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134 _ pare) woomos be muse vias de ciécia, como deservalvos a érea de exaas, biolgea egeociéneias,ndo 0 plicdveis noutras éreas de conhecimento, especialmente nas areas decincias soca, fejam parar ou apliadas. Ino também per. mite ver @ Teoria da Contingéncia Esmuni- ral de um Angulo menos polemico e menos rigido do que o habitual, & medide que cla 6 visa como modelo de “ciéncia norma", ras capaz de flexbiizarse pela absorgio de outras perspectivas contngencializndo- xs, Na verdade, quando se fla em cutara ‘orgamizacional, dferengas entre modelos de gesio entre pases cultura, nfo se ‘sd comingeneaizando e portant relat zando? Quando ouvimos que o modelo norte-americano de empresa eseu ipo de governance (governance) pode nao ser un versalizvel © que os pases latinos, como Franca, Iliac os da América Latina, mn outro tipo ce empress, que demande igual. rente out tpo de estar de cipla © outro modelo de governanga, nto cont ‘uamosa contingencialzar? Se acontingea. Cializagéo wax consigoarenincia univer salizagao, portanto, a riptira com de- terminado modelo de citncia, ito poderé levar-nos& meanclia, mas também pode llevar & aceitagdo de que a realidade admi- nistrativa ndo pode ser entendida ou abor- ‘dada gerencialmente sem a contingecializa. lo relatvizadors Revenéncuas BrsuiocRAnicas BLAU, Petes M,, SCHOENHERR, PA The srucue of organizations. New York: Basic Books, 1971; BLAU, PM. A formal theory of differentiation in organizations. Americ Sociological Review, (82: 202-218, 1970. BURNS, Tom, STALKER, G.M. The management of innovation. Londres: Tavistock, 1961, (CHANDLER, Alfted, D. Sortegy and sucrure: ‘chapters in the history of the american induetial ‘nterpese. Cambridge, MA: MIT, 1962. PUGH, D. S., HICKSON, D. J. Organizational structure i its context: the asten programme | Famborough, Hants: Saxon House, 1976. PUGH, D. S., HININGS, C. R, Organizations! structure: extensions and replications: the aston Programme Tl. Farnborough, Hants: Saxon House, 1975 WOODWARD, Joan. Industrial organisation: heory and practice. Londres: Oxford University Press, 1965, © Que Kco1ocia OncANIZAcionat ENKo ‘Até a metade dos anos 70, a aborda- {gem predominante na teorla de organiza- ‘lo gerenciamento enfatizava a mudanga ‘adaptariva nas organizagOes. Segundo essa visio, quando o ambiente organizacional suida, lideres ou coalizées dominantes em lorganizagées alteram as caracteristicas or ‘ganizacionais apropriadas para responder as demandas do ambiente. A abordagem de estudo da mudanga organizacional, que ‘enfatiza os processos de selegao ambiental, introduzidos também nesse perfodo (Aldii- che Peffer, 1976, Aldrich, 1979, Hannan Freeman, 1977, MeKelvey, 1982), tem-se tomado progressivamente influente.& linha de pesquisa dentro da perspectivaecolégica ‘da mudanca organizacional gerou grande excitacio, contovérsia e debate dentro da comunidade cientifica dedicada a ceotia das organizagSes © da administracao. Inspizada pela questéo “por que hd tan- tos tipos de organizagées?” (Hannan e Free- ‘man, 1977 : 936), ecSlogos organizacionais rocuram explicar como as condig6es polit * Taadugo: Kita Madrugs Revit sence ele Nise Cava, 5 EcoLoGia ORGANIZACIONAL* Jog. A. C. Baum [& cas, econdmicas e sociais afetam a relativa abundéncia e diversidade de organizacdes ‘etentam justificar sua composigao mutan- te 20 longo do tempo. Embora diferencas existam entre investigadores individuais, 2 pesquisa ecoldgica Gpicamente é iniciada por tés observacées: (1) diversidade é uma propriedade dos agregados de organizagoes, (2) organizagbes freqientemente tém dil. cculdade para executar ¢ planejar mudancas suficientemente répidas para responder &s demandas de amblentes incerios e mutd- veis e (3) 2 comunidade das organizagoes é raramente estével - organizaches apare~ com ¢ desaparecer continuamente. Feitas ‘essas observacées, ecélogos organizacio. nals passam a procurar explicagGes para a diversidade nos niveis da populacao e da comunidade da organizacdo ¢ focalizam as taxas de fundaro ¢fracasso, capo e morte de populagies organizacionais, como fato~ res-chaves para o crescimento e reduao da diversidade. Organizagées, populagies e comuni- dades constiruem 0s elementos bésicos da analise ecoldgica das organizagdes. Um con- Junto de organizacSes engejadas em ativi- dades similares e com padrbes similares de utlizagao de recarsos constitu uma popt Jago, Populagées formam-se como resul- ado de um processo que isola ou segrega tum tipe de organizagio de outro, ineiuindo incompatibilidedes teenolégicas e agbes ins titucionais, nis como regulamentagées do governo. PopulagSes desenvolvem relacées ‘com outras populacdes engajadas em ati vidades distintas, formando comunidades ‘organizacionais. Comunidades organizacio- nais so sistemas funcionalmente intogrados de populagées interagentes. Os resultados para as empresas em qualquer populace so fundamentalmente interligados com ‘empresas em outras populagées dentzo da ‘miezma comunidade. Ecologia organizacional e determinismo ambiental Embora a ecologia organizacional seja atualmente um notdvel subcampo dos estu- dos organizacionais, existem muitos eriicos oéticas em relacdo a ela. Por qué? O debate centvaliza-se primeiramente nas hipSteses a respeito das influ€ncias relativas da his- ‘éria organizacional, de seu ambiente e de seus padrées de escotha estratégica sobre 0s padrdes de mudanca da organizagao, desenvolvidas pela teoria da inéreia este tural (Hannan ¢ Freeman, 1977; 1984). Aveoria da inéreia estrarural afirma que as organizagbes existentes froqientemente tém dificuldades para mudar sua estrarégia e estrutura de forma suficientemente rapi da para acompanhar as demandas de am- Dientes incertos e mutdveis eenfatiza que a ‘aioria das inovacées organizacionais, fre- ‘quentemente ocorre no inicio da historia das ‘organizagies © populagtes. A mudanga ea variabilidade organizacionais si0, portant, consideradas essencialmente, @ relexo da substtuigio de uma organizagao inere (sto 6 jinflexivel) por outra. Para os cxitcos ecé ‘cos, isto significa determinismo ambiental eadesconsideracio da ago humana (Astley Van de Ver, 2983, Perrow, 198 Abordagens ecolégicas implicam que 2 abs de indivios em particule slo ‘mportam para as organizacies? A resposta ndo,¢ claro, Uma paste da confusio & que o deterrainisme é erroneamente contrastado com 0 probabilismo (Hannan ¢ Freeman, 1989; Singh e Lumsden, 1990). Deixando de lado se a diseussio a respeito de se as agées sf tolas ou inteligentes, cuidadosa ‘mente planejadas ou insintvas, 0 fatoé que individuos podem claramente influenctar futuro das organizagdes. Sob as condigées de incerteza, contudo, existem severas res- ‘rigBee As habilidades doa indviduor para conceber e implementar corretamente mu- dangas que aumentem as chances de sobre vivencia e sucesso organizacional diante da ‘compesigo. Consegiientemente, “num mun- do de grandes incertezas, esforgos adeptati- vos... omamse essencialmente randémicos fem relagdo a seu valor futuro” (Hannan Freeman, 1984 : 150). Uma segunda parte da confusioesté ligada ao nivel da analise. [As apes dos individuos séo mais importan- tes para sua organizagio do que para teda a populagio das organizagées: existem limi- tes para a influéncia das agbes individuais sobre a variabilidade nas propriedades or- ganizacionais. Conseqientemente, as agbes de individuos poderao nao explicar muito a respeito da diversidade nas populagées de organizagées. Abordagens ecolégicas para a mudanga organizacional ‘As mudancas nas populagSes organi ‘zacionais refletem a atuacao de quatro pro- cessos bésicos: variagao, slecdo, retengda & competigao (Aldrich, 1979; Campbell, 1965; Mekelvey, 1982). Variagées fazem parte dos comportamentos humanos. Qualquer tipo de mudanca, intentional ou nfo, & uma va- Tlagéo. Individuos produzem constantemen te variagées em, par exemplo, competéncias administrativare téenicas, em seus eaforgos para ajustar a relagio de suas organizagces 0 ambiente. Algumas variagbes trazem mais beneficios que outras na aquisigfo de recursos num ambiente competitivo e slo, entdo, selecionadas positivamente - no pelo ambiente, mas pelos administradores dentro das organizacoes e pelos investido- res, clientes e reguladores governamentais xno ambiente externo (Burgelman, 1991, Burgelman e Mittnan, 1994; MeKelvey, 1994; Meyer, 1204; Miner, 1994). ‘Quando variagées de sucesso stio co- shecidas, ou quando tendéncias ambientais s8o identificéveis, individuos podem zentar copiar e implementar essas variagies de sucesso em Sua propria organizagio ou po- dem tentar prever, antecipay, planejar im plementar politcas no contexto de tendén cas previsiveis (DiMaggio e Powell, 1983; Mekelvey, 1994; Nelson e Winter, 1982). ‘Mas quando variagdes de sucesso séo des- comhecidas, porque, por exemplo, ocompor. tamento dos consumidores e competidores €imprevisivel, a probabilidade de escolher a variagio comreta e implementé-la € muito baxa. Mesimo quando variagdes de sucesso so identificadas, a ambigtidade de suas ossiveis causas pode frustrar as tentatvas de imitacao, Sob essas condigées, variagdes podem ser vistas como tentativas experi rentals, algumas consclentemente planeja- dase outras acidentais, algumas resultando fm sucesso outras em fracasso (McKelvey, 1994; Miner, 1994). Quer elas sejam conhecidas ou néo, ‘com 0 passar do tempo, variagdes de su: ‘esso séo retidas na forma de organizagies, sobreviventes que so caracterizadas por ‘tis vatiagies. Se as chances de sobzeviven- tia sto baixas para organizacoes com uma ‘arlante especial, isso ndo significa neces. sariamente que essas organizagies esto estinadas ao fracasso. Na verdade, significa que a capacidade dos individuos de mudar 89 organizagies com sucesso € de grande Jmportancia (Hannan e Freeman, 1989). A teoria ecolégica, portanto, nfo remove os Individuos da responsabilidade de controle (ou influéneta, pelo menos) sobre o sucesso sobrevivéncia da organizecfo: individuos realmente tém importéncia. A teoria ecol6- ica, contudo, assume que os individuos Ado podem sempre (ou freqientemente) dererminar previamente que variagies rao ser bem-sucedidas ou quais itso mudar as estratégias e as estrucuras de suas organi zagdes répido o suficiente para acompanhar as demandas de ambientes incertos ¢ muté- veis. Consegiientemente, em contraste com as abordagens da adaptagao, que explicam ‘mudangas na civersidade organzacional era termos de escothas estratégicar cumulativas ‘emudangas nas organizagées existentes, as, abordagens ecoldgicas realgam a criagdo de novas organizagées e o desaparecimento de outras. Este capitulo ‘Meu objetivo neste capitulo ¢ avaliar e consolidar o presente estado da arte em ecologia crganizacional. Para realizar 0 pro- posto, reviso a maioria das afirmaces tes cas, estudos empiriens e diseussées que esto ocorrendo neste momento. Embora tena tentado examinar o campo da inves- tigagio er ecologia organizacional compre ensivamente, devido & pesquisa ecoldgica constituir neste momento, um grande corpo de trabalho e devido a jd existizem outras revises extensas (Aldrich e Wiedenmayer, 1993, Carrell, 1984a; Wholey e Brittain, 1986; Singh e Lumsden, 1990), focalizarei os tabalhos mais recentes. Orestante deste capitulo é organizado em duas segdee prin clpais, Reviso a teorla e pesquiso as taxas de fundacko e fracasso organizacionais na primeira seqdo e taxas de mudanga organi: zacional na segunds. Em ambas as sesies, cenfatizo temas e debates contemporineos, bem como idemtifico questdes centrais que ermanecem sem resposta e sallento novas ‘cemergentes direcBes que parecem promis. soras para a pesquisa fucura, Funpacio & Fracasso OnGANtZAcionaL, Abordagens ecoldgicas da fundagio fracasso representain variagbes radicais em relagdo as abordagens tradicionais que fo- calizam as iniciativas, capacidades e habili- dades individuais. A abordagem tradicional = baseada em tracos inates ~ a respeito da fundagio de organizacées assume que ha algo sobre o passado de um individuo ow personalidade que o leva a fundar wma or- ganizagio (Gartner, 1989). Igualmente, ¢ ‘Pesquisa tradicional a respeito de politica de negécios normalmente atribu o fracaseo or- ‘ganizacional a inexperiéncia e incompeten- ia administrative, ou a siuagéo financeira inadequada (Dun ¢ Bradstreet, 1978), As abordagens ecolégices & fundacio efracasso) organizacional, comparativamiente, enfeti- ‘Zam causas contextuais ou ambientais —20- ais, ecandmicas e polticas~ que produzem ‘ariag6es nas taxas de fundagio ofracasso as organizagoes a0 Tongo do tempo, in- fluenciando estruturas de opormunidade que confrontam fundadores organizacionais po- tenciais erestrgfes de recursos com que se deparam as organizacoes exstentes (Aldrich € Wiedenmayer, 1993; Carroll, 19848; Ro- ‘manelli, 1991). Em termos mais amplos, Teoria ea pesquisa ecoldgicas sobre a criacio e fracasso focalizam wrés.cemas, resumidos za Tabela 1: (1) processos demogréficos, (2) processos ecolégicos e (3) processos ambientas, Processos Democraticos Consierando que os processos de fan- dacdo de empresas sto atibutor de uma populagdo, jf que nenhuma orgenizacao este antes de sua criagdo os procesios de cite orem ove rfnzacioni ‘populacionais: as organieagoes extentes tem hitnas«eseturas que nfveclat suas teaas de facasso,Desse modo, o ead os fracassos organizacionais € complica- do pela necessidade que temos de conside ‘ar processos tanto no nivel organizacional quanto populacional. A anélise demogréfica examina os efeitos das caracceriticas orga- nizacionais sobre as taxas de fracasso em opulacdes organizacionais Dependéncia de idade e tamanho ‘Uma linha central de investigagao na pesquisa ecoldgica tem sido 0 efeito da ida- de organizacional sobre o fracasso. A vi- sio predominante é a da susceribilidade das novacas (Stincheombe, 1965 : 148-149), ou seja, a propensio de organizagdes mais jovens terem taxas mais alias de fracasso. Apoiando esse argumento esta a hipétese de que organizagoes mais jovens so mais vvulnerdveis, porque elas tém que aprender novos papéis como atores sociais e criar apéis e rotinas organizacionais a tempo, fem wm periodo no qual os recursos organi zacionais esto sendo exigidos até o limite. Novas organizacées parecem enfventar a falta de influéncie © apoio, relagtes estavels om agentes constituintes externos impor- ‘antes elegitimidade. Seguindo numa linha complementar, Hannan e Freeman (1984) sugerem que as presses seletivasfavorecern ‘organizagbes capazes de demonstrar serem onfidveise teem justificagao. Mostrar con- fanca e justificagio exige das organizagbes alta reprodutividade. Esta reprodutivida- de, e @ inércia eseratural que ela gera, at ‘mentain & medida que avanca a idade da ‘organizacao. Uma vez que os processos de selegio favorecem enormemente estruturas ‘eprodutives, organizagées mais antigas si0 ‘menos propensas 2o fracasso do que orga -nizagGes iniciantes, Bastante relacionada & suscetibilidade das novatas esté a succriilidiede das peg ha empresas. Organizagies maiores 80 oon- sideradas menos susceriveis ao fracasso por uma série de razées. Uma vex que 0 maior ‘Tebela 1 Principats abordagens ecoldgicas para a jundagdo e fracasso organisacional ‘Verkéveie cave Provindes-chave Referéncias- ‘chave Proce Demarco: Depedininéa ide / ade rgnecoal | Sucesbisae assets: | eran tal stars de fracas ses | Srgunizaconeldecinam coms Side, onfozme os paps frou io doninadon, © as reapsescom os agentes | enemas sto esuelecias. | | slolescénla: eta de frcaso | Seti 1990; ‘ngaizaional cestem om | Picaman € fe euments iis da ldade, | Levin, 199% | seangam um pic, quando | | ospnmeros recteos sto | Sepauperados, eno cecinsm com os fut stmentoe da Haat ‘Suszeiidade da bens trae de | Engram, 1993) {aca organitacena! eager bore, uentam com o em, 3991: Baron medida ue seu ase a, 1908 Inicaleomo ambiente se I ‘errs I Dependéscia do tamanko | Tamanho Suscenbiidade das peguenaa | Fae eva, cnganizasiona] | emp estanedeGarao | 1508 (rpaisacional acinar com> ‘aganto, protege ona es sameness Pros Bates Disdnietsdeampliade | Saratégia pedals eplorim ome | Freeman e onto speciita cour fatadesecutos | Hannan, 1983; | slo fevereciées em ambienses | 19675 Care, | concesuadee«efnaios | 1985 Gowran’) ‘evacépa do Generali ener nis serine ‘edisente am ample especzo as mudaneesambintnse Ho fvorecides em ambienes ce ance vataidade nie | ‘eftados (curse grained). Pltmica ds populsgio | Pundapées antedore: | Oinide do aeinzatocm | Carob = Favybenewtvnssnaisa | Dera, 2988, ‘porns, eledo | Delaroin rnovasfandapses metals | Caza, 1989; cescinantos iam campegio. | Deacreta t | por recuse, epriminde ie Tabela 2 Continuayéo. Vente chave : Vestiveischawe | Prevntenchave | ‘References Shave j por exemplo, a legitimidade, | Barnett ¢ Carroll, Siedea denen | 190 provera ree | regulando a comperigio. | Ligasoes gacées a stages ‘Singh eal fee instieucionais “comunitérias e pablicas: 11996b; Baum ¢ [Raasoramaion | oie do cocinema ms ‘Smads cule ome! | er 1 ea, aun inane : Seniesa tres pas sharaeincae Seep Stan - ihaiecrales hen, Fracesoicamiigiae | Guor eavligio | Orde wambigin scam | Rahman ‘Rgrnifo owes fancies. Sepecien ie fanagda "| Radeon, 1986; ‘Slreeuestberga pee Sih molands per | Arden, Son premacs dnanen | Semple ate fporcs | 2986; Smasiemane SGvtnerec eet | Urebac 1992 Somes ps eater Septic de Dasiinte da | Ointio do cement | Haman ‘teas ponte copes : coiade forme Gro | sudenifademmentne | Reman, 1987; t Conte obese on Eameede” | fetta maton de | ana ‘pens ds erpsagies cago |S, | Aen, | a y roma Somlieiaee | Ios za - — Simian ce me: z EE Shinn ons pot, frecten composi, Tinie fncgese q ‘ssid econ tamanho sumenta a tendénca ainércia nas _Considerando que as naves organiea- imxiqmatcnn | Dammiew | eros e corn oats organizagies eque as presses eles am- Bes tendem a ser pequenas, se, conforme comune rerlegio Scns ene opaagfes, | Haran 1987; bientais fvorecem organizagbesetrtural- susceibilidade das pequenas empresas tepauetescongenons | 8 mente ines por sn conned, orgs. pont, pequena ogaizabes tm tas tna) eam Bae. 199: fe facaato mas alae, enti a curcecblida- [Sees atom, | Bares 5 nlzages maiores sho consideradas mens , Sodio moe care ‘inert ao ise do racaso Hanan dds novaar eds peanenas empress € oman nine) ar CFrennun 1984) A propeaste las peque._ esse de ser confundida e deve ser sepa fata de nano decade has organtuagoes para o hacaseo€tambem 748 empircamente (Freeman eta, 198). Proceso anbients apontada como uma das conseqiténcias de Entdo, © que aparece como dependéncia Proestsinsirconals | Desurdem plitea | Detordenspolicasafeam | Carll | puns problemas, come difculdades para "esata. em relacdo & dade pode, de fat, Sipmasetacnceae” | SEuelh apm, pf» bum Ptoblemas, como dieuldades Pars sor resultado da confuséo com otamanko -e fracassos, mudando ‘Delacroix © 3 ri oe ‘néo mensurado (Levinthal 19914). Embora Sealmamenessocai, | Canoe 96%: 4 le zabalho responder to pagaren'OsOM pumerosos estudos eolégeos anteriores ‘Spee sence Selene, altastaxas de jarose lidar com os custos umerenoe estuds scoléarcos srierion’s Saloon cee sae aciminisravos de estar de acordo com as fumeneem consivenvemen @ nt Sieur eecor, ° suscepebilidade das nov 19835 Tepe camer Tegulamentagées do governo (Aldriche Aus: Cacche hassche 10Gn Keenen erale perenne pr vs ter, 1986). 0 tamanho grande também ten- 3983), conforme a Tabela 2 demonstra, e=- oaganizagbes. de a iegitimar organizagées, & medida que _tudos recentes demonstram que ~ apés 0 Regulamentapier | Poliicas yovernamenais “Tucker eta, cle 6 interpretado pélos investidores como controle pelo tamanho organizacional atual Srommeone | Spectr | hr So 6 resuitado do sucesso da emprese © como ~astaras de fracaso no decinaram com © cata achorde, | eb 195; “=, tm indicador de um foruroconfiével. tempo, Uma vez que muito do suporte or ‘Tabela 2 Emudas da dependéncia da Wade e do tamanho, 1989-1994. Tabela2 Estudos da dependéncia da idiade ¢ do tamanko, 1969-1994 Sindictes dos Erador ais, ‘ervjeiros dos Estas Unies, Jorn da Argentina, 12001900 Serie da anda, 1800-1075 Sora de Ss Prepesco, 1800-1975, Sorts de Lise Rock, 1815-1975 Somais de Spring, 26251575 Soruis de Shreveport 2640-2975 Sema de Eau, 1635-1975. Soma de tnbbock, 1606-1975 Sora de Lafayer, 1855-2975 ‘ineales da Califia, 1940-1985 Compankias tenis de Hows, (Compenhinewefnics da Fenotvnia, Organizagies de negicios da Alemania ‘cider, 1690-1699, Cervejeiosbvros, 1900-82 Cente de Tron, 1973-59 Joma de migrants dos Esa ‘Unloe, 18771914 omnis aforamescanes, 1877-1914 {Companhiesde seguro Je ide do "stad de New Yor Bancos de Manhartaa, 1840-1976 ‘eis de Mantatan, 1898-1990 california S81, 1970-1967 Us mural se, 1960087 US eek Ste, 1960:1987 Protege de cemeno dr ads Uaioe, 1888-1982 -rodutaes de minicompuredoues, (Grapo 10s do Bscads Unidos, Sinden proces Asn MOS, Joa Pobindeses, 17-1962 ‘Cersjeios dos Eidos Urs, Membr 2 fandagio Capacitse decsoqe ssn pregados bo prio de funtagto Silapio de egenas Sopres ‘dade Tamanho Varidvel de Referéneias amano Hamuan Freeman, 1989; Carole Hennan, 19858; 2889, Canale Wade, 1991; Hannan Cael, 182 Delarix et 2 1989; Decieroix Swaminathan, vo Bares, 1990; Bamete ‘burg 1990" rude eSehuser, 1950, Swaminathan © ‘Wiedenmayes 199 Capaidade de Baur lies, 1991; 1992 Tesneados sion ‘von mero de Ss ‘vot ‘woe Maile eile Progso ex a7 1879 ‘Baum e Singh, 1994 lzake West, 1991, Ranger Moore, 992 aparesstol, 192;2093 Ban eels, 1992 Haveman, 1992; 19923 aoe Nisien, 1992 ‘Andenon Tushman, 1992 Wheteyet a, 1992 Armburgey et, 1992 rol eral, 1995, Popalagse ‘dade Twmanko varidvel de Referéncias ‘Preduores de mierosompuradores += Ueldades maga, 1955 ‘uneicaos, 1975-1986 vendldes rodurte de aeloe iatgrade, 0 = —_Eipregadce Loree, 1992 Senvasen Empresas de iagndico medic, 40 Wendell e Singh, 1998, 1955.68 ceorperativas ‘Assocagies decoméicio dos tsmios © Aoclages Alec ral, 1994 ‘Unldos, 1901-50 ‘Asocagies de ito dos Beads Hl pion burger eta, 1998 Unidas 1 Cadet de Nei doe Estados Unidos, 0 === —Nmerode—_ingram, 1996 806-1580 etn pasocagies de Cito da Gtade de + == ng Toa de Baron etal, 1994 ‘New Yor, 19161990, tamanko xy or sons dos sigicantar (p< 05) de termes nears «quadrads, espectvarents, quando et tador I do sna de efetas 20 cescinent ila em ede, Yd os sls do elo pare atineno8 30 faze ‘je Hannan ¢ Freeman (1989: 257-259) para una imespreas dese ecto de amanho post. no apie 4 Amburgey eral (1994) teste um eit cico do ramanho para examiner ac de aca das organisa ‘es deamarho medi. ginal para a hipétese da suscetibilidade das hhovatas vern de estudos em que o tamanho as organizagies nao ¢ controlado, os re sultedos primeiramente sustentados podem. simplesmente refletir viés de especifcacio. Em contraste, os estudos na Tabela 2 susten- tam fortemente o progndstico a respeito da suscerbilidade das pequenas empresas, sto _ S deque as taxas de fracaso organizational declinam & medida que eresce o tamanho ‘das empresas. ‘Maior pode ser melhor, mas mais velo significa mais sensato? ____Esses resultados levaram a das pers- Bectivas tedricasalternativas sobre a depen Aéncia da idade que questionam.o argumen- ‘bisioo de suscetibiidade das movatas.” A ipStese da suscetbilidade da adotescéncia (Bruder e Schussler 19905 Fichman e Levin thal, 1991) prevé uma relagso em forma de “U" invertide ene idade efracasso organi- zacional. Esse modelo parte da observacio de que toda nova organizagio comega com um estoque inicial de ativos, entre 05 quais boa vantade, crengas positivas, compromis- so psicoldgico e investimentos de recursos financeiros, que as protegem do fracasso, durante um perfodo incial de “hue-de-mel” — ‘mesmo quando os resultados inicais no sto favoraveis. Quanto maior 0 estoque inicial de ativos, maior o perfodo de tempo em que ‘a arganizacéo permanece protegida. Con forme esses estoques iniiais se degradam, as organizacdes enfrentam a suscetiilidade da adolescéncia; aquelas organizagées que fracassaram foram incapazes de gerar 05 fluxos de recursos necessérios, porque, Por ‘exemplo, no conseguiram estabelecer 08 papéis e rotinas necessérios ou desenvolver relagbes estaveis com agentes externos im- portantes. Contudo, apés a adolescéncia, a forara probabilidade de fracassos declina, uma vez que as organizacées sobreviventes foram capazes de adquirir os recursos sufi- ciantes continuamente Os argumentos da suscetibilidade dos novatos e da suscetibilidade da adolesctn- cia oferecem explicagées divergentes para 2 dependéncia de dade om organizagiee Jovens, mas ambas concordam que as taxas de fracasso diminuem para organizagdes mais velhas. Além disso, os processos sub- Jjacentes a esses modelos (por exemplo, a aprendizagem ea ctiaggo de novos papéise rotinas, 0 estabelecimento de relagbes com agentes externos ea corroséo de vantagens) ‘ocorrem muito cedo dentro da vida das era- presas.A hipétese da suscetbilidade da idade prevé tuma taxa de fracasso crescente para organizagies mais velhas, como wim resulta. Go de processos que ocomem mais tarde na ‘vida das organizagbes (Barron et al., 1994; ‘Baum, 1989; Ingram, 1993; Ranger Moore, 1991). Desse mode, @hipstese da suscetibi- lidade da idade complementa e estende as hip6teses sobre susceubilidade das nova tas ¢ sobre suscetibilidade da adolesctncia (Baum, 198%) O argumento da suscetibilidade da ida- de comece com outro insight do ensaio de Stinchcombe (1955 : 153): “as invengbes ‘organizacionais que podem ser feitas dentro de um determinado momento da histéria dependem da tecnologia social disponivel naguele periodo”, As organizacées refletem co ambiente no perfodo de sua fundagéo. (Quando muda o ambiente em que uma orga nizacio ¢ fundada, o ajuste que existe entre as organizacoes © seu ambiente & alterado, ‘uma vez que a informagao incompleta, & racionalidade limitada e tendéncias nerciais tornam o alinhamento as novas demandas ambientais dificd, quando nao impossivel, ‘Mudangas ambientais também criam opor ‘mnidades para novas organizagBes entra- rem e destruirem as posigdes competitivas das organizacées ja estabelecidas. Ironica- ‘mente, tentativas para realinhar a organi- zagio com seu ambiente podem resultar fem riscos adicionais, resultantes dos limites das habilidades dos individuos em conee- ber e implementar mudancas com sucesso edo potencial que tentativas de mudanges raiores ttm de diminuir a performance or- ganizacional e romper relagSes externas Imporcantes (Hannan ¢ Freeman 1984). Portanto, enfrentar uma série de mudangas ambientais que diminuem o alinhamento das organizagées com seus ambientes expbe organizagées com mais idade a um risco crescente de fracasso, Resultados da pesquisa e directs fururas Dois exemplos de problemas gerados or tendenciosidade na selegdo de amos- tras podem contribuir para a fraqueza dos argumentos da suscetiilidade das novatas za Tebela 2. Primeiramente, as novas orga- nizagbes estudadas podem ser veihas orga nizagbes novatas, ito é tardias no proceso de emergéncia (Katz € Gartner, 1988). Se 0s pesquisadores fossem capazes de obter ‘nformagées anteriores ao processo de fun- dagio (por exemplo, anteriores & incorpo- racio formal da emapresa), os resultados da suscetibilidade das novatas seriam muito ‘mais fortes. Em segundo lugar, organizacées censuradas pela esquerda,” iso ¢, aquelas fundadas antes do comeso do perfodo de observagao, si inclufdas em varias andlises. Devido 20 fato de j serem sobreviventes, ‘essas organizagSes tendem a ser casos de ~baixo risco. Consegtientemente, conside- rar organizagdes censuradas pela esquerda come padrao pode levar & subestimagio + Lufecnsered organisations, wo ogi das taxas de fracasso em prazos mais curtos (Guo, 1993). Enquanto a suscetibilidade das novatas _ pode normalmente ser subestimada, asusce- ‘llidade da idade pode ser superestimada. Se a idade coincide com a quantidade de ~ mudances ambientais experimentadas pela organizagdo ese orisco de fracasso aumenta com a mudanea ambiental cumulativa, en- tho a probabilidade de fracasso aumentara artificialmente com a idade, se a mudanga ambiental no for controlada (Carroll, 1983 313). Entdo, da mesma forma que de- pendéncia negativa da idade pode resultar artficialmente do tamanho no controla- (do, a dependéncia positiva da idade (apés controlada pelo tamanho) poder resultar autificialmente da exposigéo néo contro: “Tada & mudanca ambiental. Claro que isto ‘mplica que, apéso controle pelo tamanho e ‘mudance ambiental, nenhurna dependéncia da dade deveria ser encontrada. A sustentagao limitada para a hipétese © da suscetibilidade da idade pode ter uma explicagdo mais simples: testes da hipétese ida suscetillidade da adolescéneia slo pous- - co fregiientes. Visivelmente, cinco dos sete estudos na Tabela 2 que permitem a depen- éncia da idade nao regular encontram a suscetibilidade da adolescéncia Pesquisas a respeito da dependéncia da idadle devem ir além do uso da idade come substituto para todos os constructos, salien- tando os varios modelos de dependéncia da ‘dade c comecando a testar as hipSteses do “modelo diretamente, Por exemplo, @ hips. ‘ese da suscetibilidade das novatas assume Que falta da eprovagio social, de estabili- "dade e de recursos suficientes tipifica novos entrantes numa populagdo, ¢ que essas defi- ‘éncias aumnentam seus riscos de fracasso, ‘asa Veriagao organizacional nesses fatores €raramente medida direramente. £ claro, & organizagSes jovens so capazes de ob- ter legitimidade e acesso aos recursos mais (edo, por meio da formasio de vinculages os, a suscetibildade das novatas poderé nao ser observada (Baum e Oliver, 1991). Um. beneficio adicional desse tipo de abordagem. 6 que as suscetibilidades das novatas, da adolescéncia e da obsolescéncia, podem ser ‘tatadas como complementares, em vez de serem consideradas processos organizacio nais competitivos. Entio, embora saibamos muito poueo sobre como a idade diminnira (0s fracassos orgenizacionais ou as condigdes sob as quais uma ou outra ou algumas com- binagGes desses modelos predominarso meso ¢ vilido para o tamanho organiza- ional, é claro), avangos recentes oferecem 2 promessa de progressos furaros. Processos Ecordeicos Dindmicas de extensao de nicho Na afirmagio inicial a respeito da eco- logia organizacional, Hannan e Freeman (1977) usam a teoria do tamanho de nicho para formuler um modelo de capacidades iferenciais de sobrevivéncia das organiza _Besespecalistas ~ que possuem poucs sobra de recursos e concentram-se nos modos de exploracio de uma estreita faixa de clien- tes potenciais ~e organizactes generalisias ~ que apelam para a média dos consumi- dores que ocupam o meio do mercado exibem tolerdncia adaprativa para variagoes mais amplas nas condigdes ambientais. Ba- seadas na teria da posiga de ajuste (Levins, 1968), Hannan e Freeman focalisam dois aspectos da variacdo ambiental para expll- car a relativa prevaléncia de especialistas, gencralistes, A primeira ~ variabilidade = Tefere-se & variacdo nas flutuagbes am- Dientais em tomo de cua média, ao longo do tempo. A segunda, granulosidade, refe- re-te A desigualdade, iregularidade dessas. variacées, com muitas e pequenas varia: ‘Tabela 3 Previsées da teoria da extensio de nicho das formas favorecidas Refinados Nao Refinados Grupo deajuste ——Especalsta —Generalima ‘Especial Especdalisa Céneavo Grupode ajuste _—Generabita Generalist Expeciaita —_-Bspecialsca Convex Fonte: Adgptado de Hannan ePeemn (1989 211, es periddicas que séo refinadas' ¢ algu- ‘mas variagdes periédicas maiores que so sgrosseiras.”” A Tabela 3 resume as formes organizacionais dominantes prognosticadas pela teoria do tamanho de nicho. O prog. néstico-chave (para ajuste céncavo, no qual a magninude média da variacéo ambiental 6 extensa em relagio as tolerincias orge- nizacionais) é que em ambientes refinados as organizagbes especialistas dominam as _generalistas independentemente do nivel de incerteza ambiental. [sto ocorre porque as organizagies especilistas suportara melhor as flatuagées ambientais, enquanto genera listas sfo incapazes de responder rapido © suficiente, para acompanhar qualquer grau de effeineia produtiva (mas veje Heriot, 1987). Entio, sob condigées especificas de ambientes refinados, a teoria da posigio de ajuste desafia a teoria da comtingéncia orga nizacional convencional de que ambientes incerios sempre favorecer organizagées ge- neralistas, porque elas dissipam, distibuem seus riseos (Lawrence e Lorsch, 1967; Pie ffere Salancik, 1978; Thompson, 1987) Carroll (1985) propbe um modelo al- temativo sobre a dindmica de extensao de nicho desenhada para explicar as capaci dades diferenciadas de sobrevivencia dos Fegrined, no ein couse rane, 0 orginal Ambientes Incertos “Ambientes Estivels ‘Refinados Nao Refinados |: especialistas e generalists em ambientes ‘caracterizados por economias de escala. Em condrasce com 2 reoria de ajuste, que prevé que dentro de determinada populacéo @ cestratégia dtima existe, Carrol propée que ‘8 competicdo entre grandes organizagées generalistas numa populacZo para ocupar ‘centro de mereades livres lbera recursos petiféricos que, provavelmente, serio use dos por membros menores e mais especiali- zados de uma populacdo. Carroll denomina © processo de geradores desses resultados de particionamento de recursas. © modelo {de particionamento de recursos implica que, ‘em mercados concentrados com poueas & grandes organizacGes generalistas, as pe quenas organizacies especialistas poder. explorar mais recursos sem um engajamento 1a competicio direta com ozganizagées ge- neralistas maiores. [sto resulta na previséo cde que a crescente concentragio de mezca dos aumenta a taxa de fracasso das grat des organizacées generalistas e diminui a taxa de fracasso das pequenas organiaagies especialisas. ~ Resultados da pesquisa e direrses futuras Embora a distinedo entre especialis: tas e generalistas seja usada atualmente com mais freqiéncia na pesquisa ecolégica como uma distingdo estratégica, estudos secentes da dindmica dos nichos de popu | agbes ndo usam a teoria de extensao de nicho e freqilentemente tratam a variagao ambiental tanto espacial, quanto cempo- rl (Baum @ Mezias, 1992; Baum e Singh, 1994b; 1994¢; Carroll e Wade, 1991; He” ‘veman, 1994; Lomi, 1995). Testes de pre ‘vio especificos de extensio de nicho de teoria do particionamento de recursos saa limitados. Os estudos de fracassos de restaurantes da Califérnia (Preeman ¢ Han ‘nan, 1983; 1987) e de empresas americanas de semicondutores (Hannan e Freeman, 1989) néo suportararn 2 hipdtese basica de que, para ajustes cSncaves, em ambientes ‘efinados, especialistas dominam os gene talistas, independentemente do nivel de ‘ncerteza do ambiente, e, desie modo, entao falham em distinguir a teoria de extens2o Genicho da ceoria ortodoxa da contingéncia corganizacional.& teoria do particionamento de recursos € sustentada em estudos sobre fracasso em empresas jornalisticas (Car roll 1985; 1987), bem como em dois estu dos recentes sobre fundagao e fracasso de ‘cervefarias americanas (Carroll e Swvamina ‘than, 1992) e fandagao de bancos cooperati- ‘ys rurais na Itdlia (Freeman e Lomi, 1994) ‘que oferecem sustentago parcial. Estudos {que comparam os prognésticos destes dois ‘modelos e estudos que contrastam modelos exolégicas com prognésticos da teoria da contingéncia tradicional sie necesssrios. As formulacoes atuais sobre a teoria de exten Sho de niche que focalizam exclusivamente ‘variacéo ambiental temporal também pre cisam estar ligadas as abordagens recentes que consideram a variagio ambiental es bacial. Finalmente, a possibilidade de po- limorfisme organizacional (por exemplo, diversificagao néo relacionada versus va- ¥Hagao temporal, diversitcagio relacionaca versus variagio espacial), uma alternativa estratégica para empresas especialistas e {generalistas, também deve ser incorporada fos quadros conceituais existentes (Usher, 1994), Dindmica da populacao e dependéncia da densidade A pesquisa recente em ecologia orga- nizacional sobre fundacio e fracasso tem devotado muita atencao aos processes in- twapopulacionais de dindmica da populaggo, como miimero de fundagSese fracassos pré- vios em uma populagao, e da densidade da populapio, ou seja, nimero de organizacées 1a populacéo. Padrdes prévios de fundagfo fracas- s0 de uma populagio podem influenciar as taxas atuais de fundacdo (Delacroix e Carroll, 1983). Inicialmente, fundagées amteriores sinalizam um nicho fértl para empreendedores potenciais, encorajando rnovas fundagées, Conforme, porém, as fun ages aumentam, a competicao por recur- s0s também aumenta, desencoraiando as, novas Fundagbes, Os Fracastas anteriores 0 prognosticados como tendo um efeito cur ‘rlineo similar sobre as fundacées. Primei- ramente, o¢ fracassos liberam recursos que ‘podem ser reutilizados em novas fundagies ‘riage. Mas fracassos adicionais sinalizam uum ambiente hostl, desencorajando novas fFundagSes. Criagées ¢ fracassos prévios po: ‘dem também diminuirtaxas de fracasso. Os recursos liberados pelos fracassos anteriores aumentam a viabilidade das organizacées jd estabelecidas, diminuindo axa de fracasso ro préximo periodo (Carroll e Delacroix, 1982). Ondas de fundacGes organizacionais, que refletem diferenciagdes que segmentam as exigéncias de recursos organizacionais, diminuem as taxas de fracasso, reduzindo ‘a competigio direta por recursos (Delacroix etal 1989). ExplicagSes da Teoria da Dependéncia laDensidade para fundagSes ¢fracaseos sf0 similares, embora néo idénticas. Aumentos i oom.06 De ANE SESS STP 5 = iniciais na densidade populacional podem aumentar a legitimidade institucional de ‘uma populacdo. A capacidade de os mem- bros da populacdo adquirirem recursos ate ‘menta consideravelmente, quando aqueles que controlam 0s recursos consideram tal forma orgenizacional como ceria. Contuda, medida que wma populago continua a ‘rescer, a interdependéncia entre seus memt- bros torna-se competitive, Quando hd pou- cas organizagées numa populacéo, a compe- tigdo de mas com as vuttay pelos recursos compartilnados ¢ escassos pode facilmente ser evitada, Mas isto se torna mais dificil medida que os competidores em potencial aumentara. Combinados, os efeitos mituos dos aumentosiniciais na densidade © 08 efei- {os competitivos de aumentos posteriores sugetem efeitos curvilineos da densidade a populagao nas taxas de fundagio e fra- ‘easso (Hannan e Carroll 1992, Hannan Freeman, 1989), annan ¢ Freeman (1989), Hannan ¢ Carroll (1992) e outros fornecem bases em- piticas substancials para relagées curvilineas rognosticadas pelo modelo de dependén- ia de densidade. Por comparagio, embora freqitentemente significativa, as descober- ‘as da dindmica de populagées #80 confi sas (Aldrich Wiedenmayer, 1993; Singh ¢ Lumsden, 1990). Além disso, conforme ilustrado na Tabela 4, quando a dinamica e 2 densidade populacionais so modeladas conjuntamente, estudos recentes descobr- ‘ram que efeitos dindmicos da populagaio sto geralmente mais fracos e menos robustos. ‘Mesmo os resultados originais de Delacroix © Carvoll (1983), a respeito ce papulagdes de empresas jomalisicas na Argentina ena Inlanda, néo se sustentain quando a densi- dade ¢ introduzida numa reandlise de seus sdados (Carroll ¢ Hannan, 19898). ‘Uma explicagdo possivel para a aparen- ‘te dominancia do processo de dependéncia de densidade sobre os processos de dindmi- ca populacional ¢o cardter mais sistemtico a densidade frente a frente com a naureza transitéria das mudancas de densidede que resulta das fundagGes e fracassos continuos. ‘Uma explicagdo relacionada é que os efeitos das fundagoes e fracassos so mais transi- trios que os dados anuais ~ tipicamente disponiveis ~ so capazes de detectar (Al drich e Wiedenmayer, 1993). Uma tercei 2 explicagdo é a maior sensibilidade das ‘stimativas por especificagoes quadréticas ddas fundagSes e fracassos prévios das ob- sexvages marginals. Eases dades necessitam ser pesquisados mais detalnadamente antes ue os efeitos das dintmicas das populagbes sejam abandonados, o que é claramente & tendéncia na pesquisa recente, Elaboracao do modelo de dependéncia da densidade Embora o supore & Teoria da Depen- déncia da Densidade seja bastante force sla ainda sofe algumas exes, A Teoria da Dependéncia da Densidade recebeu a uma tengo erica por sua proposta in- tegradors dae perspectives institucional © ecolégca (Baum e Powell, 1995; Delacroix ¢ Rao, 1994; Zucker, 1989). Alguns auto- res tem questionado a hipétese implicita de que cada organizagio numa populago influeniae¢infvenciada pela comnpetigio igualmente (Baum e Meciss, 1992; Baum ¢ Singh, 1994a; 1994b; Winter, 1990). Numa critica metodolica, Petersen e Ko- put (1991) argumentam que o efeito ne- tativo do creseimento inicil na densidade populacional sobre a tana de fracasso pode resultar da heterogeneidade nao observ da na populagao (mas veja Hanan etal, 1991). Singh (1993) observa que parce do debate sobre dependéncia de denidade or inase da principal forga desse modelo, sua generalidade, que tem sido stingida a> custas da preciso de suas medigSese realix 1mo de seu contexco Singh conch que “nds odemos fazer bem a0 sacrificar alguma seneralidede, desde que isoleve a pesquisa pao «Faso de Fandogss Sallenoe dos Beads Unidos, 1856-1995 “Careers des Eada Unies, 1659-1988 ers de So Franco, 1800-1975. “jomais da Argentina, 1800-1900 eras anand, 1800-1973 “era da Lite Rock, 1815.1975. Joris de Springfield, 1835-1975, Ses de Shreveport, 1840-1975, sr, 2815-1975 eras de Lubbock, 1850-2975 Domai do afeyte 185.1975 ‘Weteoieas de Pensivinia, 1679-1934 Gechte de Terono, 19711989 Th. Bapex de Manhattan, 1840-1978 Emprear de Teanemiedo de Fox ee ‘Manbartan, 1965-1962 ‘Associa de plenejmaemto predominant ‘Associa de planajemente poe dominate press de Geguro de Vida do ado de ew Yor, 1862-1908 Cervejarias dos EU, 18613588 ‘Asocigio Comercial dos BUA, 1903-1590 {eds de Autombvels Begs Indira de Autmveis Dts Indisua de Autoeiteis alana Inds de Autmiveis Alem Budo de arses Sinicato des BUA, 1836-1985, ‘ervejtroe doe LUA, 1635-1968 Joma de So Francisco, 18001975 Joris da Arena, 1800-1900 Sora da vlads, 800.297 Jorais de Lie Rock, 1815-1973 Jomais de Spring, 1685-1975 Joma de Shreveport, 1840-1975, Jomais de Emi, 1815-1975 Jomais de Lnbbock, 1890-1975 Joma de Layee, 1885-1975 ‘orcas da Califor, 1940-85 Express de semicondutaes, SUA Greher de Toronto oo on +0 wo 40 w o on +0 oo +0 oa on ovo oe ° a a +0 ‘Tebela 4 Dindmica da populago ¢ estudos da dependéncia da densidade* Heonan ePeeman, 1969 Caroll e Hannan, 1969 19890; Carole Swaminathan, 131; Hannan ¢ Canoll, 1992 Barnett @Amburge, 1990, Baum elves, 1982 Ranger adoore etal, 1991 Bansszae Hell, 19921993 Baum eta, 1995:1995, udees, 1993; 1998 Carel cal 1853 Aldi el, 1994 aan etl, 1995 Hansaa ¢ Freeman, 1989 Carole Hannan, 9898; 1989 Cero] e Swaminathan, 2991 Hannan ¢ Carell, 2092 Delacroix a 198° Preeman, 19 Bauute Olive, 1992 a ‘Epes de wansmiso de fx de Nanbaran 1965-1992 ‘Arcee de planejamento predominaate — ‘sccgte de planejamento péedominante 0 Associa Comercial dos Btado: Vides, 1901-1990, : ‘eum etal, 1995; 1995 oe = te Alrich era, 1994 4 Incul soment nie qe eins tanto a dima da poulagso quanto os eos de ependénca da. den. ‘dade 20° do sins de sgeanes (9 005) em tenn neaesequadr2s, especuamente para uma maior preciso ¢realismo” (1993 471). Os efeitos de densidade séo claros empiricamente, mass condigiesespeciicas que geram legitimidade e competcéo sio ais ambiguas - sio entendidas mais pelos resultados do que pela substincia, Entio, # incerpretagio precisa dos extensos resul dos da dependéncia de densidade necessita ser mais explorada Muiras elaboragées, reespecificagies © novas mensuragées tfm avancado recente- ‘mente. fim de responder as questSeslevan- tadas pela formulagio inicial da dependén. cia de densidade. Embora Hanan ¢ Carroll tenham questionado alguns destes desenvol- vimentos (por exemplo, 1992 : 38-39, 71- 74), essas novas diregbes parecem manter 0 compromisso real para melhorar a preciso ce orealismo com respeito &legitimago e & competigio. Esses desenvolvimentos, resi- nidos na Tabela 5, sfo revisados a seguir: Razées pare a concentragao As trajetérias de crescimento de diver sas populagées organizacionais parecem seguiriim padrfo repatitivo,Inielalmente, 0 -iimero de organizacdes cresce lentamente, depois rapidament=, chegando a um pico. Uma vez que o pico é alcancado, ha um declinio no nimero de membros da popu- Jago e um crescimento da eoncentracao. 'Na ecologia organizacional, o modelo de Gependéncia de densidade’é usado pare explicar a forma da trajetéria de crescimen- to até seu pico (Hannan ¢ Carroll, 1992). ‘Uma vez. que no se permite @ nenhuma organizagio ou Fequeno grupo de orgeni- 2zagbes dominar (cada organizagio numa populagio &considerada como conurbuindo e vivendo igualmente a competica0), 0 m0- delo da dependéncia de densidade prev um crescimento logistico nos nimeros até um nivel de equillbrio. Mas isto néo justifica 0 declinio posterior nos miimeros e 0 aumento ‘da concentragio (Carroll e Hannan, 19892; Jammam e Carroll, 1992). Duas elaboragées a formulagio original tém procurado ree ponder a esta questio. Atraso de densidade ~ No modelo da ependéncia de densidade, & considerada ‘uma densidade contempordiea da populaco 1 densidade nos periodos histéricos particu Iares que esto em foco. Carroll ¢ Hannan (298%a) propbem um refinamente do me- delo para incluir um efeito cardio adicional na densidade da populagéo, que ajuda a ‘expliear 9 deelinio da populaggo com hase nos picos de densidade. Hles sugerem que as chances de sobrevivéncia das organiza~ ‘es so senstveis aos niveis de densidade {da populagdo no periodo de sus eriacdo. L ‘Tabela S Elaborapées do modelo de dependéncia de densidad, 1989-1995. [Natureza da Elaboragio —— ey So ae a ee Ta peoee (temiteee a [feria fem cent es |S ier ems Secenee SL ir ‘Depeadéncia de massa |Massa da populagio | Especifica novamente o efeito | Bamett © Amburgey. ae ee Serta [nating pmnaoaie | foreman | iatage nia Ss@ (memes Saas emai [raters Soa cer Eevee Soe, Gee Resse [Steet mene iceman \aemace Rema, Laas ene | Medidas de ‘Concoméncia por [iva de leptimagio do | ao, 1994; Hybels en ee eee ecm See" fear fe cetacean omatae _ [ngmrrmagnga jaon oe Spear at apie = Cate ane ee ee Sieatapeaa oe nee aaanbe ies” isa ag tgp peas ear (teeta acca, fpaconal donsidace jos padcoes de dependénca | widenmayer, 1993; | piace \omieemens | (hemtes | Bers (memwagetia i ae an [as ae i ese os a a es wes feel, (eesti es pees | Beets Seen [rosin 152 _ paze1—Moosves 96 ANE ee Sa Tabela 5 Hlaboragdes do modelo de dependéncia de densidad, 1989-1995. Modelo —__[vartiveirchave_|Nanurenadaxnboraséo [Roeréncla eB Sobrepoiso de niche | Densidad de Deatha novanease a densdde | Brum Singh, orgeieacions sebrepodes, popula, cesagregendons | 195ab, 1904 ‘ens ae smcomponenes de commpetiio ‘osobreposigto |e murals, nando : (densdadeca | afarnares de sbrepoigio | populagiomedita [eda ntowobveposypoda | : peo gran dn ngencia de recs dor | it Esteepsiio ou da | membres dapopslagio | : ‘lo sobreposso ‘es recuse sags | eee organizes) | cHea bananas specificamente, organizacGes fundadas em condigdes de alta densidade populacional tendem persistentemente a experimentar taxas mais altas de fracasso. Uma alta den- sidade nas fundagées cria uma susceptibili- dade &escassezde recurses que impede as or- ‘ganizagies de se moverem rapidamente de seu processo de organizacéo até a producéo em plena escala, A alta densidade tambérm resulta num esireitamento de nicho, forcan do organizagies recém-fundadas, que nfo conseguem competir pari-passu com a$ or ganizacdes j estabelecidas, a usar recursos Inferiores ou marginais, Esses condigUes por sisés marcam as organizacoes,afetando sua viabilidace por meto de sua existencia, Car- rolle Hannan mostram que a densidade po- pulacional no periodo da fundacao de uma organizacio esté positivamente relacionada As taxas de fracasso em seis das sete popula- bes analisadas (Carvoll e Hannan, 19892; Hannan e Carroll, 1992). Ito significa que ‘as organizagSes que entram em populagies de alte densidade elevam persistentemente as taxas de fracasso, contribuindo para uma explicagdo para o declinio da densidade da ‘populagao com base em seu pico. Contudlo, "muitos outros estudos falharam a0 replicar ‘esses resultados (Aldrich etal, 1994; Who- ley etal, 1992). Além do mais, os efeltos do atraso da densidade parecem produair um cquilibrio oscilante na densidade da popula- ‘do (Hannan e Carroll, 1992 : 183), em vez de um decinio simples e definitive. Dependéncia de massa ~Vénias perspec- ‘vas na teoria de orgenizacio e de gerencia: mento sugerem que organizagées maiores geram uma competi¢io mais forte do que suas rivals menores, resutante de seu maior acesso aos recursos, poder de mercado econcmnias de escala € escopo. Se organiza- ‘goes matores geram competigdio mais for te, entéo modelos ecolégicos da dinémica da populacko deveriam refletr sua maior significdncia. Bamett e Amburgey (1990) avancam na elaboragao de wm modelo €e dependéncia da densidade que incorpora essa possibilidade. Hles fazer isto, modelan- door efeitos da massa da populagdo, a soma dos tamanhos de todas as organizagbes na populacdo, ou, em outras palavras, a den: sidade da populago medida pelo tamanho das organizagbes. Se organizacées grandes so competidores mais fortes, entdo, 2pés © controle pela densidade da populacio, © aumento da massa populacional tem que ter um efeito compesitivo, diminuindo a taxa de fundagdo e aumentando a taxa de fracasso de organizagées menores. SE ‘Admitindo que as forcas competitivas das organizacées possam variar em Fangio {de seu tamanho, o modelo de dependéncia {da masea permite que organizacées maiores ‘etm uma papulagio possam dominar, geran ‘do competicSo mais forte do que organiza ‘gbes menores, deslocando o tamanho de sua populaco em freqiiéncia e aumentando a ‘soncemtraso. OrganizacBes maiores podem, pportanto, tex papel importante em ecologia ‘organizacional, nfo porque elas so afetadas Inaividualmente pelas pressbes de selegao, mas porque tim una influéncia despropor- onal na dinimica da populacdo (Barnette /Amburgey, 1990). Infelizmente, os resulta dos de dependéncia da massa séo confusos. ‘Alguns estudos encontram os efeitos pre vistos (BanaszalcHoll, 1992; 1993; Baur © ‘Mezias, 1992). Outros encontram resulta- dos confusos, nao os encontram (Hannam Carroll, 1992) ou encontram efeltos mi- ‘tos" (Barnet © Amburgey, 1990). Embora ‘os resultados nfo sustentados parecam ser atribufveis & limitaggo dos dades (Hannan Carroll, 1992 : 130-133) ou caracteristi- ‘as signficativas do estudo das populacoes Barner ¢ Amburgey, 1990 : 98-29), wna explicagao mais geral pode ser encontrada ta Teoria de Grupos Estratégicos (Caves € Fortes, 197), que sugere que as inferéncias ‘lids para toda uma indiistria a respeito de seu poder de mercado ndo podem ser fei tas quando grupos estatégicos caracterizam a competiclo, uma vez que as barreiras de mobilidade protegem diferenciadamente os ‘grupos estratégicos. Densidade ¢ processos institucionais Langando mio da literatura neo-inst- ‘ucional (DiMaggio e Powel, 1983; Meyer © Rowan, 1977), Zucker 1977), ecdlogos crganizacionais tracam uma distinglo en- * cai ec, n0ovginal. 7) scouocia oRoaNracionaL 153. ff trea legtimidade cognitivae a sociopolitica (Aldtich e Fioi 1994). De uma perspectiva ccognitiva, uma forma organizacional é leg ‘ima “quando hd pouea diivida nas mentes dos atores de que ela serve como o carninho natural para efetuar algum tipo de aco coletiva” (Hannan. Carroll, 1992 : 34). ‘A abordagem sociapolitica enfatiza como « conformidade em contextor relacionais normativos influencia a legitimidade da forma organizacional, sinalizando sua con- formidade cou us expecalivas socials eins titueionais, Embora os instivucionalistas ve Jam essas duasfacetas da legitimacio como ‘complementares e fundamentalmente inter- relacionadas, a teoria de dependéncia da densidade enfatiza somente a legitimidade cognitiva.E, ainda que a legitimidade cog- nitiva possa ser alcangada sem aprovacio sociopolitica, a legtimidade sociopolitca é ‘uma fonte vital de, ou um impedimento para a legitimidade cognitiva. De fato, uma vez {ue as populagSes organizacionais conzem porfneas raramente operam isoladamente do Estado, das profissoes e das influéncias sociais matores, alegitimidade sociopolitica nio pode ser ignorada (Baum ¢ Oliver, 1992, Baum ¢ Powell, 1995). Conformidade institucional ¢ le timidade sociopolitiea~ Em seu co- ‘mento provocative, Zucker (1989) critica Hannan € seus colegas por envolverem 0 conceito de legitimacdo ex post facto, para cexplicar os efeitos da densidade nas taxas de fundagio e fracasso, e sugere que as es ‘imativas para densidade sto indicativos de outros efeitos (veja também Miner, 1993; Petersen e Koput, 1991). Bla advoga 0 us9 de medidas mais diretas dos processos ins= ‘itucionais subjacentes. Suas crticas lever para o argumento da densidade como pro- cesso, na qual a legitimacio j4 nfo € uma varidvel aser mensurada,¢ sim um processo aque relaciona densidade a fundagdes ¢ fre~ ceassos. Hannan ¢ Carroll reivindicam que “o erescimento na densidade contrala... processos de [legitimacio] ¢ no os refle- te” (1992 : 69), Bssas visdes concorrentes varidvel indicativa e processo ~ sugerem Giferentes efeitos de covariantes adicionais (Hanna ¢ Carroll, 1992). Se a densidade € ‘um indicador indireto, que mede a legiti- ‘magao mais diretamente, dele resultariam cfeitos de densidade de primeira ordem, ou os levaria a desaparecerem juntos. Mas, do ponto de vista da densidade como processo, @ incluso dessa covariancia implica maior preciso e reforyo dos efsitos de legitimacio a densidade. Baum e Oliver (1992) buscam exata- ‘mente essa questo, Eles argumentam que uma limitacdo importance do modelo de ependéncia da densidade & que ele negli: sgencia a evolucdo de interdependéncias das populagbes com relagdo as instituigses que ‘as cercam. Contudo, onde relagées com a comunidade e © governo so densas, esses atores insitucionais podem exercer influén- ‘ia considerdvel sobre as condigSes que re tamanho. Conseqientemente, a competicéo entre grandes e pequenas organizagies sera nenos intensa que a competicdo entre oF _ganizagées grandes ou entre as pequenas. Embora a competicio localizada por tama- jako néo tenha recebido atencZo empirica ‘até ha pouco tempo (Hannan ct al 1992), _ egnados de bancos (Banaszak-Holl, 1995) ¢ ‘hotéis de Manhatan (Baum e Mezias, 1992) f organizagées americanas mantenedoras de satide (Wholey et al, 1992) fomnecem agora evideucia empirica da competigao ocalizada por tamanho. Esses resultados de- ‘monstram que 3 intensidade da competicéo ‘enfrentada por organizagdes numa popu- Iago depende néo somente do niimero de ‘outras organizagSes, mas também de seus ‘tamanhos relatives. Baum © Mezias (1992) generalizam os modelos de competicio loca lizada por tamanho para outras dimensées organizacionais e mostram que, além da st nilaridade do tamanho das organizagées, a competigdo numa populacio pode ser mais intensa entre organizagbes geograficammen- te préximas ou entre aquelas que praticam regos similares. A pesquisa futura sobre q.competigio localizada pode oferecer compreensiio di- reta da dindmica da diversidade organiza- cional. Modelos de competicdo localizada implicar um pacino de selec por ruptura Duper segregacio (Baum, 1990b, Amburgey et al., 1994), no qual 2 competigao entre entidades semelhantes por recursos fini {os leva, eventualmente, a diferenciacdo (Durkheim, 1933; Hawley, 1950: 201-203). Esse modo de selecio tende a aumentar a Uiferenciagzo organizacional, produzindo ‘muito mais lacunas do que suaves varia- Bes continuas na distribuigdo dos membros de uma populacdo, em algumas dimensoes organizacionais. Sobreposicao de nicho organizacio- nal Baume Singh (1994b, 1994) testam ‘© modelo de sebreposigéo de recursos, no ‘gual o poteneial para competigao entre duas SASS = organizagies ¢ diretamente proporcional & sobreposigio de suas bases de recursos-al- -yo ou nichas organizacionais. A competicao potencial para cada organizagao é medida pela densidade de sobreposicdo, ou sla, pela sobreposigio das exigéncias de recursos de ‘uma organizacio somada as exigéncias de todas as ourras organizacées da populacéo Gato é, a densidade da populagao medida pela sobreposigdo das exigéncias de recur- sos). Baum e Singh definem uma varidvel comiphenentas, densidade de ndo-sobreposi- io, que agrega os recursos nao sobrepostos, de tuma organizacio com os de todas as ou- tras organizagSes na populagdo. Juntas, as densidades de sobreposiggo ¢ de ndo-sobre posiglo desagregam as forcas compettivas endo competitivas para cada organizacéo ‘numa populace. Empreendedores sio vis- ‘tps como pouco inelinados ou incapazes de fundar organizacées em partes do espago dde recursos em que a densidade de sobre- pposigo ¢ alta, Prevé-se que organizacbes gue operam em condicdes de alta densi- Gade de sobreposigéo séo também menos sustentavels, Inversamente, prevé-se que hd mais chances de investidores mirarem ‘ou serem capazes de fundar organizagbes fem partes do espago de recursos em que densidade de nio-sobreposicio é ala, devi do A falta de competigdo direta por recursos ‘ao potencial para o aumento da demanda complementar Por essas razbes, a alta den sidade de nlo-sobreposiso, espera-se uma queda nas taxas de fracasso. Baum e Sight cencontram suporte para essas previsbes em populagées de creches da regio metropoli: tana de Toronto, para as quais as exigéncias de recursos foram definidas pelas idades das criancas que elas tinham capacidade de matricalar. Esses estudos indicam que as organizagées tém diferentes probabili- dades de se tomarem estabelecidas e de su- portar diferentes destinos de sobrevivéncis _ap6s sus fundagio em funglo das locagSes ‘que elas objetivam, num espago de recursos multidimencional. A generalizacéo dessa desagregacio da densidade da populagio ‘em densidades de sobreposicio e néo-20- bbreposicao pode ajudar a explicar melhor © papel da heterogensidade populacional nas interpreragées dos resultados de depen- déncia de densidadendo regular (Petersen & Koput, 1991; Hannan etal, 1991). Interdependéncia da comunidade Relagbes entre populagbes organizacio- tas sio centrais para as teorias ecolégicas das organizacdes. Populagées desenvolvem relagées com outras populagées engajadas em diversas atividades que as vinculam em comunidades organizacionais (Astley, 1985; Fombrum, 1986, Hawiey, 1950). Comunida- des organizacionais sao formadas quando ‘8 competiclo leva & criagio de novas po- pulages de organizacbes que satisfazem a papéis complementares, dos quais elas cdo dependentes, mas nio competidoras com populacées estabelecidas. Dessa forma, a competigao leva para a erergéncia de um sistema complexo de populagées funcio- nalmente diferenciadas, ligadas por inter- dependéncias miituas. © crescimento da complexidade interna eria a estabiidade da comunidade, tornando mais enta a forma- ‘fo de novas populagées. Conruda, a com: plexidade intema da comunidade também ‘estabelece a base para seu colapso. Se sis- temas complexos experimentam distirbios (Por exempio, inovagio teeaolégica, mudan- (a regulatéria), além de certo nivel limiar, eles podem desintegrar como resultado de ‘um efeito domine. ‘Quando uma populacdo em evolugio interage com outras populacdes, 0 sucesso da sobrevivéncia de seus membres depende a natureza e da forga de suas interagies ecoldgicas. Conseqiientemente, é sempre di- fil entender 0 ramportamanta de organiza ‘sbes numa tiniea popalacao isolada, porque © destino das populages tem uma ligacio ‘emcomum (Fombnan, 1988). A ecologia das comunidades organizacionais preocupa-se explicitamente com a estrutura ea evolugio ddessas interagOes entre populagSes organi- ‘tacionais e considera as consequéncias para © nivel do sistema dessas interagées pela indica da co-atuacao de partes da pepu- lagao. Britain e Wholey (1988) identifica (08 Seguintes tipos possiveis de interacio en- ‘ze duas populagies, jek, em que os sinais, ara dy. © oy S20, respectivamente: (-,0) competiséo plona, (-,0) competigao parcial, (+) competigdo predaréria, (0,0) neutral dade, (+,-) comensalismo e (+,+) simbioe. Estudos dos efeitos dessasinteragSes sobre a dindmica das comunidadesorganizacionais estao emergindo agora como uma érea im= portante de investigacao (Singh e Lamsden, 1990). Resultados de estudos recentes de interagéo da comunidade estio resumides na Tabela 6. Resultades de pesquisa e direpies futuras Entre os estudlos apresentades na Tabe- 16, as aplicagses de modelos de interagio a comunidade em grupos esratéguaspare- ‘cem particularmente pramissoras (Brittain, + 1994; Carroll e Swaminathan, 1992). Em. ora o constructo dos grupos estraségicos capture a iddia de que a forca da competi- so sobre a performance organizacional de ‘uma organizacgo depende da localizagio de seus vitios rivais no ambiente de recurses, ‘ pesquisa empirica, examinando os efeitos de grupos estratégicos em competigio, € bastante limitada (McGee e Thomas, 1986; ‘Thomas ¢ Venkatraman, 1988). Modelos de interdependéncia da comunidade que ‘enfatizam interacies entre rltiplas sub- populagies organizacionais proporcionam ‘um modo de analisar a competic#o dentro entre oc miltiplos grupoe extratégicos que compéem uma indiistria, Uma abordagem ecoldgica para a teoria dos grupos estraté- gicos prove informacées & pesquisa sobre Comunidade “Tabela6 Estudos de interdependéncia de comuniciades, 1989-1995. [~iteragier da comanidade” | atertciae “Saito de wabaldors Soaps pascal (0) Genial scene dos aso SEGgaae™ [ceantaeeactccn Sam [sonauit ierysnac |inifiissacennesronce ts mat ee Sa eeay [egeeraceerme Scectecs Stoectrosaeecoc Sstunseo, 1900-1987 de coperatins de considers enseade t fndagie de cooperatives de cabalaaderes, scene de ccoperatvas de consumicoes estima | ‘Companhia de Teltone (a Fensvéni, 1679-1934 ‘enoogia prs bsteras feemuns ede magnet, enmpstuas de barerias ‘mane do won simples sre ‘Competigo Parl (0): densidad crescente das Compantis de magneto sumentao fracas das companbies de bata comum, masa densidad das Companhia de bates omar no ae 9 raeaso das companies demagrere Siablose (+): densidad cescere das Sowpantins de ea spies dain ofacasso es companbis de fogs mila ea denddade Sesceme das conpenhie de Coes tps er | Sncuparice, dinun 0 facoce dar comptes ee feoca singles Bare, 3990 (Geces © Jing de nine a Regso Mewopoliana de ‘roate, 197167 compeio trl (J: densiade xesconte das reste ertimul 0 acaso ds crecies em conuaperda, denside rscene das creche: Baume Obes, ‘roma o Rocwo des rechee ‘Bios Gomera © Case _| Nenad (0) densiadas dos baneos Ranger e Moore et f ‘efoupangs em Manhetan, |eomercie ecatas de poupanga nao én relagio al, 1991 - visa-i680 nest queso as tarat de fundaso = ‘ompanhin de Seguro de | Conese (2): eumero da densidad ‘ida (odeiade Aninina |e socedades anéainas estima indacso = lida) no Estado de Nowa |e companha itadas masa densidad das Tongue, 17601857 ompnin Unieadas nfo afta a fniasso de ‘Seles antainas Tbdisata Canepa "Comenalsmo (=): wumento da densidad os 850U, 1975-90; ces tarescermsos eso a funtagio Initocervtjaras base |e merocereerie, mas 4 deaicade das ‘rocioras em mass" msrecervjanae no aft a fandaste de bres Compersio Paria (0): mento da densinge oe produtores em muse estima aca ss frecervejaas, as «desis das Neuvallade (60) dantniea J yaya HBIOe sre de fire Bhp ono rlaonadar ence ol quanto as eae ‘sccogses de pices [de acaeo Ingependenes| TDieceesaras nfo aes 9 acasso dos produres | 160 _paerE1~ MODELDS De AMALIE Tabela 6 Gonsinuagio Comunidade Tnteragées da comunidade Peadutres de Components | Gompaso tal (,): fdagie,nebamas Eleunios noe EEUU, 1957. | facas, respecialinar generals, ar eespecalstsekgeneralne especiaisas, Competiso parcial (0) funder, especalisas, pera eKespecalisas,facaso, generals, eneralsas eWgeneraisas ‘generals? pee ree (+): nas, nen care, especialy © especie Neatraliade (0,0): Fundagao, mentum; fracasso, | rosoeaimie sk penariss | omensalsmo (+0): fntagto, respeasas eerlisus, generalists ek-gneralis, rca, c Fespocalinarekgenesisns 5 Sinbiose (+, +) fandags, repecainase 4 especalitas, respects ek generalists, ke i especialiase hgenerabsas acs, senha E Compania anno | Compeciopicla 2): ena de nai fax, 198592: corms de | fax com design predominant Simin fags © sign pe pedomiaies | sumertam tacaso da hrmas de manemise de ax com design posdoinante 1 Todas as inceragées possi sto neue (0), win aoe 2 Wee Bumain 1994) pore ua discuss ons dead a espe dos renuados, administragdo estratégica, proporcionando lum modelo dos efeitos das estratévias orga- nizacionais e dos membros de grupos estra- tégicos em populagdes dinémicas, Embora estudos como aqueles da Ta- bela 6 proporcionem evidéncias empiricas da existéncia, da estrutura e da influéncia potencial das comunidades organizacionais sobre a dinmica da populagio, eles tocam superficialmente na *eaixa de Pandora” da ecologia das comunidades (DiMaggio, 1984). Até 0 momento, as comunidades organizacionais estudadas foram limitadas em escala e escopo a setores socials e econd- micos isolades de atividade organizacional (mas veja Baum e Korn, 1994; Korn e Baum, 1994), Além disso, uma vez que poucos es- tudos tentam prever 2 forma das intera- ‘960s mterpopulacionaisespecificas,sabemos ‘muito pouco a respeito do momento em que competiglo ou mutualismo irdo existr entre organizagies, Desaforcunadamente, deatzo e comunidades orgenizacionais, popula-' Ges afetam o destino umas das outras, nao somente através das relagbes diretas entre ‘las, mas também por meio de relagbesin- dliretas e da reago que fui por meio daco- ‘munidade (Baume Singh, 19944). Bntdo, a dindmica da comunidade ervolve a reacio no linear entre populagbes interagentes: tals nfo linearidades podem complicar subs- rancalmente as tentativas de derivar previ- sBes no nivel da comunidade (Carroll, 1981 ‘587, Puecia «Levins, 1985, Capitulo 3)-Por essa razdo, Baum e Singh (19944) e Kor Baum (1994) defenderam o uso de uma técnica analitica chamada andlise de lop (Puccia e Levins, 1985) para modelagem de sistemas comunicérios complexos. A andlise dda curva permite a derivacdo das previsSes “no nfvel da comunidade e justifca os efeitos "Gas interagées indirotas © dos processos de ‘ferdback no sistema da comunidade. Mais fundamentalmente, contudo, m= "bora Hannan e Freeman (1977) clamem por pesquisas populacionais, como o primeiro > pasio para oestudo do fenémeno no nivel da comuidade, a pesquisa em ecologia organi- zacional permanece primariamente focada no nivel da populacio. Entéo, a pergunta or que hd tacos tipos de organizagbes? “nda tem que ser perseguida seriamente. Se, contudo, a diversidade presente das or ¢ganizacées € entendida como um reflexo do ~ efeito eumulatvo de uma longa histria de saiagioeselerio (Haman ¢ Freeman, 1969 £20), entéo ¢ necessésia uma explicasio de ‘amo a formas das populacbes organiza- Gionais se tomam e permenecem diferentes através do tempo. O desenvlvimento des se problema parece improvavel, sem aten- 0 para o desenvolvimento de uma teoria » de evolugdo organizacional (Baum e Singh, 1994a; mas, para diferentes pontos de vis- 1a, veja Carell, 2984a; Hannan e Freeman, 1988). A evolugdo organizational envolve ‘uma interrelago complexaente processos ecoldgieo « histricos, Isto comeca com a proliferacio diferencal de variagdes dentro das populagdes que leva, em titima andli- se, a fundagdes, 0 produto do penssmento empreendetor que emerge de populacbes estabelecidas para criar novas populagbes ¢ termina com a extingio do iltimo mem- bro da populagdo que a imitagéo eriou em tomo da organizagio fundadora (Lumsden Singh 1990). Poucos pesquisadores tém- se dirigido a emergéncia ¢ a0 desapareci- mento de populagées organizacionais (para ‘excegies veja Aldrich e Fol, 1994; Astley 1985; Lumsden ¢ Singh, 1990; Romanelli, 1991), Conseqientemente, ainda sabemos = muito pouco sobre as estuturas da heranga ¢ transmisséo organizacionel. Além disso, tana teoria de evelucéo organizacional deve considerar processos histéricos de conserva- 0 ransmissio da informagio (isto 6, pro- cessos genealégicos), pelos quais a produto ea organizagSo de rotinas, organizagées © populacdes sio levados (isto é, replicadas) através do tempo (Baum, 1989b; McKelvey, 1982; Nelson e Winter, 1982). 0 estudo desses processos genealé- ssicos envolve o tracado das linhas evolu ‘sionérias de descendéncia das organiza ‘gbes a partir de seus antecessores, a fim de encontrar populagbes de organizagies © explicar suas origens. Enquanto a heranga Diolégica é primariamente baseada na pro- pagagio dos genes, processos de heredita- redade para organizagdes sociais parecem ‘muito diferentes e sugerem uma dinamica ‘evoluciondria completamente diferente da- quelas esperadas com a pura transmissa0 genética. Baum e Singh (1994a) antecipam uma abordagem de processes genealégicos organizacionais que expresca a preponde- rancia de mecanismos lamarkianos de he- reditariedade, visto que a competéncia de produgio e organizacio adquiriéa por meio do aprendizado pode ser retransmitida. ‘Néo obstante alguns trabalhos em economia evoluciondria (Nelson © Winter, 1982; Winter, 1990), em teoria organizacio- nal (Ven de Ven ¢ Grazman, 1994; Zucker, 1977) e em woria do aprendizado organi- ‘zacional (Levinthal, 1991b) estarem pre- ‘ocupados com processes genealégicos das organizagées, a agenda de pesquisa sobre hereditariedade organizacional permanece aberta PRocESsOS AMBIENTAIS Em sua revisio da ecologia organiza~ eae 1991). Ties, padrdes de interdependéncia pesquisa é necessro p dar vanes ein. ‘entre organizagies, que usam designs de a dindmica ecoldgica influencia a mudanca “Tentativa de ©, | midanga na Figure 1 Teoria da inévcia estrurural (adaptada de Kelly e Amburgey, 1991 : 593). tecnolbgica. Wade (1993, 1995) fornece alguns passos imporantes nessa diresio. Sua andlise de mudanga teenolégica no mercado de microprocessadotes nos Esta- os Unidos mostra que os novos enteanres sfo as principais fontes de introdugio de designs, que 0 processo de dependéncia da densidade infuencia padroes de entrada de Patrocinadores de design, bem como a taxa pela qual os novos designs ganham suporte organizacional e que a emergéncia de um design dominante estnula a entrada de no- 10s patrocinadores. Embora os pesquisadores ecoldgicos tenham reunido estudos iraportantes rela” ‘vos s taxas de fundagio ¢ fracasso, até recenteuuctte poucns estudos sistematicos de taxas de mudanca organizacional esta- vam disponiveis. Essa falta de atengio tal- ‘competéncia principal “Tamanho organizacional vex tenha ovorrido, pelo menos em parte, pela Teoria da inércia Estrucural (Hannan e Freeman, 1977, 1984). A Teoria da Inércia | Estrutural descreve organizagoes como en- tidades relativamente inertes para as quais a resposta adaptativa nfo é somente dif- cille pouco fregiente, mas também peri- gosa. Conseqientemente, a mudanca em ‘organizagdes isoladas é vista contribuindo consideravelmente menos para a mudanca | no nfvel populacional do que os processor demograficos de fundacéo e fracasso or ganizacional. Np obstante a importéncia, dessa posigdo tedrica para abordagens eoo- logicas, até recentemente sua veracidade ‘Gna sido aceita como verdade indiscutivel. Os ecdlogos organizacionais tém comece: do a examinar as hipsteses da Teoria da Inércia Estrutural a infuénela dos fatores | ambientais e organizacionais nas taxas de -mudangas em organizacées individuais € 2 adaptabilidade (isto é, conseqiéncias de sobrevivéncia) dos diferentes tipos de mu angas organizacionais, A teoria organizacional e de adminis- ‘raglo freqientementefocaliza as vantagens relativas das configuragSes alternativas das caracteristicas organizacionais. Conseqiien- ‘temente, uma grande quantidade de pesqui- sas sobre mudanca organizacional tero-se concentrade no conteuido das mudances: a ‘mudanga para uma configuracio mais van- tajosa € considerada adaptative, enquanto 2 mudanca para uma configuragao menos vantajosa é considerada prejudicial (Am- bargey et al., 1993). Em complemento = teste foco, a Teoria da Inércia Estrarural de Hannan ¢ Freeman (1984) oferece am mo- deo de processo de mmudanga organizacional ‘que considera tanto as restriches internas quanto as externas sobre a mudanga. & Teo: ia da Inércia Estrurural direciona-se para duas questées principais: até que ponto as Organizagées podem mudar e é a mudanga benéfica para as organizagSes? A Figura 7 apresenta uma revisdo da Teoria da Inércia Escuural Até que ponto as organizacées podem mudar? Hannan ¢ Freeman (1977) apontam aque as organizagoes enfrentam tanto res- ‘eigGesintemas quanto extemas em sua ca Patidade de mudanga e que, dadas essas Testrgbes, os processos de selecSo fornecem explicagio apropriad para mudanga nas opulagées oxganizacionais. Baseados em Seu argumento anteios, Hannan e Freeman (4994) adotam aqui una abordagem um tanto diferente que assume seriamente 0 oteneial para a mudanga organizacional 4 Vslumbrar a inércia como consegién- a mais do que antecedente aos processos de selegao. His seguem a hipétese de que, embora alguns tipes de mudangas ocorram ScyUcntemente nas organizagoes eembora, algumas vezes, essas mudancas possam até ‘mesmo ser radicais, a narureza dos proces- sos de selegdo€tal que as organizagées com FoxOGioRcaNAGONAL TTL & cavscesaea ineres sé mas chance de sobreviver (1984 149), 2 teora da ifsc extutural assume ques organisagSes experimentam presies Dor una performance confi! po ages Fesponsdveis. Hla tamblin asume que toa confablcade como a ustabiicade Fequerem que as estore onganiaconais Sejam atamene reproduivets roe velseolonge dos ans) reprodubiede Sa esrure&alcangada pela istnaciona- lsagdo dor propéitose pela padronizayao das votnasorgarizaionas. nstiescions- liagio e padronizac oferecem a vant. gem dareprobilae, ma ela também Droduzem press Ineriis fortes contra trvdangas (1984 154155) Aes na Tevi dia India Ett ral oferese «algunas, mas nfo a todas os ceracteristieas das organiagies. Hannan ¢ Freeman (1984: 156) enfetieam as arene. rica cena da extraturaonganicacinal, Guvesto elacionadas is demandas wees para mobiiaar recursos destnadosainiciat ima organiaagao es cotrateias estat rat sada para manter fear de reco cccaaoa” A carecterisics cents pin cipasincuem cbjetivos organizacionas formas de autoridade tecnologia principal ‘eestratégia de marketing das organizagées. As caracteristicas periféricas protegem as Carectecaocas centre da organieagao reno &incerteza,formancdo um iso © tmpllando as conexSes da organiasao © Seuambjente,Carateriies pein: cluem nlmerore tmanhos de subunidaes, imeros de nes herdnguico,ampince Ae conto, pases de comunicagsoeme- ‘anismos de proegéo. Hannan e Freeman (G84 196) propoem je x cracterisias centrist nivel nis alton de neria © qe as caracrescas pence. Hannan e Freeman (1964) propse= ademas qe, lem de rae en fn ‘Seis valancom oun en ade orgaizacood. Devido ao ato de que as organzagbes mais velhastivram tempo prs fovmaliarcomplatarent a relates {itera padroniarotings,insttcinas liza lderangas e distur podres, bern coro desenver desc de depradén. Sine comprometimento com otros stores Socials aeprodutbildade da estrrua ea indies deveriam aumentar com sua lade Ent, orgenizagbes mais veles deveram ser mais linitadas em sus habilidade de Sciptgto be demandes mutantes do ae bien, Conequentemente, a probebide. de de ocorrertenatvas de mudanga em ‘aracteisiascentalsdevtna com o dade (G08 157). tamanho organzacional também €acociade drestcia pram daz A medida que a organizagbes crescem, tas efatizam a previ, ov papel formalzado, os sstemas de contol seu conporaamenotornase pres, go © inferivel.Além dso, 20 protege oan tages do fracas, otamanio maior pode Teduaio inpeo de mudenga (evince, 1994), Coneequenterente, a probablidade de enttva de mudanga em carocerisicas cenwalsdecina como amano Glannan¢ Freeman, 1988 155) ‘A mudanga é benéfica? Talvez, 0 aspecto mais marcante da teoria da inércia estrutural seja a relagio hipotética entre a mudanga das caracters. teas centrais e a suscetibilidade dos nova. ‘tos, a propenséo que organizacées jovens ‘éin para taxas de fracasso mais altas (Stin- chcombe 1965), Hannan ¢ Freeman (1984 1160) propéem que a tentativa de mudances fem caracteristicas centrais da organizacio produ uma renovada suscetibilidade do Hovatos, roubando o histérico que a orga nizagio possui do valor da sobrevivencia ‘A.tentativa de mudanca nas caracteristicas centrais diminui a confiabilidade e a justifi- cabilidade do desempenho da organizacao, fazendora retomar aos niveis de uma orga- nizagfo novata, destruindo ou tornando ob- soletasrotinas ¢ competéncias estabeleciéas ‘erompendo relacSes com atores ambientais importantes. Ela também mina a legitimida de adquirida da orgenizacic, modificando sua missdo visfvel. Dado que os acionistas favorecem organizagées que exibem uma performance confidvele justificével em suas agdes, Hannan e Freeman (1984 : 160) cen- ‘luem que, fregiientemente, centativas para smudar as Caracteristicas centrais que visem, ‘promover a sobrevivéncia~ mesmo daguelas que podem eventualmente reduzir os rseos de fracasso pelo melhor alinhamento da or- ganizagio com seu ambiente ~ expdem as Dorganizagées a um isco de fracasso maior a ccato prazo. Ent, a eoria da inércia prevé que as organizagées podem freqitentemente fracassar como um resultado direto de suas tentativas de sobrevivencia Além disso, por seus efeitos sobre ase produtibilidade e a inércia, tanto a idade ‘quanto o tamanho organizational afetam a probabilidade de sobrevivéncia a curto pz 20 a0s choques causados por tentativas de mudancas em caracterisicas centrais. Uma ‘vex que as estruturas interas e as rotinss ‘fo mais insttucionalizadas e suas conestes extemas si0 melhor estabelecidas, organi= ‘ages mais velhas fio as que tém especisl- ‘mente maior probabilidade de experimentar ‘o rompimento como rerultado da mudanga em caracteristicas centrais (1984 : 157). Em ‘contraste, organizagées maiores, embora ‘com menor probabilidade de tentar muda ‘ces em caracteristicas centrais num primei- To momento, tém maior probabilidade de morrer durante uma tentativa de mudanca esse tipo (1984 : 159). 0 tamanho gran- de pote proteger organizagées dos efeitos desestabilizadores das mudangas em care: teristicas centrais, por exemplo, ajudanda a manter velhas e novas maneiras de fazer 2 coisas durante o perfodo de transicio ‘ou superanda privagées de curto prazo e esafios competitives que acompanbam as tentativas de mudanca Se uma organizagio consegue sobrevi- vera cuto prazo ao choque de uma mudan ga em sua caracteristica central, Hannan € Freeman (1984 : 161) prevéem que o risco de fracasso declinaré com o passar do tem po, una vez que a confiabilidade do desem- ‘enho € restabelecida, relagies externas sto © estabilizadas e a legitimidade organizacio- nal & reafirmada. Contudo, a taxa de dec fiona taxa de Fracasso, aps a mudanea em ‘uma competéncia central, ndo 6 especificada pelo modelo da inéreia estrutural. Se e taxe {de declinio da taxa de fracasso subseqiiente a mudanga continuar @ uma tax idéntica aquela anterior & mudanca, a organizagéo cenfrentard rico a curto prazo sem nenhum beneficio 2 longo prazo. Se ataxa de declt nio na taxa de morte que segue a mudan- ca & menor que a anterior, @ organizagio umentaré seus riscos de fracasso tanto a ‘curto quanto a longo prazo. Se, contudo, ‘taxa de declinio & mais répida que a taxa de deciinio original, a organizacao se bene- ficiaré a longo prazo por assumir riscos de ccurto prazo da mudanea. Entéo, embora a teoria da inércia estrutural veja a madanga, ‘em earacteristicas centrais como maléficas a carto prazo, ela pode, em iilima andlise, ser adaptativa se a organizagao administrar ‘para superar os perigos associados com a ruptura inicial ‘Assim, a teoria da inéreia estrutural enguadra a questo de a mudanca organi- _zacional ocorzer no nivel populacional ou n0 nivel de organizagbes individuals enquanto ‘um fator da taxa de mudanga de organiza es em relacio com a taxa de mudanca do ambiente. Organizagbes podem ser capa- 22s de responder a mudanga do ambiente ‘04 porque elas so relutantes ou incapazes de mudar ou porque elas fracassam prio- ritariamente na realizagdo de esforgos de rmadangas Testes da teoria da inércia estrutural Dependéncia da idade e de tamanho nas taxas de mudanga “Testes de dependéncia do tamanho e da idade nas taxas de mudanca organizacional so apresentados na Tabela 9. Os resultados. so cruzados e, no total, parecem ofezeoer ‘suporte para as previsbes da Teoria dainér. cia Estrutural. Em sua revisio da ecologia ‘organizacional, Singh e Lumsden (1990 = 182) sam a distinglo “central-periférico” para intexpretar os resultados disponiveis, les consideram que taxas de mudancas fem carateristicas centrais diminuem com ‘a idade, enquanto taxas de musdancas em ‘caracteristicas periféricas aumentam com a idade. Infelizmente, essa distinc&o no ajuda a justifcar os resultados confusos da dependéncia da idade (¢ de tamanho) ne ‘Tabela ©. Por exemplo, a diversificagéo - 0 desenvolvimento de novos produtos ou ser vigos, fregientemente para novos clientes € frequentemente que requeiram implemen- tagio de novas tecnologias de administra fo, producéo on distribuigdo (Haverman, 119988) ~ € uma mudanga em caracteristica central que ter sido estudada entre diversas popuilagies, infelizmente, a Tabela 9 revela poucas evidencias de que a diversificagao E relacionada negetivamente tanto & idade {quanto ao tamanho. ‘Fluidez de tdade e Tamanho ~ A Teoria da Inércia Estrutural est errada? Em con- taste com as argumentagies sobre inércia cestrutural, algumas visbes teéricas sugerer que as organizacées se tornam mais fluidas, com o tempo (Singh et al., 1988). Embora 0s processas de selecao favorecam organi- zagies que estio ajuscadas a seu meio am. Diente, o ajuste entre organizagies ¢ seus ambientes esté constantemente sendo ero 0 om me 1590 > 0m te rr me poo Ps a Produtnes de + om a Becker, 1086 Semicondutores eerateys mii ovale de Si Saprearde Enda para = 0 m0 ba Mitchel, 1989 isgndstico’ —subsampo emergeme ‘peaico per ‘agen dos suton Unidos, 1959-2058 Creches Deespedatiaspars + = na sa Boum, 19900 Asresio ——peeralinae smenopoliant pe seneraias ae 8 ta aetorens, Desens a , aoniassy — SPeilizas Crganiagtes De nsiucratios2 + na ma Ginsberg rmantenedoras Gre no lcratvos Boenhokz, 1990 desside doe [Enos Uaidor ‘Agioclas Especial ne abel Kate alte dos HUA, de esi Seed + ‘na Arburgs, 199, 39521905 General no nial sea Tey 1958 ‘se negsco| ete + a Expeiismo no niet ce corparaezo oe + ms ‘enero no nivel ‘de corporscio. eee + ae Poss de —pumentededominio mkt © Usher 1993 usin, Congo de domino 0m + 195985 Nigreiodenichs 4/0 Bt = Yiselas da Fontsin demarn = + Delecrsice Gain,” Une de prea peteres + © Swamiaan, vt Seas 8 Propietiodacesa gg + ° ‘Tabela 9 Continuagao. iepiagio”“Tpodemdanga ‘Wade Tamanho imo de Tempo ‘ucangas deadea yroniss ‘Sime Gceores) manga 500 Empress unis de neo de evar forme preston mo. + ea nee 1993 Froese ‘oteraey¢ fonslomereos moo + on Banco, 1954 Ratebodonas tht = impotent = Dhersieeie ae mencoepedo = ° esceonlgia cen) m - 6 2 Jonas da Conc Seer te = amburgy ees, Phuind, —Frewiéoc 19pm aes irises publeas SHEE area - anise Arecngies do Terai de atay era, Sates do nado unieagto eet = se oiet9e0 Ines ner Madanga para asco tea, deere ibaaie cease + 0 om ie ‘ato ce posrama Ginter Seeger = sa Booms 954 ‘algo de prove denepicas oF om m ‘Companhias de Agia inter e Denes, teamed ee tt Soun, >4 Seeing sibrelconds oom + © Cikforia Seb, Enadoroul (sa do peas om ave. 99 Soreapey emacs) 0 wesanten cae no oom ce Haven, 1990, redeeca o 1989a, 19 Secs com ro oo rm hipoecs a Spruce so oom m comme . 8 8 = ESpretino comercial 8 Compania de om ms cme 7 Asscagne de Madangano dominio 0/0 «9a ma Alden eal, Comers doe eohjerosca tse ELA 1900-1960, organic Companhae Enrada de 0 + a st Baumer, res decal See derota : o mm 86 Fim ipra904 Grecesdvegiofamedanomecado =} =~ + Baume singh o 8 3 0 1986 5 oe as ds sgncnes (p< 0,05) tros Hosa ¢ quads, respciement, quand etimaes Dade de prin de maps foo HLL norms aus dda administracéo, as restrigdes de acesso as mformagées e as presses inexciais im- pedem as organizagées de acompanharem ‘as mudangas constantes do ambiente, Deste ‘modo, “por meio de uma histéria cumulative de sobrevivéncia, as tensdes os esforgos de sobreviver em melo a tantas mmudangas do ambiente acumulam-se nas organizagées, aumentando as pressdes para que mudem” (2988 :6). Alguns pontos de vista tedricos também sustentam a idéia de que as organizagées maiores sao mais uidas. A complexidade, adiferenciagéo, a especializacdo ea descen™ ‘walicacio intemas, odas caracteristicas das organizagbes grandes, tém sido associades Aadosio das inovacdes (Haveman, 1993a). Os recursos disponiveis para as grandes or- sganizagbes podem capacité-as ainiiar mu ddangas, em resposta as mudangas ambien- ‘nis (Gyert © March, 1963). 0 maior tama- ho relativamente a outros atores também ‘aumenta o poder de mercado (Bain, 1996),

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