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DRENAGEM DE RODOVIAS TRANSPOSIGAO DE TALVEGUES DRENAGEM DE RODOVIAS Professor : Henrique Magnani de Oliveira 2. NOGOES DE HIDROLOGIA APLICADA AO PROJETO DE RODOVIAS 2.1. Coleta de Dados Na realizagéo de Estudos Hidrolégicos pare. 9 projeto de rodovias, o primeiro passo consiste na obtensac dos seguintes dados basic registros historicos de estagdes hidrometeorolégicas na regio de interesse, incluindo,dados de pluviometria, fluviometria, climatolégicos, etc; ” plantas e mapas topogrificos, geomorfolégicos, geoldgicos¢ pedolégicos; fotos aéreas da regido em escala adequada (usualmente, 1:10.000 a 1:25:000); levantamentos topogrificos detalhados; : + perfis geolégicos ao longo da rodovia; existéncia de obras hidréulicasna area, tais como barragens a montante (amortecimento de cheias) ou a jusante (remanso do reservatdrio) da rodovit interrelacionamnento com outros projetos na mesma érea. ‘A partir destes dados, so desenvolvidas -as etapas seguintes dos Estudos Hidrolégicos, com 3° determinagio das caracteristicas hidrolégicas da regido de interesse. ° -2.2, Caracterizacao Fisica da Area ‘A coracterizasio fisica da area tem como. objetivo a definigdo dos valores tipicos a adotar’para os Coefidientes de Escoamento, utilizados nas formulas para célculo das vazbes de dimensionamento. Entre as caracteristicas fisicas relevantes, destacam-se: localizagao da rodovia; unidades de relevo atravessadas; + tipo de ocupago e cobertura do solo. Os Quadros a seguir apresentam valores tipicos adotados para 0 Coeficiente de Escodméento, em funcéo do tipo de cobertura da area a ser drenada, utilizado no Método Racional, descrito mais adiante neste texto. fF 2.3, Caracterizacio do Regime Climatico . ‘A caracterizaco do regime climdtico na;regido ‘de insergo da rodovid é importante tanto pare 0 planejamento das obras, a partir da definicio de perfodos seco e timido, coma, para o dimensiariamento dos dispositivos de drenagem. Inclui: determinagdo das variagbes sazonais de temperatura, evapora¢ao, insolag&a e umidade relative doar; estudos estatisticos da diregio, intensidade e freqiiéncia dos ventos; + determinaso do nlimero médio de dias de chuva mensal ¢ anual; classificacao climitica de Kéepen; . + apresentagdo gréfica/tabular dos resultados. NOTAS DE AULA - Discipling: IMPLANTAGAO DE ESTRADAS 4 spoon une epee an APIO sony sop wppead pa va 28 tay D OMEN? 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Tempo de Concentracio: & 0 tempo de percurso de uma particula teériea de chuva precipitida no panty mais distante da bacia hidrografica até o ponto de interesse, ; ee Em geral, se utiliza no dimensionamento dos dispositivos de drenagem, uma duraga.da chuva efetivi igual ao'tempo de concentragao da bacia, Para bacias de pequends dimenstes, utiliza-se uma dutagdic minima de 5/minutos. ~ ‘Na auséncia de dados experimentais ou de correlago, para a-determinagio do tempo de concentrago em: canais naturais, sugere-se' a utilizago da Férmula de Kirpich, adotada pela California Division o; Highways e pelo U.S. Bureau of Reclamation, para tempos de concentrasio inferiores a 10 horas: 4.=57- (UH) : onde: t,= tempo de concentracdo (minutos) L = comprimento do talvegue principal (km) H = diferenga de nivel entre os pontos mais alto e mais baixo do longo do talvegue (m). ‘Tempo de Recorréncia: corresponde a freqiéncia esperada da repetigao de determinado, evento hidrol6gico. : 0 Tempo de Recorréncia (TR) adotado na determinaso da descarga de projeto deve ser compativel com.o porte da obra e sua vida |, com a importancia da rodovia e com o risco relacionado-a sua interrup¢a0 ou ‘A destruigdo da obra, de vidas humanas e de propriedades adjacentes. ° Sto usuais os seguintes valores de TR em obras de drenagem de rodovias: ’ Tempos de Recorréncia usuais para obras de drenagem Dispositivos TR (anos) ‘Dreriagem Superficial 10 ‘Bueiros 25 ‘Canalizagtio de Cérregos 25.50 Pontes jl 100 2.4.2..Célleulo das Chuvas Intensas O.célculo das chuvas intensas se baseia em registros histéricos de vazbes maximas didrias para a regio em estudo, e tem como objetivo a determinago das curvas de Intensidade-Duragdo-Freqittncia (I-D-F), utilizadas no dimensionamento dos dispositivos de drenagem. ‘Apresenta-se a seguir o roteiro de célculo para a obtengo destas curvas, conforme prescrito por Torrico": | Taborda Torrico, J. Praticas Hidrolégicas. TRANSCON, 1975. 2 Op. CR NOTAS DE AULA - Discipli 3: IMPLANTAGAO DE ESTRADAS DRENAGEM DE RODOVIAS oteiro lculo das | Compilam-se os dados das chuvas didrias méximas, para cada ano, d0s Posies pluviométrico: utilizados; : | Caleula-se, para cada posto, por qualquer método estatistico (Hazen, Gumbel, Pearson, ete.) chuva de um dia, no tempo de recorréncia previsto; | Converte-se a chuva de um dia em chuva de 24 horas, multipicando-se por um fator 1,10; . Determina-se na Figura 1 (mapa de isozonas) aquela correspondente a0 projeto; ae Na tabela da mesma figura fixam-se, para a isozona de projeto ¢ para © tempo de recorrénci: previsto, as percentagens para 6 minutos e 1 hora; Calculam-se, com estas percentagens € a chuva de 24 horas (100%), as alturas de precipitagdo pare 6 minutos € 1 hora; ‘ Plota-se, em papel mono-ldg, as alturas de chuva para 24 horas, 1 hora e 6 sintos de duragio para cada tempo de recorréncia; 7 : |. Tragam-se as retas das precipitagbes de 6 minutos para 1 hora ¢ | hora para 24 horas; Para qualquer tempo de durago entre 6 minutos ¢ 24 horas, lése a altura correspondente nc grifico. : . 7 Costumarse transerever as curvas L-D-F em papel milimetrado comum, para duragbes de até 2 horas, amais eoaaaente utilizadas em projeto. A Figura anexa apresenta um exemplo de utilizagdo do método, pars regio de Floriandpolis, SC. © ~ TOTAS DE AULA - Disciplina: IMPLANTAGAO DE ESTRADAS 1SOZONAS TEMPO DE o IGUAL RECORRENCIA RELACAO EM ANOS 1 HORA / 24 HORAS CHUVA 16 20 25 30 100 385 354 35.0 347 ‘374 373 372 369 366 393 39 388. a4 412 ant 410 407 403 432 430 429 2. 451 449 448 124 468 467 37 aes. 486 14s |° FIGURA 0.4.3 CHUVAS INTENSAS DE FLORIANOPOLIS CURVAS .DE INTENSIDADE ~ DURAGRO ~ FREQUENCIA METODO : TORRICO PERioDO : 1975 - 1995 TR , | ; TRA10 ANOS : =| PRECIPITAGKO. (mm/h) 00! On 02 G3 08 OS cy DURAGAO (horas) FiguRA T ” sete. {"ULW) OYIVYLNBONOD 30 OdNBL 33y1 viongnoaua - oydvund = a = OlVL SNBLNT io°S (SV1S3 YARNS Ae. 7 & (9 (mas) + : ; IDADE DE PRECIPITALA! t= IN! TO DE ESTRADAS BE MOO: [2ESTYOO 4IDROLOGICO | DRENAGEM DE RODOVIAS Professor : Henrique Magnani de Oliveira =! 2.5. METODOS PARA 0 CALCULO DAS VAZOES DE DIMENSIONAMENTO - VAZOES DE _CONTRIBUIGAO . 2.5.1. Método Racional 0 Métad Racionel é um dos mais simples entre os métodos disponivels para determinacdo das relagdes Ghuvaldescarga superficial. Pode ser usado em bacias com érea de até 50a (0,5 kam"). Sua equagdo geral é: Q=C-i-A/3,6 , onde: : Q=vazio (mils); . = coeficiente de escoamento ou de run-off (ver item 2.2); tensidade da chuva de projeto (mm/h), tomada igual ao tempo de concentragso da bacia ¢ lide nas curvas I-D-F; A= brea de contribuicao (km*). 2.5.2, Método de Burki-Ziegler ‘Além dos Métodos Racional e do Hidrograma Unitirio Triangular (adiante), ¢ importante o estudo dos ‘Chamados métodos empiricos, que procuram associar formulas empfficas a eventos extremos. Entre estes méiodos, um dos mais aplicados para o dimensionamento de bueiros e em drenagem fivial € a vitodo de Birki Ziegler, indicado para bacias de pequena declividade (até 5/1000) edrea de até 15 kan? (1.500 ha). ‘Sua equago geral é: a= 022 -C-i- A- (V/A) ‘onde: ‘A= area da bacia (ha); . j= intensidade da chuva de projeto (cmv), tomada igual a0 tempo de concentrago da bacia ¢ lida nas curvas I-D-F; C= coeficiente de escoamento superficial; T= declividade da bacia (mv/km) - diferensa de nivel ao longo do talvegue / comprimento. © tempo de concentragio da bacia pode ser avaliado com base na Férmula de Kirpich: .es7- ay onde: 1, = tempo de concentragao (minutos) L=comprimento do taivegue principal (km) = diferenga de nivel entre 05 pontos mais alto e mais Baixo ao longo do talvegue (mn). NOTAS DE AULA - Disciplina: IMPLANTAGAO DE ESTRADAS DRENAGEM DE RODOVIAS, Professor : Henrique Magnani de Oliveira O coeficiente de escoamento superficial C depende basicamente do gran de impermeabilizagao da bacia Os Quadros a seguir apresentam valores indicativos para este coeficiente. Valores de C baseados nas caracteristicas gerais da bacia’ . T : id Caracteristicas da Bacia c ‘Areas centrais com grande densidade de habitagdes com ruas e calgadas 0,70 a 0,90 pavimentadas : Areas adjacentes ao centro com menor densidade de habitagdes, mas com ~0,70. rruas e calcadas pavimentadas Zonas residenciais com habitagSes muito préximas umas das outras ¢ ruas 0465 pavimentadas Zonas residenciais com nimero médio de habitagdes j 0,55 20,65 Zonas residenciais de subuirbios com pequena densidade de habitagses | _ 0,35 40,55 Bairros ajardinados ¢ com russ asfaltadas é 0,30 ‘Superficies arborizadas, parques ajardinados, campos de esporte - ° 0,10 20,20 pavimentados Valores de C baseados nas caracteristicas detalhadas da superficie da bacia Caracteristicas da Superficie c ‘Superficies de telhados 0,70 20,95 Pavimentos 0,402 0,90 Vias asfaltadas 0,25 a 0,60 Vias ¢ passeios apedregulhados 0,15 0,30 ‘Superficies nao pavimentadas, quintais ¢ lotes vazios 0,10 2 0,30 Parques, jardins, gramados, dependendo da declividade ¢ do subsolo 0,05 a 0,25 2.5.3. Método do Hidrograma Unitario Triangular 0 Método do Hidrograma Unitério Triangular foi desenvoivido pelo U.S. Soil’ Conservation Service, ¢ & geralmente utilizado para 0 cdlculo da vazio de projeto para bacias com area de até 2.500 km. ‘Embora tenha uma formulagio também bastante simples, seus resultados so considerados adequados € correspondentes s cheias observadas. ae . Os pardmetros do Hidrograma Unitério Triangular (HUT) sao os seguintes: H(t) =2,08-A/t, > Garcez, LN. & Alvarez, G. A, Hidrolosia, Edgard Blacher, 1988. NOTAS DE AULA - Disciplina: IMPLANTAGAO DE ESTRADAS . Professor : Henrique Magnani de Ofiveira |= DRENAGEM DE RODOVIAS: ‘A= direa da bacia (kmn?); t, = tempo de pico (horas); : = AU2+0,6-t, oo 1, tempo de concentrago (horas); : ; At = tempo unitério (horas); Aet/5- t,= tempo de recessto (horas); t= Lert, t,= tempo de base (horas); = 2,671, Conhecidos } (i) t,€ t, calculam-se as ordenadas p(t) para qualquer tempo t, por sitiples proporsio de ‘tridngulos. Para t, tomam-se miiltiplos exatos ou aproximados do tempo unitério— t,.n- At. ; NOTAS DE AULA - Discipliia: INPLANTAGAO DE ESTRADAS DRENAGEM DE RODOVIAS. Professor: Henrique Magnani de Oliveira 3. NOGOES DE HIDRAULICA APLICADA AO PROJETO DE DRENAGEM DE RODOVIAS © dimensionamento hidréulico dos dispositivos de drenagem de rodovies é realizado em geral; por simplificaglo, considerando-se duas situagées bésicas (embora possam ocorrer infimeros outros casos especiais): escoamento em orifitios: + escoamento uniforme em canais. © excoamento por orificio ocorre, em bueiros, quando @ boca de montante esté submersa (¢ desde que @ de jusante no esteja). CO escoamento uniforme & um caso particular do escoamento em canals, ¢ ocorre somente quando bé uma extenso suficiente para que 2 lémina de égua atinja 2 pprofundidade’ normal. E empregado ‘para Gimensionamento de Bueiros ¢ Dispositivos de Drenagem Superficial. 3.1. Escoamento em Orificios O cdlculo da capacidade de vaziio de um bueiro operando como otificio é feito considerando a boca do pueiro como se fora un ofificio a uma dada profundidade, através da seguinte expresséo: Q=C,-A- YR gh onde: Q= vazio (m/s); ‘A= fea da segdio transversal do bueiro (m*); n= carga hidréulica sobre a linha média do bueiro (mm); s j= coefciente de entrada, representa as peas de carga na entrada do bir contago¢ visosiade da gua); em geral, adota-se C, = 0,60; . g= aceleragio da gravidade (m/s") Figura 2: Bueiro operando como orificio ‘Em geral, procura-se limitar a altura h a uma vez a altura do bueiro, ou sej¢, emprega-se: h=d Deve-se também observar a conveniéncia de se limitar 0 nivel da 4gua a montante (Hw) ano minimo 1,50 ve baixo do nivel do pavimento, evitando assim qie a gua represada a-montante da rodovia venha a atingi-lo, o que poderia acarretar danos & sua estrutura, : NOTAS DE AULA - Discipina: IMPLANTAGAO DE ESTRADAS w DRENAGEM DE RODOVIAS Professor : Henrique Magnani de Oliveira - 3.2, Escoamento em Canais ‘A férmula de Manning, associada a equacio da continuidade, é uma das mais utilizadas, no. mund inteiro, para o calcul da capacidade de vazio de estruturas hidréulicas com superficie livre. Em estradas, é aplicada no dimensionamento de bueiros, sarjetas, valetas e quaisquer outros dispositive dedrenagem superficial. ‘Sua forma geral é dada por: ye hige 5 onde: v= velocidade média do escoamento (1r/s); n= coeficiente de rugosidade, dado pelo Quadro seguir, . . R= raio hidrdulico (m) = Area mothada / Perimetro molhado; 1 = declividade longitudinal da obra (m/m). ‘A-capacidade de vazio correspondente ¢ dada através da equaco'da continuidade: Q=A-¥ Em se'tratando do dimensionamento de dispositivos de drenagem superficial, a utilizagio da Formula de Manning permite & definigio dos comprimentos criticos, a partir dos quais ‘se toma necesséria ¢ implantago de uma saida de Agua ou de uma caixa coletora. Deve-se observer, quando da aplicagto deste método, os limites méximos de velocidade admitidos part cada tipo de cobertura superficial. © Quadro anexo ilustra estes valores. ny ROTAS DE AULA - Disciplina: IMPLANTAGKO DE ESTRADAS a DRENAGEM DE RODOVIAS. Professor : Henrique Magnant'de Oliveira. 4. DRENAGEM DE TRANSPOSICAO DE TALVEGUES 4.1, Introdugao As obras de ‘transnosicao de talvegues se destinam ao escoamento das Aguas provenientes de bacias hidrogréficas afluentes a rodovia, de forma a nao comprometer a estrutura desta. Podem ser: bueiros, pontes e pontilhées. ot . 4.2, Bueiros Destinam-se a permitir a passagem das Aguas de bacias hidrograficas de péqueno e médio porte afluentes Arodovia. ‘Compiem-se de bocas’e corpo: + corpo € a parte do bueiro situada sob os cortes ¢ aterros; - , as bocas constituem o arremate, a montante e jusante, ¢ s4o compostas por soleira, muro de testa € Nos casos de nivel de entrada na boca de montante abaixo da superficie do terreno natural, a boca pode ser substituida por caixa coletora. 4.2.1. Classificagao: & forma da. + tubulares: segdo circular; 5 + celulares: seso retangular ou quadrada; = especiais: quaisquer segdes diferentes das anteriores, e.g. arcos, segdes mistas, etc. Quanto a0 mimero de linhas: - : ‘+ simples: uma tinica linha; : + duplos ou triplos: quando composto por 2 ou 3 linhas de tubos ou células. ° Quanto a0 material: . + concreto simples; + concreto armado; + chapa metélica corrugada; + alvenaria de pedra. . Quanto a esconsidade: ‘A esconsidade é definida pelo Angulo formado entre 0 eixo longitudinal do bueiro ¢ a normal a0. eixo longitudinal da rodovia.Podem ser: - S . normais: quando 0 eixo do bueiro coincide com a normal ao eixo da rodovia; . + esconsos: quando o eixo do bueiro fizer um Angulo diferente de zero com a normal ao eixo da rodovia. 4.2.2, Localizagao: «sob aterros: em geral, deve-se procurar posicionar os bueiros na linha do talvegue; quando isto no for possivel, deve-se procurar uma locagaio esconsa que afaste 0 eixo o minimo possivel da normal ao eixo da rodovia (economia — redugdo da extensio), tomando ‘precaugdes com relaydo &s condigles de aproximacao e de saida; NOTAS DE AULA - Disciplina: IMPLANTAGAO De ESTRADAS to DRENAGEM DE RODOVIAS Professor : Henrique Magnan! de Oliveira 4.2.3, Elementos de projeto Para o projeto de Buciros sto necessérios os seguintes elementos: _ levantamentos topogrificos; pesquisa da declividade e estudos geotécnicos, * efinigdo da secao transversal: fungao da vazio de projeto € da declividade do bueiro; definigzo do comprimento do bueiro; fundagdes: nas obras de maior porte (celulares) ode ser necesséia soluggo mais complexa; Mreobeimento: depende do projeto geométrico; recobrimentos minimo ¢ méximo dévem ser observados. / 42.4. Apresentagiio do projeto de bueiros: A apresentacao do Projeto Executive de um Bueiro é ‘composta por: pres representacdo no projeto geométrico horizontal e vertical: ocalizagdo, tipo, comprimento, sego transversal, esconsidade; , decenho em perfil (segundo seu eixo longitudinal): com declividade, comprimentos (montante € jusante), cotas (montante ¢ jusante) ¢ altura do aterro; - ‘Nesenho em segdo transversal (Projetos Tipo): formas e armagao, bocas € caixas coletoras e quadro de quantidades de materiais. 7 42.5, Roteiro para Dimensionamento de Bueiros: : 0 procedimento para determinago da segao de vaaiio de bueiros segte <8 seguintes pasos: determinago da Vazio de Contribuigdo (Vario Hidrolégica); se eno de seqdo do bueito, incluindo a pltaforma de terraplenagem projetade: fangamento da Ina de fundo do bueiro (geratriz inferior) em perfil longitudinal; selegdio preliminar da segto de vazio do bueiro; ‘ SRecmminagio do nivel de Agua méximo admissivel a montante - cansiderar benfeitorias’ e” protecao do pavimento; . Pileulo da capacidade de vazio da obra (Varo Hidréulies), considerando. 0 nivel maximo a peer 2 Cepacidade de Vaziio (Vazio Hidréulica) = Verio de Contribuisao (Vazi0 Dimensiona Em geral, 0 cdlculo da capacidade de vazo de um bueiro considera duas hipéteses: « bueiro operando como canal; bueiro operando como orificio. ‘Adota-se, como simplificagao, no caso de bueiro operando como canal, a hipétese de escoamento ‘uniforme, utilizando-se a Formula de Manning. - Para bueires rodoviérios comuns, bueiros tubulares de pequeno porte, o extério mais usual de projeto, segundo 0 DNER, consiste em dimensionar 0 bueiro para operar como ‘canal para a vazio de TR =.10 nos, verificando-se se as restrigBes de projeto para’bueiro operando como orificio sio satisfeitas, para 2 vazio de TR = 25 anos. Para os bueiros de maior porte, celulares, dimensionar pelas duas condigées. HOTAS DE AULA - Disciplina: IMPLANTAGAO DE ESTRADAS DRENAGEM DE RODOVIAS Professor : Henrique Magnani de Oliveira Critérios de projet . : + ing = 0,35 % (preferencialmente usar i 0,59), para possibilitar& auto-limpeza da ses0; nus 5%, Se i> 5 % usar degraus; para o dimensionamento de bueiros de concreto usar n= 0,017 para refletir bem-as condigées dos concretos comuns moldados in loco; d, Figura 2; ¢ Bueiros operando como orificio: 2) Bueiros tubulares com D 1,5 m: HYD's 1,5 onde: Hi, = altura da limina a montante, medida a partir da geratriz inferior do bueiro; D = didmetro; +) Bueiros ovéides, celulares ou tubulares com D2 1,5 m: HYD 1,2; |. nivel da dgua a montante (Hw) a.no minimo 1,50 m abaixo do nivel do pavimento; + Daa = 0,80 m . . . | empbueiros de maior importancia, usar preferencialmente dimensionamento come canal: «em bueiros longos (> 30 m) usar dimensionamento como canal; 4. em bueiros curtos usar dimensionamento como orificic; _ + quando a declividade for um dado importante usar dimensionamento como canal; + quando a altura de imindagdo a montante for importante usar dimensionamento como orificio; - 4 NOTAS DE AULA - Disciplina: IMPLANTAGAO DE ESTRADAS DRENAGEM DE RODOVIAS: Professor : Henrique Magnani de Ofivelra 4.3. Pontes e Pontilhdes ‘Sao utilizados na transposigdo de talvegues nos casos em que avutilizagdo de bueiros nao é possivel ou ¢ economicamente desfavoravel. Distinguem-se entre si apenas no que se refere as dimensbes, importincia ¢ consequentemente, no temPo, de recorréncia a adotar tia determinago da vazBo.de projeto. 43.1 Elementos de projeto: «Tempo de Recorréncia: deve ser compativel com o porte da obra e sua vida itil, a importéncia da viae ‘o risco associado & sua interrupgdo ou é destruigao da obra; + Descarga de Projeto: obtidas através de estudos hidrolégices, levando em conta 0 termpo de recorréncia adotado, e.0 método de célculo recomendado’ para o caso, de preferéncia deve-se usar métodos estatisticos; . « Declividade do Leito do Rio; determinada entre dois pontos distantes no minimo 200 metros entre si, um a montante e outro a jusante do eixo da rodovia; : + Segdes Normais ao Rio: tomadas no local da travessia; Definigzo do Coeficiente de Manning: adotar pera o curso de agua apés'inspegio detalhada das condigées locais. 43.2. Dimensionamento hidrdulico: ae 0 dimerisionamento hidréulico de pontes tem por objetivo a determinagdo da cota da cheia mAxima, modo a permitir a definigao da elevago mainima da superestrutura da obra, de tal forma a nlo ser atingida quando da ocorréncia de vazées extraordindrias. Utiliza-se a Férmula de Manning. Para cada alrure h do nivel de dgua, haverd uma érea mothada A, um perimetro molhado P, um raio hidréulico R = A/P e uma velocidade V dada por: ve lige n ‘A vaziio correspondente é dada por: QaeAv Reagrupando as duas expressdes: ARB ‘Nesta expresso, o termo a direita € fungo apenas das caracteristicas geométricas da-segao, para wne determinada altura h. Sendo I e n constantes, ¢ independentes da altura da gua, verifica-se que v ¢ Q sdo fun¢a0 apenas de h. ‘Variando-se, ento, os valores de hi tragam-se as curvas referidas a dois eixos cartesianos, conforme @ Figura 3, a seguir. No eixo das abcissas em duas escalas, para simplificagao dos desenhos, marcam-se 05 valores de AR” e V.No eixo das ordenadas, os valoresdeh. ° ” Assim, a partir do valor de Qu Obtido nos estudos hidrolégicos, obtém-se 0 valor requerido, para © NOTAS DE AULA - Disciplina: IMPLANTAGAO DE ESTRADAS 1s DRENAGEM DE RODOVIAS Professor : Henrique Magnant'de Otiveira segundo termo da expresso anterior. Igualando-se este termo a AR™, se obtém, no eixo das ordenadas, 0 valor de hs, € na curva de v a velocidade na segao projetada. . Verificagdes necessarias: Influineia. de remanéos e marés: nos casos de existéncia de reservatories ou de proximidade a faixa de marés, pode ocorrer um controle dos niveis sob a ponte por parte destes obsticulos. Assim, é necesséria a avaliagio dos efeitos de remanso causados por estas massas de gua sobre os niveis sob a ponte. + Verificacdo do véo: A configurago final da estrutura da ponte deve ser checada, para se verificar se arranjo final ndo altera de maneira significativa os niveis junto & ponte. : + Verificacdio da velocidade: deve ser realizada, com o objetivo de se determinar 0 potencial erosivo das 4guas sob a ponte e nas suas adjacéncias. Apresentagio do projeto de pontes: ‘Além do projeto estrutural, as ‘pontes sfo representadas no Projeto Geométrico,, em planta ¢ perfil, apresentando-se as seguintes caracterisiticas: + estacas iniciais; + véolivre; + cota de méxima cheia; + nivel da Agua na época dos estudos de campo. Figura 3: Determinasio grifica da seo nécessdria para pontes GRAFICOS DE nef (AR%/3) © he a(¥) ne gtV) NOTAS DE AULA - Disciplina: IMPLANTAGAO DE ESTRADAS uo DRENAGEM DE RODOVIAS Professor : Henrique Magnan! ide Oliveira 5. DRENAGEM SUPERFICIAL . 5:1, Introdugao ‘A Drenagem Superficial de uma rodovia tem como objetivo interceptar ¢ captar, conduzindo ao deségt seguro, as aguas provenientes de suas areas adjacentes ¢ aquelas que se precipitam sobre o corpo estrada resguardando sua segurdnga e estabilidade. 5.2. Dispositivos de Drenagem Superficial / §.2.1. Valetas de Protegao de Corte bietivo; interceptar as aguas que escorrem pelo terreno natural a montante, impedindo-as de atingir« talude de corte. ‘ uso: em todos os trechos em corte onde 0 escoamento superficial proveniente dos terrenos adjacente possa atingir 0 talude com prejuiizo @ estabilidade do corpo estradal. ~ . clemenios de projeto: sesGes trapezoidais, retangulares ou triangulares; revestiménto: conereto,alvenaria detijolo ou pedra. pedra arrumada ot vegetagao. 5.2.2. Valetas de Protesdo de Aterro objetivo: intercetar as dguas que excomm pelo terreno natural a montane impedindo-a de atingro dc talude de aterro. uso: receber as aguas das sarjetas € valetas de corte, conduzindo-as com seguranga 20 dispositive de transposig&o de talvegues. let eto: segBes trapezoidais, retangulares; revestimento: concreto, alvenaria de tijolo ou pedra,, pedra arrumada ou vegetacao. 5.23. Sarjetas de Corte 7 ran 7 objetivo: captar as Aguas que se precipitam sobre a plataforma ¢ taludes de corte e. conduzi-les Tongitudinalmente & rodovia até o ponto de passagem, de forma a permitir a saida lateral para o terreno natural ou para a valeta de aterro, ou entio para a caixa coletora de um bueiro de greide.. uso: em todos os cortes, sendo construidas 4 margem dos acostamentos, terminando em pontos de safda’ convenientes (ponto de passagem oti caixa coletora). : elementos de projeto: segBes trapezoidais, retangulares ou triangulares, dependendo da capacidade - de vazio necessaria; revestimento: concreto, alvenaria de tijolo- ou pedra, pedra .arumada revestida, pedra arrumada ou revestimento vegetal (nao € conveniente usar sarjetas sem revestimento); + Sarjeta Triangular: favorével a seguranga, capacidade razodvel; + Sarjeta Trapezoidal: quando é necesséria maior vazo, usar meio-fio de proteso ou cobertura para evitar acesso de veiculos; + Sarjeta Retangular: capacidade de vaziio maior, cortes em rocha, uso de meio-fio € cobertura. NOTAS DE AULA - Disciplina: IMPLANTACAO DE ESTRADAS 2 DRENAGEM DE RODOVIAS Professor: Henrique Magnani de Oliveira ®t 5.2.4. Sarjetas de Aterro 7 objetivo: captar as aguas que se precipitam sobre a plataforma de modo a impedir que provoquem erosdes na borda do acostamento e/ou no talude do aterro, conduzido-as ao local de desdgie seguro: uso: localizada na faixa da plataforma contigua ao acostamento. + trechos onde.a velocidade das aguas provenientes da pista provoque etosio na borda da plataforma, * echo onde, em conjunto com a terraplenagem, for mais. econdmica a utilizagdo de sarjeta, aumentando com isso a alfura necessaria para o primeiro escalonamento de aterro; + intersegdes, para coletar ¢ conduzir as aguas provenientes dos ramos, ilhas, etc: elementos de projeto: segdes trapezoidais, retangulares ou triangulares, dependendo da capacidade de vazio necessdria, natureza ¢ categoria da rodovia; revestimento: nao hé recomendagé rigida quanto a ser empregado, levar em conta a velocidade limite da erosio do material, os mais usados sto: conereto de cimento Portland, concreto betuminosd, solo-befume, solo- cimento e solo (sé indicadas para rodovias secundarias). + incio-fio sarjeta conjugado; + meio fio simples. 5.2.5. Valetas de Canteiro Central objetivo: em rodovias de pista duplas, captar as dguas provenientes das pistas ¢ do préprio canteiro central conduzi-Ias longitudinalmente até serem captadas por caixas coletoras de bueiros de greide. - uso: em canteiros centrais com depressdo em relacdio as pistas. elementos de projeto: geralmente de forma triangular, podendo ser circular ou meja calha ¢ nas formas trapezoidal ou retangular quando da insuficiéncia hidréulica das demais formas; revestimento: em fungdo da velocidade limite de erosio do ‘material empregado; valetas sem revestimento devem ser evitadas. 5.2.6. Deseidas de Agua objetivo: conduzir as éguas captadas por outros dispositivos de drenagem pelos taludes de corte e aterzo. uso: + conduzir as aguas das valetas quando atingem seu comprimento critico, ou de pequenos talvegues, desaguando em caixa coletofa ou na valeta de corte; 7 + . conduzir as aguas provenientes das sarjetas de aterro quando atingido seu comprimento eritico ¢ nos * seus pontos baixos, através das saidas de agua, desaguando no terreno natural ou ‘bacias de amortecimento; atendem também as valetas de banquetas; | «nas saidas de bueiros elevados que desdguam nos taludes de aterros pata conduzir 0 fluxo pelo talude até o terreno natural. elementos de projeto: sto posicionadas sobre os taludes com as mesmas declividades destes; segGes trapezoidais, retangulares ou triangulares, dependéndo da capacidade de vazio necesséria; WNOTAS DE AULA - Disciplina: IMPLANTAGAO DE ESTRADAS a DRENAGEM DE RODOVIAS Professor : Henrigue Magnani qe. Oliveira revestimento: concreto, alvenaria de ‘jlo ou pedra,! pedra arrumad revestida. . : i : tips: + répidos; © em degraus, para dissipar a energia e reduzir a velocidade; + retangular: semi-circular ou meia cana; condutos de concreto ou metélicos. cuidados: ’ «nao usar se¢do em médulos (problemas de desjuntamento € ‘erosao); { + quando necessério uso de médulos, . i + empregar bergos de concreto; posicioné-la no real ponto baixo; . encaix-la bem no terreno. i 5.2.7. Entradas de Agua sbjetivo: destinadas a! conduzir as Aguas coletadas pelas sazjetas de aterro para as descidas de agua, s& “dispositivos de transigio entre as sarjetas de aterro e as descidas de gua” : uso! localizam-se na borda da plataforma, junto aos acostamentos ou em alargamentos préprios para sui exezusio, nos postos onde é atingido © comprimento critico das sarjetas, junto a pontes, pontilhpes viadutos e pontos de passagem. : elementos de projeto: devem possuir segio tal que permita uma répida captagdo das dguas que escoam pela borda da plataforma, conduzindo-as as descidas de, égu: (rebaixamento gradativo da segio); revestimento: concreto com superficie lisa ou de chapa metélica. + degreide em rampa; + de pontos baixos. . | 7 5.2.8. Caixas Coletoras » coletar as Aguas provenientes das sarjeas e que se destinam aos bueiros de greide; 1 Coletar as agua’ provenientes de éreas situadas a montante de bueiros de transposigo de. talvegues: permitindo sua construco abaixo do terreno natural; . poletar as Aguas provenientes das descidas ¢'égua de corte, conduzindo-as ao dispositive de deségue seguro; - permitir a inspego dos condutos que por elas passam com 0 objetivo de verificayto de “sue funcionalidade e eficiéncia; S700 « possibilitar mudangas de dimensio de bueiros, de sua declividade ¢ direyéo, ou ainda quando ¢ ume mesmo local concorre mais de um bueiro. . Caixas coletoras: 7 nas extremidades dos comprimentos criticos das sarjetas de corte, conduzindo as 4guas para'¢ bueiro de greide ou coletor longitudinal, que as levard para o desigue apropriado; NOTAS DE AULA - Disciplina: IMPLANTAGAO DE ESTRADAS 18 DRENAGEM DE RODOVIAS. Professor : Henrique Magnani de Ofivelrs + nos pontos de passagem coletando as aguas das sarjetas de modo a conduzi-Ias para 0 bueiro nos caso em que-as aguas ao atingir 0 terreno possam provocar erosao; = «nas extremidades das descidas dgua de corte, quando se toma necesséria a conduglo da fguas desses dispositivos para fora do corte sem utilizagao das sarjetas; « reerteno natura, junto ao pé do aterro, quando se deseje construir um bueiro de transposica: detalvegue abaixo da cota do terreno, sendo, portanto, inapicével a hnea (ala): «nos canteiros centrais das rodovias com pista dupla; : 2 em qualquer lugar onde se tome necessério captar as, 4guas superficiais transferindo-as part bueiros. J . ~ aixas de passagem: cease houver necessidade de mudanga de dimensSo, declividade, direso ou cotas de instalagac de um bueiro; area 5 oe «nos locais para os quais concorra mais de um bueiro. Caixas de Inspecio: - . saps locals destinados a Vistoriar eficiéncia hidrdulica ¢ estado de conservagao; «Tos trechos com drenos profundos, com objetivo de vistoriar seu funcionamento. « elementos de projeto: sepdes trapezoidais, retaagulares ou triangulares, dependendlo da,capacidade de vazio necessaria; + - Caixas Coletoras; + Caixas de Inspegao; + Caixas de Passagem; «Som tampa: nos casos em que possam afetar a seguranga, tampa em grelba pars caixas coletoras, tampa removivel em portos de inspeglo e passagem (de concreto ou de fer); ou +> sem tampa. 5.2.9. Bueiros de Greide objetivo; destinados a conduzir as éguas coletadas nas caixas coletoras para locais segiiros (descidas de gua). : ‘uso: Jocalizam-se nos seguintes pontos: : . extremidade dos comprimentos criticos das sarjetas em meia encosta, transversalmente (mais comur) ou longitudinalmente (até o PP); 7 ; «nos pés das descidas de égua dos cortes, receberido as éguas coletas peles valetas de protegiio de corte- ou de banquetes através das caixas coletoras, «nos péntos de passagem, travessia da sarjeta de corte até o lado de jusante; «ns Podovias de pista dupla, para drenar as éguas coletadas pelo canteiro centr elementos de projeto: ‘sdo constituidos de: ore Saixas coletoras: podem ser executadas em cada uma das'extremidades, com tampa quando perto da pista; = corpo: tubos de concreto armado ou metilico; _ © boca: ‘construida a jusante ao nivel-do terreno ou no micio do talude (com descidas de agua ¢ bacias de amortecimento). NOTAS DE AULA - Disciplina: IMPLANTAGAO DE ESTRADAS 20 DRENAGEM DE RODOvIAS Professor : Henrique Magnani de Oliveira - 10. Dissipadores de Energia objetivo: destinados a dissipar a energia do, fluxo de égua para reduizir as erosées, no terreno natural « nanter as velocidades abaixo das‘permitidas para os vérios tipos de revestimos de ‘dispositivos « drenagem. + dissipadores localizados (bacias de amortecimento); + dissipadores continuos. Bacias de Amortecimento:.para diminuir a velocidade da 4gua quando passa de w dispositivo de drenagém qualquer para o terreno natural, de modo a evitar a erosio. uso: + nopé das descidas de égua nos aterros; = naboca de jusante dos bueiros; + nasaida das sarjetas de corte, nos pontos de passagem. elementos de projeto: projeto-tipo DNER. - Dissipadores Continuos: para diminuir a velocidade das éguas continuamente ao longo ¢ seu percurso de modo a evitar a erosio. uso: = nas descidas de agua, na forma de degraus ou cascatas; + nas valetas de protesio de cortes, na forma de degraus ov tarugos. elementos de projeto: projeto-tipo DNER. 52.11. Escalonamento de Taludes objetivo: destinado a reduzir a velocidade das éguas que escoam pela superficie dos taludes, evitando-s ‘que ultrapasse os limites de erosio dos materiais. Ms; . + nos taludes de corte; : . + nos taludes de aterro; : + usado em conjunto com as sarjetas de banquetas. elementos de projeto: declividade do talude, a intensidade’ de precipitago, coeficientes escoamento do talude ¢ a velocidade admissivel de erosio do-material, dc talude. : 5.2.12. Corta-rios . objetivo: s80 canais de desvio abertos com a finalidade de : « evitar que um curso de 4gua interfira seguidamente com a diretriz da rodovia, obrigarido a construslc de seguidas obras de transposig&o de talvegues; : 7 « " afastar a8 guas que ao serpentear nas proximidades dos pés de taludes coloquem ‘em risco. ste estabilidade; +‘ melhorar a solugdo técnica para o projeto geométrico, el le projeto: projeto horizontal, vertical ¢ segdes transversais. NOTAS DE AULA - Disciplina: IMPLANTAGAO DE ESTRADAS: os DRENAGEM DE RODOVIAS Professor : Henrique Magnani de Oliveira __ 5.3. Dimensionamento de Dispositivos de Drenagem Superficial e Sub-superficial 5.3.1. Valetas e Sarjetas 1. Caleula-se a vazio de contribuigdo através do Método Racional, com t 2 S-mirittos (t= 5 mit normalmente) e TR= 10 anos (excepcionalmente, em obras de menor porte, 5 anos). A. vazdo.¢ dada e1 /m, ou seja, vaz4o por metro linear de dispositivo. (mi 2, Seleciona-se 0 tipo de dispositive, verificando-se sua adequabilidade em relaggo & vazio ¢ contiibuigdo. Utiliza-se, para’ tanto, "a formula de Manning para qualquer condi¢go de rampa revestimento. Le RU. PE . n A capacidade de vazio serd dada por: Qav-A Em geral, para este tipo de dispositivos, o célculo se dé em funglo da declividade Jongitudinal J. Quant maior a declividade, maior a velocidade e a vazio. Na selegao. da érea hidrdulica, observar as restrig6e geométricas da seo adotada, evitando transbordamento. 7 Quando, para uma dada extensfio, chamada Comprimento Critico, a capacidade de vazio se esgota en relagdo a vazio de contribuigdo; deve-se prever implantagio de iuma saida de Agua, ¢ se necessario, 4 um bueiro de greide. ai Para aumentar' 6’ comprimento eritico, deve-se aumentar a declividade ou a sego de vazio do dispositive, Devem-se observar as limitagdes de velocidade: + quando V2 Vag, adotar dissipadores de energia (degraus); : © quando VS Vay, adotar outro tipo de revestimento. 7 7 5.3.2. Entradas de Agua ‘Sto dimensionadas ém fungio da largura minima para evitar turbuléncia excessive no fluxo na entrada calculada segundo a expresséo: : ry L=Q/(0,20-g"- onde: L = largura minima da sada (m); £778 Q= vazo de contribuiglo das valetas/sarjetas afluentes (m°/s); y= altura da lamina de dgua nas sarjetas/valetas (i); g=accleragio da gravidade (avs*) 5 5.3.3. Descidas de Agua : As descidas d’4gua podem ser do tipo rapido ou em degraus. A escolha de um outro dispositivo ¢ fungac ‘NOTAS DE AULA - Disciplina: IMPLANTAGAO DE ESTRADAS 2 DRENAGEM DE ROOOVIAS da velocidade de escoamento admissivel. > : ‘A velocidade no pé dos répidos pode ser estimada através da expresso: (2+ g- Hy)" , onde: . Hi, = altura total, medida a partir da entiada até o pé (en). Deve-se verificar se a velocidade ndo supera a’ velocidade méxima admissivel para o material’ d revestimento. Quando a velocidade supera a méxima admissivel deve-se psar descida em degiaus para dimimir energia. ‘ ‘A capacidade de vazio de descidas de dgua em degraus é dada por (segées retangulares com base B- altura H): 07 + BY HS Q=vazio em m/s; B = largura da seco transversal (m); H = altura média (ao longo do eixo longitudinal) das paredes laterais da descida em degraus (m). 6. Dreriagem Subterrfnea 6.1, Introdusio A Drenagem Subterrinea (ou profimds) de uma rodovia tem como objetivo interceptir e captar, conduzindo 20 desdgue seguro, as Aguas subterrineas que se aproximem do subleito da rodovia, seje devido a presenga de lengGis fredticos ou artesianos, ou por percolag&o, ou ascensao capilar - ‘De uma maneira geral, hd a necessidade de se manter 0 Jengol fredtico afastado de 1,5 a 2,0 m do subleito. 6.2 Dispositivos de Drenagem Subterrinea e Subsuperficial : 6.2.1. Drenos Profundos objetivo: interceptar o fluxo de agua subterrinea através do rebaixamento do lengol freético, impedindo-o de atingir o subleito. . sos! + trechos em cortes ¢ terrenos planos que apresentam lencol freditico préximo do subleito; + nas proximidades dos acostamentos; : + amais de 1,5 m do pé do talude. el jet + valas + caixas de inspegio ‘NOTAS DE AULA - Disciplina: IMPLANTAGAO DE ESTRADAS % DRENAGEM DE RODOVIAS. Professor : Henrique Magnantde' estruturas de desigue (saidas) inateriais filtrantes: arcias, agregados britados, geossintéticos; materiais drenantes; brita, cascalho.grosso lavado; materiais condutores: tubos de concreto (poroso ou perfurado), tubos cerémicos (perfurados, fibrocimento, plisticos ¢ metalicos. Os drenos subterraneos cegos dispensam tubos. 6.2.2. Drenos Espinha de Peixe me objetivo: interceptar 0 fluxo de agua subterranea de grandes reas. ‘em grandes éreas; . quando os drenos longitudinais nao forem suficientes; trechos em cortes e terrenos planos que apresentam lengol freatico proximo do'subleito; nas proximidades dos acostamentos; amais de 1,5 m do pé do talude. elementos de projeto: + espagamento de linhas; + profundidade do dreno. (geralmente rasos e sem tubos). 6.2.3. Colchao Drenante objetivo: drenar as Aguas existentes situadas a pequena profundidade, quando forem de volume tal que ‘no possam ser drenadas pelos drenos espinha de peixe . usos: ‘em grandes éreas, quando os drenos espinha de peixe no forem suficientes; trechos em cortes em rocha; - na base dos aterros com agua livre préxima do terreno natural; nos aterros construfdos sobre terrenos impermedveis. elementos de projeto: + material drenante; + tubos para drenar 0 colchéo. 6.2.4, Valetdes Laterais objetivo! fimcionar como dreno profundo e sarjeta, além de forecer material para terraplenagém. * usos: + emcortes em solo ou material de segunda categoria; + quando séo mais econdmicos que os drenos profundos. elementos de projeto: + _inclinagao dos taludes NOTAS DE AULA - Disciplina: IMPLANTAGAO DE ESTRADAS 24 s a DDRENAGEM DE RODOVIAS Professor : Henrique Magnani-de + profundidade do valetao (geralmente 1,5 m); . a + revestimento do talude, Le x 6.2.5, Drenos Verticais objetivo: acelerar recalques e melhorar a resistencia de fundagdes de aterros. 6.2.6. Drenos Sub-horizontais objetivo: diminuir a pressfio de agua dentro de ts[udes’ de cortes (principalmente), melhorando’ sue estabilidade. 7 63. Dimensionamento dos Dispositives de Drenagem Profynda e Subsuperficial Obs Ss Ber 1. As capacidades de vazio dos drenos profundos e subsuperficiais construidos' atualmente € muito superior as descargas de contribuigdo afluentes a estes dispositivos, mesmo se considerarmps tempos de recorréncia superiores; . 2. Os métodos teéricos para célculo das vazbes de contribuigo, especialmente de drenos, so de dificil aplicago pritica, em virtude da anisotropia ¢ heterogeneidade dos solos presentes nos segmentos rodovidrios; 3. Os projetos-tipo do DNER so considerados suficientes. 63.1. Drenos ‘Drenos Profundos: localizados 1,50 m abaixo da base ou sub-base; . Drenos Rasos: localizados 0,40 m abaixo do fundo da camada drenante. Ambos siio localizados nos acostamentos. Para que os materiais dos drenos possam desempenhar suas fungdes corretamente é necessario a que algumas requisitos sejam atendidos. Designando o Material Filtrante ‘(enchimento da vala) por F eo Material Drenante (envolvimento do tubo) por D, ¢ 0 didmetro dos furos do tubo por $a, aS Seguintes relagdes granulométricas devem ser: ‘respeitadas: . ‘Devem respeitar as seguintes inequagées: ProtesioM.Filtro/solo: a) 5S is@y/ isis $40 b) dis! daxsan $5 Protegao M. Drenante/Filtro: c) 5S disq@ / dis $40 Dds! dum $5 Demais recomendagdes: €) soy! Gruss 2 f) —- Yopassante #200 @ $5% * NOTAS DE AULA - Disciplina: IMPLANTAGAO De ESTRADAS ES DRENAGEM DE RODOVIAS Professor : Henrique Magnan! da Oliveira: Areias com % passante # 200 < 5% (areia gross2),-s40 boas para filtros ou mesmo para material unico. O uso de geotéxtil dispensa filtro. : 6.3.2. Colehées Drenantes onde: stensidade da chuva de 1 hora de durago para TR = 1 ano; £,=0,33 20,50 A, = area do pavimento ‘Avelocidade de escoamento da &gua no interior do colchdo (safda) ¢ dada por: Vesta =k - AH/AL onde: k= coeficiente dé permeabilidade ‘AHVAL = gradiente hidréulico ; oH . tempo de saida da dgua deve ser = 1 hora, pode ser calculado através da expresso: 7 tate = ALI Ya : * onde: ‘AL = distincia distancia total de escoamento (do eixo a0 bordo da rodovia no caso de declividade para ambos lados) . 5 A vazio de saida é dada por: Qos =K» AH/AL «A onde: Quis" Vazi6 de saida por metro de extensio da rodovia (m’/s/m) “1 onde h espessira do A= rea de camada drenante por metro de extensdo da rodovia (m"/m) - A colchao drenante. : 26 NOTAS DE AULA - Disciplina: IMPLANTAGAO DE ESTRADAS: DRENAGEM DE RODOVIAS Professor : Henrique Magnani de Oliveira - 7. Dispositivos de Drenagem Padronizados - DNER ‘Tém o objetivo de racionalizar e sistematizar a drenagem de rodovias, produzindo berieficios em nivel é projeto e execugo. Procura-se empregar os tipos padronizados a fim de se evitar novos detalhamentos € composicdes di custos. ‘Variam em: dimensdes e configuragdes; tipos de revestimento; materiais usados na construgao. 2 NOTAS DE AULA - Discipina: IMPLANTAGAO De ESTRADAS

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