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As tarifas de importagao no Plano Real* Renato Baumann Joseeina RIVERO Youana ZAVATTIBRON* 0 Brasil experiment recentomente tn processa de reforms de sus estrature trina inciad fem 1988, depois de 30 anode vigencta da charmda Let das Tarifa, om modifica os adiciomas fm 1985 e ntensficagao significative en: 1990. A alii do Plano Real era 1984 teve part a politica de mportagiex nidtplas consequncias. Oefetto-reda ve efeto- prove associ am programa de estabtlizag extimalam naturalmenteademara por peerdutos nnporidos, as as tarifas de wsportagd foram useuas como iistrumento para afer os precos aternos a police {arf fol afer além diss pels prosiidade da dasa de entrada om vigor da Tarifa Beierna Conum (TEC) do Mercosil. Exe artigo analisa a politica warifdria nos dais primeirrs wos do Plano Real, procurando identificar sua logtea economica a partir do levantamento das diversas Imodificagdes de aliquotas de impose de wmportagce para todos os produtos comerciatizados. 1- Introdugio A economia brasileica é releréncia Hreguente na literatura sobre politica comer externa. A multiplicidade de instrumentos auotados para dificultar as importagoes ‘competitivas corn a produgdo intema (sobretuto nas Uéeadas de 60 2 NO), os diferentes ‘mecanismos para superar na pratica essas barreiras, através de regimes especiais de importagao, os diversos incentivos as exportagies, 0 processo te Uefinicin das aliquotay de imposto de importagao e a preocupagdo em neutralizar os eventuais Vieses da politica, ial t8m sido objeto de diversas anilises, ‘Mais reventemente,o pais experimentou um peocesso de reforma daestrutura taritiia iniciado em 1988, depois de 30 anos de vigencia da chamada Lei das Tarifas, com ‘modificagdes adicionais em 1989 e intensificaco signiticativa em 199%. ‘A adogiio do Plano Real — em jul de 1994 — teve para a politica de importagies efeitos miiltiplos. O efeito-renda e 0 eteito prego associados «um programa bem-suee- dido de estabilizagao constituem estimulo natural 2 demand por produtos importades. Aléim disso, « preacupaydo em viabilizar 0 acesso a produtos extermos mais bars tinha 4, Os autores grndacen a Deco Fialo (da Cepal pele compstent apie esnputacons também Andie Bauer pels importante ajuda pocesaroen de si "Do ettro da Copano Beal e potest ds Universidad de Hass, 1 Do Esesitvo da Copal ri Bs esa Pan co, ire wank PSH Sie aon OT adupla fungio de pressionar os grupos com posigio oligopsiica no mercado nacional € ncia do aparato prexlutivo, As preocupagoes com a estubilidade de progos somou-se ulna questi eonjuntural dada pela proximidade da data prevista para sentrada em vigor cla estar taritaria neyociada com 9s demas purceitos do Mercosul:Tarita Externia Conn (TEC estava programada para vigorar 3 partir de Icke janeito de 1995. O segundo sennestne de 1994 Jini marcado, portanto, pur sez poste de importagao.! Este tema ji fi tratodo com bastante competécia en Kume (1996) e outras medidas de polftea correlatas foram anaisadas em Nonnemberg (1996) — 0 primeire estimanda, aevolueto (esd 1988) di 10x de proves efetiva aos diversos setores produtivis; © segundo enfatizando a importineia dos movimentos de arbitrage financeira vomo estimulo ao Financiamento das importagses.? No presente trabalho procuramos identificar a l6giea econimica da polities tata, 4 partir do levantamento de cada uma das diversas moditicagSes de aliquots de impost de importagio para todos os produtos comercializados. O period coberto foi de jalho de 1994, inicio do Plano Real, até o tinal de setembrode 1995, Forum considerades todos, ‘os dectetose portarias que afetaram a aliquotas desse impose. e sso permit desorever a evalugdo dla politica de unpor nos dois primeiros anus do Plano Real 2.- Metodologia adotada © objetivo do estudo ¢ descrever a politica de detinigan de aliquotas de imposto de importagdo no Brasil no period julho de [994/setembro de 1996 e analisaras estruturas jas decorrentes dela, Foi necessirio, portanto trabalhar com o universe de produtos dda Nomeaclatura Brasileira de Mereadorias, Sistema Harmonizaido (NBM/SB— 13.428) proditos, a 1) digitos)¢ fazer um levantamento de todos os documentos pablicados no Disério Oficial da Unido e que determinaram alteragbes naquelis aiquotas. A velagio dos documentos consideratios & apresentada no Apenulice A. segundo passo para proceuer ss edleulos fol organise comnpatibitizar as infor mages sobre as aliquotas de importagao de avordo com os dados dit Tarifa Aduaneica ddo Brasil (produtos classiticndos segundo a Sistema Harmonizaulo, a 10 digitas) e da TEC da Nomenclatura Comua Mercosul (NCM). Esse process Foi feito a parte da rai comum para cada produto. «eutilizando a compatiilizayio leita na TEC, poblicada pelas Edigies Aduanetras ‘A terceira etapa do trabalho consist no fevantamento das aliquots vigentes em julio ‘de 1994 para cada produto na tabulayo — paracada més suhsequente— das alteracbes | Cabe nota qe ts prods do Mano Real — a prt fe le oi 19 tt ‘vofam foe inde a ola nace de apeoximaya0 Pe Una dei raouvelnnte svat do ptiads annie adn chy Plan Real (19583) & ‘encontaln em Pn © Aix 998) a Peo, Pla Bont. 27.m der, 1097 determinadas em portarias ou deeretos. Dos 13.428 produtos toi identifieado que 14.183, ‘experimentaram algum tipo de variaydo de aliquota, sendo que para 939 houve és ow mais variagies de alfquotas nesse periodo. Com base nessas intormagies foram construidos vetores das aliquotasem vigor acada és, para cada produto, Para facilitar a anise, os dados mensais foram agrupados en trimestres. O critério bisico utiizado foi supor que em cada trimestre a aliquota representativaé aquela que vigorou por mais tempo. Com base nesse suposto, calculamos ‘que denominamos “aliquoca simples”, que & de fato uma média das aliquotas vigentes para eada produto, ponderadas pelo prazo de vigencia da aliquota, a cada wimeste, Essa estimativa permitiucnos identificar os setores mais afetades, @ ntimero de incidéncias de aumento ¢ redugio de aliquotas, além de possibifitar 0 eileulo das cstutisticas desertivas genéricas de media, moda ¢ desvio peurao das aliquotas, A avaliagdin de uma estratura taritria requer, entretanto, que a estimativa de uma {quota representativa reflita a importineia relativa dos diversos prowutos. em fermos ‘de Sua paricipago no valor importado total. Uma estrutura em que as taritas estejam ponderadas pelo valor importado de cada produto ter mais significado econdmico que tum yetor de alfquotas aominais simples. Isso leva a dificuldade de se definir uma estrutura de importagdes que possa ser utilizada como referéncia para ponderacio. O periodo analisado foi fortemente afetado pelo efeito-renda e pelo efeito-prego detivados do processo de estabilizagao dos pregos internos, além do pr6prio efeito sobre a demanda derivado do processo de abertura ‘comercial externa, Como conseqiiéncia, a composigio das importagdes brasileiras em 1904 e 1995 toi marcadamente distinta da estrutura dos anos anteriores. A maneira que encontrames para lidar com essa questo foi considerar tés estruturas alternativas para ponderagio 4) como “representativa” do periodo imediatamente anterior ado usamos a estrutura de importagées observada no periodo 1990/03 (imé importados de cada produto), +b) como referencial para teste de mudancas substantivas na composi¢io das importa- «Ges adotamos a estrutura das importagies em 1995; & ©) Supomos que as vatiagdes de aliquotas tenham conuibwldo para alterar o valor portado, ao mesino tempo que, para alguns produtos, em sentido inverso (e como cconseqigneia de a), variagbes no valor importado tenham aletado as decisbes de alterar as aliquotas do imposto de tmportagio, Supomos adicionalmente (e de forma assumida- mente arbitriria) que esses efeitos tiveram lugar com uma defasazem nao superior a um trimestre. Isso deu origem a um terceiro critésio de ponderagao, em que as aliguoias relativas a um dado trunestre sdo ponderadas pelo valor carfente ds importagdes no mesmo trimestre Umeuidado especial foi tomado no que se refereftabulagio das informagieselativas -40 quarto trimestre de 1994, que € considerado por diversos analistas como perioso de maior intensificagao do provesso de abertura comercial. Como dispinhamos de toda a regulamentagio, ao nivel mais desagregado, foi possivel monitorar, entee outros aspec- Ataris emporio Phan Real sn tos, a rclagio efetiva entre a estrutara tariftia brasileira ¢ a TEC, qualifieando algums ‘conclusdes freqiientemente encontradas nas estudos sobre esse period, As informagies sobre as aliquotas de imposto de importago foram coletadas a partir dda analise das portarias e decretos publicados no Didrio Oficial da Unido durante 0 periodo considerado, assim come na Colevinea das Leis do Comércio Exteriar, publi cada pelas Edigies Aduaneiras 0s dados de valor mensal importado de cada produto foram obtides ditetamente a partir de provessamento primaio feito pela Secretaria da Receita Federal, o que permiti calcular as aliquotas ponderadas (por valor ¢ por perfodo de vigéncia), assim como agrupar os dados por capitulos (dois digitas do Sistema Harmonizaclo) e por subperiedlos. 3 - Principais caracteristicas 3.1 - Caracteristicas gerais 3.1.1 - Ntimero de produtos afetados e aliquotas simples O primeino aspecto a ressaltar na anilive da politica de importaybes nos dois primeitos nos do Plano Real & que as variagdes" de aliquotas de imposto de importa afetaram 83% do total da pauta, sendo que dos produtos afetados 28% sofreram das ou mais modificagoes de aliquota no periodo julho de 1994/setembro de 1996, Bin outas palavras, trata-se indiscutivelmente de'um momento de redefinigao significativa das relagdes comerciais com 0 resto de mundo, Osnimeros da Tabela 1 mostram que o periodo consierado foi de intensaintervengio ‘na estrutura do imposto de importagio, Para diversas produtos espectticos (a [0d de classiticagéo), inclusive, esse periodo apresentou varias alteragdes na alfquota nomi- nal, Para 148 proxtutos houve cinco ou mais modifieagies, 0 que — no intervalo de 27 ‘meses — pode ter se convertido em um elemento perturbador da formacio de expecta: tivas por parte ds agentes econimicos. (Os dados da Tabela 2 revelam que a politica comercial externa brasileira ao longo da presente década ¢ claramente caracterizada por uma trajetéria de redugiio das barreiras ‘comerciais, € que isso tem se refletido no aumento correspondente do valor importado, E interessante notar na Tabela 2 que — embora a diregio da aliquota do imposto de importagdo seja de reducao comtinuada (com pequena inflexio no ultimo ano) e que a 1 Note se que referents a sane ni ncesaramete a red. oo iar lao ase su rag, Pon Geo. 27.0 Ses 1007 TABELA 1 Incidéncia das variagées no inposto de importagao julho de 1994/setembro de 1996 Namero de preiuos Produtos coneldorecios Hiririrtetnirisrarararararararanetrirtrte rela aamtteteteOnO- Produtos com variagao de aliquotas 11.183 83,3 Produtos com duas ou mais alleragdes de aliquotas 3.890 285 Produtos com ttés ou mais alteragdes de aliquotas 939 70 Produtos com cinco ou mais alteragbes de aliquotas 148 ut —o_e FONTE: Elaboragao propria a parte de dacos primaos. isso corresponda um aumento do valor importado total — hd uma diferenga de ritmo que hnio deveria passar despercebida, Entre 1990 1993 aaliquota media simples fo redurida ‘Ametade, enquanto os aumentos mais expressivos das importagies acorreram no periodo mais recente. TABELA 2 Imposto de importagdo e valor importado — 1990/96 ‘Ano Aliquots mia simples (%) Valor importado (USS miles FOB) 90 32,12 20.661 1901 21.042 1992 20.554 1993 22,797 1094 93.106 1995 49.263 1996 (jan /set) 49.619 peri gQTES: Estas eats por Hono Kume © abraio rn par de dade As arias de impor a Pla Real sts A explicagio para isso requet que sejam considerados outros elementos relevantes, Como a politica cumbia, 0 efeito-tenda da demanda por produtos importados.aexistencia de regimes especiats de importagaoe aié mesmo um aspectofrequentemente deaprevads cm boa pate das anilises, que ¢ 0 priprio processo de conhecimente, por parte dex consumidores, de produtos fabricados no exterior e que estiveram ausenies do mercady ‘nacional por décadas. Este ultimo & um processo lento, que envolve a ctiagio e cansolt ago de canais de comercializacdo interna de produtos importades. « eertamente, ‘explica ao menos parte do hiato de tempo para aresposta da demanda por esses prdlaten ‘Umma nogio semelhante de diferengas no rimmo de abertura comercial ee descinpenho importador surge ao considerarmos o periodo selevante para a presente andlise. com, Preendido entre julho de 1994 e setemmbro de 1996 (Tabeli 3. ¢ Gitieo |) NNesse periodo, houve um mosnento inicial (n0s dois tltimos trimestres de 1994) de redugdo expressiva do imposto de importagio que, aliada a wutros fatores, teve cone TaweLa 3 Valor importado trimestral, aliquotas dle importacio ¢ niimero de produtos fetados — 1994/95 eee eter teseEEE rns Yetta ‘Numero de epividios de vatagies de aliquots s Redugses—Awimenios Total 1998798190788 ae Ww 11.826 12 253 22 275 1995 112017 126 2.462 5.309 zeit no 13658 132 468, 401 869 Wh 11916 132 84 85 169 Iv 12,080 138 63 7 160 1938 110797 134 1.738 303, 2oai nu 1aarr 130 195 71 366 m 14.965 132 13 150 163 ea ees ceS rere seeCeC ee FONTE: Elaboragao propia a part de dados primvinos st Peay. Pen Es 2. Ses 197 Gritico 1 Aliquotas e importacdes — 1994/96 Aliquota ponderada eee media correspondente Importagées, aca) 14.000 13.000 12.000 ‘1.000 10,000 | Alfquota simples |. 9.000 8.000 7.000 6.000 Wh ID4 95S WOE IVIBG HS GG NOE tuma de suas conseqiéncias um aumento significativo do valor importado, 36 desde 0 Infoio de 1095 observa-se uma pequena elevaxio da alfquota média simples, que a partir do segundo trimestre atinge um patamar de aproximadamente 13%, onde se tem mantido UGesde ent, Una tajetria distnta foi percorrida pelo valor das importagies trimestrais Esse valor praticamente dobra entre o terceiro trimestre de 1994 e o sezundo de 1995, experimenta pequena queda no trimestre seguinte e mantém-se com pequenas ariagies nesse nivel (em torne de USS 12 bilhdes) desde entio, com nava retomada no terceiro trimestre de 1996. ‘As trés itimas colunas da Tabela 3 iustram algumas informages complementares importantes. Antes de consideré-las, contudo, cabe fazer uma breve digress’io metodo~ Togica para enfatizar a importancia de se considerar 0 indicador de nimero de va de aliquotas Se tomamos como exen cileulo dit aliquota média simples do imposto de televagio genetalizada de aliquotas, passando de 11.19% no primeito momento para 12,62% no segundo, No entanto, essas cifras sa0 o resultaclo liquido de uma polit envolveu simultancamente 5,093 epissdios de elevagdo de aliquotas e 2.691 episédios de redugao de aliquotas. Em outras palaveas, & importante cue a andise no se Hite 30 Jambito mais geral, mas considere também informagSes em um nivel mais detaliado, Jo w aeorrido entre dezembro de 1994 e janeiro de 1995, 0 Fica claro na Tabela 3 que o movimento de moditicagdo da estrutura tarifria esteve de fato concentrado (se julgado pelo nimero de episodios de vatiagio de aliquotas) no Astoria de inportagio wo Pa Rect se tereciro tr ccontinuado, wstre de 1994 e no primeira trimestte de 1995; nao sendo um processo Entretanto, embora o nimero de casos de reduyio de aliquotas seja predominante no Period come um todo. houvejgualmente clevaga detaifus para um numero expressive de produtos, em particular no primeito trimestre de 1995 (sobretudo. part aseciee Produtos que tiveram de adequar su aliquota de imposto de impertagan 4 TEC) o mace Fecentemente, inicio de 1996, embora com bem menos intensidade, por questoes de cequitibrio da balanga comercial resultado geral desses movimentos, no que serefere saliquotas simples, é mostrado 10 Gréfico 2, Ha uma clara tendéncia de redugio da tarifa média ao fina de 1994, que & de ato a ontinuagao de um processo iniciado em 1990, como indicado aa Tabela 2. © uma relatives «stabilidade partir do segundo timestre de 1995, Fsse movimento ¢ acompanhado pela mediana, Cabe destacar, comtudo, que a aliquota modal teve um ponte de mining aa Primeiro wimestre de 1995, esibilzando-se em um aivel de I8e desde 0 sepundo Uwimestre daquele ano, Grico 2 Indicadores descritivos de politica tariféria recente — 1990/96 35,00 30,00 2500 20,00 Moda Mediana 1500 | 19.00 | 00 0,00 1990 91 92 93 Wee 1Wib4 u95 Wes WS IVES V96 Wo W96 44 Com algum movimento sect wo pi 8 Pes Pam Bean 2.3 des 197 ‘Uma das recomendagdes da teoria da protegao é de que quando for inevitivel aadogao {de tata sobre imporiagées as distorgdes introduzidas no sistema econémico sero tanto, Imenores quanto mais baixss as aliguotas © menor sua dispersio. Nesse sentido. uma reforma que reduza os niveis tariffrios, e que, além disso, diminua a varidncia da distribuigdo das aliquotas, 6 um movimento na diregdo recomendada pela teoria, A anilise da evolugao da estrutura tartan periodo indica, contudo, um compor tamento variado, a julgar pela trajet6ria do desvio padrao: 1994) 1995) 1996 mW ro mW rou ow a0 7.9 72 94 96 98 80 84 89 ses niimeros mostram que houve inicialmente um movimento no sentido de maior uniformizagio da estrutura tarifaria (em niveis mais baixos de aliquotas, como visto) até ‘© primeiro frimestre de 1995, com uma dispersao crescente no restante daquele ano, que for seguida de uma falta de convergéncia ao longo de 1996. 3.1.2 - Aliquotas ponderadas Até aqui os dados foram apresentados com base nas aliquotas simples (isto é, médias ponderadas apenas por prazo de vigeneia), «de forma agregada. E sabido, no entanto, {que nesse perfodo ocorreram mudangas substantivas na pauta de importagdes do pats. A titulo de ilustrago, considere-se, por exemplo, que as importagdes de bens de consurn0 representaram em 1993 12% do valor importado total, e que essa participagao elevou-se em 1994 ¢ 1995 para 17% e 22%, respectivamente, so faz. com que seja necessétio considerar a estruturatarfitia em compara © peso efetivo dos prexiutos atetados, ov seja, estimar as aliquots de imposto de Jimportago ponderadas pelo valor importado de eada produto. A trajetéria excepcional das fluxos de comércio nesse periodo impie wma diticuldade ‘dicional para se identiticar o vetor de importagdes mais adequado pura proceder a essa ponderaco. A estrutura do periodo imediatamente anterior nao reflete as moditicagoes ‘ocorridas, 20 mesmo tempo que os anos de 1994 € 1995 so considerados atipicos, por refletizem estruturas de demanda por importados fortemente influcnciadas pela fase iicial de um processo de estabilizacao. A alternativa factivel foi — como se Jescreveu na seiio anterior — ponderar 0 vetor de_aliquotas simples pela composigio das importagses_ no periodo 1990/93, como, refletindo um padrio minimo, ¢ pela estrutura de importagies no ano de 1995, como um Artur de iportai 1 Plano Bod 40 ‘méximo, ¢ complementar a anise pelas estimativas de aliquotas ponderadas pelo valor ‘onrente das importagdes, isto é. do valor efetivamente observade a cada trimesite A Tabela de 0 Graf © 3 ilustram as diferengas nos critérios de ponderag, As trés estimativas de aliquotas ponderadas mostram uina forte queda tarifa no Sltimo trimestre de 1994 e recuperugdo nos dois trimestres seguintes, seguida de nova redugao uo longo do segundo semestre de 1995 ¢ pequena elevagao ern 1096, Fica claro da anslise desses dads ¢ ertico que: ao comportamento da tarita simples do € capaz de cuptar esse movimento: 6) as modifieaghes na estrutuea d pau de Importagdo no periods foram suficientemente pronunciades. para levar a revultidos bastante distintos quando consileramnos para ponderaio a més dos 8s anosamieriores ‘ou um periodo de demands iniensa, como 6 ano de 1995; e +) x pinderaga pelo valew. Taneia d Aliquotas simples & ponderadas do imposto de impontagiia por rimestres — 1994/96 eee eee ee Cea eee CEE PEE iquota ponds (4) At 9018 $$$ ee simples (5) Migaia—Trinnestre Trimestre ISH0B amen _coeaponeae 1995) ie04 was ads 1406 a8 v 119 992 19.68 1400 19981 1262 1304 1657 1597 8 fata 19741940 19.06 0 1322 149 15.79 1579 v 1926 1944 15.49 15.49 1905 1 1919 12.70 981 1999 0 1299 1288 1547 1972 13191903 1645 Siooaketonbowe Hae) 12.88 19181584 1075 FONTE: Elaboracdo propia pani de dads primo, nd =ndo-dsponive, 550 Peay. Mn Eran Bh Ses IP Graco 3 Aliquotas ponderadas por importacoes. 7 Aliquota ponderada média do Aliquota ponderada a periodo correspondente média 1995 18 : 6 “ if Aliquota ponderada média 1990/93 10 8 ee (v84 9595S RS GE importa no préprio irimeste leva a resultados menos views, em valores interme- didtios entre os resultados obtidos coun as qutras das pondesacdes.” Esses resultados indicum « necessidade de detalhar a analise para levar em conta 08 wimentos dentro de cada trimestre — a relagdo entre valor importado e aliquota de Imposto de importagio — mssiin como a politica relatva a setores selecionsades, Antes, conto, de proceder a esse detalhamento, cahem algumas consideragBes com respeito & rela entre « estruturatarifiria nacional e a TEC, acertada com os demais, paises membros do Mercosul SS toc eee lee mir ee tea He cg, Ea Atari ce ogortin n Plas Kec ssi 3.2 - O mito da antecipagao da TEC Tornou-se comum a reteréncia a que © Brasil teria antecipado para o més de setembro de 1994 a adogdo da TEC acertada no mbito do Mercosul e prevista para entrarem vigor ‘em janeiro de 1995. Na verdade, uma anise mais euidadosa do ocortido revela que esse Lipo de afirmativa requer algumas qualificagoes, como se mostra a seeuir. Atribui-se as Portarias 506 e 507 do Ministério da Fazenda, ambas datadas de Setembro de 1994, a antecipugio em tes meses da entrada em visor di TEC. A rigor, esse més foram baixadas tres portarius relevantes: a 492, que redhiziv para um nivel uniforime de 20% as aliquotes do imposto de importagi para uma serie Ue prexlutos. & a Portarias 506 ¢ SOT, que alter ficos — as aliquotas para uma lista de produtos. No inal desetembro de 1994, contudo, edepois da entradyem vigor wes portria, cexistiam ainda 124 produtos com aliquotas superores 20% cabendressalfar que Rem todos esses cass reteriam-se as excepcionalidades previstas pata 0 setor de informética {apenas 48 produtos da posiga0 84.71) ou telecomunicagbes (apenas seis tensa posigao 85.17) Alem disso, um levantamento da estrutura tariféria brasileira a0 tinal de setembro de 1994 mostrava que existiam: 2.930 produtos com tarifas superiores ao nivel previsto para a TEC; 5.102 produtos com trifas inferiores 20 nivel previsto para a TEC; © 5306, Produtos com tarifas iguais tos niveis previstos para a TEC. ‘Em outras palavras, au final de setembeo a estrutura di TEC aplicava se apenas 42 do conjunto total de proxutos da pauta de importagtes. Isso mosira que afirmar que o Brasil antecipou a adogdo da TEC é algo que s6 parcialmente corresponde av fetiva- ‘mente acorrido. Houve, quando muito. um ajuste parcial de aproximagao a estrutara da ‘TEC. A adogao da ‘TEC e da Nemenciatura Comum Mercosul sé ocorret efetivamnente 4 partir de 1° de janeiro de 1995, com o Decreto 1.343. Ni esté-se dizendo aqui que © esforgo de aproximagio 2 estrutura da TEC tena sido desprezivel. O ponto a ressaltar € apenas a necessidade de qualiticar essa antecipagio da estruturatarférin comm, Outea observagio importante para se entender a evolugdo da estrutura tava brasileira no periodo esta relacionadla com as listas de excegao, Entre abril ¢ devembro. de 1995, a preacupayiio cm assegurar um nivel de pregos intesnos reduzilo vin eoncor- rencia com produtos importados levou a edigio dos Decretos |.453, 1.471, 1.490. 1.550, 1.678 e 1,767, que estabeleceram listas de produtes @ terem tratamento tarfirio tempo smente diferenciado.* Novamente, em abril de 1996, 0 Decrete 1.888 definiu outra de excepeionalidades. (6 Compa com 452 pros agosto ce amo 7 _astoiadoa regces de geo lun de ivi provisos pars a TEC por ave de estaizae inwmna de prego i AsaleagSes00 longo de 1995 pv sr sintizadascomo:a)o Dect | 471 eansodomasencecdes TEC seu Aneto | cormespends 3 Lina Exc Nacional ox Anexoe 2 e 9 caespondemn 9 chan Lisa Dail) po Decreo f 4a ecaheecew nove Aneno |, revopmeo pantera.) Deere | Scena intradzinpequena alteraoes na TEC 6 Deca 1978 epee procs eso, ss Posy Pa Boon. 8 2%. Ble, 107 ngimero de produtos afetados por essas medidas toi 4a) em janeiro de 1995 (adoco da’TEC) 1.272 provlutos foram considerados excegées a TEC (Anexo a0 Decreto 1.343), >) até dezembro de 1995 aproximadamente 1.700 predutos eram considerades exce- bes, a partir da edigio dos diversos decretos anteriormente mencionados, consolidados no Decreto 1.767; € ‘c) etm abril de 1996 nova lista (Deoreto 1.848) consolida na lista de excegbes 1,500 produtos, Considerando © conjunto das movimentos efetuados no perfod, relativamente ao ‘nmero de ocorréncias de variago de aliquotas (e nio de proxiutos afetados), podemos. dizer que, para 6 periodo compreendido entre julho de 1994 e setembra de 1996, esse ‘imero Foi distribuilo como sepne: a) a adequagao parcial da Tarifa Advaneira do Brasil & TEC em setembro de 1994 representou 23% dos casos, sendo todos de redueo de aliguota; 'b)a implantagio da TEC em janeiro de 1995 representou 47% do total de ocorréncias de variagdes do imposto de importagao, divididas em 32% dos episddios para casos de clevagio e 15% para redugies; © ©) a adogao de lstas de excegdes representou 23% do total de ucorréneis, dos quais 169 dos casos sao de redugio e 7% dos episéulios, de elevagio de aliquotas, Essas informagées ajudam a entender a trajet6ria da aliquota média ponderada das importagses, no Gritico |: ba um primeiro movimento de reduedo no quarto timestre de. 199%, que reflete a amtecipagio parcial da TEC (e o ajuste adicional da estrutura tariffria), seguido de aumento quando da adogao plena dessa tori, que prossegue até tum ponto de miximo no segundo trimestre de 1995; e observam-se aimla ts outros ‘momentos de redacdes, aé o primeira trimestre de 1996, que refletem a importancia das listas de excegties, «nova elevagao a partic da. ‘A analise dos ddlos mensais para aaliquota simples de imposto de importagdo e para © valor importado (Grafico 4) mostra igualmente és momento: 4) Em um primeico momento — em julho e agosto de 1994 — o valor importado total ccomega a aumentar. mesmo antes das modificagbes na estrutura tarfiria: a explicagio ‘mais provavel esté no efeito-renda derivado do Plano Real, associada a valorizago. ccambial +) Em um segundo pesiodo — entre setembro e dezembro le 1994 — acoete (como visto} redugio elo nivel dx tarfa simples. Nesse period hii claramente um estimulo ‘adicional S importagées. proporcionado pela variagio da aliguota simples e pela permanéncia do efeito-renda e do efeito- prego do periodo anterior. 6) A partir de 1995 (sobretudo, desde marco}, a alfquota simples estabiliza-se em um nivel de aproximadamente 13% (a mesmo tempo em que a taxa de cimbio volta & Variar). No entanto, persistem as Mutuagies no valor importado total. Esse conjunto de informagées sugere que a partir do segundo trimestre de 1995 a aliquota simples perde. poder de determinacao das importagdes: sua influéncia parece estar lamituda a0 nivel do, ‘As tarts de ipornain wo Pane Rel ss Gratico $ Aliquotas e importagées: valores mensais — 1994/96 % USS Muses Importagoes - 5000 4.500 4,000 3.800 Aliquota ponderada’ sea? para.o més corrente 3.000 2.500 2,000 valor importado, mas certamente nao explica a sua varidncia, que passa a obedecer a ‘outros fatores determinantes, como a politica de e&mbio € outros, © comportamento da aliquota ponderads reflete esses ts momentos, ao se elevar entre julho e agosto de 1994 -— mesmo com aliquota simples constante —, manter-se estvel entre setembro ¢ janeito de 1995 (a redugdo de aliquota € compensada pela elevagio das imporagies) # a partir dat refletir diretamenie ss variagoes do. valor importado, Esse comportamento sugere que existem outros fatores a seremn cunsic eles, cabe destucar a andlise do comportamenta dos sctores mais relevaintes, ides, Entre 3.3 - Dados setoriais Para 2 anilise setorial foram selecionados alguns capitulos (clussificagdo a dois digitos da NBM/SH, de um total de 97 eapitulos), com base em dois ertérios: a) ntimero de variagdes de aliquotas do imposto de importagio no perfodo considerado; e 6) mportan- cia relativa no valor total importado, ‘0s 4 capitulos selecionados por esses ertérias corresponderam em 1995 a 74%% do valor importato total ea 67% do numero de variag6es de aliquotas no perido conside- rado. Iso significa que esses capstulos concentraram a maior parte das variagties da 4 ey Pa, Boon. 02 Je 1097 imposto cobrada sobre importagdes durante o periodo julho de 1994/setembro de 1996 { compreendem ainda 65% do total dos produtos (10 digitos)atatauos por modificagies de aliquotas. [A selegdo incluiu: Capitulo 1] — Produtos da indistria de moazem: Capitulo 27 — Combustiveis minerais, dleos nico Capitulo 29 Produtos quimicos orginicos; Capitulo 39 — Plisticos e suas obras; Capitulo 48 — Papel e cartao; Capitulo $4 — Filamentos sintéticns out atiticiaiss ‘Capitulo 55 — Pibras sincéicas ou artificiais. Capitulo 72 — Ferro tundido, fer € ago Capitulo T3— Obras ue ferro fund, ferro ou ago; Capitulo 84 — Misquinas,aparethos « instrumentos mecnicns: Capitulo 85 — Material eletricoe suas partes; Capitulo 87 — Veiculox automdveis e outros veiculos terrestres; Capitulo 90 — Instrumentos e apare= hos de sitiea rais; Capitulo 28 — Produtos quimicos inorgd ‘A Tabela 5 sintetiza as informaghes basicas, F interessante notar nessa tabela que — de forma semelhiante a0 universi «a pauta de importagdo — o nimero de episddios de redugdn de alfguotas supers em muito o nimero de aumentos de uliquotas, no periode, Nessa amostra de 14 capitulos estio 59% dos casos de aumentos de aliquotas, uma proporgio menor do «ue os 72% das casos de redugdo. Isso reflete a prépria dispersio Seiorial do processo de fiberalizagao comercial no periado. ‘A quarta, quinta e sexta columas da Tabela S mastram ainda que as abiquotas simples para esses [4 capitulos foram sistematicamente superiores as aliquotas eorresponclentes para © total dos produtos, De fato, essa relagdo manteve-se de forma sistemitica, O Gnifico B.1 do Apéndice B mostra uma comparagiio entre as traetGrias das aliguotas para a amostra e para 0 total dos 97 capitulos, ao longo Uo pesfodo considerasto. Ambas apresentam uma redueao pronunciakia entre julhoe dezembracle 1994, cuma relaiva estabifizagio.a partir de maio Ge 1995, Entretanto, pars cis 14 capitulos a aliquota simples € sistematieamente superior $ialiquota correspondent para © total dos produtos, 0 que qualifica a diferenga mencio nada entre os percentuais de purticipagao da amostra nos epissios de redo & aumento de aliquots. Outro aspecto.a ressattaré que como resultado dessa politica de importagdes, a0 longo do perfodo Considerado, existe uma relagao direta sistematics entee 0 nivel da aliquota do imposto de importagiio ¢ 0 valor importade do produto, camo ifustra at Tabel 6. Essa tabela mostra o nivel médio das aliquotas simples em vigor durante 0 perfodo ‘considerado, por faixas de valor tnportado. Existem dois prodatos com valor acima de USS I milhio de importagio.em 1995: veiculoscle passageiroye petrdico, Como aregime de importagdo de petréleo € totalmente administrade no eas0 brasileiro — sendo esse ‘um produto com mercado peculiar — e como a politica de importagai de automsveis. ‘apresenton variagbes extremas no periodo. deeidimos nao ineluir a informagio relativa ‘aesses dois produtos na tabela, para evitar distorgdes. ‘A anise da Tabela 6 mosta que os prot com peo expeiico mais elevado 90 valor teal impetavetveram, em media sto aquotsnas tas. uma lag direta para cada faixa de valor importado, ea Actas de ioportain Plne Read sss ‘Soupunid sopep op sued & eudoud opSeIngeL :34NOd GOTT Oooo eI _GesS Aor oer _ZOEI c0eI oocor 1186 HSMMGN BD OL apes eszz us59 L601 Love coe : : : ove, sa1'se somusces on mS yew weg zz0't a ov so 6z9 Sh} ak ge sors zoel ere orzo sez 0662 ee er ee) us tee sz sty eet oze zh ewe one siz ee e800 ch ves ow sek wees ais a ee 96s" O12 oper a0 ©9541 pes ase as eae tee 98 wwe Zz oo o u = sowing soSnpny ah : 1 RS ap or WE aA ON — saoSntoduy 2p oupuoduy na op Sioa sp HOnbID Bp soobonta 9 boa SVEN Peng. Phan. Ez 27.03 1997 TaueLa 6 Relagio enrre valor importado e aliquota de imposto de importagdia olor importade por produto ——_‘Niimero de Pntcipagio (#) nas Aliquot (em USS milles) prextutos——_importagies tals (1985) seaples" (9) ‘Acima de 20 0”~C~*~*~STCSC Igo ae 1 ze wo ow o on ero Be see eo e 0 a + Cesruel) 266i ve 69 eso 98 S661 Ib au seo StL ¥651 eco be 86) ao ee. 2661 ro is 1651 avo 9 881 I ousumy serpy L ow alos nb oe eae ap ORUAN eA ouque no SBonRINS ay 7) OpEZTLOWIE}| PURISIS) 96/0861 — soionbyo 2p s20S0UDS 2p o12uipit covsaqas ap oUgtL va VIAN Acnunrale inptti Phas Ret t oO 1 + OMe 26 s0'OL ia - est eral eri otett Fait elon ctiwet twat cat ea ore ge ewer eee eee se v ee ts'oL IS'OL 268 366 09'0 eh a eeok ee ioieet | went cere ses ec us bet an et esr t eset oye clare ese) cree ea eee eee eras ee ara eee arg ve cts oO v a 6" 2g +S'6 iyo 09 omnes zw t oO t s0'OL cs (resruel) 9661 wos moor so ees sesh Seeing, ‘Oat veo. caro atl oss woah ees eel ato eal ict seaiegt a oes Fa ae OE nia (obe 3 01a) -opppuny 019) #22 ermdeD “opezIuoUAEH BL 96/0661 — soronbypo ap sapSo.n oa vee, ap 010 ‘onsajas ap oon Peay. 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Additional tariff suangen ook place in 1989 and the whole process was significant deepened 199), The Real Plan fected the import tariff policy in multiple wars. Price stabilisation nawuraty stinuates the dered for Jnport goods asa result of both income and price effects, Nonetheless, redia ei snport tif ren ere explietty used asc means to reduce domestic price presse. and tition the tard police was affected by the prosinaty of the date hy which Mercosur s Evienal Cromon Tarifas cgreed {0 enter into operation. This urtcle rvaluctes the frcilian import tari poles in te feta years ofthe Real Plan ying t iden tis economic logic by reviewing the severe hemes tat ‘have taken place inthe unporsariff rates for every traded sod. Bibliografia BAUMANN, R. A political economy analysis of import tariff policy in Brazil: 1980-1988. Rio de Janeiro: Cepal, 1993 (Série Retormas de Politica Publica. 4). BAUMANN. R.. Morals. J. M. A economia politica da protect no Brasil e a Redada Uruguai, Rio de Janeiro: [plawIPEA, set, 19R8 (Texto para Discussao. 2), KUM, L.A potica de inponagao no Plano Real ea esratura de protege efeive. Rio Janet IPEA, mato 1996 (Tex para Discus 425), MokeIRA, M. M.,CoRREA, P.G. Abertura comercial e inddstria:o que ve pode esperar 0 que se vem obtendo. Rio de Janeiro: BNDES, 1996 (Texto para Distussa, 49), NONNEMBERG, M. Impacto dos financiamentos sobre o crescimento das importagdes brasiletras: 1992-95. Rio de Janeiro: IPEA, ago. 1996 (Texto para Discussio, 432), PINHEIRO, A. C., ALMEIDA, G. B. de. Padties setoriais da protegio na economia brasileira In: TEIXEIRA,E., AGLIAK, D. (eds). Comércia uteraac onl e coimercis eagao agricola, Vigosa: Finep, Papemig, 1995, (Origins reecbidos em jal de B97, evr em oats de 1907) a6 Psy, Pa. Rvs 27m aes 1A

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