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é BETOES E ANOVA LEGISLAGAO “Porto, AICCOP - Associago dos industriais de Cansirugaa Civil ¢ Obras Publicas em 3 de Outubro de 1886 Lisboa, LHEC - 9 Maninnal de Eagenharia Civil em 7 de Outubro de 1886 Desde a publicagdo do Decreto-Lei n® 330/95 de 14 de Dezemaro que 0 Fegulamento de Setdes de Ligantes Hidraulicos foi substituido pela norma portuguesa NP ENV 206 “Betdo. Comportamento, produgao, colocacac e critérios de contormidade’ Esta norma (com o seu Anexo Nacional) introduz numerosas madificagbes 20 FBLH que vigorou praticamente desde 1971. Com esta iniciativa pretende-se esclarecer o meio técnico nacional sobre as implicagges dessas moditicagdes no projecto, no cademo de encargos, na execugao ena fiscalizagao de estruturas de betdo simples, armado ou pré-estorgado. Faz-se 0 enquadramento dd NP ENV 206 na normalizagao euroneia sobre beldes e seus constituintes, apresentando a documentagéo normativa sobre estes titimos. A questo da especiticagao de betes que garantam determinados tempos de vida ttl face ao uso previsto para a estrutura - a durabilidade dos betbes -é analisada com algum pormenor, assim como os temas da protecgao e cura do betdo, intimaments ligacios & resisténcia aos agentes agressives embiontais, Finalmente ahorelam-se a contrain da qualidade na producéo e a veriticagao da contormidade dos betas com as exigéncias do desempenho especificado ou da rampasican presarita AENV 206 - “Betéo. Comportamento, produgao, colocacao e critérios de contormidade” e o RBLH (revogado pelo DL n® 330/95 de 14 de Dezembro) Por M. J, Esteves Ferreira, Investigador Coordenador do LNEC & Chefe do Departamento de Materiais de Construgéo Presidente da CT 104 “Retdas" do ONS/ATIC Arlindo F. Gongalves Investigador Principal do LNEC & Chefe do Nucleo de Aglomerantes e Betdes Vosal das CT 104 “Betdes" e CT 105 *Cimentos’ do ONS/ATIC INDICE Enquadramento da normalizagao dos betes @ GO respective acerve legislative . NP ENV 206 eo RBLH : 4 - Materiais constituintes do betéo. a 5 - Requisitos basicos para a composigao do belau 6 - Reauisitos de durabittdade.... ee 13 7 - Propriedades do betdo e metodos de veriticagao 8 - Especificagao do betéo. aneeenere 16 9 - Fabrico do betao 10 - Transporte, colocacéo, cura e protecgao do bet&o fresco... 14 - Procedimentos para 9 controle da qualidade. e - ENQUADRAMENTO DA NORMALIZAGAO DOS BETOES — DO RESPECTIVO ACERVO LEGISLATIVO 4 - O Decreto-Lei n°330/95 de 14 de Dezembro, estabelece, ncs seus trés artigos: - a revogacao do Requiamento de Betées de Ligantes Hidrdulicos (RBLH que fora aprovado pelo Decreto-Lei n°445/89 de 30 de Dezembro) e do Caderna de Encargos para 0 Fornecimento e Recepgao das Pozolanas (que fora aprovado pelo Decielo n°42 995 de 1/6/1880), = a obrigatoriedade dos betes de ligantes hidraulicos saistazerem a Norma Portuguesa NP ENV 206 - “Beto. Comportamento, producdo, colocagao & critérios de conformidade’, transformando esta norma num regulamento oficial; = as cortligdes de comercializagéo em Portugal de betées fabricados na Unido Europeia, reafirmando o disposto genericamente no Decreto-Lei n°113/S3 de 10 de Abril (que transpie a Directiva do Gonselho das Comunidades Europeias n°89/18S/CEE de 28 de Agosto relativa & aproximacao da legislaca referente a materiais de construcéo) e satisfazendo exigancias da Comissao Europeia relacionadas com o cumprimento do art. 30° da Tratada da Comunidade Europeia. ae penalizagdes por ndo cumprimento, fixadas no Decreto-Lei n°113/93 de 10 de Abril, dando assim eficdcia ao Decreto-Lei. 2 - Esta legisiagao, que cumpre a Resolugao do Consetno de Ministros n° 91/86 de 21 de Dezembro na medida em que reporta & norma sobre betées, foi preparada no Consellio Superiur de Obras Publicas e Transportes (CSOPT), que 6 0 departamento oficial que tem por atribuigées, entre outras, preparar legislacdo sobre as condigdes de utilizagao, nomeadamente em Otras Publicas, ue miaieriais e produtos da construgaéo de forma s gurantir a seyuranga de pessoas e bens; A normalizagao portuguesa é em geral, preparada nos Organismus ue Normalizacéo Sectorial (ONS) que para tal recebem delegagac do Instituto Portugués da Qualidade, que € 0 organismo oficial que homologe, publica ¢ vende as normas, . Para os cimentos e para os betdes, o ONS é a Associagao Técnica da Industria de Cimento (ATIC), que assim participa também nos trabalhos de normalizacao, europeia que se desenvolvem nos Comites tecnicos do CEN (Lomiss2o Europeia de Normalizagao), nomeadamente nos CEN/TC 51 - Cimentos, CEN/TC 104 - Betées © CEN TC/154 - inertes. Além do CEN, também a ISO (International Standard Organization) produz normas, agora internacionais. © LNEC, no campo dos materiais de construgao, produz Especificages LNEC, muitas das quais tm vindo a ser transfarmadas em normas portuguesas. NP ENV 206, Introdue30 Recentemente foi também publicado o Decreto-Lei n° 139/96 de 18 de Agosto. que estipula as condigées de fabrico © comercializacao dos cimentos de clinquer portland e revoga os Decretos-Lei n°208/85 de 26 de Junho e n°85/92 de 7 de Maio que a Comisséo Europeia considerava nao estarem de acordo com a _legislacao comunitari 3 - Até hd pouco tempo, havia apenas 2 tipos de normas - as normas de produtos eas normas de ensaio. Comegaram, porém, a ser produzidas normas de execugéo como forma de garantir a qualidade do produto colocado em obra, desenhando-se ainda a necessidade da qualificacdo do pessoal interveniente na producdo e colocacaa dos produtos. As normas de prnctiins tém, em geral, a s@guinte esirimira - Objectivo / campo de aplicacao + Referéncias a outras normas - Caracterizago J definig3o do produto - Materiais constituintes Propriedades para verificagdo da aptidéo ao uso, normas de ensaio destas propricdades c exigéncias que estas propriedades devem satisfazer -Regras para verificagao da conformidade do produto com @ norma, em geral através do autocontrolo do fabricante. 4 - ANP ENV 206, publicada em Outubro de 1993, € um mixto de norma de produto e norma de execugdo e é constituida por 2 partes, = Verséo em portugués da pré-norma europeia ENV 206 - ‘Concrete Performance, proctictinn, placing and canformity criteria’ = Documento Nacional de Aplicacdo ou “National Annex’ (N.A.), com 0 acervo normativo nacional permitido pela prépria ENV. e pela Emenda 1, que introduz @ norma europeia e portuguesa NP EN 450 - “Cinzas volantes para betdes. Definicdes, exigéncias e controlo ca qualidade’. publicada em Fevereiro de 1996. 5 - A ENV 206, como pré-norma europeia que é, sera substituida, muito provavelmente em 1988 / 1999, pela norma definitiva EN 206, em fase final de preparagao. Simultaneamente, muitas das normas ISO, CEN e nacionais invocadas na ENV 208 serao substituidas por normas europeias em elaboracao, em fase de inquérito ou mesmo jé aprovadas Apresenta-se a seguir este conjunto de normas EN ou projectos de normas prEN relacionadas com 0 belo, para se ter uma ideia do trabalho normativo europeu em curso, 0 qual servira de base para as “normas harmonizadas europeias’ previstas na Directiva do Conselho das Comunidades n° 89/189/CEE referida em 1 NP ENV 208, Introducdo 2 A conformidade com estas normas harmonizadas (ou com 2 parte da norma europeia que for harmonizada) permitird o uso da marcag3o CE que da presuncao de aptidao 20 uso do produto e a aplicagao plena do Lecreto-Lei n° 113/93 de 10 de Abril om vez da legislagdo para cada produto hoje (provisoriamente) existente e, portanto, em vez do Decreto-Lei n° 330/95 de 44/12. 2 oe ee eee Falta apenas que a Comisséo Europeia mandate para tal o CEN, agora que esau publicados os Documentos Interpretativos que avlaram, para cada produto, a Satisfacdo das 6 "exigéncias essenciais’ estabelecidas naquela Directiva e que S40 - Resisténcia mecénica e estabilidade ~ Seguranca contra incéndios - Higiene, saude e ambiente - Seguranga na utilizagao = Proteceao contra o nuido - Economia de energia e retengao do calor. As normas de produtos, aprovadas ou em elaboragao (além da revisdo em fase final da ENV 206), s4o as Seguintes: ENV 1897- | Gimentos. Composigéo, especificagdes critirios de conformidade. Parte 1 - Cimentos correntes. Parte 2 - Avaliac3o da conformidade. ENV 413- | Cimentos de alvenaria, Parte 1-Especificades ENV459- | Cais de construcao. Parte 1- Definigdes, especificagies € critérios de conformidade. PrEN%x- | Inertes para betdo e para utilizar em estradas © pavimentos. prEN ;0x- | Inertes leves para betéo e argamassas, EN wx- | Inertes para argamassas. prEN 1008 - | Aqua de amassadura: prEN €34- | Adjuvantes para betées, argamassas e caldas de injecedo. Parte 4-Definigdes e especificacoes gerais. Parte 2-Adjuvantes para betdo. Definigdes, especi‘icagdes e critérios de conformidade. Parte 3-Adjuvantes para argamassas. DefinigSes, especifi- cagées e critérios de conformidade. Parte 4-Adjuvantes para caldas de injeccdo. Definicées. especificagdes e critérios de conformidade. Parte §-Adjuvantes para betdo projectado. Defini¢ées, especificacies e critérins de canformidade Parte 6-Amostragem, controlo da qualidade, marcagdo e etiquetagem EN 450 - Cinzas volantes para betées. Definigdes, exigencias controlo da qualidade. (continua) NP ENV 206, introducdo 3 cNaa7~ Caldas de injecgdo para cabos de reesiuigo Expevificacdes vara caldas correntes EN 446 [prEN 1504-" [Produtos e sistemas para proteccdo e reparacdo de estruturas de betdo (9 partes). PrEN 523- | Bainhas metalicas para cabos de pré-esforgo. Terminologia, exigéncias e control da qualidade. PrENxx- | Silica de fumo para betdes. Definigdes, exig&ncias e controle da qualidade. PrENwx- | Betéo projectado. Especificagao, produgao, execugdo © control da qualidade. | Destas 20 normas, 2 foram aprovadas como EN e 3 como ENV. ‘As normas de execugo, aprovadas ou em elaboragao, sao: [Caldas de injecgdo para cabos de pre-esforgo IEN vox - Procadimantos para a injeceso | Execucdo de estruturas de betdo, | Note-se que para esta norma de execucdo de estruturas de bet&o passardo as secgdes da ENV 206 correspondentes ao transporte, colocagao, cura e proteceao, apo: 'S a revisdo em curso. As normas de ensaio, aprovadas ou em fase de elaboragdo, sdo as sequintes: a) para o beta, 20 normas PrEN 12356- | Ensaios de betéo. Forma, dimensdes € outras exigéncias para provates de ensaio ¢ meldes. PrEN 12379- | Ensaios de betdo. Fabrico e cura de provetes para ensaios de resisténcia mecanica a prEN 12380- [Ensaios de bet&o. Determinagdo da ancia & compressao. Especificagdes para maquinas de ensaio de compressao. PreN 12u84- |Ensaios de belde. Determinagdo da resistencia a compressao dos provetes de ensaio. PrEN 12362- | Ensaios de betdo. Determinacdo da resisténcia a traceao por compressao diametral de provetes de ensaio PrEN 12359 | Ensaios de betdo. Determinacdo da resisténcia & flexdo de provetes de ensaio, PrEN 12364- | Ensaios de betdo. Determinacdo da profundidade de penetracao de aqua sob pressao. (continua) NP ENV 206, Introdugao 4 preN 12309. | Ensaios de betéo. Determinacao ca forga de arrange, preN 12398- Ensaios de betdo. Ensalos nao destrutivos. Determinagao do indice escterométrico PrEN}woo- | Ensalos de betéo. Determinagao da velocidade dos ultra ———-—-} sons. eee prEN12963- | Ensaios de betéo. Determinagdo da densidade do betdo fe eee eee) endurecida: prEN 12378- | Ensaios de betéo. Amostragem do betao fresco. PrEN 12395- | Ensaios de betéo. Determinacao do teor de ar do betdo fresco. Método pneumatico. prEN 12350- Ensaios de betdo. Determinagao da consisténcia do betdo fresco. Ensaio VéBé. preN 12387- Ensaios de betao. Determinagao da consisténcia do belo fresco. Grau de compactabilidade. PEN 12362- -Enaeioa de betdo. Determinacdo da consistencia do bela fresco. Ensaio de abaixamento, PrEN 12358. | Ensaios de betao. Determinagao da consistencia do botdo fresco, Ensaio da mesa de escoamento, TprEN 12363- | Ensaios de betéo. Determinagao da densidade Jo betdo prEN%x- | Ensaios de betéo. Determinacao da razao agualcimento, EN xxx fresco, ‘Avaliagdo da resistencia & compressdo do betgo em estruturas ou em elementos estruturais. b) para inertes, 25 normas: prEN 932-_| Ensaios para as propriedades gerais dos inertes (6 partes). prEN$33- | Ensaios para as propriedades geométricas dos inertes (10 artes) PrEN 1087- | Ensaios para as propriedades fisicas e mecanicas dos inertes (4 partes), pIEN 1367- | Ensaios para as propriedades térmicas e de resistencia & alteracao dos inertes (4 partes). [BIEN 1744- | Ensaios para as propriedades quimicas dos inertes. ¢) para agua de amassadura NP ENV 206, BIEN 100 Qualidade da 4qua. Determinacao do CO, agressivo. InteodugSo d) para adjuvantes, 10 normas: pr EN 460-_ ‘Adjuvantes para betes, argamassas € caldas de injecgao, Métodos de ensaio ( 10 Partes). mel e) para caldas de injecgao EN 445- f) para bainhas de cabos de pré-esforgo Caldas de injecgdo para cabos de pré-esforga. Matodos de ensaio. [ENS24- Q) para produtos € sistemas de reparagdo de estruturas, 60 normas: Bainhas metélicas para cabos de pré-esforgo. Métodos de ensaio. [pr EN 100 Partes 59 e 60 - Métodos de ensaio da seguranca. Produtos € sistemas para a protecgdo e reparagdo de estruturas de betéo. Partes 1 a 27 - Metodos de ensaio para identificagao, Partes 28 a 58 - Métodos de ensaio para medicéo das exigncias de desempenho. Assim, das 118 normas de ensaio referentes a betdes, s6 2 esto aprovadas como normas europeias. NP ENV 206, Introducao NP ENV 206 4-MATERIAIS CONSTITUINTES DO BETAQ 4 Os materiais constituintes do betdo - cimentos, inentes, agua de amassadura adjuvantes © adigées - encontram-ce referides na secgdo 4 da NP ENV 206, reportanuo @ aptidao ao uso no betéo de cada um destes constituintes para as normas ou regulamentacdes em vigor em Portugal. Tal é feito no Documento Nacional de Aplicagao ou Anexo Nacional NA 4.1. a NA 45 para cada um daqueles constituintes ¢ na Emenda 1-1995 da NP ENV 208 raspeitante ao NA 4.5. Foi submetido 4 aprovacdo do IPQ uma Emenda 2 20 NA 4.1, relaliva ao uso de cimentos brancos. Regista-se que o conceito de adi¢ao sé existe na NP ENV 208. que nunca usa 0 termo ligante para detinir nem’o cimento, nem misturas, na oetonerra, de cimentos e adigdes; 0 conceito de ligante, por outro lado, sé é utilizado no RBLH recorde-se 0 Quadro V do Anexo Il que especilicava serem ligantes os varios cimentos ou uma mistura, na betoneira, de cimento e pozolana ou ainda de cal aérea e pozolana. 2.- Os cimentos esto cobertos pelas seguintes normas portuguesas: NP 2064 - “Cimentos. Definigdes, composican, especificagées e critérios de conformidade’, que foi objecto da Emenda 1- 1985; NP 2065 -“Cimentas. Condigdes de fornecimento e recep¢ao", NP 4326 - *Cimentos brancos. Composigao, tipos, caracteristicas e verificagao da conformidade” Na NP 2064 definem-se 4 tipos basicos de cimentos portland. funcéo dos principais constituintes do cimento (clinquer portland, escéria de alto-forno, pozolana natural, cinzas volantes e filer calcario) Percantagem em massa dos consituintes AQ | Clagmr | Eseona [Pozsana| creas ] rie | cures TIPO | DESIGNAGAO = [SERS | aaae'] Pomme | Sree | cass foe T Cimento partand we] E : was II] Cimenta poriand compasto | Sass | Oaa? | daw | 0am | 0aw m Cimento de atiotema | Maea | aeaao | : ae Ww Fimenta paralanica Fa = 2 es ANP 2064 prevé que 0 tipo Il seja ainda subdividido em 4 outros tipos em que, além do clinquer portland, sé esté’ presente um dos outros constituintes: NP ENV 206, Seccao 4 7 Percentagem em massa dos constituintes A Ginguer | Escoom | Pomoana | Cress | Fler] Oumar Tipo | DESIGNAGAO | Singuer | acm ale ome, i : | ToS | Gmeneperiandaeacana | Sas | bass | Sa II-Z_ =| Siero portand depexsana | T2854 eae WG | Sremomengtecnes | 7235 | Tae Tae TEE Ses parana ceier S| 7 Tae Para garantir a aptiddo 20 uso, os cimentos tém que satisfazer propriedades mecanicas, fisicas e quimicas. As prnprietialies mecdnicas & fisicas séo comuns a todos 98 tives € os valores a respeitar so fungao das classes de resisténcia, definidas pelo limite inferior da resisténcia de referencia, isto é, da resistencia aos 28 dias; 2 letra R significa que tem resisténcias iniciais mais altas para igual resistencia 20s 28 dias (com excepcdo da classe 32,5, a resistencia aos 2 dias tem um valor 10 MPa superior a classe sem este letra): Classe [Resistencia & compressao(MPa)| Principio | Expansi- de ‘aos dias [de referencia de biidade resistancia [Zaas_] ras | 2das | _presa (min) (nm) 525K [20 Teas 25 525) 320 ag ones eros |e Tass s10 42.5 Bu : 5625 260 3258 so ry 32.5 = 5525 As propriedades quimicas que os cimentos dos varios tpos e classes ce resistencia tém que verificar so as seguintes (valores em relagao 4 massa do cimento): Perda | Residuo | Sulfatos | Cloretos | Pozola- aa foga | insolivel nicidade z50% | 250% | s35% | 50.10% 540% WSS 535% | <010% aaa 540% | ese [250% | 250% | <40% | 5010%™ zi WL saa : : ‘=a5% | 010% | salistaz “Wan ase 540% Tinalue +S, IZ, ThC e KF pode conter mais cloretos, mas 0 teor deve ser declarado NP ENV 206, Seccao 4 : Os cimentos designam-se pelo tipo e classe de resisténcia, individualizando-os (por exempio, IV 32,5 ou 1 42,5R) Os valores das propriedades dos cimentos que devem ser respeitados de forma a garantir a aptiddo a0 uso no betdo, acima indicados, sao valores caracteristicos, obtidos recorrendo @ um controlo estatistico da qualidade feito pelo fabricante & especificada na NP 2064 A NP 2064 indica também os métodss de ensaio destas propriedades, fixados na NP EN 196. A qualidade da producdo é ainda objecto de certificagao no esquema mais exigente - a Marca Nacional de Conformidade com as Normas (com excepeo do tipo Ill, ainda nao objecto de certificagao ) Os cimentos brancos, cobertos pela norma NP 4326, sé tm ns tipas Ie Ile as classes de resisténcia entre 32,5 a 42,5R, designando-se por ticos e classes, antecedides das letras BR (por exemplo.BR | 42,5). As propriedades a verificar 24u a8 prévistas para iguais tipes de cimento na NP 20C4, acrescida de uma propriedade especifica - a brancura; exige-se-thes também valores iguais, com excepgao do principio de presa que pode ser msis rapide (245min.) e des tecres de sultatos @ de cloretos (no tipo Il) ligeiramente mais altos. Recorde-se que o RBLH se encontrava obsoleto neste campo pois citava, como norma dos cimentos, a NP 2064 de 1983 (a actual é de 1991), tal como 0 Quadro V (Ligantes a utilizar) claramente expressa. Apesar da NP 2064 possibilitar, teoricamente, o fabrico de 48 cimentos (8 tipos x 6 classes) 0 facto é que, na realidade o seu numero é muito mais reduzido, Nos Ultimos 2 a 3 anos, do cimento fabricado cerca de 75% € cimento 11 32,5, cerca de 20% €'do tipo I, das classes 32,5, 32,5R © 12,5 eo restante ¢ cmento Ill 32,5, II-Z 32,5 e, para algumas obras, 0 IV 32,5 (v.g. para as zonas imersa e das marés @ salpicns da Ponte Vasen da Gama) Cerca de 60% foi vendido ensacado e cerca de 40% a granel, Nao se iniciou ainda a comercializacdo dos cimentos das classes de resistencia 52.8. 3 - Os inertes esto cobertos pela Especificagéo LNEC E 373 - “Inertes para aigamassas @ betées. Caracteristicas e verificagao da conformdade’., a qual fundamentalmente lista as propriedades a verificar para garantir a aptidao 20 uso no botdo, indica as correspendentes normas de ensaio 8 os valores a respeitar, sem especificar critérios para a verlficayau da curifuriidade. As propriedades para avaliacdo do desempenho sao as seguintes: Propriedades geométri- | - Andlise granulométrica. cas - Indice volumétrico. (continua) ~ NP ENV 206, Seccao 4 9 ee [ Propnedados fisicas e Quaniidadee de particulas ou materiais mecanicas prejudiciais (materia orgénica, particuias muito tnas ¢ fratera solve pamiculas de arga, aves, moles ou eves), + Resistencia mecdnica (compressso, esmayaento ou Los Angeles) - Baridade. “= > Massa volt = Absor¢ao de agua. - Teor de agua. Propriedades termicas e | - Desagragagao por sulfato de sédio ou magnésio | de resistencia a ambien- | - Reactividade com os sulfatos. tes agressivos Propriedades quimicas | - Teor de cloretos. = Teor de suifuretos. ~ Teor de sulfatos. - Teor de dicalis. A estrutura desta especificagao LNEC nao adianta praticamente nada ao estabelecido no RBLH. 4-A agua de amassadura esta coberta pela Especificagao LNEC E 372 - "Agua de amassadura para belGes. Caracteristicas e verificagéo da conformidade", com uma estrutura semelhante & versao de 1993 do project de norma europeia prEN 1008 - “Agua de amassadura’. : Em comparagéo com o RBLH - artigos 10%Agua) e 12%(Quantidades de halogenetos, de suifuretos, de sulfatos e de dlcalis contidas nos componentes) - as propriedades quimicas a determinar séo semelhantes, acrescentando a especificagdo LNEC E 372 © pH (que nos comentarios a0 RBLH se recomendava no descesse abaixo de 5 mas para as aguas de contacto) e os carbonatos (e, opcionalmente, os ortofosfatos, nitratos e 0 zinco). Também a opgdo final de fazer ensaios mecanicos de resisténcia 4 compresséo € comum aos dois documentos, embora com critérios de aceitagao mais exigentes na especificagao; 0 RBLH exigia ainda a determinagao do tempo de presa 5 - Os adjuvantes estan cnhertns nela Fsperificacan | NFC F 374 - “Adjuvantes para argamassas e betdes, Caracteristicas e verificagao da conformidade", com uma estrutura semelhante & versdo de 1993 do projecto de norma europeia prEN 9342. "Adjuvantos para botdo, Definigdec, especificagdes 0 criterios de conformidade”. ORBLH, no artigo 11°(Adjuvantes), referia que estes deviam ter ¢ sua utilizagdo sancionada pela experiéncia ou, na falta desta, por enszios que provem a sua eficitncia © inoquidade, sem referir quais. 0s tipos de adjuvantes normalizados naquela especificagao podem modificar: NP ENV 208, Seccdo 4 7c + 9 comportamento realdgico do betéo (plastificantesiredutores de agua, superplastificantes/redutores de agua de alta gama, aceleradores relardadores de presa, retentores de éyua), = 0 tear de gas (introdutores de ar) au caract agua) ou isticas especiais (repelentes a Ha outros adjuvantes, como os anticongelantes, os inibidores de corrosdo ou os colorantes, que ainda néo foram objecto de normalizagao As propriedades para avaliagao do aptidao ao uso no betao sao: * oucomuns a todos os tipos: |) verificadas no proprio adjuvante - segrega¢do, cor, componente efectivo, massa vollimica, teor de sdlidos, pH, teores de cloretos e de alcalis; Il) verificadas no betdo - resistencia a compressa, teor de ar no betao fresco, tempo de presa para a dosagem maxima recomendada, comportamento face a corrosao;_ + ou especificas para cada tipo, verificadas no beta: redugdo de dyua para os plastificantes, consisténcia para os superplastificantes, exsudagao para os retentores de aqua, inicio de presa para os aceleradotes de presa, inicio e fim de presa para os retardadores de presa e absor¢ao capilar para os hidréfugos. A especificagao indica as correspondentes normas de ensaio e os valores a respeitar por cada propriedade. ——. 6 As adigdes estabelecidas no NA 4.5 da NP ENV 206 séo os fileres calcérios, as pozolanas-a8 Cras woiantes, as licas de fumo e as escérias granuladas de alto'Torme Moidas, cujas normas de produtos constam daquele NA 4.5. Na Especificacdo LNEC C 378, na sequéncia dos trabalhos de reviséo de ENV 206, as adigdes esto divididas em dois grupos, fungéo da capacidade para produzir novos produtos de hidratagao: + auigdes tipo 1, quasi inertes, como os fileres calcérivs, - adigées tipo II, de actividade pozolanica, como as pozolanas, cinzas volantes ou silicas de fumo, e de actividade hidréulica latente. como as escérias granuladas de alto forno moidas. Como se referiu, 0 RBLH nao contempla 0 conceito de adicao, mas penile a mistura, na betoneira, do cimento (portland normal) e pozolana ou de cal aérea © pozolana, desde que esta satisfizesse o Caderno de Encargos para o Forecimento e Recepgao da Pozolanas, Como as cinzas volantes nao 0 satisfazem, no podiam - legalmente - ser misturadas na betoneira com 0 cimento, Esta obsolescéncia foi alterada com a publicagao da norma NP EN 450 - *Cinzas volantes para betdo: Definigdes, exigéncias e controlo da qualidade" ¢ a revaga¢ao, pelo Decreto-Lei n° 330/95 de 14/12, do Decreto n° 42995 de 1/6/1960 que aprovara aquele Caderno de Encargos. NP ENV 208, Seccdo 4 " ‘A publicagao de documentos normativos para cada uma das adigdes tornou-se assim uma necessidade, tendo sido publicados, além daquela norma europeia das cinzas volantes: = NP 4220 - Pozolanas para belS0. Definigdes, especificagdes © verificagdo da conformidade = 7 -LNEC E 375 - Escéria granulada de alto-forno moida para betao. Caracteristicas e verificacao da contormidade - LNEC E 376 - Filer calcdrio para betdes. Caracteristicas e veriticagao da canformidade -LNEC E 377 - Silica de fumo para betées. Caracteristicas @ verificagao da conformidade Entre as propriedades que as adigdes tm que verificar, destacam-se: PROPRIE- |_— ADICOES: DADES | POzOUAAS | craze SUCASOE | ESCORNS GE | FLERES [TESRDE So; oe 7 MAT vitae. 255%, POZOLANC | — SATISFAE > : AOE Woe SE | ema | am ee = > ACTIMIOADE 205% (903), RESISTENCIA : : - SIE Mpa Tap T omPREssao 3240P 1288) FINURA 160 NO ENV 208 Saeates 728 1" E Mas a principal mudanga tem a ver com as classes de resisténcia da hetdn, que passaram entre nds a ser reportadas a resistencia medida em cubas com 15 cm de aresta, deixando além disso os betées de serem designados por B20, passando a ser identiticados por C16/20, por exemplo, referindo-se o primero numero 4 resisténcia medida em cilindros de 15x30 e o segundo a medida em cubos de 15. A partir do Quadro! do REBAP e Quadro 8 da NP ENV 206, & possivel estabelecer no Quadro 3 a equivaléncia normativa entre a resisténcia determinada em cubos de 20 e de 15 cm de aresta. Quadro 3 - cubas ae 20 versus cubas de 15 Cubo de 20 | Cubo de 15| Cilindro 15x30 = 15 16 12 20 20 16 25 25 20 30 30 25 35 a7 30 we bers Como se observa. a partir de 20 MPa, em cilindros de 15, a resisténcia destes provetes varia de 5 em 5 MPa, enquanto a resisténcia em cubos de 15 varia de 5, 7 ou 10 MPa. Por outro lado, as resistencias dos cubos de 15 e de 20 sao iguais até 30 MPa, e, depois de utna diferenga de 2 MPa, passam a estar afastadas de 5 MPa. Para a roeietancia 3 tracedo a NP ENV 206 nao estabelece classes de resistAnria podendo os Cademos de Encargos das obras recuverar o previste no Art® § do RBLH para a traceso por flexdo, usando uma designagao do tipo C4,5F, em que a letra F se refere & flexdo e diferinde as classes de 0,6 MPa, como o Quadro 2 deixa entender. A_classificacao do betéo em qualidades, de acordo com a dispersdo dos valores da resisténcia, também nao é considerada, pelo que este aspecto do RBLH poder também ser recuperado pelos Cadernos de Encargos, NP ENV 206, Seccies7e8 7 Refira-se que relativamente 4 abraséo sAo dadas na NP ENV 206 indicagdes quanto 4 forma de obter betdes resistentes a esta ac¢do, recomendando-se nomeadamente uma classe de resistencia minima de 3U/3/ MPa, e que, em relagdo a penetragao da agua, é definido o critério que permite classificar 0 betéo impermedvel a agua, através do resultado do ensaio de penetracdo de agua Este ensaio ¢ diferente do normalmente realizado entre nés, usando-se uma pressao média de apenas 0, 5 MPa. 3. A especificagao do betdo é tratada no cap. 8 da NP ENV 208 de uma forma mais elaborada que no ‘RBLH, descriminando quase exaustivamente as caracteristicas que podem ser objecto de especificagdo para duas situacées: betdes de comportamento especificado e betdes de composicao prescrita. No primeiro caso, quem especifica ou encomenda indica as caracteristicas de comportamento que pretende para o betdo, tendo o produtor a liberdade de escolher a composicio mas também a responsabilidade do satisfazer as caracteristicas exigidas. No segundo, quem especifica ou encomenda indica a composigo que pretende ver produzida, tendo o produtor a obrigacdo de fabricar a composiggo qué foi prescrita, mas sem qualquer respensabilidade pelo desempenho dessa composigao. Indicam-se seguidamente os elementos base que deverdo ser indicados nas duas situacdes: Betdes de comportamento especificado Betdes de composicao prescrita + Classe de resistencia + Dosagem de cimento + Maxima dimensdo do inerte * Tipo e classe resist. do cimenta + Classe de exposigao (p. ex.) + Classe de consisténcia ou A/C * Classe de consisténcia (betao pronto) + _‘Tipos de inerte + Max. Dim. co inerte e sua granu + Tipo e dosagem de adjuvantes adicSes * Origem dos constiuintes, usando adjuvantes ou adigées Para ambos os casos a norma descrimina ainda elementos adicionaie, que poderdo set exiyiuus evidu a vundigdes eopeciais. Recumerida tanibein que 10> betdes de comportamento especificado, os elementos acicionais sejam incicacos em termos de exigéncias de comportamento e com indicagao dos métodos de ensaio. NP ENV 206. Seccies 7e8 18 NP ENV 206 9-FABRICO DO BETAO 10- TRANSPORTE, COLOCAGAQ, CURA E PROTECCAO DO BETAO FRESCO 4-0 fabrico Uv bela, como conjunto de exigéncias quante a pessoal, instalagées e equipamento, por um lado, e quanto 4 preciso do doseamento dos materiais constituintes e aos cuidados a ter na amassadura, por outo, é tratado na NP ENV 208 na Seccdo 9, Ele difere do que o RBLH estabelecia no seu Capitulo IV - “Fabrico do betdo’, fundamentalmente, em trés pontos: -refere de forma generica a qualiticagao do pessoal, ausente no RBLH; - 6 mais cuidada quanto @ precisdo dos equipamentos de medigéo e do doseamento dos materiais cunstituintes do betéo; - é menos extensa nas regras para armazenamento dos componentes e para a amassadura No mesmo capitulo !V, 0 RBLH apresentava, no art? 24°, o fabrico do betéo em condigdes de temperatura ambientais desfavoraveis, enquanto os cuidados a ter no casa da temperatura provir do calor de hidratacdo do proprio betéo nas betonagens em grandes massas ou no caso do betdo submerso eram apresentados no Capitulo VI, no art? 27°- Colocagao, ANP ENV 206 coloca estes assunius na subsecgo 10.6 - "Cura e protecgao", nomeadamente na 10.6.1 - “Generalidades’, 10.6.4 - “Protecsdo contra a fissuragao superficial por retracgéo térmica” ¢ 10.6.6 - “Prot gelo" Estabelece-se assim o principio da preveneao, primeiro contra a secagem prematura (pela cure) ©, depuis, contra as acgées da temperatura de origem interna ou externa e contra outras acgdes durante o endurecimento do betéo (pela protec¢do), aspectos que em 4 vo ser desenvolvidos. contra 0 ‘Assim, as recomendagées do RBLH no campo acima referido do armazenamento dos componentes e da amassadura podem ser em parte recuperadas so, complementarmente, forem exigidas nos Cadernos de Encargos das obras. 2- Quanto ao transporte do betdo fresco, muitas das regras do RBLH merecem ser retidas nos procedimentos dos fabricantes do betéo ou mesmo exigidas nos préprios Cadernos de Encargos das obras, por serem mais completas que as referidas na secco 10 da NP ENV 206. De notar, porém, que os tempos de transporte do RBLH se encontram desactualizados. NP ENV 206, Secpdes 9 ¢ 10 19 Esta secydo 10, além da subsecgdo 10.2 - “Transporte’, tem duas subseccies 10.3 -"Entrega’ e 10.4 - "Consisténeia na entrega’, que substituem, acualizanda- as, 0 estipulado pelo RBLH nos 4 primeiras artigos do Capitulo VI - "Fiscalizacao e recepgac” No entanto, algumas regras destes artigos, nomeadamente as do art? 27° “Livro de registo da obra’, podem, com propriedade, ser tomadas contractuais nos Cademos de Encargos. 3 A colocagao e compactacao do betdo 4 apresentada na NP ENV 206 na subsecgdo 10.5 - *Colocagdo e compactagdo’ e na subseccio 10.8 - “Descofragem’, apenas através das linhas fundamentais destas operagses. © RBLH acrescentava um artigo sobre juntas de betonagem (art? 26°) & recomendagées varias, nomeadamente quanto a espessura das canadas (art? 2° @ 26) # A allura de queda (ert® 25°) que ndo perderam actualitade © que podem ser recuperados no Caderno de Encargos, 4- Acura e a protecgao encontram-se melhor estruturadas na NP ENV 206, na tredida em que esta norma tem sobre elas uma visa canjunta de preven¢ao das camadas superficiais do botdo jovem: a cura é a prevengAa contra a secagem prematura e a protecgdo é a prevengao contra as acgdes de origem térmica (interna ou externa), 0 arrastar dos finos pela agua corrente, @ vibracdo © impacto e as alteragdes do aspecto exterior. O RBLH tinha este conceito de prevengo subjacente, disperso porém por varios capitulos como se referiu em 1, mas nao téo claramente estruturado como na NP ENV 206, Por exemplo, no niimero 1 do art? 30°(Cura) do RBLH, @ cura é defnida como 0 conjunto de condigSes que favorecem a presa ¢ 0 enduracimentu do betgo. para 2 obtengo das quais se devem tomar as medidas convenientes em face da temperatura e de outros factores que possam provocar a congelagao ou a perda prematura da dua do beto; no numero 2 daquele artigo 0 texto é seguinte: ‘pelo menos nas primeiras 72 horas apés a betonagem, o betio deve ser protegido dz temperatures ambientes inferiores a 0°C*. Apesar daquela estruturagdo, ndo se pode dizer ainda que ela tenha sido feita na NP ENV 206 duma forma totalmente satisfatéria como se documentara a seguir, em 4.1 para a cura e em 4.2 para a prevengao. 4.1 - Quanto a cura, é diferente a apreciacdo que se pode fazer dos métodos de cura e do inicio e duragao de aplicagao destes métodos no RBLH € na NP ENV 206. Os métodos recomendados s4o os mesmos nos dois documentos, embora mais cuidadosamente definidos no RBLH; nota-se em ambos a falta duma norma NP ENV 208, Secgdes 9 € 10 20 europeia sobre membranas de cura. que vai ser produzida no arribite do CEN/TC 104. Também 0 inicio 6 basicamente igual, ja que recomendam, o RBLH que seja ‘logo apes a betonagem” e a NP ENV 206 que seja “tao cedo quanto possivel , ogo apés a compactagao" Ja na fixaco da duragdo da cura, as solugdes encontradas até & publicacao da NP ENV 206, inclusive, nao so completamente satisfatérias, Enquanto a saludo do RBLH (art 20°) era excessivamente simples e, na maioria dos casos, conservadora e portanto cara, as tr@s solucées apontadas na NP ENV 206 - recurso ao conceito de maturidade do betdo, de acordo com exigéncias lecais ou com os tempos minimos do Quadro 12 - nao estéo isentas de diiculdades na sua aplicacao. Analisemos estas trés solugdes. a) Em relagad 4 maturidade, que tem explicitamente em conta o grau de hidrata¢ao do cimento e as condicdes ambientais, néo so estabelecidos nem regras para sua determinacdo nem valores limites, deixando portante liberdade para a sua fixagdo no Caderno de Encargos. Uma fonte de informacao sao os regulamentos ou as normas do paises nérdicos, que utilizam com relativa frequéncia 0 conceito de maturidade, b) Em relacdo as exigéncias locais, poder-se-ia ter evocado, no Anexo Nacional da NP ENV 206, o numero 4 do artigo 30° da RBLH, mas ja foi referido 0 actual pouco valor desta exigéncia. c) Finalmente, 0 Quadro 12 da NP ENV 208 merece as consideracdes que @ seguir se fazem, que se pretendem esclarecedoras da sua currecia aplicagao. Os dias minimus de cura do Quadro 12 foram feitos dependor cos seguintes 3 parametros: - do desenvolvimento da resistencia do betée (ripido, médio ou lento), desenvolvimento que pode ser estimado a partir da relagao agualcimento ¢ da classe de resisténcia da cimento conforme o Quadro 13; - da temperatura do betdo durante a cura, organizada em 3 grupes - acima de 5° {mas abaixo de 10°), acima de 10° (mas abaixo de 15°) e acima de 15% - das condigdes ambientais durante a cura, arganizadas também em 3 grupos conforma a humidade relativa do ar ¢ a exposicao 20 sol @ ao vento. Aanidlise destes parametros evidencia alguma das limitagées do Quadro 12, pelo que a sua utilizagao deve ter em conta os comentarios seguintes: NP ENV 206, Secgdes 9 ¢ 10 a a} O lexlu da secgdo 10.6.3 - "Tempo de cura’ rofere que, para os tipos de ‘cimento que nda 0 tipo |, podem ser apropriados tempos de cura mais dilatados, ‘o.que significa que os Quadro 12 e 13 se referem sd a este tipo de cmento; mas se 0 cimento tipo I, classe 32,5 conduz a umn bet&o de desenvolvimento lento, rrais razdo para que o cimento tipo II 32,5 (0 de maior utilizagao em Portugal) a tal conduza. ae ‘A expressdo do Quadro 13 “todas as outras classes" deve referir-se apenas a classe 32,5 pois nao se perceberia por que razdo um cimento tipo I, classe 52,5 haveria que levar a um betdo de desenvolvimento lento. Com este objective de classificar o desenvolvimento da resisténca do betéo, fodem os ligantes constituidos por cimento tipo | e adigoes ser assimilados a cimentos tipo Il, Ill ou IV, conforme o tipo de adigées ou a sua Froporgao no ligant, embara tal ndo esteja explicitade na norma. Em resumo: a NP ENV 206 apenas refere que, para os tipos de ligarte que no 0 cimento tipo | (que s&o os mais utiizadas em Portugal), os tem20s minimos devem ser superiores aos estabelecidos no Quadro 12 para o cimento tipo |, sem especificar quanto. b) Em relagdo & temperatura do betdo durante a cura, verifica-se que a um aumento desta temperatura corresponde uma diminuigéo do numero de dias de cura, tal como sugere a evolugdo da taxa rclativa (em relagdo a temperatura de 20°C) de endurecimento do cimento tipo | em fungao da temperatura apresentada na figura seguinte. 10 VELOCIDADE RELATIVA 60-7580 TEMPERATURA "C No entanto, quando refere a temperatura do betdo durante a cura, devia referir a temperatura das camades superficiais do betdo, as quais so, por um lado, as Zonas do betéo com temperatures mais baixas, &, pur utr, as Uricas afectadas NP ENV 206, Secgdes 9 10 2 no desenvolvimento da hidratagao do cimento pela falta de candigaes amhientais adequadas, jé que 0 betdo do interior das pecas esté sempre em boas condicdes ce cura, protegide que esta pelas camadas superficiais; nao havends medicao da temperatura superficial do betdo, pode usar ce a temperatura local do ar, que é em geral mais baixa, podendo conduzir portanto a maiores tempos de cura 2) Em relagao as condigses ambientais durante a cura, verifica-se um aumento do nimero minimo de dias de cura com a diminuigao das cundigées propicias ao desenvolvimento da hidratacdo do cimento das camadas superficiais - diminuigao, da humidade relativa (HR) do ar e aumento da intensidade do vento e da exposigdo solar. No entanto, quando refere as condigdes ambientais durante a cura, o que na realidade refere so as condigées ambientais ands a cura, visto que, durante a cura, as métadas de cura impedem, se correctamente usados, o contacto das superficies do betéo com o ambiente - a cura destima-se a proporcionar condigées pard a hidratacdo do cimento das camadas superficiais do betdo, evilando @ secagem prematura, independentemente do ambierwe exterior (2 menos que este as proporcione por si). Julga-se entender-se a expressao utilizada - “durante a cura” - por se admitir, com aceitavel probabilidade, que o tempo que se seguir apés a aplicagao dos métodos de cura vai ser muito semelhante 20 que vigorou - e portanto se conhece - durante a aplicacdo destes métadas (até por o nimero de dias de cura ndo ser em geral elevaco) Deve-se,no entanto, estar sempre atento a condigdes ambientais pds-cura muito diferentes, especialmente no que respeita & humidade relativa do ar. Na realidade, ha continuacao da hidratagao do cimento das camadas superficiais - a menos humidades relativas ambientes extremamente baixas - mesmo depois da retirada dos métodos de cure, mas seria, de facto, confuse decignar por cura aquela continuacéo da hidratagao Em resumo, esté-se & aumitir que, no fim da curs prevista ne NP ENV 206, 2 hidratagao do cimento das camadas superficiais nao esta completa, continuando com a humidade fornecida pelo ambiente: se esta se mantem alta apés a cura, a duragao desta pode ser mais curta - isto €, 0 grau de hidratagao atingido no fim da cura pode ser mais pequeno, visto que ha humidade ambiente para esta hidratagao poder continuar - do que quando a humidade relativa ambiente apés cura se mantém baixa. d) Q tempo minimo de cura especificado no Quadro 12 supée que a temperatura da superficie do bet&o e, eventualmente, as condigdes ambientais se mantém sempre dentro dos intervalos especificados durante esse tempo minimo. A NP ENV 208 ao fixar 0 dia como unidade do tempo de cura sugere que a temperatura do ar - ou a da superficie do betdo - seja a temperatura média didria Porem, chega a haver de um dia para outro diferengas suneriores ans intervalos entre as temperaturas especificadas. No caso de acentuadas cescidas da NP ENV 206, Seccies 9 e 10 23 @ ‘emperatura média, ha que calcular maiores tempos minimos (pera o que se pode ‘ecorrer & manutencZo da maturidade subjacente @ temperatura com maior duracdo). O mesmo se pode fazer se se quiser considerar temperaturas medias diurnas © noturnas - por poder haver temperaturas noturnas muito baixes © diurnas relativamente mais altas, com diferengas superiores aqueles intervalos. e) © estabelecimerto de 15° como maior limite inferior da temperatura superficial do betao tem subjacente a Integragao do efeito de temperaturas superiores. Nao parece, no entanto, devesse integrar temperaturas da ordem dos 20+5°C jé que, e de acorde com a figura anterior, a temperaturas constantes de 30°C o ntimero minimo de dias (em relacdo ao fixado para 15°C) podia ser reduzido para 50%. Se se considerar vantajoso tornear esta situacdo respeitando 0 estipulado na NP ENV 208, deverd exigir-se no Caderno de Encargos que a duragao da cura seja baseada no conesito da maturidade, definindo as regras @ os valores limites a respeitar, embora haja necessidade de ndo descer abaixo do valor necessario para a descofragem. ) Os tempos minimos, como o préprio titulo do quadro 12 explicita, aplicam-se acs casos de exposicao ambiental das classes 2(ambient2 himido) Sa(ambiente quimico ligeiramenta agressive) e, conforme o texto da secgéo 10.6.5, da classe 1(ambiente seco) Quando as condigSes ambientais séo mais severas - 3(ambiente himido com gelo ¢ produtos descongelantes), “(ambiente maritimo), 5b e Sc(ambientes moderada e altamente agressivos) - estes tempos devem ser “nitidamente ‘aumentados", segundo a norma. Tal significa que nao se esta perante disposigces de cura das camadas superficiais do betéo que conduzam a iguais graus de hidratag30 do cimento destas camarias @ iguais as du inleriur do betéo. indepencentemente da exposigao ambiental a que ficam sujeitas. Para muitos paises europeus esta situacao € a desejével, por ligar a resistencia aos diferentes agentes agressivos exteriores apenas 4 compos ¢ao do beto, tanto mais que, de acordo cam a especificagéo | NEC E 378 (Anexo Nacional NA 5.3 e NAG.2.2), as classes de exposi¢ao do Quadro 2 s4o na pratica substituidas pelas classes desta especificagdo. 4.2 - Quanto &_proteccio do betdo, dos objectives definidos na seccao 10.6.1 apenas h4 algum desenvolvimenta nas seccdes 10.6.4 - “Proteceao contra a fissuragdo superficial por retracgao térmica’, 10.6.5 - “Protec¢o contra 0 gelo’ e 10.7- ‘Tratamento com calor” (repare-se que é uma secoao diferente da 10.6 - * Cura e protec¢ao” ainda que seja um desenvolvimento particular dasta). Na NP ENV 206 consideram-se portanto dbvias as medidas a tomar nos outros asus - betdo submerso ¢ quando ha chuva - ou os cuidados a ter com a vibragao (ou 0 impacto) de forma a impedir a rotura do betao e a interferir com a aderencia NP ENV 206. Seccdes 9 10 24 as armaduras (0 que @ importante em betonagens por camadas demasiado espacadas no tempo). Ja no RBLH se considerou necessério especificar medidas para 0 betdo Submierso no numeru 6 Uo seu art” 27" (Colecagéo) Em relagao 4 protecdo contra a fissuragao por efeitos térmicos resultantes do calor de hidratacdo do cimento, na NP ENV 206 ha apenas ~ uma referéncia & obrigatoriedade de tomer medidas (espacificande apenas 0 cbjectivo} “quando nao se admitem fissuragdes", 0 que exige por outro lado a definigdo, pelo projecto, das circunstancias em que estas fissuragées sao admissiveis e em que, portanto, ndo é necessdrio tomar aquelas med das; -a Imposigao da diferenga de temperatura entre o centro da massa do betéo'e a sua superficie ser inferior a 20°C, imposi¢o porém inserida na condicao de calor se desenvolver no betdo “em condicdes narmais de temperatura’, c que nao se encontra detinico. Deste ponto de vista, as recomendagdes do RBLH devem ser consideradas como base dus abalhos de calculo que suportem as medidas a que a norma se refere, embora nao sejam suficientes. Ha portanto, neste, campo larga intervengao para o projecto e o Caderno de Encargos. Em relago A proteccao contra 0 gelo, a norma exige um periado durante o qual o betdo deve ser dele protegido, referindo que a sua determinacao pode ser feita ou com base na maturidade do betéo (continuando a nao definir critérios, nem medidas para os satisfazer) ou quando a resistencia 4 compressao atingir 5 MPa. © RBLH nos seus artigos 24° (Fabrico em condigdes de temperatura destavordveis), nimero 2 do 27° (Colocacaa) e 31° (Transnarte, colocacao e cura em condigdes de temperatura desfavoraveis) contém medidas que se consiaeram podem ser transcritas para o Caderno de Encargos das obras sempre que possam vit a ser betonados em tais condigées atmosféricas. Em relagao ao tratamento com calor, referem-se as limitagées quanto a temperatura do tratamento e quanto a aplicabilidade do tratamento apenas aos elementos de betdo que estejam sujeitos, durante a sua utilizagdo a ambientes correspondentes as classes de exposigao 2 e 5” Tal indica que, se aqueles elementos vierem a estar em ambientes diferentes, eles no podem ter sido sujeitos a tal tratamento ou, se o tiverem sido, nao podem ser aplicadas nas obras que estejam sujeitos a tais ampientes, 0 que © importante no caso dos elementos pré-fabricados de betdo NP ENV 208, Secces 9 10 28 NP ENV 206 11 - PROCEDIMENTOS PARA 0 GONTROLO DA QUALIDADE. 1-0 controlo da qualidade é definido como a combinacao de acgdes e decisdes, tomadas de acordo com especificacdes e verificagdes, que assegure a satisfagéo das exigéncias especificadas. Os procedimentos para 0 controlo da qualidade do betao, o qual é subdividido em control da producao e controlo da conformidade, so estabelecides no capitulo 11 da NP ENV 208. Este assunto é tratado no cap. VI do RBLH - Fiscalizago-e Recepgao. Numa primeira abordagem pode considerar-se que entre a NP ENV 206 e 0 RBLH nao existem diferencas significativas nas regras estabelecidas, com excepgdo de algumas modificagdes nos criterios de conformidade, encontrando- se na actual norma portuguesa os diferentes aspectos descritos con exaustéo ¢ methor organizados. 2-0 cantrola da produgéo compreende todas as medidas necessérias para manter e regular a qualidade do betéo em conformidade com 3s exigéncias especificadas. Tal como no RBLH, o controle de produgao inciuiu: + controlo do fabrico, + inspecgdo antes da betonagem, * inspec¢do durante o transporte, colocacao, compactagao € cura. O controlo da produgao deve ser etectuado pelo empreiteiro ou pelo fornecedor, cada um dentro do seu dominio especifico, nos processos de fabrico, colocagao cura do betdo frascn Toda a informagao relevante do controlo da produgao, listada nas pags. 33 e 24 da NP ENV 206, deve ser registada num livro ou noutro documento, a semelhanga do livro de registo da obra que o RBLH estabelecia. E prevista ainda 2 possibilidace de os procedimentes para o contiule da produgéo serem verificados por um organismo qualificado, na perspectiva da certificagao do betdo. No controlo do fabrico ha a considerar: © controlo dos materiais constituintes, equipamento, proceso de fabrico propriedades do betao + “controlo dos materials constituintes - Quauio 14 (comrotu prev dos pruutores) ‘* controlo do equipamento - Quadro 15. * controlo do processo de fabrico e propriedades do betao - Quadro 16; © controle do betdo pelo empreiteiro quando se utiliza betao pronto - Quadra 17; © controla da beto, num proceso de fabrico continuo, pelo fabricante de betéo pronto cu por uma empresa de pré fabricagdo - Quadros 14, 152 16 NP ENV 206, Seco 11 26 Os quaurus 14 a 17 estado organizados de forma a indicarem para cada material, equipamento ou propriedade, as inspecgdes ou ensaios 2 realizar, bem como & sua finalidade e frequéncia minima, As inspeegces a realizar antes da betonagem e durante o transporte, colocagao, compactagao e cura do betdo fresco vém listadas nas pags. 35 e 36 da NP ENV 208 e, nao constituindo novidade, 6 bom lembrar que so com frequéncia esquecidas na pratica corrente. 3- O controle da conformidade compreende a combinagao de acgdes ¢ decisées, tomadas de acordo com regras de conformidade previamente adoptadas, rnecesséria para verificar a conformidade de um lote com as especificacdes. A conformidade conduz a aceitago, enquanto a nao conformidade conduz a acgées posteriores. Como exemplo, a norma cita a possibilidade de execucdo de ensains complementares sobre o beta da propria estrutura, Para a verificacdo da conformidade a norma prevé 3 sistemas de verificacéo: + verificagao por um organismo de certificagao; + verificagao pelo dono da obra; + ensaios de recepedo. Se nao houver certificagao do betao (1° sistema), o dono da obra padera verificar as registos do fabricante e demais condigdes de fabrico, quer se trate de betao pronto quer de betdo tabricado no local (2° sistema). Em qualquer circunstancia, 0 dono da obra podera sempre solicitar ensaios de recepgo (3° sistema). Em resumo, 0 1° e 2° sistemas sao alternativos, enquanto os ensaios de recepcao $6 serdo dispensaveis se houver certificacao do betéo. Havendo certficagao, e se forem realizados ensaios de recepgo, a norma prevé critérios de conformidade menos exigentes. ANP ENV 206 apresenta nas secgdes 11.3.6 2 11.3.12 planos de amostragem € ctitérios de conformidade para as diferentes propriedades: + resistencia a cémpressao * consisténcia + massa volumica do betao leve « razo gualcimento + dosagem de cimento + leur de ar do keto fresee, + penetragao de agua « teor de cloretos. Os planos de amostragem e os critérios de conformidade para z resistencia compresso S40 apresentados com bastante desenvolvimento na NP ENV 208, exibindo diferengas relativas ao RBLH que importa analisar. Uma vez que ainda nao existe certificagao do betao, centrar-nos-emos nos pianos e critérios a adopter na obra, que s4o comuns ao beto pronto ou ao fabricaco no local. AS NP ENV 208, Secodo 11 a regras para as outras propriedades sa mais simplificadas, pelo que nan serain aqui tratadas. Coma se disse, a conformidade é verificada por lotes, sendo um ote: +o betdo fornecido para um andar de um edificio ou grupo de elementos; «sempre inferior a 450 m? ou a produgdo de uma semana de betonagem. Portanto, a veriticagao de conformidade do betdo vai seniuu aveliaua, nu maximo semana a semana, enquanto no RBLH nao era fixado qualquer volume de betdo au periodo de tempo para verificar essa conformidade. Por cada lote devem ser colhidas pelo menos 6 amostras; para lotes até 50 m° e betoes de classe nao supericr a CZ0/Z5 podem colher-se aperias 3 amostras. A conformidade é verificada se forem satisfeitos os seguintes critérios: « critério 1, para 6 ou mais amostras, Xu fy tS, Xn 2 fag = + critério 2, para 3 amostras, Xs2i,+5 Xpin 2 fag 1 Nestes critérios, X, € a média de n amostras, S, © correspendente desvio padr0, Xnin a resisténcia minima e 2. e k constam do Quadro 4 (Quadro 19 da norma) Quadro 4 - valores de ek a x K 6 187 | 3 7 177 | 3 8 472 | 3 9 1s7_|_ 3 10 1,62 | 4 “4 158 | 4 12 155 | 4 13 162 | 4 14 1,50 | 4 15 14a | 4 Coma se recorda, no RBLH a expressao semelhante & primeira do criterio 1 era apenas aplicavel a 20 ou mais amostras, nao havendo neste caso qualquer limite NP ENV 208, Secefo 11 28 para a resistencia minima, ao contrario do que agora acontece. Na situacde de se dispor de menos de 20 amostras, 0 critério do RBLH previsto para condigées de produgao nao estabilizadas ¢ igual ao criterio 2 da actual norma. 0 coeficiente de 1,64 do RBLH é substituido por 1,48, por ter variado 0 nivel de confianga com que se decide pela conformidade ou nao conformidade do beto. vale a pena reflectir uin pouco sobre esta questéo. No RBLH pretendia-se calcular a tensdo caracteristica. Se admitirmos uma distribuicgo normal para as tensées de rotura e se dispusermos de um numero elevado de amostras, a tenso caracteristica deve ser calculada de facto com o coeficiente 1,64. Na NP ENV 206 pretende-se antes verificar a conformidade, ou seja, em face de um reduzico numero de amostras, avaliar se a procugau satistaz 20 valor caracteristico especificado, variando assim o cceficiente em fungao do tamanno da amestra, para um dado nivel de eanfianga Quando se julga 2 populacdo estatistica a partir de amostras, podem sempre cometer-se erros, como sejam aceitar coisas mas como sende buas ou rejeitar coisas boas como sendo mas. € uma limitagéo que s6 pode ser melhorada aumentando o tamanho das amostras, 0 que tem custos apreciaveis, A aplicagdo do critério do RBLH a 35 resultados & comparado na fgura 1 com o da NP ENV 206 a 15 resultados, através das designadas curvas OC. Em ordenadas indica-se a probabilidade de aceitaAo e em abcissas a percentagem real de defeituosos, em relacdo & tensdo caracteristica especificada (um fabricante que esteja a produzir exactamente um betdo com a tensdo caracteristica especifcada tem uma Percentagem real de defeitos de § %; se melhorar a producio-aumentardo a média ou Feduzindo 0 desvio padre, a sua percentagem real de defeitos diminti). ounce esc Como se observa, a aplicagao do critério da actual norma resulta num aumento da probabilidade de aceitaco, para a mesma qualidade da producao, ou seja, 0 critério 6 menos exigente. LISBOA, 9 Ue Setembro de 1986 “NP ENV 206, ‘Secgao 11 2a

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