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2. Turbinas hi 2.1 Aproveitamentos hidroeléctricos. Definicao, funcionamento e classificagéo 2.2 Aproveitamentos hidroeléctricos em Portugal 2.3 Mini-Hidricas 2.3.1 Anélise do recurso hidrogréfico. Curva de durago de caudais 2.3.2 Turbinas 2.3.3 Energia eléctrica produtivel. Instalacao de 1 ou 2 grupos geradores 2.1 Aproveitamentos hidroeléctricos. Definigao, funcionamento e classificacao © Aenergia hidrica caracteriza-se pelo aproveitamento dos cursos de agua com energia potencial (altura de carga) suficiente para ser transformada em energia cinética de rotagdo através de turbinas hidraulicas. * A Agua ¢ transportada por condutas forcadas, controladas com valvulas para adequar 0 caudal de agua as necessidades de energia eléctrica. A agua que chega com alla pressdo a turbina incide nas pds, fazendo rodar o veio, que esta acoplado a um gerador eléctrico. Finalmente a dgua sai pelos canais de descarga. Os geradores esto situados imediatamente por cima das turbinas. icas ales * OQ aproveitamento da energia hidrica est4 normalmente associado a empreendimentos de grandes dimensées — barragens hidroeléctricas. A tendéncia actual é optar pela instalagao de aproveitamentos de energia hidricas mais pequenos — mini-hidricas — de menor impacte ambiental e de facil introdugao em infra-estruturas existentes. © Classificagao dos aproveitamentos hidroeléctricos (quanto @ existéncia ou nao de capacidade de armazenamento): a) Os aproveitamentos com regularizacéo possuem uma albufeira que permite adaptar 0 caudal afuente. Duragao de esvaziamento = 100 horas b) Os aproveitamentos a fio de agua nao tém capacidade de regularizar 0 caudal pelo que o caudal utiizavel € 0 caudal instantaneo do io, Os aproveitamentos de fio de Agua turbinam pouco tempo na estiagem e descarregam importantes volumes no inverno. Durago de esvaziamento <100 horas ©) Existem aproveitamentos dotadas de uma capacidade especial que consiste na possibilidade de bombearem parte da agua ja turbinada de novo para a albufeira. Estes aproveitamentos séo dotados de 2 albufeiras a cotas distintas. Barragem com bombagem 2.2 Aproveitamentos hidroeléctricos em Portugal © Aopgao pela energia hidrica permitiré reduzir: - a dependéncia energética do pais (aumentando o aproveitamento de um recurso endégeno e renovavel), - garantir uma optimizagao da poténcia instalada em outras formas de energia renovavel nao despachavel (sobretudo edlica), * Portugal é um dos paises da UE com maior potencial hidrico por explorar. * No final de 2006, a poténcia hidroeléctrica instalada era de 4950 MW (36% do parque electroprodutor nacional, correspondendo, em ano hidrolégico médio, a satisfagao de cerca de 25% do consumo total de energia do pais). on #8 og 144 tae ae 1”, eee -=Contumo Total Continent (TWh) Total RocueSo Hitoaécties (Mh) 2 Evolugao da componente hidrica * As metas oficiais para a energia hidrica consistem em atingir 7000 MW de poténcia instalada em 2020 (+2050 MW), uma utilizagao de praticamente 70% do respectivo potencial. |» Para cumprimento destas metas contribuiréo as lobras que esto a decorrer com vista ao reforgo de poténcial ide alguns aproveitamentos existentes e construgao de novos| laproveitamentos, que corresponderaéo no conjunto a 909 IMW, ou seja, cerca de 45% do valor a instatar até 2020, a ‘Avaliagao dos aproveitamentos hidroeléctricos em servigo em Portugal * Grandes / médios aproveitamentos hidroeléctricos (INAG): Po [Pro te | du Al nei | tibi bu a | lid a fel Is [Oe in | ad Aproveitamento | Concelho = Rio [Dono Obra] ra “el! (m'/s [Turbina} st e usa ln) s (n ) al | (G m ad | w ) a | hy (m | an W) | 0) IMiranda 1, Miranda_|61/? | Dourol. | CPPE |6.4 |57| 50 |[Francis| 390 [1036 Douro Picote Miranda 1958 | Douro |. CPPE 13 |68 | 310 [Francis | 180 |1038 Douro IBemposta Mogadouro |1964 | Dourol_| CPPE | 20 [66 | 370 |Francis| 210 [1086 \Pocinho Foz Céa 1982 | Douro CPPE 12_|19 | 1120 |Kaplan | 186 | 534 \Valeira S. Joao 1975 | Douro CPPE 12 |27 | 920 |Kaplan| 216 | 801 Pesqueira IRégua Peso Régua |1973 | Douro CPPE 13 _|26 | 690 |Kaplan| 156 | 738 \Carrapatelo Marco 1972 | Douro CPPE 16 |31| 670 |Kaplan| 201 | 871 Canavezes \Crestuma-Lever Porto: 1985 | Douro CPPE 22 | 9 |1320| Bolbo | 108 | 367 \Torrao Marco: 1988 | Tamega CPPE 77 |47 | 320 (R) 146 | 228 Canavezes \Fratel V.V.Rédao | 1973 Tejo CPPE 21_|22 | 700 |Kaplan| 130 | 347 Belver_ Gavido 1952 Tejo Hidrotejo | 12 |12 | 766 |Kaplan| 81 | 176 |Alto Rabagao: Montalegre | 1964 | Rabagao CPPE 560 |18| 49 |Francis| 68 | 97 9 ® Alto Cavado Montalegre | 1964 | Cavado CPPE 3.3 [26 | 27 \Paradela Montalegre | 1956 | Cavado CPPE 159 |42| 15 |Francis| 54 | 253 5 'Venda-Noval,I | Montalegre [1951 |Rabagao | OPPE | 9 |30| 24 [Pelion | 144 | 309 5 \Salamonde Vieira Minho | 1953 | Cavado CPPE 57/113] 43 |Francis} 42 | 232 3 \Milarinho Fumas ]Terras Bouro]72/98] Homem 116 ]40| 39. |Francis| 125 | 225 7 (R) ICanigada Terras do 1955 | Cavado | CPPE | 144/10] 66 |Francis| 60 | 346 Bouro 3 ICabri Serta [1954] Zézere | CPPE [61410 | 703 |Francis| 97 [301 8 IBouga Pedrogao |1955| Zézere | CPPE | 49 /56| 103 |Francis| 50 | 157 Grande (Castelo Bode Tomar _|1951| Zézere | CPPE | 900 |80 | 200 |Francis| 139 | 390 lAguieira Penacova | 1982 [Mondego | CPPE | 253 [60 [516 | ?(R) [270 [231 RRaiva Penacova |1981|Mondego | CPPE | 14 |15| 153 [Bolbo- | 20 | 45 Francis \Vitar Tabuago [1965] Tavora | CPPE | 98 [45| 16 |Pelton| 64 | 148 2 lAito Lindoso [Ponte Barca|1992| Lima | CPPE | 350 [Francis | 630 | 948 lAiqueva Moura | 2002 |Guadiana |EDIA/EDP [4150 Francis | 240 [269 (R) a Co \ > ls 98% da energia hidroeléctrica em Portugal Rene lprovém de barragens de grande e média capacidade. fort |, deem le A rede nacional dispde de 5 centrais| so ae hhidroeléctricas com equipamento reversivel (turbinar na perms lponta ou constituir resevas). earicne a + _Fallam ainda concretizar varios projectos que de| lalguma forma contribuiriam para 7 a seguranga e a Ientabilidade do — sistema _—_hidroeléctrico, \designadamente as grandes albufeiras dos afluentes do Douro. Estes projectos para além de poderem produzir Imuita energia e regularizar caudais, originariam| lsignificativos aumentos de produtividade dos escalées la juzante do curso principal. 2.3 pequenos Aproveitamentos HidroEléctricos — pAHE * Os melhores locais para instalacéo de grandes aproveitamentos hidroeléctricos jé estdo tomados. Caracteristicas * Os pAHE beneficiam da experiéncia e conhecimento acumulados nos gAHE. * Os pAHE nao devem ser concebidos como uma cépia em escala reduzida dos gAHE, tm caracteristicas préprias: * A obra civil esta orientada para sistemas compactos e simples, para reduzir trabalhos no local. * Faz uso de turbinas normalizadas com bons rendimentos para uma gama larga de regimes de funcionamento. * Central totalmente automatizada. * Usa madquinas assincronas como geradores. Designagao e classificagao * A designagao de mini-hidrica é usada para designar os aproveitamentos hidroeléctricos de P <10 MW. * Os pAHE sao, regra geral, centrais a fio de agua. * A UNIPEDE (associagao da industria europeia de electricidade) recomenda a seguinte classificagao: a) Poténcia instalada Designagao Py) [Pequena central] <10 hhidroeléctrica [Minicentral hidroeléctrica 150 (*) Diferenga maxima entre a altura na tomada de carga ¢ a altura no rio no ponto de restituigao, 1— Albufeira 2—Canal de adugao 3— Camara de carga 4—Conduta forgada 5— Central 6 — Restituigao 7- Caudal ecolégico Composigao de uma mini-hidrica 2.3.1 Analise do recurso hidrografico. Curva de duragao de caudais * 0 caudal voltimico pode ser aproximado a partir da velocidade da agua na superficie v (m/s) e da drea da secgao transversal S (m’) (m/s) * _ OINAG dispée de registos de caudais em determinadas secgées (locais de referéncia) ¢ para os principais cursos de agua. * Os locais onde se pretendem construir agudes (locais de estudo) nem sempre séo os locais de referéncia. E possivél extrapolar caudais para o local em estudo a partir do local de referéncia desde que as condigdes se mantenham (por exemplo, distribuigao das precipitagées e natureza do revestimento superficial do solo). * A correlagao entre caudais e precipitagéo permanece ao longo dos anos, alterando-se apenas nos anos muito secos ou muito htimidos. A partir dos registos udométricos podemos estimar os caudais escoados ao longo de anos e calcular o seu valor médio: 5 Quigg = AX Hymeg X 10°, onde A (km?) é a area da bacia hidrografica * 8 estudos hidrogréficos envolvem a realizagao de medigdes e registo de caudais ao longo de varios anos numa secgao do curso de agua. i1) Registo das observacies (‘Série cronolégica de caudais médios \didrios) Curva de caudais cronolégicos [2) Ordenagao decrescente dos valores ida série cronolégica Quantos dias por ano tém caudais isuperiores a 10 m/s? Curva de duragao de caudais {3) Ordenagao decrescente dos valores \da série cronolégica ladimensionalizada. Curva de duragao de caudais adimensionalizada 23.2 Turbinas As turbinas sao maquinas hidraulicas de alto rendimento. [Turbinas [Acgao (ou impulso) Pelton \(A turbina opera a céu aberto. O rotor é movido| [Turgo_ or um ou mais injectores de agua) [Banki-Mitchell (Crossflow) IReacgao lAxiais_[Hélice e Kaplan (A turbina esta totalmente imersa em agua. O| erfil das pas produz “lp entre as pas fazendo|Radiais |Francis Fear o rotor) ceraer Coceca tee Turbina Turgo Turbina Banki-Mitchell Piado Geir Wale Ge ps drains fa Turbinas de Hélice e Kaplan Ab ‘rurco Pelton / Turgo i © Turbinas Francis © Aescolha da turbina resulta da interacgdo de 3 pardmetros: H, Qe P. ay ei Ae A . Abaco usado na selecgao de turbinas para mini-hi ror. * OL da turbina depende do Q, pelo que | S2839.2 as turbinas sao impostos limites de exploragao. Paton Curvas tipicas de rendimento de turbinas * A turbina de Pelton apresenta bons rendimentos para grandes variagées de carga. * As turbinas de hélice nao sao regulaveis permitindo pouca variagéo no caudal (apenas controlado pelo distribuidor). * As turbinas Kaplan so regulaveis; esta regulagdo pode ser dupla, mobilidade das pas da roda e do distribuidor. Uma turbina Kaplan com dupla regulago mantém um rendimento elevado de 1/1 a 1/5 do caudal nominal. * As turbinas de Francis séo as turbinas de maior uso em quedas ¢ caudais médios. Apresentam um t ~ (80 a 90 %), tanto mais alto quanto maior for a poténcia, * O rendimento das turbinas Banki-Mitchell é inferior ao das turbinas convencionais, mas mantém-se num valor elevado ao longo de uma extensa gama de caudais. De tecnologia bastante simples requer poucos equipamentos para 0 fabrico e manutengao. Campo de aplicagao: H, = 3.2 100 m, Q= 0.02. a2.0 m/s e P= 1 a 100 kW. * Em aproveitamentos de muito pequena poténcia ((centrais) tém sido propostas a utilizagéo de bombas funcionando, em sentido inverso, como turbinas. Apesar de uma | de rendimento e da impossibilidade de adapta¢ao ao caudal, esta solugéo apresenta vantagens interessantes ao nivel do prego, disponibilidade no mercado, facil montagem e manutengdo reduzida 2.3.3 Energia eléc 2.3.3.1 Instalagao de 1 grupo gerador Poténcia nominal * _ Recorrendo a curva de durago de caudais, a turbina é dimensionada para um caudal nominal turbinado igual ao que é excedido em cerca de 15% (55 dias) a 40% (146 dias) dos dias em ano médio. A escolha deste valor depende da forma da curva de duragao e da experiéncia do projectista. a produtivel * Quando a experiéncia nao é suficiente para fundamentar solidamente a escolha de um determinado Q,, é pratica habitual tomar 0 Q, = Qusso * __ Definido 0 Q, e tomando como constantes a H, e 0 (1, a poténcia eléctrica nominal a instalar é estimada pela equagdo’ = XQ, XH, XL, CW) = 9810 Nim®, Q, (m’/s), H, (m) € n, - rendimento global de todo 0 aproveitamento hidroeléctrico. * Uma equacao derivada da anterior, muito vulgarizada para estimar a poténcia eléctrica a instalar em centrais minichidricas, em kW, 6: P,=7xQ,xH, (KW) © que equivale a tomar para “i, = 71.3 % (perdas no circuito hidraulico — condutas, grelhas turbinas — e perdas do préprio gerador). * Agama de poténcias nominais dos equipamentos existentes no mercado é discreta, pelo que a opgao se fara pelo grupo turbina/gerador cuja poténcia nominal mais se aproxima do valor calculado. Estimativa da energia produzida * OQ rendimento da turbina depende do caudal, pelo que as turbinas sao impostos limites de exploracao — é fixada uma faixa admissivel de operagao em torno do Q, sem variagao apreciavel do rendimento, Fora desta faixa, a turbina é desligada, por insuficiéncia de rendimento. . No quadro indicam-se os factores dos limites de exploragao das turbinas. Q, Turbina —max Qn Pelton 0.15 115 Francis 0.35 4.15, Kaplan com dupla regulagao| __0.25 1.25 Kaplan com rotor regulado 04 1.0 IHelice 0.75 1.0 . Na curva de duragao de caudais, marcam-se os limites de exploragao da turbina (Q,,, © Q,,.,), bem como o caudal de cheia Q, acima do qual a queda é muito baixa e, portanto, nao é possivel recolher energia. Deste modo, ficam definidos os tempos t,t, e t, que representam os periodos de tempo em que o caudal de cheia, 0 caudal maximo de operagao e 0 caudal minimo de operagao sao igualados ou excedidos, respectivamente. * Considerando que o rendimento global e a altura de queda séo constantes, a energia produtivel é proporcional a area de exploragao marcada na curva de duragao de caudais, podendo ser estimada através de: E=TxHyx{(trto)x +f UDA] 2.3.3.2 Instalagao de 2 grupos geradores * OQ, e aP, podem ser satisfeitos recorrendo a mais do que 1 grupo turbina/gerador. Cada grupo a mais permitird aproveitar mais caudal afluente e aumentar a area de exploragao da central na curva de duragdo de caudais. © beneficio correspondente a este aumento de energia anual produzida deve ser comparado com o custo adicional correspondente a mais um grupo instalado. 1, 0 caso mais simples consiste em ter 2 grupos iguais, com repartigao de caudais entre turbinas segundo uma regra pré-fixada, © caudal maximo turbindvel é: Q,."20.Q, em que Q,, 6 0 caudal nominal de cada turbina. 2. Um exemplo de distribuigao de caudais pode ser, para um determinado caudal afluente Q, ‘como se mostra no quadro. No exemplo 0 Q, do aproveitamento é: Q, = 20,,=20,, Exemplo de distribuigao pré-fixada do caudal afluente por 2 turbinas. Qi 0sQ5Q,/2 Q, 0 Q/2<051.250 | Q/2 a2 * © caudal minimo de exploragéo é menor do que no caso de existir apenas uma turbina, sendo agora dado por a.Q,,, = a,Q,,. A este novo caudal minimo corresponde o tempo t, em que 0 mesmo € igualado ou excedido. + Nestas condigées, a rea de exploragao é acrescida de uma érea adicional e mais energia pode ser produzida, A energia eléctrica adicional produtivel em ano médio 6: E,=7xHex(o Q(t)dt Exercici am) fam /e 1. A comporta mede 2 m de largura normal ao plano do 4 diagrama e é articulada em O, Caloular a forga em A para i manter a comporta fechada. ne = 10 2. Determine a forga resultante R exercida pela dgua sobre a superficie da represa cilindrica. A massa vollimica é 1 Mgim’ e a represa possui um comprimento b, normal ao plano do papel, de 30 m. 3, Num aproveitamento hidroeléctrico, flui 2gua por um tubo adutor com 75 cm de didmetro até ao grupo gerador que se encontra 30 m abaixo da superficie da albufeira. Para um caudal vollimico de 25 mis o rendimento é de 88 %, calcule a poténcia a safda da turbina. Suponha um coeficiente de perda no tubo adutor (incluindo saida) de 2 4, Caloule a poténcia para uma bomba de égua com 85 % de rendimento, caudal voltimico 40 Vs e ip = 1000 kPa, 5. Uma central hidroeléctrica recebe 30 m’/s de agua através da turbina e descarrega-a para a atmosfera com v, = 2 mis. A aN \ perda de carga na turbina e no sistema adutor é h, = 20 m. ao 4 Caloule a poténcia em MW extraida pela turbina. j ate 6. Uma turbina gera 600 cv quando 0 fluxo de agua através dela é de 0.6 m’/s. Considerando uma eficiéncia de 87 %, qual sera a altura de carga que actua na turbina? 7. Considere um pAHE com uma altura de queda bruta de 6.35 m a instalar num local onde a curva de duragao de caudais pode ser aproximada pela expressao Q(t) = 25.e"""™, para t (dia) e Q (mis). © PpAHE serd equipado com 1 grupo turbina/gerador do tipo Kaplan com dupla regulacao, dimensionada para o caudal nominal de 11.25 m‘/s. Sabe-se que, por insuficiéncia de queda, a central nao poderd funcionar durante 11 dias no ano. Calcular uma estimativa da energia anual produzida. Resolugao: A poténcia nominal a instalar é P,, = 7x11.25x6.35 = 500.06 kW, = P,, = 500 kW (discreta) Aturbina é do tipo Kaplan o que pode ser confirmado por recurso ao dbaco. Tratando-se de uma Kaplan com dupla regulacdo os limites de exploragao so: a, = 0.25 e a, 1.25. Logo, a,Q, = 2.81 mis e a,Q, et, = 57.54 dia. 4,06 m’/s, a que correspondem respectivamente, t, = 218.48 dia u 2200 ti) Curva de duragéo de caudais: marcagao da drea de exploragao. Considerando-se como constantes H, e 0 n, do aproveitamento, uma estimativa da energia produtivel em ano médio pode ser obtida por: B= TaHx( yt) + Ota] 78.26>| [Oct +(6754—11) 1406 |x 24 = 1.99.2 NWN, 8. Considere a mini-hidrica do exercicio anterior, agora equipada com 2 grupos turbina/gerador Kaplan com dupla regulagao iguais. Calcular uma estimativa da energia adicional anualmente produzida com esta configuracao. Resolugao: © caudal nominal de cada turbina € Q,, = Q,, =Q,/2 = 5.625 mils. A poténcia nominal de cada unidade é P,, = P,, = 250 kW. © caudal maximo turbinavel é Q,,., = @,(Q,,+Q,,) = 14.06 m°/s, mas 0 limite minimo de exploracao passou a ser a,Q,,, = 4,Q,, = 1.41 mils. A este caudal minimo corresponde t, = 287.79 dia a0) Na figura esta marcada a area adicional, designada Area adicional 2. ‘A energia eléctrica adicional produtivel em ano médio é: is 2 = 7xH, x [ Q(t)dt i 12 | 7x8,35x [Q(t)dt haa = 150,02 MWh ais 9, Pretende-se instalar uma central mini-hidrica equipada com um grupo turbina/gerador de 750 KW num rio cuja curva de duragdo de caudais pode ser expressa através da fungao analitica Q(t) = 30t**, para t em dia e Q em mis. A altura bruta de queda é igual a 100 m. Estima-se que a central esteja parada durante 15 dias Por insuficiéncia de queda. A turbina sera do tipo Francis. Calcule estimativas para: a) a energia produzida nos dias do ano correspondentes aos 3 menores caudais turbinaveis; use 0 método de integragdo trapezoidal; b) a energia produzida anualmente pela central mini-hidrica e a respectiva utilizagdo anual da poténcia instalada Resolugao: a) © caudal nominal é Q, = 750/(7x100) = 1.07 mis. © caudal minimo e maximo de exploragao sao: Quy = 4,Q, = 0.35x1.07 = 0.375 mils € Q,g, = 0,Q, = 1.15x1.07 = 1.23 m/s, Os valores de t, € t, S40: Qmin = 54926 dia © 4, =( OMX 20 } 7) A energia produzida nos dias correspondentes aos 3 menores caudais turbinados, ¢ dado por: 1 ~ 804.000 5 Ex = Tc t00%24x [30 {ten —12.863.21kWh © enunciado pede explicitamente que seja usado 0 método de integragao trapezoidal Recorda-se algoritmo de cdlculo do integral F da fungao f(x) pelo método de integragao trapezoidal, com passo de integragao At. OAD FLD)ear (1 MEDI © valor da energia que se pretende calcular 6, portanto: E_ = 7110024 [30t?*aH }6 B00 « 0.7532 =12 653, 24KWh b) A energia produzida anualmente pela central mini-hidrica calcula-se através de: E, =7x100x [oe ~18)123+ few) 24 1B Uma vez que: man faorat - 22 02 shee obtém-se a E, =2.747,84 MWh a utilizagao anual da poténcia instalada: t.==2 =3.66378 h P, 14

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