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Lyons, J. etvodiegie a Lins Hibuie Ses sls : Coompandsn Clibowal Vcie-} nal 199%. pp ho 4 Has- 430 A Lingiiistica: estudo cientifico da lingua L.A Introdugio 111 = Definigao da Lingitstica ‘A Linglstica pode se definida como o estado cient da lin ua. Esta definigio,porém, nio basta para dar ao litor uma indice flo postva dos princpios fundamentals do seu conteido. Seri tim pouco mais eslarecedor apreentar em maior detalbe as impli ‘her contidas no quaieaivo“centfco”. Para o momento, bastars ize que por estudo cientiic da lingua se entende a investigagio ‘ela por meio de abservages controadas verfchveisempiice- ‘meme ¢ com referencia uma teoria geal da sua esrutra 1.1.2— A terminologia tingistica ‘Teme as vex observado que a terminologia ou o “jaro” «da Lingistica moderna & main compleso do que o necesito. E ‘5a uma erten que nfo nos deve oeupar por muito tempo. Toda ‘ncia tem Seu proprio vocabulirio téenico: © apenas porque 0 Teigo toma como indiscutiveis as ciéncat estabelecida, especial- mente as céncias “naturas", que ele no discute 0 dirito que esta tem de proverse de um vocabulirio espeilizad. Or termes tc: ‘ico ushdos pelos linglistas vio surgindo no decorter da sua obra « sfo entendidos facimente por aqueles que se apronimam do seu ‘studo com simpatia¢ sem preconceito, Nio se deve exqueer que ‘2 maiora dos termos que emprega 0 no-inguista para falar sabre ‘4 ingua (paler, sabe, tetra, locus frase, ome, verbo, ete) tive ‘Tam fua orgem em terms toncos da gramitic tradicional © nfo ‘Slo menos “ubstatos" na sua eleéacia do que as mais rceates rages dos lings. Se o linguist conlemporaneo exge termos dlereates dos que so familiares aos legos, ov em adigfo a ces, 1360 se deve, em paris, a0 fato de que o emprego ndo tSenico de ‘muitos dos termos da gramitia tradicional os torn insufcente- ‘mente precios. para fins cienties,|2 e em parte pelo simples fato de que a Lingstica moderns, em exros apectos,avanca sem da gramétia tradicional na sua tentativa de construir uma teria ‘eral da estrutura da lingua. Os termos ténicos empeegadios neste lvro serdointroduzidos gradativamente, com explicagto minucioss, Sempre que possive, com referencia aos termes tradcionais de so eral Como veremos. 0 uso de um vocabylirio especilizao el ‘mina um bom nimero de ambiglidades ede possves mal-entendos 1.1.3 = Abordagem objetiva da lingua ‘A principal difuldade que enfiénia quem pela primeira vee aborda © estudo da Lingistica € 4 de que nio esta preparado para ncarac lingua objetivamente.E que'a lingua alga que tos 8 tendéncia de acetar como um fo; alguma coisa com que est ‘mos familiarizados desde a infincia, num tratamento price ee Netido. E,como jas tem observado tls veze,¢ precio um exfogo Particuarmente grande para se olhar com novos olhos a5 cobes familiares. Nem € apenas a nossa familaridade pita ow intuit com a lingua que nos impede de um exame objetivo, Ha toda sorte 4e presonceitos soca e nacioalsts asvciados com a lingua, © muitas falsas concepotes populares, etimuladas pela versio. de formada da gramitica tradicional que € comumente ensinada nas ‘Seolas.E € realmente diel Iiberarmes nossa mente desses pre: ‘concitos ¢ dessas flss concepeest mas ese primeco, paso € nocesltio e compensador L14 — Histéria da Lingitistica [Nada ajudaré. melhor 40 liga, ou a quem entra em contato ‘com oestudo cient da lingua, do que algunas nogbes da. Historia 4a Linge. Muss das iia a respeito da lingua que o lingista stiticari, se no as rejitar inteiramente, 0 leigo comosarh a sen- ‘das menos claras ou evidentes, se conhecer algo da sus orgem histrica Fibs verdade nfo somente de muita cola que & for ‘malmente ensinada na escola, mas também de muita cosa que primeira vista poderia parecer de absoluto bom senso. Acerea do ‘modo como o seaso-

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