You are on page 1of 432
R. Boczko Professor de Astronomia do Instituto Astronémico e Geofisico da Universidade de Sao Paulo CONCEITOS DE ASTRONOMIA “ EDITORA EDGARD BLUCHER LIDA. 15 16 Si Mie “ig 20 Sar Nez 23 24 25 Prefacio CAPITULO I ~ NOGOES DE CALENDARIO Astronomia: passado, presente e futuro. 0 diac a noite. Fases da Lua, Mis tuna. Estagdes do eno. Ano Solar A semana Calendario: objetivos © problenas Determinagao da duragae do ano. Calendério Egfpcio. Calendario Babi lanico. Calendario Grego. Calendario Juliano Era Crista DeFinigio da date da Pascoa. Festas religiosas cris Calendirio Gregoriano, CSlculo da data da Pasco. CAPITULO IT - SISTEMAS DE REFERENCIA Vertical © horizonte de um local. Movimento diurno aparente do Sol Determinagdo dos pontos cardesis Movimento noturno @ movimento “anual aparentes das estrelas. Movimento diario aparente dos astros Conceito de esfera celeste. Sistema horizontal local de referéncias. Nascer, ocaso © passagem meridiana de un astro. Culminagae superior e inferior. Maxima digressio. Determinagao do meridtano pelo método das alturas iguals. xr 12 15 16 W 19 2 zz 25 28 30 32 23 35 a7 40 44 46 49 31 26 Naz 28 Sa 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 a a 43 44 45 46 7 48 49 50 1 Coordenadas geograficas Relagdo entre latitude geogrifica © astrondmica Diferenga entre norte geogritico ¢ magnético. Sistema equatorial de referéncias. Sistema equatorial hordrio de referéncias. Correspondéncia entre os diversos sistemas de refe- CAPITULO TIT - TRIANGULOS ESFERICOS Triangules esféricos. Lei do co-seno na trigonometria esférica. Lei dos senos na trigonometria esférica Férmula do seno & co-seno na trigononetria esférica. Formula do co-seno & co-seno na trigononetria esfé- Formula do seno & seno na trigonometria esférica Formulas de Borda Determinagéo do angulo entre 2 astros CAPITULO IV - RELACDES ENTRE SISTEMAS OE REFERENCIA Relagdo entre coordenadas horizontals e horarias Relacdo entre o sistema horério © © equatorial: ten po sideral Relagdo entre o sistema horizontal © o equatorial Passagem meridiana de um astro Estrelas circumpolares. Nascer e ocaso de um astro Condigdes de visibilidade de um astro. Cruzamento como primeiro e segundo verticals Condigdes de maxima digressdo ou elongacao- Passagen por um almucintar. CAPITULO V ~ PLANIFICAGRO DA ESFERA CELESTE Planificasio da esfera celeste Projegdo cilfndrica 82 54 55 56 59 6 64 67 70 2 13 1” 80 a3 86 87 90 95 97 101 103 106 108 109 52 53 54 55 56 57 58 59 60 6 62 63 64 65 66 67 68 6 10 n 12 3 4 75 Projecio estereogrifica CAPITULO VI ~ MOVINENTO ANUAL DO SOL. SISTEMA ECLIPTICO Movimente anual aparente do Sol Declinagdo do Sol ae longo do ano Duragde da parte diurna © noturna de um dia Sistema ecliptico de coordenades Estagdes do ano: razéo, Regiées cli icas da Terra Relagio entre coordenadas equatoriais © eclfpticas do sol Relagdes entre coordenadas equatoriais ¢ ecifpticas de ue astro Coordenadas galscticas. CAPTTULO VII - MUDANGA DE SISTEMAS DE COORDENADAS POR NEID DE MATRIZES DE ROTAGAO. Relacio entre coordenadas esféricas e cartesianas Conversée entre sistemas diretos © indiretos. Nudanga de coordenadas por matrizes de rotag: Escolha da diregdo dos efxos cartesianos nos diver- sos sistemas de referancias. Muganga entre os sistemas de coordenadas usadas em astronomie por melo de matrizes de rotagio. CAPITULO VIII - SISTEMAS DE MEDIDAS DE TEMPO Medico do tempo. Tempo solar verdadeiro. Tempo solar médio; tempo universal. Relégios solares Tempe do fuso local Hora de verao. Tempo sideral verdadero. Tenpo sideral médio. Precessio dos equindcios. 123 125. 128 130 132 134 136 140 142 144 148. 151 156 158 160 163 166 189 m 73 176 76 7 78 79 20 81 82 83 8a 85 26 87 88 a9 30 a 9 93 94 95 96 37 Fendmeno da outa: Ano sideral, ano trépico e ano besseliano. Tompo das efemérides. Tempo atdmico Internacional - Irreguaridades na rotagdo da Terra. hovimenta dos pales. Variag3o da latitude de um local devido a0 movimen- to dos palos. Variagio da longitude de um local devido a0 movimen to dos polos. UTO © UTI. Efeitos sazonais na velocidade de rotacdo da Terra ura Tempo universal coorge CAPITULO IX - DESLOCAMENTO 00S PLANOS FUNDAMENTAIS DE REFERENCIA. Deslocamentos dos planos fundamentais de referéncia. Variagdo (aproximada) nas coordenadas de um astro de Vido 3 precessio Variagde rigorosa nas coordenadas de um astro devi- do 3 precessio Variagio das coordenadas de un astro devido & nu tagao. CAPTTULO X - ABERRAGRO OA LUZ Efeito de aberragao. Angulo de aberragio estelar Aberragio secular das estrelas. Aberragae anual Aberragio didria. CAPITULO XI - PARALAXE Efeito de paralaxe. Paralaxe anual Paralaxe didria. 179 180 183 184 186 187 188 192 193 196 200 208 208 24 27 219 221 226 230 232 236 98 99 100 102 103 104 105 106 107 108 109 no m ne ns na M5 Ne n7 ne ng 120 iy CAPITULO XII - MOVIMENTO PROPRIO DAS ESTRELAS Movimento proprio das estrelas. CAPITULO XIII ~ REFRAGAD ATMOSFERICA Refragio acmostérica. Crepisculos. CAPTTULO XIV - REDUCRO AO Redugio ao dia. CAPITULO XV - ESTRUTURA E DISTANCIAS NO SISTEMA SOLAR Sistema geocéntrico. Teoria dos epiciclos Sistema hellocéntrico. Provas do movimento de rotasdo © do movimento orbi- tal da Yerra Configuragdes plane Determinagio do rafe da Terra por Eratdstenes Fases da Lua. Eclipses. Condigao geonétrica para a ocorréncia de un eclipse, Determinagao da distancia da Terra 3 Lua. Distancia da Terra ao Sol. Ralo orbital © perfodo sideral ée planetas interiores, Raio orbital © perfodo sideral de pl: rae exteriores Lei de Titus © Bode Grbita da Terra, segundo Kepler Leis de Kepler. CAPITULO XVI - MOVIMENTO ELTPTICO DO SOL Estudo da elfpse: Elementos orbitals Movimento el{ptico do Sol Equagio de Kepler. 246 249 258 260 262 263 265 267 268 an 276 280 282 283 285 287 288 290 298 297 300 303 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133, 138 135 136 137 138 EquagSes aproximadas do movimento eliptico. Movimento do Sol em ascensio reta. GAPTTULO XVII = GRAVITAGKO UNIVERSAL Lei ga gravitagdo universal. Primeira prova da validade da le da gravitagio uni versal. Marés. Variagio da gravidade terrestre coma altura desae © solo. Energia de um corpo num campo gravitacional. Equagio da tr: téria e velocidade de um corpo num campo gravitacional. Formas geondtricas das drbitas. Problena dos 2 corpos. Hodégrafo de ue movimento orbital. Movimento elfptico ou kepleriano. Hoyimento parabélico. Orbita de un sacélite artificial da Terra. Coordenadas heliocéntricas de um corpo orbital Coordenadas geo tricas de um corpo orbital. Nogdes sobre perturbagdes: problema dos 3 corpos. Apandice. Exercfeios Bibliografia Indice Renissivo. 306 308 316 318 321 322 324 328 331 334 338 342 345 347 349 351 355 359 408 409 Prefacio © interesse no estudo da Astronomia tem apresentado ulti~ mamente um aunento significative. A procura de cursos de Astrona, nia tem ultrapassado, multas vezes, os limites logfsticos dispont Uma razodvel quantidade de publicagdes estso sendo edita~ as sobre o assunto, visando essencialmente uma divulgagdo da Astro nomia ao piblico, em geral, nio espec Iizado. & através dessas 9 bras, muitas vezer, que nascem as tendincias dos jovens pela As~ tronomia em nivel mais profundo A idéia dessa nossa obra é a de permitir que os iniclantes em Astronomia possan se inteirar do vocabuldrio, das Idélas e dos nétodos ut Trades em Astronomia Fundamental. A obra nasceu dos muitos anos de ensino de Astronomia no Instituto Astrondnicoe Geo, fisico da Universidade de S40 Paulo, © sev conteddo visa cabrir a matéria lecionada nos cursos basicos de Astronomia Fundamental. & hatemdtica © fisica envolvidas raramente ultrapassam © nfvel de ca. nhecimento obtenivel nos cursos de 22 Grau. A matéria & apresenta, da de modo 2 nao exi nenhun conhecimento astrondmice pretininar. seria gif Tl enumerer as pessoas que tornaram essa obra pos: con uma cota maior. Entre estas, gostaria de expressar minha gra- tidio aos Professores Doutores Abrahio de Moraes (J4 falecide), 6 orgio Ernesto Oscare Giacaglia, Paulo Benevides Soares e Sylv 61, mas, sen divide alguna, houve aquelas que participaran Fer Faz-Hello que foram os responsdveis pela minha formagSo em Astro~ nomia de Posicio. 0 que essa obra tem de bom deve-se a eles, os er rot podem ser computados 2 minha falhe em aborver seus ensinanen- tos. Muito Frutiferas foram tambén as discussdes mantidas com meus colegas de profissio Luiz Sernardo Ferreira Clauzet, Nelson Vani Leister e Ramachrisna Teixeira, sempre procurands determinar @ me Inor forma de se ministrar os cursos. duas pessoas muito influi- ram para que eu tonasse @ Iniciativa de reunir num livro todas as Pinnas notas de aula: a Srta. Teresa Cristina Cume Grassi, Inicl~ aimente como aluna e depois como colega de trabalho, inclusive re vendo 0s manuscritos © apresentando valiosas ert as © sugestéess 2 outra pessoa que sempre me incentivou foi minha mulher Elisabeth Epov Boczko. Valio Sima e indispensavel foi ® coleboracio de Ma ria Neuza dos Santos con o magnifico trabalho de dazilografia. & todos meus sinceros agradecimentos. Ros leitores, desejo que possan nessa obra encontrar algu. as respostas a alguns de seus problemas. Desses mesmos leitores 2 de meus colegas de profissao espero as eriticas para que se pos sa melhorar © conteddo do livro numa eventual préxina edigao. S30 Paulo, janeiro de 1984. R. Boezko Capitulo 1 Nocées de Calendario : enone Do contrario do que muitos supdem, a Astronomia! 230 de deleite de alguns poucos. A Astronomia nasceu e eresceu gra. dativanente para suprir necossidades sociais, econdmicas, religio sas e também, obviamente, culturais. A implantagdo de métodos de contagem dos dias, a prépria medig3o da duragio do dia, a determinagie das estagdes do ano, 2 denarcasio de terrenos, # navegasio, etc., podem ser exemplos de necessidade de aplicagso de conhecimentos astrondmicos. No presente, as viagens espaciais sio possfveis gragas tecnologia desenvolvida aliada & alta preciso dos dados astron nicos disponfvels. néo hunanidade; mesma os que néo véem nelas aplicagao direta Imediata, 3 negar a honra que tais viagens causam 5 doven reconhecer 0s avanges tecnalégicos que tals eventos incuti~ ram en diversos ramas da atividade humana, como por exemplo a mi- nlaturiza + lerganente utilizeda tanco na vida Social comona me, dicina e outras cigncias. Acreditamos que num futuro, talvez nao muito distante, a Astronomia poderd fornecer ao honen ouxflio ainda maior no intu to de desenvolver ainda mais nosso intelecto ben como ajudar no ne, Ihor viver sobre a Terra e, quem sabe, sobre outros astros. Vejamos, nos itens seguintes, como a Astronomia se desen- volveu © que ajuda ela pode nos dar. Iniciemos com a aplicagio da Astronomia no cdmpute do tempo. No Capftulo XVIII existe una lista de exercicios de cada un dos Teens abordades. 1. Astronomia = Astron + nomos (lei) [grego] = lei dos astros Nopies de Calendério 3 Hp o14 € a wort € razoavel de se supaor que a alternancia periédica dos in tervalos de tempo claro e eseuro tenha orientado a vida social mes, no dos mais primitives seres humanos. A associagao da claridade com © Sol! e 0 da escuridio 3 sua auséncia no deve ter sido muito di ffeil. Assin, @ nogio de Déa® atava-se & presenga, quase sempre, fulgurante do Sol no Cu, © a nogio de Nodte* era Vigada i sua Falta e a0 aparectmento de Esttezas® Para as poucas necessidades socials existentes, a contagen do tempo era feita pelo cémputo de "sdis" passados. Notar que ain da hoje em varias Mfnguas sol é sindnimo de dia, e que dia é usa~ do indistintamente para © perfode clare cone também para designar © Intervalo de tanpo entre 2 infcios do perfode clare, ou seja 4 = perfodo claro + perfedo escure. Para e ar confus3o na nonenctatura, & parte clara do dia chamaremos de Dia Claro; o adjetivo a ele referente seré Diuano. Ao perfode completo do Dia Claro mais Noite chamarenos de Dia; re Ferircnos-emos a0 Dia com 0 adjetive Didnio. sot [origem 1atina] = Hélio Lareso] sotto” " s bies J "+ caetun] » 4g noctis] "a stelle] A Concsitos de Astronomia )FASES OA LUA. HES LUNAR Além do Sol, que regia o dia claro, © das estrelas, que sé apareciam 3 noite, logo deve ter-se tornado notéria a existéncta de outro Astro cuja eparigio alternava-se periodicamente entre o dia claro e 2 noite: era a lua’, cuja figura noturna, muito mais espetacular que a diuna, passou naturalmente a ser connecida cone a rainha da noite, honra essa cabivel ao rei Sol durante o dia cla Verificaram, também os antigos seres humanos que a forma da Lua nem senpre era a mesma: ela passava por diversos estagios que se repetiam periodicanente. Esses estigios conpreendiam desde una Lua circular conpletament brithante até um sero filete cireun ferencial levemento iluninado, passando por todas as fases inter- nediirias, © continuando 0 Fendmeno en ordem inversa até atingir a Lua Cheia novanente, © af recomegande o ciclo Definiuese assim 4 Fases? da Lua, ca da una iniciando-se nas seguintes cn digdes: chela, Minguante Fase Infeio _| Cheia Todo o cfreulo bri lhante Apenas una circunfernela| Nove igelranente | luninada eae Cece io Seni-cfreule i luninado, Fig. precedendo a Lua Nova . Senimefreulo Fuminado, jae precedendo 2 Lua Cheia 1. tua = Luna [latin] = setene [sreso] 2. Fase = Phasis [grego] = aparéncia Nogties de Colendtio 5 A observacao sistemitica da Lua permitiu que 05 antigos ve Fifieassem que um ciclo completo de suas fases (chamado de Luna- go) ocorria num ndenregno (intervalo de tempo) de cerca de 29 ou 30 dias. Sabenos hoje que esse interregno ¢ de 29,530589 dias, pe~ riode esse que regebe o nome de His? Sinddéco*, definido cone o Intervalo de tempo médio entre 2 fases iguais consecutivas. A descaberta desse Fendmeno periddico permitiu que a con tagem dos di 2 Fosse agrupada em blocos de 29 ou 30 dias que coin ciétam com une lunegéo. Surgiu daf o Hés Lunar, como sendo o inter regno de dias inteiros correspondentes a una lunagio. Notar que 0 més lunar ado corresponde a uma lunagio exata, J4 que aquele tem um nimero de dias inteiros, @ esse consta tam- bém de uma parte fraciondria. vis = mensis [latin] +. Sindvico = Syn (junto) [grege] + hodos (camtnho) [grego] = mes So caninno, mesma conf iguragaa. 6 Conéeites de Astronomia JESTAGOES 00 ANO. ANO SOLAR com o crescer da civil 1» as necessigades sociais tor naran-se mais sofisticadas, e 0 cémputo de grandes intervalos de tempo passou a ser premente. A humanidade descobriu no Ano? Sodan um excelente perfodo que poderia ser usade cono padrao de medida ge tempo. Mesmo durante uma geragio, 0 homen & capaz de verificar qw as condigdes meteoroldgicas que 0 envolven variam num ciclo ten de Finido, interpondo perfodos agradaveis entre aqueles que apresen tam condisdes extremas de quente ou Frio. 0s antigos puderam associar as épocas de quente, frie ou intermediarias (4 épocas chamadas de Eszagdes* do Ano) com algunas particularidades, tais como: 2) verificaram que o tananho da sombra de um pilar a0 meio-dia era muito m ds b) as estrelas vistveis no Inverno diferiam daquelas observaveis Fna estagao Fria (Inverno) que na estagao quente (Ve no Verio; €) enchentes de rios ou secas estavam intimamente relactonadas comas estagdes do ano; ete. © intervalo de tempo decorrido para que as estagces comple tassem um ciclo passou a se chamar de Ano Solar ou simplesmente Ano. A duragdo do ano, © seu emprego para a contagem do tenpo & 0 Catondinio'. © que conhecenos por HemeroZogia®, @ seu resultado 1. Ano = annum [latin] 2. tstasdo = statio [latin] = pausa 3. Henerologia = henero (dia)[grego] + logos (tratado)[grego] = tratado sobre ‘contagen dos dias 4, calendirio = calendarius [latin] = Inpresso com os dias, senanas e neses do ‘ano; originario de -calendas (prineiro dia ge cada age do ano, no ca" Tendirio’ronano)« otis de Calendario 7 No organizar dos dias en perfodos mais longos para efeitos de contagen dos dias, um perfodo de 7 dias, chamado Semana’, foi um dos primeiros a ser utilizado. Sua origen, porém, ndo ested 1i- gada a nenhum Fendmeno astrondmico periddico. Poder-se-ia tentar sssocié-la a cada uma dae fases da Lua, jé que cada uma delas, tem uma duragio aproximade de 7d) gistro conhecido de tal procedinento. 5. N3o_ ha, ro entanto, nenhum re~ A semana de 7 dias foi utilizada tanto pelos judeus como cia estave associada pelos romanos. Para os primeiros, sua exist 2 razdes religiosas que impunhan uma abetingncia de trabalno de | dia en cada 7. Esse proceder foi, também, posteriormente, adotado pelos eristios. No que concerne aos romans, esse padréo de medi~ de tempo fai sendo abragado de forma gradativa, aparentenente a0 dedicar @ cada un dos deuses celestes un dla, ou seja aos deu- 2s Sol, Lua, e aos 5 planetas* entao conhecidos por seren vist- Nercirio’, Venus", Marte’, Japiter® @ Saturno (nao 28), & cotneid de dias da semana juéaica e¢ da semana astrolégica romana pro- 5 a olho nl se conhecia Urano", Netuno? © Plu cle entre oni ssivemente estabeleceu a nogao de semana de 7 dias, com rafzes profundas que sobreviveram 2 qualquer tentative de modificagio. senana = soptinana [latin] 2. Planeta = planem [prego] = errante vercirio [latin] = Hermes [grego] = mencageiro dos deuses +. nus = devsa da beleze 2. varte = brave = deus da guerra piter = Zeus Saturne = deus do tempo wane = Céu (grego) rei dos deuses Fo ‘wsuno = deus do mar = deus do inferno 8 Conceites de Astronomia Conforme resolug8o 2015 de Organizagdo Internacional de Pa dronizago, sugere-se 2 adog3o da Segunda-Feira como primeiro dla da semana. Assune-se, também, que @ prineira semana do ano é aque la que contém a primeira Quinta-Feira do ano. Enfim, podemos dizer que enquanto 0 més © 0 ano sio pero dos neturais, @ semana parece ser um perfodo artificial de avalia, 0 do tempo. \oobes de Calendirio 9 Derresonnros owsrives + pxostenas Derininos Cagendirco? como sendo © conjunto de regrase ta aelas usedas cone finalidade de agrupar os dias en diversos peri edot que possibiliten un Facil edmputa de dias passados ou 2 pas Cada conjunto de diferentes regras di origem a um diferen, se calendirio. Deve-se notar que todo e qualquer calendirio que siga as regras pré-estabelecidas € correto. Nao existe um calendario me- nor que outro. 0 que existe, isso sim, 5: calendarios que mais se aproximan de uma Finalidade por ventura definida na sua concep Jo. Por exemplo, o melhor calendério solar & aquele cuja estruty ra é tal que sua duragio média melhor se abeire do valor 365,242199 clas, que & a duragio do ano solar. 0 grande problema na conceituasio de um calendirio solar 5 5 de achar uma forma de agrupar os dias (inteiros) de modo que so média @ duragio do ano seja igus! 3 do ano solar. Raciocinio and Jo poderia ser feito com relagao ao més, j4 que durante um ano orrem 12,368267 lunacdes @, portant, num ano ndo existe um nd- ~sro intetro de meses lunares A nanipulagio das pequenas pertes fraciondrias renanescen 2s fol sempre um desaflo & eugenhosidade do honen. Vejanos como os diversos* povos da antiguidade procuravam Iver seus problenas de Calendario. rio = ver ite 3 0 CConcetos de Astronomia ETERNI NACHO DA DURAGAO 00 AND Finquemos uma vara num plano horizontal. Tel associagéo po- de ser chanada de Gnomon!. Verifica-se que 0 tamanho da sombra do vara, causada pela luz do Sol, varia durante o di & bem longa ac nascer do Sol, pasando a diminuir até que Inge um valor minino para logo depois comecar a se alongar até atingir um compriment» Imenso a0 pdr do Sol. Chanenos de Meio-Dia 0 instante em ques sa, bra da vara tem o menor comprinento do Se medirmos © comprimento da sombra da vara senpre a0 meio dia, durante varios dias sucessives veremos que ele varia OFBRA PIRI = Ja 0s antigos notaram que quando a sonbra era minima (PA), 0 clima mostrava~se 0 mais quente; quando a sonbra era a mais lon 98) estava-se com a temperatura mais baixa. Convencionou-se dizer que o ano estava di Ido em & esta G5es, com as caracterfsticas, definidas na Tabela | 1, Grdnon = [arege] relégte solar Nodes de Calendio " 0s instances em que ocorriam as |) [tterel eum sombras com conprinentos PA © PC L icessreltes) recebiam 0s nomes de Sofsticios? [Wee a] Os instentes correspondences is ' ourone sfc sonbras de comprinento PB, onde | toverne c |e b pertence § bissetriz go angulo | Peimave etal FC, recederan © nome de Equind- Tabela 1 cos Solsticio do Verso ~ é 0 instante em que 2 sombra é minima (PA) ~ define © Infelo do Verao; Equindcie de Outono~ é 0 instante em que a sonbra & (PB), Indo de A para C. ~ inicio do Outono; sticio do Inverno~ 0 instante em que @ sombre é méxima (PC) inicio do Invernos iquinécio da Primavera ~ @ 0 instante em que a sonbra é (PB), in- do de © para A= Infelo da Primavera (equindcio vernal) HS varios sdeulos antes de Cristo alguns poves jé tinhan verificade que o tempo necessirio para que a sombra a0 neio-dia vol rasse a ter o mesmo tamanho era de cerca de 365 dias. Sabemos, ho 65,2 Vejamos agora como alguns povos agruparam os dias © meses 2, Solstfcio = Sol estético [atin] = duragio igual do dia e noite [iatin] =aequus (igual) +n0x{not te) @ CConceites de Astronomia Ceneenornra zetrcio Numa época bem remota, 0 ano egipcio consistia de 12 me~ ses com 30 dias cada, © mais 5 dias adicionais ao Final do ano pa Fa completar 365 dias. Quando comparado com a duracdo do ano s0- lar, vemos que 1 ano egipcio (AE) & cerca de 0,242199 dias (5 hom ras 4B minutos 46 segundos) mais curto. Isso significa que, se ad mitirmos que no infeio do ano egfpcio 1 a sombra do gndmon (item 6) coincidisse en 8 (0 AEI se inicia no equindcio da Primavera), de- pois de 1 ano egfpcio, 0 ano egipcio 2 (AE2) comecaria em um dio eauinotcio DO OUTONG_E PRIMAVERA c 8 a Pe Saisie 50 tree SotsT BO TAVERNO Iae2 VERK acs AEA AES Fig.t em que a sombre nao tivesse ainda retornado ao panto 8 (na verda~ de 0 dia coincidiria, mas estaria 5s” 48" 46 adiantado com relacao 20 ano solar). 0 AE3 comegaria 2x (5"48"46%) antes da sombre a~ tingir @ ponto 8 novamente. £ Facil ver que passades 4 anos, isto 4, no inicio do AES, este ocorrerd cevca de 1 dia (4x (5"4A™6*)) antes. Em outras palavras, a cada 4 anos, 0 primeiro dia do ano egfpcio se antecipa de cerca de 1 dia do infcio da primavera cor- Notar pois que apés 120 anos (30x4) haverd Jjé uma de fasagen de cerca de 1 més. Somente apés cerca de 1440 (120 x12) respondent: anos 0 infcio do ano agipcio vai novamente coincidir com 0 comesa 4a Primavera. Fazendo um cdleulo mals exato, esse perfado & de cor €2 de 1460 anos, chamado perdode sitico Nooes do Celondiio 13 AS! ase Ass Ast Ast438 51460 roth ae ne aes aes rego CAE 8s Osfasagem pragressiva entre 0 ano solar eo ano egipcio. Perfodo sético Fig. 2 Diferindo de outros povos, os egipcios nao dividiamo ano nas 4 estagies comunente adotadas. Por razdes locwis, impostes pe © regine de Sguas do rio Nilo, os egfpcios definiam apenas 3 es. tages: = estagio das Inundacdes ~ correspandente, em nosso calendério,de Julho @ novenbro = estagdo da Semeadura - correspondente, em nosso calendario, de no venbro a marco = estacio da Colheita — correspondente, em nosso calendario, de mar goa Julho. Gono © ano egfpcio era mais curto que o solar (este pode, ria, também, ser chamado de Ano das Estagies), as estagdes do ano iniciavan-se em diferentes épocas do ano egfpcio. Assim, para prever o infclo das cheias, 0s astrénomos pelos tinham que se basear realmente em observacdes astrondnlcas. Verificaram eles, que, as Spocas das chelas costumavam comegar 2- pds @ data em que a estrela Sirius, a mais brithante do céu, apa- recia pela primeira vez, um pouco antes do nascer do Sol. Essa es trela era chamada pelos egipcios de Sotis, ¢ apenas a cada 1460 a s seu aparecimento coincidia com o infeio do ano egfpcio: dal © nome de perfodo Sético. Costuma-se dizer que una estrela ten nas, simento hetZace quando nasce junto com © Sol. Assim, a previsio des enchentes era Feite através do rascinento helfaco da estrela So- Conforne vinos, a cada 4 anos do calendario egfpcio esta~ S21 dia atrasado com relacdo ao solar. Ja Ptolomeu Euergetes, det dia 238 a.€., havia notado esse fato e sugerido a inser 4 Concetas de Astronomia (intercatagdo de 1 dia a mais) no calendério egfpcio a cada 4 nos, evitando assia a defasagen do calendario egipcie com a ano so lar. Sua argumentacéo, porém, ndo foi aceita. Apenos entre 26 ¢ 23 2.0. € que © calendario egipcio adotou 0 procedimento de Interca- lar 1 dia no final de cade 4 anos, passando a se chamar catendinio Agexandrino. 0 antigo procedimento, porém, foi usado alada em al- guns lugares até cerca de 238 d.C. © calendirio egipcio antigo foi adotade também pelos Per- se5, por volta do ano 500 a.C., © sobrevive ainda hoje, de forma ligeiranente modificada, no calendirio Arminia. 0 calendario Alexandrine sobrevive no calendirio Etfope & no da Igreja Copte \ootes de Clea fo CYenenoxnro sassro1160 Na Babildnia, regido do norte da Africa, que mais tarde vi ria a se chamar Irague, 0 ano era definido cono senéo de 12 meses lunares (cada més com seu infeio determinado pelo r 1 aparecinen ro da Lua Quarto Crescente pela primeira vez no céu noturno), © un décimo terceiro més adicional, quando necessdrio, para manter oa no relacionado com as estagdes. 0 Infcio do ano babilanico coinei, dia como infeio da primavera local. Vejanos a razéo dessa intercalasdo. Conforme vimos no iten 5, 0 ndmero de lunagSes em 1 ano solar 6 de 12,368267, e como una lunasio contém 29,530589 dias, em 12 meses lunares teremos cerca de 354 dias, ou seja, cerca de 11 2 menos que num ano solar. Des 3 cias para conpletar 3 anos sclares. A correspondéncia novanente po sa forma, em cada 3 "anos" estario faltando cerca de (3x11) ae ser obtida, aproximadamente, com a insergdo de 1 més adicional a0 fin de 3 anos. Obvianante ainda ndo é suficiente, Ja que fican faltando cerca de (33-29) «4 dias © grego Meton, em cerca de 430 a-C. verificou que en 19 3 os solares havia (19x365,242199) eh 235 lunagdes existian (235x29,530583) anos solares ocorriam quaze que exatamente 235 lunagdes. Esse cl~ 940 dias; verificou também que 940 dias, ou seja, en 19 slo de 19 anos passou a ser chamado de cicko Wetdnieo. Sabe-se que 55 bebilénicos passaran a usar esse ciclo cerca de 50 anos apés He on té-lo descoberto, mas ndo se sabe se os babilénicos descobri rencno por si mesmos ov se o importaram da Grécia. Vejanos qual o rocedinento babilanico apés 380 a.C. Em 19 anos babi lénicos, de 2 meses lunares cada, existem (19x12)=228 Junagdes; come sablan cue deveriam existir 235, ficava claro que havia 2 necessidade de 2 interealar 7 meses lunares adicionais nun perfede de 19 anos Imente, Ff sas Intercelagées eram, ini tes sem nenhuna regra Fixa. 0 calendirio babi lanico, sobrevive ainda hoje no moderno ca, scdirio judatco, onde as insergdes sao feitas segundo padrées mui en definidos. E ees 0s antigos calendirios gregos eram bastante cad ieos. To dos eles se baseavan em meses lunares astrondmicos, sendo ques in tercalagdo do 132 nds era feita segundo a vontade da auto! fade cal. Assim, 0 calendirio diferia de cidade para cidade. A partir do século VI a-C. 05 astrénomes gregos procuraran 3. Un des ses ciclos foi o Meténéco, conforme descrito no Item 8, consistin- descobrir ciclos que pudessem discipliner as intercalag 0 de 235 lunagdes perfazendo 6940 dias, ou seja 19 anos. Calfpio, cerca de 1 século depois, verificou que em 235 lunagées existian 6939,25 dias, © ndo 6940. Propds ele, entdo, um cielo de (4x19) =76 anos, com (4x235)=940 lunagdes perfazendo (4x6940-1) = 27759 dias, ou seja 1 dia a menos que 4 ciclos metdnicos. Esse ciclo de 76 nos ¢ 940 lunagdes passou @ ser chanado de cicte Catipicn, mas nio se tem noticias de que ele tenna sido aplicado praticanente. 0 ci clo meténico, por sou lado, foi largamente utilizado inclusive Ia Igreja catélica, conforme verenos mais 4 frente Visto que as observagdes astrondmices nem sempre podiam ser feites para se determinar a data da Lua Quarto Crescente, apés una certa época, ndo muito bem precisa, os gregos passaram a adotar a alternancia do més com 29 ¢ 30 dias, que em média dava 29,5 dias, préximo do més sinddico de 29,530589 dias A grande desorganlzagio do calendaric grego torna quase possfvel localizar uma data nele citada. Une ajuda parcial advén quando a data @ referida a alguna das Olimpfadas realizadas en 0- Iimpia, que ocorriam sistenaticamente 2 cada 4 anos. nomic a Conforme vines no item 7, j4 em 238 a.C. ha sido propos 22 2 Intercalacée de 1 dia adicional a cada % anos para nio perm ir a defasagem do calendirio de 365 5 com relagéo ao ano s0- 0 calendirio utilizado no Inpério Romano era o lunar, com 2 intercalagao do 13? més sob vs cuidados dos sacerdotes off fssas Insergdes nem sempre foram feitas de forme rigorosa, e sob 2 governo de Jali César, elas foran tho amivde negligenciadas sue em 46 a.C 9 diserepancia entre 0 calendirio adstaio eo ano so atingis Uo dias. Sab @ orientacao do astrénomo alexandrine Sostgenes, Foi Feito um acerte no calendario: o ano 46 a.C. passaria a ter 80d. as 2 mais ov seja 445 dias (passou a ser conhecido cono 0 Ano da gusto); a partir do ano 45 a.C. passar-se-la a intercalar I dia a-mais a cada 4 anos, de modo que apés 3 anos com 365 dias cada, = AP ano teria 366 dias, passando 2 se chamar Bissexto’s © ano 45 2.0. seria ano bissexto. Devido 8 md interpretaggo da lei e da confusdo que reinou apée essa implantagio, 2% intercalagdes foram tao Irregulares que = Imperador Otivio teve que sustar todas as insergdes que serian Feitas entre 8 a.c. e 8 d.C. Apés Bd.C., essas intercalagaes Fo feitas rigorosamente durante todo o milénio e melo em que ca. endirio Ficou em vigor na maior parte do mundo ocidental. Sissexto: a origem do none pode ser explicada da seguinte forma: o dia re~ resentative do Infelo de cada nés no calendirio romano era chana, do "ealongas''; era costume Inserir-se o dia intercalado apos 0 dia 2h de Feveretro, ou seja, 6 dias antes do infcio dascalendas" ide margo; assim, esse dia era contado 2 vezes (bis), dat fieando esse dia chavado de: "bis sexto ante canlendas narcii"; passou de, pols para ano "bissexto" 18 CConceites de Astronomia Assim, om média, o Ano JuLéano tom 365,25 60 ano solar de cerca de 0,007801 dias las, diferindo ANO JULIANO = 365,25 dias send Colendiio us caste Quando se define um calendério, esté se definindo apenas a5 regras usadas na parce periddica da contagem do tempo; nao se faz nenhuma alusao 3 origem, ou seja 3 Epocat em que tal calenda- rio comegaré a ser utilizado. Define-se Eta? como sendo 0 intervale de tenpe decorrido desde una época (geralmente um acontecinento histérico de vulto) até outre Data, sende que essa Gitina pode ser indefinida. A cra mais usada atualmente no mundo ocidental é o Ena Cxis- C3. Vejanos como ela fol definida. Em Belém, ha muito tempo atras nasceu Jesus Cristo; cres- seu, desenvolveu una linhe religiosa que se disseninou na Terra & jos seguidores existem ainda hoje. Ne época do seu nascimento, singuén se lembrou de comegar 2 contar os anos a partir desse e~ ento. Nem mesmo logo aps sus morte. Muito tempo depois, em Ale~ sria subia ao trono © inperador Dlocletiane. Convencionou-se contar anos, segundo o calendirio Juliano, a partir da dace de sua as, ss50: iniciavacse a Eaa DiveLetiana. No ano 242 da Era Diocle~ sana, 0 abade romano DionZsio, auto-denominado 0 Pequeno, estava arregado de preparer tabelas nas quais se apresentavam ac datas Pascoas seguintes, numa continuagao a tabeles jé existentes, iodo 9 era Diocletiana. Sugeriu, entdo, © abade, que dever-se-ia 05 anos segundo uma Era Crista, Ja que o nascimento de Cris, 3 uma date sumamente importante pare o undo religioso oci~ sore], Segundo caleules cujo método se perdeu, Diontsio Fixou que 258 do Era Diocletiana correspondia a0 ano 525 apés 0 nascl, Se Cristo. £ assin nascou a pholépticn Era Crista (prolépti 2 Ere cuje fpoce é adotada apds @ ocorréncia do evento que de Era). 2: prego] = parada de tempo = Epi (sobre) + echein{parar) 1 $517] = ponto determinate do tempo para contagen das cates 2 Conceites de Astronomia 0 ano iniciava-se em 25 de dezembro, © 0 ano do nascinento passou 2 se chamar ano 1 da Era Crist. 0 ano imediatamente ante- rior designavacse como ano I antes de Cristo (1 4.0); na © ano 0. 0 primero seule (associacae de 100 anos sucessivos) torai now en 25 de dezenbro de 100 d.C. 0 ano utili ado como padrio era © duttano. Além de 25 de dezenbro, em versas localidades, outras de tas foram usadas pare definir © Inicio do anos essas diferentes me nelras de adotar o infcie do ano eram chamadas de Estigos*. 0s e: tilos mais usuais foram: - Estilo da Natividade = 25 de dezenbro = Estilo da Circuncis3e = 01 de janeiro = Estilp Veneziano = 01 de margo + Estilo da Anunciagio = 25 de marco © estilo da Circunciséo foi Finalmente adotado pois coin- a, @ partir de 153 a.C., como Infeto do ano oficial romano, defi lo pelo Infcio anual dos trabathos de magistratura. 3. Estilo [latin] = naneica de concer: panto partir do qual Noses de Calendirio 2 Ge) vertngH0 0m onTA oA PAscon. FEsTAS RELTGrOSAS CRISTAS A Piscoa’ representa para os eristéos @ data éa Ressurred gio de Cristo, © 6 uma continuacdo da honenagen en mendria 3 saf- da dos judeus 0 Egito Tais eventos foran Fixados de modo 2 serem conemorsdos sem pre préximas ao equindcio da primavera boreal (do hemisfério norte) Assim, 0 Conclllo de Nicea om 325 d.C. fixou a data da Pas coa como sendo " ‘0 prineiro domingo ap6s 9 primeira Lua Cheia que ccorre apés ou no equindcio da primavera boreal, adotado como sen go 21 de marco” A tua Chi era de ida como sendo aquela que ocorre 13 dias apés 2 Lua Nova anterior; a data ds Lua Nova era dada pela bele elaborada segundo 0 ciclo meténico. Devide a essas 3 Inposi- goes, @ data da Pascoa calculade nem sempre coincide com a data gue seria obtida se a definicio da Pascoa seguisse critérios as~ Todas as outras festes re losas méveis do Calendério Ecle siistico Ceistio slo definidas comando-se por base a date da Pas- soa; chamen6-la de P. Eis 0 quadro que define as demais festas re iglosas méveis: “Septuagés ina P-G3dias (63 dias antes da Pascoa) -Dominge de Carnaval Poa. sTecga-Feira de Carnaval PAT -Quarta-Feira de Cinzas Poke =bomingo de Ramos eT -Sexta-Feira da Palxie 2 Domingo do Espirito Santo P4l9 (9 dias apés a Pascoa) -Santissima Trindede P56 =Corpe de Cristo P60 scoa : do sebreu "pesah! 2 Conceitos de Astronomia Durante mais de | milanio e meio o calendario Ju © adotado em grande parte do undo ocidental. A data da Péscoa (ver Item 12) fora definida utilizando-se a data do equindcio da primavera fixed no dia 21 de margo. Ora, 2 durag3o do ano Juliano (365,25 dias) era de 0,007801 dias mais Jongo que 0 verdadeiro ano solar (365,242199). Iss0 significa que ap6s cerca de (1/0,007801) vere se di @ 20 de marco endo 21 como fora de 25 anos o verdadelro infeio da prima ido. desde © Con cflio de Nices em 325 d.C., que Inpis o Equindeio da Prinavers Eote 4iGstico! no dia 21 de margo, até 1582 quando reinava o Papa Gre- gério X11, haviam passado 1257 anos; sea cada 125 anos a prima vera real se iniciava 1 dia antes do dia definide eclesiasticanen te, em 1257 anos houve um retrocesso de cerca de 10 dias (1257/125 do equindeio real em relagio a0 equinécio eclesiéstice J on 1414, no Concflie de Constance, havion sido faites algunas propostas para s corregio desea defasagem, J8 que ela ci ha implicagdes religiosas: 0 perfodo compreendido entre 2 Quarta- Feira de Cinzas © a Péscoa era um perfodo de abstinancia, no qual comer carne era considerado heresia: ora, mas como @ Piscoa era de, Finida en fungio do equinécio vernal eclesiastico e este variava en Fung3o do equindcio real, estava-se conendo carne num perfedo en que, rigorosamente, seria proibide. Fol para corrigir tal "p cado" que a Igreja resolveu refornular 0 calendério vigente. Decomponhames @ duragio do ano solar na» seguintes parce- las: 365,242199 = 365 + 0,25 = 0,01 + 0,0025 - 0,000301; podenos escrever as Fragdes decimais em ordindrias 1. Eclesiastico = pertencente & igreja "09608 de Calendtio 2 1 ano souan = 365,242199 = 365 +2 - hy + aly - sim’ inde o sinal © advém da imprecisde da dicina parcela, que na & a dea (1582), desconheciam. Assim, © Ano Gregoriano fol definide come sendo aquele cu g duragio era ee [Ave emecontano = 365 + 9,25 = 9,01 + €,0025 = 36542025 dias. | (2) Nas, essa melhoria no conhecimento da duragdo do ano do ia suficiente para regularizar 0 calendirio se ndo se acertas~ tanbén sua origem, de modo que se recoincidisse o dia 21 de mar, adotado pare a definig3o da Péscoa, com 0 real equinécio da pr. A Reforma Gregonéana ao calendério Juliano, que deu infeio ntagio do astrdnome Léllo, 2 pontificado de Gregério XIII, imposta em 1582 da ora Crista, Calendario Gregoréane, sob a ori stiu no seguine = omissio de 10 dias na contagem do ads de outubro de 1582, de node que @ quinta-feira, dia 4, seguisse a sexta-felra, dia 15 (com Isso recoineidis-se 0 equinécio da primavera como dia 21 de margo)s = 08 anos da ere Cristd que fossem miltiplos de 100 (anos cen, tendrios) delxarian de ser bissextos, exceto quando fossem também méltiplos de 400 (com isso retirava-se 1 dla a cada 100 anos, © adicionava-se 1 cada 400 anos); = adogio de una regra extra no fixar da Piscoa, de modo que ela nunca ocorresse antes de 22 de margo © nunca apés 25 de abril "A Pascoe ocarre no 12 domingo apés a Lua Cheda Eete Sdstica (13 dias apés a lua Nova Eclesiaseica, defi nida segundo © ciclo metdnico) que ocorre apds ou no Equindclo da Primavera EclesiSstica (21 de margo)s ca 20 0 dia assim definido esteja além de 25 de abril, a Piecoa ocorre no domingo anterior; caso a Lua Chela 24 Concetos de Astronomia Eclestastica ocorra no dia 21 de argo © esse dia sa Ja domingo, a Pdscoa serd no dia 25 de ab: Devido @ essas definicdes, 2 Pascoa nem sempre ocorre no mesmo dia em que ocorreria se sua definigao Fosse puranente astre Deverse sal ntar que © Calendario Gregoriano nao foi ace: to por todos os povos ocidentais ao mesmo toxpo. Alguns paises » ceitaran-rio quando de sua Imposigao, ou seja, no dia (5 de outu bro do calendario Juliano) 15 de outubro de 1582 no calendirio Gre~ goriano: Polénia, Portugal (Brasil), Espanha e parte da Italia. tros pafses adotaran-no mais tarde: Inglaterra (1752), Japio(1873), Rissia (1918), Terquia (1927), ete. en s A guisa de curiosidade, exporemos a maneira pela qual se code calcular a data da Pascoa sem se utilizar tabeles astrondmi~ sas ou eclestastieas. As fSrmulas sao devidas a Gauss. Adotemos o sequinte nomenclatura: R(x/y) significa o reste inteiro quando te divide 0 nimero inteiro x pelo nimero inteiro y. Seja Ao ne da era Cristi, no calendario Gregoriano, para o qual se dese- Ja determinar a data do dosingo da Péscoa. Definamos os 5 valores seguintes a= Rasi3) a b= ROA4) @ = RIA/7) G) 190+ e= RO) w b+ he + 6d + o = R@R tte esd tN) (s) side M22 @ N=3 para 1582 6 As 1699 23 3 1700 1739 23 4 1300 1898 2h 5 1300 1998 2 5 2000 2098 24 6 2100 2199 25 ° 2200 2299 26 1 2300 2339 25 1 2400 2439. Caleulenos 0 valor P dado por PemMtedees (6) Ps31, entdo a data da scoa serd no dia P de marso. Caso P>31, entdo calculamos Piedte- a) % Conceitos de Astronomia @ 2 Péscoa serd en P! de abril. Se, no entanto, P'>25 entio a Pas pus pt = 7 de abril @ Em se conhecendo a date da Pascoa, pode-se caleular as outras festes*méveis segundo a tabela do Item 12. vodas Capitulo 2 Sistemas de Referéncia 28 CConcsitos de Astronomis Imaginesse num deserto bem plano, ou numa iTha nun mar que possa ser considerado calmo. Para qualquer lado que olhar, parecer-ihe-a que 0 céu ¢ o terra (ou © mar) se encontram, muito ao longe. R linha que parece ser esta interseccie danos o nome de Linka do Horizonte, ¢ a0 pla essa linha, de Plano do Horizonte no que cont caso ndo se esteja nun local aberto de modo a se poder obser, var a linha do horizonte, precisanos definir © plano do horizonte de outra Fores Definamos primeiro a Venti cal de um local. Ao suspender um Fie um corpo, a direco indicada pe, Z| pela posigio do Fie (chamado fio de prumo) denomina-se vertical do lo- cal. Caso a Terra Fosse perfeitenen, te esférice © @ matéria disposta em camadas esféricas homogéneas, ess3 diego passaria pelo centro ¢a Ter PLANO DO MORIZON PE 0 perpendicular & Tal de local, pasando pelo.clze do observador, chamamos de pla no do _horizonte A vertical do lugar, que passa pelo observador, parece Miuese!! © céu nun ponto bem acima da ca beca do observador. A este pon to chamamos de Zénite* do ob- 1. Horizonte = horos [grego] = tintte 2. Zénite: eransericio mal faite do arabe "sant"! (caninbe) que se transfornou enlsenit (a 1fdo coro a!) Sistemas de Referéncia 2 servador. 0 ponte oposte ao zénite, com relagio a0 observador, re A? E costume Gizer-se que znite o nadir es~ 5 0postas, quando na verdade dever-se-ia dizer que cebe 0 nome de_Na tho om direg: estio numa mesma diregde, mas em sentidos opestos com relagio 30 ob servador. En astronomia esté arr regdo" em lugar de "sentido", ja que a origem & 0 observador. igada a utilizacao do vocdbulo "di Re eee nee ern eeres 3. Nagi [rabe] = oposto . contri cen Nao hd quem, observando 0 Sol diurnamente, néo tenha nota do seu movimento no céu. veri fic se que de manhd © Sol esta préximo a0 horizonte, fe conforme o dia decorre, ele se movimenta de modo a se afastar ca da vez mais do horizonte, aproximanda-se do z8nite do local, para em sequida se apro) 1ar novamente do horizonte, mas do ado" con trério aquele em que ele estava de manhi. A esse movimento que 0 $01 parece ter, para um observador na Terra durante a parte clare do dia, chananos de Movimento Diurno Apatent do Sel. Ao fendmenc do aparecimento do Sol pela mann’, energindo pelo horizonte, chamanos de Nascer de Sof ou Aurora’. Ao fendneno de seu desaparecimento, imergindo pelo horizonte, & tarde, denomi, nanos Pot do Sof ou Ocaso. Crepiiseuko® & 0 intervalo de tempo (ver item 100) que precede o nascer e que sucede 0 por do Sol, durante © qual existe una luninosidade intermediaria entre o claro eo es, £ costume Este, ou Nascente ou Oriente. 0 lado do por do Sol é 0 Oeste, ou Poente ov Ocidente. Notar que defininos os “lados" leste © oeste, izer-se que onde nasce © Sol é 0 lado Leste, ov 10, 50 observarnos 0 nas- mos ndo 0s “pontos" leste © oeste. Com ef! cer do Sol (ou seu 9dr) durante virios dias, verenos que este nio se dard sempre na mesma diregao. Una forma Facil de comprovar es- $2 varlagio € observar o Sol Nascente sempre de um mesmo ponte do quarto, assinalando na janela 2 posigao de seu nascer. Conforne os ° 1s v3o passando, @ posiglo vai variando, atingindo limites ex- mento definido pelos extrenos nos meses de marco e setembro. Pro. curenos def! Ir entdo 0 diregao leste © oeste. 1, Aurora: [origem latina] = devsa do ananhecer 2. Grepisuto = breper,fencur} [latin] + waco (iinutivo latina) = peguene Sistemas de Referéncia 31 Fig. | - Sol visto por una pessoa através de una janela. Se fizermos com 0s devidos culdades 2 observacie do nascer do Sol, dia a dia, anctando as diregdes de seu nascor conforne des crite no pardgrafo anterior, a diregio leste seria aquela que pas sondo pelo observador, cruzasse © ponte médio do segnento defini do pelos nascimentes extremos da Sol (junho e dezenbro). & diregdo geste estaria na diregao (sentido) oposta 3 da leste. Se apontermos ao leste com o brago direito esticado, © pa, ra oeste com 0 esquerdo, definindo a direcdo leste-oeste, 2 dire- glo norte-sul serd aquela perpendiculor 4 primeira, ainda perten~ cente ao plane do horizonte. A direcao Notte estar & Frente do ob, A essas 4 regdes (leste, oeste, norte e sul) costuna-se chamar de Pontos Cox servador, enquanto que a Sué ficard as costes del deais*. A esse posigdo particular do observador chamarenos de Po- sigio de Conzemplagio. Vejanos agora como se pode determinar os pontos cardeais de Forma mais simples, mais répidae mais precisa, se ben que ain, 4a no seja a forma mals rigorosa principal 2 \y CConceitos de Astronomia Procuremos definir os 4 pontos cardeais utilizando um 9nd Finquenos, num plano horizontal, uma vara vertical, Vamos ‘aprecier © tamanho © a diregde da sombra dessa vara projetada pe- lo Sol. Ao nascer ¢ pdr do Sol, as sombras sero muito grandes, te dendo, teoricamente ao infinito; na pratice limitadas pelo gredual Gesaparecer do contraste entre sombra @ parte luninosa. Seja | @ parte Inferior do vara e $ sua extre midade superior. Num oe determinado instante se, Ja 1A 0 segmento que representa a sonbra do gndmon causade pelo So! Com 0 correr do tempo, verifica-se que a son bra do gnémon vai mu- dando de direg3o, ben como diminuindo de tar mano, até que apés cor to instante, 0 tamanho ipo da sonbra comega @ au~ Com um barbante centrado © Fixe em 1, tracemos circunferén- elas de raios 1A, 1B, 1C, 10, onde os pontos A,8,C @ D representan as extremidades distantes das sonbras do gnémon. Assinalemos no pla- no horizontal as diregdes 1A, 1B, 1¢ © 1D. Quando novamente 9 sombra for tal que sue oxtremidade 90 890° (Fig. 3) © no Equador Para un observador en un dos pélos da Terra, nenhuna es trela nasceria © nem se poria. To das elas parecerian girar em tor no de um centro (pado) en circun feréncias com raies tanto maiores quanto meis afastades estivessen do plo. Nesse caso nio ten senti do falarmos de N, 5, Ee W (Figy ray). Fig. 4 A esse movimento que as estrelas executan em quase | dia dhmos © nome de movimento didréo aparente Vamos estudar 0 porqué de existirem diferengas nesses no vimentos en fung3o da posigio do observador na Terra Sistemas de Reteréncia CONCEITO DE ESFERA CELESTE eo Como todos of astros que contemplamos estéomito lenge de nds, deixamos de ter a nogdo de "profundidade" © parece-nos que to Eixo pe dos eles estio dispostes sobre una ROTAGAS © plano perpendi rotasio, e que passa pelo centro esfere muito grande que chanarenot de Esgena Cefeste. Temos tenbém a inpressio que essa-esfera gira a0 redor da Terra. 0s pélos sdo_en- _pontos da esfere celeste que ‘Gh aivan (loabrat que pore ua ob TeriGUGr we polo, as estrelas pen recen girar qm torno do pile). Pe los pdlos passa o Eixo de Rotacao da estera celeste (Fla. 1) ar ao eixo de da Terra, chama-se Plano do Equa~ A grande circunferéncia que 2 forma na intersecgio desse pla leste se chama Ejaadon Ceteste (Fig. 2). Ele di- ra celeste em Hemisgé- Nonte @ HemisfEndo Sul. 0 he rio Nort € aqu le que contéa Slo Norte. 0 pélo Norte & aque sue, para um observador coloca fora da esfera celeste, as es as parecem realizar uli movinen © sentigo hordrio (sentido dos s-tetres do relégio), em torno de PSlo Sul € 0 péle posto. ho equator [latin] = divisor en 2 partes iguats 38 Conceites de Astronomia Jo de un hemisfério & © ponto da superficie hemisférica equidis tante de todos os pontos da circunferéncia que define essa super~ Fete hemisférica. Nao & necessario que um observador se encontre no pélo para poder ver estrelas que no nascen nen se poem. Para um observador situado entre o pélo e © Equador, mas "razoavelmente" dis tante deste ditimo, existem certas estrelas que nem nascen nem cesa- parecem no Poente: sio as cha Estre£as Circumpotanes. So estre, las que, por estarem muito préxi- nas do plo, parecem girar em tor no desse, sem atingirem os hor eae zontes de observagao de uma pessoa na Terra. Em aproximadamente um dia, essa estrelas do uma volta complete em torno do polo (Fig. 3). Para um observador no hemisfério Worte, olhando para © p& estrelas_circuspeteres parecem girar no sentido anti- horario, Wo henisfério Sul, olhan lo Norte, @ do para 0 pdlo Sul, as clrcumpola res parecem girar no sentido hors, rio. Elas poderiam funcionar como um enorme relégio de "parede". In Felizmente, seu perfodo & de cor- ca de 4 minutos menos que 2h ho- ras! Definiremes mais tarde una escala de tempo (tempo sideral) que utilizard essas estrelas como ren légio, utilizando seu perfode de revolugao como unidade de tempo, OnONTE. chanado dia sideral, que difere cerca de 4 minutos do dia solar que & © qual estanos habituacos a utilizar Sh Sle. ok Luma estreia que se localizasse exatamente no pélo, no gi Faria, Ficando sempre no mesmo lugar, servindo como um Indicador de diregio: seria chanada de Estrele Poler. No hemisfério Norte, Sistemas de Referéncia w Polar é) atualmente, ¢ estrela a da constalacio da Urse Menor. No hemisfério Sul, a estrela visivel mais pfoxina do pdlo Sul 8 a estrela 8 da constelagao da Hidra Macho, mas e dista cor, ca de 15° do polo, @ além disso tem um b ho pouce acentuado, de odo que els pouco se presta para que, a olho au, seje usada como Indicadora de diregios a estrela Polar do hemisféria Norse, ao con , & uma Stina indicadors de direcio jd que, além de estar muito proxima do Pélo Norte, ela é bastante brilhance. 0 >) ssstem worrzovraL Loces oF rereRencras Nosso obje referéacias fixo § Terra, com o observador em seu centro Conceitos de Astronomia vo nesse item serdo de definir um sistema de Defina mos preliminarmente alguns elementos que serao dteis posteriormente. Chanenos plano merddéane ao p te-sul, passa no que: contém a linha nor elo observadore pe lo 28nite. Poderia ser definide também, como sendo 0 plano “que con tém a linha norte-sul @ a vertical do lugar. & Intersecgio desse pla no com a esfera celeste define uma circunfe no cad (Fig. 1). A ser feréncia vistvel, portanto perten ncia chariada de meridia cente a0 henisfério zenital (aque le que pode ser visto), pode ser chamada de meridiano Local visivet. a semi-circunferéncia no hemisfério nadival (Invisfvel para o obser vador seria o merédéano tceal invisivet, ov 0 anti-nenidiano vist vet. Qualquer seai-plano definido pela vertical do local se chama plano verticat ou o vertical do local (Fig. 2). & Intersecgao do verti- cal local com a esfera celeste de Fine @ semi-cireunferéneia charade sincunhertncéa vertical; © semi- efrculo definido por essa sani-cir cunferéncia.e pela vertical do 10 cal se chane eineuto verticat. ho tar que tanta @ circunferdncia oo al visivels es, Bo subentendides por un angulo de 30° ‘Slstomas de Reforéncia a em parcel ular, omeridiano local é formado pelos 2 verti- cais que passam, um pelo norte e outro pelo sul. Seje o Paimeite Vertical aquele que passa pelo ponto Leste, fe Segundo Vertical o que contén o ponto Oeste (Fig. 3) Definimas veaticat de um 220 como sendo 0 vertical que tm 2 linha de visada Of do ob sarvador ao astro (Fig. 4). ‘tg. 3 Pare caracterizar 4 posicio desse astro con relagio a0 observador. “GetThamos o sistema horczontat de ; Aagertncias; esse adote como pla- Thos fundanentais, ©_plane do hori zonte © 0 vertical que posse pelo Norte. As coordenadas que definem a posi so do astro & = Azimute? (A): € oSngulo contade no plano do horizonte, desde & diregao Morte, no sentido para Leste, até o vertical do astro. Por convengao © azinute A obedece a relacao 02A2360°; AN a - Atzuna® (h): & 0 Angulo medido no plano s tado partic do horizonte até 9 astro. Por convengio, & adi tido positivo acime do horizonte (astro vistvel) © negative abai tical do astro, con xo do horizonte (astro invistvel). Assim, vale a relagio: t -g0shs 490° @) Azinute = as sumut [arabe] = caminho; diregio 2 Altura = ateus [tatin] 2 CGonesitos de Astronomia Ao invés de se utilizar @ altura do astro, & possfvel re~ correr-se a0 Angulo entre! o 2énite ¢ © astro; a esse angulo chana nos de distancia zenital do astro. Sua origem esté no zénite, © Vélida a relago os ze 180°. (@ Pela figura é facil veriticar que a altura e a distance zenitel so complementares; daf a importante relagio Eis uma tabela com os valores do azimute, altura e distin cla zenital de alguns pontos particulares do sistema horizonta h °° a a | 490? | | x 90° 90° 90 go? at 180° | Podenos dizer que o lugar geonitrico dos astros de dado azi ute 6 9 vereice que contén esse erieceeMosesccteeiereniarercerl co dot astros com dada alture (ou discéncta zenical), € una ctrcun- te cia nun plano paralelo a0 pla, no do horizonte, © ceatrada na ver tical do lugar. A esse cireunfe~ Féncla de altura constonte é dado © nome de parateto’ de aftura ou 3. Paralelo = para (90 lado de) [rego] + atlelon (outros) [grego! Sistemas de Ret a tnwedntar* (Fig. 5). 0 almucintar de um astro pode ser definido, também, como sendo a intersecgdo de una superficie cénica de semi- abertura igual & distiaciszenital do astro e vixo coincicindo com ® vertical do lugar, coma esfera celeste. “ CConesitos de Astronomia NASCER, OCASO E PASSAGEM MERIOTANA DE UN ASTRO Dizemos que um astro nasceu quando sua altura é nula, com tagando entio a crescer; o astro estaré na parte visfvel heméssd Ago ondental (o henisfério que tem como pSlo © ponto Leste). No do astro tanbém é nula, mas 2 partir desse instan te 0 astro deixa de ser visfvel; 0 astro estard entio na parte in vistvel do hemis4éaio veidental (aquele que ten como plo o ponte Coste). nascer ~ Nocaso oO Durante se! movimento didrio, cada estrela cruza o meridia Em resuno no locals a esse cruzamento chamamos de passagem meridians, ou tran Verlfice-se que o Intervalo de tempo entre o nascer e a passagen meridiana & igual a0 intervalo de tempo entre a passagem meridiana @ 0 ocaso. Em outras pa lavras, 2 passagen meridiana ocor re no instante médio entre o nas~ cer @ 0 ocaso. 1550 vale para to- das as estrelas. Ora, isso signi fies que 0 palo de rotacdo da es- fers celeste deve estar sobre ome ridiano local. Assim, 0 merigiano locs! contém 0 observader, © zéni te, © Norte, o Sul e os pélos Nor tee sul A altura do pélo Norce, num local, chama-se Latitude! Astroninica (9) do 1, Lathcude = medida em targura Sietomas de Retertncia 46 tude estrondm focal. Verenos depois que 2 titude geogréfica do local Chamenos de meridiano supercon & parte do meridiano conpre endida entre os 2 pélos e que contém o zénite do lugar. Merddiano EnSeréon seré aquele compreendide entre os 2 pSlos e que contém o nadir do local No que tange & latitude astrondmica, devenos salientar que ela ela seré positive seo Péle Norte estiver acima do horizont sera negativa se 0 Pélo Sul estiver acima do horizonte. 46 CConceitos do Astronomia Quando, durante seu movimiento digrio, um astro cruze ome, Fidiano supe F dizemos que houve uma culminagdo’ superior do as tro. Nose instante a altura do astro 6 maxima. Ao cruzar o meri~ diano inferior, temos a cufminagio éngerion, na qual @ altura do astro @ minima (Fig. 1). Chamemos de distinsia pater (p) 20 entre ©_pélo = forme vimos no item 20, os astros parecen girar em circunferéncias concéntricas com 0 pélo. Assim, o Angulo entre © pélo norte e @ cul minagio inferior, bem cona o an! lo entre 0 pélo © a culminagio su perior so Iguais, valendo da un 1. Culminagio = eulminare [latin] Angulo con A Figura 2 representa a esfera ce leste vista por um observador ex- terno a ela, na direco do ponto eeste. CS © Cl representam, res, pectivanente, as culminagdes supe rior © inferior de una estrela cir- cunpolar norte (notar que ela es- td sempre acime do horizonte). Se Jan hy eh, as alturas en CS e Cl. Mostremos que a latitude ¢ do local pode ser obtida STmpTESmen~ t2 da mensuregdo hoe hy da es pasar pelo ponte mais al sue & a expressao procurada, © que é imediate caso a culminagdo su. perior se dé entre o Pélo Norte © 0 zénite. Caso CS esteja entre 2 © $, para essa Férmula continuar valida, é necessério conter-se 2 altura da cutménagdo supergon cone sendo 0 Angulo (malar que 0°) sesde © Norte até CS. Caso b palo visfvel sejo o Sul, » férmula (3) é valida, srocando-se seu sinals para a culminagio superior entre 0 pilo Sul = 0 zénite, vale: i080 a culminagdo superior te d8 entre © 2nite © 0 plo Norte, a rmula continua vélida se contarnos a altura da estrela desde o Sel (serd maior que 90° A partir das culminagdes superior © infer F podemos tam - obter a distancia polar da estrela. Case o pélo vistvel seja Sorte, basta subtrairmos membro a membro as equagdes (1) © (2): (5) : 2 pdle visfvel far o Sul, valem as expressées: cd CConceitos de Astronomia hy = $+ (180-p) (6) hy wre = (80-9) | om subtraindo 5 menbro 2 menbro, @ explicitande p temos: p= 180 - (3) Nas equagdes (5) © (8) devenos entender h, com posstveis valores superiores @ 90°. Quando entrarmos na parze de refragdo ataosférica (Capieu To XIII), veremos quais as dificuldaces que fazen com que o méto~ do nem sempre seja muito simples de se aplicar Siotomes de Retoréncio “0 MAKINA DIGRESSAO Quando 2 estrela esté em culminagdo, seu azimute & nulo (ou 180°); mas durante seu movimento didrio, ela se aproxina @ se afasta do meridiano, de modo que seu azimute veria. Se estivernos oinando para ume estrela préxima do pélo, que ado precisa ser obri, geterianente ciccumpolar, vemos que seu azimute & limitado duran- te seu movinente didrio. Chanamos de maxima dignessac! §s posigdes da estrela quando seu azimute € maximo ov minino. Quando a estre- la est8 afestaca do meridiano local o maximo & leste, dizemos que Ea maxima dégnessio oriental, © se estiver afasiada ao maximo pa ra oeste teremos a mdxina dignessio veidentat. Ver Fig. 1 do teen 23, + A Figura 1 representa a esfera ce leste viste por um observader na diregio do znite, fore da esfere celeste. Al © Ay representan os zimvtes da maxima digressio orien tal e ocidental, respectivamente. Hostreros agora un método pratico aque permice 0 detern| ago do me- Fidiano local através da observa~ glo das 2 méximas digressdes de una estreta -svitamos ser Q uma diregdo qual somads sobre a Terra. Costu- “se chamar essa direcdo de Ding da Mina nes 0s angulos a Observando @ estrela, yw 8 ay corres, ntes as miximas di gressdes F's. 2). A dlreco do meridiano s8l, ou do norte, serd a bisse- “'2 Interna do Angulo entre as 2 sressio = digressus [latin] = desvia ee runo 50 CConesitos de Astronom diregdes das néxinas digressées. Assim, © dngulo do meridiano co a nira seré dado por: a Essa formu vale também para 0 case do pdlo visivel ser o Sul Esse problema é muito importante, pols 6 vsedo também po topégrafos para determinar 0 norte geogratico. Ten © Inconvenien te eo que deve haver un intervalo de tempo de cerca de 12 horas € tre una digressao © 2 outra, de modo que sé se pode aplicé-lo, maior parte das vezes durante os meses de inverno quando a noit @ ben longa. Devenos salientar que se o telescdpio utilizado par observagae for bem potente, poder-se~a observar as estrelas mosr durante o dia. Sistemas de Roteréncla 51 Esse método muito parecido como anterior, mas nio exige gue a estrela seja circumpolar. Antes da estrela passar pelo mor, diano (quento mais distante melhor, se bem que hd ume relaco inverse com © tempo: quanto mais longe do meridiano, mais tempo levard para podermos terminar a observagio, ms melhor seréo resultado obtido), observemo-la medindo sua altura e © Angulo de seu vertical com uma mira pré-escolhida; seja a, esse F-gulo. A estrela passara pelo me, ano, © 20 se encaninhar para 2. ecaso, navamente passaré pelo cusintar de altura igual 3 da veira observagio. Assinalenes gulo ay entre amirae o ver 3 oT fo al da estrela, & diregio do me siono faré um angulo a come dit s:fo da mira; temos pois, confor 5 item anterior: Fig. 2 ar aye a “ 2 2 saber se essa diregio 6 a Norte ov Sul, deverse langar mio de -s'as evidéncies, como por exemple, determinagdo grosseira do nor sul pelo nascer do Sol ov movimento aparente dos astros (ver 20). & Figura 2, na qual aparecem os elementos citades nos pa posfos anteriores, representa a esfera celeste (esquematizads na -ra 1) vista por un observador fora dessa esfera celeste, na di 52 CConesitos do Astronomia COORDENADAS GEOGRAFICAS No iten 20 definimos efxo de rotagio da esfera celeste, ber cone © equador celeste. Adnitinde 2 Terra como esférica, © no cen tro da esfera celeste, 0 eixo de rotagdo da esfera celeste furara 2 superficie esférica oa Terra em 2 pontos dianetralnente opostos, Bos da Terra. 0 POLO Norte geognsico? serd aquele mais préximo do Pélo Norte celeste; o outro seré 0 PoLo Sul geograsico © plano do Equador Celeste inter ceptard 2 superficie esférica 4a Terra segundo uma circunferéneia que ser o Equador Terrestre. To éos planos, paralelos 20 Equador 1 restre, que interceptarem e su perfec € definir3o cir cunferancias chamadas Paratelos Gee RaSécos. As seni-cireunferincias cen trades no centro da Terra © pass do pelos polos da Terra deterninan os Mexédicnos Geogn@jicos. Esses Inflaitos paratelos © meridianos slo usados para se definir un sis tema de referancias, chamado Sis tema Geogrdsico de Regerdneias, que adota 2 planos fundanentais: o plano do Equador e o meridiano pas sando por Greenwich, na Inglaterra. Az coordenacas de um onto U sobre a Terra sio def Geogrdtico = geo (Terra) [grego] + grantor (desenho) [atin] ‘Sistemas de Referéncia 83 = Longitude? geogadgiea (A): & 0 angulo, medido sobre o Equador, entre o meridiano de Greenwich e © meridiano que passa por @ ela € considerada positiva quando medida no sentido hordrio, a0 ser vista do Plo Norte; isso significa que é positiva a ceste de Greenwich © negativa a leste de Greenwich. Vale a relagao: 180% se + 180° io) E costume definir-se que um angule de 15° corresponde 3 Unidade An guar Hora, que ebreviaremos por 1". Assim nia sas sia". @ A unidede angular hora esta dividida om 60 minutos que abreviare 60 ming por razdes pi nos 60" (se bem que a abreviatura oficial tleas 6 costume user-se a notago abreviada), © essa, por sua vez, 3 tal que I™ equivale a 60 segundos os quais assunir3o a notacéo 30°. = Latitude geogndgica (9): & © anguio, medido sobre um neridiano, entre © Equador eo paralelo que passa por Q. Por conven eee tarse que 2 letitude € positive quando Q pertence ao henisfé= Flo Norte (ou Boreal, ou Setentrionat), e negative quando 0 es tiver no hemisfério Sul (ou Austral ov Meridéonat). Assim 90° < oe 490° a) Notar que para os pélos nio se define longitude geogeati- 2. congitude = conprinento Catia) CConceites de Astonor 2) riacto ewrae UsTrtuve stosnarica e asraonDmicA Nostremos que a latitude geogréfice, definida no item 2 © a latitude astrondmica, definida no Item 22, s30 Iguais Zz Imoginemos um observador nun pon da Terra, com latitude geosrifi 4 esta repfesentada 2 Terra com u conforme Figura 2. Ma Figura esfera no centro da esfera cele te. Para efelto pratico, poden perfeitanente supor que o taman da Terra & desprezfvel face a0 esfera celeste (verenos que is z nem sempre é possivel quando tra- | tamos con objetos préximos: astros do sistema solar]. Ora, se a Ter W. HORIZONTE, tBo pequena, podemos admiti- 1a como um ponto, © 0 izonte po Ge ser assunido como passando pe- lo centro ea esfera celeste, con- forme representado na Figura 3 Por melo da mesma figura, obser mos que ¢, © ¢, $80 complene tos do mesmo Sngule x3 po © $5 $0 iguais, que era nossa % DIFERENGA ENTRE NORTE GEOGRAFICO E MAGNETICO Inaginenos que num dado local determinanes o meridiano geo SFico astronomicanente, cbtendo o Norte geografico. Se nessa mes, posigdo colocarmos uma bussola, verificaremas que muito prova~ cidi Noissora Necoordr com aquela determinada astronomi- slmente a diregao do Norte indicada pela bissola ndo canente. Tal desvio’ tem como or gen 0 fato dos pdlos magnéticos da da Terra no coincidiren com seus plos de rotaglo. 0 angulo entre « Norte dado pele bissole chama-se deckinasio? magnética® (64). Caso a bissola aponte mais & oeste do a diregSo do Korte Geogratico Fig. Norte geografico (conforme Figura 1) s'zenos que a declinagdo magnética E ccédental; se a bissola apon tr 3 leste do Norte geogrdtica, dizenos que a deotinagdo magndti E onéental. As chamadas cartas de Linas isdgonas® fornecem a sclinagSe magnéeies de uma dada regido. Oeve-se notar ainda que eclinagio magnética de un local nio € constante, mas varia com tempo. Decl inagéo = dect inare [latin] = incTinagdo vamnético = propriedades iguais da magnetite (pedra de Nagnésia) -Sgona = Iso (nesna) [grego] + goato (anguie) [grego] = mesma declinacio ss Concetos de Astranomia Conforme vinos em itens anteriores, devido ao rovinento apa Fente digrio dos actros suas coordenadas horizontais (ezinute © alt ra) variavam em fungdo do tempo. J no caso das coordenadas ge: graficas de um local sobre a Terra, a longitude © a latitude per- manecem constantes em fungio do tempo. € nosso objetive definir un Sistema de referéncias no qual as coordenadas ée una estrela se nen tenham constantes Pare isso imaginemos que pudéssemos "desenher" sobre 9 es- fera celeste (portanto preso & es fera celeste) um sistema de para~ lelos e meridianos (esses ditinos chamados de Clncutos Hordrios), om tudo semelhantes ao sistema defi- nido sobre a Terra, para se obter 0 sistems de referéncias geogrdfi cas. Esse sistema de referéncias utilizers, por definigae, cono pla nos fundamentais © plane do Equa dor © um plano meridiano passan- Go pelo punto y, também chamago Ponto Vernal! ov Ponto Equinociat aa Primavera Boreal, cuja definigo daremos mais 3 Frente (item 56) Por hora podemos adnitir 0 ponto ¥ como sendo una Nestrela parti, cular adotada como origem, da mesma forma como adotamos @ cidade de Greenwich come origem da contagen das longitudes geograticas. A posigao de una estrela € nesse sistema é dade pelas co ordenadas ~ Ascensdo Reta? (0): & © Angulo, medido sobre o Equador, entre o 1, Vernal = relative & primavera [1atin] 2, Ascenso reta + a tradugio correta deveria ser “ascensie diretal, ov ejay "progresso no sentido direto", isto €, no sentido do novinento anual do’ Sol, sera de Raferéncia 9 -eridiano que passe pelo ponto y © 0 cfreulo horario que passa pe, a estrele €. A contegem & efetuada no sentido anti-hordrio quan, ro vista desde o Pélo Norte. Assim, O sas 360% 5 i) i mas comun, no entanto, a utilizagde da medida angular em horas, sonforme descrito no item 26; portato: 0 sas 2am (@) = Deckénagdo (4): & © Angulo, medido sobre um cfreulo hordrio, tre © Equador e © paralelo que passa pela estrela. Por conven sB0, 2 declinagio € positive para estrelas do hemisfério Norte fe negativa para as do Sul. Assim 90 < 8s 490°. a) Se lembrarnos do item 23, veremos que sendo p a distincia plar de uma estrela (Angulo desde o PSlo Norte até & ostrela) en 30 p @ S so complementares, ou seja: faewercnersral p+ 6 = 90 (4) Como o sistema equatorial & fixo com relagdo & esfera ce- te, a§ coordenadas ae de cade estrela sdo constantes da es, srela. (Verenos, em itens seguintes, que devido a0 movimento pré- irio das estrelas, das variagdes nos pianos fundamentais de refe~ goro- cias, ete., a5 coordenadas ae § das estrelas nio slo sanente constantes; por ord admiti=las-emos como cons tances) Devenos sallentar que para os pélos nio se define ascensio rete. 0 cfrevlo hordrio passante pelo ponte y recebe o nome de uto? Equinveial da Primavera Buread; 0 cfreulo hordrio cuja as 5. Coluro = kolouros (cortade) [srego] ss Conceltos de Astronomia 12", portanto, oposto a0 anterior, recebe © none de Coluro. Equinocial do Outono Boreak. Define-se ainda ox Coluras Sots sengio rete Kivinis do Verio ¢ Tnverno Boreats como sendo os efreulos horérios de ascensdes retas 90° © 180°, respectivanente Sistemas de Raferéncia 89 SISTEMA EQUATORIAL HORARIO DE REFERENCIAS Conforme vimos no iten 20, © sistema horizontal de referén sera fixe & Terra, € as 2 coordenadas, azimute © altura, de un tro varlavan de instente pera instante. Jé no sistema equatorial, Finido no item 29, 0 qual esté Fixe a esfera celeste, as. 2 coor senadas, ascens3o reta e declinacio, de estreta ndo variavam com > tenpe (salve devide a0 efeitos citades no fim do referide iten). Consteusmos um sistema de referéncias em que, apesar de es tar fixe & Terra, uma das coordenadas da estrela permanece cons- inte, variando apenas a outra. Segundo os itens 19 © 20, a esfe- celeste parece 9 ‘ar em torno de um eixo que passa pelos pélos Sorte © Sul, © por isso todas as estrelas parecen efetuar movinen sos cireunferenciais em planes paraleles ac plano do Equador: Agotemos 08 seguintes pla nos fundanentais de referéncias: 0 dlano do Equador © 0 plano do me~ ridiano superfor. Conforne a es- cela realiza seu movimento rio, seu angule até ao Equador se antém, mas varia o angulo entre o “erigiano local e © cfreule hora- sia que contém 2 estrele. & posi- 530 de uma estrela £ num instan- se dado seré definida pelas coor- cenedas = Angulo Hordrio (H): 8 © Sngulo, medido sobre 0 Equador, desde 2 meridiano local, até a0 cfrculo hordeio que passa pela estre le E, no sentido horario quando visto da extremidade norte do cixo de rotago de esfere celeste. Isso signifies que o angulo hordrio da estrela eresce conforne © tenpo passa. 0 valor do an gulo hora: jo. por convengo, pode estar definido por uma das 2 relages sequintes oshs 360° , a © Conceitos de Astronomio -1809 ss 4180 , @ sendo que o valor de H=0 vale para a estrela em passagen neri- Giana superior. 0 sinal negative indicara estrela no henisfério o ental, ou seja, antes de passar pelo meridians local; © sinal po- sitive valerd para a estrela no henisfério ocidental, isto 8 a pés a estrela passar pelo meridiano local superior. Utilizando-se 2 convengao dofinida no item 26, podemos, e costumamos, nadir o gule hordrio en untdades de horas. Assia ows 2h, o sizsns +12", w = Peekinagio (6 que passa pela estrela £. Sua definis Lembremos que: + € 0 Angulo entre © Equador ¢ 0 cfreulo paralele 58 fot dada no item 29. =309 56s 490° . (5) © Angulo hordrio de um astro em seu ocaso chama-se arco seni-diurno do astro. Sistemas de Referéncia 6 G) conresronveners ENTAE os OIVERSOS STSTERAS OF REFERENCIAS Procurenos posicionar uma estrele nos 3 sistemas de refe- réncias que vinos. Seja € a estrela em questéo (Fig. 1) No sistema horizontal, os planos de referéncia sd0: 0 plano do ho- rizonte (NLSW) © © plano meridiano vistvel (N2S}. Tracenos o vertical 01Q que passa pela estrela E. A alture da estrela ser. 0 angulo &, © seu azimute seré 0 arco M medido sobre 0 horizonte, no sen- tido NyL,S,Q- Assim: a= i, . he @ (2 No sistema equatorial, os planos fundamentais sore planc 30 Equador @ 0 efreulo hordrio passante pelo ponto y (na figura, 2 ponto ¥ foi colocado num ponto arbitrario; sua definigho seré vista mals tarde). & intersecgdo do plano do Equador com 0 hori- zonte local & a reta que passa pelos pontos Leste e Oeste; demons sraremos essa afirmacao. Qualquer reta pertencente so plano do E~ suador e passando por 0 é perpendicular ac elxo OP; em particu- ar essa propriedade vale para a reta intersecgio x do plano do Equador com o horizonte. Como a rete x esti no plane horizontal, 21a & perpendicular & reta vertical OZ, entao x é perpendicular a sualquer reta do plano meridiano definido pelas retas OP © 02; en aarticular, x @ perpendicular a rete ON, intersecgao do meridia, 0 com © orizonte. Ora, mas 2 reta ON a rata néridiane do to cal, @.a reta do plano horizontal perpendicular a essa rete & a rata Leste-deste, o que demonstra nossa tese. No sistema equatorial, @ posigio da estrela £ serd defini ca pela ascensio reta que @ 0 arco fh, onde RE o pont inter secgio do Equador com 0 efreulo hordrio passante por €; a outra 2 Conceitos de Astronomis coordenada # declinagio dade pelo oreo FE medido desde 0 qu dor até a estrela E, sobre o efreule horirle. Loge: . e) 6s. w Finalmente, no sistema horario usa-se como planos de refe réncia o plano do Equador e o meridiano superior local (NZS). A postgdo da estrela £ serd dads pelo angulo herérlo fk medido des deo neridianc local até ao efreulo hordrio PEP! que passa pela estrela, © pele declinagio GE da estrela. Assin: Hei, (5) 6+ (6) 0 arco iB, que corresponde a altura do Pélo Norte no to" cal Ga latitude do local. 0 arco 2 costuna receber 0 nome de co latitude, © 2, obviamente, o complemento da latitude. Assim: o- 8 m Nosso objetivo seguinte sera o de deter ac meios de cal, cular as coordenadas de uma estrela num certo sistema de referén- : problema fundamental em Astronomia de Posigéo. Existem diversos elas desde que conhecanos suas coordenadas nun outro sistema. € un neios de se obter tais relagde: darenos primeiro o método que uth, lize as Farmules da Trégomometnia Esgerica. Posteriormente verenos um outro método: mudanga de coordenadas por Matnizes de Rotagao [Capitulo 3] Triangulos Esféricos 6 Coneeitos de Astronomia Gs reurnevies ESFERICOS DeFinanos esgera trigonumdtrica como sendo aquela cujo ra io sera tomado como unitério. Qualquer circunferéncia dessa super fieie estérica, cujo centro conte nha © centro éa esfera, se chana grande céncungertncia da esfera. Poderfarios definir grande etreun- feréneia come sendo aquela resul- tante da Intersecgdo da superffete estérica dada com um plano que con tivesse 0 centro da esferas se 0 plano ndo contiver 0 centro da es, fera, a circunferéncia definide so bre a superficie esférica seré chamada de pequena céncungertneca. Imaginenos trés pontos (ndo simultaneamente pertencentes a uma mesma grande circunferéncia) A, 8 € C assinalados sobre a su- perficie esférica. Unené-los 2 2 2 por melo de arcos de grandes circunferéncias. A superficie esférica linitada por esses 3 arcos recebe o nome de Tridngulo Esférico ABC, de vertices &, Bel © fa dos formados pelos arcos a, be ¢ respectivanente opostes aos ver, tices A, 8 eC (Fig. Te Fig. 2) Se definirmos como 0 © centro da esfera trigononétrica, podemos dizer que 0s lados a, be © so os arcos angulos seguin~ asBea, i) b- m=, (2) = . a onde 0 circunflexo indica medida angular. 00 ponto de vista préti co, vamos confundir o arco con sua medida angular a, notando apenas 2. TiidngulosEsfticos 6 DeFinanos agora os Gngutos diedtos R, Be C do tridngulo esférico (Fig. 2). Chamamos de diedto do triangulo esférico 2 ca~ da um dos 3 diedros internos ao triedro que define o tridngulo esfé Diedre 6 3 regio do espa 50 compreendida entre os 2 planos que contém as 2 grandes circunfe~ réncias cuja intersecgdo € 0 rato Ga esfers trigononéteica que pas~ sa pelo vértice considerado. A in sersecgde do diedro com a esfera Fornece © sdlido chanado cunha. A ntersecgio do diedro con @ super, Tele esférica define a superficie shanada fuse esgirico. Como analo sia pode mos dizer que a cunha “epresenta um gomo de una laranja, © fuso representa a casca que snvolvia apenas esse gone Por um ponte @ qualquer de intersecséo 0A dos planos de nidos por 0AB © OAC tracenos 2 retas, uma em cada plano, que sejam perpendiculeres @ OA. Definimos como anguto do déedxo 3 me, side angular entre essas 2 retas; temos, pols (Fig. 3): Aen. 4) Poderfanos também definir 0 Sngulo diedro do diedro dado sone Sendo @ medida angular do arco medido sobre a grande circun- réncte cujo plano fosse perpendicular 4 aresta OR do dledro for, “ado pelas grandes circunferéncias passantes por AB © AC. Na Fi ara 3, 0 arco A inferior esquematiza essa Gltima definicao. 0 Sn pelo A intermed!ario, passando pelo ponto Q esquematiza a repre sentagio definids no paragrafo anterior e expressa na equagio (4) > ponte de vista pratico, costuma-se representar o Sngulo diedro = conforme aparece na parte superior da Figura 3: apenas um arco ssne sImbolo B, ou A, ou apenas o vértice A, subentendendo-se a edida do angulo diedro. 6 Concetos de Astronomia teressante notar, tanbén, que se pelo vértice A tragar mos as retas se 1 tangentes aos arcos Me A respectivanente, © Angulo entre esses retes serd i gual a0 dngulo diedro A. Isso ad vém do fato de tangente ser per, pendicular ao raio passante pelo ponte de tangéncia; em nosso caso © ralo é OA. hs retas res per tencen 205 planos que contém as circunferéncias que definem os a cos AC © AB respectivemente (Fig. 4). Assim, pols, ne Figure 2 estéo representados os angulos diedros A, Be € formados pelos planos que podem assin ser indica dos: A= R= (onc) (ana) (5) a = B= (08a) (osc) , a C=C = (oca)*(oce) , a onde (DAC) representa o plano definido pelos pontos 0, Kec, eo sImbolo de circunflexo representa © Sngulo diedro formado pelos 2 planos entre os quais se situ Na pratica n3o se eoloca o circun Flexo sobre A, BC; no hd no entanto possibilidade de confun- dir ngulo A com vértice Ay que, do ponto de vista numérico sé sentido @ aplicag3o de A como Angulo. Caso um triangulo esférico apresente 1, 2 ov 3 lados de 90° ele sera chamado de retilétero, biretilétero ov triretilétero res pectivamente. Igualmente, se apresentar 1, 2 ou 3 Sngulo retos (90°) se rd chamado de retiangulo, diretiangule ou triretiangule (orocuro se usar 9 neologisno “retidngulo” em lugar do terme ‘retangulo" pa ra chamar a atengdo que ndo é um triangulo plano mas sim esféricol E mister, agora, que encontiemos relagdes matenaticas en tre 0s diversos lados a,b e ¢ e os angules A,B © C do triangulo esférico ABC. itngulos Esféricos a A trigononetria esférica mostra que podenos resolver um tri, Angulo estérico (conhecer seus § elementos: 3 lados @ 3 angulos) conhecendo-se 3 quaisquer de seus elementos. Em todos os casos va, os Supor que o ralo do esfera seja unitério. Procuremos deduzir uma férmula que nos permite obter o va lor de um ado em fungio dos denais e do Sngulo diedro oposto a es se lado. 7 Seja ABC um triSngulo esfé bre uma es. oAz0B=0¢=1. 2 de centro 0 ¢ ralos Pelo ponto A, por exemplo, trace- mos AK tangente! ao arco AB e AL tangente 2 AC; nesse caso: ORK = OAL = 90° . o splicando @ lel dos co™ senos® da erigonometria plana aos triangu, 05 planos AKL e OKL (lembrando que o angulo LAK é Igual a & (ver tem 32)) tenos: KL? © KA? 4 LAP ~ 2. KALLA. COSA @) KLE = KO? 4 LO? = 2.K0.L0. e080 a Iguelando as duas expressées, © rearranjando os termes, te (10? = Lat) + (KO = KA?) = 2,10. KU.cosa #2-LA-KA.cosAed 5 2.L0.KO.cosa = 2.A0* #2.LA.KA.cosA=0 Tangente = tongens [latin] = que toca ona = seto [latin] = curvatura "Seno = complenento do senc cy Concelios de Astronomia Idindo ambos os membros por 2.L0.K0, obtemos 0a] 40 AL en lembrando que Ads coss , t= send AO. cog AK e senv K ee OK Por mutagio cfclica das letras obtemos 2 formulas formal= mente Idénticas: cosh = cosa.cose + sena.senc.cos® , (s) cose = cosa.cosh + sena.senb.cost . 6) Poderfanos, também, conseguir uma férmula que pemitisse @ obtengao de um angulo diedro em fungdo dos outros 2 © do lads opos to a este diedro. Para isso basta lembrarmos da deFinigie de ttéedro polar: 0 triedre polar de um ¢1 dro dado, 6 aquele formado pelas semi-retas perpendiculares 2 coda una das faces do triedro dado, @ passando pelo vértice do mesmo. 0 gulo Formado pe ces de um diedro, € suplenentar do 3 normais as fa Angulo diedro dado. Por outre 1a do, as faces de um triedro sio su plementares dos diedros correspon dentes no seu triedro polar, isto Aba 180%-— 8 at = 180% - av, om br = 180° - b bia 180-5, «@ c= 180° - ¢ el = 1B0%- ce , @ Tiingulos Estxicos « Assim, se nas 3 fSrmulas 33.(4), 33.(5) © 33. (6) substi- tulrmos esses valores, obteremos: ite ares sememtices | oc) see ee tere oe | As fSemuias deseritas nos grupos @ © © peserien ser chonadas de Lei do co-seno ds trigonometria exférica. 70 CConceitos de Astronomia Podemos obter 3 outras férmulas que nos permicen, cada una delas, relacionar 2 lados do triangulo esférico com os 2 angulos diedros opostos a esses lads. Veremos que essas fSrmulas se at- semelham 3 lei dos senos na trigononetria plana. Rearranjemos os termos da equagao 33.(4) de modo a escre~ ~cosA.senb.sene = cosb.cose - cosa . a Elevemos ambos os membros a0 quadrado. Substicuamos os cos*x por (1 = senéx). Da mesma forma, podemos escrever, a partir da equagio 33. (6): ~cosC.sena-senb = cosa.cosb - cose « @ Efetuando as mesmas operagdes anteriores, ¢ igualando os dois re- sultades obtides, temos: @) Partingo de cosB.sena.senc = cosa.cose - cosb obterfanos outra equazdo que poderfanos associar & (3) escrevendo, Finalmente: que é 9 £e¢ dos senos na trigonometria esfé ~-angulos Estticos n @)ronmvrs 00 seno 4 co-sevo wh raLGoNoNErAIA ESFERICA Se substituirmos 0 valor de (cose) dado na equagde 33. (4) ~2 equag3o 33. (5), obtenos 2 prineira das equagdes abaixo: as d -ais podem ser encontradas por permutagao cfc c2 das letras: @ |e Utilizando 0 triedro polar artir das 6 anteriores one senc. cost cose cosh cosh cos8 cosh cosb cos. cosh cos. cost cost cosh cosh. senb -senb sent send send sent seng seni obterenos 6 novas senb senb. sens. sent. senc. senk. Sena cosb cosb. cost cos8 cosa cost. cor8 cosh. cosa, cosh, cose, cos8, cost, cost cosh, cosb, Ww @ o w “) 6) m (8) (9) (ao) ay (a2) 2 Conceitos de Astronomia A partir das equagdes 35. (3) € 34. (4), ov seja: Send. cos¢ = cosc.sena = senc.cosa. cost a senb.sen¢ = senc.send @) podemos, por diviso menbro a membro, obter una formula, @ por mé todo andloge, as outras cinco, perfezendo: cosa.cosB = sena.cote - senB.cotl 05a. cost = sena.cotd - senc.cors ira) (Te | asepannetibeameeaanabl sent.coth (5) cosb.cosA = send. cote - senA. cote (6) cosc.cosA = senc.cotb senA.cord a cosc.cosB = senc.cota - senB.cota. «ey “angles Estricos Ea 2m) FomMULA oo Seno § SEND nA TRUGONONETAIA ESFERLCA Utilizande as equagdes 33. (5) © 33. (11), multipliquend-les “embro a menbros substituemes cos?x por (1~sen*x): multipligue, “os menbro a membro 2 equagdes da lei dos senos; comparando essa cauagde com equela encontrada anteriormente obtenos a primeira das 5 férmulas sequintes. As outras duas decorrem da permutagio cfell sa das letras da equagao (1): sena.sene + cosa.cose.cosB = senfisen€ ~ cosA-cost.cosb, o (2) a) “enb.sena + cosb.cose.cosl = senB.senA - cos8.cosA.cose, sene.send + cose. cosb.cosA = senC.sen8 ~ cost.cos®.cosa. m Conestes de Asronomia Ge) rans o¢ sono Procurenos deduzir equagdez que noz permitan caleuler os Angulos diedros de um tridngulo esférico em fungdo tdo sonente a).coss 6) senz.cosA = cosg.senS = seng.coss.cos(T-a) ow a5 3 primeiras equacdes passan do sistema horizontal ao equstor Hy @ as 3 ditimas do equatoria! a0 local horizontal. Essas 3 ditimas FSrmulas so muito usadas quando se quer conhecer as coordenadas horizontals de um astro cuje posicao & dada, num cataloge, em co- ordenadas equatoriais. apts entre Sistoras de Referéncia GB) asshoen weazorann oe um Quando un astro esta antes relagBes podem ser ob Imponhamos ser K um erior se dé entre o zénite 2 passagem o azinute da est Pela Figura 1 ? 2 soja No caso de uma estes srtre 0 2énite © 0 Pélo Sul, A Pela Figura 1, a - 2-4 8 ASTRO passando pelo meridiano local impor- tidas. Uma delas, pela prépria defini, 80 de ngulo horario, H = 0 (passagem meridiana). (1) Conforme equagae 41. (6): T =a (passagem meridiana). (2) Adnitenos inicialnente estar o ob tervador no henisfério norte; por a) a estrela cuja passagem meridiana su- Ze oPélo Norte; isso significa que rela € nulo Aza. i) @-B oe. (A=0). 6) a V passer pelo meridiano superior seu azimute serd 186°: = 180 ) R-w 78 (A= 1809) m 88 Conceitos de Astronomia Adnitanos, agora, 0 caso em que o observader se encontrs no hemisfério Sul, isto eco @ Pela Figura 2 podemos ver que o PS estd acima do horizonte @ teremo: que analiser 2 casos possiveis, ¢ no J4 © fizemes no hemisfério Noy Seja V uma estrela que cruza « meridiano entre 0 zénite © 0 PSI Norte; assim, seu azimute 6 nulo Fig. 2 Azo. a Pela Figura 2 vemos que 2.A-a zee) = 665 05 sinais negatives dentro dos paréntesis devem ser usados para s transformar as grandezas negativas 6 © @ em positivas; logo: z=5- 6 (An0) . Qo No caso de K estar entre PS © 2 podemos escrever pela Figura tirenos que a & ze 8) OH) que fornece: 256-6 (Re 180%) a2 alacSos entre Sistemas de Refeencia = Comparando as equagdes (5), (7), (10) © (12) podemos esere, very Independentemente do hemisfério do observador: ze6- 8 (aro) (3) zee-s (a= t80%) a4) que so as equagdes que relacionam os elementos posicionals do as tro quando ele estiver em passagem meridians superior. %0 Conceltos de Astronomie ESTRELAS CIRCUMPOLARES Apliquemos © conceito de passagem meridiana do item 43 nc caso de estrelas circumpolares Na passagem superior © inferior teremos, respectivamente Hos © Hy = 180° | a bem como ath |. @) Utilizando @ notagéo do item 23, verificamos que das pes~ sagens meridianas podenos obter a latitude do lugar (equagdes 23. (3) ew): hia oe , 6) 2 onde 0 sinal positive vale se 0 pélo visTvel for o Norte, @ 0 ner gativo no eso de sero Sul (hy pode ser superior 2 90°). Utitizendo as equagdes 23. (5) © (8) © a equagdo 29.(4) que afirma que p=30-8, podemos determinar a declinagio da estrela ob (omy, “ valendo 0 sinal positive se 0 pé- servade nas 2 cuiminagdes lo vistvel for o Norte, © nega- tlvo no caso de ser o Sul. Sejan K © V duas estrelas, sen do que K culmina superiormente tre PN @ Z, © Y uma estrela que culmine superiormente entre Z Aelagdes entre Sistemas de Rferincia 3 #5. Os azinutes so, respectivamente, A= 0? © A~ 180%. Para aestrela keV valea: Gh, (5) A =a @ R= y, (8) A, =x @ one co) Para as estrelas K eV podenos escrever, na culminagdo zess-o] ay onde os sinais + ou - valem respectivamente para culminagao su perior das estrelas k (A=0°) © Vv (A=180%) superior: Para as estrelas K © V na culminagdo inferior, vale are lage: = 180° - (540) 4 (2) jonstracio dessas 2 formulas & Sbvia a partir da Figura 1. de mons traremos, no entanto, férmlas correspondentes a essas quando 0 pélo visivel é 0 Sul. Seja Ka es trela que culmina superiormente en tre Z © PS; e seja V uma que cu mina entre Ze PN. Valen as rela ses: 22 Conceites de Astronow EDK, = ek, ae eye yy, ae (ngo esquecer que as declinagdes das estrelas Ke V indicadas si negetivas, © daf devenos mudar seu sinal para que o arco esquene tizade geonetricamente tenha significado positive). As equagde (7), (8) © (3) valem pare esse caso também. Finalmente, lenbranc que 2 latitude seré negativa, podemos escrever: any ae Para a estrela K em culminacao superior podemos escrever Bh - ke Qe. ow z= 8) = 6), ow a ue Para a estrela V em culminac3o superior temos: AL O-Dy ow ere eee ere) (s Unindo (16) © (17) numa sé equagao: 2 = 2 (46) 0 ae onde o sinal + vale para a estrela K(A=180°) eo - para ae trela V(A=0°), ambas em culminagao superior. Usando a mesma técnica para as culminagées inferlores, 5 Fificamos valer a relegio z= 180 + (9+8) a as Aelagdes ente Sistemas de Referincia 92 € importante noter que a partir das medidas de distancia zenital em culminagio superior e inferior podenos obter # decling gio da estrela ea latitude do lugar. & tabele seguinte mostra as entidades que se pode obter 20 se somar ou subtrair menbro a mea~ bro as equagies indicadas, usando o sinal + ov - das equagdes (11) e (18): _ Sinal 2 £9. Ente. latitude operagdo Gin) ov (18) FEI) pesuteante 4 a2-c) + K ‘ " (ay-c) - v ‘ " (ayer) K ° " aayecny - v 6 s (1g)= (18) + K ‘ s (13)-(08) - v + s (9)408) + kK ° s (i9)+(18) 5 v 6 ed Analisando os resultados obtidos podemos resumir que para 3 estrela K (culmina entre o zénite ¢ 0 pélo visivel) vale: 7 (20) © para a estrela V (culmina superiormente entre 0 zénite e 0 pélo lnvistvel) vale: 0 ay a Conceitae de Astronom onde © sinal + vale para latitudes positivas eo sinal ~ pare |i titudes nega! Idntica andlise pode ser feita com relagda 3 determina: da latitude; para a estrela K podemos escrever: eee (o0- : (ay ( 2 e para a extrela V vale: oes (s0- (3) elacSes entre Sistomes de Referéncia % |ASCER E OCASO DE UM ASTRO Dizenos que um astro nesce quando sua altura & nula, ten- dendo a crescer, como azimute en tre 0 © 180° (hori zonte oriental]. No ocaso, a altura do astro é no- vanente nula, deixands 0 astra de ser visfvel no horizonte ociden- tal, com azimute entre 180° ¢ 360°, Em resumo, a0 nascer e no ocaso de neo, w z= 9. @ Definimos arco semé-diuano de um astro como sendo seu an- gulo horéric no instante do ocaso. £ Sbvie que © angule hordrio do nascer seré oposto 20 seu arco semi-diurno: 4 a) =H Procurenos deterninar 0 azinute do aascer ¢ cease. Para is so utilizenos 0 fate de 2#90° © introduzamo~to na equacio 40. (1); 09k = send.secd ) A fica determinade se soubermos ser 0 evento em estudo 0 obteremos: Determinenos agora o erco semi-diurno. Usando a equacio(2), xplicitemes # na equaco 40. (4); obteremos: cost = -tang.tané |; () 6 Conceitos de Astronomia adotando o valor de H entre 0 ¢ 12” (180°) teremos 0 Sngule no- Frio do oceso (arco semi-diurno), e quando H estiver entre 1807 © 360° ou 0° © -180°, ou 0 e 12 horas, teremos 0 Angulo hordrio do nascer. Notar que o arco seni-diurno representa, pois, a meta- de do arco (medido sobre o Equador) descrito pelo astro enquanto ele é visfvel para um dado observador. Se conhecernos @ declinagéo do astro e seu arco seni-diur- no, podemcs determinar seu azimute no nascer ¢ ocaso: basta entrar con 2=30° na equago 40. (2): sen ee (6) lente podenos determinar seu arco sesi-ciurmo se co 30° nas equages 40. (2) © (3); dividamos as duas, menbro 3 menbro: ob nhecermos 0 azinute do por ea latitude local: substituams 2 cot = seng. corn m Felopdes entre Sistemas de Referéncia 97 ONDIGOES DE VISIBILIDADE DE UM ASTRO a vimos que existem astrelas ue nunea nascem nem se pier para un di rminado observador: sio as estrelas circumpolares. ES tudemos agora quails as condigdes que esses estrelas deven satisfa zer. Veremos, também, no geral, a visibilidade de outras estre- las. As Figuras 1 a $ representam o comportamento, quanto & vis biligade, de 7 ¢i As Vinhas chelas representam a trajetéria durante sua parte vist~ a5 estrelas nos diferentes locais da Terra vel, a0 passo que as linhas tracejadas representam a trajetéria on quanto @ estrela estiver Invisfvel (abaixo do horizonte). AS figu ras representam a esfera celeste vista de Fore por ume pessoa X que estivesse na diresio oeste. As setas representam o sentido do mo- Vimento das estrelas para essa pessoa quando essas estrelas esti- verem no hemisfério mais préximo dele. Figet 9! zepu zxP5 98 CConcstos de Astronomis Na Figure 1, 0 observador 0 vé as estrelas 1, 2.6 3 reali zarem movimentos circulares no sentido anti-horério em torna do te: isso significa que o observader se encontra no Pélo Norte (ver ens 19 © 20). Para esse observador, as estrelas 5, 6 @ 7 nunca sho visiveis. Logo, pedemos coneluir que para um observador no PS. Jo Norte s8 as estrelas boreals (4>0) sao visfvels, © elas perma~ necen visfveis durante tose o movimento diério. Tedas essas estre las serdo reumpolares, no existindo nem nascer nen ocaso de es trelas. A eventual estrela equatorial 4 permaneceria constantemen te no horizonte (que coincide com o Equador) realizando af seu mo vinento éigrio. Na Figura 2, 0 observador vé todas as 7 estrelas, cada una delas durante 2 metade de seus movimentos diarios. Todas elas nas, con ¢ se pion, realizando trajetérias que si0 paratelas a0 princi ro © Segundo verticals. As estrelas que culminan entre o © ponto Norte parecem girar em torno desse ponto Norte, € porten- to af esté 0 palo Norte. As estrelas entre o zénite e o ponto Sul parecem girar em torno desse ponto, 0 que nos leva a concluir ser af © pélo Sul. Assim, 0 exo de rotagao da esfera celeste colnel- de com 0 cixo norte-sul, e © Equador caincldiré com o primeiro e segundo verticais. Todas as estrelas terdo o mesmo arco semi-diur- no, @ 0 observador poderd ver todas as estrelas da esfera celeste. © observador estard no Equador Terrestre A Figura 3 @ em tudo parecida & Figura 1, mas 0 observader a5 estrelas 5, 6 © 7 girarem na sentido hordrio em torno do Ite, © que nos permite concluir que o zBnite coincide com 0 F. lo Sul, © portanto 0 observador se encontra no Pélo Sul da Terra As estrelas 1, 2¢ 3 nunca Ihe serdo visiveis: assim, um observa- dor no Pélo Sul vé as estrelas austrais (§<0) mas nao as boreals (550). Para esse observador nao haverd nascer e pir de estrelas, fe todes 9s estrelas visfveis serdo circumpolores. Na Figura 4, 0 observador 0 v@ as estrelas 1, 2, 3. gira~ ren no sentido anti-horacio en torno de um ponto que esta 2 una al tura @ ecima do horizonte norte. Af ests pols o pdlo Norte. As Sim, esse observador esta no hemisfério Norte da Terra. Ele vi ain do a5 estreles 4 e 5, que pela po: Jo que ocupam ndo parecen yi- Ey ar em torn de PN: a estrele 5 parece girar em torno de PS, opos toa PN, mas nfo visivel. As estrelas 1 e 2 sao elrcumpolares nor, te (J8 que nunca se pen), enquanto que as cstrelas 6 © 7 sao sen pre invistveis ( que esto senpre abaixo do horizonte. Qual a condigdo para que uma estrela seja citcumpolat para esse observa~ dor? if facil ver pela figura que a distancia polar da estrela nio deve ser superior & latitude. Logo pPse a) 6290-9. @ Da mesma forma, para que a estrela nunca nasca é necessario que “6290-6 @ fo sinal negative diante do S transforma a medida algébrica en 6 s (90-9) (w Ora, se excluirmos as estrelas circumpolares (equagio(2)) © as es, geonétrica); loge trelas que nunca nascem (equagio(4)}, teremos a condigéo para que um asino nasga @ 4¢ ponha num determinado lugar de latitude norte: = (90-9) 585 (90-8) (s) Notar que 0 arcosesi-diurno das diferentes estrelas (diferentes de~ slinagdes) varia: o arco seni-diurno € tanto maior quanto mais pré Aime a ettrela estiver do Polo Worte A Figura 5 repete as mesnas caracterfsticas da ane erior, mas 0 observador 0 vé as estrelas 5, 6 € 7 girarem em tor, “a do pélo no sentido hordrlo, Indicando que © pélo visfvel é 0 Sul, © portanto 0 observader se encontra no hemisfério Sul da Terra. As strelas 67 serdo circumpolares, enquanto que as estrelas 1 e 2 100 Conceites de Astron nunca sero visivels para esse observador, A condigo: para que una estrela seja circumpolar é: -5 2 90-(-§) ow 8 5 -(or30) Pela figura podemos tanbém tirar a condigio para que uma estr nunca nasca: 62 90-(-9) ou 6 2 9009. Se excluirnos as estrelas circumpolares sul (equagdo(7)] © as nunca nascem (equags0(9)), teremos a condigdo de poder nascer e POA para uma estrela num local de latitude sul: = (9049) < 8s (9048) ‘ Aelactes entre Sistemas de Referencia 101 (47) cruzamento con o PRINEIRO E SEGUNDO VERTICALS Durante seu movimento diario as estrelas que culminan suv periarmente entre o zénite e 0 pdlo ndo vistvel cortam 0 primeiro Passagem pelo 18 © 22 verticais vertical em V, antes de culainaren e depois, sinetricanente ao prinei, Fo corte, passan pelo segundo ver, tieal em Vp (Fig. 1). Pela andlise das Figuras he 5 do item 46 € fact! verificar que pa- trela cortar © primeiro € 0 segundo verticals deve satis~ fazer a condi ga 66 (eo, a 826 (¢0) + @ © sinal de igual vale naxaso de tangenciamente dos verticals em ques tao Notar que no cruzamento do primeiro vertical temos 2 90 caso do 2° vertical t Ae 270°. “ Substituindo (3) ou (4) nas equagdes 40.(1), (2), (3), © + ebterenos: Coneeitos de Astronom sené = cosz.seng : s senz = sent.coss c 086. cosh = cosz.cosg y 0 cosl = cote. tané 3 @ ne equacdo (6) © sinal = vale para o cruzamento com o I? vertical, enquanto que o sinal + vale para o 2% vertical. 1s ont Sistemas do Reteroncia CONDIGOES DE MAXIMA DIGRESSKO OU ELONGAGAO Se adnicirnos a estrele £ como sendo una estrela circun= solar, ou no mfnimo, que possua um arco semi-diurno néo inferior 90°, verenos que essa estrela a0 girar em torne do pélo em seu mo- viento didrio, atingira 2 pontos, diametralmente opostos com rela~ $50 20 plo, nos quails os verti- 8 que contém a estrela estardo © maximo afastades do meridiane cal. Dizemos ento que ocorrey md, xima éigressao (ver item 24) Como 0 vertical sera tangente ao cfrculo paralelo da es- rela, 0 seu cfreulo horario #E sera perpendicular aa vertical ssim, podenos dizer que um astro sstd em e€ongagae quando o angule edro entre o vertical eo frou > hordrio,que passam pela estre= 3,2 90°; isso equivale 2 dizer 9(970) ov 8 < g(e<0) Se apli armos a lei do co-seno (33. (4)) no triangule PEZ, sr-itindo come lado a 0 lado (90-9), obtenos: 104 Conceitos de Astior Aplicando a lei dos senos (34.(4)), podenos escrever ra os vértices Ee P) onde os sinais + ocidental (¥) @ oriental (L) senk = tsenz.sece 5 © = valen respectivamente para as elonga Aplicando novanente a lei dos senos, agora para os vé ces Ee Z, terenos: Uti li zenos agora a equagdo 35.(1), lei do seno sco sendo a=z e 8 = @ + valem respectivamente para elonga! Sena = qeosd.secd Wet). obteremos + cosH = tang.cots « Transformagdes convenientes entre as 4 Gitimas equagde dem fornecer [sen (5-9) .sen(5+9) cos. seng / sen (5-9). sen (649) send tani = tanz = cos (sen (59). 50n (840) tan =3 1eBes entre Sistemas do Retoréncia 105, rade © sinal superior, em todas as equacdes, vale para a nixima di rresse ocidental (M) © 0 sinal inferior para a oriental (L); Ké 5 fator que Teva en contideragio o sinal da latitude: K assume 5 valores +1 ou -1 dependendo de ser § positive ou negative, ~espectivemente.

You might also like