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Resumo – A elaboração deste relatório visa vários pontos no que diz respeito à tecnologia
Bluetooth. Desta forma, iremos falar sobre quem criou o Bluetooth, qual a origem deste nome
bem como a origem do logótipo. Focámo-nos também no que é e para que serve bem como
nas frequências e normas desta tecnologia. Depois, explicamos ainda o que é uma Piconet,
quais as versões e utilizações do Bluetooth. Para terminar, falamos um pouco do futuro desta
tecnologia indispensável nos dias que correm.
Palavras-Chave – Bluetooth, conectividade wireless, redes sem fios, partilha de ficheiros, SIG,
Piconet, dispositivos Bluetooth, redes domésticas, frequências, normas, segurança, perfis,
versões, utilizações do Bluetooth, futuro do Bluetooth
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1. INTRODUÇÃO
3. O NOME BLUETOOTH
O nome Bluetooth tem origem no idioma viking antigo e significa Dente-Azul. Foi uma
homenagem ao rei escandinavo – Harald Blåtandem (em inglês - Harald Bluetooth), que no
século 10, uniu as tribos norueguesas, suecas e dinamarquesas. ([2])
5. O QUE É O BLUETOOTH?
6. OBJECTIVO DO BLUETOOTH
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Cristiano Santos, André Gonçalves: Bluetooth
Qualquer dispositivo de uma determinada classe pode-se conectar com outro de outra
classe mas, no entanto, a existência destas classes faz com que por exemplo, um dispositivo
de classe 3 só se consiga conectar com outro que esteja numa distância de até 1 metro deste,
independentemente da classe do outro dispositivo.
No que diz respeito à velocidade de transmissão de dados, pode-se dizer que é baixa sendo
que na versão 1.2 alcançava-se no máximo 1 Mbps e na versão 2.0 passou-se a conseguir um
máximo de 3 Mbps. No entanto com a versão 3.0, já é possível atingir um máximo de 24 Mbps.
([4])
Como o Bluetooth foi criado com o intuito de ser implementável nos mais diversos
dispositivos, foi necessário utilizar uma frequência de rádio aberta, ou seja, uma frequência que
possa ser utilizada por qualquer sistema de comunicação. Assim sendo, recorreu-se à
utilização da banda ISM (Industrial, Scientific, Medical) que opera entre 2.4 GHz e 2.5 GHz.
Uma vez que esta banda é aberta, é necessário garantir que o sinal de Bluetooth não
sofra alterações devido a interferências. Esta é a função do esquema de comunicação FH-
CDMA (Frequency Hopping – Code-Division Multiple Access), uma vez que este faz com que a
frequência seja dividida em vários canais. Através deste esquema, o dispositivo que estabelece
uma conexão, vai alterando de canal de uma forma rápida (Frequency Hopping – ―salto de
frequência‖). Estes constantes saltos reduzem bastante a possibilidade de interferência, uma
vez que a largura de banda da frequência é muito reduzida. No total, o Bluetooth pode utilizar
até 79 frequências (ou 23, consoante o país) da banda ISM, estando estas frequências
separadas por uma faixa de 1 MHz.
Existe ainda um outro esquema denominado de FH/TDD (Frequency Hopping/Time
Division Duplex) que permite que o Bluetooth seja full-duplex, alternando os slots (canais
divididos em períodos de 625 microssegundos) de uma ligação entre slots de transmissão e
slots de recepção (ver figura 2). Em cada segundo ocorrem 1600 saltos uma vez que cada slot
deve ocupar um salto de frequência (1 Segundo = 1000000 Microsegundos logo, temos que
1000000/625=1600 saltos).
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Cristiano Santos, André Gonçalves: Bluetooth
Em termos de ligação entre emissor e receptor, o Bluetooth faz uso de dois padrões:
SCO (Synchronous Connection-Oriented) e ACL (Asynchronous Connection-Less). O SCO é
responsável por estabelecer um link sincronizado entre o master e o slave (definidos mais à
frente) da ligação. Este link reserva slots para cada um dos dispositivos da ligação (master e
slave). Assim sendo, o SCO é mais utilizado em aplicações de envio contínuo de dados (como
por exemplo voz). O problema do SCO é que não permite a retransmissão de pacotes no caso
de estes não chegarem ao receptor. Neste caso, se por exemplo ocorrer uma perda de
transmissão de áudio, do lado do receptor irá ser reproduzido o som com ruído. A velocidade
de transmissão de dados em SCO é de 432 Kbps mas, no caso de ser uma transmissão de
voz, passa para apenas 64 Kbps.
Relativamente ao ACL, estabelece um link entre o master e todos os restantes slaves
da sua rede. Tal como o nome indica, este link é assíncrono, utilizando os slots que estejam
previamente livres. Este padrão já permite a retransmissão de pacotes perdidos, garantido a
integridade do que está a ser enviado pelo emissor no lado do receptor, sendo por isso muito
utilizado em aplicações que envolvam a transferência de ficheiros. A velocidade de transmissão
de dados em ACL é de no máximo 721 Kbps.([4] e [6])
8. NORMAS BLUETOOTH
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Cristiano Santos, André Gonçalves: Bluetooth
Piconet é o nome dado a uma rede Bluetooth composta por dois ou mais dispositivos,
até um máximo de 8 (1 master e 7 slaves). Nas Piconets, o dispositivo principal (aquele que
iniciou a ligação) é denominado de master e fica responsável por regular a transmissão dos
dados na rede e o sincronismo entre os dispositivos.Os restantes dispositivos são
denominados de slaves.
Apesar de uma Piconet apenas suportar 8 dispositivos, é possível aumentar este
número fazendo uma sobreposição de Piconets, onde um mesmo dispositivo pode ser slave de
duas ou mais Piconets. Este esquema de interligação de Piconets denomina-se de
Scatternet.(ver figura 3).
De salientar que um dispositivo que seja master não pode pertencer a mais nenhuma
Piconet.
Para que um dispositivo possa saber quais os outros dispositivos existentes na sua
Piconet, é necessário proceder a um mecanismo de identificação. Esta identificação funciona
da seguinte forma:
1. O dispositivo que pretende fazer uma ligação a uma Piconet envia um sinal Inquiry.
2. Os dispositivos pertencentes a essa Piconet respondem com um sinal FHS (Frequency
Hopping Synchronization) indicando a sua informação e os dados de sincronização da
respectiva Piconet.
3. Através das informações anteriormente recebidas, o dispositivo inicial pode então emitir
um sinal Page para efectuar a ligação com um outro dispositivo da respectiva Piconet.
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Cristiano Santos, André Gonçalves: Bluetooth
O sinal Scan é um sinal utilizado para fazer com que os dispositivos que já não se
encontrem a realizar operações na sua Piconet, sejam postos em modo de Stand-by. Este sinal
foi criado uma vez que o Bluetooth é uma tecnologia virada para a poupança de energia. No
entanto, os dispositivos que se encontrem em modo de Stand-by necessitam de verificar
periodicamente se existem outros dispositivos a tentar estabelecer ligações com eles, existindo
sempre algum gasto de energia para os dispositivos que estejam neste modo. ([4])
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Cristiano Santos, André Gonçalves: Bluetooth
1. Bluetooth 1.0: esta foi a primeira versão lançada do Bluetooth e, por isso
mesmo, tinha problemas a nível de conectar dispositivos de fabricantes
diferentes.
2. Bluetooth 1.1: foi lançada em Fevereiro de 2001. Nesta versão, o Bluetooth foi
declarado como sendo um padrão, nomeadamente o padrão IEEE 802.15 e
assim, resolveram-se os problemas de compatibilidade existentes na sua
versão anterior.
3. Bluetooth 1.2: foi lançada em Novembro de 2003 e com ela vieram conexões
mais rápidas, uma melhor protecção contra interferências, um suporte
melhorado a nível das Scatternets, um processamento de voz mais avançado,
etc.
4. Bluetooth 2.0: foi lançada 1 ano depois da versão 1.2 (Novembro de 2004),
trazendo consigo características importantes como a diminuição do consumo
de energia, o aumento da velocidade de transmissão (3 Mbps), etc.
5. Bluetooth 2.1: foi lançada em Agosto de 2007. As novidades desta versão
foram o aumento de informações nos sinais Inquiry (fazendo com que exista
uma selecção melhorada dos dispositivos antes da ligação ser estabelecida) e
o aperfeiçoamento do Bluetooth a nível de segurança e da gestão de energia.
6. Bluetooth 3.0: foi lançada em Abril de 2009 e é a versão mais recente
existente no mercado. A grande novidade desta versão foi o aumento das
velocidades de transferência de dados, que podem chegar até aos 24 Mbps
entre dispositivos compatíveis. Outra inovação nesta versão foi a nível da
gestão de energia, onde foi implementado um controlo mais inteligente para
gerir o gasto de energia. ([4])
7. Bluetooth 4.0: Falaremos mais à frente.
http://www.gadgets-reviews.com/index.php?id=176&page=post
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Cristiano Santos, André Gonçalves: Bluetooth
http://www.newlaunches.com/entry_images/1108/06/lg-bluetooth-tv-2-thumb-450x300.jpg
http://www.l-dopa.com/_Recent_Projects/2010.09.14/large/Bluetooth_Home_4.jpg
http://www.ixsys.eu/pics/wipam/wipam.jpg
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Cristiano Santos, André Gonçalves: Bluetooth
13. O FUTURO…
Baixo consumo de energia, o que vai permitir que novos dispositivos, como
relógios, possam utilizar o Bluetooth.
Custo de fabrico reduzido, o que faz com que o preço de venda também o seja.
Cobertura máxima de 100 metros
Pacotes de dados mais reduzidos (entre 8 a 27 octetos)
3 ms de latência
Encriptação AES-128 com CCM para encriptar e autenticar os pacotes enviados
14. CONCLUSÃO
Através da elaboração deste trabalho foi nos possível clarificar e descobrir mais sobre o
Bluetooth. Abordámos temas como curiosidades do Bluetooth, o seu objectivo, redes com
dispositivos Bluetooth, tarefas e/ou objectos em que pode ser usada esta tecnologia, o futuro
com a versão 4.0, entre outros temas abordados.
Em jeito de conclusão, podemos dizer que o Bluetooth é uma tecnologia de fácil
utilização e com grandes possibilidades de expansão, principalmente com esta nova versão
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Cristiano Santos, André Gonçalves: Bluetooth
4.0 que permite colocar esta tecnologia em qualquer dispositivo, mesmo que este não tenha
grande capacidade energética. Podemos também dizer que num futuro próximo, estaremos
muito mais interligados ao Bluetooth do que estamos agora, uma vez que qualquer dia, todo e
qualquer dispositivo terá implementado em si a tecnologia Bluetooth
15. REFERÊNCIAS
[1] –
Wikipedia.org, Ano não definido, Bluetooth Special Interest Group (actualizado em 23/8/2010)
Disponível em http://en.wikipedia.org/wiki/Bluetooth_Special_Interest_Group
Consulta em 28/09/2010
[2] –
Site de curiosidades, Ano não definido, O que é o Bluetooth e a sua Origem...
Disponível em
http://www.sitedecuriosidades.com/ver/o_que_e_o_bluetooth_e_a_sua_origem....html
Consulta em 29/09/2010
[3] –
Universo Wap, Ano não definido, Curiosidades sobre o Bluetooth
Disponível em http://www.universowap.com.br/curiosidades-mobile/curiosidades-sobre-o-
bluetooth/
Consulta em 30/09/2010
[4] –
Emerson Alecrim, 2008, Tecnologia Bluetooth (actualizado em 06/03/2010)
Disponível em http://www.infowester.com/bluetooth.php
Consulta em 01/10/2010
[5] –
Kioskea.net, Ano não definido, Bluetooth (actualizado em 19/06/2010)
Disponível em http://pt.kioskea.net/contents/bluetooth/bluetooth-intro.php3
Consulta em 04/10/2010
[6] –
Unisanta, Ano não definido, Bluetooth
Disponível em
http://www.unisanta.br/estrutura/projetos/computacao/gradu04/rastreabilidade/Bluetooth.htm
Consulta em 05/10/2010
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Cristiano Santos, André Gonçalves: Bluetooth
[7] –
Kioskea.net, Ano não definido, Funcionamento do Bluetooth (actualizado em 19/06/2009)
Disponível em http://pt.kioskea.net/contents/bluetooth/bluetooth-fonctionnement.php3
Consulta em 05/10/2010
[8] –
Microsoft, Ano não definido, Bluetooth Hardcopy Cable Replacement Profile (Bluetooth HCRP)
Disponível em http://msdn.microsoft.com/en-us/library/aa505931.aspx
Consulta em 10/10/2010
[9] –
Ray Willington, 2010, Bluetooth 4.0 Officially Debuts: Low-Energy Spec Shipping in Products By
Early 2011
Disponível em http://hothardware.com/News/Bluetooth-40-Officially-Debuts-LowEnergy-Spec-
Shipping-In-Products-By-Early-2011/
Consulta em 13/10/2010
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