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[uJ Estrategia CONCURSOS Aula 04 Pree ein a Ure este oD eT e CnC Professor: Renan Araujo Auta 04: SujeITos Do PRocESSO. SUMARIO 1 SUJEITOS PROCESSUAIS .. 1.1 Conceito e espécies. 12 13 14 1.5 Dodefensor do acusado 1.6 —_Doassistente de acusagao 1.7 Dos auxiliares da Justiga.. 2 DISPOSITIVOS LEGAIS IMPORTANTES. 3 SUMULAS PERTINENTES 4 JURISPRUDENCIA CORRELATA RESUMO. LISTA DE EXERCICIOS... EXERCICIOS COMENTADOS.. GABARITO 014, meus amigos! Hoje vamos estudar os sujeitos do Processo, que s&o aqueles que, de uma forma ou de outra, atuam no processo penal. Bons estudos! Prof. Renan Araujo Prof. Renan Araujo ‘www.estrategiaconcursos.com.br 14045 1 SUJEITOS PROCESSUAIS 1.1 Conceito e espécies Sujeitos do processo so as pessoas que atuam, de maneira obrigatoria ou n&o, no processo criminal. Podem ser: + Sujeitos essenciais - Casos devam, necessariamente, fazer parte do processo criminal. So apenas trés: Juiz, acusador (MP ou querelante) e acusado (ou querelado), bem como o defensor deste; + Sujeitos acessérios (néo essenciais) - Sao aqueles que nao necessariamente atuardo no processo, agindo somente em alguns casos. Exemplo: Assistente de acusacao. Sujeito do processo nao é necessariamente aquele que integra a relacéo processual. Sujeito do processo é toda pessoa que pratica ato no Processo. A relacdo processual, por sua vez, é composta pelos sujeitos que possuem interesse no processo (Juiz, acusador, acusado e assistente, que faz parte da acusacao). Pode ocorrer de um sujeito nao possuir nenhum interesse na causa (perito, por exemplo). O interesse do Juiz se constitui na prestagdo da tutela Jurisdicional em nome do Estado. Os sujeitos do processo esto regulamentados nos arts. 251 a 281 do CPP. Vamos estuda-los indi 1.2 Do Juiz O sujeito processual, na verdade, é 0 Estado-Juiz, que atua no processo através de um érgao jurisdicional, que é 0 Juiz criminal. © Juiz criminal possui alguns poderes: a) Poder de policia administrativa - Exercido no curso do proceso, com a finalidade de garantir a ordem dos trabalhos e a disciplina. Ao contrario do que a nomenclatura possa transparecer, ndo estd relacionada & forca policial, mas ao conceito administrative de poder de policia (limitagéo ou regulamentacéo das liberdades individuais). Esta previsto no art. 251 do CPP, dentre outros: Art, 251. Ao juiz incumbira prover 4 regularidade do processo e manter a ordem no curso dos respectivos atos, podendo, para tal fim, requisitar a forca publica. b) Poder Jurisdicional ~ Relative & conduc&o do processo, no que toca & atividade-fim da Jurisdic&o (instrucéo, decisées interlocutérias, prolacéo da sentenca, execugio das decisdes tomadas, etc.). Dividem-se em: b.1) Poderes- meio (atos cuja pratica é atingir uma outra finalidade — a prestacdo da efetiva tutela jurisdicional), que se dividem em atos ordinatérios e instrutérios; b.2) Poderes-fins (que sdo relacionados & prestacio da efetiva tutela jurisdicional e Prof. Renan Araujo ‘www.estrategiaconcursos.com.br 2645 seu cumprimento), dividindo-se em atos decisérios (dizem o direito, condenando, absolvendo, etc.) e atos executérios (colocam em pratica o que foi decidido); Existem determinadas hipéteses nas quais 0 Juiz néo pode atuar, pelo fato de se considerar prejudicada a sua condicdo de imparcialidade. Sao as hipdteses de impedimento ou suspeigao. As hipéteses de impedimento esto previstas no art. 252 do CPP, ¢ séo consideradas como ensejadoras de incapacidade absoluta para atuar no processo: Art. 252. O juiz nao poder exercer jurisdic no processo em que: 1 - tiver funcionado seu cénjuge ou parente, consangiiineo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, éraéo do Ministério Publico, autoridade policial, auxiliar da justica ou perito; II - ele préprio houver desempenhado qualquer dessas funcées ou servido como testemunha; II - tiver funcionado como juiz de outra instncia, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questéo; IV - ele préprio ou seu cénjuge ou parente, consanguineo ou afim em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito. Nestas hipdteses o CPP estabelece uma presuncdo absoluta (jure et de jure) de que o Juiz seria parcial, violando um dos deveres da Jurisdic&o, que é a imparcialidade. Este rol 6 considerado um rol taxativo (numerus clausus), ndo admitindo interpretagao extensiva, portanto. Ocorrendo uma dessas hipéteses, o Juiz tem o dever de se declarar impedido, n&o podendo atuar no proceso. Se no o fizer, qualquer das partes poderd arguir seu impedimento, nos termos do art. 112 do CPP. Se, por acaso, se tratar de processo nos Tribunais, nos quais 0 julgamento se da através de érgaos colegiados (mais de um Juiz), o art. 253 estabelece que: Art. 253. Nos juizos coletivos, ndo poderdo servir no mesmo processo os juizes que forem entre si parentes, consangijineos ou afins, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive. CUIDADO! Parte da Doutrina entende que este art. 253 se refere a uma incompatibilidade (e nao impedimento ou suspeigéo). As incompatibilidades seriam situagdes de impossibilidade de atuac&o em razdo de fatos que geram graves hipéteses de inconveniéncia na atuagdo do magistrado, mas que ndo estejam previstas como impedimento ou suspeicio.? * Outra parcela da Doutrina simplesmente se refere a este art. 253 como mais uma hipétese de impedimento. Ver, por todos: NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execucao penal. 12.° edicdo. Ed. Forense. Rio de Janeiro, 2015, p. 490, No mesmo sentido, Eugénio Pacelli entende que este art. 253 se refere a uma causa de IMPEDIMENTO. As incompatibilidades, para © autor, referem-se apenas aquelas situacdes em que nao ha previsdo legal expressa aplicdvel Prof. Renan Araujo ‘www.estrategiaconcursos.com.br 30645 A suspeicao, por sua vez, é considerada uma incapacidade subjetiva do Juiz, que pode ou nao se declarar suspeito (vejam a diferenca!). Caso 0 Juiz nao se declare suspeito, as partes poderdo entender que esta prejudicada sua imparcialidade e arguir a suspeico, nos termos do mesmo art. 112 do CPP. As hipéteses de suspeig’o estao previstas no art. 254 do CPP: Art. 254. O juiz dar-se-d por suspeito, e, se nao o fizer, poderé ser recusado por qualquer das parte: I - se for amigo intimo ou inimigo capital de qualquer deles; IT- se ele, seu cénjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato andlogo, sobre cujo cardter criminoso haja controvérsia; III - se ele, seu cénjuge, ou parente, consangiiineo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a proceso que tenha de ser julgado por qualquer das partes; IV - se tiver aconselhado qualquer das partes; V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes; VI - se for sécio, acionista ou administrador de sociedade interessada no proceso. Entretanto, o CPP traz uma regra curiosa em seu art. 256: Se a parte, de alguma forma, der causa, de maneira proposital a situagdo de suspeicéo, esta no poderé ser declarada nem reconhecida: Art, 256. A suspeicéo néo poderd ser declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar 0 juiz ou de propésito der motivo para crié-la. EXEMPLO: Imaginem que Fulano esta sendo julgado pelo crime de estupro por uma Juiza extremamente rigorosa. Entretanto, fulano sabe que o outro Juiz criminal da comarca nio é to rigoroso. Assim, fulano cria, propositalmente, uma rixa pessoal com a Juiza, de forma a arguir, posteriormente, sua suspei¢&o, com base no art. 254, I do CPP, afim de que o processo seja remetido para julgamento ao outro Juiz. Nessa hipdtese, o CPP veda o reconhecimento ou declaragao da suspeicao. A suspeic&o ou o impedimento em decorréncia de parentesco por afinidade (parentesco que no é de sangue) cessa com a dissolucdo do casamento que fez surgir 0 parentesco. Esta é a regra. No entanto, existem duas excecoes: a) Se do casamento resultar filhos, o impedimento ou suspeigéio n&o se extingue em hipétese nenhuma; ‘ao caso, mas nas quais ha inconveniéncia da atuacao do Juiz (ex.: hipdtese em que o Juiz se declara suspeito para atuar no caso, por razdes de foro intimo). PACELLI, Eug@nio. Curso de processo penal. 16° edicdo. Ed. Atlas. Sdo Paulo, 2012, p. 444/445 Prof. Renan Araujo ‘www.estrategiaconcursos.com.br 4de45 b) Havendo ou néo filhos da relaco, o impedimento ou suspeicéo permanece em relacdo a sogros, genros, cunhados, padrasto e enteado (e os correspondentes femininos, é claro)’; Mas e se 0 Juiz suspeito ou impedido continuar atuando no processo, como se nada tivesse acontecido? Havera um vicio processual. Esse vicio iré variar conforme o caso (suspeicao ou impedimento. Se o Juiz for impedido, a Doutrina entende que o ato é inexistente, pelo fato de que o Juiz esta impedido de exercer a Jurisdic&o naquele caso, ou seja, os atos foram praticados por Juiz sem Jurisdigéo. O STJ, contudo, possui decisées no sentido de tratar- se de nulidade absoluta.? No caso de Juiz suspeito, a Doutrina se divide. Parte entende que se trata de nulidade absoluta e outra parte entende que é causa de nulidade relativa, que é o que vem prevalecendo, inclusive no STJ. Os institutos (inexisténcia juridica e nulidade absoluta) so parecidos, mas possuem efeitos bem diferentes. No caso de inexisténcia, o ato simplesmente nao existe, é um “nada juridico”. No caso de nulidade absoluta o ato existe, sendo apenas viciado pela nulidade. Os efeitos que decorrem so graves. No caso de inexisténcia, como o ato ndo existe, uma sentenga proferida, por exemplo, sequer 6 considerada sentenca, sendo desconsiderada. J4 no caso de uma sentenca nula, ela existe e produzira efeitos caso a nulidade nao seja arguida. Assim, se um réu é absolvido por um Juiz suspeito, e a decisdo transita em julgado, “ja era”, o acusado néo podera ser julgado novamente. Entretanto, se o Juiz fosse impedido, simplesmente o processo seria retomado em seu andamento, pois a sentenca proferida NAO EXISTE. Por fim, o art. 274, que trata dos funcionarios da Justica, estabelece que a eles se aplicam as prescrigdes do CPP no que se refere as hipoteses de suspeicao do Jui Art. 274. As prescricdes sobre suspeicdo dos juizes estendem-se aos serventudrios funciondrios da justica, no que Thes for apli 1.3 Do Ministério PUblico O MP é 0 6rgao responsavel por desempenhar as funcées do Estado- acusador no processo. Instituigdo permanente, essencial a Justiga e com previsdo no art. 127 da Constituicdo da Republica. O MP éo responsavel por ajuizar a acdo penal ptiblica (condicionada e incondicionada), bem como fiscalizar 0 cumprimento da lei na ag3o penal privada e também na ago penal publica! © MP 6 rotulado pela Doutrina majoritéria como “parte imparcial” (esquizofrénico isso...), pois sua fung&o no é ver o acusado ser condenado, mas ? NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 495 ? Ver, por todos: EDcl no AgRg nos EREsp 1084522/CE, Rel. Ministro MARCO AURELIO BELLIZZE, TERCEIRA SECAO, julgado em 10/04/2013, DJe 17/04/2013 Prof. Renan Araujo ‘www.estrategiaconcursos.com.br 5de45 promover a Justiga (dai o nome: Promotor de Justiga), fazendo com que a verdade surja e 0 acusado seja culpado, se for o caso. Tanto é assim que o MP pode, inclusive, pedir a absolvi¢éo do acusado quando, no decorrer do proceso, entender que a dentincia foi um equivoco e que nao ficou provada sua culpa. Nos termos do art. 385 do CPP: Art. 385. Nos crimes de acao pliblica, o juiz poder proferir sentenca condenatéria, ainda que o Ministério Publico tenha opinado pela absolvicéo, bem como reconhecer agravantes, embora nenhuma tenha sido alegada. Ao membro do MP se aplicam, no que for cabivel, as mesmas hipéteses de suspeicado e impedimento previstas para os Juizes. Além disso, 0 membro do MP nao pode atuar em processo que o Juiz ou qualquer das partes for seu parente, nos termos estabelecidos pelo art. 258 do CPP: Art. 258. Os drgaos do Ministério Publico nao funcionaro nos processos em que 0 juiz ou qualquer das partes for seu cénjuge, ou parente, consangilineo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, e a eles se estendem, no que Ihes for aplicével, as prescricées relativas & suspeicao e aos impedimentos dos juizes. Vale ressaltar que o simples fato de o membro do MP ter participado da fase investigatéria no ¢ cause de impedimento oU suspeicso (Werbeten® 234 da ). 1.4 Do acusado O acusado é aquele que figura no polo passivo do processo criminal, ou seja, a pessoa a quem se imputa a pratica de uma infrac&io penal. Nem todas as pessoas, no entanto, podem figurar no polo passivo de um processo criminal: a) Entes que nao possuem capacidade para serem sujeitos de direito. Ex.: mortos; b) Menores de 18 anos - £ hipotese de inimputabilidade que gera a ilegitimidade da parte, em raz8o da disposico expressa na Lei no sentido de que os menores de 18 anos respondam por seus atos infracionais perante o ECA; c) Pessoas detentoras de imunidade diplomatica; d) Pessoas que possuam imunidade parlamentar. Ex: Deputados, Senadores, etc. (Essa espécie é discutivel, pois em alguns casos eles podem ser sujeitos passivos do processo criminal); As pessoas juridicas podem ser suj criminal, pois a Constituigdo previu a possi (0s passivos no processo dade de se imputar a Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 6645 ri Aula 04 - Prof. pessoa juridica a pratica de crimes (art. 225, § 3° da CRFB/88). O STF corrobora este entendimento.* Quanto aos inimputéveis em decorréncia de doenga mental, desenvolvimento mental incompleto e embriaguez total decorrente de caso fortuito ou forga maior, nada impede que integrem o polo passivo do processo, pois, ao final, eles serao absolvidos, sendo-Ihes aplicada medida de seguranca (salvo no caso da embriaguez). Entretanto, devem se submeter ao processo criminal. A identificagéo do acusado deve ser feita da forma mais ampla possivel. No entanto, a impossibilidade de identificacéo do acusado por seu nome civil no impede o prosseguimento da acéio, nos termos do art. 259 do CPP: Art. 259. A impossibilidade de identificacao do acusado com o seu verdadeiro nome ou outros qualificativos no retardard a aco penal, quando certa a identidade fisica. A qualquer tempo, no curso do processo, do julgamento ou da execucao da sentenca, se for descoberta a sua qualificacdo, far-se-d a retificacéo, por termo, nos autos, sem prejuizo da validade dos atos precedentes. O CPP prevé, ainda, que o acusado devera comparecer a todos os atos do processo para o qual for intimado e, caso néo compareca a algum ato que nao possa ser realizado sem ele, o Juiz podera determinar sua conducéio a forca: Art. 260. Se 0 acusado no atender & intimagao para o interrogatério, reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, n3o possa ser realizado, a autoridade poderé mandar conduzi-lo & sua presenca. Parégrafo unico. 0 mandado conteré, além da ordem de condugao, os requisitos ‘mencionados no art. 352, no que Ihe for aplicavel. Embora 0 art. 260 diga “autoridade”, sem distinguir autoridade policial e autoridade judicidria, a Doutrina entende que esse poder esta restrito ao Juiz, pois o CPP fala em acusado, o que da a entender que esta norma se aplica somente aquele que ja est4 sendo processado ju Imente. Caso © Delegado necessite da presenca do indiciado (no IP) em algum ato, deverd solicitar ao Juiz que determine a condug&o do indiciado. A Doutrina diverge, ainda quanto a extensdo desta norma. Parte da Doutrina entende (e 0 ST] também) que a conduc&o do acusado 4 forca sé é possivel nos casos de recusa ao comparecimento a ato processual cuja presenca deste seja indispensavel. Outra parcela entende que o art. 260 viola o principio da ease autoincriminacgéo e, portanto, 0 acusado inéo poderia ser * 0 STF entende que, atualmente, a pessoa juridica somente pode ser sujeito passivo em processo criminal (sujeito ativo do crime, portanto) por crime ambiental, por nao haver expressa previsdo para outros casos. ° NUCCT, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 500 Prof. Renan Araujo ‘www.estrategiaconcursos.com.br 76045 O acusado possui, ainda, direitos, previstos na Constituigo e na Legislagéo infraconstitucional, dentre eles: a) N&o produzir prova contra si mesmo (Nemo tenetur se detegere) - Previsto no art. 5°, LXIII da Constituic&o e art. 186 do CPP (que tratam do direito ao siléncio, um dos coroldrios mais classicos desse principio); b) Direito de ser processado e sentenciado pela autoridade competente - Consubstancia-se no principio do Juiz Natural, e esté previsto no art. 5°, LIII da Constituicéo; c) Direito ao contraditério e 4 ampla defesa - Direito de contradizer tudo © que for dito pela acusacdo e se manifestar sempre apos esta. Trata-se de principio constitucional previsto no art. 5°, LV da Constituicéo; d) Direito 4 entrevista prévia e reservada com seu defensor - Direito que decorre do principio da ampla defesa, e est materializado no art. 185, § 2° do CPP. Muitos outros existem, previstos tanto na Constituig&o quanto no CPP. © CPP prevé, também, que se o acusado for menor de idade, nado poderé figurar no polo passivo do processo sem que lhe seja nomeado um curador: Art. 262. Ao acusado menor dar-se-é curador. CUIDADO! Quando o art. 262 se refere ao acusado “menor” néo esta se referindo a menoridade penal (nesse caso nem poderia ser acusado!), mas a menoridade CIVIL. Durante muito tempo a maioridade civil era atingida somente aos vinte e um anos, enquanto a maioridade penal era atingida antes, aos 18 anos. Assim, 0 acusado que tinha entre 18 e 21 anos, embora PENALMENTE MAIOR, nao possuia maioridade civil, sendo, para estes efeitos, menor. E com relac&o a este acusado (Que tinha mais de 18 e menos de 21 anos) que se aplicava o art. 262. Atualmente, a maioridade civil também se atinge aos 18 anos, ou seja, néo ha possibilidade de haver um acusado que seja civilmente menor. Portanto, este artigo esté temporariamente sem aplicacao. Contudo, nada impede que futuramente a maioridade civil e a maioridade penal voltem a ser alcangadas em idades diferentes. 1.5 Do defensor do acusado A presenga do defensor no processo criminal é obrigatéria®°, e decorre do principio da ampla defesa, previsto no art. 5°, LV da Constituicéo. O defensor (advogado ou Defensor Publico) é quem realiza a chamada defesa técnica (a defesa prestada por profissional habilitado). Sua presenca obrigatéria esté prevista, ainda, no art. 261 do CPP: ® PACELLI, Eugénio. Op. cit., p. 468 Prof. Renan Araujo ‘www.estrategiaconcursos.com.br ede45 Art. 261. Nenhum acusado, ainda que ausente ot sem defensor. Paragrafo Unico. A defesa técnica, quando realizada por defensor ptiblico ou dativo, sera sempre exercida através de manifestacao fundamentada. (Incluido pela Lei n° 10.792, de 19.12.2003) Vejam que o § Unico trata da chamada “Defesa técnica eficiente”, 0 que obriga 0 Defensor Publico ou defensor dativo a prestar a defesa técnica de maneira eficiente, e ndo apenas protocolar. Isso se dé ndo em razéo de preconceito técnico da Lei para com defensores dativos e Defensores Publicos, mas em razao de que estes no foram nomeados pelo acusado e nao estdo sendo pagos por este, 0 que poderia gerar certa displicéncia. ane © STF editou o Werbete!/n?//523)/del|/sua)'simula)/de |, no seguinte sentido: SUMULA 523 NO PROCESSO PENAL, A FALTA DA DEFESA CONSTITUI NULIDADE ABSOLUTA, MAS A SUA DEFICIENCIA SO O ANULARA SE HOUVER PROVA DE PREJUIZO PARA O REU. A Doutrina entende que esta disposig&o se aplica tanto a defesa realizada pelo defensor nomeado quanto a realizada pelo defensor constituido pelo préprio acusado. Isso implica dizer que o Judiciério pode reconhecer a deficiéncia da defesa técnica, ex officio. Isso porque seria pouco razodvel exigir que a alegacéo de deficiéncia da defesa partisse do préprio defensor.’ Caso 0 acusado no possua defensor, o Juiz nomeara um para que 0 defenda. Entretanto, caso o acusado, posteriormente resolva constituir advogado de sua confianca ou defender-se a si proprio (caso possua habilitacao para isso), podera destituir o defensor nomeado pelo Juiz, A QUALQUER TEMPO. Nos termos do art. 263 do CPP: Art, 263. Se o acusado nao o tiver, ser-Ihe-d nomeado defensor pelo juiz, ressalvado © seu direito de, a todo tempo, nomear outro de sua confianca, ou a si mesmo defender-se, caso tenha habilitacéo. 0 § nico deste artigo, por sua vez, determina que se o acusado, a quem for nomeado defensor, nao for pobre, seré obrigado a pagar os honordrios do defensor dativo que Ihe for nomeado. Em se tratando de Defensor Publico, embora estes no possam receber honordrios, a lei permite (LC n° 80/94) o recebimento de honorérios pela Institui¢So Defensoria Publica, em conta prépria. Nos termos do art. 263, § unico: Paragrafo Unico. O acusado, que no for pobre, seré obrigado a pagar os honordrios do defensor dativo, arbitrados pelo juiz. 7 PACELLI, Eugénio. Op. cit., p. 470/471 Prof. Renan Araujo ‘www.estrategiaconcursos.com.br 9645 ‘A nomeagao do defensor dativo ndo pode ser por este recusada, salvo no caso de motivo relevante. Também néo poderd o defensor abandonar o processo sen&o por motivo de forca maior (imperioso motivo), hipétese na qual deverd comunicar PREVIAMENTE o Juiz: Art. 264. Salvo motivo relevante, os advogados e solicitadores serao obrigados, sob pena de multa de cem a quinhentos mil-réis, a prestar seu patrocinio aos acusados, quando nomeados pelo Juiz. Art. 265, O defensor no poderé abandonar o processo sendo por motivo imperioso, comunicado previamente 0 juiz, sob pena de multa de 10 (dez) a 100 (cem) salarios minimos, sem prejuizo das demais sancées cabiveis. (Redacao dada pela Lei n° 11.719, de 2008). = Ese defensor néo comparecer a audiéncia? Os §§ 1° e 2° do art. 265 do CPP determinam que o defensor que nao puder comparecer a audiéncia, devera informar este fato ao Juiz, justificando a auséncia, hipstese na qual a audiéncia poderé ser adiada. Se o defensor nao justificar a impossibilidade de comparecimento, 0 Juiz nao adiaré o ato, devendo constituir outro defensor para 0 acusado, ainda que sé para a realizacéo daquele ato processual®: § 10 A audiéncia poderé ser adiada se, por motivo justificado, 0 defensor no puder comparecer. (Incluido pela Lei n° 11.719, de 2008). § 20 Incumbe ao defensor provar o impedimento até a abertura da audiéncia. Néo o fazendo, o juiz nao determinara o adiamento de ato algum do processo, devendo nomear defensor substituto, ainda que provisoriamente ou sé para o efeito do ato. (Incluido pela Lei n° 11.719, de 2008). © art. 266 do CPP, por sua vez, determina que a constituigéio de defensor independe de mandato, quando 0 acusado o indicar no interrogatério. Trata- se da chamada procuracSo apud acta: Art. 266. A constituico de defensor independerd de instrumento de mandato, se 0 acusado o indicar por ocasiao do interrogatério. Por fim, 0 defensor se encontra impedido de atuar nos processos em que atue Juiz que seja seu parente: Art. 267. Nos termos do art. 252, no funcionaréo como defensores os parentes do julz. Este parentesco restringe-se as hipéteses previstas no art. 252, I do CPP. Algm disso, pode acontecer de o defensor jd estar atuando no caso quando um Juiz, parente seu, assume o caso. Nessa hipétese, quem esté impedido nao é 0 defensor, mas o Juiz. ® ST) corrobora este entendimento (HC 228.280/BA, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 11/03/2014, Prof. Renan Araujo ‘www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 45 CUIDADO! Estaré impedido quem entrar por Ultimo no processo, permanecendo quem jé estd atuando. 1.6 Do assistente de acusacéo © ofendido, seu representante legal, ou qualquer das pessoas mencionadas no art. 31 do CPP (cénjuge, ascendente, descendente ou irmSo) poderdo atuar como assistentes da acusag3o nas agées penais publicas (condicionadas e incondicionadas). Nos termos do art. 268 do CPP: Art. 268. Em todos os termos da acao publica, poderd intervir, como assistente do Ministério Publico, 0 ofendido ou seu representante legal, ou, na falta, qualquer das pessoas mencionadas no Art. 31. A intervengdo de qualquer destas pessoas como assistente da acusag&o pode se dar a qualquer momento, ATE O TRANSITO EM JULGADO DA SENTENGA: Art. 269. O assistente seré admitido enquanto nao passar em julgado a sentenca e receberd a causa no estado em que se achar. Entretanto, a admisséo do assistente depende da andlise de dois fatores pelo Juiz: a) Tratar-se o requerente de um dos legitimados para figurar como assistente. b) Estar o requerente assistido por advogado ou Defensor Puiblico. Além disso, a admissdo do assistente de acusacéo depende, sempre da iva prévia do membro do MP, ndo cabendo recurso contra a deciséo que negar ou deferir a habilitagao do assistente: Art. 272. 0 Ministério Publico seré ouvido previamente sobre a admissao do assistente. Art. 273. Do despacho que admitir, ou no, 0 assistente, no caberé recurso, devendo, entretanto, constar dos autos o pedido e a decisao. 0 ofendido, aqui, nao atua como autor do processo (0 autor € 0 MP), mas como assistente do MP. Assim, duas podem ser as situagdes do ofendido no processo criminal: a) Atua como querelante - Nas agées penais privadas exclusivas e na subsididria da pibica, 0 ofendido atua como autor do processo. b) Atua como assistente — Nas acées penais ptiblicas que efetivamente erem sido ajuizadas pelo MP. O CPP, em seu art. 270, proibe que o corréu (aquele que também é acusado) no mesmo processo atue como assistente da acusaciio. Prof. Renan Araujo ‘www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 45 EXEMPLO: Imagine a hipstese em que duas pessoas tentaram cometer homicidio uma contra a outra simultaneamente. Sendo julgadas no mesmo proceso, ambas como rés (€ claro), nao pode uma pretender ser assistente de acusacao do MP (com vistas 4 condenacao do outro acusado). O STF eo ST3J, no entanto, entendem que o corréu, embora nao possa se habilitar no processo como assistente de acusaciio, pode recorrer (apelar) para reformar a sentenca que absolve o outro corréu.” © assistente de acusacdo podera atuar de inumeras maneiras, propondo provas, participando dos debates, orais, etc.. No entanto, as provas requeridas pelo assistente da acusacéo serao deferidas a critério do Juiz, apds ser ouvido o MP. Nos termos do 271 e seu § 1° do CPP: Art, 271, Ao assistente sera permitido propor meios de prova, requerer perguntas as testemunhas, aditar 0 libelo e os articulados, participar do debate oral e arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Publico, ou por ele préprio, nos casos dos arts. 584, § 10, € 598. § 10 O juiz, ouvido 0 Ministério Publico, decidird acerca da realizacéo das provas Propostas pelo assistente. a de atos que o assistente pode praticar, estabelecida no art. 271 do CPP, € considerada pela maioria da Doutrina e da Jurisprudéncia como um rol taxativo, ou seja, somente podem ser praticados aqueles atos, e ndo outros que nao estejam na lista. Embora nao conste na lista de atos permitidos ao assistente, a Doutrina e a Jurisprudéncia admitem, no entanto, a legitimidade do assistente para recorrer em trés hipéteses: 1) Apelar da sentenga (art. 593).1° 2) Apelar da sentenca de improntincia, nos processos do Tribunal do Juri (art. 416 do CPP). 3) Apelar da sentenca que julga extinta a punibilidade. O assistente sera intimado para todos os atos processuais. Entretanto, se devidamente intimado o assistente nao comparecer, de maneira injustificada, a qualquer ato de instruc&o ou julgamento, o processo iré prosseguir sem que o assistente seja intimado novamente: ° No mesmo sentido, a Doutrina. Por todos, NUCCT, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 511 * Mesmo que se trata de sentenca condenatéria e a tinica finalidade da apelacdo seja MAJORAR a pena aplicada. Prof. Renan Araujo ‘www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 45 § 20 O processo prosseguird independentemente de 30 do assistente, quando este, intimado, deixar de comparecer a qualquer dos atos da instruco ou do Julgamento, sem motivo de forca maior devidamente comprovado, Recentemente, com as alteragées promovidas pela lei 12.403/11, foi conferida ao assistente de acusac&o a possibilidade de requerer a prisdo preventiva do acusado! 1.7 Dos auxiliares da Justicga Os peritos e intérpretes n3o possuem interesse na causa (n3o acusam, nao julgam, nao sao acusados), mas contribuem para que a tutela jurisdicional seja efetivamente prestada. Esto regulamentados nos arts. 275 a 281 do CPP. © CPP regulamenta a atividade dos peritos, e equipara a estes, os intérpretes. Nos termos do art. 281 do CPP: | Att. 281. Os intérpretes sao, para todos os efeitos, equiparados aos peritos. Os peritos também podem ser suspeitos, de forma a nao poder atuar no processo. Isso acontece porque o perito TAMBEM DEVE SER IMPARCIAL. Nos termos do art. 280 do CPP: Art. 280. E extensivo aos peritos, no que Ihes for aplicdvel, 0 disposto sobre suspeicdo dos juizes. Além disso, 0 art. 279 do CPP traz trés vedagées ao exercicio da fungao de perito: Art. 279. Nao poderéo ser peritos: I - os que estiverem sujeitos a interdicéo de direito mencionada nos ns. I e IV do art. 69 do Cédigo Penal; IT- 0s que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado anteriormente sobre 0 objeto da pericia; III - os analfabetos e os menores de 21 anos. Entretanto, o inciso III deve ser analisado & luz do Cédigo Civil de 2002, que alterou a maioridade civil para 18 anos (quando da publicacdo do CPP, a maioridade civil era de 21 anos). Assim, atualmente a vedacgdo em razéo da idade se da somente para os menores de 18 anos. Contudo, se a prova trouxer a literalidade da lei (21 anos), deve ser marcada a alternativa como correta. Quanto ao inciso I, ele se refere ao art. 69, I a IV do CP. No entanto, essa referéncia se da ao texto original do CP. Atualmente vigora, na parte geral do CP, a redagao conferida pela Lei 7.209/84, que revogou este art. 69 do CP, conferindo a ele outra redac&o, que néo guarda qualquer pertinéncia com essa vedacao. Assim, entende-se que esse inciso I perdeu vigéncia. Prof. Renan Araujo ‘www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 45 O inciso II trata de uma hipétese de impedimento, pois no caso de o perito ter prestado depoimento anteriormente no processo ou ter nele opinada, nitidamente hé prejuizo a sua imparcialidade. A nomeagio do perito € ato privativo do Juiz (ébvio, dada a sua imparcialidade), no cabendo as partes intervirem nesse ato. Além disso, 0 perito nomeado nao podera recusar 0 encargo, salvo se provar motivo relevante para isso, sob pena de multa: Art. 276. As partes néo interviréo na nomeacao do perito. Art. 277. O perito nomeado pela autoridade seré obrigado a aceitar o encargo, sob pena de multa de cem a quinhentos mil-réis, salvo escusa atendivel. Poderé ser multado, ainda, o perito que, sem justa causa, faltar com suas obrigagées de auxiliar da Justica. Estas obrigacdes estao previstas no art. 277, § Unico do CPP: Art. 277 (...) Paragrafo Unico. Incorreré na mesma multa o perito que, sem justa causa, provada imediatamente: a) deixar de acudir & intimago ou ao chamado da autoridade; b) no comparecer no dia e local designados para o exame; ©) nao der 0 laudo, ou concorrer para que a pericia néo seja feita, nos prazos estabelecidos. No caso de o descumprimento da obrigacdo ser o néo comparecimento a algum ato para o qual tenha sido intimado, poder o perito ser conduzido a forga, & semelhanga do que ocorre com o acusado. Nos termos do art. 278 do CPP: Art. 278. No caso de nao-comparecimento do perito, sem justa causa, a autoridade poderé determinar a sua condugao. 2 DISPOSITIVOS LEGAIS IMPORTANTES CODIGO DE PROCESSSO PENAL % Arts. 251 a 281 do CPP - Regulamentagao dos sujeitos processuais no CP! DO JuIZ Art. 251, Ao juiz incumbira prover 2 regularidade do processo e manter a ordem no curso dos respectivos atos, podendo, para tal fim, requisitar a forca publica. Art, 252, 0 juiz ndo poderd exercer jurisdicéo no proceso em que: I- tiver funcionado seu cénjuge ou parente, consangijineo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, érgao do Ministério Publico, autoridade policial, auxiliar da justica ou perito; II - ele préprio houver desempenhado qualquer dessas funcées ou servido como testemunha; III - tiver funcionado como juiz de outra instancia, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questéo; Prof. Renan Araujo ‘www.estrategiaconcursos.com.br 140045 ele proprio ou seu cénjuge ou parente, consangllineo ou afim em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito. Art. 253, Nos juizos coletivos, no poderdo servir no mesmo processo os juizes que forem entre si parentes, consanguineos ou afins, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive. Art. 254. 0 juiz dar-se-& por suspeito, e, se no o fizer, poderd ser recusado por qualquer das partes: 1 - se for amigo intimo ou inimigo capital de qualquer deles; IT- se ele, seu cénjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato andlogo, sobre cujo carter criminoso haja controvérsia; III - se ele, seu cénjuge, ou parente, consangilineo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes; IV- se tiver aconselhado qualquer das partes; V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes; VI - se for sécio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo. Art. 255. 0 impedimento ou suspeigo decorrente de parentesco por afinidade cessaré pela dissolugzo do casamento que Ihe tiver dado causa, salvo sobrevindo descendentes; mas, ainda que dissolvido 0 casamento sem descendentes, nao funcionara como juiz 0 sogro, 0 padrasto, o cunhado, o genro ou enteado de quem for parte no proceso, Art. 256. A suspeicao nao poderé ser declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar 0 juiz ou de propésito der motivo para crié-la. CAPITULO IE DO MINISTERIO PUBLICO Art, 257. Ao Ministério Puiblico cabe: (Redacdo dada pele Lei n° 11.719, de 2008). I_- promover, privativamente, a acéo penal publica, na forma estabelecida neste Cédigo; e (Incluido pela Lei n° 11.719, de 2008). ID fiscalizar a execugao da lei. (Incluido pela Lei n® 11.719, de 2008). Art. 258. Os érgdos do Ministério Publico no funcionaréo nos processos em que 0 Juiz ou qualquer das partes for seu cénjuge, ou parente, consangilineo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, e a eles se estendem, no que Thes for aplicével, as prescrigées relativas 4 suspeicao e aos impedimentos dos juizes. CAPITULO IIT DO ACUSADO E SEU DEFENSOR Art. 259, A impossibilidade de identificacdo do acusado com o seu verdadeiro nome ou outros qualificatives no retardard a aco penal, quando certa a identidade fisica. A qualquer tempo, no curso do processo, do julgamento ou da execucao da sentenca, se for descoberta @ sua qualificacao, far-se-d a retificago, por termo, nos autos, sem prejulzo da validade dos atos precedentes. Art. 260. Se o acusado nao atender 4 intimacao para o interrogatorio, reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, no possa ser realizado, a autoridade poderd mandar conduzi-lo & sua presenca. Paragrafo Unico. O mandado conteré, além da ordem de conducéo, os requisites mencionados no art. 352, no que The for aplicavel. Art. 261. Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, seré processado ou julgado sem defensor. Prof. Renan Araujo ‘www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 45 grafo Unico, A defesa técnica, quando realizada por dativo, seré sempre exercida através de manifestacao fundamentada. (Incluido pela Lei n° 10.792, de 1°.12.2003) Art. 262. Ao acusado menor dar-se-é curador. Art. 263. Se 0 acusado nao 0 tiver, ser-Ihe-d nomeado defensor pelo juiz, ressalvado © seu direito de, a todo tempo, nomear outro de sua confianca, ou a si mesmo defender-se, caso tenha habilitacéo. Paragrafo Unico. O acusado, que nao for pobre, sera obrigado a pagar os honorérios do defensor dativo, arbitrados pelo juiz. Art. 264, Salvo motivo relevante, os advogados e solicitadores sero obrigados, sob pena de multa de cem a quinhentos mil-réis, a prestar seu patrocinio aos acusados, quando nomeados pelo Juiz. Art. 265. O defensor nao poderé abandonar 0 proceso sendo por motivo imperioso, comunicado previamente o juiz, sob pena de multa de 10 (dez) a 100 (cem) salérios minimos, sem prejulzo das demais sancées cabiveis. (Redacéo dada pela Lei n° 11.719, de 2008). § 1° A audiéncia poderé ser adiada se, por motivo justificado, o defensor no puder comparecer. (Incluido pela Lei n® 11.719, de 2008). § 2° Incumbe ao defensor provar o impedimento até a abertura da audiéncia. Nao 0 fazendo, 0 juiz nao determinaré 0 adiamento de ato algum do processo, devendo nomear defensor substituto, ainda que provisoriamente ou sé para o efeito do ato. (Incluido pela Lei n° 11.719, de 2008} Art. 266. A constituicéo de defensor independeré de instrumento de mandato, se 0 acusado 0 indicar por ocasigo do interrogatério. Art. 267, Nos termos do art. 252, no funcionargo como defensores os parentes do juiz. CAPITULO IV DOS ASSISTENTES Art. 268. Em todos os termos da acao publica, poderé intervir, como assistente do Ministério Publico, o ofendido ou seu representante legal, ou, na falta, qualquer das pessoas mencionadas no Art. 31. Art. 269. O assistente seré admitido enquanto nao passar em julgado a sentenca € receberé a causa no estado em que se achar. Art. 270. 0 co-réu no mesmo proceso no poderé intervir como assistente do Ministério Pablico. Art. 271. Ao assistente serd permitido propor meios de prova, requerer perguntas 3s testemunhas, aditar 0 libelo e os articulados, participar do debate oral e arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Publico, ou por ele préprio, nos casos dos arts. 584, § 12, € 598. § 12 0 juiz, ouvido 0 Ministério Puiblico, decidiré acerca da realizacéo das provas Propostas pelo assistente. § 22 O processo prosseguiré independentemente de nova intimacao do assistente, quando este, intimado, deixar de comparecer a qualquer dos atos da instrucao ou do Julgamento, sem motivo de forca maior devidamente comprovado. Art. 272. 0 Ministério Publico seré ouvide previamente sobre a admisséo do assistente. Art. 273. Do despacho que admitir, ou néo, 0 assistente, ndo caberé recurso, devendo, entretanto, constar dos autos 0 pedido e a decisa0. CAPITULO V Prof. Renan Araujo ‘www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 45 fe ri Aula 04 - Prof. ICIONARIOS DA JUSTICA Art. 274. As prescricées sobre suspeicdo dos juizes estendem-se aos serventudrios e funcionérios da justica, no que Thes for aplicdvel. CAPITULO VI DOS PERITOS E INTERPRETES Art. 275. 0 perito, ainda quando néo oficial, estara sujeito 4 disciplina judiciéria. Art. 276. As partes nao intervirdo na nomeacao do perito. Art. 277. perito nomeado pela autoridade serd obrigado a aceitar 0 encargo, sob pena de multa de cem a quinhentos mil-réis, salvo escusa atendivel. Paragrafo Unico. Incorreré na mesma multa o perito que, sem justa causa, provada imediatamente: 2) deixar de acudir & intimagao ou a0 chamado da autoridade; b) no comparecer no dia e local designados para 0 exame; ¢) no der 0 laudo, ou concorrer para que a pericia néo seja feita, nos prazos estabelecidos. Art. 278, No caso de ndo-comparecimento do perito, sem justa causa, a autoridade poderé determinar a sua conducao. Art. 279. No poderso ser peritos: I- 05 que estiverem sujeitos 4 interdicdo de direito mencionada nos ns. Ie IV do art. 69 do Codigo Penal; IT- os que tiverem prestado depoimento no proceso ou opinado anteriormente sobre 0 objeto da pericia; III - os analfabetos e os menores de 21 anos. Art. 280. E extensivo aos peritos, no que Ihes for aplicdvel, 0 disposto sobre suspeicéo dos juizes. Art. 281. Os intérpretes so, para todos os efeitos, equiparados aos peritos. CONSTITUIGAO FEDERAL % Art, 129, I da CRFB/88 - Estabelece a titularidade privativa do MP no que tange & ac&o penal publica: Art. 129, Séo funcées institucionais do Ministério Publico: I - promover, privativamente, a acao penal publica, na forma da lei; ee eee Ss 3.1 Sumulas do STF % Stimula 208 do STF: Estabelece a ilegitimidade do assistente de acusacao para recorrer contra deciséo que concede habeas corpus. Ha quem sustente que este enunciado de sumula ficou ultrapassado apés as alteragdes da Lei 12.403/11, j4 que o assistente de acusacdo passou a ter legitimidade para requerer, dentre outras coisas, a prisdo preventiva do acusado, o que Ihe conferiria legitimidade para impugnar eventual decisio concessiva de habeas corpus: Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 45 fe mula 208 do STF - “O assistente do Mini extraordinariamente, de decisao concessiva de habeas corpus.” % Samula 210 do STF: Trata da legitimidade do assistente de acusagao para recorrer: Stmula 210 do STF: “"O assistente do Ministério Publico pode recorrer, inclusive extraordinariamente, na agdo penal, nos casos dos arts. 584, paragrafo 10, e 598 do Cédigo de Processo Penal.” % Stimula 448 do STF: Estabelece o inicio da fluéncia do prazo para que o assistente de acusacao interponha seu recurso supletivo (caso ndo haja recurso do MP): Stmula 448 do STF - “O prazo para o assistente recorrer, supletivamente, comesa a correr imediatamente apés o transcurso do prazo do Ministério Publico.” % Stimula 523 do STF: Estabelece que a presenca do defensor no processo criminal é obrigatéria, e decorre do principio da ampla defesa (defesa técnica). A defesa deve, ainda, ser eficiente. A falta de defesa constitui nulidade absoluta, enquanto a sua deficiéncia é causa de nulidade relativa: Stimula 523 do STF - “No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiéncia sé 0 anulara se houver prova de prejuizo para o réu.” 3.2 Sumulas do STJ % Stmula 234 do STJ: O ST) sumulou entendimento no sentido de que o fato de 0 membro do MP ter atuado na fase investigatéria ndo gera suspeicéo ou impedimento para atuag&o no processo penal: Sumula 234 do STJ - "A participagéio de membro do Ministério Publico na fase investigatéria criminal ndo acarreta o seu impedimento ou suspeicio para o oferecimento da dentincia.” 4 JURISPRUDENCIA CORRELATA % STJ - HC 217.530/RJ: O ST) decidiu no sentido de que o assistente de acusacao tem legitimidade para interpor tanto o Recurso Especial quanto o Recurso Extraordinario, desde que nao tenha havido recurso do MP (ou tenha havido apenas recurso parcial, hipétese na qual a legitimidade para recorrer abrange apenas a parcela da decisdo que nao foi impugnada): (...) 3. Pode o assistente de acusacSo interpor recurso especial e recurso extraordinario, mesmo quanto a decisées proferidas pelo juiz singular, na hipétese de o Ministério Publico nao recorrer ou recorrer de apenas parte da de 0. 4, Habeas corpus no conhecido. Prof. Renan Araujo ‘www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 45 fe ri Aula 04 - Prof. 217.530/RJ, Rel. Ministro NEF CO! 22/09/2015, DJe 19/10/2015) % STJ - HC 287.948/DF: O ST) decidiu no sentido de que o assistente de acusagao, conquanto tenha legitimidade recursal, néo pode recorrer contra decisfo que atende ao requerido pelo MP. Em sintese, se o MP requereu a condenacaéo do agente nas penas relativas a determinado delito, néo tem legitimidade 0 assistente de acusagSo para recorrer da deciséio, requerendo a desclassificacaio para delito diverso: 5. A fungiio do assistente de acusacao seria auxiliar 0 Ministério Publico na acao penal ptblica, com aptidéo para interferir no processo, e n&o promover a aco penal, de modo que, tendo o Parquet denunciado e insistido na condenacdo do paciente pelo crime de homicidio culposo na direcao de veiculo automotor, nao teria o assistente legitimidade para recorrer para pleitear a desclassificagao do crime. 6. Evidenciado, no caso, que o assistente de acusacéo recorreu do acérdo que acolheu a apelacéo da acusagéo para condenar o paciente como incurso no crime de homicidio culposo na direcao de veiculo automotor, buscando modificar a classificacao, Juridica do crime para homicidio doloso qualificado, bem como a competéncia para o Tribunal do Juri, a data que deve ser considerada para fins de transito em julgado para a acusacio € o dia em que este ocorreu para o Ministério PUblico, e nao para o assistente, haja vista a falta de interesse e legitimidade deste em recorrer. (...) (HC 287.948/DF, Rel. Ministro SEBASTIAO REIS JUNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 02/09/2014, DJe 22/09/2014) ‘% STJ - HC 195.797/PR: O ST) decidiu no sentido de que, se a atuagéo do MP se deu por meio de forca-tarefa, composta por varios membros, a eventual de suspeiggo de um dos membros nao torna nulo a atuacéo, tendo em conta a existéncia de outros membros legitimados a atuar: (...) 3, Ademais, constata-se das certidées explicativas juntadas aos autos que a atuacao do Ministério Publico Federal se deu por meio de uma forca-tarefa. Desse modo, ainda que questionada a suspeicao de um dos membros do Parquet na celebracdo dos acordos de delac3o premiada, os atos permaneceriam validos, tendo em vista a existéncia de outros signatarios legitimados para a sua efetivacao. 4. Ordem de habeas corpus denegada. (HC 195.797/PR, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 22/05/2012, DJe 06/06/2012) % STJ - AgRg no REsp 880.818/RJ: O ST decidiu no sentido de que o assistente de acusacéo ndo tem legitimidade para recorrer contra deciséo concessiva do beneficio da suspensdo condicional do processo: PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL, CRIME DE ESTELIONATO. SUSPENSAO CONDICIONAL DO PROCESSO. ASSISTENCIA. ART. 271 DO CPP. ROL TAXATIVO. ILEGITIMIDADE DO ASSISTENTE DA ACUSACAO. AGRAVO IMPROVIDO. Prof. Renan Araujo ‘www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 45 ~ Consoante entendimento do Superior Tribunal de Justica do Cédigo de Processo Penal é taxativo, nao podendo o assistente da acusagio recorrer contra ato privative do Ministério Publico. 2. Agravo regimental improvide. (AgRg no REsp 880.818/RJ, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, QUINTA TURMA, julgado em 18/02/2010, DJe 15/03/2010) % STJ - HC 169.557/RJ: O ST) decidiu no sentido de que o assistente de acusagéio tem legitimidade para recorrer mesmo com a Unica finalidade de majorar a pena imposta: 2. Preenchido 0 requisito do art. 598 do Cédigo de Processo Penal, pode o assistente de acusago interpor recurso de apelacao para o fim de aumentar a pena. (...) (HC 169.557/R3, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 29/08/2013, DJe 12/09/2013) % STJ - HC 228.280/BA: 0 ST) firmou entendimento no sentido de que néo ha nulidade na nomeac&o de defensor dativo para a realizacdo de audiéncia de instrugéo e julgamento, na hipétese de auséncia injustificada do patrono do acusado: .«.) 3. © simples fato de haver sido nomeado defensor dativo ao paciente para © ato nao € capaz de demonstrar os danos que teriam sido por ele suportados, até mesmo porque estava presente @ audiéncia, o que indica que teve a oportunidade de se consultar com o profissional indicado para patrocina-lo na ocasiao, bem como de solicitar que formulasse os questionamentos considerados relevantes para o deslinde da controvérsia. 4, Atualmente, até em casos de nulidade absoluta, doutrina e jurisprudéncia tém exigido a comprovagao de prejuizo para que a macula possa ser reconhecida. (...) (HC_228.280/BA, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 11/03/2014, DJe 25/03/2014) Para finalizar o estudo da materia, trazemos um resumo dos principais aspectos estudados ao longo da aula. Nossa sugestéo é a de que esse resumo seja estudado sempre previamente ao inicio da aula seguinte, como forma de “refrescar” a meméria. Além disso, segundo a organizagao de estudos de vocés, a cada ciclo de estudos é fundamental retomar esses resumos. Caso encontrem dificuldade em compreender alguma informacio, ndo deixem de retornar a aula. SUJEITOS PROCESSUAIS Conceito - Pessoas que atuam, de maneira obrigatéria ou ndo, no processo criminal. Prof. Renan Araujo ‘www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 45 * Sujeitos essenciais - Necessariamente devem fazer parte do processo criminal. So apenas trés: Juiz, acusador (MP ou querelante) e acusado (ou querelado), bem como o defensor deste. + Sujeitos acessérios (nao essenciais) - Nao necessariamente atuardo no processo. Exemplo: Assistente de acusacao. JuIZ Conceito - O sujeito processual, na verdade, € 0 Estado-Juiz, que atua no processo através de um érgao jurisdicional, que é o Juiz criminal. Poderes: + Poder de policia administrativa - Exercido no curso do processo, com a finalidade de garantir a ordem dos trabalhos e a disciplina. + Poder Jurisdicional - Relativo condugdo do processo, no que toca & atividade-fim da Jurisdicéo (instruc, decisées interlocutérias, prolacdo da sentenca, execuc&o das decisées tomadas, etc.). Dividem- se em: b.1) Poderes-meio (atos cuja pratica é atingir uma outra finalidade ~ a prestaco da efetiva tutela jurisdicional), que se dividem em atos ordinatérios e instrutérios; b.2) Poderes-fins (que séo relacionados a prestacéo da efetiva tutela jurisdicional e seu cumprimento), dividindo-se em atos decisdrios (dizem 0 direito, condenando, absolvendo, etc.) e atos executérios (colocam em pratica © que foi decidido). IMPEDIMENTO E SUSPEICAO Situacdes capazes de afetar a imparcialidade do Juiz. ESPECIE HIPOTESES OBSERVACOES. IMPEDIMENTO * Tiver funcionado seu cénjuge ou OBS Presungdo parente, consanguineo ou afim,em absoluta de linha reta ou colateral até © parcialidade. Rol terceiro grau, inclusive, como taxativo. gofensor ou gavogado, 6rgao OBESE Juiz tem o dever autoridade pol de se __declarar justia ou perito. impedido, ndo podendo * © préprio Juiz ~—sthouver atuar no processo. Se desempenhado qualquer dessas_néo o fizer, qualquer das fungées (anteriores) ou servido partes poderé arguir seu como testemunha. impedimento. * 0 proprio Juiz tiver atuado como juiz de outra__ instancia, Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcur 05.com. 2a de 45 ri Aula 04 - Prof. Ren: pronunciando-se, de fato ou de QBS. Doutrina vé como direito, sobre a questao. inexistente. + 0 préprio Juiz ou seu cénjuge ou v8 como parente, consanguineo ou afin em nulidade absoluta. linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito. SUSPEIGAO = *« Se for amigo intimo ou inimigo OBS Presungao capital de qualquer das partes. _relativa de * Seo Juiz, seu cénjuge, ascendente imparcialidade do Juiz. ou descendente, estiver . & 5 respondendo a processo por OBS# Juiz néo esté fato andlogo, sobre cujo carater Obrigado a se declarar criminoso haja controvérsia. suspeito. + Seo Juiz, seu cénjuge, ou parente, BSI A suspeicéo néo consanguineo, ou afim, até © pode ser declarada, nem terceiro grau, inclusive, sustentar feconhecida quando 3 demanda ou responder a els processo que tenha de ser Pas criar 0 motivo para julgado por qualquer das egala parte’ (propositalmente). = Se o Juiz tiver aconselhado OBS Jurisprudéncia vé qualquer das partes. como nulidade * Se 0 Juiz for credor ou devedor, felativa (controvérsia tutor ou curador, de qualquer na Doutrina). das partes. * Se o Juiz for sécio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo. ATENCAO! A suspeigao ou o impedimento em decorréncia de parentesco por afinidade (parentesco que néo é de sangue) cessa com a dissolucéo do casamento que fez surgir o parentesco. EXCECGE! = Se do casamento resultar filhos, o impedimento ou suspeigaéo ndo se extingue em hipdtese nenhuma. + Havendo ou nao filhos da relacao, o impedimento ou suspeigéo permanece em relag&o a sogros, genros, cunhados, padrasto e enteado. (OBS! Aplicam-se aos serventuarios e funcionarios da Justiga as prescrigdes sobre suspeicao dos Juizes. MINISTERIO PUBLICO Conceito - E érgao responsdvel por desempenhar as fungées do Estado- acusador no processo. Pode atuar de duas formas: * Como autor da aco (acao penal publica) * Como fiscal da Lei Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 45 ri Aula 04 - Prof. Suspeicao e impedimento Mesmas hipéteses de suspeig&o ¢ impedimento previstas para os Juizes, no que for cabivel. Além disso, néo poderéo atuar nos processos em que o juiz ou qualquer das partes for seu cénjuge, ou parente, consanguineo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive. (OBS: © fato de o membro do MP ter atuado na fase investigatéria nao gera suspeicao ou impedimento (verbete n° 234 da simula de jurisprudéncia do STJ). ACUSADO + Aquele que figura no polo passivo da ado penal * A identificago do acusado deve ser feita da forma mais ampla possivel. A impossibilidade de identificag&o do acusado por seu nome civil, contudo, no impede o prosseguimento da acéio, quando CERTA a identidade fisica. + Deve comparecer a todos os atos do processo para o qual for intimado e, caso n&o compareca a algum ato que nao possa ser realizado sem ele, 0 Juiz podera determinar sua condugdo a forca - Divergéncia doutrinaria quanto a constitucionalidade desta previsao. Direitos do acusado: + Nao produzir prova contra si mesmo * Direito de ser processado e sentenciado pela autoridade competente * Direito ao contraditério e & ampla defesa + Direito a entrevista prévia e reservada com seu defensor DEFENSOR DO ACUSADO A presenga do defensor no processo criminal é obrigatéria, e decorre do principio da ampla defesa (defesa técnica). A defesa deve, ainda, ser eficiente. SUMULA 523 DO STF NO PROCESSO PENAL, A FALTA DA DEFESA CONSTITUI NULIDADE ABSOLUTA, MAS A SUA DEFICIENCIA SO O ANULARA SE HOUVER PROVA DE PREJUIZO PARA O REU. (OBS! Doutrina entende que o Judicidrio pode reconhecer a deficiéncia da defesa técnica, ex officio. Acusado n&o nomeia defensor - Juiz nomeara um para atuar em seu favor. Se nao for pobre, sera obrigado a pagar os honorérios do defensor dativo que Ihe for nomeado. Acusado podera, posteriormente, desconstituir 0 advogado nomeado pelo Juiz e constituir outro, de sua confianga? Simi. Defensor nomeado pode recusar atuagé0? Somente em caso de motivo relevante. Defensor nomeado pode abandonar a causa? Sim, por motivo imperioso, mas deve comunicar previamente ao Juiz. Prof. Renan Araujo ‘www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 45 Eee Defensor constituido precisa apresentar procuragdo? Em regra, sim, salvo quando 0 acusado o indicar em seu interrogatério (procurac&o apud acta). Impossibilidade de atuacdéo - Nao podem atuar como defensor do acusado os parentes do Juiz (mesmas hipoteses do art. 252, I do CPP). ASSISTENTE DE ACUSACAO Conceito - Trata-se da figura do ofendido (ou seu representante legal) ou seus sucessores, que poderdo atuar na ago penal publica como assistentes do MP (néio serao autores da acao penal). Caracteristicas: + Deve ocorrer durante o processo - Entre o recebimento da dentincia e © transito em julgado * Deve o requerente estar assistido por profissional habilitado (advogado ou defensor puiblico) « MP deve ser previamente ouvido * Deciséo de deferimento ou indeferimento do pedido é IRRECORRIVEL (Cabe MS, caso indeferido o requerimento). (OBS# 0 corréu (aquele que também é acusado) nao pode atuar como assistente da acusacdo (em relagéo aos outros réus). Contudo, pode recorrer da sentenga que absolve os demais réus. Assistente pode: + Propor meios de prova + Requerer perguntas as testemunhas + Aditar os articulados (0 libelo foi extinto) + Participar do debate oral e arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Publico ou por ele préprio + Requerer a prisdo preventiva do acusado Assistente pode, ainda, apelar: + Da sentenga de mérito (art. 593) - mesmo com a tinica finalidade de majorar a pena. + Da sentenga de improntincia, nos processos do Tribunal do Juri + Da sentenca que julga extinta a punibilidade AUXILIARES DA JUSTICA Os peritos € intérpretes devem ser imparciais, pois n&o possuem interesse na causa. Estende-se aos peritos (e aos intérpretes) as mesmas regras de suspeicdo dos Juizes. Vedacées ao exercicio da fungdo de perito Nao podem exercer a fungao: Prof. Renan Araujo ‘www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 45 ri Aula 04 - Prof. + Aqueles que estiverem sujeitos a interdico de direito + Aqueles que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado anteriormente sobre o objeto da pericia « Os analfabetos e os menores de 21 anos - Atualmente, com a maioridade civil aos 18 anos, esse dispositivo deve ser adaptado a nova maioridade civil. Contudo, se a prova trouxer a literalidade da lei, deve ser marcado como correta a idade de 21 anos. Observacées: = Nomeagéo do perito é ato privativo do Juiz «As partes nao podem intervir na nomeacao + Perito n&o pode recusar a nomeagio, salvo se provar motivo relevante + Perito que faltar com suas obrigacdes pode ser multado + Perito pode ser conduzido a forga caso no compareca a algum ato para © qual foi intimado Bons estudos! Prof. Renan Araujo 6 LISTA DE EXERCICIOS HoRADE raticar! 01. (CESPE - 2014 - PGE-BA - PROCURADOR) Oassistente de acusagio, de acordo com a jurisprudéncia do STJ, nao tem direito a manejar recurso de apelacéo que objetive 0 aumento da pena do sentenciado. 02. (CESPE - 2014 - PGE-BA - PROCURADOR) Segundo a jurisprudéncia do STJ, 0 assistente de acusagéo néo detém legitimidade ‘para recorrer de deciséo judicial que conceda a suspenséo condicional do processo. 03. (CESPE - 2014 - PGE-BA - PROCURADOR) A interveniéncia do assistente de acusacao nao é permitida no curso do inquérito policial ou da execucao penal. 04. (CESPE - 2014 - CAMARA DOS DEPUTADOS - POLICIAL LEGISLATIVO) No que se refere ao inquérito policial e a prova criminal, julgue os itens subsequentes. Prof. Renan Araujo ‘www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 45 Admitido, pelo juiz, o assistente técnico, que podera ser indicado e pago pela parte, teré este acesso ao material probatério, no ambiente do érgao oficial e na presenca do perito oficial. 05. (CESPE - 2014 - TJ/SE - TECNICO) Julgue os préximos itens, acerca da prisio temporaria e das disposicbes do CPP a respeito do juiz. O CPP veda ao juiz o exercicio de jurisdig&o no processo em que tiver funcionado como auxiliar da justica seu cénjuge ou parente, consanguineo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau. 06. (CESPE - 2013 - TRF5 - JUIZ FEDERAL - ADAPTADA) Conforme previséo do CPP, a atuacdo do assistente de acusac&o, que recebera a causa no estado em que ela se encontra, é admitida enquanto nao transitar em julgado a sentenca, vedada a participaciio de corréu no mesmo processo como assistente do MP. 07. (CESPE - 2013 - TRF5 - JUIZ FEDERAL - ADAPTADA) Seré configurada a suspeigao do juiz, admitindo-se a recusa por qualquer das partes, quando ele tiver funcionado como juiz de outra instancia, tendo se pronunciado, de fato ou de direito, sobre a questo. 08. (CESPE - 2013 - TRF5 - JUIZ FEDERAL - ADAPTADA) A atividade probatéria do assistente de acusacéo independe do MP, sendo, por isso, dispensavel a oitiva do érgao de acusac&o no que se refere as postulacées probat6rias propostas pelo assistente. 09. (CESPE - 2011 - TJ-PB - JUIZ) Conforme a jurisprudéncia do STJ, ao assistente de acusacéo nao é conferida legitimidade para interpor apelacéo de sentenga condenatéria com o fim de aumentar a pena. 10. (CESPE - 2015 - DPU - DEFENSOR PUBLICO) Julio foi preso em flagrante pela pratica de furto de um caixa eletrénico da CEF. Julio responde a outros processos por crime contra o patriménio. A respeito dessa situag&o hipotética, julgue os seguintes itens. © representante da CEF poder habilitar-se como assistente da acusacdo a partir da instaurago do inquérito policial, no cabendo impugnacdo da decisao judicial que negar a habilitacao. Prof. Renan Araujo ‘www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 45 11. (CESPE - 2002 - CONSULTOR LEGISLATIVO DO SENADO’ Lauro esta sendo acusado, em juizo, por crime que deixou vestigios, havendo a policia arrecadado os objetos que compéem o corpo de delito. De acordo com a legislac&o pertinente ao caso descrito no texto, julgue o item subseqiiente. Se Lauro, comprovadamente, possuir elevada renda e, ainda assim, recusar-se a contratar advogado por nao ter interesse em defender-se da acusacdo, 0 juiz nao devera nomear-Ihe defensor, mas decretar a sua revelia. 12. (CESPE - 2002 - CONSULTOR LEGISLATIVO DO SENADO) Lauro esté sendo acusado, em juizo, por crime que deixou vestigios, havendo a policia arrecadado os | objetos que compéem o corpo de delito. De acordo com a legislag&o pertinente ao caso descrito no texto, julgue o item subsequente. Se a vitima habilitar-se como assistente do Ministério PUblico, nao sera ébice & sua habilitacdo 0 fato de o proceso jé estar em grau de recurso. 13. (CESPE - 2012 - TJ/PI - JUIZ) Em relagao aos sujeitos processuais, assinale a opgao correta. a) O juiz deve dar-se por suspeito se possuir parente consanguineo, na linha colateral até o terceiro grau, que esteja respondendo a processo por fato anélogo sobre cujo caréter criminoso haja controvérsia. b) O membro do MP possui legitimidade para proceder, diretamente, & colheita de elementos de conviccao para subsidiar a propositura de aco penal, incluindo- se a presidéncia de inquérito policial. c) Mesmo apés a vigéncia do novo Cédigo Civil, faz-se necesséria a nomeagao de curador especial para acusado com idade entre dezoito e vinte e um anos, em respeito ao principio da especialidade, porquanto tal exigéncia ndo foi suprimida do CPP. d) Se 0 advogado do réu for devidamente intimado, por meio da imprensa oficial, para a sesso de julgamento da apelacao, na hipstese de adiamento, a intimacaio da nova data da sesso deverd ser feita pessoalmente. €) O assistente de acusac&o possui legitimidade para interpor apelag&o contra sentenga absolutéria, caso o MP se quede inerte apés regular intimacdo. 14, (CESPE - 2012 - T3/BA - JUIZ) A respeito das normas aplicadas ao MP, ao acusado e ao defensor e do disposto nas normas procedimentais aplicdveis aos processos que tramitam perante o ST) e 0 STF, de acordo com o entendimento dos tribunais superiores, assinale a opcaio correta. a) Considere que 0 réu constitua advogado que, devidamente intimado, nao compareca a audiéncia de inquirigéo das testemunhas arroladas exclusivamente Prof. Renan Araujo ‘www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 45 pela defesa nem apresente motivacéo justificada de sua ausencia. Nessa situagéo, realizada a audiéncia na presenga de advogado ad hoc, ocorrerd nulidade processual ante & ofensa dos interesses do acusado. b) A lei ndo permite que as intimacdes dos processos que tramitam perante o STJ e STF sejam feitas por carta registrada. c) No processo penal, os prazos so contados a partir da juntada do mandado de intimagao aos autos. d) O oferecimento de contrarrazées a recurso interposto contra a rejeigéo da denuncia, por meio de defensor dativo, ante a nao intimacéio do denunciado para oferecé-la, ndo implica ofensa a direito do acusado. €) Os érgéios do MP sujeitam-se as mesmas prescrigdes relativas a suspeig&o dos juizes, no que hes for aplicdvel, implicando a sua inobservancia nulidade relativa. 15. (CESPE - 2013 - TIDFT - TECNICO JUDICIARIO) Caso, em seu interrogatério, o acusado afirme que sua defesa seré patrocinada por advogado particular, ndo haverd necessidade de o defensor apresentar o instrumento de mandato. 16. (CESPE - 2013 - TJDFT - ANALISTA JUDICIARIO - AREA JUDICIARIA) O assistente de acusagdo poderé intervir na ac&o penal publica em qualquer tempo, desde que n&o haja transito em julgado da sentenca. 17. (CESPE - 2010 - DPU - DEFENSOR PUBLICO FEDERAL) Nos termos da legislac&o processual penal vigente, admite-se, no curso regular da persecuc&o penal, na fase pré-processual, em feito de ac&o penal privada, a possibilidade de habilitar-se como assistente de acusagéo a companheira do ofendido. Pode esta, por intermédio do advogado regularmente constituido, caso no possua capacidade postulatéria, valer-se das garantias estabelecidas pela lei quanto a prova técnica pericial e apresentar assistente técnico, na sobredita fase, a fim de acompanhar a elaboracdo de exame pericial de alta complexidade que abranja mais de uma area de conhecimento especializado, oferecendo, desde logo, quesitos a serem respondidos pelo perito e pelo assistente técnico. 18. (CESPE - 2008 - MPE/RR - PROMOTOR DE JUSTICA) © ofendido ou seu representante legal poderdo oficiar como assistentes de acusagéo, podendo propor meios de prova, apresentar perguntas as testemunhas, participar dos debates orais e arrazoar os recursos apresentados pelo Ministério Publico. Poderdo, ainda, interpor recursos, mas, nesse caso, sera imprescindivel demonstrar que promoveram sua habilitagéo como assistentes antes de ser proferida a sentenca. Prof. Renan Araujo ‘www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 45 ri Aula 04 - Prof. Ainda que o acusado indique seu defensor por ocasido de seu interrogatério, a constituic&o regular desse defensor depende do instrumento de mandato, que, nessa situaco, deve ser juntado aos autos no prazo de cinco dias, se outro prazo no for fixado pelo juiz. 20. (CESPE - 2013 - SERPRO - ANALISTA) A legislagao brasileira adota o sistema de escolha do perito pelo préprio juiz. 21. (CESPE - 2012 ~ PEFOCE - TODOS OS CARGOS) So extensivas aos peritos as disposigées referentes a suspeicdo dos juizes, como, por exemplo, a hipétese de o perito ser filho da vitima. Por outro lado, o perito, mesmo nao sendo testemunha, podera ser conduzido coercitivamente & presenga do juiz, caso ndo compareca nem apresente justificativa. 22. (CESPE - 2012 - STJ - ANALISTA JUDICIARIO - AREA JUDICIARIA) Caso um advogado experiente, que patrocina a defesa de acusado da pratica de crime hediondo, intencionalmente profira, durante a instrugdo criminal, in; contra o magistrado, e isso provoque animosidade circunstancial entre ambos, mesmo assim, nos termos do CPP, a suspeicdo ndo poder ser declarada. 23. (CESPE - 2012 - PC-AL - AGENTE DE POL{CIA) Segundo a orientacéo jurisprudencial do Superior Tribunal de Justica, a participacéo do membro do Ministério Public na fase de investigacao policial nao acarreta nem o seu impedimento nem a sua suspeigdo para o oferecimento da denuncia. 24. (CESPE - 2012 - PEFOCE - TODOS OS CARGOS) O assistente do Ministério Publico somente poderd ser habilitado apés 0 inicio da ago penal publica e antes do transito em julgado, razéio por que ndo se admite tal habilitacdo durante o inquérito policial, na execugdo penal nem em crime de ago privada. 25. (CESPE - 2013 - POLICIA FEDERAL - DELEGADO) Considere que, no curso de inquérito policial em que se apure crime de aco publica incondicionada, quando da primeira remessa dos autos ao Poder Judiciario com solicitagdo de retorno para novas diligéncias, a vitima do delito requeira a sua habilitagao nos autos como assistente de acusacao. Nessa situacao, o pedido deve ser negado, visto que a figura do assistente é admitida no processo somente apés o recebimento da dentincia e antes do transito em julgado da sentenca. Prof. Renan Araujo ‘www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 45 O juiz se dara por suspeito, ndo caracterizando hipétese de impedimento, se seu ascendente estiver respondendo a processo por fato andlogo, sobre cujo carter criminoso haja controvérsia. 27. (CESPE - 2013 - TJ-DF - ANALISTA JUDICIARIO - AREA JUDICIARIA) A participacéio de membro do MP na fase investigatéria criminal no acarreta seu impedimento ou suspeic&o para o oferecimento da denuincia. 28. (CESPE - 2013 - TJDF - TECNICO JUDICIARIO) Nos crimes de aco penal publica, ndo poderd o ofendido intervir no processo na qualidade de assistente, jé que a titularidade da acao é do MP. 29. (CESPE - 2013 - PC-BA - INVESTIGADOR) A intervenco do ofendido é admitida na aco penal publica ou privada, podendo ele habilitar-se como assistente de acusacao desde o inquérito policial e, se for 0 caso, acompanhar a execugdo da pena. 30. (CESPE - 2013 - PGE-DF - PROCURADOR) Em conformidade com o que estabelece o CPP, do despacho que admitir ou nao o assistente do MP jamais cabera recurso. 31. (CESPE - 2013 - PGE-DF - PROCURADOR) A jurisprudéncia sumulada do STF veda de modo irrestrito que o assistente do MP maneje recurso extraordinario contra deciso concessiva de habeas corpus. PESTS La) 01. (CESPE - 2014 - PGE-BA - PROCURADOR) © assistente de acusacao, de acordo com a jurisprudéncia do STJ, nao tem direito a manejar recurso de apelacéo que objetive o aumento da pena do sentenciado. COMENTARIOS: © item esté errado. O STF entende que o assistente de acusacao pode manejar recurso de apelagéo ainda que com a unica finalidade de obter o aumento da pena imposta. Antigamente se entendia que © Unico interesse do assistente de acusagdo era obter uma sentenca condenatéria (para garantir futura reparacdo civil). Prof. Renan Araujo ‘www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 45 ri Aula 04 - Prof. ‘Atualmente se entende que o assistente de acusacao tem como interesse a busca pela Justica, de forma que se admite seu recurso ainda que tenha por tinica finalidade o aumento da pena (Ver HC 137339/RS). Portanto, a AFIRMATIVA ESTA ERRADA. 02. (CESPE - 2014 - PGE-BA - PROCURADOR) Segundo a jurisprudéncia do STJ, o assistente de acusacdo nao detém legitimidade para recorrer de decisdo judicial que conceda a suspensdo condicional do processo. COMENTARIOS: 0 item estd correto. Segundo o entendimento do STJ, o assistente de acusagSo nao possui legitimidade para recorrer da deciséo que concede a suspensdo condicional do processo, pois sua legitimidade recursal esta taxativamente prevista no art. 271 do CPP (ver REsp n. 604.379/SP): Art. 271. Ao assistente ser permitido propor meios de prova, requerer perguntas 4s testemunhas, aditar o libelo e os articulados, participar do debate oral e arrazoar ‘9s recursos interpostos pelo Ministério Puiblico, ou por ele préprio, nos casos dos arts. 584, § 19, e 598. Portanto, a AFIRMATIVA ESTA CORRETA. 03. (CESPE - 2014 - PGE-BA - PROCURADOR) A interveniéncia do assistente de acusacdo ndo é permitida no curso do inquérito policial ou da execucao penal. COMENTARIOS: 0 item esta correto. O assistente de acusacao sé é admitido durante 0 proceso, jamais fora dele, de maneira que nao é admitido no inquérito policial (fase pré-processual) nem na execucéo penal (fase pés-processual). Vejamos os arts. 268 e 269 do CPP: Art. 268. Em todos os termos da acao publica, poder intervir, como assistente do Ministério Publico, o ofendido ou seu representante legal, ou, na falta, qualquer das pessoas mencionadas no Art. 31. Art. 269. O assistente seré admitido enquanto nao passar em julgado a sentenca e receberd a causa no estado em que se achar. Portanto, a AFIRMATIVA ESTA CORRETA. 04. (CESPE - 2014 - CAMARA DOS DEPUTADOS - POLICIAL LEGISLATIVO) No que se refere ao inquérito policial e 4 prova criminal, julgue os itens subsequentes. Admitido, pelo juiz, o assistente técnico, que podera ser indicado e pago pela parte, tera este acesso ao material probatério, no ambiente do érgao Oficial e na presenca do perito oficial. COMENTARIOS: 0 item esta correto. Isto é 0 que consta no art. 159, §6° do cP: Prof. Renan Araujo ‘www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 45 ri Aula 04 - Prof. it. 159 (...) § 60 Havendo requerimento das partes, o material probatério que serviu de base 4 pericia seré disponibilizado no ambiente do érgao oficial, que manteré sempre sua guarda, e na presenca de perito oficial, para exame pelos assistentes, salvo se for impossivel a sua conservacéo. (Incluido pela Lei n° 11.690, de 2008) Portanto, a AFIRMATIVA ESTA CORRETA. 05. (CESPE - 2014 - T3/SE - TECNICO) Julgue os préximos itens, acerca da prisdo temporaria e das disposigées do CPP a respeito do juiz. O CPP veda ao juiz 0 exercicio de jurisdigdo no processo em que tiver funcionado como auxiliar da justiga seu cénjuge ou parente, consanguineo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau. COMENTARIOS: Item correto. 0 Juiz, neste caso, é considerado IMPEDIDO de atuar, por forca do art. 252, I do CPP: Art. 252. 0 juiz no poderé exercer jurisdigo no processo em que: I- tiver funcionado seu cénjuge ou parente, consangijineo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, érgao do Ministério Publico, autoridade policial, auxiliar da justica ou perito; Portanto, a AFIRMATIVA ESTA CORRETA. 06. (CESPE - 2013 - TRF5 - JUIZ FEDERAL - ADAPTADA) Conforme previséo do CPP, a atuacdo do assistente de isacéo, que receberé a causa no estado em que ela se encontra, é admitida enquanto néo transitar em julgado a sentenga, vedada a participagdo de corréu no mesmo processo como assistente do MP. COMENTARIOS: Item correto, pois esta 6 a previsdo contida nos arts. 268 a 270 do CPP: Art. 268. Em todos os termos da aco publica, poderé intervir, como assistente do Ministério Puiblico, 0 ofendido ou seu representante legal, ou, na falta, qualquer das pessoas mencionadas no Art. 31. Art. 269. O assistente seré admitido enquanto néo passar em julgado a sentenca @ receberd a causa no estado em que se achar. Art. 270. 0 co-réu no mesmo processo nao poder intervir como assistente do Ministério Publico. Portanto, a AFIRMATIVA ESTA CORRETA. 07. (CESPE - 2013 - TRF5 - JUIZ FEDERAL - ADAPTADA) Sera configurada a suspeic&o do juiz, admitindo-se a recusa por qualquer das partes, quando ele tiver funcionado como juiz de outra instancia tendo se pronunciado, de fato ou de direito, sobre a questdo. COMENTARIOS: Item errado pois, neste caso, teremos hipétese de IMPEDIMENTO, prevista no art. 252, III do CPP: a Prof. Renan Araujo ‘www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 45 Vt. 252. 0 juiz no poderd exercer jurisdic3o no processo em que: () III - tiver funcionado como juiz de outra instancia, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questao; Portanto, A AFIRMATIVA ESTA ERRADA. 08. (CESPE - 2013 - TRF5 - JUIZ FEDERAL - ADAPTADA) A atividade probatéria do assistente de acusacio independe do MP, sendo, por isso, dispensavel a oitiva do 6rgaéo de acusacéo no que se refere as postulacées probatérias propostas pelo assistente. COMENTARIOS: Item errado pois, embora a atividade probatéria do assistente de acusacao seja independente, a oitiva do MP é necesséria, nos termos do art. 271, §1° do CPP: Art. 271. Ao assistente seré permitido propor meios de prova, requerer perguntas 4s testemunhas, aditar o libelo e os articulados, participar do debate oral e arrazoar 95 recursos interpostos pelo Ministério Publico, ou por ele préprio, nos casos dos arts. 584, § 19, e 598, § 10 O juiz, ouvido 0 Ministério Publico, decidird acerca da realizacao das provas propostas pelo assistente. Portanto, a AFIRMATIVA ESTA ERRADA. 09. (CESPE - 2011 - TJ-PB - JUIZ) Conforme a jurisprudéncia do STJ, ao assistente de acusacdo nao é conferida legitimidade para interpor apelacdo de sentenca condenatéria com o fim de aumentar a pena. COMENTARIOS: Item errado, pois 0 STJ entende que o assistente de acusagao tem legitimidade para apelar da sentenca com a Unica finalidade de obter o aumento da pena. Vejamos: “(...) 2. Preenchido 0 requisito do art. 598 do Cédigo de Processo Penal, pode o assistente de acusacao interpor recurso de apelacao para o fim de aumentar a pena. Ge)” (HC 169.557/RJ, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 29/08/2013, DJe 12/09/2013) Portanto, a AFIRMATIVA ESTA ERRADA. 10. (CESPE - 2015 - DPU - DEFENSOR PUBLICO) Julio foi preso em flagrante pela pratica de furto de um caixa eletrénico da CEF. Julio responde a outros processos por crime contra o patriméni Arespeito dessa situagao hipotética, julgue os seguintes itens. O representante da CEF podera | habi ital como assistente da acusacaéo a partir da instauracao do inquérito policial, nao cabendo impugnacao da decis&o judicial que negar a habilitagdo. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 45 COMENTARIOS: Item errado, pois a figura do assistente de acusacao so existe dentro do processo, ou seja, nao é cabivel sua admissao durante o IP. Vejamo: Art. 268. Em todos os termos da acdo publica, poderd intervir, como assistente do Ministério Publico, o ofendido ou seu representante legal, ou, na falta, qualquer das pessoas mencionadas no Art. 31. Portanto, a AFIRMATIVA ESTA ERRADA. 11. (CESPE - 2002 - CONSULTOR LEGISLATIVO DO SENADO) Lauro esta sendo acusado, em juizo, por crime que deixou ve: havendo a policia arrecadado os objetos que compéem 0 corpo de delito. De acordo com a legislacao pertinente ao caso descrito no texto, julgue o item subseqiiente. Se Lauro, comprovadamente, possuir elevada renda e, ainda assim, recusar-se a contratar advogado por néo ter interesse em defender-se da acusacao, o juiz nado devera nomear-Ihe defensor, mas decretar a sua revelia. COMENTARIOS: A presenca do defensor no processo criminal é obrigatéria, e decorre do principio da ampla defesa, previsto no art. 5°, LV da Constituigio. O defensor (advogado ou Defensor Publico) é quem realiza a chamada defesa técnica (a defesa prestada por profissional habilitado). Sua presenca obrigatoria esta prevista, ainda, no art. 261 do CPP: Art. 261. Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, serd processado ou julgado sem defensor. Paragrafo Unico. A defesa técnica, quando realizada por defensor publico ou dativo, serd sempre exercida através de manifestacéo fundamentada. (Incluido pela Lei n° 10.792, de 19.12.2003) Vejam que o § Unico trata da chamada “Defesa técnica eficiente”, o que obriga o Defensor Publico ou defensor dativo a prestar a defesa técnica de maneira eficiente, e nao apenas protocolar. Isso se dé nao em raz&o de preconceito técnico da Lei para com defensores dativos e Defensores Puiblicos, mas em razo de que estes nao foram nomeados pelo acusado e nao esto sendo pagos por este, o que poderia gerar certa displicéncia. Caso o acusado nao possua defensor, o Juiz nomeard um para que o defenda. Entretanto, caso o acusado, posteriormente resolva constituir advogado de sua confianga ou defender-se a si préprio (caso possua habilitag3o para isso), poder4 destituir o defensor nomeado pelo Juiz, A QUALQUER TEMPO. Nos termos do art. 263 do CPP: Art. 263. Se o acusado nao o tiver, ser-Ihe-d nomeado defensor pelo juiz, ressalvado © seu direito de, a todo tempo, nomear outro de sua confianca, ou a si mesmo defender-se, caso tenha habilitacéo. O § unico deste artigo, por sua vez, determina que se o acusado, a quem for nomeado defensor, nao for pobre, seré obrigado a pagar os honorarios do Prof. Renan Araujo ‘www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 45 ri Aula 04 - Prof. defensor dativo que Ihe for nomeado. Em se tratando de Defensor Publico, embora estes no possam receber honorétios, a lei permite (LC n° 80/94) o recebimento de honorérios pela Instituigdo Defensoria Publica, em conta prépria. No termos do art. 263, § Unico: Paragrafo Unico. O acusado, que nao for pobre, serd obrigado a pagar os honorérios do defensor dativo, arbitrados pelo juiz. Portanto, a AFIRMATIVA ESTA ERRADA. 12. (CESPE - 2002 - CONSULTOR LEGISLATIVO DO SENADO) Lauro estaé sendo acusado, em juizo, por crime que deixou vestigios, havendo a policia arrecadado os objetos que compéem o corpo de delito. De acordo com a legislacao pertinente ao caso descrito no texto, julgue o item subseqiente. Se a vitima habilitar-se como assistente do Ministério PUblico, néo sera 6bice 4 sua habilitagdo o fato de o processo ja estar em grau de recurso. COMENTARIOS: 0 ofendido, seu representante legal, ou qualquer das pessoas mencionadas no art. 31 do CPP (cénjuge, ascendente, descendente ou irm&o) podergo atuar como assistentes da acusagSo nas agées penais publicas (condicionadas e incondicionadas). Nos termos do art. 268 do CPP: Art. 268. Em todos os termos da acao publica, poder intervir, como assistente do Ministério Publico, o ofendido ou seu representante legal, ou, na falta, qualquer das pessoas mencionadas no Art. 31. A intervenc&o de qualquer destas pessoas como assistente da acusacéo pode se dar a qualquer momento, ATE O TRANSITO EM JULGADO DA SENTENGA: Art. 269. O assistente serd admitido enquanto nao passar em julgado a sentenca e receberd a causa no estado em que se achar. Portanto, a AFIRMATIVA ESTA CORRETA. 13. (CESPE — 2012 - TJ/PI - JUIZ) Em relac&o aos sujeitos processuais, assinale a op¢ao correta. a) O juiz deve dar-se por suspeito se possuir parente consanguineo, na linha colateral até o terceiro grau, que esteja respondendo a processo por fato andlogo sobre cujo carater criminoso haja controvérsia. b) O membro do MP possui legitimidade para proceder, diretamente, a colheita de elementos de conviccao para subsidiar a propositura de acao penal, incluindo-se a presidéncia de inquérito policial. c) Mesmo apés a vigéncia do novo Cédigo Civil, faz-se necessdria a nomeacao de curador especial para acusado com idade entre dezoito e vinte e um anos, em respeito ao principio da especialidade, porquanto tal exigéncia nao foi suprimida do CPP. d) Se o advogado do réu for devidamente intimado, por meio da imprensa oficial, para a sesséo de julgamento da apelacdo, na hipdtese de Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 45 ri Aula 04 - Prof. adiamento, a intimacio da nova data da pessoalmente. e) O assistente de acusacéo possui legitimidade para interpor apelacéo contra sentenca absolutéria, caso o MP se quede inerte apés regular intimago. COMENTARIOS: A) ERRADA: 0 Juiz sé seria considerado suspeito nesta hipétese caso a pessoa que respondesse ao processo andlogo fosse seu cénjuge, ascendente ou descendente, nos termos do art. 254, Il do CPP; B) ERRADA: O MP tem poder de investigar, realizar colheita de elementos de informaco, etc., conforme entendimento pacificado no STF e no STJ, mas lhe vedado presidir 0 IP, cuja presidéncia é exclusiva da autoridade policial; C) ERRADA: Com o novo Cédigo Civil, a maioridade civil passou a se dar aos 18 anos, de forma que nao ha mais a possibilidade de réu civilmente incapaz, ja que se menor de 18 anos nao poderd ser réu. Portanto, o artigo que determina a nomeagao de curador ao réu que tenha entre 18 e 21 anos esté temporariamente sem aplicagao; D) ERRADA: O STJ néo possui este entendiment: PROCESSO PENAL. RECURSO ESPECIAL. REGULAR INTIMACAO DO ADVOGADO DO PACIENTE PARA A SESSAO DE JULGAMENTO DO RECURSO DE APELACAO. ADIAMENTOS QUE NAO SE EXIGEM NOVA PUBLICACAO. INEXISTENCIA DE CERCEAMENTO. EMENDATIO LIBELLI. ENQUADRAMENTO DE TODAS AS CONDUTAS NUM UNICO CRIME. RATIFICACAO DO MINISTERIO PUBLICO. PRETENSAO DE MANTER UMA DAS IMPUTAGOES SUBMETIDAS A EMENDATIO. INVIABILIDADE. BIS IN EADEM. CRIME DE PREVARICACAO, PRATICAR CONDUTA CONTRA DISPOSICAO DE LEI ESTADUAL. NORMA NAO SUJEITA A ANALISE DESTA CORTE EM SEDE DE RECURSO ESPECIAL. ‘SUMULA 280 DO STF. Sendo 0 advogado do paciente devidamente intimado, pela Imprensa Oficial, para 2 sesso de julgamento do recurso de apelacao, na hipétese de adiamento, nao corre 2 nulidade por falta de intimacao ante a nova data da sessao. ‘Ao se permitir a emendatio libelli para unir num mesmo tipo penal todas as condutas imputadas 20 réu, no resta outro caminho ao érgao de acusacao se no pugnar pela manutencao do quadro acusatério, sob pena de admitir um bis in eadem em torno de nico quadramento fatico. ‘No caso, néo se afigura possivel o érgao de acusacio ratificar a emendatio libelli e, 20 mesmo tempo, pugnar para que seja mantida uma das imputacdes da dentincia. © crime de prevaricacao, conforme previsio do art. 319 do CPM, tem como um dos nuicleos a conduta de “praticar ato contrsrio a disposigao de lei", sendo, na hipétese, considerada a previsio de norma estadual, a qual no Se sujeita 4 andlise desta Corte. Aplicacao da Stimula 280 do STF. Recurso conhecido em parte e provide, para manter a deciséo do Juizo de primeiro grau. (REsp 941.367/SC, Rel, Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, Julgado em 14/04/2011, DJe 09/05/2011) E) CORRETA: Esta é a posig&o do STI: HABEAS CORPUS. LESGES CORPORAIS GRAVISSIMAS. SENTENCA CONDENATORIA QUE DESCLASSIFICOU A CONDUTA IMPUTADA AOS PACIENTES PARA LESOES CORPORAIS GRAVES. AUSENCIA DE IMPUGNACAO PELO MINISTERIO PUBLICO. Prof. Renan Araujo ‘www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 45 ri Aula 04 - Prof. AO DO_ASSISTENTE DE ACUSACAO. OFENDIDO. RECLASSIFICACAO DA CONDUTA PARA O CRIME PREVISTO NO ARTIGO 129, § 2°, INCISOS III E IV, DO CODIGO PENAL. LEGITIMIDADE DO ASSISTENTE PARA _RECORRER. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NAO EVIDENCIADO. ORDEM DENEGADA. 1. A legitimidade do assistente de acusacéo para apelar, quando inexistente recurso do Ministério Publico, é ampla, podendo impugnar tanto a sentenca absolutéria quanto @ condenatéria, visando 20 aumento da pena imposta, ja que a sua atuacao justifica- se pelo desejo legitimo de buscar justica, e no apenas eventual reparacao civel. Doutrina. Precedentes do STJ e do STF. (HC 137.339/RS, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 09/11/2010, DJe 01/02/2011) Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA E. 14. (CESPE - 2012 - TJ/BA - JUIZ) A respeito das normas aplicadas ao MP, ao acusado e ao defensor e do disposto nas normas procedimentais aplicaveis aos processos que tramitam perante o STJ e o STF, de acordo com o entendimento dos tribunais superiores, assinale a opcdo correta. a) Considere que o réu constitua advogado que, devidamente intimado, nao comparesa a audiéncia de inquirigéo das testemunhas arroladas exclusivamente pela defesa nem apresente motivagdo justificada de sua auséncia. Nessa situacao, realizada a audiéncia na presenga de advogado ad hoc, ocorrera nulidade processual ante a ofensa dos interesses do acusado. b) A lei néo permite que as intimacées dos processos que tramitam perante o STJ e STF sejam feitas por carta registrada. c) No processo penal, os prazos s&o contados a partir da juntada do mandado de intimagao aos autos. d) O oferecimento de contrarrazées a recurso interposto contra a rejeicao da deniincia, por meio de defensor dativo, ante a nao intimacgao do denunciado para oferecé-la, nao implica ofensa a direito do acusado. e) Os 6rgéos do MP sujeitam-se as mesmas prescrigées relativas A suspeigdo dos juizes, no que Ihes for aplicavel, implicando a sua inobservancia nulidade relativa. COMENTARIOS: A) ERRADA: Nao comparecendo o defensor do acusado, devera o Juiz nomear um defensor dativo para a pratica do ato, ndo havendo que se falar em nulidade por prejuizo & defesa, conforme entendimento do STJ; B) ERRADA: A lei permite este tipo de intimagao, no art. 99, §2° da Lei 8.038/90; C) ERRADA: Os prazos, no processo penal, so contados a partir da realizagao da comunicagéo (citac&o ou intimag&o) e nao da juntada do mandado aos autos, nos termos do art. 798, §5° do CPP; Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 45 ri Aula 04 - Prof. D) ERRADA: Se o denunciado n&o chegou a ser intimado para apresentar contrarrazdes a este recurso, a apresentacdo destas por defensor dativo implica ofensa a direito do acusado, conforme entendimento do STJ; E) CORRETA: Nos termos do art. 258 do CPP, aplicam-se aos membros do MP as mesmas prescrigdes relativas @ suspeicéo e impedimento dos Juizes, e sua inobservancia, conforme o STJ, constitui nulidade relativa, que depende da comprovacao de prejuizo: Art, 258, Os érgéos do Ministério Publico nao funcionaro nos processos em que o juiz ou qualquer das partes for seu cénjuge, ou parente, consanguineo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, e a eles se estendem, no que Ihes for aplicdvel, as prescri¢ées relativas 4 suspeicdo e aos impedimentos dos juizes. Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA E A LETRA E. 15. (CESPE - 2013 - TJDFT - TECNICO JUDICIARIO) Caso, em seu interrogatério, o acusado afirme que sua defesa sera patrocinada por advogado particular, néo haveré necessidade de o defensor apresentar o instrumento de mandato. COMENTARIOS: 0 CPP permite, expressamente, a chamada constituigéo de defensor apud acta, que é aquela na qual o acusado menciona, em seu interrogatério, que 0 seu advogado ser fulano ou beltrano. Esta previsdo se encontra no art. 266 do CPP: Art. 266. A constituicao de defensor independerd de instrumento de mandato, se 0 acusado 0 indicar por ocasiao do interrogatério. Nesse caso, uma vez nomeado o patrono quando do interrogatério, nao sera necesséria a procurac&o, que é o instrumento de mandato. Portanto, a AFIRMATIVA ESTA CORRETA. 16. (CESPE - 2013 - TJDFT - ANALISTA JUDICIARIO - AREA JUDICIARIA) © assistente de acusacéo poderé intervir na acdo penal publica em qualquer tempo, desde que nao haja transito em julgado da sentenga. COMENTARIOS: 0 item esté correto, pois a habilitagdo de um dos legitimados como assistente de acusacao é admitida até o fim do processo, ou seja, até o transito em julgado, nos termos do art. 269 do CPP: Art. 269, O assistente seré admitido enquanto n&o passar em julgado a sentenca e receberé a causa no estado em que se achar. Portanto, a AFIRMATIVA ESTA CORRETA. 17. (CESPE - 2010 - DPU - DEFENSOR PUBLICO FEDERAL) Nos termos da legislacdo processual penal vigente, admite-se, no curso regular da persecugao penal, na fase pré-processual, em feito de acao penal privada, a possibilidade de habilitar-se como assistente de acusagdo a companheira do ofendido. Pode esta, por intermédio do Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 45 caso nao possua capacidade postulatoria, valer-se das garantias estabelecidas pela lei quanto a prova técnica pericial e apresentar assistente técnico, na sobredita fase, a fim de acompanhar a elaboragao de exame pericial de alta complexidade que abranja mais de uma drea de conhecimento especializado, oferecendo, desde logo, quesitos a serem respondidos pelo perito e pelo assistente técnico. COMENTARIOS: 0 item esta errado por duas razdes: Primeiro porque sé se admite a figura do assistente de acusacdo na fase processual, vez que antes disso nao hé acusago; Segundo, porque sé se admite na ago penal publica. Vejamos: Art. 268. Em todos os termos da acao publica, poder intervir, como assistente do Ministério Publico, o ofendido ou seu representante legal, ou, na falta, qualquer das pessoas mencionadas no Art, 31. Portanto, a AFIRMATIVA ESTA ERRADA. 18. (CESPE - 2008 - MPE/RR - PROMOTOR DE JUSTICA) O ofendido ou seu representante legal poderdo oficiar como assistentes de acusagdo, podendo propor meios de prova, apresentar perguntas as testemunhas, pai ar dos debates orais e arrazoar os recursos apresentados pelo Ministério Pblico. Poderdo, ainda, interpor recursos, mas, nesse caso, sera imprescindivel demonstrar que promoveram sua habilitagéo como assistentes antes de ser proferida a sentenca. COMENTARIOS: 0 item esta errado, eis que a habilitacéo pode se dar a qualquer momento, enquanto ndo houver transitado em julgado a sentenca. Uma vez habilitado, o assistente recebe 0 processo no estado em que se encontra, e se ainda houver prazo para a interposig&o de recurso, podera fazé-lo, nos termos do art. 268, 269 e 271 do CPP: Art. 268 CPP - Em todos os termos da acao publica, poderd intervir, como assistente do Ministério Puiblico, o ofendido ou seu representante legal, ou na falta, qualquer das pessoas do art. 31. Art. 269, CPP: O assistente seré admitido enquanto no passar em julgado a sentenca e receberd a causa do estado em que se achar. Art. 271 CPP ~ Ao assistente seré permitido propor meios de prova, requer perguntas as testemunhas, aditar 0 libelo e os articulados, participar do debate oral e arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Publico, ou por ele proprio, nos casos dos arts. 584, §19 e 598 do CPP. Portanto, a AFIRMATIVA ESTA ERRADA. 19. (CESPE - 2009 - DPE-ES - DEFENSOR PUBLICO) ida que o acusado indique seu defensor por ocasiéo de seu interrogatério, a constituicfo regular desse defensor depende do instrumento de mandato, que, nessa situacéo, deve ser juntado aos autos no prazo de cinco dias, se outro prazo nao for fixado pelo j COMENTARIOS: 0 CPP permite, expressamente, a chamada constituicéo de defensor apud acta, que é aquela na qual o acusado menciona, em seu Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 45 ri Aula 04 - Prof. interrogatorio, que o seu advogado sera fulano ou beltrano. Esta previsdo se encontra no art. 266 do CPP: Art. 266. A constituicio de defensor independers de instrumento de mandato, se 0 acusado 0 indicar por ocasiao do interrogatério. Nesse caso, uma vez nomeado 0 patrono quando do interrogatério, néo sera necesséria a procuracéo, que é o instrumento de mandato. Portanto, a AFIRMATIVA ESTA ERRADA. 20. (CESPE - 2013 - SERPRO - ANALISTA) A legislagao bra! adota o sistema de escolha do perito pelo préprio j COMENTARIOS: 0 item esté correto, pois o perito judicial é um auxiliar do Juizo, alguém de confianga do Juiz e que possua os demais requisitos para assumir o encargo. Vejamos 0 art. 276 do CPP: Art. 276. As partes ndo interviréo na nomeagio do perito. Portanto, a AFIRMATIVA ESTA CORRETA. 21. (CESPE - 2012 - PEFOCE - TODOS OS CARGOS) S&o extensivas aos peritos as disposicées referentes a suspeicéo dos juizes, como, por exemplo, a hipétese de o perito ser filho da vitima. Por outro lado, o perito, mesmo n&o sendo testemunha, podera ser conduzido coercitivamente a presenca do juiz, caso nao compareca nem apresente justificativa. COMENTARIOS: 0 item estd errado. 0 fato de o Juiz ser filho de uma das partes no é causa de suspeicéo, mas de impedimento, nos termos do art. 252, IV do CPP: Art. 252. O juiz néo poderé exercer jurisdicéo no processo em que: (od IV - ele préprio ou seu cénjuge ou parente, consangijineo ou afim em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito. Tal situago de IMPEDIMENTO é aplicdvel aos peritos. Mas, lembrando, ndo se trata de suspeig&o, e sim impedimento. Portanto, a AFIRMATIVA ESTA ERRADA. 22. (CESPE - 2012 - STJ - ANALISTA JUDICIARIO - AREA JUDICIARIA) Caso um advogado experiente, que patrocina a defesa de acusado da pratica de crime hediondo, intencionalmente profira, durante a instrugao criminal, injdrias contra o magistrado, e isso provoque animosidade circunstancial entre ambos, mesmo assim, nos termos do CPP, a suspeicao nao poder ser declarada. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 45 ri Aula 04 - Prof. COMENTARIOS: O item esta correto. Primeiro porque a animosidade entre o Juiz e 0 advogado da parte n&o gera suspeicéio. Em segundo lugar, ainda que tivesse sido a prépria parte que tivesse injuriado, propositalmente, 0 Juiz, a suspeicao, neste caso, nao poderia ser declarada, por forca do art. 256 do CPP: Art. 256. A suspei¢ao nao poderé ser declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar o juiz ou de propésito der motivo para crié-la. Portanto, a AFIRMATIVA ESTA CORRETA. 23. (CESPE - 2012 - PC-AL - AGENTE DE POL{CIA) Segundo a orientacdo jurisprudencial do Superior Tribunal de Justicga, a participagdo do membro do Ministério PGblico na fase de investigacao policial nado acarreta nem o seu impedimento nem a sua suspeicdo para o oferecimento da dentncia. COMENTARIOS: 0 item esta correto. Esta é a previsdo contida no verbete n° 234 da simula de jurisprudéncia do STJ: Stimula 234 do STI A participacéo de membro do Ministério Publico na fase investigatéria criminal néo acarreta 0 seu impedimento ou suspeicao para o oferecimento da deniincia. Portanto, a AFIRMATIVA ESTA CORRETA. 24. (CESPE - 2012 - PEFOCE - TODOS OS CARGOS) © assistente do Ministério Publico somente podera ser habilitado apés 0 inicio da acdo penal publica e antes do transito em julgado, razéo por que néo se admite tal habilitagdo durante o inquérito policial, na execugao penal nem em crime de acao privada. COMENTARIOS: 0 item esta correto. Vejamos os arts. 268 e 269 do CPP: Art. 268. Em todos os termos da acéo publica, poderé intervir, como assistente do Ministério Puiblico, 0 ofendido ou seu representante legal, ou, na falta, qualquer das pessoas mencionadas no Art. 31 Art. 269. O assistente seré admitido enquanto nao passar em julgado a sentenca e receberd a causa no estado em que se achar. Desta forma, se percebe que o assistente de acusagéo sé é admitido durante o processo, nunca fora dele, de forma que nao é admitido no inquérito policial (fase pré-processual) nem na execugdo penal (fase pés-processual). Também néo se admite na aco penal privada, por dois motivos: Primeiro porque 0 art. 268 é claro ao afirmar que sé se admite na aco penal publica; Segundo porque na agao penal privada o ofendido jé é o autor da aco, de forma que nao poderia ser assistente dele mesmo. Portanto, a AFIRMATIVA ESTA CORRETA. 25. (CESPE - 2013 - POLICIA FEDERAL - DELEGADO) Prof. Renan Araujo ‘www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 45 ri Aula 04 - Prof. ‘Considere que, no curso de inquérito pol em que se apure crime de aco publica incondicionada, quando da primeira remessa dos autos ao Poder Judici4rio com solicitagio de retorno para novas diligéncias, a vitima do delito requeira a sua habilitagéo nos autos como assistente de acusagdo. Nessa situacdo, o pedido deve ser negado, visto que a figura do assistente é admitida no processo somente apés o recebimento da denincia e antes do transito em julgado da sentenca. COMENTARIOS: 0 item esta correto. Vejamos os arts. 268 e 269 do CPP: 68. Em todos os termos da acao publica, poder intervir, como assistente do Ministério Publico, o ofendido ou seu representante legal, ou, na falta, qualquer das pessoas mencionadas no Art. 31. Art. 269. O assistente seré admitido enquanto nao passar em julgado a sentenca e receberd a causa no estado em que se achar. Assim, podemos perceber que 0 assistente de acusagéio sé 6 admitido durante o proceso, nunca fora dele, de forma que ndo é admitido no inquérito policial (fase pré-processual). A questao é clara ao dizer que o IP ainda nao havia se encerrado (foi determinado o retorno a autoridade policial para novas diligéncias). Portanto, a AFIRMATIVA ESTA CORRETA. 26. (CESPE - 2013 - CNJ - ANALISTA JUDICIARIO) 0 juiz se dara por suspeito, nao caracterizando hipétese de impedimento, se seu ascendente estiver respondendo a processo por fato andlogo, sobre cujo carater criminoso haja controvérsia. COMENTARIOS: 0 item est correto. Temos, neste caso, uma das hipéteses de suspei¢ao, prevista no art. 254, II do CPP: Art. 254. 0 juiz dar-se-4 por suspeito, e, se ndo o fizer, poderd ser recusado por qualquer das partes: Gon) I~ se ele, seu cénjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a proceso por fato andlogo, sobre cujo carter criminoso haja controvérsia; Portanto, a AFIRMATIVA ESTA CORRETA. 27. (CESPE - 2013 - TJ-DF - ANALISTA JUDICIARIO - AREA JUDICIARIA) A participagéo de membro do MP na fase investigatéria cr acarreta seu impedimento ou suspeicéo para o oferecimento da denincia. COMENTARIOS: 0 item esta correto. Esta é a exata previsdo contida no verbete n® 234 da simula de jurisprudéncia do ST): Stmula 234 do STI A participacao de membro do Ministério PUblico na fase investigatéria criminal néo acarreta o seu impedimento ou suspeicao para o oferecimento da denincia. Portanto, a AFIRMATIVA ESTA CORRETA. Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 45 ri Aula 04 - Prof. 28. (CESPE - 2013 - TJDF - TECNICO JUDICIARIO) Nos crimes de agaéo penal publica, ndo podera o ofendido intervir no processo na qualidade de assistente, ja que a titularidade da acao é do MP. COMENTARIOS: 0 item estd errado. O ofendido pode intervir na aco ptiblica, na qualidade de assistente de acusacéo, nos termos dos arts. 268 e 269 do CPP: Art. 268. Em todos os termos da acao publica, podera intervir, como assistente do Ministério Puiblico, 0 ofendido ou seu representante legal, ou, na falta, qualquer das pessoas mencionadas no Art. 31. Art, 269. O assistente serd admitido enquanto nao passar em julgado a sentenca e recebera a causa no estado em que se achar. Portanto, a AFIRMATIVA ESTA ERRADA. 29. (CESPE - 2013 - PC-BA - INVESTIGADOR) A intervengado do ofendido é admitida na agao penal publica ou privada, podendo ele habilitar-se como assistente de acusacao desde o inquérito policial e, se for o caso, acompanhar a execucdo da pena. COMENTARIOS: 0 item esta errado. Vejamos os arts. 268 e 269 do CPP: Art. 268. Em todos os termos da aco publica, poderé intervir, como assistente do Ministério Puiblico, o ofendido ou seu representante legal, ou, na falta, qualquer das pessoas mencionadas no Art. 31. Art. 269. O assistente seré admitido enquanto no passar em julgado a sentenca e receberd a causa no estado em que se achar. Assim, vemos que 0 assistente de acusacéio sé é admitido durante o processo, jamais fora dele, de maneira que nao é admitido no inquérito policial (fase pré- processual) nem na execugao penal (fase pés-processual). Também nao se admite na aco penal privada, por dois motivos: Primeiro porque © art. 268 é claro ao afirmar que s6 se admite na ago penal publica; Segundo porque na agao penal privada o ofendido jé é 0 autor da acao, de forma que nao poderia ser assistente dele mesmo. Portanto, a AFIRMATIVA ESTA ERRADA. 30. (CESPE - 2013 - PGE-DF - PROCURADOR) Em conformidade com o que estabelece o CPP, do despacho que admitir ou nao o assistente do MP jamais cabera recurso. COMENTARIOS: 0 item esta correto. Esta é a previsdo contida no art. 273 do CPP: Art. 273. Do despacho que admitir, ou ndo, o assistente, nao caberé recurso, devendo, entretanto, constar dos autos 0 pedido e a decisao. Portanto, a AFIRMATIVA ESTA CORRETA. Prof. Renan Araujo ‘www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 45 ri Aula 04 - Prof. 31. (CESPE - 2013 - PGE-DF - PROCURADOR, A jurisprudéncia sumulada do STF veda de modo irrestrito que o assistente do MP maneje recurso extraordinario contra decisdéo concessiva de habeas corpus. COMENTARIOS: 0 item esta correto. O STF entende que o assistente de acusacio no pode recorrer de decisao proferida no bojo de habeas corpus, pois no é sujeito processual nessa relacdo juridico-processual, pois o habeas corpus é uma aco auténoma, independente da acaio penal (Ver HC 74203/DF). Portanto, a AFIRMATIVA ESTA CORRETA. 8 GABARI P Peavarito 1, ERRADA 2. CORRETA 3. CORRETA 4, CORRETA 5. CORRETA 6. CORRETA 7. ERRADA 8. ERRADA 9. ERRADA 10. ERRADA 11. ERRADA 12. CORRETA 13. ALTERNATIVA E 14. ALTERNATIVA E 15. CORRETA 16. CORRETA 17. ERRADA 18. ERRADA 19. ERRADA 20. CORRETA 21. ERRADA 22. CORRETA 23. CORRETA Prof. Renan Araujo ‘www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 45 Aula 04 = profd R 24, CORRETA 25. CORRETA 26, CORRETA 27. CORRETA 28. ERRADA 29. ERRADA 30. CORRETA 31, CORRETA Prof. Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 45

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