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Muito tempo e trabalho foi (esta sendo) gasto na digitalizagdo deste material. Até a data de inicio deste “projeto de digitalizagdo” nado ha disponivel, na rede, o “Ligdes de Fisica” em portugués. Peco encarecidamente que divulguem este material mas nunca cobrem por isso! Comprei este livro e resolvi digitalizd-lo, pois acredito que o conhecimento deve ser livre. NAO HA, DE MANEIRA ALGUMA, A INTENGAO DE LUCRO COM A DISPONIBILIZACAO DESTE MATERIAL, APENAS UM INTUITO DE AJUDAR E FORNECER O MATERIAL PARA QUEM NAO TEM! Ha uma certa dificuldade na digitalizagdo deste material, devido seu tamanho. Vocés perceberdo que algumas paginas a margem fica um pouco borrada; porém a leitura é 100% possivel! Muito obrigado e aproveitem! Data de inicio: 15/10/2011 Término (vol 1): 22/10/2011 THE FEYNMAN LECTURES ON PHYSICS VOLUMEI FEYNMAN e LEIGHTON* SANDS RICHARD P. FEYNMAN Professor Richard Chace Tolman de Fisice Teérica ROBERT B. LEIGHTON Professor de Fisica, California Insfitute of Technology MATTHEW SANDS Professor, Stanford University THE FEYNMAN LECTURES ON PHYSICS VOLUME I Tradugio: Adriana Vaio Roque da Silva Doutora em Astronomia pela University of California at Berkeley Professora adjunto da Universidade Presbiteriana Mackenzie Kaline Rabelo Coutinho outora em Fisica pela Universidade de $a0 Paulo rofessora da Universidade de Sio Paulo Consultoria, supervisio ¢ revisio téeniea desta edigio: Adalberto Fazzio Doutor em Fisica pela Universidade de Sao Paulo Professor Titular da Universidade de S80 Paulo Membr da Academia Brasileira de Cigncias Reimpresséo 2009 [oyun LICOES DE MECANICA, RADIAGAO E CALOR Sumario Caputo | ATOMOS EM MoviMENTO 1-1 Introduggo 1-1 1-2 Amatéria€feita de étomos 1-2 1-3 Processos atémicos 1-5 1-4 Reagoes quimicas 1-7 Captruo2 Fisica BAsica 241 Introdugdo 2-1 2-2 Afisica antes de 1920 2-3 23. Fisica quantica 2-6 2-4 Nicleose particulas 2-8 CaptruLo 3A ReLacko Da Fisica com Outras CIENCIAS 341 Introdugdo_ 3-1 32 Quimica 21 33 Biologia 32 3-4 Astronomia 3-6 3.5 Geologia 3-7 3-6 Psicologia 3-8 3-7 Como evoluiram as coisas? 3-9 CCaptruLo 4 ConseRVAGAO Da ENERGIA 41 Oqueéenergia? 41 4-2 Energia potoncial gravitacional 4.2 43. Energia cindtica 4-5 44 Outras formas de energia +6 Cartruno 5 Tewro r Distancia 5-1 Movimento 5-1 52 Tempo 5-1 5-3 Temposcurtos 5-2 5-4 Temposlongos 5-3 5.5. Unidades e padres de tempo SS 5-6 Distincias longas 5-6 ST Distincias unas 5-8 106 PROSABILIDADE 6-1 Chancee possibilidade 6-1 G2 Fluwayses 63 63 Ocaminho aleatério 6-5 6-4 Uma distribuigdo de probabilidade 6-8 Cariwuie7 A Teonia pa Graviragio mW my 18 4 1s 6 1 18 Movimentos planetérios 71 Leis de Kepler 7-1 Desenvolvimento da dinamica 72 Lei da gravitaglo de Newton 7-3, Gravitagdo universal 7-5 ‘Acxperiéncia de Cavendish 7-8 Oque ¢ gravidade? 7-1 Gravidade erelatividade 7-11 CapiuLo 8 Moviwento. st 82 83 84 85 Descriglo de movimento 8-1 Velocidale 8-2 Velocidade como uma derivada 8-5 Distincia como uma integral 8-7 ‘Aceleragdo 8-8 CaPiruL09 As Lets DE NEWTON DA DINAMICA, ot 92 93 o4 9s 96 99 Momento forga 9-1 Velocidade e vetor velocidade 9-2 ‘Componentes de velocidade, aceleragio eforga 9-3 Oque éforga? 94 significado das equag6es da dindmica 9-5 Solugdes numéricas das equagdes 9-5 Movimentos planetérios 9-6 Cavirvto 10 Conseavac&o pe MoMENTO 10-4 10-2 10-3 104 10-5 Caefruto 11 ma 12 13 mA is 1-6 na A terceira lei de Newton 10-1 Conservacdo de momento 10-2 ‘O momento é conservado! 10-5 Momento. energia 10-7 ‘Momento relativisticn 10-8 Verores Simetria em fisica 11-1 ‘Translagies 111 Rovagdes 11-3 Vetores 1S Algebra vetorial 11-6 Leis de Newton na notagio vetorial 11-8 Produto esealar de vetores 11-9 CaPILULD 12 CaRACTERISIICAS DA FORGA, [2-1 Oqué é forge? 12-1 12-2 Amrito 12-3 12-3. Forgas moleculares 12-6 12-4 Forgas fundamentais. Campos 12-7 12-5 Pseudoforgas 12-1 12-6 Forgas Nueleares 12-1 Caputo 13 TRABALHO & ENERGIA POTENCIAL (A) 13-1 Energia de um corpo em queda 13-1 13-2. Trabalho realizado pela gravidade 134 TA Srmadeenersin 11-6 13-4 Campo gravitacional de grandes objetos 13-8 Capo 1d Teanat nn & Eras Patenctar (Covet nisi) M1 Trabalho 14-1 14-2 Movimento restrito 14-3 14.3 Forgas conservatives 14-3 14-4 Forgas ndo-conservativas 14-6 145 Potenciaise campos 14-7 Capito 15 A TEORIA DA RELATIVIDADE RESTRITA 15-1 O principio da retatividade 15-1 15-2 Astransformagoes de Lorentz 13-3 15-3. O experimento de Michelson-Morley 15-3 Avwansformagdo dotempo 15-5 ‘Acontragdo de Lorentz 13-7 ‘Simultaneidade 15-8 Quadrivetores 15-8 Dinaimica relativistic 13-9 Egquivalencia entre massa e energia 15-10 CAPITULO 16 ENERGIA E MOMENTO RELATIVISTIC 16-1 A relatividade e os filésofos 16-1 16-2 Oparadoxo dos gémeos 16-3 16-3. A transformagto de velocidade 16-4 16-4 Massarelativistica 16-6 16-5 Energia relativistica 16-8 Cantruto 17 Eseaco-Tero A geometrin da espagostempo 17-1 Intervalos de espago-tempo. 17-3 Passado, presente e futuro. 17-4 17-4 Maissobrequadriveores. 17-8 17-5 Algebra de quadrvetores 17-7 Cavuto 18 Roragées ex Duss Dinexsis 18-1 Occentrode massa 18-1 18-2. Rotagdo de um corpo rigido 18-3 18-3 Momeni augulaa 16-5 18-4 Conservago do momento angular 18-7 Cariui 19. Cex bt Massa; Muses 0 UE ENEXCIA 19-1 Propriedades do centro de massa 19-1 19-2 Localizando o centro de massa 19-4 19-3. Achando © momento deinéreia 19-5 19-4 Energia cinstiea rotacional 19-8 CapttuLo 20. Rutacso so Espago 20-1 Torques em trés dimensBes 20-1 20-2 As equagées de rotago usando produto vetorial” 20-5 20-3 O girosespio 20-6 20-4 Momento angular de um corpo slide 20-8 Carita 210 Osci.apor Harwéxico DIA Rquagies diforanciaislinanres 21-1 21-2 Oosciladorharménico 21-1 21-3 Movimento harménico e movimento Dak Condighes inicinis 71-5 -S Oscilagties forgadas 21-6 214 Cavin 22 ‘Adigio e multiplicagio 22-1 ‘Operagses inversas 22-2 Abstragio ¢ gencralizagio 22-3 ‘Aproximando niimeros iracionais 22-4 Naimeros complexos 22-7 Expoentes imaginérios 22-9 RRA Captruto 23 RessoNANcIA 23-1 Numeros complexos ¢6 movimento harmdnico 23-1 23-2 Ocscilador forgado com amortevimento 23-3 23-3. Ressoninciaelétrica 23-5 23-4 Kessonancia na natureza 23-7 Captruto 24 TRANSIENTES 24.1 Acnergia de um oscilador 24-1 24-2 Oscilagdes amortecidas 24-3 24-3 Transientes elétricos 24-5 CCaptruto 25 SistEMAS LiNEARES & REVISAO 2 1 Fanagiiesdiferenciais Hineares 25-1 2. Superposigio de solugdes 25-2 3 Oscilagdes em sistemas lineares 25-5 254 Anflagns em fisien 25-7 25-5 Impedincias em série e em paralelo 25-9 Cavtrora 26 @erica: O Panta ne Mixiwo Tero 1 Laz 26-1 Reflexdo refracdo 26-2 Prinefpia de Permat do minimo tempo 26-3 Aplicagdo do principio de Fermat 26-5 [Uma definigdo mais precisa do principio UeTeiiat 26-7 26-6 Como funciona 26-8 Carini 2? Genca Gronbreica 27-1 Introdugo 27-1 27-2 A distancia focal de uma superticies esférica 27-1 uw 27-3 Distancia focal de una lente 27-4 Cavirexa 34 Ereiros ReLavivisnicos xa RADIAGAO 27-4 Ampliagio 27-5 34-1 Fontes em movimento 34-1 21-5 Lentes compostas 27-6 342 Encontrando o movimento “aparente” 34-2 21-6 Aberragoes 27-7 343 Radiagio Sineotton 34-3 27-7 Poder de resolugio 27-8 344 Radiagiosfnerotrone6smica 4-5 BLS Bremssuahlung 34-6 CAPITULO 28 RADIACAD ELEIROMAGNETICA 346 Octet Doppler 34-7 28-1 Eletwomagnetismo 28-1 BLT Ogquadri-vetor ok 349 2-2 Radiaglo 28-3 34-8 Aberugio 34-10 28-3 Oradiador de dipolo 28-5 He Commepehe Mail 28-4 Interferéncia 28-6 Capfruio 35. Visko EM Cores Cartui0 29 srenteséscia 35-1 Oolholumano 35-1 29-1 Ondaseletromagndicas 29-1 35-2 A-cordapendeda intense 35-2 2 erga da rangi 35-3. Medindo asensaglo decor 35-3 29-3 Ondorsooilsn 29-2 35-4 Oldman Gecromaistate 37 28-4 Deis dipaosradiadores 29-3 35-5. Omeeanismo de vnioem cores 35-7 29-5 A matemética da interferéncia 29-6 35-6 Fisioguimica da visio colorida 35-9 CapituLo 36 Mecaxiswos pa Visio 36-1 A sensagio de cor 36-1 36-2 Afisiologiadoolho 36-3 CapiruL0 30 Dieracio 30-1 A amplitude resultante devido an osciladores idénticos 30-1 30-2 Agrade de difragio 30-3 36-3 Ascéiulas bastonetes 36-6 30-3 Poder de resolugdo de uma grade 20-5 36-4 Qolho composto (de inseto) 36-6 ‘I ae 36-5 Outros clhos 36-9 30-4 Antena parabélica 30-6 30-5 Filmes coloridos: cristais 30-7 Renee ee Carfrero 37 ConponraMesto Quantico ‘campo de um plano de eargas Sera * 37-1 Mecénica at6mica 37-1 coats 30-10 37-2 Umexperimento com projéteis_ 37-2 36-6 Neurologia de visio 36-10 a 37-3. Umexperimento comondas 37-3 east Cue Hence ba aga) 37-4 Umexpesimento comelérons 37-5 31-1 Ondice de efragto 31-1 37-5 A imterferfncia de ondas de elérons 37-6 31-2 Ocampo devido ao material 31-4 31-6 Observando os eléirons 37-7 31-3 Dispersio 31-6 37-7 Primeiros prineipios de mectinica quintica 37-10 31-4 Absorgio 31-8 37-8 O principio da incerteza 37-11 31-9 A onorgiatransportada por uma onda clética 31-9 (Cavireno 38. A ReLagko Dos PoxTos ne Vista DE 31-6 Difragio d uz por um anteparo 31-10 Parricuta & Ds Oxo 38-1 Amplitudes da onda de Probabilidade 38-1 ins 22 je Aer De NCAA 38-2 Medidas de posigio ede momento 38-2 pane eaO aE 38-3. Difracdoem Cristas. 38-4 321 Resisténcia de Radiagio 32-1 38-4 Otamanho de um étomo 38-5 32-2 Ataxada energia deradiagio 32-2 385 Niveisde Energia 38-7 32-3 Amortecimento da Radiacio 32-3, 38-6 Implicacéesfilosdficas 38-8 32-4 Fontes independentes 32-5 32-5 Espalhamentoda luz 32-6 Caviruto 39. TeoRta Civerica pos Gases 39-1 Propriedades da matéria 38-1 CaPiTuLo 33 PoLanizacio 39-2. A pressto de um gis 39-2 3341 Ovetorelétricode uz 33-1 39-3 Compressibilidade da radiagio 39-6 33.2 Polarizacio de luz espalhada 33-2 39-4 Temperatura eenergia cinéticn 397 43.3. Birefringéncia 33-3 305 Aleidegésideal 39-10 33-4 Polarizadores 33-5 33.5. Atividade Oia 33-6 Cariruto 400s Privcietos pa Mecantca Estatisrica 33-6 A intensidade da luz refletida 33-7 40-1 A.atmosfera exponencial 40-1 33-7 Reffago anémala 33-9 40-2 AleiBolumann 40-2 2 40-3. Evaporayio de um Iiguide 40-3 40-4 A distribuicdo das velocidades moleculares 40-4 40-5 calor espectfico dos gases 40-7 40-0 O fracasso da isica classiea 40-9 Caprruto 41 © MoviaeNTo BROWNIANO IL-1 Equipartigdo de energia 41-1 41-2 Equiltbro térmico da radiagio 41-3 41-3. Equiparticao eo osciladar quintico 41-6 41-4 Passeio aleatério 41-8 Caputo 42 APLIcAcoES Da TeoRta C1NerIca 42-1 Evaporagdo 42-1 42-2 Emissio termiénica 42-4 42-3 Tomizagio térmica 47-5 42-4 Cinética quimica 42-7 42S Asleis da radiagao de Einstein 42-8 Carfruvo 43 Dirusko 43-1 Colisbesentre moléculas 43-1 43-2 Oliviecamiuho médio 43-3 43-3 Avelocidade de araste 43-4 43-4 Condutividade iéniea 43-6 43-9 Difusav moleculat 43-7 43-6 Condutividade térmica 43-10 CapfruL 44 As Lets ba Teewoovamica 44-1 Maquinas de calor; a primeira lei 44-1 44-2 Asegundalei 443 44-3 Méquinas reversiveis 44-4 44-4 A cficiéncia de uma méguina ideal 44-7 44-5 A temperatura termodinimica 44-9 44-6 Entropia 44-10 Captruto 45 EXEMPLOS DA TeRMODINAMICA 45-1 Energiaintema 45-1 45-2 Aplicagdes 45-4 45-3 A cquagdo Clausius-Clapeyron 45-6 Captruto 46 CaTRAcA & LINGOETA 46-1 Como funciona uma eatraca 46-1 46-2 Acatraca comoum motor 46-2 46-3. Reversibilidade em mecanica 464 46-4 Inveversibilidade 46-5 46-5 Ondemeentropia 46-7 Capiruto 47 Som, A EQuaco De Opa 47-1 Ondas 47-1 47-2 Appropagagdo do som 47-2 47-3 Acquagiudeumla 47-4 47-4 Solugdes da equacdo de onda 47-6 AT-S Avvelocidade de som 47-7 Capfruno 48 BariMento 48-1 Somando duas ondas 48-1 48-2 Notas de batimento e modulago 48-3 48-3 Bandas laterais 48-4 48-4 Trens de onda localizados 48-5 48-5 Amplitude de probabilidade para particulas 48-8, 48-6 Ondas em us dimensbes 48-9 48-7 Modosnormais 48-10 Carfruco 49. Mobos 49-1 Areffexiodeondas 49-1 49-2 Ondas confinadas, com freqUéncias naturais 49-2 49-3 Modos em duas dimenses 49-3 AQ4 Pindulos acoplados 40-5 49-5 Sistemas lineares 49-7 Capfruno SO Harwoxicos 50-1 Tons musicais $0-1 50-2 A sétie de Fourier 50-2 30-3 Qualidade e cuusouueia 50-3 50-4 Os coeficientes de Fourier 50-5 50-5 Oteoremadaenergia 50-8 50-6 Respusias ude lineares 50-8 CapiruL0 51 Oxpas SI-1 Ondasde roa S1-1 51-2 Ondasde choque 51-2 51-3 Ondasem sélidos 51-4 SI-4 Ondas de superficie S1-7 CaptruL0 52 SiMErRiA NaS LEIS Fisicas S21 Operagies de simetria $2-1 52-2. Simetria no espago eno tempo 52-1 52-3. Simetriaeas leis de conservacdo 52-4 52-4 Reflendes de espelho 52-4 52-5. Vetores polarese axiais 52-7 Qual éa mio direita? 52-8 A patidade nio € conservadal 52-9 52-8 Antimatéria 52-11 52.9 Quebra de simetrias $212 Atomos em Movimento 1-1 Introdugio se curso de dois anos de iia # apesenindn considera qe wre etn a serum isco, Isso no & necessariamenteo iso, naturalmente, mas € 0 que odo pro- fessor em toda materia supe! Se voce va serum fico, val ter que estudar bastante: fkrentos anos do campo de conecimenta que mais rpida se desenvolven, Tanta co- ahocimento que, de ato, vocé pode pensar gue nlo vai aprender tado em quatro anos © Tealimete nova; voot ter que fazer uma pe gradu abn! Surreendentement,anesar da emenda quntidede de trabalho cue fi feito du- rant odo ese tempo, ¢posavelcondensar a enorme quantidade de resltados em im "grande volume ~ ou sj, achar esque resumam odo o nosso conbeciment, Mesmo sim, esx sfo to difieis de compreender qu ¢ injstocomecar «explora esse sunt sem nenhum ipo de mapa ou resumo das suas relax com oss pats da Géncia, Seguindo esas considerages incisors primeiros capitulo 20, porn- to, resumireseagoes da sca com oresto das cigncias, a relages das ici ene Sie 0 signified da cincia, para nos ajuda a desenvolver uma "nogao” do assuno "Voo8 pode perguntar porque nfo podemos ensinar lsica apenas escrevendo as “leis bésicas em uma pégina e entdo mostrando como elas funcionam em todas as pos- _Siveis icunsnia, al qual fzemos a geometia Euclidean, onde cnunciamos os fariomas e fazemos todo o tipo de dedugdes. Ent, nfo satisfeito em aprender fisca fm quatro anos, voc®gostara de prendé-laem quatro minutos), No podemosfaze- To dessa fonma por dois motives. Pineiro, snda nlo confecemos oda sles bss existe uma froneira de ignorincia em expansto, Segundo, 0 enuncido comet das Isis da Fisica envolvem algumas iis poogusimo Faas que exigem una mte- imatica avangada par sua desrigdo. Prtanto, ¢ necessara uma grande prepara ae mesmo para entender o ques palavras significa, Nao, no € possve faze-o dessa forma. $6 podemosfazt-o paso a passo ‘Cada peago, ou pate danatreza ela 6 sempre meramente ua aproximagdo verdade completa, ov verdade completa até onde a confeceros, Deft, tudo qu esemos ¢ apenas algum tipo de apronimag, porque sabemos que do conhe- Bs rcs asso v won, Povino, os coins dover sr apres 96 para desprenias ou, mais povavelment, para seem comigis. O principio da cizcia, quase sua defnigto € a segunte: 0 teste de todo 0 co- Bivens € v cxperimenes O capetinnte 9 dice da “esdade” cata, EMas qual é a origem do conhecimento? De onde vém as leis que serio testadas? peimento, por si 6, ajuda a produzir esas leis, no sentido de gue os do dics, Ee aenbée provno ieninanto pera er denos dies wo grands gonerlinagon para aiviaar os pais bose simples, as muito etanhos, que exo por axa ase depos experimentar para checarnovamente se zemos as suposigoes comes, ee proceso de imaginagio€ fll que exist na dvi de abalho na ca stem ox fiicos vedricos que imaginam, deduzem e sugerem as novas lis, mas fazem experimento,e os fsicosexperinenais que experiment, imaginam, a Dizemes que 3 es da ntureza So sproximada: primero encontames as “e- 5° depos encontramos as “cores”. Ors, como um expetimento pode estar sd? Pineiro, na forma vial se alg exiver era no equipament ie pessou percbido, Mas esas coisas slo favimente conse chcadsh vis vez sem Se apegra esses deals secundrios, como os resultados de um exper- os padem ear errados? Ss sendoimprecsos, Por exempt massa de um objeto a parece muda um pi and tm mesmo peso quando ext prado. Ene, ie” fo inventda: a macia 6 constant, independente da veloidade. Essa ‘fora tga como incoreta, Sbe-se que a massa sumenta com a vloidad,poném a4 rey 13 4 ntrodugto ‘A matéria ¢ feita de stomos Pracessas atimicns Reagies quimieas 12_Ligtes sen a a: eo Figure 1-1 umentos apreciveis requerem velocidades préximas & da lz. A verdadeira li é se tum objeto se move com velocidade menor ue 160 quil6metos po segundo, a massa é constanteem uma parte em um milho. Nessa forma, com tal aproximago, essa é uma Jei comet. Portant, na pitica pode-se pensar que a nova lei nfo fez mudangas sign ficaivas. Bem, sim e no, Para velocidades comuns, podemos certamente esquect-la € usar a lei simples de massa constante como ums boa aproximacZo. Mas para alas ‘elocidades estamos errados e quanto maior velocidade mais errados estaremos. Finalmente, © mais interessante, flosoficamente estamos completamente errados com a lei aproximada, Tora nossa visto di munda deve cer alterada mesma que a massa s6 mud um pouguinho. Isso € uma coist muito peculiar da filosofia, ou das ideias, aris das leis, Mesmo um efeito muito pequeno algumas vezesrequerprofundas rmudangas em nossasiias ‘Agora, o que devemos ensinar primeiro? Devemos ensinar le correta, mas pou- co usual, com esss idias eonceituais estranhas edifcss, por exemplo, a Teoria da Relatividade, espago-tempo quadeidimensional, ¢ assim por diante? Ou devemos en- sinar a simples lei de “massa-constante” que & apenas aproximada, mas néo envolve tais eis diffecis? A primeira é mais empolgante, mais maravilhosae mais dvertida, pporém a segunda é mais fécil para se ter primeiro € um primeiro passo para uma real compresnsio da sezunda idea, Esse dilema surge sempre e sempre no ensino de fisica. Em diferentes tempos, teremos que resolver iso de diferentes formas, mas em cada es- AGgio ¢vélido aprender 0 que € conbeside agora, quo precise ¢, como ist se icaina «em todo resto e come isto pode mudar quando aprendermos mais. ‘Vamos agora continuar com nosso resumo ou mapa geral da nossa compreensio da cincia de hoje (em particular, fsica, as também de outas cigneias na pesifeia), de forma que quando nos concentrarmos em algum ponto particular, vamos ter algu- mas idéis globais, de por que este ponto particular € interessante e de como isto se ccaixa na estutura son, Eat, qual é noms vind global do nun? 1-2 A matéria 6 feita de stomos Se, em algum cataclisma, odo 0 conhecimento cientifico for destruido e s6 uma frase ‘Tor passada para a proxima geracao, qual seria a anrmagao que conteria 4 maior quantl- dade de informago na menor quantidade de palavras? Eu acredito que seria a hipétese ‘admica (ou 0 faxo atOmico ou como quiser chamé-to) que todas as coisas sao fetas de dtomos ~ pequenas particulas que se movem em constante movimento, atraindo- ‘se umas ds outras quando separadas por pequenas disidncias, mas repelindo-se ao serem comprimidas umas sobre as outras. Nessa tinica frase, voc® vers, existe uma ‘enorme quantidade de informagio sobre o mundo, se aplicarmos apenas uma pequensa ‘quantidade de imaginagio e raciocinio, Para ilustrar 0 poder da idgia atomistca, suponha que temos uma gota de égua de aproximadamente cinco milimetros de tamanho. Se olharmos para ela bem de perto, nfo veremos ada a nfo ser 4gua ~ 4gua uniforme, continua, Mesmo que a ampliemos 1no melhor mieroseépio 6tico disponivel ~ aproximadamente duas mil vezes — entio ‘a gota de dgua pareceria ter aproximadamente dez. metros, quase do tamanho de uma ‘grande sala, ese olhssemos bem de perto, ainda verfamos uma gua relativamente uniforme ~ mas aqui e ali verfamos pequenas coisas no formato de bola de futebol americano nadando de um lado para outro. Muito interessante. Existem paramécias. Vocé pode parar neste ponto e ficar tio curioso sobre as paramécias com seus cilios se ondiulando © corpos se contorcendo que voré nio ird adiante, exceto talvez para ampliar ainda mais a paramécia ¢ vé-la por dentro, Isso, ¢ claro, é um assunto para biologia, mas no momento passamos adiante e olhamos ainda mais de perto para o _r6prio material aquoso ampliando-o mais duas mil vezes. Agora a gota de dua se es- tende a cerca de vinte quilOmetros e se olharmos muito préximo veremos uma espécie de granulago, algo que nio tem mais uma aparéncia uniforme ~ se parece com uma _multdo em um joga de fistehnl wvicta de tims dictincin mnt grande. Nia tentative de ver do que essa granulagio ¢ feit, iremos amplig-la mais duzentos cingiienta vezes ¢ veremos algo similar ao que é mostrado na Fig. 1-1, Isso € uma imagem da égua am- ‘Atoms em Movimento 1-3 ca um bilhio de vezes, mas idealizada em vérios aspectos, Em primeira ingar. a8 o y ticulas so desenhadas de uma forma simples com as bordas bem definidas, 0 que € ro. Segundo, por simplificagdo, elas s2o desenhadas quase que esquematicamente 1 aren hidimensinnal, mas & elann que Alas estin se mavende em tc dimencies te que existem dois tipos de "bolhas" ou circulos para representar os étomos de oxi- e 2nio (preto) e hidrogénio (branco) e que cada oxigénio tem dois hidrogénios ligados (Cada peaueno grupo de um oxigénio com seus dois hidrogénios ¢ chamado tuma molécula). A imagem é sinda mais idealizada pelo fato de que as partieulas Sao. sna natuteza esto continuamente dangando e pulando, girando ¢rodanco ao redot das outras. Voc® vai ter que imaginar isso como uma imagem dindmica ao invés Figura 1-2 estitica. Uma outra coisa que nio pode ser ilustrada em um desenho é 0 fato de que particulas sio "unidas" — que cla se atraem mutumente, uma sendo puxada pela etc. grupo todo est "grudado junto", por assim dizer. Por outro lado, as par= ‘io se comprimem umas sobre as outras. Se voo8 tentar comprimir das delas 0 proximas uma da outra, elas se repelem. (Qs étomos tém 1 ou 2 x 10° em de rao, Ora, 10 cm 6 chamado de Angstrom nas mais um nome), entio dizemos gue eles tém 1 ou 2 Angstroms (A) de rai, tra forma de lembrar do tamanho deles€ essa: se uma maga for aumentada até com 0 tamanho da Terra, entio os stomos da maca serio aproximadamente do nanho original da maga ‘Agora imagine essa grande gota de dgua com todas essas particulas dangando gru- -colando umas nas outras. A égua mantém seu volume; cla nfo cai em pedagos, causa da atragio das moléculas umas pelas outras. Se a gota esté em um declive, pode se mover de um lugar para outro, a 4gua vai fiir, mas nfo desaparecers — as coisas nao saem voando por af - por causa da arasio molecule. Ora, © nto de danga ¢ o que representamos por calor: quando aumentamos a tempe~ ‘aumentamos © movimento. Se aquecermos a 4eua, a danga anmenta e o volume 6s tomos aumenta e se continuarmos aquecendo, chegara um momento em que es Emre as Mioleculasnao sera SuNletentes para mAMIe-as UnIGaS € elas tra porate fcario separadas umas das ourss. E claro, essa a forma que produzimos, or a pari da égua ~ através do aumento da temperatura; as paniculas voam por af causa do aumento do movimento. Na Fig. 1-2, temos uma imagem do vapor. Essa imagem do vapor falha em um ecto: na pressio atmosféica usual haveria apenas poucas moléculas emi uma sala es certemente nif eniatciara tants moldeulas, come ts, nesoa igure. A mtioria retingulos desse tamanho néo conteria nenuma molécula ~ mas scidentalmente 0s duas e meia ou trés nessa imagem (apenas para que nfo fosse inteiramente va- ). Agora, no caso do vapor visualizamos as caracteristicas das moléculas mais cla- fe que no caso da gua. Por simplificasio, as moléculas slo desenhadas de uma a que existe um Angulo de 120° entre seus stomos. De fat, o Angulo é de 108°3’e icin entre 0 centro de um hidrogénio eo centro do oxigénio & 0,957 A, portanto jnecemos essa molécula muito bem. "Vamos ver algumas das propriedades do vapor ou de qualquer outro gas. As molé= que esto senaracas mas Alas otras, vie rater conta as paredes. Imagine una scom um niimero de bolas de tenis (centenas ou mais) pulando em perpétue movi- eno. Quando elas bombardearem uma parede, isso irs empurré-la para for. (Clara feremos que empurrar a parede de volta. Iso significa que o g4s exerce uma forca sagitagio, que nosso senso comumn (jé que no fomos aumentados um bilhio de es) sente apenas como um empurrdo médio. De forma que, pera confinar um gés emos aplicar uma pressio. A Fig. 1-3 mostra um recipiente padrio para contfinar 5 {usado em todos os livros texto), um cilindro com um pistio sobre ele. Agora, RAN diferenca qual a forma das moléculas de deus, entGo por simplicidade as dese- nos como bolas de tenis ou pequenos pontos. Esses pontos estio em movimiento 10 em todas as diregGes. Entio muitos deles esto batendo no pistio durante ‘0 fempo, que para ficar parado mesmo sendo empurrado para fora devido a esse si continuo, devemos ficar segurando o pistio com uma certa forga, a qual cha- os de pressdo (realmente, a pressio veres a érea do pistio ¢ a forga. Claramente, € proporcional area, pois se aumentarmos area mas mantivermos 0 mesmo Figura 1-3 1A_Ligées de Fisica rimero de moléculas por centimetro cdibico, aumentaremos o nimero de colisées com © pistio na mesma proporgio em que a érea foi aumentada. Agora vamos colocar 0 dobro de moléculas nesse recipiente, para duplicar a den: sidade, ¢ deixé-tas na mesma velocidade, ou seja, na mesma temperatura. Nesse caso, ‘em uma boa aproximagao, o nimero de colisdes sera duplicado e desde que cada uma seia tio “energética” como antes, a presso é proporcional a densidade. Se conside- rarmos a verdadeira natureza das forgas entre 0s étomos, esperariamos uma pequena diminuiggo na pressio por causa da atragio entre os dtomos e um pequeno aumento por causa do volume finito que eles ocupam. Todavia. em uma excelente aproximacdo. sea densidade € baixa o suficiente de modo que existem poucos stomos, a pressdo é proporcional a densidade. ‘Tamim povlemos ver alga diferente: ce aumentarma 2 emperanien cem muda mos a densidade do gés, ou seja, se aumentarmos a velocidade dos étomos, 0 que itd acontecer com a pressio? Bem, os étomos batem mais forte porque eles se movem, ims ripido e adicionalmente eles batem mais vezes, ent a pressio aumenta, Veja ‘conto sao simples as idéias da teoria atémica, ‘Vamos considerar outra situagio. Suponha que © pistio mova para dentro, de for- ma que os Stomos sio lentamente comprimidos em um espago menor. O que acontece {quando um dtomo bate no pistio em movimento? Evidentemente, ele adquire velo- Cidade da colisio. Voce pode testar isto batendo em uma bola de ping-pong contra ‘uma raquete se movendo para frente, por exemplo, voe8 ver que ela sai com mais velocidade do que antes de bater na raguete. (Exemplo especial: se um tomo estiver parado e 0 pistio bater nele, ele iri certamente mover.) Entlo, os stomos esto “mais qucntes” quando s¢ afastan do pistdo do que antes de atingito, Portanto,texdos 09 &to- ‘mos, que esto no recipiente, irio adquirir mais velocidade. Isso significa que quando comprimimos umn gds lentamente a temperatura dele aumenta. Assim, sob compressdo Jenta um gés ind cumensay de temperatura © sob uma expansto lenta ele ir climinuir de temperatura ‘Agora vamos retomar para a nossa gota de gua e olhar em outra directo. Supo- nha que dinsinuanos temperatura da muss ota de digua. Supontia que a dana dos 4tomos das moléculas de gua seja lentamente reduzida. Sabemos que existem forgas atrativas entre os étomos; portanto, depois de algum tempo cles nfo serio capazes de ddangar to bem. O que iré acontecer @ uma temperatura muito baixa est indicado na Fig. I+4: as moléculas ficam presas em um novo padi que € 0 gelo. Esse diagrama cesquemético do gelo ¢ crrado porque ele esta em duas dimens6es, mas é qualitativa- ‘mente certo, U ponto anteressante e que a materia tem pasicaes dejiaas para todos ‘0 diomos e voce poderia ver isso facilmente se de alguma forma pudéssemos manter todos os stomos de uma extremidade da gota em um dado atranjo, cada dtomo em ‘uma certa posigio, entdo por causa da estrutura de interconexdes, que €rigida, a outra cextremidade que ficard a quilmetros de distineta (na nossa escala ampliada) tera uma localizac2o definida. Sendo assim, se segurarmos uma agulha de gelo em uma extre midade, a outra extremidade resistird a nossos empurries,diferentemente a0 caso da ‘qua, cuja estrutura é quebrada devido ao aumento da danga das moléculas que faz ‘com que todas elas se movam em diferentes caminhos. A diferenga entre sélido ¢ I quido €, portanto, que no s6lido os étomos sio arranjados em um tipo de rede, chamada de rede cristina, e eles nao tém posigies aleat6rias a longas distincias; a posigdo dos dtomos em um lado do cristal € determinada por milhdes de outros étomos da rede em outro lado do cristal. A Fig. 1-4 ¢ um arranjo inventado para o gelo e embora ccontenha muitos aspectos corretos sobre ele, esse no € 0 arranjo verdadeiro, Um dos aspectos corretos & que existe uma parte da simetria que é hexagonal. Vocé pode ver {que se rotacionarmos a imagem em 120, ela volta a ser a mesma. Sendo assim, existe uma simetria no gelo, a qual contribui para a aparéncia de seis lados de flocos de gel. utra coisa que podemos ver na Fig. 1-4 & por que o gelo encothe quando derrete. O padro particular do cristal de gelo mostrado aqui tem muitos “buracos”, como ocomre na estrutura verdadeira do gelo. Quando a organizagao se desfaz, esses buracos podem ser ecupades por malkcalas. A maioria das substincias mais simples, com excecdo da ‘gua e alguns tipos de metal, expande ao derreter, porque os dtomos estio proxima- mente empacotados em um s6lido cristalino e ao derreter esses Stomos precisam de is espago para dangarem, porém uma estroturaaberta, com muitos buracos, fecha derreter, como & 0 caso da gua. -Embora o gelo tenha uma forma cristalina “rigida”, sua temperatura pode mudar =o gelo possui calor. Se quisermos, podemos mudar @ quantidade de calor no gel. que € 0 calor no caso de gelo? Os dtomos nko estio parados. Elesestio dangando irando, Ento mesmo que exista uma ordem definids no cristal ~ ums estutura Aniaa ~ todos os atomos esao vibrando “no ugar”. Aumentando a temperatura, es vibratio com maior & maior amplitude, até que eles se ater tanto que saiam lugar. Chamamos ito de derrerimento. Diminuindo a temperatura, as vibragBes ne dlminuem até o zero wbsoluto, existe uma yuantldade ssi de vibra que os éiomos podem ter, porém ndo pode ser zero. Bssa menor guantidade de nto que 0s étomos podem ter nio € sufciente para derreter uma substincia, naeacesdo: o helio. O heliv meramente din 0 novimeuty dos dons tanto possivel, porém mesmo no zero absoluto ainda existe movimento suficiente Jmpedie 0 congelamento. Helio, mesmo no zero absolut no congela, a menos 4 ptessio Seja to arande que comprima os dtomes. Se aumentarmos a pressio, ns fazé-o solic. Processos atdmicos vem ansim 2 sda, auidos¢gasce sob 9 ponte de vinta anion Contd inteseatdmica também descreve process e, portant, veremos agora ma ut- de de processos sob uma visio atémica O primeio process esa associado& st- Bn Ggun. O que ncontoce com a mpeficie da gua? Vamce far ua imagem ‘complicada ~e mas ealista~ imaginando que a superficie & com o ar. A Fig ‘mostra a superficie da équa com o ar. Vemos as moléeulas de égua como antes, do © corpo do liquide, mas agora tame vernon a supertice da gua. Sobre eric encontramos viras coisas: primero de tudo existem moléculas de dua, 0 n0 vapor. Isso € vapor dediguz, 0 qual é sempre encontrado sobre wm guido de (Gxiste um equilbio entre o vapor de gua e a Sgua iquida que ser discutido eriomente.) Adicionalmente,encontramos outras moléculas~ aqui dois stomos genio ligadas formam wma molécula de oxigénioe dois somos de nitogénio fin ligne formar urna moldcula de nitrogtnio, Oar contite quate que itera. te de nitrogénio,oxigénio, algum vapor de dgua e em menor quantidade diéxido schono, agdnio eoutras cists. Ent acima da supertice de gua esto a, um ta algirn wap da Sgn. Ago, que est acontcondo nessa inmger’? At as de dgua eso sempre dangando, De tempos em tempos, uma molécla na ie € atingda mais fortemente que o usual e acaba se desprendcndo da super- Isto € cf de visualizar na imagem pois ela ess estina. Max peers ima aque uma ou cura moléculapréxima a superficie acabou dese atingda e esteja do para fora da superficie, Eto, molécula por molécula, a gua desaparece~ ela Porém, se fecharmoso recipient aims, depois de um tempo encontraremos rande quantdade de moléculas de gua entre as moléculas doa. De tempos em pes, uma dessas moléculas vem voando em dirego @ égua e fica capturada pela joie novamente. © que vemos & algo que se parece comm moto, uma coise -ssante — um copo de égua tampado, que pode ficar imutivel durante talvez anos ~ realmente contém uma dinimicae fenémeno interessante, 0 qual est do todo 0 tempo, Para nosios olhos. nossos olhos nus. nada esté mudando, Se pudéssemos vé-lo com uma ampliago de um bihao de veres, veriamos que isa esto mudando: moléculas esto se sltando da superice e moléculasestfo rnando para ela ‘Por que ndo vemos mudancas? Porque tantas moléeuls esto sand a super- quantasestfo volando! A longo prazo “nada esté acontecendo™. Se retirarmos npa do recipient e soprarmos 0 a imido substtuindo-o por um ar sec0, enti © ero de moléculas dixando a superficie continua o mesmo que antes, porque 80 da danga da égua, mas © nimero de moléculas volando é largamenteredu- porque existem bem poucas moléculas de dgua sobre a superficie. Sendo assim, 16 _Ligées de Pisin ‘em mais moléeulas saindo que voltando es gus evapora, Conseqientemente, se voeé deseja evaporar a dgua entao ligue o ventilador! Existem mais algumas coisas: quais moléculas saem? Quando uma molécula sai da supertiie € devido & um acidental aedmulo extra de energia que € preciso para uebraraatragio entre as moléculas vizinha. Portanto, desde que aquelas que sama tm eneria maior ques média, aquelasqueficam tém menor movimento medio que as anienores Dest forma, liquide gradvamente esfia ser ha evaporacao. F caro que quando uma molgeula de vapor vem do ar para gua, existe subtamente uma grande stragio medida que ela se aproxima da superficie, Isso acelera a molécula que et como ©) soue Se aoximando da spec rela geragso de calor Assim, quand cas stem levam eal embora e quando elas voltam geram eslor.E claro que quando ni existe uma rede de evaporagoo resultado € no agua nto muda de temperatura. Se s0- Figura 1-6 Prarmos agua deforma @ mantra evaporagao continuamente, ent a agua esti Como se sopra numa sopa para esi-la! Claro que vos’ deve pereeber que os processos que acabamos de deserever sio mals complicados do que mostrados. Nao s6 molsculss de gun vao para o at, mas também, de tempos em tempos, moléeulas de oxigénio ou nitrgénio vo para agua “se perdem na massa de égua, Portantoo ar dissolve na gu moléculas de oxig2- no enltoyento vao se atunaté na gua e eta val conte ar, Se rarmos subvramente © ar do recipiente, enti as moléculas de ar vio sar da igua mais rapidamente que entrar e ist ir produzirbolhas. Isto € muito ruim para mergulhadores como voce deve saber "Agora vamos para um outro processo, Na Fig. 1-6 vemos, sob o pont de vista axémico, um sélidodissolvendo em dgua, Se colocarmos um cristal de sl em gua, ‘© que aconteceré?O sal €um slide, un evistal, um auranjo oxganizade de “stones de sl", Fig. 1-7 € um ilutraio da estrturatriimensional de um sal comam, cloreto de séio, Estritamente falando oerstal no ¢ feito de &tomos, mas do que denominamos de fons. Um fon € um tomo que tem alguns elétrons a mais ou a ‘menos. Em um cristal de sal, encontramos fons de eloro(étomos de cloro com um elstron extra) ¢ fons de sédio (tomas de s6dio com um elétron @ menos). No sal Slido, 08 fons Ream todos juntos devido & strag clerics, onsen quando coloca- dos em fu, observamos qu alguns fons se soltam do cristal, devido & atragio dos fons pelo oxigénio negative e pelo hidrogénio positive das moléculas de gua. Na Fig. 1 6 vomon um fon do eloro se soltando © tron étomon utwond na gua na forma de fons. Ess imagem oi feta com alguns euidados. Note, por exemplo, que 0 tomos de hidrogénio das moléoulas de agua estio mais préximos dos fons de cloro, cnguanto quc ot dtomos de oxigénioextio maix prximos ds fms do ni, porque o fon de sé € postivo e o oxigénio da fgua € negativoe els se atraem eleticamente, Dessa imagem podemos dizer que o sal est se dissolvendo na gua ou est sendo crstalizado fora da égua? Claro que nfo podemos dizer, porge ea «quanto alguns étomos esto deixando o cristal outros étomos esto se jumtandoa ele novaumente. O process ¢ cnmico, como no caso da evaporagao, sto depende de dqueto eal tem na gua, mais ou menos do que a quantidade necersrin pars o aqui [= Iiprio. Por equilforio, queremos dizer que é a situacdo em que a taxa de dtomos que reespmel et deixam o sal €4 mesma que a taxa de dtomos que voltam a se juntara ele. Se quase a nfo existe cal na Agia, male Stomas via deixar 9 eal que retomar« 0 eal ce discolve. cei 3 Se, por outro lado, existirem muitos “étomos de sal” na gua, mais étomos retornam Bie do que saem € o sal se cristaliza ‘A propésitn, interessante mencionar que 0 coneeitn de malécula de uma subs tncia € apenas aproximado e existe apenas para uma certa classe de substncias. Isso fica claro no caso da Sgua que tem tes Stomos ligados. Entretanto, isto nfo & claro no aso do sélida de cloreto de sédio. Fxiste apenas um arvanjo de fons de séio e clon «em um padrio eaibico, Nao existe uma forma natural de agrupé-los como uma “molé- cula de sal” ‘Voltando para nossa discussdo de solugdo e precipitagio, se aumentarmos a tem- peratura da solugao salina, entdo a taxa em que os étomos deixam o sdlido € aumen- tada, de mesmo modo que a taxa em que os étomos retoram. Isso toma mais dificil, Figuen 1-7 em geral. em predizer qual 6 caminho que prevaleceri. se mais on menos do slide se olvera. Algumas substincias se dissolvem mais ao aumentar a temperatura, mas dissolvem menos. Reagbes quimicas dos os processos que foram deseritos até o momento, os slomos e fons nO mu nde parceiros, mas é claro que existem circunstancias em que os étomos mudam. ociagio, formando novas moléculas. Isso ¢ ilustrado na Fig. 1-8. Um processo io quimica. Os outros processos descritos até agora so chamados de processos entretanto no existe uma distingio rigida entre ambos. (A natureza no se como os chamamos, cla apenas continua agindo.) Assumimos que esse figura cearbono queimando em oxigénio. No caso do oxigénio, dois étomos de o se ligam muito fortemente. (Por que no trés ou até mesmo quatro se ligam? ma das caraetoristioas muito peculiar dosses tipos de procesaos atGmicos. Os ‘io muito especiais: eles gostam de certos companheiros espectficos, certas espectficas e assim por diante. Cabe & Fisica analisar por que cada étomo ue ele quer. Em qualquer proporgio, dois dtomos de oxigénio formam uma i estvel e feliz.) que os dtomos de carbonos estio na farma de sélid cristalino (que pode fte on diamante’), Agora, por exemplo, uma molécula de oxigenio pode se apro= Jo carbono, cada tomo pegar um stomo de carbono e se afsstar em una nova o — “carbono-oxignio” —o que é uma molécula de g4s chamado monéxido 30. ele é dado o nome quimico de CO. Isso € muito simples: as letras “CO” samente a imagem dessa molécula. Todavia, carbono trai oxigénio muito ue oxigénio atrai oxigénio ou carbono atrai carbono, Portanto, nesse processo 0 ‘pode chegar com apenas um pouco de energia, mas 0 oxigénio ¢ 0 carbono ligar com um tremendo impeto e comogio e tudo ao redor deles vai ganhar ‘Uma grande quantidade de energia de movimento, energia cinstica, € entG0 iE claro que isso esté queimando; esta havendo ganho de calor na formacao da ‘oxigénio e carbono. Esse calor aparece habitualmente na forma de movimento is de um g4s quente, mas em certs circunstncias ele pode ser tio grande ea luz. Isso & como aparecem as chamas. lcionalmente, 0 mon6xido de carbono no esté totalmente satisfeito. E possivel se ligar com outro étomo de oxigénio, entdo terfamos uma reagdo muito mais cada, na qual o oxigénio estaria se ligando ao carbono, enquanto 20 mesmo Jestaria ocorrendo uma colisio com uma molécula de monéxido de carbono. mmo de oxigenio poderia se ligar ao CO e formar uma molécula, composta por bono e dois oxigénios, que ¢ nomeado CO, e chamada de didxido de carbono. smarmos carbono muito rapidamente com uma pequena quantidade de oxige- ‘exemplo, em um motor de automével, onde a explosio ¢ tio répida que nao po para produzir diGxido de carbono) uma grande quantidade de mondxido ono Sera forma, xm multos casos rearranjos desse tipo liperam ums grande de de energia produzindo explosdes, chamas, ete, dependendo das reagbes, 08 tém estudado esse arranjo dos dtomos e observaram que fod substincia € {ipo de arranjo de dromos. ilustrar essa idéia, vamos considerar outro exemplo, Se formos em um campo nas violetas,sabemos o que ¢ “aquele aroma”, Isso é algum tipo de molécula, io de étomos, que peccosre 0 caminho até nosso natiz. Primeito de tudo, come seu esse caminho? Isso & muito Feil, Se o aroma ¢ algum tipo de moléeula no ar anca livremente e sobre colises eventuais, ela pode acidentalmente percorrer um ho até onariz, Ceetamente, cla ndo tem nenhum desejo particular de chegar so na- 06 meramente uma molécula perdida de uma multidao de moléeulas agitada que, inho sem destino, esse pedaco especifico de matéria, se encontraré no nariz ‘ seagrupamento de pasceiros dos dtomos acorre € o que chamamos de Um2 Figura 1-8 TS _Ligies de Fisica Figura 1-9 Figura 1-10 A substéncia lustroda 6 iron, (s quimicos podem pegar uma molécula qualquer, como a do aroma das violets, unalisé-las para nos informar 0 arranjo exato dos étomos no espago. Sabemos que a ‘molécula de di6xido de carbono € linear ¢ simétrica: O-C-O. (Isso pode ser determi nado tacilmente,tamubem, por métodos tisicos.) Mesmo para una vasta quantidade de rmoléculas, existente na quiimica, que tem um arranjo atémico muito complicado, hi tum longo ¢ extraordindrio trabalho de detetive para descobrir os arranjos dos tomes. AA hig. L-¥ € uma imagem iustranva do ar nas vizinnangas de violetas; novamente en- contramos oxigénio, nitrogénio no ar e vapor de agua. (Por que existe vapor de égua? Porque as violetas so simidas. Todas as plantas transpiram.,) Entretanto, também en- Ccontramos um “manstro” composto de atomos de carbono, nldrogento e oxigento que se combinou num arranjo particular. Esse é um arranjo muito mais complicado que o do diGxido de carbono; de Fato esse ¢ um arranjo imensamente complicado. Infelizmente, fo podeus Husuay ude que & yulusicaineme sabidg sobre essa mulécula, puryue O artanjo preciso dos étomos € dado através de uma imagem em trés dimensves, enquan- to nossa imagem 6 tem duas dimensbes. Os seis earbonos que formam um anel, nfo ormam um anel planar e sim um tipo de anel “dobrado”. Todos os éngulos edistancias so conhecidos. Ento uma f6rmula quimica é meramente uma imagem da molécula (veja Fig. 1-10). Quando um quimico esereve esse tipo de coisa em um quadro-negro, cle tonta“desenhar” em duns dimensdes. Por excmplo, observamos um “ane” de si ccarbonos e uma “cadeia” de carbonos pendurada numa extremidade, com um oxigenio 1a pentitima posigao, ts hidrogénios ligados ao tltimo carbono, dois carbonos e ts hnidrogenios cotocados aqui, etc. Como 0 quimico descobre qual é o arranjo? Ele mistura garrafas cheias de subs- ‘ncias ese ficar vermelho, isso informa a ele que na composicZo existe um hidrogénio © dois carbonos ligados; por outro lado se ficar azul informa uma outra composicio. Trata-se de um dos mais fantésticas trabalhos de detetive jé realizados ~ a quimica orgdnica. Para descobrir o arranjo dos stomos nessa extraordinariamente complicada eile, 0 \imico examina o que acontece quando ele mistura dhas substincias dife- rentes. Os fisicos nunca acreditaram completamente que os quimicos sabiam do que estavam falando quando eles descreviam arranjos de dtomos. Por cerca de vinte anos {oi possivel, em alguns caso, analisar alguns tipos de molécula (nfo tio complicadas como essa aqui, mas algumas que contém partes dela) através de métodos fisicose foi possivel localizar cada dtomo, ndo olhando as cores, mas medindo onde eles esto. E ‘pasmem! Os quimicos estdo quase sempre certas. De fato, foi descoberto que no aroma das violetas existem trés moléculas ligeira- mente diferentes, que diferem apenas no arranjo de alguns étomos de hidrogénio. ‘Um problema da quimica € como dar nomes as substincias, de forma a saber o que ela €. Achar um nome para essa forma! O nome no deve apenas informa a forma a molécula, mas também deve informar que aqui tem o oxigénio e ali um hidrogénio — exatamente qual é e onde cada étomo esté. Entéo pereebemos que a nomenclatura {quimica deve ser complexa a fim de ser completa, Para perceber como o nome de um {dessas moléculas pode ter uma forma complicada, mostraremos que o nome da estrutu- r1€4,(2,2, 3,6 tetrametil5-ciclohexanil)-3-buteno-2-um e seu arranjo é 0 mostrado na Fig. 1-10. Podemos peresber a dificuldade que o quimico tem e também a razdo desses names tio grandes. Nio & porque eles desejam ser abscuros, mas porque eles tm um problema extremamente dificil que & o de descrever as moléculas em palavras! ‘Como sabemos que existem étomos? Através de um dos truques mencionado at tes: fazemos a hipdtese que eles existem c analisamos se um a um dos resultados saem na forma que predissemos, como eles devem ser se as coisas sao feitas de dto~ ‘mos, Tamém existem algumas evidéneias mais diretas, um bom exemplo disso & 0 seguinte: os étomos so tio pequenos que no podemos vé-los com um microse6pio ‘tieo — de fato, nem mesmo com um microscépio eletrdnica, (Com microscépio 6tico pode-se ver s6 coisas que siio muito maiores.) Agora, se os itomos estio sempre em ‘movimento, como na gua, ¢ colocarmos uma grande bola de alguma coisa na 4gua, ‘uma bola muito maior que os étomos, a bola se movers por af tanto quanto num jogo de empurra a bola, onde uma bola enorme é empurrada por muttas pessoas. las em- ppurram em vrias drogdes e a bola se move no campo numa formal irregular. Entio, dessa mesma forma, a “bola grande” vai se mover por causa das desigualdades das 's de um lado para o outro, de um instante para o outro. Portanto, se olharmos pparticulas mindsculas (coldides) em agua através de uma microscépio excelente, yaremos um movimento perpétuo das particulas, que ¢ 0 resultado do bombarde- to dos dtomos, Isso ¢ chamado de movimento browniano. ‘Além disso, podemos ver evidéncias dos dtomos na estrutura de cristais. Em va- ‘casos, as estruturas obtidas através da andlise de raio X concordam na “forma” ial com a forma encontrada através de cristais como achados na natureza. Os los entre vérias “faces” de um cristal concordam, em segundos de arcos, com os los obtidos na suposigtio que um cristal ¢ feito de muitas “camadas” de étomos. Tudo € feito de dtomos. Isso é a hipstese chave. A hipotese mais importante em a biologia é, por exemplo, que nido que animais fazem, dtomos também fazem. ‘outras palavras, ndo existe nada que os seres vivos fagam que nao possa ser en- fo do ponto de vista que eles sdo feitos de dtomos atuando de acordo com as da fisica, Isso no cra sabido desde o inicio: levaram algumas experimentagdes ¢ des para sugerir essa hipOtese, mas agora ela € aceita e € a Ceoria mais usada /produzir novas idéias no campo da biologia. ‘Se um pedaco de ago ou um pedaco de sal, compostos de étomos uns préximos dos , pode ter propriedades tio interessantes; se a dua — que nio passa de pequenas ‘quilometros e quilometros da mesma coisa sob a Lerra ~ pode tormar ondas € .e produzir impetuosos sons e estranhos padres como o gerado quando ela cai -0 cimento; se tudo isso, toda a vida em uma corrente de gua, pode ser nada mais Jum montao de atomos, 0 que mats ¢ possivel’ Se em Vez de arranjar os atomos em. -padrio definitive que se repete varias vezes ou até mesmo em pequenos agrupa- complexos, como 0 que provoca o aroma de violetas, pudéssemos arranjé-los que seriam sempre diferentes com diferentes tipos de dtomos arrumados de quer forma, mudando-as continuamente, nunca repetindo, quo mais maravilhoso as possibilidades de forma e comportamento das coisas? E possivel que aquela st" que anda de Id para diame de voce, conversande com voce, seja uma grande idade desses dtomos em um arranjo to complexo que confunde a imaginagio 'a0 que pode fazer? Quando dizemos que somos uma pilha de stomos, néo que- msdizet que suinvs meramente ui pills de Stowe, porque wuts pills de toms -nio se repete de uma para outra poderia muito bem ter as possibilidades na qual ve diante de si no espelho. Fisica Basica A Introdugio ste wap, vans exsnina ees is andes ye tien subne fv ~ a des coises como as vemos aualmentc, No vamos dscutr@hiséria de como que todas esis ides sio verdadiras; vamos aprender esses dtalhes no Bo tem. ‘AS coisas com que nos preacupamos na cigneiaaparecem em itimeras formas com uma ahundinci de abuts. Por exemplo, se pararmos na pra eolharmos omar, veromon a gu, ax onan Gunbranday a sep, © sovizecte de aitgho da gua, Som, oar, o vento eas nuvens, 0 ol e o azul do eéue a luz; exist arcia © exsiem rochas de diferentes dureza frmeza, cores texturas. Exitem animals algas, wn dnenge_ ev sherrvaar ne psn: eve mf vt fliridavew prncrmenen Qh quer outro pontonanatareza em a mesma Varedade de cose eifiuencis.E sempre sim tio complicado quanto, sm importar onde sj, A curiosdade exige que faga- 10s Pergunts, qu tenfemos reir coisas e tenemos compreender essa abundincia de spectos como talver reste da agdo de ur nimeroreativamente pequeno de coisas slomentars ¢ forgasatsando em uma varied ifinita de combinagtes Por exemplo: a area € algo que difere das rochas? Ou melhor, sera que a aeia nio passa talver de um grande nimero de pedras muito pequenas? A lua € uma grande ‘ocha? Se entendermos as eochas, também deveriamos entender a arcia¢ a ha? O ‘ento€ uma agitagao do aranalogamente zo movimento de agitao da gua no mar? (Que aspectos comuns tm diferentes movimentos? © que 6 comm em diferentes tpos de sons? Quanas cores diferentes exstem? E asim por diate. Dessa forma, tent tos gradualment analsar odes as coisas, eunir ois que & primeira vista parecer Aiferentes, com a esperanga de talver sermos capazes de reir o nimero de cosss diferentes e assim entendé-las melhor. 'A potas centenas de anos aris, wm méodo foi concebido pars encontrar partes das respostas de ais quest6es. Uoservacdo, rao e experiencia constituem 0 que cha- amos de métodocienfico. Teremos de nos limitar a ume desrigo simplificada de nossa visio bisica do que i vezes&chamao de fsa fundamental, oa idéasFanda- memtls que surgiram da aplicagto do metodo clentico. (0 que queremos dizer por "sompreender” algo? Fodemosimaginar que esse con- Junto complicado de coisas em movimento que constitui “o mundo” seja algo parecido om uma grande partda de nadez jogada pets deuses,¢ nis soos obser adores Jo §jop0. Nao conecemos as regras do jogo: tudo que nos & permitio fazer € observer. Claro que se observarmos por um tempo longo osuficiente, poderemos eventualmente Berenderalgumas regres. Ax regras do jogo soo que queremos dizer por fsca finda ‘ental. Entretanto, mesmo que conheammos todas as Fras, poderemos no entender por que uma jogada espectica foi feita, meramenteporgue isso pode ser muito com Plicado e nocear mentor elo limitadar. Se weed joga nade, dave cabor que 6 és fprender todas 8 regres, porém freqdentemente mito diffi seleionst « melhor {sada ov entender porque um jogador fer aquea jogada, Assim também € a natureza, Aue min mnie sive pdm pdemne ser eopwre, prin mene, ecole tnt as regras, Na verdad, nda no temos todas as regres (De vez em quando, ocore algo como 0 rogue, ue ainda nfo entendemos.)Além de nfo coahecermos todas a rer, © ave realmente podemas explicar em terms dessasregras € muita Hinitad, porque quase todas as sinagbes Soto complicadas que nfo consegumos seguir os lances do {jogo usando as regis e muito menos prever 0 que ir ocorer em seguida. Devemos, Portanto, nos limitar& questo mais hisica das rearas do jogo. Se conhecermos as re: 1, consderaremos que “entendemos" 0 mundo. ‘Como podemos dizer que a8 regras que “supomos" esto realmente certs se no demos analisar muito bem o jogo? Grosseiramenteflando, existem trés mani, a rhe ntroaugao A fisiea antes de 1920 Fisica quanta Nacleos e particulas 22 _Ligdes de Fisica Primeiro, podem existr stuagdes em que a natureza se organizou, ov organizamos & natureza, pra ser simples e par ero poucas partes que conseguimos prever ext mente 0 que ocorrerse. assim. podomos verificr como nossas ress funcionam. (Em tim eanto do tabuleiro tem apenas poucas pegas de xadrez em agao e assim podemos entender exatamente) Uma segunda boa maneia de verificar regres éem termos de regras menos espect- fas deduridas das primeiras. Por exemplo, a regra do movimento de um bispo no ta- buleiro de xadrez € que cle move apenas na diagonal. Pode-se dedi, nao importando aquantos movimentos possam ter sido feitos, que determinado bispo estar sempre em tma cas banca. Assim, mesmo sendo incapazes de seguir os detalhes, podemos sem pr verifcar nossa iia sobre o movimento do bso deseobrindo se ele sempre est fem uma casa branca, claro que obispo estar na casa branca por um longo tempo até de repente descobrinnos que est em uma casa preta(o que aconteceu, na verdade, € aque nese interim ele fo capturado, outro pedo atravessou 0 tabuleir fi promovido a bspo em uma casa peta. Eassim que ocorre na sia, Por um longo tempo, teremos uma regra que funciona exeelentemente de forma geral, mesmo quando nao podemos seguir os dtaes,eentio num certo momento poderemos descobrir uma nova regra Do ponto de vista da sien bisa, 0 fendmenos mais imeressants esti, 6 claro, nos novos momentos, 0 momentos quando as regras nfo funciona ~ no nes momentos nde funciona E esse o camino que descobrimos novas ress. ‘Ateccira forma de saber se nossas ids esto cela € relaivamente grossira, mas provavelmente a mars padeosa de lodas. [slo por meta aprosimagdo. mbo- ra no sejamos capazes de dizer por que Alekhine move esta pepe especifica,talver posstmos entender grossiramonte que ele est reunindo suas pegas 20 redor do rei ara proeg@-f, mais ou menos, uma Vez que est ej cosa mals sensataa fazer nas Cireunstnias, Da mesma forma, podemos mits veres entender anatureza, mais ou ‘menos, sm sermos capazes de vero que cada pequena peta est fazeno, em term0s Gemeente Ge Primeiramente os fendmenos da naturezaeram grosseiramente dividdos em clas- como calor, eletrcidade, mecinica, magnetismo, propriedades das substncias, fenémenos quimicos, nz ou Spica, sis X,fsca clear, gravitagto, fendmenos dos résons, ete Contudo, o objetivo € vera natureza completa come aspectos diferentes de um conjunto de fendmenos. Ess 0 problema atl dafisca trie bi tar as lets por tr cdo experiment; aialganar esses classes, istoricament,fom0s sempre eapazes de amalgamé-las, mis & medida que o tempo passa novas esas G0 descobertas. Vinhamos amalgamando muito bem, quando de repente foram descober- tos o rios X. Eno, amalgamanos um pouco mas eos mésons foram descobertos. Portanto, em qualquer estigio do jogo, isso sempre parece um tanto confuso. Una {grande quantiade ¢ emalgamade, mas sempre existem muitos fos ou inkas pendura- dor em todas as diegBes. Essa ¢«sitvaggo atl, a qual tentaremos descrover “Algunsexemplos histricos de amlgamagio sto os seguntes. Primeiro,conside- emos calor e mecdnica. Quando os somos estio em movimento, quanto mais mo Teenie, ma arlene idten frien, 6 titer cali «wala ohtenr decommaraaitl podem ser descritos plas leis da mecénica, Outatremenda emalgamagao foi a des- ober da relagao entre cltricdade, magnetsmo © lz, os quis foram descobertos como sendo aspectos diferentes da mesma coisa. que chamamos atvalmente de cam- po elerromagnético. Outraamalgamasao € a uifcagio ds fenémenos quimicos, as diferentes propriedades de dterenes substincas e do comportamento das pariculas atéimicas.na mecca audntica da aun. ‘A questo ¢, naturalente, se seré possivel amalgamar edo e meramentedesco- brir que este mando representa diferentes aspectos de ume cosa? Ninguém sabe. Tudo aque sabemos ¢ que, & medida que avangamos,descabrimos que podemos amalgamar Degas e depois descabrimos algumas pegs que nose encaixam e continuamos tenn do montaro quebra-cabega, Se existe um nimero fnito de pegs, 08 mesmo se existe um limite para o quebra-cabeca, sto é naturalmente um mistro, Nunca saberemos a terminarmos o quad, se terminarmos. O que pretendemos Ver aqui éaté onde foi esse processo de amalgamacGo e qual é a stuagéoatual na compreensio dos fendmenos Isic em termos do menor conjunto de prinepios. Para expresso num maneira simples, de que sdo eitas as coisa equantos elements existem? Aisica antes de 1920 E um pouco dificil comesar outrora com a visto atual, entlo primeiro veremas como ols eri yor lta de 1920 e depois ental slg coisis esse LOEN ates de 1920, nossa visto do mundo era alg assim: 0 “paleo” no qual o univers atua © espaco tridimensional da geometria, como descrito por Eucldes,e as coisas mi- civ chunnado tempo. Os elementos wo paleo So purdculas, por exenpla Stomos, que t8m certas propriedades. Primeiro, a propriedade da inércia: se uma culaestiver se movendo, continuars se movendo na mesma diregdo a menos que is alyeu sobte cla. © segundo elemento, enti, ¢ fang, que se pensava sei as variedades:primeiro, um tipo de forga de interaglo enormemente compicads talhada, que mantinha os diferentes stomos em diferentes combinagdes de uma nna complicada, que determinava se sal disslveria mais ripido ou mais devagar indo aumentévamos a temperatura. A outra forga, que era conecida, era um ode longo aleance - uma suave e tranguila atragio ~ que variava iaversamente onal a0 quadrado da distancia e foi chamada de gravitaydo. Lssa lei era co- da e era muito simples. Por que as coisas permanecem em movimento quando cestéo se movendo, ou por que existe uma lei da gravitagio era, naturalmente, i ‘Uma descrigdo da natureza é 0 que nos interessa aqui. Desse ponto de vista, um lds toda a maria ~ € uma quantidade incontavel de particulas em movimento. niles des caiaas que vines quando estévaune scotadbe ua yasia pedo sot iatamente relacionadas. Primeiro, a pressdo: ela resulta das coli dos Stomos m as paredes ou qualquer outra coisa; 0 rumo dos stomos, caso se movam todos na dirogdo em média, & 0 vento: 0s movimento aleatérios inten0s sio 0 aler. stem ondas com excesso de densidade, onde muitas particlas se acumularam, € se dispersarem, empurram pilhas de partculas e assim por diante. Essa onda com cosso de densidade ¢ 0 som. Esse é um progresto complicado de entender. Algumas as coisas foram descritas no capitulo anterior. ‘Que tipos de pariculas existem? Foram consideradas que fossem 92, naquela épo- 92 tipos diferentes de stomos foram descobertos no fim das contas. Els tinhaem mis diferentes associados ais suas propriedades quimicas. [A proxima parte do problema era: quais sto a forgas de euro alcance? Por que strai im oxigénio ou talvez dois oxigénios, mas ndo ts oxigénios? Qual 6 smo de interagio entre étomos? E gravitacional? A resposta é no. A grav por sis6, éfraca demais. Mas imagine uma forga andloga a gravidade, vatian- Jcom 0 inverco do quadrado da distancia, mas enormementa mais poderoce » com na diferenga. Na gravidade tudo atra todo o resto, mas agora imagine que existem espécies de “coisas” e que essa nova forca (que é a forcaetrica, € claro) tem a Priedade de que romethantor re ropelom mat diferentes se atraem. A “soiea” que ga essa forte interaglo & chamada de carga. Entlo, 0 que temos? Suponhamos que temos dois diferentes que se atraema um outro, tim positive outro negative, e que eles s2 grudam muito préximos. Su- amos que temos outa carga ama cera distincia Ela sentria alguma atracdo? sentria praticamente nenhuma, porque se as duas primeira forem do mesmo who, a aeagho de uma e a repisio da outa se balancearo, Partanto,hé pos ima forga qualquer distincia aprecivel. Por outro lado, se chegarmes muito o.com a carga extra, Sursird aragdo, porgue a repulsio das semelhantes e a ata o ca clferentes va tender 8 aproximar as diferentes e empurra as semelhantes ra longe. Eno, a repulstio seré menor do que a aragio. Essa € a razso pela qual ‘tomos, que so constituidos de cargas eléiicas positivas e negativas, sentem imma Forga qian esta separados por uma distincia aprecidvel(afora a grae de). Quando se aproximam, eles podem “ver dentro" uns dos outros erearranjar cargas, de forma a resultar numa interagio fortssima. A base fundamental de interagtn enten an icmnne & eldiion agin ecea fomza € tle grave, teins on tvos e todos os negativos vo normalmente se juntar em uma combinagio tio ima quanto possivel. Todas as coisas, inclusive n6s, somos compostos de fines Bs de pares positive negatives ne interngem encrraementn, dee perfitamen ceadas. De vez em quando, por acaso, podemos expulsar alguns negativos ou 2H4_Lighes de Fisica alguns positivos (cm geral, é mais fil expulsar negativos), e nessas circunstincias| encontramos a forga da eletrcidade desequilibrada e podemos Ver 0s efeitos dessas atragies elétricas Para dar uma idéia ce quo mais forte éa cletrcidade do que a gravitagio, consi- dere dois grios de arcia, com um milfmetro de dimetroe a 30 metros de distincia. Se «2 forga entre eles nao estver equilibrada, se tudo stra todo o resto ao invés de repelit ‘0s semelhantes, de modo que no houvesse cancelamento, quanta forca haveria? Ha- veria uma forga de 17és milhdes de roneladas entre 0s dois! Veja bem, existe pouco, ‘pouguissimo excesso ou deficit do mimero de cargas negativas ou postivas necessérias para produzir efeitos eléticos apreciaveis. Essa €, claro, a razlo pela qual voc® no consegue ver a dferenca entre algo eletricamente carregado ou nio carregado ~ t20 ‘oucas pariculas estio envolvidas que difcilmente fazem diferenga no peso ou no tamanho de um objeto. Com essa imagem, os étomos sio mais féccis de entender. Pensou-se que eles teriam um “nicleo” no centro, que € carregado positivamente e tem muita massa, e & cercado por certo miimero de “elétrons”, que si0 muito leves ¢ earregados negative ‘mente. Agora vamos avancar um pouco em nossa narrativa para observar que no pr6= prio nicleo foram encontrados dois tpos de particulas, prétons e néutrons, quase do ‘mesmo peso e muito pesedas. Os prétons sf eletricamente carregados ¢ 0s néutrons so neutros. Se tivermos um stomo com seis protons dentro do micleo esse esiver cereado por seis eléirons (as particulas negativas no mundo normal da matéria si0 todas elgiruns ¢ esses so muito leves eomparados com os prétons € os néutrons que compoem 05 nicles), ele ser o étomo niimero seis na tabela peri6dia e € chamado de carbono. O tomo nimero oito & chamado de oxigénio,et., porque as proprieda- des quimicas dependem dos elerons de fora ¢, de fato, apenas de quanios elrons existem. Portant, as propriedades quimicas de uma substincia dependem apenas de tum nimero, o niimero de elétrons. (Toda a lista de elementos dos quimicos poderia realmente terse chamodo 1, 2,3, 4,5,ete. Em ver de dizer “carbono” poderiamos dizer “elemento seis” significando seis elétrons, mas € claro que, quando os elementos foram inicialmente descobertos, nfo se sabia que poderiam ser numerados dessa maneira e adicionalmente, iss0faria com que tudo parecesse mais complicado. E melhor ter no mes simbolos para essas coisas, em vez de chamar tudo por um néimero.) Descobriu-se mais sobre aforga etrica. A interpretagao natural da interagio elé- trica € que dois objetos simplesmente se atraem um a0 outto: postivo contra negative. Entretanto, descobriu-se que essa era uma representagio inadequada, Uma represen- tagdo mais adequada da situacdo ¢ dizer que a existéncia da carga postiva, em certo sentido, distoce ou eria uma “condigio” no espago, de modo que quando colocamos uma carga negativa nele, ela sente uma forca. Essa potencialidade de produzir uma forga€ chamada de um campo elétrico, Quando colocarmos um eléiron em um campo litre, dizemos que ola “puvade” Toms ant dine rgrac: (a) eargne prodhizem ‘um campo e (b) cargas em campos t8m forgas que so exercidas sobre elas e se mo- vem. A razio disso se tomar clara quando diseutirmos seguinte fenémeno: se care- sarmos eletricamente um corpo, coma um pente. eem seguida colocarmos um peslagn se papel carregado a certa distincia e movermos o pente para li e para c4, 0 papel Vai reagir apontando sempre para o pente, Se o movermos rapidamente, observaremos que ‘© papel estard um pouco atrasado. haverd wn retardo na aco. (No primeiro estéso. ‘quando movemos 0 pente mais lentamente, encontramos uma complicagao que € 0 ‘magnetismo, lfiuéncias magnéticas esto associadas a cargas em movimento relativo, ‘entio forcas magnéticas foreas elétricas podem realmente ser atribuidas a um campo, como dois aspectos diferentes exatamente da mesma coisa. Uma mudanga no campo lttico no pode existir sem magnetism.) Se afastarmos ainda mais o papel carega- do, o retardo seré maior. Entio, algo interessante € observado. Embora as forgas entre dois objetos earregados devam ser inversamente proporcionais 20 quadrado da dis- tincia, observa-se que quando agitamos uma carga, a influéncia se estende para muito ‘mais longe do que imaginamos a principio. Ou sea, o efeto diminui mais lentamente ‘do que oinverso do quadirado, ‘Aqui esté uma analogia se estamos em uma piseina de dgua e existe uma rolha futuando bem perto, podemos mové-la “diretamente” empurrando a égua com outra solha, Se voo8 olhou apenas para as duas rothas, twdo que verd é que uma se move Jmediatamente em resposta ao movimento da outra ~ existe algun tipo de “interagdo” entre elas, Fsté clara que n que realmente faremns & agitar a gua: a Agua enti aga 4 outra rolha, Poderiamos formular uma “lei” que se empurrarmos a 4gua um pouco, tum objeto préximo na dgua se moverd, Se estivesse mais distante, & claro que a se- ganda rolha se maveria mite ponee, pois desloramos a gua lacalmente. Por entee Jado, se agitarmos a rotha, um novo fendmeno estard envolvido, onde 0 movimento da dgua desloca a égua ali, ete. e ondas se propagario, entio pela agitacdo, existiré uma influéncia de muito maior alcance, uma influéncia oscilat6ria que ndo pode set ‘entendida a partir da interacio direta. Portanto, a idéia de interagao direta deve ser _substitufda pela existéncia da gua ou, no caso eétrico, pelo que chamamnos de campo _eletromagnético. (0 campo eletromagnético pode transportar ondas; algumas dessas ondas so luz, foutras so usadas em sransmissdes de rédio, mas o nome geral é ondas eletromagné- ticas. Essas ondas oscilatérias podem ter varias freqiéncias. A tna diferenca real de ‘uma onda para outra é a fregiéncia de oscilagdo. Se agitarmos uma carga de Ié para cf cada vez mais e mais rapidamente e olharmos os efeitos, teremos uma série inteira “de diferentes tipos de efeitos, todos unificados pela especificagdo de um s6 nimero, 0 nsmero de oscilagdes por segundo. “captacdo” normal das correntes elétricas nos circuitos nas paredes de um prédio tg uma frequéncia de aproximadamente cem ci- ‘los por segundo. Se aumentarmos a freqtiéneia para $00 ou 1.000 quilociclos (1 quilo- Ciclo = 1.000 ciclos) por segundo, estaremos “no ar”, pois essa 2 faixa de freqiéncia uusada para transmissGes de rédio. (Claro que ngo tem nada a ver com o ar! Podemos fer transmissdes de radio sem nenhum ar.) Se novamente aumentarmos a freqiiéncia, entraremos na faixa que é usada para transmissGes em FM e de TV. Indo além, usa ‘mos certas ondas curtas, por exemplo para radar. Ainda mais, e nfo precisamos de tum instrumento para “ver” a coisa, podendo vé-la com o olho humano, Na faixa de freqiiéncia de 5 x 10"*a 5 x 10” ciclos por segundo, nossos olhos veriam a oseilag do pente carregado, se conseguissemos agité-o to répido, como luz vermelha, azul ‘0u violets, dependendo da freqliéncia. As freqlencias abaixo dessa faixa sSo chama- ‘das de infravermelhas, e acima dessa sfo ultavioletas. O fato de que podemos ver ma faixa de freqUéncia particular nfo tora essa parte do espectro eletromagnstico is impressionante do que as demais do ponto de vista do fisico, embora do ponto de vista humano, essa é obviamente a mais interessante. Se aumentarmos ainda mais freqiléncia, obtemos os raios X. Os raios X no passam de luz de frequéneia muito it. Aumentando ainda mais, obtemos os raios gama. Esses dois termos, raios Xe jos gama, so usados quase como sinénimos. Geralmente, raios cletromagnéticos ‘advindos de nicleos s2o chamados de raios gama, enquanto que os de alta energia de 3 so chamados raios X, mas 8 mesma frequéncia sao fisicamente indistinguf- , no importando qual seja a fonte. Se formos para freqiéncias ainda mais altas, abel 2-1 Oespectoeletromagnético Fegocia em Comporamento oseilgoevs Nome aproximado 10 Tnerferéncia lien Campo S10! 10" ‘Transmisto de risio 10 FMV aie 10 Rada 5x 10%= 1 Luz 10 Raios X 10" aos 7 meleares — 10" Raios y, “artficiais Ww" ats em raios c6smicos 26 _Ligdes de Fisica digamos, 10% ciclos por segundo, verficamos que podemos produzir ais onda artfi cialmente, por exemplo com o sfncrotron aqui em Caltech, Podemos encontrar ondas ¢letromagnéticas com freqiléncias estupenclamente ats com oscilagio até mil vezes mais répida ~ nas ondas encontradas em raios césmicos. Essas ondas no podem ser ‘controladas por nés. 2-3. Fisica qudntica ‘Tendo apresental a idéia do campo eletromagnético e que esse campo pode transpor- tar ondas, ogo aprenderemos que essas ondas na verdade se comportam de uma forma ceranha que parece muito ndo-ondulatéra. Em alas freqincias, clas comportam-se ‘muito mais como particulas! fa mecdnica quantica, descoberta logo apos 1920, que explica ese comportamentoestranhe. Nos anos anteriores a 1920, a imagem do espa $9 como Uidimensioual ¢ do tempo como alge sepavaly fut wliicala pox Tse primeiro em uma combinago que chamamos espaco-tempo e depois em um espago- tempo curvo para represeniar a gravtaglo. Eto, o “palco” muda para espago-tempo 8 gravitagio ¢presumivelmente umna modifcas3o do espago-empo. Depuis, ten {oi descoberto que as regras para os movimentos de particulas estavam incoretas. As regras mecinicas de “inércia e “Forgas” esto erradas ~as leis de Newton esto erra- dus ~ ny muuuto doy atwinos. Au vont, Oo User Yue as Css mn UHI ESCA ‘pequena comportam-se de forma nada semethante is coisas em uma escala grande. E ‘sso que torna a fisic dificil -e muito interessante. E difieil porque o modo como as coisas se comportam em tuma escala pequena ¢ completamente “antinatural”; nds nao temos expericia dreta com sso. As coisas se comportam como nada que conhece- ‘mos, assim é impossivel descrever esse comportamento de outra forma que no sejaa snatitica, 10 ¢ dificil e requer mutta imaginaceo ‘A mecdnica quantica tem vérios aspectos. Em primeiro lugar, a idéia de que uma partcula tem uma localizagao definida e uma velocidade definida no € mais permiti- da; esta errada. Para dar um exemplo de quao errada est a fisicaclssica existe uma regrana mecdnica quantica que iz que no se pode saber ambos, nde algo estéc com due velocidade se move, simultaneamente. A incerteza no momento e a incerteza na ‘osigo sfo complementares¢ 0 produto das dus € constant. Podemos eserever ale desta forma: Ax Ap 2 v2, mas itemos explicé-la detalhadamente depois. Essa regraé -2explicagio de um paradoxo muito misteioso: se os étomos slo compostos de cargas Posiivas © negativas, por que as cargas negativas simplesmente no ficam sobre as carga positvas (elas se araem muruamente ese aproximam tanto gue até se canee- larem completamente? Por que os étomos so to grandes? Por que 0 micleo esté no centro com os elétrons ao redor? Pensou-seinicialmente que era devido a0 ncleo ser to grande; mas no era, pois 0 ncleo € muito pequeno. Um stomo tem um diimetro de cerea de 10° cm. Onicleo tem um difmetro de cerca de 10°” em. Se tivéssemos um ‘tomo equiséssemos ver onécleo, terfamos de amplié-o até que todo o tomo tives- se otamanho de uma sala grande mesmo assim, 0 ncleo sera um pontnh que mal se conseguiria enxergar a olho nu, mas quase tada 0 peso do étomo esténesse mile infinitesimal. O que impede os elétoas de simplesmente colapsarem? Este principio: se cls estivessem no nicle, saberiamos suas posigSes precisamente e o principio da incetezaexisiriaentdo que eles tivessem um momento muito grande (mas incer- 10) isto € uma energia cinética muito grande. Com essa energia, eles escapariam do nicleo. Eles fazem um compromisso: eles deixam para si um pouco de espaco para «ssa incertezae com isso se agitam com a certa quantidade de minimo movimento em concordéncia com essa regra. (Lembre-se de que quando um cristal é esriado a 2er0 absoluto,dissemos que os étomos nio param de se mover, eles continuam dangando. Por qué? Se eles parassem de se mover. saberfamos onde estariam ¢ ave teriam mo. ‘mento nulo, © que contraiariao prinipio da incerteza. Nao se pode saber onde eles «sto © quo rpido se movem, portanto eles devem estar em continuo movimento!) Ovtra mudanga bastante interessante nas ideias © na ilosofia da ciéncia trazida pela meefinica quanta é essa: néo é possivel prever exatamente 0 que acontecerd ‘em qualquer circunstincia. Por exemplo, ¢ possivel arumar um étomo pronto para ir uz e podemos medir quando emitu luz captando uma partcula de ton, que escreveremos em breve. Porém no podemos prever quando emitiré a uz ou de vé- 0S diomos qual dees o ard. Pode-se dizer que isso se deve a cenas “engrenagens” smas que ainda nio examinamos com detalhamento sufciente. NSo, ndo existem ugens internas; a natureza, como a entendemos hoje, comporta-se de tal modo fundamentalmente impossivel Fazer uma previsto precisa do que acontecerd nce em um dado experimento,Iss0 € algo horivel; de ato, 0s fil6sofos air am antes que um dos requistos fundamentais da eigneia € que, sempre que se fabelecem as mesmas condighes, deve ocorrer a mesma coisa. Isto simplesmente 0 verdade, essa ndo é uma condicao fundamental da cincia.O fato é que a mesma isa nfo acontece, que sé podemos encontrar uma médiaestatistca, do que acontece. ontudo, a cigncia nao desmoronou por completo. Os fldsofos, consequentemente, em muita coisa sobre o que € absolutamiente necessario para. a ciéneia eé sempre, clo que se pode ver, bastante ingnuo e provavelmente errado, Por exemplo, um ou filésof diz que ¢ fundamental para o avango cienifico que, se tm experimento ‘realizado, digamos, em Estocolmo, ¢ 0 mesmo for repetido em, digamos, Quito, 3s mesmos resultados devem set obtidos. Isso € falso, Nao é necessério que a ciéncia isso; pode até ser um fato experimental, mas nio € necessério, Por exemplo, se ‘experimento for olhar para 0 o&u e observar& aurora boreal em Estocolmo, voce o a veri’em Quito; é um fendmeno diferente. “Mas” voe® dirs, “iso € algo que se 120 ambiente externa; ¢ se voc® se trancar em uma sala em Estocolmo e fechar ina, obte alguma diterenca’”” Certamente. Se pegarmos um péndulo em uma universal, empurrarmos eo deixarmos oscilar,entdo ele oscilaré quase em um sno, mas néo exatamente. Lentamente, o plano iri mudar em Estocolmo, mas 380 ® bit As cortnas também esti fechadas. O fato disso acontecer nao implica na igo da cigncia. Qual éa hipétese fundamental da cigncia, a filosofia fundamen- 'Nés a enunciamos no primeiro capitulo: o tnico teste de validade de qualquer a é experimento. Se for revelado que varios experimentos funcionam da mesma rma em Quito e em Estocolmo, eto esses “vatios experimentos” sero usados para lar alguma lei geral eaqueles experimentos que nfo funcionaram da mesma for- atremos que fot resultado do arlene pero de Estocolmo, Iaventaremos algum Jo de resumir os resultados do experimento ¢ no precisamos ser informados de do como serd. Se nos disserem que o mesmo experimento sempre dard o mesmo sual, tudo bem, mas se quando tentarmos isso ndo ocorrer, endo ndo ocorte. nas temos que reunir que vemos e depois formular todo 0 resto de nossasiias fermos de nossa experiencia real. ‘Vollanly uovameute & meciuica quiaica © & Fisica fundamental, a podesnos nos detalhes dos principios da mecdnica quantca agora, é claro, porque si0 cane difceis de compreender. Vamos assumir que eles existem e vamos prosse- ra descrever quais so algumas das conseqiéncias. Uma das conseqUéncias € coisas que costumvamos considerar como ondas também se comportam como feulas, e particulas se comportam como ondas; na verdad, tudo se comporta da 3a mancire. Nao existe dining cutee wina onda © wine particula, Assis a sie~ sea quntca unifica aida do campo e suas ondas e as partculas em uma idsia 56. erdade que quando a freqiéncia é baixa, o aspecto de campo do fenémeno & mais dente, ou mais stil como uma deserigdo eproximada em termos das experiéncias dis-a-dia. Mas com o aumento da freqlencia, os aspectos de partiela do fend- no tornam-se mais evidentes com 0 equipamento com que costumamos fazer as das. Na Verdade, embora mencionéssemos vires freqUéneias, nenhum fendmeno olvendo diretamente uma freqiéncia, acima de cerca de 10" ciclos por segundo, detectado. Apenas dedusimos as freqhncias maiores da energia das particulas de uma regra que assume que a idéia de particula-onda da mecdnica quantica ida Assim, femos uma nova visio da interagioeletromagndtica. Temos um novo tipo fla porsadicionar oo elston, 20 pron © a0 nbutron. Brea nove parol & jada de foton. A nova visio da interago de elétrons e prtons que &teoraeltro- genética, mas com tudo corrigido quantum-mecanicamente, é chamada de elero ica quintica, Bsoateoria fundamental da interagdo do lua © matéra, ov campo Fisica Bisica_ 247 2B _Lighes de Fisica leticoe carga, nosso maior sucess até agora na fisica. Nessa nica teora, tomes as regas bisicas para todos 0s fenémenos comuns, exceto para gravitacoe processos nucleares. Por exemplo, da eletodindmica quintica vém todas a eis elércas, mec nicas e quimicas conhecidas: as les para a colisio de bolas de blhar, 0 movimento de ios em campos magnéticos, 0 calor espectfico do monsxido de carbono, a cor de letreiros de néon a densidade do sal eas reagbes de hidrogénio eoxigenio para formar ‘gua sio todas conseqiéncias dessa lei especifca. Todos esses detalhes podem ser anae lisados sea situagio for suficientemente simples para que fagamos uma aproximacio, que ace mnea acne. mas feqeniemente podem compwrender male ot meno o que esti acontecendo. Até presente momento, nenhuma excesio foi encontada 3s leis da eletrodindmica quantica fora das nicleos,e li ndo sabemos se hd uma excecto, prque simplesmente no sabemos a que ests acontecendo no niles. Em prineipi, enti, a eletroginimica quintica € a teoria de toda a quimica e da vida, se a vida for fundamentalmente reduzida & quimicae, portanto, simplesmente 2 fisca, porque a quimica jé est reduzida (a parte da fsica envolvida na guimica jf sendo conhecida). Além disso, a mesma eletodindmica quintca, essa maravitha, prexé muitas coisas noves. Em primeiro lugar, ela diz as propriedades de fotons de ata cnergia,raios gama, etc, Previu outra coisa notéve: além do elétron, deveria haver outa paticula de mesma massa, mas de carga oposta, chamada de pésitrn, eas duas, 20 se encontrarem, deveriam se aniguilar uma a outra com a emissio de luz ou raios gama, (Afinal, uz © raios gama sio a mesma coisa, cles so apenas pontos diferentes em uma escala de freqizaci.) A generlizagio disso, que para cada paricula existe uma antiparticula, se evela verdadeira. No caso dos elétons, a antiparticula possui coutro nome ~ ela € chamada de pastron, mas para a maioria das outas pasticulas € chamada de antiflana, como antpréton ou antinéutron. Na eletrodindmica quantica, dois nimeros so colocados e a maioria dos outros ntimeros do mundo resultam des- ses. Esses Wo diieios eulvcalos sao chasiados de massa uo eleuon © & carga do eléton, Na verdade, sso nto é totalmente verdadeiro, pois temos todo um conjunto de meres na quimica que nos informam © quo pesados so os nlclos. Isso nos leva ‘proxima pan. 24 Niicleos ¢ particulas De que € const 0 nicleo e como el fea coesa? Foi descoberto que a coesio do rnicleo se deve a frgas enormes. Quando liberadas, a energia € muito maior compa- rada com a energia qmica, na mesma propor da exploo de ma bombaatémica para uma explosto de wma TNT, porgus,€ claro, a bomba atémice diz rexpeito a ‘mudangas dentro do lleo,enquanto que &explosdo de TNT diz respeito a mudangas dos elgrons no exterior dos domes. A questo é: quai sf 2s foreas que segura os prcons os néutons unis no mileos? Assim como aineragi eri poe se Sociada a uma paula, um féton, Yukawa geri que as Forgas entre néutonse pro tons também tém alguma espécie de campo e que quando esse campo se agia ele se comporta como uma particu. Portanto, podriam exist outras particu ao mundo além de prétons e néurons, eee foi capaz de deduzir as propriedadesdesss partculas a partir ds carateristcas j conhecdas das frgas nucleus. Por exemplo, ee reviu «qe deveram ter uma massa dzentas ou trezentas veres maior que ado eléron:e veja 536 que nos raios odsmicos foi descoberta uma particula com a massa crta! Mas mai tae foi descoberto que aa partculaerrada. Fla foi chamada de méSon fv mon Eniretanto, ouco depois, em 1947 ou 1948, outraparticula ft enconrada, 0 mé- son ou pion, que stisfe7ocriério de Yukawa, Portanto, alm do prton edo neutron, para obter forgas nuclearesprecisamos acrescentaro pion. Agora voce diz: *Otimo! Com essa teoria fazemos a ncleodinaica quntica usando os pons exatamente como ‘Yukawa queria fazer, veremos se funciona e tudo seréexpicado." Que azar. Acontece «ue os cleus envolvidos nessa teria so to difces que ninguém jamais conseguiu descobrc quis io as conseqigncias da eoria ou Verificd-a experimentalment, e850 vemse estendendo por quasevinte anos! Fisica Bisica_2-9 Enido estamos emperrados com uma (eoria € nlo Sabernos se ela esd certa ou er ‘Tabela 2-2 “rada, mas sabemos que ela esté um pouco errada ou pelo menos incompleta, Enquanto Particulas elementares vamos vagando teoricamente, tentando calcular as conseqiiéncias dessa teoria, 0s | Massa em AAgrupamento {sicus experimentais tu Feito algunas descobertas. Por exeumpl eles jé avian dese _ G2 “coberto esse méson 1 ou mon, e ainda no sabemos onde se encaixa. Adicionalmente, 0s raios c6smicos, uma grande quantidade de outras particulas "extras" foi encontra- It Aué hoje forau descobestas ceica de uinta pasticulas e € muito difieil entender as Bes de todas elas, ¢ © que a natureza quer delas ou quais so as conexes entre Nio compreendemos hoje essas varias particulas como aspectos diferentes da iia wisa, © v fal de (ers tates pautivulas Uestomass € wa vepresciayau dy J de que temos tants informagSes desconexas sem uma boa teoria. Apés os grandes ucess0s da eletrodingmica quantica, existe uma certa quantidade de conlecimentos da, nuclear que sio conhecimentos aprosimados, uma espécie de mei experiénecia, ‘meia teoria, assumindo um tipo de forga entre protons e néutrons, ¢ vendo © que tecerd, mas sem realmente entender a origem das forgas. Além disso, fizemos ah ih a oe Buissimo progesse. Colotamos um timere enorme de elementos quimicos. No te ot od go da quimica rapidamente apareceu uma relagd entre esses elementos, que era nesperad,e que tomou corpo natabelaperiédia de Mendeleev. Por exemplo sao 0 poissio «Zo quasesemelhantes em suas propiedades quimicn se encontrar na wire a ‘coluna na tabela de Mendeleev. Temos procurado uma tabela como a de Men- pleev para as novas particulas, Uma dessas tabelas das novas partculas foi preparada dependentomente por Gell Mann, nos Estados Unidos, « Nishijima, no Japa. A base 3s classificagSes é um novo mimero, como a carga elética, que pode ser aribuida da paricula, chamada de “estranheza", S. Esse nfimero é conservado, como a carga, ca, em reagiee que ovorrem devido as Forgas nucleate [Na Tabela 2-2, esto listadas todas as particulas. Nao podemos discut-las m este estigio, mas a tabela mostrar pelo menos o quanto no sabemos. Abaixo de cada particula estd sua massa em uma certa unidade chamada MeV. Um MeV ¢ igual 1,782 x 10” gramas. A razio da escola dessa unidade € histrica e no a discutire- is agora. As particulas mais massivas foram colocadas na parte superior da tabela: 3 que um néutron e um préton tém quase a mesma massa, Nas colunas verticais, olocamos as particulas com mesma carga elétrica, todas as partculas neutras em uma, Soluna (a do meio), todas as positivamente carregadas & diteita da primeira e todas as epativamente carregados esquerda. ‘As particulas so mostradas com uma linha cheia e as “ressonincias” com uma li- pontilhada. Vrias paticulas foram omitidas da tabela, Elas incluem as importan- particnlas de massa zem e carga 7ern, 0 féton #6 sxviton, que no se engquadram tema de classificaco bérion-méson-Iépton ¢ também algumas das ressonancias is novas (K*, 9, 7). As antiparticulas dos mésons sio listadas na tabela, mas as partculas dos Iéptons e dos biions teriam de ser listadas em outra tabela, que eceria exatamente igual a essa refletida na coluna de carga zero. Embora todas particulas, exceto elétron, neutrino, foton, gréviton e préton, sejam instéveis, os odutos da desintegragio s6 foram mostrados para as ressondncias. A atrbuico da heza nao é aplicdvel aos léptons, uma vez que eles nio interagem fortemente om nicleos, Todas as particulas que esto juntas com os néutrons e os prétons sto chama- de bérions e as listadas a seguir existem: “lambda” com massa de 1154 MeV e outras chamadas de sigmas, negativa, neutra e positiva, com varias massas quase is. Existem grupos ou multipletos com quase a mesma massa. com 1% ou 2%. da particula em um multipleto possui a mesma estranhez. O primeiro multipleto €0 pleto préton-néutron, depois vem um singleto (lambda), depois tripleto sigma e, f- nte, 0 dubleto xi. Muito recentemente, em 1961, algumas novas partculas foram. sabertas, Ou sero mesmo particulas? Elas tém vida to breve, desintegrando-se instantaneamente assim que se formam, que no salemos se devem ser conside- ss como novas particulas ou algum tipo de interacZo de “ressondncia” de uma certa, ergia definida entre os produtos Ae x em que se desintegram, Adicionalmente aos bérions, as outras partculas, que sio envolvidas na intera- o nuclear, sfo chamadas de mésons. Primeiramente existem os pfons, que vém em a a & # a4 SiON & md th SRS 210 _Lighes de Fisica urs variedades: positivo, negativo e neuro: eles forma outro multiplet, Também Tempo e Distéincia 1 Movimento jcabeca de alguém. A maior parte dos argumentos foram apresentados por Atistote- £ outros fildsofos gregos, foram tidos como “demonstrados”. Galileu era eético ‘uma experiéneia com movimento que foi essencialmente o seguinte: Ele deixou bola rolar rilho abaixo sob um plano inclinado e observou © movimento. Ele, tanto, no apenas observou; ele mediu qué longe a bola foi em quanto tempo, ‘A forma de medir a distancia era bem conhecida muito antes de Gealileu, mas no forma precisa de medir tempo, particularmente tempos curtos. Embora ele tenha jetado posteriormente rel6gios mais satisfatsrios (ainda bem diferentes dos que co- -m0s), 0 primeiro experimento de Galileu sobre movimento foi feito usando seu 30 para contar iguais intervalos de tempo. Vamos fazer 0 mesmo. Vamos contar as batidas da pulsago enquanto a bola rola trlho abaixo: “um. ts... quatro... cinco... eis... Sete... oito..”, Pedimos a um amigo para fazer ppequena marca na localizagao da bola a cada contagem nossa: ento podemos ira distdncia que a bola viajou do ponto em que foi iberada para o um, ou dois, ou etc, em intervalos de tempo iguais (Figura 5-1). Galileu colocou os resultados de ‘observacdo da seguinte forma: se a localizacdo da bola estiver marcada por 1, 2, 3, - unidades de tempo desde o instante em que fot liberada,essas marcas estaro di do ponto inicial em proporgdo aos nimeros 1, 4, 9, 16,... Hoje em dia, dirfamos a distancia & proporcional ao quadrado do tempor Dat do movimento, que € a base de toda a fisica, trata das questdes: onde? E ‘Tempo considera primeiro o que entendemos por tempo. O que é tempo? Seria legal hssemos uma boa definigio para tempo. O diciondrio Webster define “um tee como “um periodo” e esse tltimo como “um tempo", isso néo parece ser de muita dade. Talver devéssemos dizer: “Tempo é 0 que ocorre quando nada mais esti 10". O que também nio nos leva muito longe. Possvelmente isso tio bom se encararmos 0 fato de que tempo € uma das coisas que provavelmente no smos definir (no sentido de diciondio) eanenas dizer ave ele €.o que i sabemos € o quanto esperamos! que realmente importa ndo é como defnimos tempo, mas como nés 0 medimos. forma de medir tempo €utlizando algo com o qual acontecem coisas que se repe- de forma regular ~algo que seja periddico, Por exemplo, um dia. Uma dia aparen- Me Se repete sempre. Mas quando comegamos a pensar sobre iso, alguém pode intar: “Os dias sio periddieos: eles so reculaes? Todos os dias t&m o mesmo Faure 5-1 fe capitulo vamos considerar alguns aspectos dos conceitos de tempo e distancia Movimento i enfatizado anteriormente que fisica, como todos as outras ciéncias, dependem da 1 srvacdo, Pode-se também dizer que o desenvolvimento da cigncia fisica na sua bees cente forma tem dependido em sua grande maioria na énfase que tem sido dada em ‘Tempos eurtos a observacio quanttativa. Apenas com observagdes quantitativas alguém pode a gar a relagdes quantitativas, que so © coragio da fisica an “Muitas pessoas gostam de colocar 0 comego da fisica no trabalho feito 350 anos Unidades e padries de tempo por Galileu ¢ de chamé-lo de primeirofisico. Até aguele tempo, o estudo do mo- Distinctas longas nto foi do tipo filos6fico, baseado em argumentos que poderiam ser imaginados a Cortes Distincias curtas Uma bola roo tho baixo 5.2_Ligies de Fisica taunt?” Certamente, sabe-se que os dias uo verdo S30 ais longus que uy invern, £E claro que, alguns dias no inverno parecem ser terrivelmente longos se estamos chi teados, Voc® certamente jg ouviu alguém dizer: “Bem, esse foi um dia longo!” Aparentetente, enue, os das sao yusse Uo mes waa na med, Exist alguma forma com a qual podemos testar se 0s dias tém o mesmo tamanho ~ de um dia para o outro ou pelo menos na média? Uma forma é comparar com outro fenémeno petiddicu, Vamos ver como il comparagio pode set feta con wuss aunpullieta, ‘uma ampulheta, podemos “eriar” uma ocorréncia periddica, se alguém ficar parado a0 Indo dela, dia noite, virando-a sempre que o dhtimo grio de areia ear. Poueios, euido, coma us vinadis dis supullicts Ue uaa unaula prss a segue ‘Vamos achar, desta vez, que o nimero de “horas” (isto &, de viradas da ampulheta) ro & 0 mesmo para cada “dia”. Deverfamos desconfiar do Sol, ou da ampulheta, ou dde ambos. Depuis de pensatmos um pouco, pode passat ent nossa cabeya de cunt ats ‘noras” de meio-dia a meio-dia. (Meio-dia ndo & definido aqui como 12 horas, mas sim instante em que 0 Sol esté mais alto no c&u.) NOs acharemos, desta vez, que o nsimero Uc “tau” Uc eta dia €u est Agora temos seguranga que as “horas” e os “dias” tém uma periodicidade regula, isto 6, maream sucessivos intervalos de tempo iguais, apesar de no termos provado gue nenhum deles ¢ “realmente” periédico. Alguém pode questionar se no poderia existir um ser onipotente que diminuiria o fuxo de areia toda noite e © aumentasse durante o dia. Nosso experimento nfo responderia a esse tipo de questio, € claro. Tudo que praleius dizet & yue @ egulatidade Ue uae das coisas 9 ajusta wv a iegulavidad da outra. $6 podemos dizer que baseamos nossa definigdo de tempo em repetigses de algum evento aparentemente peridico. 5.3 Tempos curtos Devemos notar que no processo de checar a reprodutbilidade dos dias, tivemos um {importante subproduto. Achamos uma forma de medir, mais precisament,fragdes de ‘um dia, Achamos uma forma de contr o tempo em pedagos menores. Podemos esten der esse processo e aprender a medir intervalos de tempo ainda menores? Galileu concluit que um dado pénduto sempre balanga para frente e para trés em {ntervalos igus de tempo to longamente quanto © tamanho do balango seja mantido pequeno, Um teste comparando o nimero de balangos de um péndulo em uma “hora” mostra que isso é de fato verdadeir. Entio, dessa forma, podemos marcar fragSes de horas. Se usarmos um dispositive mecdnico para conta os balangos — © manté-los continuamente ~teremos oreligio de pénulo do nosso av6. Concordamos gue se nosso péndulooscla 3.600 vezes em uma hora (ese existem 24 horas em um dia), devemos chamar © periodo desce péndulo de um “ragundo" Entdo dividimos nossa unidade de tempo original em aproximadamente 10° partes, PPodemos aplicar 0 mesmo principio para dividir o segundo em partes menores € me- ores, Voo8 vai poroober, quo iso © & pritico, om fazer péndulos mecinicoe que sejam arbitrariamente mais répidos, mas podemos, agora, fazer péndulos elétricos, cchamados de osciladores, que podem fornecer ocorréncias periddicas com um periodo bem pequeno de balango. Nesses osciladores eletrinicos, existe uma corrente elgriea que balanga de um lado para outro, de forma ansloga ao balango do prumo de um péndulo. Podemoz fazer uma série descee onciladorve létriooe, cada um com wm perfodo 10 ve7es menor que o anterior. Podemos, também, “calibrar” cada oscilador com 0 ‘proximo mais lento contando 0 niimero de balangos que ele faz, para um balango do ‘ofcilador mais lento. Quando o perfodo de oscilagao do nosso reldgio é menor que uma fragdo de segundo, nio pademos contar as oscilagSes sem a ajuda de algum dispositive {que expanda nosso poder de observacdo. Um dispositivo deste tipo é um oscitosc6pio de fine cletrGnico, que atua como uma sepsis de microredpio para tempor curtoe Exse dispositive desenha numa tels fluorescente um gréfico da comrente elétrica (ou voltagem) versus tempo. Conectando o osciloscépio em dois de nossos osciladores em seqdncia, de forma que ele desenha primeiro um grifico de uma corrente em um dos adores ¢ depois a corrente no outro, teremos grificos semethantes os da Figura 2, Podemos determinar prontamente © nimero de periodos do oscilador mais rapido um perfodo do oscilador mas lento, ‘Com téenicas eletrénicas modernas osciladores tm sido construdos com perfo- to pequenos quanto cerea de 10” segundos e eles tém sido calibrados (por méto- /comparativos como esse que descrevemos) em termos da nossa unidade padrio de 0 segundo, Com a invene20 aperfeigoamento do “laser, ou luz amplificada ‘ttimos anos, se tomou posse! fazer osciladores com periodos ainda menores que F segundos, mas ainda ndo foi possvelcalbré-los com métodos, que jé descreve- apesar de que isso nto seré mais uma incerteza brevemente. “Tempos mais curtos que 10° segundos tém sido medidos, porém com uma tec- logia diferente, De fato, uma defniao diferente de “tempo” tem sido usada. Uma a tem sido observar a distancia entre dois eventos de um objeto em movimento. por exemplo 0 fais de um carro em movimento si ligados depois desigados, sos descobrr quanto tempo aIvz fou ligada se conhecemos onde eles foram Js e desligados e quao ripido o caro esti se movendo. © tempo ¢ & distincia na a luz estava ligada dividida pela velocidade Nos sitios anos, esse tipo de técnica foi usado para medir tempo de vida do con, Auraves da observagdo num mlcroscoplo, © minuto de Faso Uetxado en emulsio fotogritia, na qual um méson foi criado e se diz que ele (0 méson <6 conhecido por viajar com uma certa velocidade prima a da luz) percorreu uma nel de werca Ue 10” meus nana, es de se Uesintegra. le existe px cee ie apenas 10" segundos. Deve-se enftizar aqui, que foi usada uma definigdo um 0 diferente de “tempo” da anterior. Eno, desde que no exisainconsiséncia em 9 nyaceide, ws seuninis savareliente Luan Ue Yue uvssas Ue ides suficentemente equivalentes Ampliando nossastéenicas ~ se necessério nossas definigdes ~para ainda mais ac, podcmos infer o tempo de duraydo dé fendmenes fisicos ainda mais répidoo sos falar do periodo de vibracio de um nicleo, Podemos até falar do tempo de de estranas ressonncias(paniulas)recentemente descobertas e mencionadas ‘Capitulo 2. A existéncia completa dels ocupa uma extenslo de tempo de apenas Segundos, aproximadamente o tempo que a luz (que se move com a maior velo ‘que conhecemos) evaria para eruzar © nileo de Hidrogénio (0 menor objeto lconhecemos). ‘Que tal tempos ainda menores? O “tempo” existe numa escala ainda menor? Faa ido falar em tempo menor se ndo podemos medio — ou talvez nem mesmo pensar atamente sobre ele ~algn qe arora em i tempo to ruta? Talve7 nfo. Existem mas questdes em aberto que voo® estar se perguntado ¢ talvez respondendo nos Jos vinte ou tinta anos. ‘Tempos longos considerar agora tempos mais longos que um dia. A medida de tempos longos I; 86 precisamos contar os dias ~ tio longo quanto exista alguém por perto para ar acontagem. Primeiro, descobrimos que existe uma outra periodicidade natural 9, cerca de 365 dias. Também descobrimos que a natureza, algumas vezes, tem eionado a contagem dos anos, na forma de anéis nos troncos das drvores ou se fos no fundo de rios, Em alguns casos, podemos usar essas marcas naturais para ar o tempo que se passou desde que algum evento aconteceu anteriormente ‘Quando nao podemos contar os anos para a determinacao de um tempo longo, sos olhar outras formas de medida. Um dos méiexios mais bem sucedidos é usar adioativos como um “relégio". Nesse casos, no temos uma ocorréneia per Como 0s dias ou 0s pEndulos, mas um novo tipo de “regularidade”. Descobrimos 4 radioatividade de uma amostra material, em particular, diminui com a mesma Zo em iguais incrementos sucessivos de tempo na sua idade. Se fizermos 0 grafico ‘adioatividade observada como uma fungio do tempo (digamos dias), obteremos curva como a mostrada na Figura 5-3, Observamos que se a radioatividade di- ‘Tempo e Distincia_ 5-3 MOTT Wy iM PARRA RORORA RE ROS RE! Co Figura 5-2 Duos telat de um otcilosebpio. Em [ef escioscésio ost6 conectade 0 um osclodor, fem [b) est6 conectado em outto asclador com um petiode de um décimo da primeira, rr TY Figura 5-3. © decaimento ne tempo de rocize: tividede, A afvidode decresce & metade em coda tempo de "meiawide’, T 54 Lighos de Fisica TEMPOS MEL. ANOS SEGUNDOS VIDA DE Te 10" |idade do Universo dade da Tern ue 1 10" 10 Homan mais niga 10% |Idade dos piedmides a rot lode dos CUA 10" | Vide de urn homem # 1 0! Um dio 10° | Aluz oi do Sol pore a Terra Néutton 1 | Ume batide de coragio 10" | Poriodo de ume onde sonora 10" | Periodo de ume onda de régio Mon Mésons 2 10 | Aluzatravessando um palmo 10" | Periodo de rotogbo de moldeulas 10" | Periodo de vibragso de étomos Mésons 2 [Aus atavessendo um dtomo Petiodo de vibrogBo de nicleos 10 | Aluz atavessando um nicleo Portcule estranho eae rminui para a metade em T dias (chamado de tempo de “meia-vida”), entdo ele iri ddiminuir para um quarto em uma outra quantidade de T dias, e assim em diante. Em um intervalo de temnpo rarbitririo existem #/T “meias-vidas” e a fragdo restante depois esse tempo 16 de (1/2) ‘Se soubgssemos que um pedago de matéra, digamos um pedago de madeira, con. tém uma quantidade A de material radioativa quando ele foi criado e descabrimos ‘através de uma medida direta que agora contém uma quantidade B, ent podemos ‘ealeular a idade do objeto, 1, resolvendo a seguinte equagl0 (@? = BA Felizmente, existem casos no qual podemos conhecer a quantidade de material radioativo que tinha num objeto quando ele foi criado, Sabemos, por exemplo, que ‘© didxido de carbono no ar tem uma certafracio pequena do is6topo de carbono C™* radioativo (suprido continuamente através da agdo dos raios césmicos). Se medirmos © total de carbono contido num objeto, sabemos que uma certa fragio dessa quan- tidade foi originalmente C! radioativo; sabemos, portanto, a quantidade inicial A para usar a equacio acima. C™ tem uma meia-vida de 5 mil anos. Com experimentos. cuidadosos, podemos medir quantidades restantes apés até 20 meias-vidas aproxi- madamente e, desta forma, podemos “datar” objetos orgénicos que eresceram a 100) mil anos atrés, Gostariamos de saber, € acreditamos que sabemos, datar coisas ainda mais velhas. Muito de nosso conhecimento é baseado na medida de outros isstopos radioativos que {ém meias-vidas diferentes. Se fazemos medidas com um is6topo com meia-via mais Tonga, entdo somos eapazes de medir tempos mais longos. Urdnio, por exempl, tem! um isdtopo cuja meia-vida é cerca de 10° anos, entdo se algum material foi formado: de urénio em 10” anos atrés, apenas a metade do urinio deve restar hoje. Quando 0 rinio se desintegra, ele se transforma cm chumbo, Consigere um pedago de roche ue foi formado muito tempo ats por alguns processos guimices. Chumbo. sendo de ima natrezaquimica diferente do urino, deveri apareer em um pedago da rocha € io deveriaaparecer em outro pedago da rochs.O urn eo chumbo devem estar parados. Se olharmos aguelepedaco de rocha hoje, onde antes s6 inka rénio, va- os encontrar uma cera frag de urn e uma cet fragao de chambo, Comprando esas frags, podemos dizer qual percental de uninio desepareceue vrou chumb. or esse méiodo, a ade de cers rochas tem sido determinada em sendo vérios bic 3s de anos. Uma extensto deste método, no usando uma roca em particular. mas fhando pars o utinio o chumbo nos aceanos e usando metas sobre Terr, fo do para determinar (nos titimos anos) que aidade da Terra €apeoximadamente 48 hes de anos £ encorajador que a idade da Terra tenha sido encontrda como sendo & mesma le de meteoros,auecafram na Terra, como determinado com o método de urn. Paece que a Term foi formaca de rochas Rutuando no expago equ os meteorito so. provavelmente, alguns desses materais que sobraram. A algum tempo maior 5 bilhdes de anos ars. 0 universo comecou. Se aredita hoieaue pelo menos oss parte do universo reve seu comego cerca de 10 ou 12 blhdes de anos aris. Nao sbemos o que ovorre antes, De fat, podemos perguntar novamente: A questo faz gum sentido? Um tempo anterior tem alaum sentido? ‘Unidas © padres de tempo eixamos subentendido que é conveniente comegarmos com alguma unidade de tem- 9. digamos um dia ou um segundo, ¢ referit todos os outros tempos em algum miilti- ou fraco dessa unidade. Qual deveria ser 0 nosso padrao basico de tempo? Deverf- 3s usar 0 pulso humano? Se compararmos pulsos, veremos que eles parecem variar is. Ao comparar dois el6gios, podemos verificar que eles nfo variam tanto. Voce entdo dizer, bem vamos usar 0 relégio. Mas o relégio de quem? Existe uma lenda ‘um garoto sufgo que queria que todos os el6gios da sua cidade marcassem meio-dia mesmo tempo. Desta forma, ele saiu tentando convencer a todos da relevincia dist, dos acharam essa idéia maravilhosa, entdo to logo, todos os outros relégios mar- um meio-dia a0 mesmo tempo que o dele! O dificil é decidir qual relégio devemos ther como o padro. Felizmente, todos dividimos um relogio ~a Terra. Por muito ‘0 periodo de rotagdo da Terra foi adotado como o padrio bésico de tempo. En- nto, como as medidas tém sido feitas de forma mais e mais precisas, observou-se 2 rotaco da terra nio & exatamente periddica, quando medida na preciso dos me- rel6gios. Esses “melhores” rel6gios sf0 aqueles que temos razdo para acreditar so precisos porque eles concordam uns com os outros. Acreditamos que, por vé- saves, alguns dias so mais longos que outros, alguns So mais curtos ¢ na média periodo da Terra se toma um pouco mais longo & medida que os séculos passam. Até muito recentemente, ndo tinhamos achado nada melhor que 0 perfodo da Ter- nto todos 0s reldgios estavam relacionados com a duragio do dae o segundo foi jo como 1/86.400 de um dia médio. Recentemente, ganhamos experiéncia com guns osciladores naturais que, agora, acreditamos que eles devem prover uma refe- de tempo mais constante e que também so baseados em fenOmenos naturais poniveis para todos. Existem os chamados “relogios atdmicos”. O perfodo interno sico desses € aquele de uma vibragto atGmica que € muito insensivel & temperatura ‘outros efeitos extemos. Esses relézios mantém o tempo com uma precisio de uma tc em 10° ou melhor. Nos Gltimos dois anos, um rel6gio at6mico melhorado, que nciona com a vibragio de um stomo de hidrogénio, foi desenvolvido e construido Professor Norman Ramsey na Universidade de Harvard. Ele acredita que esse égio deve ser 100 vezes mais preciso ainda, Medidas que estio em andamento agora 0 mostrar se isso est certo ou no. Tempore Dinincia 55 4 titi an An Figura 5-4 A altura do Sputnik & determinada por triangulogéo, Figure 5-5. A dlsténcio de ume estele préxine pode ser medida por riangulaco, usando 0 cié- ‘metto de dita do Terra como linha de bose, Podemos esperar que, desde que seja possivel constiuisrelégios muito mais pr ‘sos que tempos astronémicos, seré possfvel em breve uma concordéncia entre os cien- tistas para defnir a unidade de tempo em termos de um dos relégios at6micos padrao. Na Tabela 5-1, esté mostrada a escala de tempo de fendmenos naturals € alguns tempos de meia-vida, 5.6 Distincias longas Vamos non volar porn n questo de dadncte, Quo distant, ou quo srandl sto a coisas? Todos saber que a forma de matnmos distancia €comegarmos com uma régua econtarmos. Ou comegamos com o palm e contamos. Comegamas com. tna unidade econtames, Come se med coisas menores? Como sc subdivide dsia- cia? Da mesma fora que subdvidmos tempo: pepamos una uniae menor © con- tamos onimero de vezes que esa unidade leva para completa a unidade mais long. Ent podamor adi docs menor © meaors: ‘Mas nem sempre queemos dizer por dstncia o que se conta com uma régua de itr, Deveria ser dell mei a dstncia horizontal ene dois pico de montana sano apenas uma gua de metro, Descobrimos por experiécia que dstinci am bem pode ser medida de outra forma: portiangulagao. Embor isso signiique que estamos usando uma defngfo de distnca realmente ferent, quando ambas podem feces ae oat eee ea petsou que erento os dois pos de deinigto de distnca concord, Una ex que tes concordam na Tem, iso nos df seguranca em user tiangolato para dstincas tinda maior Por exemple, amos eaazes dear iangag pra mea alta primeiro Sputnik Figura 54), Enconramos que elena aproximadamente 5x 10° ietos de altura. Com medigdes mais cuidadosas, a dsvincia da Lua pode ser medida dessa mesma forma, ois telescios er diferentes Ioalidades na Terra podem nox fomecer os dls ngulos necessros. Foi encontrads, dessa forma, que a Lia ext a4 x 10° metros de distancia. "io podemos fazer a mesma coisa como Sol ou pelo menos ninguém foi capez de faz-o ainda, A precsio om a qual pode-efocar um dado ponto no Sole com le conseguir meditnguos, nfo 6 boa osufclente para nos permitirmedie a distin. tia do Sol, Endo, como podemos medir a dstincia ao Sof? Devers inventar uma txteso da din de tingulagao, Memos a distinc eativa de todos os plantas Por observagdesastrondmicas de onde os planes paecem esa tes ums imi fem do sistema solar com a verdadeira distancia reltva de do. mas sem nenhuma fistinciaabsolra Una medida absolut 6, eto, necessria pode ser obtida em umnimero de aminhos. Um dssescaminos, qe se aerediou at reentemente ser o mis preciso, foi medir a dstinia da Terra até Eros, um dos menoresplane6ides fue passa proximo Tetra de vez em quando, Pr trangulagdo nese pequeno ob- jeto,pode-se ter uma eseala de medida necesséria, Sabendo a distnca eativa dos restates, podemos eno dizer a distinc, por exemplo, 6a Terra para © Sol ou da “Terra para Put, [Nos dimos anos, exstiu um grande avango em nosso conhecimento da escala do sistema sola, No Laboratio de Propulso a Jato, cistncia da Tera A VEnus fi medida com muito bor preciso pr uma obserago diet de adr. 0, € claro, um modo ainda mais diferente de medi dstincia, Dizeos que conhecemos a velocidade due az viaja ( portato, aque velocidade cada onda de radar vs) e assumimos {Te cla tema mesa veloidade ent todos os lugares entre a Tera e Venus. Mandarnos im onda de rio econtamos quant tempo leva até a onda refletida volar. Do tempo, inferimos a dsineta, asstmindo que sabemos a veloidade. Temos realmente una outta defnigto de medida de distinc, ‘Como medimosacistincia uma cxrel, que ¢ mas disamte snds?Felizments podemas vltar ao nosso méiodo de tiangulago, porque a Tera se move a rer do Sol nos dando uma linha de base maior para medias J objets fora do sistema sola. Se focamos um telescpio numa estrela no vero e no invern,esperamosdeterminar os dois dngulos (Figura 5-5) com preisto suciente para medirmos a distinc estela Tempo e Distinia_§-7 (© que fazer se as esuclas esivereii iay Touge pus ust uiauulayao? Os as- frdnomos esto sempre inventando novas formas de medir distincias. Eles acharam, por exemplo, que podem estimar o tamanho e o brilho de uma estrela através da cor dela. A core brilho de muitas estrclas préximas —cujas distincias so conhecidas por triangulago — foram medidas e foi encontrado que existe uma excelente relagdo entre a cor eo brilho intrinseco da estrela (na maioria 0s casos). Se medirmos agora cor de uma estrela distante, pode-se usar essa relago de cor-brilho para determinar brio intrinseco da estrela. Medindo o quao brilhante uma estrela parece ser para ‘6s aqui na Terra (ou talvez devéssemos dizer quiio ofuscada ela aparece), podemos ealeular o qui longe ele esté. (Para um dado brilho intrinseco, 0 brilho aparer fe diminui com 0 quadrado da distancia.) Uma bela confirmagio da precisio desse imétodo de medir distincias estelares é dado pelo resultado obtido para grupos de estrelas conhecidos como aglomerados globulares. Uma fotografia de tal grupo est smostrada na Figura 5-6. Apenas olhando a fotografia, pode-se convencer alguém que tessas estrelas estio todas juntas. O mesmo resultado € obtido de distancias medidas pelo método de cor-brilho, ‘Um estudo de muitos aglomerados globulares fornece um outro pedago de in- formagio importante, Foi descoberto que existe uma alta concentragio desse tipo de azlomerado cm uma certa parte do céu ¢ que a maioria deles esté aproximadamente & mesma distincia de nds. Juntando essa informago com outra evidéneia, eoneluimos “que essa concentracio de aglomerados é o centro da nossa galéxia. Desta forma, sabe fos a distancia a0 centro da nossa galixia —cerca de 10°" metros, Conhecendo o tamanho da nossa propria galaxia, temos a chave para a medida de Sistincias ainda maiores —a distancia de outras galaxias. A Figura 5-7, é uma fotogra- fia de uma galfxia, que tem quase @ mesma forma da nossa, Provavelmente, ela tem o ‘mesmo tamanno, tame, (Quira eviaencta apola a ldela que galexlas sao todas quase ‘do mesmo tamanho.) Se ela é do mesmo tamanho que a nossa, podemos dizer a distin kia dela. Medimos o Angulo subtendido por ela no céu; conhecemos o seu didmetro & scalculamos a distincia ~triangulac Fotografias de galiwias extraordinariamente distantes foram obtidas recentemente com o telescépio gigante Palomar. Uma € mostrada na Figura 5-8. Acredita-se hoje BE cicuronc docoae golénies sotto cerea di = 10" metros ~: caminho para o limite do vniverse maior distineia que podemos contemplar. Figura 5-6 Um oglomerado de estrelos préximas do centro de nosso goléxia. A dsténcio

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