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5334 MINISTERIO DA ADMINISTRAGAO INTERNA Decreto-Lei n.° 252/92 de 19 de Novembro artigo 291.° da Constituigio estabelece que, en- quanto as regides administrativas ndo estiverem insti- tuidas, 0 governador civil se mantém como represen- tante ‘do Governo © como Srgio encarregado do exercicio da tutela na area do distrito. Tem de reconhecer-se, porém, que 0 actual estatuto do governador civil nao esta claramente definido, ha- vendo todas as vantagens em homogeneizar, tanto quanto possivel, 0 conjunto variado e difuso de diplo- mas em que se traduz a moldura legal da sua actua- 40 e das suas competéncias. Simultaneamente, entende 0 Governo dever reforgar © papel de estimulo & cooperacdo exercida pelo gover- nador civil relativamente aos servigos desconcentrados que se localizem no distrito. E por esta razdo que se cria um érgdo de cardcter consultivo, cujas fungdes € composicao sio de natureza a permitir a consecugdo daquele objectivo. Assim: Nos termos da alinea a) do n.° 1 do artigo 201.° da Constituisdo, 0 Governo decreta o seguinte: CAPITULO 1 Disposigdes gerais Artigo 1.° Objecto O presente diploma estabelece o estatuto orginico € pessoal, as competéncias e 0 regime dos actos pratica- dos pelo governador civil, bem como a composicdo ¢ as competéncias dos érgos consultivos e a organiza- so dos servigos dos governos Artigo 2.° Definigio © governador civil é 0 Grg4o que representa 0 Go- verno na area do distrito, para além de outras compe- téncias que Ihe sao atribuidas. Artigo 3.° Nomeasio ¢ exonerago 1 —O governador civil € nomeado e exonerado pelo Governo, em Conselho de Ministros, por proposta do Ministro ‘da Administracdo Interna, de quem depende hierdrquica ¢ organicamente. 2 — 0 Ministro da Administragdo Interna pode pro- por um vice-governador civil para os distritos em que tal seja considerado conveniente pelo Conselho de Mi- nistros, 0 qual serd nomeado e exonerado nos termos do nimero anterior. DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-A N.° 268 — 19-11-1992 CAPITULO II Das competéncias Artigo 4.° Competéncias do governador civil 1 — Compete ao governador civil, como represen- tante do Governo: a) Exercer as fungdes de representagdo do Go- yerno na area do disirito; 4) Prestar informardes ao Governo acerca de quaisquer asssuntos com interesse para o dis- trito ou que com aquele tenham relagao; ©) Enviar aos membros do Governo ou a quer Srgéos administrativos a quem se dirijam (8 requerimentos, exposigSes ¢ petigdes que se- jam entregues no governo civil, nos termos do 1° 3 do artigo 77.° do Cédigo do Procedi- mento Administrativo; 4) Desenvolver todas as diligéncias necessérias ¢ convenientes a uma adequada cooperacdo en- tre os servigos piiblicos desconcentrados, de acordo com as orientagdes dos respectivos membros do Governo, e entre aqueles e outros érgaos administrativos localizados na circuns- cerigdo distrital. 2.— Compete ao governador poderes de tutela: 4) Velar pelo cumprimentos das leis e regulamen- tos por parte dos érgaos autarquicos; 4) Promover a realizaeao de inquéritos aos érgios e servigos das autarquias locais ¢ associagdes de municipios do respectivo distrito, mediante so- licitagao dos respectivos Grgios deliberativos aprovada pela maioria dos membros em efec- tividade de fungdes; ©) Participar ao agente do Ministério Piiblico junto dos tribunals competentes as irregular dades de que indiciariamente enfermem os ac- tos dos érgdos e servicos das autarquias locais € associagées de municipio ou dos seus titulares. il, no exercicio de 3 — Compete ao governador civil, no exercicio de fungdes de policia: @) Tomar as providéncias necessérias para man- ter a ordem ¢ a seguranca piiblicas, requisi- tando, quando necessdria, a interven¢do das forcas de seguranca, aos comandantes da PSP ¢ da GNR, instaladas no distrito; b) Conceder, nos termos da lei, autorizacdes ou licengas para 0 exercicio de actividades, tendo sempre em conta a seguranca dos cidadaos, a revencdo de riscos ou de perigos varios que Aqueles sejam inerentes; ©) Elaborar regulamentos obrigatérios em todo o distrito sobre matérias da sua competéncia po- licial que nao sejam objecto de lei ou regula- ‘mento geral, a publicar no Didrio da Republica, apés aprovacdo do Governo, que pode ser efec- tuada por despacho do Ministro da Adminis- tragdo Interna. 4 — Compete ao governador civil, no exercicio de fungdes de protecsio civil, desencadear e coordenar, na iminéncia ou ocorréncia de acidente grave, catdstrofe N° 268 — 19-11-1992 ou calamidade, as acgdes de proteccao civil de preven- 40, socorro, assisténcia e reabilitagdo adequadas em cada caso, com a coadjuvacao do chefe da delegagéo distrital de proteccdo civil e a colaboracdo dos agentes de proteccdo civil competentes, nos termos legai 5 — Além de outros poderes que Ihe sejam atribui- dos por lei, regulamento ou delegacdo do Ministro da Administragdo Interna, compete ao governador civil: 42) Presidir a0 conselho consultivo do distrito; ) Exercer as fungdes legalmente estabelecidas no Ambito de processos eleitorais; ©) Dirigir e coordenar os servigos do governo civil; 4) Superintender na gestdo ¢ direcgdo do pessoal do governo civil; @) Aplicar aos funciondrios ¢ agentes que prestem servigo no governo civil penas disciplinares, nos termos do Estatuto Disciplinar dos Funciond- rios da Administragdo Central, Regional Local; A) Aplicar as coimas € sangdes acessérias a que haja lugar por violagdes dos regulamentos a que se refere a alinea c) do n.° 3 Artigo 5.° Vicegovernador civil 1 — O vice-governador civil coadjuva 0 governador civil, substituindo-o nas suas faltas e impedimentos, ¢ tem a competéncia que o governador civil nele dele- por despacho publicado no Didro da Republica. 2—O vice-governador civil sé pode subdelegar os poderes cujo exercicio Ihe foi delegado quando expres- samente autorizado por despacho do governador civil. CAPITULO III Dos actos praticados pelo governador civil Artigo 6.° Recursos Dos actos do governador civil cabe recurso conten- cioso, nos termos da lei geral, ¢ ainda, facultativa- mente, recurso hierarquico para o Ministro da Admi- nistragdo Interna. Artigo 7.° Contra-ordenagoes A violagdo dos regulamentos da competéncia do go- vernador civil constitui contra-ordenacao punivel com coima nos termos da lei geral. Artigo 8.° Urgncia Sempre que o exijam circunstancias excepcionais ¢ urgentes de interesse puiblico, o governador civil pode praticar todos os actos ou tomar todas as providéncias adminstrativas indispensdveis, solicitando, logo que the seja possivel, a ratificagéo pelo érgdo normalmente competente. DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-A 5335 CAPITULO IV Da secretar Artigo 9.° Expediente expediente do governo civil corre por uma secre- taria privativa, dirigida por um secretario. Artigo 10.° Compettncin do secretirio — Compete ao secretdrio: 4@) Dirigir, sob as ordens do governador civil e em conformidade com o regulamento interno, 0 x: pediente ¢ os trabalhos da secretaria; by Exercer as fungdes de instrugdio nos procedi- mentos administrativos tendentes & pratica de actos da competéncia do governador civil, nos termos do Cédigo do Procedimento Adminis- trativo; ©) Receber ¢ dar andamento a toda a correspon- déncia ou quaisquer documentos que entrarem na secretaria, apresentando ao governador ci vil a correspondéncia fechada que tiver a indi cago «Confidencialy ou «Reservadan; 4) Autenticar todos os documentos ¢ assinar to- das as certid&es expedidas pela secretaria ¢ subs- crever quaisquer termos oficiais; €) Conservar sob sua responsabilidade 0 arquivo do governo civil J) Dar parecer relativo a interpretagao e aplicacao das leis, nas consultas que pelas autarquias lo- cais sejam submetidas & apreciacdo do Go- verno, por intermédio do governo civil; #) Exercer quaisquer outras competéncias que Ihe sejam impostas por lei, regulamento ou deci- sio do Governo. 2—0O governador civil pode delegar no secretario 0 exercicio de fungGes inclufdas na sua competéncia por despacho publicado no Didrio da Repuiblica. 3 — No impedimento simultaneo do governador ci vil e do vice-governador civil, exercerd as respectivas fungées 0 secretdrio. 4— Em cada governo civil existiré um regulamento interno da respectiva secretaria, aprovado pelo Mini tro da Administracdo Interna. Artigo 11.° Fatatuto € forma de provimento do secretirio do governo civil 1 —0 cargo de secretario do governo civil & equi- parado ao de director de servigos, para efeitos do dis- posto no Decreto-Lei n.° 323/89, de 26 de Setembro. 2 — O cargo de secretario do governo civil sera pro- vido por despacho do Ministro da Administragao In- terna de entre licenciados em Direito de reconhecida competéncia, de acordo com o disposto no artigo 4.” do Decreto-Lei n.° 323/89, de 26 de Setembro. 5336 DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-A N° 268 — 19-11-1992 Artigo 12.° Regime Juriico do pessoal 1 — Ao pessoal que presta servico na secretaria do governo civil € aplicdvel 0 regime juridico dos funcio- narios ¢ agentes da administragio central, 2 — Os quadros ¢ categorias do pessoal do governo civil so fixados em portaria conjunta dos Ministros das Financas e da Administracdo Interna. CAPITULO V Conselho consultivo Artigo 13.° Deflaisfo © composigto consultivo € um érgdo de consulta que deverd reunir sempre que este entenda conveniente. 2— So membros do conselho consultivo: 4) O governador civil, que preside; ) O vice-governador civil, quando existir; ¢) Os responsaveis pelos servicos desconcentrados do Estado localizados na Area do distrito, in- cluindo os das forgas de seguranca e o chefe da delegacdo distrital de protec¢do civil. 3. — O governador civil solicitaré ao ministro respon- savel por cada servico a indicacdo do representante res- pectivo, sendo essa solicitag4o, quanto as forcas de se- guranga, dirigida ao comando Tespectivo ou, nos casos em que tal nao seja possivel, ao ministro da tutela, Artigo 14.° Compettacias Compete ao conselho consultivo pronunciar-se sobre qualquer assunto que 0 governador submeta a sua apre- ciagdo, nomeadamente em matérias que requeiram uma adequada cooperacdo entre os servigos piiblicos descon- centrados, ou entre estes € outros érgdos administrati- vos localizados na circunscrigao distrital, nos termos previstos na alinea d) do n.° 1 do artigo 4.°. CAPITULO VI Do gabinete de apoio pessoal Artigo 15.° Consttulgho & composicto 1 —O governador civil poderé constituir um gabi- nete de apoio pessoal, composto por um méximo de dois adjuntos e um secretério, com remuneragdo a fi- xar pelo governador civil, ndo podendo exceder, res- pectivamente, os indices fixados para as categorias de ‘técnico superior principal e de técnico-adjunto especia- lista de 1.* classe. 2 — Quando houver vice-governador civil, o gabinete mencionado no numero anterior poderd ter dois secre- térios. 3 — Os membros do referido gabinete sdo livremente nomeados e exonerados pelo governador civil, com efei- tos desde a data do despacho respectivo. 4 — Aos membros do gabinete so aplicdveis as dis- posigdes dos n.% 2, 3 € 4 do artigo 6.° do Decreto-Lei n.° 262/88, de 23 de Julho. 5 —Os membros do gabinete a que refere 0 n.° 1 no podem beneficiar de quaisquer gratificagdes ou abonos suplementares, nomeadamente por trabalho ex- traordindrio. 6 — O governador civil pode delegar no adjunto do gabinete, quando nao exista vice-governador civil, com- peténcias que nao se insiram no Ambito da actividade dos servigos da secretaria, bem como a representaco oficial em actos € ceriménias. CAPITULO VII Estatuto pessoal ¢ remuneratério Attigo 16.° Direitos e incompatbildades 1 — Ao governador civil e vice-governador civil é aplicdvel o regime de incompatibilidades fixado na lei. 2 —O governador civil e 0 vice-governador civil que tenham exercido os seus cargos apés 0 25 de Abril de 1974 tém direito a um subsidio mensal de reintegracdo, durante tantos meses quantos os semestres em que ti- verem exercido esses cargos, de montante igual a0 ven- cimento mensal do cargo a data da cessagdo de fun- jes. 3 — Os beneficidrios do subsidio de reintegrago que reassumam ou tenham reassumido fungdes inerentes a0 exercicio de cargo politico ou alto cargo piiblico, an- tes de decorrido 0 dobro do periodo de reintegracdo, devolverdo ou receberdo, respectivamente, metade dos subsidios que houverem percebido, ou deveriam aufe- rir, entre a cessacdo do cargo e 0 inicio das novas fun- goes. 4 — O governador civil e 0 vice-governador civil t@m direito a utilizar viatura automével do Estado: Artigo 17.° Remuneracio 1 — O governador civil e 0 vice-governador civil re- ‘cebem mensalmente um vencimento correspondente, Tespectivamente, a 70% ¢ 56% do vencimento de mi- nistro. 2 —O governador civil ¢ 0 vice-governador civil tem direito a um abono mensal para despesas de represen- tagdo no valor correspondente a 20% do respectivo vencimento. Artigo 18.° Aludas de custo ¢ subsiios 1 — Nas suas deslocagdes oficiais fora do distrito, no Pals ou no estrangeiro, o governador civil e 0 vice- -governador civil tém direto a ajudas de custo fixadas na lei 2. — Quando o governador civil ¢ 0 vice-governador civil, 4 data da nomeasao, residirem fora do munici- pio sede do distrito e a uma distancia superior a 30 km, N° 268 — 19-11-1992 DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-A 5337 poderéo, mediante despacho do Ministro da Adminis- tragdo Interna, auferir um subsidio mensal para des- pesas de alojamento ¢ alimentaco correspondente a 20% do seu vencimento. Artigo 19.° Contagem de tempo de service 1 — 0 tempo de servigo prestado pelos governado- res e vice-governadores civis em regime de permanén- cia é contado a dobrar, como se tivesse sido prestado nos quadros do Estado ou entidade patronal, até um limite maximo de 20 anos, desde que sejam cumpridos, 6 anos seguidos ou interpolados no exercicio das res- pectivas fungdes. 2 — Sem prejuizo do disposto no mimero anterior, todo 0 tempo de servico efectivamente prestado para além do periodo de tempo de 10 anos seré contado em singelo para efeitos de reforma ou de aposentacdo. 3 — Os governadores e vice-governadores civis que beneficiem do regime dos mimeros anteriores tém de fazer, junto da entidade competente, 0s descontos cor- respondentes, de acordo com as normas e modalida- des previstas no regime aplicdvel. 4 — Os governadores ¢ vice-governadores civis que ‘exercerem as suas fungdes em regime de permanéncia poderdo, por sua iniciativa e independentemente de sub- missfo a junta médica, requerer a aposenta¢do ou re- forma desde que tenham cumprido, no minimo, seis anos seguidos ou interpolados no desempenho daque- Jas funcdes e que, em acumulacdo com o exercicio das, respectivas actividades profissionais, se encontrem numa das seguintes condigdes: a) Contem mais de 60 anos de idade e 20 anos de servigo; ) Retinam 30 anos de servigo, independentemente da respectiva idade. Artigo 20.° Direito de opcio 1 — Aos governadores € vice-governadores civis em regime de permanéncia ¢ aplicavel o regime de segu- ranca social para o funcionalismo ptiblico, se ndo op- tarem pelo regime da sua actividade profissional 2-— Sempre que ocorra a opcdo prevista na parte fi nal do n.° 1, compete ao governo civil satisfazer os en- cargos que seriam da entidade patronal 3 — Sempre que os governadores ou vice-governa- dores civis optem pelo regime da Caixa Geral de Apo- sentagdes, devem, se for caso disso, ser efectuadas as respectivas transferéncias de valores de outras institui- ges de previdéncia ou de seguranca social para onde hajam sido pagas as correspondentes contribuigdes. Artigo 21.° Exerciclo do direito de opsio 1 — Os governadores ¢ vice-governadores civis po- dem éxercer 0 dircito de opgio a que se refere on.° 1 do artigo anterior no prazo de 90 dias a contar do ini- cio da respectiva actividade ou da entrada em vigor do presente diploma, consoante os casos. 2. — Em caso de opgdo pelo regime de proteccdo so- cial da fungdo publica, a transferéncia dos valores re- lativos aos perfodos contributivos registados no Ambito do sistema de seguranca social pelo exercicio do cargo de governador civil ou de vice-governador civil € feita pelos centros regionais de seguranga social, de acordo com os nimeros seguintes. 3 — No prazo de 30 dias a contar da data da opsao prevista no ntimero anterior, ou da data da entrada em vigor deste diploma, quando a opcdo ja tenha sido feita, 0 governo civil deve requerer ao respectivo cen- tro regional de seguranca social a transferéncia das con- tribuigdes pagas, no exercicio das fungdes de governa- dor ou de vice-governador civil, que digam respeito as eventualidades de invalidez, velhice ¢ morte. 4 — A referida transferéncia sera efectuada no prazo de 90 dias, findo o qual o governo civil dispde de um prazo de 30 dias para remeter as respectivas quantias a Caixa Nacional de Previdenci: 5 —0s valores a transferir pelos centros regionais so os que resultarem da aplicagao das taxas das quo- tizagdes para a Caixa Geral de Aposentagdes ¢ 0 Mon- tepio dos Servidores do Estado aos montantes das remuneragées registadas na seguranca social pela acti- Vidade de governador ou de vice-governador civil 6 — As taxas a que se refere 0 mimero anterior so as vigentes A data do pedido de transferén 7 — A transferéncia de valores a que se referem os nuimeros anteriores determina a alteracao dos corres- pondentes registos nas instituigdes de seguranca social Artigo 22.° ‘Termos da bonificario do tempo de serviso 1 — Em caso de opgdo pelo regime geral de segu- ranga social, a bonificagao do tempo de servico pres- supde 0 pagamento das contribuicdes acrescidas, rela- tivas ao perfodo invocado, correspondentes a periodos de 12 meses civis, seguidos ou interpolados, a cada um dos quais corresponderé um ano bonificado. 2 — As contribuigdes a que se refere o mimero an- terior séo calculadas por aplicac&o da taxa definida em portaria do Ministro do Emprego ¢ da Seguranca So- cial & remuneracdo mensal mais elevada registada em cada um dos periodos de 12 meses validos para a bo- nificagao. 3 — A taxa a estabelecer nos termos do artigo ante- rior serd igual & parcela das contribuigdes devidas para a0 regime geral de seguranca social correspondente, em termos actuariais, ao financiamento das pensdes de in- validez, velhice ¢ morte. 4 —O requerimento da contagem do periodo invo- cado para a bonificagdo deve ser apresentado, € 0 cor- respondente pagamento de contribuigdes deve estar acordado, até entrega do requerimento da respectiva pensdo de invalidez ou velhice. 5 — No caso de 0 pagamento das contribuigdes cor- respondentes 4 bonificacdo se efectuar em prestacdes, tal facto ndo impede a passagem do beneficidrio si- tuagdo de pensionista, se reunir as condigdes exigidas, mas tal pagamento s6 produziré todos os seus efeitos a partir do momento em que se encontre liquidada a totalidade das contribuigdes referentes a0 periodo de bonificacdo invocado, circunstancia que da lugar ao re- célculo do valor da pensio. 6 — Caso 0 governador ou vice-governador civil te- nha falecido sem ter requerido a contagem do periodo 5338 invocado para a bonificagdo, podem os requerentes das Prestagdes por morte fazé-lo por ocasido da entrega do Tespectivo requerimento, sem prejuizo do prévio paga- mento das contribuigdes acrescidas a que se referem os timeros anteriores. CAPITULO VII Regime financeiro dos governos civis A Regime de autonomia administrativa 0 23.9 governo civil, enquanto servigo desconcentrado da administragao central, dispde de autonomia adminis- trativa nos actos de gestio corrente, traduzida na com- peténcia do governador civil, ou seu substituto, para autorizar a realizagdo de despesas e 0 seu pagamento € para praticar, no mesmo Ambito, os actos adminis- trativos necessdrios. Artigo 24.° Regime de receitas ¢ despesas 1 — Constituem receitas consignadas as despesas enumeradas no n.° 2: 2) O produto das taxas a aplicar por petisdes ou requerimentos de interesse particul ) O produto das taxas aplicadas em vi atribuigao de autorizagdes da competéni governador civil, bem como da concessao de passaportes; ©) 40% do produto das coimas aplicadas por forca dos regulamentos de policia previstos na alinea ¢) do n.° 3 do artigo 4.°, revertendo os restantes 60% para os cofres do Estado; d) Todas as que Ihe venham a ser destinadas. 2 — Sao despesas a considerar para os efeitos do ni- ‘mero anterior as que constituem encargos do govern jue, no tendo dotagdo estabelecida ou tendo dotagao insuficiente no Orcamento do Estado, sejam inerentes ao normal funcionamento da secretaria do go- verno civil ou ao desempenho das fungdes de governa- dor civil, bem como todas as que sejam impostas por kei. Artigo 25.° Saldos anual Os saldos resultantes das receitas consignadas tran- sitam para o ano seguinte, nos termos da lei de exe- cugéo oramental. CAPITULO IX Disposigdes finais ¢ transitérias Artigo 26.° Dispensa de visto Nao estdo sujeitos a visto do Tribunal de Contas os diplomas de nomeagdo dos governadores civis ¢ vice- -governadores civis € do pessoal dos gabinetes de apoio pessoal. DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-A N.® 268 — 19-11-1992 Artigo 27.° Cessasio das fungées Os actuais secretérios dos governos civis cessam fun- ‘ges a partir da entrada em vigor do presente diploma. Artigo 28.° Administrasdo dos cofres privativos Mantém-se em vigor o actual regime de administra- go financeira dos governos civis até & integragio de- finitiva dos seus cofres privativos no novo sistema de administracdo financeira do Estado. Artigo 29.° Norma revogatéria Sao revogados 0s artigos 404.°, 406.° a 411.° ¢ 413.° a 415.° do Cédigo Administrativo. Artigo 30.° Entrada em vigor presente diploma entra em vigor no dia imediato a0 da sua publicacao. Visto ¢ aprovado em Conselho de Ministros de 27 de Agosto de 1992. — Anibal Anténio Cavaco Silva — Manuel Dias Loureiro — Jorge Braga de Macedo — José Albino da Silva Peneda. Promulgado em 31 de Outubro de 1992. Publique-se. Presidente da Reptiblica, MARIO SOARES. Referendado em 4 de Novembro de 1992. © Primeiro-Ministro, Antbal Anténio Cavaco Silva. Decreto-Lel n.° 253/92 do 19 de Novembro © Decreto-Lei n.° 418/80, de 29 de Setembro, que aprovou a Lei Organica do Servigo Nacional de Bom- beiros (SNB), equipara aquele servico a uma direc¢do- -geral; dependente do Ministro da Administracdo. In- tera, € estabelece como suas atribuigdes 0 apoio & acgdo' dos bombeiros, dotando-os de meios ¢ forma- ‘edo, com o fim de melhorar a eficdcia das suas corpo- ragBes. © pessoal dirigente do SNB estava sujeito, ao nivel do recrutamento, as normas aplicdveis ao restante pes- soal dirigente da Administracdo Publica, nomeada- mente ao artigo 2.° do Decreto-Lei n.° 191-F/79, de 26 de Junho. © Decreto-Lei n.° 323/89, de 26 de Setembro, a0 de- finir 0 novo estatuto do pessoal dirigente da Adminis- tragdo Publica, estabeleceu, no seu artigo 24.°, a nao prevaléncia desse estatuto sobre alguns servicos do Es- tado, de entre os quais 0 SNB. E necessério, pois, dotar 0 SNB de dirigentes que conhegam profundamente os problemas especificos desta area de actuardo tao sensivel, concretizando, na Lei Orgdnica do SNB, a excepcionalidade da situagao

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