You are on page 1of 16
A INSTITUCIONALIZAGAO DA TEORIA INSTITUCIONAL* Pausia 8. Torserr & Lyme G. Zucker % EE Desde a publicagio do classico artigo de Meyer e Rowan (1977), proliferaram _anélises organizacionais baseadas em uma perspectiva institucional. Trabalhos sob a bandeira da teoria instcacional tém inves- ‘igado vasta gama de fenémenos, desde & cexpansio de politicas de pessoal especificas (Colbert e Zucker, 1983; Baron er al, 1985; Eclelman, 1992) & redefinicfo fundamental dda missdo organizecional ¢ de suas estrun- ras (DiMaggio, 1991; Fligstein, 1985), até 8 formulacio de politicas nacionais e inter. nacionais por organizagSes governamentais (Strang, 1990; Zhou, 1993). No entamto, ironicamente, @ abordagem institucional ainda hi que se tornar institucionalizada, Hid pouco consenso sobte a definicdo de ‘conceitos-chave, mensuragses ou métodos ‘no ambito desta tradigio teérica. Ao con: ttdrio da ecologia populacional, com suas ‘medidas padronizadas de densidade, a teo- ‘a institucional ainda ndo desenvolveu um conjunto central de varidveis-padrio, no tem metodologia de pesquisa padronizada nem tampouco conjunto de métodos espe: cifcos. Os estudos tém-se baseado em uma variedade de téenicas que incluem estudos * Traduyde. Humberto Falcao slaruns © Regine Cordon Revisio tnice: Marcelo Milano Falco Vieira © ober Facin Ae caso, regressio mulkipla, modelos longi rudinais de virioe pos, entre outras (ja também Davis e Powel, 1992; Soot e Meyer, 1994). Nossa revisao da literatura sugere uma importante origem para esta varedade de abordagens: a despeito do consigerével onjunto de trabalhosidentifeados como parte desta tadigfo, surpreendentemente, outa atencSo tm sido dada concetual Zagio 4 especificasio dos process din ‘irucionaisagdo (a respeito, ver DiMOgg, 1991; Stange Meyer, 1993; eRura eMiner 1984, com relatos de progressos recentes ‘nesta diregio). Canforme noted no trabalho anterior de Zucker (1977), que se concentrova as conseqhtactes de niveis de instniconal- ‘ago difeenciados, 4 institucionalzas80 aparece tanto como proceso quanto como varitveltrbuto. Iso deve-se,tlvez, DOr seu trabalho ter sido baseado em amostra de pequenos grapes, muito ember, na maioria das andissorganizaconais, nao tea sieo nolizada me abordagem para a ineiuco- nalizagho baseada em process Flo cor- ‘sdro, a insdncionalizag e quase sempre ‘ratada como um estado qualitatvo: 0% 2 esturures sio insttucionalzadas ow née ° fo. Conseqentemente, neligencia-st importantes quest6es sobre os fatores deter rinantes das vaiagbes nos niveis de inst= cucionalzagio, «sobre como tis varias podem afetar 0 grau de similaridade entre conjuntos de organizagses. Neste capsnulo, analisamos estas ques- tes oferecendo uma abordagem tedrica specifica dos provessos de institucionali- zagio, Comegamos apresentando um breve [panorama histrico da pesquisa eda teoriza- io sociolégica em organizagies em meados | da década de 70. Esta visdo geral pretende nio 56 esclarecer as ligagSes entre a teoria instiucional ¢ a precedente tradicao socio- 1égica sobre escratura organizacional, como, também, contextualizar a compreensio a rTespeito da aceitagio, por parte dos estuio- sos de organizagées, do quattro explanatézio 4a teoria institucional no final da década de 70. A seco seguinte examina a exposicio inicial da teoria no artigo original de Meyer ‘eRowan (1977), concentrando-se no modo ‘como este desafiou as wadigbes tedricas € ‘empiricas entao dominantes na pesquisa ‘organizacional. Apontamos uma aparente ~ ambigiiidade l6gica nessa formulacio, que envolve a condigéo fenomenoldgica de ar ranjos estruturais que so 08 abjetos dos brocessos de institucionalizacdo. No restan- te do capitulo, oferecemos ura modelo geral dos processos de institucionalizaggo, como ‘roposito de esclarecer essa ambigilidade e de elaborar as implicagées légicas e emp ‘cas de ume versao da teoria institucional Saseada na fenomenologia, originada por Zacker. Finalmente, com base nessa andlise, Consideramos uma variedade de questées ‘We requerem desenvolvimento teérico adi- ‘onal ¢ estudo empitico. 'Nossos principais objetivos ness esfo (9 slo dois: clasiicar as contribuigées tes ‘2s da teoria institucional para a andlise or- Banizacional e também avancar nesta pers. ectiva teérica a fim de melhorar sua utili- 2asdo em pesquisa empirica.* Hi, também, _- Ym objetivo mais geral e mais ambicioso, | Gue do de consmair uma ponte entre 08 dois {= Tavdelos dstintos de ator social subjacentes 4 tisioria das andlises organizacionais, 20s | ‘Bais nos referiremos como modelo do stor racional e modelo institucional. © primeiro Daseia-se na premissa de que individuos ‘estao constantemente envolvidos em cdl- ‘culos dos custos e beneficios das diferentes clternativas de acdo e que o comportamento ‘segue crsérios de maximizagio de utlidade (Coleman, 1990; Hechter, 1990). No segun- do modeio, 20 contrario, pressupée-se que individuos “sobre-socializados” aceitamn « seguem normas sociais, sem qualquer re- flexio ou resisténcia coraportamental, sem questiond-las, unicamente baseados em seus Ancexesses particulares (veja Wrong, 1961) Sugerimos que estes dois modelos gerais sever ser tratados no como opostos, mas representando dois pdlos de um continuum de processos de tomaclas de decisio e com: portamentos, Deste modo, um problema- have para a teotiae @ pesquisa éespecificar as condigoes sob as quais o camportamento aproximar-se-é de um lado ou outro deste continuum. £m sintese, precisa-se de teorias (que clarifiquern quando ha probebilidade da ‘acionalidade ser mais ou menos limitads. A larficagio dos processos de insicucionali 2zacdo proporciona um ponto de parsda itl para a exploracao dessa questo, ANALISES SOCIOLOGICAS DAS ‘Oncantzagéxs: AAs ORIGENS DA ‘Peoma InsrerucONat Andlises funcionalistas das organizagées © estado das organizagies tem urna hisiaelaiamente cata den do cam po da Sociologia. Antes do abalno de fo- Bere Meron ¢ seu dscpulo, no fim da década de 4, as organizages no eam propriamente rconhceides pelos soil eee ee cee rec distinto, merecedor de estudo préprio. Em- tom organzages team cement, do hjete de eaido por soiologoe antes do ‘A mrrucionaizagho on Teon mismrucois advento da andlise funcionalista (Vela, por ‘exemplo o trabalho deteéricos americanos asociados & escola de Chicago: Park, 1922; ‘Thomas e Znanieci, 1927), aisestudos a- tavam as organizacbes mais propriamente ‘como aspectos de problemas socials gerais, fais como desigualdade social, relagiesin- rercomunitérias, desvio social exe; 0 foco da anlise nao estava nas organizages en- quanto organizagées. A despeito do papel chave atrbudo por Weber (1946) e Michels (1962) as organizagées formais em suas andlises sobre a ordem industrial, a noga0 de que organizagbes, aos provessos socials rmodemnos,sio atoressociis independen- tes nio fo amplamente zeeonhecida até 0 trabalho pioneiro de Merton e seus colegas (veja Coleman, 1980; 1990). Conforme sera explorado mais adiante,considera-e tanto stores organizacionais quanto individueis ‘como poteneiais eiadoresde nova extrutara institucional (Zucker, 1988). (Veja também 2 dscussio de DiMagaio de 1988 sobre em- preendedoresinstiucionais) 0 interesse iniial de Merton (1548) no estudo das organizagies parece ter ido di- recionado primeiramente por preocupacéo com o teste empirco ¢ 0 desenvolvimento de uma logic geral da teora social funcio- nalsta, As organizagSes, vistas como soce dades em microcosmos, ofereciam a opor- tunidade de condugio do tipo de pesquisa comparativa necesséria ao exame empirico dos prinipiosfuncionalisas (veja Selznick, 1949; Gouldner, 1950; Blau, 1955). Desse modo, uma das maiores marcas prodvzidas pela andlse de organizagSes realizadas por “Merton e seus alunos fi o foco na dinamica a mudanca social, uma questdo que ate: tia funcionalista tem sido freqlentemente acusada de neglgenciar (Turner, 1974). ‘A preocupacéo com a mudanga serefle tia em dois objetires prinipais, que foram” as caracteristicas marcantes dos estudos organizacionsis na tradigéo funcionaliss: © exame da narureza da “co-variacéo” en tre diferentes elementos da estrutura ¢ & avaliagio do equilibrio dindonico entre os efeitos benétices e disfuncionais de deter minados arranjos estruturais. Tis objetives referem-se direramente as duas premissas: chave encrustradas na teoria funcionaliss, a respeito de requisitos de sobrevivéncia de coletividades socials A primeira premissa ¢ a de que os con pponentes estruturais de um sistema deve ser integrados para que o sistema sobrevivs, luma vez que os componentes séo partes inter-relacionadas do todo. Um coroléris derivado desse pressuposto principal & que uma mudanga em um componeme estrun +a] requer mudangas adaptativas em outros componente, Assim, dado este quadro tet ico geral, o exame empirico das relagdes ex- tre os elementos da estrutura crganizacionél era um foco natural de estado. A segunda premissa éa de que as est: turas extents contribuem para 0 func: ramento de um sistema social, pelo menes para a manutencio de seu equiibrio, pot, de outro modo, o sistema ndo sobreviverit. Uma implicacao desta premissa, mencic- ‘nada por Merton (1948), é que a mudang provavelmente ocorre quando as disfung6es associadas a determinado arranjo institu cional excedem as contribuigGes funcionais daquele arranjo. Esse raciocinio levou a um Imteresse explicito na identificagho das com seqiléncias funcionais e disfuncionais de certos arranyjos estriturais? Andlises quantitativas da co-variagio estrutural A busca do primeiro problema, ou se, o exame das inter-relagées entre elemento} estruturais, estabelecet as bases para umt linha geral de pesquise que veio a dominat e definir 0s estudos sociolégicos de org nizagoes para as préximas duas décadas Essa linha de pesquisa foi cada vez ma caracterizada por andlises quantitativas de ‘covaridncia entre os elementos da estrutu ra organizacional formal, e por explicagdes essencialmente econdmicas destas co-varia~ ‘bes. A répida ascendéncia desta aborda gem na andlise organizacional reflee prin- ipalmente sua afinidade com tradighes de pesquisa organizacional ja estabelecidas no campo da “ciéncia administraiva”, na época em que os socislogos voltaram sua atengio "para o estudo da burocracia (Follett, 1942; ayol, 1949; Gulick e Urwick, 1937; Woo- dvvard, 1965). Considerava-se que 2 estru ‘ura formal refletia os esforeos racionais dos decisores no sentido de maximizar a > eficiencia, assegurando-se coordenagdo © controle de atividades de trabalho. Assim, a descoberta de uma relacdo positiva entre tamanho e complexidade era explicada em termos da: (a) necessidade e capacidade de rganizagbes maiores buscarem especializa- ‘io visando a0 aumento da eficitncia; (6) relacdo entre complexidade e tamanho do componente administrativo em termos do © crescimento da necessidade de superviséo ‘para lidar com problemas de coordenagao ‘ecorrentes da especializacio ete.) “A pesquisa organizacional mudou seu foco no fim dos anos 60 para inci conside ragBes sobre os efeitos das forcas ambientals ma determinagio da estrutura, mas 0 quadro ‘explanatdrio basico funcionaliste/econd- ‘ico foi mantido na maioria dos trabalhos (veja, por exemplo, Thompson, 1967; La- ‘rence ¢ Lorsch, 1967). Apesar do dominio ‘dessa abordagem na analise e na explicagio a estrutura organizacional formal (ou tal- ‘ez por causa dela), esse paradigma esteve ‘Sujeito a eriticas crescentes no comeco dos anos 70. Em parte, um crescente ceticis- to refletia a auséncia geral de descobercas ‘empibicas cumulativas feitas por trabalhos _ essa tradigdo (Meyer, 1979). O amplo re- ‘ascimento ¢ reavaliacao da aplicabilidade _geral de argumentos desenvolvidos anterior- | Tene por Barnard (1938), Simon (1947) March e Simon (1957), enfatizando os ites da racionalidade dos decisores, pode também ter ajudado a estabelecer as bases para aceitacio de paradigmas alternatives GWeick, 1969). Refletindo a crescente insaisfagéo com explcagées tradicionais da estratura formal, tum novo enfogue &s relagdes organizacto- ambiente, chamado dependéncia de recur 06 (Pfeffer e Salancik, 1978), tornow-se ada vez mais proeminente na década de 70. Bsta perspectiva concentrava sua aten fo no interesse dos decisores em manter autonamia e poder arganizacionais sobre foutras organizacées. An enfatizar 0 papel determinante de consideracées de poder para explicar a estrutura das organizagées (veja Thompson € McEwen, 1958), desa- fiava abordagens téoricas dominantes que focalizavam, em grande parte ou exclusi vvamemte, os aspectos da eficiéncia da pro- due. No entanto, na linha de trabalhos anteriores, uma abordagem voltada para a dependéncia de recursos também estava presente, implicitamente ligada a0 modelo decisbrie do ator racional, embora, nesse modelo, 0 comportamento dos atores esti vvesse baseado em céleulos voltados para ‘maximizaglo do poder e da autonornia em lugar da eficiéneia pura. A inluéneia de processos sociais,tais como a imitagio ott ‘ conformidade normativa, que poderiam reduaic ou limitar 0 processo decisério au ‘Gnome, era amplamente ignorada Esravruras ForMais como ‘Miro & CERIMONiA Propriedades simbélicas da estrutura A andlise feta no jé cldssico artigo de Meyer e Rowan (1977) oferecen, porranto, ‘uma mudanca radical nos modos convencio nais de pensar a estrutura formal e a natu ‘e2a da decisao organizacional por meio da ual se produz a estrutura. Sua andlise fol guiada por uma idéia-chave, qual seja: as estracuras formais tém tanto propriedades simbblicas como capacidade de gerar aco. Em outras palavras, as estruturas podem ser revestidas de significados socialmente compartithados e entfo, além das funcBes “objetivas”, podem servir para informar um piiblico tanto interno quanto externo sobre a organizagio (Kamens, 197). Explicar as ‘estruturas formals deste ponto de vista pro: porcionow aos pesquisadores organizacio- ais a oportunidade de explorar um amplo fespectro de novas idéias sobre as causas € conseqiiéncias da estrutura. A nogo de que organizagées tém as- pectos simbélitos no era totalmente nova: varios autores, ao especificarem misses da organizagio, arranjos estruturais ou es ‘tudarem os membros do alto escaldo or ganizacional, acentuaram as fancbes sim. Dolicas que representavam (Clark, 1956; Selanick, 1957; Zald © Denton, 1963). Na ‘macligao Funcionalista,dizia-se que tas ele ‘mentos eram critcos para assegurar apoio ambiental por meio da demonstragio de consisténcia entre os valores centrais de organizacio e aqueles da sociedade maior (Parsons, 1956; 1960). A contribuigao de Meyer © Rowan a esse primeiro trabalho repousa em seu esforco sistemdtico para compreender as implicacdes do uso da es trunara formal para propésitos simbélicos, particularmente no sentido de ressaltar as limitagoes de explicagdes de cunho mais racional da eswumura, Implicagées Baseada ne nogio de que uma esate xa formal pode sinalizercomprometimento ‘com padres eficentes« raconais de or grnieacéo e, portant, ating “aceitagao™ Soria eral Sect Liran, 1968), aandlise de Meyer © Rowen especincon tes gran des implcacoes dessa nogéo. A primeira € ade ques adogéo da esrutra formal pode ocorrer independentemente da existéncia de problemas especticos ¢ imediatos de coor- Genago e controle relatvas 4s atividades de seus membros. “As organizagies sf Ievadas 2 in- corporar as prétieas e procedimentos {definides por conceitns racionalizades de trabalho organizacional prevalecen- ‘es e institucionalizados na sociedad (Organizagées que fazem isto aumenta sa legiimidade e suas prspectvas de sobrevivéneca, independentemente da cficscia imadiaea das priiea e proce renter adquindes’ (1977 340), Este argumento desafiow os diversos aspecios dos ento dominantes modelos causais de estrutura, Primeiramente, no que se refere aos determinantes da estra ura, @ atengio é dirigida para influBncias extemas nio relacionadas ao proceso de produgao real, tais como mudangas na le- gislagdo eo desenvelvimento de sdlidas nor- ‘mas sociais dentro da rede organizacional Ao fazer isto, questionow-se a importincia relativa de caracteristicas organizacionais Intemas, ais como tamanho e tecnologia, twadicionalmente investigedas como Fontes, de estrutura formal. O argumento também sugeria indiretamente modos alternatives deinterpretartaiscaractersticas (como, pot exemplo, indicadores tanto da visibilidade das organizaces junto ao piblico em geral como das redes organizacionais) ‘Mais ainda, em termos de conseqilén- cias ou resultados, o argumento resultou fem énfase na adogdo de arranjos estrus rai especificos que haviam adquirido sig nificado social, ais como politices formais de contratacdo, préticas de contabilidade fe de orgamento e cargos ou funeSes as80- cladas & eatiidade no emprego. Isso resul- tou mum questionamento sobre a utlidadé os esforgos reiricos € empiticos existente® destinades & conceitualizagao e medic#o de estruturas em termos gerais ¢ abstratos, tais como formalizagao, complexidade © centralizagao. ‘Uma segunda grande implicago apon- tada pela andlise de Meyer e Rowan € que ‘ avaliagio social das organizagSes ¢, con- segtientemente, de sua sobrevivéncia, pode ‘estar na observacdo das estruturas formals (que pode ow néo funcionar de fato), em vyer de estar nos resultados observavels re lacionados 20 desempenho das tarefas em guestéo. Assim, osaoeseoorganizacional de- pende de ftores que vio além da eficén ts na coordenagio e controle Gas av dade de produgio. independentemente de sua efiiéncia produtva, organizages Snseridas em ambientes inseitucionais altamenteelaborados legimam-se eg ham of recursos necessicios 3 su $0: ‘brevivéncia se conseguirem torarse iso micas nos amibientes (1977 : 352). esa afirmacio contradic frontalmente premissassubjacentes orientadas para 0 Zpereado on, pelo menes, para o derempe rho da fangées da estravera formal, qve Joram dominantes nos trabalhos anterio- res: (1) que organizagées ineficentes em termos de produsio seriam eliminadas por meio de um processo de competicio Inte Torganizacional; e (2) que as corzelacdes entre medidas de estrurura formal © naz ‘arectriscieas tais como tamanho © tecno- Jogia resultariam, enté, da sobrevivéacia de organizagdes cuja forma condizia com as demandas de seus ambientes ce producto. Enbora tas suposicSesestivessem na base da matoria das analies quantitanvas sobre os determinantes das estrurares, elas ram freaiientementeexpletas apenas em est dos que ratavam diretamente da efcéiao genizacional (Goodman e Pennings, 1977). ‘nogéo de que as organizaghes poderiam Sobreviver, mesmo tendo bairo cesempe tho, implicava na possibiidade, existénciae "permanéncia de organizagies em “constante fracasso” (Meyer € Zucker, 1989), ou seja, organizagdes que sobrevivem a despeito de ineficiéncias evidentes que, pela légica, de- veriam levé-las ao fracasso Finalmente, a terceira grande impli- aco, originada pelo trabalho de Meyer © Rowan, foi que a relagéo entre atividades do dia-a-dia eos compontamentos dos mem bros da organizacao e das estruturas formals pode ser negligenciada: Na maior parte das wenes, a organ 2agGer formals esto froamente agra- padas (.) elementos estruturais estéo apenas frousamenteligados entre shes ‘tvidades, normas sto freqdentemente lads, decisder nfo-implementadas, fu, se impleruenradas,tém conseqlén: las incertas,teenalogtas so de efcitn ‘ia problematic, e sistemas de avaiacio # inspecSo so subvertidos ou tomades tho vagos de modo a garantir pouca co: ‘ondenagio. (1977 342) ssa implicagio também representa um desafio as explicagies tradicionais sobre estrunuca, as quais, 20 tratar as estruraras Tornais como meias para coordenacao controle de atividades, assurmiram, neces sarlamente, uma conexao ecteita entre as estraturas ¢ os comportamentos dos mem- bros da organizacio. AMmiGOnDapes Na ‘Teonra Insrrructonat, ‘Ao waar esta titima implicagdo, Meyer © Rowan desvinculam eserutura formal e gio, definindo implictamente estramaras Institucionais como aquelas que esto su rasa tal desvinculagio, No entanto, antexior- ‘mente, usaram o conceito de estruturas ins situcionais do mesmo modo que Berger e Lu ckmann (1957) e Zucker (1977): um est ‘ura que se tomnou instiucionalizada ¢ aque & considerada, pelos membros de ura grupo social, como eficaz e necesséria; ela serve, 200 mares —woosios ne wviuse ‘pois, como tsa importante forga causal de padres estdveis de comportamento. Isso exia uma ambigdidade inerente no argumento fenomenoligico de Meyer Rowan, pois a propria definigéo de “ins- titucionalizado” contradiz a alegagio de que estraturas institucionais so passiveis de ser desvineuladas do comportamento, Para ser institucional, a esratura deve gerar tama ago. Segundo argumento de Giddens (1979), uma estruiuia que néo se taduz fem ado é, fundamentalmente, uma estru- ‘ura “ndo-social”. Geertz (1973 : 17) toca, ‘numa tecla semelhante: "Acessamos sis ‘mas simbélicos somente por meio do fluxo do comportamento ~ 1, mais precisamente a ago social.” ‘A discusséo sobrea desvinculagio entre esenitura e aco lembra.a definicéo de Goff- man (1959) de estrucuras institucionaliza- das,” a crenga na eficécia e na necessidade de tais estruturas esté sujeita a controvér: sias; as estruturas, porém, so, ainda assim, vistas como servindo a um iil propésito de apresentagio. Daf resulta que #tais estrutu- as fundamentais faltelegitimidade norma- ‘va ¢ cognitiva (Della Fave, 1986; Walker ex al, 1986; Stryker, 1994; Aldrich € Ficl, 1094), ndo Sendo elas, de modo algum, si- nis reais de intengbes subjacentes. Segundo definigbes-padrdo do termo, no entanto, hé ‘duvida sobre o fato de tas estruturas pode- em ser apropriadamente descritas como institucionalizadas. Dependéncia de recursos versus processos institucionais demas, a ambigilidade inerente aesta visto de mudanga estrurural nas organiza- Beseva a uma confuséo fundamental entre + Bostdors/pako" (backsageFromesage a tna ‘gina Colleen 1) as teorias institucional e a teoria de depen- déncia de recursos (Zucker 1961 : 104). Scott (1987 : 497) argumentou que uma ‘madanga na teoria institucional no seatido de explicar as “fontes ou loci de ‘prescribes racionalizadas ¢ impessoais”, em vez de cexplicar as “propriedades de sistemas de crengas generalizadas”, tem a vantegem de aumentar 0 quadro explicativo des es ‘runuras formais, Inclukse, nesse quacro, a conformidade das organizacdes com 2: de smandas de atores externos, a fim de obter 9s recursos necessérios para sua sobrevivéncia, Mais recentemente, Scott formulou: “Boa parte da pesquisa empisica e tedrica sobre {nstituigbes estd corretamente direcionada a agéncias regulatérias (..) que exercem po- deres legitimos de formulas e aplicarsiste smasde regras (.) [que levam a uma éafase no] fluxo de recompensas esangbes" (1994 ‘9B). Nessa abordagem néo se perceke, 20 fentanto,nitidez entre as fronteiras das teo- ras de dependéncia de recursos e a institu- ional, obseurecendo, desse modo, a autén- ‘ica contribuigao teérica desta wtima para a andlise organizacional em particular. ara ilustrar essa questo, é interes- sante fazer uma comparagao entre essidop recentes baseados na teoria institucional fe estudes anteriores no Ambito conczirval da dependéncia de recursos. Usande uma perspectiva institucional para examinas os efeitos de leis e politicas governamentais sobre estruturas de emprego, Sutton etal argumentam: Confrontados com um ambiente legal aparentemeate host, os ewere adores adotam procecimestos istitt Gonalizados, legalmente recoascides para evitar possives tigos, bem como ‘demonstar canformidade adequada, de ‘bon, com as deserminagoes governs smentais™ (1994 946) Do mesmo modo, Edelman sugere que as organizagBes que constroem estruturas Formais come gestos simblions de cantor magi com a politica governamental so “menos sujeitas a provocar protestos, na firma, de classes protegidas de empregados, fou de membros da comunidade que procu: ram emprego (..)€, muito provavelmente, sssegurardo moais recursos governamentais, (contratos, dotagdes etc.) ¢ (. seréo menos sujeitas « auditorias de agéncias de regule Go” (1992: 1542). Assim, o delinearnento --da esiratura € tratado como mudanca es- tratégica, mas, aparentemente, ¢ apenas superficial; a contrapartida organizacional das aghes manipulativas de narcisistas que conscientemente uilizam “méscaras falsas" ‘como meio de obter seus proprics objetivos por meio de outros. Outros estudos,deseritos nos trabalhos de Pfeffer e Salancik (1978) sobre a teoria da dependéncia de recursos, refletem uma ‘explicagio légica muito similar. Eles rela- tam, por exemplo (1976 : 197-200), que Dfeifer fez um estado de caso sobre uma or ‘ganizagio que cru, intencionalmente, das tunidades estrueuralmente distintas, uma das ‘quais gem fins lucrativos, com o fto de con- formar-se As definigdes, ainda em vigor na sociedade, a respetto da forma spropriada para organizagées educacionais, assegu- rando, dessa forma, 0 necessitio apoio do ambiente externo. Similarmente, deserever. (2978 : 56-59) pesquisa conduzida por Se- Taneik que examinava o relacionamento en- ‘ue indicadores da visiblidade das empresas ‘sua dependéncia relativa de contratos com © geverno federal, bem como indicando a ‘existéncia de arranjos organizacionais mos- ‘tando comprometimento com a politica de ‘emprego em igualdade de oportunidades. Os resultadas indicaram associagio entre maior dependéncia [de recursos) ¢ uma sinalizagio mais intensiva de aceitago des leis de aco afirmativa, por meio da cria~ io de cargos ou empregos, bem como da ocumentacko, por escrito, de programas ¢ de polfticas. Observa-se uma superposicao "espantosa entre fais argumentos € 08 oFiun Gos de trabalhine mais recentes elaborados a mesmuconazigh na tom wermocons. 201 ff RTS dentro do quadzo de referéneia da teoria institucional A falta de uma distingio teérica en- tre tais estudis resulta, em parte, da falta de énfase em caracteristica Upica da teoria institucional - isto 6, © foco no papel das, compreensGes de base cultural como ée- terminantes do comportamento (Strang, 1994) e nas limitagSes normativas do pro- cesso decisério racional. Ao se promover rmudanga na diregio de uma énfase maior nag mudangas em “aparéncia’,¢ desentati- zagdo das conseqiéncias internas da estru- tira insttucionzlizada, bem como ao tatar ‘a estrutura simplesmente coma simbolo Signo, acaba-se por aceitar o argumento ‘implito de que uma estrutura consegue ‘manter seu valor simbélico mesmo em face do conhecimento (generalizado) de que € negligencivel seu efeito no comportamento dos individuos. A persistencia de tal com- tradigéo no entendimento cultural (isto é, «que estruturas significam comprometimento com alguma aco; e que estruturas podem no estar relacionadas com agio) nos surge como um enigma que néo pode ainda ser resolvide no uso desta abordager. ainda, em relagke ao que se viu, um problema geral com os traballis que enfa- tizam simplesmente as fungdes simbslicas, fe asseguradoras de recursos, da estratura refere-se ao pressuposto implicito de que 0s custos de criacéo de tais elementos 25- ‘ruturais sao relativamente baixos, se com parados aos ganhos potenciais de resursos ‘conseguides no ambiente. Esse pressupos to, presumivelmente, segue crenga de que, freqiientemente, mudangas nas estrutures formais ndo tém o poder de alterar 2 ago. ‘Embora haja freqientes citagBes tesricas @ respeito, nao ha evidéncia erica que sts- rente que a atividade social seja rao ubiqua fe barata como o ar gue respiramos (Grano~ ‘etter, 1985). A partir da pesquisa desen- volvida até.0 momento, nao sabemos dizer coneretamente, se estrutura éregularmen” te desvineulada do fancioramento fatemte a organizagéo, nem tampouco o custo de criar-e tal estrutura, quando comparado ‘com qualquer incremento nos fluxos de re ‘cursos para a organizaplo (discussdo critica estes resultados de pesquisa pode ser en- ccontrada em Scott e Meyer, 1994). A reorientacio da teoria institucional para que venha a ser mais influenciada por ‘uma abordagem de “dependéncia de re- cursos" provavelmente reflete, em parte, 0 desconforto generalizado com a falta de ‘voluntarismo que é sugeride por versées, fenomenologicamente orientadas, da teo- ria institucional, ou o que Oliver chama de “descrigdo abertamente passiva e confor- mista des organizecdes” (1991 : 146). Isso pode surgir da aparente predominancia da “stasis” em uma abordagem fenomenolégica (DiMaggio, 1988); como é prética corrente ra andlise organizacional, a foco da abor- agem institucional tem sido, tadicional- ‘mente, na forma pela qual os atores seguen persiscentes scripts instnacionais; questiona ‘menos sobre como tais scripts so produzi- dos, mantidos e modificados tm sido am- plamente negligenciado (arley ¢ Tolbert, 1988). Dessas questes nes ocuparemos em seguida, usando andlises tesricas de Berger @ Luckmann (1967) e Zucker (1977) come pponto de partde, ‘Ao abordarmos essas questbes, privile- siamos 0 pressuposto de que a criacdo de ‘uma nova estrutura envolve mais recursos que a manutencio de antiga: a alteracio © a criacdo de estruturas organizacionais Constituem custos para a organizagiio. A estrutura social no & simplesmente umn sub- produto da atividade humana; em vez disso, 2 agéo humana é requerida para produzila ‘Zucker etal, 1995; Zucker e Kreft, 1994). Assim, as estrururas que sao alteradas ou Criadas carecom de credibilidade para agre- Conform 0 dioniso Webster mates do ean ‘arent de qualgor Pa corpora care sag ‘aso tangiawo oa fem no eno V1) gar alg valor positive & organizacio, ou 1 decisores tipicamente nao alocariam re- ‘cursos para alterar ou criar nova estrutra formal. Os decisores organizacionais, com certeza, podem ter mais ou menos poder isericionério: algumas vezes 0 poder de- cisorio é bastante amplo, as vezes, no. A andlise aqui desenvolvida é mais aplicada a ‘exeiples em que os decisores vém graus de poder discricionario relativamente altos, em Telagdo & adoglo das estruturas? Processos pr Insrructonanzagio A partic de trabalhos identificados com a tradiggo filos6fica da fenomenologia, Ber- gere Luckmann (1967) identficaram a ins- ‘stucionalizagéo como um processo central na crlacZo e perpewacdo de grupos sociais duradouiros. Uma instituigao, 0 resultado ou 0 estégio final de um processo de insti- ‘ucionalizacéo, é definido como “uma tpifi- cago de agées tomadas habituais por pos especificos de atores" (1967 : 54; seguindo Schutz, 1962; 1967). Nessa definicao, agdes tornadas ha- bimais veferem-se comportamentos que se desenvolveram empiricamente e foram adotados por um ator ou grupo de atores a fim de resolver problemas recorrentes: Tais comportamentos so tornados habituais & ‘medida que séo evocados com um minimo esforgo de tomada de decisio por atores emt resposta a estimulos particulares. Tipifica- do envolve 0 desenvolvimento recfproco de definigdes compartilhadas ou significa dos que esta ligados a estes comportamen tos tornados habituais (vela Schutz, 19625 1967). Uma ver que tpificagées acarreram classificasoes ou categorizacses de stores as quais as ages so associadas, este con ceito implica que os significados atribulos agdo tomada habitual se tornaram gene ralizados, isto é, independentes de indivi duos especificos que desempenham a aco. ‘Zucker (197) refernse a esse proceso de generalizagio do significado de uma acéo como objetficagdo, ¢ 0 identificou como sum dos componentes-chave do processo de institueionalizag. -Anélses fenomenoligices insiucionais sateriores sugerem, desse modo, 20 menos dois processos seqienciais envolvides na formagao inicial das intiuigdes e em seu desenvolvimento: a hebiualizagao, isto 6 ‘desenvolvimento de comportamentos pa- dronizados para a solugio de problemas © asvociagéo de tais comportamentos & estimulos particulars, e abjeivago,”* 0 desenvolvimento de significados gerals so clalmente compartithados ligados a esses ‘eomportamentes, um desenvolvimento ne- cesshrfo para a tansposigio de ages para contexios além de seu ponto de origem, Mais adiante em sua andlise, Berger ¢ Ldap (1967) sugeremum aspecto adie ional da institucionalizacio, que foi tam- ‘bem identificado por Zucker ¢ chemado de exterioridade, Exterioridade se refere 20 sgrau-em que as tpificagies sfo "vivenciadas como pestuindo uma ealidade propria, uma realidade que confronta o individu como um fato exzemo e coercitivo” (1967:58). Ela estérelacionada & contimuidade ist6- rica das tipificagdes (Zucker; 1977) e, em particular, 8 transmisséo das dpficastes 20s "novos membros que, nao tendo conbecimnen- to das suas origens, esto aptos a rati-as como “dads socias” (Berger e Luckmann, 1967; Tolbert, 1988). Estamos, aqui, n0s referindo a0 processo por meio do qual as aghes adquirem a qualidade de exteriorda- Ae, como sedimentago * 0s stores cunbaram a expresso haiculation, queen 3 edu note por tomas _ Eitsier neicioo ty mae qo aes nament, eles Sear 8 forma origina de npn apurtaguoradsw tees io. OT) © Como no ten, é wma expresséo canada peloe ‘utes, aqui conservada emus versio aportae- da de ojereaton. 8.1) Em um estudo experimental anterioz, ‘tucker (1977) demonstou que o aumen- to do grau de objetivacio e exterioridade de uma agio também aumenta 0 grau de ‘nstimcionalizac&0 (indicado pela conform dade dos individuos ac comportamento de outros), eque, quando a instrucionalizacso alta, a ransmissio da acdo, a manutencic desta agdo a0 longo do tempo e sua resis- téncia & mudanga também sioaltss. Nelson © Wincer (1982) encontraram um processo semelhante er curso na criacao de tareias rotineiras dentro de organizacées. Segundo eles, guanto mais instiucionalizadas as ro ‘nas, mais prontamente elas eram transmi- {das aes novos empregados. Desse modo, a twansmnissio é casual e, conseqilentemente, relacionada & institucionalizagéo. Ao en- fatizar a exterioridade de um conjunto de comportamenios, 2 ransmissav aumenta 0 _grau de institucionalizacto desses compor- ‘tamentos; 2 institucionalizacio, por outro lado, afeta a fecilidade de transmissbes sub- snqilentes (Tolbert, 1988) Este conjunto de processos seqiien- ciais~ habituslizagio, objenivacagio e sedi- rmentacdo ~ sugere variabilidade nos niveis de instirucionalizacio, implicando, deste odo, que alguns paces de comportamen- to social estéo mais suieitas do que outros a avaliacdo critica, modificacao © mesmo eliminagio. Em resumo, tals padroes com- portamentais podem variar em relagio a0 ‘grau em que esto profundamente imbrica- dos no sistema social (mais objetivo, mais exterior) e, portanto, variam em termos de ‘sua estabiidade e de seu poder de determi- nar comportamentos. A analise de Berger ¢ Luckmann cor- centrava-se na ocorréncia de processos de {nsrtucionalizagéo entre atores individuals © do organizacionais. & pesquisa experimen tal de Zucker estendeu a andlise as organi- ahs, as ands em nivel mio, Os atores organizacionais dstingueor-se por determni- nado mimera de propriedaes~auroridade hierdrquica, periodo de vida potencialmente ilimitado, responsabilidades legais especi- ficas, entre outros (veja Goleman, 1980), que, provaveimente, afetario 0 mado pelo ual os processosinstitucionais sio desem- enhados, tanto entre as organizagbes como denuo delas.° Desse modo, consideramos a extensio desta andlise especificamente para floras institucionais entre organizacies formals. A Figura | mostra um sumério de nossa andlise do processo de instinucionali- ago e as foreas causais que so crticas Aiferentes pontos do proceseo.” Habitualizagio Em um contexto organizacional, © pro: cesso de habitualizagio envolve a geracéo de novos arranjos escruturais em resposta 2 problemas ou conjuntos de problemas or ganizacionais especificos, como também a Formalizacio de tais arranjos em politicas e provedimentos de uma dada orgenizagio, ‘ou um conjunto de organizagSes que en contrem problemas iguais ou semelhantes. Esses processos resultam em estuturas que podem ser classificadas como um estégio de ré-instirucionalizagao, 4 fart literavura a respeito da inova: #0 organizacional e da mudance organiza- ional, relevante para a compreensaa destes processos (por exemplo, Quinn e Cameron, 1988; tuber e Glick, 1993). 0 que € essen cial para os propésitos de nossa andlise, no entanto, é que nesse estdgio a criagko de novas estruturas em organizagies 8, em ‘grande parte, uma atividade independente. ‘Uma vez que os decisores organizacionais podem compartihar uma base comuum de Conhecimentos e idéias que tornem a ino ‘vagio factivel e atraente, a adogéo de uma dada inovacéo pode ocorrer, ¢ freqiiente- ‘mente ocorre, em estreta associagSo com @ doco de processos em outras organizagées (sto ¢, invenglo simulténea). Organizagbes ue estio pasando por um problema per dem, como parte inerente de sua procura por soludes, eambém levar em consideragso as solugdes desenvolvidas por outres (Di ‘Maggio e Powell, 1983). Dai pode resultar ‘mitacio, mas 0s decisores véem pouco ser {ido nisso, jd que néo hé consenso a respeito da ualidade geral da inovacio. Portanto, a dogo pode ser amplamente prevista pelas caracteristicas que tornam vidvel a reorien- tagio téeniea ¢ econémica para uma dada organizago (Anderson e Tushman, 1990; Leblebici et al., 1991) e por meio de arxan- Jes politicos internos, que fazem com que as ‘organizagbes sejam mais ou menos resepti- vas 20s processos de mudanga (veja March e Simon, 1957) No estigio de pré-insttucionalizaczo, ‘entéo, muitas organizagdes podem aiotar uma dada estrutura, mas estas sero pro- vavelmente em pequeno niimero, limitado ‘um conjunto circunscrto de organizagbes similares, possivelmente organizapSes inter- ‘onectadas, que enfientarm eircunsténcias similares, e que variam consideravelmente fem termos da forma de implementacéo. ‘Tis estruturas ndo sero objeto de qua quer Uipo de teorizagdo formal (Strang e Meyer, 1993), e 0 conhecimento da estrutura ‘ce os que ndo a adotaram — especialmente aqueles que nio esto em contato diceto € freqitente com os adotantes ~ sera exite mamente limitado, em termos de operagdo também de propésito (Nelson e Winter, 1982). -Exemplos de estrucuras neste esto de instiucionalizago podem ser encontrados rontamente ao comparar-se organogramas de qualquer conjunto de organizagbes sé ‘hanes. Tais comparagSes, quase certamer- te, revelarao um leque de Srgdos e poliicas ‘Giossinerdticos « um conjunto ou subcon Junto limitado das organizagSes — direwres ‘de comunicagoes eletrénicas, departarsen- tos académicos de aviculeura,ligagdes entre marketing e producao etc. Esses tipos de Modangas "Forgas do teenolégices _—-mereado ayy Inovagio — Habitualizacio | »{ objecineagio > seaimenasio Le Ja » lake Monitoramento Teorizagéo_Impactos__Defesa de grupo ‘oterorganizaconal positive de interasse Resists de grupo Figura 1 Processos inerentes& institucionaliaga cestraturas tendem a ser relativamente me- ‘os permanentes, por vezes durande apenas © periodo de duracio de uma gestio (veja Miner, 1987 : 1991). Objetificagao 0 movimento em diregdo @ um starus mais permanente e disseminado esté ba- seado no préximo processo, a objetifcasao, gue acompanha a difusdo da estrutura. A objetificagio envalve o desenvolvimento de certo grau de consenso social entre os Aecisores da organizacso a respeito do va- lor da estrutura e a crescente adogio pelae Oorganizagées com base nesse consenso. Tal consenso pode emergir por meio de dois ecanismos diferentes, embora no neces- - satiamente néo relacionados, Por um lado, as organizagbes podem Utilizar evidéncias colhidas diretamente de uma variedade de fontes (noticiérios. observagiio direta, cotagéo aciondria ete.) para avaliar 0s riscos de adogao da nova estrutura, A medida que se espera que os resultados da mudanga estrutural se gene ralizem, os efeitos encontzados em otras, ‘organizagbes serdo deterrainantes significa tivos da préxima deciséo de adoclo. Deste modo, a objetificacio da estrutura &, em parte, conseqiiéncia do monitoramento que 2 organizacSo faz dos competidorese dees forgos para aumentar sua competitividade relativa, Reciclas “velhas invengbes sociais” 6 estratégia de baixo custo que requer me- nor investimento de “recursos sociais” do que criar nova estrucura organizacional Em conseqiiéncia, a disseminagio de novas estruturas para determinada organi- zaco seré obstaculo relativamente menor do que seria criar uma vez mais estruturas semelhantes nauela mesma organizacSo; isto acontece porque outras organizacbes terdo “pré-testado” a estrutura e porque & percepgio dos decisores sobre 0s custos € beneficios relativos dessa ndogéo serd in- 206 _ sense 1 oosLos pe use Aluenciada pela observagio do comporta- ‘mento de ouaas organizacdes. Desse modo, ‘quanto mais organizagées tiverem adotado @ estrutura, maior probabilidade terdo os decisores de perceber uma tendéncia fa vorével 20 equilbrio relative dos eustos € beneticios. ‘Nossos argumentos, aqui, oadwnam's com os modelos decissrios seqienciais re. ‘centemente desenvoividos por economistas (Banerjee, 1992; Bikchandani et e., 1992; veja também Devid, 1985). Esses modelos tm como premissa a nogio bisics de que ha algum grau de incerteza nos resultados de diferentes escolhas, « que os tomadores de deciso usardo a informacéo obrida por meio da observacso das escolhas de outros, berm ‘como seu préprio julgemento objetive para detecminar gual a “melhor” escola. Nes- sas eondigées, quando uma escolha é mais disseminada, & mais provavel que venha a ser percebida como uma escolha Sima; 6 ainda, sergo menos influentes os julgamen- ‘05 independentes dos decisores sobre 0 v lor da escolha (veja também Tolbert, 198: ‘Abrahamson e Rosenkopf, 1993)? A objetificacao e difusso da estratura também podem ter, como ponta de lanca, aquele referido algumas vezes, na literatura de mudanca organizacional, como cham pion’ ~ freqiientemente, neste caso, um con- Junto de individuos com interesse material na estrutura (DiMaggio, 1988). Assim, por cexemplo: (a) defensores de regras de funcio: ‘amento do servigo piblico provinham de familias da elite cujo acessa tradicional aoe cargos politicos loeais havia side rompida pelo desenvolvimento de “méquinas poli ticas" dominadas por imigrantes (Tolbert ¢ Zucker, 1983); (b) cifusée de procedimen- ‘pcSampe oo cont sie“ penn ge ‘pote (conforme Websters New World Dictionary tthe Arerican Language), a der de proj, “dena nant pr bao ou um reo tos fortalizados de selego ede avaliagko Sumentacdo do contexto histériea— ou docu- Tentando-o ~ como das mudangas culeurais ‘0 redor da pretendida institucionalizacao das escruturas (Zucker, 1988). A andlise 4e contesido de materiais escritos, em al- ‘uns casos, pode fornecer indicadores siteis Arespeito do estado cultural das estruturas (Tolbert e Zucker, 1989). Qualquer que seja ‘a metodologia usada para coletar dados, ro entanto, qualquer afirmagio plausivel a respelto do grau de insttucionalizagéo de estruturas, provavelmente, residiré numa estratégia envolvendo triangulagao de fon- tes e métodos. ‘Além disso, nossa andlise sugere que «a identificagsio dos determinantes das mu dangas no nivel de institucionalizacao das festruturas representa um caminho impor: tante e promissor para trabalhos teéricos © cempiricos. Estudos exibtentes ja sugeriram. certo niimero de determinantes potenciais do proceseo de legitimagio de uma estru- tara e, portanto, quio institucionalizada fla se torna. A esse respeito, alguns estudos demonstraram que, quando organizagées grandes e centralizadas so inovadoras € logo adotam uma estrutura, esta estrutt- +a tem mals prababilidade de se tornat to- talmente institucionalizada do que outras (Diniaggio e Powell, 1983; Figstein, 1985; 1990; Baron et al, 1986; Davis, 1991; Pal- mer et al, 1993). Alm disso, os rabalhos de Mezias (1990) e seus colegas (Mezias © Scarselletia, 1994) sugerem que 0 status social das forcas opasitoras a adogso de uma cestrutura pode operar no sentido oposte ‘quanto maior o stntus do opanente, menor ‘0 rat de institucionalizacio. a 2YC _ pnre 1 yoomes os aniuse Existam outros fatores que, intuitive. sente, também esperariamos que tivessem, tum impacto na insttucionalizagEo: (1) 2 variedade das organizagies para as quais ‘uma dada estrutura seria teoricamente re Tevante (quanto maior o leque de organiza 8es, mais difel seca oferecer evidéncias ontincentes da efeividade de esuuturas¢, pprtanto, mais baixoo grande insttuciona Tieagao); (2) 6 mimero de champions ou 0 tamanko dos grupos de champions (quanto raior 0 mimero de champions, menor seré a probabilidade de processos entrépicos omarem-se operantes ¢, portato, mais alto 0 aivel de institucionalizacdo); (3) 0 frau pelo qual 2 adooio de ume estrutura estd vinculada @ mudangas que envolvam altos custos para as organizagbes adotan tes (investimentos mais elevados deveriam senuar tendéncias entropicas, resultando, este modo, em um alto grau de insticio- palizago); (4) a forea da corelagéo entre ‘a adogéo eos resultados desejados (exagio Ge fortes incentives para manterestruura, afresutando alto grau de instiucionaliza. 0); e assim por dante 0 estude dos determinantes do pro- cesso de instzaconalizacao provavelmente requererd wabalno comparativo sobreo de- senvolvimento e propagacio de diferentes estruturas. [ss9 poderd envolver por exem- plo, aconstruséo e comparacéo de diversos ‘asos reais de estrueuras que tenbam sido objeto de teorizacdes recentes ~ circulos de qualidade, programas de asistencia aos ‘empregados, polticas de comunicagoes assim por diante. Esse tipo de estudo de «aso comparativo poderd tazerimportan tes pereepgbes para te caber se exstem ou nao semelhangas nes processes pelos quais corre a adogéo e difusdo dos diferentes tipos de estruvuras 7 ‘Atemativamente, insights tis podera serontidos por meio da anaise comparatira 4a difusGo e do destino de determinada cs trutur em divesos stores industries on em diversos paises (veja Strang e Tama, 1993). Og ‘Tal pesquisa tem o potencial de referin-se a certo niimero de dilemas em processos de {nstinucionalizacio sugerides por varias ob- servagées empiticas. or que algumas estu- turas (por exemplo, produgao por equipes) existem em alguns setores industriais, mas ‘do em outros (regimes de estabilidade)? Terdo os processos de institucionalizaczo sempre menot probabilidade de afetar es- truturas em organizagées menores (Han, 1994) , caso tenham, por qué? Por que as inovagbes bioteenoldgicas aparecem em equenas novasfirmas nos Estados Unidos, ‘mas predominantemente em grandes firmas no Japio (Zucker e Dazby, 1994)? ‘Uma grande implicagéo final que gos tarlamos de trar de nossa andlise é a ne cessidacle de se considerar 0s contextos ou condigdes sob os quais as teorias ~ a inst tucional, a de dependéncia de recursos e & contingencial orieatada para eficiéncia poderdo wazer insights titeis para estudos organizacionats. Infelizmente, diferentes teoriag, fregientemente, levam aos mes ‘mos resultados organizacionais previstos = embora os mecanismos postulados para roduzir os resultados sejam diferentes. Por- tanto, € muito mais diffe, se no impos- sivel, determinar se os fatores ressaltados por determinada perspectiva teérica estio de fato intervindo para determiar as ages organizacionais, Por causa disso, pode ser vi confinar “testes” empiricns da teoria institucional aos eseudos de contextos em que nao existam grandes atores tentando compli as organ zagles 2 adotarem uma estratura, seja pelo uso da le, seja pela retengao de recursos cxticos. Ou talvez seja ti] comparar direte- _mente os processos de adosao, sem pressio Aqueles em que haja alguns elementos coer- citivos, como em nosso exame da adogio d& reforma do funcionatismo pubiico em Bs dos em que isso no era requerido por lel € ‘em Estados em que isso era uma imposig5 legal (Tolbert e Zucker, 1983) Do mesmo modo, pode também ser til focalizar as aplicagSes empiricas da teoria institucional em andlises em que os bene- ficios materia associados & estrutura no ‘ejam prontamente caleuliveis (que £ caso de muitas inovagbes administrativas, bem ‘como de inovagdes téenicas) isto é, em que abordagens contingenciais orientadas para a eficitncia nZo sejam vio relevantes. Ou, também, pode ser titi] avaliar como institu. 9605 sociais estdo acostumadas a aumentar beneficios materiais, como, por exemplo, quando colaboradores cientficos tendem a ser selecionados na mesma organizagao, usando efetivamente as fronteiras organi zacionais como “envelopes de informacéo” que protegem novas descobertas de uma ‘exploragio prematara por parte de ourros (Zucker etal, 1995). Conctusoes Ao ressaltaro papel das influencias nor- ‘ativas nos process0s de tomada de decisio ‘organizacional, a teoria institucional oferece uma extensio importante e distintiva 20 nosso repertério de perspectivas ¢ aborda- ‘gens para explicar a estrutura organizacio- nal. Enquanto a nocdo de que os decisores ‘io dotados de racionalidade limitada tor- nou-se wm componente basico na cartilha a pesquisa organizacional, as implicagdes isso nao so exploradas em profindidade Dela maioria das teorias contempordneas.10 Como a racionalidede é limitada e sob quai Condiges ela serd mais ou menos limita- da séo questées raramente abordades, A ‘eoria institucional oferece um quadro de Teferéncia que pode ser stl na abordagem dessas questGes, mas sua utlidade neste Sspecto requer maior desenvolvimento tes Tico a fim de asclarecer ar condigier © 02 Drocessos que fizeram com que as estruturas 8 instinucionalizassem. Uma compreensio ‘ais clara da instirucionalizacio como um Processo nos permitiria especificar o impac- A DISTUGOALIZACKO DA THDRIA STTFUCIONAL to de maior niimero de aspectos sociais da tomada de decisdo, tais como os efeitos da sic social dos que fornecem informa: ‘es sobre as escothas feitas eas condicées Sob as quais as previsGes de uma escolha particular somente se tornario possiveis se 0s aspectos socinis forem direramente inclu Sos na andlise Areferéncia a este tépico geral de con- ides de aplicablidade requer aconsidera- ‘fo de determinado mimero de probleraas: @) como ¢ quando as escothas ou linhes de ago alternativas se tornam socialmente efinidas; (2) quem age para causar a mu- danca e para difundi-ia para organizacies anllplas, © por qué; e (3) quais sf0 os be- neficios potenciais de se crlarem estratures semelhantes, ou de convergir para as mes- mas estruturas, que levam a0 isomorfismo institucional que observamos com tanta fre- aiiéncia. Para a teoria institucional se desen- volver como um paradigma coerentee, deste ‘modo, fazer uma contribuicée duradoura pata a andlise organizacional, ras questées sobre os processos de instiueionalizaglo de- ‘mandam respostas tanto conesituais quanto empiticas. Nessa andlise, delineamos algu- ‘as respostas inicias para esses problemas, respostas cuja extensio e madificagao deve. lo esperar ainda desenvolvimento teérico e testes empiricos. Noms Gostariamos de agradecer a Howard Aldrich, Michael Darby, Shin-Kap Han, John Meyer, Linda Pike e Peter Sherer por dedicar ‘tempo e esforco para ler e oferecer comen- trios ices sobze os primeiros rascunhos deste capitulo. Lymne Zucker reconhece © _xpoio a esta peeqitiea por subsidios dia Fune dagio Sloan por melo do Programa de Tec nologia Industrial NBER ¢ do Systemwide Biotechnology Research Education Program: dda Universidade da California. As opinives are 1= soon oes Anismrucowinatio 9 oun somvaaNe 213 _ . a =a a | expresias aqui so dos autores eno da zat por mao acon ent AAninserve Scene Quarterly, 38: 60433, COVALESKI, Mark, DIRSMITH, Mark. An NBER. 2. Aquinésconcenaamos nos andl dos proces Ss de inetusionalizee om aivelnterorgai ‘acon. Proce somelbanterprovavelmente ‘operat no vel intraorgaizainal abe bars os neanismor enston bem como secon Sequencis,possam Bers eg Tolbert (1288, ura e Miner (1994) e Barley e Talbert (1988) ps discusses d relago erze process inet, € inwaoeganzaconas. ee Zucker (1977) para 4 dseurto e tent experimental de proceso: i Teuorganiaconaice consents 2. Acrougio dss lnhe de pesqusa indus tata ‘hos fcalizando a elagdo ease essa fora Vorgarizaco formal” , pactealrneat, a2 felager ce poder enre membros da erga {por exemplo, Bau, 1885; Zald«Berper, 1978 ertow 1984). Tales porque tal wal fesse menos compaciel coma iteatira sobe 2 cena anniv exer eno aleangoapreems- lace fo rpidemente a eeu soci sobre cepuizages quanto os tababos fala Goa coveragio cote cements enue, 3. Wea, por explo, Sinchcombe (1959), Thonn. son (1967), Pugh ct al. 1965), lau (970) Hall (0987) az ume erica eres complete des ‘ncndes dvs terete 4 Otro andlogo no nivel indivi tlc agua liens exagera conforma so Ulzedas para atender is necomidades persis potato da cero desrexporasde peso do {desde poder easter (one, 1964, Jone Vita, 1973). Vea ambem Hsbach e Sutton (0992) para una dscurSe sobre "gereciamen Ge inresses" nas organi 5. Disunno eal (1991) desaevamo moto pel qusl rine eonfitancs fete a organizaes de Sauce mental conintvise por difeentes ckeloe resulan na adogio de pres incom @ onteadras,Sugerunes que tis conrad ebes nesta mais chante de ocaner quan os gerenesverem pouce ager dlscicoia into adage de mudancs exteuiri 5. Detsmos para desenvolvimento posterior proves: ss de matanga que operam deno deca ot {anlage Asano que sida dente dao {nniagoesDoguea a muda inte, ob geo ‘Banos, fa eateamente el (antes, 1985; 1989), No entamo, o prosesos de inetiicone cag, provevelmente,srdo mito importantes asa o funconamento interna da crgaiz, (Gucker 2977; Prete, 1982), Conform no assinalaco por Sha Meyer se ‘wolelovede ser me ptetnlseciadndo ce acon. 8. Leblbic ot al 991) mostam que, uindo at ‘vancagens de umn inovagaonio sto las, 80 Frecdentemente as mas menores com me os vantage compediva as primelas aadotat, Dore os riscorrelanvos de sua adogio sect ‘eres pa ls 9. Bate proceso de erizaso fl expctzmente desemvovige e empitamence testo en nivel {dividual como camer de ta doe ts (Gefertncia chav inciuem Berger ea, 1972; Wibstar eDaistel, 1978, Zetec, 2990; Ridgeway © Berger 1986). mast er eo no proces de generalizaa quando atiburos pesoas, tis como genero ou ea, ao enlise {be Mas emeramer es semetantes cn ae orgeneacomal 18, Umbom extol ¢ dao pea tora de css de tuanegto (iliamson, 1975), quesebaseier ‘camants na premin de racionalidad is Donte, o eebahos nai radia parsonk ‘star mplitomeneedassadoena premise de que Os decsores ao capezes de execstar eles St ‘Gemamentecomplesos necessiios para eiar ov esos eats da wansaeo sods see ‘ntesfomartelaconse de redone uno de aztespropiad baeeado nese ticulo e0 de aionadade alanvarente notin) Rereréncias BrsuioGRAricas ABBOTT, Andrew. The System of Profesion? Chicago: University of Chicago Press, 1983 ABRAHAMSON, Bric. Managerial fads and fashions: the “diffusion and 1ejectcn of Innovations. Academy of Management Review, 16:586-612, 1991 Roseakopf, Lori. Institutional and ‘Garapitinive bandwagons: using mathematical modeling a5 a tool to explore inzovation lifusion. Academy of Managemen: Review, 8: 487-517, 1998. ALDRICH, Howard. Organizations and Environments Englewood Cliffs, NJ. Prentice Hall, 1979, __— HOL, Marlene. Fools rush in? The ineational conten of industry creation Academy of Management Review, 19:545-70, 1984. ANDERSON, Philip, TUSHMAN, Michael Technological discontinuities and doninat ecign: a cjliel mode of technologies ange 1990. BANERIEE, Abhijit. A simple model of herd behavior. Quarterly Journal ef Economics, 107: 797-817, 1992. BARLEY, Stephen, TOLBERT, Pamela Institutionalization as structuration: Methods and analyte strategies for stadying links between, action and structure. Paper apresentado na Conferéncia sobre Métodos Longitudinats de Pesquisa de Campo. Universidade do Texas, ‘Austin, Texas, 1968, BARNARD, Chester. Functions ofthe Bective, Cambridge, Mass.: Harvard University Press, 1938. BARON, James, DOBBIN, Frank, JENNINGS, P Devereaux. War and peace: the evolution ‘of modern personnel adminiseration in U.S. industry American Journal of Secology, 92:38 411, 1968. BERGER, Joseph, COHEN, Bemard B, ZELDITCH JR, Morris. Status characteristics ond social [nezaction, Ameriaan Socoogial Review, 37:241- 55,1972, BERGER, Peter, LUCKMANN, Thomas. Social Conseructon of Realy. New Yotk: Anchor Books, 1967. 7 BIKCHANDANI, Sushil, HIRSCHLEIFER, Davie, WELCH, Io. A theory of fads, fashion, eusom an cultural change as informanonal cascader, ourmal of Pliticat Beanomy, 100: 992-1026, 1992, BLAU, Peter. The dynamics of bureaucragy Chicago: University of Chicago Pres, 1955. A formal theory of differentiation ia Organizations, American Sociological Review, 35:201-18, 1970, (HAVES, Mark. Ordaining women: the diffusion ‘fen organizational imovaten, American Journal of Sociology, 101:840-73, 1996, CLARK, Burton, Organizational adaptation and ‘Precarious values. American Sociological Review, 21-27, 1956, COLEMAN, Jemmet, Power and the Structure of Sosiegy. Neve York: Norton, 1989, Foundations of Socal Theory. Cabri, ase Harvard Uniw Paes, 1990. institutional perspective on, the rise, social transformation and fall ofa university budget category. Administrative Science Quartery, 33: 5362-87, 1988. D'AUNNO, Thomas, SUTTON, Robert, PRICE, Richard. omorphism and external support in conflicting institutional environments a study of drug abuse treatment unite. Academy of Management Journal, 34:636-61, 1991. DAVID, Paul Cio and the economics of QWERTY. “American Economic Review, 75:532-7, 1965. DAVIS, Gerald. Agents without principles? The sptead of poison pil chrough the interconporate network, Administrative. Science Quarterly, 36:569-612, 1991, » POWELL, Walter. Organstation ‘environment relations, In: DUNNETTE, M., HOUGH, L (Eds). Handbook of industria and Organizational Psychology. Palo Alto, Calf Consulting Peychologists Press, 1992. 3, p. 317-378, DIEKO#ANN, Kristina, TINSLEY, Catherine. ‘Te deinsitutionalization of conglomerate fms fn the 1980's, American Sociological Review, 59:547-70, 1994, DELLA FAVE, L, Richard. Toward an explication ofthe legiimation process, Social Fores, 65:476- 500, 1986. DIMAGGIO, Paul. Interest and agency in institutional zheory. In: ZUCKER, Lynne G. (Ed) Institutional Pater and Organizatens: Canure ‘and Environment. Cambridge, Mass: Ballinge, 1988. p. 257.292, Constructing an organizational field az ‘professional objec: U.S. art museums, 1920. 1940. in: POWELL, W, DIMAGGIO, B (Eds). The New instivaionalism in Organizational Analysis. Chicago: University of Chicago Press, 1991. p. 267.292. ___- POWELL, Welter The ron cage revisited: iiitutional isomorphism and. collective rationality in organigational fields. Ameria Sociological Review, 48:147-60, 1983. EDELMAN, Lauren. Legsl ambiguity and symbolic structures: organizational mediation of ev sights lav. American Journal of Secclgy, grassi-re, 1992 214 __ nares s— woomos De avs EISENHARDT, Kathleen. Agency and instional theory explanations: the case of retail eales ‘competition. Academy of Management Journal, 30; 488-512, 1988, ELSBACH, Kimberly SUTTON, Robert. Acquiring ‘organizational Iestinaton trough Wagitimate ‘actons: amarrige ofnstivtional and impression management thearies Academy of Management ‘our, 25: 699-736, 1992 [BAVOL, Henri. General and nduerial Management Londres: Pimnan, 2949. FFLIGSTEIN, Ned. The spread ofthe mmlsicvisional, {form among lerge firms, 1919-1079, American Sociological Review, 0: 377-91, 1985. “The Transformation of Comparate Control Gambridge, Mass: Harvard University Press, 1900. FOLLETT, Mary. Dynamic Administration. New Yorke Harper, 1942, GALASKIEWICZ, Joseph. Professional nenworks and theinsitaionalization of a single mind-set ‘American Socilogieal Reve, $0:629-58, 985. (GEERTZ, Clifford. Me Interpretation of Cultures. [New York: Basie Books, 1973. GIDDENS, Anthony. Cental Problems in Social Theory: Action, Structure, and Conzadicion in Social Analysis, Berkeley, Calif: Univesity of California Press, 1979 GGOFFMAN, ving, Presentation of ef in very Efe, New York: Doubleday, 1952. GOODMAN, Pal, PENNINGS, Johann, New Perspectives on Organiztional Efetiveness, San Francisco: Jossey-Bass, 1977, GOULDNER, Alvin. Patterns of Industrial Bureaucracy. Glencoe, I: Free Press, 1950, GRANOVETTER, Mack, Economie action and Soria structure: the problem of embeddedness. ‘American Journal of Sociology, 91:481-520, 1985. (GUL, Lather URWICK Ls). 1937. Papers fn the Science of Administration, New York, Insituo de AdminiragSo Pibica, Universidade. fe Caldanbia, HALL, Richard 1987. Organizations. Englewood Cts. rsa, Pegice Hal, HAN, Shin-Kep 1994. tameti isomorphism and its effect on the audit services matket, Socal Forces, 73: 637-64 -HECHTER, Michael 1990. Social Insitutions: their Emergence, Maintenance, and Effects, New York, Aldine de Gruyter HUBER, George, GLICK, William 1992, Organizational Change and Redesign: Ideas snd ‘Onsights for Improving Performance. New York, ‘Oxford Unix Press, JONBS, EE. Ingratiaion. New York: Appleton ‘Century-Crofs, 1964, cevzs WORTMAN, C. B. Ingratiation: an ‘Aigibutional Approach. Morristown, N.Jése: (General Learning Press, 1973. KAMENS, David. Legitimating myths and educational organization: the relationship Detwren organizational ideology and formal structure. Amerisan Sociologia Review, 42:208- 19,197. KANTER, Rosabeth Moss. The Change Masters: Innewation for Productivity im che American Corporation. New York: Simon & Schuster, 1988, When Giants Lear to Dance: Mastering the Thallenge of strategy, Management, and Careers ‘in the 1990', New York: Simon & Schuster, 1980, LAWRENCE, Paul, LORSCH, Jay, Organization and Environment. Boston: Graduate Skool of Business Adminiottion, Hervard Universiny 1967. LEBLEBICI, Husecin, SALANCIK, Gerald, COPAY, Anne, XING, Tom. Insititional change and the ‘tansformation of inerorganizational fields: an organizational history of US. radio broadcasting industry. Administrative Science Quarterly, 36 358-63, 1991 MARCH, lames, SIMON, Herber. Organizations. ‘New Yorke Wiley, 1987. MERTON, Rober, Manifest and lacen functions. Im: MERTON, R. (Ed). Social Theory and Social Structure. Gleneoe I: Free Press, 1948. p37 58 ‘MEYER, John, ROWAN, Brin. Instvwtionalized organizations: formal structure ae yeh atl American Jour of Secioogy, 83:34 ‘erement 63,1977. [MEVER, Marshall. Organizational structure 25 signaling. Pacific Sociological Review, 22: 481- $500, 1979. ZUCKER, Lynne. Permanently Failing Organisations. Newbury Park, Calif: Sage, 2989. MEZIAS, Stephen. An institutional model of organizational practice: financial reporting at the Fortune 200, miniratve Since Quarry, 35: 431.51, 1990. SCARSELLETTA, Mario. Resolving Financial reporting problems: an institutional analysis of the process. Administrative Science Quarterty, 30: 654-78, 1994 MICHELS, Robert. Political parties. New York Free Press, 1962. MINER, Anne. Idiosyncratic jobs io formal organizations. Adminisranve Science Quarterly, 32: 227-51, 1987. ‘Organizational evolution and the social ‘ecology of jobs. American Sociological Review, 56: 772.85, 1991, NELSON, Rickard, WINTER, Sidney. An Brolutionary Theory of Economic Change ‘Cambridge, Mass. Harvard University Press, 1982. ‘OLIVER, Christine. Strategic responses 10 ‘nsulonal processes. Academy of Management Review, 16: 145-178, 1992 PALMER, Donald, JENNINGS” Devereaux, ZHOU, Xuegueng. Late adoption of the ‘nultidivisional form by large U.S. eoxporations: ‘nsctutional, paliieal and economic accounts Administrative Sclence Quarterly, 8: 100-31, 1993, PARK, Robert B The Immigrant Press and its (Control New York: Harper & Row, 1922. PARSONS, Tlcot. Suggestions fora sociological ‘spproach’ to the theory of organizations. Administrative Science Quarterly, 1: 63-88, 1956, “Soave and Process in Moder Soieis New Yo: Pree Press, 1960. ERROW, Charts. Normal Accidents. New York: Basic Books, 1984, PFEIFER, Jeffrey Orgurizutions and Orgoniseional Theary. Boston: Pitman, 1982. ES =» SALANCIK, Gerald. External Control of ‘rgchisations. Newe York: Harper & Row, 1978, PUGH, D. 5., HICKSON, D. J, HININGS,C. ‘Ap empirical exonomy of sirucrure of work organizations. Administrative Science Quereeiy, 14 115.26, 1969. ‘QUINN, Hobere, CAMERON, Kim. Poradax and Transformation: Toward a Theory of Chenge in Organization and Management. Cambrize, Mass Ballinger, 1988, REEVES, Carol, BEDNAR, David. Defining ‘quality: alteradives and implications. Acader) of Management Review, 19: 419-45, 1994, RIDGEWAY, Cecilia L., BERGER, Joseph. Expectations, legitimation and dominance behavior in task groups, American Sociological Review, Si: 608-17, 1986. RITTI, Richard, SILVER, Jonathan. Barly processes of instittionalization: the dramareargy of exchange in interorganizational relations Administrative Science Quarterly, 31: 25-42, 1988. ROWAN, Brian. Organizational structure and ‘he insitutonal environment: the case of public schools. Administrative Science Quarterly, 27 259.79, 1982, RURA, Thekls, \INER, Anne, Degrees of instucionalvzation in organisational routines ‘Working paper 9-98-16, Madison: Universidade fe Wisconsin, Schocl of Business, 1994, SCHUTZ, Alfred. Gollace Papers: The Problem of Social Realty por M. Natanson. Hai: Martinus Nijaof, 1962. ‘The Phenomenology of the Social World Baniton, I: Northwestern Press, 1987 SCOTT, Marvin, LYMAN, Stanford, Accounts ‘American Socilogial Review, 33: 46-62, 1968. ‘SCOTT, Richard. The adolescence ofinstirational ‘hoon Aminstrative Science Quarvery, 32: 493 511, 1987. Instintional analysis: variance and Droceis theory approaches. In: SCOTT, W.R. MEYER, J. W. (de), Jnstnutional Environments and Organizations: Structural Complexity and Individualism. Thousand Oaks, Calif: Sage 1994. . 61-99. MEYER, John, Ietzuional Environments ‘and Organizations: Steucearal Complexity ané Individualism, Thousand Oaks, Calif: Sage, 1996. Apismrucouaizacho pa aoma mstmUcioNL 217 SELINICK, Philip. TVA and the Grassroots. ‘Berkeley, Cali: Unit of California Press, 1989. Leadership in Administration. New York: ree Pres, 1957, SIMON, Herbert. adminiscatve Behavior. New Yorke free Pres, 1947. SITKQN, Sim, SUTCLIFFE, Kathleen, SCHROEDER, Roger. Distinguithing control from learning in total quality management: a contingency perspective. Academy of Management Review, 19:537-64, 1994, ; STINGHCOMBE, Arthur Bureaucratic and craft sdministration of production: a comparative ‘study. Administracve Seience Quarterly, 4:168- 87, 1989. 'STRANG, David. From dependency to sovereignty: ‘an eventhistory analysis of decelonization 1870- 1987. American Sociological Review, 8: 846.60, 1990. Institutional accounts of organizations asa mmf scare analysis. Current Perspectives ix ‘Social Theory, 1: 151-74. Greenwich, Connecticut: IAL Press, 1994 MEYER, John. Instiucional conditions Tor dittusion. Theory and Society, 22: 487-511, 1988. ‘TUMA, Nancy. Spatial and temporal Dezerogeneity in aifution, American Journal of Sociology, 99: 614-39, 1994, ‘STRYKER, Robin, Rules, resources and legitimacy processes: some implications for social conflict, ‘order and change. Anerican Journal of Sociology, 98: 847-910, 1984 SUTTON, John, DOBBIN, Frank, MEYER, John, ‘SOOT, W.R. The legalization ofthe workplace American Journal of Sociology, 99: 944-71, 1994. ‘THOMAS, WL, ZNANIECKI, Florian. Mh Polish Peasant in Bucope and America. New York: Dover, 1927, THOMPSON, James. Organisations in Action. New Yorks MeGrane-Hil, 1967, + MCEWEN, Wiliam. Organizational goals Sad environment: goal-setting as na iteration. rocess. American Socolog\cal Review, 23:23-42, 1958, TOLBERT, Pamela ., Instcutional environments ‘and resource dependence: sources. of administrative structare in intiutons of higher ‘education. Administrative Seince Quarterly, 30: 143, 1985. Institutional sources of curureia majorawe iis. ln: ZUCKER, L, (Ba). InscituionalPaeerns {in Organizations: Culture and Enviconment. Cambridge, Mass. Ballinger, 1988. p. 201-113, ‘ZUCKER, Lynne. Institutional sources of ‘Grange in che formal srucrre of organization: de diffusion of civil service reform, 1680-1995, Administrative Seience Quarterly, 28: 2239, 198s. TURNER, Jonathan. The Structure of Sociological. Theory. New Yorke Dorsey, 1974, WALKER, Henry, THOMAS, George, ZELDITH, Morr. Legitination, endorsement and stability Social Frees, 64: 620+ 43, 1986. ‘WEBER, Mex. The Theory of Social and Boonie Organization (Bdicso de 1924 em alemso.) Ea ‘Dor A.M, Henderson e Talcott Parsons. Glencoe, IL: Pree Press, 1946. WEBSTER JR, Murray, DRISKELL, James E ‘Status generalization: a review and some ne data, American Sociological Review, 43: 22036, 1978. WEICK, Kar. Social Prychology of Organization. Reading, Mass.: Addison-Wesley, 1969. ‘WILLIAMSON, Oliver. Markets and Hierarchies New York Free Press, 1975, WOODWARD, Joan. industria Organization: ‘Theory and Practice. New York: Oxford Univ Press, 1965, ‘WRONG, Dennis. The oversocalred conception ‘of man in modern sociology. American Sociological Review, 26:183-83, 1961. YATES, Joanne, ORLKOWSHI, Wanda, Genres organizational communication: astracruratinal epproach to studying communication and medi. Academy of Management Review, 17:299-326, 192, ‘ZALD, Mayer, BERGER, Michael. Social ‘movements in organizations: coup drat, Insurgency and mass movements. Ameria urna of Sociology, 89: 828-61, 1978. ALD, Mayes, DENTON, Pai. From evangelism tw general service: the transformation of the YMCA, Administrative Science Quarterly, 8: 214 24, 1963, ZELDITCH.JR., Morris, LAUDERDALE, Patrick, STOBLAREG, Stephen. Hew are inconsistencies between satis and ability resolved? Soil Fores, 58: 1025-43, 1980. ‘2HOU, Xueguang. Occupational power, state capacities, and the diffusion of licensing in the American states: 1890-1950. Americon Socilogical Review, $8: 536-52, 1992, ZUCKER, Lynne G. Where do institutional patterns come from? Organizations as actors fn social systems. In: ZUCKER, Lynne G, (Ed). Inutizuonal patterns and organizations: Catuce ‘and environment, Cambridge, Mass. Ballinger, 3988. p. 23-49. __— Postscript micofoundationsofinstnutonal ‘Houghe. in: POWELL, Walter Wi, DIMAGGIO, Paul J. (Bde). The New Instnitionaism in Organizational Analysis. Chicago, J: University ‘of Chicago Press, 1991, p. 108-107. ___ DARBY, Michael R. The organization of Bioechnology science and its comeritizarion in Japon. UCLA Insiae for Social Science Research ‘Werking Papers in the Social Slenoes, 6,1, ‘Aug. 1994 __ FREFT, Ita G.G. The evolution of socially ‘contingent rational ations: effec oflabor strikes ‘on change in union founding in the 1880’. In BAUM, J., SINGH, J. V. (Bas.). Evolutionary Dynamics of Organisations. New York: Oxford Unie Press, 1994, p 294-919. DARBY, Michael R,, BREWER, Marilynn B PENG, Yasheng. Collaboration struccure and information dilemmas in biotechnology: organizational boundaries as trust production In: KRAMER, R,, TYLER, T. (Bes). Trust in Organizations. Thousand Oaks, Calif: Sage, 1995, 7 Nota TEcnIca: A TEORIA INSTITUCIONAL © texto de Tolbert e Zucker (1997) trata da contribuicéo da Teoria Institueio- tal para a érea de estudos organizacionais, ‘mais especificamente para o entendimento do processo de construgio e reconstrugio ‘dos arranjos estruturais em organizagies. A andlise das autoras baseia.se na evidencia de que predominam na Teoria Institucio- nal pesquisas de nanreza restitiva, isto €, ‘que tratam as institaigSes como dadas pelo ambiente, ¢ a institucionalizago come um estado qualitative: dado arranjo estrutural cestd ou ndo institucionalizado na organi- zagho. De faio, no exame da literature es- pecializada sobre o assuto, poucos so os relatos empiricos sobre os mecanismos ¢ sobre suas dindmicas que resultam naqueles csiados, da mesma forma que também so taros os estudos sobre as formas pelas quais as organizagSes levam a cabo mudangas no plano institucional. Crbe acrescentar que a proposta ¢ as sugestOes das auroras nao se baselam em relato de pesquisa, mas essencialmente em consideracées tedricas. Na presente nota ‘técnica procura-se apresentar algumas con: SideragBes complementares, de mesma na ‘tureze, para que se possa localizar a contri- buicio dada pelas autoras, o que equivale adver: estabelecer limites e gerar divvidas {gue possam contribuir para melhor aprovei= ‘tamento do raciocinio de Tolbert e Zucker Teoria institucional Como jé se afirmou, as autoras explo- ‘am 0s possivels usos da Teoria Instirucio- zal para o entendimento de modangas nos arranjos estruturais das organizagées. Para tanto, dirigem o foco para uma forma espe- cifica de organizagéo, a empresa, erealizam revisio historica para situar 0 momento € as raztes pelas quais esta tendéncia emer. siunos anos 70. A despeito de parecer afr: ‘mativa dbvia, compartilhada por Tolbert ¢ Zucker, deve-se entender que 2 Teoria Ins- titucional néo € conjunto de proposigses ue Vise especificamiente a andlise organize Clonal; pelo menos, a ela ndo se restringe. O que, usualmente, ealoca-se sob tile de Teoria Institucional constitu o resultado da convergéncia de influéncias de corpo: ‘e6rieos origindtios principalmente da cién- cia politica, da sociologia e da economia, que bascam incorporar em suas propos Bes a iddia de instituigdes ede padrées de ‘comportamento, de normas ede valores, d€ srengas e de pressupostos, nos quals encom: tram-se imersos indWviduos, grupos e organi _-2agdes. De acordo com esse entendimento, Scott (1995) observa que grande parte do austncia de consenso sobre os principals conceitos, métodos ¢ formas de mensuragio, na literatura especializada, deve-se a varie: date de niveis de andlise considerados © 20 seis Regultvo eve ron coms Cremeirad co ‘iene Seca du Cracona | \ stn ce = impancio Eien! rico! TC ertcsbasa) te ietnstin) om = saat | ‘puncte | ‘Ro metotobogia Populagdo de | Fonte: SCOTT, WR mstintons and oxganizons. Londres: Sage Publications, 199. p59. Figura 1 Pilares bastiucionais e variagdo de ntveis: escola ilustrativas. ropésito das construgées tesricas reunidas sob tal cu. A fim de possibilitar uma primeira lo- » calizagao do sentido no qual a expressio ‘Teoria institucional é empregada por Tolbert © Zucker, isto é, na fronteira entre populacto de organizagées ¢ organizacSes, apresenta- se a Figura 1, que contém os niveis de and- lise e os pilates instirucionais, ¢ as escolas {que se situa na intersecéo de ambos. Em paralelo a questio do nivel de anéli- 2,0 foco na estrurara organizacional cons- ‘kui preocupacéo fundamental para Tolbert © Zucker. A propésito dessa questéo, Scott (1995) identifiea trés grandes pilares que ‘redominam ensre os institucionalistas: ore- {ulativo, o normasivo eo cognitive. Deve-se ‘erem mente que nao se tratam de posturas ‘utuamente exclusivas, mas de alternativas ‘analiticas que visam propiciar melhor com- reensio de aspectos distintos do mesmo fendmeno. No Quadro 4 sintenza-se 0 que Soort (1995) chamou de variagSes de énfase ‘ suas diferences analiticas. Na avaliacdo do texto de Tolbert ¢ Zucker, & luz dessa classficagao, é possivel observar que os ar ‘gumentos das autores apdiam-se de forma predominante no pilar normativo; apenas ‘emalguns momentos sustentam-se no pilar ‘cognitivo. A consideracio de nivel deanalise ‘ede pilar institucional, de modo articulado, permite localizacio mais precisa, 40 mes ‘mo tempo que mais abrangente, de anslise critica esbocada pelas autoras no texto em. ‘exame. Deve-sé ressaltar, no entanto, que a ‘temétiea basica das autoras é dindmica de institucionalizacao, mais especificamente os cestigios desse processo. Institucionalizagio De acordo com Tolbert e Zucker, fo- ram Meyer ¢ Rowan (1977) 0s institucio- nalistas que realizaram 2 grande ruprura ‘com a forma convertconal Ue se pensar 20 bre a estrutura organizacional, ao destaca- ‘rem seu sentido simbélico. Importa acres: i He Quatiro 1_Wariagdes de enfase:tréspilares institucionais. (Quadro 2 Quaidades do ambiente ténico:incertera ¢dependénca [ Regulativo [Normative | Cognitive Caracteriaticas Definigao Base da submissio | utilidade obrigagao social | aceitagio de pressupustos: ‘Que afetam incerteza s eee eer eee mimético hhomogeneidade/ extenso na qual os elementos ambientais sSo similares tien tomar |odeqagso | ertdon Neeraenne : taicatoree [repay lene [eenteraoe (pesmi oiemorioe Crtdeeridde een ques emer to ses wana 7 senctes scctagso ameaga/seguranca cexcensio na qual aorgarizago ¢ vulnerivel a seu Dace delestimasto [Iqineste —faeralnert | cafuninene send : cane sreconerovstmene enon qua erganzaso ex tind ues sae : : Sonn Fonte: SCOTT WR nstintions and orgonsatons. Londres: Sage Publiestions, 1995. p. $9. © | coordenagio/nio-coordenagiio | extensfo na qual o ambiente ¢ organisado ou esrururado Owe afetam dependencia cenar qu anbén fora Meyer € Rowan odusdimesteantonn-ae | | ttneaveee ees il recon ec cto ponies (1977) que propuseram, em primeira mao, ‘nice ¢ institucconal —exeraplificam dolssig- i i {0977 ue propusran mprneia ia, sexe lence comneulipens | aust guloseaos senses apts em termos técnicos e institucionais, como ‘Ambientestécnioos incorperam a comste- haa icionais, Go de que esrururasracionais oo aque. geno na qual anbiente ¢cprzado ou smu facetas de uma mesma dimenséo. “Ambientes téenieos, ou espagor de competigio na Stea econémica, sto squeles cua dindmica de funcionamen- to desencadeia-se por meio da trocs de bens ou servigos, de modo que a2 orga- nizagées que neles se ineluem si ava- liadas pelo processamentoreenicamente eficlente do wabatho {.). Os ambientee institucionas caracterizamse, por sua vez, pela elaboraroe dist de regras « procedimentes, que proporcionam as ‘organizagéeslegitimidade e suport con textual” (Machado-da-Silva e Fonseca, 1996 : 103-108), A questdo que se pode colocar é: a dis. ‘ingle entre ambientes téenicoe institucio- nal representa bases excludentes de andlise? ‘Conforme Scott (1995a), a distincéo entre ambientes ténicoe institucional pode trazer

You might also like