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Fundamentos 4.1 INTRODUGAO © campo ds cletnica reine grandes histras de sicesso do seeulo XX. A partirdos transmissores de centlha radmenta- res edetectores de “ponto de contato” (amis eonecides rela expresso “bigode de gato") usados no principio a pri- Imei meade do séculotrauxe ama era da eletGnien deno- minads tubo de véuo (ou vlvutaterminiea). que promovew sofisiagao e encontrou aplicagao imediata em éteas como omunicagdes,navegagio,insirmentagio, controle e com putagio. A dima metade do século roux a eletnic estado sido” ~ primeiro, como transistors dseretose, em Jomo magnificos arnjos dentro de “irits int aridos” (CIs) -, em uma enxurrada de avangos impressio- nantes que no mostra sinas de di Produtos de consumo compactos ¢ aratos agora normalmente contém rmuites mies de transistors em chips VLSI (ntegragio em escala muito ampla), combinados com optaeletniea retina da tmonitores, tasers asim por diane) eles poster proces- Sar Sons, imagens e dads, am de permit, por exemplo, «ue reds sem fio e peauenosdispostivos portteisacessem iitipos recursos da Intemet.Taver to notivel quanto isso ‘seja a tendéncia do aumento do éesempenho por délar.! Nor- malmente o eusto de win mierocireuit eletrnico diminui Para uma fragiode seu custo incial A medida que o processo de fabricagio ¢ aperteigoado (ver Figura 10.87, por exer- lo). Na verdade, mites vezes os controles do piel €0 2 binete do hardware de um instrumento custam mals do que seus componentes interes. [No estudo desta emocionante evolugto da eletréni- cw ord pork tera lprotsdo de que’! paasiel cours: equenos apaethos poderosese refinad, a baixo custo, para desempenhar qualquer tarefa ~ tudo o que voce pro- a saber € como todos esses dspositvos extaordinsrios Funcionam. Se voce jéteve essa sensagio, este iro & para voeé, Nee, buscamos transmitira emogao eo coshecimen- to sobre aeletonica ‘Nese eapitulo, comegaremos o esd das lis, regras rriticase dos traques que consituem a arte da eleténica Como a vemos. E neessirio comecar pelo prinpio~ abor- dando tens, correte, poténeia¢os components ie com TUmcompatador de meats do écuopassao (0 EM 680) casts 30.000, tres, peta 7 toned contin 125 mp cm seu piel de co ‘eke en un engragida revi, ene ums Tred com conto decent energtica cat contém um mcrocomtao dma c= pacade deo de sus bus cua ese de 10 das piem 0s circuitos eletrOnicos. Como voed no pode tocar, ver, cheirar ou ouvir a eletricidade, sera necessério um pou- co de abstragio (em especial no primeiro capitulo), e alguns instrumentos de visualizagao, como osciloseépios € volt metros. Em muitos aspectos, © primeiro capitulo & també © que utilizaré mais matematica, apesar de nossos esforgos para manter a abordagem matemitica no minim necess ‘fim de promover uma boa compreensio intuitiva do projeto ‘edo comportamento dos crcuitos. Nesta nova edigio, ineluimos algumas aproxima intitivas que nossos alunos consideram dies. A introdugio de um ou dois componentes “ativos” antes do momento que normalmente sio apresentados possibilitairmos diretamente para algumas aplicagoes geralmente impossiveis de serem abordadas em um capitulo de “eletnica passiva”s isso tor- nad as coisas interessante e, até mesmo, estimulantes, Depois dos fundamentos da eletroniea, entramos ra pidamente nos circuitosativos (amplificadores, osciladores, ‘ireuitos l6gicos, etc.), que fazem 0 campo da eletrOnica ser 10 emocionante, O leitor que js tem algum conhecimento de eletrOniea poderé pulur este capitulo, Mais generaliza- ‘gdes neste momento seriam intiteis, entdo vamos mergulhar no estudo, 1.2 TENSAO, CORRENTE E RESISTENCIA 1.2.1 Tensao e Corrente Ha duas grandezas que gostamos de manter sob controle em citcuitos eletrOnicos: tensdo e corrente. Em geral, elas variam com o tempo: caso contririo, nada de interessante aconteceria. Tensiio (simbolo V ou, algumas vezes, £), Conceitual- mente, a tensio entre dois pontos € 0 custo da energia (Grabalho) necessério para mover uma unidade de carga ;positiva a partir do ponto mais negativo (potencial mais baixo) para o ponto mais positivo (potencial mais ele- vado). Da mesma forma, é a energia liberada quando uma umidade de carga se move “para baixo” a partir do potencial mais elevado para o mais baixo? A tensfio Tea deni, mas ifllmente€ frm como o pois dec A), mi ccroamperes (1 fA = 107° A), nanoampéres (In = 10-® A) ou, ocasionalmente, picoampéres (1 pA = 10-12). Uma corrente de 1 ampére é igual aum fluxo) de 1 coulomb de carga por segundo. Por convencio, cconsidera-se que a corrente no circuit flui a partir de ‘um ponto mais positivo para um ponto mais negativo, ‘emborao fluxo real de elstrons seja no sentido oposte. Importante: a partir dessas definigdes, voe® pode per ‘ceber que as correntes fuer através dos elementos eas ten- ses so aplicadas (ou aparecem) sobre os elementos. Entio, podemos dizer que sempre nos referimos & tensa enire dois Pontos ou sobre dois pontos em um eiteuito e sempre n0s re- fesimos & comrente através de um dispositivo ou uma conexio de um circuito. Dizer algo como “a tensfo através de um resistor.” um absurdo. No entanto, frequentemente falamos da ten- slo em um pono em um circuito, Isso 6 sempre entendido ‘como a tensao entre esse ponto eo “terra”, um ponto comum rho circuito que todos conhecem. Em breve, voc® também 0 identificar, Geramos tensies x0 realizar trabalho sobre cargas em ispositives, como baterias (conversio de enengia eletroqu mica), geradores (conversdio da energia mecdnica por forgas imaignéticas),células solares (converso fotovoltaiea da ener- gia dos f6tons), ete. Obtemos correntes ao uplicar tenses sobre elementes. [Neste ponto, voc pode estar se perguntando como se faz para “ver” tensées ¢ correntes. O instrumento elettnico mais dil € 0 osciloseépio, que permite olhar para tensGes (ou, s vezes, correntes) em um cireuito como uma fungdo do tempo.* Trataremos de osciloseépios, ¢ também de voltime- ros, quando digewtirmos sinais: para uma consulta prelimi nar, Veja 0 Apéndice O e 0 quadro sobre multimetro mais adiante neste capitulo, *inpeaterosewcicos di rea lca tm ens copléndaferranenta de ‘nag de tenses coments em fangdo do emp. Saba oe exe, tind, uma ferment gunmen pero, denominadaanaisdey de ecto, em ee ocino bozoual é egutacaem ver do tempo, Em cireuitos reais, conectamos elementos com fos (consdutores metiticos), cada um dos quais com a mesma ten- io em todos os pontos (em relacio ao terra, por exemplo).! “Mencionamos isso agora para que voc8 perceba que um ci cito real nlo tem que parecer com 0 seu diagrama, pois os fios podem ser reorganizados, Eis algumas regras simples sobre tensio e corrent: 1. A soma das correntes que entram em um ponto no eit ‘cuito € igual soma das correntes que saem (conserva- ‘glo de carga), Essa afitmagdo, 3s vezes, € denominada Tei de Kirchhoff para corrente (LKC). Os engenheitos se referem a tal ponto como um nd. Disso resulta que, para um cireuito em série (um monte de elementos de ‘dois terminais, todos conestados com aextremidade de tum na extremidade do outro), a corrente & a mesma em todos os pontes. Elementos conectados em paralelo (Figura 1.1) t8m a ‘mesma tensio sobre eles. Dito de outra forma, a soma das “quedas de tensio” de A para B via um percurso através de um cireuito € jgual a soma por qualquer ou two percurso ¢ ¢ simplesmente a tensao entre A e B, Anda outra forma de dizer isto € que a soma das que- das de tensdo ao longo de qualquer circuito fechado & zero. Essa &Iei de Kirchhoff para tensio (LKT). 3. A poténeia (energia por unidade de tempo) consumida por um dispostivo de circuito é P=V Isso é simplesmente (energia/carga) x (carga/tempo). Para Vem volts e/em amperes, P é dada em watts. Um ‘watt & um joule por segundo (1 W = LIA). Assim, por ‘exemplo, a corrente que flui através de ume Lampada de 60Wa l20V 605A. Poténcia se transforma (geralmente) em calor ou, aS vezes, em trabalho mecéinico (motores), energia irradiada (Campadas, transmissores) ou enesgia armazenada (baterias, capacitores, indutores). O gereneiamento de uma carga tr ‘mica em um sistema complicado (por exemplo, um grande computador, em que muitos quilowatts de energia elétrica so convertidos em calor, com 0 subproduto energeticamente significante de algumas paginas de resultados computacio- is) pode ser uma parte crucial do projeto do sistema FIGURA 1.1 Conextio em paraalo, 5 No domino di equncins ats ods bas impel esa armas no igooarent verdad, Terns maa diner oes mais ate, Por coqunt, et ¢ ura boa aponimasio Capitulo 1 Fundamentos 3 FIGURA 1.2 Uma sslegSo do tos do resstores comuns. linha superior, da esquerda para a dria (resistores cordmicos de poténciafitos de fo enrlad): esate vireo com terminals de 20 W, montagom em chassi de 20 W, esmalto vitroo de 30 W, mon- tagem em chassi de S We 20 W. Linha do meio (resistores de poténciafetos defo enrolado): cerdmico axlal de 1 W, 3W @ 5 W: ‘montado em chassi com refrigeracao por condugao de 5 W, 10 W, 25 W ¢ 50 W ("po Dale’ LUnha inferior: composigao de carbono de2W, 1W, 1/2 W, 1/4 We 1/8 Wi fime espesso de montagem em superficie (tamanhos 2010, 1206, 0805, 0603 e 0402); matriz de ‘resistor de montagem em superficie; matriz em inna de 0, 8 10 pinos; matiz DIP. O resistor na parte inferir & o onipresente RNSSD “/4 W, 196 do tipo filme metdlico;e o par de resistors acima so Victoreen de alta resistancia (dro de 2 GO: cerdmica de 5 Gi) Em breve, quando tidarmos com tensdes e correntes ‘que variam periodicamente, teremos que generalizar a equ ‘Glo simples P = VI para lidarmos com poténeia media, mas cla € uma expressio correta de poténcia instantinec tal como est lids, nfo chame corrente de “amperagem", que é uma expressio usada unicamente por amadores.* O mesmo euida- do se aplicaré ao temo “ohmageny”® quando Falurmos sobre resisténcia na préxima seco. 1.22 Relagdo Entre Tensdo e Corrente: Resistores Esta € uma historia longa interessante. Fa esséncia da cletrOnica, Grosseiramentefalando, 0x da questdo € cons- truir usar aparelhos que tenham earacteristicas V versus 1 imeressantese tei. Resistres (6 proporcional a V),ca- ppacitores (/& proporcional 3 taxa de variagio de V), diodos. x menos qu vot aja um engeain qe lida com as pti, abe Thando com tasformaorespizanes de 13 KY e asim por dante ~ ages es, sim, poder dizer ampere, peste cas tamhn, meu ami, “sbmagen” no nomenclature shia uilize otro restate po i (ui em apenas um sentido), termistores (resistor depen- dente da temperatura), fotorresistores (resistor dependente da luz), strain gages, ov extens6metros (resistor dependemte de esforgo de tenso ou compressio), ete, sio alguns exem- plos. Talvez mais interessantes ainda sejam os dispositivos de mis rerminais, como tansistores, em que a corrente que pode fluir entre um par de terminais é controlada pela ten- ‘Go aplicada a um tereeiro terminal. Abordaremos gradual- mente alguns desses dispositivos exéticos: por enquanto, ‘comegaremos com o elemento de circuite mais simples (€ mais usado),o resistor Figura 1.3). ‘A. Resisténcia e Resistores E um fato interessante que a corrente através de um condutor ico (ou outro maletial que condur parcialmente) seja proporcional & tenslo sobre ele. (No caso de fios condutores utlizados em circuitos, normalmente escolhemos uma bitola grossa o suficiente para que essas “quedas de tens” sejam insignificantes,) Essa no & uma lei universal para todos 08 — FIGURA 1.9. Resistor, 4 Aarte da eletrénica 1 Tetra do alfabeto latino, faz alusio letra grega fora ‘dima Letra do alfabeto latino, faz alusio a letra grega zeta de italianolespaniol piccotofpico (pequeno) {Uma tetra do alfabeto latino, espetho de zeta Peniltina letra do alfabeto latino, espelho de ors PREFIXOS Mittiplo —Prefixo ——Simbolo.—_Origem 1 yotta y pen vot eta z 108 cxa E Hea cm grego (seis: poten de 1X1) 10's peta P Pena em grego (inca: poten de 1000) 1! te T Terasem grego (monstr) 10? ig G Gigas om geego(sigante) 1 mega M ‘Megas em grego (timo) we kilo k Kailoi em grezo (mil) wo rill » Mit em lation (il) ws miro au Mikrosem grexo (peaueno) 0? ano a ‘Nano em grego (ano) we? pico P wis fomto f Dinamarquevnoruegues fenten(quinze) ws ato a Dinamargue vnoruegues aren (de0ito) ot zepto 2 o™ soe y Esse prefixos so unversalmente utlizados para di smensionar unidades em cigneia e engenharia, Suas origens ctimol6gicas sio contrversase ao devem ser considradas historicamente confiveis. Quando se abrevia uma unidade com um prefino, o simbolo para a unidade segue o prefio sem espago. Tena euidado com letras miisculas e min clas (especialmente m © M) er pretixo e unidade: 1 mW 1 miligatt, ou wm milion de um watt; 1 MH én me- gahertz ou 1 milhdo de hertz, Em geral, as unidades so es- ss com Letras mindsculas, mesmo quando elas sio deriva das de nomes prdprios, O nome da unidade nio ¢ eseito em rmaidsculo quando € expresso por extenso ¢ usado com um prefixo, apenas quando abseviado. Assim: eserevemos hertz © juilohertz, mas eserevemos Hz e kHz; eserevemos watt, mi- liwatte megawatt, mas eserevemos W, mW e MW. ‘objetos. Por exemplo, a corremte através de uma limpada de rgon € uma fungio altamente nao linear da tense aplicada {que € igual a zero até uma tensfo eritica, ponto no qual ela sumenta drasticamente), O mesmo vale para uma yariedade de dispositivos interessantes especiais ~ diodos, transistors, Himpadas, etc. (Se voeé es interessado em entender por que ‘condutores metdlicos se comportam dessa forma, leia as Se- {g02s 4.4.45 do livro Electricity and Magnetism, de Purcell Morin) Un resistor € feito de algum material condutor (de car- bono, filme de metal ou filme de carbone, ou fio de baixa ‘condutividade), com um fio ou contatos em cada extremida- de, Fle € caricterizado pela sua resi R=Wi aa R €em ohms para V em volts ¢ Fem ampares. Isso € conhecido como lei de Ohm. Resisténcias tipicas do tipo ina frequentemente utilizado (pelicula de 6xido metilico, metal filme ou filme de carbono) tém valores de 1 ohm (1 Q) até cerca de 10 megaohms (10 MQ), Resistores também so ‘caracterizados por quanta pot@ncia eles podem dissipar com soguranga (os mais usados tém especificagbes de 1/4 ou 1/8 W), sua dimensio fisica” e outros parimetros, come tole incia (preciso), eoeficiente de temperatura, ruido, coef jente de tens (na medida em que R depende da tensio V aplicada), estabilidade com o tempo, induténcia, ete. Veja 0 |quadro sobre resistores, Apéndice C, para mais detalhes. A Figura 1.2 mostia uma colegio de resistores, com a mai day morfologias disponiveis representada De forma geral, as resistencias sfo usadas para verter uma tensdo em corrente, ¢ vice-versa. Iso pode Soar terrivelmente banal, mas em breve voo® entenkerd o que que- remos dizer Seti. F Os tamanos de chips de estore ontos componente desinados on tage em pete so expeifiados por um can de gato dito, em suc cada par de dios espeiica uma dmensio em unidaes de Q010 pol [1.25 mam). Por exenplo, um resistor de lamano OSS € Ge 2 mm 4.28 ‘nm, 08 SO mil 50 mile i DD polars deve ser xpi ‘eparadameme. Alms, igo deexensio de quads paleesar sistema mio (por vere, som a menciona), cm anes de 1m ssi un "O05" (tema oglu un “2012 iio). Capitulo 1 Fundamentos 5 RESISTORES, Resistores sio realmente onipresentes. Hi quase tanto tipos| eles quanto aplicagies. Os resistores so usados em amplii- ‘eadores como cargas para dispositivosativos, em redes de po Tarizago e como elementos de realimentaglo, Em combinagio ‘com capacitores,estabelecem constantes de tempo e atuam ‘com fluo. Eles si usados para definr as coorentes de ope- ragao e nveis de sina, ResistoressG0 usados em ircuitos de alimentagio para reduzir as tensdes por meio de dissipagio de pottncia, para medir corretes e para deseartegar os capacito- Fes aps 8 alimentago ser removida, Fes sio utlizados em circuitos de precisio para estabelecer as correntes, para for- necer relagies precists cle tensfioe para defini valores de ga nos precisos. Em eircuitos l6gicns, agem como barramentos ¢ terminadores de linha © como resistores de pull-up e pull- -down, Em cireuitos de alta tensfo, fo utlizados para medir a tonsBes e equalizar correntes de fuga entre diodos ou capa citares concetads em série, Em circuitos de radiofrequéncia (RF), eles definem a largura de bands de circutos resonates, «ainda Sio usados como formas de bobina de indore. Os resistores esto disponiveis com resisténcias de (00002 2 a 10!? @, especificagées de poténcia pao de 18 watt a 250 watts e precisto de 0,005% a 209%, Resistones po ‘dem ser fabricados a partir de filmes meudlios, filmes de 6xi- dos metilicos ou filmes de carbono; a partir de melduras de ccomposigio de cerimica ou de carbono; a pantir de folha de metal ou Fo de metal enrola sobre uma forma: ow partir de elementos semicondutores semelhantes aos tansisores de efei- tw de campo (FETS), O tipo de resistor mais utlizado€ formas «doa partir de filme de carhono, de metal ou de éxido ¢ vem em ‘dois “eneapsulamentos” amplamente uilizados: 0 tpoeiliai= 0 de rerminais axais(ipificado polo gens resistor do fil me matilieo RNSSD 1% 14 W)* e 0 * chip de resistor” bem menor pars montagem em superficie. Esses tipos comuns si ‘encontrados com tolerncias de 54,286 1%, em wim conjunto prio de valores que variam de 1 © a 10 MQ. Os tipos de 1% tm 96 valores por década, enquanto os tipos de 2% e $% tm, 24 valores por década (ver Anexo C). A Figura 1.2 ilusta a tmaiozia dos encapsulamentos de resistores comuns. (0s resistores sio tio feeis de usar e funcionam tio bem, que, muitas vezes sio esquecidos. No entanto, eles nio Slo perfetos, ¢ voc€ deve estar atento para algumas de suas limitagbes para que nio seja surpreendi, Os principais de feitos sio variagBes na resisténcia com temperatura, tensio, tempo e umidade. Outros defeitos referem-se & indutincia {que pode ser grave em altas frequencias), ao desenvolvimen- to de pontos quentes temicos em aplicagdes de potencia e & eragio de rufdo eltrico em amplificadores de bal rut. T Eapeciicdo comeredoramente como 1/8 walt em sa eecificasio militar ML pec)RNSS, mas especfica como 14 wat cn scape cate stil CME, B. Resistores em Série e em Paralelo {A partir da definigio de R, sexuem alguns resultados simples: LA resistencia de dois resistores em série (Figura 1.4) & RAR +R a3) Ao colocar resistores em série, voe® sempre teri uma resistencia maior. 2. A resisténcia de dois resistores em paralelo (Figura 19é Rik 4 Rim & RT aay RR Ao colocar resistores em paralelo, voeé ter sempre wma re sisténcia menor. A resisténcia é medida em ohms (2), mas, na pritica, muitas vezes. omitimos 0 sfimbolo © quando se refere a resistencias acima de 1,000 © (1 kQ), Assim, uma resisténcia de 4,7 KO 6, muitas vezes, eferida como um re- sistor de 4,7k, € um resistor de | MQ, como um resistor de IM (ou I mega).? Se vocé estiver se aborrecendo com esta ina ng aera pop “merase ns devia com ‘mpi da nie asin pera escreer A 10. Un esior (2.2 Drom 282 Hum esqoena snd pura capaitucs is a wi FIGURA 1.4. Resistores em série, rm FIGURA 1.5. Rosictores om paralolo introdugdo, por favor, enh paciéncia ~ chegaremos em bre- ve a intimeras aplicagdes diverts. Exercicio 1.1 Vocé tem um resistor de Sk e um resistor de 10k. Qual & sua resist@ncia combinada (a) em série e (b) ‘em paralelo? Exercicio 1.2 Se voc® colocar um resistor de | ohm nos terminals de uma bateria de carro de 12 volts, qual poiéneia cle dissipara? Exercicio 1.3 Teste as férmulas para o cileulo de resisto- resem séries e em paralelo 6 _Aarte da eletrénica Exercicio 1.4 Mosire que vérios resistores em paralelo tem resistencia asy Tniciantes tendem a se afastar da digebra complicada no projeto ou na tentativa de entender a eletrinica. Agora é ahora de comecar a aprendizagem intuitiva e os atalhos. Bis dis bons truques: Atalho n? 1 Uma grande resisténcia em série em parale- Jo) com uma pequena resiténcia tem, aproximadamnen- te, o valor da resistencia maior (menor). Assim, yoo pode “cortar” um resistor, para obter um valor-alvo alto ‘ou baixo, coneetando um segundo resistor em série ou ‘em paralelo: para obter um valor-alvo alto, escobha urn valor de resistor disponivel abaixo do valor-alvo e, em seguida, conecte-o em série 20 resistor (que & muito menor) para completar a diferenca; para obter um va loralvo baixo, escolha um valor de resistor disponivel ‘cima do valor-alvo ¢, em seguida, conecte-o em para- lelo ao resistor (que € muito maior). Para este ditimo, pode-se aproximar com proporgoes ~ para diminuir 0 valor de uma resiséncia em 1%, por exemplo, cologue ‘um resistor 100 vezes maior em paralelo.!" Atalho n? 2 Suponha que vos queira uma resisténcia de ‘Sk em paralelo com 10k. Se voe@ imaginar o resistor {de 5k como dois resistores de 10k em parallo, entfio 0 circuito completo & semethante a ts resistores de 10k ‘em paralefo. Uma vez que a resistencia de n resistores zuais em paralelo ¢ igual a Ln vezes a resisténcia dos resistores individuais, a resposta, neste caso, € 10K/3, (ou 3,33k. Esse truque € wil, pois permite analisar ci ccuitos rapidamente por meio de céleules ments, sem distragées. Queremos incentivar a anélise mental, ov, pelo menos, eshogos mentais ‘Um poueo mais de Filosofia casera: hé uma tendéncia ‘enire os iniciantes de querer calcular valores de resisténcia «valores de componente de eircuito com muitos algarismos significativos, especialmente uilizando calculadoras ¢ com ptadores. Hi duas razbes para vocé evitar esse huibito: (a) 08 ‘componentes em si so de precisto finita (resisténcias nor- rmalmente tm tolerincias de 5% ou #14; para capacitores é tipicamente #10% ou #5: e os pardimetros que earacte zam transistors, por exemplo, frequentemeate so conhec «dos apenas por um fator de 2); (b) um sinal de um bom pro- jeto de cieouito & a inseneibilidade do cirouito final a valores precisos de componentes (hi excegdes, claro). Voeé também aprender a usar a intuigio em circuito mais rapidamente se adquirir 0 hibito de fazer eéleulos mentais aproximados em ver de observar nlimeros sem sentido aparecerem no visor dda caleuladora. Acreditamos firmemente que & confianga Wan um ero aes evo, de apes 01%, em fGrmulas e equagdes logo no infcio de seus estudos so- bre circuitos cletrinicos impede a compreenszo do que esté realmente acontecendo. Na tentativa de desenvolver a intuigdo em operagdes com resisténcias,algumas pessoas acham que ¢ itil pensar usando conduincias, G = WR. A corrente através de um ispositive de condutineia G subm entio, dada por J = GV (lei de Ohm). Uma pequena resisten- cia € uma grande condutincia, com uma grande corrente cor respondentemente sob a influgneia de uma tensio aplicada, esse ponto de vista, a formula para resist@ncias em paralelo € ébvia: quando varias resisténcias ou trlhas condutoras es- lo conectadas na mesma (ensio, a corrente total € a soma, das correntes individuais, Por conseguinte, a condutdneia re- sultante€ simplesmente a soma das condutncias individuais, G= G, + G+ G; +... que a mesma formula deduzida anteriormente para resistores em paralelo. Engenheiros gostam de definir unidades recfprocas, & cles designaram como unidade de condutancia o siemens (S = 1/9), também conhecido como mho (que é ohm escrito Invertido, representado pelo simbolo 7). Embora o conceito de condutancia seja til no desenvolvimento da intuigao, nao ‘6amplamente utilizado;"! « maioria das pessoas prefere lidar ‘om resistencia em vez disso, 0 a uma tensio V é, ©. Poténcia em Resistores A poténca dssipada por uma resisténcia (ow qualquer outro {ispostvo) &P = 1V. Usando a lei de Ohm, voc® pode obter as formas equivalentes P= FRe P= VIR, Exercicio 1.5 Mosire que nao € possivel exceder a po- tGneia de um resistor de 1/4 watt de resisténcia maior do que 1k, ndlo importando como vocé o conecte, em um cireuito ‘operando a partir de uma bateria de 15 volts. Exercicio 1.6 Exercicio Opeional: A cidade de Nova York necessita de cerca de 10!” watts de poténcia elérica, em 115 volts (isso 6 plausivel: 10 milhes de pessoas consomem, em média, | quilowatt cada). Um cabo de alimentagio para alta corremte pode ter uma polegada (2,54 cm) de diimetro. Caleulemos 0 que aconteceri se tentarmos transferirenergia clétrica através de um cabo com I pé (30.48 cm) de diet feito de cobre puro. Sua resisténcia € 0,05 42 (5 x 10* ‘ohms) por pé. Calcule (a) a poténeia perdida por pé a partir da “penta 7A (b) 0 comprimento do cabo sobre 6 qual voed: perderd toda a poténicia de 10!" watts; € (6) 0 quo quente & cabo estaré, se vor’ conhecer a fisica envolvida (0 = 6 X 10”! wact cm), Se voce tiver feito seus eéleulos corretar mente, 0 resultado deve parecer absurdo, Qual é a solugio para este enigma? TN enantio Yeoreme Milbnon tem seus airaores: cl ir ‘ge 3 eno de ala dwn conjnt de restores cameos de) gue ‘So akon pane de um conju de teres de rr comesprnee (W)comectdn ete sn a € Vag =(SVA)/ onde Gs Sn uacas (= UR, Capitulo 1 Fundamentos 7 D. Entrada e Saida ‘Quase todos os circuitos elewnices aveitam algum tipo de ‘entrada aplicada (geralmente uma tensio) e produzem al- ‘gum tipo de safda correspondente (que, mais uma vez, ge- ralmente ¢ uma tensZo). Por exemplo, um amplificador de 4iudio poxie produzir uma tensio de saida(varivel) 100 ve- 268 maior que a tenséo de entrada (que varia de forma seme- lbante). Ao descrever tal amplificador, imaginamos medir a ‘uma dada tensio de entrada aplicada Engenheiros fulam da fionedo de transferéncia H, a relaglo da safda (medida) dividida pela entrada (aplicada): para 0 mplificador de sudio mencionado, H ¢ simplesmemte uma cconstante (H = 100). No préximo capitulo, abordaremos os amplificadores. No entanto, apenas com resistores jf pode- ‘mos olhar para um fragmento de cirevito muito importante, © divisor de fensio (que pode ser chamado de “atenuador “ ‘ou “deampliticador”) 1.2.3 Divisores de Tensao Chegamos agora ao assunto do divisor de tensio, um dos fragmentos mais difundidos dos citeuitos eletrénicos. Mos- ‘o-nos qualquer cireuito real, e mostraremos meia dizia de dlivisores de tensio, De forma mais simples, um divisor de tensio € um eircuito que, dada uma determinada tensio de entrada, produz uma fragio previsivel da tensdo de entrada ‘como tensio de safda, O divisor de tensio mais simples esté representado na Figura 1.6. ‘Uma explicagio importante: quando os engenheiros projetam um cireuito como esse, eles geralmente conside- ram que Vi, ai esquerda é uma tensiio que voc’ esté splicando a0 cireuito & que Viye 2 direita & a tensio de saida resultan- te (produzida pelo circuito) que voe® ests medindo (ou pelo ‘menos em que esta interessado). Voce deve saber tudo isso {a) por causa da convengao que sinaliza geralmente 0 fluxo dda esquerda para a dreita,(b) a partir dos nomes sugestivos in”, “out”) dos sinais. (c) a partir de familiaridade com cuitos como este. Isso pode ser confuso no inicio, mas com 0 tempo torna-se fii © que & Vyx? Bem, a corrente (a mesma em todos os ppontos, considerando que nfo ha “carga” na saida, ov seja, nada conectade na saida) & FIGURA1.6 Divisor de tensio, Uma ters Vn aplicada res ta numa tensio de saida (menor) Vave FIGURA 1.7. Um divisor de tensa ajustivel pode sor foto a partir de um resistor fxo e um variavel, ou a partir de um poten: ‘iOmetro. Em alguns circultos atuais, porém, voc® encontrar uma cadeia longa em série de resistencias de mesmo valor, com um arranjo de chaves eltrénicas que he permite escolher quat- {quer uma das junges como a saida; sso soa muito mais com- plicado, mas tem a vantagem de possibiitarajustar a relagao de ‘ensao eleticamente (em vez de mecanicamente) (Usamos a delinigdo da fei da resisténcia e da conexio em série.) Entio, para R3, Ro Ry+Re Vou Vin 6) Note que a tensdo de safda € sempre inferior (ou igual) & ten- So de entrada; & por isso que ele & denominado divisor. Voc® poderia obter amplificacao (saida maior do que a entrada) se uma das resistencias fosse negativa, Isso no é tio estranho, ‘quanto parece: & possivel fazer dispositivos com resistencias, 18 (Por exemplo, © componente co- nheeido como um diode tinel) ou mesmo verdadeiras resi \éncias negativas (por exemplo, o conversor de impedancia negativa, sobre o qual falaremos na Secio 6.2.48). No entan- ‘to, essas aplieagdes sdo bastante especializadas, e voc? no precisa se preocupar com elas agora. Divisores de tens sto, muitas vezes, citeuitos para gerar uma tensio especifica a partir de uma tensdo fixa (ou varidvel) maior, Por exemplo, se Vjy for uma, tensio varidvel e &> for um resistor ajustivel (Figura 1.7), voo® teri um “controle de volume”; de forma mais simples, a ‘combinagio RyRo pode ser feta a partir de um inico resistor vandvel, ou potenciometro (Figura 1.78). Esta e outras apli- ‘cages semelhantes sio comuns, ¢ potenciOmetros existe ‘em uma variedade de estios, alguns dos quais so mostrados, a Figura 1.8. (0 divisor de tensio simples € ainda mais til como, uma forma de imaginar um circuito: a tenslo de entrada & resistencia superior pode representar a saida de um amplifi- ‘cador, por exemplo, ea resisténcia inferior pode representar a iaddos em 8 Aarte da eletrénica FIGURA 1.8 Armaloria das tnos de poteneiémettos camuns é mostrada aqui. Linha superior, da esquarda para a drita(montagem {m paine) fo enrolado de poténcia, "ipo AB composicdo de carbono de 2 W, hibrido fio enrolada/plistico de 10 votas, potenci- ‘metro duple.Linha média (montagem em painel: Encoder dptic (otacio continua, 128 cilos por vot), cermet (iga de cerdmica meta) de urna volta, carbano de uma volta, suste por parafuso com trava de uma volta, Pimeira fa (vimpots para montagem em placa: muttvotas com ajuste lateral (dos estos) quddrupo de uma volta, quadrado de uma volta de 3/8" (9.5 mm), quadrado ce uma vota de 1/4" 6,4 mr, redondo de uma volta de 1/4" (6,4 mri, quadrado de 4 milrmetros para mantagam em superficie, qua- ‘draco muttivotas do 4 milmetros para montagom em superficie, quacrado muttivotas do 4/8" (2,5 my, potenciémetro quadade no ‘oul de 256 degraus integrado (E#POT) em Gi de perl baxo ($0) de 24 pinos, ‘uma carga em curto-circuito, por razdes dbvias. (O cenirada do estégio seguinte, Neste caso, a equa do divisor “odel ide tensio Ihe diz quanto de sinal entra no tltimo estégio. Isso ficard mais claro depois que voe8 aprender sobre um fato no- ‘vel (0 teorema de Thévenin), que sed discutido mais adian: te, Primeiro, ponsm, abordaremos fontes de tensio e fontes de corren 1.2.4 Fontes de Tensao e Fontes de Corrente Uma fonte de tensdo perfeita é uma “caixa preta” de dois terminais que mantém uma tensio fixa em seus terminals, in- dependentemente da resistencia de carga. Iso significa, por ‘exempla, que ela deve formecer uma corrente / = VIR quando uma resisténcia R for conectada aos seus terminais. Uma fon- te de tensdo real pode fornecer apenas uma corrente maxima finita e, além disso, em geral, comporta-se como uma fon- tw de tenso perfeita com uma poquena resisténeia om série. Obviamente, quanto menor for essa resis@ncia em série, me- Ihor. Por exemplo, uma bateriaalcalina de 9 volts padrao se ‘comporta aproximadamente como uma fonte de tensa de 9 volts perfeita em série com um resistor de 3 e pode propor- ccionar uma corrente maxima (quando em curto) de 3 amp res (que, no entanto, destruiré a bateria em poucos minutes). ‘Uma fonte de tensa “gosta” de uma carga de circuito aberto significado de “eireuito aberto” e “eurto-circuito”, algumas. vezes, confunde o inieiante: um circuto aberto€ caracteriza- do pela auséncia de conexdo, ao passo que um curto-cireuito um pedago de fio que faz uma ponte na safda.) Os simbolos utilizados para indicar uma fonte de tensio so mostrados na Figura 1.9. ‘Uma fonte de corrente perfeita € uma caixa preta de ois terminais que mantém uma corrente constante através do circuito externo, independentemente da resistencia de carga ou tensio aplicada, Para isso, ela deve ser capa de fornecer qualquer tensio necessiria entre os seus termi nais. Fontes de corrente comuns (um assunto pouco abor- dado na maioria dos livros) tém um limite para a tensio s oF 318 TOV] soe =f ca premio, variveis (CA), Capitulo 1 _Fundamentos 9 te Tsk FIGURA.1.10. Simbolos de fontes de corrente. que podem fornecer (denominado comptiance da tensi0 de safda, ou apenas compliance) e, além disso, no for- necem a corrente de saida absolutamente constante, Uma fonte de corrente “gosta” de uma carga em curto-circuito “ode” uma carga de eireuito-aberto, Os simbolos utili- zados para indicar uma fonte de corrente so mostrados na Figura 1.10. ‘Uma bateria & uma aproximagio real para uma fonte de tensdo (no hd um andlogo para uma fonte de corrente). ‘Uma pilha padrio tamanbo D de lanterna, por exemplo, tera uma tensio terminal de 1,5 V, uma resist¢ncia em série equi- valente de cerea de 0.25 © e uma capacidade total de energia de cerea de 10,000 watts-segundos (as suas caraeteristicas se deterioram gradualmente com © uso; a0 final da sua vida Util, a tenso pode ser de cerca de 1,0 V, com uma resisten- cia intema em série de alguns ohms), E facil construr Fontes de tenso com earacteristicas muito melhores, como voc aaprendersi quando estudarmos realimentaglo; esse & um dos principais tépicos do Capitulo 9. A excecao da importante classe de dispositives destinados a portabilidade, o uso de ‘aterias em dispositivos eletrOnieos & rao. 1.2.5 Circuito Equivalente de Thévenin 0 teorema de Thévenin afirma'? que qualquer rede de dois, terminais de resistores ¢ fontes de tensio é equivalente a uma ‘inica resisténcia R em série com uma tinica fonte de tensdo, V, Isso & notaivel, Qualquer emaranhado de baterias e resisto- res pode ser mimetizado com uma bateria ¢ um resistor (Fie gura 1.11). (Alis, hi outro teorema, 0 teorema de Norton, ‘que diz que voc® pode fazer a mesma coisa com uma fonte de ccorrente em paralelo com um resistor.) Como vocé pode descobrir 0 Rr, 0 V4 do equivalen- te de Thévenin para um determinado circuito? Fécil! Vr, &a tensao de circuito aberto do cireuito equivalente de Thévenin; por isso, se 08 dois circuitos se comportam de forma idéntica, ‘também deve ser a tensdio de circuito aberto do eircuito dado (que vor’ obtém por calculo, se voc’ sabe o que 0 circuito ou por medigio, caso no saiba). Entdo, voce determina Rjp observando que a cosrente de curto-citcuito do circuito equivalente & Vx/Rr. Em outras palavras, (cireitoabero) ¥ (ciecuito adeno} T curt-tireuitoy Vn 17) ite a7 77 Fernecemos una demonstra. para agules que esti intressaes, no LALA FP 5 we FIGURA 1.11 Ocrcuito equivalante de Thévenin. Apliquemos esse método para o divisor de tensdo, que deve ter um equivalente de Thévenin 1. Atensiio de circuito aberto é — “RFR 2. Aconente de curto-cireuito é Vil Assim, o cireito equivalente de Thevenin & uma fone se tenséo, Fou f Vv = Voge ‘em séric com um resistor de fis Km Ry +R (to ¢ uma coincidéncia que este passe ser a resitén- tin em puratelo de Ry eR & aro disso fear lar mais aciante) ‘A pattr dese exemplo, ficil ver que um divisor de teasdo no 6 uma bateia muito boa. na media em que & fos tens de ae al tigntcaomenta quand a cage tonectada Como um exemplo, consider o Exercicio 1-10, ‘Yd dsbe indo o qua precua para calabrexatamente qual ser « queda de sida para una determinada resistencia de arpa: se ocruito equivalent de Thévenin anexe uma ca Ipecac a arabada, Gaara Geo wow ello nada alm de rm divisor de eno (Figura 1-12) FIGURA 1.12 Equivalente de Thévenin do divisor de tens, 10 Aarte da eletronica MULTIMETROS. Existem diversos instrumentos que permitem medi tenses ce correntes em um cireuito, O oscilosesipio 60 mais versitil; cle permite “ver” tenses em fungio do tempo em um ou mais pontos em um citcuito. Pontas de prova légicae analisadores igicos so instrumentos especias pura a resolu de proble- ‘mas de circuits digitais. Um simples multimetrofornece uma boa mancira de medir tensio, corrente e resistencia, muitas ‘vezes com boa preciso; no entanto, ele responde lentamente « portanto, no pode substituir © escilosespio quando as ten- Jes de interesse so as variates, Existem duas variedades de Multimetros: aqueles que indicam as medigbes em uma escala convencional, com um ponteiro em movimento, ¢ aqueles que ‘usam um mostrador digital O tradicional ( agora em grande parte obsolet) multine- ‘80 VOM (vot-ohm-miliamperfmeto) usa um galvandmetro que mede a corrente (geralmente 50 1A de fundo de escala). (Pro- cure um livro menos voltado a projetos eletOnicos para ver fo- ‘os bonita da pate interna de um galvanémesno; para os nosso propssitos, asta dizer que ele usa bobinase fs.) Para media ‘enxlo,o VOM coleca um resistor em série eom o galvandmetro, Por exemplo, um po de VOM ter um aleance de 1 V (fundo 4 escala,colocando uma resistincia de 20k em série com um salvandmeto de $0 JA; faixas de tensio mais elevados usam ‘esistres eorrespondentemente muores. Tal VOM 6 especifics- do como 20,000 2%, o que significa que el se parses com um resistor eyo valor 620k multiplicado pela tensio de fundo de es- cal da faixa especiticaselecionada, Fundo de esala€ qualquer faina de tensto de 1/20.000 A. ou 50 4A. Deve far elaro que lum dessesvoltimetos produz menor peturbagio em um circuit ‘em uma escala maior, uma vez que ele se parece com uma rsis- ‘@acia maior (pense no wofetro como o resistor inferior de um divisor de ensioe a resistencia de Théveain do ctcuito que voce est medindo como o resistor superion. Idealmente, um voltine- o deve ter resstneia de entrada infin, ‘A maioria dos mullimetrosatuais usa ampliieagio cle- UrSinica e tem uma resistgncia de entrada de 10 MQ a 1.008 MO quando se mede a tensa; eles exibem seus resultados die sitalmente€ sio conhceidos coletivamente como multimetros is (DMMs). Uma adverténca: as vezes, a resistencia de entrada desses medidores & muito elevada nas faa mais sen siveis,eaindo para uma menor resisténeia para as faixas mais alas. Por exemplo, voe8 pode tipicamente ter uma resistencia de entrada de 10? © nos intervalos de 0,2 Ve 2 V, ¢ 107 @ em todas as fuinas mais elevadas. Leia as carctersticas ater ‘amente! No entanto, para a maior das medigdes de circutos, essasresistincias de entrada elevadas produziro efeitos de car- 1 despreaiveis. Em qualquer caso, ¢ cil calcula a gravidade So efaitoutlizando a equagto do divisor de tens%o. Tipicamen- ‘e, os multimetros fornecem faixas de tenstio de um volt (ou menos) a um quilovolt (ou mais), de fundo de eseala. ‘Um multimetro geralmente inclu a eapacidade ce medi- «80 de content, com um conjunto de fainasselecionaveis. Me talmente, um medidor de corrente deve ter resiténcia zeno!? fim de no perturbaro circuit em teste, uma ver que deve ser colocado em série com o cireuito. Na pritiea, voc® tolera al- guns désimos de queda de tensio algumas wezes, chamado de tensio de carga) tanto para os multmtres VOM quanto di- sitais. Para qualquer tipo de medidor, a selegdo de uma faixa de corrente coloca um pequeno resistor ene os terminals de entrada do medidor,tipieamente um valor de resisténeia para jar uma queda de tensdo de 0,1 V a 0.25 V para ofundo de escala da corrente escolhids: a queda de tensi €, ent, con- vertida em uma indicagio de corrente correspondente.!* Nor- rmalmente, os multimettos fornecem faixas de corrente de 50 A (ou menos) a 1 A (ou mais), de fundo de escala ‘Muliimetros também t@m uma ou mais haterias para alimentar@ sistema de medic de resisténcia. Pelo forneci- mento de uma pequena correntee a medigdo da queda de ten- so, eles medem a resiséneia, com vérits faixas para cobeir valores de 10 (ou menos) a 10 MO (ou mais). Inportante: nao tente medir “a corrente de uma fonte {de tens80" colocando os terminais do medidor na toma da parede; 0 mesmo se aplica para ohms. Essa ¢ uma das prine™- pals causes de queima de medidores Exercicio 1.7 Qual seri a indicagio de um medidor de 20000 (2, na escala de I V, quando eonectaco a uma fonte de TV com uma resistnia interna de 10k? O que ele indicat ‘quando conectado a um divisor de tensdo de 10k-10k aciona do por uma fonteestvel (resistencia da fonte igual a zero)? Exercicio 1.8 Um galvandmetro de $0 A tem uma re sisténcia interna do Sk. Que resisténcia shunt (de derivagio) 6 necessiria para convert-lo em um medidor de 0-2 1A? (Que resistencia em sétie ind conventé-1o em um medidor de Oa lov? Exercicio 1.9 A resisténca interna muito clevada de mul- timetros digtais,em suas fais de medicio de tens, pode ser usada para medir eorentes extremamente baixas (embors tum DMM nao possa oferecer uma gama de correntes baixas explicitamente). Suponha, por exemplo, que voc® queira me- peaiicna corrente que fli através de uma resisténcia de fuga” de 1,000 MQ (0 termo ¢ usado para descrever uma pe- |quena corrente que, idealmente, deve scr inciramente usen- te, por exemplo, com o isolamenta de um caba subtcrrnco), ‘Voce dispne de um DMM pactrao, cujafaixa de 2 V CC tem 10 MQ de resistencia interna, ¢ de uma fonte CC de +10 V, ‘Como voc’ pode usar 0 que tem para medir com prec resisténcia de fuga? Tpke €o open do wm medidor de enol qual dove presente revsenein infin cir os sts eras deta, Una ease especial de meres de coment onc emo me dons elernico por cor ess de cata ito pega (om OL nV), undo a tenica de realimenago, lao qe apecnereos 05 Captus re Capitulo 1 Fundamentos 14 Exercicio 1.10 Para o circuito mostrado na Figura 1.12, com Vix = 30.V e Ry = Rp = 10k, determine (a) a tensao de safda sem carga conectadla (a tensio de citcuito abertoy (b) 4 tensdo de saida com uma carga de 10k (tratar como um divisor de tensio, com R2 € Rear combinados em um tnico resistor; (¢) 0 circuito equivalente de Thévenin; (4) mesmo que em (b), mas utilizando o circuito equivalente de Théve- hin [novamente, voc® acabard com um divisor de tensio; a resposta deve concordar com 0 resultado em (b)|;(e) a patén- cia dissipada em cada uma das resisténcias, ‘A. Resisténcia de Fonte Equivalente e Efeito de Carga em Circuito Como acabamos de ver, um divisor de tensto alimentado a partir de alguma tensio fixa € equivalente a uma Fonte de ten- slo menor em série com uma resistencia, Por exemplo, os ter minais de sada de um divisor de tensao de 10k-10k acionado ‘por uma bateria de 30 vols pereita sio precisamente equiva- lentes a uma bateria de 15 volts perfeita em sétic com umare- sistncia de 5k (Figura 1.13). Colocar uma resisténeia de car {ga faz a Safa do divisor de tensio eair, devido a resistencia ade fomte finita (resisténcia equivalente de Thévenin da saida do divisor de tensio, visto como uma fonte de tensi0). Iss0 6, _muilas vezes, indesejavel. Uma soluedo para o problema de {azer uma fonte de tensdo estavel (“estavel”é utlizado, neste contexto, para descrever qualquer coisa que no se altee sob carga) pode ser a utlizagao de resisténeias muito menores em um divisor de tensGo. Ocasionalmente, essa abordagem de “fora bruta” é til. No eatanto, geralmente é melhor cons- truir uma fonte de tenséio ou fonte de alimentagio, como & ‘normalmente denominada, usando componentes ativos, como ‘wansistores ou amplificadoves operacionais, que trataremos nos Capitulos 2 a 4, Desta forma, voc pode facilmente fa- er uma fonte de tens com resist@ncia interna (equivalents de Thévenin) muito pequena, como miliohms (milésimos de ‘him, sem as grandes correntes e dissipagdo de pottncia ca- racteristicas de um divisor de tensio de baixa resistencia que Fornece o mesmo desempenho, Além disso, com wma Fonte de alimentacdo ativa, é ficil tornar a tenslo de saida ajustavel. Esses temas sio tratados extensivamente no Capitulo 9. © conceito de resisténcia interna equivalente € aplicé- vel a todos os tipos de fontes, no apenas a baterias e diviso- FIGURA 1.13 Exerplo de divisor de tensio res de tenso, Fontes de sina (por exemplo,osladores, am plificadores¢ dispostives de detece20)tém uma resistencia interna equivalente. Colocar uma carga cuja resisténeia seja menor ou mesino comparavel& resiténcia interna reduziré ‘consideravelmente asada. Essa redugio indesejavel da ten- So de cireuito aberto (ou de sinal) pela carga ¢ denominada “feito de carsa” Portanto, oe’ deve se esforgar para farer Rearga >> Rinna POrQUE uma carga de alta resisténcia tem pouco efeito atenvante sobre a fonte (Figura 1.14). Vere- mos diversos exemplos de cireutos nos préximos eapitlos, Essa condigdo de alta resisténeia idealmente caraterizains- trumentos de medicao, como valtimetrose oscilosc6pios. Uma adverténcia sobre a inguagem usada: voc? costu- ma ouvir coisas como “a resisténcia olhando para o divisor de tensio" ou “a sada vé uma carga de tantos ohms”, como Se 0s eircuitos tivessem olhos. A terminologia é realmente «essa (na verdad, € uma boa mansra para indicar de qual re sistneia vooé est falando) para dizer qual parte do crcuito std realizando a agdo de “olhar.'® B. Transferdncia de Poténcia Fis um problema interesante: qual resistncia de carga resul- tard em maxima poténcia sendo tranferida para a carga em uma detrminada resistencia de font? (Os termas resistncia dle font, resistncia interna © resistencia equivalente de Thé- Yeni significam a mesma coisa.) £ fei ver que tanto Rare quanto Roggu = = slat pote transferida il 19 os ag Vaxnt¥O user 94 Reco partir de Vaserro oancuRour FIGURA 1.14 Para minimizar a atenuago de uma fonte de sina abaixo de sua tensdo de creuito abort, mantenha a esisténcia ‘de carga grande em comparago com a resistincia de sada, 4 das excsbes importantes a esse rincpio ger (1) una one de cor root tem wma alta fessténcia interna (alent init) e deve acinar ‘ra carga de essa elaamente aia (2) quando se tarde freuen ‘dis dei ¢ linha de tani, woe® deve “exsr a pein "(ea ‘ej fet Reape Rison fi evita a elena peta de pti Constew Apendice H sore Kas de tarsi 0 desi deanropemortiar fre naengenaria¢ ma commie cen cs, pear de advenncia some "no antonomorine compas. ke 12 Aarte da eletrdnica 8210, pOFGUE Reansu = O significa que Veans = 0 € Ioana = Vom! Rane de MOdO GUE Peaza = Veurgalarye = 0. MAS Rear significa que Vearsn = Vote €Icrea = Ov de modo qu “Tem de haver um maximo no mei hhovamente, Poin Exercicio 1.11 Mosire que Reansr = Rome mavimiza a poténcia da carga para umn determinada resistencia de fom, Not ignore ese exreicio se voo8 no sabe o edleuloe, por enquanto, apenas aredite que essa premissa€ verdadera Para que esse exemplo nko deixe uma impressio err 4, gostariamos de enfatizar novamente gue os cteutes si normalmente, projetados de modo que a resisténcia da carga Seja muito maior do que a resisténcia da fonte do sinal que sciona a carga 1.2.6 Resisténcia de Pequenos Sinais ‘Muitas vezes, lidamos com dispositivos eletrénicos para os {quais J ndo € proporcional a V; em tais casos, no hd muito sentido em falar sobre resisténcia, uma ver que a relagio VAT dependeri de Vem vez de set uma constante, independente- mente de V. Para esses dispositivas, as vezes,€ iil saber a inclinagio da eurya V-1— em outras palavras, arazio de uma pequena variagdo na tensZo aplicada pela variagio resultante na corrente através do dispositivo, AV (ou AV), Essa grande- za tem a unidade de resistencia (ohms) e substiui a resistén- ‘cia em muitos edleulos. Ela é chamada de resisténcta de pe- ‘queno sina, resistencia incremental ou resistencia din ‘A. Diodos Zener Como um exemplo,comsidere 0 iodo zener, que tem a curva /-V mosradana Figura 1.15. Zener sdo usados par crar uma tenso constant dentro de un eicito em algun pono, sim- plesmenteproporeionande wma coment (ais 4 menos cons tae) deriva a partir de uma tense mais elevada no interior do cireuito.!? Por exemplo, o diodo zener na Figura 1.15 con- ‘ert uma coment apicada na faa indicada para uma fina comespondente (mas facionalmente mais esis) de tenses importante saber quanto a tensio zener resultantevariard com coment alicia essa ¢ uma medida de sa “replag conta variagdes na corent fomecida ee. Inclida nas espe- cages de um zener es sua resist@nca indica, dada para uma cera corrente. Por exemple, um zener pode ter um resinéncia indica de 10 S2em 10 mA, para uma tensio zener ‘speifcada de 5 V, Utilizndo a definigdo de resist2nia mica, descobrimos que uma varagio de 10% na corrente api ca, por eoneguine, resulta er uma variagio de temso de AV = RugAl = 10 0,1 X 0,01 = 10 mV. 17 dads zener pnenoct clase mis gra de dor eifdore, spies imports gue estes as an nese ep (Ses8> 1.6 rane tooo reat dole O dodo ial (0 retiador)st om wn condi prfein pra hxc de orene em um ser ¢ cm im sone perf pra flaca de corre no semi ner ¢ a" ‘ula unecioal” pra coat ama FIGURA 1.15. Curvas/-V: A. resistor (near. 8. Diodo zener (nfo linee avn 0,00: 02%, demonstrando uma boa capacidade de regulagdo de tensio. [esse tipo de aplicagao, voce frequentemente obtém a corrente zenor através de uma resistencia de tenso mals elevada dispo- nivel em algum ponto do eircuito, como mostra a Figura 1.16, Entio, Ren, oat = Rind! = “(Ain — AV) e, por fim, FIGURA 1.16 Regulador zener. hal A equagio do divisor de tensto outra ver! As- sim, para variacdes na tensio,o circuito se comporta como tum divisor de tensdo, com o zener substtuid por uma re- fisténcin igual hua resistencia dinkmica na corrente de operasio, Essa 6a utilidade da resistencia incremental. Por exemplo, soponhamos que, no ciovito anterior, tenhamos ama tenso de entrada que varia entre 15 20 V e que wse- mos um IN4733 od zener de 51 V,1W), fim de gerar ‘ma fone de alimentagaoestvel de 5,1 V. Escolhemos R 300 ©, para ua corente zener mim de 50 mA: (20V — 5.1 VIN) Agora podemos estima a regulagio de ensdo de saida (varagao de tens de sida, sabendo que este 72- ner tem uma resisténciadinimica méxim especificada de 7,0 em 50 mA. A cortente zener varia de 50 mA a 33 mA 20 longo da fina de tensdo de entrada; ua variago de 17 IMA na corrente produz,entfo, uma variago de tensS0 de sada de AV = Ril, 080,12. um fato il, quando se Tia com diedos zener, que ‘resistencia dinimica de um diodo zener varie, aproxima- dlamente, de forma proporcionalmente inverse torrente Valea pena saber também que exstem Cs projtados para suibstituir diodos zener: essas “referéncias de tensio de dois terminais tm desempenho superior ~ resistencia di- niimica muito menor (menos de 1 2, mesmo com correntes muito pequenas, como 0,1 mA; isso € mil vezes melhor do queo zener que acabamos de utilizar) c excelente esta- bilidade de temperatura (melhor que 0,015%(C). Veremos mais sobre zners e referéncias de tensio nas Segbes 2.2.4 £9.10 1a vid rea, um zener proporcionaré uma melhor re- _ulagio se acionad por uma forte de corrente, que tem, por definigdo, Re = % (a mesma content, independentemente da teaso), No entano, fontes de corente so mais comple- x8 €, portanto, na prea, muitas vezes,reeortemos uo re- isto simples. Ao pensar sobre zener, vale a pena lemnbrar ae as unidades de baixa tensio (por exemplo, 3.3 V) con portam-se hestante mal em termos de constncia de tensa0 ‘eras coment (Figura 17:80 Wee aca que precisa de um zener de baa testo, lize, enti, uma referencia de dois terminais (Sexo 9.10), 1.2.7 Um Exemplo: “Est Muito Quente!” ‘Algumas pessoas gostam de aumentar bastante a temperatura do termostato, ivitando outras pessoas que preferem um am- Diente mais fresco. Bis um pequeno aparelho (Figura 1.18) {que permite &s pessoas deste Gltimo grupo saber quando se ‘queixar ~ele acende um died emissor de luz (LED) verme= Tho quando o ambiente da sala esté a uma temperatura supe- rior a 30°C (86°F). Ble também mostra como usar 0 divisor de tensdio simples (até mesmo a mais humilde let de Ohi) ‘como lida com uum LED, que se comporta como um diodo zener (c. 8 veres,€ usado como tal) simbolo triangular & um comparador, um dispositive pritico (diseutido na Segdo 12.3) que alterna a sua saida de acordo com as tensdes relativas em seus dois terminais de Capitulo Fundamentos 13 19 E4 & Ba “Tonsto (ots) FIGURA 1.17 _Zenors de baixas tenses sdo bastante decep- cionantes, como pode ser visto nestas curvas de I versus V medidas [para tres membros da sere 1N5221-67), sobretudo fem contraste com o excelente desempenho mcido de um par de "Cis de rateréncia de tonsio” (LMGBSZ-12, LMISB5Z-2.5 0 LLM3852-2°5, ver Sect 9.10 e Tabela 9,7). No entanto,ciodos _zener oom valores proximos de BY (como 0 1N5232B de 5,6 V 00 1N52348 de 6.2 V) exibem curvas admiravelmente ingre- mes e sao cispositivas tei. ‘entrada. © dispositivo sensor de temperatura & Ry, que di tminui a resisténcia em cerea de 45/°C e que vale 10 kQ a 25°C, Ent, nés 0 colocamos como resisténcia inferior do divisor de tensao (RaR4), cuja saida & comparada com o divi- sor RR, nd infTuenciado pela temperatura. Quando a tem peratura é superior a 30°C, 0 ponto "X” esti em uma teasio ‘menor do que © panto “Y”, por isso 0 comparador puxa sua saida para o terra Na saida, existe um LED, que se comporta elet mente como um diodo zener de 1,6 V, e quando a corrente «std fuindo, ele acende, Seu terminal inferior est endo, em SV — 1,6 V, ou 34 V. Entio, adicionamos um resistor e série, dimensionado para permitir $ mA quando a saida do ccomparador esti no tera: Rs = 3,4 VIS mA, ou 680 Q. Se voc quisesse, poderia fazer 0 ponto operagio ajus- Lvl, substituindo > por um potenciémetro de Sk em série ‘com um resistor fixo de Sk, Veremos mais tarde que tambsm ‘€uma boa ideiaadicionar um pouco de histerese, para incen- tivar o comparador a ser decisivo, Note que esse circuito éi sensfvel 3 tensdo de alimentagdo exata, pois compara razdes. ‘Técnicas de medidas de relagao so boas; nds as estudaremos nente mais tarde 1.3 SINAIS Em uma seedo mais adiante neste capitulo, lidaremos com ‘capacitores, dispositivos cujas propriedades dependem da forma como as tensSes ¢ correntes em um circuito variany Nossa andlise de circuitos CC até agora (lei de Oh ‘os equivalentes de Thévenin, et.) a ‘que as tensGes e correntes variom com o tempo, Porsm, para 14 Aarte da eletrdnica =u LED vralno _vatev 7 ve asm 10 Fe 5H ressonics Tucsr2 ~~ qumee ye comprar mee (ae erowcie | 808@ 30° 599 35°C FIGURA 1.18 OLED acende quando est mais quente do que 80°C. O comparador (que veremos mais adiante, nos Capitulo 406 12) puxa a sua salda para o tara quando a tensao em "x" ‘é menor do que a tensdo em “Y", Réé um termistor, uma re- sistncia com um cosfiionte de temperatura deliberadamante negatvo; ou seia, a sua resisténcia diminul com o aumento de temperatura ~ crea de 456°C. uma compreensio adequada de eicuitos de corrente alter- nuula (CA), € Gil tr em mente certo tpos comuns de sinas, tensbes que variam no tempo deforma especial 1.3.1 Sinais Senoidais Sinais senoidais sio 0s sinais mais populares; so eles os que ‘obiemos da tomada de parede. Se alguém diz algo como “ab- tenha um sinal de 10 uV em 1 MHz”, quer dizer uma onda senoidal. Matematicamente, o que voce tem é uma tensiio deserita por V=Asen2nfr (140) ‘onde A ¢ denominado amplitude e f€ a frequéncia em hertz (ciclos por segundo). A onda senoidal se parece com a onda mostrada na Figura 1,19. As vezes, & importante conhecer 0 valor do sinal em algam momento arbitririo ¢ = 0, caso em {que voe® poder ver uma fase @ na expressio: V=AsenQunft+ 0) ‘A outra variagtio deste tema simples € a utllizago de frequencia angular, que & como a expressao a seguir V=Ascnar Aqui, @ 6 a frequéncia angular, medida em radians por segundo, Basta lembrar a importante relagio «= 2rf.¢ FIGURA 1.19 Senoide de amplitude A e fequéncia grande métito das senoides(e a causa de sua popula- ridade perene) ¢ o fato de que elas so as solugdes para certas ‘equagdes diferencia lineares que descreverm muitos fend- ‘menos na natureza, bem como as propriedades dos circuitos Tineares. Um cireuito linear tem a propriedade de a sua saida, quando acionada pela soma de dois sinais de entrada, ser ‘gual & soma das suas saidas individuais quando acionadas por cada sinal de entrada; ou seja, se OA) representa asada {quando acionada por um sinal A, entio um circuito¢ linear se (A+B) = O(A) + 618). Um cireuito linear acionado por ‘uma onda senoidal sempre responde com uma onda senoidal, embora, em geral,a fase e a amplitude sejam alteradas. Para ‘nenhum outro sinal periddico pode-se fazer essa afirmagio. E ‘uma pritica padrao, na verdade, descrever © comportament de um circuito pela sua resposta de frequencia, pela qual se entende a forma como o circuito altera a amplitude de uma ‘onda senoidal aplicada como uma Fungi da frequéncia. Um amplificador de som, por exemplo, deve ser caracterizado por uma resposta de frequéncia “plana” em toda a faixa de 20 Hz 20 kHz, pelo menos. ‘As frequeneias de onda senoidal com que costumamios lidar estao na faixa de poucos hertz a algumas dezenas de megahertz. As frequéncias mais baixas, até 0.0001 He ou in- feror, podem ser geradas, se necesssrio, com 0 uso de cireu tos construfdos cuidadosamente, Frequéncias mais alta, at, déigamos, 2,000 MHz (2 GHz) ¢ acima, podem ser geradas, ‘mas clas exigem téenicas especiais de Tinha de transmissio. Acima disso, voc® esti lidando com miero-ondas, para as 4uaiscircuitos convencionais com fio com elementos de cir uito concentrados tornam-se impraticsveis,e, dessa forma, {guias de onda exsticos ou “striplines” so usados. 1.3.2 Amplitudes de Sinal e Decibéis Em adicio a sua amplitude, existem diversas outs mane ras de caracterzar 0 milo de wna onda senoidal on gual er outro sinal. As vezes, voe€ 0 véexpeciicado pela am- plitude de pico pico amplitude PP), que € nada mais do {que o dobro da smplitude. O outro métouo € dara amplitude dla riz do valor médio quadritico (amplitude RMS), que € 0.3074 (sto somente para ondas se oid; a razio entre os valores PP c RMS ¢ diferente par tas formas de onda), Por mai etranho que possa pare- cer, esse €o metodo habitual, porgue a tensdo RMS é a que usada para caleulara potent. A tensto nominal etre os termina de wna tomada de parede (nos Estados Unis) € de 113 vols RMS, 60 Hz. A amplitude & de 163 volts (325 volts PP).!* ocasionalments, vce eaconrard dispsitvos (por exemplo, metres om movimento nelnico de poate) que rexpondem ample mde ‘kom sina CA. Prawns onda seid, a reas80€ Vga = Vas [Nocntol, ak medidres so gramenteeaibrados de moo ait ‘mplde RMS de uma ena eral Para nro inact € a Isla crada; no se esquga de usar ay meio “Tve RMS" RMS ver ade") se voc quer aespstacen Capitulo 1 Fundamentos 15 A. Deci Como voeé compara as amplitudes relatives de dois sinais? Pode-se dizer, por exemplo, que o sinal X ¢ duas vezes maior {que o sinal ¥. Isso est correto,e il para muitas finalidads. [No entanto, come lidamos, muitas vezes, com proporgées muito grandes, como um milhio, & melhor usar uma medida logaritnica, e para isso apresentamos o decibel (um déeimo do tamanho de algo chamad bel, que ninguém nunca usa). Por definigio, a razao entre dois sinais, em decibéis (GB), 6 is % B= 10logyy 1 e005, aap fem que P) e P2 representam a poténcia dos dois sinais. No 0, frequentemente lidamos com amplitudes de sinal, ue, neste caso, podemos expressar a relagdo de dois sinais, .com a mesma forma de onda como As a = 2010gy0 5 (1.12) fem que Ay e Ap so as duas amplitudes de sinal. Assim, por cexemplo, um sinal com o dobro da amplitude do outro ¢ 6 dB em relagao a ele, uma vez que logy 2 = 0.3010. Um sinal 10 vezes maior que o outro € +20 dB: um sinal igual a um décimo do outro é ~204B. Embora decibéis sejam, normalmente, usados para es- pecificar a elagio de dois sinas, eles sio, por vezes, utiliza dos como uma medida da amplitude absoluta. O que acontece {que voe8 ests assumindo um nivel de sinal de referSneia e cexpressando qualquer outro nivel em decibgis relaivamente & ele, Existem varios niveis padrio (que no sto declarados, ‘mas subentendidos) que so utilizados dessa forma; as refe- ‘nas mais comuns S40: (a) OdBV (IV RMS); (b) 0 dBm (a Tensio que corresponde a | mW em alguma impedancia de carga considerada, que para as radiofrequéncias & normal- mente 50 ©, mas para dudio€, muitas vezes, 600.9; as ampli- ‘udes que correspondem a 0 dBm, quando curregadas por es- sas impedineias, slo, entdo, 0.22 V RMS e 0.78 V RMS): & (6) a pequena tensio de ruido gerada por um resistor & tempe- ‘alura ambiente (este fato surpreendente € discutido ma Seco 8.1.1), Além dessas, existem amplitudes de referéncia tliza- das para medigdes em outros eampos da engenbuaria eda cién- cia, Por exemplo, em aetistica, 0-UB SPL (nivel de pressio sonora) # uma onda euja pressio eficaz & de 20 juPa (que & 2 X 10! atm); em comunicagbes de dudio, os niveis podem ser indicados em dBm (referéncia de ruidorelativa ponders dda em frequéncia pela “curva C”), Ao expressar amplitudes dessa forma, o melhor € ser espeeifieo sobre a amplitude de referéncia de 0 dB: diga algo como “uma amplitude de 27, a 1V RMS", ou abrevie Tear qu, aes aura doe seus esas, pode parecer estranho war esa represen eam JB esas variants A maid qe svar on exe, ‘oct ee dear com stages emolsend, por exempl,zanhos ese ma- es de sls em que ves prtcidude des epesentyo. Exercicio 1.12 Determine as relagdes de tensio e poten cia para um par de sinais com as seguintes relagoes em deci- bois: (a) 3 dB, (b) 6 UB, (c) 10 4B, (dl) 20 dB. Exercicio 1.13 Podemos chamar este exereicio divertido de “Ilha Deserta de dBs": na tabela a seguir, comegamos a introduzir alguns valores para as relagOes de poténcia cor respondentes & primeira dizia completa de UBs, utilizando (0s resultados para as partes (a) (¢) do timo exercieio. Seu trabalho & completar a tabela sem recorrer a uma calculadora, Uma dica possivelmente Gti: a partir de 10 dB, percorra a tabela de cima para baixo em degraus dle 3 dB; em seguida, sba a tabela em um degrau de 10 dB e, entio, dessa no- vvamente. Por fim, live-se de niimeros desagradiveis, como 3.125 (e seus parentes proximos), desnecessariamente pré- ximo de 7. 4B | relaa0 (P/F) 0 r 1 2 3 2 4 5 6 4 7 8 9 8 1.3.3 Outros Sinais ‘A. Rampa_ Arampa € um sna que se parece com o mostado na Figura 1.204. £ simplesmente uma tensfo ascendente (ou dscer dentc) a uma taxa constant Iso ndo pode coninvar para sempre, claro, mesmo em filmes de fegio csntifes. Por ‘e785, aproximada por uma ramp finita (Figura 1.20B) ou Dor uma rampa peréica (conhecida como dente de serra, Figura 120C), B. Triangular ‘A onda triangular é uma prima préxima da rampa: ela € sim- plesmente uma rampa simétriea (Figura 1.21). ©. Ruido Os sinais de imteresse so, muitas vezes, misturados com 0 ruido; essa é uma frase abrangente que normalmente se api- ‘ca ao ruido aleatsrio de origem térmica. Tensdes de ruido po- ddem ser espeeificadas pelo seu espectto de frequenecias (po- téncia por hert2) ou pela sua distribuicao de amplitude. Um dos tipos mais comuns de ruido € 0 uido Gaussian branco 16 Aarte da eletrdnica A : vs 8 LZ ; ’ « t FIGURA 1.20 A: Forma do onda de tensto.em rampa, 6: Ram- a.com limite. C: Onda dente de sera. FIGURA 1.21 Onda triangular FIGURA 1.22 Fuldo. limitado em banda, que significa um sinal com igual pot por hertz em alguma banda de frequéncias e que apres uma distribuigao Gaussiana (em forma de sino) de amplit- des quando muitas medigdes instantineas de sua amplitude So feitas. Esse tipo de ruido & gerado por um resistor (ruido Johnson ou rutdo de Nyquist), ¢ allige medigies sensiveis de todos os tipos. Em um osciloscépio, ele aparece como mostrado na Figura 1.22. Discutiremos téenieas de ruido e de Daixo rufdo mais detalhadamente no Capitulo 8. D. Onda Quadrada ‘Uma onda quadrada é um sinal que varia como tempo, como mostrado na Figura 1.23. Como a onda senoidal, ela & carac- wot a a 2 3 FIGURA 1.23. Onda quadrada. terizada pela amp! circuito linear ac tude € frequéncia (€ talver.a fase). Um ado por uma onda quadrada raramente responde com uma onda quadrada. Para uma onda quadrada, ‘amplitude de pico ¢ a amplitude RMS sao iguais, ‘As bordas de uma onda quadada nao sio perfeitamen- ‘e quadradas; om circuites eletonicos tipicos, 0 tempo de subida , varia de alguns nanossegundos para alguns micros- segundos. A Figura 1.24 mostra 0 tipo de situagio geralmen- te Vista. O tempo de subida ¢ convencionalmente definido ‘como 6 tempo necessrio para o sina ir de 10% 2 90% de sua transigio total E, Pulsos ‘Um pulso ¢ um sinal como as formas mostradas na Figura 1.25, Bles sao definidos pela largura de pulso e amplitude. ‘oot pode gerar um trem de pulsos periddicos igualmente espagadas), caso em que voc’ pode falar sobre a frequéncia, cu a taxa de repeticdo de pulso e 0 “ciclo de trabalho”. a razdo entre a largura de pulso e o periodo de repeticio (0 ciclo de trabalho varia de zero a 100%). Pulsos podem ter polaridade positiva ou negativa; além disso, cles podem ser “de curso positive” ou “de curso negative.” Por exemplo, 0 segundo pulso na Figura 1.25 € um pulso de curso negativo e polaridade positiva FIGURA 1.24 Tempo de subica de uma forma de onda em ‘degra L t FIGURA 1.25 Pulsos de curso postvo e negative de ambas. as polaidades. Capitulo 1 _Fundamentos 17 aeons ies FIGURA 1.28 Degraus pcos. F, Degraus e Picos Degraus e picos (spikes) so sinais dos quais se fala muito, ‘mas no so to frequentemente utilizados, Eles fornecem uma boa maneira de descrever o que acontece em un circui- 10, Se voc’ pudesse desenhé-tos, eles seriam algo parecido ‘com os exemplos na Figura 1.26. A fung3o degrau € parte de uma onda quadrada; 0 pico ¢ simplesmente um salto de dduragdo extremamente curta, 1.3.4 Niveis Logicos Os pulsos ¢ as ondas quadradas sio uilizados extensivamen- te em eletrOnica digital, em que os finidos ropresentam umm de dois estados pos ‘em qualquer ponto no circuito. Esses estados sio chamados simplesmente de ALTO e BAIXO e correspondem aos esta dos 1 (verdadero) ¢ 0 (falso) da I6gica booleana (a algebra ‘que descreve esses sistemas de dois estado) Tensoes precisas nio sio necessirias em eletronica Aigital. Vocé precisa apenas distinguir qual dos dois estados possiveis esti presente, Portanto, cada familia l6gica digital cespecifica os estados ALTO e BAIXO vilidos. Por exemplo, 4 familia l6gica digital “74LVC" opera a partir de uma fonte simples de +3.3 V, com os niveis de safda que so tipicamen- 1e0'V (BAIXO) e 3,3 V (ALTO), ¢ um limiar de decisio de entrada de 1,5 V. No entanto, a safdas reais podem ser até (0.4 V acima do terra ou abaixo de +3,3 V sem defeito no ‘componente, Teremos muito mais @ dizer sobre nivels logi- 608 nos Capitals 10 12, 1.3.5 Fontes de Sinal Muitas vezes, a fonte de um sinal & alzuma parte do eircui- 10 em que voce esté trabalhando. Porém, para fins de teste, uma fonte de sinal flexivel é inestimvel. Elas vém em ers seradores de sinais, geradores de pulso e geradores, de fungaes, A. Geradores de Sinais Geradores de sinal s20 osciladores de onda senoidal gerat- ‘mente equipados para dar uma larga gama de frequéncia de ccobertura, com proviso para um controle preciso da ampli- tude (usando uma rede de divisores resistivos denominada ‘renuador). Nigumnas unidades permitem modular (ou seja, no tempo) a amplitude de saida (“AM" para “ampli- tude modulada”) ou a frequéncia (°FM” para “freguencia ‘modulada”). Lima variagao desse tema ¢ 0 gerador de varre- dura un gerador de sinal que pose varrer sua frequéncia de ‘aida repetidamente ao longo de um intervalo. Ele € util para ireuitos de teste cujas propriedades variam com a frequéncia de uma forma particular, por exemplo, “Circuitos sintoniza- dos” ou filtros. Atualmente, esses dispositivos, assim como a imaioria dos instrumentos de teste, esto dispontveis em con- figuragSes que permitem que voc’ programe a frequéncia, amplitude, etc. a partir de um computador ov outro instru- ‘mento digital Para muitos geradores de sinal, a fonte de sinal é um sintetizador de frequéncia, um dispositivo que gera ondas senoidais eujas frequéncias podem ser definidas com pre- cisdo. A frequéncia € definida digitalmente, muitas vezes, para oito algarismos significativos ou mais ¢ ¢ intemnamen- te sintetizada a partir de um padriio preciso (um oscilador tantGnomo de cristal de quartz0 ou padrio de Frequéncia de rubidio, ou um oscilador derivado de GPS) por métodos Aigitais que discutiremos mais adiante (Segio 13.13.6). Ti pico entre sintetizadores & o SG384 programdvel da Sian- Jord Research Systems, com um intervalo de | iHiz a4 GHz, de frequéncia, uma variagio de amplitude de —110 dBm @ +165 dBm (0,7 wV a 1,5 V, RMS) ¢ varios modos de modulagao tais como AM, FM e M; ele custa cerca de 4,600 délares. Vocé pode sintetizar um gerador de varredura « pode obier sintetzadores que produzem outras formas de onda (yer Gerudores de Fung6es, a seguir). Se u sua ned sidade é gerar frequéncia sem uma preciso absurda, nada melhor que umn sintetizador. B. Geradores de Pulso Goradores de pulsos produzem apenas pulsos, mas so pulsos excelentes! Largura de pulso, taxa de repetigao, am- plitude, polaridade, tempo de subida, ete., tudo pode ser ajustavel. Os mais rapidos aleangam taxas de pulso de gi gahertz. Algm disso, muitas unidades permitem a geragao de pares de pulsos, com espagamento e taxa de repetigo ajustaveis, ou até mesmo padres programaveis (as vezes, ‘io denominados geradores de padto), A maioria des gera- dores de pulsos contemporaneos esta equipada com saidas de nivel ldgico para facil conexao com circuits digitais. Tal ‘como acontece com os geradores de sinais, existe uma ver- io programavel detes. C. Geradores de Fungdes Em muitos aspectos, os geradores de fungiies sto as fon- tes de sinal mais flexiveis de todas. Pade-se produzie ondas senoidais, triangulares e quadradas ao longo de um inter- valo de frequéneia enorme (0,01 Hz. a 30 MBL 6 tipico), ‘com canirole de amplitude e deslocamento (offset) CC (uma lensiio CC constante adicionada ao sisal), Muitos deles 2 provisio para a varredura de frequéncia, algumas vezes, de 18 Aarte da eletrdnica ‘ros modos variagdes de frequen tinea ou logaritmicn «em fungao do tempo). Eles esto disponives com saidas de puso (embora nto com a flexibilidade que voce obtém com um gerador de pul), e alguns delestém provisio para mmodulagao, Geradores de fungBes tradicionaiswilizam ciovitos anakigicos, ms os modelos auais si geralmente geradores de funges digits sintetizados, que exibem tos flexi dade de um gerador de fungbes, juntamente com estab ‘dea preciso dem sntetizador de requénci, Am disso, ‘les permitem que ¥oo® programe uma forma de onda “at trivia”, especifcando a amplitae em um conjunto de pontos igualmenteespacados, Um exemplo ¢o"Tektronix APG3102, com um limite inferior de frequéneia de 1 microhert, que pode gerar ons senoidais equradas de até 100 Miz, pul sos © "rd" de até 50 MHz e forms de onda arbitéras {até 128k pontos) de até 50 MHz, Ele tem modulagSes(cin- 0 tipos), varedras (near e logartmiea) © modos ajada (1 210° ciclos), etude ¢ programéve,incuindo a frequéncia, largura de puso e tempos de subide, modulaga0 e amplitude (20 mv para 1OVpp anda, ilu algumas formes de onda bizarras embrtidas ais como Senco, sida ¢ descidaex- ponenciais, Gaussiana ¢ Lorentziana. Ele tem duas saidas independentesecusta cerca de $ mil dares, Para uso geal se vox pode ter apenas ums font de sna, 0 gerador de fun- 8es € 0 melhor para voce 1.4 CAPACITORES E CIRCUITOS CA Uma vez que entramos no mundo das tenses e correntes varidveis, ou “sinais”, deparamo-nos com dois elementos de circuito muito interessantes que sao initeis em circuitos pu ramente CC: capacitores ¢ indutores. Como voct ver, estes dispositivos simples, combinados com resistencias, comple tam a triade de elementos de circuito lineares passives que formam a base de quase todos os circuitos” Os capacitores, em especial, slo essenciais em quase todas as aplicagdes de ito. Eles slo usados para gerago de forma de onda, fil- tragem aplicagaes de bloqueio ¢ desvio, Também so usa ‘dos em integradores ¢ diferenciadores, Em combinagio com indutores, eles tornam posstveisfiltos pontiagudos (de ban- dda estreta) para separar os sinais desejados dos de fundo. Voc vers algumas dessas aplicagdes & medida que prosse- guirmos neste capitulo, e haverd diversos exemplos interes- santes em capitulos posteriores. Prosseguiremos, entio, no estudo dos detalhes dos ca pacitores. Parte da abordagem que segue & necessariamente 0s leores da evn cinta Notre (Londres) fora rcsbios, em 2008, com urn atiga intial “The missing memrisor found” (D. B. Siruhov et a 483, 80,2008), gue eter encontado o "guano cleat fuente sso, qie io eit enn, Ns soos cc. Anda a contends exten Finalmente revlvda, deve se perceher que ‘omenristor ¢ um elemento nao linear hi apenas is elements de ito pasivos de dois terminals ere, | Sip. FIGURA 1.27 Capactores, 0 eletrado em curva indica 0 term nal negatvo de um capacitor plarzad, ou a “fol exterior” de tum capacitor de filme enrolado, {de natureza matemitien; o leitor com menos conhecimen- to de matemtica pode recorrer a uma iil revisio de ma- temitica no Apéndice A. Em todo caso, uma compreensio. dos detalhes € menos importante em longo prazo do que ‘ompreensio dos resultados. 1.44 Capacitores Um capacitor (Figura 1.27) (o nome antigo era capacitor) é tum dispositive que tem dois terminais que suem dele e tem ‘a propriedade Q Vv. aa) [Em sua forma basiea, € um par de placas de metal estreta- ‘mente espacadas, separadas por um material isolante, como “capacitor axial de filme” enrolado da Figura 1.28. Um ea- pactor de C farads com V volts entre os seus terminais em Q coulombs de carga armazenada em uma placae Onaoutra, A capacitincia é proporcional 3 stea e inversamente propor cional ao espagamento, Para o simples capacitor de placas paralelas, com separagio de rea da placa A (¢ com 0 expa- ‘gamento «muito menor do que as dimensoes das placas), a capacitincis C & dada por C= 8,85 x 1074 cava F aay em que &€ a constante dielétrica do isolante, eas dimensGes ‘io medidas em centimetros, Ele tem uma sea relativamen- te grande e um espagamento bem pequeno, para se obter as ceapacitincias comumente usadas em cireuitos.*! Por exem- plo, um par de placas de 1 em? separadas por 1 mm é um tapacitor de pouco menos do que 10~'? F (um picofarad); voc’ precisuria de 100 mil deles $6 para obter o capacitor de 0.1 MF da Figura 1.28 (que nao é nada especial: r ‘mente usamos capacitores com muitos microfarads de capa- citaneia). Normalmente, voce nao precisa calcular capac {ncias, pois compra um capacitor como um componente cletronive, Para uma primeira aproximagio, os capacitores slo dis- positives que podem ser considerados simplesmente resisto- rs dopondentes da frequéncia, Eles permiter, por exemplo, 3 Eno faz mal er uma ala consume delice tm: oar em & = 1 mas oy ilmes de plisticn im ¢ = 21 (popper) ca 3.1 poster eras cenvess 0 poplars ene os abet de capastores = 1S [ipo "CNG" on 5000 pa "ATR. Otseragi: 0° age mencoeata a poms elena dori Capitulo 1 __Fundamentos 19 toa aera eta inera FIGURA 1.28 Voc8 obtém uma grande drea enrolando um par de fimes de pléstico metalizados. E & muito divertido cesenrotar lum desses capacttores Mylar de terminals axils (dem para as antigas bolas de gole, com a sua longa banda de borracha). que vot faga divisores de tensio dependentes de frequéncis, Para algumas aplicagSes (desvio, acoplamento), isso & quase tudo © que voe8 precisa saber, mas, para outeas (filtragem, af ‘mazenamento de energia,citcuitos ressonantes), & necessaria ‘uma compreensao mais profunda, Por exemplo, os capacito- res ideais no podem dissipar energia, mesmo que a corremte possa fluir através deles, porque a tensio e a corrente esto 90° defasadas. ‘Antes de entrar em detalhes sobre eapacitores nas pagi- das a seguir (Incluindo alguma matemética necesséria para deserever 0 seu comportamento no tempo e na frequéncia), {queremos enfatizar as duas primeiras aplicagdes ~ desvio & acoplamento ~, pois essas aplicagoes de capacitores so as ‘mais comuns e so ficeis de entender no nivel mais simples. 1Nés as veremos em detalhe mais adiante (Segées 1.7.1C & 1.7.16), mas nio hd necessidade de esperar ~ € fil intut- tivo. Como um capacitor se parece com um citcuito aberto em CC, ele permite que voc® acople um sinal que varia en- quanto blogueia o seu nivel medio CC. Bsse é um capacitor de bloqueio (também denominado capacitor de acoplamen- 10), como na Figura 1.93. Da mesma forma, devido a0 capa- citor se parecer com um curto-cireuito em altas frequeéncias, ele suprime (“desvia") sinais de onde voe8 nio os quer, por cexemplo, sobre as tensbes CC que alimentam seus circuitos, ‘come na Figura 8.80 (em que capacitores suprimer sinais, nas tensdes de alimentagio CC de +5 Ve ~SV e também no terminal da base do transistor Q3), Demograficamente, es- sas duas aplicacdes representam a grande majoria dos cap ores usados nos circuitos pelo mundo ‘Tomando a derivada da Equacio 1.13, a da definigio, voo’ obtén wv cf as) 2 jomicaente, ees captors de dss (pons) esecis est re sents, qe gement in mis d diagram squemsticns ora pric «que seguimos neste io). Nao comet o er de omits tambem de sus ma ao 10m o cour Vee wv FIGURA 1.29 A tensdo sobre um capacitor varia quando uma corrente fi através del, Assim, um capacitor & muito mais complicade do que um resistor @ corrente no & simplesmente proporcional & ten- ‘dio, mas a taxa de variaglo da tensio, Se voe8 variar a tensd0 ‘em 1 volt por segundo sobre | farad, voc8 estard fornecendo 1A, Por outro kido, se voe® fornecer 1 A, a tensio variant 1 volt por segundo, Umm farad ¢ uma enorme capacitincia, ¢ vocé geralmente lida com valores de microfarads (dF), nano- farads (nF) ou picofarads (pF).”* Por exemplo, se voeé forne- ‘cer uma corrente de I mA para um capacitor de 1 dF, a ten- ‘So subir 1.000 volts por segundo. Un pulso de 10 ms desse valor de corrente aumentaré a tensio sobre o capacitor em 10 volts (Figura 1.29). ‘Quando voo8 carrega um capacitor, voo8 esti fornecen- do energia. O capacitor nfo fica quente; em ver disso, ele sarmazena a energia em seus campos elétricos intemos. Nao é «iffeil descobrir que a quantidade de energia armazenada em um capacitor carregado ¢ exatamente 16) ‘em que Ue esta em joules para C em farads e V em volts. Esse é um resultado importante; nés 0 veremos muita Exerciclo 1.14 iso desafio energetico: imagine a car- ga de um capacitor de capacitineia C, a partir de 0 V até uma tensio final Vp. Se voe® fizer iso direito, o resultado ro dependera de Como voc® chegar 14, de modo que voce rio procisa considerar uma carga com corrente constante (embora vocé possa fazé-1o), A qualquer instante, a taxa do voided lo, mois vere. omits nos valores de capacitors ese ltcuds em dagramas esquemticos,tomando a coisas confuses para os Inenoseerents, Vt tam que deur ls «pati do comet, 20 Aarte da eletranica FIGURA 1.30 Capecitores se cisfargam de qualquer coisa que quiserem! Aqui est uma colego representativa, No canto inferior esquerdo, estdo capacitores valavels Ge pequeno valor (um de a e tris de cerdmica), com os eletrolitcos Ge aluminio polarizados {de grande valor acima delas (os rs do lado esquerdo tém terminals racials, os ts &direta tim terminais axis © 0 exemplar com ‘terminals de parafuso na parte superior 6, muitas vezes, denominado eletoiic de computacon. Em seguida, na linha superar, esta um capacitor de fime de baixaindutancia note os terminals cinta larga), em seguida, um capacitor de papel embebido em dleo e, o™ ultimo, um conjunto ds capacitoces de ceramica de disco a cireita. Os quatro objtos retangulares abaixo 980 capacitores de {ime (poiéster, policarbonato ou polipropileno). 0 conector D subminiatura parece ter sido colocado incorretamente, mas ele 6um ‘conector com fro, com um capacitor 1.000 pF de caca pine paraa carcaga. A sua esquerda, esté um grupo de sete capactores olotroltices poarizado de tintao (cinco com terminals aval, um com terminals radials © um para mantagom om euporfce). Os ros ‘capactores acima deles sao capacitores de fie axiais, Os dez capacitoresno centro, na parte inferior, s80 todos do tipo ceramico (quatro com terminas radia, dos axiais e quatro de montagem em superfcis); acima deles, estdo capacitors de alta tenséo — um ‘capacitor de vdra axial e um capacitor de ranemisedo de ceramics com termina de parafuse. Por fim, abala dales @ & eequerds, festao quatro capacttores de mica e um par de chads conhacidas como varactores, que sao capacttores de capacttancia varavel ‘com a tensdo consirudos a partir de um clodo de jungao. fluxo de encrgia no capacitor & VF Goulevs); entia, voc? ¢coloear un condator sobre um fino material isolate (0 die- precisa integrar dU! = Vidr do inicio ao fim. Dé o devido \kico), por exemplo, um filme pléstico aluminizado enro- prosseguimento Jado em uma configuragao cilindrica pequena. Outros tipos populares sio pastilhasfinas ceramicas (capacitores SMD de Existem capacitores em uma incrvel variedade de for- _cerémiea), folhas de metal com isoladores de 6xido (eapaci- mas e wmanhos (a Figura 1.30 mostra exemplos da maioria topes eletroliticos)e de mica metalizados. Cada um desses ti eles); com o tempo, voce reconhecers 0s tipos mais €0- yg tm propriedaes icas im ger os tpos de ceric muns. Para as capacitincias menores, voe8 pode ver exem- gg poliste so usados na maioria das apicagdes de circui- plos bsicos de constugo do ipo plaeas parulelss (ou pstB0 {9 no eriticas,eapacitoes com dieltric de policarbonato, RC), Vatinge Vj (Apresentacio dda *regra prétca SRC": um capacitor carrega ou descarte- Soe oi cP FIGURA 1.38 Circuito de carga AC. a w 62% Vou = ict") =AC FIGURA 1.34 Forma de onda de carga RC. (rsquanciarence) Va FIGURA 1.95 Formas de onda nferon de sada através de tum capacitor, quando acionade por ondas quadradas através dom resistor. ga dentro de 1% do seu valor final em cinco constantes de tempo.) Se, ento, alterarmos a fensfo da bateria pare alge ‘outro valor (digamos, 0'V), V decaié em diregao a esse novo valor com uma exponencial e~**C. Por exemplo, a substitu fo da entrada degrau da tensfo da bateria de 0 a + Vp. por tums entrada de onda quaadrada Vj(0), deve produzir a saida smosteada na Figura 1.35, Exercicio 1.16 | Mostre que o tempo de subida (0 tempo necessério para passar de 10% a 90% do seu valor final) des- te sinal 6 2.2RC, oct pode se fazer a seguinte pergunta: 0 que acontece se VU) for uma Vn(A) arbitravia (1)? A solugzo envolve uma equa difereneial no homog@nea e pode ser resolvida por :étodos convencionais (que, no entanto, esto além do esco- po deste livro). Vocé encontraria vo bf mtoe Mae Ou seja, 0 circuito RC produz a média das entradas antece- ‘demtes com um fator de ponderagao de Na prtica, voo8 raramente faz essa pergunta, Em vez, isso, voce trabalha no dominio da frequéncia, no qual voo® pergunta quanto de cada componente de frequéncia presente na entrada ¢ transmitido, Chegaremos a esse importante t6- Capitulo 1 _Fundamentos 23 - vit “rl rama 30 Powseorlesa noo owns aan reas pico em breve (Segio 1.7). Antes disso, no entanto, existe alguns outros citcuitos imteressantes que podemos analisar simplesmente com esta abordagem no dominio do tempo. G. Simplificagéo por Equivalentes de Thévenin Poderiamos ir em frente ¢ analisarcircuitos mais complica dos por meio de méiodos semelhantes, anotando as equates diferenciais ¢ tentando encontrar solugSes. Para a maioria dos fins, simplesmente nio vale a pena. Isso € to compli- ceado como um cireuito RC gue vamos precisar: Muitos ou- 110s cireuitos podem ser reduzidos a ele; consideremos, por cexemplo, 0 circuito da Figura 1.36. Apenas usando 0 equiva- lente de Thévenin do divisor de tensdo formado por Ry & R2. ‘voce pode encontrar a saida V(r) produzida por uma entrada cem degra Vp. Exercicio 1.17 No circuito mostrado na Figura 1.36, Ry R= lke C= 0,1 fF. Determine Vir) desenhe-a, Butler CMOS, sor7 —10000F. to ow —/ reales i it at mel be rays 104s FIGURA.1.37. Produzindo uma forma do onda diitalatrasada ‘com @ ajuda de um crcuto AC eum par de butters da familia lgiea LVC (partes pequenas com um enorme nimero de ident ‘icagao [part number: SNTALVC1GT7OCKRE, D. Um Exemplo de Circuito: Circuito Temporizador Faremos um pequeno desvio para provar essa dei testis ‘em um par de eiruitos reais. Os Tivos diddtics geralmente ‘evita tal peagmatismo, especialmente nos primeiros capitu- ls, mas acho divert para fazer uso da eletrdnica em apli- cagées pica Precisaremos introduzir alguns components “caina-preta” para comegar o trabalho, mas vooe aprender sobre cles em detalhe mais tarde, entio no se preocupe. {Hi mencionamos niveisIogicos, as tenses em que ¥ vem os eieuitos digits. A Figura 1.37 apresenta uma ap! cagdo de capacitores para produzir um palso retardado. Os simbolostrangulates sfo “buffers CMOS? Eles produzem uma safda de nivel ALTO se a entrada for nivel ALTO (mais ‘do que a metade da tensdo CC de alimentagao sada para 08 alimenta)e vice-versa. O primeiro buffer formece uma répli- «a do sinal de entrada, mas com baixa resistencia de fonte, para evitaro efeito de carga no sinal de entrada pela maha RC (lembre-se da nossa discuss2o anttior do efeita de carga ‘em circuitos na Segio 1.2.54). sada RC tem os deeaime tos caratersticos e faz 0 buffer de sada comutar 10 ps aps as transigdes da entrada (uma malha RC atinge a saida de 50% depois de um tempo 1 = 0.7RC). Em uma aplicagio real teriamos que eonsideraroefeito do desvio em relagao a netade da tensdo de alimentagio do limiar de entrada do dufer,0 que alteraria o atraso e também a largura do pulso d= said, Tal circuito&, por vezes lizado para arasar um pul- s0, de modo gue outa coisa passa acontecer antes. No proje- to de circutos,tente no confiar demasiadas vezes em tru- ues como esse, mas eles so ocasionalmente tas E, Outro Circuito Exemplo: “Um Minuto de Acionamento” A Figura 1.38 mostra outro exemplo do que pode ser feito com simples cireuitos de tempo RC. O simbolo triangular € um ‘comparador, algo que trataremos em dealhe mais adiante, nos ‘Capitulos 4 ¢ 10; tudo 0 que voes precisa saber por enquanta & ‘que (esse componente & um CI (contendo win grupo de resis- tores etransistores), (b) ele €allmentado a partir de uma tensao CC positiva que voe€ conecta ao pino idenificado como “V (@) cle aciona a sua saida (o fio que sai do trfingulo pelo Indo direito) para Vou para o tera, dependendo dea entrada ‘marcacla com *-+" ser mais ou menos positiva do que a entrada ‘marcada com “—", respectivamente. (Essas entradas so deno- rminadas ndo imersora e imversora, espectivamente). Ele ni ‘consome qualquer corrente de suas entradas, mas, felizmente, aciona cargas que exigem até 20 mA. E um comparador é de- ‘iso: sua sada € nivel “ALTO™ (em V..) ou “BAIXO™ (terra Eis como © circuit funciona: o divisor de tensio Rey mantém a entrada (~) a 37% da tensdo de alimentacao = neste caso, cerca de + 1,8 V; vamos denomind-la “tensao de referéncia’ ‘Scion do dake metic complements ca sta. como veremos partido Cito 1. fron doin de 24 Aarte da eletranica 25Y, a comperador 1 sear wT aS hy oe al Bs Tinto Sr pees FIGURA 1.98 Circuito de temporizagao RC: um acionamento ‘da chave > um minuto! aia do ‘comparator FIGURA 1.39 Produgao de uma forma de onda digital tompo~ fzada pelo creuito da Figura 1.38. Ateneo Voy tem um temgo de subida de RyC = 10 ms. Portanto, S60 cireuitoestéem repouso por alzum tem- po, Cy esté totalmente descurtegado,e a safda do eompars- ddr esté em nivel BAIXO (tera). Quando voc® pressiona 0 bolo PARTIDA momentancamente, C;carregarapidamente {constante de tempo de 10:ms) até +5 Y, o que Teva asada ‘do comparador para +5 V; ver Figura 1.38. Depois que 0 botio€ liberado,o capacitor descarrega exponencialmente cm diregio ao tera, com uma constante de tempo de F = aC, que definimos para que seja de 1 minuto, Decorrido ‘esse tempo, sa tensio cruza a tensdo de reeréacia, de modo ‘que a saida do comparador moda rapidamente de volta para ‘terra, (Note que escolhemos convenientemente tensdo de referéncia para ser uma fragio We de V.., de mado que leva «exatamente uma constante de tempo 7 para que isso acante- ‘a, Para Ro, fo uilizado 0 valor padre mais proximo de 6 MO; consult © Apéndice C.) linha inferior mostra que a salda permanece 1 minuto em +5 ¥ depois que 0 botdo & pressionado, ‘Adicionaremos alguns detalhes em breve, mas primei- zo usaremos a sida para fazer algumas coisas interessante, que sio mosiradas nas Figuras 1.404-D. Voee pode fazer um chaveir-lanterna com sutodesligamento conectando sua saida em um LED: vocé precisa colocar um resistor em sé- ric para detnira correne (flaremos muito mais sobre isso depois). Se quiser, voc’ pode conectar a ele uma Pucina pie- zoelérrica para apitar continuamente (ou inermitememente) por um minuto (esse pode serum sinal Ue fim de cielo para ‘uma secadora de roupas). Outra possbilidade ¢ anexar um Pequeno reléeletromecinico, que € apenas uma chave mec’ 20 uD A busine plroaléica 1 ce. deaeonamenta culcer2242 ae, rol. eatac stiso 2rq_ Cryo 02480 ‘ae20 cA partir do ura 2, somes prose FIGURA 1.40 Exempios de acionamontos interessantes a par- tirda seida do circuto temporizador na Figura 1.38. nica operada eletricamente para acionar um par de contaros que pode ativar praticamente qualquer carga que voce gos- taria de ligar e desligar, O uso de um relé tem a importante propriedade de a carga —o circuitoa ser ligado pelo relé— ser cletricamente isolada do +5 V e do tera do préprio cireuito e temporizagio. Por fim, para ligar e desligar méquinas industriais er tieas, voct provavelmente usaria um relé de estado slid (SSR, Seco 12.7) robusto, que tem internamente um LED, Infravermelho acoplado a um dispositivo de comutagio CA. conhecide como triac. Quando ativado, 0 trae atua como uma chave mecinica excelente, capaz de comutar muitos lampéres, ¢ (como o relé eletromecinico) ¢ completamente isolado eletricamente do seu circuito de entrada. O exemplo mostra esse dispositive conectado a um compressor de ar, cde modo que seus amigos recebertio um crédito de ar de urn sto para inflar os pneus de suas bicicletas em seu “posto de gasolina caseiro” aps inserirem uma moeda de 25 cen ‘vos em seu temporizador acionado por moeda. Vocé poderia fazer algo semelhante com um chuveiro de igua quente que funciona com moedas (mas, hein, apenas te minuto para 0 ppanno?!), Alguns detalhes: (a) no cireuito da Figura 1.38, voeé podria omitir 8, €0 circuito ainda funcionaria, mas haveria um grande transit6rio de corrente quando o capacitor des carregndo fosse conectado na fonte de +5 V (lembre-se de que J = C dufdr: aqui voe8 estaria tentando produzir 5 V de ‘dV" em cerca de 0 s de “dt”. Ao adicionar um resistor Ry ‘em série, vocé limita a corrente de pico para um modesto 5 Capitulo 1 Fundamentos 25 MA durante a suficientemente répida carga do capacitor (> 199% em 5 constantes de tempo RC, 01 0,05 5). (b) A saida do comparador provavelmente rivocheteari um pouco (er Figura 4.31), conforme a entrada (+) cruza a tensio de re- Feréneia em seu vagaroso passeio exponencial em direg30 a0 terra, devido a uma pequena pore inevitivel de ruido eltri- 0. Para corrigir esse problema, voed costuma ver 0 circuito ‘organizado de modo que parte da saida é acoplada de volta para a entrada de uma maneira que reforga a comutagto (isso € oficialmente denominaclo histerese, ou realimentacao post- ‘iva; estudaremos 0 assunto nos Capftulos 4 10), (€) Em cir- ccuitos eletrinicos, 6 sempre uma boa idela desviar (bypass) a fonte CC conectando um ou mais capacitores entre 0 “wilho” CC eo terra. O valor da eapacitincia ndo & eritico ~ valo- res de 0.1 iF a 10 jiF so normalmente usados; ver Seco 17.164. Todos os nossos exemplos simples envolveram ligar ce desligar eargas. Porém, existem outros usos para um sinal légico eletrGnico, como a saida do comparador, que ests cem um de dois possiveis estados binsrios, denominados ALTO e BAIXO (neste caso, +5 V e terra), |e 0, ou VER- DADEIRO e FALSO. For exemplo, tal sinal pode ativar ou desativar a operagdo de algum outro circuito. Imagine que a abertura da porta do earro acione a nossa safda de nivel ALTO de 1 min, que, em seguida, permite que um tecla- do numérico aceite um cédigo de seguranga para que voc ‘possa dar a partida no carro. Depois de um minuto, se voes ainda ndo eonseguiu digitar 0 eddigo magico, ele desliga, impedindo que um motorista possivelmente embriagado sit 1.43 Diferenciadores Voc pode fazer um circuito simples que diferencie um si- nal de entrada: isto é, Voy, 9¢ dVigt. Analisemo-Io em duas tapas, 1. Primeir, othe para o circuito Gimpratiivel) na Figura ILAIA: A tensio de entra Vj) produz uma corente aque passa pelo capacitor de fap = C dVifdt. Isso é justamente © que queremos~ se ao menos pudéssemos, de ulguma forma, usar a corrente através de C como & nossa “saida"! Mas no podemos *5 2. Entio, adicionamos am pequeno resistor do lado in- ferior do capacitor para 0 tetra, para funeionar como um resistor "sensor de correne" (Figura 11B). boa noticia € que agora teres una saida proporcional corrente através do capacitor. A noticia ruim € que 0 ircuito no € mais um difescaciador matematicamente perfite. Isso porque a tensio sobre C (euja derivada produz a corrente que estamos detectando com R) no E mais jgual a Vins agora ¢ igual diferenga entre Vie 55 Sempre existe suagies cm gue parece no haver uma solu. Ni de sis, pis saga & cons por nds mexe. Connie Teta sobre Aiea oo® ved que io io df encontar uma slag para a suerte expo, S10 “—) l A © o——|| ve tal i ii 8 FIGURA 1.41 _Diferenciadores. A. Perteto(exceto por le nd0 ‘ter terminal de said). B. Aproximado (mas pelo menas ele tam uma eaiab. Vows Eis como ele funciona: a tensfo sobre C & Vig — Vents dé modo que a i) = 1=C5Wia~Vou) = Rk Se escolhermas R e € pequenes o suficiente para que Vogl & dVighdt, enti Isto 6 temos uma safda proporcional & taxa de variagao da forma de onda de entrada. Para manter dVjy/ds << dV, fazemos 0 produto RC poqueno, tomande cuidado para ndo produzir “feito de carga” na entrada fazendo R muito pequeno (na transigio, a ‘ariagdo da tensdo sobre o capacitor € zero, portanto R é a cara vista pela entrada). Teremos um ertério melhor para isso quando analisarmes o cncuito no deminio da frequéncia (Seco 17.10). Se voo® acionar esse cxeuito com urna onda ‘quadrada, a sida seré como mostrado na Figura 142. Diferenciadores slo dteis para detectar Bordas de su- ‘ida e bordas de descida em sinais de pulso, e, em cincuitos digitais, as vezes, vemos coisas como as representadas na FIGURA 1.42 Forma de onda de sada (euperio| a partir da diterenciador acionado por uma onda quactrada. 26 Aarte da elatranica 1009 rie E a . 2 trac coretante de tempo we one — a FIGURA 1.43 Detector de borda de subica, Figura 1.43. O diferenciador RC gera picos nas transicOes ‘do sinal de entrada, ¢ 0 buffer de saida converte 0s picos em pulsos retangulares curtos. Na prética, pico negativo sera Pequeno, por causa de um diodo (um dispositive vl disc ‘do na Segao 1.6) interno ao buffer. Para trazermos algum realismo neste momento, mon- tamos um diferenciador que configuramos para sinais de alta idade e fizemos slgumas medigdes. Para isso, usamos pFe R = 509 (este dltimo & 0 padrio mundial para citeuitos de alta velocidade: consulte 0 Apéndice H), que scionamos com um degrau de 5 V com taxa de variagio con- figurdvel (isto ¢, dV/dt).A Figura 1.44 mostra as formas de ‘onda de entrada e saida para ts configuragies de Vin Os cireuitos nessas velocidades (note a escala horizontal: 4 rnunossegundos por divisio!) frequentemente se afastam do sien Jo renner ‘onvidiy degrade ov. envada, | 025vine Na FIGURA 1.44. Tiés formas de onda em degrau répidas ite. renciadas pela rede AC moetrada. Para a forma de onca mais ‘pia (108 volts por segundo), imperfeicdes nos componente ‘instrumentos de medigao causam o desvio do que seria ideal. ON Ad pl af ee FIGURA 1.45 Dois exemplos de acoplamento capactve rao intoncional Ldesempenho ideal, como pode ser visto no tempo de subida ‘mais ripido, Os dois degraus mais lentos mostram um eom- portamento rizodvel; ou seja, uma forma de onda de saida plana na parte superior durante a rampa ascendente da en- trada; verifique por si mesmo que a amplitude de safda foi corretamente prevista pela formula. A. Acoplamento Capacitivo Nao Intencional Diferenciadores, por vezes, surgem inesperadamente em situagdes em que nao sdo bem-vindos. Voo8 pode ver si- nais como os mostrados na Figura 1.45. O primei 6 causado pela onda quadrada em algam ponto no ue acopla capacitivamente na linha de sinal que vocé esti iobservando; isso pode indicar a falta de um resistor de tor ‘minagio em sua linha de sinal, Se nfo for isso, voce deve reduzir a resisténcia da fonte da linha de sinal ou encontrar uma maneira de reduzir © acoplamento capacitivo da onda quadrada ofensiva. O segundo caso € tépico do que voe% pode verificar quando olha para uma onda quadrads, mas ‘em uma conexdo partida em algum ponto, geralmente na ponta dle prova do osciloseépio. A eapacitancia muito pe- quena da conexio partida combinada com a resisténcia de entrada do oscilosedpio forma um diferenciador. Saber que vyocé tem “alum sinal” diferenciado pode ajuds-lo a encon- rar o problema e elimins 1.4.4 Integradores Se circuitos RC podem levar a derivadas, por que nao a in- tegrais? Como anteriormente, analisaremos em dus etapas. 1. Imagine que haja um sinal de entrada que € uma cor- rente que varia em funcio do tempo, Ii(¢) (Fisura 1.464). Essa corrente de entrada & precisamente a ccorrente através do capacitor, de modo que I(1) CAV (fat, por eonseguinte, V(t) = (UIC) [ott 5 famoracontumaton «pensar stat cm a ems evi tempo, mas vers come pero comer ene sins pun corentex ‘arc tempo proporcionan "cnnersoestenso-corent” Cm, emo nee mais slscado,“amplifcadores de wanscooduinci) Capitulo 1 _Fundamentos 27 fa Tr “wy, LT Vase A = rode 10% val veo Neu para 10% oe No ta vin (enoxirad) FIGURA 1.48 Integrador A. Pereito (mas requer um sina de ‘entrada de corrente). 8, Aproximado (ver texte), Isso 6 exatamente © que querfamos! Assim, um sim ples capacitor, com um lado conectado ao terra, & um integrador, se tivermos um sinal de entrada sob a forma, de uma corrente de Jif). Entretanto, na maioria dos ‘casos, no 0 temas. 2. Entdo, conectamos um resistor em série com o sinal de fensdo de entrada mais usual V(1), para converté- -Joem corrente (Figura 1.46B). A boa noticia é que ele Funciona razoavelmente. A noticias im & que 0 cit- cuito ndo é mais um integrador perfeite. Isso porque a corrente através de C (cuja integral prods. tensao de ‘safda) no € mais proporcional a Vig: agora € propor- clonal a diferenga entre Vj, @ V. Bis como isso funcio- na a tensio sobre R 6 Vig ~ V, assim, a Van¥ aR Se conseguirmos manter V< Vig, mantendo 0 produto RC grande, enti a Vin CHR Fg inp [ vatar oman (Ou seja, temos uma saida proporcional 8 integral no tempo dda forma de onda de entrada, Voce pode ver como a aproxi- magio funciona para uma entrada de onda quadrada: Vit) é, ento, a curva de carga exponencial que vimos anteriormente (Figura 1.47). A primeira parte da exponencial & uma ram- pa, a integral de uma constante; medida que aumentamos ‘ constante de tempo RC, pegamos uma menor parte da ex- ponencial, ou seja, uma melhor aproximagao de uma rampa perfeita Note que a condigio V-< Vig & 0 mesmo que dizer que 16 proporcional a Vj, que ocomreu no nosso primeira circuito 5 sim oomo par oifeenciadr teers otra manna de eoqudar ese ona Sogo 1.7.10 FIGURA 1.47 A aproximacao de um integrador# boa quando Vat < Vi integrador, Uma tensdo grande sobre uma resistencia grande se aproxima de uma fonte de corrente c,d at. mente wsada como ta [Logo mais, quando chegarmos ao estudo de ampli cadres operacionas ¢realimentacio, seremos capazes de ‘constr ntgritdres sem a estrigho Vag << Vin. Els traba- Thario em grandes fanas de tens ede trequénsia com ero insignifcame. (0 integrador ¢ amplamentewtlizado em computag80 anaes. E um subciruit sit que enconta aplicagio em sistomas de controle, realimentagdo, conver analog digital e geragdo de forma de onda. ‘A. Geradores de Rampa Aceste ponto, é fécil entender como um gerador de rampa funciona. Este interessante circuito ¢ extremamente dtl, por ‘exemplo, em circuitos de temporizagio, geradores de fun- ‘des e Formas de onda, circuitos de varredura de oseilosc pios analdgivos e ciscuitos de conversdo analégico-digital. O circuito usa uma corrente constante para carregar um ‘capacitor (Figura 1.48). A partir da equagio do capacitor 1 = CldVvidi), voce obtém Vio) = (WC). A forma de onda de safda é como mostrado na Figura 1.49. A rampa para ‘quando a fonte de corrente “esgota a tenso”, ou seja, ating te de sua compliance. Na mesma ‘curva para um RC simples, com o resistor conectado a uma fonte de tensio igual compliance da fonte de corrente, & ‘com R escolhido de forma que a corsente na tenso de sada zero seja & mesma da fonte de corrente, (Fontes de corteate reais geralmente t€m compliances de saida limitadas pela tensio de alimentagio usada para constru-las, de modo que 8 comparagio ¢realista,) No préximo capitulo, que trata de transistores, projetaremos algumas fontes de corrente, com alguns refinamentos para prosseguirmos para os capitulos sobre amplificadores operacionais (AOPS) e FETs. Aguar- ‘demos ansiosamente! Exercicio 1.18 Uma corrente de | mA carrega um ea- pacitor de 1 iF. Quanto tempo a rampa leva para chegar a 10 volts? 28 Aarte da eletranica A] an I FIGURA 1.49 Uma fonte de corrente constante, ao carreger| tum capactto, gra uma forma de onda de tensio em rampa, 7 FIGURA 1.49 Carga de um capacitor por uma cortents cons- ‘ante (com compliance ita] versus uma carga AC. 1.4.5 Nao Exatamente Perfeito... ‘Capacitores reais (0 tipo que vocé pode ver, tocar € comprar) geralmente se comportam de acordo com a teoria: no entan- to, eles tém algumas “caracterisieas” adicionais que podem ‘causar problemas em aplicagdes exigentes. Por exemplo, todos os capacitores apresemtam alguma resisiéncia em sé- rie (que pode ser uma fungao da frequéneia)e alguna indu- rdncia em série (ver a prOxima secdo), juntamente com uma resistencia em paralelo dependente da frequéncia. Ainda, hi um ef ria” (conhecido como absorydo do dielétri- co), © que raramente & discutido na soviedade eivilizada: vooé carregar um capacitor até alguma tensio Vi € man Por um tempo e, em seguida, descarregé-lo até O V, entd ‘quando voce remover o curto em seus terminals, ele tenders a yoltar um pouco em ditegao a Vp Por enquanto, vocé nfo precisa se preocupar com essas 1.5 INDUTORES E TRANSFORMADORES 1.5.1 Indutores Se voct entende os eapacitores, ndo teré grandes problemas ‘com indutores (Figura 1.50), Eles esto intimamente relacio- nados com capacitores: a taxa de variagio da corrente em tum indutor é proporcional & tenséo aplicada nele (para um capacitor, ocorre 6 contrério ~ a taxa de variagio de rensio proporcional 3 corrente através dele). A equacao de definigio Para um mdutor & a > vaLe. (1.23) ‘em que 1. & denominada indeudncia e é medida em henry (ow mH. 4H, oH, etc.). Colocar uma tensio constante sobre um a FIGURA 1.50. Indutores, O simbolo com as barras em paralelo representa um niclao de material magnético, indutor faz a corrente subir como uma rampa (compare com lum capacitor, em que uma corrente constante faz a tensa subir como uma rampay; 1 sobre um indutor de 1 H produz. uma corrente que aumenta I A por segundo. Assim como com capacitores, a energia investida ma elevagio da corrente em um indufor € armazenada intern mente — neste caso, na forma de campos magnéticos. A f6r- mula andloga é 1.24) ‘em que U;,esté em joules (watts segundos) para Lem henrys & Jem amperes. Tal como acontece com capacitors, este & uum resultado importante, 0 qual est no ceme da conversa de enengia por chaveamento (exemplificado por essas peque- nas caixas pretas conectadas na tomada da parede, que ali ‘mentam todos os tips de aparelhos eletrdnicas de consumo). ‘Veremos muito mais sobre isso no Capitulo 9. © simbolo para um indutor parece uma bobina de fio; isso porque, em sua forma mais simples, é justamenteiss0 que © indutor é. O seu comportamento um tanto peculiar se dé porque indutores sao dispositivos magnéticos, em que dduas coisas esto acontecendo: um fluxo de corente através da bobina cria um campo magnético alinhado a0 longo do eixo da bobina; e, assim, as variagSes nesse campo produ- em uma tensso (is veres, denominada “FEM reversa!), de forma a tentar anulat essas variagdes (urn efeito conhecido como lei de Lenz). A indutincia L de uma bobina & sim- plesmente a relagio entre © fluxo magnético que passa ate ‘¥és da bobina dividido pela cortente através da bobina que produz esse fluxo (multiplicada por uma constante global). A indutincia depende da geometria da bobina (por exem- plo, didmetro e comprimento) ¢ das propriedades do mate- rial magnético (“core”) que possa ser usado para confinar ‘6 campo magnético, Isso 6 tudo que voe® precisa entender sobre © motivo de a indutdncia de uma bobina de determi- ‘nada geomettia ser proporcional ao quadrado do atimeto de espiras, Exercicio 1.19. Explique por que L. se n? para um indutor ‘que consiste de uma bobina de m espiras de fio, mantendo 0 lr0 & 0 comprimento fixes enquanto n vara, Vale a pena mostrar uma férmula semiempiica apro- ximada para a indutancia L de uma bobina de diimetro d & comprimento J,em que a dependéncia de n? € exposta: ee PO Rr al Capitulo 1 _Fundamentos 29 FIGURA 1.51 Incutores.Linha superior, da eaquarda para a dria: toride encanculado, orbs hermaticamente fechado, ncleo ‘em forma de pote para montagem em placa, torbide sem reveetimerto (dois tamanhes}.Linna do melo: indutores de nicieo da teite sintonizado ajustvel (1s tamantio). Lina inferior: choque de nucleo de ferte de ata corrente, choque de ferrite em forma de ene! Indutor de ndcteo de feet revastido com chumbo, choque de ferte SMD, chaque de nicieo de fertite de termina axis moldado (ois tipo, indutores de nicleo de ferrite envernizado (cos tioos). em que K = 1,0 ou 0,394 para dimensGes em polegadas ou ccentimetros,respeotivamente, Isso é conhecido como férmu- lide Wheeler e tem precisio de 15 enquanto > 04d. Tal como acontece com a corrente capacitiva, a cor rente indutiva nao € simplesmente proporeional a tensao (como em um resistor). Além disso, ao contrério da situa lo em um resistor, a poténcia associada com a corrente indutiva (V X J) ndo € transformada em calor, mas & at- 'mazenada como energia no campo magnética do indutor (lembre-se de que, para um capacitor, a poténeia associada ‘com a corrente capacitiva ¢ gualmente no dissipada como calor, mas 6 armazenada como energia no campo elétrico do capacitor). Voc8 obtém toda essa energia de volta quan- do interrompe a corrente no indutor (com um capacitor, ‘vocé obiém toda a energia de volta quando desearregar a tensio até zero), indutor bisico € uma bobina, que poste ser apenas uum anel com uma ou mais espiras de fio, ou pode ser uma ‘bobina com algum comprimento, conhecida como solenoi- de, Variagies incluem bobinas enroladas em virios materiais de nifcleo, os mais populares sendo ferro (ligas, iminas ou po) ferrite (um material magnético cinza, nfo condutor & ‘quebradigo), Esses so todos os truques para multipliearain- funciona como um capacitor de armazenamento para estabilizar a tensio de saida (mais sobre isso logo adian- te, no Capitulo 9), A produgiio de uma saida que ¢ metade da tensio de ‘entrada nio & muito emocionante; afinal de contas, um sim- ples divisor de tensdo faz. isso. Mas, ao conteério de um di visor de tensfo, esse circuito © faz Sem gastar energia; des- ‘considerando 6 comportamento ni ideal dos componentes, ele € 100% eficiente. , de fato, esse cireuito & amplamente utlizade na conversao de energia; ele € denominado “conver- sor buck sinerono: ‘Mas observe agora a Figura 1.52B, que é apenas uma, versio modificada da Figura 1.52A. Desta vez, o equilforio volts-segundo exige que a fenso de sa‘da soja duas vezes a tensio de entrada. Isso voc nio pode fazer com um divi- sor de tensio! Mais uma vez, o capacitor de safda (C;, neste momento) serve para manter a tenso de saida constante por meio da carga armazenaila, Bssa configuragio & denominada ‘comversor boost sinerono” Esses ¢ outros conversores chaveados sao amplamente discutidos no Capitulo 9, no qual a Tabela 9.5 lisa cerca de i ow “sv 1k Re ok 10k s0@v L o, FIGURA 1.70 Componsagdo da queda de tensio drata de um retfleador de sinal com aiodo, ‘glo de temperatura) serio compensadas corretamente. Mais adiante, veremos outros exemplos de compensaetio de pares ccasados de quedas diretas em diodos, transisiores © FETs. E um trugue simples ¢ eficaz. B. Portas com Diodo Outta aplicagdo de diodos, que conheceremos mais tarde sob 6 titulo geral de lgica, € passar a maior das duas tenses sem afetar a menor. Um bom exempla disso é a bateria re- serva (backup). um método de manter algo funcionando (por ‘exemplo, um chip de “relégio de tempo real” de um compu tudor, o qual mantém uma contagem de data e hora) mestno ‘quando o dispositivo esta desligado. A Figura 1,71 mostra um circuito que faz esse tbalho, A bateri nfo faz nada até que a fonte de +5 V seja desligada; entao, ela assume sem interrupei, C. Diodo Ceifador As vezes, & desejavel limitar 0 aleance de um sinal (isto &, evitar que exceda certos limites de tensio) em algum ponto ‘em um citcuito, O eircuito mostrad na Figura 1.72 fara isso O diodo impede a saida de exceder cerca de 5.6 V. nfo tendo feito sobre tenses menores do que essa (incluindo tenses negativas). A dnica limitagdo & que a entrada ngo deve se tomar to negativa a ponto de a tensio de ruptura reversa do diodo ser ultrapassada (por exemplo, ~75 V para um IN4148). A resisténcia em série limita a corrente do diodo durante a ago de eeifamento; no entanto, um efeito secunds rio € que se adiciona I kde resisténcia em série (no sentido de resistencia equivalente de Thévenin) para o sinal, por isso lor & um compromisso entre manter uma resistEncia +5 (quando gad) Os 2. sv 0% 90 ra foas Saute ce T Seto S 3508 ee sent P| lee = ‘Sgratcom 0 “Tay SSH J iroprocesedor FIGURA1.71 Porta OR com ciodos bara reserva (back chips de eldpio de tempo real s80 especiicacos para ope- rar eorretamente com tends de alimentagao da 1.8 +a 5 V.Eles consamem misero 0,25 WA, 0 que resuita em ua Vida dtilde 1 minao de horas (cem anos) de uma célula tipo moeda CR2032 padro! sv sok t we out FIGURA 1.72 Coilador da tonstio com dodo. (Thévenin) de Fonte baixa desejivel ¢ uma baixa corrente de ceifamento desejével. Diodos ceifadores so componentes: padriio em todas as entradas na légica digital CMOS con. temporiinea, Sem eles, os cireuitos de entrada del facilmente destrufdos por descargas de eleticidade estitien durante 0 manuscio, Exercicio 1.22. Projete um ceifador simétrico, isto &, um {que confine um sinal no intervalo de —5,6.a +56. Um divisor de tensio pode fornecer a tensio de refe- réncia para um ceifador (Figura 1.73), Neste caso, voce deve garantir que a resisténcia olhando para o divisor de teaso (Rg) seja pequena em comparagio com R, pois 0 que voed tem se parece com 0 que & mostrado na Figura 1.74 quando o divisor de tensio € substituido pelo seu circuito equivalen- te de Thévenin. Quando o diodo conduz (tensao de entrada excede a tensdo de ceifamento), a safda € realmente apenas FIGURA 1.73 Divisor de tenedo fornecend a tensio de ce fament. Capitulo 1 _Fundamentos 37 FIGURA 1.74 Ceifamento para o divisor de tenséo: ccuto equivalent 4 saida de um divisor de tensio, com a resisténcia equiva Tente de Thévenin da referéncia de tensio como a resistencia mais baixa (Figura 1.75). Assim, para os valores mostrados, a saida do ceifador para uma entrada de onda triangular teria 4 aparéncia mostrada na Figura 1,76. O problema é que o Alivisor de tensio nao fomece uma referéneia estvel, na Tin ‘guagem da eletednica, Uma fonte de tensio estivel € aquela fem que a tensio nio cai facilmente, ou seja, que tem uma resisténeia (Thévenin) interna baixa. 'Na pritica, o problema da impedancia finita da referén- cia do divisor de tensio pode ser facilmente resolvido com a ulilizagao de um transistor ov um AOP. Isso ¢, normalmente, uma solugdo melhor do que usar valores de resist8ncia mie 10 pequenis, pois no consome grandes cortentes, embora fornega uma tensfo de referéncia com uma resistencia Thé- venin de alguns ohms ou menos. Além disso, existem outras maneiras de construir um ceifador, utilizando um AOP como parte do circuite de ceifamento, Voo$ vers esses métodes no Capitulo 4 Alternativamente, uma maneira simples para estabi- lizar 0 circuito de ceifamento da Figura 1.73, apenas para 1m no tempo, &adicionar um denominade ca- pacitor de desvio (bypass) no resistor inferior (1 KO). Para entender isso plenamente, precisamos ter conhecimentos s0- bre capacitores no dominio da frequéncia, um assunto que abordaremos em breve. Por enquanto, digamos simplesmente {que voce pode colocar um capacitor sobre resistor de Ik, sinais que varia e510 sev FIGURA.1.75 Coltamento insuflcient: 0 divigor de tensao nae é estévelo sufciente Veeifam FIGURA.1.76. Forma de onda de saida para 0 circuita de cet mento da Figura 1.73, « sua carga armazenada age para manter esse ponto em ten- io constant. Por exempl, um capacitor de 15 uF para 0 tera fara o divisor parecer como se tivesse uma resistencia ‘Thévenin inferior a 10.2 para frequéncias acima de 1 KHz (oeé poderia, deforms semethant, aicionar um capacitor de desvio sobre Dy na Figura 1,70.) Como aprenderemos, cfedeia desse rague diminui em baisas frequéncias, © ele no tem efeito em CC. Uma aplicago de evfamento interessante €a“restau- raglo CC" de um sia que foi acoplado em CA (acoplado capacitivamente) A Figura 1.77 mostra ieia Isso & espe cialmente importante para os circuits cujas entradas se pa- recem com diedos (por exemplo, um transistor com emissor ceonectado ao terra, como veremos no préximo capitul): ‘aso contro, um sinal acoplado em CA s6 desaparecers ‘quando o eapacitor de acoplamento carregar com a tensio de pieo do sna D. Limitador Um tiltimo cireuito de ceifamento é mostrado na Figura 1.78. euito limita a “variagio” da saida (novamente, ura termo comum em eletrOnica) para uma queda de diodo e uma ou outra polaridade, cerca de + 0,6 V. Isso pode parecer ‘muito pequeno, mas, se 0 préximo estgeio for um amplitica- ‘dor com grande amplificagio de tensio, a sua entrada estar sempre perto de 0 V; caso contro, a saida estard em “satu- ragdo" (por exemplo, se o proximo estégio tiver um ganho de’ 1,000 e operar a partir de fontes de +15 Y, sua entrada deve ficar na faixa de #15 mY para a sua saida nao satura. A Figura 1.79 mostra 0 que um limitador faz para sobredi- rmensionar ondas senoidais e picos. Esse cireuito ceifador & frequentemente utilizado como peotesio de entrada para um tamplifieador de alto ganho, Esse E. Diodos como Elementos nao Lineares Para uma boa aproximacdo, a corrente direta através de um iodo € proporcional a uma fungio exponencial da tensio sobre ele a uma dada temperatura (para uma discussio so- ae FIGURA 1.77 Restauracdo CC, FIGURA 1.78 Limitador com diodos. 38 Aarte da alatranica 920 ut c -08v FIGURA 1.79 A Limitaco de ondas sencidais de grande am- plitude; B. detaines: eC. picos. bre a fei exata, ver Segio 2.3.1), Assim, € posstvel wilizar uum diodo para gerar uma tensio de saida proporcional ao logaritmo de uma corrente (Figura 1.80). Como V flutua na regio de 0,6 V, com apenas pequenas variagées de tensio que refletem as variagiies de corrente de entrada, < posstvel gerar a corrente de entrada com um resistor se a tensiio de entrada for muito maior do que uma queda de iodo (Figura 1.81). Na pratica, pode ser que voc? queira uma tensdo de saida nao compensada pela queda de 0,6 V do diodo. Além «disso, seria bom ter um circuito insensivel as variagdes de temperatura (a queda de tensio de um diode de silicio din hui cerea de 2:mV/°C), O método de compensagZo de queda de diodo ¢ stil aqui (Figura 1.82). Ry faz D3 conduzir, man- tendo © ponto A em, aproximadamente, 0.6 V. O ponto B std, entio, préximo do terra (ais, fazendo J, com preciso D al Yuet lle FIGURA 1.90 Explorando a curva no linear V- do diode: con versor logarimico. a Vg VV (0s) | x FIGURA 1.81 Conversorlogaritmo aproximaco, FIGURA 1.82 Compentagio de queda de diodo no conversor logartmice. proporcional 8 Vj,). Enguanto os dois diodos (idénticos) es ‘0 A mesma temperatura, existe um bom cancelamento das (quedas diretas,exceto, evidentemente, pela diferenga devida A comrente de entrada atraveés de Dy, que produz o resulta Udo desejado. Nesse circuit, Ry deve ser escothide de modo gue a comrente através de D2 seja significativamente maior do que a corrente maxima de entrada, a fim de manter Dp em condo, E necesséria uma melhor compreenso das caracteristi- cas de diodos e transistores, juntamente com uma compreen- So de AOPs. Esta seco destina-se a servir apenas como uma, Introducao para as coisas que virlo, 1.6.7 As Cargas Indutivas e a Protegao com Diodos (© que acontece se vor’ abrir uma chave pela qual passa cor rente para um indutor? Como os indutores tem a propriedade alfa, do é possivel desligar a corrente de repente, pois isso im- plicaria uma tensdo infinita nos terminais do indutor, O que acontece & que a tensio através do indutor aumenta abrupt ene e continua a subir até orgar a passagem de coerente Dispositivos elettonicos que controlam cargas indutivas po- ‘dem ser facilmente danificados, especialmente o componente (que “sofre ruptura” a fim de satisfazer o desejo do indutor puis a comtinuidade da cuneate. Cousidere u eixeuity iia Fi guna 1.83. A chave estdinicialmente fechada, ea corrente lui através do indutor (que pode ser um relé, como deserito mais adiante). Quando a chave & aberta, indutor tenta manter a corrente fluindo de A para B, tal como era, Em outras pala- vias, ele tenta fazer a corrente fluir para fora de B, 0 que & Capitulo 1 _Fundamentos 39 FIGURA 1.83. “Golpe" indutvo, feito forgando B com uma alta tensio positiva (em relagio a A). Em um caso como esse, em que nio hé nenhuma conexso com o terminal B, a tensdo pode ira 1.000 V positivos antes de ocorrer um “arco elétrico” entre os contatos da chave. Isso reduzaa vida itil da chave ¢ wambém gera interferéncia impul- siva, que pode afetar outros crcuitos nas proximidades. Se a have for um transistor, seria eufemismo dizer que sua vida é cencurtada; sua vida acaba. ‘A melhor solugio, geralmente, &colocar um diodo so- bre o indutor (em paralelo), como na Figura 1.84. Quando a chave estiver ligsda, o diode estard polarizado reversamente (a partir da queda CC na resisténcia do enrolamento do indu- tor). No desligamento, © diodo entra em condugdo, colocan- do.o terminal da chave uma queda de diodo acima da tensao de alimentagio positiva. O diodo deve ser capaz de lidar com a cortente inicial, que ¢ igual 4 corrente estacionsria que uta através do indutor; algo como um IN4004 € bom para quase todos 0s casos, A tinica desvantagem desse circuito de protegio sim- ples é que ele alonga © decaimento da eorrente através do indutor, pois a taxa de variago da corrente no indutor & proporcional A tensio através dele, Para aplicagées em que a corrente deve decair rapidamente (atuadores de alta velo- cidade ou relés, obturadores de cdmera, bobinas magnéti- eas, ete.) pode ser melhor colocar um resistor em paralelo com 0 indutor, escolhendo o seu valor dé modo QUE Vjyne + IR seja menor do que a tensio méxima permitida sobre a chave, Para um decaimento mais ripido com uma dada tensio maxima, um zener (ou outro dispositive de ceifa- x Treas } FIGURA 1.84. Bloqueio de golpe indutivo, Fann E0050 FIGURA 1.85 indutivo, “amortecedor” (snubben RC para suprinir glpe mento de tensiio) pode ser utilizado em vez disso, dando uma rampa linear decrescente de corrente em ver de um ‘decaimento exponencial Para indutores acionados por CA (transformadores, re- és CA), a protegio com diode que acabamos de descrever rio funcionars, pois o diodo conduziri em semiciclos alter rnados quando a chave estiver Fechada. Nesse caso, uma boa solugio 6 um circuito “amortecedor” (snubber) RC (Figura 1.85). Os valores apresentados sio lipicos para as pequenas ‘cargas indutivas acionadas a partir da rede elstrica CA. Tal amortecedor deve ser incluido em todos os instrumentos que ‘operam a partir da rede elétrica CA, pois o transformador de potencia é indutivo.*? ‘Uma alternativa para o amortecedor RC é a utilizago ‘de um elemento de ceifamento de tensio como um zener bi- direcional. Entre estes, os mais comuns slo 0 zener supressor de transiente de tensdo “IVS” (transient voltage supressor) bidirecional e o varistor de éxido metilico (*MOV" — me: tal-oxide varistor); este dtimo & um dispositivo barato se- melhante a um capacitor cerfimico de disco e se camporta FIGURA 1.87 Exemplo de analise de frequéncia:equalizag80 {de ato-falantes de boom-box (minisyster), As rota de piano mals baixas e mais atas, chamadas de AO @ C8, estao.em 27.5 Hz.04,2 kHz; elas esto quatro atavas abaixo do AMO © quatro otavas acima do C madi, respectivamante, ireuitos com capacitores¢indutores sao mais compli cados do que os cicuitos resistivos de que falamos anterior mente, nos quais 0 comportamento depende da frequeneia: tum “divisor de tensa" que eontém um capacitor ou indutor terd uma relagdo de divisio em fungio da frequéncia, Além disso, 0s circuitos que eontém esses componentes (conhesi- dos coletivamente como componentes reativos) “distorcem” formas de onda de entrada ais como ondas quadradas, como ‘imos anteriormen ‘No entamio, eapacitores e indutores sio dispositives tineares, 0 que significa que a amplitude da forma de onda de saida, qualquer que seja a sua forma, aumenta exata~- mente na proporgao da amplitude da forma de onda de entrada Essa lineatidade tem muitas consequéncias, © 8 mais importante ¢, provavelmente, a seguinte: a saida de tum circuito linear, acionado com wna onda senoidal, em alguma frequéncia f, é, em si mesma, uma onda senoidal nna mesma frequéncia (com, no méximo, alteragdo de am- plitude fase. Devido a essa notivel propriedade de eirewitos que contém resistencias, capacitores e induores (e, mais adian- tc, amplificadores lineares), ¢ especialmente convenient tanalisar qualquer circuito do tipo persuntando como ten so de saida (amplitude e fase) depende da tensio de en- trada para tna entrada senoidal de uma tinica frequéncia, mesmo que esse ni seja6 uso pretendide. Um grifico da resposta de frequéncia resultante, no qual a relagdo entre 8 saida e a entrada é registada para cada frequéncia da onda senoidal, & til para pensar em muitos tipos de formas de onda, Como exemplo, oalto-Felante de wina boom-box pode ter a resposta de Frequéncia mostrada na Figura 1.87, em que a “saida’, neste caso, ¢ de pressao aciistica, € claro, © nao de tensfo. £ desejavel que um alto-falante tenha uma Capitulo 1 _Fundamentos 41 resposta “plana”, © que significa que © grifieo de pressdo sonora em funcZo da frequéncia é constante ao longo da fai- xa de frequéncias audiveis. Neste caso, as deficiéncias do ‘orador podem ser corrigidas com a introdugio de um filtro passivo com a resposta inversa (como mosirado) dentro dos amplificadores do radio. Como veremos, & possivel generalizar a Tei de Ohi substituindo a palavea “resist@ncia” por “impedancia”, a fim de descrover qualquer circuito contendo esses dispositives passivos lineares (resistores, capacitores ¢ indutores}. Voes poderia pensar no assunto de impedaneia (resistencia gene- ralizada) como a lei de Ohm para os circuitos que incluer ceapacitores ¢ indutores. ‘Um pouco de terminologia: impedincia (Z) ¢ a “resis- ‘ncia generalizadla”: indutores e capacitores, para os quais, 4 tensio ¢ a corrente esto sempre 90° fora de fase, so rea tivos; eles t8m reatiacia (X), Resistores, com tensio © cor rente sempre em fase, slo resistivos; eles t8m resistencia (R). Em geral, em um cireuito que combina componentes resistivos ¢ reativos, a tensdo e a corrente em algum ponto terdo alguma relacio de fase entre elas, deserita por uma impedancia complexa: impedincia = resisténcia + reatan- cia, ou Z = R + JX (veremos mais sobre isso depois)."* No entanto, vove verd declaragoes como “a impedancia do ea- pacitor nesta frequéncia é.." A razBo pela qual voce nao ter {que usar a palavra “reatincia” em tal caso é que impediincia abrange tudo, Na verdade, woe’ costuma usar a palavra “im- ppediincia” mesmo quando sabe que é de uma resisténcia que estd falando: voce diz “a impedancia da fonte” ou “a impe- resistencia equivalente iguma fonte. O mesmo vale para “impe- de Thévenin de dancia de entrada’ Em tudo o que vem a seguir, estaremos falando so- bre circuitos acionados por ondas senoidais em uma tinea Irequéneia, A anslise de circuitos acionados por formas de ‘onda complicadas é mais claborada, envalvendo os mé- todos utilizados anteriormente (equagées diferenciais) ou decomposigio da forma de onda para ondas senoidais (ans lise de Fourier). Felizmente, esses métodos so raramente 1.7.1 A Andlise de Frequéncia de Circuitos Reativos ‘Comegaremos analisando um capacitor acionado por uma Fonte de tensao de onda senoidal V(r) = Vp sen ax (Figura 1.88). A comrente & a. rach agen Mas em ponsts plas, mélo de Z da eagd cea ammpbitads etemsoe coments eo inglo pla de 2 do dagule de aw ente a soment 1, a FIGURA 1.88 Uma tensto CA senoidal aciona um capacitor ou seja, uma corrente de amplitude @CVy, com a sua fase adiantada da tensio de entrada de 90°. Se eonsiderarmos ape- nas as amplitudes e desprezarmos as fases, a corrente & ¥ = et (Lembre-se de que = 2) Ele se comporta como uma fre- ‘quéncia dependente da resisténcia R = 1/«C, mas, além dis- 0, a corrente ests 90° forade fase com & tensio (Figura 1.89). Por exemplo, um capacitor de | uF colocado em uma rede elétrica de 115 V (RMS) de 60 Hz.consome uma corren- te de amplitude RMS: 1s T/arx@x 10) 3.4mA (rms) Em breve, complicaremos as coisas nos preocupando explicitamente com destocamentas de fase e similares 0 que ros levard a uma dgebra complexa que atcrroriza iniciantes (muitas vezes) ¢ 0s que tém fobia de matematica (sempre). Antes de fazer isso, porém, este & um bom momento para desenvolver a intuigdo sobre o comportamento dependeate dda frequéncia de alguns circuitos basicos e importantes que usam capacitores, ignorando no momento o fato problemiti- ‘c0 de que, quando acionado por um sinal senoidal, correntes « tems0es em um capacitor no esto em fase. ‘Como acabamos de ver, a relagio entre os médulos de tensio e corrente, em um capacitor acionado em uma fre- _quéncia ca € apenas FIGURA 1.89 Acovente em um capacitor esté aciantada 90° ‘om reagfo & tonséo senoidal 42__Aarte da eletranica ‘que podemos pensar como uma espécie de “resisténc! médiulo da corrente¢ proporcional ao médulo da tensio apl cada. O nome oficial para essa grandeza € reatdncia, com 0 simbolo X. Assim, Xc representa a reatineia de um capaci- tor,” de modo que, para um capacitor, 1 Xe 126) Isto significa que uma capacitincia maior tem uma reatan. cia menor, E isso faz semtido, porque, por exemplo, se voce dobrar © valor de um capacitor, ser nevessirio 0 dobro dda corrente na carga e na descarga através da mesma 0 lagdo de tensdo e no mesmo tempo (lembre-se | = C dV/ di), Pela mesma razao, a reatancia diminui & medida que a frequéncia aumenta — a0 duplicar a frequéncia (mantendo V constante), a taxa de variagdo da tensio duplies, exigin- do © dobro de corrente e, consequentemente, metade da reatinci, Assim, grosso modo, podemos pensar em um capacitor ‘como uma “resisténcia dependente da frequéncia”. As vezes, isso € suficientemente bom: outras vezes, nao é. Analisare- mos alguns circuitos em que essa visao simplificada nos leva aaresuliados razoavelmente bons e fornece uma boa intuigdo; mais adiante, nds 0s corrigiremos, usando a dlgebra comple- xaeorreta, para obter um resultado preciso. (Tenha em mente {que os resultados a que estamos prestes a chegar sia aproxi- mdos ~ estamos “mentindo” para voo8, mas é uma pequena rmentira, e, de qualquer maneira, diremos a verdade mais tar de, Enquanto isso, usaremos 0 estranho simbolo em vez de = em todas as tas “equagies aproximadas”,e sinalizaremes ‘a equago como aproximada,) A. Filtro RC Passa-Baixas (Aproximado) O circuito na Figura 1.90 é denominado flizo passa-baixas, pois ele passat as baixas frequéncias e blogueia as alta. Se vooé pensar nele como um divisor de tensdo dependente da frequéncia, isso faz sentido: a parte inferior do divisor (0 capacitor) tem uma reataneia que diminui com o aumento dda frequéncia, de modo que a relagio Vog/Viy diminui em cconformidade: ht I FIGURA 1.90. Fitro passa-babeas 5 Mais atm esudaremos site, qu tamben em um desloesmen: tn defied OO Combos de sil opto tb scarcer po uma eatin X, Vaal a a Fauna 121 tees do etna den to RCo Epetnis mopons es chates d rpine Eid tools tpeacany ences (curva de linha continua). O erro percentual isto 6, a tracejada/ Mins Cimcon ee wt Xe Vig RX _loc 1 Re Loe ~ Tone (aproximado!) 27 ‘Temos essa relag plotads na Figura 1.91 (e também a de seu primo, fio passat), juntamente com seus esl tas exatos, que entenderemos em breve, na Seco 1.7.8. ‘ce pode ver que o circuit passa baixasfequancias completamente «porque, em baixasfrequéncias, a reancia do capacitor € muito alta, ¢ por isso & como um divisor com um resistor menor acim de um maior) e ue ee blagueia frequéncins ats. Em particular, a trasigio de “pasar” para “bloquear”(muitas vere, denominada ponto de interups0) corr wna frequéncia cy na qual eatin do capacitor (Wey) € igual & resistencia Ro) = VRC. Em frequencias ito além ca tansigio (onde 0 produto RC “> 1), a seida diminui inversamente com o aumento da frequéncia: 0 que faz sentido, pois a reagio do eapacitor,j mito menor do ue R, continua caindo como an interessante notar que. mesmo “ignorando os deslocamentos de fase” a equagdo silico para relago de tensdies € muito precisa em ambas as fequéncins baixa ¢ alias e etd apenssligeiramene era da quanto frequéncia de trans, na ala elagao core € Vou/Via = Uv/2 = 0,7, em vez do 0,5 que temos.** raiment, la no congue prever mda soho devs de fat neste sire. Como veers ms ante, fase do sina esd sas en: "hm 0 as fqn al, vem a pared em bss Freqcis, com um straso de 45cm ey (9 Figura 1.108 oa Seo 1.79.

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