (PAO, massa) ou de tuberculos e raizes como batata, cara e mandioca, Esses alimentos devar ser ‘ametade de cada prato ou refeicdo © metade das celorias consumidas no dia, Preferircereais, integrais como arroz e pao integral. Ensinar que dietas pobres em carboidratos e ricas em proteinas nao sao saudaveis nem sustentaveis a longoprazo. ‘Comer pelo menos trés porges diarias de verduras e legumes durante as releigdes principals ye mais tr8s porgdes de frutas na sobremesa, café da manha, lanches ou intervalos das referi- ‘odes. Procurar misturar diferentes tipos e cores de verduras, legumes e frutas. Tero habito de ‘Sempre comegar as refeigdes p fe salada, ‘Comer feijao arroz todo dia (esse prato tipico brasileiro é muito saudavel), Substitutos do ‘el20: soja, gro de bico, erviha seca, lentilna, fava além de sementes (girassol, gergelim, ‘abobora, etc.). Também sao substitutos saudavels as castanhas em geral (do Brasil, do Para, aD de caju, nozes, amendoim, améndoas, etc). 11 5. Consumir pelo menos trés poredes de leite por dia (preferit semidesnatado ou desnatado | ‘para adullos) ou derivados. Consumir uma porcao de carne de vaca, porco, ave, peixe ou ovos | por dia, mas remover a gordura visivel das cares ¢ a pele das aves. Evitar carne vermelna | mais que duas vezes por semana e consumir peixe pelo menos duas vezes por semana. | 1/6. Evitar comer mais de uma poreo por dia de gorduras como éleos vegetais, manteiga e | mmargarina, Use pequenas porgdes de azeite ou dleo vegetal ao cozinhar (referéncia: uma lata | {e leo por més para quatro pessoas). Evite frturas: preferir assacos, cozidos, grelhados ¢ | ‘ensopados. 7, Limitar o consumo de agicar e doces consumindo apenas pequenas porcdes. Evitar 12 | ‘rigerantes, sucos industrializados (com acdicar, conservantes, corantes, etc), bolos, doces, | biscoltos e guloseimas industralizados. Preferir sucos naturais batidos na hora, bolos, doces | «© bisooitos feitos em casa. 8, Reduzir o sal no preparo da comida e retiraro saleiro da mesa. Subsltur o sal por mais aiho, ‘cebola, salsa, cebolinha e outras ervas, suco de lima, vinagre, pimenta, etc. Reduzir ou evitar ‘© consumo de alimentos industrializados ricos em sal como salsicha, hambirguer, charque, presunto, salame, conservas vegetais, sopas, molhos, temperos prontos. etc. 9. Beber seis a cito copos ou cerca de dois ltfos de agua pura por dia, contando agua pura e ‘sucos naiureis, © sem contar café ou cha. E mais saudével tomar e329 liquidos nes intervalos das refeigdes, mas isso nao 6 essencial, Refrigerantes devem ser evitados (exceto refrigeran- tes cletou zero em paciente em dieta para perder peso). 40. Algm da alimentacdo mais saudavel acima, adotar outros habitos saudaveis de vida como fazer pelo menos 30 minutos de atvidade fisica a cada dia, néo fumar, no beber ou limitar 0 2 ‘consumo de bebidas alcodlicas aos limites considerados saudaveis, manter o peso dentro de: @ : ® _limites saudaveis e viglar os fatores de risco de doenca cardiaca, Perda do excesso de peso (ver capitulo sobre obesidade na pagina 141): Pacientes com sobrepeso (indice ‘de massa corporal acima de 25) ou com obesidade abdominal caracterizada por um perimetro abdominal acima de 98 nos homens @ 85 nas mulheres precisam ser orienlados quanto & importdncia de perder peso. Ensinar o Cconceito ¢ IMC ao paciente. Usar a plana da pagina 144 para faciltar 0 calculo, Essa recupao do peso tem ele- tos benéficos sobre o risco cardiovascular, sobretudo por seus efeitos sobre a pressao arterial, redugtio do LDL (colesterol ruim), dos tigicérides @ aumenio do HDL (colesterol bom), além de reduzir muito 0 risoo de diabetes. Para calcula lite de peso do paciente que corresponderia a um INIC de 25 basta multplicar 25 pela altura do paciente em metros e multiplicar o resultado novamente pela altura. Exemplo: paciente 1,72 de altura deve man- ter 0 peso abaixo de 74 Ka pois [25 x 1,72) x 1,72] = 74. Areducdo de peso exigo motivacao o oriontagSes sobre | dicta hipocaloricae alividade fisica (ver pagina 37). Também é possivel fazer essa estimativa usando a plantha dda pagina 144 sem ter que fazer célculos, usando as falxas de cores cortespondentes a cada nivel | Evitar bebidas alcodlicas: Nao usar ou tomar apenas de forma moderada e saudével, como uma taga de vinho | Por dia. Para dependentes de alcool nenhum nivel de consumo @ permiido. ATENGAO BASICA Orientagées de promocao de salide 37 Orientagdes sobre atividade fisica regular: O sodentarismo ¢ a falta de alividade fisica regular minima é um fator de risco simultaneo para coronariopatia, cbesidade, hipertensao, dislipidemia, diabetes tipo Il, céncer de mama e de colo, osteoporose, constipacao e depressao. A atividade fisica regular reduz em 9% 0 risco de mortes prematuras e aumonta em cerca de 1 ano a expectativa de vida. Para reduzir o risco dessas doengas ou para ‘obter efeito terapéutico sobre hipertensdio ou diabetes, 6 necessario que a atividade fisica seja regular e se torne uma rotina diaria ou quase didria. Algumas pessoas ja tém um nivel adequado de atividade fisica por seu tipo de | trabalho e deslocamentos diarios a pé ou de bicicleta, mas a maioria precisa de atividades fisicas programadas, ‘em forma de esportes, caminhadas, corrida, ete. Para orientar adequadamente, perguntar ao paciente: Como so suas atividades fisicas habituais e sobre tentativas de prética regular nos titimos anos. »Preforéncias entre as alternativas de atividades fisicas (ver tabela abaixc). » Como contomar dificuldades @ obstaculos e resolver problemas relacionados a atividade tisica, » Fatores pessoals de motivacao ou facilitadores como disponibilidade de espacos, eculpamentos, programas ‘comuitarios, apoios profissionais, oportunidades, companhias de amigos, familiares ou grupos, ele. » Motivacao do paciente para fazer atividade fisica: salide, preparofisico, bem-estar e equilibrio emocional, com- posigiio corporal, estética, coordenacao, equilibro, atividade social durante a atividade fisica, etc. >Peteca >Natagdo > Vélei >Hidroginastica »Basquete >Musculacdo _Ténis ~Danga Esporte Deslocamentos > Cuidar de criancas Lula marcial >Ginastica > Varrer, limpar > Subir escadas Pilates >loga_—— > Jardinagem » Lian-gong _ > Tal-chi__|> Descer um ponto antes (6nibus/metc »Corrida, >Bicicleta Duragiio e frequéncia da atividade fisica: Todo profissional de sade deve orientar, motivar e estimular seus pacientes a tor 0 habito de fazer pelo menos 30 minutos de atvidade fsica moderada por dia por pelo menos | 5 dias por semana ou outra combinagao de trequéncia © durago que some 160 minutos de atividades fsicas por semana. © peciente pode preterr exertar-se 30 minutos por $ dias por semana ou 40 minutos 4 dias por | ‘semana ou 50 minutos 3 dias por semana. Para ser contada na soma das atividades diérias, cada periodo deve | dlurar no minimo dez minutos de atvidade moderada a intensa Nos pacientes que nao aderam a esse projeto, mesmo atividades mais curtas repetidas ao longo do ala tem algum efoto favoravel. Programas de atvidade ‘isa do tipo Academia da Cidade o atividadesfiscas ideradas or agentes de saude, tecnicos de enformagem ¢ enfermelros das equipes de Atencao Basica ‘roleréncia de pelo menos 150 minutos semanais de alividade moderada poderia ser substuida por 75 m- nutos de atvidade intonsa por semana divdidos em pelo menos 3 dia. Entretanto,alividade intonsa ou vigorosa | no 6 tecomendada om pecientes cardiopatas, ciabéticos ou hiportensos sem supervisdo adequada, além de | haver maior risco de dores musculares ¢ osteoarticulares residuals. Gone eek eee etek neu Pee) Brincadeiras, esporte, 5.17 anos deslocamentos andando ou bicicleta. Lazer, transporte, tarefas > 60 minutos por dia de atividade | Atividades que aumentam agi moderada a intensa dade, habilidade e coordenacao ‘Se possivel,treino de forca, equi- 150 minutos de moderada ou 75 ‘ecsam| ation cei | muna mramn Melee cree Caminhadas, esportes e ¥ ‘reino de forga, equilibrio, > 65 anos ‘exercicios compativeis [Da meta acima, fazer o méximo que’ flexibilidade so ainda mais ae tolerar(monitorar) ae Intensidade da atividade fisica: Para obter 0 eleito de melhora do condicionamento cardiorrespiratonio, @ ne- | essario que a atividade soja de intensidade entre moderada e intensa, 0 que significa que o paciente fica com a | Tespitagdo moderadamente ofegante, geralmente andando na velocidade mais rapide que consegue, alternando | ‘com periodos de corrida pera acelerar a intensidade do exercicio. Clculo da faixa de frequéncia cardiaca ideal para a atividade fisic > Calcular FC maxima subtraindo 226 menos a idade para homens ov 220 menos a idade para mulheres, >Contar a frequéncia cardiaca em repouso e usar a média da contagem de pelo menos 5 minutos. | > Calculer a diferenca entre a FC maxima e a FC de repouso para estabelecer a reserva de frequéncia cardiaca, > Calcularo limite minimo eficaz como a FC de repouso mais 50% da reserva (FC maxima - FC de repouso).. >Caloularo limite maximo seguro como a FC de repouso mais 80% da reserva (FC maxima - FC de repouso). > Nao usar esses pardmetros se 6 paciente usa betabloqueadores (propranolol, atenolal, etc. - ver pagina 499) Exemplo: Uma mulher de 42 anos tem uma FC maxima calculada de 178 (220 menos 42) ¢ uma FC de repouso de ef 70. Sua reserva de FC 6 de 108 (178 menos 70), Nas atividades fisicas deve tentar manter sua FC entre 124 (que Cj 8 70 + 50% de 108) ¢ 156 (que @ 70 + 80% de 108). Existem contadores de frequéncia cardiaca pera exercicio| {que ajudam nesse controle, aquela faixa colocada no térax sobre 0 coraco que envia os dados para um rek6g0 ‘no pulso ou para um smartphone e da alertes quando se ultrapassam os limites minimos ou maximos. Atwidedes j= leves aumentam 0 gasto energetico, mas nao tém efeto significativo no condicionamento cardiovascular < 0 BASICA 38 Orientacdes de promocao de satde ATENGAO BASICA Para quantificar de forma pratica a intensidade correta do exercicio pode sor usada uma escala subjetiva de | ppercepedo do cansaco que a atividade est provocando ou monitorar a frequéncia cardiaca para manté-la em | Uma fava adequada (ver adiante). | een a 1 | Mo; matoiove_ Pea ectnvetss roImAen. puyege sb 50d resera do FC em te 2 Muto eve tempo indetinido, lagéio 4 FC de repouso Um pouco ofegante, fala com/Aumento de 50 a 80% da reserva de FC em ol eae pausas para respirar elacéo & FC de repouso _ Se7 | —-Wiense [Bon clenate, cota fase5 ——|Aumento de mais oo 80% da reserva do FC | $e5-| Mie enso — [ular coma plavas | em laglo FO do opouso, Uea capac ="'o°- [mate mute nenso [Pea rapdureis extanuado —|_deanacétiea, | Condicionamento: A atividade fisica regular e com a intensidade adequada aumenta a capacidade cartiorres- pirat6ria ou resisténcia aerdbica (melhora progressiva da {ungao cardiaca e capacidade respiratoria) e melhora a forca e resistencia muscular, a flexibilidade, o equilibrio e a coordenacao motora, Aumento da fora muscular: E particularmente importante para idosos que esto perdendo massa e forga mus- cular e para pacientes em reabilitagao, Também é usada na musculagéo com objetivos estéticos. Exercicios com carga alta com 4 a 6 repetigoes aumentam a forga muscular e com 8 a 12 repeticoes continuas por série causam hipertrofia muscular. Exercicios de flexibllidade: Meinoram @ capacdade e amplitude dos movinentus artigulares ¥ ern win compu: rente articular e um de alongamento muscular e de tenddes, Aumentam a mobilidade e autonomia da pessoa para as atividades didrias e reduzem o risco de acidentes traumaticos. ‘Atividades com maior consumo ealérico: Para os que precisa perder peso, as atividades precisam ser um pouco mais intonsas e prolongadas para aumentar 0 deficit no balanco calérico. COrientagdes sobre prevencdo de acidentes e violéncia: Como acidentes, violencia e suicidio séo a segunda maior causa de mortalidade geral e a primeira causa de morte entre 5 e 49 anos de idade, todo protissional de ‘salide tem o dever profissional de orientar as pessoas sobre prevencao de acidentes e violéncias, adaptando 0 ‘conselhamento ao arupo especitico de risco como criangas, mulheres, idosos, deficientes, moradores em area rural, moradores em favelas, trabalhadores, viajantes de carro, etc Criangas sao partcularmente vulneraveis a acidentes domésticos ¢ atropelamentos. Homens so 10 vezes Spee ie ce ea ers efi sv da) 2e/anoe 58a mui vunerbvels ackerias| aulomobilisticos e & violéncia urbana. Aeldentes sto ocorrncies por stos ou omissdes no intencionals que provooam lesfes, trauma ou marte de | alguém. Violéncia 6 a provocacao intencional, por agdo ou omissao, de morte, sofrimento, jasdo, trauma (tisico, | siquico, emocional) ou dominacao em outras pessoas. Existe superposicao dos conceitos de acidente e violén- | Cia quando 0 tipo de acidente pode ser evitavel. | A reducéo da mortalidade por acidentes e violencia envolve diferentes setores da sociedade como satide | (resgate/pré-hospitalar, assisténcia de emergéncia, intemacao hospitalar, reabiitagao), sequranca (policia civil, policia miltar, policia rodovisria, corpo de bombeiros, defesa civil, conselho tutelar, etc), justiga (Ministério Pabit- ©, tribunals, sistema carcerdrio, ete), educagao (qualquer forma de orientagao preventiva, curricular ou iniormal, sobretudo atraves da midia). O planejamento e implantagao de politicas de prevengao eficaz deve envolver todas ‘essas reas de forma mais integrada possive| Estimular agdes de construcao de alternativas para jovens em sitvagGes de risco em areas com alta preva- lencia de violencia e criminalidade, como atividades esportivas, misica, arte, etc. dentro de uma abordagem que busca uma convivéncia pacifica e cooperativa ie automovel >uueimadures _* ASfXia por obstrugao alta > Violencla (romicidios) ¥ > Atooaer | » Afogamentos »Acidentes de trabalho —_—» Violéncia (sexual), Intoxicagdes€ envenenamentos > Quedas __» Sui ee Medidas gerals de prevencao de cancer: Existem diversos hébitos de vida que aumentam o risco de céncer de uma maneira geral ou de tipos especificos @ a maioria desses habitos podem ser mocificados ou evitados. * Evitar ganhar peso em qualquer idade. Manter-se 0 mais magro possivel (cima do IMC minimo pera idade). » Fazer atividades fisicas regulares como habito de vida, Pelo menos meia hora por 5 dias por semana. » Evitaratividades sedentarias prolongadas. om mais cereais integrals, verduras, frutas @ legumes. Limitar consumo de cames vermelhas, ‘embutidos, reigerantes e outras bebidas doces. Preferir alimentos caseitos aos produtos industrilizados,. > Limitar 0 consumo de alcool a uma dose por dia. > Evilar exposigdo exagerada a luz solar sem proteao adequada, sobretudo entre 9 e 15 horas. > Nao fumar ou parar de fumar. Nao tolerar que fumem perto de voce, sobretudo dentro de casa ou no trabalho. > Mamogratia anual em mulheres com mais de 40 anos. * Papancolaua cada anos entre 21 29 ans © anual anés:20 anos ou até 3 examos nogatvos apos 85 anos. > Pacientes com n forte historia familiar forte para alguns tipos de cncer se beneficiam de exame clinica dirigido, testes goneiicos, pesquisa de marcadores tumorais, exams de imagem, etc. escolhidos e com periodicidad= __ diferente para o tipo de cancer em questéo. Intervengao Orientagdes de promogao de satide 39 Célculo do riseo eardlaco de Framingham Trata-ce de um sistema =] Brético do computar os fatores de reco do paciento em iabelas ou car Culadoras ontne para calcula 0 risco Gels tor um inidanto cardiaco grave nos proximos 10 anos. E 0 sistema de calculo de risco mais usa- do no mundo. Pode ser caleulado em pousos Seguros: sande urea Planitha (ver abaixo) e somando os pontos correspondentes a idade, S610, niveis de pressdo arterial, colestral otal, HDL. tabagisno paca Converer esses pontos na taxa de isco de tor uma doen cardaca fatal ou nfo fatal om 10 anos. O risco é considerado baixo se fr mont aque 10%, moderado entre 10 020% e alo se acima de 20%, Exempio: homem de 58 anos, pressao sistdlica: 155 (sem tratamento) colesterl total 165, HDL: 84, no fumanta: Soma 3 pontos de eco = risco moderado Principals vantagene dessa prétice: - > Sistematzara pesquisa e abordagem dos flores do isco de doenga carcaca, > Estimular os profisionais de saide a manter ofoco primaro nas intervengbes mals elcazes como controlar a hipertenséo, corgi asipidemias,iterromperotabagismo e usar drogasracutoras de race ahorie rales > ldentficar os habitos do vida ou problemas que estao cortibuindo com mals pontos paraie teen eeedione > Simular quant 0 rio caia se elingides determinadas metas como pare ee tunakreduct os ects laeg total pata 200 mad ou a pressao arterial sitoica para abaio de 190 matte » Convencer @ motvar os pacientes a adotar mudancas de estilo de vida pecesséras ¢ adert melhor aos alae ‘mentos da hipertensao, diabetes, cisipidemia, obesidade, abapiomo, ete ~Idoniicar os pacientes de isco alto, que devem ser abordados come providade e com maior intensidade, ino sive com tatamento medicamentose de disiidemia (estatna Pontos para idade_ dade (anos) 45 a 49 [50254 | 55850] Colesteral os EES 160.2199 200.2235) Fuma Pontos para pressio arterial sistolica Tratamento| "Sem tratamento para hi Com tratamento para hipertensao Presséo 1304 [1402 nm L 139.159 121 14 ae "Pontos para o HDL. HOL (mg/a) Soaso | SaRaCIa4STy ae 0 1 2 : 1 0 1 I 2 Total =| ercentual de risco cardiovascular em 10 anos [Total de pontos 18 19 (20) 21 Raaae a RRisco em 10 anos: 6% 8% 11% 14% 17% Total de pontos 10 11 112° 13 44 isco em 10 anos 6% 8% 10% 12% 16% Classiticagao Considerar como risco alto Considerar ‘come risco imediatamente superior ATENCAO BASICA 40 Orientagdes de promogao de satide Z || Amador Ov, Ameida FA et al. Promogdo de Sade; Edu) p. 65-78. Si Louis: Elsovier, 2013. Drogas redutoras de mortalidade quando indicadas em grupos especificos: Algumas drogas tém capacida~ de de reduzir significativamente a mortalidade e devem ser usadas sistematicamente nos grupos indicados. O enfermeiro deve acompanhar e orientar 0 uso correto desse grupo de madicamentos. Agendar ou encaminhar para consuita médica de avaliagao e prescrigao todos pacientes com indicago do uso dessas drogas redutoras de risco. A maioria delas so cistribuidas gratuitamente no SUS ou nos programas Farmacia Popular, bastando ‘apresentar a receita nas farmAcias conveniadas, » Aspirina (100 a 300 mgldia) na prevenc&o secundérra de infarto em paciente com evento prévio ow na preven- {G20 primaria nos pacientes de alto tisco cardiovascular (exislem criterios claros de indicago). > Hidroclorotiazida mesmo em dose baixa em hipertensos, > B-blaqueadores em hipertensos com coronatiopatias. > Inibidores de ECA em portadores de insuficiéncia cardiaca, hipertensdo, diabetes e nefropatias » Estalinas no tratamento de dislipidemias, quando bem indicadas, reduzem em mals de 80% o risco eardiaco, Avaliagao das ages: Para medir 0 que fol aprendi- do pelo paciente ou por um grupo de pacientes © efeito disso sobre sua evolucao, devem ser usados Fator de risco COSI Eris parmetros objetivos e subjetivos como: Retirada do »*Melhora de conhesimento e conscientizagéo dos bore rees problemas de saude pessoais 0 da comunidad »Mudangas de conceito, atitude ou estagio de pron- Starman || ‘dao e eomportamento om relagdo.e mudenicas | de habitos como parar de fumar, de beber, passar | Dosipeouste ee ee a fazer atividade fisica regular. | Mehra da adesdo ao Wetamento de doengas Croreas © fegularidade na omada doo made Imertos, tomes consulta de contol, numero do esquesimentos de tomada de medcamentos, nimero de intrnacoes. Nimero de eros em éeterminado procedimento de autocuidado (exempio: peritonites por pacien- {esem dase pertones amoulatoral por ano). ~Pardmettosabsollos ccmo pera de exoess0 de eso no obeso ou redugao da hemoglobin ges. fare cabétco, i | ~Avalagao subjelva pelo certo usando escalas de Hee | clalidace de vida, de sttagao do paciento, ~ Avalagao dos proissonais peo paciente sobre a see eee Em sauce comunitaria, ¢ mais facil avatar o W-Peietoracéoericzouatemote | efeto de um plano de ensin pela meiora 6a sade ooletvadefnida por indices como percenval de cancas amamentades ate seis meses, coberura vacinal, casos noves de deleminada doenga,niieo de casos de atavidez indesejadaente alescortes, porceniual de perGas de ns tensolantados er fjelean lara ee Programas, campanhas e Incitvas de prevencéo de saude: Programas de consciontizaceo ¢ melhora do éonhecimento da populagao sobre determined far do sco podem se ets em data de mobiizagao com pm less o restreamento de deenes (upertensto, abetes,obesidade,tabegismo, ec). Poser ser levos eventos em pragas,shopoings, eas, parques, empresas, escoas, et. Também deverse use exeas oper nigades pre | aumentar a ciscussao dos tomas em exposteSes palosas, carlaze, mutes tetralzagoes do ua, oxpostaee ictogteices, programas de TV, ado, jonas, rovils,intewengdes em escoas durante saul ele. Almporancia dainfomet come fone de intormacao & cada Ver maior Monitoragao @ motivagao a distancia: E interessante usar mensagens em grupos de celular (WhatsApp e simi- | lees) para motva os pacientes ny sou aulscuad & idan de eso evs. Nesse arbi ral | divides dos pacientes podem ser respondldas lento pelos profisonais como polos ous paces. Cura Periods do) remissao | | + Grise agida + Gomplicagao + Comorbidades ~ Dificuldade de compreender a condicao de “crdnica-controlével-sem-cura’ e os objetivos de curto prazo do controle. ~Dificuldade de sequir orientacdes simples como esquemas posoldgicos, recomendagées de dieta, etc ~~ Esliigo pré-contemplativo (p. 91) ou desinteresse em realizar mudancas como parar de fumar ou atividade fisica, > Falta vio de familiares ou cuidadores associada a dificuldades socioecondmicas peficacia oU falta de contianca na prépria capacidade de fazer mudangas e de adotar medidas de auto- ating objetivos como perder peso, parar de beber, eto “ 3 itagdes impostas por ela (possiveis ganhos secundérios) ou dentificam com sua doenca e asl sem melhorar sua condigao de sauce = zo das atvidades dlari ness. In: Pottor PA, Port AG, Stocker PA, Hall AM. Fundamentals of Nursing, eth Ed o a ea a ° IMUNIZACOES ‘Na atencdo primaria (UBS ¢ ESF), a equipe de enfermagem é respon sivol polas imunizagoes dos pacientes, orientagto desses em relagéo 20 calendério de imunizagbes por faixa elaria, sobre efeitos colaterais, con- traindicacées, etc. além de cuidar do registro, logistica de conservagao e suprimento das vacinas na unidade. O enfermeiro é responsivel pela su- perviséo, monitoracao dessas atividades © capacitacao da equipe de enter- magem que atua na sala de vacinas, Todos os profissionais de sade devem saber conferir as cadernetas de sade ou cartées de vacinas, identilicar eventuais imunizagdes que de- vem se fetas e suas contandcagdes e encaminnar © paciento& sala de \vacinagao. Tambem dever reconhecer os pacientes com indicagées de vax cinas especiais que precisam sor encaminhados aos Centros de Releréncia em Imunobiolégicos Especiais (CRIE - ver pagina 46) Vacinas: sao solugdes de antigenos puriicados de virus, bactérias ou ce- pas atenuadas desses agentes capazes de induzir imunidade na maioria os pacientes. Atvalmente, quatorze vacinas s2o disponibilizadas gratuitamente nas Unidades Basicas de Satie pelo Programa Nacional de Imunizagdes (PNI) do Ministério da Satide. As vacinas incluidas mais recentemente ‘esse programa foram a pneumocécica 10 e meningocécica C em 2010, a pentavalente em 2072, tereviral em 2013 € as HPY, hepatite Aas e DTpa acelular (para gestante) em 2014, Diversas vacinas efioazes @ disponiveis fa rede privada ainda ndo fazem parte do Programa Nacional de Vacinacao, mas s4o disponibilizadas nos CRIES | ara pacientes com necessidades ou comorbidades espocilicas | Aimunizaedo ativa com vacinas cada vez mais eficazes, isoladas ou em combinagdes em um mesmo pro- | duto, ¢ um dos investimentos mais inteligentes e eficazes em satide piblica. Isso reduz no futuro a morialidade, 0 | Impacto socioecondmico e os gastos piblicos de satide com doencas vitaveis por vacinas. além de reduzircrast-| camente ou mesmo eiminara ransmisséo de algumas doongas, como ocoreu com a poliomielte (atmo caso em | | 1980) ¢ 0 sarampo (muito taro hoje). | __Aadministragao da maioria das vacinas € concentrada nos primeiros anos de vida mas as imunizagdes séo uma | ago de saide importante em adolescentes, adultos, gestantes,icosos, antes de viagens e nos pacientes com maior Wuinerabilidade devido a comorbidades (ver quadro da pagina 46). © Programa Nacional de imunizagoes (PNI) tem | se consolidado entre os mais eficientes do mundo e vem disponibiizando gratuitamente cada vez mais vacinas antes ‘86 acessiveis om alinicas privadas © com alto custo financelro para o paciente. Nas paginas 640 a 646 da seco de ‘érogas desse mariual séo organizadas informacses completas sobre todas as vacinas @ imunoglobulinas disponiveis, ‘no mercado brasileiro (marcas, doses, formas de aplicagao, efeitos colaterais, contraindicagbes, etc). Coe ek hu ar ee eee Meee GUS era luche, Infeccbes graves por pneumococo Rotavirus humano ‘Meningite © sepse por meningo Difteria, tétano, coqualuche Sarampo, caxumba, rubéola Penta, Difteria, tétano, coquel “haemophilus, hepatite B DPT (triplice bactoriana) vop Diarrela por rotavirus Dupla tipo adulto Difteria, tétano TaTpa VIP |Paralisia infantil inativada Paralisia infantil oral Difterta, t6tano, coqueluche acelular |Pneumocéolea 10V | Triplice viral Bal 1.at9ancs)_ anal 20.a59.anos) i |oltar2| [1a 80an0s | | ses Grévidas | 1 Teal aiealeaa Pedsosnapie.| 640 | 640 | 641 | 641 | 641 642 | 646 | 642 | 642 a3 wo atsunco| sim | sim |_| sin | __['sim Sim ee eee eee [Oral |W | Oral |i m_{ iw sc | sc. Der |Coxai} (Coxal Bios! Cox] a Onde | ‘Brago| Coxai| Del- todo | del |Coxa) del |Goxa| | Cova edo del __|diet| tide tolde in | toide | de__|toige | 2H) | brane} tice OS) AS] os | 05 [oso 05 Os mt | mt | mt | mt | 4 ATENGAO BASICA 42 ASICA ATENCAO B Imunizagoes = Reglatros de vacinagées anteriores: O“cartio de vacina’ mas importante de informagao e por isso deve ser guardado com cuidado. A famila deve ser orientada @ manter um Backup atualizado em xerox ou | foto de smartphone pois frequentemente & perdido. A ficha de registro de vacinagao do cliente na UBS (cartao cortcle, espelho ou sistema infor- matizado), consultéro ou clinica de vacinagao precisa ser mantida e etu- aizada com anotagoes tamoem das vacinas felas em oulras unidades 6 dlinicas, sendo também a fonte principal de controle de pacientes em atraso de vacinagées obrigatérias para busca ativa. No cartéo é anotada a data, tipo de vacina, marea, ote, validade e rubrca do protssional, Anotar as datas das préximas vacinas planejadas e agendar o retorno. Anotar @ lapis quando nao exitr espaco especico. Exietom cartSes para ciangas - (cademeta de saude), adolescentes/adultos, gestanes, otc. Todo prots- Sa xiioe— sional de sade, sobretUdo os enfermeiros © madicos das UBS/EST 880 eee ae | responsdveis por conterir se a vacinageio do usuario esté atualizada peles ct rnormas atvais, indicar as vacinas necessérias e fazer anotagdes @ trans: ae centralizadas em um prontuério eletrénico nacional inico do paciente sera) ee) 1 | pose vag Hence) hom oslo eats ce veer aaa atrasadas e proximas datas previstas. Poe py aH <= Marcas de vacinas na pele: Oferece alguma informacao sobre vacina BOG, . {que nem sempre deixa marca visivel @ ndo & proporcional & imunidade qUe ==! pproduziu. Pessoas mais velhas tém marcas da vacina de variola no brago esquerdo. ‘Sorologlas: A situagao de imunidade (por vacina ou contato com a doenga) ou susceptibidade a determinada do- lenga pode ser a Unica alternativa vidvel de definir 0 statusimunolégico do paciente e é particularmente importante ‘submeticos a tratamento imunossupressor. {As vacinas cisponiveis no Programa Nacional de Imunizagdes (PNI) Selon ses ca saga elo con ov pestounone ais 9) BCG: E administrada em dose Gnica o mais precocemente possivel, pre- ferencialmente antes da alta da maternidade, Nos postos, a vacina fica disponivel como rotina para criancas nao vacinadas até completar 5 anos de idade. Se a primeira dose néo deixou cicatriz visivel (avaliagao do mé- : dico ou enfermeito), a vacina pode ser repetida apenas uma vez apés seis, meses de idade. Prematuros $6 devem ser vacinados apés alingir 2 kg de peso. E usada também em uma dose unica adicional em contatos de pacientes com hanseniase. Hepatite B: A primeira dose deve ser aplicada o mais precocemente po: sivel aps 0 nascimento, preferencialmente nas primeiras 12 horas de vide. Se a mae for HBsAg positiva, a crianga deve receber a vacina e a imunoglobulina para hepatite B. A crianga vai receber as proximas trés doses de hepatite B como parte da vacina penta com 2-4-6 meses de idade. Se nao recebeu a primeira dose até 1 més de dade, administrar as trés doses normais da penta. Criangas @ adultos a partir de 5 anos (adultos de qualquer idade, inclusive idosos) sem comprovacdo de terem recebido a vacina ou que apresentam Anti-}1Bce Ant-HEsAg negativos devem completar 3 doses. Se nao receberam nenhuma dose, devem recaber as 3 doses. O intervalo deve ser de no minimo 80 dias entre a primeira e a segunda dose e de 180 dias entre a primeira e terceira (es- {quema 0-1-6 meses). Se a pessoa recebeu aiguma dose, completar apenas as doses faltantes. Pode ser usada vacina combinada contra hepatite A + B também em 3 doses. Garantir, inclusive com busca ativa, que 08 grupos \uneraveis ou de maior risco recebam as trés doses. Alguns pacientes especiais como os hemodialisados, he- ‘offlcos e politransfundidos podem exigir dose dobrada da vacina (com prescri¢ao médica), Vacina penta, triplice, dupla: A vacina penta (Ditteria + Coqueluche + Tétano + Haemophilus B + Hepatite 8) 6 ueada no Programa Nacional de Imunizagéee aoe 2-4-8 meace do idade © a trplice (Difteria + Coquolucho + ‘Tétano) nos reforgos de 15 meses e 4 anos na forma de DPT convencional ou DPTa com componente acelular dda coqueluche (disponivel nos CRIES). Criancas de até 5 anos que nao foram vacinadas antes padem receber as tiés doses de penta com dois meses de intervelo (minimo de 30 dias). A penta e a DPT nao podem ser usadas em Imaiores de 7 anos. Nesse caso, usa-se a dupla tipo adulto dT ou a dTpa acoluar. Atvalmente essa dTpa s6 esta disponivel na rede publica para gestantes e profissionais de sade que trabalham diretamente com neonatos. Em pessoas sem historia de vacina contra diteriae tétano, inclusive nas gravidas, fazer 3 doses da vacina com inter- valos de 2 meses. Todos precisam de uma dese de reforgo a cada 10 anos. No caso de gestagdio, contato com difteria ou ferida tetanogénica, 0 reforgo deve ser adiantado se a titima dose foi ha mais de § anos, Em gestantes usar a dTpa acelular para reforeo o mais proximo possivel do parto (27* a 36* semanas de gestacéo). Naqueles ‘sem comprovagao vacinal de trés doses anteriores, fazer trés doses, mas usar duas doses duplas tipo adulto (47) uma dose de dTpa. Atetravalente (Difteria + Coqueluche acelular + Tétano + haemophilus 8) nao é mais usada, Avacina hexavalente inciui a antipdio inativada, é usada em clinicas privadas para reduzir o numero de injegdes.. Antipélio oral (VOP) e inativada (VIP): © sistema piblico em 2016 passou a adotar 3 doses da vacina inativada tramuscular. Reforcos e campanha com a vacina oral (VOP ou Sabin agora com 2 tipos de virus em vez de 3). O intervalo minimo entre as doses 6 de 90 dias. O primeiro reforgo s6 pode ser dado seis meses apos a lerceira dose. Criangas imunodeprimidas ou com contato domiciiar com imunodeprimidos devem usar a VIP em todas as doses. io primeiro ano, a crianga deve receber duas doses com intervalos de 60 clas, pre- ferencialmenie aos 2 e 4 meses de idade. Um reforgo deve ser feito preferencialmente com 12 meses (pode ser feito até 4 anos), mas com intervalo minimo de seis meses entre esse reforco @a Ultima dose do esquema basico Entre 12 ¢ 48 meses basta uma dose Gnica mesmo se nao houver comprovacéo das doses anteriores. S6SOOG Ee: Imunizagoes 43 Vacina de rotavirus: Administrar duas doses, com 2 ¢ 4 meses de idade. Aidade minima e maxima para a 1* dose i €1 més emeioe 3 meses e meio. O intervalo minimo entre as doses ¢ de 80 dias e a 2* dose nao pode ser feita | _apos 7 meses 2 29 dias, Nao repetir a dose se a crianga regurgitar, cuspir ou vomitar a dose dada. __ Meniingocécica: A meningocécica conjugada CRM197 passou a ser a referéncia no Calendario Nacional de Vac | __nagéo em 2 doses com intervalo de 60 dias e um teforco aos 12 meses. Para os que nao foram vacinados antes de 10 meses bastam 2 doses com intervalo de 2 meses (sem reforco) e apds 12 meses basta uma dose Unica independentemente de comorovagao das doses anteriores. Febre amarela: E rotina aos 9 meses com reforco aos 4 anos nas areas onde a febre amarela é endémica (toda regio Norte e Centro-Oeste; os estados de Minas Gerais e Maranh&o, e algumas cidades do Piaui, Bahia, S20 Paulo, Parané, Santa Catarina, Rio Grande do Sul). Deve ser usada por todos que forem viajar para area de risco pelo menos 10 dias antes da viagem. Outros relorgos 86 sao necessarios se néio houver comprovagao de duas doses anteriores. Gripe: A vacina trivalente contra influenza deve se feita em dose anual, geralmente em abril ou maio (por causa da sazonalidade da doenga), nas criangas entre 6 meses e 6 anos de idade, gestantes, puérperas, idosos e pacien- tes e protissionais de risco (ver pagina 644). Nesses grupos, a vacina deve ser anual na epoca da campanha. Em criangas menores de 9 anos que nunca receberam a vacina de influenza fazer duas doses com intervaios de 30, dias e nos anos subsequentes fazer apenas uma dose. Hepatite A: E usada na rede piblica em dose nica para criances preferencialmente aos 15 meses mas pode ser ‘administrada até 23 meses de vida. Anecessidade de uma segunda dose sera definida posteriommente. Triplice viral: Todos as pessoas devem ter comprovagao vacinal de duas doses da triplice viral (sarampo, caxum- ba @ rubéola) até a adolescéncia. O intervalo minimo entre as doses ¢ de 30 dias. A mesma vacina pode ser sada em mulheres com planos de engravider e histéria vacinal ou sorologia duvidosa para rubéola. A primeira dose aos 12 meses para sarampo, caxumba e rubéola 6 feita com atrplce vial e a segunda dose com 15 meses ‘com a tetraviral (que Inclul tambem a Varicela). Gualquer cranga ou adolescente entre 12 meses e 19 anos de idade que nao tenha comprovagao vacinal de ter tomado as dues doses de triplice viral deve receber duas doses ‘com intervalo minimo de 30 dias ou completar 0 esquema de duas doses se tom comprovago de dose anterior. Tetraviral: € atil com 15 meses de idade quando a triplice viral coincidria com a vacina contra vaticela ou em {qualquer situacao em que esla indicada a cobertura para sarampo, caxumba, rubéola + varicela Vacina HPV (tetravalente tipos 7, 11, 16 18): Previne mais de 90% das infecedes de HPV causadoras de céncer de colo de itera, O objetivo do plano do SUS é vacinar 80% das meninas brasileiras a partir de 9 anos de idade, ue nasceram apds 0 ano 2000, com 2 doses iniciais com intervalo de 6 meses. A terceira dose, prevista no protocolo inicial foi considerada desnecessatia. A opulagao alvo Sa0 as meninas entre 9 e 13 anos que nao receberam as dues doses, Desde 2015, 0 alvo principal sao as meninas que compietaram 9 anos. \Vacinas da Rede Privada: Com a ampliacao das vacinas disponiveis na rede ppablica, 6 cada vez menor a complementaridade das clinicas privadas de vacina- (9608. Muitas das vacinas que néo estao disponiveis nas postos de saiide publica esto disponjveis nos CRIES para as populagdes de maior risco (ver adiante na pagina 46). E importante garantir ao usuario do sisteria piblico que a qualidade das vacinas usadas & a mesma das clinicas privadas. As principais diferengas dos esquemas de imunizacao habitualmente utlizedos nas Clinicas privadas sao Principais diferencas dos esquemas de vacinacdo publico (PNI) e privado (SBIM) fanto na penta de 2-4-6 meses como nos ca, ua | te acelular na DPT @ associagves reforgos com DPT usa componente per- | ComParent acne | PTR ent ee calulos Ilias Croke recede | 6 Haemophilus B, Hopatite B e pdlioinativa- | SICA Jeenen Tove | Hexavaania (ocak + penumococo-18v aos pentavalente VIP aos2e4meses.Penta+VIP aos6m| 2e4mesos vali (es «eee |Poeumneen 18 le (ones Se 1 jeningo C (3-5 meses) + Meningo B (3-5-7- Meningococo Apenas meningococo C(-5-12 meses) [Meninga® (28 meses) + Menngo B72 Varicela ‘Uma dose aos 15 meses como tetravirel__[Duas doses, aos 12 e 15 meses Hepatite A___Uma dose aos 15 meses. Duas doses, 20s 120 18mesos Vacina HPV Duas doses com intervalo de 6 moses. ge ees eon yet aeson onniioneaae a Rotavirus [Cobre também sorogrupo G2 aE Vacinas combinadas: € cada vez mais requente a disporiblidade de vacinas combinadas em um mesmo produto com duplas,triplas, quadruplas, pentavalentes e hexavalontes. A vantagem & reduzir o niimero de injecbes. Vacinas simulténeas: Aplicacées de vacinas isclades ou combinadas na mesma visita em injegoes, seringas e sitios. de eplicacao diferentes sao normals e compativels, Nao deve haver mistura de produtos ciferentes na mesma seringa, -__Intervalos minimos e maximos: Mutas vacinas so feitas com intervalos de dois meses para laciltar a operacdo, psy ‘mas s€o igualmente eficezes quando aplicadas com intervalos de 1 més, Ver especiicagoes de cada uma na Ty) pare de does ahaa &0 cue) No ect tnnelo nino 0 nsapencotomets fo erp ge are ____avacinagao pode ser retomada onde parou no esquema, respeitando as contraindicacées e limites de dade. ve -__Vacinas de virus vivos: Vacinas com virus vivos atenuados como sarampo, caxumba, rubéola, varicela, febre ___amarela, quando nao forem feitas simuitaneamente, 6 recomendado aguardar um intervalo de 15 a 30 dias entre as doses, exceto em relacdo as vacinas orais (pdlio inativada o rotavirus). So contraindicadas na gestecéo. Po- ig} __ dem aramente apreseriay uma doencaleve mimetizando a doenga orginal. O virus vasnel pode sar ransmitdo. a comunicantes e pode causer algum risco para imunodeprimidos graves. < 44 ATENGAO BASICA iImunizagoes Center Gee Renee) kg.de prednisona) cela eee sedated ou grave com repercussao. 'Até a molhora dos sintomas. Guinier, inunossorssores au adetorepla_|Contrandeada s dove ou Bactérie vas Imunodeficiéncias congénitas ou edquiridas ou em As demais podem ser usadas, mas sem garantia de efeito ie de imirpresato ade Repst 80 clas apos arecuperspeo cacao enalltio ou de hpersersbdade grave a um componente da vacina em dose anterior mals N&® USA a vacnas do fbre amarea @infuonza, Para as i cane te vac doe dos: vacar vata reat ee oar ee i ecrvecheade as Historia sugosiva do encotalopatiai6 seo las ap0s receber dose de vacna com componente pt. tussis (OPT, DP2T, tetra ou pentavalente) _ Antecedente de eonvulséo ou hipotora-ipores- Ponsvgede até ts cas aps companonte conven: User apenas vasinas aoblares do compenentepetssis Sonal és aniperissis (DP) ‘Doenga neurolégica progressiva ou degenerativa Transfusdes de sangue, plasma, plaquetas e outros produtos que possam conter imunoglobulinas Alergia a ovo Aca a Efeito adverso grave como convulsio, reagaio alér- gica generalizada ou episédio hipotonico hiporres- onsivo em dose anterior de hepatite A ou 8, DPT, Haemophilus, pneumococo, meningo C, HPV " Falsas contraindicagées: Muitas situagdes s4o erroneamente apontadas como contraindicagdes para vacinas, tanto por leigos como por profissionais de satide mal informados. Esses ertos causam atrasos vacinals e pordas 2 oportunidade de vacinar. Nessas situagdes é importante orientar que a vacinagao pode e dave ser feita, * Pacientes com sintomas gripals ou gastrintestinais leves, mesmo com febre baixa ou usando antibiGticos » Recém-nascidos prematuros com mais do 2 kg de peso atval » Qualquer reacao local a vacina (dor, eritema, enduragao, ete.) > Desnutrigao » Diagnéstico anterior da doenca prevenida pela vacina (no aumenta 0 risco) » Doenga neurologica nao progressiva como convulsdes, paralisia cerebral, etc. » Historia familiar de convulefio ou de morte sibita, » Uso de corticoide inalatério ou oral em dose baixa para asma » Contato domiciliar com gestantes (virus vivos vacinais injatavels no so transmitidos) Conservacao de vacinas: Os cuidados na conservacao das vacinas s30 essencials em toda a cadeia de produgao, armazenamento, distribuigao & estoque. Nas Unidades de Satide e Clinicas Privadas, a maioria deve ser mantida entre 2 e 8 °C com temperatura ideal de 5° @ nao tolera conge lamento. As mais sensiveis a tamperaturas altas so as vacinas de virus vivo, como as contra poliomielite (oral, IPV, tetravalente, pentavalente), ‘riplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), varicela, febre amarela e rota: virus. Preferirrefrigeradores especiticos para conservagao de imunobiolé- gicos. Se forem improvisadas geladeiras domésticas convencionais com orta tnica (ndo usar duplex au do tipn frigaber), n&o colocar nada nae pporlas @ acrescentar o sistema de saguranca de controle de temperatura. 'Nessas geladeiras convencionais, a prateleira de cima deve ficar vazia. Nao guardar vacinas em gavetas. Gavetas podem ser preenchidas com garrafes com Agua com corante para ajudar a manter a temperatura mais estavel. Na segunda prateleira colocar as vacinas que toleram tempera turas mais baixas (poliomielite, sarampo, triplice viral, febre amarela), nas prateleiras de balxo quardar as vacinas que precisam de temperaturas de 2.48 °C e que nao podem congelar (dT, DTP, hepatite 8, Hib, influenza, if tetano, BCG, pneumococo, meningococo, pélio inativada, DTaP, raiva, febre tifoide), alastadas ao menos 15 cm. da placa de frio que fica no fundo da geladeira. Empilhar as embalagens deixando um espaco entre as pilhas para circulagao de ar frio. Deixar na frente as vacinas com menor prazo de validade que vo ser usadas primero @ atras as com prazo maior de validade. Nas prateleiras de baixo deixar as caixas de estoque e diluentes des vacinas. Manter um termémetro com memoria de temperaturas maximas e minimas atingidas junto 4s vacinas da Prateleira do meio. As cémeras retrigeradas espevificas para vacinas ou medicamentos ja tém esse dispositive ® alarme incluido @ algumas podem ser monitoradas on-line © possuem impressora de relatério. Para manter @ temperatura mais estavel, mesmo se houver queda de energia por algum tempo, espagos livres dever ficar heios de bobinas de gelo reciclavel. As vacinas que vao sor usadas durante o tumo de trabalho podem ficar em caixas térmicas com golo reciclvel para evitar a abertura da cdmera refrigerada ou geladeira convencional varias vezes, reduzindo a variagao da temperatura. As vacinas devem ser mantidas ao abrigo da luz, sobretuso as vacinas BCG, triplice viral, varicela e febre amarela, vivas atenuadas. Evitar todas as vacinas que tenham esse componente, in- clusive acelulares, ade as _Evitar ou adiar tripice (DPT) e as de virus vivos. ‘Adiar as de virus vivos (exceto antipdlio oral e febre amarela) Por 8 a 12 semanas, As demais padem ser feltas, mas & _prudente repetir apés 12 semanas. Contraincica vacina de febre amarsla ¢ iniluer Evitar usar proxima dose da mesma vacina, Imunizagdes 45. | Caixas térmioas de backup: S40 usadas para transporte e conservacao temporaria das vacinas durante a limpe- | za do retigerador ou no caso de falta de energia elétrica ou defeito, Devem ser usadas caixas termicas retary “gg _ lates de material plastico de pelo menos 12 litres de volume onde so acondicionadas as vacinas intermeadas G _ combobinas de gelo reutizavel do tipo getox. | Limpeza do refrigerador: Deve ser dagelado e limpo a cada 15-30 dias ou se a camada de gelo do congelador alingir 0,5 cm. Transfer as vacinas e imunobiologicos para caixas térmicas com gelorecielavel do tipo gelox e | estabiizar a temperatura entre +2 e +8 °C. Lacrar a caixa com fta gomada. Desigar o congelador na tomiada (evitar mexer no tormostato), abrir as portas e esperar degelar sem tentar tra 0 gelo com abjetos pontiagudos. | SG, Queda de energia ou parada de funcionamento do refrigerador: Ndo abrir a porta enquanto se verfica a causa do problema e previséo de sua solucao. Se o problema persistr, passar as vacinas com 0 gelo reciclavel para as caixas térmicas e garantr temperatura entre +2 e +8 °C. Se preciso, transterr as vacinas para outra unidade de sade ou Central regional. Quando é documentada variagao da temperatura acima ou abalxo do recomendado, | discutr com a Central (eferéncia técnica) que vacinas é necessévio descartar © quais podem ser mantidas “BL Limpeza da sala de vacinas: Todas as supertcies devem ser limpas diariamente com agua e detergente com | Varredura Gmida do piso usando utensils (vassoura, rodo, pano, etc) exclusives desse ambiente, Apés lim eza, as superficies devem ser desinfetadas com hipoclonito de sodio a 1%. Uma limpeza terminal de todas as -____Superficies horizoniaise vertcais da sala © equipamentos deve ser feita a cada 15 clas, Controle de vacinagao: Todo paciente, sobretudo criancas, adolescentes, gestantes e idosos, devem ter sua situ- ago Vacinal avaliada em cada visita & unidade de saide ou consulta. Checar cuidadosamente as anciacdes do ceartéo ou cademmeta de satide, Perauntar sobre doses feitas e ndo anotadas naquele cartéo/cademeta, Percuntar sobre 0 estado de satide atual, doengas febrs, diarrela e vomitos, medicamentos em uso, Pesquisar e anolar re ‘agbes em doses anteriores de vacinas e reagbes alérgicas graves a qualquer medicamento, Airaso no esquema vacinal nao indica retomar a série do inicio, bastando reiniciar de onde parou. Registro e controle das fichas de vacinagao: As vacinas aplicadas sao anoiadas no Cartdo de Vacinas ou Ca- dermela de Saiide que fica com o paciente e na ficha de controle da UBS (espelho, cartao de controle). A cada vacina aplicada anotar a data, tipo/marca, lote, dose e rubricar. As fichas de controle podem ser arquivadas por ‘ordem alfabética ou por ano de nascimento, Pode ser interessante separar os arquivos dos menores de 2 anos, Griangas, adolescentes e adultos. Os agendamentos des proximas vacinas devem ser registrados no cartéo/ca demeta para facilter a identifcagao dos faltosos e mandar avisos ou mesmo fazer busca ativa através do agente de satide. Cada vacina & registrada também no boletim diério de vacinas que é consolidaco ao final do més ¢ & repassado ao governo para controle da cobertura vacinal. Em algumas éreas esse controle ja é informatizado. ieee 4. Definir as vacinas que serdo administradas. Mostrar ao paciente que as vacinas estao na validade correla e ‘explicar para que serve cada uma delas. 2 Escolher o sitio da injegao de cada uma: para via intramuscular em adultos, prefer deltoide,gliteo (quadran- ‘te superior lateral) ou vasto lateral da coxa. Nos menores de 2 anos, o vasto lateral da coxa (no terco medial entre o trocanter maior do fémur ¢ o joelho) @ mais adequado pela auséncia de nervos e vasos importantes. 3, Lavar as méios antes e depois do procedimento, Usar luvas é recomendavel, mas nao é essencial. 4. Preparar 0 paciente © orienta-lo sobre o local da aplicagao e a posicao em que ele deve ticar. Deixar escolher ‘local da aplicaggo entre as alternativas possiveis. No caso de injegdes miltiplas, preparar todas as doses ‘antes, para fazer todas em sequéncia. Se possivel, fazer a aplicagao simultanea por dois profissionais. 5. Treinar 0 preparo e a aplicacdo usando técnica de manipular a seringa (aplicar, aspirar para atastar puncao vascular aciental e injetar) com apenas ura das mos para tera outra live para conter o paciente. 6. Homogeneizar bem a vacina antes de usar e fazer inspeco visual procurando perticulas ou descoloracio ‘apds a homogenelzacdo, pois isso indica o descarte © devolugao da vacina para avaliacao da biosseguranca. 7. Nas vacinas liolizadas, injetar o diluente, agitar e depois aspirar a solugo para a seringa, Usar seringas e agulhas descartaveis e sem conservantes, antissépticos ou detergentes que possam inativar a vacina. 8. Usar aguia adequada para o tamanho e paniculo adiposo do paciente, sitio de aplicagao com comprimen- 10 suficiente para atingiro centro do misculo nas intramusculares, Nas subcutaneas usar agulhas de 13x 4,5 nas intradérmicas (BCG) de 13 x 0,98, Pode ser usacla a mesma aguina do preparo. Nas injecoes intramus- culares, usar agulhas 20 x 5,5; 25 x 6; 25 x 7 ou 25 x 8 dependendo da viscosidade da vacina, Tanto seringas ‘de 1,0 quanto de 3,0 mL podem ser usadas. Ver mais sobre seringas 2 agulhas hipodérmicas na pagina 312. 9. Fazer antissepsia com alcool a 70% e deixar evaporar antes (necessidade de anlissepsia 6 controversa). 10. Aplicar as vacinas conforme a técnica, via ¢ local especifico de cada uma (ver paginas 640 a G40), 414. Colocar um pequeno curativo no local da injecao. 42. Descartar 0 material usado em lixo proprio e em container de material perturocortante. 19. Ter disponivel recursos para atendimento de choque anatiltico e reacoes aléraicas graves. ‘14. Orientar quanto &s proximas vacinas do calendario e agendé-las. & a 15. Registrar no mapa de controle de vacinagéo as vacinas aplicadas. 16. Manter a sala arrumada e impa para o préximo cliente. “aya ATENGAO BASICA 46 Imunizacoes Eneaminhamento aos Centros de Referéncia em imunobiolégicos Especials - CRIE: Diversos crupos oe pacientes portadores de imunodeficiéncias congénitas ou adquitidas, comorbidades, situagdes ou fatores de fisco listados na tabela abaixo exigem vacinas ou imunobiol6gicos especiais que podem ser obtidos nos CRIES existentes em diversas cidades (ver lista abaixo). Esses pacientes devem ser encaminhados aos CRIES com relatorio e padido médico espectfico e 0 profissional do CRIE ira avaliar a indicaeéo de acordo com o protocaia | atualizado e resumido na tabela abaixo, disponivel onfine no Manual dos Centros de Referéncia para muno- biologicos Especiais, 2014. Quando necessario, os especialistas que trabalham nos CRIEs estao disponive's para dar orientagdes por telefone aos protissionais da Atencao Priméria. Em alguns CRIEs também funciona o atendimento a viajantes que precisam de vacinas especiais ou comprovantes intemnacionais dessas vacinagoes. COI een eee eee en ae kee Telefones dos CRIES por cidade ‘Auagoas (€2)38152982 Lonerina (48)33289583 ‘Arava (79)82503656 Macapa (9631312448 Bold (91)40092801 Manaus (€2)21273473 Bolo Horizonte (31)32775901 Natl (430327999 Boa Vista (95)40004048, Botucaty (438716080 Brasilia (61)83287562 Campo Grande (67)33784949 Celandia (61)95712889 Cuiaba (65)36132594 Cuntba (41989047537 Porto Alogre(61)38968802 Prto Velho (69)32185452 Reeie (81)31841370 Fiboirao Preto (16)26022841 Fio Branco (68)22108297 Fio de Janeiro (21)22756591 Salvador (71933182084 Floriandpols (48)82519088 Sto Luz (08)21091277 Humana antvaicels-ostar GH Imunoglob, humana antchepatite B ((GHAHB) ‘V00-0-v-v'v vv InfluenzaA anual (ver p. 644) Imunoglo3. humana anitetanica (250 UI) | Haemopltlus B coniugada (1 a 4 doses) Meningecocece © conjug.(1 a3 doses) | |) eter eaireisios Sno raiy con < Goin (62)30562045 Taguatinga (61)S3531181 2 | oso Pessoa e3}32185778 Teresina (26)32215581, zg 3) Raporune (22)38221050 Vibra (2719636735 ae 2 ‘Asma persistente, outra pneumopatia crbnica moderada/qrave opatia cronica significativa (ou risco de piora com febre) Hepatopatia crOnics (inclusive por virus C ou B com ou sem HIV)| Netrose, disfuncao renal, dialise cronica Diabéticos. — Fibrose cistica (mucoviscidose) ‘Asplenia anatomica ou funcional (inclusive dre Doencas neurolégicas crdnicas incapacita ‘Usuarios crénicos de AAS (suspender por 6 semanas) ‘Coagulopatia, hemogloginopatia ou transfusces frequentes ‘Doencas de deposito Trissomias. Leucemia sem neutropenia gra Portadores de implante de cdclea Fistula iquoica Exposicéo (sexual, acidente profissional) a hepatite B/AIDS. les ‘Acidente com animal com risco de transmissdo de raiva Indicagao de sora antirrabico, mas com intolerancia ao soro. ‘Tetano neonatal, ferida tetanogénica grave, alérgico ao soi ‘Susceptivel, gravida, imunodeprimido com contato proximo Criangas imunodeprimidas com vacinagao incompleta ago parelitica a \ ca contato de imunodeprimido. Reacao adversa grave com vacina DPT convencional se ventilados artiicialmente Neonatos ainda internados na idade da iniciar a varinagan ‘Transplantados (medula ou 6rcaos solides) ‘Transplantados estéveis ha mais de 2 anos humoral (imunidade celular preservada) joénita humoral ou deficiancia de complemento Pacientes com HIV/AIDS Intervengao sontato de imunodeprimidos Fane denat idee raratineise ieaneseice se eae | Pa Dosdores de cadastrados em progr nsplante P Candidates a transplantes e suscept es ou pessoas com convivéncl ‘Doador de sanque, profissionais qu: conizado. 19 menores de i3.anos [>t ATENGAO BASICA Sociedade Bresieva ce munizages- ee 2018, | Ribeiro JGL Imunizagdes. In: Pleta E, Olveira RG. Blackbook - Clinica Mé- ‘ica, 2 Ed, Belo Horizonte: Blackbook Edltora, 2014, Oqueé ATENGAO E CUIDADOS DOMICILIARES ‘Assisténcia doricilr, cuidados domicilares ou home care 6 uma al- temativa de desospitalizaeSo para pacientes estaveis que possam continyar Seu tratamanto em casa, num proceso bem estruturado, com apoio mul- brorissional,equipamertos adequados e paricipacso efetiva do paciente & | de sua familia ou cuidadores, /"'R atengao domicilia também pode ser substitutiva da intemagao hos- | pitaiar para pacientes atendidos na rede de atoncéo priméia ov de Urobn- | CiafEmergéncia © que esto com AIH aguardando vagas, Nesses casos, € omum usar 0 tormo ‘internagao domiciiar. Na atengao domiciiar prvada, |o termo internagao domicliar tem significado diferente e 6 usado para siti. | agées em que © paciente exige cuidados damiatiares de entermagem, in | dependentemente de indicagao clinica ou acompanhamento médico diario. | Principals vantagens da Atencao Domicli > Possibilar uma volta mais répida do paciente ao nicleo familar com assisténcia integral ¢ focada em sua aulonomia © convivéncia com @ | familia, geralmente permitindo maior conforto e assisténcia mais humanizada » Desospitalizar pacientes hospitalzados crnicos © som perspeciva de alla som essa tipo de cuidado. >Permitr que o lilo © os recursos hospitalares antes ocupados por esse doente volte ao uso da comunidade. * Reduzi 08 custos do tratemento em até 80%, pois a familia area com os custes de hatelaria, almentagao 6 a mmaioria dos medicamertos ~Formar vinculo mais forte entre o pacient, a sua familia e os profissionas de sade. »Reduzir 0 risco de complicagses hospitalares, sobretudo de infecoBes hospitalares e iatrogenias. > Reduzir 0 indice de reinternagses. Eres or ron seine Shier Pence ence eenee emcee eile Criangas udos | Adultosrénicos | “idoso >Sequelas neuromusculares)> Pieloneite (trata- > Neuropatias degenerativas > AVC em recuperagio »Doengas genéticas graves| mento EV) >Cirrdticos com ascite grave» Recuperagao de fratura > Displasia broncopulmonar }~Pneumonia »Sequela de poltraumatismo de femur | >-Fibrose cistica infuses venosas _-DPOC exacerbada »Doenga de Alzheimer | >Neonatos prematuros |» Suporte pés-intemagao » Ulceras de pressao avangadas ~DPOC grave | > Surtos psiquiaricos > Outras feridas cronicas __» Cuidados pal | Sistema piblico de Aten¢ao Domiciliar: No SUS, as cidades com mais, de 40 mil habitantes podem optar por ter um Servigo de Atendimento Do- rmiciliar (SAD) para trabalhar de forma complementar & Rede de Atengao local, somando esforcos ao trabalho das Unidade Basica de Saiide ou Es- tratégia de Saiide da Familia, UPAs e rede hospitalar. A indicagao da de- sospitaizacdo ou substituigao da intemacdo precisa ter critérios claros @ ‘sequir protocolos especies de plano de cuidados, avaliagéo de risco, ar- ticulagao com os servigos de emergéncia, sauide da familia e redes locais de apoio social (cuidador solidério) e sistema hospitalar de retaguarda, Esse tipo de cuidado domiciliar ¢ diferente das visitas domiciiares da Estratégia de Saude da Familia cujos | bjetvos principals sao uma complementagao do plano de cudados de pacientes de atengo bésia que tem | restrigdes de moblidade ou dificuldades em sequir 0 plano terapéutico proposto (ver p. 23) | erence edie ee ues Tipo Tipo de assisténcla Equipe responsével Duragao | Menor complexidede reciparara ruticena precoge ete Geraimente ‘AD1| mentos técnicos mais simples). Pacientes compensa- continua ou | dos, Menor frecuencia. sce | Soneeelbeies (UPSIEPE I oucadobra | Cuidados de maior complexidade e acompanham: Equipes EMAD ou EMAP | temale frequento (uma ou male weltas semanals}, | com suporte das equines da | Goramente | | apa) necossladode montorzerao requeni de dados | ‘alengao basen (UBSESr). | Cevamerte | vitals, suportee treinamento do cuidador com sondas, | dentro de sua disponiblidade | ‘stoma, aspiragao de traqueostomia, rteses, etc. |e capacidade e com apoio |__ Tome ADZ, mas com procedimentos ou equipamentos | de equipes do NASF edo_ | Goratmonte 'AD3 | espaciais, como suparte ventilatoio, dialise tipo CAPD| hospital de retaguarda (SOs | Coratonte ‘Ou paracenteses repetidas de alivio. Emergéncia) Uma EMAD (Equipe Multidisciplinar de Aten¢&o Domiciliar) 6 composta por médicos, enfermeiros, técnicos ‘ou auxiliar de enfermagem e assistente social ou fisioterapeuta com soma de cargas horarias semanais por E ria de 40, 40, 120 e 30 horas respectivamente. Servigos de atencio domiciliar de alta complexidade no SUS: Permite a desospitalizagao de pacientes inter- nados hé muita tempo por necessidade de cuidados semi-intensivos. E 9 ATENGAO BASICA isponivel om algumas cidades malores. Geralmente exige técnicos de tenlermagem em escalas de 6 a 24 horas e vistas programadas mulicis- cipinares (enfermeito,fisioterapeuta, médico © equipes de apoio como | assistento social, fonoaudidlogo, terapeuta ocupacional, nuticonista e |. psicdlogo que atuam quando necessério). Mesmo com suporte ventia- | trio, monitorizacgo, cuidados com traqueostomia, intusdes parenterais & tenfermagem 24 horas, o custo médio da assistencia domiciiar de cerca de FS 2000 reais por dia contra cerca de FS 6000 de um leto de UTI. Atencao e cuidados domiciliares IA Empresas privadas de Ateneo Domicilir: Prosiam servigos de atongao domicliar, goralmonta como conbats- ‘da3 por saguros ou convénios privados ou pelo Sistoma Publioo de Saide. Séo boas allornativas 2 hosptakzarso em situagdes especificas ou cuidados paliativos (ver pagina 182). A maioria das seguradoras ¢ planos de sauce: tém regras e crteros propries de inluséo ov exclusao para atencao domicliar © reemiolsam 0s custos certo de tabelas predetnidas, A principal baso dessa estratogia 6 a redugao dos custes @ dos riscos de compicagses hospitalaes o a necessidade de estabelacer limites de tempo para a assisténcia domicliar, uma vez que © p= iene tem mais dsposi¢Ro para tor ata hospitalar do que para interromper aassisténcia domicile prestada pelo ‘convent de sade, AS concigdes de reembolsos, oreamentos dos custos, coparticipagao, prazos de reemboiso, ‘tc. devem ser estabelecidas contratualmente enire @ ernpresa de home care, a seguradora e a familia. ‘Os pacientes mais frequentes sAo idoses (dleméncias, deencas oxtnico-degenerativas, pbs-operatorios de ar- troplastas, curativs de feridas crbnicas, tc), pacientes oncologicos (complicagbes de quimioterapia, cuidados paliatvos),criangas (eindromes gonsticas, paralisia cerebral, sobretuco com complicacées infecciosas), portado- res de HIV/AIDS (desidratagao, desnutricéio grave, intecco, etc.) e doengas diversas que exigem soroterapia ou medicagao parenteral por tempo definido. Rear ATENGAO BASICA Visita do 5° dia pos-parto em gestante com d- viia_ [glass onferra do sta ra vats Ne on Bets gars NS domicitar| Seh¥9 do Plano, de cuidados da stengfo Béla] o cragoras de DPOC mal cotoado. Pa ‘cam ertérios e téenicas descritas na pagina 23, cients de maior risco aps alta hospitaar, etc. Procedimentos como sondagem nasoentérica, a soroterapia venosa, tratamento de feridas, hi ind ee caie Coidoe tacts | Poderméclse (iniusso subcuténea continua), mento | pevia, nutricionista, etc). E geralmente um aten-| Cwawvos: Keinamento de ostomzados, Was domiciliar| dimento pontual ou com a frequéncia, duragao ou| Qe am eanes. Alekee porters! (CAPD), Satori calnecearitie Coleta de urina por sonda, instalacéo de ox- genioterapia domicilare sistema de aspiracao, rientagao de doentes crénicos refratatios, lc. PPaciente com problemas complexos, sem duracéo| Pneumonia e outras infeccdes que exigem ent- Internacao| deletminada para a assisiéncia © que exige culda-|_biolcoterapia parenteral nea) dos de enfermagem durante 24 horas por dia (para| Desidratagao e distirbios nutricionals graves alguns, por pelo menos 6 horas por aia), visita peri-| Cuidados paliativos mais complexos é enter 'Suporte ventiiatério JVisitas periddicas complementadas por contaios|Portadores. de doongas crOnicas mals graves | Monitora-| telefonicos. Nas vistas so avaliados os dados| como diabetes, carciopatia, deméncias leves | mento | do paciente, sua progressao ou evolugdo, exame| ou moderadas, oncokbgicos, imunodeprimidas domiciiar | isico @ orientacao, treinamento e apoio psicolégi- Imoblizados com dlceras de pressao | c0.20 paciente, amilia equelas de AVC e trauma raquime CT a eee opera allege CME eee ener ee | ‘especitico: Na rede publica, a soicitagto de atencéo domialiar pode ser fa peo hospi one o pacente esta ntrnado (ae- [Pane Fama Hospial [Ugeres eho ‘sospitaiza¢ao), pela atenc&o basica (UBS/ESF) ou UPAS (para, evitar a hospitalizaoao). A propria familia pode fazer a solcita- | Atendao Basica | ‘920 através da UBS de sua area ou do seu segurolconvénio |_UBS/ESE h | | {sade compere), Os pofssinais da Aenezo Doriciar (Paige de alapeao dana] fazem uma avaliagao do paciente, da indicagao @ se ele preen- | cche 0s eriérios de incluszo no programa. A viabiidade do cui- (AVala ie z dado domiciliar definida pelas condigSes clinicas do pacien- te, escore de instabilidade, necessidades especiais e grau de Gomplenidade dos culdados necessaiios, Em segulda, avaian a infraestrutura do domicilio, a disponibilidade e capacidade dos cuidadores em relagao ao nivel de complexidade e escore de risco do paciente. O paciente e seus familiares devem con- cordar com a assisténcia planejada, preferencialmente em con- senlimento informado assinado. E comum que a familia resista, inicialmente a proposta e seja surpreendida positivamente apos ee oe a implantacao, Em sequida, é necesséro disponibiizar a carga | horaria dos profisionais de apolo necessarios e providenciar 0 preparo @ capacitagao dos iamilaresicuidadores, adeptagao do ‘omiclio © abtencao dos equipamentos necessérios.. Na rede privada, o serviga de ateneao domiciliar & solictado polos medicos as operadoras. O paciente é entdo avaliaco pela equipe da empresa de home-care que identifica as condigSes | Preenche Jp! do paciente, da famfia ¢ da casa para estabelecer um plano | crteios de cuidados com objativas, metas, duragao, modalidade (baixa, | de salsa?“ SIM ss média ou alta complexidade) e estimativa dos custos. A equipe que faz essa avaliagdo iniial geralmente & composta por en- je | fermeiro © médico © eventualmente por fisioterepeuta cu assistente social, dependendo do caso. Deve ser feta uma avaliagao cuidadosa da situacao clinica do paciente junto com a equipe que solicitou a atencéo domiciiar Planejamento Atengao e cuidados domiciliares Exemplos de critérios habituaimente adotados na Atencio Domiciliar Publica (SAD) > Residéncia no municipio ou érea de aluacao ~ Encaminhamento/pedido com relatério profissional e prescrigdes » Pacientes cronicos (graves, complexos) » Disponibilidade de cuidadores (familiares ou contratados) »Tratamento paliativo »Doentes acamados que exigem cuidados frequentes até establizacao » Consentimento assinado (ver pag. 204)» Residéncia com estrutura minima necasséria »Diagnéstico bem estabelecido Exempios de critérios habitualmente adotades na Atengao Domiciliar Privada » Autorizagéo da seguradora ou convénio de saiide > Disponibilidade de profiscionais e equipe de suporte »Pedido e prescriego médica » Disponibllidade de cuidadores (retativa) »Consentimento (pode ser verbal em alguns casos) > Estrutura do domiciio e de equipamentos necessarios Area de atuacdo (relative) » Servicos domiciliares (preparo de alimentos, limpeza, etc.) Situagoes que indi¢am a permanéncia da interna¢ao hospitalar (contraindica a Atencio Domiciliar) > Instabilidade e risco de parada ~ Necessidade de monitorizago complexa © continua Ambiéncia domiciliar inadequada » Necessidade de exames diagnosticos frequentes ou urgentes »Ausénoia de cuidadores adequados _» Necessidade de cirurgia ou intervencSes complexas urgentes > Ventilagdo invasiva continua Plano de cuidados ou projeto terapéutico: Paciente, familia, cvidadores, | GS a ia estrutura domiciiar ¢ equipe profissional devem ser preparados previamente A alta hospitalar para a atencao domiciiar so deve ocorrer quando toda a ‘struturaindispensavel estiverdisponivel. Evita improvisagao. * Avaliagio inicial cuidadosa do paciente com reviséo de sua histéria, exa- ‘mo ficico © eietematizagao de euae necoecidatdce do euidados, »Condutas terapéuticas @ plano de cuidados individualizados, adaptado de avordo com as necessidades especificas do paciente, Os cuidados devem set centrados no paciente, respeitando ao maximo sua autono- ‘mia e preferéncias, com dialogo franco e aberto, formagao de vinculo e estabelecimento de corresponsabilidades. Situacées que habitualmente indicam a permanéncia da internagao hospitalar > Fisioterapia,reabiltagdo > Administragao de mecicamentos » Dados vitais e monitorizacao ~ Acesso periferico * Higiene corporal > Administragao de dista enteral» Posicionamento e conforto. > Infusdes vencsas »Culdados com ostomias_ > Coleta de material para exames » Aspiragio oral e traqueal__ > Curativos »Orientacdo e treinamento do paciente e de seus cuidadores. »Definigao do cuidador principal e do apoio familar. Discussio e pactuacdo com cuidadores e familiares sobre papéis e responsabilidades de cada um de forma adequada ao treinamento e capacitagao que receber. »Equipamentos e insumos necessarios (tabela abaixo). > Nevessidade de técnico ou auxiliar de enfermagem (por quantas horas por dia e o hordrio desse suparte). »Periodicidade das visitas de outros profissionais (médico, fisiterapeuta, nutrcionista, fonoaudiologo, psicblo- 90). Papel de cada membro da equipe multdiscipiinar no plano terapéutico e membro coordenador do caso, Tempo de duragao da aten¢ao domiciliar (meta de curacao prevista) »Organizagéo do prontuario domiciliar que deve conter as folnas de histéria clinica da admissdo (anamnese, exa- ‘me fisico, identficago de problemas), prescrigao médica, plano de cuidados, anotagées e evolugSes mulipro- fissionais, plnilha de dados (dads vita, balaneo hidnco, glicemia, saturagao, eliminacdes). Outros documen- tos podem sem mantidos em pasta separada (sumério da alta hospitalar, relatorios médicos, consentimento assinado, resultado de exames) Impresso ou agenda de anotagdes com as normas de funcionamento, eqiuipe responsével e teletones de contato com @ equine ou com o ser- vigo de emergencia, Procedimentos e teraplas domiciliares de malor complexiciade (ADS do SAD SUS): Exigom uma eatrutura domiciliar adequada de cukdadores, higiene e antissepsia, equipamentos e insumos especificos de consumo, assisténcia de enfermagem na implantacéo ¢ treinamento dos procedi- ‘mentos, visitas periédicas de acompanhamento e atencimento rapido te- lefGnico ou presencial em caso de intercorréncias no solucionaveis pelo Paciente, familiares ou cuidadores. Ge eek ee eae cd Procedimentos TTerapias intravenosas Adaptacao inicial e treinamento, » Dialise peritoneal (CAPD) > Hidratagao venosa > Nutrigdo enteral (sonda ou gastrostomia) » Suporte ventiiatrio. | Nutrigdo parenteral domiciiar > Cuidados e aspiragao orale traqueostomia, Curativos mais complexos |» Quimioterapia antineoplasica —_~ Reabilitago »Paracenteses repetidas > Antibioticolerapia prolongada _ Prevengdo de ilceras de pressao » Monitorizaeéo mais complexe |» Analgesia potente » Reeducagao vesical e intestinal »Sonda nasogastricafentérica |» Outros medicamentos EV _>Didlise pentoneal (CAPD) » Sonda vesical (aliviofdemora) |- Hemoterapia (sangue e derivados) » Cuidados com ostomias » Hipoderméclse » Cuidados com pacientes com Alzheimer Confidencialidade: O protissional da Atengdo Domiciiar assume um compromisso de garantir a confidencialidade de todas as informacdes sobre o paciente e sua familia de forma mais ampla do que a que jé ocorre nos hospitais, uma vez que na casa do paciente presencia sitvacdes privadas especificas que envolvem questdes contidenciais de ordem pessoal, aletiva, financeira, juridica, etc. além das relacionadas aos problemas de sade. 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