You are on page 1of 16
TEORIA DA CONTINGENCIA EsTRUTURAL* Entre os estudos organizacionais, a ‘Teoria da Contingéncia tem fornecido um paradigma coerente para a andlise da estru- ‘tra das organizacdes. O paradigma cons- tiruiu um quadro de referéncia no qual a pesquisa progrediu, levando & construcio de umm corpo de conhecimento cientfico. O objetivo deste capitulo ¢ tragar 0: contor- nos da teoria da contingéncia da estrutura ‘organizacional e mostrar como a pesquisa, dentro desse paradigma evoluiu na forma da citneia normal. O conjunto recorrente de relacionamen: tos entre os membros da organizagio pode ser-considerado como sendo a estrutura da ‘organizacéo, o que inclu (ser se restingir 2 isso) os relacionamentos de autoridade e ‘de subordlinagio como representades no or- _ganograma, o: comportamentos requerides pelos regulamentos da organizacéo eos pa- ddrdes adotados na tomada de decis4o, como descentralizaglo, padrbes de comunicasio outros padres de comportamento. Engl: ba tanto a organizacao formal oficialmente preserita, quanto a organizacio de fato, no oficial informal (Pennings, 1992)..Nao ha definigao de estrutura organizacional-que ‘crcunscreva firmemente seu objeto @ priori: “rags: Marco Amati Revisioedenca Cate OamasBetero ‘mas cada projeto de pesquisa focaliza varios aspectos diferentes da estrutura organiza- ional, sem pretender que seu foco esgote as questbes. ‘A teoria da contingéncia estabelece que no ha uma estrutura organizacional inca ‘que seja altamente efetiva para todas as organizacbes. A otimizagao da estrara va- tard de acordo com determinados fxores, tais como a estratégia da organizacio ou seu tamanho. Assim, a organizagio étima 6 contingente a esses fatores, que so deno- sminados fatores contingenciais. Por exem- plo, uma organizacio de pequeno porta ‘que tenha poueos empregados, é estrutu- ada otimamente ao possuir uma esrstura centralizada, em que a tomada de devisio cst concentrada no topo da hierarqut en {quanto uma organizagio de grande porte Que possua muitos empregados, é estuti- rada otimamente utlizando uma escratara escentralizads, em que 2 autoridade para ‘a tomada de decisio esté dispersa peles nt veis inferiores da hierarquia (Child, 1973; Pugh et al,, 1969). Ha diversos fatores con tingenciais: estatégia, tamanho, incerteza com relagdo as tarefas e tecnologia. Essas caractersticas organizacionais, por sus vez, refletem a influéncia do ambiente em que a organizago esté inserida, Assia, para ser cefetiva, a organizagio precisa adequa: sus cestrutura @ seus fatores contingenciais, © ‘vista como adaptando-se a seu ambiente, Cada um dos diferentes aspectos da ‘sifutura organizacional € contingente a "mou mas fatorescontingenciais. Assim, a ‘aefa da pesquisa contingencialéidentficar sfator ou fatores contingenciaisparticulares 0s ais cada aspecto da estrutura organi- ‘ziGonal precisa adequarse. Isto envolve a sppstrugso de modelos tebrieos de adequa- Go entre fatores contingenciaise estruni- “fis, ¢ seu teste frente & dads expirieos. Ds dacos empiricos geralmente consistem Kuhn (1970) argumenta que a pes tiga cientifica ocorre dentro do quadro ie referéneia de um paradigma, 0 qual pecifica as idélas tedricas principals, os _Pressupostos, a lingwagem, o método e as -Sonvengées. O crescimento de ura corpo de = Paradigmaticas, quando wm paradigma & | abandonado e substiuido por outo. Esa dans desccinas oraa os lo paradigma. Nessa fase, a pesquisa lida sn problemas no interior do paradigma _Tssolvendo anomalias, nfo questionando © p Yaradigma, O estudo da estrutura organizacional - Wstemunhou uma mudanga de paradigma = Svando a escola cldssica de administracko foi suplancada pelo novo paradigma da teo a da contingéncia, conionme seré visto a ul Istoinaugurou uma fase de “léncia otal” dentro do paradigm contingencial Scou, 1992). Assim, o estudo da estrutura “Prganizacional é anvalmente pluralistico, _n conft entre paradgmes¢ciénca nor ‘mal no interior dos paradigmas (Aldrich, 1992; Donaldson, 1985a, 1995a; Pfeffer, 1993). Uma ver que outzes capitulos neste Handbook lidam com outros paradigmas, iremos aqui nos concentrar no paradigma contingencial. A ciéncia normal que tem sido segulida dentro do paradigma contin- gencial é provavelmente a mais ampla cor- rente isolada de ciacia normal no estudo de estratura organizacional até o presente. Assim, na discussio do paradigma contin. gencial, ham considersvel volume de pes- uses 20 qual se referiz Conseqientemente, © conceito de ciéncia normal nos estudos orgenizacionais é bem ilustrado pelo traba- Tho no campo da teoria da contingéncia da estrutura organizacional (x tb. Donaldson, 1996). | Onicens va Teoma va Cowmtivcra EsrruvoRat | Até o final dos anos 50, a produsio académica sobre esrutura organizcional ea dominada pela escola cassia de adni- nistragfo fsta sustentava que havia uma tinea estrutura organizacional que seria altamenteefetiva para organizagies de o- dios os tipos. Esa estirura caracterizava- se por um alto grau de tomada de decisio ¢ planejamento n0 topo da hierarquia, de rmaneira que © comporramento dos nfveis hierdrquicosinfriorese de operagdes era previamente espectieado ema detalhes pela xeréncia sfnior, por meio de defingdo de ‘areas, estudo do trabalho e procedimentes similares (Brech, 1957) ‘Acscola cision de admiisragao mar- seve ua infiuéncia durante a primeira meta de dese século, mas foi combatida a parti da década de 30, ede maneiracresente dat por diant, pela cacola de relagées humanas. Essa abordagem focavao empregadoindivi- dual com possuldor de necesidades pico- légica e sociais. Um entendimento dessas necessidades permitiria uma apreciagio de omio a organizacéo do abalho emergia dainteragao da dinamica dos grupos (Roe- thlisberger e Dickson, 1999). Isto habilitaria os gerentes a adotar uma abordagem mais atenciosa que iria evocar a cooperacio do cempregado. 0 foco au estava nos proces- 508 bottom-up (de baixo para cima) de or- ganizagio e nos beneficios da participacso ra tomada de decisao por empregados dos aiveis mais baixos da hierarquia (Likert, 1961). Houve tentativas de aproximar esas fiitncia ow inovacio. Hage e Aiken (1967; = 1969) demonstraram a validade da teoria "tum estudo sobre organizacdes de sade © 1 previdéncia social Perrow (1967) argument que a tec ‘ologia do conhecimento era contingente & ¢ssrutura organizacional. Quanto mais cod 5 Fado 0 conhecimento utiizadio na orgeni- ‘nas operagées, mais o processo decisdrio da ‘otgenizacéo poderia ser centralizado. ‘Thompson (1967) desenvelveu uma ‘extensa teoria das organizagbes, contendo Z Mnultas idéias e proposigées. Ele seperox © Ofganizacées de tipo “sistema fechado” de ‘Organizagies que sfo “sistemas abertos”, -Sfetuando trocas com seu ambiente. Argu. Tnentou que organizacdes tentam isolar suas Principais tecnologias de praducio num Sistema fechado para emprestar lhes eft iéncia, defendendo-as do meio ambiente - Aide-se com perrurbactes externas par mele le projegies, relatSrios e outos mecanis. thos. Thompson (1967) também distingula {nds diferentes tecnologiae: rareias longa, mediadoras intensvas’ Congtinked, me- lating 2 intensive). Além disso, dstinguiu trtsnfveis de interdependéncia care as ati vidades no fxd de trabalho ~ combinadas, seqilenciaisereciprocas (pooled, sequential ¢ reciprocal) - e identiicou os diferentes 1ecanismos de coordenagio para se lidar acequadamente com cada interdependén cia, Ble conchu que as interdependéncias enire as atividades no fuxo de trabalho da ‘organizagéo tinham que ser manejadas em iferentes niveis hierérquicos, gerando as. sim 0 desenho da organizacéo. Thompson (2967) acrescentou que o ambiente molda diretamente a esturura organizacional, om as diferentes pares dessa etrutura especia lizando-se para ir ao encontro das exigén- cias das diferentes partes daquele ambiente ‘Thompson teorizou também a respeito das politicas organizacionas, como 0 fizeram ‘Burns, Stalker e Perrow.O foco principal da teoria da contingéncia,contudo, permancee ‘no modo como a estrutura organizacional modulada de maneira a satisfazer as ne- cessidades do ambiente e nas tarefas dai decorrentes (x: Donaldson, 1996). Nos BUA, Blau (1970) desenvolveu a teoria da diferenciagéoestrcural. El firma gue as organizagées ezescem em tamanho empregados), de modo que se estruturaza de forma mais elaborada, em: um creseente mero de subunidedes,tais como mais d- Vis6es; mais segdes por diviséo, mais niveis hietérquicos e assim por diante. Também argumentou que o crescimento organiza- cional leva a grandes economias de esals, com a proporcio de funciondrios que oct pam cargos de geréncia ou staff de suporte iminuindo, Max Weber (1968) argumentou que as ‘onganizagSes estavam-se tornando estruta: 1s cada vez mais burocréticas,caracterica- das por uma administragdo impessoal, pro- rowida em parte por seu tamanho cresten- + Confaeme Bearam comer rs TY te. No Reino Unido, Grupo de Aston (assim chamado por causa de sua universidade) argumentou a favor da necessidade de se melhorar a medicao da estrutura organiza- cional (Pugh et al, 1963). Seus integrantes desenvolveram um grande niimero de me- didas quantitativas de diferentes aspectos da estrutura organizacional, com atengio para a confiabilidade (Pugh et el, 1968; Pugh € Hickson, 1976). O Grupo de Aston pesquisou organizagdee de diversos tpos, incluindo muitas organizagées industiais € organizacées de servigos tanto puiblicas como privadas. Distinguiram empiricamente dduas grandes dimensbes da estrutura org- nizacional: estrururagio das atividades (0 quanto a organizagio adota de especial 2za¢Ho funcional, regras e procedimentos) & concentragio da autoridade (centralizagao da tomada de decisio) (Pugh etal, 1968). Examinaram wm grande nimero de fatores, contingenciais e utizaram-se de regressa0 silltipla para identficar diferentes conjun- tos de preditores da estrutura organizacio- sal. Para estruturacéo 0 principal preditor foi o tamanho da organizagéo em mimero de empregados, sendo as maiores as mais estruturadas (Pugh et al,, 1989), Para cen- ttalizagio, a principal contingéncia foi o tamanho da organizagio e sea organizacdo estudada era ou nao subsididria de uma organizagao maior, sendo a descentraliza- (0 maior em organizagSes independentes Pugh etal, 1969). ‘Uma variante da teoria da contingéncia estrutural focalizou as implicagées da esta tégia corporativa como contingente para a estrutura organizacional das empresas. Chandler (1962) mostrou historicament= que a estratégia determina a estrumura. AS corporagées necessitam manter uma ade- quagdo corre sua estratégia ¢ sua estrutures caso contrazio terdo menor desempenho. Especificamente, uma oscrutura funcional sjusta-se a uma estratégia nko diversificada, mas no se ajusta a uma estratégia diver- sificada em que uma estrutura divisional 6 requerida para o gerenciamento efetivo da complexidade de produtos e mezcados muito diferentes (Chandler, 1962) Outros pesquisadores analisaramo sig- nificado estrutural da passagem de uma operacio exclusivamente doméstica para multinacionalizagao (Stopford ¢ Wells, 1972; Egelhoff, 1988; Ghoshal e Nohria, 1989). Isto levou & adocdo de estruturas contendo divistes geogréficas e macrizes por rea e por produto, Egelboff (1988) de- seovolve uma teoria da contingéncia formal Daseada nas exigéncias de processamento e informagées. ‘Outros fatores contingenciais, tais como hostllidade ambiental (Khandwalla, 1977) e ciclo de vida do produto (Donald- son, 1985b), tém sido identificados, © suas Implicagtes para a estrutura organizacional ‘eorizadas, Para um modelo que presereve © desenho organizacional étimo requerido pela combinacio das comtingéncias estraté gicas ede inovaglo, vide Donaldson (19853 170. ‘© MopELo Teorico pa Cownneéncia Esraurunat, © aumento do indice de inovagio de uma empresa pode refletir a competicéo ‘com ourras empresas por meio de noves pro dutos, assim, em wltima insténcia, a causa 0 ambiente. Por essa razio, a abordagem contingencial ¢ freqiientemente chamada de “a abordagem da organizacio e seu ait Diente”. Entretanto, a inovacio ambiental leva a organizacio a aumentar seu grau de inavagéo pretendida, a qual é causa ime data da adogio de uma estrutura organica. ‘Assim a estrutura & causada diretamente por ‘um fator interno ¢ apenas indiretament® pelo ambiente. Ambos 05 fatores, interno © extemo, sd0 eonsiderados contingencials, ‘mas uma afirmacio mais parcimoniosa da teoria da contingéncia estrurural precisaria referir-e apenas ao fator interno. Portanto, muitos dos fatores contingencials da est. tus, tais como tamanho da organizacio tu tecnologia, so internos & organizagio, ainda que refitam o ambiente na forma de tamanho da populacio ou tecnologias co ‘mercialmente disponives. Assim, conguanco seja correo inch fatores ambientais como contingéneias que moldam aescutura, wma explicacdo suficente pode ser obtida con fiderando-se apenas fatores items como contingéncias. ‘Aimporténcia da teoria da contingéa- cia pode ser brevemente resumida da se- ‘guinte maneira. Uma pequena organizacio, aquela com poucos empregades, ¢ efetva ‘mente organizada numa estutura slnples (Mintzberg, 1979), em que hé poucos niveis na hierarguia, A autoridade para a toma: 4a de deciséo ¢ concentrada no principal executive (que, frequentemente, ¢ 0 pro- etirio na pequena empresa), que exerce ‘© poder diretamente sobre os empregadas os nives inferiores por meio de instrucéo diets. Assim, hé pou delegagio de auto tidade © ha também pouca especializacao entTe os empregados. Amedida que a orga: izagdo cresce em tamanho, especificamen- ‘eno niimero de empregados, a estatura toma.se mais diferenciads. Moitos outros ives sio adicionados & hirarquia, erian- ose camadas de gerentesincermedisris. ‘Algama autoridade de tomada de decisio a executivo do topo & dclegada para essa ‘camada intermedisria, proporcionaimente 20 grat de conhecimento do loca, dos as suntes operacionais, tis como supervsio do pessoal de nivel operacional e algumas Aecisdes de produgio, Basa delegacio 6, em ‘2ra medida, imposta aasgerentesseniores elo aumento da carga das decsées que eles ‘perimentam a medida que o tamanho da organizacéo ¢ a comalexidade mumentam. Novamente, o crescimento da herarquia ea ‘ispersio geograiea das pessoas fazem com he a administagio séaior Saue longe da “ina defogo”, assim toma-s impossvel para eles ter acess a toes as informaches Tequeridas, Entetanto, os gerentesseniores continuam a decidir sobre estratégias, poi case grandes decisses,incuindo a alocace0 do capital e os montantes orgamentirios. Por toda a organizago hé uma divisdo maior do trabalho conforme as operaeses so decompostas em seus componentes € alocsdas a departamentos ¢ equipes de ta- balho especifces. A administagio também ¢crescentemente fragmentada em especis- lizagées, cada uma gerenciada por grupos funciona (taf) distintos, como contabil dade, planeiamento da produgio, arcuivos, pessoal e assim por diante. Ocomportamen: 106 cada vez mais regulado por descrigbes de cargo escritas, planos, procedimentos e regras.Esses elementos constituera una tela impessoal que regula os membros da organizagéo, de maneiza que o controle desloca da superviséo direta e pessoal para dispositivos impessoais. No caso exzzemo da grande organizagdo, sua estutura é uma Darocracia meclnica (Minteberg, 1979). 0 aumento em escalaeexpecializacio significa que wabalho de qualquer individu torna- Se mais rotineio e isto falta sa formal- 2agio burocratica, 0 que, por sua vez, inten sifcao carter rotinezo ca previsibiidade do wabalho. A malor formallzagéo e prev sibilidade do comportamento do empreyaco encoraja os niveis seniores a aumentar a delegacio de eutoridade para niveishie- rrquicos cada ver mais baios, & medica que podem faztlo seguros de que aquela delegacéo serd uslizada da maneira dese- jada pelos delegadires, embora tal controle se torne imperfeito& medida que aparecem as disfungGes burocrdtias (Gouldne, 1954 Merton, 1949). A especializagio cescente do pessoal aumenta sua compexéncia, oque novaraente inceniva a delegacéo, apesar de cos nseos reaparecerem (Selznick, 1957) ‘A medida que as organizagbes proc ram inovar em produtos,servigos 08 pro cessos produtivos, as tarfas se tomam mats i } j sea inceria, Estas tarefasndo podem se for malizadas pela barocracia, nfo podendo fer espciicadas previamente por meio de tims regra ot procedimento, porque isto requerera um conhesimento gue 0s buro cratas nao possuem, Assim, hd o recurso do aprendizado por tenativa e ero, fre- ‘ientemente aeompanhado pelo emprego de fancionérios mais educados e ltamente treinados como profssionas.organizagi tem que permitir que eles sjam prudenter tose sin inicio, cm a i de rae batho real inchiindo elementos de equipe ¢ surgindo por meio de discursdex entre oF funcionérios, mats do que sendo imposta por superiores hieraruicos. st significa gue, em prnepio,o depatamento de PED é eseruturedo mais organieamente que © deparamento de produgao. Enguanto PRD projetae desenvelve, 0 deparramento de erates rods bia ¢ ode vents vende. A confuéneia desses equisos sig rifle que a iovagao de sucesso necesita de coordenagio entre esses departamentox ¢ isto ¢ aleancado por equines de projeco Jnterfuncionis ov matrizes ou ivsoes de produto (dependendo de outras contingén Gias, tes como o grate de diversicarao es tratégiea, vide Donaldson, 1985). A medida gue as empresas se divers. ficam de un nic produto oa servgo para mnltiplos produtos ou servigos, a ertratara funcional original deira de responder & con plexdade das deisées, A erritara malt divisional redue a complexidade & medica aque cada divisso passa a decir sobre seus produtos e mereades. Iso leva a0 aprimo- ramento des decisdese ao aumento da ve- locidade decis6ria, aliviando a sobrecarga da alta adiministragao e permitindo que fe concentre nas decisdes esatéicas e numa ineervencéo mais seetiva nas dvis6es. 0 cenio conserva o controle giobal, tratando a8 dvises come eentros de Incr e ciando tun staff conporetivo para monitorar 0 de- sectpenho divisional «planar aextratégia corporativa, Assim, a organizagi, quando grande © diversificada, torna-se até mais burocratizada e descentralizada. Este é, resumidamente, 0 modelo te6- rico de contingéneia sobre o modo como ‘a escrutura organizacional muda & medi- da que as contingéncias mudam devido 20 © Parapiema pz Pesquisa pa Troma DA CONTINGENCIA Esraururat, (Quase toda a pesquisa inicial sobre con: ‘ingénciaestrutural fol publicada entre 1960 © 1970 € foi frito da eclosfo de pesquisas conduzidas principalmente durante os anos 60. Assim, por volta de 1970, havia um pa radigma de pesquisa bem estabelecido, Ateoria que serve de base &0 funciona- liso sociol6gico (Burrel e Morgan, 1979), ‘Assim como 0 funcionalismo biol6gico ex- plica como os drgos do corpo humano con- ‘uibuem para o bem-estar, o funcionalismo sociolégico explica a estrutura social por suas fung6es, que so suas contribuigées para o bemestar da sociedade (Merton, 1949; 1975; Parsons, 1951; 1964). A ra mificaedo sociolégica organizacional do Funcionalismo postula que a estrutura or- ganizacional é moldada de forma a prover 8 organizagao de efetivo funcionamento (Pennings, 1992). A teotia organizacional do funcionalismo estruraral procede da se guinte maneira: vanagées na estrutura orga nizacional séo identificadas ¢ explicadas por funcionarem eficazmente em determinada situagao. A estrurura ajusta-se ao que bd de contingente, que, por sua vez se ajus ta ao meio ambiente. Adequagao (fit) € a premisse subjacente, Organiaacées buscar a adequacio, ajustando suas estrururas @ suas contingéncias, e isto leva & associago observada entre contingéncia e estrurura A énfase na adaptagio da organizacio a sew ambiente faz da teoria da contin- E ITT “gincia estrutural parte do funcionalismo adaptativo. ‘A base teérica do funcionalismo tem “igificado que o paradigma da contingéncia pode ser adotado tanto por soviélogosinte- essados apenas na explicagio da estrutura ‘otganizacional, para os quais a funcionali- dade da estrutura ¢ puramente uma causa, © portedricos da administracdo, para os quais 4 efstividade oriunda da estrutura orienta na atitade preserva nos adminisradorss. Na hisuicia de reora da contingéncia, ambos os valores tém motivado os pesquisadores (Hickson, comunicagio pessoa). (© método utilizado na pesquisa con- tingencial tendeu a seguir Joan Woodward (1965). Lim estado comparativo € feito com trganizagées diferentes (ow usando dife rentes unidades da mesma oxganizacdo, se apresentarem interesie). Cada fator con- tingencial ¢ esrutural é medio, com uma cxcala quantitativa, ou com uma série de Categorias ordenadas. Cada organizacdo secebe tm escore em cada fatorestrutural € contingencal. & distibuicao cruzada de scores das organizagbes em um par de Faro res contingenciaise estrucurais€ examninada para verificarse onde ha uma agsociagéo. Into & feito por tabulacée cruzada ou come- lagio, A teoria que continha a hipétese de ‘astociagéo ent a comtingénciae a estrutura é testada, Organizagdes em conformida- de com a associacfo #0 comparadas com aquelas que desviam de tal associacio. Se as organizagSes que esto conforms com a associagdo Suplantam, em deserapeno, as ‘onganizagbes “desviantes" sto significa ue temos uma adequagéo entre a contingéncia fe aestrutura, Assim, em muita pesqalses, a sssociagdo empieica ce apéia numa adequa- so aproximada (Chil, 1975; Drazine Van de Ven, 1985; Woodward, 1965). Connudo, fem outras peeguisas, o modelo de adequa- ‘ho ¢ derivado da teoria (Alexander e Ran Adolph, 1985; Doneldson, 1987). Edesejével unit os modelos de adequacio empirica © teoricamente derivados, a0 longo do curso da pesquisa, ‘eons pa covmiofnc ssmuronat 113. AEST TTT TTT seats mace ml pe (het Sdcceuenas ti etc ltan A s Tansee aes aaron raise ceo se entrees Ses mpetee (1965), para 0 uso de diversos, tal como erat igecnmrmtnes ees ten ayo nc sn todo seccional.” A partir desses dados, s40 7 wd casera em conrapeice to od Tongan to aque que masa ume reese (oem dvetoo momentos no tempo. (8) rmuma direcic-partculay, ito 6, da contin- ‘géneia para a estrutura. Essa interpretacio Fancionalistaedaprativa € uma convengao za pesquisa da contingéncia estrutural. Nao obstante, o método correlacional deixa es- avo para outrasinterpretagies causais. Por exemplo, Aldrich (1972) reanalisou os da- dos de Aston e argumentou que as correle- bes so compativeis com um modelo em que a estrutura causa 0 tamanho da orga: nizagio ~ 0 oposto da interpretagio causal promovida pelo Grupo de Aston (Pugh et al, 1965), Essas interpretagées alternati vas constinuem desafios 20 paradigma. Tem havido progresso na resolucio de algumas dessas questOes de causalidade em favor do determinismo da contingéncia, conforme serd visto adiante Ateoria e a evidéncia empirica util zadas na teoria da contingéncia estrutural sho positivistas. A organizacio ¢ vista como forcada a ajustar sua estrurura a fatores ‘materiais, tais como tamanho e tecnologia. Iéias e valores nfo figuram como eausas {de maneira proeminente. Ademsis, nfo ha ‘muito espaco para a escolha ou para a von- tade humanas. Hé muito pouca informacio nha maioria das andlises contingenciais a respeito de quem exatamente toma ar de- cisGes estruturais ou quais so seus moti= ‘vos ou como as estruzuras s4o implementa: Gas (Pugh et al., 19693 Blau e Schoenhers, 1971).Assim, a andlise € despersonalizada € ‘ocorre ao nfve da organizagio como entida- de coletiva que persegue seus objetivos. H, portanto, @ auséncia de uma andlise 20 nivel dos atores huimanos (Pennings, 1972). Uma ‘andlise como esta identificaria os atores no processo de redesenhar as organizacées, Suas crengas, ideais, valores, interesses, po der e téticas. Muito da critica externa a0 paradigma gira em tomo da falta de uma. andlise a0 nivel do ator individ na pes guise da teoria da contingéncia estrutural (ilverman, 1970). De fato, a validade de falarse sobre "a organizacio” ao invés dos Individuos que compoem organizacio tem sido combatide sociolégicaefilosoficamen- 1 (Silverman, 1970). Contudo, Donaldson (1985a) oferece uma defesa dos constructos ‘emnivel organizacional, argumentando que les sio naturais e indispensévels na reoria organizacional. Fenémenos-chaves como centralizacdo organizacional e desempenho organizacional nao podem sequer ser disc tidos sem uma anélise da organizacio em nivel de coletividade e como sistema (vide também Donaldson, 1980), 0 funcionalismo adaptativo, 0 modelo dia adequacio da contingéneia e 0 método comparativo constituem 0 coraglo do para igma da teoria da contingéncia estrutural Eles fornecem o pano de fundo em que os pesquisadores subseqientes trabalham. A Fase, or Créncta NORMAL: REpLicagio & GENERALIZAGAO Por volta de 1970, havia um paradigma de eoria de contingéncia estrutural estabe lecido e aqueles que vieram depois puderam orlentar seus esforgos dentro dessa tradicéo © contribuir para a evolugio da literacura (para uma revisio v. Donaldson, 19950), Os estudos de contingéncia pioneiros produziram evidéncia de conexdes entre as contingéncias e a estrutura organizacio nal, mas essas evidéncias podiam cansttuir- s2 em acasos ou idiossinerasias ou refletir vieses de seus autores. Portanto, havia a nevessidade de replicagdo, isto &, necessi dade de outros estudos, realizado por pes quisadores independentes, para ver se eles encontravam ou no o mesmo fendmeno. Réplicas raramente sio feitas na mesma or ganizacao, de mode que os esaudos também fornecem um teste de generalizacio, isto 6, se 05 resultados originals sustentamn-se nos estudos de novas organizacées, quan- do condigbes, como o tipo de organizacio ou o pais, slo diversos daquelas em que os SE estado iniciais foram realizados (Fetches, 1970). Por exemplo, durante os anos 70, hhouve um cresoente interesse em saber se diferentes culturas naconais demandariam diferentes formes de estrutara organiza tional, de modo a tomar falsa um teoria ‘oral de contingéncia estrururl (Hickson et 41, 1974; Lammers e Hickson, 1979; Mans- field Poole, 1961; McMillan ta, 1979). Esse interesse continuou nos anos 80 e ge- ou muitas pesquisas (como Comaty etal 1983; Hickson e MeMillan, 1981; Routemaa, 1985). 4 orientacioinical da matoria dos pesquisadores fol ade esperar encontrar as relagbes contingéncia-estrurura epontades pelos estudos pioneiros, mas perceberam fue as generalizagbes dos estudosiniciais deveriam ser watadas com cautelaem cada nove ambiente pesquisado, Répliasetenta tivas de generalizacio constituem boa parte da pesquisa de eigncia normal n literatura da contingencia estrarural © Grupo de Aston insstiu em réplicas (Chil, 1972; Himings e Lee, 19715 Inkson eral, 1970). As miiplas dimensbes dae ‘rueiza rganizacional dos estudos pioneros ‘io foram encontradas em algumes rep ‘as, enquanto outras confirsiaram apenas a dmensfo principal de maneize isolada (Child, 19725; Grinyer e YasaiArdekan 1980; 1981; Hinings e Lee, 1971). Este é tun dos maiores problemas com os tabalhos do Grupo de Aston... houve tentativas de Soluedo pelo exame de tdpicos metodols- sicos, tas como as medidas das varidveis€ 50 status da organizacio (como varidvel dependente ou independente) afetaria os resultados (Donaldson et a, 1975; Gre fenwood e Hinings, 1976; Mansfeld, 1973; tb, Reimann, 1973; Starbuck, 1981). Os diferentes resultados so vistos tanto como refleos de diferentes visbesteéricas, como constiuindo refutagdeseconfinmagées (We- ber, 19685. Diversamenite, 0s principais resulta- dos, em termos de contingéacia-estrutara dos estudos originals, foram confirmados: tamanko 6 a principal contingéncia para 2 estruturagéo burocrética das atividades organizacionais. Réplicas o confirmaram (Pugh e Hinings, 1976). Estados posteriores mostraram que esses resultados podem ser seneralizados para diversos tipos de orgs nizagBes, localizadas em diversas nacées © regibes. Por exemplo, Donaldson (1986 74) revisa 35 estudos de relagies entre 0 tamanho da organizacio e a varidvel es- ‘mrutural grav de especializacio funcional ‘Todos os estudos encontraramm wma corre- lagio positiva, Esses estudos incluem or ganizagbes de 15 paises: Argélia, Canada, Egito, Finldndia, Franga, Alemanha, india, 1, Japéo, Jordania, Poldnia, Cingapure, ‘Suéeia, Reino Unido © Estados Unidos (res pectivamente, Zeffane, 1989; Hickson eta. 1974; Badan e Hinings, 1981; Routamaa, 1985; Zeffane, 1989; Child e Kleser, 1979; Shenoy, 1981; Conaty etal, 1983; Azumie MeMMillan, 1981; Ayoub, 1981; Kuc etal 1981; Ti, 1987; Horvath er al, 1981; Bry ‘man otal, 1983; Blau et al., 1976). Assim, fo relacionamento tamanbo-especializa funcional generaliza-ce glabalmente € no E confinado a nagbes anglo-sax6nias, tais como o Reino Unido e os Estados Unidos, onde esse tipo de relacionamento £01 orig nalmente identificado (para uma revisio, vide Donaldson, 1996), Devimnca pa GavsaLiDape Aé agora a discusséo tem se concen twado em estudos seccionais (vide nota do tradutor mimero 2) que correlacionam = contingénciae a estrutura no mesmo ponto ‘ea0 mesmo tempo. Ateoria da conringencia interpreta essa associagio de acordo com seu proprio paradigma, que ¢ 0 funcions lismo adaptacvo ¢ 0 determinismo contin- ‘gencial, Surge entio a questo da coresio ‘essa incerpreracao. Cada uma das principais teorias do paradigma da contingéncia enfocs apenss ARTE 1~ MODELOS BE ANAISE determinados pares de fatores contingen: ciais © estruturais (por exemplo, tamanho © burocracia, ou estratégia e estrutura). Os caiticos alegam que ndo existe uma teoria dda contingéncia, mas apenas uma colecio de teorias que constituem, na melhor das hipéteses, uma abordagem contingencial. Entretanto, é possivel responder a esse dis- arate oferecendo uma teoria comum, sub- Jacente 4 todas. Bsta pode ser denominada teoria da adeptagdo estrutural para read quirir adequagdo (structural adaptation to regain fit) (SARFIT) (Donaldson, 1987), Hla sustenta haver adequacio entre cada contingéncia e um ou mais aspectos da es- ‘zutura organizacional de forma que a ade quacdo afeta positivamente o desempenho © a inadequacko a afeta negativamente. Uma organizaco inicialmente “adequa: da" tem sua contingéncie alterada e desse modo tomna-se “inadequada”, sofrendo um declinio de desempenho: isto leva & ado- fo de ama nova estrutura de modo que a adequagao ¢ readquirida e o desempenho restaurado, Portanto, o ciclo da adaptacio & adequacio, mudanga da contingéncia, inadequacdo, adaptacdo estrutural, nova adequagéo. Esse modelo causal estépor mis dde muitas das teorias de contingéncia es- ‘rutural (Bums e Stalker, 1961; Lawrence € Lorsch, 1967; Williamson, 1970; 1971; ‘Woodward, 1965). ‘Tem havido argumentos contra idéias, do tipo SARFIT que contestam cada um de seus componentes. Argumenta-se que 28 correlagoes entre cada contingéncia ¢ es. ‘cutura significam processos causais dife- rentes daqueles do modelo SARFIT (Aldrich, 1972). Erzos ou incertezes na interpretacio teérica sdo tidos como possiveis por causa das limitagSes dos estudos seccionais. Os comentaristas sugerem que os estudos dé ‘eoria de contingéncia estrurural devem ir além dos estucos seccionais ou desenhos sinerénicos de pesquisa para realizar esta: dos de mudanga organizacional por meio do tempo, isto é, estudos longitudinats au dia. crénicos (Mansfield ¢ Foole, 1981; Galunie e Bisenhardt, 1994). assim, parte da ciéncia ‘normal tem sido mobilizada para fazer est- dos atraves do tempo, de maneira a revelar (0 reais caminhos da causalidade. Aqquesto das relagées entre estatésia, « estrutura tem sido estudada mais detalha. damente, de maneira que & uma drea conve- nlente para se examinar 2 causalidade. Dindmicas de estratégia e estrutura A explicacao da correlagio entre es- tratégia e estrutura é 2 teoria funcional ta de que hé uma adequagéo entre ceras estratdgias e cervas estrururas (Chandler, 1962). A pesquisa acerca do desempenso indagou inicialmente se estruturas diviso- nis supetavam, em termos de desempento, as estrururas funcionais (por exemplo, Ar mour ¢ Teece, 1978). Entretanto, isto no 60 mesmo que teoria da contingéncia, que sustenta que ndo é a estrucura de per #, ‘mas antes se ela esté ou no adequada & estratégia, que é relevante para o desernge- tho. Isto requer a operacionalizacio de wm ‘modelo que especifica certas combinagées de estratégias e estruturas como adequadas outras combinagdes como inadequad: Donaldson (1987) props um modelo como este derivando-o do trabalho de Chandler (2962) ¢ outros. Corporagées “adequadas” superariam 0 desempenho das “inadequadas”, fornecen- do validagdo empfrica (Donaldson, 1987) ‘Alem disso, a adequagio ocorre mum mo ‘mento anterior ao desempeno, enfatizanio que a adequacio é causa e 0 desempenho 6 efeito. Hamilton e Shergill (1992; 1993) ‘tembém validaram empiricamente um m>- elo de adequacdo muito similar, mostrando relacionamento positive com desempento. Organizacées em adequacio por uma série de anes tiveram mathoria de decempento © superior aquelas em inadequagéo no mesmo i Tien coer ona Gi autestono desempei 8 te ee ee do ae mo eneain eed Gord enben momen Met cen maceration 0 ee eee Nepndae oan Se lee cexmam ce Sn a eabs ae, um por ea a eee a A hee nncatio ta desempenho. A teoria funcionalista de que as corporacées alinham suas estrutu- ‘as com suas estratégias por causa de uma ‘adequacio subjacente encontra sustentagio empltica, ‘Alguns estudos de mudanca organiza- ional tém buscado uma cortelagéo entre ‘mudanga da contingéncia e mudange da estratara, durante o mesmo periodo de tem- o ou no pertodo de tempo imedistamente > seguinte. Seus resultados tém sido confu- sone rem tendo a gerar dividas sobre a feota da coningéacn esturel Dewar © Hage, 1978; byes e Thane, 1976 Ink sonet al, 197; Meyer, 1979). Enquanto 8 feo da contngénciasisteta que a com tingeneia causa 8 entrust, sto 56 corre a longo praz, pois crt e médio prazos Séo mereades por diversas inadequaoes ‘ssi a mudanga da comtingencia ev ink Gatmente apenas ue nam nado, ue eventurlmentecondza una mudaoga deesrurure ea uma nove adequagao. se od cial slong com is ca se melhor orl consngerle por ive doveriaser objet de verifcagoes empl eas sobre mudanga organzaconal Donaldson (1987) combinou dados de eetadon de estategia etre ie co paises (Fence, Aleman, Jap, Reino Unido e Estados Unidos). Primeiramente, ts dats foram snalisados. de marcia r= Siena: busou-e ua atoiago ene a nc nc sath teenager Sgemuaemrrigaos ca aanteraar devo go mumeato de seu nel de contin géncia estratégica, adotando uma estratégia Sie tase cs Eogutaral Desescorpragsesem cies Se spe cecmeco st oe normal” em aco: resolver descobertas con- rrias teoria pela demonstraco de que os procedimentos de testes empiricos estavam, {ncorretes por nio fazer uso de umm modelo te6rico devidamente articulado. A teoria da contingéncia sustenta que a estratégia leva & estrutura. Contudlo, Hall Salas (1980) argumentam que aestratura leva a estratégia. Bourgeois (1984) critica ‘a pesquisa de contingéncis por falhar em considerar a causalidade reversa na qual o ator de contingéncia presumido realment= resulta da estrutura. Surge a possibilidade, portanto, de que correlacdes positivas sur- Jam entre estratégia ¢ estrutura, mas indi- ccando que a estrurure causa a estratégia. En- ‘uetanto, Donaldson (1982) exauninou essa possibilidade © ndo encontrou estruturas, CHILD, John, ALDRICH, Howard. The Aston findings on centralization: further discussion. Administrative Science Quartet, 20: 458-460, 1975. DRAZIN, Robert, VAN DE VEN, Andcew HL ‘Alterative forms of fit in contingency theore ‘Adninistrative Science Quarterly, 30: 514-538, 198s. YAS. Gareth P, THANHEISER, Heinz T The emerging European enterprise: sategy and structure in French and German Indust Uaneres: Mactan, 1976 EGELHOFE Willam G. Organising she multinational encerprise: an information pocesng perspective. Cambridge, MA: Ballnge, Toss. NAS, B.A. M, J. How to solve communication problems on the R and D interface, Journal of Management Studies, 22(1): 83-102, 1985. SLECHER, Colin. On replication: notes on ‘he notion of a replicability quotient and a generalizability quotient. Socinlogy, 4: 51-69, “Jan. 1970, LIGSTEIN, Nel. The spread ofthe mulivisional form among large firms, 1919-1979. American Sicologial Review, $0: 377-391, 1985. ‘The incsorganizational power struggle: ‘eo finance persoznel to top leadership i large fnrporations, 1919-1979, American Sociological Review, 52: 4458, 1987. FORD, Jeffrey D,, SLOCUM UR, Joba W. Size, technology, environment and the structure of ‘organizations. cademy of Managernent Review, 2(@): 561-575, 197, FRY, Louis W. Technology-structure research nee critical issues. Academy of Management Yournal, 25(3): 832-852, 1982, =» SLOCUM JR, John WE Technolog, ‘fuciure, and workgroup effectiveness: a test, a contingency model. Academy ofSfanagerent Journal, 272): 221-246, 1984, GALBRAITH, Jay R. Designing complex organizations. Reading, MA: Addison. Wesley, an SALUNIC, "K CHARLES, Eisenhardt, KATHLEEN M. Renewing che strategy structure. Performance paradigm. Ini STAW, B. ML, ‘CUMMINGS, LE ds), Resmarch in Organon Bébavior, 16: 225.255, 1994 ‘GERWIN, Donal. Rel Derween srucere fd technology. 2a: NYSTROM, Pau, STARBUCK, William (Eds.), Handbook of Organizational Design. amsterdam: Elsevier, 1977, Relationships berweea stracture and ‘echnology a che organizational and job level. Journal of Management Studies, (1): 70-78, 2979, The comparative analysis of serucrure ‘2d echnology: a etal apprise. Academy of went Review, (2): 41-51, 1979. . CHRISTOFFEL, Wade. Organisational Hraciure and technology: « computer model approach. Management Science, 20(12): 1531-1542, 1974, GHOSHAL, Sumantza, NOHRIA, Nitin. Internal ferentiation within mukinationa eorporarions ‘Strategic Managerent Journal, 104) 322-337, 1989. GOULDNER, Alvin. Potters of inducrial ‘bureaueray, Glencoe, IL: Free Press, 1954. GREENWOOD, Royston, HININGS, C. R. CCentraizaton revisited. Administrative Science Quarterly, 21(2): 151-155, 1976. (GRESOV C. Exploring ft and misitwith multiple contingencies, Administrative Selenze Quarterly, 34: 431-453, 1989. _—— DRAZIN, R, VANDE VEN, AH, Workanit {2 uneeraing design and morale, Organization Studies, 10(1); 45-62, 1989. (GROVER, Peter Hi, YASAL-ARDEKANI, Masoud. Dimensions of organizational structure: crscal replication. Academy of Management Jour 23: 405-421, 1980. 1 _- Research note some problems wit ‘easufemen of macro organizational seractar. Organizaion Studies, 2(3): 287-296, 1981 Swrdtegy, structure, size and Dareaucaey Academy of Management Journal, 23(3) 471-486, 1981. ALBAZZAZ, Shawhi, Strats, ifucture, whe environment, and financial perfomance is 48 United Kingdom companies. Academy of Management Journal, 252): 193-220, 1980. HAGE, Jerald. An axiomatic theory of ‘organizations. Adminisrare Science Quarters, 2OG4: 289-320, 1965, ‘Aiken, Michael, Program change and ‘rganizational properties: acomparaive anasis, American Journal of Soctolegy, 72: 503-518, 1967. Routine technology socal swucture ‘nd organibavonal goals, adminisrative Science (Quereerly, 1403): 366.376, 1968. Dewar, Kobert, Bllte values veisus ‘rganizational srvcure in predicting innoveson. ‘arinserative Science Quarter, 18(3): 279-290, 1973. HALL, D. J, SAIAS, M, D. Strategy follows struct! Stategic Management Joureal,1:148- 163, 1980, HAMILTON, RT, SHERGILL, G. 8. The relationship between stategy-sencture fit and financial performance in New Zealand: evidence of generality and vali with enhanced controls ournal of Management Studies, 29(1): 95.013, 1992. The ing af New Zealand busines! FRrategy stricture, and performance. Auckland, [New Zeeland: Oxford Unversity Press, 1993, HANNAN, Michael 7, FREEMAN, Joka, Orgenizational ecology. Cambridge, MA: Harvard University Press, 1989 HARVEY, Baward, Technology and the structure of arganizations. American Sociological Review, 33: 247-259, 1968, HICKSON, David J, MeMILLAN, ©. J. (Eds. Orgonizaron and nation: the Aston Programme Fv Farnborough, Hants: Gower, 1981 ___., PUGH, D. S., PHEYSEY, Diana 6. Dperations technology and organizadon structure: an empirical reappraisal. Administrative Science Quarter, 14(8): 278-397, 1968. , BININGS, C. R, McMILLAN, ©. J, SCHWITTER, J. 2 The culture-free content of organization steactare: a tritional comparison, Sociology, 8(1; 59-80, 1974 HULL, Charles W. ., PICKERING, J.B Divisionalization, decentralization” and performance of large United Kingdom companies Journal of Management Stuces, 23(1): 2550, oss, HITT, Michael A., HOSKISSON, Robert E Cooperative versus compenitive structures ‘m related and unrelated diversified firms. Organization Science, 3(4); 501-521, 2992, HININGS, C. R,, LEE, Gloria, Dimensions of organization structure and their context: replication, Sociology, 5: 83-99, 1971. _—__-» RANSON, $., BRYMAN, A. Churclies as ‘ganizations: scractue and context. In: PUGH, D. S., HININGS, C. R, (Eds.). Organtsctional structure: exensions and replications: the Aston rogamne.mborouph, Hans: Suton Howe, 8. ‘the institutional environment. Adminisrative Science Quarter, 20(8): 327-244, 1975, THIRST, Mark H. A partial metesanalysisof the ‘relationship between organisational strctare and production techaology. Austrian dural ‘of Menagement, (2): 35-42, 1984 3 HORVATH, D., MeMILLAN, C. J, AZUMI, K, HICKSON, D. J. The cultural context © of organizational control: an internstional ‘omparieon, international Ste f Management ‘ara Organization, 6: 60-86, 1981. INKSON, J. H. K, PUGH, D. S., HICKSON, D, J, Organization context and structure: an abbreviated replication. administraiv Science (Quereerty, 1513): 318-328, 1970. : JELINEK, Mariann. Technology, organizations ‘and contingency Andemy of Manageme Review, 20): 17-26, 197. JENSEN, Michael C, MECKLING, Villiam H. Theoty of the firm: managerial behavior, agency costs and ownership structure, Jounal of Froncial Economics, 34): 305-360, 1976. KHANDWALLA, Pradip N. Viable and effective ‘organizational designs of firms. Academy of ‘Management Journal, 16(2): 481-495, 1973. ‘Mass output orientation of operations technology and organisational structure. Adrinistrative Science Quarter’, 19(1):7497, 1974, . __- The Design of Organizations. New York Harcourt Brace Jovanovieb, 1977. KUC, B., HICKSON, D.3., McMILLAN, C.J Centrally planned development a compasson of Polio Factores with equivalents in Britain Japan and Sweden. In: HICKSON, D. J., MEMELLAN, .. EAs). Organisation vid nation: the ASR Prograsume IV Farnborough, Hants: Gover, 1981. p. 75-91. KUHN, Thomas §. The soructure of scentifc revolutions. 2. ed. Chicago: University of Chicos? Press, 1970. LAMMERS, C. J,, HICKSON, D. J. {BAs). Organisations and inzerinstzutional studies ® “of Research, Graduate School of Business ‘Adminisat on, Harvard Universit, 1967. "LEAT, Peggy, SCHNECK, Rodney. Technology, size, environment, and structure in aursing Subunits. Organization Stadies, (2): 21-242, 3982. “LIKERT, Rensis. New Patterns of Monagerent. New York: McGraw, 961 _ LINCOLN, J. R., PANADA, M., McBRIDE, K. (Organizational strucrres in Japanese and U.S. | mannfacturing. AdministrarbeSeence Quarter, 1: 338-384, 1986. HOUKAS, S. K., XBROKOSTAS, D. A. Size “and administrative intensity ia organizational = Gvsions. Management Science, 28(): 854-868, 982. LORSCH, Jey W, ALLEN, Stephen A. Managing _Ubersty ed tner-dependence; an organizational ‘uy of muliivisional ims. Boson: Division of Research, Graduate School of Business “saministrarion, Haevaed Unversity, 2973. “MAHONEY, Joseph T The adoption of the Jmultdivisional form of organization: a 5) omtingency model. Journat of Management Studies, 29(1): 49-72, 1992. ‘MAHONEY, Thomas &., FROST, Peter J. The © role of technology in models of organizational ‘ffectiveness. Organiaational Behavior and = Hunan Peformance, 11; 1229138, 1974. MANSFIELD, Roger. Bureaucracy and " cetralizaion: an examination of organizational sruetuce. Administrative Science Querterly, 18: 477-488, 1973, POOLE, Michael. International perspexives | bwmanagement and organization. Aldershot, the sociology of organisation, Londres: Rowdedgt Es and Kegan Paul, 1979. LAWRENCE, Paal R, LORSCH, Jey W Organisation and environment: maraging ‘ferentiation and integration. Boston: vision (Hampshire: Cower, 1981 MARSH, Robert M., MANNARI, Hiroshi. Modemistion and the Japanese factory Preston, NU: Princeton University Press, 1976. = <5. _Techmologial implications theory: _B Tapanese test. Organization Studies, 1(2) 61-183, 1980, 2 _,_ Tecnology and size a determinants | he organizations) strucrare of Japanese “ectories. Aminsranve Science Quarterly, 2640) 2357, 1981. | MoMILLAN, Charles J., HICKSON, Divid J., SININGS, Christopher R., SCHNECK Rodney The structure of work organizations across societios. Administrative Science Quarterly, 16: 1555-569, 1973. MEADOWS, lan 8. G. Organic structure and innovation in small work groups. Huan Relations, 23(6): 369-382, 1980. | MERTON, RK Socal Theory and socal strate. Chicago, HL: Free Press, 1948 _. Struccaral snalysis in sociology. In: P (Blau (Ed), Approaches to ihe sy of soca sutures. New York: Free Press, 1975, MEYER, John W., SCOTT, W. Richard with the assistance of ROWAN, B, DEAL, T. Grganisational environments: cial and rationality Bevery Fills, CA: Sage, 1963. MEYER, Marshall W. Change in public Ioureaueracies. Cambridge: Cambridge University Press, 1979. DILLER, Danny, DROGE, Cornelis. Peychologieal ‘and taditonal. determisants of structare Administrative Science Quarterly, 31 (4): 539-560, 1966. , TOULOUSE, Jean-Marie. Chef executive ‘Peslicy and corporate strategy and seructure In small firms. Management Seience, 32(11): 1889-1409, 1986, DROGE, Comelia, TOULOUSE, Jean-Warie ‘Serategie process and content 2¢ mediators ‘between organizational context and structure Acadamy of Management Journal, 31(3): 544 56,1988. MILLER, George A. Meta-analysis and che culture-free hypothesis. Organization Studies, 84): 309-326, 1987. MINT2BERG, H. The structuring of organizations: _asynthesis ofthe research. Englewood Clif, Ni Prentice-Hall, 1979, MONE, Mark A, McKINLEY, William. The uniqueness value and ite consequences for organization studies. Journal of Management -Ingutry, 23): 284-296, 1998. PALMER, Donald A., FRIEDLAND, Roger JENNINGS, P D., POWERS, Melanie E, The ‘economics and ‘politics of structure: the ‘malkdivisional form and large U.S. comporesens- ‘Administrative Selence Quarterly, 22: 25-48, ow, INNINGS, B Devereaux, ZHOU, Suegang. Late adoption ofthe muleavisionat form by large U.S, conperations:insritutional polite, and econoraie accounts Adminiseratine ‘Science Quarry, 38: 100-131, 1993. PARSONS, The social system. Chicago, Ds ree Press, 1951, Suggestions fr a sociological approach 0 {he theory of organizations, In: ETZIONI, Amital (B4.). Complex organizations: a sociological render. New York Holt, 1964, PAVAN, Robert J. Suategy and structure: the Italian experience. Journal of Beonomice and ‘Business, 28(9): 254260, 1975. PENMINGS, Johannes M, Sectural contingency ‘theory reappraisal. in: STAW BM, Cummings, 1. (ds). Reseerch in Organizational Behavion 14; 267-300, 1992, PERROW, Charles. A frameworle for the ‘comparative analysis of organizations American Sociclogicl Review, 32(3): 194-208, 1967. Complex rgantratons a eitial essay. 3 BE New York: Random House, 1986, PFEFFER, Jette Organizaions an organizacon ‘theory Boston: Pitman, 1982, Barriers tothe advance of organizational ‘Hence: paradigm development as 2 dependent variable. Academy of Management Review, 18(4 599-600, 1985, . SALANCIK, Gerald R. The external ontol of organizations: a resource dependence perspective. New York: Harper and Rew, 1978, POWELL, Walter W., DIMAGGIO, Paul J. The now insttutionalism in organizational analy. (Chicago: University of Chicago Press, 1991 PUGH, D.S., HICKSON, D. 2, Organizational structure i ts context the Aston Programme | Famborough, Hants: Saxon House, 1976, . HININGS, C. R. 1976 Organizational Seragrre: tensions and repiications: the Aston Programme Il, Farnborough, Hante: Sex0n House, . HICKSON, D. J, HININGS, C. R., MACDONALD, K 1, TURNER, C., EUPTON, T ‘Aconcaprunl scheme for organizational analysis Adminisraive Science Quarry, 8(3): 289-215, 1963. a __. TURNER, ¢ Dimensions ‘oF orgabization sizuctare.Adminiracioe Scinee Quareniy, 18: 65-108, 1968, . ‘The context of ‘Seganization on Sruchures Adrinicratve Sconce Querterly, 14): 91.114, 1969. RANDOLPH, i Alan, DESS, Gregory G. The congruence perspective of organization design a conceptual model and malivariae research approach. Academy of Management Review, 9(0 n4127, 1964, REED, Michael. Redirectins in organisational ‘analysis. Londres: Tavistock Publications, 1985, REEVES, Kynaston 7, TURNER, Barry A. A theory of organization and behaviour in batch [production factories. administrative Sclence ‘Quarterly, 17Q): 81-98, 1972, REIMAN, Bernard C. On the dimensions of Dareaueratestncture’ an empirical reappraisal. ‘Administrative Science Quercy, 18: 462-475, 1973. Dimensions of organizational technologe and succure: an exploratory seady. Hurman Relations, 30(6): 548-566, 1977, Organization structure and technology in ‘anufacturing: system versus work flov level Derspectves. Accdemy of Management Journal, 23(1) 61-77, 1980, INZERILLI, Giorgio. A comparative ‘naljss of empirical research on technology anc structure, Journal of Managemen, (2): 167-292, 1978. RICHARDS, VG. Research note: the Aston Databank. Organisation Seudies, 1(3): 271-278, 1980. ROETHLISRERGER,FrteJ, DICKSON, William Je Management and the worker Cambridge, MA Harvard Universiry Press, 1958 ROUSSEAU, Denice M, Assessment ofechnelogy in organizations: closed versus open systems approsches, Academy of Management Review, (4): 532-542, 1979, ROUTAMAA, Vesa, Organizational structuring an empirical analysis of the relationships and dimensions of strucrares in certain Franish “companies. Journal of Sanagement Studies, 22,6): 498-522, 1986, IRIIMIT, Richard p Strategy, structure and ao nomic peyformance. Boston: Divison of Research, Graduate School of Business Administration, Harvard Universigg 1974, SATHE, V Institutional versus questionnaire sures of organizational structure Academy of Management, 21: 227-238, 1978. SCHOONHOVEN, Claudia Bird. Problem with contingency theory testing assumptions hidden Within the language of contingency "taeory” Arivistrative Science Quarterly, 253): 349.977, 1962, SCOTT, W. Richard. Organizations: rational, natural and open systems. 9. ed. Englewood ifs, NO: Prentice Hal, 1992, SELINICK P Leadership x adminisration. New Yaric Harper and Raw, 1957, SHENOY, S, Orgenization structure and con- text a replication of the Aston seudy in India In HICKSON, D.1, MeMILLAN, CJ. 0.) Or {gavtzaton and nation: the Aston Programme I, Fanborough, Hants: Gower. p. 129-184, 1981, ‘IIVERMAN, David. The Theory of Organizaions oneres: Heinemann, 1970. SINGH, Sicendre ¥ Technology, size, and ‘rganizstional structure: a reexamination of the ‘Okayama Study data. Academy of Management Journal, 29¢4): 800-812, 1986. STARBUCK, William H. A tip « view che clephants and rattlesnakes in the Garden of Aston, In: VAN DE VEN, A, JOYCE, W. (ids). erspetves on organization deri and behavior New York: Wey, 1981. . STOPFORD, J.M., WELLS JR. L, T Monaging ‘the maultinerional enterprise. New York: Basie Books, 1972, SUZUNG, ¥. The suacegy and stucrure of te top 200 Jepanese industrial enterprises 1950-1970. Strategic Management Journ, 1(8): 265-291, 1980. ‘TA, Blzabeth, Adaprability and organizational ffeciveness: a seudy of thirty manufacturing firms in Singapore. (Tase PAD) Syeney, Ausra: University of New Seuth Wales, 1987 ‘TRUBER, L.A yardstick of hospital organization, Binningham, England: University of Aston, 1968. ‘THOMPSON, James D. Organisations i acion. New York: MGraw-Hil, 1967. VAN DE VEN, Andiew H., DELBECQ, AL. A task contingent model of work-unit structure. ‘Aamir ence Quarter 190): 185-197, 74, ‘FORA na conmmaévew ssrneTunal 131 DRAZIN, Robert, The concept off in ‘Hotingency theory in: STAW,B. ME, CUMMINGS, LL, Gs) Research in Organizational Behaviour Greenwich, CT; JAY Pres, 1985. «7 , FERRY, Diane J. Measuring and asesing Grganizatons. New York: Wiley, 1980. DELBECQ, A. L., KOENIG JR, R ‘Delerminants of coordination modes within organizations, American Sociological Review, 41 322-338, 1976, \VROOM, Vitor H., YETYON, Filip Wi Leadeship and decision making. Pittsburgh University of Pinsburgh Press, 1972, .WHBER, Max. Economy and ovat: an outine of interpretive sociology Eaitado por Guenther Roth ‘Claus Wistich. New Yorks Bedmineter Prese, 13968. WHITTINGTON, R. Corporate strategies in recession and recovery= social structure and sswategicchoiee. Londres: Unwin Hyman, 1999. WILLIAMSON, Oliver E. Corporate contol and dusess behariar: an inquiry into the effects of organization form on enterprise behavior Englewood Clio, 8: Prentice-Hall, 1970, __ Managerial discretion, organization form, ‘and the multidvision hypothesis. In: MARRIS, Robin, WOODS, Adtian (Eés.). The corporace economy: growth, competition and innovative potential. Cambridge, Ma: Harvard University Press, 1971 ‘The economic insicuions of sapitalir Fras; markets, relational contracting, New York Free Press, 1965, WOODWARD, Joan. Management andechnclogy. Landves: HMSO, 1958, Induscriat organization: theory ane. Practice. Londres: Oxford. Universcy Press, 1965. Industrial organization: behaviour and GoaitOl. Londres: Oxford University Press, 1970. ZEFRANE, Rachid M. Organization structures ‘and contingencies in different nations: Algeria, Britain, and France. Social Slenae Research, 18: 331-268, 1989. EWTERMAR, Win L- Rom peipeain or ‘organdaution thon: an emmpiteal econsigeration ofthe marcan and classical analyses. Westpor, (CF: Greenwood, 1970. f 4 Nota Técnica: TEORIA DA ContTINGENCIA EsTRUTURAL Em seu capitulo, Lex Donalson postu- Ja ser a Teoria da Contingéncia Estrutural no 36 um conjunto respeitével de conheci- mentos acumulados na area erganizacional, ‘mas possivelmence a maneira mais adeque- da de se construlr uma “ciéncia” organiza- cional, Nao & possfvel negar que a Teoria da Contingéncia constitui o mais amplo con- Junto de trabalhos publicados lidando com ‘Analise Organizacional. A preocupagio com estrutura, como varidvel que deve ser ex pliceds, a situa dentro da melhor tradicio organizational, influenciada pelo "admi- nistrativismao”, que ere uma das formas ass ‘idas pela velha proposta da one best way. No fundo, a origem da preacupagao com estrutura procurava responder & pergun- ‘2: Qual a forma correta, ou qual a methor ‘maneira de organizar? Antes da abordagem contingencial, a resposta era buscada em termos absolutos, com a contingencializa- fo, inegavelmente, a resposta relasivizow- Se, pois serio possiveis tantas estruturas “cortetas" quantas forem as variiveis contin- Sencializadoras. As origens e os trabalhos Pioneiros estéo bem lembrados no texto de Lex Donaldson e ainda julgemos aconselhd- vvel que muitos desses textos sejam revisi- tados pelos estudiosos de nossos dias. A maioria deles jd padece da triste sina de ‘muitas obras, frequentemente eitadas © ra- Caxuus Osman BerTERO aaa ramente lidas. Exemplos seriam os traba- hos conbecidos, como o do Grupo de Aston (Pugh e Hickson, 1976; Pugh e Hiniags, 1976), o livro de Bums e Stalker (196:) € o livro de Joan Woodward (1965). © fato de a Teoria da Contingéncia Ee tratural stuar-se confortavelmente no inte ‘or de um paradigma funcionalista auxin para que pudesse assumir as caractersti- cas kuhnianas da “ciéncia normal”. Nao se pode negar que isto em muito aurdliou para ‘ue se tomasse um modelo de trabalho, ¢ ‘em conformidade com o paradigma tves- se gerado livros, modelos de consultoria © grande quantidade de tases de mestrado outoredo, Contemporaneamente, ditiamos quena América Latina o mesmo sucesso ern termos de eiéncia normal foi obtido pelo paradigma da Teoria da Dependéncia, ver. so marxista com base nalgumas questées. e comércio internacional e que buscava ‘explicar 0 subdesenvolvimento e a mar ginalidade do Terceiro Mundo, e especial: ‘mente da América Letina, em face do gran- de bloco desenvolvido situado no Atiéntco Norte. Como o paradigma da Dependéncia Permeou todas as ciéncias socias, também se fez sentir na Andlise Organizacional, Po 1éin, se hoje a Teoria da Dependéncia é se feréncia apenas para a histéria das ciéncas sociais na América Latina, o mesmo nio se pode dizer de Teoria da Contingéncia Bet i tural quando tratamos de Anélise Organi- zacional. Ela continua viva e gerando gran- dequantidade de trabalhos e de abordagens _gerencias,seja por meio da consultoria, seja ‘ela acdo de administradores que gerenciam organizagses. Isto pode ser comprovado pelas duas grandes varkiveis contingencializadoras que 460 momento foram utlizadas: tamanho ‘e meio ambiente. Classicamente, os 2 Dalhos de Peter Blau (1970) do Grupo de Aston foram obras importantes, em que se Duseava o impacto do tamanho sobre o que hoje chamariamos de formataséo organiza- cional. Os trabalhos referidos foram ela- borados no perlodo do desabrochar e da grande expansio das organizagées de tipo Dduroerdtico funcional, que fizeram amplo ‘uso da tipficacio ideal weberiana, além de adaptarem os conceitos durkheimianos de diferenciagio e integragio. Nos dias atuais, a questio se altera. Se é fato que a buro- cratizagho hoje perdeu sentido em boa parte das explicagses que se podem ofe- recer para formatagao organizacional, néo 1d dlivida de que o abandono ow a miti- gacko do burocratismo funcional recolo. cam a questo da variével tamanho, mas de forma algumna a excluem do cenério. Na verdade, nada lida mais diretamente com tamanho do que as propostas de reestru turagéo que enveredam pelo downsizing. Se no passado o aumento de tamariho era visto como elemento decisivo, em nossos dias sua reducao e a fragmentacio organiza- ional em substinuigao ao buracratismo fun- ional continuam correndo por dentro de tum contexto de explicagge contingencial da estrutura ambiente continua varidvel decisi- ‘anos dias atuais como explicagéo de con- ‘ingencializagdo e isto no apenas na ciés- sica proposta de Alfred D. Chandler (1962), Imas especialmente no SARFIT (Structural Adaptation to Regain Fit) que Donaldson. presenta em seu capitulo. Boa parts da li Teratura gerencialista apresenta Sucessos & {nsueessos empresariais como conseqiiéncia de capacidades ou incapacidades de rea daptagio a um ambiente de negécios que se teria alterado, Quando a readaptagéo corre, o resultado € visto como a recu- peragao do sucesso, caso contrério temos 0 fracasso e o eventual desaparecimento da organizagio ou sua queda no ranking gue lhe é relevante. Portanto a Teoria da Contingéncia Estrutural explica boa pare da literatura recente, entenda-se dos it: moe 15 anos, envolvendo gestio estraté gica e mudanca ¢ transformagio organi: zacional ‘Também se deve reconhecer que boa parte da literatura e das praticas hoje ado- tadas em design organizacional, envolven: do reorganizacio ou reestruturacio ¢ os famosos “problemas” de readequasi0, ou simplesmente adequago entre estratégia, estruturae processos administratives cont nua alramente dependente de uma viszo organizacional que € fornecida pela Teo- sia da Contingéncia Estrutural. A medids que a idéia de paradigma de Kuhn implica sendo a suspensio, pelo menos o amorte cimento do senso ertico, pois quando um paradigina “triunfa” ele tende a ser softe- gamente abracado pela comunidade cien Uifica, pode-se constatar que isto de fato ocorreu com o contingencialismo voltado a explicagio de estrutura organizacional ‘em nosso mundo de administragio e andli se organizacional. E necessdrio reconhecer nem todos o abragaram critica e cons: ientemente, mas com certeza colocaram seus barcos para flutuar no caudal contin: gencialista, Se a Teoria da Contingéncia Es- trutural for vista como uma desisténcia de construir uma one best way ex nivel da pré tica administrativa, e também como a afir- ‘macfio da impossibilidade de constrair uma explicacio tnica para a estratura organi zacional, ela pd ser vista como um sina ‘de maturidade, Aqui, a maturidade deve ser ‘entendida como o reconhecimento de que modelos universais, absolutos e nevessé- esi 8 134 _ pare) woomos be muse vias de ciécia, como deservalvos a érea de exaas, biolgea egeociéneias,ndo 0 plicdveis noutras éreas de conhecimento, especialmente nas areas decincias soca, fejam parar ou apliadas. Ino também per. mite ver @ Teoria da Contingéncia Esmuni- ral de um Angulo menos polemico e menos rigido do que o habitual, & medide que cla 6 visa como modelo de “ciéncia norma", ras capaz de flexbiizarse pela absorgio de outras perspectivas contngencializndo- xs, Na verdade, quando se fla em cutara ‘orgamizacional, dferengas entre modelos de gesio entre pases cultura, nfo se ‘sd comingeneaizando e portant relat zando? Quando ouvimos que o modelo norte-americano de empresa eseu ipo de governance (governance) pode nao ser un versalizvel © que os pases latinos, como Franca, Iliac os da América Latina, mn outro tipo ce empress, que demande igual. rente out tpo de estar de cipla © outro modelo de governanga, nto cont ‘uamosa contingencialzar? Se acontingea. Cializagéo wax consigoarenincia univer salizagao, portanto, a riptira com de- terminado modelo de citncia, ito poderé levar-nos& meanclia, mas também pode llevar & aceitagdo de que a realidade admi- nistrativa ndo pode ser entendida ou abor- ‘dada gerencialmente sem a contingecializa. lo relatvizadors Revenéncuas BrsuiocRAnicas BLAU, Petes M,, SCHOENHERR, PA The srucue of organizations. New York: Basic Books, 1971; BLAU, PM. A formal theory of differentiation in organizations. Americ Sociological Review, (82: 202-218, 1970. BURNS, Tom, STALKER, G.M. The management of innovation. Londres: Tavistock, 1961, (CHANDLER, Alfted, D. Sortegy and sucrure: ‘chapters in the history of the american induetial ‘nterpese. Cambridge, MA: MIT, 1962. PUGH, D. S., HICKSON, D. J. Organizational structure i its context: the asten programme | Famborough, Hants: Saxon House, 1976. PUGH, D. S., HININGS, C. R, Organizations! structure: extensions and replications: the aston Programme Tl. Farnborough, Hants: Saxon House, 1975 WOODWARD, Joan. Industrial organisation: heory and practice. Londres: Oxford University Press, 1965, © Que Kco1ocia OncANIZAcionat ENKo ‘Até a metade dos anos 70, a aborda- {gem predominante na teorla de organiza- ‘lo gerenciamento enfatizava a mudanga ‘adaptariva nas organizagOes. Segundo essa visio, quando o ambiente organizacional suida, lideres ou coalizées dominantes em lorganizagées alteram as caracteristicas or ‘ganizacionais apropriadas para responder as demandas do ambiente. A abordagem de estudo da mudanga organizacional, que ‘enfatiza os processos de selegao ambiental, introduzidos também nesse perfodo (Aldii- che Peffer, 1976, Aldrich, 1979, Hannan Freeman, 1977, MeKelvey, 1982), tem-se tomado progressivamente influente.& linha de pesquisa dentro da perspectivaecolégica ‘da mudanca organizacional gerou grande excitacio, contovérsia e debate dentro da comunidade cientifica dedicada a ceotia das organizagSes © da administracao. Inspizada pela questéo “por que hd tan- tos tipos de organizagées?” (Hannan e Free- ‘man, 1977 : 936), ecSlogos organizacionais rocuram explicar como as condig6es polit * Taadugo: Kita Madrugs Revit sence ele Nise Cava, 5 EcoLoGia ORGANIZACIONAL* Jog. A. C. Baum [& cas, econdmicas e sociais afetam a relativa abundéncia e diversidade de organizacdes ‘etentam justificar sua composigao mutan- te 20 longo do tempo. Embora diferencas existam entre investigadores individuais, 2 pesquisa ecoldgica Gpicamente é iniciada por tés observacées: (1) diversidade é uma propriedade dos agregados de organizagoes, (2) organizagbes freqientemente tém dil. cculdade para executar ¢ planejar mudancas suficientemente répidas para responder &s demandas de amblentes incerios e mutd- veis e (3) 2 comunidade das organizagoes é raramente estével - organizaches apare~ com ¢ desaparecer continuamente. Feitas ‘essas observacées, ecélogos organizacio. nals passam a procurar explicagGes para a diversidade nos niveis da populacao e da comunidade da organizacdo ¢ focalizam as taxas de fundaro ¢fracasso, capo e morte de populagies organizacionais, como fato~ res-chaves para o crescimento e reduao da diversidade. Organizagées, populagies e comuni- dades constiruem 0s elementos bésicos da analise ecoldgica das organizagdes. Um con- Junto de organizacSes engejadas em ativi- dades similares e com padrbes similares de utlizagao de recarsos constitu uma popt Jago, Populagées formam-se como resul- ado de um processo que isola ou segrega tum tipe de organizagio de outro, ineiuindo

You might also like