You are on page 1of 76
NA PROPOSTA DE A CONSTITUIGAO DA PESSOA | HENRI WALLON ‘COLEGAO EDUCAGKO PERSONALIZADA A getio mental, Chantal Fano [alia da pesdagog Jeaica, Le Ferando Kr ‘Cae de Sa Ignacio de Loyola ua educador de hoy, Andres Ces Ramal Care de Santo Inicio de Loyola wm elucador de hoje, Andres Cecn Romal, 22 Contigo ds pessoa ms propsta de Hens Wallon, VWAA. cago peronaliads, devas ¢pespecva, Ln Fernand Klein car para seaaformae (Espana), WAA. -avcar para tansformae (Porguts), VWAA. — sind pesortnadr cami, Pare Fare — Heri Walon, pscologa « ecagto, VAR, Inicio sabi, Ralph E, Met (0 teinguedo soca cing, Marit Machado, otis do Beincar Marina Machado Pevca dh edvcagto personas, Alaro Vole Escobar, 2 eb Provocectes du sila de ala, Ces Orcas ‘ A CONSTITUIGAO DA PESSOA NA PROPOSTA DE HENRI WALLON Goa09e5s 37.045.31 molec ve APRESENTAGAO. a —— 9 Prana: Mauricio B. Lest uczasacio: Misa de Melo Frincisco Reso: Rita Lopes cers A constituigto da pesos: desenvolvimento aprendlzagem ava ANG Mason ——— B ‘armxo A consttulgao da pessoa: ntegrasio funcional CEUB - Biblioteca Central Teo a finan hues renone nt a TOMBO. i nu: A constitugse da pessoa: dimensio motors ‘ha Manninen Lan — a Oo tows | ‘como A constitu da pessoa: cimensto aetva Ua Gara Soc Die — ‘Gaur 250" 0018970 Si Pa, SP 4 camao eA cnstinigio da pesson dimensto cogitia anus Se At ee tome mee wai ratconir ino Aconstulg ds pesos os process grup eet bracers 5 Oona Reo Ga ° % tee somata ars crn: Se profesor im lage com Heri Wallon Sete oc ier seme UR RAMA BE AWE 19 Ison assent Hers Wallon: © homem e obra {© EIGDES LOYOLA, i Pa, He 204 Chin Vee x 1 | formato pacologca do profesor So pode ia lita sos Deve ter uma efereneia prpetua na expernis peng eles ropros podem pesealante ela Apresentacao Ole A comin de pessoa ns propos de Hen Walon apace na continuidade da obra Henri Wallon: peicologia ¢ ‘educagao, sob organizagao das mesmas autoras: Abgall Alvarenga ‘Mahoney ¢ Laurinda Ramalho de Almeida ‘Assim, mais uma obra emerge dos tabalhos do “Grupo de Es ‘dos Henri Wallon: Puiedlogo¢ Educador”, do Programa de Estados Ps-Graduados em Educagio: Psicologin da Educagio, da PUCSP, «uj evolusio, nos tltimos oto anos, mostra a fertlidade do trabalho litealzado ea ampliagio continua das elles eaizadas peo grupo, ta diego da asiculagio das contribuigdesdesse autor com a com: preensto do humano e das questdes edvcacionsis, Por out lado, se ‘a obra anterior o eixo das contribuigies foi a organizacio dos et tos de desenvolvimento humano, segundo Wallon, nesta a Enfase se «dina consttuigio da pestoa, agora com um dicecionamento para 8 Proposiqio de dietrizes para se professor. Para atingir esse intento, as auras, todasiteprants do Grupo, cenrram a leiura de suas obras na perspectiva que # prtica como ‘ducadora thes oferece A consiuigfo da pessoa é etudada por Mahoney do ponto de vista io desenvolvimento, dando éfare& apendizagem como um ‘Wetinotores dese proceso, cesukante da integragzo das dimenses stoxora afeiva ecognitiva. Em interac permanente ds pessoa cor imei fico soca novorreciron de aprenizagem sto agi: ont sendos ness proceso continuo, indapensivelepimordial a pe SeS0 Garo humane, © conhetmesta dss elaionamento dow frokmaos de desenvolvimento © aprenizagem permit ao profsot Efgaizar erenlzar com sew shinoe atidades oe promovam wm tonameno mais produtvo ences caracteriicas (de cad eto Gf dcawvment) «a cones de enn. A to de Wallon stan, pest vita como conto de ajrmagieshpottias 8 Fer nstaoment sadn cicada no confront com os estas sprendicagem do abino ns stuago coneret (Mahoney) " aprolundamente da Gscsso soe pesos, do porto de visa de sun iteragiofunconal (rand), das dmensesrecra (Limon fell afc Dex eopotva (Amaral eos process propa Gals), Serer imporeanesYerenes de relexo,posialando compreende: — as virias configuagies que a integragio de nossos dominios foncionaisassumem, de modo que profesores€ seus alunos ‘lenefiquerm sentmentos, confit, ansiedades e expecta ‘vas vivenciados nae stuapbes de aprendizagem, © 08 perce ham come legitimos e comans 3 pessoas (Prandin — 6 movimento corporal humano como nio apenas desloca fnento roluntisio do corpo ou pares dele, no fempo € 00 apago, tas uma atividade de relagdo da pessoa consigo {neoma; Com os ostos, com 6 meio, na qual so constuldos {C expressos conhecimentos e valores (Limongelli - 0 valor da afeividede para o desenvolvimento humano, Crolugio de us manifestages, de modo que 0 professor poss [eguar seu ensino As necessidades afeuvas de seus alunos thos diferentes estigios de desenvolvimento (Dés)s — 6 movimento da inteligncia patica 8 discursiva, do pensa- mento sincrérico go categoria sem perder de vista 0 desea ‘olvimento simaltineo da afetividade, o qe indica qua escola {eve promoverexpergncas para faiitat esa interpenetragio ‘Sas damensdes cognitivae afetva (Amaral), — olor de ou na consi da eso, sign de imerlocagio eda interagd como base para a cooperagio, © significado do grupo: como espaco de aprendizagem, aprea- ‘zagem de si, do outro, do mundo, dos conteidos escolar, ‘que implica wma ries posiblidade de trabalho docente, nesta pespectiva e na perspective do desenvolvimento de papéissocni plo lun (Glass) Pensar em Wallon, 20S pensar o Ser Professor, nesta obra, implica alogar com ele, na perspectiva de quests que afetam o lormador ‘Qual sua concepgio de escola, de alo, de aprendzagem? Que a inetas da educagio escolar? Como o autor vf 0 papel do professor? {Qual o mérodo mais adequado? Qual o papel da avalagio? Sto ets as igustdes que Se faz Almeida e que base respond, no dilogo com ‘allo, recorrendo os principio e propostas do ator em sus diversas bra ente eae, seu famono Plano Langevin Wallon), os conduxndo { Gariicagho de arulisade do pensamento desse ator e 3 pertinénia de suse coneibuigtes. A tore mostra a eco como espago que deve Scolher todas as erangas expaso no qual a eranga & observada © seu Asenvolvinenta caus aprender registrados expago no goal 8c tga entra em contato com a cultura e usual das ferramentas tecnoligcas que ela oferece, Mostra sinda 0 valor da vida na icola como tm dos meios para formar © homer dese caracersticas proprias € cua fungZo primordial & a constita (Glo do adult. Quanto mais a sociedad investienainfinca, melo fes condigbes garantir para a consttugio do adult. ‘Vejamos em que diego a tora de Henei Wallon aponta, que conceit, proposgies,hipéteses ela propée para dar inteligibilidade Sstransformagies que se sucedem ao processo de desenvolvimento da infin "A pair dessa perspectivapsicogenética, a teria se baseia num cenfogueineracionitta que asrime que todos os aspects do desenvol- ‘Vimento surgem da interac3o de predisposiges geneticamente deter Trinadase carectersticas da espcie, com ama grande variedade de cores ambientais Em outras pelavras, 0 desenvolvimento da eranga se consti no encontto, no entelagamento de sas condigoes organicas de suas Condigoes de existéacia cotidiana, encravada numa dada sociedade, hhoma dada culeura, mama dada Epoca. "xs condigdesorginicas oferecem as possiblidadesinternas, com base nas caracteristicas da espécl, com uma dindmia propria, seme Thane em todo see humano, que o coloca dispoaivel para 2 imeragio com 0 meio socal efisico. © "meio social fsco, por sua vex, colocaexigéncas a que a crianga precisa responder pars sobreviver e adapar a ele. Ao mes to tempo, forece os eecursor que dardo forma e conteido a essas Fespostas ito ya cultura determina o que a rianga precisa aprender ‘Como, pata se adapta 4 ssh sociedade. Basta pensar em culturas ‘erences como. ocdental a oriental aindigena para pereeber como ‘arlam o que a crianga procia apeender e 0s recursos usados para css aprendizager, 1 foco das descrigdes¢explicagies da tora de Henri Wallon € essa relagio da crianga com o seu meio, uma relagio reciproca, com: Plementar entre fates orgicos e socioculeras. Essa relagio est fm constants transformacdo e énela que se consul a pessoa, Desenvolvimento, entao, ests sendo entendido como um pro- cesso constante, continua de ransformagbes dessa relagio a0 longo de vida "sso aio significa que sea um processo linear. Ele comporta fu ‘xos eflanos necssrios a0 ajste das fung&esespontiness da crianga sexigéncias do meio. Cada estigio no implica apenas acréscimo de Stvdades mais coordenadss, mais complexas, mas si uma rerga rizagto qualia “Essa reorganizago qualtativa implica a tansformagio nas rel «bes de oporigaoe de alternincia que unem os conjantos funciona {jue compoem 0 pequismo: 0 motor a afeividade, a cognigio © 2 essa. Cada estigio € mareado por confguragoes diferentes, que 0 Fesponsiveis por novas fungdese posibiltam novas aprendizagens ‘Embora ess diferentes configoragoesqualitaivaspossam dara impressio de descontinuidade, cla € apenas sparente. Coninuidade fio signifiea auséncia de mudancas, mas tansformagies coeretes Com a histriaevoluiva anterior (© desenvolvimento um proceso em abero porque a cada nova cxigdncia do meio — meio gue ext sempre em movimento — novar possblidades orgnicat, de cus nites pouco sabemos, poderao see Sovedss em milplasdiejBes. Enquanto o individu mantiver sua Capacidade de adapragio,estard aberto a mudangas, 20 desenvolv mnento. A passagem do tempo impe limites e abe possibiidades em todos 08 estgion. ‘A dimensio temporal do desenvolvimento, qu vai do nascimen to até morte, esti distibuida em estigios, ujasequénca € caracte- Fitca da expe, embors oconteido de cada um dle varie histriea €culturalmente, S30 eles impuisivo-emocioaal, sensrio-morore pro- jetvo, prsonalismo, categoria, puberdadeadolescéncia, ado" Cada um dees € composto de um conjunto de aividades espoati eas, anunciadoras de fongSes orgnias que esto peontas para set xeritadase modeladar pelo meio ‘Cada estigio &considerado um sistema completo em si sto & & sua configuragdo eo seu funclonamento revelam presen de todas ‘os seus componentes tipo derelagio que os une € os itera numa 6 cotalidade « pessoa, Temos, ene, ura pessoa completa a cada igi * Hes enigoe af a alti eto decos em Mayon AA ‘Aus LR forge Hem Wallon: paces abu, io Pal, Layl, -Esses componente ot conjuntos funcionals — motos, afetivo, cognitive, pesos so responsive, cada um deles dentro do site sera pelo predominio de uma faceta, de ma dimensio da a ‘Madesconsiaivas do ser amano. Ele formam um sistema inte {indo em que cada um dees depende do funcionamento do sistema eee im iodo, cada urn dels participa da consiuigdo dos outros anclonando, ent, o psiqismo como uma unidad, ‘Gu conjuntosfunionais do, eno, constructos ov conceitos de aque & torn se vale para descrever explcar a vida prguieas S80 ‘RSvhonsbstatos de anise para identifica para separa didaticn ‘Mente o que na realidade conereta€inseparavel:o individuo, ese ceferem a um sistema de funcbespsguica que se expres sam nasties dacriangal Cade atividadedacranga resulta, enti, {Grlategragio pela pessoa do cogativo com o afetivo e com © motor. (© eye oconjunto motor oferece para a constituio da pessoa? Oferece as fungdesresponsiveis pelos movimentos das virias partes do corpo que, ao se combinazem, constr 0 ato ator, QUE Etim dos rezursos mais organizados preponderantes para 0 ser hhumano atuar no ambiente ‘Onto motor insere a pessoa na sitasio concrts do) momento presente Eo teu recurso de visibilidade. “Gforce «possbiidade de desocamento do compo no tempo & ro espagoe at Feagbes posture que garantem o equilibio corporal “Pikece, ambém, a extrutura,o apo thnico para as emogies © ‘os ventimentos se expressarem em atcodes € mimieas ‘D moreno como recurso de vibiidade ve transforma no. primi recut de sociablidade, de apoximagioefuso com 0.048. {Bmblace uma consondacia pritica com o outro — contigo —, 0 tue garane # sobrevivencs do individuo e da espéie. ‘Ine ov indviduos enttes, dando suport 3 atragdo precoce € poderosa qe seria sente por seu semelhante e que é sinaizagio| Fess profanda nectsidade do Outto isto & de sua caracteistica (eneccamente socal O papel do Outro € crucial onpaniaa as atvida- Beda cranga eo seu camplementoindispensivel e permanente | a | : i i y (© ato motor é ainda ua recurso pevilegiado para a construcio ddo conhecimento, As sensagies 40-40 fetidas, discriminadss, 40 cicadas no momento em que acrianga € capaz de reprodurilas seco de pests apeopiados Do conta, contauaiam indistin Poe ndindo se entre aque depende da excitagfoeo que depende ae como. Postant, € um recurso indispensivel no process de dife- fencing, de aprendizagem. recuimente 9 comportamento motor prepondera sobre © con ccitul Semacio motor ou verbal, fata 32a o vigor necesstio para Seteataar mance. A diegio do desenvolvimento vai do motor fecMental, Dal a nctsdadeimperos de iberdade de movimen Paro suidades que contribuem para a construgio do conhecimenro ‘isos rlagaes com o mundo, © ato motor procede por dua amos untirios:o vaivem do embal, gests de aproximasi0 €recu0y are oe eaguira, movimentos de flaxo e reflux, de equlbrio € Ae Sor tedo drei eexquerdo, O ato moror em su forma mals sim ies € eno, simetria leernincia em pares “Thu da Tinguagem, recurso central para o desenvolvi- mente copitivo,depende de um longo ajustamento de sequencas de retimentoe imiativos dos sons da lingua que é falada na altos ‘Bato motor é, portanto,inispensivel para 2 constrwicio do conhecimentae pata a expresdo dar emozoes, portanto inerente — (ete go copniivo cao aeivo — a constuigio da psson 0 que oconjnto afetv oferece para a constcso da pesos? Cfecece as fangs responses pla emogbes, pelos sentimentos pels palo, gue so os sializadores de como o se bumano € af [opto monde itero c extern. Esta condigi de ser afetado pelo ERED catimals tanto or movimencos do corpo como 2 atividade mamta: Sto recursos de socsbliade, de conunieago, exercendo {Teayao sobre outro com 9 apoio do ato motor Ay cogbes io entific mais por se lado orgiico, empiric ede Sata duragio,e-08sensimentos, mas pelo componente fepre Semtacionale de maior dura. “Eangoes, sentimentos, patado envolvem diferentes nves de vis tatidade, de duragio, de intensidade, de controle e de predominioci [Acemogio€ vse, fuga, intensa€Sem contol, quando comparada om o sentimento gue se sobrepbe a0 movimento exterior, portant, peede seu recurso e vsblidade eé mais duradouro, menos intenso€ uns contolado. A paindo € mais encobera, mais duradoura, mais Intensa, mais focada ¢ com mais autocontole sobre ocomportaento ao entclagamento com 0 motor € o cognitivo que o afetivo propiciaa constiuigio de valores, vontade,imteresses,necessidades, ‘motivagiey que diigitio esolhas, deisOes a0 longo da vid. ‘O nictvo é, portant, indipensivel para enerpzar e dar diego sa ato motor ¢ a9 cognitive, Asim como 0 a0 motor € indispensivel, pata expressdo do sftivo, 0 cognitvo €indispensivel na avaliagio {has situagdes que extimulardo emopbese sentimentos (0 que o conjnto cognitive oferece para a constitulio da pesoa? ‘Oferece um conjunto de fungesresponssves pla aquisigio, pela transformagio e pela manutengio do conhecimento por meio de ima: bets, nogoes, dbase representagdes. Tansforma em coohecimento a Imistura combinada de coisas © ag20, que consitem a experiencia Concrets, © coneretoy a experiincia brit, ¢indispensivel para aca boragie do conhecimento Permite fixate analisaro present, reise ever, reeaborar 0 pasado e projtarfuturos possiveseimaginirios, ‘Oferee, plas diferentes inguagens, oF ignos que sfo os pontos Ge referencia do pensamento, gue pode usa aimaginacio e seguir 3s Inals ves e diversas trajetias, gnindo © que ett separado, sepa rando 0 que est unido (Oferece a representagdes, Que slo recursos mentais para orga nizar a expeiéncia, Elasencerram em unidadesesttcas © contenido ds experiencia vivid, Ea pessoa? Qual aus fungio? [A pesson — quarto conjuato funcional — expeessa essa inte srago, em suas inmeras possbilidades. A pessoa € a unidade do set. Cada individuo tem uma forma propria e Unica, que carattiza sat personalidade em movimento continuo que vai desde a pessoa oct fics (predominio do motor — nos tésprimeiros meses] até a pessoa ‘moral fadolescencia — predominio do afesvo),passando pelo senso fRormotor categoral. Existem, eno, ifinitas possbiidades de petsonalidades, #0 limitadas pela culuea 2 nficia€a mulsipicidade de uss possibiades tinge osu ms io no omen, o poston que seu dseavlvieneto€ pis pata modifica sus reaps, so apenas eu a excita bat 04 a0. ages relzadas, ase ang de suas eepeesentacbes reais it Sirunaincas presents fturas (Wallon, 198, pS a aprendaager? As atividades naturaiseespontineas da criangasio seus prime ros recursos de interagia com @ mundo, portanto sus primeiros esos de aprendizager. ‘Posteroumente, 0 meio socal vi exigiroutrasapeendizagens, 2 aquisigho de outros recursos para responder is exigncias da cultura, {qu serio mais bem-suoedidas erespstarem a5 caracerisicas motoes, esvase cogntivas naturals da extanea 'A aprendizagem, como um dos motores do proceso de desen ‘volvimento, também & um process contin, constant, em aber ‘how relacionar com o meio humana efsco, 9 crianga est sempre apeendendo. ‘Aaprendizagem é, alm dos automatsmes anus, mais um re curso deque a erianga dispde para esponderAsexigdncias de adapragio tomeio homanoe Fico que Fodea econstuirse como individ, 'A presenca do outro humano ness procsso de aprendiager & primordial e indispensivel A atragdo que acrianga conte peas es Jase que a rodeiame & wma das mais precocese das mais poderosas (Wallon, 1995, p. 161), asa atragio € movida por wma das necesidades mais profundas do ser humano:esae com @ outa para se humaniza. “Aprender € tanslocmarse a Flagio com o out. ‘Todo inicio de aprendizagem apresents-se como uma stuagio ee ctarade cujos components e cua ages qUe oF nova com inios. A pereepeao ical ent, global, conf an ane que ex partes exo mituradss de tl forna ge ete ose econecimentoa dining da lags qu iam arrestee dese todo e tradazer 0 su significado Feipa ccna da apeendizagem é apreensio, a idetifcasso dessus Rater esesas lagen, qet se tate de aquingbes predomi esas ce motores, afetvas ov cogntvas. E, poranto, a aquisigéo te signiicados ees essasaprendiagens, apsit de predominincias e dire hes desemten sempre eto envofidas os quatro conjuntosfanco Fae thon afc, cognitiv, pessoa, funcionando em conjunto, oF ins voltads pra dentro (consttuigio de si ort mais volrados pars {ora conhcemento do mando) "Sportnidades para que esas aprendizagens ocorram si0 proporcionaas pla sociedae, tanto de ancia informal nos virios Prope equentads plas canga ania, 6, amigos, iret et) EERE hc maneiea stematianda, como €0 caso da esol. ‘ana apreensio sacesiva de components de suaselagbes cons tii o process de dferenciagso. ‘aprender ¢ diferencia. feb ensino ofrecer pontos de eferéncia, pr requisios para gue | apeendiagem se concreize na diegio de conceitos cada ee Thais dierenciados e mas abstratos NES altar 4 eanga dipse, a cada estigio, de recursos prdprice ques habiivam a conhecerornundo ¢, 0 mesmo tempo, se reer Mtacdescnculres, jor, beincadeiras, tengo disibuid Pend de concentasao, stemeria, percepyao de diferensas ese ‘Shana ec, tendendo para maior eigor na representa simb EDIE ver menor dependéncia do concreto © do presente. Esses Sate ma ver adguiridos erdo usados nos diferentes estos, povtm com conteids divers ‘Em sua regio com o mundo, 2 atividade mais primitva da cianea gy regio ieularsexertcios motores em que a cana busca ha epeio sjstar seus movimentos aos objeros a ew aleance. Essa Trvendizagem motora €0 prelidio para ouras aprendizagens 00% {Bisinoe cognitive eaftivo:execcios que pela repeigi, cm cond ainda, permitem qua cians vi jotand sos representages Sees rts cnteaon um mecasame doe epee erat vez ques busca ela repeaio, jstes de cones Tee ees Sodess cheunstincas dereter Poe exempo, para ua oan epreemtagio de encolscomoocal fequentado por cra ra etudar a vite aun onivesidade —~loeal para et Sat esa pot adultos trade novos contedos que ex E56 tyme em sun eepresentaco de escola aida em que a feos de desenvolvimento dscreve asc acres de aa ei, etd tmbem ofrecnd elementos ie rat roratoprocno enin-aprendagem mats protv, oer ra oocan dy Felecia para rentar «tsar stvalades adeqos see Metigo de desevolvinent em que 0 aluno se eocontra, * inincagio da caratriica de cada esto plo professor erred planearasvidades que promovam un entroamento mais seep ene esa caratertian¢ a condiges deni. ‘Dav aimportinca deo professor encarar 2 eoria cor um con june de slztagbes potas a ser constantemente testa, vet ure tonfoate com es seslados ds aprenizager do ano Stang concret. ‘Keim a ado ds conhecinentoreicos, assume relevinei a senaidad, a cusida, a stngio, 0 guesonarento es abt Fane de isereagio do profesor sore o que se pasa no prosenO fuine peerage. os anslse deve considera que ensino ¢aprendizagers cons sige an nico proceso odo pols que manta eres uma rags de reprocidade “on esperava que os seaukados de sua psiclogin gedtica, cue deram onan ivan toa de desenvolvimento, fosemaprove= Cute pedopona, em moves pergunas ao concexto cdeacional, HEN penipos ue padessm orintar 0 desempento do profes: Mg crtador de condigoe promotoras do dexenvolvinento de ‘Biv alos — que € que consi o eso. ayurava amb ue o taba eacolaesuperise quests a sr investignas pela polo Ness ago pocslopa-pedagoga, 0 autor et indando que a seri pln acted forages evant pars 0S ‘Shin professor cn en ntato carder nara S500, | © desemnpenho do professor precisa ter consistncia, organiza lo, susan ante por conecimentostericor sobre as caracterist Tro fe Eada etigio do desenvolvimento como plas formas em que Se Stheclmentos se tacuzem no seu comportamento e qe reve TE ERen seu suber, derivado des peta, pincipalmente pelos [Rouleados obtidos na stuagio concreta de sala de aula ‘Nese sentido, teri assume ts Funes parales complemen: cares prevsbildade sua rong, oferecesubsiios para o questi “Gamcato eo enriguecimento da prssca eda prdpri eo possibilita Stemnativas de agdo com maioe auconomia © segoran58 Th woria de desenvolvimento torna-se assim um insramento que pode ampliat a compreensio do professor sobre as posibilidades © 0s Finite do aluno no processo de aprendizagem e fornecer indicagdes tlevomo.oensino pode eras itencionalmente condigdes paca fvore cere prose, proporonindo a arendigem de owes compar ‘Quanto maior a variedade de oportunidades que a eranga tem 4 su dlspongho para exeritar as fongoes que amadurecem a cada esti {Bo. melon o deenvolvimento de suas apdoes para enfrentae as ex ‘Gencas do melo. Dia importneia de a escola ofercervaredade de “uagdes, de exerciios para as fangBes jk amadureidss cada esti mceeirio,encdo, que o professor esta atento & sinalzagion dessas fungi, reveladas especialmente em atvidades espontineas, HSA aprenizages aos primeizos mess de vidas fax predomina tement pla fase com 0 outo, va emogzo, Esa fusio permite una {onus participagdo no rici, Embora ela seja sinc, em que s& ‘Miscura um todo indiseriminado sensagées visuais, auditvas, 1. mstibs, tein € © atendimento pelo ootro que comegars a dar Egrdo i vegies provocadas por esas senses. Eo stig impul SNocemocional em gue predomsina a aprendizagem sobee 0 proprio oupo e em que se incia a conscéncia de *o que sou?” STP atigiosepuinte,predomina o contato direto€ a manipula Gio dos objeto. Fa apreadizagem sensoriomotora ea consiénca de fe “eu soe diferente dos objetos” ‘No personal — terceio estigho — « riangaaprende prin cipalmenre pla oposgdo so outro, pea descobera do que a dstinge Joe outros: “eu so diferente dos outtos” eect [No eategorial, que coincide com 0 inicio do period escolan 2 _aprendizagem se fe predominantemente pla descoberta de diferer 22rTemehanges ene objeton imagens is, cepesentagSc feet o mondo?” ‘puberdade e na adolesctacia,o recurso principal de apren sagem volta a set 4 oposigio, que val aprofundando as difeengas abe ia, sentimentoo, valores, propos edo outro: “quer sou cu? Rado: meus valores? quem sre no fruro2™ “Rineraio social ue facta esas aprendzages é aque que espe o momento em qe 4 cana se econ nee proceso, dos ‘ibis de vata motos afetiv e copniavoe asic as condices par Pama vd soperando ese moment e pasando para um novo expe FRG TRaraqio deve ser goad polo po de aduko que se quer formar ‘edhoupo de aprendizagem reais adequado para essa constiuigo, ae atta, vat se delineando com mais clara enitide a consnéncia des como um set que, apesar de tantastansformagdes, SSneimeou sempre «mesmo e Gaicos "eu sei quem eu sou € quais si0 teu valores" “Os valores se confrmam em sua escola ¢decises¢ revelan ‘omaiy central dees, que € a eonscigaca do dever de gine seus com: Bortamentos pela constelacio de valores assurnidos ‘O compromisso com os prprios valores anunci fina ds ado lesen, ¢ 0 adulo, eto, ears livre para volarse para fra 6 (Gg condigies de acolher 0 outro solldariamentee continsar a se ‘esenvolver com ee "O aduleo tem wma conscfncia mas clara de sus idenidade, de eos alors, de suns possbldades, de es ites, inclusive do tempo. ‘Guto indicador do amadurccimento do adulto € o equlibro cente "estar centage a” ¢ "estar centeado no outro”. Nas fses “mreriores, esse equilivio vaca, com predominincia de um ou de ‘ute palo ~ "Na organizago das aividades escolares, Wallon um destaque special pata a slidariedade, como um valor que visa o bemvestar de ain, por meio da promogio do sea desenvolvimento, expresso na Sprendiraggm das condigoes mais adeguadas para a convivéncn € Sobrevivencia humanas- “h dimensdo temporal atravessa todo 0 proceso de aprenia gem na dzeyio do futuro, porém em mos diferentes, conforme as | dT lee condcoes orgisicas € sociait da crianga_no momento. Ao mesmo ‘np presaoeacalnar esta dimensfo temporal aos limits de fun= ‘Stmeato da escola, buscando um equilibio entre os dois pélos cianga-escola, "Sovganivag em cilos — se garantida a qualidade — poderia ser uma das posiblidades paca dat mais esblidade a esse auste fate ritmo diferentes eapeendizagem. ‘As condiges organizadse pela ecola também prcisam ser ava- liad er sun dimens espacial considerando asnecessidades de cada tstigio. F condigio propica 3 apeendizagem a rianga fer espago “Sfstewe que prmitaliberdade de movimentagio de forma confort- vel. £ preciso no eaquecer que a tempo eo espaco da erianga slo Uifecotes dagueles do adolesente © do adalo, e 2 escola pede um fquacionamento dels. F lembrar sempre que ® aprendizagem © © frsino, unter, formam wm processo tinco que se caracterza por ‘movimentos de flaxo reflux, de ida volts, de cerezas eincerte tas de desivese indecsGes, enti, de revises mil Referencias bbigrfcas MAHONEY, A.A, ALMEIDA, LR. (ep) (200072003) Henri Wallon Pavol daca. S30 Polo: Loyd. -WAILONS HL H9B51980) L enfant, Pars: esses Universities de France FO19411995, A evolu psig dt crane, Ls: Eales 70 A constituicao da pessoa: integracao funcional Reina Cla Auwoon Reo Peano! teoria de Wallon considera @ desenvolvimento da pessoa a partir ‘la celagio de seu oxganisam com o meio, organismo com po- tencial genético para tornar-se um represenantetipico da espe. "Alem dessa integragzo entre organism e meio, a toriaenfatiea também a intepagdo entre as ras funges da estos, fungdes clas Sifcadas pelos dominios — ato motor, aleuividade e conheciment, Incegracio orzaismo-meio Sobre aintegragdo entre organismo e meio eo papel de cada um no desenvolvimento da pesso, diz Wallon: 1. Dowrania do Prgeama de Extudos Re Gradua m Bead: Ps colo a Elcaiosda PUES Pots do PEC pla PUCSP Profesor dow ‘Coad Pscopelagoia das Facadaes Compo alee io Pao eda Fe SmiMawts Eval ceinpeandnhormalcom> | as revoluées e dade pars dade no so improveadas por cada tnaliduo, Sao prepa rade da infinia, que tende para eiicagto| tho adalto como exemplar ds espie. Esto isis, no momento ‘port, no deseavlvmenta que cond a see objetivo, As ina {bes do meio io sem dvndnidisenssveis para gue elas se mans {ene quanto aise leva o vel da angio mae el soe a determi rages dees quanta quanta atvidader ies ou ielecrnis 0 imagem da lnguagem, que para cada um € dose mca! Mas ava Fabilidade do conto, conforme ambien, atest ainda melhor + ‘emilee da fang, que ndo exsiia rem um conjunto de condiges tleque organism €o suport le quea deve faeramadureer para (goro meio a despre, Asin o momento das grandes mutaes pig {5 ¢ ssinalado, na cing, plo desenvolvimento das eapas lig ‘ar (Wallon, 1998, p. 214, essa forma, compecender a constituigho da pesoa como um processo em ques integram organism e meio significa reconhcoet fue 0 ser humano se desenvolve a partir de su organismo, capae devir a serhomem, que as fungBes potenciais do organismo surgem ‘de acordo com etapasbioloyicas de desenvolvimento e realizase de fscordo com as citcunstincias que encontra no meio. ‘As fungBes desenvolvdas pelos sereshumanos, apesar de vari ‘rem de uma cultura para outa, mantém entre si wma ceta densidad, poiscorrespondem to potencal de desenvolvimento do organismo da spice ‘Wallon aponta a quests da lingua, que pode variar em forma e contetido nas diversas eltaras, mas exit em todas elas. Assim, ext fe uma correspondencia entre © que acutueaoferee como possibil {ade e limites para desenvolvimento da pessoa e as condighes, as fungoes potencais que © organism humano taz como suport, ‘A constragioe 4 manutengso da culura dependem do organs mo humano, assim como 0 deseavolvimento do organismo depende dl cultura. Um ndo pode ser pensado de forma independent do ot tao, Na compreensio do pwocesso de desenvolvimento econstitigio ‘Se pessoa, organismo e meio devem ser tomados como pos de ums ‘nema utidade econsiderador do ponte de vista de sua elagio, Sobre iso diz Wallon "Nunca pode dtr o bilo do soc fo porque red ‘eum a0 outro, mas porque me parcem to ettameni comple Imentaces desde onasineato, ue €mponelenaat vida plgQich em et 3b forma das suns lage eles (allo, 1998, 1) “Mas Wallon aficma ser possiveldstnguir a partcipaco de cada am no process de desenvolvimento da erianga, em suas elagbes re sprocas Ainda que desenvolvimento psigeic de criang pressponha uma ‘Specie de epg to mr entre fates iternor eexteros € cont ‘do posvel dang pos cada um sua paste respectia. Aas pine roe atribuidn orem agoro ds suas fase, de qu 0 cexinento (ds gor € + condo Fondamental (Wallon, 1998: 55) Durante o desenvolvimento do:organismo de acordo com seu plano ontogenético, herdado flogeneticamente, os viios eeflexos Ho inbidos einceprados a sistemas mais comploxos. A este procs Xo chamamos maturaeao organica, Pealelamente, os movimentos Impulsvos modificam-se paulatinamente pelo efito da aprendiza- fem que o exercicia funcional proporcioua a0 bebé: liga 0 feito peceptivel aos movimentos préprien pars produzlos aprender que fo bater mnio.na bola pode fazé-lazolr)e diversificar os movi Imentos © os efeitos posiels, coordenando mutvamente os campos ensorale motoreinvestindo os movimentos de intengio zlacions 4d 40s resultados que podem produsit Exercicio funcional é a a Videde que explora as novas poribildades que o desenvolvimento {do organismo coloca i disposigio da pessoa. Um bebe por volta de ois meses, 20 movimentar rapidamentebragose pernasy no o faz tengo de movimentar um mobil, por exemplo, massim pela fo que’ proprio movimento provaca. Quando seu organi tno se desenvolve um poco 4 partir do plano de desenvolvimento “4 eapéci, 40 realizar os mesmos movimentos« bater ocasiona: ‘mente no mébile percebe oefito que provocou ecomegs a queet {epetiro movimento no riaquedoe esforgarse por f28-lo, O exer {isi eno objetivo € desenvalveretasnovasfungdes que a maturagio ‘orginica colocoa a see dispor para conseguir produrro efeto que ‘escja € chamado exerci funcional ‘Um bom exemplo para explicaro papel ds maturagdo orginica «do exersico funcional na consttugio da pessoa €0 desenvolvimen- oes aprendizgem da marcha ‘Um bebe raramente € capaz de aprender a andar antes de 10 meses 1 ano. Coloi-lo realizando exerciios para desenvolver ssa atvidade antes dessepeciodo€ perda de tempo, porque 0 exer {ico seed em vio 6, asim, desperdigaremos tempo presioso para 2 Fealnagio de outros exericiosFuncionas, como 0 engatinhar por txemplo. 1 que se aguardar que o organism esta pronto, madco para realizagio de tal ativdade, Por out lado, a0 deixar uma ‘ranga press ao ergo nessa fase estamos impedindo que ela fea oF tvercisios necessivios para que fugio se eealie, podendo, apesar de ero organismo amadurecido, io andar at€ que lhe sejapossvel ‘eerie tl fungi ara ilustar 2 questo do potencial de desenvolvimento do or ‘ganism e sua tealizagio na e pla pessoa a pate da celacho oxgai- ‘mo-mco, a imagem da semen parece adequada, Uma semente az ‘emsia possbildade de desenvolvimento de wma planta pcs de a ‘spi, mas seu deseavolimentodependers do mo, Ura semente de ‘arvalho mio é um cavalo, mas pode vr a se, a em so plano de desenvolvimento que iréeransformé-la em carvalho (possibiidade) © Sem carvaho fimite). Nasido nama encostaingreme, near suas tafbs de forma ae equilrareorienear seu crescimento para o alto, como 0 nascido no plano Seu desenvolvimento, assim como a forma final que id assumis, dependerd da condigdes do solo, datemperatu- +4, da gua, enfim, do conjunto de condiges do ambiente que 0 ‘2, Todas a alterages em seu crescimento trio sempre como obj tivo sobrevvéncia, e paraiso dispoe de certo espectro de recursos para reagic is condgbes ambienais com o objetivo de manter seu qulitrio homeostico realizar se plano de desenvolvimento. Em utes palavras, dispse de centos mecanimos de adaplagio. "Mas mesmo carvalhos que vivem lado a lado guardam dileren- {2s entre s, apesar da aparente igualdade de condigdes ambientas, [Assim também & com o homer, Algumas potencaldades petencem 2. Egil omeowhc eles 0 eqirio do organise em el is oat vies ate | espici €sfo extencalmente as mesmas para todos ot organismos, {outas so individuais fazem parte da constitigio do oxganisne pticula, sd especficas do indviduo ‘Um exemplo de potencialidade individual €a sonoridade ds vor. [Avot é produsida pela vibragio das cordas vocais. Um cantor liico, om tov afnada e potent, €produro da inegragao de um organise Com una consutugao Fisica espcfica de cordas vocaise dem arm ‘iene que permita a ele exerct las de determinada forma que toene Capar de produzit 0 som pico de canto lio, Ar mesmas cordas ‘owas sem exerecio no slo capazes de produziro mesmo som, a8 fli coma © mesmo exerccio aplicado a um orgaismo com outzas Chracteristicasfisieasprodz um resultado diferente, Neste exemplo, ‘tumor consderando apenas 38 cordasvoctis, mas na verdade na oastitigéo de um cantor esto implicados muitos outros ftoces, omor eapscidade vesptators, formato © capacidade da cavidade bea diserminagso audiiva, capacidade interpretative et qUE se imegram numa configuragio daica em cada pessoa, ‘Sobre a rela entre 0 potencial head genctiarente(genstipo) sua realizacio na individvo parscuae (lento), Wallon ama (© objetivo assim preside no é mais do qu a ealiagfo daguilo {ue 0 pendtipovon germen do individu ina em poéncis. O plano ‘egundo-o gual cada sx se desenvove depende portant de dispos ‘hts que cle tem desde o momento da sua primi formagao. Areal acto dese plano éaeenaramente sucess as Pode nos tral ‘enfin, a cicunstincine modificam'na mais ou menos. Asim, cs ngune do geipoo fendi, que conse nos aspectos em qe ‘individu se manifestoa 20 longo da vida. A historia de um ser € domitada pelo seu enctpa e consid pelo eu fendtpo (Wallon, 1998, p50 [Ness citagoo autor refers 20 fato de a realizagio do poten ial herdado genedcamente em cada individvo pacticular depender das condigbes que 0 mio impoe a0 organismo para seu desenvovi mento, condigGercapazes de mouificar as manifestagées das determi fades genotpias, © genbtipa referese 8 determinagdo genética © fenotipo 8 forma que o organs assume a parti da intepragio de seu gendipo 30 meio. Interac dos dominos frconas to moto, afetvdadeeconhedimerto A divisfo das fungbes pelos dominios ato motor, afetvidade e ‘conhecimento satisfy a uma necesidade de analisa, fragmenta, para compeeendet ‘A divisio em domiaios€ pois um artifiio que tem por finalidade a compreensio do fendmeno, do funcionamento da pestoa. Os domi bios funcionais, portanto,s40 constructos de que se lansa mio para ‘nalisar 0 homem como objeto de esudo, por meio do agrupamento {de Funges em eategoras, de acordo com suas carateiscas pred” tminantes. Dessa forma, 2 divisio em dominios € uma catego Se Funes de acordo com alguns de seus tacos preponderances. As hnecssidades de descrigdo obriqam a tratar separadamente alguns irandesconpuntos funciona, 0 que nd deixa de Serum arifii ..) (Wallon, 1998: 131) ‘Wallon se refere a esas categoriat ora como conjuntos funcio ais ora como dominios. As eategorias empregadas no presente texto ‘serio as que ele utiliza no lives A evolugo pscolégica da cnanc: Diz le: os dominios funcionais entre 8 quais se dvidird o extudo das ‘tapas que a crianca percore serbo, portant, os da afetvidade, do ‘to motor do conbecimento «da pessoa Wallon, 1998, p. 138). Wallon ‘elimita ndo ts, mas quateo dominios funcionais: aos dominios ao ‘motor, afetvidade econhecimento, Wallon acrescenta 0 da pessoa. (© coneeto de pessoa Pessoa é-0 conceito empregado por Wallon para define © no ‘meat o dominio funcional resulante da intgrass0 dos tres primeicos ‘to moog afeivdade econhcimento, Pessoa €o todo diane do qual Cada um dos outros dominios deve ser visto, pois para Wallon cada parte deve ser considerada dante do todo do qual parte consiutiva, sob pena de, ao contrario, peer seu significado essencial "Assim, pessoa € um conceit abstato, genético, que re refee 20 {que hi de comum entre os homens, opondo-se 20 conceit de indivi ‘duo, como homem partculs,concreto. ‘A dinimica funcional da pessoa pode ser entendida a partir da comprcensio da inegeagio funcional dos conjuntos, segundo a ual ‘eras fungbee clasiicadas nos dominios ato moton, afetividede © Conhecimento participam deforma conjunta no exercicio da atria ‘des da pessoa nio simplesment justaposas, mas combinadas de for tna a permits o aparecimento de outas fungBes mais complexas, 1 disco de cores € uma boa imagem paraiustrar 0 conceito de integeago funcional. Quando o disco enti parado €posivelperceber (ada cor em saa Area respectva, mas uma ver posto em movimento ‘Seorque se v8 ¢ 0 branco, resultado da itegraqao de todas at cores, ‘Assim é integracio funcional na consti da pestos: vemos 0 tesltado das virus fongées em movimento, peretamente integra as, um efeitoimpossvel de se obter pela simples soma das partes, Podemos comparar as cores que vemos quando paramos 0 disco a cada parte obtida por snaise, 4 cada dominio funcional visto separ amente Pecebe-se, entio, que, nesta decomposigio da pesca em partes, se perdem 0 movimeato,a visio da pessoa completa ‘Asim como 0 branco que se vé, quando o disco esti em mow rmeato, nfo igual 8 soma das cores e sim resslado ds integ dese, também 2 peson nfo € revsltado da soma, ds jotaporiao de suas partes. Depots de decomp-a em vis fangs, clastcande-st pelos dominios segundo suas caractritica preponderantes, nose onsegue simplesmente« partir da adigio das fungdes tetcnar 20 todo. HA que se fazer um esforgo de recomposiio, reconduindo cada parte a lugar no todo do qual foi reradae resttuindo a ele 0 movimento que dé a cada parte «sua fungi. ‘A integragio funcional manifesta se como ma forma de relagdo singular entre a fungbes de um organismo,chamnada aul de configu ‘agio: A configuragio dz-integragio funcional confere a pesson um jeto de exis e atuar propio a cada etapa de deseavoleimento © deve, portant, ser entendida n3o como um estado final a ser aca Sado, mas como um equilibrio plistico que garante a sobrevivinia 30 organism pela adapeasio 20 meio, ‘Um visio de conjuno, em que as dimensSer da pez einegrat de forma dna, aermando-se em celago & predomindnca de ume ste as demi neceia pats acomprensio de concep ede ‘olvinento wallonins. itsgragio no € um esa aleanyado oo inal {rum poco, ar eines condo isi 0 equiv nimi da {eso on deeovorimen (Dour ePrani, 2001, p. 4) ‘© métode de Wallon para esto da estou ‘Wallon insist em que se estude a pessoa peo seu todo, verifcan do a pari dele o devernpeno de cada pate. Vea pessoa como com plementar ds condiges do mio «determinada pla eelags0 com ee Assim, segundo o autor, oestde da pestoa no contexeo de suas {es como meio xb € posivel pela observasao dela em seu ambiente fatural. Prope, enti, que se estude a constitgzo 2 partie de sua iinet, poe meio de comparagdes. Compara a cranga a0 adulto, 10 ‘Primitivo, a animal e a0 pstolico, A este metodo de estado, cha- ‘ou mado genético comparativo muitiimensional © autor acredita que a comparacio, especialmente entre @ rianga notmal ea patolgics, poe em evidénca 2 configurasio da integra das aovas Fungi 20 organismso aotmal em desenvolvi mento, uma ver que ma erianga patologica 2 configuragio da integragio das fungdes se di de forma diferente, mais lentamente, faciitando = obseragio. Seo miso de oburvatio no pce dinar deter om conta at vata ‘ics a encontrar no elo quando muda as cong, 0 xa dos ‘hos patios fonece una cca pa diceri algumas deat ‘arages gor doenga fore ma apaentes em eta medida, ode ‘nos aeapernenagio, quando impose! ecorer a ela paa plas calment em evn (Wallon, 1998, p40) -Ainegraie funcional no desenvolvimento da cranga ‘Ao longo do desenvolvimento da cringe em diteglo ao adulto, novas funges sungem pela inteprasso de novaspossiblidades dadas pela maturagio orpéniea ao conjune de fungées | existenes. Essas novas possibildades nfo so incoyporadas por ado, mas realiza-se lima nova forma de organiza em que a nova porsbidade intesra Sc pesoa, modificandoss, trnsformando-a em sua totalidadey © € tess tuaidade que a nova fungio reebe Seu papel Do mesmo mado, os propresies da rian no fo uma simple adigio ‘Se fngbes. O comporeamento de ca ide € um ssema em ue cada ‘mada atvidades pose concore comtodis aout, cesbend do conjntoo seu papel (Walon, 1998, p42 -Aintegrasio funcional pois, condo de vida para o organi: smo, eé partir dela que 0 conceito de pessoa de Wallon como um ‘lominio funcional que integra os outros us deve ser entendido, Pes oa eeferese ao todo, a0 conjunta a partir do qual as vsras fangs {asaicadas pelos dominios ato motor afeividade © conhesimento, {de acordo com suas caracternics preponderanter, eeeebem se pel-O papel das varias fungdes€definido por seu significado pars 9 Suvidade global da pessoa Agnese da pessoa Sequn Walon, organs human msc equpad com um cosjntn de fungal movin ingaon data to dominio doo oto, gue to 4 bse, o apo pel al vl Gtcve 0 deenvolimento da pen ean cc ena d hive most, on sien poem gate odo eben wala op tor do em nats, on nfs do toto om ase tess eos epics de tere malar ue deserve a eo le As ape comrade proinon og Scouse ongan. Asin ade a Ugo ns fngSer ons, posto de domino do so motor ‘ wovimais pli wanderme, por spendzagen, em srovinento acne, depos on geo evento ine pce Cao igada aos Ese get 6 geen dh repreteeagao. Esai Shes scbe tree forecde pl sto motos imprest das mor he ome pea ned se do apartments co dee BIBL.REITOR JOAOHERCULINO * volvimento das fungBes mentais.O gesto comunicativo, revestido de weeifado, ao ainectzar movimento (ato motor), linguager® (conhe- arrental ¢ sntengao (expressio da vontade, portanto vincolada Sfetividade), ¢ 0 pelidio da cepeesenacio. “As Tange do dominio do conhecimento se desenvolvem, por anc, voltadas para a comnicaco, fungio do dominio afetvidade, puts do movimento, fangio do dominio do ato motor A inibigso ao mnovimento & condigio neesssia ao desenvolvimento das fungoes eo tah epectcas da representagso pura. A inibigdo de wma fungdo pals ouea ¢ uma forma de stepragao funcional © desenvolvimento da fungSex do dominio do conbeciento di, Tan, plo desenvolvimento dae dinensies merra c afeva. Et eeuttagio motional auc di acess 29 mundo adult, 30 univers far epreseagoee cline. A ielgecia surge depos ftvidade, PE punie das condigos de evnvovimen moto tales conf Sara (Douradoe Prandin 2000, p 3) ‘© desenvolvimento, asim, ndo se di de manera linea e cont na, cm que as funsoes vio se amalgamando, mas € um proceso cons Teaido par oposiges, oxlages, avangoseetocessos en gue a partir ‘Ss aeumelagto quantitativa de Fngbes, do confito entre as fngBes it ‘Ghabclecidas eb emergentes se da uma wansformagio qualiativa dx ppovoae uma nova configoragzo de imtegragio se impos. "A configuracio da tategeasio das fungbes dos vitios dominios a penton ¢ resultante de movimentos de superacio de oposiges en Tees, Assim, integragio de fongdes ado significa harmonia, ou al> Saco ic umn patemar esavel, pois hé conto, Forgas divergentes, ‘Sfloxo. A meegragto € dindmicac plsticae tem sempre como obje {vo.a manutengio do equifrio homeosttico que gaantira sobrev ‘Racist organist adaptando-o a0 mo, pelo desenvolvimento de Fangbes cada ver mais soisucadas e dierenciadss. 1 configuracio da integragdo funcional na consttuicto da pessoa 4 aternincia de peponderinia ‘Wallon assinala que a integrasSo dos dominios a0 longo do de senvolvimento so acontece sempre sob wa forma Gnica, mas que ae et esata Feo econ ees pied ere me Scene ro era Hel i ey ene ge pe ren el Soest carat Samenttial rman aia teeter eseaiel co es ies ele eet a Sr eo een eth rt ee eT ac tin enlts elm eae nena teeta aes seep rete pig ees er fees pee nea dt, oa TE cies on nme resumen oma shoreline ee ree ge Ceci Omens ee Se ee ee ee ee ee” a A mesa interasio pode ser perebida em uma atvidade de pre pandesdncs do domino do conecmento, como, por exemplo, a 0- Feedode um problema matemtco. Os sentiments estados humors Jsciang ceo implicadou ses sente capa, sees trangia © mo- fieade, Caso a coangasinta-se incapan de resolver a questo, tlvez 3 haiedade wivida por ela possa se manifear como necesidade de ‘Morinencimedito, o que poder vira diese ou mesmo invabilizar ‘Trewlugso da questo, Por outro lao, se ado se sentir motivada po Gert apreentar difcaldades em concetrarse para excutar a tael Entendet 0 significado de integragao funcional a partir da categoriazio das angie pelos diferentes dominios no € uma tarefa fdaiFem nossa cultura, que costuma pensar de manera dicotémica Corpo esprit emogie eazio, Pars entender a intepragio € preciso Soper esta forma de pensar ecompreendee que a atviade €exeri- th pela pesioa equeem todas clas esto resents fungdespertencen~ tes aos tte dominion, que 4 afetivdade corresponde A energia que ‘mobiiza a peson para oto, enguanto ao conhecimento correspond ‘pier esrturate que models a¢30 a parte das condigoes disp hieis no momento, «gue ambos tem como base a fangdesneurof Slagies, pocanto perencentes ao dominio do ato motor ‘himepragao entre o= dominios funciona, conceto cetral da teoria de Wallon, € asim descrita por Mahoney (© metas oats copie, pea, bors ead um dese asp Covent iendade eu e ancsonaldteniad, esto ho ine (reos que ca um pate consi dor otros Soa separa se faz termina apenas pata a deri do proce. Ua ds consqiencias User € de gue qualquer stvdade humana sempre ineriere tm taon tes. Qualguer ate motors tem reondncas afetva © entivas da dpi leva tm rssonineas moors e copia tous opeagto mental er esoninciar frase motors. Bods as {estondecis tm am impacto no quarto conor: pesos (15). ‘pesos do profesor em sia atividade docente ‘Como professores, compreender que lidamos com pessoas que tua srpee a partir de suas disposes motoraschumoras, além dss cognitvas, pode levarnos a acoher as manifestages motoras © etvat das anos, mais do que como indicadores do andamento do process de ensino-aprendizagem, como elementos constitutivos, par oipantes do process ‘Os objetivor edvcacionas vsam, preponderantemente, as fun- «es do dominio do conhecimento excejo feta as dscplnas de Ed Zapso Fsin ¢ Arte, ue por suas caracterisieas peculiares tm tam= them objetivos de outrasnaturezas Nossa tendénca, caractertica da calturaocidenal € consi: ar Sas fungdes excisivameate de dominio do conhecimento em vez do ponte de vata de preponderincs, Essa attude nos leva ‘Tighorar« afetividade eo movimento, tentando exlu-los das atv ‘Ges de ensino-aprendizagem, como se 30 loss possive. ‘© reconhecimento de que tambént idamos com os dominios da afetividade «do ato motor tem candurdo os professores 4 atebuir mnsiorimportinca a dsciplinas de Educagzo Fisica Are, como se pends elas houvesseexpayo para essasdimensoes Na verdade, entender aetividadee ato motor como consiut- ‘vos da aprendizager, tanto quanto 0-conhecimento, significa cosi- {ctor pessoa do lun aolhersaetividade,senimentoseemosses riaillestos ¢larentes;recoshecer a necesidade de movimento « 38 raises compéreas dos sentimentos eemogbts como atitudes provocadase mobiliaadas pela proceso de ensino-apeendizagem ea patie dt, considerar a porsbiidade de eaalia-los a fim de colabo~ Fett na construgio do conkecimento, sa aprendizagems Fo x compreensio dt inegragao de fangbes de todos 0s dominios ‘no proceso de aprendizagem nos condur & pereepeao de que nfo ha | Ssvdade exclsivamente copnoscents, ou de expresso de afetividade tu de erabalho do movimento. A aprendizagem de um conte, ‘onsiderada uma atividade pedominantemente cogntva, sedi sobre fa base orgnia [ato motor) depended motivasio, da vontade da psoa de aprender, mobliza expectaivas, ansiedade, medo (feti- dade). Essa emogGese estes entimentos expressam- No corpo, 20 ‘qual devemos estar mito atentos: expresses faciis,cacoctes, ola Fes; movimentos rept, apitago tensbeseapata devem ser abe to de atengioe rellexdo por parte do professor, pois so indicadores, flo que esté se passando com 9 aluno a0 aprender. A pati dessus r “observagdes, podemos atuar de forma mais adequada em relagio as ‘Setensdades do aluno e-postanto, mais eficiente em relagdo a nso ‘bjetivo final, que € fazer com gue cle aprenda ‘in tema muito discutida quand falas do pape! da afetvida- de no processo de aprendizagem &2 questio da auto-estina. Fo que “Sgniies autoestima, no contexto escola, sero sentimento de que se 2 Rapar de cealira at atvsdades propostas? 'E muito conum falar na necesidade de realizar um trabalho junto aos alunos svaliador como tendo baixa autoestima para me- thorar o conceto o sentimento que tém a respeito de si propos, ‘lenndowse no desenvolvimento de aividades Indias ow recreaivas ‘Bet quais os alunos sintamse bem, flzes, Mas quando retoraam 3s ovlades relatives aoe conteidos escolares e deparam-se com 8835 dificuldades, com o conteddo que deveriam ter aprendido, etomam 1 disposigio humoral anterior Ty sutoeatima ¢ 0 aitoconceito da pessoa do aluno esto forte mente selaionadios 4 como eles seate como aprendente. Trabalhar Tauto-cstina significa, endo, fazer com que ele aren, perceba que “Iprendcu snes orgulho de te apeendido ea part di, sintase capa prender mais, lata ett sempre relacionado ao conteido ensnado, [Nao parece porsiveltabalhar no contexto escola, aafetvidade como se eatvcse desvinculad do conteto de ensino-aprendizagen, ou ses, dds aprendizagem de wm conteido, Propondo-me a ilustrar,conctetizar, o conccito de inregragio funcional e a importiacia de considera a forma de funcionamento tlaraimtegragdo no contexto de ensino-aprendizager, asso narra (Go de urea cena que presence equ, por seu free fom afetivo, me ‘arcou sgniiatiramente. S30 protagonists uma profesora de gi hasticaollmpica © uma de suas alunas. cena Festival interlubes de gindsteaolimpica realizado em um gran- de ginssio, da qual partepam aproximadamente 150 criangas com Hades entre 6 € 12 anos [As criangas esto divdidas em pequenes grupo, e cada grupo permancce em fila diante de um aparelio. Os grupos apresentamrse Finultaneemente, desevolvendo atvidades como: salar sobre eave fou prst em argo, caminhar sobre baras, dar cambalhotas no solo (Gu As cviangas apresntam-se uma apés 4 outa, € 05 pas que lotam ‘Sarguibancadas procuram entre o ris grupos os flo pra acom- pnhae suas peripécia. Em meio aquela organiza caic, de sepente em um os gu pos, uma mena de proximadamente 10 anos, a0 tata sata era € Ear fortementeo bom conta o cavalo. Cai e rola de dor no cio. ‘A professora core, senta-se 2 lad dela, evanta amo em ial para o medico, coloca em seu colo a eabeya da mening, que chora, {Encolhe a5 pernas e cobre o ronto com as mos. O médico chee, feamina, conversa. cam ai no chio, os és ‘Emibora a outas criangascontinuassem suas apesentagdes, fz se no ginisio um sléacio expectant. Muito pas na arqubancada ‘lham a mening, que chors no colo da professora cobrindo o ros, ‘0 mnédico ajuda s menina a se sentare afasia-se. A profesoca fala energicamente,abraga, erxuga as gras da erianga ecoloca-¢ dene “Ro lado da aluna, uma mo em seu ombro, 2 professoragesticw ta com 2 outta apontando o cavalo, Encosea sua testa na da mening ‘com as duas mos em seu rosto diz alg, niidamente em tom de feforg incentive, EnxugaTbe as gras mais ua vere lntamen tee fasta, enquanto continua falando,alhando-a nos olose gesti> Culando, Posciona-se da osteo lado do cavalo, no ponto de chegada do salt, de 1s istrugdes com frmeza, "A menina eespirs forte Seu tax sabe e dese num movimento sixmado; indicador da fore emoio. ‘Pasados alguns segundos, toma coragem, corre € salts, desta vez com sucesso dante doe olhares atentos de uma grande pare dos ‘spectadores envolvids aftivamente no aconteciment. “Tados plaudem emocionados e demonstam simulanesmeate ses apoio 2 aluna e professor. "K profesora abraya & menina © gevicula com entsiasmo de- smonstrando si saisfagso pla wt Dante desta cena enti uma profunda admiracio pela professo ra, por seu acolhimento 3 erianga que chorava eetava ob predomi rio da emogao; por sua leidez em perceber a importancia de fzé-la nfentar a situagio e obter sucesso naquele momento, superando ST adversdade, por seu sp0:0 endrgico, seguro 3 aluna, que vendo a ‘onflanga da profesorenelatentaesupera asi prépria. Sem dvida ty aguele is, aquela crianga aprendeu muito mais do gue salar sobre um cavalo, Aprendes que, quando se era, se eaia dor, sca €| guia, é lptima, mas que se € capaz de reagir e superila,encon ando forse fortas para vencer situasBes adversas. A aprendia fem de que se capaz deenfentar e superar obsticlos uma ape ‘izagem excemamentevalisa para a vids. A confianga em si mesma, fem sua eapacdade,€ exsencial para son auto-estima ‘iantedaguela cena fui pensindo: sere capaz de fazer o mesmo por meus alos? [Nessa cena podemos reconhecer a predominincia da emogio, do dominio afeivo nas atitudes da menina, assim como a predomi hincia da rzio, portanto do dominio do conhecimento as aides ta professors, Nuidamente imbricadas, as fungdes dos viros domt- ‘ios modelam, coniguram, dio colorido, sentido 20s movimentos tos indivduos aa cena, As aiudes de amas aluna e professor. ‘Scena evdencia © papel da aetividade ao apenas na aicue da luna, mas eambém na atude da profesora. Eavol¥ida pelo forte {om sletivo, a professora mantém a preponderincia da fazio, toma & ‘decisio soe a atitude mais dequada 3 ireunstanciae, demonstra do estar contagiada acolher a alta vemperatuta emocional da akina, foferece he condigdo inentivo para que ela retome um estado de tsuilbcio em que a reponderiacaseja da razdo. Assim, consegue fazer com que el tentenovament,aitude importante pars recon ‘ists do sentmento de adeguacio e de autoconfianga. Na sttude da professora,€ posivelreconhecer conhecimentos técnicos de ginstieaolimpiea, de pricologi,e inferc participacso Ge impresses difuras de experiénias anteriores que Ihe davam con fanga de que aquelaaluna seria capaz de salar sobre aquele obsicu- Ihe gve preciara faaélo naguele momento, ob, em otras palaveas, fom conhecimento sobre a forma de ser ea capacidade daguela aluns, “lem da conviegio de que sera dsejvel sabrepor 2 sensacao de fa ‘Sivo a de autoconfiang, Todo esse conhecimento fi mobiizado pelo tom afetivo da astude da aluna ‘Alem disso, podese percber a motivago da profesor, 0 desejo| deque alana soperase a diculdade sles oobstcuo, Foi ese tom “eto que ding «cena, tom afeiv da professora sob o dominio da ‘avi integrado a0 da alana, Caso sua aude ivese sido de indieren- {Grou de pena e protegio 3 cen teria tdo um desfecho diferent ‘Uma questo tearia tratada por Wallon, & qual esta cena secve deitustragdo, € de que, quando a temperatura afeiva sobeacima de ti limite deeeminado, a emocio prepondera, invade a pessoa, que petde um pou o coneato com a realidade evolta-se pata suas pré ‘Pras impressoessubjetivas, Isso desonganize © comportamento em Felagda ds cirunstingias objevas © bomem enesleiado sf toma conbeciment de seu arebatamento, tsquece seus verdaderos motivo epee 4nogfo do que cerca. At idea penamentos ue The sho pose conevar ao passa de um ‘eflexo mais ou mens fntsico de mua vlads emotias Caso else Cnceue anes omer de fra, cg uma obnbiagso {owl da percep eda intel Sendo mais Wolof, por se mask ‘rene indent 4 veto ext da realidade, o med ape da mesma Forma, cando faces que io pass de una cio des memo, rojtada na dienes do epaco (Wallon, 1995s, p 86). ‘Vemos isso acoatece na atitude da menina gue chorae cobre © rosto permanecendo detada no chao. Wallon nos diz que isto acon- tece quando 8 razdo faltam recursos para cooteolr afetvidade, ‘ge itso € natural na eianga, ‘No cede a emogdes significa er adguiri a capaciade dees com trapor 2 avidade dor endo oda intelgenci.Fscaar aos terro- ter de um bombardeio€ ter adgirido o habito de mio interompee toma leur, uma carta una conversa, o plimento de wo ane 3 thst cuidadosa de agasem at roupan Eapararseo mals depces r sa pouivel a lbrangas ou das, ofl, prurient, de ope eee vote maneia muito mais gil de opr a atividade de reapto $Nitdade evoconal. © sang io ver exclsivamente da peepon ddestncishabial da percep oe do pensimento sobre emogso. A rowley so comtdsio,¢ pola s pessoas mais esignadas 00 mes st ds gucculivaram sua venibiidade orgincaesbjetive po 0 tho peime, por detntsme ou refinamentoexéio (Wallon 1995 p. £7) [Aleranos © autor para a importincia do papel do professor ein das cee ovina as eran go, air pee sear nnsepndilas como naturais devido 20 estgio de desenvolvi SGhte swe de seus recursos de controle, no podem se transfor sea ee fms habitual de relacionas se com o ambiente ‘Contydo, io ei cianga um conde norma no apresente Caticlnene uma incomingncn erotva, explo slits, eres Tmottan is s molipagio ou ao desserts depend mito do ‘Bicadon po savas ao mecaniimo doteflexocondconal elas pa ‘Sin aciimene a consuls um meio de ast wobreo ambiente (Walon, 19952, p 117. [Na atiude da professors, porecbemos a preponderincia 13 \ nfo apes do tom afetvo marcante,Seus movimentos mestram que \ is cre romada de emogio, mas ela Ihe serve como enessia que & | nove e dé wm colorido especial & decisio racional de fazer com que {mening slee noyamente aD adult a fungoesHigadss ao dominio do conhecimento de- ‘em preponderar sobre ar do dominio da afetivdade,embora a afe Thidedevejacapar de preponderar sobre a rao em algumascccuns {ocae em que ela faltem eecurso de controle. O desenvolvimento flere conduit a peedomindncia da rszio, pois, para Wallon, @ vaso Fo dean final do homer, mas mesmo as atitues sb prepondersn- [2 de cardo tem seus motiras no dominio da afeividade da pessoa Ea afevidade que dA a diveczo 3s agies, que ovinta as escolhas, baveada fos desrjos da prston, nos Sigaificadsesenidos arbuldos Sruas expeigncas anteriores, em suas necessidades nfo apenas fs ‘logices, mas principalmente socioaft Resumindo,inegraso funcional sigoitia a ieterferénca de uma tego sbe a Stamp € de gusta forms claboaio concorrente, podendo cada funcio submeterse, competi preponde- rar colaborar ou bloquear as outs posas em jogo na atvidade 0 profesor ea integra furcloal ara o profesor, econhecro principio da integrasiofancional implica econhocer que ndo se tabalha nunca apenas cm fungier¢ Comieddospuamente copntvos, mash sempre paripso de con digs orgies e afctivas que colaboram ot 4 ptem proceso dr aprendzage. Cabe mele reconhecer a conde de eu alunos, tm epeil seus aftos, seus deco afi de rocra canals ara quecolaborem na prodagzo de conheciment. Cobctambvn so profesor perth at lage que seitabacem eu of lanes nogupo centre ofsupo ce proteso, Segundo Wallon, f= powons deve vs sep no gro de oe so par, pat ¢ Gaotre do grupo decencaei a ceagiesindividuais e veers, O {evo spare un determinado papel eum ipo de comporamesto tn cada gupo de que parca, war rage so complomestars 30 toto e satan ram Ge condo cn at vias saben. (© mesmo personagem pode no sé apesentat una grande diversiade, como também contrasts de conduits noe ilerenes inno ui fitincia e mitre ropa ¢ brat com o Ss, ode most onclador sein su posto. Deminados sesso mato ensives 3ntaéacia do meio.) (alo, 1985, p. 72). ‘A compreensio da inegragio individuo-meio deve leva o profes sora avalinr «condita de ses anos no apenas como indvds,as ‘como membros de um grupo no qual et em jogo tanto a5 crac teas indivduais como as do grupo e as relages que se estabelecem (Outro aspect ao qual o professor deve estar sentoe que € umn dos assuntosratados por Wallon éa constr, pela riana, de Seu tspago mental, construgio necesiia so ogo normal das representa ‘oe: (Walloa 199Sa, p. 207), Segundo o ator, na oigem o pease mento esté 0 movimento ¢ & medida que o pensamento evalu ber 4 sexacaehnee torr Fe nosun expences sede mori, ett eae pss 3 Siac panting seam ap ers Herd dos ego esvimoroesgarclarsPae aa a bemogeea an Ga ov boone ¢ en a nr mn de ge ce dee os ar O05 aa quando psc sora deerme eae de Cereal ow ee eo. (Walon, 1985. $20, ecoeee que as cing. oma grande sess demo nt li ds fone do domion do conbecsment se a venir 0 okra compveende:qoe 4a ae eee cnges advent roma de rend Misa cnsnaio doer mens concord i tease ca apenas ipa 3030 006 0820 Siero Pe como ua contro st abe ‘Moe dependent de aedode: CO spac no &priniivarete uns orem ens ak ois anes pend i conarem ero an pope ees lash € Ba TTS pape da sfexdde, da prteng, do aproxima ov 20 eve onbiade on do afte (Wallon, 1979, 209) sin, nes conte €aprenido ela pessoa sem gue sia modendeydon eon pel sentido gues arendzage do contedo way rem prose que spree mora como a aprendizagem se G6 na esa & aris intcraci das fngbes dos domi ato motor afeidade aan ee No process de apenzage, oss a fans Soe pica meso gue sparntencnt apenas 2 argo reponrate ete exe repent cen gor o preter deve am rsonhecer€ ae 2 penta cpm ev ane pat, das condiges mataraconas en mies organics, estas fucionais dos alunos: © desenvolvimento da eianga x 4 de acordo com estgios ‘Speclicos determinados pela consiuigSo orgies da epi ie Siheada um dessesestigonoferoeposnbiidades iitagbes expect fas de apeendiagem. Alem dit, hi que Se considera tamer a8 condigics de exitncia que ofereer aos organisms posbiidades¢ ftmtey epecios, Neo €possivel easing im bebe de tis mesee 4 fal ha que se aguardae que seu organismo disponha de condigdes tmauracionas pars que est aprendiagem oor. Assim também a8 Tatalidades desenvolvidas por etangas do meio rural so muito diver tas das esenvlvids pela do meio urbane “osm, eabe ao potestor denier o tiga de deseavolsimen to em que sous snes se encontam saber 0 Que € possivlensinar (P6i tene momento, que fungoes podem ser dsenvovidas, asi amo concer suas conde de exstincin para que 90 fe ela, tomar fanlar etanho, a parc de aproximagoes que fentam scans aie tgnfcndg aos conte ae esta Eovbascandovse em ua vida covdana. Compecendce como se di 0 dseavolineno das fangdes do domino do conhecimento o papel do movimento e a setae aru sabermos canals as a favor do proceso de aprendiagem € Fecal para o desenvolvimento da stvidade dont “hmeida nos presents outs implieagzo da compreensio do conceit de inepagso funcional de Walls para o desempenho do parel do profesor Walon, pitgo €educado Ingou-nos mut outa lies A nds, rofesores, das to partculatment importantes Somos eons con Pes: com aero, cogaigo € movimento 3 relacionamos com um ‘no, também peson completa, tegel com aero, cose ov ‘ment (Ames, 2000, 9.86, [Nesta reflendo, Almeida raz tambérn um aspecto a ser conside rado em nossa atividades docentes: a pessoa do professor. Em nots atvidadescotidiaas, devemos estar atentos também as nossa prdipias disposgdes motoras e humoras © nfo devernos| pretender ocltar de nossos alunos 0 que nos pass, mesmo Porque © Elano pescebe eaprende arespeto de nés professores muito mais do fque allo que conscentemente os propomos 2 ensina, jf aU, 35 mon cha ton cornet | como cls, aun poses inras erase noson caer ett, aso, expostas seus cos. Eesaprendem com nossa 1 Terme are api es veves, saber de nés mas do que n6s esmos. Podcmos, pos, fazer da manera como lidamos com a véeias configuragdes ge # integragio de nossos dominios funcionaisassu- cane hto de mostrar aos alunos uma forma possivel de lidar com BNUuls proprio lnformar aos alunos sobre os sentimentos, conf tes covicdades e expecativas que vivenciamos em rlagdo 3s stua- [RITES Snsino-aprendizagem € uma boa forma de comesat, Assit Sfetcinon ensinando a cles que sas emogées e dificuldades, os seus Seetcneon, necessidades e confit so leitimos ecomuns 208 indi “duos e mals que isso, podem sr produtivos. Este tem sido o desafio weghal ec tenbenteguea partir do estado da teora de leni Wllon, ‘he tem modado profondamente mika forma de ser professora Referencias bibllogrfcas ALMEIDA, LR, (2000). Wallon ea educago, In: MAHONEY, A. A SNLMEIDA, LR. orp. He! Wallon: stooge educa, S30 Pa tos Loyola OURADO, 1, PRANDINI, RC (2002) Hens Wallon: pclae ea ‘sie, upto Guceos Revita acadiica das Focldades Interadas ‘Compo Salen, S50 acl. MAHONEY, A.A (2000), Inrodugo. Ix MAHONEY: A.A. ALMEIDA, ong Henn Wallon: poli edusgio. So Pale: Loy, WALLON, H[1934/195a), Ar origens do cater na canes, So Puls ‘Nove Aland * NCSSSH/I98S), La vida mental Bareclona: Eitri Cc. I ehir998) A also palin da rosso ae 70 Ni ts988)" Ae orgs do pensamont ma crags Sto Pace: (197371995), Peclog educa do infin. Lisbon ior Tal Earp 11979), Do acto ao penamanto. Enso de picologia compara Te Tish Moras Ealor. 2A 200, R (1998), Isobe, ls WALLON, H. A evolu pricliica Vd evan. Lisboa: Baie 70. ‘A constituicao da pessoa: dimensao motora ‘Ana Masri o¢ Auwoa Lorca, Inerodueto Atti de deo waa prdanen [ps grandes Conjunto fasionas, 0 qe nfo deta de Sr tlio, sobrendo de ni, quando a atvedads esto ainda poo ‘Airecian,Algmss, por, coo 0 conbesmeno, surge ma festamente tarde, Outs, plo contri, sugem dese nase ‘Exist en ela ura sucesso Je prepondersnca Abs pa teconhe Corso neces her enfcaro esti peopio de cada una eno tos Hntarmos simples enumerago dos agus gue sto smulanes- tnene observes (Wallon, 1941/1998 p. 131. [As autoras desta obra compactuam com esta visi e compreen dem que a separagio a apresentagzo dos conjuntos funeionas € um recurso didi, * Dowtorpds do Programa de Eads Pie Grados om Ec og Enc, MSc reo nr So Jo Tee ‘Asi, a dncssio sobre a dimensio motors eth aseada na comprecnsio de que sn dient desenvolve-e deforma tegrada [5 Temai dnensbes da pesto. iso impli ente otras conse hae ss 28 kere rien ge nos posbiten entender or proceos de desenoltmento human, time er que, part oranizarmoe news pris peda, € fans steal conhisermos nono lun ‘ore denen o proses de devant ere epontada por Hen Wallon noni do flo pasado, isto {eed incave ger compreenerosluno envalva entender os rea so de Gue le dapunha pare atures elsciona com oreo hom 1 sto ecultural, Wallon (1944/1975, 1941/1998) ata com des {gue 0 movimento, poi 0 coma constiativo da relagies que 8 pation estabelece so longo des vida ‘Notice qu, 2 long do ext, o emo movimento sed empre- ado como sindnino de movimento corporat humano. ‘iante dessa compres, "sr professor” abr wa rede de perspectives ecamiahes Ege cate gontaria de demacae o emioho Eocinica que “er profesor” algo gues conta, que seforma, qe Sedcsenvolve ey portant ado oma estraturapront,fechada © Irate! dada @ fr para dterinados individ. ‘isn, nis lo ascmos pests) mas aprendemos ase professors) ao long de nz carer, Para ano, eneouas ‘Teeside, peice conhecer abu relays ene tera "esc. Nota pen conan ge Cao cine {ahcntos que nor posblitan cated a dimensfo motoa da pessoa para organics rns pra pedagogies sdoqends Sy necsidades de eson lun. Entendemor stim, ser ecessra&formasio do peo- [Esor compreenio do movimento com um aspect da pessoa er Aiscmolninento,ineyredo Sediments aleve cognit Brincando com 0 movimento corporal [Antes de apcesentar visio walloniana sobre o movimento cor poral mano, gostara de convidi-lo para brinea wm pouco com seu A brincadeira consiste em voc?, por meio de suas sensages atuais ‘ou memorizadas,identficar em qual das stuagées a ser apresentadas realizou movimento com sea corpo, Vocé topa eta brincadcira? Sato ‘que Sua resposta& sim! Ent... af Bo a8 saga ‘Situagzo 1: Vocé ests brincando de pega-epa (pigue-pega) ou iogando queimada (queima) com seus colegas de escola ‘Situago 2: Voce esté sentadola)conforavelmente realizando a leteraatenta de um de romance ou de um liveo de ao. Em qual das situagées voce eeliza movimentos corporis? Penso qe apésalguma hesasio vocérespondeu Na siuagio 1, pois elie! [_. i F genominadas sensibldadesinteroceptiva eproproceptiva, que jun seem com os tutomatismos, fo vats por Wallon com os recur Sor gue acianga fem para se comunica €sobceivet, IN stand imeroceptiva € uma sesibiidade visceral que permite range seni como et of sus ros, como eta, resting ecy ea senlidade propriocepva € uma sensibiidade {Ganes ou postaral que etérelactonaa a sensagdesgadss a0 egui- Iii Se aedes estos movimentos,epossiblita3eianga sentir como tna ena de seus muculor. Ambas st sensbiidades provem do puis corpo, as, enquanto a sensibidade interoceptva se eporta pretretonintermow a proprioceptive se diingve dla, pois ov seus SZimulate, em ves se sua nar vsers localiza nos te ‘en, arculagdese nos propris misculos ‘Senecio das dons nnublidaes precede o da sasibiidade catrocepv ones snsibidae orgnics «print, que €estimula {Br putes objeos do mundo exterior e em ua forma de oganizasio Shab aria Eas evel estas de bem emal-sar, 8 ej tonal des apdives ow desagradve,constuindo a base da via afta. "Ke prises manfesagoes fetivas da ange esto, portato, ligadas tonto fangdes veges (viewer) como 38 impresses propriocepias(nuculates) A Fngesveptatvas,patclarmen eas famgoes de nutido, promover sensagbes de bemestas, pelo ‘Stor alociado do late, ou de descanforta, que ocorte quando 2 ‘anc ese com fone Da esa forma, as impresatespropoceptas poder ter uma tonalidadesgzadsvel — quando a erlang fica livre [Seroupas ou desagradsvel —~ quando cla fs uma pogo inc fmoda ou quando a roupa aspera TNo entanto as sensiilidades 0 se aproximam apenas pelo caritersftivo, mas tarabéo pea naturera das eeagbes totoras 38 SGuniss liga, faso aconece porque o exerci das Fangs vegrtatias se vscecas oocteprinciplmente por meio de contrasBes muscu os que doa forma eo rau de consstencianecesiios 408 rBios pata se acomodarem ‘© incorpo de elagfo pode se vericadoente a sensibida de proptocepia eas conragdes tSnicas mculaces. Ness cas, ela tmele.o pra de rensio dos misculs do esqueleo, esponsivis pelos Aeslcamentos dos membros edo corpo no espa. B preciso lembeae que 0 aparelho muscu apresenta das im porcantes fungdes: a fungao elonica ou cinédcs, que possibilita © Jmovimento propriamente dito; ¢ 2 fungdo tnica ow postural, que Corresponde'a variagio do nivel de tensio (nus) da masculatura ¢ ‘onsttl as atiudes e mimicas 1 efeto que a Fangio toca ox postural provoca no otganismo 40 de modelagio. Fa espoasivel pela regulagdo do equilibria ne ‘essirio para a manutencio da establldade corporal, tanto nor des Tocamentos de partes do corpo como nos do corpo intexo. Gestos simples, como 0 de etender 0 brago para pegat Um objeto sobre a ‘ness, porexemplo, equerem ques iri umn constant vriae30 fo eénus aos misculos, de tl forma que o resto do cotpo possa se Sustentar numa postara adeguada, ‘A atvidade tOnica deve varar permanentemente para garantic cstabilidade postural ranto no movimento como ma imoliidade. Als, ‘nt imobidade a aséneia de aividade muscular € apenas aparente Embora a atividade cinética nio acontea, 2 avidade toniea ou ‘postural ocorre de forma intensa, pois ela que mantem o miscalo ma Forma sssomidae confere he uma consstnca variada. Caso cont rio, © corpo desabaia, ‘So eas atividades (que a fangio tnica ov postural pssibilt) ‘que comandam o desenvolvimento infantil nas primeias semanas de Sida, fazendo com que scranga exten voltada para o que acontece ‘Comm seu organismo, com sus orgs, suas vceas, ecom estado de Seas miseulos. Ao nasces a crlanga nfo se peteebe como um indivi ‘duo diferenciado dos demas. Pla se encontea ligada ao seu meio seabiente,paricularmente & me, por meio de ums intima rlagso, CStabelecda sinde na fase utsina, enominads por Wallon (1975a) bose folic. 7 est relagio simbitica continua apo ascimento, pois ini ‘a autonomia que a eranga adguice a de espzar por si propeia — para oresto ea continua exigndo a esstnca de seu meio. Acting { praticamente organismo puro, as aividadesorganicas de mutrigioe ‘ono a abrorvem. Ela passa grandes periodos entre afore ¢ 2 sacie- dade, seu corpo Feaenternene tomado por espasmos, OU ey Por solugon raguritagao ow cla, o que a faz gritar eleva rapidamen- fe fadgay uma das pincpaiseausas do sono. A grande quantidade te | ddehoras que a cranga precisa dormit nos fornece uma boa ida do ‘Eihcr de imerioragao e de ackmulo de energi que possui ese primeio periodo de vida. “X preponderiacia dat sensbiidadesinteoceptiva © proprio ceptva nao permite que a8 reagBes infants ultapassem 0 campo ‘Slrsvamentefechado do organimo. Wallon observa (1975) que as fstculagbes infantis nfo pasar de simples descargas motoras, que Ee ropagam de mancia dfusa em sobressltos e em gestos, sm se ‘idaniar em esportas apropeiadas, Sua finaldade € apenas eesolver| ‘rene de origem interna eaquelas provocedas pelasexciases tindas do exterior “A enanga precisa ser assistida cadoo tempo € suas reagGes pre= cisam ser completa interprets pelos adultos que The si0 pr Sims. Seusgetos, ortano, vio provocarinervengies itis ou de fejiveis do eo humano, ‘Em vista dso £ que Wallon (1975) identifica como os snicos ‘nos iis que a erlang sealiza, nese pefodoiniial de desenvolvi- Inento,aqulescapares de chamar a me em seu socorto,e que so | Soscitados por suse necestdadese por seus estados de bem-estare de ‘kesconforc, vital paca ctianga se fazer compreendere presseni a ds posiges dos adultosem felagioa ela ento, todos os seus inereses uireionam para os outzon, Iso acontece porgue 2 satisfagzo das fevesidader infantis j& ado € mais automstica, a postura da mie pode varias ser de concordincia ou de ecusa, « muitas vezes com: Porta atrasos, que leva a erianga a cohecer sofrimencos de espe Fou de privasso “Wallon (1995) entende que as maniesagées infants causam impacto afeivo, ou sje, provocam um contigo emocional no meio hhumano. A aclhids do meio contre significado a essas manifesta {hese as tansforma em recurso de expressio. Pouco a povco, Por foci da interagio com o outro e da maturacao de seus sistemas de Sensibildade, a crianga exabelece corespondéncia entre os seus ats ‘oseleitor que eles provocam nos adultos de seu meio, e pass a agit ‘com a intengfo de conseguir efeitos dterminades. Esse corespondenca se torna possivel porgue as impresses sensoriais esultam de stuagBes que acompanham no dis-a-dia as tisfago ow privago das nocesidadesbisicas da crianga igam-se 3s suas manifstagdes e acabam por constitu uma primera serie de {ssocagBes condiionantes. As que ocorrem com maior frequencia€ ‘egularidade so decorrenes da presenga dos adultos que euidam da {riangs. Eo caso, por exemplo dos gritos infantis, que, por ser mui {as vezesacalmados pela mamadeir, scabam por se tormarsinal de deseo alimencar assim que uma simples associag5oFsiolgica desdobra-se em cute, fazendova pasar para o plano da expresso, da compreensio, Ass elagdesinterpessoais. O eft tomna se cada Yea mais niidamen” te intencional 8 manifertagSo emotva. Hla passa 2 Serum mo cujos ‘resultados sf0 mais ou menos certo "Nesse moment, segundo Wallon (19753), um novo campo co mega a ve abrir & atengzo da eranga e faz com que 0s Sinai dem provivel Exito muito depress se localizem na pessoa de quem ela Ssperaoatendimento, Os seue gests, a soa atte, a sa fsionomin {a sia Yor também entram no dominio expressive, que, dessa forma, tal apresentar uma agio de reciproidade: a0 mesino terupo que tra” haz os desejos da criang, tradur 9 disponigto que esses descios pro asim que manifestagbes como o Soriso € 0 choro nicialmen te reultantes de extadorfsoldpicos — bem-estare desconforto. ‘io aos poucos adquiriado uma tonalidade aftva, expresiva, cm rnando-se socal ‘A partir do segundo ou terceco ms, por exemplo, a rianga choca quando alguem que cudava dela ov que estava prosioo a ela Se afeta. Segundo Wallon (1975b:155}, iso acontece porque parece {ec tarda decomp, com el format wm niade ‘Ae ligages do meio humano com a crianga vio se vorar mais sélidase diversiieadas vice-versa. Cada vex mais, 05 seus gestos britos prope a exprimir as suas necessidades deforma mals = pesca ea criarreagdes que encoatram correspondéneia em seu mei. Era comunhio aferva a que se refere Wallon (1995). sob a influéacia dessa comunhoafeiva que vio sextabelecer rapidamente conexes entre a5 manifestagSes espontiness © a5 rea (bes ies desencadeadas sua volta, Vaise organizando, por xen plo, una astciagio entre as convultes de clera © 0 momento de mamentagao ow 0 paseo nes bragos da mie To prod gua dots ees aponmadanent ao in do rime ana moygo contin predoinar como reco dls Foam oman, A rlagdessfetesacendem ao pie plano Sar pig fan deerminandoo que Wallon denen sbise pet Porat dose mses acing sabe manitar una tesa deieaade Seems clr, Ss inertia st ato ior Tare oni fo eapar dee fereer oportuniades de elas mais freqercs cma desamente morad Sedo de simbiose alec ene scans © 0 sew mio am tients dea na entita dependenca dagueles de quer recbe 05 uo Quando tas ceidadoe falta ou quando se initam a sims sates materiais a ange sate no 36 no gue di respi 20 i Jelcurotumento piguco, mas tambem no fio, «chaps = Tinga 2 sau fangbes vectra. "alls 1995) recov + emogaoo importante papel de esover «ext de inapto peculiar a0 reér-naseid da esp humana. ESE Copal pela comonicago exprsiva, fa de gests, Taina catuden Coys efoto, ae manofstaoes afetivas ox emia Doras per aparetoment ap essence sens eft neuen rote poner sas de ida pga obser wo lant, ‘actor ao vero oriole ecoa ao va crap. 138) ‘ eianga, pela cnog, une 20 Sev ambiente fiir de wa forma to nina que mio sabe oe dstingu dele «fz ier (eine sincceamo sbjetvo capa deeniquecer a sos ptsont MndeWaton 19730) afema que nto €xapero cedar afetwidade aarerrne papel em todos o progreos que marcam ext period Ge onsen TN teria walloniana, 2 emogo tem uma fangio expect € peepondetante no esq impuliveremocionaly aie € a consti Be menet pessoa: Nesa fase emocionl a primeitacosciécia scum eater confi plas el no a conten de pres auntie do mando excrion mas das desordensedseos estima [As cmaconl em ini ene. sepnde €0 fc ang © sea age porte dot 6 ms we Iados poo orgaiomo (.) Ela comsiénia, mas conscncia ubjetioa (Wallon, 1984, p. 26-27). ‘A passagem da conscgnca subjetiva pars a conscincia objetva ificile cheta de incerteras, pois ainda que as alividades seni ‘motoras, tipias do eso seasriormota eprojeivo,teaham des ‘ado a steno da cianga pars o mundo dos objeos, a natreza das Telages estaelecidas com as pesrost continua do tip imitagso ¢ fusio afeivas, Para superar se tipo de relago, a ceiangs precisa tepie ssi mesma um papel na situagBes Kies, epeesemand oft fo papel avo, ors 0 papel pasivo, ‘Ness eriio de desenvolvimento (senséro-motore projtivo}, a crianga vase entrepar, portato, a uma série de exereiciosejog05, ‘denominads por Wallon (1975s) jogos de aterancia ou de recipo- dade, que se tornam cada ver mais precios e oferecem momentos ‘eespecs explosoes de sarpeste aleria, Ar atvidades lien tor nam possvel 3 cianga exercitar @separagio de seu eu do osteo, mas de uma forma ambivalent e seta a tuagSes ainda no € posivl {la identifica si mesma e 30 seu parceio de uma forma coerete, ‘A-rianga ainda se encontra iimamente dependent das seu es preventes que suscitam as suns rages edebam a individvaidade ‘ose parceiosainds mito indisinta, Poe no se eapaz dese prec {er fors das cieunstincaecotinecas de sua vida, acianganio sep ra as pessoas dos locas em que habitualmente a5 v@ 0a dos aos que Comumente pratam. £0 caso da criang, por exemplo, que no feconhece ou demara a reconhever a profesiora do maternal quando {veto shopping ou em outeoloeal que aoa escola, Ou ent, como ‘tustea Wallon (Wallon, 1995, p. 251-262), a cranga que pergunta§ fa mie, quando a ouve cantar como a goverasta Elza costumava fazer Pt, vood é uma Elext ‘Osindviduos de veu meio préximo so diferenciados pela cram ‘pelo papel que exercem no seu ambiene. Wallon explic, por exen- Plo, que a cranga no vai diferencarinicialmente a figra do pa Chama de paput tanto pai como outros homens que apresentem ‘acteristics semelhantes, como um bigode, por extmplo sto acon eve porque sua representagio nao ests dilerenciada, ola € afetiva flobal Desse forma, individaos com caacterstias comuns queen trem na rotina de sua vida rio gados uns a outros. | ocala de Lan mo en ecg ene nn as jf bran seta evolu, Ha sca companheios para a 888 SOARS Podendo imiios 00 welaar o mesmo bringsedo oa rtGlanes meama stad Um pooco mats tarde, sas anda fags SS conegue cca oss itrogaee ugar as condutas We SStpanhcos, Peo dor? anon a cama € cap de prtiat dCbemendcta coleas com mats do ou Ges eoeguinhs que po dem ster #stiviade dos adultos. Novcnamo, nessa ide, outros aspects do comportamente tambn jis acm presets ereqerem una atengio do alto ener exemplo da crangs qu, em Yer debincat, pode saxo ‘tna pra ra ringed dos compankio. "pha 3. moss asada de semana de eciprociade io cetidosfuncionts que trmam poselo desenvolvimento da Seocinca objet, que se ane prmeiramence por wns af eee cn Goo pont de itn peso se otra excl, Ufa, por wets agressive; esa crise de oponigo a0 out dt Une Ctigio do personals cas atvidades esto sob o redo tito do domo acto. "A G.Se de oposite o ovo consi uma fase combat, de egal ede vols par dnt des, ques rin da neesidade da Tree concer a sun exci de enti asia propia inde SERUSIIS Gn taagto ao ono: o jogos de alterancia 0+ mondo o‘Galogadosdenapaecem, x0 mero tempo due a cian pe ‘etudo, apenas pa race sum pongo. Be felado ao adult, @ ‘lume se envea ume expect de egrn, poo destin afer ‘anfr sous cprichor es oposicio (Wallon, 1990, p. 14) Te Sas dn dese designates psoa etega mits eae, crm cemagio on pronomes ove. Esse entimento pessoal TRESRE Seago ebietos 0 pronome me adie claramente 0 ‘Efe de pone ea sabe gue eaten © objeto emprestad, de wso adds co obec gue lhe prtence, de uso daradouro, Se algo Raf penene fr dado’ outro sem 0 sea concent cra Tene pofundanent tng. "Nang fora se cumenta € exigent con as esis sscet seis de seem dominadas paristarment com os aretes primo. 1 Giega nce a cometr ero om alts nenconas ara ser tepreend © aa ategdo (Wallon, 195, p- 271) Para obtero que quer crianga€ capaz de recorter 3 asic 8 luplicidade e maths, eo f2, por exemplo, para satisfazer o forte ‘esr que tem de sero objeto exclusive das atengdes dos adultos que the s¥0 mais préximos. De maneisa geal jf sabe disfarga as suas Jmengbes: sabe, por exemplo, fingir que oferece um bringuedo para ‘ber a posse do bringuedo do outro, Essa dupiidade mares 0 mo- ‘mento em que acranga toma conscienca do que se espera dela eda Soa vida secret, Eo periodo em que se padem desenvolver paises tanto mais carregadas de angistia quanto mats dissinsadas foren Ciimes de um imaocinho ox dos pss (Wallon, 1995, p. 205). ‘© nascimento de um irmo é um exemplo pico de chime nessa idadee pode provocas grandes rofrmentor ve a erianganio consepe ‘enuneiar 3 posi de agula ou de iho tnico que pertenca ela na (sirutua fnlia, No eneanto, nem sempee oclume se manifesta cla ‘mente, poi enanga jf écapaz de escondersenimentoseaitudes {Que os adultos podem desaprovar © guard para sc 0 sepredo omega se unpor & conscigncia infantil. Dessa forma, €necesaeio ‘ispensar toda a atengao 8 cranga, sem subestimar a dor que ela sente over o limiotinho tendo cuidado e azengio que até entio eram destinados somente a ela ‘© cite ¢ ua setimento peculiar a esta dade e esté na base da ansiedadelrequentementeobservada nesta etapa da vida afetva, por {Que permanece na erianga um estado ainda mal ciferenciado da ten Sildade, ema certa confusio entre cla cs outros. O cidme surge pela impesibildade de atribuir ans oxtros 0 ue pertnce aos outros {ela propria 0 que Ibe pertence (Wallon, 19753, p. 211) Seguese a fase de oposigio uma outra de exterorizagio © de expansio do ev que se manifesta por uma exaberinca de gests e de ‘movimentos corporis. Ea fase da graga etambéan a fase da timidee na ‘al novo tipo de confront eu-oateo se isa 6 papel que a rianga atebui go outro nas ativdades que celia € de admitagio ¢ de aprovagio Ela desea intensamente ser admirada pelo alto, poss desea forma ai poder admiara si mesma. Ness Fase, alec grag e imide, enrobesce com alts de eo, ques torn também motivo dezombarae diverimento. Gost deri € de sever ri "Annecessidade de ser prestigiada pelo adulo é que leva x cianga a exibir as quaidades que aeredita serem eapazes de peovocar admi- © ragdo, Ela necesita sero centro de atengio do outro, oie asa pe fou } € o centre de sua propria stengao. No entante, como observa ‘Wallon (1998), a exibigbes infants nem sempre resulm no sucesso cxperado, © que faz surirna criangainguietasées, conflitos e decep ‘bes, na medida em que aadmiragio ea aprovagio tio desejeda poder ho corcesponder as suas expectativs. ‘Os confltos eas contradigoes provocados pela necesidade de se firma logo v2o dar nova orienagio cranga, que a leva a consid ‘ar 0 outro como um modelo ase superado. As qualidadesencontra dos na sua propeia pessoa jé alo s40 mais sucienes, por isso ela ‘eae se apropray, pea imitacio, das qualidade e das vantagens que fencontra nos outros. Nessa terccira fase de confronto eu-ovttoy 2 ‘ianga busca aio somente um admicadox, mas urn evodelo Em vez de simples gestos, a imitao a ser feta pela xiang € de ‘uma personagem, de um adulto preferide, que evidencia uma aitude lambivalente de admiragio de oposigio, pois imitar algudm & pri ‘meiro,admii-lo, mas € também, om cota media, querer substi Sethe (Wallon, 19753 p. 67). san etapa da vida afetiva&reconhecidaroente urna etapa fonda smental. Portant, &necessirio que o adulto propicie ume orientagio positiva as frustrasées ow arrogincias infants, pois elas sio eapazes ‘Se modelo comportamento da erianga nas selagBes que extabelece com o seu ambiente. Nessa idade, a necesidade de apego pessoal € ‘muito intensa, os cuidados do adultosio fundamentals, pevila dso bre espace para a formagio dos complenas, que slo definidos por Wallon (1975a,p. 210) como atitudes duradouras de imsatisogdo que podem marcar, mio dirt de mancira irevogivel, mas de mancira prolongeda, 0 comportamenta da crianga nas suas relagbet com ‘meio quea rodeia. ‘A conscincia de s ainda € global e represent os primeiros es forgos da erianga para se distingie de seu meio proximo. Embora ‘ext etapa de conflta e de semiconfusio entre acranca e 08 outros Sejainevitavel e necessira para uma integracdo posterior adequada 4a relagio eu-outros, Wallon (1975a) salenta que € importante para ‘desenvolvimento infantil que a familia nio se) 0 Unica meio a exer ‘er nfluéncia sobre criangae propde que ela feequente outros mens, como € 0 caso, por exemplo, das escolas de educasao infant ‘A escola torn possivel as brincadeiras da eriansa com clegi nas de idade semethante& dela, nas quai cada ciangs vai asst posigbese papdis definidos e variados, que preparam pars entrar em oetvidades mais vastas, onde o Sew papel deverd ver mae diversi ‘ado (Wallon, 19752, p. 212), Por volta dos 6, 7 anos, acranga inci a sua trajeéra escolar formal. Ela comeea 3 patcipar de grapos com as nas varadae com: posiges, onde aprendert a dlimitaro cu lnga a parte dss proprias fualidades e prefertncas, a esclher os colegas ease escola por ‘les em fungao da tare ser realizada, laciicand «xi propria € sor colegas de forma distin, confoeme owabalho a ser empreendid, sat exerccio soil permite crianga tomar consciicia dea personalidad poivalnt e, consequentemente, mais ive. Ou sj, a Grenga ganha gradualmenteosentimento de que a sua perionaidade Ema entre cntras € susetivel de tomar parts em combinagies ‘aries e modifcives (Wallon, 19752, p. 68) Taso significa que a crianga aio mais se linitars a se opor ou 3 se idetificar com os outros, mas saber st classifica entre os outos © primeira em matemitien pode ser 0 stimo no futebol 'No entantoy a evolugdo da cranca nlo se fz brscamente, la passa por uma série de gravseniveis. Por voles dos 7 ano, ainda 0 Inicio do estgi categoil,pode-se veriicar uma forte dependénca da rianga em relagio a0 adult. Aquelas caangas cua ncesidade de lapego pesoal ainda se manifesta de forma exclosivacostamam ser bastante eensuradas pelos outros membros do grupo. F comu, pot ‘exemplo, 0 grupo fave uma sri de piadas ou mesmo isola 2 cransa fue ainda se mantém visvelmente dependente da familia ou que bus ‘a uma atengio especial do professor ‘Ao final do esto cateporal, de predominio copnisivo, a cian «tem de si mesona um conhecimento mais preciso e completo, 2 sua Sdaptasda ao meio parece terse aproximado da do adult, quando Surge 0 impeto pubervio que rompe o equilibrio de uma forma mais ‘ow menos sitaeviolenta (Wallon, 1998, p. 208). ‘rise da puberdade, que para Wallon se nsalanacrangs por volts dos 11 anos, marca 0 iniio do estigio da adolescncia. Essa {rise produz profondas transformagies torn essa idadeplena de Seotimentos e de attudes ambivalenes, Os acontecimentos mais co nuns do cotdisno comummam se reves de grande importncia, reve Tundo a peeponderincia da Fungo afeiva no desenvolvimento. Pode- sede gue, sobre 0 plano aftvo, 0 retoma wma consienivel Jmportine (Wallon, 1950, p. 147) ‘Astansformagdes corporas ocorias durante 2 puberdade fazer song no allescente um sensento de estranhea em face desi mesmo, [Jus onenta «so atengio para dentro de eo leva a se interessar por tudo ue lhe digarespit, buscando entender oque est acontecendo, ‘Nessa fase, aparecem as reages de vaidade, o descjo de ara 8 atengao¢ 2 necesidade de surpecender os otros, a0 mesmo tempo {Go suger a reago de imide vergonka ea dvida em relagio 8 ‘mesmo, Bsessentimentoseatitades armbivalenes, segundo Wallon {1975} traduzem odesequlrio interior do adolescent revelam = prepondetancia da afetiidade no desenvolvimento da pessoa. 1 sentimento de extanhera, de derenraizamento de si mesmo, estende se lo 40 passado, a0 Ribose propria familia. O adoles ete omega ae set insatisfito no 56 com ee, mas também com [hrelagies que ounem ao seu meio, fica desorentado porno saber {Guem mudou: se for ele ou a sa familia. Essa contradiio costuma perarbilo, mas ceag nial diate das ansformagdes sind fem um cum definido, Ora o adolescent sabe © que quer, ore nfo ‘She, ova deja dat um rammo totalmente novo 3 sua via, ora quer ‘qe tado vole a ser o que era ants. "A insatisfago do adolescent com o Seu ambiente o leva a se sentir cada vez tas incomodad com at exigncia eo controle dos pul sobee cle até mesmo os cuidados ea solictae da familia geral- Inente provocam aele grande ietaglo ou, pelo contavio, so ex thos com grande sande, O que o dita mais indignado € intromiss#o dos paiserm sua vida particular ea insistencia do adulto em consider fo clang, ois esa actu contraiaitentamente a aspiragio pro funda que ee tem de ser adulto, ‘O adolescent comma reagir As decerminagbes ¢ 208 valores familiares por meio de uma série de attudes de oposigho is aprendi- fgets pasalas © atuais, que sto uma forma de afimass0 do ex finda nfo dominado etadazem o deseo de autonomia que o adoes: Cente em maior ou menor grau spresentanesaidade. A maifestagio [esse dejo se ds tanto pela tjlgao as eerase aos valores estabele cidos como pela reivndicasio de poder. Ambos os aspctos se om plementam ¢ fequentemente coexistem, revlandowe conforme 23 ranges ea nturera doe emacs ravados com meio, Una carecernica nova vel epercer aoe peiodoy a conscién. cia temporal des, po emboras tanga no ego categoral tenhe congistado de certs forma Um comportamento automo in teagto a our, esta condi, som divi, do € sft Enea ‘Sno outro exo que roina dentro da nidade eda uidade doo n00 Somente sue relates com o ambiente, mas também sua sobrevivén ‘atmo tempo (Wallon, 1982 . 348) Teo tien que a cranga no cxgio categoria, apesar de ser capaz des precer no mundo em relagtoa0outo sina inespan amigo Strida rei sr oa afin, eles ero implies io compar ‘iharo»wegredos mais ion Exim sesedor gue x trnam sezeds de le queso capes des Eni urge el gue cada ebro do cl sete 06 TEINS fo.derolos ov ouios, Tease do retomo, om ple mas teste identical nl da cana com 0 su mbit aft. Pe de tom contngo completa, hi agora wm entendinento iw a lndvdoos es prucpagio de todos no conuno, seine cada um ‘ehael ge eauuow gue the € desnado(Walloe, 1975, p16) © sentimento de anizade taribm pode se desoca pra adultos etanne ain om os gua le e Henan. Ese adaltos a Gegwetaam modcis copiadon pelo adolescnteo main Gelmente vee rime exo de ova, cael, a, aides © postr, ica at sa iis se tora as esas das soa insta. “Oe ulion modelo que adolescent mia ode ser persona: gens as prOximos [pass professors) ou ais dxtaates (dos da re ne a eewnio esto figuras empresa formas {Ta consitncia moral "Rese pvt, 0 adolescents apresenta uma personalidad pet neil a tle apo de valores que o meio ofrece ato oF posivos sarc natives Com ura epona, ee absorve tudo o ue omcio Freee Solve a ele muito do que rcebeu, sempre por mo a we oecse. Ao nia os adultor modelo, oadlescete ea mes wee ioe tlores moras que des eneamam por conse om ‘ees osc seus, Sus valores anda no s fendamentam ern seo vlan mora Jo adolescent esto anda coladon 205 Mrodelos gue init, io tendo, portant, nada de abso (Raa walloniana nos india qoe = copsncia moral que se soliion slong da seston beac pacman do ‘ig eategonale prope osargimento de engéncias ationas + seem Seb com ovoutro, gue se evidencan els novas necessidar SN CSARESs pelo adolescent ele quer Sr tratado com respi, fumipa igvldade de ditetos ee read com Wallon (1975, p. 221-222), ese priodo de desenstvimento ipualmonte 0 periodo das opcbs dos valores mo se a que o adltoalze ese gosto de avert, ee Fee eres daar outros qe tem ox mesos setimantos as mesras ao i oat de ulvapasear o ambit aah, paa sida & ce cer asus exctha entre os valores Presets (Os valores mosis que o adolescent scale e assume io, porta ‘o,8 expresso ds valores de seu meio evo ovieniar o seu projeo de vide, Segundo Wallon (1975, s foi ber orienta pelos adultos do {eumeio, as excolhas do adolescente podem fzer lorescer um compor temento adulto autonome, que se sustenta em uma consiinca moral Sensivel aos problemas sciis do mo em que est inserido Em suma, de acordo com atcriawalloniana, a afetvidade, tnt quanto a intelgenca,€ passvel de evolu. No inicio, a afetidade onfunde-se com emordo, ¢ sua marifeacio se dé prncpalmente pelo rogue, pela troca de olka, pela intensa comanicegzo nfo-verbal ‘ refinamento das trocas afetivas permite que, 20 longo do desenvo Vimento, novas formas de expresso aparciam. (Cada yee mais, as manifesagisepidermicas so subsiidas por novas exigenia afesvas, como, pr exermplo,a nectsiade de tengo {ge a rianga no estigio do personalsmo apesenra ea necesidade de ‘tapetoe jst reivindicada pelo adolescent. Perecer e compres ‘det esas modangasrepreseata um camino eficiente para resolver boa parte dos confit que surgem na rlagz0 cout. ‘Conhecer a tajtora da afetvidade do aun permite 20 profes sot adequar seu ensing as nocesidades afeivas de seus alunos nos ‘ierenesestigios de desenvolvimento Referncas bbliogrfias WALLON, H, (19257984). Lenfont bale. Pari: QuadigelPreses ‘Vnivesiais de rance [19341995] Grigens do carder neering. Sao Paulo: Nova 1938/1982), Love mentale Pari: Mesidofions Soci. 19441998). A evolu page ds cron Labo Ks 70 [U97a119733).Pacolope eaducno de fac Por Earp = is7aN9750) Objet e mitodos da scolar: Esa 890) Peta diene Pais Meson ocak ‘A constituicao da pessoa: dimensao cognitiva Suety Avan” proceso de constiugio da pesos, os conjuntosfuncionais — orn, fev «cognitive — esto de tal forma imbrieados entre sigue nio € possivel em neahum momento do proceso, a existéncia Isolada dew entre ees, Neste capitulo, no entanto, para fins did ticos tataremos apenas da dimensio cogaitiva [As fangies intelectais possbitam a pessoa adquirir conhes mento sabres esobre 0 mundo que a fodeia, slecionarinformagies, Compara, defini enfim,explcar 0 que pereebe no mundo, sitaando ‘objeto ou 0 fendmeno em relagbes de tempo, espagoe cavsalidade. (Os processor cognitivos inertém na aguisigaoe no uso da linguagem, faa memoria, ma capacidade de prestaratenglo, na imaginacio, na Aprendizagem, na solugio de problemas, "Toda agio edcativa prsrupée ui tipo de adulto que se quer constitu A valorzagio das conguistas tcnologiens, na sociedade ~ oso polo Programa de ards My Gradados em Educa: Pc Ioga da Egy da PUC SP Proeora da Farldade de Pesagopa da Fund BeiSSmeo Ant ¢ de Fauldae Dados: Em pelea com> cove vives, tm implied mem slap dae nee a eee pctor memoria, atone inguager, pensamerto, seer — Reno pordade na ecoanzagio da cana, vistas C0 saat arana pera um fetzo de sucesso medial, ess soiedade Teaeactg um expago educative que salem da sala de aula rn muse ponte a exsteacia de pros variados: grupos wee sMonmades plo ineresse das ciangas, grupos dngidos et fpatigdo, como o grupo caste, os grupos de trabalho sala Eoin os propos de jor: Neves grupos, a crianga pode ocupar tei utsencados onde pode expermentar diferentes paps, ort a Raacdes em aque € exigda a demonstrar 0 que sabe, of et Stugben em que pects aprender ora obedeeendo regres, raalteran Use rgras poses. LS 0 isco, porém, de a crianga, por diferentes Fee smo mez, isegiransa ow rgidee —, ser brads, estar a desempenhar um mesmo papel ma maior parte do tm we grupo que mantem pape etaiesdon vai destacar um 90, Per So que tem nots bana” 0 "que repeta de ano”, pars rept eRe o to de sun peau, cosalianda a Fguee do’ *meninola Tonto, "ot que nde aprende, “ola quedo sabe nada” A rest ‘Ge pape vat dcimitand oa caoga sins agbe, iitando suas Siiet pea dficaldade que cla eaenra em negocare, por conse ‘uit, repping sua autonoti paras aventrar em cxperinas evan como aparece na falda crane 3 SEE (Arie, anos) mia vida er rim demi Nasal de ala er (ae ovos toca lea rave favs com muita verona, Essie ‘him demats Minha nie manda ei pra clei, nha ver bc fo qua ino de oo nena (Amaral, 200%, p44) [A étiea pedagogica que se restinge 20 melhor desempenho cognitvo,desconsiderando outras dimensbes da pessoa torna o tem serge ccolarzagao opeesivoe aerticn neu aerianga como nme: FS de smateicula, mas a excl simbolicamente quando que ea no ds Conta das exgéncias. ‘se educar implica organizar intencionalmenteatividades que peomovam o desenvolvimento da pessoa completa, no que diz respet Pega suas neceanidaesbiopsiguias sociis as agées no interior da ‘Scola em dese baizadae pela dimensio érca,norteada por valores como justia, solidariedade,iberdade, para que 0 jovem poss inter ferieativamente na perspectva de tansformaro mio em que vive na diregio de um mando mais justo, mais humno Desenvolvimento cogritva satiny ne al pes nerdy iolgicon soins, una we ue toda experience prenia fam marcada orpnicament acing dete oasciment, Pre fae fnen ou seas comporementos eae pcos cada moment, Ferulants doco cnte a possblidades de que acrians dpe (sega, ee dca a es opr AES plo meio. As nenscr da pesos (fei, copia, motors) fesieam, em cada momento do desenvalvimeo, em forma de fu ‘fen atdes que surgmlestacam a, smpee nteigads, deforma ‘TSonpor um cnjunto orginal, pla sua configura. ‘O desnvolvmento aang de acordo com una sucesso dee tigis, que vio se carcterizando pelo maior domino do corpo eda ‘Ghucidade mental, propciedo pela maarago cerebral e por rs tsecats Osurgiment de uma nora eapacidade (andar, por exe fio} so poe sconce se rang teve ates posnbidade de rol, Tent engatnhar que vio exrcitando s Fangio emergent Esa ova fang fe march) acontececoncomitanement 4 emergénea {routs capacdades no campo afetvoecopntiv ¢ointa todo 9 ‘tsenvolvimenco pare una nova dregio(aorasncesidades post biidaeso que ta expe do meio hamano espostas diferentes para coher esa coanga, A epagio entre obilegco eo soll eee 2S fangéee que eneegem tora 9 deseavolvimen, 20 meso fo, derminado, se considerarmos que ele acorteconorme as posi dues da espe e abet elevation emt coma enelagamento ure as carteteraicnsherdadas da espe humana ¢ as possibile Sno campo da cultura. ’ tengo care as ngs caacteriza eda momento do de seavolvimento como um conjunto de comportamentos diferentes dos Scriores, Uma fungdoem etdencaintervem sobre todo o cosjunto deste determinalas caacersias, Amarcha, por exerlo,€ una ee ee ct oe Coane en ea tone rere ea aes et ee Seer ne te a es aft aoe ee ova itegragio entre as congas do ertigio ater, as neces ds que aloram cas prstcns soci da alu, i demos ver peo rata de Js ear, médico que acompae sou e meno Vitor de Avejrons aconsade come soon tea teres de 11 anos uma lrest ances, no sco XIX, que a sobre. tivenia biologca — locomoverse, aimentstse, dormir — do € Sofcene pace promover por st mera a percepgso do mundo Mama: fo, 0 penament, a inguage eur seidosredusidor a amano extado de india que aque de Satortnado se encontava, sb esse aspect, bem infer a alguns de ‘otot animals domestica orem olbox sem Gide, mm expres, ce fando vagamente de um objet para outro, sm munca deer em enum te pouc insur sie «0 poacoexertados plo tte, {ue oo isinguim um objeo em elevo de um corpo em pnts eg da audio sense aor mai fortes rads bom coma ca Ima rcant; 0 da voz reduido a um edo completo de mur e 6 Astando ecapar ue som gutraleunforme llto 30 pvc cl tad que ech com a mesma ierenga 0 aroma dos perfumes ‘exalt dos lios de qu ous cama eta replete 0 p80 Ao ato resringid as fngéesmecinicas da aprensdo dos corps Banks eke, Gale, 2000, p15, Quando encontrado, Victor demonsrava que seus dros dos sensidoseram perfeitos virava a cabega a um rido semethante a uaa feutacxindo,resonhecia ocaminho do bosque, emia sone querendo {ie Como oteecho releridoeclaece,porem, embora tivesteGrgios dos sentidos prfeitas, o menino nio era capar de diving as cosas tmais simples do nosso cotidiano: queteli, sons alah, cheios “A para nés bons ou ruins. O que nor mostra que o Fancionamento dos érgios dos setids, orientado para o mundo humano, tal como 9 vemos, ouvimos, ceiramos, saboreamos, ecalhemos 0 que seve € ' que ni serve o que e bom ou eum, cultural e depend de apren dizagem no meio, Nosso paladarsabaria © que nos fi dado como thom, ouvimos os mesmos soase cheizamos os mesmos odores come ‘os outros da cultara em que creseemos, ou sea, percebemmos 0 que nos foi ensinado a petceber. Fa intervene do outro, desde nascimen to, que vai tomar possvel, por um longo proceesa de aprendzagem, abe se presteatengio em algumas coisas endo em outs. ‘A lntligtncia pati ‘A abordagem walloniana considera o desenvolvimento da fu ‘glo cognitiva desde o naseimento, quando 0 coraportamento aconts- ee azamente por teflexos. As Fangoesintlectuais no estio prontas ce eeCer O aaseimento imple &eranca uma siruagso em que cla jé 23o tard plemamente satsfeta em suas neessidades, pasando = Thee aituabes de privacio ou de desconforto, Non kes pranciros meses de vida — estigio impulsivo-emocio- nal a comportamenco do beb! se caracterza por uma morimen Thuso desordenada, provocads por seasibildades que sinalizam esta [Bos internos das visceas — de bem ou de mal-estare por snsibi- Iidades onginadas nos misculos, que snalizam as posturas€a pos [So do proprio corpo no espaga, O conjunto de reagbes da exianga SMSbites 0 entoro, contagizndo 0 mo humano, que, a0 responder so aplos, os inerpeeta,dando-the sigiicados pertinent clr ‘hao ur reperteco de significados comans. © choro, mais leve ov flats foreypasea ser intexpretado como fom, dor de bars, fro, Dor exciplo, Atendida ow do em suas necessdades, rian desen Pole como rexposta a essasinterpretagies formas de expresio cada Torna sutn, estos, voalzasbes mimicasexpressm dos cera, ‘eps, aum campo emocional de comunieacio, prmeiea forma de setbiidade. Ness forma de fusfo com o ambiente externo vio se Foumando as primeias imagens mentis,sincrticas«glelizadas ‘0 trabalho cotdiano com a crianga — tra da cama, mudae de posgto, mudar de ambiente — forneceesimulasto feaben Tre ibcedade de movimentos para gue acontega a atvagio de fanges ‘ensGeio motoras, de modo sic ela vi fazendodiferenciagies sucess We dae semagdes, A coordenagdo dos movimentos relacionados com TE pedpeio corpo vai petits que ela v integrand a sensagio como Sromumma séne de eapbes qu, 20 longo dos sis primes meses ai ponsibiltar a apreensio real eineligete das coisas ‘Por vole de seis meses, a cranca € capar de anteciparse na percepedo de coisas e agar, de conjugar movimentos de mos ¢ bra Peer daminando 0 espago objeiva,sinda que restrito a0 que ests proximo do seu corpo. Eom mento em gue, sentad, lang spr os bts seu alas ‘aca os ang pars rent, pats olador ou pra ras nmplesncs te deta cir no perineto de sa sivdade eonanora, Sar np siéciasespacnis nto vi além de onde chogam ato «conta to pla LmitagSo que ip » esas seu coro, que nose deste, simplesmenteapecia dmensbs,O qu ext dente no aa pe tas busca steno prim alansiel e penne infront 2 finda que em certo momento sj apt sus stenco fore era pero. O brinqsed, por exemplo, um Bingsedo ma atm he ermanece no campo de ago que cecunsereve 3 Inge Ss bron 1m eenro do corp (Meraniy 1972.8), © sort, prin forma de expen decane revel 9 ques pvt no sea mundo tno e srt ce imperial ma {Stacie do sexmundo ment O movimento delves, nce ‘meme 206 forma de egies de compensaiocesjtrento do ‘Propo eorpo sob» apo de ravidade. A tanga er de poo Ses a owe ion de Aca vn Siko, va conga nova prep des do cspace do ‘oon plies de ni: Or ovneoe daosnent ‘Spo putbiaao 3 ctaagn reconhecmento des cman oma do'nasocento de ts eapgon: 0 pag hucal pre lc do ‘Snpe onic concordiats ar enapos don movimento ose {erin oman progr egal os ‘Spur congitdo pes ocomoqse que ong spose de reduzir as distancias. ain Ene 1¢3 ano (no eyo eiomoto projet) o pe omni daa embdacen exteras, props pels Sendo ‘ons pone my an dm hie de ‘dade contant as fangs eles A atragi pelo oe et diame dea desevelveaetapidrene coma marche gu pert ‘nia pela preps nostodeepago 0 cpa pont Aeaote om pagar sucivor O descamento nese conf do so so dao, abe nova possas de percept svete de aio sobre elas de proximately conea, ‘oniniade, figs pasa tae raat evadas o ‘Sha nos seis atom da munud isriminada de oben © Sang pee ¢ sein lon seg ire ‘ive periodo&caraterizado por um tipo de ineligencia denomi nado por Wallon ntligencia pritica. A capacidade de resolver pro Tete rm detersinadoexpaso concrto€ o que posibiita& rang ‘ Tmvezugagto do mondo pela manipulagzo dos objetosc pelos exe. icon no espe. “Ate © nargimento da inguagem, a riangaintervém no mundo tendo como recuso 2 inteigencia pitica ou inelgenca espacial pone aividade vesorirmorora etd lgada 30 espayo conereto| sd a eapressam as slugs para problemas concreos: excaer un hjct dente outonsleangar um objeto, procurar algo, deslocarse maitegao algo ou a slguer que a intezesse. Ateigénca dscusiva ‘Ainteligincia discusiva s6 poders er seu desenvolvimento ple- hoa part da emergencia da ingaagem. A passagem uma nova Forma de tividade mental #8 ocorte quando a criang entra no un ‘to dos sgnos com o advento da inguagem, por volta dos 2 anos, E's ligeagem que abre a pore de subir a aso motora iret sobre as coisas, abreviando a apreadizagem, que is no depen leds manipula neds e concieta, Pla linguagem, a criansa va ‘coresentaro mundo menalsente eencostras, de acordo com Wallon, pata ead repesentagao um Signo, ‘Sgutscto de noges das pias soca exige que a intelign cia opere com instruments como 2 lnguagem e os diferentes sist ‘tas de simbolon So os simbolos eos signos que vio substiir 3 aperinca, as impresses senses, as imagens por toda uma série de rowdes que passam fazer parte do universo pensivel, Enquanto no for capar de realizar esa substuigo, 0 pensamento da cian per tance ng campo das imprestOesconereas eimediatas. Sem a lin- fZungem, cla cara mergulhada em cada instante do presente, sem ‘ompreeader rele, "0 estigioente 3 € 6 anos — personalismo —traz pata o prime oplano a consteugdo do en, com predomiaio da afetvidade A pro pring des, como un eu ditinto de um outo, se reves na props elo no uso do pronome pessoal —0 e, 0 me 0 para mim — na Aiferenciagio entre 0 voed, 0 tem. Ao final deste ettigi, mais dona de imeomay dow seus geston, damsuas agdes, a coianga vai voltae se [ieeresse para a invesigagzo do mundo exterior, o que inaugura uma va direglo ao sou process de deseolwment, 20 emerge 9 et fo categorial ‘Antes dos 6 anos, a criangs tem ainda dificuldade para isolar aspects dos ebjetos ov acontecienta, dada dfcaldade de operat ‘Belusvamente no plano simbelico da linguagem, o que resulta em fma confusuo de perspecivs ett sujet e objeto ou ence sujeitoe Sruagdo vivid, © pensamento destaca ora aspects do sueito, ora pesto do objeto, ependendo das ligagSesaeavas que emerge da fituacio, o que no permite dscriminagzo, andlise ¢ sintese de um “njaneo costente de tagos ea estabilzagao dos rags recortados em ‘umn imagem articulada, [No estigio categoral, ques nica por volta dos 6 anos, a ma- turagio permite controle da menra volunticia eda atengioe, por Conseguinte,aeranga consegue manterse concentrada, selecionando Spenat que incresa ent 4infiniade de estimulos do mundo hea rodela,condigio que se eneiquece pela soa eapacidade de con- {ole do propo corpo, alads a um maior poder de movimentarse ou teinbiro movimento quando dese), adequando,ajustando o geo SS sas inengdes, A ceanga tem condigzo de partiipar de diferentes irapos, nos quai assume diferentes papeis, ampliando suas experién vem diferentes condutas adoquadae a cada stuagio. Ointeresse da ‘ranga voltae predominantemente para 2 compreensfo do mundo, pra‘ alargamento do seu espayo de agi. ‘Tratae de um petiodo de exerecio intenso das funges cognitive, propiiadas pela maior capacidade e inervengio no meio Soul; «crlanga exercta 0 novo poder que the dio a memérit a ‘engio, a peteepyio e, paricolarmente, 9 pensamento, qu, ness {ise deverd dilecenciasechegando, ao final do estigio, as earacterts ticts do pensamento adult, O persamento quey no inco da fase, € {Staceersnl pela confusdoentteo que £0 sujeito eo que €0 objeto love se difeenciar na formagio das categorias mentas, 0 Ue v pesmie a representagao abstate das coisas ea explicagao objetiva Sp teal Por volta de 11 anos, un novo estigio tm inicio, com a puberdade, que marca wm peiodo da vida voltado para a consul Jesircom predomini da sfeividade sobre sintcligéncia (© persarent do sncrético ao categoria abordagem walloniana,o peasamentoapresenta caractrist ‘as diferentes nas primsias fares do desenvolvimento, diferentes a ‘tis de apreensdliatervengao na ralidade: 0 pensamento sincrético here a emergéncia da linguagem até por volts de 6 anos; pensamen- Capre-cuegorial ov petselacional, até poe volta de 12 anos, e dai, 2 Conquista gradativa do pensamento categorial, que carateriza 0 pen Samearo auto “A emengéncia da linguagem marea uma etapa fundamental no desenvolvimento das fungdes copnitivas; a crianga passa a poder identifear objeto para alem do seu so defotinae o objeto tomna-se idl, represcntagio. A linguagem torna posie isola 0 objeto do sea Contesto,prcebe-lo em diferentes conextes, descobrit os seus efeitos, feconhectndo os seus tragos de semelhanga ov de diferenga com ou {ros A ideia, a representagio, substi o objeto coacreto; toma post Vela identifiagio do objeto, na auséncia deste, por signs esimbolos, ‘que ampliaimensamente a capacidade operator da ineligeci, “ao longo de sua evolugdo, o pensamento da crianga deve organ cse-em doi sitemas, Por um lado a eranga precisa consttuir um Sistem que the permitaconheces os objtos, por meio de dentiicagio, Comparacio, clasificagio, alcangando por fim a definigio Concomitantemente determinaraexisténcia dos objetos ou fendmenos por relies de tempo, espago ede causalidade, cuj resuhado € pos- Sbliade de explicagio di exsténca das cosas. Asim, a evo, em ada um dos estigios, comtesponde 3 maior capaciade de identifica € feliconar 6 objeto ou fendmeno 20 contexto em que est inserdo. ‘Uma primeira tarela diz respeto 8 capacidade de lidar com epiesenagio, ue alo € um proceso facll. 0 objeto ou 0 fendmena {rat sendo percebido como separado de um conjunto de pitas, ito {ra etianga percebe « ola, o prat, a planta; 0 abjeto pode ser iso [ado sob uma forma que peemite o reconhecimento em cada uma de suas aparigdes. A erianga vai consegvindo ditingir suas caracters thea peclare, gue foram o objet igual asi mesm e, a0 mesmo tempo, diferente dos outros. Esa difetenciagSo permite inser ada ‘objeto reconhecido em um coajuato de mesma case: a bola € um Deinguedo; prato, um utenso de cosinhas a plana, um vege (© periodo compreendid entre #émergénca da linguager «oF 5 ou 6 anos de idade €caracterzado por um pensamento que ainda Inistura 0 ue € percbido ou pensado com o que € a experiénca vivida por ela, Tratase de um periodo denominado sincrtico por Wallon, Antes dos § ou 6 anos, o pensamento da crianca € instvel, ora se fxando em am detalhe, deixando 0 todo, ora se fxando no tloba,desconsderand os detalhes, oa mistrando os dos, forma Ais conjantosincoeretes, numa insablidade mental que impede 0 jpensamento de mantersepacadamente cada trago de um conjant 6, Smultancamente, relacioné-lo com outros. ‘© peasamento sncrtico tem uma estrurura binri: todo ee mento destacado de um conjunto ¢ imediatamente conjugad aun tutto formanvda um par, sem que acrangadelimite com exatidio 0 fgue sao caracteristicas de um ou de outro elemento. A crianga io Consegue se ater a uma informagio por ve; um objet, un fate, uma Sitoagio 46 podem enisie em seu pensamento em elagio a outros, formando pares. Usn objeto #6 pode ser percebido/pensad com base fem outro, do qual ele possa ser diferenciado (© pensarmento erste apenas elas estat que inroduz ms ots, Inicalmente hi estore muito eemestates. O qu posse const tat ede ini, és estas de clementor gue to Sempee 405 pres O element do pensamento¢ ess eto bit io st0 oF Hlementoe que o onsite (Wallon, 189, p. 3) (Os pares podem formarse por apcoximasio sonora quando uma palavraevoea outra de som semelhante; por automatismos ds lings fem, do tipo ume palavra puxa ourra, como as parlendas ou [Gusdrinhas; por aproximagdes subjctivas da vivéacia da cranga, que ‘Trpa dados da experidncia conereta por um seaimento de paren tesco ou de contraste de ura coisa em relag aout, como no exem- plo a seguir em que a imagem do sl "psx o cE, depois forma-se par "céuerra",“visiofolhos™ Rser7:—O sole vivo? — Fatd— Por quel vivo? — Por ave fle vd — 0 que lev ~ O cin. —E depos, 0 que mals? — Elewéa fern. — Al est viva) — std, — Por gut? — Forge la tom area limpada pe ver? — Vé.— Por qut?— Pogue ea st ace — vac 8? — Vo. — Vo et ‘ec tenb olor — F 0 sl tom lor? — Nao. =~ Como dle poe et ‘ro? — Porque le om bz (Wallon, 1989, p. 50, © pensamentosnerético vai de um dado singular a outro, rela ‘ionando fats ecrcunstancis,cuostagos se msturam, funders, sem delimitagio precisa entre © que é um e o que € outro. Nese pensamento prevalecem a tendénciasutlitras dos inceresey da riang, 0 para qué, Perguntando-se a uma eranga dessa fai era “o que é um cope2", ela provavelmente responderd “um copo para." “um copo & quando.” A diiculdade em ultrapassr aconstatagSo do modo de exit «ia das coisas mantém a percepgio da crianga em oposgéesfxss de ‘ada objeto particular ou agropande elementos diferentes como igus, fixandose em detalhesseeundiris. A ctianga distin, por exetm plo, a nogio parccular cranes, mar ndo consegue formar o coneeito de infincia, porque a nogso do geral permanece flutuante, sem imegracio dos diferentes aspectos que o gral incluso caso, as ages ‘omuns a uma pessoa com poucaidade em eclagio 40 tempo de vida

You might also like