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VOLUME 1 Anténio Maximo Beatriz Alvarenga reli cele merel| loli Py D 4 | = = = a 4 = = frei > 4 Psi, e.. Cae -ISICA Le — VOLUME 1 ensine nrédie Anténio Maximo Ribeiro da Luz Professor Adjunto do Departamento de Fisica da Universidade Federal de Minas Gerais Beatriz Alvarenga Alvares Professora Emérita do Departamento de Fisica da Universidade Federal de Minas Gerais [Brarriz ALVARENGA € ANTONIO M.caMo sio autores da colecao Fisica, em dois volumes, ceditada pela Oxford University Press em lingua espanhola, ¢ do Fisica — volume inico, ceditado pela Scipione. ilustragdes de Rubens Villaga, Paulo Cézar Pereira, Artur Kenji Ogawa € Antonio Robson ‘Sio Paulo, 2006 [unre 1 edi editora scipione Ao estudante A. preparar este texto, uma de nossas preocupagées foi tornar © seu curso de Fisica interessante e agradavel, entando evitar que voce © considere apenas como mais uma de suas obrigacSes escolares. julga- mos que ele poder entusiasmar tanto aos jovens que pretendam continuar seus estudos em uma carreira ligada as ciéncias exatas, como Aqueles que provavelmente nfo mais teréo outro contato com o estudo da Fisica, © conhecimento das leis e fenémenos fisicos constitui um comple- mento indispensével a formacio cultural do homem moderno, nio sé ‘em virtude do grande desenvolvimento cientifico e tecnoldgico do ‘mundo atual, como também porque o mundo da Fisica nos rodeia por ‘completo. De fato, a Fisica esté totalmente envolvida em nossa vida didria: esté em nossa casa, no 6nibus, no elevador, no cinema,no campo de futebol etc. ‘Assim, com a orientagio de seu professor, lendo com atencio os ‘textos de cada capitulo, discutindo com seus colegas e procurando rea- lizar as atividades sugeridas, esperamos que. a0 final deste curso, voce tenha conseguido compreender as lels fundamentais da Fisica, perce- bendo que elas representam modelos que procuram traduair a harmo- nia e a organizagdo presentes na natureza. Esta visio, possivelmente, fara crescer dentro de vocé o amor e o respeito pelas coisas e fatos do mundo em que vivemos. Ao mesmo tempo, entre seus sentimentos. passaré a figurar, por certo, a admiragao aos grandes cientistas que, através de arduos esforgos, conseguiram edificar este importante ramo do conhecimento humano. - OsAutores Como usar esta obra Desenvolvemos os textos e as diversas atividades que compdem este livro tendo sempre em mente a produgéo de um trabalho que se constitua um auxilio reala seus estudos e sua aprendizagem. Esperan- do que este propésito possa ser concretizado apresentamos, a seguir, algumas orientagSes que, acreditamos, o levardo a conhecer melhor 0 seu livro e, conseqiientemente, a usi-lo com o maximo proveito: > lInicie sempre 0 estudo de um determinado assunto com a leitura da seego que 0 aborda. A linguagem simples e a divisio do texto em pequenos blocos, com titulos indicativos de seu contedido, facilitam sta tarefa. Procure compreender o tépico exposto e, se houver da- vida, discuta-a com o professor e com seus colegas. Nao tente apenas ‘memorizar eventuais formulas ali presentes, pois a formula isolada pouco ou nada representa do conhecimento que ela sintetiza.Aleitura ‘@ a compreensio do texto sio passos indispensivels a construcéo deste conhecimento, > Depois de terminar a leitura de cada seccio, passe a solugio dos Exercicios de Fixagio apresentados logo apés cada uma delas. Esses exercicios serao, geralmente, resolvidos com certa faclidade, colabo- rando para sedimentar 0 conhecimento em estudo e para incentivé- lo a prosseguir em outras atividades, Nao passe paraa seccio seguinte nem tente resolver problemas mais sofisticados, antes de responder a todos os Exercicios de Fixagio, Seu raciocinio nao pode dar saltos muito grandes e estes exercicios foram propostos exatamente para Yocé ir construindo seus conhecimentos passo 2 passo. > OTépico Especial, como indica 0 seu subtitulo, para vocé aprender um ouco mais foi desenvolvido como uma extensio aos conhecimentos ali abordados. Usando uma linguagem simples e um tratamento qua- litativo da matéria, com quase nenhum apelo a matemiética, esse tex- to ora apresenta aspectos hist6ricos do assunto, ora uma visio mais moderna dos conceitos e leisa ele relacionados ou, ainda, suas aplica- es tecnol6gicas interessantes e atuais. Estamos convictos de que vvocé ird apreciar a leitura de um desses Tépicos Especial © esteja certo de que a Fisica neles contida é de to boa qualidade quanto a do restante do capitulo. > A Revisio, que aparece no final de cada capitulo, é uma espécie de estudo dirigido, proposto para que vocé obtenha uma visio global do assunto,apés ter estudado cada secgio separadamente. Ao completar essa atividade, vocé ter em maos um resumo deste capitulo, 20 qual poders recorrer quando desejar recapitul-lo rapidamente. > Outra atividade importante para faclitar a compreensio e a aprendi- zagem dos temas apresentados em um capftulo so as Experiéncias, propostas no final de cada um. Escolhemos experiéncias bem simples, ‘que, em geral, requerem material disponivel em sua prépria residén- cia, possibilitando, assim, sua realizagio como tarefa para casa. Nao deixe de fazer essas experiéncias ¢ levé-las a escola para serem discu- tidas com seu professor e seus colegas. Temos certeza de que essas atividades he daro muitos momentos de prazer e the permitirio uma visio mais clara e concreta dos fenmenos em estudo. > Os problemas, comumente usados nos cursos de Fisica para que os estudantes testem e apliquem seus conhecimentos, so apresentados em trés séries em nosso texto: Problemas e Testes, Questées de ‘Vestibular e Problemas Suplementares. Sendo muito grande o némero total desses problemas, voce, provavelmente, nio ter tempo para resolver todos eles, Peca, entio, para seu professor selecionar aqueles que forem mais significativos para seu curso e para o seu préprio contexto. Procurando soluges para eles, vocé estar4 subindo mais alguns degraus em sua formagio cientifica Sumario VOLUME! 1.1, Os ramos da Fisica, Poréncias de 10 Ordem de grandeza 1.3. Algarismos signifieatvos. 14. Operacées com alprsmossgniicatvos, 1S. A origem do sistema métrico 2. Anerodugto 2.2. Movimento refines wiforme 23.Nelocidade inrtantinea e velocdade média, 24. Movimento retilineo uniformemente variado.—___ 0 25.Queda tire 26, Galleu Galle 35. Composigio de velocidades —__ 36. Fisica nas competigbes esporcivas Revisdo i ‘Algurnas Experénces Simples Problemase Testes Problemas Suplementares 42. Equilibrio de uma particula 43.Terceira lei de Newron 4, Forea de arto, AS. Isaac Newton. — Rn ‘Aguas Experincios Simples Problemase Testes Apéndice a ‘A. Momento de uma forga ‘A. Equlbrio de um corpo rigid. 5. Segunda lei de Newton _ S.L A segunda lei de Neweon 5.2. Unidades de forca e massa 5.3.Massae peso. 5.4, Exemplos de aplicacto da segunda lei de Newton 5.5. Queda com resisténcia do ar 5.6. Forgas no movimento circular 5.7.Limitagées da Mectnica Newtoniana Revisto. asa ‘Alguras Experéncias Simples Problemas e Testes. Aptndice. B.L. Movimento de um projétil 2. A aplicagio das leis de Newton a sistemas de corpos. Problemas Suplementares 6, Gravitagdo Universal 6.1. Inerodugio 62. As leis de Kepler — 63, Gravitagio Universal 6.4. Movimento de sates, 6.5 VarlagBes da aceleracio da gravidade 17. Hidrostatica - 7.1. Pressio @ massa espectia 7.2. Pressio atmosfériea 73. Varig da pressio com a profundidade——__ 7.4, AplicagBes da equacio fundamental ——____ 75. Princpios de Arquimedes Unidade 4 ~ Leis de conservagso_________283 8. Conservago da energia. 8.1-Trabalho de uma forga, 8.2 Potinea 18.3.Trabalho e energia cindtca. ‘84. Energia potencial gravtaclonal 85. Energia potencial elistica—_ 18.6.Conservario da energia —__ 8,7. Exemplos de aplcario da conservagio da energia, Bbogrofaindcade para os alunos — VOLUME 2 Unidade 4 - Leis de conseryagio 9. Conservaciio da quantidade de movimento Unidade 5 - Temperatura ~ Dilatagio - Gases 10.Temperatura e dilatagso 11. Comportamento dos gases Unidade 6 - Calor 12, Primeira lei da Termodinamica 13, Mudangas de fase Unidade 7 - Otiea ¢ ondas 14, Reflexio da luz 15. Refracao da luz 16. Movimento ondulatério (Questées de Vestibular Resportas Valores das Fungdes Trigonométrcas CConstantesFisicas VOLUME 3 Unidade 8 ~ Campo @ potencial elétrico . Carga elétrica 18. Campo elétrico 9. Potencial elétrico Unidade 9 ~ Circuitos elétricos de corrente continua 20, Corrente elétrica |. Forca eletromatriz ~ Equaco do circuito Unidade 10 - Eletromagnetisme 22.0 eampe magnético 23.0 campo magnético -2 parte 24, nducio eletromagnétiea ~ Ondaseletromagnéticas 25.A nova Fisica Apéndice ELLA lei de Bit Sort estes de Vesbulr Respostas Volres des Funes Trgonomevcas Consanes Fas ‘Atgarismos signiticativos {A Fisica,no inicio de seu desenvolvimento, era considerada como a ciéncia que se dedicava a estudar todos os fenémenos que ocorrem na natureza. Dal ter sido ‘esta cléncia, durante muitos anos, denominada “Filosofia Natural Encretanto,a partir do século XIX, 2 Fisica restringiu seu campo, limitando-se a ‘estudar mais profundamente um menor ntimero de fendmenos, denominados “Yanémenos fisicos", © os fenémenos que dela se destacaram deram origem a outras Se tent4ssemos, porém, esclarecer quais sio os chamados “fendmenos fsicos”, verifiariamos que nfo seriamos eapazes de estabelecer uma definicio clara. Mas no nos preocupemos com isto, Com o desenrolar deste curso, voc® iré descobrindo que é mais importante saber e compreender © que ji se fez no campo 6a Fisica, mesmo que no possa defni-la, em poucas palaveas. Veré que & possivel explicar uma grande variedade de fendmenos, aparentemente no relacionados, a partic de alguns prineipios bisicos, e que estes principios deverio ser bem compreendidos, pois, com eles, poderemos enfrentar & resolver problemas novos. LI. Os ramos da Fisica No inicio do desenvolvimento das ciéncias, os nossos sentidos eram as fontes de informagio utilizadas na observagio dos fendmenos que ocorrem na natureea, Por isso mesmo o estudo da Fisica foi se desenvolvendo, subdividido ‘em diversos ramos, cada um deles agrupando fenémenos sentido pelo qual eles eram percebidos. Eneio, surgiram lacionados com 0 Mecinica ~ 0 ramo da Fisica que estuda os fend- menos relacionados com 0 movimento dos corpos. Assim, estamos tratando com fendmenos mecinicos ‘quando estudamos o movimento de queda de um cor- po, © movimento dos planetas, a colisio de dois auto- Calor ~ Como 0 préprio nome indica, este ramo da Fisica trata dos fendmenos térmicos. Portanto, a variagio da temperatura de um corpo, a fusto de um pedago de elo, a dilatacio de um corpo aquecido s40 fendmenos estudaclos neste ramo da Fisica Fig|-2: Or fendmenostrmicorcons- tuemum importente ramo do Fic. yo Figs Ne Meco or os corps a Fig.-2: 0 som &.um spa feito te com oF demats fendmenor ond Figs 5:0 exude dosferi- Ine sleicon © mage Movimento Ondatatirio ~ Nesta parte estudamos 28 pro- priedades das ondas que se propagam em um meio material como, por exemplo, as ondas em uma corda ou na superficie da digua. Também sio estudados, aqui, 0$ fendmenos sonoros, porque o son nada mais é do que um tipo de onda que se propa Orie ~ a parte da Fisica que festuda os fendmenos relacionados com a Ins. A formagio. de sae iegem emo espelhoy a. obverva- gio de’ um objeto distante através de ragio da luz solar nas So todos fendmen0s Fig 4:4 Sco» rome do Fea queer ticos. {thao entero mine. letricidade ~ Neste ramo da Fisica incluem-se os fen rmenos elétricos e magnéticos. Desta maneira, sio estudados: a5, atragbes € repulsBes entre os corpos eletrizados, o funciona mento dos diversos aparelhos eletrodomésticos, as pro- prriedades de um fm3, a produgio de um relimpago em uma tempestade ete Mviea Moderna ~ Fsta parte cobre 0 desenvolvimento da Fisica aleangado no século XX, abrangendo o estudo da estru- tura do dtomo, do fendmeno da radioatividade, da teoria da relatividade de Kinstein ete. ‘Tradicionalmente, a Fisica € comumente apresentada, através desses ramos. Além disso, por comodidade diditica, tessa mesma subdivisio € respeitada na maioria dos textos de ensino da Fisica. Entretanto, esses ramos nlo constituem com- ppartimentos etanques. Pelo contrério, os fendmenos estudados, nos diversos ramos estio relacionados entre si através de um. jpequeno miimero de prinefpios bisieos, sendo possivel, entio, encarar esses ramos como um todo, tornando a Fisiea uma cstrutura lgicae consistent. Em nosso curso, a Mecinica seré desenvolvida prin- cipalmente neste I* volume. O estudo do Calor, das Ondas e da Otiea seré feito no 2* volume ¢ o 3* volume tratard da Eletricidade. Algumas nogdes de Fisica Moderna serio apresentadas em certas “Leituras”, incluidas no final dos capitalos, ou mesmo distribuidas 20 longo do texto, sempre «que se julgar oportuno. ‘Aigarismos significatives —__ 15 Ea Ge Duckie exelCicio de fixagao Antes de passar ao estudo da préxima secsio, responda 4 questdo seguinte, consultando 0 texto sempre que julgar necessario. | 2. Ce alguns fendmenos queso estudados em cada um dos seguntes ramos da Fisica 2) Mecénics 4) Movimento Onduatério 2) Calor ©) Eetreidade ©) Otca 1) Fisea Moderna 1.2. Poténcias de 10-Ordem de grandeza POR QUE USAMOS AS POTENCIAS DE 10 ‘Senos disserem que o rai do étomo de hidrogénio ¢ igual a 0,000000005 em con que uma dada célula tem cerca de 2.000 000 000 000 de étomos, difiilmente seremos capazes de assimilar estas idéia. Isto ocorre porque estes mimeros esto afastados dos valores que os nossos sents esto acostumados a perceber ~ es30 fora do nosso quadro de referéncias. No estudo da Fisica encontraremos, freqiientemente, grandezas como «estas, que Sio expressas por niimeros muito grandes ou muito pequenos. A apre- sentagio escrta ou oral desses nimeros, da maneira habitual, tal como foram «scrtos acima, é bastante incémodae trabalhosa. Para contornar o problema, & usual apresentar estes miimeros em forma de poténcias de 10, como veremos a seguir. Este novo tipo de notagio,além de mais compacto, nos permite uma ripi- da comparagio destes miimeros entre si ¢ facilita a realizagio de operaghes rmatemitieas com eles. COMO ESCREVEMOS OS NUMEROS NA NOTAGAO DE POTENCIAS DE 10 3 Consideremos um nimero qualquer como, por exemplo, 0 nimero 842. Seus conhecimentos de Algebra Elementar Ihe permitiio compreender que este ‘nimero pode ser expresso da seguinte maneirs: 842 =842%100=8,42%10" Observe que 6 nimero 842 foi expresso como sendo o produto de 8,42 por uma poténcia de 10 (no caso, 10°). “Tomemos um outro mimero, por exemplo, 0,0037. Pademos eserever: a7 37 00037 = F300 = 10° Novamente, temos 0 ntimero expresso pelo produto de um mimero com- preendido entre | ¢ 10 (no caso, 3,7) por uma poténcia de 10 (no caso, 10”). Baseando-nos nestes exemplos, chegamos A seguinte conclusio: 53,710" ‘um mimero qualquer pode sempre ser expresso como © produto de um niimero compreendido entre Le 10 por uma poténcia de 10 adequada. Procure exercitar-se no uso desta regra, analisando os dois exemplos seguintes: {62300 = 6,23 x10 000 = 6,23 x10" Bd aya 100002 = 59g 7 gk =2X10%. (Otseroao ~ Uma regra pritica para se obter a poténcia de 10 adequada 6a seguinte: 4) Conta-se 0 miimero de casas que avirgula deve ser deslocada para a esquerda, este nimero nos forneceo expoente de 10 positivo. Assim: 62300=6,23x10' cans ¥) Conta-se 0 nimero de casas que a virgula deve ser deslocada para a direita; ‘este nimero nos fornece o expoente de 10 negative. Assim: 000002 = 2 10° Sass [Nesta representagio de poténcias de 10, os niimeros citados no inicio desta seccio poderio ser escritos, compactamente, e de maneira mais eémoda, do seguinte modo: tio do étomo de hidrogénio = $10” em riimero aproximado de étomos de uma célula = 2x 10" OPERAGOES COM POTENCIAS DE 10 Vocé pode perceber facilmente que seria complicado e trabalhoso efetuar ‘operacdes com os mimeros muito grandes, ou muito pequenos, quando escritos ‘na forma comam. Quando estes nimeros so escritos na notag de poténcas de 10, esas operagdes tormam-se bem mais simples, seguindo as em Algebra, pars as operagdes com poténcias. Os exemplos seguintesoajudario ‘a recordar estas leis: 2) 0,0021%30 000 000- (2,110?) (310°) = (21%3)x (10° x10" ty 228x10" _ 7,28 axl 6) (510°)! =5°x(10°)' =125%10° 10" 3 jor b8210 como 125=1,25%10 vem 125x10* =1,25x10" x10 = 125x107 4) 25x10 = 25x10" = \25 x 10" =5x10" Algarimas significatives — OBSERVE COMO SE PROCEDE NA ADICAO Nos exemplos apresentados, s6 apareceram as operagdes de multiplieag2o, Aivisio, potenciagio e radiciagdo, Quando estivermos tratando com adi¢io ou subtraglo, devemos ter o cuidado de, antes de eferuar a operacdo, expressar os nimeros cm os quai extamos idando na mesma poténca de 10. Consideremos os exemplos seguintes: 8) 65x10! -3210° [Neste caso, como as niimeros jf esto expressos na mesma poténcia de 10, poderemos efetuar a operacio diretamente, como segue: 6,510! =3,2«10! = (6,5-3,2)10" =3,3%10" ‘b) 4,232 107 + 1,3 x 10° Devemos,inicialmente, expressar as parcelas em uma mesma poténcia de 10, Isto pode ser feito escrevendo a primeira parcela como uma poténcia de 10°, da seguinte maneira 4,23%10? 4 1,3%10° = 42,3108 41,310" = = (42,3+1,3) 10! =43,6%10" =4,36x10" © celeulo pode ser efetuado de outra maneira, expressando a segunda parcela como uma poténcia de 10", Teremos: 4,23 10" + 0,13% 10 = (4,23-+40,13) 10" =4,36410" Evidentemente, procedendo de uma maneira ou de outra, obtivemos 0 mesmo resultado final. ‘ORDEM DE GRANDEZA “Muitas veres, a0 trabalharmos com grandezas fsicas, no ha necessidade ou interesse em conhecer, com precisio, o valor da grandeza. Nesses casos, é sufi ciente conhecer a poténcia de 10 que mais se aproxima de seu valor. Essa potén- cia € denominada ordem de grandeza do ntimero que expressa sua medida, isto é, ordem de grandeza de um mimero é a poténcia de 10 mais préxima deste numero. Entio, a ordem de grandeza de 92 ¢ 10” porque 92 esté compreendido entre 10 ¢ 100, mas esti mais préximo de 10°. Da mesma forma, a ordem de grandeza «de 0.00022 = 2,2 10" € 10°. Assim, conhecendo as ordens de grandeza de diversas medidas, fcil compars- las e podemos rapidamente distinguir a menor ou a maior dentre elas, e aquelas que sio aproximadamente igus. [Alem disso, freqentemente temas condigio de obter a ordem de grandeza sem calculos laboriosos, mesmo nio possuindo o valor da grandeza medida, ccomo veremos no exemplo 2 a seguir. rs a Ordens de grandeza Teed ee Ordens de grandeza Ordens de grandeza a de tempo (em) de massas (em s) 10 — Distancia galtxia mais ioe 2 O5a! Benen | wor to dade da raga humana || 10 — tua Um ano-tuz pie _ Vida média do pluténio 1015 ~ Tamanho do Sistema Solar ||'°"” ~ viga média do homem Um transatlantic Distancia da Terra ao Sol eee’ {Um auilograma to! — Raio do Sot um grama 6 aon’ pie Aes Somosguito Acura do monte Evereste ‘Gota de dteo de um tos = | ‘tomizador quildmetro oe. Veneer 10"— como de urinio ~ Leentimetro Datidas do corario Proton Espesurade umflode ||. ~ 10" Eraeron cabelo ~ ‘Tempo para acorda de um ‘Comprimento de onda olde fetuar uma | Setar ibragso | 105 — ‘Tamanho das moléeulas Prba eda paiaers corginicas tomo mantenseexcieado Didmetro do nicleo de antes de ert luz turn “Tempo param elétron Didmetro de uma partcua || ,,,,_ Sfarem torno do igus elementar 10 proton ne domo de 10"— Tempo para um préton airar dentro do ricco Tobe Tobela 12 Tobele 13 Nas tabelas 1-1, 1-2 € 1-3 apresentamos ordens de grandeza de distincias, intervalos ce tempo € massas, em um dominio de intervalo muito amplo. Exemplo 4 ‘S60 dadas as seguintes medidas de compriment: . 3x10%m — 4xt0?m —7x10%m 2) Qual 6a ordom de gyandeza de cata uma delas? Consideremos a eta seguinte, que representa o conjnto dos nimeros racionals, na qual _assinalamos 0s pontos que rpresentam alguras poténcas de 10. ce ec Otwaresgueodeenho dart lofi to em saa lines ‘Algarismes significativos - Localzando, nessa eta, as medidas fomecidas, 6 fil prceber qua a poténcia de 30 mals ‘réxima de cada uma, Verios, eno, que 7 % 10% esté compreendida ente 10° @ 10%, mas esté mais préxima de 10°. Logo: ‘a order de grandeza de 7 x 10%6 10° (De maneira semetnante, tenes" 2 ordem de grandza de 3x 106 107 ‘@erdem de grandeza de 4x 10" 6.10" Observe que esses resultados podem ser abtides com rapldez (sem a preacupasso de localiza as medidas na rea), da seguinte manele: ‘Na medida 7 x 10%, considerendo apenas o algarismo 7, sabemos que sua ordem de ‘wandeza 6 10. Logo, a ordem de grandeze de 7 «10° serd 10%10 = 10% demos proceder da mesma forma para determinar a ordem de grandeza das ovtras medidas: 3x 107-9 1x10? = 10° 4x 1075110? = 107 ) Qual a ordem crescente das medidas fomecidas? evdenta, cbservando a ordem de grandeza de cada uma, que tems Tx10%<3x10%< 410 Exemplo 2 Determine a orem de gandeza do nimero de gota de dua que cabem em ua banheta. ‘Deveros,nilaente, deteminar a ordem de grandeza do velume de uma barre commu. entemente, 0 comprimento da banhea estar compreendido ene 1 m e 10 m, Iso é, enve as seguintes poténclas de 10: 10°m e 10" m. E fd perceber, também, que esse ‘omprimentoesté mals préximo de 1m. Loge, 2 ordem de grandza do comprimento de be ‘eira 6-1 m eu 10° m. Com rcieiniosemelhante, conclumos ave as medkdas, tanto da lar- ‘81a, quanto da profundidade de banhe'a,estio mais préimas de 1m, ito 6, @ ordem de ‘gandeza de ambas 6 1 m ou 10° mi. Log, a ordem de grandeza do volume da bannelaé: Amximxim = 1a? Pare encontrar @ordem de grandeze do volume da gota de duo, pedemos imaginéla com a forma de um cubo. & aresta dosse cubo esta compreendlfa entre 1 mm (10 m) e.1.em (20 m), mas 6 elaro que, para uma gota comum, essa aresta estaré mais préxima de 1 mm, Logo, a rem de grandeza do volume da gota é: 10% mx:10* mx 10% m = 10° m* ‘Acrdem de grandeza do nimero de gotas que cabe na banhela ser, entio: am! tet = 10° gotas ee ‘sto 6, 1 bio ae gotast * Nie devemr nor preocupa em eabelecercririos rgoreso para determina ponds de 10 mas ‘résma do ndmer, pos concsito de ordem de grander, por sua prpra nature € wna aaliaglo “Sprosimads aqua cab nen reocapacso com rigor mates, Pores esa ao gon ‘oniimero enter sprsimadamente no meso entre dus pone de 10, ort indferent sole wna ‘conta prs represetar a ondem de grandes daguelenémero. 19 Sa 20 eS exelCicios de fiXagao ©..! Cite duas vantagens de se escrever os admeros ne notagéo de poténcias de 10. 3. Complete em sou cadema as igualdedes seguints, conforme o ecelo. Modelo: c2m = 100 = 10 2) mi = ) com mi ©) um minso ‘um centésimo = €@) um décimo de miésimo. = 1) um milonésina = ‘Compete em sou cademo as igualdades seguints, conforme 0 modelo. Modelo: 3,4 10° = 340000 2) 210 9) 7,5x107 n)12x10%= 4g) x10 = Usando a reg pritica sugerida no texto, escreva fem seu caderno os nimores soguintes em notagao e potincia de 30. ©) 0,042: 2) 075. ©) 62000000 = | 0,000069= 2) Dados 0§ nimeros 3x 10° e 7 x 10°, qual eles 60 maior? ) Coloque as poténciag de 10 seguintes 410%; 210% © BX10"'em ordem crescente de ous valores Efetue as operaqdes indicadas a) 10x10" ¥) 10! x10 = » (.'} m faxa03) = © 2x40%%4x107= 9 \16x10* = @) 10% :10* 8) 10": 19 f) 48107: 1,2%10 = Antes de passar ao estudo da préxima sec¢ao, responda as questdes seguintes, tando 0 texto sempre que julgar necessario. 8, Eletue as operagées incicadas: a) 57x10" +2,4x10 ) 64x10" 8,110" = 9. Para adicionar ou subrair dois nimeros que estéo ‘expressos em poténcias de 10, eujos expoentes 80 diferentes, o que deve ser feito antes de efetua a operacio? 420, Efetue es operagées indicades: 8) 128x108 +410" = b) 754x10"-3,7 10" 41, Amassa da Tera é '5 980 000 000 000.000 000 000 000 ke. a) Excreva esse nimero usando a notagio de poténcia ge 10. 1) Qual 6a erdem de gandeza da massa da Tera? 12.0 indice de leitura no Brasil é de apenas 2 lvros or pessoa, por ano, enquanto em paises desen- volidos esse indice chega a 15 los. 28) Qual 6a ardem de grandeza do nme de eos dos, por ano, no Bras? ) Qual sera essa order de grandera quando atin- _Bimos indice dos paises desevotvidos? 113. Uma pessoa utlza em mécla, por dia, aproxime ddamente 200 L de dua, 8) Qual deveria ser a ordem oe grandeza, em metros cdbieos, do volume de um resert6rio ‘capaz de fornecer dgua para 2 populagio de ‘qualquer uma das maiores cidades do mundoy ‘durante 1 oi, som reabastecimento? ) Quais as oxdens de grandeza, em metros, de ‘cada uma das cmensées (comprimento, larga € profundidade) que vocé proporia pare esse resenatéio? 1.3. Algarismos significatives ALGARISMOS CORRETOS E AVALIADOS Imagine que vocé esteja realizando uma medida qualquer, como, por exemplo, a medida do comprimento de uma barra (fig. 1-6). Observe que a menor divisio da régua utilizada € de 1 mm. Ao tentar expressaro resultado desta medida, ‘voc® percebe que ela esti compreendida entre 14,3 cm e 14,4 om. A fragio de Algarismos significatives ee rilimetro que devers ser acrescentada a 14,3 em t no apresenta divisbes inferiores a 1 mm. Para fazer esta avaliagio, voc€ deverd imaginar 0 intervalo entre 14,3 om € 144 cm subdividido em 10 partes iguais, com iso, a fragio de milimetro, que deverd ser acrescentada a 14,3 cm, poderé ser obtida com razodvel aproximasio. Na fig. 1-6 podemos avaliar a fracio mencionada como sendo $ décimos de milimetro eo resultado da medida poderd ser expresso como 14,35 em, je ser avaliada, poisa régua Observe que estamos seguros em relagio aos algarismos 1, 4 3, pois eles foram obtidos através de divisdes inteiras da régua, ou sej, eles sio algarismos corretos. Entretanto, 0 algarismo 5 foi avaiado, isto é, vocé nao tem muita certeza sobre o seu valor e outra pessoa poderia avalis-lo como sendo 4 ou 6, por exemplo. Por isto, este algarismo avaliado é denominado algarismo divideso 08 algarisme incert. # claro que nio haveria sentido em tentar descobrir qual oalgarismo que deveria ser escrito, na medida, apés o algarismo 5. Para isso, seria necessirio imaginar o intervalo de 1 mm subdividido mentalmente em 100 partes iguais, 0 que evidentemente é impossivel. Portanto, se o resultado da medida fosse apresentado como sendo 14,357 em, por exemplo, poder‘amos afirmar que & avaliagio do algarismo 7 (Gegundo algarismo avaliado) no tem nenhum significado e, assim, ele nfo deveria figurar no resultado. ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS Pelo que vimos, no resultado de uma medida devem figurar somente os algarismos corretos ¢ o primeiro algarismo avaliado, Esta maneira de proceder 6 adotada convencionalmente entre os fisicos, os quimicos e, em geral, por todas as pessoas que realizam medidas. Estes algarismos (corretos © o I* duvidoso) si0 denominados algarismessignifcatives, Portanto, algarismos significativos de uma medida sio os algarismos corretos e o primeiro algarismo duvidoso. Desta maneira, a0 eferuarmos uma medida, devemos apresentar 0 resultado apenas com os algarismos significativos. O resultado da medida da fig. 1-6 deve, ‘entlo, ser expresso como 14,35 em, COMENTARIOS 14 1) Secada divisto de 1 mm da régua da fig. 1-6 fosse, realmente, subdividida em 10 partes iguais, a0 efe~ tuarmos a leitura do comprimento da barra (usan- do um microseépio, por exemplo), 0 algarismo 5 15 passaria a ser um algarismo correto, pois iria cor- : responder a uma divisio inteira da régua (fig.1-7) Neste caso, o algarismo seguinte seria 0 primeiro a 2 7 Figl-t: Ao. relizrmos time medi, obtmos olga {orteme evaoda. Figt-7: Com onto régua, 9 ‘lgorimo 5 passoie 3 er olor comet ra fuse resuitado do medida bo comprimento deverd {er opresentedo com ope os treslgorsmos. avaliado e passaria a ser, portanto, um algarismo significativo. Se nesta avaliaglo fosse encontrado o algarismo 7, por exemplo, o resultado da medida poderia ser escrito como 14,357 em, sendo todos estes algar significativos. Por outro lado, se a régua da fig. 1-6 nfo possu dlivisdes de milimetros (fig. 1-8), apenas os algarismos 1 ¢ 4 seriam corretos. O algarismo 3 seria 0 primeiro algarismo avaliado e o resultado da medida seria expresso por 14,3 cm, com apenas trés algarismos significativos. Vemos, entio, que o mimero de algarismos significativos, que se obtém no resultado da medida de uma dada grandeza, dependerd do aparelho usado na medida. 2) A convengio de se apresentar o resultado de uma medida contendo apenas algarismos significativos ¢ adotada de maneira geral, nfo s6 na medida de ‘comprimentos, mas também na medida de massas, temperaturas, forgas ete. Esta convengio é também usada ao se apresentar os resultados de eileulos envolvendo medidas das grandezas. Quando uma pessoa Ihe informar, por exemplo, que mediu (ou calealou) a temperatura de um objeto e encontrou 37,82°C, vocé deveri entender que a medida (ou o céleulo) foi feita de tal ‘modo que os algarismos 3, 7 e 8 sio corretos € iltimo algarismo, neste caso (02, é sempre duvidoso. 3) A partir deste momento, voe® pode compreender que duas medidas ‘expressis, por exemplo, como 42 cm e 42,0 em, nio representam ‘exitamente @ mesma coisa. Na primeira, 0 algarismo 2 foi avaliado e no se tem certeza sobre o seu valor. Na segunda, 0 algarismo 2 é correto, sendo 0 zero 0 algarismo duvidoso. Do mesmo modo, resultados como 7,65 kg € 7,67 kg, por exemplo, nio sio fundamentalmente diferentes, pois diferem apenas no algarismo duvidoso. ctl XLackc @xel"Cicios de fiXagae ©.cl Cletes Ge t Sa Antes de passar ao estudo da préxima seccio, responda as questées seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessario. 114. Considerando a figura deste exerci: 4) Como vod epresariaocompentn da bara? ) Qual é 0 algarismo cometo desta medida? e 0 pens. Se esta passoa Ihe dsser que a velocidade ‘dem caro era 123 kav: 2) Quais 8 algarismos que ela eu no velosimeto ee {algaismos coretos)? 4 y ») Qual o algarismo que ela avaliou (algarismo uvidoso)? 417. A temperatura de uma pessoa fol medida usando- Exerc 15. O que so algaremos sgnifcativos do uma medida? 416. Uma pessoa sabe que o resuitado de uma media eve ser expresso com algarsmos signiieatvos se dois termémetios diferentes, encontrando-se 36,80 36,80. 8) Qual €0algasmo csitoso ca primeira medida? ) Ne segunda medida o algerismo 8 & duvidoso cu conto? ‘Aigartsmessignificativos — —— — 1.4. operagées com algarismos significativos Conforme dissemos, os resultados de cileulos que envolvem medidas deve conter apenas algarismos significativos. Ao resolver exercicios de Fisica, Quimica etc,, teremos que realizar operagies envolvendo esas medidas e os resultados desses exercicios também devem ser expressos com algarismos significativos somente. Para isto, seri necessétio observar as regras que apresentaremos a seguir. Se estas regras nio forem obedecidas, ‘suas respostas poderdo conter algarismos que no sio significativos. ADIGAO E SUBTRACAO Supomha que se deseje adicionar as seguintes parcelas 2807,5 0,0648 83,645 525,35 Para que o resultado da adigio contenha apenas algarismos signifcativos, voce deveri,iniialmente, observar qual (ou quis) das parcelas possui o menor mimere de ‘asasdeimais. Em nosso exemplo, esa parcelaé 2807,5, que possui apenas uma casa decimal. Esta parcela seré mantida como est. As demais parcelas deverio ser ‘modifcadas, de modo aficar com o mesmo niimero de casas decimais que a primeira ‘scolhida, abandonando-senelastantosalgarismos quantos forem necessirios Assim, na parccla 0,0648, devemos abandonar os algarismos 6, 4 © 8. Ao sbandonarmos algarismos em um mimero, o itimo algurismo mantido devers ser acrescido de uma unidade, seo primeiro algarismo abandonado for superior a Se, quando inferior a5, o ltimo algarismo mantido permanecers invariéve (regra de arredondamento). Entio, a parcela citada (0,0648) devers ser escrita como Oy. Na parcela 83,645 devemos abandonar os algarismos 4 ¢ 5; logo, a parcela £83,645 fica reduzida a 83,6. Finalmente, na parcela 523,35, devemos abandonar 0 algarismo 5. Quando © primeiro algarismo abandonado for exatamente igual a 5, sera indiferente acrescentar ot nfo uma unidade ao iiltimo algarismo mantido, De qualquer ‘maneira, as respostasdiferirio, em geral, apenas no iiltimo algarismo ¢ isto nio tem importincia, pois ele & um algarismo incerto. Podemos, enti, escrever & parcela 525,35 indiferentemente como 525,3 ou 5254 Vejamos, pois, como efetuaremos a adigio: 2807.5 permanece inalterada oe 2807,5 0,0648 passa a serescrita OL 83,645 passa a serescrita B36 525,35 passa a Ser eSCtita wor 5253. O resultado correto é ou 3416,5 [Na subtracio, deve-se seguir o mesmo procedimento. 2 MULTIPLICAGAO E DIVISAO Suponha que desejemos, por excmplo, multiplicar 3,67 por 2,3. Realizando normalmente a operacio, encontramos 3,672.35 8,441 Entretanto, procedendo desta maneira, aparecem, no produto, algarismos ‘que nao sio significativos. Para evitar isto, devemos observar a seguinte regra: verificar qual 0 fator que possui 0 menor mimero de algarismos signifiarivas e, no resultado, manter apenas um mtimero de algarismos igual a0 deste fator. ‘Assim, no exemplo anterior, como o fator que possui o menor mimero de algarismos significativos € 2,3, devemos manter, no resultado, apenas dois algarismos, isto 6, o resultado deve ser escrito da seguinte maneira: 367x2,3=8,4 [Na aplicagzo desta regra a0 abandonarmos algarismos no produto, devemos seguir ocritrio de arredondamento que analisamos ao estudar a adi. Procedimento andlogo deve ser seguido a0 eferuarmos uma divsto. COMENTARIOS 1) As regras citadas para operar com algarismos significativos néo devem ser consideradas como absolutamente rigorosas. Elas se destinam, apenas, a evitar que voc® perca tempo, trabalhando inutilmente com wm grande nnimero de algarismos que nio tém significado algum. Assim, nfo sendo estas regras muito rigidas, na multiplicagdo analisada acima seria perfeitamente razoivel manter um algarismo @ mais no resultado. Sto, pois, igualmente aceitiveis os resultados 367x23=84 00 3,67x23=8,44 2) Ao contar os algarismos signficativos de uma medida, devemos observar ‘que 0 algarismo zero 36 €significativo se estversituado & direita de um al- garismo signifiatvo. Assim, 0.00041. tem apenas di algariamos sigifeavos (4 1, pois os zeros no slo sitios 40100 tem dno alarms sgueatvos, pois agi o zero so sgieation ©,000401 tem rs alarismossgnienvs, pois os zeros esquerds do alga 4 oso signification 3) Quando relizamos ra madanga de unidades, devemos tomar euidado para no escrever er0s que no so significaivos. Por exemplo, suponha que queiramos expressar, em gramas, uma medida de 7,3 kg. Observe que esta medida possui dois algrismos significative, sendo duvidoso algariamo 3. Se exerevésernos 7,3 kg =7300g «estarfamos dando a idéia errdnea de que 0 3 € um algarismo correto, sendo 0 lltimo zero acrescentado 0 algarismo duvidoso. Para evitar este erro de interpretaglo, langamos mio da notagio de poténcia de 10 e escrevemos 73kg=73%10'g ‘Algartames significativos esta mancira, 2 mudanga de unidades fo feta e continuamosa indicar que 0 3 €oalgarismo duvidoso. 4) Finalmente, chamamos sua atengio para alguns nimeros que encontramos em férmulas (na Matemética ou na Fisica) que ndo sio resultados de medida e, para os quais, portanto, ndo teria sentido falar em niimero de algarismos Significatvos. Por exemplo, na férmula que fornece a rea d de um triangulo debase e altura b, xb 2 se b for medido com us algarismos significativos e b com cinco algarismos significativos, a drea, como jé sabemos, deveri ser expressa com trés (ou ‘quatro) algarismos. O nimero 2 nio foi obtido através de medida e, assim, no deveri ser levado em consideragio para a contagem dos algarismos significativos do resultado. ‘Os mesmos comentérios aplicam-se a outros nimeros tais como o némero da 4 —— placa de um automével, de um telefone etc. exel’Cicios de fixagao ‘Antes de passar ao estudo da préxima seccdo, responda as questdes seguintes, consultando o texto sempre que julgar necessario, | 18 Lembrando-se da “regra de arredondamento”, fescreva em seu caderno as medides sequintes com apenas trésalgarsmos sgnifcatvos 2)42232em* 0) 3,428 ©) 16,158 19, Uma pessoa deseja realizar a seguinte adigSo, de tal modo que o resultado contena apenas alga ‘os significatvos: 27,48 om-+25 em 2) Qual das parcels permanecer inatorada? ) Como dover sor esoita a outa parcela? ©) Qual 60 resuitaco da acto? 20, Para eetuar a mutipicacso 3az2xt.41 respond: 8) Qual dos fatores possui o menor nimero de ‘algarismes signifeatvos? 1) Com quantos algrismos devemos apresentar 0 resuitado? ©) Escreva 0 resuitado da multinicagéo com alga- isos signiiatnos apenas. © Sera acetévelapresentar 379,8 como result: 60 desta mulipleacso? © 379,84? 24. Quantos algarismos sgnfcatvos né em cada una as medidas segurtes? 2) TO20m ) 36,00 ig ©) 0,00835 m 1) 0,05080 L 22. ko medir © comprimento de uma estrada, uma pessoa encontou 86 km. 42) Qual oalgarismo duvdoso desta medica? ) Seria aveltvel escrever esta medida como 56000 m2 €) Qual @ maneira de expressar esta medida em metres, sem doar avidas quanto 30s algaristos signiicatios? 23. Ovolume de um cone 6 dado pela expresséo Axh 3 onde Ag a dea de sun base en € sa ature, Para um edo cone temas A= 0,302 mi © n=4,020™m. ‘Com quantos algrismos voc8 deve expressar 0 volume deste cone? Este enorme opereho fot construe pele xtérome Ginamarguts Tycho Brahe, no seule XV, cor mmedides des. pose Corpo clestes no decorrer oon. Exar mesos erom btdos coo ornt extroer- Sinarie preciso, demons trode ocrorme bobltdede experimental do foress mente 46 oritinaver de pertes do corpo humane. um tépico especial para vocs aprender um pouco mais 1.5. A origem do sistema métrico A IMPORTANCIA DAS MEDIDAS Para descobrir as leis que governam os fendmenos naturais, os cientistas ‘dever realizar medidas das grandezas envolvidas nestes fenbmenos. A Fisica, ‘em particular, costuma ser denominada ‘a ciéncia da medida”. Lord Kelvin, grande fisico inglés do século XIX, salientou a importincia da realizagio de ‘medidas no estudo das ciéncias por meio das seguintespalavras: “Sempre afirmo que se voce puder medir aquilo de que estiverfalando e conseguir expressi-lo em niimeros, vocé conhece alguma coisa sobre 0 assunto; mas quando voc nko pode expressi-lo em mimeros, seu conhecimento é pobre e insatsfatdrio. ‘Como sabemos, para efetuar medidas é necesirio escolher uma unidade para ‘ada grandeza. O estabelecimento de unidades, reconhecidas intemacionalmente, & ‘também imprescindivel no comércio e no intereimbio entre os pases. UNIDADES ANTERIORES AO SISTEMA METRICO Antes da instituigio do Sistema Métrico Decimal (no final do século XVID, as unidades de medida eram definidas de maneira bastante arbitréria, ‘variando de um pafs para outro, dificultando as transagdes comerciais © 0 intercimbio cientifico entre eles. As unidades de comprimento, por exemplo, ‘ram quase sempre derivadas das partes do corpo do rei de cada pais: ajarda, 0 pé, a polegada etc, (fig. 1-9) Até hoje, estas unidades sio usadas nos paises de lingua ingles, embora definidas de uma maneira moderna, através de padrdes. ‘rd » Co) ‘Atgarismes signiticativos __ odemos destacar ainda outra inconveniéncia das unidades antiga: seus rmiltiplos e submiltiplos néo eram decimais, o que dificultava enormemente a realizagio das operacées matemsticas com as medidas. Até recentemente, os estrangeiros, na Inglaterra, encontravam grande dificuldade em operar com a moeda inglesa porque o sistema monetério britinico ndo era decimal (I libra vala 12 shilling shilling walia 20 penc). © SISTEMA METRICO DECIMAL ‘As inconvenigncias que acabamos de apontar levaram alguns cientistas dos séculos XVII XVII a propor unidades de medida definides com maior rigor ¢ ue deveriam ser adotadas universalmente, Estas diversas propostas, embora nio tivessem obtido uma aceitagio imediata, acabaram por dar origem 20 «stabelecimento do Sistema Metric, na Franca. Aassinarura do decreto de 7 de abril de 1795, que introduziu este sistema, foi uma das mais significativas contribuigdes da Revolugio Francesa. As principisearacterstcas do Sistema Métrico Decimal, eno proposto, eran: 1) como 0 seu nome indica, o sistema era decimal, 2) os prefixos dos miltiplos e submiltiplos foram escolhidos de modo racional, usando-se prefixos gregos¢ latinos (quilo = 10, mili = 10°, deca = 10, deci = = 10" ete); 3) a’Terra foi tomada como base para a escolha da unidade de comprimento: ‘0 metro foi definido como sendo a décima milionésima (107) parte da distincia do Equador ao pélo (fig, 1-10). Esta distancia foi marcada sobre ‘uma barra de platina iridiada — 0 metro padrio — até hoje conservada em ‘uma repartigio de pesos e medidas em Paris (fig. 1-11), Fig -11:Cépla da barra de patie ridiade que contiuio metro padre. Ext puordod ‘na ReparticdoInternecional de Pesos e Medias, em Pars. 27 Fig:-10: © metro fol ‘efinide, srginalmente, como sendo 10" do do Kinclo entre 0 pélo 0 ‘BEE is ole @xelCleies de fiXAgHe Cxcl-Cicics ce \ ‘Antes de passar a0 estudo da préxlma secrlo, responda as questbes seguintes, | consukando o texto sempre que jugar necessario, 24, Cte pelo menos duss unidades usadas com | 25. Consultando uma enciclopédia, um diciondio ou ‘reqaéncia em sua vida diéra, pare medir as ‘uta font, procure expressar, em centimatios, © soguintes grandozas: ‘valor das unidadesinglesas mostradns na fg. 1.9. 8) comprimento : dea ©) volume 4) tempo ‘atgarimas significatives 26. a) Considere as seguintes unidades de tempo: hora (h, minuto (min) © segundo (s). Elas constituem um sistema decimal? Expliaue ») Para woot perceber que um sistema ndo ‘ecimal dificult consideravelmente a realzagSo rmentalmente 0 valor desta constante, proceda da segainte menere: 39) Como ausiio de um barbante, mega 0 comprimento {a creunferéncla de um objto crcularqualguer (por ‘exempl, 0 prato de um toca-discos, uma lata de cena etc) ‘Aaresente @ medida com algarismos signficatives ‘apenas. Mega o diémeto do objeto. A partir de suas medidas, calcule 0 valor de (oteene os sigaismos signifcatvos). Compare seu resultado como valor teérco que voc8 Ja conhece a Matematica 4) Ropita a experiéncia usando objetos de cigmetos siterentes. 38 ‘Sogunda exporiéncia, odes medi facimente o comprimento ou largura 18 folhe de um lwo ou de um caderno. Entretanto, ‘encontariamas difcudades para medir a sua espessura 1%) Biperimente modi, usando uma régue milimetrada, ‘a expessura de ume folha deste Ino. Voc conseque ‘bar aigum algarismo signficatho nesta medida? 2%) Um simples artic nos permite resolver satsatonay ‘mente este problema: mega a espessura de um maco {e folhas (um grande nimero — digas, 100 f0- thas). A partie do valor encontrado calcle a espes- sura de uma delas. Qual 0 nimero de algarismos sienioatios de sua resposta? 39 Com um procedimento semelhant, procure deter- ‘minae a massa de um gya0 de fej80 e 0 volume de ‘uma gota d'Sgua que sal de um conta-gotas. 41. Usando a notagdo de poténcia de 40, expressar: 2) Uma ea de 2 teem er 1) Um volume de 5 cm? em mm’. 2) Um volume de 4 Lem mn’ 5) Uma massa de 8 gem kg. Tere ira experiéncia ocd jé conece, de sou curso de Matemética, algumas {6emulas que parmitem calcula o volume de corps com formas geométrcas simples (ester, clinaro,cubo et.) Enetanto, no ¢ possivel encontrar uma féemula cue ‘os permite determiner 0 volume de um corpo de forma Imeguler, como uma pedra, por exemplo.Iss0, porém, ‘ode ser feito experimentalmente com bastante facil de, ca segunte mnere: 1) Tome 0 objeto cujo volume voeé quer determinar (uma pedra ov outro objeto sbido © macigo ‘quaiquer. Procure obter um recipient graduad (em Unidades de velume) e coloque um certo volume de ‘gua dento dle. Arte 0 valor do volume. 2% lntroduza 0 objeto no reciponte. 0 objeto deve far totalmente imereo na gus. Faga altura co volume comespondenta a0 novo nivel da agua (volume da ‘agua + volume do objeto). 3) A patie de suas medidas, determine o volume do ‘objeto inegular (observe os slgarsmos sgnifiativs) Obeenagdes {Se voc quserobter um resultado mals preciso, ‘se um recipente no qual o nivel da Sigua sofa lum deslocamento apreciével quando o objeto & Introguzdo nele e taza as leituras desses niveis ‘com bastante cudad. 1b) Se no conseguir um reciplente greduedo, vocd poderd usar uma seinga de ijegéo para medi 0 ‘volume de gua deslocado quando 0 compo foi Introduzido no reciplente (procure, voo8 mesmo, Uma maneira de medir esse volume usando 4 serine. - problemas e testes (21. (2 |cluice 2. Entre as poténcias de 10 seguintes 10” 10" 10° 10" tot esoolha aquela que voc juga estar mas pci 2) da popu do Bras. ') da ponuiagdo do mundo, ‘Aigarismos significatives, 2 | AES 2 acti can reac 10° x 10? x 10° (of {2} Supondo que o préton tena 2 forma de um cubo, cua aresta 6 10 em, cleule 0 seu volume. ») Considerando que a massa do préton & 10% g, determine a sua densidace (a densidace de um corpo ¢ obtida dhidindo-se a sua massa pelo seu volure) 5, Colocando:se cuidadosamente, sobre a superficie de um tanque d'égua, uma gota de 6leo, culo wolume 6 = 6x10" cm’, a se espana, formando uma eamada muito fina, cua dea é A=2x10% cm?. Calcule @ espessure desta camada de deo, 6. Observe os apareinos mostrados na figura deste problema 2) Quel a manera adequada de express aeitura o velocimet0? Qua éoalgarsmo avaliado? ) Qual a mancira adequada de expressar a letura a balance? Qual © nimero de slgaismos signieatwos dosta lotura? 7. Para testa sua capacidade de perceno de valores de slgumas grendexas, escha as sagas quesées: 2) Procure colocar suas mos separadas por uma distancia que vocé considera Igual a 1 m. Em seguida, pega a um colega para medir essa distincia. Vooé conse. avaiarrazoavelmente bem a dstincia do 1 x? ) Observe a fotografia da fig. 1-11. Sem o auxito de qualquer apareino de medida, avalie a rea ‘dessa fotogatia em cm’. Em seguida, medindo ‘as dimensées da foto, calcul @ sua érea, A ‘valogio que voc’ fez oi azoével? ©) Segurando em sua méo um objeto qualquer (este lio, por exemplo}, procure avai @ ua massa (em gramas ou em qullogramas). Em ‘seguda, determine a massa co objeto em uma bolanga'e verfque se sue avelisgSo fol préxime <0 valor fonecido pelo apartho. bservagéo ~ As atnidades propostas em (a), (0) @ c) deste problema podem ser fetas por um grupo de estudantes. como se fosse um jogo, para verifcar aauele que consegue melhores avalacbes. 8. Em cada uma das figuras deste problems séo ‘aprasentadas situagbes nas quals a pessoa est ‘cometendo uma fara. Procure identifcar quais S80 esses falas. Actridade60,7059809 glen?” ‘9 Em cada uma das figuras deste problema eistem 0s nas interpretacSes das letras dos aparelnos ‘masiredos. Procure identiicé-os. a~ neaert 60,12A""Avetager 60260" 410. a) Moga o tempo necessério para o coragéo efe- ‘at 100 batides. Use um erenémetro ou um 6g com pontaos de segunds express 0 1e- sultado com o nimero adequaco de aigarismos signieatios. 1) Apartrdoelorctido em (a), determine ointenato e tempo entre duas batdesconsecuthas(obsene os algremos seifleats). a> 41. Um trom viajaregistrando os soguintes intenalos ‘tempo entre as diversas estagbes de sua ota: GeAat68:263h de Caté0:0873h eB seC82n sedate 3n ‘Como voed expressaria coretamente 0 tempo que trem gastou: 2) Parr da estacso A até a estagdo C? Pair de B até 0? (0) No percurso total? 12, Efetue as operagdes indicadas a seguir de tal modo que o resultado contenha apenas algaris- mos significatvos: 2) 8,20 108 + 5,4x10" ) 3,72% 10 ~ 2,65 x20" = 1, Antes de ofetuar as operas segues, expresse os ‘numeros em notagao de poténcia de 10. Caleule 0 resultado, emrando-se dos algrismos signfcatvos. a) 700_ 0,082 0,0084 0035 420 14. Quais das Iqualdades seguintes apresentam 0 ‘resultado expresso adequadamente em relagio ‘208 algarismos significativos? (No & necessério ‘efetuar 28 operagées, pois os resuitagos esto ‘umericamente corto.) 2) 1,50% 102 x2,0x10" = 3x104 by 3,41 x 10" 5,2 x10" = 3,41 x10" ©) 4,701 x 2,00% 10% 5.410 ‘st queStGes de vestibullar gu csuc 15, Desejando construe um modelo do sistema sol, tum estusante representou © Sol por meio de ume bola de futebol eyo rlo€ igual a 20-cm. Ele sabe gue o Telo do S0l vee, aproimeca: mente, 10°. a) Se 0 raio da Terra ¢ cerca de 107 m, qual deve, sero rao da estera que vai reresent-la no meses? ») Consderendo-se que @ dstincia ca Tera 20 Sol ¢ 10 m, a que detincia do bola oe futebol 0 estudonte vers clocat 2 estera cue representa a Tera? 416, 0 ano-luz é uma unidage de comprimento usada para medi cistincias de objetos muito afatados ‘de née (como as estrelas, por exemple). 2) Faca uma pesquisa para descobr qual o valor de -Lano‘uze exrese este valor em kn, usando a notagdo de poténcia de 10, ) Procure saber qual &, em anos-u, a distncia até a estola mais préxima da Terra. Expresso esta dstinca em km, 417A escala de uma balanga esté civisida Ge 1 gem tke. 8) Com quantos algarismos signicatwos voce obteriao seu peso nesta balance? ») Qual sera sua resposta para a questio anterior se voob pesasse mais de 100 qulos? «) Se voo8 colorar, nesta balangs, um pacote de ‘manteiga (cera de 200g), como wood expessaria tra da blanca? ey de VESU As questdes de vestibular se encontram no final dolivro. 2.1. Introdugéo No capitulo anterior, estivemos tratando de assuntos introdutorios, necessirios a0 desenvolvimento de nosso curso. Neste capitulo, comega- remos o curso de Fisica propriamente dito e daremos os primeiros passos para o estudo da Mecinica, iniciando-o com a Cinemitica. (© QUE SE ESTUDA NA CINEMATICA ‘Quando estudamos Cinemética, procuramos descrever os movimen- tos sem nos preocuparmes com suas eausas. Por exemplo: analisando 0 ‘movimento de um carro, diremos que ele esti se movendo em um estrada reta, que sua velocidade & de 60 km/s, que, em seguida, ela passa para 80 kaw/h, que ele descreve uma curva et, mas nlo procuraremos explcar as causas de cada um destes fatos. Isto seri feito a parti do capitulo 4, ‘quando estudaremos as leis de Newton, © QUEE UMA PaRTicULA comum, 20 estudarmos o movimento de um corpo qualquer, traté- lo como se ele fosse uma particule. Dizemos que um corpo € uma partic quando suas dimensdes sio muito pequenas em comparagio com as de- mais dimensdes que participam do fentémeno. Por exemplo: se um auto- rével, de 3,0 m de comprimento, se desloca de 15 m, ele nio poderé ser considerado como uma particula, mas, se este mesmo automévelvijar de uma cidade a outra, dstanciadas de, digamos, 200 km, 0 comprimento do utomével & desprezivel em relagi a esta distincia e, assim, neste caso, 0 automével poderé se tratado como uma particua (Big. 2-1). ‘Quando umm corpo pode ser tratado como uma particu, o estudo de seu movimento simplifica-se bastante. Por este motivo, sempre que nos referirmos ao movimento de um objeto qualquer (salvo se for dito 0 con- trio), estaremos trtando-o como se fosse uma particula a a a © MOVIMENTO £ RELATIVO = a wa Suponha que um aviio, voando = horizontalmente, solte uma bomba (ig. 2-2). Se yoo’ observar a queda da bbomba de dentro do avigo, voce vers que cla cai ao longo de uma reta vertical. Entretanto, se voeé estivesse parado so- brea superficie da Terra (em B), obser- vando a queda da bomba, voce veria que cla, a0 car, descreve uma trajet6ria cur- va, como mostra a fig. 2-2. No primeiro ‘aso, dizemos que o movimento da bom- ba estava sendo observado com o refe- as SS oragdo com ox demals ‘imensBer de probleme. Fig2-2: 0 observader 4, ddenire do avidové a Bombe ‘aindo a0 longo de wma revo. Paro e ebeerendorio troje: tina de Bombe &curinea MMs rencial no avido ¢, no segundo caso, com 0 referencial na Terra. Este exemplo nos ‘mostra que ‘0 movimento de um corpo, visto por um observador, depende do referencial no qual o observador esta situado. Em seu cotidiano, vocé encontra virios outros exemplos desta dependéncia do movimento em relagio ao referencia Examinemos o caso da fig. 2-3: 0 observador B, sentado em um trem de ferro (que se movimenta sobre os trilhos) e 0 obser- vador A, parado sobre a Terra, observam uma kimpada presa 20, teto do vagio. Para o observador 4, a limpada e 0 observador B estio em movimento, juntamente com o trem. Entretanto, sob © ponto de vista do observador B, a limpada e o trem encon- tram-se em repouso, enquanto o observador A esti se des- Jocando em sentido contrétio 20 do movimento do trem sobre a ‘Terra. Em outras palavras, B se movimenta para a direita em relagio ao observader A, e A se movimenta para a esquerda em relagio ao obseroaderB. 5 Outro exemplo importante da dependéncia do movimento Feds A Himpode sr ary relaio a referencil € 0 cane de ae dizer que a Tera gira em tomo do Sal, Servador 8 mat Isto é verdade se referencialestver no So, isto seo observador se imaginar nent situado no Sol, vendo a Terra se movimentar. Entretanto, para um observador na Terra (referencial na Terra), o Sol € que gira em torno dela. Assim, tanto faz dizer que a Terra gira em tomo do Sol, ou que o Sol gira em tomo da Terra, desde que se indique corretamente qual 0 referencial de observacio. O astrénomo Copémico (séc. XVD € o fisico Galileu (séc. XVID tinham uma visio clara destas idéias, mas a maioria de seus contemporaneos nao chegava a ‘compreendé-las e, por isto mesmo, Galileu foi vtima de perseguigaes, forgado a ‘comparecer perante o Tribunal da Inquisicao e obrigado a afirmar que a Terra ‘io poderia estar girando em torno do Sol. Quase sempre nossos estudos de movimentos sio feitos supondo 0 referencial na Terra (0 observador parado na superficie da Terra). Toda ven que estivermos usando outro referencial, isto sera dito explicitamente. : Ge iD Lacdc @xel"€licios de fiXagao ¢ Antes de passar ao estudo da préxima seccao, responda as questées seguintes, consultando o texto sempre que julgar necessario. 1. Adistncia da Tera 20 Sol é cerca de 40" yezes maior do queo diémetvo da Tea. Ao estudarmnes 0 movimento da Terra em torno do Sal, vod acha que poderostratéla como ura particule? 2. Um satéite artificial, de 10 m de rio, est grando em tomo da Tera @ uma altura de 500 km. Sabé-se que 0 aio a Terra vale cerca de 6 000 km. No stud deste movimento: 2) ATorra poder ser considerada ume particule? ) Eo satéiter Mevimente retilines —— = 27 3. Dols caros A © B deslocam-se em uma estrada plana ¢ reta, ambos no mesmo sentido. O caro A desenvove Dinh e ocr B, um pouco mais ent, desenvolve também 60 kh | ay Adistincia ente 4 eB ests vaiando? ') Para um ebservador em, o care B esté parade ou em movimento? 44. Uma pessoa, na janela de um Gnibus em mavimento, ota uma pecra, que cal em dregSo ao soo 2) Para esta pessoa, qua é a trajetbia que a pocra descreve 20 car? ») Para uma pessoa parada sabre oso, om ent &janela, como seria a taetia da pecra (aga um desenta)? ©} Procure verficar suas resposts,reproduzindo experimentalmente a stuagdo desea neste exci. 2.2. Movimento retilinee uniforme DISTANCIA, VELOCIDADE E TEMPO Quando um corpo se desloca com velocidade constante, ao longo de uma trajet6ria retlines, dizemos que o seu movimento € reine uniforme {@palavra “uniforme” indica que o valor da veloci- tail permanece constant). Como exemplo, suponhamos um automével rmovendo-se em uma estrada plana e reta, com Seu ‘eloeimetro indicando sempre uma velocidade de (9 kan/h, Como voc8 sabe, isto significa que em 1,0 ho carro percorrers 60 km em 2,0 ho carro percorrerd 120 km em 3,0 ho carro percorrera 180 km ete. Observe que, para obter os resultados mencionados, vocé intuiti- vamente foi acrescentando 60 km a cada aeréscimo de 1,0 h no tempo de percurso. Voc® poderia, entio, chegar aos mesmos valores da distincia percorrida multiplicando a velocidade pelo tempo gasto no percurso. Portanto, representando por da distancia percorrida vavelocidade (constante) to tempo gasto para percorrer a podemos escrever Evidentemente, esta equacio se aplica mesmo no caso dea taje- ‘ téria nfo ser retlines, como na fig. 2-8, mas nfo se equeca de ig24: Ped merimen, area vida somente quando 9 valor ds wlsiade perme- Ramone ee Fig2 5: Este rico nor mor Loa que owalor do velocidad Permaneceu constonte do ante movment Fig2-6:Poeo exemple | GRAFICO VELOCIDADE » TEMPO (v x t) = Considere que o automével representado no alto da fig. 2-5 esteja se deslocando em movimento uniforme, com uma velocidade {60 km/h e que esta velocidade seja mantida durante um tempo 5,0 h. Para construir o grifico da velocidade deste carro em E fangao do tempo (grifico x, que se Ié “» versus 1"), devemos ‘ragar dois eixos perpendiculares para representar estas grandezas (como woe jé deve saber do seu curso de Matematica). Na fg. 2-5 = no eixo horizontal representamos diversos valores do tempo ~ no eixo vertical representamos os valores da velocidade v corres- pondentes. cada valor do tempo Mo as as asa Quando comegamos a contar o tempo (t=0), 0 carro jé possufa a velocidade v = 60 km/h. O ponto a da fig. 2-5 mostra este fato, pois nos ecixos das velocidades (cixo vertical) a distincia AO representa um valor de 60 km/h. Apés decorrido um tempo t = 1,0 h, o.carro ‘continua com uma velocidade 7 = 60 kawh ¢ isso ¢ indicado pelo ponto B do _rifico, cuja altura acima do eixo horizontal €a mesma do ponto A No instante ¢ = 2,0 h, a velocidade do carro sera representada pelo ponto C do grifico, ainda na mesma altura acima do eixo dos tempos. Evidentemente, ‘nos instantes seguintes os pontos D, EF, que representam a velocidade em cada instante considerado, estariam também situados sobre areta horizontal que passa pelos pontos 4, Be C (veja fig. 2-5). Suponhamos que este carro tena se movimentado durante 5,0, peroorrendo, portanto, uma distincia d = 300 km. Se calcularmosa rea sob o grifico, mortdo 1a fig. 2-5, obteremos 60 x 5 = 300, isto é, 0 valor da distincia percorri, Aprendemos, assim, que no movimento uniforme © grifico v x 6 uma reta paralela a0 eixo dos tempos € que a area sob este grafico nos fornece o valor da distancia percorrida. Exemplo 1 ‘Um automéve! mave-se em uma estrada, de tal modo que o gro vx seja como o safe. 26. é esr 8) Desereva 0 movimento do automével. 0 eréiico nos mostra que 0 movimento fol observado durante um tempo total de 4,0 h. Quando fol inclada a contagem {0 tempo (instante inieal t = 0), 0 auto- ‘mével J4 estava se movendo com uma velocidade de 30 km/h. Ele manteve esta velocidade durante 4,0 h. No instente t= 4,0h, 0 motorista apertou 0 acel ‘ador'@ sua velocidade aumentou brus- eamente pare 90 km. Na realidade, uma mudanga instantdnea na velocida- de, como neste caso, néo é posshel, Eniretanto, se a mudanga for mult répi- da, @ sitvagdo real diferié muito pouco daquela mostrade no gréfico @ esta di- ferenca néo precisaré ser considerade. Movimenta retitines — A part deste instante 0 gréfico nos dz que o caro manteve sua velocidad de 90 km/h du- ‘ante 2.0, isto 6, até o:nstante ¢ = 3,0, Neste insiane, 0 motonta calcou 0 feio € a velocidade calu rapidamente para 60 kin, mantendo-se constante durante 1,0 h (até 0 instante t = 4,0 h) 1) Qual foi a cstncia percarrida pelo automével durante 0 tempo em que fl obsenado? E evidente que © mevimento do auzomdvelnéo é uniforme, pols 0 valor de sue velocidad so- fre vanagoes durante 0 percurso. Portanto, a equagdo d = vt no podera ser usede para calcularmos g. Entetanto, o movimento pode ser dvido em partes, em cada uma das ‘uals @ velocidade no varou e onde a equagdo d = vt se aplca. Assim, de t = O até 1.0 n, quando o veloodade se mantewe constantee igual a 30 kn, tefamos uma ds- ‘ancl percorriga d, dade por 4-908 x1,0n donde 30 km De modo andlogo, encontramos a dlstinca d,perconida entre t =1,0he t=3,0hea dsténcia d,percorida entre t = 3,0he t= 40h 4,= 9047 x2.0n donde dy = 380 km a, =60'x2,0h donde dy = 60 km Cada uma desis dstneias percoidas coresponde a uma cents &rea sob o grfico vt © ‘esti todas indicadas na fg. 2-6, A clsténcla total procuradasaré ded por dadtd+d, ov d= 270km ta cstnca comesponde, na Ng 26,8 drea total sob o gic, desde ¢ = 0 até t= 4,0 h Prana, voo8 J comegau @ enconver movimentos nos quas a equagéo d= vt no pode ser apfeada dretamente, mas verfcou que a dea sob o grfico VX, mesmo neste movimento ‘mais compleado, continua @ nos fomecer a dstnclapercata pelo mie. Exemplosdetrojetriscurlinear: ) Victos do Tera, ot etrees descrver trojetérotcreulares no bu, que foram regttrades por uma cimore fotografice evja ebjetve fo! monte aberta durante um corto tempo. b) A wojetéria de ume bale langade obliquemente no expec (préximo {Terra} é ume curve denominade pardbola Extudantes usando compu ‘dar no obortie pare lim cone. © QUE SIGNIFICA UMA VELOCIDADE NEGATIVA Quando um corpo se desloca em uma trajetéria, costumamos con- vencionar um dos sentidos do movimento como sendo positivo; outro sentido, entio, seré considerado negativo. Assim, para um automével que se move ao longo de uma estrada, podemos considerar como positivo 0 sentido no qual 0 carro afasta-se do inicio da estrada (sentido de cresci- mento da indicacio dos marcos quilométricos). Se o automével estiver se aproximando do comego da estrada, dizemos que ele esté se movendo no sentido negativo. No primeiro caso, a velocidade do carro seria conside- rada positiva e, no segundo, ela seria negativa. Portanto, quando dizemos ‘que a velocidade de um carro é de - 60 km/h, devemos entender que ele esti se movendo a 60 km/h, no sentido convencionado como negativo. ATENGAO PARA AS UNIDADES Se a velocidade de um corpo vale v = 30 km/h e voct deseja calcular a distincia que ele percorreu durante um tempo t = 3,0 h, jsabemos que: kn =o =308x3,0K= 300 *3,0. = 90 km Observe que a unidade de tempo simplifica-se a0 realizarmos 2 multiplicacio 0 resultado é expresso corretamente em km, que é uma unidade de distincia. Mas, se 0 valor da velocidade for, por exemplo, v = 60 m/min (o corpo percorre 60 m em cada minuto) e 0 tempo decorrido for t = 15 s, a operacio ‘io poderia ser realizada, pois teriamos d= r= 60-™ x15s «vemos que, 20 contritio do caso anterior, nio é possivl simplificar as unidades de ‘tempo. Estamos nos deparando, pela primeira vez, com um problema que muitas vezes teremos de enfrenta, tanto na vida prética quanto durante 0 nosso curso: ‘operar com unidades diferentes, usadas para medidas de uma mesma grandeza. CChamamos sua atengZo para que observe as unidades, antes de efetuar qualquer ‘operagio €, ocorrendo o fato citado, voe# deverd reduzir uma unidade 3 outra. Assim, para caleular a distincia percorrida, vocé deveri expressar o intervalo dé tempo de 15 s em minutos, ou expressar a velocidade de 60 m/min em m/s. Na primeira ipétese, basa lembrar que I min = 60 s,logo 15s = 0,25 min, donde d= vt = OL x 0,25 mii = 15m <7 Na segunda opsio, veja como voc® deveré proceder: o™ isto 6, velocidade de 60 m/min corresponde a 1,0 m/s, Desta mancira, 2. ri Evidentemente, os dois eélculos eferuados sfo equivalentes e nos levam 20 mesmo valor da distancia percorride. d=0=10: x15f= 15m Movimente ratilines. GRAFICO DISTANCIA x TEMPO (4 * ¢) Consideremos um automével deslocando-se em uma estrada reta com una velocidade constante ® = 20 m/s, Usando a relagio d = vt, podemos calelar adistincia d que ele percorre para diversos valores do tempo t decorrido a partir doinstante # = 0 (inicio da contagem do tempo). Obtemos a seguintetabela: Tempe () ot 2 3 @ 5S Distinela (=) om 40 0800 Observe, pela tabela, que, quando o valor do tempo ré duplicado (Gr eaariplo, deus & 12 sack Y= 22), Val a nein dda ‘bi duplica (de 4 = 20m para d, = 40m). Do mesmo modo, «quando #6 wiplicado, d também ¢ multiplicado por 3 e, asim, suces- sivamente. Quando isto ocorre com duas grandezas quaisquer, isto é 30 mulsiplicarmos uma delas por um certo niimero a outra fica mul- tplicada por este mesmo niimero, dizemos que estas grandezas variam de modo diretamente proporcional (uma grandeza é diretz- 1 1 2 9 4 5 10) mente proporcional 4 outra). Portanto, no exemplo que estamos Figh-tacrifieod ~ sporo analisando, a distincia dé diretamente proporcional 20 tempo fe isto ee mariner nore corre sempre que o movimento € uniforme. Entio, temos: Em qualquer movimento uniforme (v = constante) a distancia d percorrida por um objeto € diretamente proporcional 20 tempo t decorrido neste percurso. Este fato é representado matematicamente pela relagio d= t, onde 0 simbolo « significa “é proporcional a”. ‘Com os valores da tabela podemos tragar o gréfico dt para este movi- ‘mento, obtendo o resultado mostrado na fig. 2-7-2. Observe que: = 0 primeiro ponto marcado no grifico & a origent O dos dois eixos, porque, quando ¢ = 0, temos também d = 0. ~o segundo ponto mareado (ponto A) indica que até o instante 4, = 1s 0 carro havia percorrido uma distincia d, = 20 m. ~o terceiro ponto marcado (ponto B) indica que atéo instante f, = 2s 0 carro havia percorrido uma distincia d, = 40 m ets. ‘Unindo os pontos marcados, vemos que eles esto situados sobre uma reta, Pode-se mostrar que isto ocorre sempre que a velocidade do movimento & cons~ tante. Destacamos ent: | Em qualquer movimento uniforme, o grafico | distancia x tempo & uma reta que passa pela origem dos eixos, Sempre que uma grandeza ¥ for diretamente proporcional a uma grandeza Xo grifico ¥ xX’ sera uma reta passando pela origem. INCLINAGAO DO GRAFICO No grifico dx da fig. 2-7-2, tomemos dois pontos quaisquer, como 4 e D, por exemplo. Esses pontos do grfico correspondem a dois pontos diferentes da trajetdria do carro, separados pela distancia que ele percorreu em um certo interval de tempo, Para os pontos A e D considerados, €féeil ver que temos (ob- servando 0s cixos): = intervalo de tempo ~ distincia percorrida Em Matematica, a veriagdo de uma grandeza qualquer & representada pelo simbolo da grandeza, precedido da letra grega A (delta). Assim, Ar representa a variagio no tempo f ¢ Ad representa uma variagio na distincia percorrida d. Logo, na situacio que estamos analisando, teremos: ‘At = 3 ({ntervalo de tempo entre 1s e45) ‘Ad = 60 m (distincia percorrida naqueleintervalo) Observe os valores de Ae id indicados na fig. 2-7-2 ‘Uma grandeza muito importante no estudo dos gréficos € a sua inclinagio. Para o caso do grifico d x t temos, por definigio: [eae Como vemos, este valor coincide com o valor da velocidade do automével }0 m/s). Este resultado poderia ser previsto porque, quando calculamos 2 inclinagio do grifico, estamos obtendo o quociente entre a distincia percorrida por um mével eo tempo gasto para percorrer esta distincia Esse quociente repre- senta exatamente o valor da velocidade no movimento uniforme. Entio, temos: A inclinacio do grifico d x t para um movimento uniforme nos fornece o valor da velocidade desse movimento, isto é Exemplo 2 Lm carr, em momento unforme, pereome: em 1,0 h— 60 km em2,0n— 120 km ol x0 20 30 «0 1% 3,0 h— 180 km Fig2-TocPareo exemple? fm 4,0 h— 240 km Movimente retitines ee 12) Construao grfco d x t para este care. _Esealhendo uma escala apropriada © marcando os patos coespondentes aos pares de valo- ‘est, abteros uma rta passando pela crgem (ig. 2-7-0), como ea esperado. 1) A pani do grfio, ealeule 2 vlocidade go caro (Como i fo oto, a velocidade & dade pele incinagso do gréfico d xt, oe vad at Escolhendo dols pontos quaisquer da fig. 2-7-b, come, por exemplo, os pontos AB, tems: at=3,0h-10n=20n ‘4d = 180 km ~ 60 km = 120 ko 120 hm at” 20h Apart dos dados fomecidos, vod a podera ter prevsto est resuita. donde =v = 60 kmh © QUE € POSIGAG DE UM MOVEL E SUA TRAJETORIA ‘Voo8jé deve ter observado que nas estradas existem placas, denominadas “marcos quilométricos”, indicando a distancia da posigio dessa placa até 0 comego da estrada (quilémetro zero). Suponhamos, entio, que um automével csteja, no instante f, = 0, passando em frente 3 placa do “quildmetro 30”, como mostra a fig. 2-8-2. Dizemos que a posgda do carro em relacio ao comego da 0 kin representando a posicio pela letra d). Evidentemente isto percorrida pelo carro tenha sido de 30 km, pois ele pode nio ter iniciado a sua viagem no quilémetro zero. Suponha, ainda, que © carro prossiga em sua viagem (sempre no mesmo sentido) e, no instante h, se enconere em frente 3 placa do “quilémetro 80" (fg. 2-8-2). Agora a posigio do carro é d, = 80 km (em relagio a0 comeco da estrada). Vocé pode concluir facilmente que, nointervalo de tempo At = Ih (de © carro percorreu uma distineia Ad = 50 kim (da posiglo d, 4, = 80 km). Destaeamos, entio: 30 km & posiglo Para se determinar a posi¢ao de um corpo em uma dada trajetéria, basta que se fornega o valor da sua distancia, medida sobre a trajet6ria, a um ponto dela tomado como referéncia (origem). to ten ws a . (20 em» Fig2t-: posigbe do caro no instante = 06d = 30kmenoinstante = Ihyéd = 89k. GRAFICO POSICAO = TEMPO Suponhamos que 0 automével da fig. 2-8-a tenha sido observado durante ‘um tempo total igual a 4h (de te = 0 até t, = 4h) e que grifico da fg. 2-8-b represente a sua posicio em fungio do tempo (grifico xt). Analisando 0 srifico, vemos que: no instante #, = 0,0 caro se encontrava na posigio d, = 30 km e,a partir deste ponto, desenvelveu um movimento uniforme (0 grifico <4 t & um segmento de reta),afastando-se desta posicio (0 valor ded anuments) até atingir a posi, = 80 kam no instante f, = 1h. Obser- ‘ve que esta desrigio do movimento correspond aos dados da fig, 2-8-2 «que ji haviamos analisado. Evidentemente, a velocidade do carro, neste trecho, & dada pela inclnaclo do grifco e seu valor é v = 50 km/h, —de t, = 1h até ¢, = 3, a posigio do carro nio se alterou, perma- necendo constante no valor dy = 80 km. Isto indica, entio, que 0 carro permaneceu parado no “quilémetro 80” durante um intervalo de tempo At =3h-1h = 2h, Portanto, nesse segundo intervalo, temos v = 0, que corresponde 4 inclinaydo nula do grafico dt (egmento de reta horizontal) 17 Fig 2-b Grifico pride tempo pore tinoutomévelem uma exreda ~ no terceiro intervalo, de f, = 3h até t, = 4h, o valor de d, que representa a posicdo do automével, diminui com o decorrer do tempo. Isto significa que carro esti voltando sobre «sua trajetéria, dirigindo-se para a origem, chegando a cla (d, = 0) em t, = 4h. O carzo percorren, entio, uma distincia‘Ad = 80 km em um tempo At = 1h, isto 6, o valor absoluto (ou médulo) de sua velocidade, neste movimento de retorno, foi v = 80 km/h cic exel’Cicios de fIXAgao CxelCiCive ce i Antes de passar ao estudo da proxima seceio, responda as questées seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessirio. 5. Uma pessoa ihe informa que um corpo esté em moemanto retlingo uniforms. 2} O que esté incicado pelo termo “retinas”? ) Eel termo "unforme”? 6. Quando um corpo esté em movimento uniforme, com velocidade v, qual é @ expressio matemdtiog ‘que nos permite calevar a estanoi d que ele per come apés decorido um temp t? 7. Usando a expressio solictada no exercco anterior, calcul: 2) Adstncia porcorrida por um carro que so mov ‘menta com velocidade constante v = 54 krvh, durante um tempo t = 0,50 h. ) Avelocidade, suposta constante, de um nade- or (recocista mundial) que percore uma cis ‘téncia d= 100m, em nado livre, em um tempo ¢ = 50s © O tempo que a luz gosta para vir do Sol & Tera (d=4,5%40" m)sabendo-se que sua veloc: de 6 constante eval v = 3,0 x 108 ms. 8 a) Desenhe 0 gréfico v xt para um carro que ‘80 movimenta com velocidade constante v=50 km/h, durante um tempo ¢ = 3,0. 1) O que representa a érea sob o grafico que voce \esennou? Qual o seu valor? 8. Suponha que o caro do exercco anterior tena se \eslocado de uma cidade A para outa cidade B, ‘sendoo sentido de A para B considerado postvo. Se © carro retomar de B para A, também com velo- ‘edade constant, gastando ainda 3,0 hno pererso: 2) Como voc’ deveria expesser sua velocidade neste retoro? 1) Desenhe o gico v xt para este caso. Memanta retin ee, 410. Desejase calcular a dstncia que um caro, com velocdade constante v = 72 kmh, percore em tum tempo t = 20's. 8) Qual a provincia que se deve tomar antes do Substtulrestesvaloes em d= vt? ) Sabendovse que 3,6 kmh = 1.mis, expresse 72 kwh em mis. ©) Qual a velocidad desenvolvida pelo carr nesta primeira hora de wager? 4) Em que posigio e durante quanto tempo o caro permaneceu paredo? ©) Qual a posiga0 do carro no fim de 4,0 h de viagem? 1) Qual a velocdade do caro na vagem de volta? ) Feito isto, calule a distncis procured. 411 Na expresséo d= vt, que 6 vida para um rove ‘mento uniforme, de t variam enquanto v perma- ‘eve constant 2) Sendo assim, qual €otipo de relagéo entre der? ) Mostre, com um desenho, como & 0 grafico dxt. ©) O que representa ainclinagdo deste erie? 12. 0 grafico deste execicio representa 2 posicdo de lum carro, contada a partir 60 marco zero da esta da, em fungéo do tempo, 2) Qual era 8 posigto do caro no inicio da viagem w=or 0 ') Qual a posicdo do caro no instante t = 1,0 n? Exerc 12, 400m. 120 10 20 30 40 th 2.3. Velocidade instantanea e velocidade média VELOCIDADE INSTANTANEA ‘Quando o valor da velocidade de um corpo nao se mantém constante, dize- ‘mos que este corpo esti em movimento variado. Isto ocorre, por exemplo, com um. automével cujo ponteiro do velocimetro indica valores diferentes a cada instante. (O valor indicado no velocimetro, em um dado instante, &a vlaidade instantnca doautomével naquele momento. ‘Vejamos uma mancira de calcular esta velocidade instantinea. Consideremos um automével, em movimento variado, qUE 25S sp sig pelo pont (fig 29), no instante com uma velocidad insan- “== tinea v (letura do velocimetro neste instante). Depois de decorrido a ‘um intervalo de tempo A o carro estar em B, tendo percorride uma disténcia Ad. Se o movimento fosse uniforme, a0 caeular quociente © ‘d/at,obteriamos a velocidade do carro. Entretanto, sendo 0 m ‘mento variado, verificamos que o valor de Ad/At geralmente nio coincide com a indicagio do veloeimetro no instant t. Verificamos, porém, que, se 0 ponto B fosse tomado bem préximo de 4, de maneira que 0 Fie29: A velocdade in Interalo de terope Arse tornaste muito pequeno,teiamos um quociente Ad/at ‘etna em A¢ dade or ‘muito préximo da indicacSo do velocimetro em A, isto & muito préximo do valor Inenoratpostel da velocidade instantanea. O valor de Ad/At estaria tanto mais préximo de 2 «quanto menor fosse ointervalo de tempo Ar. Portanto, ‘em um movimento variado, a velocidade instantinea € dada por v = Ad/At, sendo At 0 menor possivel. rns forece o vlor da velo- 2 figure mostra como vera, com o tmp e veloidode ‘de"ume pestoa em ume ‘ori de 100"m rotor pre Cortdecen (92, Oberre Inleopae de que oveloc- dade média de pesioa fo! eslocanse sempre com ‘ita velocidede, percorre= Fo 9s 100 m no mesmo ‘tempo de 135 DETERMINAGAO GRAFICA DA VELOCIDADE INSTANTANEA Consideremos o grifio da fig. 2-10, que representa a distincia percorrida por um automével em fangio do tempo, Vocé deve observar que 0 movimento deste carro é variado pois, se fosse uniforme, © agrifico dX t seria retiinco. E possivel, a partir deste grfico, obter a velocidade instantinea do automével em um instante qualquer, f,Para jsto, devemos tragar a tangente 20 grifico no ponto da ‘cura correspondente aquele instante (ponto P, na fig. 2-10). A inclinagio desta tangente fornece o valor da velocidad no instante considerado, Do mesmo modo, para obter a velocidade em outro instante, t, devemos determinar a inclinagio da tangente & curva no ponto P, Observe que, no caso do movimento representado na fig. 2-10, inclinagio da tangente em P, € maior do que em P, e, portanto, a velocidade instantinea em f, &maior do que em #,.Concluindo, VeLocipae MEDIA Se um automével, em uma viagem, percorre uma distincia de $60 km em 80h, vocé c, provavelmente, muitas outras pessoas diriam: “o automével desenvol- veu, em média, 70 km/h’, Este resultado, que foi obtido dividindo-se a distancia ‘percorrida (560 km) pelo tempo de viagem (8,0 h), Eo que denominamos velcidade ‘média erepresentamos por zy. Temos, entio, por definigao distancia total percorrida ‘tempo gasto no percurso Mavimenta retilines Observe que, durante o movimento, a velocidade do carro pode ter sofrido variagbes. No exemplo citado, seu valor pode ter sido, as vezes, maior e, outras vezes, menor do que 70 km/h, Entretanto, se a velocidade fosse mantida, durante todo 6 percurso, igual a 70 km/h, o carro teria percorrido aquela mesma distin= cia maquele mesmo tempo. Exemplo 1. Um automével peroore uma distncia de 150 km desemolvendo, nos pret 120 km, uma velocidad média de 80 leh e, nos 20 kn estates, uma vloidade média de 60 krvh. Qual foi o tempo total de viagem? Conhecendo-se a distinc percorida e a velcidede mécta tt nos fome- relagd0 vq 2 € = dn. Ent, na primeira parte do percurso, 0 tempo gasto fo! 120 4-2 qeasn a segunda parte do percurs, teremos 30 0 Assim, o tempo total de viagem foi 4 ov =05h Bh+OSh oy t= 20h ) Qual fa velocidace méia do automével no perso tte? Sendo de 150 ko a asta total percorde e 2,0 0 tempo total de viagem, a velocidad midi, neste perouso, ted sido 150k, 20h Vee ou vq =7Shm/n, DETERMINACAO GRAFICA DA DISTANCIA PERCORRIDA Quando 0 movimento de um corpo € uniforme, a distancia que ele percorre € dada por d = vt ou pela ‘rea sob o grifico uxt . Entretanto, se 0 movimento for variado, a relagio d = vt nio pode mais ser aplica- da, mas a distincia percorrida poder, ainda, ser obti- da pela drea sob o grafico x; isto & a drea sob o grafico v xt nos fornece a distincia percorrida em qualquer movimento. Na fig. 2-11, por exemplo, que apresenta 0 grifico xt de um movimento variado, a 4rea assinalada nos fornece o valor da distincia que o corpo percorre, desde o instante r, até o instante t Exemplo 2 [Um automével, em frente a um sinal de trfego, logo que a uz verde se acendeu, arrancou com uma velocidade varlanco de acordo om o grafico da fig. 2-12. Depois de decomidos 10 s, qual a distncia ‘que caro percoreu? Como © movimento ¢ variado (a velocidade variou de v=0 a v= 20 mis om 10 9), 2 alsténela percorrida deverd ser calculada através da drea sob 0 grafico v xt. Na fig. 2-12, esta area é a 40 ‘miénguo mestrado, cua base corresponde a0 tempo de 10s e cua altura corresponde & velocidade de 20 m/s. Entéo, como para um tmidnguto termos érea = (base x altura) /2, id: gx 2020 30720 ug = 100m ex ceils exelCicios de fiXagao « Antes de passar ao estudo da proxima sec¢ao, responda as questdes seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessario. 413. Um automvel detloca-se em linha reta. Cassl- | 16. Um corpo ca verticaimente de uma altura de 80 m fique 0 movimento deste automével supendo que: © Basta 4,0 s para chegar ao solo. Qual é a veloc- 8) 0 ponteiro do velocimeto indica sempre © dade media do corpo neste movimento? mesmo valor. 47. a) Como se calcula, usando 0 grfco v xt, a ds ) A posigdo do pontero do velocimetr vara de ‘téncia percaica por um corpo, om movimento lum nstante para out. varie, desde um instante, até um instante? ) A igura deste exrcicio mostra 0 grfico v xt 114, Uma pessoa, observando 0 movimento do carro Aton eens Hess a fig. 2-9, verica, ap6s 0 caro passar pelo poms mono rtm? Gecamto at = 0.105, acstinca conse | © Cakulea dena auto atoméelperomey ‘Ad = 0,50 m_ a . decor = 50, a dace percrie ‘“gseom vs 2) Cakeuleo quociente Ad/st para cada obsenago. ) A velocidade instantinea do cart, em A, deve estar mais préxima de 5,0 ms ou de 12 mis? | 45. soresnano uname nas eo gin 4x Pie ete EG totrenorer a occeee Stommimenovrat oii axtant | oy 1 Roge mene, con ei, sadn 9 fico dx t, 0 valor da velocidade em um Sete 6 Nate 20 aro stage ten ol tae ae Milerane cosce stow as west smnditlaictome cones bat 00 Movimente retitines = 2.4. Movimento retilineo uniformemente variado © QUE E ACELERACAO Consideremos um automével, eujo velocimetro este indicando, em um certo instante, uma velocidade de 30 knvh. Se, 1 sapés,aindicagio do velocimetro passar para 35 km/h, podemos dizer que a velocidade do carro variou de $ kr/h em 1s. Em outras palavras, dizemos que est caro recebew uma acleraio. O eonceito de accleragio esti sempre relacionado com uma mdenga na veloidade. Para definirmos matematicament icceragio, suponhamos um corpo em. movimento retiineo, como na fig, 2-13. Representemos por 2,0 valor de sua velocidade no instante f, Se © movimento do corpo for variado, no instante qualquer f, sua velocidade tera um valor vy diferente de visto é durante 0 imervalo de tempo Af = f, ~f,,a velocidade sofreu uma variagio 4 Ovalor daaceleracio do corpo é dado por variagio da velocidade intervalo de tempo decorrido wea ou hot ar isto é COMENTARIOS Para faciltaro estudo do movimento variado, vamos considerar a velocidade sempre com valor positivo, isto é, vamos considerar o sentido no qual o corpo esté se movendo como sendo o sentido positivo. Desta maneira, ¢ fil conclu que: 19) Se o valor da velocidade estiver aumentando com o tempo, teremos 9 > 2 (av > O)e, entio, a aceleracio do movimento sers pasitva. Neste caso di- zemos que o movimento € acelerad. 2) Se o valor da velocidade estiver diminuindo com o decorrer do tempo, tere- mos v, < v,(Av <0) ¢, entio, a aceleragio do movimento seri negutiva Neste caso dizemos que o movimento € retardado.* Exemplo 1. Na fig. 2-13, suponhamos que v, =10 mise que, apés 12s (At = 126), a velosi- ser aclerado on tetadado pode ser expresso de una manera ger ¢ mais ‘peopids, do seguinte modo: ‘Un movichenta tr acl quando velocidde «2 ssergfo vero mesmo sentido esr ei ‘ad ano svete sentido pom, ste resuitado significa que a veloivede do corpo aumentou de 5,0 mvs em cada 1s. Ecos- {ume expressar as unidades da seguinte manera: assoMteso% uy a= of Este movimento, no qual a velocidade eresce com 0 tempo, 6, como vimos, denominad ‘mouimento aceerado. ‘S22 velocidade dimiuir com o tempo, dssemos que o movimento ¢retardado, Por exem- lor se v, = 36 ms, ¢, ands 6,0 8a vlociade passar para v, = 6,0 ms, 2 aoeleacio do ‘menimento seré 4y _ 8,0 m/s~36 m’s | -30.mis 2 oa 508 50s ee Isto sgnitca que a velocdade est diminuindo de 6,0 mis em cada 2 s. Observe que, no movimento acelerado, 0 valor da aceleragdo 6 positive, no movimento retardado, @ acoleragéo & nagatva, como havia so destacado (lembve:se de que esta ‘mos considerando a veooisade sompre posta) MOVIMENTO RETILINEO COM ACELERAGAO CONSTANTE Suponha que estejamos observando o velocimetro de um carro em movi- ‘mento retilineo, em intervalos de tempo sucessivos de 1s, e que obtivemos os seguintes resultados: observasto ih ayes ane AAT a Nig ce Bobservagio (Isapéea2%) _SOkmih Fares Cienega MATTED odemos notar que a varia da velocidade em cada 1's nfo é constant e, portanto, nio €constante a aceleragio do carro. - Entretanto, em outra observagio do velocimetro, poderiamos obter os valo- res seguintes: observacto 30am Bobservagdo(I sapésa l)_35kmh_ Bobservario(Isapésa 2) keh observasio (I eapéaa 3) 4Skoth Neste caso, a variacio da velocidade em cada 1 s € constante, isto é a acele~ ‘ragdo do movimento €constente. Um movimento como este, no qual a aceleracio é ‘constante, € denominado movimento retlineo uniformemente variado. Até 0 final desta secgdo estaremos estudando apenas movimentos deste tipo. Movimente retilines: | CALCULO DA VELOCIDADE ¥ Consideremos um corpo em movimento uniformemente variado, com uma velocidade 2 no instante em que vamos iniciar a contar o tem= po, isto , no instante ¢ = O(fig. -14-2) A velo- cidade vy & denominada zeloidade iniial. Sendo 0 ‘movimento uniformemente variado, 0 corpo pos- sui uma aceleragio a constante, ou seja, a variagio de sua velocidade em cada 1 s é numericamente igual ao valor de a. Assim, a velocidade v do corpo variaré do seguinte modo: Initial», ¢ equele que © Corpo possul no instante emr=0 avelocidade év rea em fats avelocidade € 2 + 6:1 emt=2s avelocidade € 25 + 0-2 emt avelocidade 6 25 + 4-3 «, depois det segundos, a velocidade sers uy + at. Portant, velocidade v, depois de decorrido um tempo t qualquer, é dada por vauytat Observe que o valor da velocidade, no instante, 6a soma da velocidade ini- ial com 0 produto at, que representa a variago da velocidade durante 0 tempo t. CALCULO DA DISTANCIA PERCORRIDA A distancia d percorrida pelo corpo desde 0 instante 4. vooctade inicial até o instante ¢ (fig. 2-14-2), poder ser obtida através da dea sob o grifico 7X, como aprendemos na secgio 2.3. O grifico vx? que corresponde 3 equacio 2 = 0, +até retilineo (veja a fig. 2-14-b), mas nio passa pela origem, pois quando ¢ = O temos v = 1. Em Mate- | 3 mitiea, usa-se dizer que 0 varia linearmente com t. Neste caso, v nfo é diretamente proporcional at, pois o grifico “* 24 no passa pela origem (duplicando o valor de t, 0 i valor de v nio € duplicado etc). A fig.2-14- mostra itifico ¥ Xf para 0 caso em que a velocidade cresce com 0 tempo (se a aceleragio for negativa, o gréfico 2+ con- “g : eee tinua a ser retilineo, apresentando um aspecto semelhante Fig2-d-ts No movimento aquele do exercicio 17 da secgio anterior). tetera colarada, Setoidadeaumenta line: Como vemos na figura ea sob o grifico é a soma das reas de: eens sees um retingulo de lados v, ef Area =v xa z ‘um triangulo de base re altura at— area = Portanto, a distincia d percorrida pelo corpo, que é numericamente igual 4irea total sob o grifico, seri dada por Observe que esta relacao entre as varies d er € do tipo y= As* + B+ C (crinémio do 22 grau, que vocé estudou em seu curso de Matematica), no qual yoorresponde ad -reorresponde at 12)4, B=v%, C=0 \VELOCIDADE EM FUNGAO DA DISTANCIA J vimos que, conhecendo a velocidade v9 € a aceleragio a no movimento ‘uniformemente variado, as expresses +a atelier tae aatts ‘nos permitem caleular a velocidade e a distincia percorrida, em fungio do tempo t Pode acontecer que tenhamos necessidade de caleular a velocidad do corpo aps ter percorrido uma certa distancia, sem que seja conhecido o tempo t do movi- ‘mento, Isto pode ser feito facilmente, tirando o valor dena primeira equagio ce levando este valor na segunda equagio: dane! “(ey Efetuando o desenvolvimento algébrico e simplificando (faga isto), obtemos Com esta expressio podemos caleular a velocidade » em fungio da distaneia t. Como se denomina esta cure? 2.5. Queda tivre QUEDA Dos conPos Entre os diversos movimentos que ocorrem na natureza, houve sempre interesse no estudo do movimento de queda dos corps préximos 8 superficie da Terra. Quando abandonamos um objeto (uma pedra, por exemplo) de uma certa altura, podemos verificar que, 20 cair, sua velocidade cresce, isto é, 0 seu movimento € acelerado. Se langarmos o objeto para cima, sua velocidade diminui gradualmente até se anular no ponto mis alto, isto 6,0 movimento de subida é retardado (fig. 2-16). Ascaracteristicas destes movimentos de subida e descida foram abjeto de estudo desde tempos bastante remotos. ARISTOTELES E A QUEDA DOS CORPOS O grande filésofo Aristételes, aproximadamente 300 anos antes de Cristo, acreditava que, abandonando corpos leves € pesados de uma mesma altura, seus tempos de queda nao seriam iguais: 0s corpos mais pesados alcangariam o solo antes dos mais leves. A erenga nesta afirmacio perdurou durante «quase dois mil anos, sem que se tivesse procurado verificar a sua veracidade através de medidas cuidadosas. Isto ocorreu em virtde da grande influéncia do pensamento aristotélico em virias dreas do conhecimento. Um estudo mais minucioso do movimento de queda dos corpos $6 veio a ser realizado pelo grande fisico Galileu Galilei, no séeulo XVIL GALILEU E A QUEDA Dos CORPOS Fig2-16:Desprerando ot efiton do resi: ‘tc do or, uondo um corpo ca sua ve- Tocldade aumento cortinuomente Se cle for arremesiade pare cme, sua welocide ‘minus anulando-se no ponte malate Galileu € considerado 0 introduror do métedo experimental na Fisica, sereditando que qualquer afimativa rlacionada com um fenémeno deveria estar fundamentada em experiéncias ¢ em observagOes cuidadosas. Este método de «studo dos fenémenos da natureza nao era adotado até entio e, por isso mesmo, virias conclusdes de Galileu entraram em choque com os ensinamentos de Aristéeeles. Eseudando a queda dos corpos através de experincias e medidas precisas, ss Galileu chegouw 8 conclusio de que, abandonados de uma mesma altura, um corpo leve € um corpo pesado caem simultaneamente, atingindo o chao no mesmo instante. ccontrariamente a0 que pensava Aristteles. Goliteu Golile (1564-1642) Veja oT pico Especial no final deste capitulo, Contam que Galilew subiu aoalto da torre de Pisa «, para demonstrar experi- ‘mentalmente sua airmativa, abandonou viriasesferas de pesos diferentes, que atingi- ramochiosimoltaneamente (ig.2-17). Apesar daevidén- cia das experiéncias realiza- dias por Galileu, muitos dos seguidores do pensamento aristotélico no se deixaram. convencer, sendo Galileu a vo de perseguigées por pre- sgaridéiasconsideradas revo- lucionsrias, Fig2-17:A fomoro tore incinado ‘de Pio, coja cura & de pont ‘modamente, 45 m:Conto-se qu, do oto desta torr, Galle real- sou sua cdlere experincia bre ‘queda dor corpor. QUEDA LIVRE Como voce ji deve ter visto muitas vezes, 20 deixarmos cair uma pedra ¢ ‘uma pena, a pedra cai mais depressa, como afirmava Aristételes. Entretanto, podemos mostrar que isto se di porque o ar exerce um efeito retardador na queda de qualquer objeto e que este efeito exerce maior influéncia sobre 0 ‘movimento da pena do que sobre o movimento da pedra. De fato, se deixarmos caira pedra ea pena dentro de um tubo, do qual se retiron o ar (foi feito vicuo no Movimenta retitines tubo), verificamos que os dois objetos caem simultaneamente, ‘como afirmava Galileu (fig. 2-18), tio, a afirmativa de Galileu s6 seria vélida para os corpos em queda no vicuo. Observamos, entretanto, que a resisténeia do ar s6 retarda sensivelmente certos corpos, como uma pena, um pedaco de algodio ou uma folha de papel, sendo desprezivel para outros, mais pesados, como uma pedra, ‘uma esfera de metal ou até mesmo um pedago de madeira Entdo, para estes iltimos, a queda no ar ocorre, praticamente, ‘como Se 08 corpos estivessem caindo no vacuo; isto 6, aban- ddonados de uma mesma altura, no ar, estes corpos eaem simul- taneamente, como afirmava Galileu, ‘Omovimento de queda dos compos no wicuo ou no ar, quan- doa resistencia do ar é desprezivel, é denominado queda lor A ACELERAGAO DA GRAVIDADE Conforme jé foi dito, o movimento de queda livre & acele- rado, Com suas experiéncas, Galleu conseguiu verificar que 0 ‘movimento € wniformemente aclerade, st é, durante a queda 0 corpo eai com aceleragia constante. Esta aceleragio, denominada aneerago da gravidade,€representada normalmente por g €, pelo {gue if vimos, podemos concluir que 0 seu valor Eomesmo para todos os coxpos em queda livre. [A determinagio do valor de g pode ser feta de virias maneiras. Por exemplo, usando téenieas modernas, podemos obter uma fo- tografia como a da fig. 2-19. Esta foro mostra as posiges sucessivas de duas esferas, de pesos diferentes, em queda livre. Vemos elaramente {que estas esferas abandonadas no mesmo ins- ‘ante caem simultaneamente, como previra Galileu. Como as posigées sucessivas foram forografadas em intervalos de tempo iguais, & possivel verificar, através da foto, que a aceleragio € constante. Uma anilise euidadosa de fotos como esta nos permite obter o valor da aceleragio da gravidade, o qual resulta ser, proximadamente, g=9,8m/s) isto é, quando um corpo est em queda livre, sua velocidade aumenta de 9,8 m/s em cada 1's Fig2-19:€sto fotografie morte as pos! er tucestvor de duasexfero, de pesos ferentes,em queda ve, Observe que ‘lorcacm imultaneamente,come prev- raGotilew pedro ume pene coem / ! 3 : 3 CH o0 o| Be 1% ma, ss Fig.2-20: Quando um Corpo cal em queda Sore, tte velocidade aumento Fig.2-21: No movimento de (quedo lvre sao valides os quagées que ertabelecemor ara @ movimento uniforme: mene verado, sen (Gig. 2-20). Se 0 corpo for lancado verticalmente para cima, sua velocidade diminui de 9,8 m/s em cada |. AS EQUAGOES DA QUEDA LIVRE Sendo o movimento de queda livre uniformemente acelerado, é evidente «que podemos apliear a ele as equagdes estadadas na secgdo anterior para este tipo cde movimento. Assim, supondo que um corpo seja angado para baixo com uma velocidade inicial v (fig. 2-21), apés cair durante um tempo # ¢ ter percorrido uma distinciad,siovilidas as equagBes Lap oa verter, dames par e vt avd 4 lad sendo @ = g. Estas mesmas equagdes podem ser empregadas para 0 movimento de subida, bastando lembrar que, neste caso, 0 movimento 6 uniformemente retardado (a aceleragdo seri negativa pois convencionamos considerar a veloci- dade sempre como positiva) Exemplo ‘Um corpo langage vertcalmente per cima com uma velocidade inca va ‘considere g = 10 mvs? e despreze aresisncia do ac 2} Qual sor a velocidade do corpo 2,0 sapéso langamento? AA velocizade serd dada por v= vj +t @, como 0 movimento 6 retardado, temos a=- 10 ms". Entéo v= 30-10%20 ou v= 40ms 1) Quanto tempo 0 corpo asta para ating o ponto mals alto de sua rajtéria? No ponto mais ato, temos v = Oe, entdo, a equacéo v = vp + at nos fomece 0=30-10t donde 306 ©) Qual a atura maim acangada pelo coro? ‘A istdncia percorida & dada por d = vst +(12) at®, Como para ating 0 onto mais alto 0 tempo gasio é t = 3,0's, teremos, para aalture maxima, 10%3,07 gy d= 45m 1 6 =20%30- 1) Qual a velocidace com que 0 corpo retoma ao panto de langamento? ‘Ao descer, 0 corpo parte do repouso no ponto mals alto € vel percorer @ ‘mesma asténcia que percore ao subir. Entéo, na equagdo V? = v3 + 2ad, temos vy =0, d= 45mea=¢=10ms", Logo v= 2x 10045 donde v= 30 m6. ‘Como vost pode percever, 0 corpo retoma a0 ponto de partiéa com @ ‘mesma veocidede com que fol langad, ©) Quanto tempo corpo gasta para descor? Este tempo poderd ser obtido da equagdo v = vp + at, ande vo = 0 (0 ‘corpo parte do repouso no ponto mais alto, v= 30 mvs (conforme ‘obtvemos na questo anterior) e 2 = 10 mis* Teremos 30=10¢ onde 3.08 Observe, pols, que quando um corpo & langado para cima o tempo de descida 6 igual 20 tempo de subide. _ so Movimenta retilines, Lacie exeleicios de fixagde excl Cicice ce tid Antes de passar ao estudo da préxima secsdo, responda as questdes seguintes, 24, Um ho pesado © uma folta de papel so aban- onados,simultaneamente, de uma mesma situ, 2} Se a queda for no ar, qual dees chega primero 20 S010? consultando 0 texto sempre que julgar necessario, 2) Qual é 0 valor da aceleragéo de queda para o corpo mais pesado? E para o corpo mais eve? 1) Como 6 denominada e como se representa esta sceleragéa de queda dos coos? Ese. queda for no vécuo? 27. 8) Quando um corpo estécaindo em queda te, 0 ©) Por quo as Guas experéncas apresertar resu- {que acontece com o valor de sua velcidade em ‘dos diferentes? cada segundo? 25. a) Um corpo & abandonado de uma certa altura & 1) E se 0 corpo for langado verticalmente para ‘ai verticalmente, Em que condigdes podemos oma? Considerar que este corp esté em queda vie? | 28. Um corpo & abanconado (to &, parte do repouso) 1) Qual 60 tipo de movimento de um corpo que ‘est caindo em quoda lire? 26, Dois compos, endo um deles mais pesado do que o ‘outro, estd0 em queda lve nas proximidades da superficie da Tera {do ato de um edfcio e gasta 3,0 s para chegar 0 ‘solo. Considere © resistencia do ar desprezwel e g= 10m. 2} Qual 6a altura do eciicio? 1) Qual 6a volocidae com que 0 corp aig 0 slo? um tépico especial para vocé aprender um pouco mais 2.6. Galileu Ga it ve? com cane 1520 08 GALILEU: DA MEDICINA PARA A FISICA a grande fisco ¢ astronomo italiano, Galileu Galilei nasceu em Pisa no ano de 1564, filho de uma familia pobre da nobreza de Florenga, O jovem Galileu, 2s 17 anos, foi encaminhado por seu pai para o estudo de Medicina, por ser uma profissio lucrativa. En- tretanto, acarreira médica nao foi muito atraente para Galileu e seu espirito irrequieto fez.com que ele se interessasse por outros tipos de problemas, Conta-se que, certa vez, observando despreocupadamente as scilagoes de um lustre da Catedral de Psa, interessou-se em medir 0 | tempo de eada oscilagio, comparando-o com a contagem do nimero de batidas de seu prdprio pulso (naquela época nio haviam ainda sido inven- tados 0s reldgios e cronémetros). Verficou, com surpresa, que embora as osci- lagées se tornassem cada vez. menores, o tempo de cada oscilagio permanecia sempre o mesmo. Repetindo a experiéncia em sua casa, usando um péndulo (uma peda atada & extremidade de um fio) este resultado foi confirmado, verifi- ‘ando ainda que o tempo de uma oscilagao dependia do comprimento do fio. Eas descobereas Jerre Galle propor wo de umn palo de om primento padrio para a medida da pulsucio de pacientes. O uso deste ‘tornou-se muito popular entre os médicos da époce. e aparelho Fig2.22:Golileu verifcou fexperimentolmente que ® Soriseata ae nope, ‘descend em um plano in: inode, ¢unifermemente cele, Paro se tr ume {dela das eiffeuedes ome frentodes por Goll, bos te lombrar que ele medio © tempo com um "relsgio Ge agua”, ito 6, deter. Imineva o\ quontidode de Fecplente,enguanto 9 cor- pe desea’ plana, live, ebservande 0 movie ‘mento de um pendulo re thm @ metme comp 10 lferentes.Procurose Huser que, partinde jun {os de uma mesme eure, ‘ler orelam Junto, et & fr doin pandulos tém 0 Imeime perfodo, ndeper ddentemente de nor mor. fer (procure reelzar esto experienc). ‘Esta fia lkima contribuigao ‘de Galilen para a Medicina, pois 0 ‘studodopénduloedeoutrosdispo- sitivos mecinicos alteraram com pletamente sua orientagio profis- sional Apésalguma discussio com seu pa, ele modificou seus planos académicos comecou a estudar Matematicae Ciéncias. © PENDULO EA QUEDA LIVRE Em suas experiéncas com 0 péndulo, Galileu descobrin um ou tro fato importante: o tempo de : sums osclago nao depende do peso do compo suspenso na extremidade do fi, isto & o tempo de osclagio é 0 ‘mesmo tanto para um corpo leve quanto para um corpo pesado. Esta descoberta levou Galilew a fazer o seguinte raciocinio: uma pedra leve e uma pedra pesada, oscilando na extremidade de um fio, | gastam o mesmo tempo para “caie” isto 6 para se deslocar da posigao ‘mas alta até a posigo mais baixa da trajes6ria (Bg. 2-23). Endo, como © movimento pendular ¢ a queda livre sio ambos provocades pela ‘mesma causa (gravidade), se essas duas pedras forem abandonadas li vyremente de uma certs altura, elas deverio também csir simultane ‘mente, gastando ambas 0 mesmo tempo para chegar a solo, Esta con- clusdo era contrétia aos ensinamentos de Aristbteles (como vimos neste ‘apitulo) e, para comprové-la, conta-se que Galilen teria realizado a fa- ‘mosa experigneia da torre de Pisa (veja a secgio 2.5). Alguns historiadores duvidam que Galileu tenha ‘realmente realizadoestaexperiéneia, mas nioha divida de que cleefetivamente reaizou varias experiéncias, bservando ob- jetos diferentes em queda e pendulos em oscilagio, talvez em sua prépria residéncia. Em outras palavras, Galileu famda- ‘mentava suas conclusdes em experiéncias e observagies cui- dadosas,aliadasaum raciocini l6gico. Fstemodo deproceder constitu a base do método experimental, introduzido por ele noestudo dos fendmenos naturais,sendo poristoconsiderado ‘precursor dagrande revolucio verficadana Fisicaa partir do séculoXVIL. DESCOBERTAS NA ASTRONOMIA ‘Além de seus trabalhos no eampo da Mecinica, Galileu deu também enor me contribuigio para o desenvolvimento da Astronomia. Em virtude de sua grande habilidade experimental, ele conseguiu construir o primeiro telescépio para uso em observacdes astrondmicas. Com este instrumento, realizou uma série de descobertas, quase todas contrariando as crengas filos6fica ereligiosas da Epoca, as quais eram baseadas nos ensinamentos de Aristoteles. Mavimente retitinga. — Enere estas descobertas de Galileu podemos destacar: ~percebeu que a superficie da Lua é rugosa e irregular e no lisa e perfeita- ‘mente esférea como se aereditava; = descobriu quatro satéites girando ao redor de Japiter, contrariando a idéia aristotélica de que todos os astros deviam girar em tomo da Terra. Alguns flécofos da época recusavam-se a olhar através do telescdpio, para nio serem obrigados a se eurvar diante da realidade, chegando a afirmar que aquelas bservagdes eram ines e nfo passavam de truques criados por Galileu; ~ serificou que o planeta Venus apresenta fases (como as da Lua) e esta abservagio levou-o 4 concluir que Vénus gira em torno do Sol, como afirmavs astrdnomo Copérnico em sua teoria heliocéntrica (ig 2-24). Fig 2-24sAsfoses de Venus sts da Tere, enquente gr em torn do Sol 1 pele Sesleri decpe dng ey ed Radia pate EA GE aR, priate aio er omgrersn oc Gand Stoned ds pbs er 163 SIs Dery <—__3 fi 4 re ¥,© ¥,covetor o ° b) Sabendo‘ce que 0 = 25 caleule¥, 0 Exercico 12. 3.3. vetor velocidade e vetor aceleragae Conforme mostramos na secgZ0 3.1, a velocidade é uma grandeza vetorial A.aceleragio também, como veremos a seguir, é grandeza vetorial. Entretantd, até agora nio nos referimos ao carter vetorial dessas grandezas porque tratamos apenas de movimentos retilineos e, para este estudo, & suficiente conhecer 0 ‘médulo da velocidade e da aceleracio. \VETOR VELOCIDADE / Consideremos uma particula deserevendo uma trajetoria curva, como na t/ fig. 3-11. Para estudar um movimento como este, € necessirio considerar o a cariter vetorial da velocidade, isto €, devemos defini o vetor velocidade, 2, em ie ‘ada instante. Jévimos, no capitulo anterior, como se calcula o valor da veloc Fig2-11:Avelocidode n= dade instantinea (seegio 3.3). Este valor € 0 médulo do veror 3. A directo ded é fsrtineo ¢ representeda, tangente i tajetéria no ponto que a paticla ocupa no instante considerado co Ru porumrctortangenes Seu sentido € o sentido do movimento da particula naquele instante. A fig. 3-11 oe mostra 0 vetor 3 tragado em diversosinstantes do movimento, Vetores - Movimento curvilines: 2 Observe que, conhecendo o vetor 3 em um dado instante, conhecemos 0 va lor da velocidade instantinea, a diregio do movimento naquele instante e, tam- bbém,o sentido instantineo do movimento. ACELERAGAO CENTRIPETA Consideremos, agora, uma particula descrevendo uma trajetéria curva, de tal modo que o valor de sua velocidade permanega constante (fig. 3-12). Embora 0 médulo da velocidade sejaconstante, a dirego do vetor 3 esti variando (a diregio da tangente 8 curva varia) Como vimos no capitulo anterior (seegio 2.4), quando o médalo da velocidade varia, existe uma aceleragio que caracteriza esta variacio. Do mesmo modo, quando a diregio da velocidade varia, para caracterizar esta variagio definimos uma aceleragio, denominada axclerag centripeta, 8 aceleracio centripeta, 2, € um ida para o centro (‘centripeta” significa “que aponta para o centro"). Esta aceleracio, em virtude de ser per pendicular a @, costuma também ser denominada acelerago normal, dy. Portanto, — Fi63+12: Quando a dresdo sempre que varia adiregio do vetor J (trajetdria curva) teemos una aceleragio & "lied varie, exite centripeta. Na fig. 3-12 mostramos 0 vetor d, em dois pontos da trajtéria, Na sectio seguinte, veremos como se calcul 0 médulo da 2celeragio centripet ACELERAGAO TANGENCIAL Na fig. 3-13, suponhamos que um automével entre em uma curva com uma velocidade cujo médulo esti crescendo. Podemos dizer que este automével prssui das aceleragdes: a accleragio cenripeta J, (pois a diregio de estévariando) e,além disso, uma aceleragdo denominada aeleragio tangencal, dy que caracteriza a rariagio do médulo de 8. aceleragio tangencial a, € ‘um vetor na mesma diregao de 8 (tangente a trajet6ra) ecujomédulo é aquele que voce jé aprendeu a caleular (a, = 40/Ai). O sentido de 2, seré 0 mesmo de # se 0 ‘movimento for acelerado (v aumentando) e contrério ode 8 se 0 movimento for etardado (e diminuindo). ‘ Observe, na fig. 3-13, 08 vetores de ay em um ‘ tio em ee mda ope determinado instante do movimento. ! ete pot ue alr Entio, em resumo, podemos dizer: Sempre que variar a direcao do vetor velocidade de umcorpo, este corpo possuiré uma aceleragio centripeta. Sempre que variar 0 médulo do vetor velocidade de um | corpo, este corpo possuiré uma aceleragio tangencial. GREER aa Durante a aterszogem deste Snibue espacial 9 ve- feponta pore o exquerde. Entretante, como se movi- Gcelerogdo do aeroneve ponte pero @ deta (a minting oar rire 8 parenquedos acentua 0 re- fordomento} exel’Cicios de fixagao Antes de passar ao estudo da proxi 1a secso, responda as questdes seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessario. 41, Em cada uma das figuras deste exerciio, temos 3 luajetéria de uma partcula que se desioca de A para B. Desenhe, em uma eépla das figuras, © velor velocidade da particu, nos pontos A e'B, ‘supondo qu 2) Na figura (a) 0 movimento 6 unforme, Na figura (b) 0 movimento & uniformemente ‘acelerado. €) Na figura () o movimento & uniforme. 4) Na figura (d) 0 movimento 6 uniformemente ‘acelerago. ») —e——+e— | 4 Exerc 12 114, a) Quando podem afirar que uma partcla em ‘movimento possui aceleragso centpeta? by Sendo e 4, 0s vetores veloidade e acleragao centripeta de uma paricula em um certo Instante, qual 60 valor do ngulo formado por estes vetores? (©) Por que 2 aceleragdo que caracterza a vaiaga0 {a diregdo do vetorV se denomine aceleracdo centripeta? : 15. 2) Quando & que podemos afimar que uma partcula em movimento possul acoleracdo tan- sencia 57 1b) Porque esta aceleragdo se denomina aceiers- (0 tangenciar? ©) Quando 0 médulo da velecidade esté aumen- tando, 08 vetores Ve 8, tém o mesmo sentido ‘1 sontdes eontios? 1) Quando 0 meédulo da velocidad est diminuin- do, 0s yetores Ve 6, tém o mesmo sentido ou sents contérios? 16, Considere os movimentos mostrados nas figures do ‘exrcicio 13. Para cada uma dessas Tguras, czer se. partculapossu: 2) aceleragéo cenvipeta, ») aceteragdo tangencial. ‘Yetores - Movimente curvilines: os a | 3.4. Movimento circular IwrRopucée Dizemos que uma particula esté em movimento circular «quando sua traetéria € uma circunferéncia como, por exemplo, a tajetoria descrita por uma pedra que gira presa na ponta de ‘um barbante (fg. 3-14). Se, além disso, 0 valor da velocidade permanecer constante, 0 movimento & denominado circular tni- forme. Endo, neste movimento, o vetor velocidade tem médulo ‘onstante, mas adirecio deste vetor varia continuamente 0 tempo que a partculagast para efetuar wma volta completa denominado periodo do movimento e & representado por T. O espago percorrido pela particula, durante um perfodo, € 0 com- primento da cireunferéncia que, como vocé sabe, vale 20R (R é 0 rai da trajetdria). Portanto, como o movimento ¢ uniforme, o valor da velo- eidade seré dado por Fig 2:14 Une portcla ue Ba prea 8 exwems y= —tlistincia percorrida gy a 2a Sie ernie emp gurmncperceren) OR mmoviment ce FREQUENCIA DO MOVIMENTO CIRCULAR ‘Suponha que, observando a pedra mostrada na fig. 3-14, verficéssemos que ela eferua 30 voltas completas em um tempo igual a 10's. freqiiéncia, f, desse movimento 6, por definicio, o quociente entre 0 mimero de voltas e 0 tempo sasto para efetud-las. Logo, a freqiéncia da peda sera: ¥ 30-voltas las gg f3 0 vos 10s f Observe que esse resultado significa que a pedra efetuou 3,0 voltas em cada 1's. Aunidade de freqiéncia, 1 volta/s, é denominada | hertz, em homenagem 20 cientsta alemiio H. Hertz (1857-1894). Portanto, podemos destacar: A freqiiéncia fde um movimento circular € definida por | f= Este resultado representa o ntimero de voltas que o corpo executa por unidade de tempo. nde voltas efetuadas tempo gasto para efetud-las O conceito de freqiéncia pode ser aplicado em outros tipos de movimentos, somo seri visto no capitulo 16. A fregiéncia e 0 perfodo de um movimento estio relacionados. Para reacionar fe T, basta pereeber que essas grandezas sio inversamente propor- cionais , assim, podemos estabeecer a seguinte proporgio: no tempo T (um perfodo) éefetuada I volta na unidade de tempo serio efetuadas fvoltas(freqiéncia) ‘ou, esquematicamente T= 1 a Entio: 1 f Portanto, a freqiéncia é igual 20 inverso do perfodo e reciprocamente. Por ‘exemplo: se o periodo de um movimento circular é T= 0,5 s, sua freqiéncia se 1 = fT=1| donde faz ov T= = londe = 2 ve /s= Prag donde f= 2volasis = Zhe y VELOCIDADE ANGULAR, Consideremos uma partcula em movimento circular, passando pela posigio P, mostra na fig. 3-15. Aps wm intervalo de tempo At, a parteula estar passando pela posiglo P. Neste intervalo de tempo Ae, © raio que acompanha a particula em seu movimento descreve wm ngulo 49 (Fig 3-15. [A relagio entre o ingulo deserito pela particula eo intervalo de tempo gosto para deserevé-lo & denominada veloidede angular da particula, Representando a velocidade angular por @ temos tim interac de tempo Iso elocidode angular € A velocidade definida pela relagio » = Ad/At, que ja conhecemos, costuma seiepere able ser denominada velwcidade linear, para distingui-la da velacidade angular que acabamos de defini. Observe que as definigBes de ve sio semelhantes: a veloci- dade linear se refere & distincia percorrida na unidade de tempo, enquanto # velocidade angular se refere a0 anguladecrite na unidade de tempo. A velocidade angular nos fornece uma informagio sobre a rapidez com que ‘um corpo esti girando, De fato, quanto maior for a velocidade angular de um corpo, maior seré o angulo que ele descreve por unidade de tempo, isto é, ele staré girando mais rapidamente. Lembrando que os Angulos podem ser medidos em graus ou em radianos (como vocé deve teraprendido em Matemética— ver tabela 3-1), coneluimos que ‘© poder’ ser medida em graus/s ou em rad/s. ‘Uma maneira de ealeular a velocidade angular é considerar a particula efe- tuando uma volta completa. Neste caso, ingulo descrito seri A@ =27 rad (Cabela 3-1) € 0 intervalo de tempo sera de um periodo, isto é, Ar = T: Logo, on” T ‘Yetores - Mevimente curvilineo: 97 ESA RELAGAO ENTRE v Ew Vimos que, no movimento circular uniforme, a velocidade linear pode ser ‘btida pela relagio Ink oe (® Bow 9 (Fe Como 2n/T é a velocidade angular, concluimos que v=oR Esta equagio nos permite calcular a velocidade linear v, quando conhece- masa velocidade angular @¢ 0 raio R da trajetéria. Observe que ela s6& vilida se ‘0 Angulos estiverem medidos em radianos. ACELERACAO CENTRIPETA No movimento cieular uniforme, o médulo da velocidade da particula permanece constante , entio, a particula nfo possui aceleragio tangencial. Entretanto, como a diregio do vetor velocidade ‘aria continuamente, a particula possu uma aceleragio centripeta a, Ni fig. 316, estio representados os vetores @ e em quatro posigoes Aierenes da partcala. Observe que vetor d, tema dregio do aio e sponta sempre para o centro da ercunferénca Foden ded maemaamet, qe olor ds seckao tr cen notintnsio detar tala pr Fig 16 A fue meso Pordcuo, em movimento Observe que 0 valor de , & proporcional a0 quadrado da este eterna as 3 yelocidade € inversamente proporcional ao raio da eircunferéncia. Bona Portanto, se umm automével fz uma curva fechada (R pequeno) com grinde velocidade, ele teri uma grande acclerasio centrpeta Yeremos, mais tarde, que estes fatos esto relacionados com 4 possibilidade de o carro conseguir ow nfo fazer uma curva Exemplo Uma barra gia, com movimento unforme, em toma de um leo que passa peo ponto O (fi 3-17), efetuando duas rtagies or sogundo. Para os pontos Ae 6 da bara, stuados&s astncias = 2,0 me Ry = 3,0 mdo eno de otaga, caleul 80 periodo de rtacao de cada un, Erigentemente, cada panto da bara executa um movimento cle cular uniforme em tomno de O (fig. 3-17), sendo 0 periodo ae rotagdo 0 mesmo para todos esses ponts. Como a bara efetua 2 rotagdes por segundo, é claro que, para efetuar 1 vote, ele {astard 0,80 5. Assim, todos os pontos da bara esto grando am um periodo T = 0,50, Fig. 5-17:Pareo exemple de zecgbo 34 ease ae ) as velocdades angulares a, € w, ‘Sabemos que @ = 2x7: Como A e 8 possuem 0 mesmo perodo, teéo também a mesma \elocidade angular (ambos descrevem 0 mesmo Sngulo de 2x rad no mesmo tempo de 0,50 s). Entbo = 05 2 Ca m8" 955 ©) as vlocdadesIneares v@ vy. Observe, na fig. 3-17, que os pontos A e B pereorrem csténcias dfferentes em um mesmo Intervalo d@ tempo. Portanto, embora possuam a mesma volocdade angular, eles tém velocidades nares diferentes. Com fete, como v = wR, teremas = OR, = 4x20 ov y= 25m Wy = Ra = 4x3.0 ow my = 38m ‘Assim, como voc’ jd deve ter previst, o velocidad linear de B & maior do que a de A. 6) as acooragbes centrpetas a4 3 ‘A aceleragio centrpetaé dada por a, = VIR. Logo: = 0 = Aeradis A 40" | ou ay = 48x10 ms exel’Cicios de fiXagao os Get Antes de passar ao estudo da proxima seccio, r consultando 0 texto sempre que julgar necessario. 47. Um car encontrase em movimento crcular unfor ‘me na pista horizontal mostreda na figura deste exe 0.0 sentido do momento & de A pera. 2) Reproduza a faure em seu cademo e desente 0 vetorvelocidade do carro, em cada uma das Posigdes A, 8, C, Oe E mostra, 1) 0 carro possui aceleracto tangencial? Possul ‘2celeragdo centipeta? 1) Desenne, em sua cépia da figura, 0 voter 3, em cada uma das posiges A, 8, C, De E mostadss. 48, Supona que a pista do exerccio anterior tenha lum raio R= 300 m e que caro faga 2 vols, na ‘sta, por minuto 2) Qual 6, em segundos, 0 perodo do movimento doar? 1) Qual, em her, a eqdéncia deste movimento? ©) Qual & distancia que o caro pecorre em cada vita (comprmento da creunferéncia)? 1) Qua 60 valor da velocidad linear co caro? ponda as questdes seguintes, ©) Qual é a expresséo que nos permite calcular @ ‘aceleragéo centripeta? Use esta expressio ‘calcula 0 valor de 5, pare este car, : vetores - Movimente citrvitince 19, Para © movimento considerado no exerccio ante: tig, dtorin 2) Ovalor do dnguio (em graus¢ em radians) des: | rte pete caro durante um periods. 21, Dais caus se desccam com a mesma velosdade nas pistas Pe P, mostradas na figura deste exoric, 8) Qual das duaspistas tem maior rio? ) Pera qual dos dois carros 0 aceeragSo cant ) A velocidade angular do carro (em rad/s © em peta é maior? gauss, 20, a) Como se define a velocidade angular de um ‘corpo, em movimento evcular unforme, que escreve um &nguio 48 durante um tempo ae? Usendo esta expressdo, caleve e velocidede “angular de um corpo pare o qual A8 = w/2 ad © At = 0506. 1) Qual é a equagde que elacone w eT? Use esta ‘equagdo para calcula @ periodo do movimento do compo etado er 3 6) Caleule a freqincia deste corpo. {9 Suponha que a trot do corpo citado em (a) tenha um rio R= 10 em. Use a rolacio entre v, ‘oe R para calular a vlociade linear deste como. ©) Voo® poderia usar a expressio pedida em (6) | come valor de wem grausis? 3.5. Composig&o de velocidades INTRODUGAO Consideremos um avito voando, com uma certa velocidade, em um local ‘onde o ar esteja parado, sem ventos. Se comegar a ventar, 0 avido estaré animado de dois movimentos: seu movimento em relagio ao ar, que Ihe é proporcionado telos morores, e 0 movimento do ar (em relaglo 3 Terra), que também desloca o vio. StuagBes como esta, em que um corpo possui,simultaneamente, duas ou sais velocidades em relacio a um observador, sio encontradas freqtientemente. Por exemplo, um barco que se movimenta em um rio enquanto € arrastado pela correnteza, uma pessoa que caminha dentro de um vefculo enquanto é levada pelo proprio veiculo ete. (Qual seria a velocidade com que um observador veria se movimentar um ‘corpo animado de-virias velocidades? Lembrando que a velocidade € uma randera vetorial, podemos concluir que a velcidade observada para o corpo serd a revultente das velocidades que ele passud. Portanto, 0 avido citado anteriormente se deslocaré com uma velocidade igual & soma vetorial da velocidade do avido no ar coma velocidade do ar em relagio 8 ‘Terra. Exemplo 4 ‘consideremos um barco cua velocidade em relagdo 8 gua (proprcionada por seus motores) € vp = 6,0 Ms. Este barco se movimenta em um rio cuje corenteza tem ume veloidade v,'= 4,0 mvs. EERE 90 w e @ whee, Fig.3-18: Em quolquer dor stuosder mostrodas,eveloidade¥ do bore, emrlasde Terr, & dade pela reaultante de, ¢7 £2) Qual a velocidad com que o barco deste 010? (0 barco esté animado, simutaneemente, por duas velocidedes. Pertanta, ele se movimen: tard (em rlacao a Tera) com uma velocdade @ que é a resutante de @ V., Neste e280, eV So vetoes de mesma arecso e de mesmo sent (ti. 3-18-2), Endo, Ve wte= 60440 ou v= toms. \Vemos que o valor da velocidad resuitante é dado pela soma agri des médulos de 7, € Ue, assim, o barco desce o ro mals rapicamente do que se néo exstisse 9 corenteza, b) Qual velosidade com que obareo sobe 0 0? Para esa stuacéo, 0s vetoes Vy @ V8 a mesma dregso e sertites conréos ig, 3-18-0) {€0 valor da veloidade esutante sors Vewnte= 60-40 v= 20ms Evidentemente, em vitude do menor valor da velocidade resutante, 0 bareo gastara mals ‘tempo para subir iodo que para éescer. ©) Se a velocidade for orientada perpendicularmente & margem (fig. 3-28), com que ‘velocidad o baco se deslocaré nor? ‘este caso, (endo possuem a mesma diregdo. A velocidad resutante V poders ser ‘bt pela regra do paralelogramo, como mosta 9 fig. 3-18-c. Censeqientemante, 0 baie led se deslocar ao longo da vajetéra AB mostrada na gure. (Como 7 & perpendoviaraV, 0 médulo ds velocicageresuitante W sed vem \vb+vd = 60% +40? donde v= 7,2m/s INDEPENDENCIA DAS VELOCIDADES: Examinando a fig. 3-18-c, notamos que as velocidades 8, (velocidade do bareo) e¥-(velocidade da correnteza) sio perpendiculares entre si Isto significa que 0, ndo tem componente na diregio de 8, e, portanto, 2 correnteza ndo ter nenhuma influéncia no tempo que o barco gasta para atra- vessar o rio, Conseqiientemente, haja ow no correnteza, o empe de travessia seri ‘o mesmo, pois oefeito da correnteza unicamente de deslocar 0 barco rio abaixo. Yetores - Movimento curvilineo > Do mesmo modo, sendo nula a componente de Jy na siregdo da correnteza, a velocidade do barco nao teri influén- ‘Ga no seu movimento rio abuixo. Logo, as velocidades Jy ¢ @ sio independentes. Em outras palavras: Quando um corpo esta animado, simultaneamente, por dois movimentos perpendiculares entre si, o deslocamento na diregao de um deles é determinado apenas cla velocidade naquela direga Esta independéncia de dois movimentos simultineos perpendiculares foi observada, experimentalmente, por Gali- Fig 318 Gotu verifoy gue « welocldede lev. Na fg. 3-19 mostramos a experincia realiada por ele. Efisarua oye abe opotscsom Deixando um objeto 4 cair verticalmente ¢, no mesmo instan- #1 movimento segundo o vero te, ngando horizontalmente um objeto B, Galileu verificou que ambos eaem simultaneamente, gastando 0 mesmo tempo para atingir 0 solo. O objeto A, em queda livre, tem apenas a velocidade vertical J, © objeto B esti ‘nimado por dois movimentos perpendiculares, possuin~ do, além da velocidade ¢, de queda, uma velocidade 3, horizontal, devida 20 impulso do langamento. Como 4 e B gastam o mesmo tempo para cair, Galileu concluiu que ayelocidade 8, nfo infTui no movimento de queda do corpo B, isto é, as velocidades @, ¢ 8, atuam simultanea- mente sobre B, independentemente uma da outra. Atualmente, podemos verificar que Galileu chegou a resultados corretos através de fotografias especiais, ‘como ada fig. 3-20. Fig, 320: Esta moderna fotografia mostra toler coum sinuhtantamente, comprovande bert fete por Gale seb act 92 a ‘a margem, avavesa Um no, ea lpia & L"~ 100 m, paring do ponte Ae cereganearo pont ig 3:32), weldae da corteza i. = 2.0m 2) Quanto tempo 0 bacogastaré para aravessar or? © tempo de vavessia 6 dterinaco apenes por Vp pls V€ erpeculr 2 no infu neste delocamento ver @ Wg, 2-21), into equvae © eer Que 0 taro percore uma distancia | com 9 veloadeV,gatando, na raves, um tempo tdaeo por & _ 100 ve 40 conde t= 25 Se nio existsse a comentea, 0 tempo de ravessi seri, evidentemente,ainds e258, ) Qual valor da isténcia dente os pontos B e Ca ig. 3-212 Se no exstsse 2 coenteza, o barco segura @ troetérla AB. A disténciad &, entéo, 0 deslocamento provocado apenas pele corenteza, pois Y, no inful neste desiocamento, Como as cuas velocidades atuaram simultanesmente du rante um tempo t= 25 s, 0 desiocamentoproduzio par Sera d= vg = 20x25 Fig 321: Pore oom 2 conde d= 50m exel’Cicios de tixagao Antes de passar ao estudo da préxima seccio, consultando o texto sempre que julgar necessario. ponda as questdes seguintes, 23, Um avido est voando com uma velociage em 22. Um barco, desenvolenco ums velacidede fyem | telacio 8 gua (velocidad que 0 motorimprime 20 ‘areo), vai atravessar um ro caja correnteza tom uma velocidade . Estas velocidades estdorepre- ‘sentaasna ura deste exercico. 8) Se néo exstisse corentera (Agua parada), qual sora a veloeidade do barco em rlacao & Tera? Mostre, na figura, a vragetoria que o barco sequiia nestas condigtes, ) Considerande a comenteza, desenhe na figura @ velocidade, V, do bareo em relagdo A Terra (velocidace resuitante) e a traetéra que, neste ‘aso, ele segue ao atravessar oro. relagio a0 arv, = 200 krvh. Em um dado instante comega 2 soprar um vento fore, com uma velo- cidade v, = 80 kmh, crgda co Norte para o Su. Qual ser a velocidad do avo em elagao Tera supondo que ele esta voando: : a) Do Norte para 0 Su? ) Do SUI para 0 Norte? Vetores - Movimento curvilines 93 ORES 24, Suponha que o ido do exercico anterior drigsse 4) Savendo-se que 0 avo se encontra 2 430 kn sua velocidade J, de Oeste para Leste. desta cidade, quanto tempo ele gastara para 2) Usando uma escala em que 1 cm representa abengr i? 40 km, desenhe, em uma cépia da fgura des- | 25, Na ig. 3-19, euponha que o corpo gastou 0.45 8 tw exrcici, os vores, ey, para atingr © solo e que © corpo B tenha sido ) Desenhe a veloidade esuitate do avo e deter langado com uma velocidad vy = 2,0 ms ‘mine © Sau valor, medindo seu comprimenta com 8) Quanto tempo 0 corpo B gastos pars ating slo? ‘uma réqua lem so da escla do desenro). b) Sabendo-se que valor da velosdade horzontal €) Para qual das cidades mostradas na figura (A, ‘y,Pemanece constante durante a queda, aque B, CouD) ests se cirgndo 0 aio? dtncia do pda mesa cars 0 corpo 5? um tépico especial para vocé aprender um pouco mais 3.6. Fisica nas Competi¢Ges esportivas ERROS DE MEDIDA NOS ESPORTES Em atletismo, os resultados de competigdes envolvem medidas de com- primento e tempo: Embora estas medidas estejam sujeitas a erros, como qualquer outra ‘medida fisica, eles ndo sio levados em consideracio pelos juizes e autoridades ‘que militam no campo do esporte, Além disso, certos fendmenos fisicos que podem afetar sensivelmente os indices registrados por um atletasio também completamente ignorados. Estes fatos podem levar i atribuigio de um prémio ‘em uma competiglo ou a indicagio de um atleta como recordista mundial injustamente. (© professor americano P. Kirkpatrick, em um artigo bastante divulgado, snalisa virias situagoes ¢ aponta corregdes que deveriam ser feitas nas medidas aulétias para reparar enganos deste tipo. A seguir, descreveremos algumas dessa situagies estudadas pelo professor Kirkpatrick em seuartige, DOIS EXEMPLOS DE ERROS MUITO COMUNS g Ele inicia seu artigo criticando a falta de cuidado com os algarismos signi- ficatvos na apresentacio dos resultados das medidas efetuadas durante as com petigdes. Por exemplo: é comum encontrar-se o valor da velocidade, desenvol- vida em uma corrida de automéveis, expresso com até sete algarismos; no entanto, a distincia percorrida € o tempo gasto no percurso, usados para caleularo valor da velocidade, nao so medidos nem com 1/10 desta precisio. ‘Um outro exemplo deste tipo de incoeréncia ¢ encontrado em corridas de distincia: montam-se dispositivos elétricos ou fotogrificos capazes de medir 0 tempo com uma precisio de até 0,01; mas, a0 mesmo tempo, o revélver que d o sinal de partida e, simultaneamente, aciona o medidor de tempo, costuma estar situado a uma distancia tal dos competidores que o barulho do tio gasta sé 0,045 para chegar2 seus ouvidos. Observe, entZo, que nfo tem sentido 0 uso de um eronémetzo tio preciso, uma vez.que o erro iniial na medida do tempo é bastante superior a precisio do aparelho. os Fig. 3:22:0 foro de 0 er- eno onde oe depute ume provo de orremesio de pe- Dede ecoretar erat peucbo de aceleragdo de rovdede inf no resltor A IMPORTANCIA DO NIVELAMENTO NAS PROVAS DE ARREMESSO fato de nao ser costume nivelar, com cuidado, o solo dos campos onde ‘io realizadas as disputas de arremesso de peso, disco ou dardo pode ser causa ‘de algumas injusticas nos resultados dessas provas. Para entender isto, observe a fig. 3-22, a qual mostra um atleta arremessando um peso que atinge o solo no pponto B. Se o terreno estivesse nivelado, o peso cairia em 4. Assim, pereebe-se ‘que o atleta foi beneficiado, no aleance de seu langamento, com um aeréscimo igual A distincia AC. E claro que, dependendo das irregularidades do terreno, ppoderia ter ocorrido uma diminuigo no aleance real e, entio,o erro é cometide ao acaso, dependendo da sorte do arremessador. ‘Poder-se-ia pensar que este erro fosse desprezivel. No entanto, os recordes destes langamentos so anotados até a “casa dos milimetros”e os erros eausados pelo desnivel do terreno podem atingir até 15 em (para mais ou para meno). A INFLUENCIA DA ACELERAGAO DA GRAVIDADE Entre os numerosos erros que afetam as medidas no campo do esporte, aquele que é mais freqiientemente come- tido e que, no entanto, poderia ser mais Hilnes Mgt a elas com, ‘avariagio da aceleragio da gravidade. Sabe-se que o alcance de um arre- ‘meso, ou de um salto a distincia, é invér- ‘samente proporcional 20 valor de g. Con= forme veremos em nosso curso (c $e 6), a aceleragao da gravidade varia de ‘um local para outro da Terra, dependendo dalecrtep atari meicamageaia ate sae ea por ‘exemplo, em uma cidade onde o valor de g é relativamente pequeno (grandes altitudes e pequenas latitudes) seré beneficiado. Para dar uma idéia da importincia destas consideragdes, 0 professor Kirkpatrick mostra que um arremesso cujo alcance seja 16,75 m em Boston constituiria, na realidade, melhor resultado do que um sleance de 16,78 m na Cidade do México. Isto em virtude de ser 0 valor da aceleracio da gravidade, na Cidade do México, menor do que em Boston. {As cortectes qe podetiam ser Scilmente fees para cya dlscreplclas desta natureza nao sio Sequer mencionadas nos regulamentos das Olimpiadas. Yetores = Movimento curvilines ‘A REJEIGAO POPULAR AS TENTATIVAS © autor do artigo, na qualidade de fisico, preocupado com as considera- es apresentadas,tentou sensibilizar as autoridades do esporte, nos Estados ‘Unidos, para que fossem tomadas medidas no sentido de atenoaraqueleserros. ‘Com surpresa, observou um grande desinteresse pelo assunto ¢ concluiu, cele proprio, que a: ee sosque pate eta ne com sce deine esi dpe char 95 aS CConcluindo, ele afrma que, possivelmente, lizado de que grande gareica comiala ti Seam ee nae dos resultados das disputas. fin ace renee: exelCicios de fixagao « Antes de passar ao estudo da proxima seccdo, responda as questdes seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessario. 26, Um caro de Férmule 2, durante uma tomada de tempo para definir a pole-positon, efetuou ume ota completa na pista © 08 apaethos de media regitraram os seguintes valores: = ietincia perorida = 4 846,6 m ~ tempo de percrso = 82,642 5 Logo depois, uma emissora de TV anunciou que 0 piloto desenvoleu, nesse teste, uma velocidade smédia de 21,1246 kv. 28) Voc® acha qua, em termos de algrismos sig- ifleatios, @ emissora de TV apresentou corre- tamente 0 valor oa velocidade? ') Escreva 0 valor dessa velocidade de mancira adequads. 27. Sabe-se que a velocidad do som a vale 340 ms {2} Aaque dsténcia do revdver so enconta o ata, ‘mencionado no texto, que owl 0 tro 0,04 ‘ands 0 dsparo? ') Qual a mama cisténcia que podera exstr en: tte 0 alleta e 0 revbher para que ela fosse coerento com a preciso (0,01 s) do dispesitvo de medida de tempo mencionade no texto? 28, Em um langamento de peso, 0 solo do local da prova néo se encontravs nvelado, como mostra a figura deste exercicio. Assim, ro arremesso de ur atleta 0 peso ating o solo no pono A. 2) Mostre, na figura, 9 posigéo aproximada na qual ‘peso atingna a close le eatheste nea ') O'atleta fo! prejudicado ou benefciado nese langamento? ©) Indique, na figura, 0 ero aprosimado que fo! ‘cometide na determinagéo do alcance desse ° Eerecio 28 29. Dols atetas aremessam pes0s iusis,aplicando ‘ambos © mesmo impulso a esses pesos. Um dos atitas encontra-se em Quite, no Equador, © 0 ‘outro, no Rio de Janeiro. Qual dees seré ‘ecido, em seu arremesso, pelo valor local da ace- eragao ca graidade? Exoqve. 30, Procure veriar se alguns dos fatoras fisicos analisados nesta secgS0 (ou outros fatores no ‘mencionados) estio presontos om esportes que \oe@ prates ou que voe8 conheca banaaat 96 reVisao As questdes seguintes foram formuladas para que vocé faca uma revisio dos pontos mais importantes abordades neste capitulo. Ao respondé-las, volte ao texto sempre que tiver dividas. 4. a) Ocque 6 uma grandeza escalar? D8 exemptas. ) Que caacterstcas devem se fomecidas para que ‘uma grancezavetoralfque bem detorminada’? DS ‘exomplos de gandezas vetoras. ©) Quel é 2 ference que voo! peroebe entre as notagées dea? 2. No texto, foram apresentados dois processos para ‘a determinagao da resutante€ de cols vetoes & @ 5. Descreva cada um cesses process. 3. a) Expique o que voce entende por componente «de um veto ¥ sobre um e0 OK 1) O queso componentasretengueres de um yetor? 4. a) Sendo @ um ngulo aguco de um tingul re- ‘gu, defina sen 8 @ 0s 8 1) Quais sio as expressdes matematicas que nos | Deritem caicular as componentes retanguares de umvetor? ©) Se conhecemos os valores das componentes ‘etanguares de um veto V, como podemos ca- culare méduio deste vetor? 5. Vimos que @ velocidade de uma penticula, num dado instante, ¢ rpresentada por um veto. Diga qual é 0 médulo, a cirecdoe o sentido deste veto 6. a) Qual é a crego eo sentido do vetoraceleragao contipta 3? Se uma paricua possu a, como deve ser a sua Urajetiia? Nesta concioes, qual a caracttica do vetor?que,obrigatoramente, est variando? Para voeé fazer 1) Coloque uma pequensa moeda na bord do pato de um toca-disco. Mega e anote@ dstncia,R, da moeda 20 centro do rato ¢ligue o aparetn. Usando um crend- metro (ou um reg que marque as segundos) moga.e anote 0 tempo que 8 moeda gasta para efetuar 10 votas. Para maior seguranca, @ aconseindvel repetir esta medida algumas vezes. Baseado em suas anotaqies, determine: 2) 0 periodo T de rotagdo da moods. } O ndmero de rotagées que a moeda executa em :L minuto, Compare este resultado com a indica: ‘¢40 do aparetno. algumas experi@ncias simples . a) Qual & 2 dregio ¢ o sentido do vetoracleracso tangoncial 3,7 ») Se uma particua possul 4, qual a caracteistica o votor que, obvigataiameonte, est vaiando? 1. 8) Oque 6 periodo de um corzo em menimento cit cular ursforme? ') Um corpo esté em movimento circular unforme. (Come sa define avelocdade anguar este corpo? ) Expresse esta velocidace angular em fungéo 60 petodoT, 8. 9) Qual 6a expresso que relaciona v, eR em um ‘movimento ereuarunforne? 1) Qual é a expresso que fornece o valor de 4 no ‘mauimento ereuar ufone? 410. 2) Se um avo possui uma velocidade 7, em ‘elagdo a0 a eo ar se movimenta com uma ver Tosidade 6, em relagao & Tera, como devemos rcceder para enconvar a velocidad, 7 do auido lem relagdo 8 Tera? ') Quando um corpo esta animado de dois movi- ‘mentos perpendiculares entre si, dizemos que (28 sho independentes um do auto. Expique 0 (ue leo signee, 6) Descreva a experéncia que Galleu ealou para mostrar a independéncia de dois movimentos petpendicuares. ©) Avelocisade angular da moeda. 1) Avelocidade linear v da moeda. €) Aaceleragdo centripetaa, da moeda, 2)) Se a mooda for colocada no meia do prato, de ‘made que o raio de sua trajetria se tore duas vores menor, 05 valores de T, w, ve a, pare festa posigao, seriam maiores, menores. ou lguais 20s valores correspondentes @ posicdo anterior? ) Cologue # moeda nesta posglo,faga as medidas ‘ecessdriasecaleule os valores de T, «2, ve a, Os valores encontrados conviemam as preusées que oe6 fez em (a)? ‘Yetorss= Movimento ‘Segunda experiénela Conforme dissomos, na fig, 3-19 a velocidade horizontal (qe Bpossui no afeta o sou moumerto veriale,porisso, Ae 8 atrgem o soo simultaneamente (adependincia dos ‘movmentos) experénca seguinte, semehante aquela | eae por Galle, destina se veriicar esta independ cade dis movimentas perencieuares entre si _ figura apresenta a montagem que dove ser feta para a | ealaago desta experiéncia: uma régua, parcialmente | aooiada sobre uma mesa, © uas moedas, A eB, estan- o B sobre a mess, prxima & sua bords, encostada & regia, eA sobre a régua (fra da mesa). i 1 Segunda experiénca. 1) xe argu com um dedo no pont P, de modo que ela possa grarem tomo deste pont, Dé uma pancada si bita na extemidade ve da régue, como mostra a figs ‘2. Obson— as vajtérias das das moodas e verifique Se J ca vericalmente (queda Inte) © se B, no meso instante, ¢ aremessada horaontalmente para aaa, 2) Repita a experiénca 0, prestando atongo ao barulho produzido pelas duas moedas 20 atingiem 0 solo, ‘verque se elas gastaram 0 mesmo tompo para ca 3) Repita mats uma vez a experéncia, dando uma pan- ‘cada meis forte na régue, para que 8 adauire maior ‘elocidade inci. As moedas A eB continvam caindo simuttaneamente? Voe8 soha que feou comprovaca a independéncia dos dois movimentos (horaontal @ver- tea) da moeda 8? Terceira experiéncia Esta experéncia permit vocé analsar 0 movimento de um objeto langado horzontalmente, cain sob a a¢d0 da \zavdace, Para realzi-a, proceca da seguintemaneira: Tome uma superie ri, como um bus (ou até mes ‘mo um ite), eobrindo-a com uma folna de papel Branco. | coloque a suportice,coberta com 0 papel, apoiada de ‘maneia a permanecerincinad de um cero rig sobre ‘ahoruontal (ves af. (desta eperénca. ‘eta trl bus oA oe ‘9 3 al Tarai experitece 2) No alto da foe, assinale um ponto A (ela figura b) { disponta uma pequena plataforma (ou canaleta) hhofaontal de modo que sue extremidade coincda com © ponto A. Se necessario, salicte a ajuda de um colega '8) Tome uma pequena estera (de ago, ou vdeo ete.) € ‘passe 6leo ou vaselina liquida om sua superticie. CColoque a estera na plataforma e lance-a com uma Certavelocidade horizontal, de modo que ela cova sobre o papel. A traetéra da esfraficaré marcada na fla e voe8 poderé reforgé-la eretecé-la com 3 Ponta de um lépis. (movimento dessa esters ¢ igual Aqueleanalisado na seegdo 3.5 e mostado na fig 3-20. Neste caso, po- rém, a aceleragdo da queda € menor do que 8 ds ge- vide (em vitude da inelinagSo da superfie). Lem bre-se de que este movimento cua traetéia fl ta {ada ¢ uma composiqao de dois movimentos inde- endentes: um movimento horizontal, com velocidad constante,€ um movimento aceerado pare bao, 4) A partir do ponto A trace, na folha de papel, um exo horzontal © out perpendicular @ ele, como na figura (6) desta expenéncia. No eo horizontal, assinale ontos P, P,P, et.. de tal modo que AP, = P,P, Py =.. Como 0 mavimento horgontal é unforme, e8s08 dstncias cortespondem a intervalos de tempo iguais no movimento da esfera.Assinale, agora, 28 Aistdncias AQ, 0,0, 0,0, ete, ue correspondem 0s destocamentos da estera, para bakto, em cada lum daqueles intvalos de tempo iguas. Observe que essas disténcias aumentam gradualmente, mostran- do que 0 movimento para bao 6 acelerado, '5) Observe a forma da trajetéria obtida no papel e vela como ela € semelhante & da fig. 3-20. Essa curva & uma pardbola, como a cura que descreve a variagéo com 0 quadrado que vocé jé conhece de seu curso de Matematica 6) Procure repetir a experiéncia, variando a velociade Iniial da bola ea incinacao da superficie. tas ete 1, Um avtombve, send testado em uma pista circu lar de 300 m de ai, parte do ponte mostedo na ‘figura deste problema, - 8) Desenhe, em uma cépia da figura, 0 vetor dj ‘que representa o desiocamanto do automével, ‘ps ele tercompetado me'a volts. 1b) Qual éo médulo deste desiocamento? ©) Qual seré'0 méduio do desiocamento do auto ‘éve!apés ele ter completado uma volta? Probleme 1 2. Doséesocamentos de dy tém médias, = 40m ‘ed, 3,0 m. Sabe-se que di, tem dregdo horizontal cesentdo daesquerdapareadieta. £2) Qual deve sera dregioe 0 sentido de d, para ‘qe a resultant desses vetoes tenha médulo igala 70m ) Responda & questo anterior, para que a resul- ‘ante tena modo igual a 1,0. © Atesultante ded, ed poder ter médulo igual 880m? e gualaosm? 3. Na fewa deste problems, os vetoes Fe F, renre- _sontam, em médulo, rego © serio, dus forges. ‘tudo Sobre un objeto apoado em uma mesa isa Deseo ale rhe ua kere a mo- ‘que a resutante da irs forgas FP @ Fy sia rua, Escola, entre os vetores mosrados see, ‘aquele que melhor representa, Probleme 3. vcs problemas e testes (> Sietitas e €¢ 4, fewas seuintes fram fas por um estudante temando ober a esutart, V, de co's vetoes V, © Ye indiaue 6 figuras es quis a resutate fi ‘bode conetamente. ” ») Q Probleme 5, Na figura deste problema, os segmentes AB, BC, ‘CA etc. representam votores MB e BA, por exem- io, so vetores de sentdos contréios). Nas igua dades seguintes, estdo apresentadas algumas relagbes entre estes vetoes Assinale aquela que io 6 verdad, ab + 8+ Ga=0 0) BD = AB + AD Problemes. & . 6. Qual das afrmativas seguintos ests orada? 2) O médule da componente de um vetor no pode ‘er maior do que 0 médulo do proprio vet. ) Se.a componente de um veto sobre um oxo for ‘ula, podemos concluir que o médulo do vetor também é nu. ©) Se um vetor or perpendicular a um eixo, 2 com- Ponente do vetor sobre o eso & nul. €) Se.um vetor or parle a um ei0, 0 médulo da ‘componente do vetor sobre 0 0x0 & igual 80 ‘médulo do veto ©) Seas components retangulaes de um vetors80 ‘mbes nulas, poderos contr que o médulo do voto também é no. etores=Mevimente curvilimes lo a Problame 7. (0s vetores 7, e ¥, mostrados na figura deste pro- ema tém médules’, = 20eme¥, = 400m, ') Desenhe, numa cbpia da figura, 36 componen- tes retangulares 7,0, do veto, ) Faga 0 mesmo para o vet. © Calcul 0s valores destas componentes e, 20 ‘presenta 05 resultados, consdere a seguinte convengéo de sinals: as Componentes sobre OX Bo positvas se orentadas para a dicta e ‘egatvas em caso contri; as componentes sobre OY sBo posttvas se orientadas para cima « negatvas em caso contro. Problema 8. O velocimeto de um caro que se desioca em uma ‘estrada plana, mestrada na figura dest problems, Indica constanternente 60 keh no trecho AB. No trecho BC, a indicagéo do velocimeto cal gadva- mente para 40 kew/h e, no trecho CD, aumenta sgradvalmente para 80 kv. Em uma cépia da ‘igure, desenhe os vetores 8, (acelereeto centi- eta) &, (aceleregéo tangencia) do movimento o automével, nas posigbes incicadas. 3. Voct sabe que a Terra possul um movimento de ‘etagéo om tome de seu ei, 2) Qual 6 periodo deste movimento? ) Qual 6 a velocidade anguiar deste movimento, em graushnora? Uma poia A, em rotagdo, tom 10 em de rao e um ponto de sua peifera tem uma velocidade near 4 50 cms. Outra pola, 8, de 25 om de rao, gre 4e tal modo que um ponto de sua penfena tem uma velocidade linear de 75.cm’s. 42) Galle a velocidade angular de cada pola. ») Qual das dus pos et grando mais apart? Uma pedra, presa a um barbante, & colocada em ‘movimento circular unforme de periado T= 0,20 s erie R = 100m. Caleule, para esta podre: 8) A velocidade anguar, er rats ) A velocidade linear, ern mvs. ©) Aaceleragdo centipeta, em ms’. 12. Considre duas pessoas, A 8, situadas sobre a su- perce da Tera, estando Ano equador @ Bem um Daraelo no hemisério nore (veja a figura deste problema. Voce sabe que estas pessoas esto B= ‘ado, juntamente com 2 Terra em seu movimento e rotagio. Dis, ente as afragbes segunts, re- lacionadas com estes momentos do rtagéo do Ae 8, uals esto conse quals esti eradas. Probleme 12. 28) O parece de retago de Aé maior do que 0 de B. b) Avelocidade angular de A igual de 8. ©) 0 raia da trejtéria de A 6 igual 30 raio a tra- jetbria de 8. 4) Rveocidade linear de A é maior do que a de B. ©) A acoleragdo centripeta de & menor do que 20e8. 13. Doi cars, A €B, estio descrevendo uma mesma ‘cua croular de uma estrada, ambos deservowen- do 40h, 8) 0 motorista do caro A aumenta sua velocidade ara 80 kervh, A aceleracSo centpeta do carro toma-se maior ou menor? Quantas vezes? 1) O caro 8, mantondo sua velocidade, entra em ‘uma cure mats fechada de rio duasvezes me- ‘not Sua acelerago centipeta toma-se mae enor? Quantas exes? 14, Na fig, 3-18-, o que acontecera 20 barco se ay = V2 Decne 15. Duas cidades, situadas nas margens de um rio, ‘esto astanciadas de 100 km. Um bareo, que faz ‘opercurso entre elas, eva 5,0 h quando s0be 0 ro 4,0 naodescer Calcule: 2) Avolocidade da corenteza, 1) Avebcidade do arco am relagao& agua, 16. Uma embarcago pate do porto waa, na diregéo Norte-Sul, delocando-s6 22 km para o Norte. Em soguida, toma a diregdo Oeste-Lestee desiora-se 9,0 km para Leste. Finalmente, retoma a diregéo Note-Sul, deslocando-se 10 km parao Su

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